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VOLUME III
PRODUTO VI
PACUERA
CURITIBA
NOVEMBRO
2020
Figura 1 Inserção regional da bacia do Miringuava, com destaque à APA e a área do PACUERA
do Miringuava .................................................................................................................................................8
Figura 2 Classificação climática segundo Köeppen ..............................................................................11
Figura 3 Geologia na região do PACUERA. .............................................................................................14
Figura 4 Recursos minerais na área do PACUERA. ...............................................................................15
Figura 5: Geomorfologia na área do PACUERA .....................................................................................17
Figura 6: Geotecnia na área do PACUERA..............................................................................................18
Figura 7 Pedologia na região do PACUERA. ...........................................................................................20
Figura 8 Vegetação no Entorno do Reservatório do Miringuava .....................................................22
Figura 9 Áreas Potenciais de Processos Erosivos na Margem do Reservatório............................23
Figura 10 Pontos de Coleta Para Monitoramento da Qualidade da Água .....................................25
Figura 11 – Área de enchimento do reservatório nível de água operacional a montante de 891
metros ............................................................................................................................................................27
Figura 12 Área de enchimento do reservatório nível de água de 895 metros .............................28
Figura 13 Área de enchimento do reservatório nível de água de 900 metros .............................29
Figura 14 – Área de enchimento do reservatório nível de água de 905 metros ..........................30
Figura 15 Formação de áreas insulares e proposta de canal para amenizar impactos na
qualidade da água do reservatório. ........................................................................................................31
Figura 16 Perfil-Diagrama das principais espécies registradas nas formações de Floresta
Ombrófila Mista Montana e Aluvial na Região Metropolitana de Curitiba. ..................................35
Figura 17 Registros fotográficos de fragmentos de Floresta Ombrófila Mista Montana no
âmbito do PACUERA do rio Miringuava. ................................................................................................35
Figura 18 - Registros fotográficos da Floresta Ombrófila Mista Aluvial no âmbito da sub-bacia
do rio Miringuava.........................................................................................................................................37
Figura 19 Registros fotográficos da Formação Pioneira de Influência Flúvio-Lacustre. .............38
Figura 20 Registros fotográficos da Estepe Gramíneo-Lenhosa.......................................................39
Figura 21 Riqueza, em números absolutos e relativos, de famílias e espécies de pteridófitas,
gimnospermas e angiospermas registradas no âmbito da sub-bacia do rio Miringuava. .........40
Figura 22 Principais famílias de espécies epifíticas registradas no âmbito da sub-bacia do rio
Miringuava. Legenda: (A) Capanemia thereziae – Orchidaceae; (B) Trichocentrum pumilum –
Orchidaceae; (C) Vriesea friburgensis – Bromeliaceae; (D) Tillandsia stricta – B Bromeliaceae;
(E) Niphidium crassifolium – Polypodiaceae; (F) Peperomia catharinae – Piperaceae. .............54
Figura 23 Registros fotográficos de espécies endêmicas identificadas no âmbito da sub-bacia
do rio Miringuava. Legenda: (A) Campylocentrum aromaticum – Orchidaceae; (B) Acianthera
sonderiana – Orchidaceae; (C) Passiflora actinia – Passifloraceae; (D) Zanthoxylum kleinii –
Rutaceae; (E) Lobelia exaltata – Campanulaceae; (F) Duranta vestita – Verbenaceae. ............56
Figura 24 Registros fotográficos das espécies exóticas/invasoras identificadas no âmbito da
sub-bacia do rio Miringuava. Legenda: (A) Lonicera japonica – Caprifoliaceae; (B) Eriobotrya
japonica – Rosaceae; (C) Zantedeschia aethiopica - Araceae; (D) Impatiens walleriana –
Balsamiaceae; (E-F) Pittosporum undulatum – Pittosporaceae. ......................................................57
Figura 25 Registros fotográficos das espécies indicadoras de ambientes identificadas no
âmbito da sub-bacia do rio Miringuava. Legenda: (A) Typha dominguensis – Typhaceae; B)
Lista de Tabelas
Lista de Gráficos
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
1) Diagnóstico atualizado e respectivo Prognóstico, para a criação da Área
de Proteção Ambiental – APA do Miringuava e para subsidiar o PACUERA, contido
no Volume I;
2) Atualização da proposta de 2013 do Zoneamento Ecológico-Econômico
– ZEE da APA e respectivas Normas de Uso, apresentado no Volume II; e
3) Atualização do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do
Reservatório do Miringuava – PACUERA, composto por este Volume III.
O ZEE da APA do Miringuava promove a regulamentação do uso e
ocupação do solo da bacia hidrográfica a montante do barramento no rio Miringuava,
contribuindo, desta forma, para a conservação e melhoria da qualidade ambiental e a
disponibilidade hídrica do manancial.
Cabe mencionar que, ao se considerar a Lei Complementar nº 107, de 19
de abril de 2016 (alterada pela Lei Complementar nº 110, de 16 de agosto de 2016, e
Lei Complementar nº 124, de 19 de julho de 2018), que dispõe sobre o Zoneamento
de Uso e Ocupação do Solo do Município de São José dos Pinhais (Plano Diretor), a
área indicada para a instalação da APA do Miringuava está inserida em uma das duas
Zonas Especiais de Ocupação Restrita (ZEOR) – mais especificamente na ZEOR 1 –
que correspondem às áreas que apresentam condicionantes ambientais à ocupação,
caracterizadas como áreas de manancial de abastecimento público ou localizadas em
porções do território municipal onde se pretende restringir o crescimento urbano.
No citado Plano Diretor, a ZEOR1 é descrita como: áreas com restrições
ambientais expressivas, identificadas ou não no Anexo I desta Lei Complementar,
destinadas à preservação ambiental, à proteção de matas ciliares, a facilitar a
drenagem urbana, à implantação de parques lineares e a preservação de áreas
críticas ou frágeis.
Por sua vez, o PACUERA é uma ferramenta de planejamento e
ordenamento territorial, que promove a regulamentação do uso e ocupação do solo
da área do Reservatório e seu Entorno, propiciando atividades, planos e programas
para a sua conservação, recuperação, controle ambiental e operacional,
compatibilizando interesses múltiplos em relação à utilização sustentável desses
recursos naturais, minimizando a degradação ambiental e maximizando os benefícios
socioeconômicos decorrentes do empreendimento.
Em sua elaboração, observando os preceitos da legislação em vigor, é de
vital importância conciliar as necessidades do empreendimento e promover a
interação com a sociedade.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
O PACUERA abrange duas unidades básicas de planejamento e estudo –
o reservatório per si e a faixa de solo em seu entorno imediato, para as quais
apresentam-se propostas de Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), construídas a
partir da identificação das potencialidades atuais e futuras e as respectivas normas
para a sua utilização ou restrições visando a conservação e, quando oportuno, a sua
utilização sustentável. No PACUERA apresenta-se também as diretrizes que
orientarão o Plano de Gerenciamento e Monitoramento do Reservatório e seu
Entorno.
A área de estudo do PACUERA corresponde a uma faixa de 1.000 metros,
considerando o nível de água máxima normal do reservatório do Miringuava que
corresponde a 905 metros, sendo que a presente versão, com seu zoneamento em
caráter preliminar, será submetido para avaliação da comunidade e de órgãos
públicos que atuam na região, para posterior revisão e consolidação das sugestões e
a aprovação do Instituto Água e Terra - IAT.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
À Lei Florestal nº 12.651/2012, quanto ao inciso II do art. 3º, que define APP
como sendo: “área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função
ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o
solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”. Também, ao art. 4º,
inciso III, da mesma lei, que estabelece que são APPs as áreas no entorno dos
reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de
cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do
empreendimento.
Também, ao art. 4º, inciso III, da mesma lei, que estabelece que são APPs as
áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento
ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença
ambiental do empreendimento.
Ao Art. 5º da citada Lei Florestal, que determina que: “na implantação de
reservatório d'água artificial destinado a geração de energia ou abastecimento
público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de servidão
administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente
criadas em seu entorno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental,
observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem)
metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30
(trinta) metros em área urbana.
E, ainda ao § 1º do supracitado art. 5º: “na implantação de reservatórios d'água
artificiais de que trata o caput, o empreendedor, no âmbito do licenciamento
ambiental, elaborará Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do
Reservatório, em conformidade com termo de referência expedido pelo órgão
competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, não podendo o
uso exceder a 10% (dez por cento) do total da Área de Preservação Permanente.
À Resolução Conama n.º 009, de 03 de dezembro de 1987, que "dispõe sobre a
realização de Audiências Públicas no processo de licenciamento ambiental".
À Resolução Conama nº 494, de 11 de agosto de 2020, que "estabelece, em
caráter excepcional e temporário, nos casos de licenciamento ambiental, a
possibilidade de realização de audiência pública de forma remota, por meio da
Rede Mundial de Computadores, durante o período da pandemia do Novo
Coronavírus (COVID-19)”.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Cabe observar que o art. 9º da Lei Florestal (nº 1.2651/2012) dispõe que
“é permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente
para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 1 Inserção regional da bacia do Miringuava, com destaque à APA e a área do PACUERA
do Miringuava
Fonte: Sociedade da Água, 2020
DADOS FISIOGRÁFICOS
Área de drenagem na Barragem - 46,16 km2
Área de drenagem na Captação - 110,41 km2
VAZÕES
Máxima média diária registrada (13/01/98) - 18,83 m³/s
Mínima média diária registrada (24/08/91) - 0,23 m³/s
Média diária de longo período (1955-2010) - 2,09 m³/s
Cheia decamilenar afluente - 375,60 m³/s
Cheia decamilenar efluente - 106,79 m³/s
Cheia máxima provável afluente - 573,9 m³/s
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Cheia máxima provável efluente - 191,95 m³/s
RESERVATÓRIO
Níveis de água a montante Máximo normal - 905,00 m
Máximo excepcional (cheia decamilenar) - 906,25 m
Máximo maximorum (cheia máxima provável) - 906,81 m
Mínimo operacional - 891,00 m
Área do reservatório (N A = 905,00 m) - 4,308 km2
Área inundada para cheia decamilenar (N A = 906,25 m) - 4,647 km2
Área inundada para cheia máxima provável (N A = 906,81 m) - 4,800 km2
Volume total do reservatório (N A = 905,00 m) - 38,206 x 106 m³
Volume morto (abaixo da elevação 891,00 m) - 2,417 x 106 m³
Volume útil (acima da el. 891,00 m e abaixo da el. 905,00 m) - 5,789 x 106 m³
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 4 Equipe Técnica da Sociedade da Água
Conselho CTF/
Função Nome Formação
Profissional IBAMA
Coordenador Geral Paulo Cezar
Geógrafo CREA-PR 11.534/D 196756
e do Meio Físico Tosin
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
2 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DO PACUERA
2.1.1 Clima
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Para as variáveis climáticas foram analisados os dados da estação
meteorológica de Pinhais-PR, mais próxima à área de estudo, adquiridos junto ao
SIMEPAR, com valores mensais do ano de 2010 a 2019. Estas estão detalhadas no
Diagnóstico e Prognóstico Ambiental da APA Miringuava e respectivo ZEE (Sociedade
da Água, 2020). As variáveis serão descritas a seguir de forma sucinta.
Referente à precipitação, os meses de janeiro, fevereiro e dezembro
(período de verão), apresentaram as maiores médias de precipitação mensal ao longo
dos anos de 2010 a 2019. Já as menores ocorreram no período entre os meses de
julho e agosto (período de inverno). Comparando o somatório de precipitação anual o
ano de 2010 foi o mais chuvoso e o ano de 2018 o menos chuvoso do período. E a
três anos consecutivos desde 2017, o somatório de precipitação anual foram as
menores da década de estudo.
Para a variável temperatura observou-se um padrão uniforme de
distribuição com valores mais altos em estações como primavera e verão, e valores
mais baixos nos meses de inverno. Analisando a variação da temperatura média
mensal ao longo dos anos o maior valor foi identificado em 2019 (22,6ºC), e o menor
valor em 2016 (11,2ºC). Os valores não apresentaram temperaturas médias propícias
à formação de geadas.
A umidade relativa do ar média mensal apresentou valores mais baixos
entre os meses de julho a setembro. Os valores máximos mensais ultrapassaram 90%
considerado uma umidade relativa de ar alta, característica de um clima úmido.
Durante a década estudada a média da umidade relativa do ar não apresentou
significativa variação.
Durante os anos de 2010 a 2019 predominaram na região os ventos vindos
da direção Norte (51,7% do Norte, 39,2% do Nordeste), 7,5% do Sudeste e 1,7% do
Leste. No período as velocidades mensais dos ventos média foi baixa e não
ultrapassou de 2,2 m/s. Também não foram identificadas significativas variações da
velocidade dos ventos na região ao longo dos anos, caracterizando uma brisa leve
durante o período.
No período as mais elavadas radiações solares médias mensais ocorreram
de setembro a março coincidindo com as estações primavera e verão. Analisando a
década estudada nos últimos 03 (três) anos a média anual mensal da radiação solar
apresentou um decréscimo consecutivo.
Quanto a pressão atmosférica média mensal a mais alta foi entre os meses
de maio a setembro, diminuindo gradativamente nos meses com temperaturas médias
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
mensais mais elevadas. Comparando os valores anuais nota-se praticamente uma
constância na média da pressão atmosférica ao longo dos anos.
Analisando a década estudada observa-se que algumas variáveis
climáticas tiveram um comportamento atípico nos últimos três anos se comparado
com os anteriores, como a radiação solar e a precipitação média mensal, o que pode
ser evidenciado por algumas disfunções ambientais, como o período de seca
registrada na região no ano de 2020.
2.1.2 Geologia
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 3 Geologia na região do PACUERA.
Fonte: Sociedade da Água, 2020 adaptado do ITCG.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
solapamento e erosão das margens. Tais atividades tornam-se inviáveis em uma área
de interesse de preservação do manancial.
Portanto, recomenda-se que a SANEPAR informe a ANM para a
paralização de abertura de processos para exploração mineral na área. As já
anteriormente permitidas, devem ser fiscalizadas de acordo com as exigências legais
e ambientais, visando a mitigação de impactos, e o encerramento e a recuperação
ambiental caso estejam em desacordo com as legislações ambientais vigentes, haja
vista que a área é de interesse de preservação do manancial para abastecimento
público. Também é de extrema importância que ao final do processo de exploração
mineral, as empresas responsáveis elaborem o Plano de Recuperação de Áreas
Degradadas (PRAD) destes empreendimentos.
2.1.4 Geomorfologia
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Ao consultar a tabela acima constata-se que mais de 98,90% da área de
estudo está localizada entre as cotas altimétricas de 885 a 975 metros, onde
localizam-se as áreas aluvionares e sedimentares e as áreas mais dobradas
correspondem à apenas 1,1%.
2.1.5 Geotecnia
2.1.6 Pedologia
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 7 Pedologia na região do PACUERA.
Fonte: Sociedade da Água, 2020 adaptado do ITCG.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Como a maior porção da área do PACUERA é representada pelos
cambissolos tem-se uma maior abrangência de área com condições favoráveis à
agricultura, no que concerne às características do solo.
Foram realizadas nas áreas de empréstimos próximas ao eixo da
barragem, sondagens para ensaios de permeabilidade do solo (Memorial Descritivo
do Empreendimento, Engevix 2012). Os ensaios de infiltração indicaram
permeabilidade na ordem de 10⁻⁵cm/s para o solo residual e colúvio, e 10⁻⁴cm/s para
o aluvião.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 8 Vegetação no Entorno do Reservatório do Miringuava
Fonte: Sociedade da Água, 2020
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 9 Áreas Potenciais de Processos Erosivos na Margem do Reservatório
Fonte: Sociedade da Água, 2020
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
chuvas intensas, declive acentuado, ou por ações antrópicas como exploração do solo
sem manejo e supressão vegetal.
Referente ao saneamento básico, como a área é rural não há rede de
esgoto disponibilizada pela Sanepar, os proprietários usam fossas sépticas e
rudimentares para tratarem seus dejetos. Nas áreas de estradas e vias de acessos
faz-se necessário a implantação de uma melhor drenagem das águas pluviais para
amenizar os processos erosivos e lixiviação de contaminantes agrícolas até os corpos
hídricos.
No restante do território do PACUERA não são esperados processos que
possam adulterar a qualidade ambiental (do relativo equilíbrio na qual se encontra), a
exceção das áreas de desenvolvimento de atividades de mineração, que embora
possam aparentemente ser conduzidas no presente momento, podem se tornar
problemáticas na medida em que estas atividades sejam ampliadas ou executadas
sem a devida fiscalização. Desta maneira, é de extrema importância o monitoramento
contínuo destas áreas.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Os resultados, detalhados no ZEE (Sociedade da Água, 2020),
apresentaram valores acima dos estabelecidos pela legislação para os parâmetros
correlatos à utilização de agrotóxicos, a exemplo o ferro, manganês, e o alumínio que
afetam a qualidade organoléptica da água. E outros parâmetros como fósforo, que em
excesso pode agravar problemas como eutrofização, e que pode ser proveniente
também de atividades agrícolas. Turbidez e DQO também apresentaram-se
superiores aos valores base. O primeiro pode ser consequência dos processos de
erosão no entorno do reservatório, já os parâmetros DQO e a Escherichia coli pode
evidenciar lançamentos sanitários.
