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Part 3: Apêndice

APÊNDICE: LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÔES DAS


ESTRADAS NÃO REVESTIDAS

(i)
Part 3: Apêndice

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO 1
1.1 PROPÓSITO 1
1.2 GERAL 2

2 ASPECTOS DA CONDIÇÃO 3
2.1 ABAULAMENTO DA ESTRADA 3
2.2 ALTURA/ COTA DO PERFIL 4
2.2.1 Perfil Normal 4
2.2.2 Perfil Baixo (deficiente) 6
2.3 VELOCIDADE MÉDIA SEGURA 7
2.3.1 Geral 7
2.3.2 Medição da velocidade 8
2.4 DRENAGEM DA ESTRADA 9
2.4.1 Danos aos drenos laterais 9
2.4.2 Sanjas 9
2.5 ESPESSURA DO SAIBRO 10
2.5.1 Medição 11

3 PROCEDIMENTO PARA REALIZAR A INSPECÇÃO DA CONDIÇÃO 11


3.1 EQUIPAMENTO E PESSOAL 11
3.1.1 Equipamento de segurança 11
3.1.2 Equipamento 11
3.1.3 Pessoal 12
3.2 PLANIFICAÇÃO DAS INSPECÇÕES NO TERRENO 12
3.3 COMO REALIZAR AS MEDIÇÕES 12
3.3.1 Ponto de início 12
3.3.2 Abaulamento 12
3.3.3 Perfil 13
3.3.4 Drenagem da estrada 14
3.3.5 Espessura do saibro 15

4 LANÇAMENTO DOS DADOS NO MODELO DE COMPUTADOR 16


4.1 FOLHAS DE TRABALHO 16
4.2 ENTRADA DE DADOS 16
4.3 A FOLHA DE “SAÍDA” 22
4.3.1 Sumário 22
4.3.2 Abaulamento 23

(ii)
Part 3: Apêndice

4.3.3 Perfil 24
4.3.4 Velocidade de Viagem 24
4.3.5 Drenagem de Estrada 25
4.3.6 Espessura de Saibro 25

LISTA DE TABELAS E FIGURAS NO TEXTO

Figura 1 :Elementos do Perfil da Estrada ..................................................................................................3

Figura 2 : Altura/ Cota Normal do Perfil : Estrada mais elevada pelos dois lados, do que o nível
natural do terreno ....................................................................................................................5

Figura 3 :Profundidade Normal do Perfil : A estrada abaixo do nível do terreno por um lado, com
uma drenagem lateral existente............................................................................................5

Figura 4 :Estrada Típica num Corte : Drenagem ao terminar o corte...................................................6

Figura 5 : Perfil Deficiente : Estrada abaixo do nível natural do terreno pelos dois lados................6

Figura 6 : Abaixo do nível do terreno por um lado, e sem drenagem transversal ..............................7

Figura 7 :Estrada num corte : Nenhuma drenagem no fim do corte .....................................................7

Figura 8 : Medição do abaulamento.........................................................................................................13

Figura 9 : Lançamento do abaulamento na ficha de condição ............................................................13

Figura 10 : Lançamento do abaulamento na ficha de condição ...... Error! Bookmark not defined.

Figura 11: Lançamento do perfil da estrada na ficha de condição .....................................................14

Figura 12 : Lançamento da Drenagem da Estrada na Ficha de Condição ........................................15

Figura 13 : Lançamento da espessura do saibro na ficha de condição .............................................15

Figura 14 : “Tabs” no ficheiro Excel........................................................................................................16

Figura 15 : Avaliação global.......................................................................................................................23

(iii)
Parte 3: Apêndice Página 1 de 28

LEVANTAMENTO DAS CONDIÇÔES DAS ESTRADAS


NÃO REVESTIDAS

1 INTRODUÇÃO

1.1 PROPÓSITO
A Avaliação da Condição da Estrada é muito importante, uma vez que isto
determina que acções devem ser ponderadas para a estrada. Ou seja, se a
estrada deve

• continuar sob a Manutenção de Rotina,

• ser considerada para a Manutenção Periódica,

• ser considerada para a Reabilitação ou Reconstrução.

