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Primeiramente aos meus familiares e ao meu namorado Mateus Rufino Marmitt por
me incentivarem, me ajudarem durante o desenvolvimento do trabalho e por não medirem
esforços para a realização do meu sonho.
Agradeço à minha orientadora, Carolina Becker Pôrto Fransozi que aceitou me ajudar
na escolha e no desenvolvimento do estudo, com paciência, incentivo e diversas orientações
durante o desenvolvimento do trabalho.
As rodovias rurais de pista simples foram projetadas e executadas há mais de trinta anos e no
decorrer desses anos houve um aumento no volume de tráfego, alterando a segurança e a
operação da via. Sendo assim, o presente trabalho consiste na determinação do Índice de
Segurança Potencial (ISP) e na análise da sinalização viária da VRS-816, no município de
Venâncio Aires/RS. O estudo tem como intuito registrar os locais da via onde deve haver uma
melhoria na segurança ou na sinalização, ajudando assim, nas tomadas de decisões para a
realização de melhorias do trecho. A metodologia do ISP baseia-se em fazer uma avaliação da
rodovia em campo com o auxílio de uma planilha com 34 características e um gabarito de
notas, que indicam o ISP para os trechos de segmentos avaliados. A avaliação da sinalização
viária foi feita através de um levantamento das sinalizações existentes que estão e não estão
de acordo com as normas e das sinalizações que devem ser instaladas na pista. A partir das
avaliações de ISP obtidas em campo foi possível observar que o ISP do trecho variou entre
“Potencialmente inseguro”, “Potencialmente razoavelmente inseguro” e “Potencialmente
seguro”, já o ISP global da VRS-816 ficou em 5,26 classificando-se assim como
“Potencialmente razoavelmente inseguro”. A avaliação/levantamento da sinalização vertical e
horizontal indica que há necessidade de melhorias, pois a sinalização horizontal necessita de
pintura e a sinalização vertical existente demonstra que 51% das placas estão instaladas a uma
distância horizontal do bordo da pista incorretamente e que 11% delas estão com as
dimensões também inadequadas, além disso, há uma demanda da instalação de 32 placas que
não constam na via. Com os resultados obtidos, percebe-se que a rodovia necessita de
manutenção.
The rural single-track highways were designed and built more than thirty years ago and
during these years there was an increase in traffic volume, changing the safety and operation
of the road. Therefore, the present work consists in determining the Potential Safety Index
(PSI) and in analyzing the road signs on VRS-816, in the city of Venâncio Aires/RS. The
study aims to record the places on the road where there should be an improvement in safety or
signaling, thus helping in the decision making process for improvements in the stretch. The
ISP methodology is based on making an assessment of the road in the field with the help of a
spreadsheet with 34 characteristics and a scoring template, which indicates the ISP for the
evaluated segments. The evaluation of the road signs was done through a survey of the
existing signs that are and are not in accordance with the norms and the signs that should be
installed on the road. From the PSI evaluations obtained in the field it was possible to observe
that the segment PSI varied between "Potentially unsafe", "Potentially fairly unsafe" and
"Potentially safe", while the overall PSI of VRS-816 was 5.26, thus classifying it as
"Potentially fairly unsafe". The evaluation/survey of the vertical and horizontal signs indicates
that there is need for improvement, because the horizontal signs need to be painted and the
existing vertical signs show that 51% of the signs are installed at a horizontal distance from
the edge of the road incorrectly and that 11% of them have inadequate dimensions. With the
results obtained, it can be seen that the highway needs maintenance.
1 INTRODUÇÃO 9
1.1 Problema de pesquisa 10
1.2 Objetivos 10
1.2.1 Objetivo geral 10
1.2.2 Objetivos específicos 10
1.3 Justificativa da pesquisa 11
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 13
2.1 Acidentes viários 13
2.2 Segurança Viária 14
2.3 Índice de Segurança Potencial (ISP) 15
2.3.1 Identificação das características físicas avaliadas pelo ISP 16
2.3.1.1 Superfície do pavimento 16
2.3.1.1.1 Patologia da pavimentação 17
2.3.1.1.2 Espelho d’ água e desnível entre faixa e acostamento 18
2.3.1.2 Curvas 18
2.3.1.2.1 Superelevação 19
2.3.1.2.2 Superlargura 20
2.3.1.2.3 Combinação entre alinhamento horizontal e vertical 21
2.3.1.3 Interseções 21
2.3.1.4 Sinalização rodoviária 22
2.3.1.4.1 Sinalização horizontal 23
2.3.1.4.2 Sinalização vertical 23
2.3.1.5 Elementos longitudinais 24
2.3.1.5.1 Rampas 24