Pelo estudo do Índice de Qualidade da Água (IQA), detalhado no ZEE
(Sociedade da Água, 2020), dos seis pontos monitorados apenas três apresentaram
IQA regular nas análises realizadas em novembro/2019, os demais tiveram IQA entre
bom e ótimo.
É evidente ao longo das campanhas de monitoramento que o uso do solo
tem influenciado a qualidade da água na área do PACUERA, sendo pelo uso de
defensivos agrícolas, evidências de processos erosivos, descarte de efluentes
sanitários, entre outros. Desta forma, o órgão ambiental do estado e a Sanepar devem
promover a recuperação da qualidade ambiental, a paralização de utilização de
produtos químicos na agricultura, o adequado manejo do solo, e a orientação à
respeito da utilização correta das fossas sanitárias.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
para as águas. Há também outros pontos isolados de estrangulamento que formam
pequenas áreas secas que também devem ser monitorados.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 13 Área de enchimento do reservatório nível de água de 900 metros
Fonte: Sociedade da Água, 2020
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 14 – Área de enchimento do reservatório nível de água de 905 metros
Fonte: Sociedade da Água, 2020
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 15 Formação de áreas insulares e proposta de canal para amenizar impactos na
qualidade da água do reservatório.
Fonte: Sociedade da Água, 2020
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
2.2 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO BIÓTICO
2.2.1 Flora
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Floresta Ombrófila Mista Aluvial
Essa tipologia está presente nas planícies aluviais do rio Miringuava e nos
afluentes deste. Persiste uma cobertura vegetal herbácea adaptada ao hidromorfismo
constante (Figura 19). Nas áreas do estudo a flora varia em composição e riqueza,
ora dominadas pela taboa (Typha domingensis - Typhaceae), ora pela coerana-
amarela (Cestrum corymbosum - Solanaceae) e/ou pelas espécies da família
Cyperaceae (Cyperus spp., Eleocharis spp. e Rynchospora spp.).
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
encontram-se entremeadas por subarbustos isolados ou em pequenos agrupamentos.
As espécies são seletivas e muito sensíveis quanto à variação de propriedades dos
solos, originando agrupamentos vegetais típicos com algumas espécies (Figura 20).
2.2.1.2 Florística
450
400
350
300
Riqueza
250
200
150
100
50
0
Nº FAMÍLIAS % Nº ESPÉCIES %
Angiosperma 77 83% 395 93%
Gimnosperma 4 4% 4 1%
Pteridófitas 12 13% 27 6%
Total Geral 93 100% 426 100%
Figura 21 Riqueza, em números absolutos e relativos, de famílias e espécies de pteridófitas,
gimnospermas e angiospermas registradas no âmbito da sub-bacia do rio Miringuava.
1
Não foram consideradas as espécies de macrófitas aquáticas que foram carcaterizadas em um item separado.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Analisando a riqueza das principais famílias observadas, verifica-se que
cerca de 56% de toda a riqueza se concentrou em 13 famílias, sendo a mais
importante Asteraceae, com 50 espécies (11,7%), seguida por Orchidaceae (30 spp.
– 7%), Myrtaceae (25 spp. – 5,9%), Fabaceae (24 spp. – 5,6%), Poaceae (19 spp. –
4,5%), Rosaceae, Rubiaceae e Solanaceae com 13 espécies cada (3,1%), Lauraceae
(12 spp. – 2,8%) e Bromeliaceae, Malvaceae, Melastomataceae, Sapindaceae com
10 espécies cada (2,3%). No Tabela 8 é apresentada a relação das famílias com as
respectivas espécies, forma de vida e origem.
Tabela 8 Listagem das espécies da flora registrada no âmbito da sub-bacia do rio Miringuava
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
ANGIOSPERMA
AMARANTHACEAE
Alternanthera brasiliana (L.) Kuntze. erv ter exótica
Amaranthus cruentus L. erv ter exótica
Chamissoa acuminata Mart. erv ter nativa
Gomphrena celosioides Mart. erv ter nativa
AMARYLLIDACEAE
Agapanthus africanus (L.) Hoffmanns. erv ter exótica
ANACARDIACEAE
Lithraea brasiliensis Marchand arv nativa
Lithraea molleoides (Vell.) Engl. arv nativa
Schinus engleri F.A.Barkeley arv nativa
Schinus polygama (Cav.) Cabrera arb nativa
Schinus terebinthifolia Raddi arv nativa
ANNONACEAE
Annona emarginata (Schltdl.) H.Rainer arv nativa
Guatteria australis A.St.-Hil. arv nativa
APIACEAE
Centella asiatica (L.) Urban erv ter exótica
Conium maculatum L. erv ter nativa
Eryngium eburneum Decne. erv ter nativa
Eryngium paniculatum Cav. & Dombey ex F.Delaroche erv ter nativa
APOCYNACEAE
Asclepias mellodora A.St.-Hil. lia nativa
Oxypetalum pannosum Decne. lia nativa
Peltastes peltatus (Vell.) Woodson lia nativa
Prestonia sp. erv ter nativa
Tabernaemontana catharinensis A.DC. arv nativa
AQUIFOLIACEAE
Ilex dumosa Reissek arv nativa
Ilex microdonta Reissek arv nativa
Ilex theezans Mart. ex Reissek arv nativa
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
ARACEAE
Monstera deliciosa Liebm. erv ter exótica
Philodendron loefgrenii Engl. erv epi nativa
Zantedeschia aethiopica (L.) Spreng. erv ter exótica
ARALIACEAE
Hydrocotyle bonariensis Lam. erv ter nativa
Hydrocotyle leucocephala Cham. & Schltdl. erv ter nativa
ARECACEAE
Butia eriospatha (Mart. ex Drude) Becc. pal nativa
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman pal nativa
ASTERACEAE
Acanthospermum austral (Loefl.) Kuntze. erv ter nativa
Achyrocline satureioides (Lam.) DC. erv ter nativa
Ageratum conyzoides L. erv ter exótica
Aspilia montevidensis (Spreng.) Kuntze. erv ter nativa
Austroeupatorium inulaefolium (Kunth) R.M.King & H.Rob. erv ter nativa
Austroeupatorium laetevirens (Hook. & Arn.) R.M.King & H.Rob. erv ter nativa
Austroeupatorium neglectum (B.L.Rob.) R.M.King & H.Rob. erv ter nativa
Austroeupatorium picturatum (Malme) R.M.King & H.Rob. erv ter nativa
Baccharis articulata (Lam.) Pers. erv ter nativa
Baccharis crispa Spreng. erv ter nativa
Baccharis dracunculifolia DC. arb nativa
Baccharis semiserrata DC. arb nativa
Baccharis vulneraria Baker arb nativa
Bidens pilosa L. erv ter nativa
Calyptocarpus brasiliensis (Nees & Mart.) B.L. Turner. erv ter exótica
Campovassouria cruciata (Vell.) R.M.King & H.Rob. erv ter nativa
Chaptalia exscapa (Pers.) Baker. erv ter nativa
Chaptalia nutans (L.) Pol. erv ter nativa
Chromolaena hirsuta (Hook. & Arn.) R.M.King & H.Rob. erv ter nativa
Chromolaena laevigata (Lam.) R.M.King & H.Rob. erv ter nativa
Chromolaena pedunculosa (Hook. & Arn.) R.M.King & H.Rob. erv ter nativa
Chrysolaena platensis (Spreng.) H.Rob. erv ter nativa
Cirsium vulgare (Savi) Ten. erv ter exótica
Conyza bonariensis (L.) Cronquist. erv ter exótica
Conyza sumatrensis (Retz.) E.Walker erv ter nativa
Dasyphyllum brasiliense (Spreng.) Cabrera arv nativa
Dasyphyllum spinescens (Less.) Cabrera arv nativa
Erigeron maximus (D.Don) Otto ex DC. erv ter nativa
Exostigma notobellidiastrum (Griseb.) G.Sancho erv ter nativa
Galinsoga parviflora Cav. erv ter exótica
Grazielia intermedia (DC.) R.M.King & H.Rob. erv ter nativa
Holocheilus brasiliensis (L.) Cabrera erv ter nativa
Holocheilus illustris (Vell.) Cabrera erv ter nativa
Hypochaeris chillensis (Kunth) Britton erv ter nativa
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
Hypochaeris radicata L. erv ter exótica
Mikania cordifolia (L.f.) Willd. lia nativa
Mikania micrantha Kunth. lia nativa
Moquiniastrum polymorphum (Less.) G. Sancho arv nativa
Noticastrum calvatum (Baker) Cuatrec. erv ter nativa
Perezia squarrosa (Vahl.) Less. erv ter nativa
Perezia squarrosa subsp. cubaetensis (Less.) Vuilleumemier erv ter nativa
Piptocarpha angustifolia Dusén ex Malme arv nativa
Piptocarpha axillaris (Less.) Baker arv nativa
Pterocaulon balansae Chodat erv ter nativa
Senecio brasiliensis (Spreng.) Less. erv ter nativa
Sonchus oleraceus L. erv ter exótica
Taraxacum officinale F.H.Wigg. erv ter exótica
Vernonanthura discolor (Spreng.) H.Rob. arv nativa
Vernonanthura montevidensis (Spreng.) H.Rob. erv ter nativa
Vernonanthura westiniana (Less.) H.Rob. arb nativa
BALSAMIACEAE
Impatiens walleriana Hook.f. erv ter exótica
BIGNONIACEAE
Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann lia nativa
Anemopaegma prostatum DC. lia nativa
Dolichandra unguis-cati (L.) L.G.Lohmann lia nativa
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DC.) Mattos arv nativa
Handroanthus heptaphyllus (Vell.) Mattos arv nativa
Handroanthus umbellatus (Sond.) Mattos arv nativa
Jacaranda puberula Cham. arv nativa
Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers lia nativa
BORAGINACEAE
Moritzia dusenii M.Johnst. erv ter nativa
BROMELIACEAE
Bromelia antiacantha Bertol. erv epi nativa
Tillandsia stricta Sol. erv epi nativa
Tillandsia tenuifolia L. erv epi nativa
Tillandsia usneoides L. erv epi nativa
Vriesea carinata Wawra erv epi nativa
Vriesea friburgensis Mez erv epi nativa
Vriesea gigantea Gaudich. erv epi nativa
Vriesea guttata André & Linden. erv epi nativa
Vriesea platynema Gaudich. erv epi nativa
Vriesea reitzii Leme & A.F.Costa erv epi nativa
CACTACEAE
Hatiora salicornioides Britton & Rose erv epi nativa
Lepismium cruciforme (Vell.) Miq. erv epi nativa
Lepismium houlletianum (lem.) Barthlott erv epi nativa
Lepismium lumbricoides (Lem.) Barthlott erv epi nativa
43
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
Rhipsalis elliptica G. Lindb. ex K. Schum. erv epi nativa
Rhipsalis floccosa Sale.-Dyck ex Pfeiff. erv epi nativa
Rhipsalis teres (Vell.) Steud. erv epi nativa
CAMPANULACEAE
Lobelia exaltata Pohl erv ter nativa
CANELLACEAE
Cinnamodendron dinisii Schwacke arv nativa
CANNABACEAE
Celtis iguanea (Jacq.) Sarg. arv nativa
Trema micrantha (L.) Blume arv nativa
CARDIOPTERIDACEAE
Citronella gongonha (Mart.) R.A.Howard arv nativa
Citronella paniculata (Mart.) R.A.Howard arv nativa
CELASTRACEAE
Maytenus evonymoides Reissek arv nativa
Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek arv nativa
CLETHRACEAE
Clethra scabra Pers. arv nativa
COMMELINACEAE
Commelina erecta L. erv ter nativa
Tradescantia fluminensis Vell. erv ter nativa
CONVOLVULACEAE
Ipomoea indivisa (Vell.) Hallier f. lia nativa
Ipomoea purpurea (L.) Roth lia nativa
CUNONIACEAE
Lamanonia ternata Vell. arv nativa
CYPERACEAE
Cyperus meyenianus Kunth erv ter nativa
Cyperus sp. erv ter nativa
Eleocharis sellowiana Kunth erv ter nativa
Kyllinga odorata Vahl erv ter nativa
Rynchospora sp. erv ter nativa
Scleria hirtella Sw. erv ter nativa
DIOSCOREACEAE
Dioscorea macrocarpa Uline lia nativa
Dioscorea multiflora Mart. ex. Griseb. lia nativa
EBENACEAE
Diospyros inconstans Jacq. arv nativa
ELAEOCARPACEAE
Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth. arv nativa
Sloanea lasiocoma K.Schum. arv nativa
ERYTHROXYLACEAE
Erythroxylum deciduum A.St.-Hil. arv nativa
Erythroxylum vaccinofolium Mart. arv nativa
ESCALLONIACEAE
44
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
Escallonia bifida Link & Otto arv nativa
EUPHORBIACEAE
Acalypha chamaedrifolia (Lamarck) Müll.Arg. erv ter exótica
Actinostemon concolor (Spreng.) Müll.Arg. arv nativa
Alchornea triplinervia (Spreng.) M. Arg. arv nativa
Bernardia pulchella (Baill.) Müll.Arg. arb nativa
Gymnanthes klotzschiana Müll.Arg. arv nativa
Ricinus communis L. arb exótica
Sapium glandulosum (L.) Morong arv nativa
Sebastiania brasiliensis Spreng. arv nativa
Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B.Sm. & Downs arv nativa
FABACEAE
Acacia mearnsii De Wild. arv exótica
Bauhinia forficata Link arv nativa
Bauhinia radicans Link arv nativa
Calliandra brevipes Benth. arb nativa
Calliandra tweedii Benth. arb nativa
Cassia leptophylla Vogel. arv exótica
Crotalaria hilariana Benth. erv ter nativa
Dahlstedtia muehlbergiana (Hassl.) M.J.Silva & A.M.G. Azevedo arv nativa
Dalbergia frutescens (Vell.) Britton erv ter nativa
Desmodium incanum DC. erv ter exótica
Erythrina crista-galli L. arv nativa
Erythrina speciosa Andrews arb nativa
Inga lentiscifolious (Vell.) Mart. arv nativa
Lonchocarpus muehlbergianus Hassl. arv nativa
Machaerium brasiliense Vogel arv nativa
Machaerium stipitatum Vogel arv nativa
Mimosa bimucronata (DC). Kuntze arv nativa
Mimosa scabrella Benth. arv nativa
Platymiscium floribundum Vogel. arv nativa
Senna corymbosa (Lam.) H.S.Irwin & Barneby arb nativa
Senna macranthera (DC. ex Collad.) H.S.Irwin & Barneby arv nativa
Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby arv nativa
Senna obtusifolia (L.) H.S.Irwin & Barneby arb nativa
Senna occidentalis (L.) Link arb nativa
GESNERIACEAE
Sinningia douglasii (Lindl.) Chautems erv epi nativa
HYPERICACEAE
Hypericum brasiliense Choisy erv ter nativa
IRIDACEAE
Sisyrinchium micranthum Cav. erv ter nativa
LAMIACEAE
Condea undulata (Schrank) Harley & J.F.B. Pastore erv ter nativa
Hyptis fasciculata Benth. erv ter nativa
45
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
LAURACEAE
Cinnamomum amoenum (Nees & Mart.) Kosterm. arv nativa
Cinnamomum sellowianum (Nees & Mart.) Kosterm. arv nativa
Cinnamomum verum J. Presl. arv exótica
Nectandra lanceolata Nees arv nativa
Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez arv nativa
Nectandra oppositifolia Nees & Mart. arv nativa
Ocotea bicolor Vattimo-Gil arv nativa
Ocotea indecora (Shott) Mez arv nativa
Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer* arv nativa
Ocotea porosa (Nees & Mart.) Barroso* arv nativa
Ocotea puberula (Rich.) Nees arv nativa
Ocotea pulchella (Nees & Mart.) Mez arv nativa
LAXMANNIACEAE
Cordyline spectabilis Kunth & Bouché arv nativa
LOGANIACEAE
Strychnos brasiliensis Mart. arv nativa
LYTHRACEAE
Cuphea calophylla subsp. mesostemon (Koehne) Lourteig erv ter nativa
Heimia apetala (Spreng.) S.A.Graham & Gandhi erv ter nativa
Heimia myrtifolia Cham. & Schltd erv ter nativa
MALVACEAE
Abutilon stritatum Dicks. ex Lindl. arb nativa
Callianthe striata (Dicks. ex Lindl.) Donnel arb nativa
Ceiba speciosa (A.St.-Hil.) Ravenna arv nativa
Krapovickasia macrodon (A.DC.) Fryxell erv ter nativa
Luehea divaricata Mart. & Zucc. arv nativa
Pavonia guerkeana R.E.Fr. lia nativa
Pavonia sepium A.St.-Hil. arb nativa
Sida carpinifolia J. F. erv ter nativa
Sida potentilloides A.St.-Hil. erv ter nativa
Sida rhombifolia L. erv ter nativa
MELASTOMATACEAE
Chaetogastra debilis Cham. erv ter nativa
Clidemia hirta (L.) D.Don. erv ter nativa
Leandra australis (Cham.) Cogn. arb nativa
Leandra dasythricha (A.Gray) Cogn. erv ter nativa
Leandra purpurascens (DC.) Cogn. erv ter nativa
Miconia cinerascens Miq. arb nativa
Miconia hyemalis A.St.-Hil. & Naudin arv nativa
Tibouchina debilis (Cham.) Cogn. erv ter nativa
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. arv exótica
Tibouchina sellowiana Cogn. arv nativa
MELIACEAE
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. arv nativa
46
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
Melia azedarach L arv exótica
MONIMIACEAE
Mollinedia clavigera Tul. arb nativa
MORACEAE
Ficus benjamina L. arv exótica
Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. arv nativa
Ficus sp. arv nativa
Morus nigra L. arv exótica
MUSACEAE
Musa paradisiaca L. erv ter exótica
MYRTACEAE
Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O.Berg arv nativa
Calyptranthes strigipes Berg. arb nativa
Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O.Berg arv nativa
Campomanesia xanthocarpa (Mart.) O.Berg arv nativa
Eucalyptus sp. arv exótica
Eugenia chlorophylla O.Berg arv nativa
Eugenia handroana D.Legrand arv nativa
Eugenia hiemalis Cambess. arv nativa
Eugenia involucrata DC. arv nativa
Eugenia pluriflora DC. arv nativa
Eugenia uniflora L. arv nativa
Myrceugenia euosma (O.Berg) D.Legrand arv nativa
Myrceugenia miersiana (Gardner) D.Legrand & Kausel arv nativa
Myrcia guianensis (Aubl.) DC. arv nativa
Myrcia hatschbachii D.Legrand arv nativa
Myrcia hebepetala DC. arv nativa
Myrcia laruotteana Cambess. arv nativa
Myrcia pulchra (O.Berg) Kiaersk. arv nativa
Myrcia venulosa DC. arv nativa
Myrciaria tenella (DC.) O.Berg arv nativa
Myrciatnhes pulgens (DC.) O.Berg arv nativa
Myrrhinium atropurpureum Schott arv nativa
Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) Landrum arv nativa
Psidium cattleianum Sabine arv nativa
Psidium guajava L. arv exótica
NYCTAGINACEAE
Bougainvillea spectabilis Willd. arv nativa
Guapira opposita Nees arv nativa
OLECACEAE
Ligustrum lucidum W.T.Aiton arv exótica
ONAGRACEAE
Ludwigia octovalvis (Jacq.) P.H.Raven erv ter nativa
ORCHIDACEAE
Acianthera sonderiana (Rchb.f.) Pridgeon & M.W.Chase erv epi nativa
47
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
Acianthera sp. erv epi nativa
Brasiliorchis picta (Hook.) R.B.Singer et al. erv epi nativa
Campylocentrum aromaticum Barb.Rodr. erv epi nativa
Campylocentrum burchelli Cogn. erv epi nativa
Campylocentrum grisebachii Cogn. erv epi nativa
Capanemia australis Schltr. erv epi nativa
Capanemia micromera Barb.Rodr. erv epi nativa
Capanemia thereziae Barb.Rodr. erv epi nativa
Coppensia paranaensis (Kraenzl.) F.Barros & V.T.Rodrigues erv epi nativa
Cranichis candida (Barb.Rodr.) Cogn. erv ter nativa
Epidendrum secundum Jacq. erv epi nativa
Erycina pusilla (L.) N.H.Williams & M.W.Chase erv epi nativa
Eulophia alta (L.) Fawc. & Rendle erv ter nativa
Gomesa paranensoides M.W.Chase & N.H.Williams erv epi nativa
Gomesa recurva R.Br. erv epi nativa
Govenia utriculata (Sw.) Lindl. erv ter nativa
Grandiphyllum divaricatum (Lindl.) Docha Neto erv epi nativa
Lankesterella ceracifolia (Barb.Rodr.) Mansf. erv epi nativa
Leptotes unicolor Barb.Rodr. erv epi nativa
Liparis nervosa (Thumb.) Lindl. erv ter nativa
Maxillaria picta Hook. erv epi nativa
Mesadenella cuspidata (Lindl.) Garay erv ter nativa
Oncidium hookeri Rolfe erv epi nativa
Pleurothallis hygrophila Barb.Rodr erv epi nativa
Pleurothallis luteola Lindl. erv epi nativa
Pleurothallis sonderana Rchb. f. erv epi nativa
Prostechea fausta (Rchb.f. ex Cogn.) W. E. Higgins erv epi nativa
Specklinia grobyi (Batem. ex Lindl.) F.Barros erv epi nativa
Trichocentrum pumilum (Lindl.) M.W.Chase & N.H.Williams erv epi nativa
PASSIFLORACEAE
Passiflora actinia Hook. lia nativa
Passiflora alata Curtis lia nativa
Passiflora amethystina J.C.Mikan lia nativa
Passiflora edulis Sims lia nativa
PIPERACEAE
Peperomia catharinae Miq. erv epi nativa
Peperomia tetraphylla (G.Forst) Hook. & Arn. erv epi nativa
Piper gaudichaudianum Kunth erv ter nativa
Piper mikanianum (Kunth) Steud. erv ter nativa
Piper xylosteoides (Kunth) Steud. erv ter nativa
PITTOSPORACEAE
Pittosporum undulatum Vent. arv exótica
PLANTAGINACEAE
Plantago australis Lam. erv ter nativa
Plantago tomentosa Lam. erv ter nativa
48
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
POACEAE
Andropogon bicornis L. erv ter nativa
Axonopus siccus (Nees) Kuhlm. erv ter nativa
Cortaderia selloana (Schult.) Asch. erv ter nativa
Dalechampia micromeria Baill. erv ter nativa
Dichanthelium sabulorum (Lam.) Gould & C.A. Clark erv ter nativa
Drepanostachyum falcatum (Nees) Keng f. arb exótica
Ichnanthus ruprechtii Döll erv ter nativa
Oplismenus hirtellus subsp. setarius (Lam.) Mez ex Ekman erv ter nativa
Panicum millegrana Poir. erv ter nativa
Panicum sellowii Nees erv ter nativa
Panicum sp. erv ter nativa
Paspalum paniculatum L. erv ter nativa
Paspalum sp. erv ter nativa
Piptochaetium montevidense (Spreng.) Parodi erv ter nativa
Saccharum angustifolium (Nees) Trin. erv ter nativa
Setaria geniculata (Lam.) P.Beauv. erv ter nativa
Setaria parviflora (Poir.) Kerguélen erv ter nativa
Steinchisma laxum (Sw.) Zuloaga erv ter nativa
Urochloa decumbens (Stapf.) Webster erv ter exótica
PRIMULACEAE
Myrsine coriacea (Sw.) R.Br. ex Roem. & Schult. arv nativa
Myrsine loefgrenii (Mez) Imkhan. arv nativa
Myrsine umbellata Mez. arv nativa
PROTEACEAE
Roupala montana var. brasiliensis (Klotzsch) K.S.Edwards arv nativa
RHAMNACEAE
Hovenia dulcis Thunb. arv exótica
Rhamnus sphaerosperma Sw. arv nativa
ROSACEAE
Acaena eupatoria Cham. & Schltdl. erv ter nativa
Cotoneaster franchetii Bois erv ter exótica
Eriobotrya japonica Thunb. arv exótica
Prunus armeniaca L. arv exótica
Prunus brasiliensis (Cham. & Schltdl.) D.Dietr. arv nativa
Prunus myrtifolia (L.) Urb. arv nativa
Prunus persica (L.) Batsch arv exótica
Pyrus malus L. arv exótica
Rubus brasiliensis Mart. erv ter nativa
Rubus erythroclados Mart. ex Hook.f. arb nativa
Rubus niveus Thunb. arb exótica
Rubus rosifolius Sm. erv ter nativa
Rubus sellowii Cham. & Schltdl. erv ter nativa
RUBIACEAE
Alibertia concolor (Cham.) K.Schum. arv nativa
49
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
Coccocypselum guianense (Aubl.) K.Schum. erv ter nativa
Coccocypselum lanceolatum (Ruiz & Pav.) Pers. arv nativa
Cordiera concolor (Cham.) Kuntze arv nativa
Galianthe brasiliensis (Spreng.) E.L.Cabral & Bacigalupo erv ter nativa
Galium hypocarpium (L.) Endl. ex Griseb. erv ter nativa
Guettarda uruguensis Cham. & Schltdl. lia nativa
Psychotria fractistipula L.B.Sm. et al. arv nativa
Psychotria suterella Cham. & Schltdl. arv nativa
Psychotria vellosiana Benth. arv nativa
Richardia brasiliensis Gomes erv ter nativa
Rudgea jasminoides (Cham.) Müll.Arg. arb nativa
Rudgea parquioides (Cham.) Müll.Arg. arb nativa
RUTACEAE
Citrus limon (L.) Burm.f. arv exótica
Zanthoxylum kleinii (R.S.Cowan) P.G.Waterman arv nativa
Zanthoxylum petiolare A.St.-Hil. & Tul. arv nativa
Zanthoxylum rhoifolium Lam. arv nativa
SALICACEAE
Casearia decandra Jacq. arv nativa
Casearia lasiophylla Eichler arv nativa
Casearia obliqua Spreng. arv nativa
Casearia sylvestris Sw. arv nativa
Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler arv nativa
Xylosma pseudosalzmanii Sleumer arv nativa
SANTALACEAE
Phoradendron affine (Pohl ex DC.) Engl. & K. Krause erv ter nativa
Phoradendron quadrangulare (Kunth) Griseb. erv ter nativa
SAPINDACEAE
Allophylus edulis (A.St.-Hil. et al.) Hieron. ex Niederl. arv nativa
Cardiospermum grandiflorum Sw. arv nativa
Cupania vernalis Cambess. arv nativa
Dyatenppteryx sorbifolia Radlk. arv nativa
Matayba cristae Radlk. arv nativa
Matayba elaeagnoides Radlk. arv nativa
Matayba intermedia Radlk arv nativa
Paullinia carpopoda Cambess. lia nativa
Serjania glabrata Kunth lia nativa
Serjania laruotteana Cambess. lia nativa
SCROPHULARIACEAE
Buddleja stachyoides Cham. & Schltdl. erv ter nativa
SMILACACEAE
Smilax campestris Griseb. lia nativa
SOLANACEAE
Cestrum bracteatum Link & Otto arb nativa
Cestrum corymbosum Schltdl. arb nativa
50
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
Cestrum intermedium Sendtn. arb nativa
Physalis pubescens L. erv ter nativa
Solanum americanum Mill. erv ter nativa
Solanum granulosoleprosum Dunal arv nativa
Solanum guaraniticum A.St.-Hil. arb nativa
Solanum mauritianum Scop. arv nativa
Solanum pseudocapsicum L. arb nativa
Solanum pseudoquina A.St.-Hil. arv nativa
Solanum variabile Mart. arb nativa
Solanum viarum Dunal erv ter nativa
Vassobia breviflora (Sendtn.) Hunz. arb nativa
STYRACACEAE
Styrax leprosus Hook. & Arn. arv nativa
SYMPLOCACEAE
Symplocos pentandra (Mattos) Occhioni ex Aranha arv nativa
Symplocos tenuifolia Brand arv nativa
Symplocos tetrandra Mart. arv nativa
Symplocos uniflora (Pohl) Benth. arv nativa
THYMELAEACEAE
Daphnopsis racemosa Griseb. arb nativa
Daphnopsis sellowiana Taub. arb nativa
TYPHACEAE
Typha domingensis Pers. erv aqu nativa
URTICACEAE
Boehmeria macrophylla Hornem. arb nativa
Urera baccifera (L.) Gaudich. arv nativa
VERBENACEAE
Duranta vestita Cham. arb nativa
Lantana camara L. erv ter nativa
Lantana fucata Lindl. erv ter nativa
Verbena litoralis Kunth erv ter nativa
Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke arv nativa
WINTERACEAE
Drimys brasiliensis Miers arv nativa
ZINGIBERACEAE
Hedychium coronarium J. König. erv ter exótica
Gimnosperma
ARAUCARIACEAE
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze arv nativa
CUPRESSACEAE
Platycladus orientalis (L.) Franco arv exótica
PINACEAE
Pinus taeda L. arv exótica
PODOCARPACEAE
Podocarpus lambertii Klotzsch ex Endl. arv nativa
51
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Grupo / Família / Espécie Forma de vida Origem
Pteridófitas
ANEMIACEAE
Anemia phyllitidis (L.) Sw. erv ter nativa
Anemia raddiana Link erv ter nativa
BLECHNACEAE
Blechnum brasiliensis Desv. erv ter nativa
Blechnum occidentale L. erv ter nativa
Blechnum serrulatum Rich. erv ter nativa
Neoblechnum brasiliense (Desv.) Gasper & V.A.O. Dittrich erv ter nativa
Telmatoblechnum serrulatum (Rich.) Perrie, D.J. Ohlsen & Brownsey erv ter nativa
CYATHEACEAE
Alsophila setosa Kaulf. fet arb nativa
Cyathea corcovadensis (Raddi) Domin fet arb nativa
Cyathea phalerata Mart. fet arb nativa
DICKSONIACEAE
Dicksonia sellowiana Hook. erv ter nativa
DRYOPTERIDACEAE
Rumohra adiantiformis (G.Forst.) Ching erv epi nativa
HYMENOPHYLLACEAE
Trichomanes polypodioides L. erv epi nativa
LYCOPODIACEAE
Lycopodium sp. erv ter nativa
POLYGALACEAE
Polygala lancifolia A.St.-Hil. & Moq. erv ter nativa
POLYPODIACEAE
Campyloneurum austrobrasilianum (Alston) de la Sota erv epi nativa
Campyloneurum nitidum (Kaulf.) C.Presl erv epi nativa
Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota erv epi nativa
Niphidium crassifolium (L.) Lellinger erv epi nativa
Pecluma pectinatiformis (Lindm.) M.G.Price erv ter nativa
Pleopeltis hirsutissima (Raddi) de la Sota erv epi nativa
Pleopeltis pleopeltidis (Fée) de la Sota erv epi nativa
Pleopeltis pleopeltifolia (Raddi) Alston erv epi nativa
Serpocaulon catharinae (Langsd. & Fisch.) A.R.Sm. erv epi nativa
PTERIDACEAE
Adiantopsis chlorophylla (Sw.) Fée erv ter nativa
THELYPTERIDACEAE
Thelypteris dentata (Forssk.) E.P. St. John erv ter exótica
VITTARIACEAE
Vittaria lineata (L.) Sm. erv epi nativa
Total Geral
Legenda: (arv) árvore; (arb) arbusto; (erv ter) erva terrícola; (erv epi) erva epífita; (erv aqu) erva aquática; (lia) liana/cipó; (palm)
palmeira.
Fonte: Compilado de PARANÁSAN/UGP/SANEPAR (2002) e SANEPAR/ECOSSIS (2017).
52
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Epifitismo
A B
53
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
A B
C D
E F
Figura 22 Principais famílias de espécies epifíticas registradas no âmbito da sub-bacia do rio
Miringuava. Legenda: (A) Capanemia thereziae – Orchidaceae; (B) Trichocentrum pumilum –
Orchidaceae; (C) Vriesea friburgensis – Bromeliaceae; (D) Tillandsia stricta – B Bromeliaceae;
(E) Niphidium crassifolium – Polypodiaceae; (F) Peperomia catharinae – Piperaceae.
Fonte: LMCeolin (2018).