Estes factores tornam imperioso que a avaliação da condição da estrada, seja


uniforme e racional em todas as províncias. Por isso, a abordagem proposta
inclui métodos qualitativos e quantitativos na avaliação da condição da estrada,
com base na abordagem actual da ANE.

A avaliação baseia-se nas seguintes considerações.

• As definições e descrições existentes da condição da estrada da


ANE, são empregues no modelo proposto de avaliação da
condição.

• A avaliação da condição tem que ser realizada uma vez pela rede
Não Revestidas, de modo a fixar uma condição de base. Depois
disso, ela deve ser feita no mínimo de três em três anos nas
estradas que estiverem sob a manutenção de rotina, e conforme a
necessidade para as demais estradas.

As Inspecções da Condição das Estradas serão realizadas sob a


responsabilidade do Engenheiro Provincial de Manutenção, o qual vai fazer
com que o seu pessoal técnico realize as inspecções durante as suas visitas ao
terreno.
Parte 3: Apêndice Página 2 de 28
O Modelo de Condição da Estrada emprega-se para dar um método objectivo
para a classificação da condição da estrada.

1.2 GERAL
O modelo de condição da estrada, trata-se dum método de categorizar uma
estrada conforme a sua condição, sendo esta :

• Boa

• Razoável

• Má

• Muito Má

Para fazer isto, são avaliados cinco aspectos da estrada e, na base desta
avaliação, é determinada a avaliação global da estrada.

Estes aspectos são como se seguem :

(a) Abaulamento da estrada

(b) Perfil da Estrada

(c) Velocidade Média Segura

(d) Drenagem da Estrada

(e) Espessura do Saibro


Parte 3: Apêndice Página 3 de 28
Figura 1 : Elementos do Perfil da Estrada

Abaulamento/ Faixa de
Inclinação da Eixo da
Rodagem
Plataforma Estrada
Valetas

Nivel de
Terreno

2 ASPECTOS DA CONDIÇÃO

2.1 ABAULAMENTO DA ESTRADA


A Faixa de Rodagem da estrada, tem que ter um Abaulamento (declive)
suficiente para garantir que a água escoe da faixa de rodagem para as valas
laterais. Caso o Abaulamento não seja suficiente, a água há-de acumular na
faixa de rodagem, assim causando pontos fracos, ou há-de correr pela faixa de
rodagem, assim causando sulcos longitudinais.

Os perfis transversais padrão de estrada para as estradas não revestidas,


exigem um abaulamento de 5%. No caso do abaulamento ser de mais de 5%, isto
não constitui problema, porém, abaulamentos mais planos provocam problemas.
Na prática, as estradas em solos arenosos hão-de ter um abaulamento mais
plano do que as estradas em solos de saibro.

Existem dois casos para a avaliação da suficiência do faixa de rodagem - (veja-


se a Figura 2).

• Abaulamento Normal de Estrada - onde o abaulamento é num


mínimo, do declive percentual especificado.

• Abaulamento Plano de Estrada - o caso em que o abaulamento é


menor do que o especificado. Muita das vezes, a falta de
abaulamento é causada pela perda de material. Troços curtos de
estrada com um abaulamento plano, podem ser corrigidos durante
Parte 3: Apêndice Página 4 de 28
a manutenção de rotina, mas os troços mais compridos indicam a
necessidade de manutenção periódica.
ABAULAMENTO MATERIAL DA FAIXA DE RODAGEM
Saibro Arenoso
Normal Declive > 4% Declive > 2%
Plano Declive < 4% Declive < 2%

2.2 ALTURA/ COTA DO PERFIL


A Altura/ Cota do Perfil, trata-se da altura da Faixa de Rodagem, relativamente
ao terreno circundante. Para funcionar como deve ser, uma estrada tem que ser
capaz de derramar água da faixa de rodagem para as valas, conforme vem
explicado na secção anterior. A água nas valas, tem que estar em condições de
ser evacuadas pelas sanjas.