2.3.1.5.2 Ultrapassagem 24
2.3.1.6 Seção transversal 25
2.3.1.6.1 Faixa de rolamento e faixa de tráfego 25
2.3.1.6.2 Acostamentos 26
2.3.1.6.3 Taludes 27
2.3.1.7 Usuários vulneráveis 27
2.3.1.8 Laterais das vias 28
2.3.1.9 Elementos gerais 28
2.4 Sinalização viária 29
2.4.1 Sinalização vertical 29
2.4.1.1 Sinalização de regulamentação 30
2.4.1.2 Sinalização de advertência 31
2.4.1.3 Sinalização de indicação 32
2.4.2 Sinalização horizontal 33
2.5 Estudos semelhantes realizados anteriormente 36
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 38
3.1 Caracterização da região de estudo 38
3.2 Rodovia VRS-816 40
3.3 Determinação do Índice de Segurança Potencial (ISP) 41
3.4 Análise da sinalização viária 45
3.5 Proposta de melhorias para a VRS-816 46
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 47
4.1 Índice Potencial Seguro da VRS - 816 47
4.1.1 Superfície 66
4.1.2 Curva 68
4.1.3 Interseção 70
4.1.4 Sinalização vertical e horizontal 71
4.1.5 Elementos longitudinais 73
4.1.6 Seção transversal 74
4.1.7 Usuário Vulnerável 75
4.1.8 Laterais da via 75
4.1.9 Elementos gerais 76
4.2 Sinalização da VRS-816 77
4.1.1 Sinalização vertical na VRS-816 77
4.1.1 Sinalização horizontal 80
5 CONCLUSÃO 82
REFERÊNCIAS 84
ANEXOS 89
ANEXO A – PLANILHA DE INSPEÇÃO 90
ANEXO B – GABARITO DE NOTAS 91
APÊNDICES 92
APÊNDICE A – DADOS DA SINALIZAÇÃO VERTICAL DE
REGULARIZAÇÃO, ADVERTÊNCIA E INDICAÇÃO DA VRS-816 93
APÊNDICE B – SINALIZAÇÃO VERTICAL SUGERIDAS PARA A INSTALADA
NA VRS-816 96
APÊNDICE C – SINALIZAÇÃO HORIZONTAL DA VRS-816 102
9
1 INTRODUÇÃO
Para Nodari (2003), os problemas da segurança viária devem ser tratados através de
um programa abrangente de gerenciamento da segurança viária. Este programa pode ser
gerenciado de duas formas: por meio de um programa de segurança reativo ou de um
programa de segurança pró-ativo. O sistema reativo utiliza os dados existentes sobre os
acidentes na via para identificar os trechos críticos e, com isso, sugere medidas corretivas. O
sistema pró-ativo, por sua vez, tem o intuito de promover melhorias no sistema viário antes
mesmo das ocorrências, por meio de estudos e métricas, evitando assim potenciais acidentes.
Ainda segundo Nodari (2003), as rodovias rurais de pista simples foram projetadas e
executadas há mais de trinta anos e no decorrer desses anos houve um aumento na frota de
veículos e, consequentemente, no volume de tráfego. Sendo assim, a segurança e a operação
da via foram alteradas, tornando-as abaixo dos níveis aceitáveis para acomodar as situações
impostas pelo aumento e mudança do fluxo dos veículos e pedestres.
A rodovia vicinal VRS-816, que inicia em Linha Grão Pará, passa pela Linha Travessa
e termina em Vila Palanque, no município de Venâncio Aires, interior do estado do Rio
10
Grande do Sul, possui grande número de reclamações devido a sua falta de manutenção, em
consequência, vem causando, principalmente, danos nos veículos dos moradores das
localidades. Os danos socioeconômicos também são notados no processo de comercialização
e escoamento de produção, além disso, existe o risco real de ocorrer acidentes no percurso do
trecho.
1.2 Objetivos
O objetivo geral deste trabalho é avaliar a segurança viária, por meio do método do
Índice de Segurança Potencial (ISP), e a sinalização viária de 13,3 quilômetros da rodovia
VRS-816, localizada na cidade de Venâncio Aires/RS.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde - OMS (2021), cerca de 3,5 mil
pessoas morrem todos os dias, globalmente, nas vias de trânsito, o que equivale a 1,3 milhões
de mortes que poderiam ser evitadas e 50 milhões de pessoas que são lesionadas a cada ano,
concretizando a principal causa de morte de jovens e crianças no mundo. Neste intuito, a
OMS deu início a uma ação em Genebra chamada de Década de Ação pela Segurança no
Trânsito 2021-2030, que tem como meta reduzir em 50% as mortes e lesões causadas pelo
trânsito até 2030.
Segundo Teixeira (2012), o grande número de veículos circulando nas rodovias pode
ser um dos principais motivos para acidentes de trânsito no país, tornando isso ainda mais
crítico quando os condutores tomam atitudes que colocam em risco a sua segurança e a dos
demais usuários da via no intuito de ganhar tempo na sua viagem. Estas situações por muitas
vezes ocorrem devido ao fato das vias não suportarem o alto volume de veículos circulando.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Para que estes comportamentos ocorram pode ser que outros fatores estejam envolvidos, mas
a ação, por exemplo, de desrespeitar a indicação vermelha no semáforo, dirigir acima da
velocidade permitida, não sinalizar algum tipo de manobra e dirigir alcoolizado são cometidas
pelo fator humano (PAULA; RÉGIO, 2008).