54
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 9 Relação das espécies endêmicas registradas no âmbito da sub-bacia do rio
Miringuava com distribuição natural restrita as regiões Sul e Sudeste do país
Forma Formação Distribuição
Família / Espécie
de Vida Vegetal Natural
ARECACEAE
Butia eriospatha (Mart. ex Drude) Becc. pal FOM S
ASTERACEAE
Vernonanthura westiniana (Less.) H.Rob. arb EGL S e SE
BROMELIACEAE
Vriesea reitzii Leme & A.F.Costa erv epi FOM S
CAMPANULACEAE
Lobelia exaltata Pohl erv ter EGL S e SE
CANELLACEAE
Cinnamodendron dinisii Schwacke arv FOM S e SE
FABACEAE
Mimosa scabrella Benth. arv FOM S e SE
LAURACEAE
Cinnamomum sellowianum (Nees & Mart.) Kosterm. arv FOM S e SE
MALVACEAE
Callianthe striata (Dicks. ex Lindl.) Donnel arb EGL S e SE
MONIMIACEAE
Mollinedia clavigera Tul. arv FOM S e SE
MYRTACEAE
Eugenia chlorophylla O.Berg arv FOM S e SE
Eugenia handroana D.Legrand arv FOM S e SE
Myrceugenia euosma (O.Berg) D.Legrand arv FOM S e SE
Myrcia hatschbachii D.Legrand arv FOM S
ORCHIDACEAE
Acianthera sonderiana (Rchb.f.) Pridgeon & M.W.Chase erv epi FOM S e SE
Campylocentrum aromaticum Barb.Rodr. erv epi FOM S e SE
PASSIFLORACEAE
Passiflora actinia Hook. lia FOM S e SE
ROSACEAE
Rubus erythroclados Mart. ex Hook.f. lia EGL S e SE
RUTACEAE
Zanthoxylum kleinii (R.S.Cowan) P.G.Waterman arv FOM S
VERBENACEAE
Duranta vestita Cham. arb FOM S e SE
Legenda: (arv) árvore; (arb) arbusto; (erv epi) erva epífita; (erv ter) erva terrícola; (lian) liana; (subar) subarbusto. (EGL) Estepe
Gramíneo-Lenhosa; (FOM) Floresta Ombrófila Mista. (S) Sul; (SE) Sudeste. Fonte: Fonte: Sociedade da Água, 2020
A B
55
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
C D
E F
Figura 23 Registros fotográficos de espécies endêmicas identificadas no âmbito da sub-bacia
do rio Miringuava. Legenda: (A) Campylocentrum aromaticum – Orchidaceae; (B) Acianthera
sonderiana – Orchidaceae; (C) Passiflora actinia – Passifloraceae; (D) Zanthoxylum kleinii –
Rutaceae; (E) Lobelia exaltata – Campanulaceae; (F) Duranta vestita – Verbenaceae.
Fonte: LMCeolin (2017).
56
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Na Figura 24 são exibidos registros de campo das espécies exóticas
invasoras identificadas nas formações vegetais nativas da área estudada. Destacam-
se os registros onde se verificou a proliferação dessas espécies nos fragmentos
florestais (Figura B e F).
A B
C D
E F
Figura 24 Registros fotográficos das espécies exóticas/invasoras identificadas no âmbito da
sub-bacia do rio Miringuava. Legenda: (A) Lonicera japonica – Caprifoliaceae; (B) Eriobotrya
japonica – Rosaceae; (C) Zantedeschia aethiopica - Araceae; (D) Impatiens walleriana –
Balsamiaceae; (E-F) Pittosporum undulatum – Pittosporaceae.
Fonte: LMCeolin (2017).
57
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Espécies Indicadoras de Ambientes
A B
C D
Figura 25 Registros fotográficos das espécies indicadoras de ambientes identificadas no
âmbito da sub-bacia do rio Miringuava. Legenda: (A) Typha dominguensis – Typhaceae; B)
Campomanesia guaviroba - Myrtaceae; C) Govenia utriculata – Orchidaceae; D) Dicksonia
sellowiana – Dicksoniaceae.
Fonte: LMCeolin (2018).
58
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
A espécie de orquídea-da-terra (Govenia utriculata - Orchidaceae) tem sua
ocorrência atrelada a formações florestais em estágios de regeneração mais
desenvolvidos, onde há certo nível de sombreamento e umidade no sub-bosque. Na
área de estudo foi encontrada nos fragmentos de Floresta Ombrófila Mista Montana
em estágio médio de regeneração.
Na floresta com araucária, Dicksonia sellowiana, juntamente com outras
espécies de pteridófitos arborescentes compunham, outrora, o estrato arbustivo, por
vezes se tornando abundantes, sobretudo no início das encostas, e não raro
caracterizando visivelmente o estrato arbustivo das Matas de Faxinais, especialmente
ao longo das ramificações da Serra Geral e em altitudes compreendidas entre 500 e
900 m.s.n.m. (KLEIN, 1979).
2
Portaria MMA Nº 443, de 17 de dezembro de 2014. Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção. Art.
2º - Em Perigo (EN) e vulnerável (VU).
3
Lista Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Paraná. SEMA/DIRAM - Procedimento Operacional Padrão -
POP 005/2008.
59
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Forma de Formação Grau de Ameaça
Família / Espécie
Vida Vegetal SEMA/DIRAM (2008) MMA (2014)
Dicksonia sellowiana Hook. erv ter FOM EN EN
Legenda: (arv) árvore; (erv ter) erva terrícola; (pal) palmeira; (FOM) Floresta Ombrófila Mista; (VU) Vulnerável; (EN) Em Perigo.
Fonte: Sociedade da Água, 2020
Macrófitas aquáticas
60
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
seu manejo em reservatórios artificiais, especialmente àqueles destinados ao
fornecimento de água para a população.
O barramento de cursos de água visando a formação de reservatórios
determina profundas modificações do meio aquático, uma vez que promove a
transformação de um sistema hídrico lótico em lêntico, determinando, portanto, uma
significativa atenuação da velocidade de corrente, característica de ambientes
lacustres. Além da redução de turbulência, é importante ressaltar o relevante
acréscimo no acúmulo de nutrientes, causado pelo barramento dos cursos d’água
(EPA, 1997). Com efeito, a expansão de plantas aquáticas, geralmente, relaciona-se
com processos de eutrofização, os quais frequentemente aceleram-se em decorrência
de atividades antrópicas. O aporte de nutrientes, seja lançado de efluentes domésticos
e industriais ou por áreas de drenagem de regiões agrícolas, permite o aumento na
concentração de substâncias tais como o fosfato, a amônia e o nitrato que, de modo
geral, são encontradas em baixas concentrações no meio aquático (EPA, 1996).
Durante os levantamentos realizados no EIA da Barragem do rio
Miringuava foram registradas 27 espécies de 14 famílias nos oito pontos de
amostragem analisados (Tabela 11). Dentre as macrófitas aquáticas registradas,
destacam-se Rhynchospora corymbosa, Senecio bonariensis e Polygonum
hydropiperoides como as mais frequentes na área estudada. Eleocharis maculosa,
Ludwigia sericea, Ludwigia cf. tomentosa, Nymphaea caerulea, Mayaca cf. sellowiana
e Hydrocotyle cf. ranunculoides também se mostraram relativamente frequentes.
Validamente, verifica-se que essas nove espécies apresentam uma distribuição
regular na área de estudo.
Tabela 11 Relação das espécies com registro de coleta no âmbito da sub-bacia do rio
Miringuava, suas famílias, nomes vulgares, hábitos e a frequência em que ocorreram.
Família / Espécie Nome Vulgar Hábito FA (%)
ACANTHACEAE
Hygrophila brasiliensis (Spreng.) Lindau -- Pal 12,5
ALISMATACEAE
Echinodorus grandiflorus (C. & S.) Micheli chapéu-de-couro Eme 37,5
APIACEAE
Eryngium cf. eburneum Dcne. gravatá-do-campo Pal 12,5
Eryngium cf. elegans Cham. et Schl. gravatá Pal 12,5
Eryngium sp. gravatá-graúdo Pal 12,5
Hydrocotyle cf. asiatica L. pata-de-burro Eme / Pal 37,5
Hydrocotyle cf. ranunculoides L. f. cairuçú-do-brejo Eme 50,0
ASTERACEAE
Indeterminada 01 margaridão Eme 12,5
61
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Família / Espécie Nome Vulgar Hábito FA (%)
Senecio bonariensis Hook & Arn. margarida-do-banhado Eme 75,0
COMMELINACEAE
Commelina sp. trapoeraba Eme 12,5
CYPERACEAE
cf. Eleocharis sp. junquinho Eme 25,0
cf. Scirpus sp. junco-de-três-quinas Eme 12,5
Rhynchospora corymbosa (L.) Britt. capim-navalha Eme / Pal 75,0
Eleocharis maculosa (Vahl.) Rom. & Schlecht junco-fino Eme / Pal 50,0
Indeterminada 02 junco-manso Eme 12,5
Scirpus californicus (C.A .Mey.) Steud. tiritica Eme 12,5
LENTIBULARIACEAE
Utricularia obtusa Swartz utriculária Sub.liv 12,5
MAYACACEAE
Mayaca cf. sellowiana Kunth -- Sub 50,0
NYMPHAEACEAE
Nymphaea caerulea Savigny ninféia Fol.flut 50,0
ONAGRACEAE
Ludwigia cf. decurrens Walt. cruz-de-malta Eme 25,0
Ludwigia cf. tomentosa (Cambess.) Hara cruz-de-malta Eme 50,0
Ludwigia sericea (Camb.) Hara. cruz-de-malta Eme 50,0
POLYGONACEAE
Polygonum hydropiperoides Michx. pimenta-do-brejo Eme 62,5
Polygonum meissnerianum Cham. Schldl. erva-de-bicho Eme 25,0
PONTEDERIACEAE
Heteranthera reniformis Ruiz & Pav. pavoa Eme / Flut 37,5
POTAMOGETONACEAE
Potamogeton cf. polygonum Schum. -- Sub 25,0
TYPHACEAE
Typha domingensis Pers. taboa Eme 25,0
Legenda: (Eme) Emersa; (Flut) Flutuante; (Fol.Flut) Enraizada com Folhas Flutuantes; (Pal) Paludícola - ambiente úmido, não
necessariamente aquático; (Sub) Submersa Enraizada; (Sub.Liv) Submersa Livre.
Fonte: Retirado de PARANÁSAN/UGP/SANEPAR (2002).
2.2.1.3 Fitossociologia
65
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Espécies ∑ Total CR (%) Com-Esp FR (%)
Panicum millegrana 2,5 0,13 0 5
Panicum sp. 2,5 0,13 0 5
Paspalum paniculatum 2,5 0,13 0 5
Perezia cubatanensis 2,5 0,13 0 5
Setaria geniculata 2,5 0,13 0 5
Solanum mauritianum 2,5 0,13 0 5
Legenda: (∑-TOTAL) cobertura total; (CR) cobertura relativa; (COM-ESP) composição das espécies; (FR) frequência
relativa.
Fonte: LMCeolin (2017).
66
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Com 47 espécies amostradas, a riqueza florística é comparável à da
Floresta Ombrófila Mista Montana, que apresentou 48 espécies, neste mesmo estudo.
A Floresta Ombrófila Mista Montana constitui uma formação mais
desenvolvida em termos estruturais, superando a Floresta Ombrófila Mista Aluvial em
quase todos os aspectos avaliados. A única exceção é observada na altura média por
parcela. Este valor, no entanto, é mascarado devido à grande presença do xaxim
Dicksonia sellowiana, que pode apresentar troncos avantajados, porém alturas
reduzidas, subestimando, portanto, os valores de altura média e altura dominante. De
fato, o dossel da floresta normalmente superava os 15 m.
As variáveis estruturais da floresta também mostraram alta
heterogeneidade conforme o local de amostragem, com elevados valores do
coeficiente de variação. Possíveis causas para esta situação são a própria
variabilidade das condições de sítio (inclinação e disposição do terreno, condições
edáficas, etc.) e as causas de origem antrópica, interferindo no padrão de
desenvolvimento sucessional dos remanescentes.
As variáveis fitossociológicas para cada tipologia avaliada, considerando
DAP≥10 cm, podem se observadas no Tabela 13, referente à Floresta Ombrófila Mista
Aluvial e Tabela 14 no que diz respeito à Floresta Ombrófila Mista Montana.
67
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
DA DoA FR DR DoR IVI IVC H Média
ESPÉCIE N FA (%)
(ind/ha) (m²/ha) (%) (%) (%) (%) (%) (m)
Allophyllus edulis 3 23,1 11,5 0,2322 2,6 1,2 0,8 4,7 2,0 9,5
Prunus sellowii 7 7,7 26,9 0,2519 0,9 2,8 0,9 4,6 3,7 9,4
Inga cf. virescens 3 23,1 11,5 0,1293 2,6 1,2 0,5 4,3 1,7 9,2
Ilex theezans 4 15,4 15,4 0,2535 1,7 1,6 0,9 4,3 2,5 9,3
Myrtaceae 04 3 15,4 11,5 0,2119 1,7 1,2 0,8 3,7 2,0 9,5
Podocarpus lambertii 2 15,4 7,7 0,2187 1,7 0,8 0,8 3,3 1,6 10,8
Myrsine ferruginea 2 15,4 7,7 0,2090 1,7 0,8 0,8 3,3 1,6 10,8
Calyptranthes concinna 3 7,7 11,5 0,3235 0,9 1,2 1,2 3,2 2,4 11,0
Myrciaria tenella 2 15,4 7,7 0,1642 1,7 0,8 0,6 3,1 1,4 5,8
Araucaria angustifolia 3 7,7 11,5 0,2861 0,9 1,2 1,0 3,1 2,2 10,7
Eugenia cf. multiovulata 2 15,4 7,7 0,1358 1,7 0,8 0,5 3,0 1,3 12,3
Gomidesia sellowiana 2 15,4 7,7 0,1043 1,7 0,8 0,4 2,9 1,2 9,5
Xylosma pseudosalzmannii 2 15,4 7,7 0,0659 1,7 0,8 0,2 2,8 1,0 7,8
Erythrina falcata 1 7,7 3,8 0,3413 0,9 0,4 1,2 2,5 1,6 15,0
Myrrhinium atropurpureum 2 7,7 7,7 0,1855 0,9 0,8 0,7 2,3 1,5 7,0
Myrtaceae 12 2 7,7 7,7 0,1596 0,9 0,8 0,6 2,3 1,4 12,5
Tabebuia alba 1 7,7 3,8 0,2098 0,9 0,4 0,8 2,0 1,2 11,5
Scutia buxifolia 1 7,7 3,8 0,1891 0,9 0,4 0,7 2,0 1,1 12,5
Syagrus romanzoffiana 1 7,7 3,8 0,1740 0,9 0,4 0,6 1,9 1,0 8,5
Lauraceae 02 1 7,7 3,8 0,1091 0,9 0,4 0,4 1,7 0,8 14,0
Campomanesia sp. 1 7,7 3,8 0,1023 0,9 0,4 0,4 1,6 0,8 11,5
Myrtaceae 07 1 7,7 3,8 0,0824 0,9 0,4 0,3 1,6 0,7 12,0
Durantha vestita 1 7,7 3,8 0,0617 0,9 0,4 0,2 1,5 0,6 11,0
Symplocos cf. tetrandra 1 7,7 3,8 0,0563 0,9 0,4 0,2 1,5 0,6 7,0
Ilex brevicuspis 1 7,7 3,8 0,0505 0,9 0,4 0,2 1,5 0,6 11,0
Myrsine umbellata 1 7,7 3,8 0,0505 0,9 0,4 0,2 1,5 0,6 7,5
Banara tomentosa 1 7,7 3,8 0,0447 0,9 0,4 0,2 1,4 0,6 11,0
Ocotea sp.02 1 7,7 3,8 0,0421 0,9 0,4 0,2 1,4 0,6 9,5
Zanthoxylum rhoifolium 1 7,7 3,8 0,0399 0,9 0,4 0,1 1,4 0,5 9,0
Myrtaceae 11 1 7,7 3,8 0,0394 0,9 0,4 0,1 1,4 0,5 9,0
Ilex paraguariensis 1 7,7 3,8 0,0356 0,9 0,4 0,1 1,4 0,5 9,0
Pithecoctenium crucigerum 1 7,7 3,8 0,0343 0,9 0,4 0,1 1,4 0,5 11,0
Myrcia cf. breviramis 1 7,7 3,8 0,0321 0,9 0,4 0,1 1,4 0,5 9,5
TOTAL 248 -- 953,8 27,64 100 100 100 300 200 10,2
Legenda: (N) número de indivíduos; (FA) frequência absoluta; (DA) densidade absoluta; (DoA) dominância absoluta; (FR)
frequência relativa; (DR) densidade relativa); (DoR) dominância relativa; (IVI) índica de valor de importância; (IVC) índice de valor
de cobertura; (H média) altura média.
Fonte: PARANÁSAN/UGP/SANEPAR (2002).
68
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 14 Variáveis fitossociológica das espécies da Floresta Ombrófila Mista Montana,
ordenadas pelo IVI (DAP≥10 cm).