No caso de ser possível remover a água das valas, a estrada conta com um
“perfil normal”, e no caso em que isto não possa realizar-se, a estrada tem um
“perfil” baixo.

2.2.1 Perfil Normal

Os casos dum perfil normal, são como se seguem :

(a) Pista da estrada mais alta do que o nível natural do terreno dos dois lados da
estrada.

Este caso aplica-se também às estradas num aterro e que não precisam de
valas.
Parte 3: Apêndice Página 5 de 28
Figura 2 : Altura/ Cota Normal do Perfil : Estrada mais elevada pelos dois
lados, do que o nível natural do terreno

Berma acima do nível


do terreno

Nível de terreno

(b) A berma da estrada acima do nível do terreno apenas por um lado, mas é
possível colocar uma drenagem transversal, e a mesma existe.

Figura 3 : Profundidade Normal do Perfil : A estrada abaixo do nível do terreno


por um lado, com uma drenagem lateral existente

Nível de
Berma abaixo do terreno
nível de terreno

Aqueduto

(c) A estrada está num corte, mas ela tem valas de saída/sanjas, ao sair do corte.
(O que é típico duma estrada numa crista). O troço de estrada deve ser curto
(menos de 200m) e a drenagem dentro do troço do corte tem que funcionar
devidamente, o que inclui se for necessário, a drenagem abaixo da superfície da
terra.
Parte 3: Apêndice Página 6 de 28
Figura 4 : Estrada Típica num Corte : Drenagem ao terminar o corte

Nível de terreno

2.2.2 Perfil Baixo (deficiente)

Os casos dum mau perfil de estrada são como se seguem :

(a) Estrada cavada (mais baixa do que o nível natural do terreno pelos dois
lados)

Uma técnica deficiente de nivelamento de manutenção, leva à remoção de


material da pista resultando num e ao corte do perfil da estrada mais profundo
do que o terreno. No caso do perfil da estrada ficar demasiado profundo ao
longo de troços mais compridos, então a estrada não pode ser drenada e ela
torna-se um curso d’água. Se for atingido este estado, então a cota da estrada
vai precisar de reconstrução, com a importação de material conveniente para
levantar a estrada ou para o realinhamento da estrada para uma nova posição.

Figura 5 : Perfil Deficiente : Estrada abaixo do nível natural do terreno pelos dois
lados

Berma abaixo do
Nível de terreno nível de terreno

(b) Estrada mais alta do que o nível natural do terreno por um lado, mas mais
baixa do que o nível natural do terreno pelo outro lado. Ou é impossível colocar
uma drenagem transversal, ou esta não foi colocada.
Parte 3: Apêndice Página 7 de 28
Este caso aplica-se igualmente quando é necessária uma drenagem abaixo da
superfície da terra mas a mesma não foi construída.

Figura 6 : Abaixo do nível do terreno por um lado, e sem drenagem transversal

Berma abaixo do Berma acima do nível


nível de terreno do terreno

Sem Drenagem
Transversal Nível de terreno

(c) A estrada está num corte, mas sem sanjas/de saída, ao sair do corte. Isto
resultará em danos às valas e às margens da pista da estrada, e devem estar
visíveis, indícios de erosão das valas. Isto aplica-se também a troços compridos
de estrada num corte, onde a drenagem transversal não é possível.

A principal diferença entre este caso e o caso (c) sob a drenagem normal, é que
neste caso, a drenagem constitui um problema significativo, indicado pela
erosão do dreno lateral e pelo perigo ao prisma da estrada.

Figura 7 : Estrada num corte : Nenhuma drenagem no fim do corte

Nível de terreno

2.3 VELOCIDADE MÉDIA SEGURA

2.3.1 Geral

A pista da estrada pode ter muitos defeitos, tais como :

• Buracos
Parte 3: Apêndice Página 8 de 28
• Ondulações

• Rodeiras

• Ravinas

• Areia profunda e solta

• Erosão

A gravidade dos defeitos pode ser avaliada pela medição pormenorizada,


contudo, este é um processo que exige muito tempo e difícil de quantificar em
termos da condição da estrada. Portanto, para obter-se uma medida do quanto
áspera é a estrada (a qual é devida em grande parte aos defeitos superficiais
acima notados), mede-se a velocidade média ao longo da estrada.