Para Nodari (2003), os fatores têm uma ordem de causas mais frequentes, sendo o
componente humano o principal causador de acidentes, pois é o elemento que liga a
ocorrência ao homem. O componente viário-ambiental é considerado o segundo principal
causador de incidentes, pois é o elemento que compõem as características geométricas da via,
a adjacência e os efeitos das condições climáticas (chuva, neblina e luminosidade). E o
componente veicular é considerado o terceiro causador de fatalidades, pois acredita-se que a
manutenção dos veículos são feitas com maior frequência.
Segundo Panitz (1999), a situação viária urbana, ao ser analisada, permite que alguns
fatores sejam observados como problemas graves na sociedade, sendo eles as colisões de
trânsito, o congestionamento e a poluição ambiental. No entanto, os problemas mais graves
15
são os acidentes de trânsito, pois representam várias perdas humanas em termos de ferimentos
e fatalidades e também uma perda econômica significativa. Para a prevenção destes
problemas, seria importante analisar os locais com maiores chances de incidentes e, se
necessário e possível, efetuar as correções necessárias promovendo, assim, maior segurança
ao usuário da via.
Estes problemas de segurança no trânsito podem também ser tratados de muitas outras
formas. Segundo Nodari (2003), uma das principais formas é através do programa de
gerenciamento da segurança viária que tem foco em duas ações, a reativa e proativa. As ações
reativas são aquelas que resolvem problemas ocasionados pelos excessivos acidentes em
determinados locais da via; e a ação proativa é aquela que pretende identificar possíveis
potenciais de risco na malha viária. As ações podem também ser diferenciadas pelo seu custo,
sendo a proativa com menor valor, pois age na resolução de problemas antes que ocorra.
O Índice de Segurança Potencial (ISP) foi desenvolvido pela Prof. Dra. Christine
Tessele Nodari (2003), com o intuito de avaliar o índice de segurança potencial dos
segmentos rodoviários rurais pavimentados de pista simples. Este método baseia-se nas
características dos impactos da segurança viária e na relevância das características das
rodovias brasileiras, auxiliando na visualização de potenciais perigos e correções para as
rodovias analisadas.
Segundo Balbo (2007), pavimentar vias faz parte de uma obra civil e tem função de
melhorar o tráfego de veículos através da criação de uma superfície mais regular que garanta
o conforto no deslocamento de veículos, uma superfície mais aderente que garanta segurança
em condições de pista úmida e molhada, e uma superfície menos ruidosa em relação à ação
dinâmica dos pneumáticos, garantindo o conforto ambiental em pistas urbanas e rurais. Além
destes requisitos, as pistas precisam suportar os esforços provenientes de cargas e das ações
climáticas, sem que haja deterioração prematura.
17
Para Souza (2004), problemas na estrutura das camadas dos pavimentos geram uma
falta de segurança, desconforto, acidentes ou danos materiais, pois a via contêm
manifestações patológicas, associadas à má execução de projeto, problemas na construção,
materiais inadequados, falta ou inadequadas ações de conservação e manutenção do
pavimento.
Segundo a norma do DNIT 005/2003 - TER (DNIT, 2003), os principais defeitos que
ocorrem nos pavimentos são:
2.3.1.2 Curvas
Conforme Pimenta e Oliveira (2004), as rodovias são constituídas por trechos retos e
trechos curvos alternadamente; os trechos retos são chamados de tangentes e os trechos
curvos de curvas horizontais. Citam, ainda, que reduzir o número de curvas não é tão
importante quanto utilizar o raio correto para sua execução e afirmam que o raio deve ser
aquele que melhor se adapta no traçado do terreno, consequentemente, respeitará os valores
mínimos necessários para garantir a segurança dos veículos que irão percorrer a via na
velocidade do projeto.
Nos trechos em curvas ocorrem condições de alteração, devido aos fatores de esforços
laterais e a sensação de maior confinamento que atuam sobre o veículo no percurso. Estes
fatores afetam diretamente a consistência da velocidade entre os trechos em curva e trechos
em tangente (retas), consequentemente, para que ocorra uma minimização dos condicionantes
são inseridos conceitos de superelevação e superlargura (LEE, 2015).
19
2.3.1.2.1 Superelevação
Segundo Lee (2015), o veículo, quando percorre o trecho de uma rodovia em curva
horizontal em certa velocidade, fica sujeito a uma ação de força centrífuga que atua de dentro
para fora da curva. Desta forma, o condutor é obrigado a mover o volante na direção da curva
e assim manter o veículo na trajetória desejada. Para a minimização destes impactos e
também para proporcionar uma maior sensação de segurança e conforto, é utilizada a
superelevação que faz a inclinação transversal da pista, como mostra a Figura 1.
Classe A 8%
Classe B 8%
Classe C 6%
Classe D 6%
Fonte: Da autora, adaptado de DAER (1991).
2.3.1.2.2 Superlargura
Segundo Lee (2015), há duas formas para o aumento da largura nos trechos em
curvas: o alargamento assimétrico da pista, que é quando o aumento se dá no lado interno da
21
pista, e o alargamento simétrico da pista, quando o aumento acontece nos dois lados do eixo
(lado interno e externo).