DA DoA FR DR DoR IVI IVC H Média
ESPÉCIE N FA (%)
(ind/ha) (m²/ha) (%) (%) (%) (%) (%) (m)
Dicksonia sellowiana 52 28,6 185,7 7,3001 3,0 17,4 21,2 41,5 38,6 3,9
Ilex microdonta 26 85,7 92,9 5,1956 8,9 8,7 15,1 32,7 23,8 12,0
Prunus sellowii 28 64,3 100,0 2,1609 6,7 9,4 6,3 22,3 15,6 11,5
Drymis brasiliensis 22 57,1 78,6 2,0461 5,9 7,4 5,9 19,2 13,3 10,4
Myrcia obtecta 8 35,7 28,6 2,0356 3,7 2,7 5,9 12,3 8,6 12,3
Clethra scabra 14 35,7 50,0 1,2600 3,7 4,7 3,7 12,0 8,3 12,0
Ilex dumosa 11 57,1 39,3 0,8136 5,9 3,7 2,4 12,0 6,0 11,1
Campomanesia xanthocarpa 9 42,9 32,1 1,0472 4,4 3,0 3,0 10,5 6,0 10,4
Symplocos cf. tetrandra 17 21,4 60,7 0,8361 2,2 5,7 2,4 10,3 8,1 9,2
Lamanonia speciosa 7 35,7 25,0 1,2972 3,7 2,3 3,8 9,8 6,1 10,5
Schinus terebinthifolius 11 28,6 39,3 0,8723 3,0 3,7 2,5 9,2 6,2 8,3
Cryptocarya aschersoniana 9 28,6 32,1 0,6491 3,0 3,0 1,9 7,9 4,9 11,1
Blepharocalyx cf. salicifolius 11 21,4 39,3 0,6142 2,2 3,7 1,8 7,7 5,5 8,9
Ilex theezans 5 28,6 17,9 1,0277 3,0 1,7 3,0 7,6 4,7 13,2
Ocotea sp.03 4 21,4 14,3 0,6217 2,2 1,3 1,8 5,4 3,1 12,6
Alsophila sp. 5 21,4 17,9 0,4132 2,2 1,7 1,2 5,1 2,9 3,3
Myrtaceae 02 3 21,4 10,7 0,6013 2,2 1,0 1,7 5,0 2,7 13,5
Araucaria angustifolia 2 14,3 7,1 0,8421 1,5 0,7 2,4 4,6 3,1 15,0
Myrtaceae 03 4 21,4 14,3 0,2187 2,2 1,3 0,6 4,2 2,0 9,8
Myrcia arborescens 2 14,3 7,1 0,6726 1,5 0,7 2,0 4,1 2,6 11,3
Styrax leprosus 3 21,4 10,7 0,2544 2,2 1,0 0,7 4,0 1,7 9,5
Myrsine ferruginea 4 14,3 14,3 0,2564 1,5 1,3 0,7 3,6 2,1 9,9
cf. Myrcia sp. 3 14,3 10,7 0,3256 1,5 1,0 0,9 3,4 1,9 11,0
Matayba elaeagnoides 3 14,3 10,7 0,2360 1,5 1,0 0,7 3,2 1,7 11,3
Vitex megapotamica 2 14,3 7,1 0,2376 1,5 0,7 0,7 2,8 1,4 10,8
Roupala brasiliensis 2 14,3 7,1 0,2121 1,5 0,7 0,6 2,8 1,3 8,5
Cinnamomum vesiculosum 2 14,3 7,1 0,2051 1,5 0,7 0,6 2,7 1,3 10,5
Gomidesia sellowiana 2 14,3 7,1 0,1042 1,5 0,7 0,3 2,5 1,0 10,5
Myrceugenia alpigena 2 14,3 7,1 0,0911 1,5 0,7 0,3 2,4 0,9 9,8
Myrtaceae 04 2 14,3 7,1 0,0621 1,5 0,7 0,2 2,3 0,8 7,9
Myrsine umbellata 3 7,1 10,7 0,1632 0,7 1,0 0,5 2,2 1,5 10,0
Mimosa scabrella 3 7,1 10,7 0,1576 0,7 1,0 0,5 2,2 1,5 8,8
Casearia decandra 2 7,1 7,1 0,1849 0,7 0,7 0,5 1,9 1,2 14,0
69
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
DA DoA FR DR DoR IVI IVC H Média
ESPÉCIE N FA (%)
(ind/ha) (m²/ha) (%) (%) (%) (%) (%) (m)
Vernonia discolor 1 7,1 3,6 0,2752 0,7 0,3 0,8 1,9 1,1 14,0
Jacaranda puberula 1 7,1 3,6 0,1977 0,7 0,3 0,6 1,6 0,9 15,5
Piptocarpha axillaris 1 7,1 3,6 0,1920 0,7 0,3 0,6 1,6 0,9 12,5
Calyptranthes sp. 01 2 7,1 7,1 0,0590 0,7 0,7 0,2 1,6 0,8 8,8
Myrcia cf. breviramis 1 7,1 3,6 0,1531 0,7 0,3 0,4 1,5 0,8 12,0
Annona cacans 1 7,1 3,6 0,1361 0,7 0,3 0,4 1,5 0,7 16,0
Maytenus evonymoides 1 7,1 3,6 0,0658 0,7 0,3 0,2 1,3 0,5 7,5
Tabebuia alba 1 7,1 3,6 0,0625 0,7 0,3 0,2 1,3 0,5 14,0
Eugenia cf. multiovulata 1 7,1 3,6 0,0591 0,7 0,3 0,2 1,2 0,5 9,0
Ocotea pulchella 1 7,1 3,6 0,0521 0,7 0,3 0,2 1,2 0,5 11,0
Ocotea corymbosa 1 7,1 3,6 0,0446 0,7 0,3 0,1 1,2 0,5 12,5
Myrcia sp.01 1 7,1 3,6 0,0439 0,7 0,3 0,1 1,2 0,5 9,0
Syagrus romanzoffiana 1 7,1 3,6 0,0432 0,7 0,3 0,1 1,2 0,5 9,0
Sapium glandulatum 1 7,1 3,6 0,0358 0,7 0,3 0,1 1,2 0,4 10,0
Pimenta pseudocaryophyllus 1 7,1 3,6 0,0289 0,7 0,3 0,1 1,2 0,4 7,5
TOTAL 299 - 1067,9 34,47 100 100 100 300 200 10,6
Legenda: (N) número de indivíduos; (FA) frequência absoluta; (DA) densidade absoluta; (DoA) dominância absoluta; (FR)
frequência relativa; (DR) densidade relativa); (DoR) dominância relativa; (IVI) índica de valor de importância; (IVC) índice de valor
de cobertura; (H média) altura média. Fonte: PARANÁSAN/UGP/SANEPAR (2002).
70
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Na Floresta Ombrófila Mista Montana a espécie mais expressiva em termos
de IVI foi Dicksonia sellowiana. Destacou-se onde o sub-bosque da floresta era
formado quase que exclusivamente por esta espécie. Seu IVI=41,5, no entanto, não
se pronuncia tanto perante as demais espécies (como o caso do branquilho na
Floresta Ombrófila Mista Aluvial), uma vez que as outras espécies de destaque nesta
formação, como Ilex microdonta (IVI=32,7), Prunus sellowii (IVI=22,3) e Drymis
brasiliensis (IVI=19,2), apresentaram valores de IVI mais próximos.
Índices de Diversidade
72
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
2.2.2 Fauna
2.2.2.1 Introdução
74
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 26 Localização dos pontos e transectos de amostragem de campo para a fauna terrestre na área do PACUERA do Miringuava.
Fonte: Sociedade da Água, 2020.
75
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 27 Localização dos pontos e transectos de amostragem de campo para a ictiofauna na área do PACUERA do Miringuava.
Fonte: Sociedade da Água, 2020.
76
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
A seguir apresentam-se os métodos adotados para os diferentes grupos de
fauna avaliados:
2.2.2.3 Ictiofauna
2.2.2.4 Herpetofauna
77
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
realizadas nos horários entre 9:00h e 13:00h e entre 15:00h e 22:00h nas quatro áreas
amostrais dispostas ao longo da área de estudo.
Quando do encontro de espécimes, foram realizadas capturas com o
objetivo de realização de identificação específica e visando à tomada de fotografias
para fins confirmatórios. A coleta de espécimes somente foi realizada quando não foi
possível a identificação específica em campo ou quando o registro consistisse em
importante ampliação da distribuição geográfica conhecida da espécie. Nesse caso,
os espécimes obtidos foram avaliados em laboratório e enviados à coleção
herpetológica do MHNCI para tombamento. A coleta, quando realizada, foi
devidamente autorizada pela Autorização Ambiental nº 52793 do Instituto Água e
Terra (IAT) da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Turismo (SEDEST),
Governo do Estado do Paraná, a qual foi concedida para todos os grupos de
vertebrados abrangidos no presente estudo de campo.
2.2.2.5 Avifauna
2.2.2.6 Mastofauna
79
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
2.2.3 Resultados e Discussão: Caracterização dos Grupos de Vertebrados
da Área do PACUERA do Miringuava
2.2.3.1 Ictiofauna
100
75
Characiformes Siluriformes Outras
% 50
25
80
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
(09 espécies), Loricariidae (03 espécies), Callichthyidae (03 espécies) e Cichlidae (03
espécies) as mais representativas (Figura 29).
81
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
da região abrange diversas espécies dependentes em maior ou menor grau de
ambientes florestais, como o caso de Cambeva castroi (ABILHOA et al., 2008).
Para este trecho do rio Miringuava, 40% das espécies registradas são
exclusivas dessa bacia hidrográfica (rio Iguaçu), e essa participação demonstra a
importância dos processos regionais na determinação da composição e estrutura das
ictiocenoses.
Nem todas as espécies levantadas para o trecho estudado do rio
Miringuava serão capazes de suportar as alterações ambientais provocadas pela
implantação do reservatório e a consequente mudança na dinâmica da água. A
transformação do ambiente lótico para lêntico deve resultar no desaparecimento ou
diminuição da abundância das espécies estritamente fluviais (como os cascudos e
candirus), que são aquelas com preferência por ambientes de água corrente, e no
aumento de espécies adaptadas a ambientes lênticos, como o caso de lambaris, da
traíra e do acará.
Peixes onívoros, detritívoros e piscívoros constituíram os grupos mais
diversificados, sugerindo que essas espécies devem encontrar condições favoráveis
à sua manutenção como grupos dominantes. Os resultados levantados indicam que a
comunidade de peixes do futuro reservatório deve ser pouco diversa e dentro dos
padrões esperados para um reservatório da bacia do rio Iguaçu (ABILHOA et al.,
2011). Essa reduzida diversidade está associada às características particulares desse
ecossistema, que servirão de molde para a composição e estruturação da ictiofauna
durante o processo de colonização deste ambiente represado.
A Tabela 17 apresenta a relação das espécies de peixes até o momento
registradas ou esperadas para a bacia do rio Miringuava, enquanto a Figura 30
apresenta as espécies registradas mediante os trabalhos de campo no presente
estudo.
82
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 17 Lista de espécies de peixes registrados da bacia do rio Miringuava (Alto Iguaçu), com
nome vernacular (popular), ambiente e forma de registro de cada espécie.
ORDENAMENTO TAXONÔMICO NOME VERNÁCULO AMBIENTES ORIGEM DA
INFORMAÇÃO
ORDEM CHARACIFORMES
Família Curimatidae
Cyphocharax sanctacatarinae Saguiru Fluvial COL
Família Characidae
Astyanax bifasciatusend Lambari-do-rabo-vermelho Fluvial COL, MUS, LIT
Astyanax lacustrisint Lambari Fluvial, Lagoas LIT
Astyanax minorend Lambari-do-rabo-amarelo Fluvial COL, MUS, LIT
Astyanax serratusend Lambari-do-rabo-vermelho Fluvial COL, MUS, LIT
Astyanax dissimilis Lambari Fluvial, Lagoas LIT
Astyanax ribeirae Lambari-do-rabo-vermelho Fluvial COL
Bryconamericus sp. Pequira Fluvial LIT
Hyphessobrycon griemi Bandeirinha Fluvial, Lagoas, Várzeas LIT
Hyphessobrycon reticulatus Bandeirinha Fluvial, Lagoas, Várzeas LIT
Hyphessobrycon bifasciatus Bandeirinha Fluvial, Lagoas LIT
Oligosarcus longirostris Saicanga Fluvial LIT
Glandulocauda caerulea Lambari Fluvial, Lagoas LIT
Charax stenopterusint Lambari-transparente Fluvial COL
Mimagoniates microlepis Piabinha Fluvial COL, MUS, LIT
Família Erythrinidae
Hoplias aff. malabaricus Traíra Fluvial, Lagoas COL, MUS, LIT
ORDEM SILURIFORMES
Família Heptapteridae
Rhamdiopsis moreirai Bagre Fluvial, Lagoas LIT
Rhamdia vouleziend Jundiá Fluvial COL, MUS, LIT
Rhamdia branneri Bagre Fluvial, Lagoas LIT
Heptapterus stewarti Monjolo Fluvial LIT
Pimelodella sp. end Mandi Fluvial COL
Família Trichomycteridae
Cambeva davisi Candiru Fluvial LIT
Cambeva castroi Candiru Fluvial LIT
Cambeva sp. Candiru Fluvial LIT
Família Loricariidae
Ancistrus abilhoai Cascudo-roseta Fluvial LIT
Rineloricaria maackiend Cascudo-viola Fluvial COL, LIT
Hypostomus derbyi Cascudo Fluvial LIT
Hypostomus commersoni* Cascudo Fluvial LIT
Família Callichthyidae
Callichthys callichthys Cascudinho Fluvial, Lagoas LIT
Corydoras longipinnis Coridoras Fluvial COL, MUS, LIT
Corydoras ehrhardti Coridoras Fluvial COL, MUS, LIT
ORDEM CICHLIFORMES
Família Cichlidae
Geophagus brasiliensis Acará Fluvial, Lagoas COL, MUS
Cichlassoma paranaense Acará Fluvial LIT
Coptodon rendalliint Tilápia Lagoas LIT
ORDEM CYPRINODONTIFORMES
Família Poeciliidae
Phalloceros harpagos Barrigudinho Fluvial, Lagoas COL, MUS, LIT
Cnesterodon carnegiei Barrigudinho Fluvial, Lagoas LIT
ORDEM GYMNOTIFORMES
Família Gymnotidae
Gymnotus carapo Morenita Lagoas, Várzeas LIT
ORDEM SYNBRANCHIFORMES
Família Synbranchidae
Synbranchus marmoratus Muçum Lagoas, Várzeas LIT
Legenda: end – espécie exclusiva da bacia do rio Iguaçu, int – espécie exótica, COL – coletas em
campo, MUS – registros de museus, LIT– citação em literatura.
Fonte: Sociedade da Água, 2020.
83
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Cyphocharax sanctacatarinae Astyanax bifasciatus Astyanax minor
2.2.3.2 Herpetofauna
84
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Leptodactylidae, corresponde ao padrão das comunidades anurofaunísticas sul-
americanas (e.g., SEGALLA et al., 2016).
Quanto aos répteis, os mesmos abrangem três quelônios das famílias
Chelidae (cágados) e Emydidae (tigre-d’água), sete lagartos pertencentes às famílias
Leiuperidae, Gekkonidae, Anguidae, Gymnophthalmidae, Teiidae e Mabuyidae (cada
qual com uma espécie), dois anfisbenídeos (Amphisbaenidae) e 26 serpentes, estas
últimas subdivididas em um Anomalepididae, um Elapidae, três Viperidae, um
Colubridae e 20 Dipsadidae. Esta subdivisão em famílias, com o predomínio de
Dipsadidae, corresponde também ao padrão encontrado para os répteis da região
Neotropical (COSTA & BÉRNILS, 2018), bem como para a região abrangida pelas
Florestas com Araucária do sul do Brasil (MORATO, 1995).
Especificamente em relação aos estudos de campo realizados na área do
PACUERA do rio Miringuava, os mesmos permitiram o registro de 20 espécies de
anfíbios e cinco espécies de répteis. Dessas espécies, todas contemplaram registros
por ocasião da campanha de verão (100%), ao passo em que, na campanha de
outono, apenas cinco anfíbios foram registrados (20%). Esta condição sugere que a
sazonalidade é bem marcante na região.
Além dos registros em questão, por ocasião dos estudos de campo outras
quatro espécies foram encontradas em locais no entorno da área do PACUERA (dois
anfíbios e duas serpentes), a saber, os anuros Vitreorana uranoscopa (perereca-de-
vidro) e Hylodes heyeri (rã-das-corredeiras) e as serpentes Thamnodynastes strigatus
e Thamnodynastes sp. (corre-campo ou cobra-espada). Tais espécies são associadas
a ambientes florestais mais densos e associados a sistemas de transição com a
floresta ombrófila densa; desta forma, sua ocorrência na área do PACUERA carece
de confirmação.
Considerando o somatório de espécies registradas mediante dados
secundários e os resultados de campo, a área do PACUERA contempla o registro ou
a expectativa de ocorrência de 43 anfíbios (todos representantes da ordem Anura,
subdivididos em oito famílias) e 38 répteis (sendo subdivididos em duas famílias da
ordem Testudines – quelônios e 12 famílias da ordem Squamata, das quais seis
famílias de lagartos, uma de anfisbenídeos e cinco de serpentes).
85
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
A Tabela 18 apresenta a lista consolidada de espécies de anfíbios e répteis
da área de entorno do futuro reservatório do Miringuava, considerando os registros de
dados secundários e os resultados dos levantamentos de campo.
86
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 18 Lista de espécies de Anfíbios e Répteis da área do PACUERA do Miringuava, com os ambientes de registro de cada espécie, dados de
campo e origem da informação.