2.3.2 Medição da velocidade

A velocidade da viatura é medida pelo tempo que se leva para percorrer o


trecho de estrada, conforme medido pelo velocímetro.

Isto deve ser feito na viagem de volta da inspecção no terreno.

O seguinte tem que ser observado

(a) A viatura tem que ser conduzida na faixa normal da


estrada, de um único lado da mesma

(b) Tem que ficar dentro da faixa e não atravessar para a


outra faixa, nem conduzir no dreno lateral para evitar
defeitos na faixa da estrada. Nos casos de obstrução,
tais como uma secção de estrada que tiver sido levada
pela água, você poderá necessitar de contornar a
secção levada, mas não deve fazer isto a menos que
seja absolutamente necessário.

(c) A velocidade pela qual se deve conduzir, deve ser a


velocidade segura e cómoda. A velocidade máxima
deverá ser de 80 km/h. Não tente recuperar tempo
perdido em maus troços, andando a mais de 80 km/h
nos troços bons!
Parte 3: Apêndice Página 9 de 28
Os defeitos na superfície da estrada, exigirão que o motorista diminua a sua
velocidade.

2.4 DRENAGEM DA ESTRADA


A drenagem da estrada inclui as valas, as sanjas, aquedutos e estruturas. Para
fins de avaliar a Condição de Drenagem, são empregues as valas e sanjas.

2.4.1 Danos aos drenos laterais

Os danos aos drenos laterais assumem a forma de erosão, em que a água corta
o dreno existente, assim tornando-o mais profundo, ou de Assoreamento, em
que material excedentário assenta no dreno e o enche até que não funcione
mais.

A erosão corta o dreno, e caso continue desenfreada, ela forma um barranco ao


longo da estrada e fica tão grande até começar a cortar a pista da estrada.

O assoreamento enche o dreno lateral e estruturas de drenagem lateral,


causando que a água corra para a estrada e por cima dela.

2.4.2 Sanjas

São necessárias sanjas adequadas, para eliminar a água da servidão da estrada.


A falta de sanjas, leva à erosão dos drenos ou à inundação do perfil da estrada.

O Levantamento da Condição da Drenagem, examinará os problemas das


valas (pelos dois lados da estrada) em termos de problemas de pequena ou
grande dimensão de erosão e assoreamento, e se estão em falta as sanjas.

A erosão e o assoreamento estão relacionados entre si - uma vez que o


assoreamento é o depósito de material erodída em áreas em que o fluxo da
água fica reduzido.

Drenos entupidos com sedimentação, exigem a remoção do sedimento e


eventualmente o aumento do declive da drenagem, de forma a aumentar o
caudal. Igualmente, é necessário que a causa do assoreamento seja examinada,
e no caso em que isto se encontre dentro da reserva da estrada, o mesmo tem
que ser resolvido.

Em condições normais, os efeitos da erosão exigem algum tipo de estrutura,


Parte 3: Apêndice Página 10 de 28
cascatas ou revestimento, para diminuir o gradiente efectivo do dreno, e deste
modo, abrandar as velocidades de fluxo da água. A erosão pode igualmente ser
reduzida pela remoção da quantidade de água no dreno lateral, através de
sanjas, ou de aquedutos alívios.

Para fins de determinação da condição, considera-se que o dreno lateral é :

• demasiadamente plano no caso em que existe um problema de


assoreamento;

• demasiadamente íngreme no caso em que existe um problema


de erosão;

• não havendo nenhum dreno no caso em que é preciso que


haja;

• funcionar de forma satisfatória com pouca ou nenhuma erosão


ou assoreamento, ou não exigindo um dreno.

2.5 ESPESSURA DO SAIBRO


Este aspecto é medido apenas para as estradas terraplanadas com material da
câmar de empéstimo (saibro). As estradas de terra batida e de revestimento
parcial de saibro, não serão avaliadas neste aspecto.