2.3.1.3 Interseções
A sinalização segundo Pessoa Júnior (2014), pode ser classificada em duas categorias,
horizontal e vertical. A sinalização horizontal diz respeito aos serviços executados
diretamente sobre a superfície do pavimento, como por exemplo a pintura, setas e zebrados,
tachinhas e tachões, etc. A sinalização vertical é a instalação de placas, pórticos, balizadores,
23
etc. Sua execução deve ocorrer após a finalização da pavimentação e o tráfego só deve ser
liberado após sua conclusão.
Segundo Oliveira (2019), as linhas de bordo e centro auxiliam na redução de até 20%
das ocorrências no trânsito, pois a sinalização horizontal é fundamental na redução de
velocidade dos veículos. Uma das táticas utilizadas é através do espaçamento das linhas
tracejadas conforme a redução de velocidade, gerando uma sensação de alta velocidade ao
condutor.
tenham a ocorrência de neblina e seu material não prejudica os veículos caso ocorra uma
colisão (BRANCO, 1999).
2.3.1.5.1 Rampas
A 4% 6% 8%
B 4% 6% 8%
C 5% 7% 9%
D 6% 8% 10%
Fonte: Da autora, adaptado de DAER (1991).
2.3.1.5.2 Ultrapassagem
Segundo Lee (2015), após ser estabelecida a geometria dos elementos longitudinais é
necessário fixar as características dos elementos constituintes das seções transversais,
podendo definir geometricamente a seção transversal da rodovia a qualquer ponto da sua
extensão. Os elementos típicos são caracterizados de acordo com as exigências e/ou
recomendações das normas em função da classe de projeto, auxiliando na definição das
chamadas seções-tipo de projeto. Estas seções-tipo são as seções transversais características a
ser consideradas no trecho da rodovia em tangente e em curvas horizontais.
De acordo com Pimenta e Oliveira (2004), a faixa de tráfego é definida como o espaço
destinado para o fluxo de uma corrente de veículos e a largura de cada faixa influencia
diretamente na segurança e no conforto do veículo durante a sua travessia na pista. De acordo
com DAER (1991), a largura das faixas de tráfego mais seguras e confortáveis, considerando
rodovias vicinais, é de 3,50 metros, mas podem ser utilizados valores de até 3,00 metros
dependendo da classe que o trecho se encaixa, como mostra a Tabela 3.
26
2.3.1.6.2 Acostamentos
D - - -
Fonte: Da autora, adaptado de DAER (1991).
27
2.3.1.6.3 Taludes
Segundo Antas et al. (2010), os taludes fazem o contorno da lateral da pista e sua
estabilização é de suma importância na segurança do tráfego, deste modo, deve-se promover
um estudo cauteloso de estabilidade com o auxílio dos estudos geotécnicos. A partir destes,
obtém-se a inclinação do talude, que deve ser suave para que seja proporcionada uma
impressão estética e visual melhor e fazendo uma harmonização com as elevações do terreno
circunvizinho.
Os taludes laterais devem ter a menor inclinação possível, pelo ponto de vista da
segurança viária e ele é dividido pelo ponto mais alto e mais baixo, chamados,
respectivamente, de crista e pé. O ponto mais alto (crista) é chamado pelo fato de ser mais
seguro e ter uma estética melhor, e o ponto mais baixo (pé) se configura adequadamente
arredondado quando da construção da rodovia, assim utiliza-se curvas verticais de
comprimentos entre 1,5 metros e 4,0 metros (LEE, 2015).
De acordo com AASHTO (1997), as rodovias rurais de pista simples necessitam ser
projetadas, construídas, operadas e mantidas para que pedestres e ciclistas possam circular
nelas. Para que isso aconteça os acostamentos devem ter o tipo de revestimento correto, a
sinalização de limitação entre a faixa de rolamento e acostamento e também um local para o
tráfego dos usuários em pontes. Geralmente, esta separação da via e do passeio em cima da
ponte é feita através da construção de uma mureta, visando assim, melhorar a segurança do
tráfego. Outro elemento que pode diminuir o número de imprevistos é a execução de calçadas
em vias rurais, porém, não é tão frequente o seu uso (AASHTO, 2001).
28
Nodari (2003) cita, ainda, que deve-se conter ao longo da via recuos onde os veículos
podem percorrer pequenas distâncias sem preocupações, este componente deve ser instalado
onde o terreno tenha uma leve inclinação e não haja nenhum elemento fixo. Este trecho tem o
objetivo de proporcionar ao condutor que perde o controle ou passa mal uma opção de não
causar danos e nem fatalidades, reduzindo 17% do número de acidentes. Mas caso haja algum
elemento fixo no trecho deve-se levar em consideração a instalação de um elemento de
proteção, para que os ocupantes do veículo não se machuquem caso ocorra uma colisão.
Deste modo, deve-se verificar e executar um elemento de proteção se caso houver
necessidade, caso o elemento de proteção for mais perigoso que o elemento fixo, não se deve
instalar para que os danos não sejam piores.