ORDENAMENTO TAXONÔMICO NOME VERNÁCULO AMBIENTES CAMPANHA DE PONTOS DE REGISTRO ORIGEM DA
REGISTRO INFORMAÇÃO
ANFIBIOS
ORDEM ANURA
Família Brachycephalidae
Ischnocnema henselii Rãzinha-do-mato Fl LIT
Ischnocnema sambaqui Rãzinha-do-mato Fl LIT
Família Bufonidae
Rhinella icterica Sapo-cururu Bn, Cp, AA 1 Norte B, Leste A LIT, CAM, ENT
Rhinella abei Sapo-galinha Fl, Bn 1 Norte A LIT, CAM
Família Cycloramphidae
Cycloramphus bolitoglossus Sapo-bolinha Fl LIT
Odontophrynus americanus Sapo-boi Cp, AA LIT
Proceratophrys boiei Sapo-de-chifres Fl 1 Norte A LIT, CAM
Proceratophrys cf. brauni Sapo-de-chifres Fl LIT
Família Hylidae
Aplastodiscus perviridis Perereca-verde Fl 1, 2 Norte B LIT, CAM
Aplastodiscus albosignatus Perereca-verde Fl 1 Norte B LIT, CAM
Aplastodiscus ehrhardti Perereca-verde Fl LIT
Bokermannohyla circumdata Perereca Fl 1, 2 Norte B, Sul A LIT, CAM
Dendropsophus microps Pererequinha Fl, Bn 1 Norte B LIT, CAM
Dendropsophus minutus Pererequinha Bn, AA 1, 2 Norte B, Sul A LIT, CAM
Dendropsophus nahdereri Pererequinha Fl, Bn LIT
Dendropsophus sanborni Pererequinha Bn, AA LIT
Boana albopunctata Perereca-de-pijama Bn, AA 1 Norte B LIT, CAM
Boana bischoffi Perereca Bn, AA 1, 2 Norte A, Norte B LIT, CAM
Boana faber Rã-martelo Bn, AA 1 Norte A, Norte B LIT, CAM
Boana prasina Perereca Bn, AA LIT
Boana semiguttata Perereca Fl LIT
Scinax catharinae Perereca Fl LIT
Scinax fuscovarius Perereca-de-banheiro Bn, Fl, AA 1 Norte B, Sul A LIT, CAM
Scinax perereca Perereca Bn, AA LIT
Scinax rizibilis Perereca Fl LIT
Scinax sp. Perereca Bn LIT
Sphaenorhynchus caramaschii Perereca-verde Bn 1 Norte B LIT, CAM
Sphaenorhynchus surdus Perereca-verde Bn LIT
Trachycephalus dibernadoi Perereca-malhada Fl LIT
Família Phyllomedusidae
Phyllomedusa distincta Perereca-macaco Fl, Bn 1 Norte B LIT, CAM
Família Leptodactylidae
87
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Adenomera marmorata Rãzinha-do-mato Fl 1 Norte A, Leste A, Sul A LIT, CAM
Leptodactylus nanus Rãzinha Bn LIT
Leptodactylus notoaktites Rã-goteira Fl, Bn, AA LIT
Leptodactylus latrans Rã-manteiga Bn, AA 1 Norte B LIT, CAM
Physalaemus cuvieri Rã-cachorro Fl, Bn, Cp, AA 1, 2 Norte B LIT, CAM
Physalaemus gracilis Rã-chorona Fl, Bn, AA 1 Norte B LIT, CAM
Physalaemus lateristriga Rã-do-mato Fl LIT
Scytophrys sawayae Rãzinha Fl LIT
Família Centrolenidae
Vitreorana uranoscopa Perereca-de-vidro Fl LIT
Família Hylodidae
Hylodes heyeri Rã-dos-riachos Fl 1 Norte B LIT
Família Microhylidae
Elachistocleis ovalis Rã-guardinha Bn, Cp, AA 1 Norte B LIT, CAM
Chiasmocleis leucosticta Rã-guardinha Fl LIT
Família Ranidae
Lithobates catesbeianus * Rã-touro Bn, AA 1 Norte A LIT, CAM
RÉPTEIS
ORDEM TESTUDINES
Família Chelidae
Acanthochelys spixii Cágado preto Bn, AA LIT, ENT
Hydromedusa tectifera Cágado-pescoço-de-cobra Bn, Fl, AA LIT, ENT
Família Emydidae
Trachemys scripta * Tigre-d’água-norte-americano Bn, AA LIT
ORDEM SQUAMATA 1 (Lagartos)
Família Leiuperidae
Anisolepis grilli Lagartinho Fl, AA LIT
Enyalius iheringii Camaleão Fl 1 Norte B LIT, CAM
Família Gekkonidae
Hemidactylus mabouia * Lagartixa das Paredes AA LIT, ENT
Família Mabuyidae
Aspronema dorsivittata Lagartixa Cp, AA LIT
Família Anguidae
Ophiodes fragilis Cobra-de-vidro Fl, Bn, AA LIT, ENT
Família Gymnophthalmidae
Cercosaura schreibersii Lagartixa Cp, AA LIT
Família Teiidae
Salvator merianae Lagarto, teiú Fl, Cp, AA 1 Leste A LIT, CAM, ENT
ORDEM SQUAMATA 2 (Anfisbenas)
Família Amphisbaenidae
Amphisbaena trachura Cobra-de-duas-cabeças Cp, AA LIT
Amphisbaena dubia Cobra-de-duas-cabeças Cp, AA LIT
88
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
ORDEM SQUAMATA 3 (Serpentes)
Família Anomalepididae
Liotyphlops beui Cobra-cega Fl, AA LIT
Família Colubridae
Chironius bicarinatus Cobra-cipó Fl, AA 1, 2 Norte A LIT, CAM
Família Dipsadidae
Atractus reticulatus Cobra-da-terra Cp, AA LIT
Echinanthera cyanopleura Cobrinha Fl LIT
Gomesophis brasiliensis Cobra-do-lodo Bn LIT
Helicops infrataeniatus Cobra-d’água Bn, AA LIT, MUS
Erythrolamprus jaegeri Cobra-verde Cp LIT
Erythrolamprus miliaris Cobra-d’água Fl, Bn, AA LIT, ENT
Erythrolamprus poecilogyrus Fl, Bn, Cp, AA LIT, MUS
Dipsas neuwiedi Dormideira Fl, AA LIT, MUS
Oxyrhopus clathratus Cobra-coral-falsa Fl LIT, MUS
Oxyrhopus rhombifer Cobra-coral-falsa Cp, AA LIT
Philodryas aestiva Cobra-verde Fl, AA LIT
Philodryas olfersii Cobra-verde Fl, Cp, AA LIT
Philodryas patagoniensis Papa-rato Cp, Bn, AA LIT, MUS
Philodryas arnaldoi Papa-rato Fl LIT
Taeniophallus bilineatus Fl LIT
Thamnodynastes nattereri Cobra-espada Fl, Bn, AA 1, 2 Norte A LIT, CAM, MUS
Thamnodynastes strigatus Cobra-espada Fl, Bn, AA 1 LIT
Thamnodynastes sp. Cobra-espada Fl LIT
Tomodon dorsatus Cobra-espada Fl, AA LIT
Xenodon merremii Boipeva Cp, Bn, AA LIT, ENT, MUS
Xenodon neuwedii Boipevinha Fl LIT
Família Elapidae
Micrurus altirostris Coral-verdadeira Fl, AA LIT, MUS
Família Viperidae
Bothrops jararaca Jararaca Fl, AA 1 LIT, ENT, MUS
Bothrops neuwiedi Jararaca-pintada Fl, Cp, AA LIT
Bothrops alternatus Urutu Cp, Bn, AA LIT
Legenda: Ambientes de Registro: Fl: Florestal; Cp: Campos; Bn: Banhados e várzeas; AA: Áreas abertas alteradas; Origem da Informação: LIT: Literatura; CAM: Registros
de Campo; MUS: Coleção Museológica; ENT: Entrevistas; * Espécie Exótica.
Fonte: Sociedade da Água, 2020.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Espécies Ameaçadas de Extinção
Espécies Endêmicas
4
Portaria MMA Nº 444, de 17 de dezembro de 2014. Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção. Art.
2º - Em Perigo (EN) e vulnerável (VU).
5
IAP, 2004. Lista da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná. Curitiba: Instituto Ambiental do Paraná. 763p.
90
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
bolitoglossus, Aplastodiscus ehrhardti, Aplastodiscus albosignatus,
Bokermannohyla circumdata, Dendropsophus microps, Scinax catharinae,
Phyllomedusa distincta, Physalaemus lateristriga, Scytophrys sawayae, Hylodes
heyeri, Chiasmocleis leucosticta, Enyalius iheringii, Dipsas neuwiedi e
possivelmente Thamnodynastes sp.
b) Espécies endêmicas da floresta com araucárias (Floresta
Ombrófila Mista): Philodryas arnaldoi, Proceratophrys brauni, Dendropsophus
nahdereri e Trachycephalus dibernardoi.
c) Espécies endêmicas da floresta Atlântica sensu lato
(compartilhadas entre a floresta ombrófila densa e a floresta ombrófila mista):
Ischnocnema henselii, Vitreorana uranoscopa, Proceratophrys boiei,
Aplastodiscus perviridis, Boana bischoffi, Boana semiguttata, Sphaenorhynchus
caramaschii, Sphaenorhynchus surdus, Scinax rizibilis, Adenomera marmorata,
Leptodactylus notoaktites, Physalaemus gracilis, Anisolepis grilli, Echinanthera
cyanopleura, Oxyrhopus clathratus, Taeniophallus bilineatus e Xenodon neuwedii.
No total, portanto, os endemismos associados aos sistemas da Mata
Atlântica, presentes na bacia do Miringuava, abrangem 37 espécies
herpetofaunísticas, valor que corresponde a 45,12% da riqueza total registrada para
a área. Trata-se de um valor significativo e que denota alta significância à gestão dos
remanescentes a serem mantidos no entorno do reservatório.
91
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Quanto a Trachemys scripta, esta espécie foi amplamente comercializada
em Curitiba durante os anos de 2000 e 2010. Os animais eram vendidos em sua forma
juvenil como “pets”. Porém, quando atingem maiores dimensões, esses animais são
eventualmente abandonados em rios e lagos pelos seus proprietários. Trata-se de
uma espécie resistente e invasora em diversas regiões do mundo (MORATO et al.,
2017).
Por fim, a lagartixa das paredes (Hemidactylus mabouia) é uma forma
oriunda da África, tendo possivelmente chegado ao Brasil na época colonial, quando
navios oriundos daquele continente traziam escravos para o país. A espécie é
associada com o homem, habitando quase exclusivamente o interior de residências e
outras estruturas civis. Até onde se conhece, trata-se de uma espécie inócua à fauna
nativa.
C D
Figura 31 Serpentes peçonhentas registradas na bacia do Miringuava. A) Micrurus altirostris
(coral-verdadeira); B) Bothrops jararaca (jararaca); C) Bothrops neuwiedi (jararaca-pintada); D)
Bothrops alternatus (urutu).
Fotos: S.A.A. Morato (acervo pessoal).
2.2.3.3 Avifauna
94
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 19 Lista de espécies de aves da área do PACUERA do Miringuava. Nomenclatura e ordenamento taxonômico seguem a proposição de
Piacentini et al. (2015). Dados de base consultados: SOCIEDADE DA ÁGUA (2002; 2013), CONSILIU (2012; 2015), Straube et al. (2014) e registros do
município de São José dos Pinhais (PR) constantes no acervo Wiki Aves (www.wikiaves.com.br). Para cada espécie registrada durante aplicação
do método de ‘listas de Mackinnon’ apresenta-se o número total de registros obtidos em campo, respectivamente para os sítios amostrais Norte
A, Norte B, Leste A, Sul A.
DADOS
DADOS SÍTIO CAMPANHA DE
TÁXON NOME EM PORTUGUÊS OPORTUNÍSTICOS
SECUNDÁRIOS AMOSTRAL REGISTRO
DE CAMPO
Tinamiformes
Tinamidae
Tinamus solitarius macuco x
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu x x 0;1;1;0 1, 2
Crypturellus noctivagus jaó-do-sul x
Crypturellus parvirostris inhambu-chororó x
Crypturellus tataupa inhambu-chintã x
Rhynchotus rufescens perdiz x
Nothura maculosa codorna-amarela x
Anseriformes
Anatidae
Dendrocygna bicolor marreca-caneleira x
Dendrocygna viduata irerê x
Dendrocygna autumnalis asa-branca x
Cairina moschata pato-do-mato x
Sarkidiornis sylvicola pato-de-crista x
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho x
Anas flavirostris marreca-pardinha x
Anas georgica marreca-parda x
Anas bahamensis marreca-toicinho x
Anas versicolor marreca-cricri x
Anas discors marreca-de-asa-azul x
Netta peposaca marrecão x
95
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Nomonyx dominica marreca-de-bico-roxo x
Galliformes
Cracidae
Penelope obscura jacuaçu x x 1
Aburria jacutinga jacutinga x
Odontophoridae
Odontophorus capueira uru x
Podicipediformes
Podicipedidae
Rollandia rolland mergulhão-de-orelha-branca x
Tachybaptus dominicus mergulhão-pequeno x
Podilymbus podiceps mergulhão-caçador x
Podiceps occipitalis mergulhão-de-orelha-amarela x
Phalacrocoracidae
Nannopterum brasilianus biguá x
Anhingidae
Anhinga anhinga biguatinga x
Pelecaniformes
Ardeidae
Tigrisoma lineatum socó-boi x
Ixobrychus involucris socoí-amarelo x
Nycticorax nycticorax savacu x
Butorides striata socozinho x x 1;1;1;1 1
Bubulcus ibis garça-vaqueira x x
96
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Ardea cocoi garça-moura x
Ardea alba garça-branca-grande x
Syrigma sibilatrix maria-faceira x x 2;9;3;4 1
Egretta thula garça-branca-pequena x
Egretta caerulea garça-azul x
Threskiornithidae
Plegadis chihi caraúna-de-cara-branca x x
Mesembrinibis cayennensis coró-coró x
Phimosus infuscatus tapicuru-de-cara-pelada x x 4;3;1;0 1, 2
Theristicus caudatus curicaca x x 1;4;1;1 1, 2
Platalea ajaja colhereiro x
Cathartiformes
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha x x 0;4;0;0
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta x x 2;8;3;5 2
Accipitriformes
Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza x x 1;1;0;1 2
Elanoides forficatus gavião-tesoura x
Elanus leucurus gavião-peneira x
Harpagus diodon gavião-bombachinha x
Circus buffoni gavião-do-banhado x
Accipiter superciliosus gavião-miudinho x
Accipiter striatus gavião-miúdo x
Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande x
Ictinia plumbea sovi x
Rostrhamus sociabilis gavião-caramujeiro x
Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo x
97
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Heterospizias meridionalis gavião-caboclo x
Urubitinga urubitinga gavião-preto x
Rupornis magnirostris gavião-carijó x x 5;8;2;3 1, 2
Parabuteo leucorrhous gavião-de-sobre-branco x x 0;2;0;0 2
Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco x
Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande x
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta x x 2;6;3;4 2
Buteo swainsoni gavião-papa-gafanhoto x
Buteo albonotatus gavião-de-rabo-barrado x
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco x
Spizaetus melanoleucus gavião-pato x
Gruiformes
Aramidae
Aramus guarauna carão x
Rallidae
Aramides cajaneus saracura-três-potes x
Aramides saracura saracura-do-mato x x 0;0;1;0 1, 2
Laterallus melanophaius sanã-parda x
Laterallus leucopyrrhus sanã-vermelha x
Porzana flaviventer sanã-amarela x
Porzana albicollis sanã-carijó x
Pardirallus maculatus saracura-carijó x
Pardirallus nigricans saracura-sanã x x 0;2;2;1 2
Pardirallus sanguinolentus saracura-do-banhado x x 2;0;1;1
Gallinula galeata frango-d'água-comum x
Gallinula melanops frango-d'água-carijó x
Porphyrio martinicus frango-d'água-azul x
Fulica armillata carqueja-de-bico-manchado x
Fulica leucoptera carqueja-de-bico-amarelo x
98
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Charadriiformes
Charadriidae
Vanellus cayanus batuíra-de-esporão x
Vanellus chilensis quero-quero x x 0;1;0;0 1, 2
Pluvialis dominica batuiruçu x
Charadrius semipalmatus batuíra-de-bando x
Charadrius collaris batuíra-de-coleira x
Recurvirostridae
Himantopus melanurus pernilongo-de-costas-brancas x
Scolopacidae
Gallinago paraguaiae narceja x
Limosa haemastica maçarico-de-bico-virado x
Bartramia longicauda maçarico-do-campo x
Actitis macularius maçarico-pintado x
Tringa solitaria maçarico-solitário x
maçarico-grande-de-perna-
Tringa melanoleuca x
amarela
Tringa flavipes maçarico-de-perna-amarela x
Calidris fuscicollis maçarico-de-sobre-branco x
Calidris melanotos maçarico-de-colete x
Calidris himantopus maçarico-pernilongo x
Calidris subruficollis maçarico-acanelado x
Phalaropus tricolor pisa-n'água x
Jacanidae
Jacana jacana jaçanã x x 6;12;6;5 2
Rynchopidae
99
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Rynchops niger talha-mar x
Columbiformes
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa x x 1, 2
Columbina squammata fogo-apagou x
Columba livia pombo-doméstico x
Patagioenas picazuro pombão x x 3;3;3;4 1, 2
Patagioenas cayennensis pomba-galega x
Patagioenas plumbea pomba-amargosa x
Zenaida auriculata pomba-de-bando x x 1;0;0;0 1
Leptotila verreauxi juriti-pupu x x 1, 2
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira x
Geotrygon montana pariri x
Cuculiformes
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato x
Coccyzus melacoryphus papa-lagarta-acanelado x
Coccyzus americanus papa-lagarta-de-asa-vermelha x
Coccyzus euleri papa-lagarta-de-euler x
Crotophaga ani anu-preto x x 0;0;0;1 1
Guira guira anu-branco x
Tapera naevia saci x
Dromococcyx pavoninus peixe-frito-pavonino x
Strigiformes
Tytonidae
Tyto furcata coruja-da-igreja x
Strigidae
100
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Megascops choliba corujinha-do-mato x
Megascops atricapilla corujinha-sapo x
Megascops sanctaecatarinae corujinha-do-sul x
Pulsatrix perspicillata murucututu x
Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela x
Strix hylophila coruja-listrada x
Strix virgata coruja-do-mato x
Glaucidium minutissimum caburé-miudinho x
Glaucidium brasilianum caburé x
Athene cunicularia coruja-buraqueira x x 2;9;3;4
Aegolius harrisii caburé-acanelado x
Asio clamator coruja-orelhuda x
Asio stygius mocho-diabo x
Asio flammeus mocho-dos-banhados x
Nyctibiiformes
Nyctibiidae
Nyctibius griseus mãe-da-lua x x 1;4;1;1
Caprimulgiformes
Caprimulgidae
Antrostomus rufus joão-corta-pau x
Lurocalis semitorquatus tuju x
Nyctidromus albicollis bacurau x
Hydropsalis parvula bacurau-chintã x
Hydropsalis anomala curiango-do-banhado x
Hydropsalis torquata bacurau-tesoura x
Hydropsalis forcipata bacurau-tesoura-gigante x
Chordeiles nacunda corucão x
101
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Apodiformes
Apodidae
Cypseloides senex taperuçu-velho x
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca x
Streptoprocne biscutata taperuçu-de-coleira-falha x