A actual espessura do saibro da estrada, dá uma boa indicação de quanto tempo


vai levar para que a camada de saibro seja perdida, e a altura em que a estrada
deve ser reensaibrada ao abrigo da manutenção periódica.

A taxa de perda de saibro varia em função da quantidade de tráfego que leva, do


tipo de saibro e da qualidade da construção na altura em que a camada de
saibro foi colocada.

No caso típico, a perda de saibro é de cerca 20mm por ano, se bem que para as
estradas de tráfego elevado sobre saibro fino, esta podia ser muito mais
elevada, enquanto que nas estradas de tráfego reduzido sobre saibro mais
grosso, ela podia ser muito menos.
Parte 3: Apêndice Página 11 de 28
2.5.1 Medição

A espessura do saibro é medida pela escavação dum pequeno buraco através


da camada existente de saibro e a medição da espessura. É necessário ter
cuidado na mudança de saibro para material natural, uma vez que pode
eventualmente ser difícil distinguir entre as duas camadas.

3 PROCEDIMENTO PARA REALIZAR A


INSPECÇÃO DA CONDIÇÃO
Esta secção descreve o procedimento para realizar o trabalho no terreno para a
inspecção da condição. Ela deve ser lida em combinação com a Parte 3, Secção
3.2.5.

3.1 EQUIPAMENTO E PESSOAL

3.1.1 Equipamento de segurança


2 Nº. Casacos com material reflectivo (Têm que estar disponíveis casacos com
material reflectivo suficientes para que cada pessoa disponha dum casaco)

1 Nº. Conjunto de cones de tráfego (mínimo de quatro cones)

3.1.2 Equipamento
1 Nº. Viatura 4 x 4
1 Nº. Fio para marcar
1 Nº. Nível de fio para marcar
1 Nº. Fita métrica de 50m
1 Nº. Fita métrica de 3m
1 Nº. Régna
1 Nº. Picareta
1 Nº. Pá
1 Nº. Regador
1 Nº. Compactador manual
Parte 3: Apêndice Página 12 de 28
3.1.3 Pessoal
1 Nº. Engenheiro ou Técnico
1 Nº. Assistente

3.2 PLANIFICAÇÃO DAS INSPECÇÕES NO TERRENO


A inspecção no terreno vai avaliar cada uma das componentes da condição, nas
mesmas posições. A velocidade média de andamento será medida durante a
viagem de volta.

A inspecção deve tomar medidas em conformidade com o seguinte.

• Um mínimo de dez pontos por estrada, incluindo os pontos de


início e de fim

• Espaçamento máximo de 5km

• Espaçamento mínimo de 0.5km

Antes de se realizar a inspecção no terreno, devem ser decididos o número e o


espaçamento das medições.

3.3 COMO REALIZAR AS MEDIÇÕES

3.3.1 Ponto de início

Vá de carro até ao início da estrada. O primeiro ponto deve distar 20 a 50m do


início da estrada. Faça uma marca neste ponto.

Se em qualquer ponto de medição a estrada encontrar-se numa curva, você


deve transferir o ponto de medição para 50m antes ou depois da curva.

3.3.2 Abaulamento

Meça o abaulamento com uso do fio para marcar e do nível de bolha.


Parte 3: Apêndice Página 13 de 28
Figura 8 : Medição do abaulamento

d = 2m

A partir da eixo da estrada, segure uma extensão de 2m do nível de corda (com


uso dum nível de bolha) e meça a distância até à superfície da estrada (altura).

O abaulamento é a altura/distância, x 100%, por exemplo a altura = 50mm, d =


2000m, então o abaulamento é de 2,5%. O abaulamento pelos dois lados da
estrada deve ser medido no ponto de medição.

O abaulamento que for calculado, deve ser introduzido na ficha de inspecção.