Outro causador de acidentes nas vias laterais da rodovia, segundo Ogden (1996), são
os acessos a propriedades e comércio lindeiro; as manobras e travessias feitas para o ingresso
são causadores de potenciais conflitos entre veículos, causando, portanto, colisões. O autor
cita, ainda, que estudos realizados mostram que a taxa de incidentes aumenta rapidamente
quando há um elevado número de acessos a propriedades. Os fatores que influenciam na
segurança desses acessos são a quantidade e o tipo de tráfego, a localização e o espaçamento
do acesso na rodovia e as características geométricas da rodovia (AASHTO,1997).
De acordo com CONTRAN (2007), sua aplicação deve ser realizada após um estudo
de engenharia que leve em consideração os aspectos físicos, geométricos, operacionais,
ambientais, dados de ocorrência de acidentes, uso e ocupação do solo lindeiro. O uso das
placas apresentadas na Figura 5 pode ser tanto em área rural quanto em área urbana e, caso
não seja mais necessária, deve ser retirada para que não confunda os condutores dos veículos.
Outro estudo semelhante é do Ahmann (2016), que tem como objetivo analisar as
condições de segurança e propor melhorias na rodovia ERS-239, trecho que liga as cidades de
Novo Hamburgo e Sapiranga. O trecho analisado tem 18 km de extensão e constatou-se que o
km 17 é o mais inseguro, mas tem baixo índice de acidentes e alto nível de mortes. O autor
também constatou que é necessário cuidados e melhorias na travessia de pedestres, tráfego de
ciclista/pedestres, acesso a propriedades e comércios lindeiros e elementos perigos na pista,
37
sendo assim, sugeriu uma melhor iluminação, construção de uma passarela para pedestres,
ajustes na superfície da pista e modificações no acostamento.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Figura 8 – Mapa do Estado do Rio Grande do Sul com demarcação do município de Venâncio
Aires
A VRS-816 inicia na Linha Grão Pará, passa pela Linha Travessa e termina em Vila
Palanque, na cidade de Venâncio Aires, como mostra a Figura 9. O trecho rodoviário possui
13,3 quilômetros e é administrado pela 11ª Superintendência Regional do DAER de
Lajeado/RS, que gerencia a malha rodoviária da região. Com o auxílio do DAER foi possível
realizar o estudo proposto neste trabalho, pois a Universidade do Vale do Taquari - Univates e
o DAER de Lajeado/RS se uniram em parceria, por meio do Termo de Acordo de Cooperação
Técnica nº AJ/TAC/002/20, que objetiva o desenvolvimento de estudos técnicos na área
rodoviária do Rio Grande do Sul.
A sigla VRS significa que é uma rodovia vicinal instalada, geralmente, em uma
pequena localidade e tem como objetivo interligar as malhas viárias regionais. Sua
pavimentação foi executada sobre o traçado existente da antiga estrada, com uma largura de 6
metros. Conforme DAER (2001), o volume diário médio (VDM) era de 397 veículos do
quilômetro 0,00 até o quilômetro 7,91 (Linha Grão Pará até Linha Travessa) e um VDM de
562 veículos do quilômetro 7,91 até o quilômetro 13,3 (Linha Travessa até Vila Palanque).
41
Por não ser conhecido o ano de projeto e nem o ano de abertura da referida rodovia,
foi utilizado o valor do VDM apresentado e a Tabela 5 como parâmetro para a suposição da
classe desta via, tendo sido arbitrada a classe B, pois possui um VDM maior que 200, a sua
pista mede 6 metros de largura e a rodovia tem a finalidade de ligar distritos, sem o propósito
de se tornar parte de uma futura malha estadual. A classe B define que a pista precisa ter 6
metros de largura e que as demais características podem ser baseadas nas mesmas
desenvolvidas para as rodovias estaduais de Classe III (DAER, 1991).
D 50 - 100 6,00 m -
Fonte: Da autora, adaptado de DAER (1991).
com tempo bom e o terceiro em um dia de chuva. A inspeção foi realizada com duas pessoas,
uma pessoa pilotando o veículo e outra avaliando o trecho. O motorista trafegou sobre a via
na velocidade regulamentada (60 km/h) nos dois sentidos da via (ida e volta). O trecho foi,
primeiramente, trafegado sem pausa e, num segundo momento, foi trafegada realizando
paradas a cada um quilômetro percorrido. O avaliador estava munido com a planilha de
inspeção (ANEXO A) e com o gabarito de notas (ANEXO B) ao realizar o procedimento de
campo. No primeiro momento em que foi realizada a inspeção sem parada, o avaliador fez
anotações de modo geral das condições de segurança e no segundo momento ele deu notas
pertinentes para cada característica, de quilômetro por quilômetro.