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento x
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal x x 1;3;4;2 1, 2
Panyptila cayennensis andorinhão-estofador x
Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado x
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno x
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada x x 1, 2
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura x
Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza x
Florisuga fusca beija-flor-preto x
Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta x
Anthracothorax nigricollis beija-flor-de-veste-preta x x 1
Stephanoxis loddigesii beija-flor-de-topete x x 5;6;1;4 1
Lophornis chalybeus topetinho-verde x
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho x x 1, 2
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta x
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco x x 6;6;0;0 1, 2
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca x
Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde x x 0;1;1;0 2
Heliodoxa rubricauda beija-flor-rubi x x 0;0;0;1 1
Calliphlox amethystina estrelinha-ametista x
Trogoniformes
Trogonidae
102
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
surucuá-grande-de-barriga-
Trogon viridis x
amarela
Trogon surrucura surucuá-variado x x 1, 2
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela x x 0;2;2;1 2
Coraciiformes
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande x
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde x
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno x
Momotidae
Baryphthengus ruficapillus juruva-verde x
Galbuliformes
Bucconidae
Malacoptila striata barbudo-rajado x
Nonnula rubecula macuru x
Piciformes
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto x
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde x x 0;2;0;0 1
Selenidera maculirostris araçari-poca x
Pteroglossus bailloni araçari-banana x
Picidae
Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira x x 7;11;5;6 1, 2
Picumnus nebulosus pica-pau-anão-carijó x
Melanerpes candidus pica-pau-branco x x 0;1;0;0 1, 2
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela x
103
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó x x 0;1;1;0 1, 2
Piculus flavigula pica-pau-bufador x
Piculus aurulentus pica-pau-dourado x x 1;1;0;0 1, 2
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado x
Colaptes campestris pica-pau-do-campo x x 1, 2
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela x
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca x
Campephilus robustus pica-pau-rei x x 1;3;2;0 1
Falconiformes
Falconidae
Caracara plancus caracará x x 0;0;0;2 1, 2
Milvago chimachima carrapateiro x x 4;3;3;1 1, 2
Milvago chimango chimango x
Herpetotheres cachinnans acauã x x 1;0;0;0 2
Micrastur ruficollis falcão-caburé x x 1, 2
Micrastur semitorquatus falcão-relógio x
Falco sparverius quiriquiri x
Falco femoralis falcão-de-coleira x
Falco peregrinus falcão-peregrino x
Psittaciformes
Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha x x 2;3;2;1 1, 2
Forpus xanthopterygius tuim x
Brotogeris tirica periquito-rico x
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas x
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú x x 0;2;0;3 1, 2
Pionus maximiliani maitaca-verde x x 1, 2
Amazona vinacea papagaio-de-peito-roxo x
Amazona aestiva papagaio-verdadeiro x
104
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Triclaria malachitacea sabiá-cica x x 2;0;0;1 2
Passeriformes
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê x
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada x
Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado x
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa x x 0;1;0;0 1, 2
Herpsilochmus
chorozinho-de-asa-vermelha x
rufimarginatus
Thamnophilus ruficapillus choca-de-chapéu-vermelho x x 1;3;1;0 1
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata x x 2;1;0;0 1, 2
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó x
Batara cinerea matracão x x 2;8;3;5 1, 2
Mackenziaena leachii borralhara-assobiadora x x 3;4;0;3 1, 2
Biatas nigropectus papo-branco x 3;2;2;6 1
Mackenziaena severa borralhara x
Myrmoderus squamosus papa-formiga-de-grota x x 1;1;0;1 1, 2
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul x x 1
Drymophila ferruginea trovoada x
Drymophila rubricollis trovoada-de-bertoni x x 1;1;0;1 1, 2
Drymophila ochropyga choquinha-de-dorso-vermelho x
Drymophila malura choquinha-carijó x x 0;1;0;0 1, 2
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente x x 0;2;1;0 1, 2
Conopophaga melanops cuspidor-de-máscara-preta x
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu x x 2;1;1;0 2
Hylopezus nattereri pinto-do-mato x x 5;8;2;3 1, 2
105
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Rhinocryptidae
Eleoscytalopus indigoticus macuquinho x x 1;3;0;1 1, 2
Scytalopus speluncae tapaculo-preto x
Scytalopus iraiensis macuquinho-da-várzea x
Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado x
Formicariidae
Chamaeza campanisona tovaca-campainha x x 0;2;0;0 1, 2
Scleruridae
Sclerurus scansor vira-folha x x 6;6;0;0 1, 2
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso x
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde x x 0;0;1;0 1, 2
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado x x 4;7;2;5 1, 2
Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto x
Lepidocolaptes falcinellus arapaçu-escamado-do-sul x x 5;1;1;4 1, 2
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande x x 3;2;1;0 1, 2
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca x x 1, 2
Xenopidae
Xenops rutilans bico-virado-carijó x x 0;2;0;0 1
Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro x x 4;4;0;3 1, 2
Lochmias nematura joão-porca x x 3;7;4;2 1
Clibanornis
cisqueiro x x 0;0;1;2 1, 2
dendrocolaptoides
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco x
Anabazenops fuscus trepador-coleira x x 0;1;0;0 2
Anabacerthia amaurotis limpa-folha-miúdo x
106
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Anabacerthia lichtensteini limpa-folha-ocráceo x
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado x
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia x x 3;5;2;1 1, 2
Heliobletus contaminatus trepadorzinho x
Syndactyla rufosuperciliata trepador-quiete x x 0;0;0;1 1, 2
Cichlocolaptes leucophrus trepador-sobrancelha x x 3;5;4;2 1, 2
Leptasthenura striolata grimpeirinho x
Leptasthenura setaria grimpeiro x x 0;3;0;1 1, 2
Phacellodomus striaticollis tio-tio x
Anumbius annumbi cochicho x
Certhiaxis cinnamomeus curutié x
Synallaxis ruficapilla pichororé x x 1;0;2;0 1, 2
Synallaxis cinerascens pi-puí x x 3;7;2;4 1, 2
Synallaxis frontalis petrim x
Synallaxis spixi joão-teneném x x 2;0;1;1 1, 2
Cranioleuca obsoleta arredio-oliváceo x x 0;1;0;0 1, 2
Cranioleuca pallida arredio-pálido x x 2
Pipridae
Ilicura militaris tangarazinho x x 1;1;0;0 2
Chiroxiphia caudata tangará x x 1;0;0;0 1, 2
Onychorhynchidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto x
Onychorhynchidae
Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste x
Tityridae
Schiffornis virescens flautim x x 4;3;3;1 1, 2
Laniisoma elegans chibante x
107
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto x
Pachyramphus viridis caneleiro-verde x
Pachyramphus castaneus caneleiro x x 1;0;0;0 1
Pachyramphus polychopterus caneleiro-preto x x 3;2;0;1 1, 2
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto x x 1
Cotingidae
Lipaugus lanioides tropeiro-da-serra x
Procnias nudicollis araponga x
Pyroderus scutatus pavó x
Carpornis cucullata corocochó x x 0;1;0;0 1, 2
Phibalura flavirostris tesourinha-da-mata x
Pipritidae
Piprites chloris papinho-amarelo x
Piprites pileata caneleirinho-de-chapéu-preto x
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho x x 1, 2
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza x x 0;2;0;0 2
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo x
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato x
Phylloscartes paulista não-pode-parar x
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras x
Phylloscartes sylviolus maria-pequena x
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta x x 2;2;2;1 1, 2
Todirostrum poliocephalum teque-teque x
Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio x
Poecilotriccus plumbeiceps tororó x x 0;1;0;0 1, 2
108
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Myiornis auricularis miudinho x x 2
Hemitriccus diops olho-falso x
Hemitriccus obsoletus catraca x
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro x
Euscarthmus meloryphus barulhento x
Tyranniscus burmeisteri piolhinho-chiador x
Camptostoma obsoletum risadinha x x 4;2;3;1 1
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela x
Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto x
Elaenia mesoleuca tuque x x 3;7;2;4 1
Elaenia obscura tucão x x 7;11;5;6 1
Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta x
Capsiempis flaveola marianinha-amarela x
Phyllomyias virescens piolhinho-verdoso x x 1, 2
Phyllomyias fasciatus piolhinho x
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano x
Culicivora caudacuta papa-moscas-do-campo x
Serpophaga nigricans joão-pobre x
Serpophaga subcristata alegrinho x x 1, 2
Attila phoenicurus capitão-castanho x x 0;2;2;0 1
Attila rufus capitão-de-saíra x
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata x
Myiarchus swainsoni irré x x 1;3;1;2 1
Myiarchus ferox maria-cavaleira x
Sirystes sibilator gritador x x 5;1;0;0 2
Pitangus sulphuratus bem-te-vi x x 0;0;0;2 1, 2
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro x
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado x x 1
Megarynchus pitangua neinei x x 1;0;0;0 1, 2
109
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
bentevizinho-de-penacho-
Myiozetetes similis x
vermelho
Tyrannus melancholicus suiriri x x 0;1;2;1 1
Tyrannus savana tesourinha x
Empidonomus varius peitica x
Colonia colonus viuvinha x
Myiophobus fasciatus filipe x x 0;0;1;2 1, 2
Pyrocephalus rubinus príncipe x
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada x
Arundinicola leucocephala freirinha x
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu x
Lathrotriccus euleri enferrujado x x 1, 2
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento x
Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado x
Knipolegus lophotes maria-preta-de-penacho x
Hymenops perspicillatus viuvinha-de-óculos x
Satrapa icterophrys suiriri-pequeno x
Xolmis cinereus primavera x
Xolmis dominicanus noivinha-de-rabo-preto x
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta x
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari x x 3;7;2;4 1, 2
Vireo chivi juruviara x x 7;11;5;6 1
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado x x 2;0;1;1 1, 2
Corvidae
Cyanocorax caeruleus gralha-azul x
Cyanocorax chrysops gralha-picaça x
Hirundinidae
110
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa x x 1
Alopochelidon fucata andorinha-morena x
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora x x 6;12;6;5 1
Progne tapera andorinha-do-campo x x 1;3;2;0 1
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande x
Tachycineta albiventer andorinha-do-rio x
Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco x x 5;1;0;0
Hirundo rustica andorinha-de-bando x
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra x x 1;0;0;0 1, 2
Cistothorus platensis corruíra-do-campo x
Polioptilidae
Ramphocaenus melanurus bico-assovelado x
Turdidae
Turdus flavipes sabiá-una x x 2
Turdus leucomelas sabiá-barranco x x 0;0;0;1 1, 2
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira x x 3;5;4;2 1, 2
Turdus amaurochalinus sabiá-poca x x 0;1;1;1 1
Turdus subalaris sabiá-ferreiro x
Turdus albicollis sabiá-coleira x x 0;2;0;0 1, 2
Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo x x 1;0;2;0 1, 2
Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor x
Anthus nattereri caminheiro-grande x
Anthus hellmayri caminheiro-de-barriga-acanelada x
111
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico x x 1;1;0;0 1, 2
Ammodramus humeralis tico-tico-do-campo x
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita x x 6;12;6;5 1, 2
Geothlypis aequinoctialis pia-cobra x x 1;3;2;0 1, 2
Basileuterus culicivorus pula-pula x x 1;3;1;2 1, 2
Myiothlypis leucoblephara pula-pula-assobiador x x 0;1;0;0 1, 2
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho x
Icteridae
Cacicus chrysopterus tecelão x x 1, 2
Cacicus haemorrhous guaxe x
Icterus pyrrhopterus encontro x
Gnorimopsar chopi graúna x
Chrysomus ruficapillus garibaldi x
Pseudoleistes guirahuro chopim-do-brejo x
Agelaioides badius asa-de-telha x x 0;1;0;0 2
Molothrus rufoaxillaris vira-bosta-picumã x
Molothrus bonariensis vira-bosta x x 0;1;1;0
Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul x
Mitrospingidae
Orthogonys chloricterus catirumbava x
Thraupidae
Coereba flaveola cambacica x x 1;3;2;0 2
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro x x 1;3;1;2 2
Saltator maxillosus bico-grosso x
112
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Saltator fuliginosus pimentão x
Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo x
Thlypopsis sordida saí-canário x
Pyrrhocoma ruficeps cabecinha-castanha x
Tachyphonus coronatus tiê-preto x x 1;0;0;0 1, 2
Ramphocelus bresilius tiê-sangue x
Coryphospingus cucullatus tico-tico-rei x
Trichothraupis melanops tiê-de-topete x
Tangara seledon saíra-sete-cores x
Tangara cyanocephala saíra-militar x
Tangara desmaresti saíra-lagarta x
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento x x 1;0;0;0 1, 2
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul x
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro x
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo x
Tangara preciosa saíra-preciosa x x 1;3;2;0 1
Stephanophorus diadematus sanhaçu-frade x x 1;3;1;2 1, 2
Cissopis leverianus tietinga x
Paroaria coronata cardeal x
Paroaria capitata cavalaria x
Pipraeidea melanonota saíra-viúva x
Pipraeidea bonariensis sanhaçu-papa-laranja x
Tersina viridis saí-andorinha x
Dacnis cayana saí-azul x
Chlorophanes spiza saí-verde x
Hemithraupis guira saíra-de-papo-preto x
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem x
Conirostrum speciosum figuinha-de-rabo-castanho x
Haplospiza unicolor cigarra-bambu x x 6;12;6;5 1, 2
Donacospiza albifrons tico-tico-do-banhado x
Poospiza thoracica peito-pinhão x
113
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Poospiza nigrorufa quem-te-vestiu x
Microspingus cabanisi tico-tico-da-taquara x x 5;1;0;0 1, 2
Sicalis citrina canário-rasteiro x
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro x x 4;3;3;1 1, 2
Sicalis luteola tipio x
Emberizoides herbicola canário-do-campo x
Emberizoides ypiranganus canário-do-brejo x
Embernagra platensis sabiá-do-banhado x x 0;1;0;0 2
Volatinia jacarina tiziu x x 5;1;0;0 1
Sporophila frontalis pixoxó x x 0;0;0;2 1
Sporophila plumbea patativa x
Sporophila collaris coleiro-do-brejo x
Sporophila lineola bigodinho x
Sporophila caerulescens coleirinho x x 1, 2
Sporophila bouvreuil caboclinho x
Sporophila hypoxantha caboclinho-de-barriga-vermelha x
Sporophila angolensis curió x
Cardinalidae
Piranga flava sanhaçu-de-fogo x
Habia rubica tiê-do-mato-grosso x
Amaurospiza moesta negrinho-do-mato x
Cyanoloxia glaucocaerulea azulinho x
Cyanoloxia brissonii azulão x
Fringillidae
Spinus magellanicus pintassilgo x x 2
Euphonia chlorotica fim-fim x
Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro x
Euphonia chalybea cais-cais x x 1;0;0;0 2
Euphonia cyanocephala gaturamo-rei x
114
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Euphonia pectoralis ferro-velho x x 1, 2
Chlorophonia cyanea gaturamo-bandeira x
Estrildidae
Estrilda astrild bico-de-lacre x
Passeridae
Passer domesticus pardal x
Fonte: Sociedade da Água, 2020.