Figura 9 : Lançamento do abaulamento na ficha de condição

Nº . QUILÓ ABAULAMENTO NÍVEL DA DEFEITOS ESPESSURA DE


ORDEM METRO ESTRADAS EM NAS VALAS SAIBRO
ESQUERDA DIREITA MÉDIA RELAÇÃO AO E SANJAS
% % % T. NATURAL

1 0.05 4 6 5

3.3.3 Perfil

É necessário que o perfil seja avaliado à medida que cada um dos casos a
seguir se aplica à estrada no ponto de medição.

Se a situação no ponto de medição não for representativa do troço de estrada ao


longo de cerca de 200m, você deve escolher um sítio que seja mais aplicável ao
troço de 200m.

Os casos apresentados na tabela a seguir, podem aplicar-se. (Os pormenores


de cada caso estão dados sob a secção 2.2).
Parte 3: Apêndice Página 14 de 28

CASO DESCRIÇÃO

1 Profundidade Normal do Perfil : Estrada mais alta do que o nível natural do terreno,
pelos dois lados.
2 Profundidade Normal do Perfil : Estrada abaixo do terreno por um lado, com
drenagem transversal existente suficiente.
3 Profundidade Normal do Perfil : Estrada num corte, drenagem ao terminar-se o corte.
4 Perfil deficiente : Estrada abaixo do nível natural do terreno, pelos dois lados.
5 Perfil deficiente : Abaixo do nível do terreno por um lado, e sem drenagem transversal
suficiente.
6 Perfil deficiente : Estrada num corte, nenhuma drenagem no fim do corte.

O tipo de perfil é lançado na ficha de inspecção em forma dum número e duma


breve descrição. (São lançados os dois, para reduzir a probabilidade de erros).

Figura 11: Lançamento do perfil da estrada na ficha de condição

NO. QUIL ABAULAMENTO NÍVEL DA ESTRADAS EM DEFEITOS ESPESSURA DE


ORDEM ÓMETR RELAÇÃO AO T. NASVALAS E SAIBRO
O ESQUERDA DIREITA MÉDIA NATURAL SANJAS
% % %

1 0.05 4 6 5 4: Deficiente :
Abaixo do nível do
terreno, ambos os
lados

3.3.4 Drenagem da estrada

Avalie visualmente se as valas e as sanjas, estão a funcionar de forma


satisfatória. (Consulte a secção 2 para pormenores adicionais).

Na inspecção da condição, lance o mais conveniente do que se segue.

Não problema

Menor Erosão

Menor Assoreamento

Desaparecimento de Drenagem
Parte 3: Apêndice Página 15 de 28
Num caso em que a estrada está num aterro, isto deve ser exposto como Não
problema, e num caso dum corte e aterramento, deve ser avaliada apenas a
condição de drenagem do lado do corte.

Figura 12 : Lançamento da Drenagem da Estrada na Ficha de Condição

NO. QUILÓ ABAULAMENTO NÍVEL DA DEFEITOS NAS ESPESSURA DE


ORDEM METRO ESTRADAS EM VALAS E SAIBRO
ESQUERDA DIREITA MÉDIA RELAÇÃO AO T. SANJAS
% % % NATURAL

1 0.05 4 6 5 4: Deficiente : Maior


Abaixo do nível Erosão
do terreno,
ambos os lados

3.3.5 Espessura do saibro

A espessura do saibro é medida pela escavação dum pequeno buraco através


da camada existente de saibro e a medição da espessura. É necessário ter
cuidado na mudança da camada de saibro para material natural, uma vez que
pode eventualmente ser difícil distinguir entre as duas camadas.

Deve-se cavar o buraco aproximadamente a meio entre o eixo da estrada e a


borda da pista. Depois de medir-se a profundidade, o material solto deve ser
devolvido no buraco, com o acréscimo de água e compactação.

Anote a profundidade do saibro no ponto de medição.