trecho. A obtenção dos 𝐼𝑆𝑃𝑝𝑎𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙/𝑠𝑒𝑔𝑚 foi feita a partir do somatório entre o peso e a nota de
𝑚
𝐼𝑆𝑃𝑝𝑎𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙/𝑠𝑒𝑔𝑚 = ∑ 𝑝𝑖 × 𝑛𝑖
𝑖=1
( ) (1)
Onde:
𝐼𝑆𝑃𝑝𝑎𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙/𝑠𝑒𝑔𝑚- Índice de segurança potencial parcial de um segmento (a cada uma das
9 macrocategorias);
𝑝𝑖 - peso relativo da característica 𝑖 dentro de cada macrocategoria;
𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙/𝑠𝑒𝑔𝑚 (índice de segurança potencial global do segmento), que foi obtido através da
Equação 2:
9
𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙/𝑠𝑒𝑔𝑚 = 𝐼𝑆𝑃𝑠𝑢𝑝. × 𝐼𝑆𝑃𝑐𝑢𝑟. × 𝐼𝑆𝑃𝑖𝑛𝑡. × 𝐼𝑆𝑃𝑠𝑖𝑛. × 𝐼𝑆𝑃𝑙𝑜𝑛. × 𝐼𝑆𝑃𝑡𝑟𝑎𝑛. × 𝐼𝑆𝑃𝑣𝑢𝑙. × 𝐼𝑆𝑃𝑙𝑎𝑡. × 𝐼𝑆𝑃𝑒𝑙.𝑔.
(2)
Onde:
𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 - Índice de segurança potencial global;
do pavimento”;
𝐼𝑆𝑃𝑐𝑢𝑟. - Índice de segurança potencial parcial referente à macrocategoria “curvas”;
“interseções”;
𝐼𝑆𝑃𝑠𝑖𝑛. - Índice de segurança potencial parcial referente à macrocategoria “sinalização
vertical e horizontal”;
𝐼𝑆𝑃𝑙𝑜𝑛. - Índice de segurança potencial parcial referente à macrocategoria “elementos
longitudinais”;
𝐼𝑆𝑃𝑡𝑟𝑎𝑛. - Índice de segurança potencial parcial referente à macrocategoria “elementos
da seção transversal”;
44
vulneráveis";
𝐼𝑆𝑃𝑙𝑎𝑡. - Índice de segurança potencial parcial referente à macrocategoria “laterais da
via”;
𝐼𝑆𝑃𝑒𝑙.𝑔. - Índice de segurança potencial parcial referente à macrocategoria “elementos
gerais”.
dentro do trecho analisado (não possuindo limite pré-determinado para sua extensão), onde se
reflete a condição de segurança potencial de cada um quilômetro de segmento. Mas, para a
obtenção da condição de segurança potencial de todo trecho analisado foi necessário calcular
o 𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙/𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜, que pode ser realizado através da média geométrica dos 𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙/𝑠𝑒𝑔𝑚 ou
através da Equação 3:
𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙/𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 = 𝑛
Π × 𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙/𝑠𝑒𝑔𝑚 (3)
Onde:
𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙/𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜 - Índice de Segurança Potencial do Trecho avaliado (composto por 𝑛
segmentos);
𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙/𝑠𝑒𝑔𝑚 - Índice de Segurança Potencial dos Segmentos que compõem o trecho
avaliado;
𝑛 - número de segmentos que compõem o trecho avaliado.
todo, portanto, este índice é útil para apontar os trechos que devem ser priorizados nas
melhorias de segurança. Já o 𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙/𝑠𝑒𝑔𝑚 indica os segmentos que apresentam maiores
A obtenção dos valores de 𝐼𝑆𝑃'𝑠 para cada segmento do trecho analisado foram
realizados por meio de cálculos em planilha eletrônica e, em seguida, expostos em uma escala
de cores, onde pode-se verificar uma demonstração da condição de segurança potencial do
segmento. Sendo assim, quanto maior o valor de 𝐼𝑆𝑃, mais seguro o segmento e mais clara a
tonalidade na representação gráfica. As faixas de valores de 𝐼𝑆𝑃 são associadas diretamente
às condições de segurança potencial a qual são vinculadas e as cores correspondentes, como
mostra a Tabela 7.
sinalização horizontal foi levantado o tipo de sinalização encontrada (linha contínua ou linha
seccionada), medindo a distância entre uma linha e outra.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
As notas que compõem as tabelas são as mais graves obtidas através da inspeção em
campo, que aconteceram em três momentos distintos e são eles:
Gráfico 1 – Avaliação do km 1
51
Gráfico 2 – Avaliação do km 2
Ao analisar o km 3 foi possível observar que foram dadas notas mais baixas para
outras características além das citadas anteriormente no km 2. Esta constatação se dá pois
foram concedidas 8 notas 1, 9 notas 3, 8 notas 7 e 9 notas 10. As características que obtiveram
notas abaixo de 7 são bem significativas para o resultado do ISP segmento, sendo assim, as
características que devem ter um cuidado são os buracos na pista, formação de espelho d’
52
Gráfico 3 – Avaliação do km 3
No km 4 pode-se observar que as notas obtidas são bem parecidas com o km 3, pois
algumas características foram avaliadas melhores ou piores que a outra. Este segmento
adquiriu 10 notas 1, 11 notas 3, 6 notas 7 e 7 notas 10, sendo que as características que
obtiveram uma nota menor que 7 foram os buracos na pista, formação de espelho d’ água,
desnível entre a faixa e o acostamento, curvas acentuadas, deficiência na superlargura,
incidência de curvas, iluminação na interseção, condições das linhas demarcadoras, condições
das tachas refletivas, credibilidade da sinalização vertical e horizontal, quantidade de placas
53
Gráfico 4 – Avaliação do km 4
Gráfico 5 – Avaliação do km 5
Gráfico 6 – Avaliação do km 6
Ao analisar as notas do km 7 pode ser visto que as notas atribuídas foram de 9 notas 1,
4 notas 3, 8 notas 7 e 13 notas 10. As características que obtiveram notas abaixo de 7 foram
os buracos na pista, desnível entre a faixa e o acostamento, condições das linhas
demarcadoras, condições das tachas refletivas, credibilidade da sinalização vertical e
horizontal, quantidade de placas de sinalização, legibilidade e destaque das placas,
oportunidade de ultrapassagem, larguras das faixas e acostamentos, condições superficial do
acostamento, condição do tráfego para ciclistas/pedestres, travessia segura para pedestres e
acesso a propriedades e comércio lindeiros. No Gráfico 7 pode-se verificar as notas 1 e 3 na
cor vermelha e as notas 7 e 10 na cor verde, as notas foram distribuídas conforme avaliação
feita em campo.
56
Gráfico 7 – Avaliação do km 7
Das análises realizadas anteriormente pode-se afirmar que os trechos críticos estão
entre o km 3 e o km 6 com uma classificação de potencialmente inseguro, sendo o pior valor
encontrado para o 𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙/𝑠𝑒𝑔𝑚 o de 3,97 no quilômetro 4. Os quilômetros 2 e 7 foram
encontrado em toda sua extensão, com o resultado de 8,23, ficando classificado como
potencialmente seguro.
57
Gráfico 9 – Avaliação do km 8
Gráfico 10 – Avaliação do km 9
Analisando o km 10, através do Gráfico 11, é possível observar que as notas dadas
foram 7 notas 1, 9 notas 3, 7 notas 7 e 11 notas 10. As características que obtiveram notas
abaixo de 7 foram a formação de espelho d’ água, desnível entre a faixa e o acostamento,
curva acentuada, incidência de curva, condições das linhas demarcadoras, condições das
tachas refletivas, credibilidade da sinalização vertical e horizontal, quantidade de placas de
sinalização, legibilidade e destaque das placas, oportunidade de ultrapassagem, larguras das
faixas e acostamentos, condições superficial acostamento, condição do tráfego para
ciclistas/pedestres, travessia segura para pedestres e acesso a propriedades e comércio
lindeiros.
60
Gráfico 11 – Avaliação do km 10
Gráfico 12 – Avaliação do km 11
Gráfico 13 – Avaliação do km 12
Gráfico 14 – Avaliação do km 13
Ao analisar o km 13,3 e ao verificar o Gráfico 15 foi possível ver que o trecho obteve
6 notas 1, 6 notas 3, 5 notas 7 e 17 notas 10, sendo que as características que devem ter um
pouco mais de atenção são o desnível entre a faixa e o acostamento, condições das linhas
demarcadoras, condições das tachas refletivas, credibilidade da sinalização vertical e
horizontal, quantidade de placas de sinalização, legibilidade e destaque das placas,
oportunidade de ultrapassagem, larguras das faixas e acostamentos, condições superficial
acostamento, condição do tráfego para ciclistas/pedestres, travessia segura para pedestres e
acesso a propriedades e comércio lindeiros.
64
Além das análises já realizadas, pode-se conferir que os trechos mais críticos
encontram-se no km 8, km 10 e km 11, sendo o de valor mais crítico o km 8 com o
𝐼𝑆𝑃𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙/𝑠𝑒𝑔𝑚 de 4,82, classificando-o assim como potencialmente inseguro. Os km 9, 12, 13
da Tabela 9 ficou com um valor de 5,17 classificando-se assim, também como potencialmente
razoavelmente inseguro o trecho analisado.
com uma classificação razoavelmente boa. Este fato ocorreu pois as notas abaixo de 7 foram
muito significativas.
66
4.1.1 Superfície
4.1.2 Curva
4.1.3 Interseção
viável devido ao fato de ser uma via vicinal, que tem o intuito de ligar somente os distritos
mais próximos e sem o propósito de se tornar parte de uma futura malha estadual.
Na seção transversal as características que não foram bem avaliadas são em relação ao
acostamento, pois somente o km 1 e parte do km 2 possuem acostamento, já o restante da
rodovia não possui, como mostra a Figura 20. Os acostamentos, segundo o DNIT (2010), são
as faixas laterais da via e tem o intuito de ajudar os motoristas caso ocorra uma emergência ao
trafegar na pista de rolamento, sendo um lugar onde possa parar o veículo e não atrapalhar o
trânsito para os demais usuários. Essa, também tem o propósito de aumentar a segurança
rodoviária para os motoristas e melhorar a capacidade de segurança ao usuário.