Figura 13 : Lançamento da espessura do saibro na ficha de condição

Nº . QUILÓ ABAULAMENTO NÍVEL DA ESTRADAS DEFEITOS ESPESSURA DE


ORDEM METRO EM RELAÇÃO AO T. NAS VALAS ENSAIBRAMENTO
ESQUERDA DIREITA MÉDIA NATURAL E SANJAS SAIBRO
% % %

1 0.05 4 6 5 4: Deficiente : Maior 85mm


Abaixo do nível do Erosão
terreno, ambos os
lados
Parte 3: Apêndice Página 16 de 28

4 LANÇAMENTO DOS DADOS NO MODELO DE


COMPUTADOR

4.1 FOLHAS DE TRABALHO


O modelo de computador consiste num ficheiro Excel ® que contém quatro
“tabs”.

Estes tabs são como se seguem :

Figura 14 : “Tabs” no ficheiro Excel

ITEM DESCRIÇÃO

“Listas” Isto contém uma lista de todas as estradas classificadas da


província.

“Folhas de Isto contém


entrada”
Folhas de trabalho em que são lançados os dados recolhidos no
terreno.

“Folhas de Isto contém folhas de trabalho que dão a avaliação da condição


saída” da estrada e para cada componente da condição.

“Critérios” Esta folha é empregue para calibrar o modelo, pelo ajustamento


dos critérios para cada tipo de condição.

Esta folha é unicamente para uso pela DER.

4.2 ENTRADA DE DADOS


Passo nº 1 : Abra as “Folhas de Entrada”; assegure-se de estar no alto da folha.

Convenção empregue : Nas folhas de entrada, as células que estão a cores, é


onde os dados podem ser lançados. Pode-se entrar nas células verdes clicando-
se no elemento, depois do que é dada uma lista de entradas possíveis, clicando-
Parte 3: Apêndice Página 17 de 28
se na seta que aparece (um menu suspenso).

Células amarelas : Não aparecerá nenhuma lista; é necessário que os dados


sejam lançados na íntegra

Passo nº 2 : Clique na célula verde “Número da Estrada”


Vai aparecer o menu suspenso. Escolha o número de estrada
pertinente. Vão ser expostos automaticamente, o nome e extensão
da estrada.

No caso da estrada ser uma estrada não classificada, clique N/C. Em seguida, o
modelo vai permitir que você lance o nome e extensão da estrada, nas células
amarelas. [A rede de estradas não classificadas não está definida, e portanto, ela
não faz parte da base de dados de nomes e extensões das estradas].
Parte 3: Apêndice Página 18 de 28

Passo nº 3 : Se você estiver a efectuar a inspecção apenas num só troço da


estrada, lance os dados nas células amarelas.
“Número do Troço”, “Início do Troço” e “Fim do Troço”.
A distância do troço estará exposta automaticamente.

Passo nº 4 : Desloque-se para baixo, até à Página 2


Na tabela para “Abaulamento”, preencha as extensões entre os
pontos de medição. Preencha o abaulamento médio, a partir da
folha de entrada no terreno.
Clique na célula verde, “Tipo de Solos” e escolha ou “Saibro” ou
“Areia”.
Isto é importante, uma vez que afecta a avaliação, em que o
abaulamento numa estrada arenosa pode ser mais plano do que
numa estrada terraplenada (de saibro) que está incluída na mesma
classificação da condição.
Parte 3: Apêndice Página 19 de 28

Passo nº 5 :Desloque-se até à Página 3, “Perfil”


Lance a extensão entre os pontos de medição.
Na célula verde, escolha a partir do menu suspenso, o tipo de
perfil da estrada.

Passo nº 6 : Desloque-se até à Página 4, “Velocidade Media de Viagem”


Parte 3: Apêndice Página 20 de 28
Sob “Tempo”, entre a hora de começo e a hora de término da
viagem. (Isto tem que ser lançado na forma de hh.mm.ss -
emprega-se o formato de 24h).
Sob “Quilometragem”, entre as leituras de início e fim a partir do
odómetro.
A velocidade da viagem será calculada automaticamente.

Passo nº 7 : “Drenagem de Estrada”


Desloque-se para baixo, até à Página 5.
Nas células amarelas, entre as distâncias entre os pontos de
medição.
Na célula verde, entre o Tipo de Problema, com uso do menu
suspenso.