Para Nodari (2003), uma faixa de travessia serve como oportunidade para o pedestre
atravessar a via em segurança. Quando esta oportunidade de travessia não ocorre
espontaneamente pelos motoristas é necessário a implementação de faixas de segurança,
placas sinalizando a travessia segura e também de redução de velocidade.
Durante a avaliação em campo, outra característica que obteve notas mais baixas foi o
acesso a propriedades e comércios lindeiros, em razão de ter muitas casas e alguns comércios
na beira da rodovia com pouca infraestrutura para o acesso adequado aos mesmos. Na Figura
76
22 pode ser visto que as moradias são bem próximas à pista de rolamento e que ao querer
ingressar em uma casa ou ingressar na pista é necessário muito cuidado para não causar um
acidente.
mais acentuada (sem placas sinalizando). Neste sentido, a melhor forma de obter a velocidade
de projeto e regulamentada é fazer a manutenção da via e colocar as placas necessárias para
reduzir a velocidade e indicar o obstáculo, com o intuito de indicar ao motorista que há algo
diferente à frente e necessita de cuidado.
A sinalização vertical foi levantada nos 13,3 quilômetros que a VRS-816 têm de
extensão. O levantamento encontra-se no Apêndice A, e nele foram encontradas cinquenta e
três placas de sinalização ao longo do trecho, sendo elas de regulamentação, advertência e de
indicação. As placas de regulamentação encontradas foram as de velocidade (R-19), parada
obrigatória (R-1), sentido de circulação na rotatória (R-33), circulação exclusiva de bicicletas
(R-34) e peso bruto total máximo permitido (R-14). As placas de advertência encontradas
foram de curva acentuada à direita (A-1b), saliência ou lombada (A-18) e passagem
sinalizada de pedestres (A-32b). Já as placas de indicação (Ind.) mostravam pontos turísticos,
informações importantes e direção para ingressar a outros distritos.
do CONTRAN (2007), em que as dimensões mínimas exigidas são de 0,80 x 0,80m para
placas quadradas e 1,00 m (lado maior) e 0,50 m (lado menor) para placas retangulares.
Analisando outro item do Apêndice A, e com o auxílio do Gráfico 19, é possível fazer
uma comparação, em porcentagem, da quantidade de placas que atendem e não atendem a
distância vertical da borda da pista até a borda da placa mínima exigida pelas normas do
CONTRAN (2007) e do DAER (2013). As normas exigem que as placas devem estar a 1,20
metros de distância da borda da pista, portanto ao observar o Gráfico 19 verifica-se que 98%
das placas atendem a distância vertical mínima.
5 CONCLUSÃO
Após a avaliação de campo, foi possível determinar o ISP de cada segmento e o ISP
global trecho, resultando como piores ISP segmento o km 3, km 4, km 5, km 6, km 8, km 10 e
km 11, classificando-se como “potencialmente inseguro”. Dentre esses, o km 4 foi avaliado
como o pior trecho, obtendo o valor de ISP segmento de 3,97. Pode-se ainda classificar o ISP
global trecho como “potencialmente razoavelmente inseguro” a partir da atribuição da nota de
5,26, obtida pela avaliação. Com os ISP’s determinados foi possível verificar que a rodovia
VRS-816 necessita de melhorias para que os usuários tenham maior segurança ao trafegar na
via.
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85
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86
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z/data=!4m15!4m14!1m5!1m1!1s0x951c8fd4226d589b:0x2c698479e4d0e45b!2m2!1d-52.18
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mestrado - Instrumento de auditoria de segurança viária para projetos rodoviários brasileiros.
Brasília/DF: 2005.
ANEXOS
90
APÊNDICES
93
1 A-32b km 1 + 650 LE
2 A-18 km 1 + 800 LD
3 A-1a km 2 + 000 LD
4 A-2b km 2 + 100 LE
5 A-32b km 2 + 300 LE
97
6 R-7 km 2 + 600 LE
7 A-10a km 3 + 300 LD
8 A-10b km 3 + 350 LE
10 A-2a km 3 + 500 LE
11 A-2b km 3 + 700 LD
98
12 A-2a km 3 + 700 LE
13 R-19 km 3 + 800 LD
14 A-2a km 4 + 650 LD
15 A-2b km 4 + 600 LE
16 A-7a km 5 + 500 LD
99
17 A-7b km 5 + 600 LE
18 R-33 km 5 + 750 LD
19 R-33 km 5 + 800 LE
20 A-18 km 7 + 400 LD
21 A-18 km 7 + 400 LE
22 A-6 km 7 + 780 LD
100
23 A-6 km 7 + 800 LE
24 R-19 km 7 + 900 LD
25 A-2b km 8 + 300 LE
26 A-2a km 9 + 300 LD
27 R-7 km 9 + 420 LD
28 A-2b km 10 + 400 LD
101
29 A-2a km 10 + 600 LE
30 A-2a km 10 + 800 LD
31 R-7 km 11 + 000 LD
32 R-7 km 12 + 900 LE
102