Passo nº 8 : “Espessura do Ensaibramento”


Desloque-se para baixo, até à Página 6 (veja planilha)
Parte 3: Apêndice Página 21 de 28
Incluído Saibro em Avaliação S/N
Na célula verde, escolha ou Sim ou Não, a partir do menu
suspenso.
Escolha Sim no caso de tratar-se duma estrada terraplenada (de
saibro), e deve ser considerada a espessura do saibro na avaliação
global da condição.
Escolha Não no caso da estrada tratar-se duma estrada de terra
batida ou duma estrada de revestimento selectivo de saibro, na
qual a espessura do saibro não deve fazer parte da avaliação
global da condição.

Na tabela principal
Na primeira coluna amarela, entre os pontos dos quilómetros pelos
quais foi medida a espessura do saibro.
Na segunda coluna amarela, entre a espessura do saibro medida.
Podem aparecer as seguintes mensagens.
ERRO – Isto significa que você lançou uma espessura negativa do
saibro – lance-a correctamente.
Advertência - Valor Elevado – Isto significa que você entrou uma
espessura do saibro de mais de 250mm. No caso da espessura do
saibro ser efectivamente de mais de 250mm, deixe a sua entrada
tal como está. Caso seja errada, entre de novo o valor certo.
Parte 3: Apêndice Página 22 de 28

4.3 A FOLHA DE “SAÍDA”


Escolha “Ficha de Saída”. A avaliação realizada pelo modelo é apresentada em
três folhas e sob os títulos :

4.3.1 Sumário

Isto dá uma avaliação global da condição, na base dos cinco elementos da


condição (quatro no caso da opção de saibro ser excluída conforme vem
indicado no exemplo).

É apresentado a seguir um exemplo do sumário.

A condição geral calcula-se a partir da condição dos elementos da condição,


pela alocação de pontos para cada categoria de condição. A condição geral
calcula-se a partir dos pontos globais de pontuação, em conformidade com a
tabela a seguir.
Parte 3: Apêndice Página 23 de 28

PONTOS PARA AVALIAÇÃO GLOBAL AVALIAÇÃO GLOBAL


CADA SEM SAIBRO COM SAIBRO
ELEMENTO DA
CONDIÇÃO

Boa 3 10-12 13-15


Razoável 2 6-9 8-12
Má ´ 1 3-5 4-7
Muito Má 0 0-2 0-3

Figura 15 : Avaliação global

4.3.2 Abaulamento

O critério para a condição deste elemento, é a percentagem do abaulamento


normal. A figura a seguir indica os critérios.
Parte 3: Apêndice Página 24 de 28

4.3.3 Perfil

O critério para a condição deste elemento, é a percentagem do perfil normal. A


figura a seguir indica os critérios.

4.3.4 Velocidade de Viagem

O critério para a condição deste elemento, é a velocidade segura de andamento


em km/h. A figura a seguir indica o critério.
Parte 3: Apêndice Página 25 de 28

4.3.5 Drenagem de Estrada

O critério para este elemento da condição, é o custo da reparação da drenagem


para um novo sistema de drenagem funcional equivalente.

O modelo determina um custo médio, em forma duma percentagem do custo


novo. O critério vem indicado na tabela a seguir.

4.3.6 Espessura de Saibro

A avaliação da Espessura do Saibro pode ser excluída, se não se tratar dum


critério válido para a estrada; veja-se a Secção 4.2 passo 8.

Onde válido, o critério baseia-se na espessura média do saibro, conforme


indicado na figura a seguir.
Parte 3: Apêndice Página 26 de 28
Parte 3: Apêndice Página 28 de 28

Anexo 1 : Folha de CRITÉRIOS

Esta folha emprega-se para ajustar os critérios para calibrar o módulo da


condição. Ela é protegida por senha e pode ser modificada apenas pela DER.

Como ajustar os critérios?

A folha de trabalho dos critérios, dá a opção de modificar a gama dum valor


utilizado para determinar cada categoria da condição. Mudar as cifras dadas
nas células azuis, vai mudar automaticamente a gama dos critérios e alterar o
texto em conformidade.

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