115
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Uso de Hábitats
118
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Espécie Nome em Português Global Nacional Estadual Hábitat
Aegolius harrisii caburé-acanelado VU Florestal
Hydropsalis anomala curiango-do-banhado EN Campo/Banhado
Pteroglossus bailloni araçari-banana VU Florestal
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas VU VU VU Florestal
Amazona vinacea papagaio-de-peito-roxo EN VU VU Florestal
Scytalopus iraiensis macuquinho-da-várzea EN EN EN Banhados
Leptasthenura striolata grimpeirinho EN Campo/Banhado
Biatas nigropectus papo-branco VU Florestal
Phacellodomus striaticollis tio-tio CR Banhados
Onychorhynchus swainsoni maria-leque-do-sudeste VU Florestal
Lipaugus lanioides tropeiro-da-serra VU Florestal
Procnias nudicollis araponga VU Florestal
Piprites chloris papinho-amarelo VU Florestal
Piprites pileata caneleirinho-de-chapéu-preto VU CR Florestal
Phylloscartes paulista não-pode-parar VU Florestal
Phylloscartes sylviolus maria-pequena VU Florestal
Culicivora caudacuta papa-moscas-do-campo VU EN Campo/Banhado
Xolmis dominicanus noivinha-de-rabo-preto VU VU EN Campo/Banhado
Cistothorus platensis corruíra-do-campo EN Campo
Anthus nattereri caminheiro-grande VU VU EN Campo
Sporophila frontalis pixoxó VU EN Florestal
Sporophila plumbea patativa EN Campo/Banhado
Sporophila hypoxantha caboclinho-barriga-vermelha VU VU Campo/Banhado
Sporophila angolensis curió VU Campo/Banhado
Fonte: Sociedade da Água, 2020.
Espécies Migratórias
119
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
A partir dos dados de base analisados, algumas espécies constam em
apenas uma das fontes consultadas, ou seja, são táxons presumivelmente raros na
região. Nove das espécies registradas em campo alocam-se nesta classificação
(Leptodon cayanensis, Parabuteo leucorrhous, Amazilia fimbriata, Herpetotheres
cachinnans, Myrmoderus squamosus, Drymophila rubricollis, Hylopezus nattereri,
Anabazenops fuscus, Ilicura militaris). Todas – à exceção do beija-flor Amazilia
fimbriata – são associadas a ambientes florestais melhor conservados e consideradas
de média ou alta sensibilidade a distúrbios. Estes registros são especialmente
importantes por auxiliarem na identificação dos locais melhor conservados na região.
2.2.3.4 Mastofauna
-Aspectos Históricos do Conhecimento da Mastofauna Regional
122
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
A Tabela 21 apresenta a lista de espécies de mamíferos da área do
PACUERA do Miringuava, considerando os registros de dados secundários e os
resultados dos levantamentos de campo. Por sua vez, a Figura 33 apresenta alguns
dos registros obtidos mediante o uso de armadilhas fotográficas.
123
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 21 Lista de espécies de Mamíferos da bacia do Miringuava, com os ambientes de registro de cada espécie, dados de campo e origem da
informação.
ORDENAMENTO TAXONÔMICO NOME VERNÁCULO AMBIENTES CAMPANHA DE PONTOS DE ORIGEM DA
REGISTRO REGISTRO INFORMAÇÃO
ORDEM DIDELPHIMORPHIA
Família Didelphidae
Didelphis albiventris Gambá Fl, AA 1 Norte A LIT, VIS
Didelphis aurita Gambá Fl, AA LIT
Gracilinanus microtarsus Guaiquica Fl LIT
Gracilinanus agilis Guaiquica Fl LIT
Lutreolina crassicaudata Cuíca Fl, Bn LIT
Monodelphis cf. dimidiata Catita Fl, AA LIT
Monodelphis incanus Catita Fl LIT
Monodelphis sp. Catita Fl LIT
Philander frenata Cuíca-de-quatro-olhos Fl LIT
ORDEM PILOSA
Família Myrmecophagidae
Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim Fl, Cp, AA LIT, ENT
ORDEM CINGULATA
Família Dasypodidae
Cabassous unicinctus Tatu-rabo-mole Cp, AA LIT
Dasypus novemcinctus Tatu-galinha Fl, AA 1, 2 Norte A, Sul A LIT, VIS, CAM, VST, ENT
Euphractus sexcinctus Tatu-peba Cp, AA LIT
ORDEM CHIROPTERA
Família Phyllostomidae
Anoura caudifera Morcego Fl LIT
Carolia perspicillata Morcego Fl, AA LIT
Artibeus lituratus Morcego Fl LIT
Pygoderma bilabiatum Morcego Fl LIT
Sturnira lilium Morcego Fl, AA LIT
Família Vespertilionidae
Eptesicus brasiliensis Morcego Fl LIT
Histiotus velatus Morcego Fl LIT
Myotis nigricans Morcego Fl LIT
Família Molossidae
Molossus molossus Morcego Fl, AA LIT
Tadarida brasiliensis Morcego Fl, AA LIT
ORDEM PRIMATES
Família Atelidae
Alouatta guariba clamitans Bugio Fl LIT, ENT
124
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
ORDENAMENTO TAXONÔMICO NOME VERNÁCULO AMBIENTES CAMPANHA DE PONTOS DE ORIGEM DA
REGISTRO REGISTRO INFORMAÇÃO
Família Cebidae
Sapajus nigritus Macaco-prego Fl LIT, ENT
ORDEM CARNIVORA
Família Canidae
Cerdocyon thous Cachorro-do-mato Fl, Cp, AA 1, 2 Norte B, Sul A LIT, CAM, VST, ENT
Lycalopex gymnocercus Raposa-do-campo Cp, AA LIT
Chrysocyon brachiurus Lobo-guará Cp, AA LIT
Família Felidae
Leopardus guttulus Gato-do-mato-pequeno Fl LIT
Leopardus pardalis Jaguatirica Fl, Cp LIT
Leopardus wiedii Gato-maracajá Fl LIT
Puma concolor Suçuarana, puma, onça- Fl, Cp LIT, ENT
parda
Família Mustelidae
Eira barbara Irara Fl, AA LIT, ENT
Galictis cuja Furão Cp, AA LIT
Lontra longicaudis Lontra Fl, Bn LIT, ENT
Família Procyonidae
Procyon cancrivorus Mão-pelada Fl, Cp, Bn, AA LIT, ENT
Nasua nasua Quati Fl LIT, ENT
ORDEM ARTIODACTYLA
Família Tayassuidae
Pecari tajacu Cateto Fl LIT, ENT
Família Cervidae
Mazama americana Veado-mateiro Fl, Cp, Bn LIT
Mazama gouazoubira Veado-catingueiro Fl, Cp, Bn 1 Leste A LIT, CAM, VST
Mazama nana Veado-bororó Fl LIT
ORDEM RODENTIA
Família Sciuridae
Sciurus aestuans Serelepe, esquilo Fl, AA LIT, ENT
Família Caviidae
Cavia aperea Preá Cp, Bn, AA LIT, ENT
Hydrocherus hydrochaeris Capivara Bn, AA LIT, ENT
Família Cuniculidae
Cuniculus paca Paca Fl LIT, ENT
Família Dasyproctidae
Dasyprocta azarae Cutia Fl LIT, ENT
Família Myocastoridae
Myocastor coypus Ratão-do-banhado Bn, AA LIT, ENT
125
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
ORDENAMENTO TAXONÔMICO NOME VERNÁCULO AMBIENTES CAMPANHA DE PONTOS DE ORIGEM DA
REGISTRO REGISTRO INFORMAÇÃO
Família Erethizontidae
Sphiggurus villosus Ouriço-cacheiro Fl, AA LIT, ENT
Família Cricetidae
Akodon cursor Rato silvestre Fl, Cp, AA LIT
Holochilus brasiliensis Rato silvestre Fl, Cp LIT
Nectomys squamipes Rato-d’água Fl, Bn LIT
Oligoryzomys eliurus Rato silvestre Fl, AA LIT
Oligoryzomys nigripes Rato silvestre Fl, AA LIT
Oxymycterus robertii Rato silvestre Fl, Bn LIT
Oxymycterus sp. Rato silvestre Fl, Bn LIT
Delomys dorsalis Rato silvestre Fl LIT
Família Muridae
Rattus rattus * Rato doméstico AA LIT
Mus musculus * Camundongo AA LIT
ORDEM LAGOMORPHA
Família Leporidae
Lepus europaeus * Lebre Cp, AA LIT, ENT
Sylvilagus brasiliensis Tapeti Fl LIT
Legenda: Ambientes de Registro: Fl: Florestal; Cp: Campos; Bn: Banhados; AA: Áreas abertas alteradas; Origem da Informação: LIT: Literatura; VIS: Visualização;
CAM: Camera-trap; VST: Vestígio (pegada, fezes, tocas); ENT: Entrevistas; * Espécie Exótica.
126
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
A B
C D
E F
Figura 33 Mamíferos registrados mediante armadilhas fotográficas durante os trabalhos de
campo na bacia do Miringuava. A) Dasypus novemcinctus (tatu-galinha), registrado no ponto
Norte B durante a primeira campanha de campo; B e C); Cerdocyon thous (cachorro-do-mato)
registrados no ponto Sul A na primeira e na segunda campanhas de campo, respectivamente;
D, E e F), três indivíduos de Mazama gouazoubira (fêmea, macho e filhote) registrados no
ponto Leste A durante a segunda campanha de campo.
Fonte: Sociedade da Água (2020).
128
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
- Chrysocyon brachiurus (lobo-guará): esta espécie foi registrada na bacia do
Miringuava mediante análise da literatura. Entretanto, em nenhuma das entrevistas
a mesma foi confirmada para a área. Quando interrogados sobre a presença da
espécie, todos os moradores informaram que sabiam qual era a mesma (pelo
menos quatro moradores afirmam conhecer por reportagens da televisão), mas que
nunca souberam da sua ocorrência na região. Desta forma, esta espécie, embora
tenha seu registro mantido na presente listagem, carece de confirmação para a
região.
- Alouatta guariba clamitans (bugio): esta espécie foi informada por três dos
entrevistados. Todos foram unânimes em dizer que era uma espécie comum na
região a uns 10 anos atrás, mas que ultimamente tem sido bastante raro encontra-
la. Um dos moradores afirma que, no ano de 2019, foram encontrados alguns
indivíduos mortos na região, e que possivelmente a causa para tal tenha se devido
à febre amarela. Entretanto, nenhum dos moradores ouviu falar de problemas com
essa endemia para com a população humana local.
Além da área de estudo, a espécie foi também registrada em monitoramentos
faunísticos em regiões próximas, a exemplo da Linha de Transmissão Curitiba
Leste (SOCIEDADE DA ÁGUA, 2016).
- Pecari tajacu (cateto): esta espécie foi confirmada por apenas um dos
entrevistados, que afirmou que a espécie ocorria com mais frequência no passado,
mas que a caça acabou fazendo com que a mesma sumisse da região. O
entrevistado acredita que a espécie ocorra, atualmente, apenas na região da Serra
do Mar a leste da bacia, muito embora alguns indivíduos tenham aparecido na bacia
há poucos anos (possivelmente 2017).
- Leopardus spp. (gatos-do-mato, jaguatirica): sobre estas espécies, todos os
moradores afirmam já terem avistado “gatos-pintados” na região, os quais seriam
parecidos com “filhotes de onça”. Pelo menos um dos moradores afirma que um
dos gatos teria o tamanho de um “cachorro médio”, possivelmente se referindo à
jaguatirica (Leopardus pardalis). Os entrevistados afirmam unanimemente que os
gatos-do-mato, juntamente com gambás e lagartos, são animais que causam
grandes danos às criações de galináceos na região, sendo por isso perseguidos
pelos moradores em geral.
129
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Espécies Endêmicas
Dentre as espécies ora registradas, quatro são consideradas como
endêmicas da Mata Atlântica sensu lato: Didelphis aurita (gambá-de-orelhas-pretas),
Alouatta guariba clamitans (bugio), Mazama nana (veado-bororó) e Delomys dorsalis
(rato-do-mato). No Paraná, estas espécies ocorrem tanto no contexto da floresta
ombrófila densa quanto nas florestas com araucária.
130
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
em pequenas matilhas atacam e acuam grandes animais silvestres, podendo abatê-
los ou causar estresse, fazendo com que se movimentem para outras áreas, tornando-
os mais expostos à caça e atropelamento. Por sua vez, os gatos-domésticos, Felis
catus, trazem danos aos pequenos animais em geral, tais como roedores, marsupiais,
morcegos e aves. Ambas as espécies, quando abandonadas ou criadas em ambiente
pouco antropizado, tornam-se selvagens (espécies ferais), reforçando seu caráter de
predador e propiciando desequilíbrio às comunidades nativas (SUZÁN & CEBALLOS,
2005). Na área de estudo, foram evidenciados diversos animais de ambas as espécies
em vida livre junto a ambientes naturais.
131
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
conservação, como a Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná), Dicksonia
sellowiana (xaxim), Cedrela fissilis (cedro), Ocotea odorifera (canela) e Ocotea porosa
(imbuia).
Em relação à fauna terrestre, tais áreas também apresentam grande
relevância por abranger os principais locais de concentração de espécies de todos os
grupos avaliados, inclusive de espécies raras e endêmicas da Mata Atlântica e da
Floresta com Araucária. Exemplos de espécies nessa condição consistem em aves
raras, como Porzana flaviventer, Aegolius harrisii ou Panyptila cayennensis, em
anfíbios como Aplastodiscus ehrhardti, Aplastodiscus albosignatus e Bokermannohyla
circumdata, em répteis como Enyalius iheringii (camaleão) e em mamíferos como
Leopardus spp. (gatos-do-mato), Alouatta clamitans (bugio) e Mazama nana (veado-
bororó), sendo ainda ressaltado o endemismo associado à Mata Atlântica sensu lato
dessas duas últimas espécies.
Em função das condições acima, portanto, os sistemas florestais a serem
mantidos às margens do reservatório do Miringuava, associados ainda às várzeas que
possivelmente se estabelecerão em alguns braços do mesmo, apresentarão grande
importância conservacionista. Entretanto, para que haja subsistência de tais
ambientes, faz-se necessária sua conexão com os demais sistemas florestais
remanescentes da bacia. Tais conexões poderão ocorrer ao longo das APPs dos
riachos que drenam para o reservatório, bem como mediante a proteção integral de
maiores áreas nucleares, a exemplo de reservas legais das propriedades rurais. Tais
conexões poderão conformar uma rede de proteção da biodiversidade, tendo, na APP
do reservatório uma área nuclear de espécies.
132
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
2.3 CARACTERIZAÇÃO MEIO ANTRÓPICO
134
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 34 Localização da AII.
Fonte: Sociedade da Água, 2020
135
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
território do PACUERA), embora seu relevo seja menos propício à agricultura do que
no restante da bacia.
A AID possui uma área de 11.582,1726 ha, com 611 imóveis rurais e
aproximadamente 1.531 moradores (levantamento realizado através do CAR –
Cadastro Ambiental Rural e em atividades de campo). É predominantemente rural,
sendo dividida em comunidades rurais: Colônias Murici, Gamelas, Avencal, Malhada
(parte dela), Roça Velha, Antinha e Saltinho da Malhada.
Foi verificado que 94,92% das propriedades da área de estudo são de
pequeno porte, com menos de 48 hectares (até 4 módulos fiscais vigentes no
município de São José dos Pinhais, sendo que um módulo fiscal corresponde a 12
hectares) e são utilizadas para agricultura familiar, residências permanentes, chácaras
de lazer, pequenos comércios, pesque-pague e pastagens. Outros 2,9% são áreas
consideradas de médio porte (área superior a 4 e até 15 módulos fiscais) e 2,12% são
consideradas áreas de grande porte (acima de 15 módulos fiscais).
Os moradores são principalmente filhos, netos e bisnetos de imigrantes
poloneses e italianos, que ainda hoje mantém laços socioculturais, tanto na forma de
viver - as igrejas católicas localizadas em cada Colônia, são responsáveis pelo
desenvolvimento social e cultural da comunidade, elas concentram a maioria das
atividades sociais da região, como missas, festas e eventos -; quanto na forma de
produzir - a produção tradicional de olerícolas como alfaces, repolho, couve, tomate
etc. é predominante na região. Há ainda moradores mais recentes que escolheram a
região pela qualidade de vida oferecida, chácaras de lazer, onde podem habitar
caseiros com suas famílias e seus proprietários podem desfrutar da tranquilidade da
região; além de pequenos empreendimentos comerciais e de lazer do tipo “pesque e
pague”. De forma mais intensiva, as atividades de comércio e de serviços estão
concentrados na Colônia Murici.
Os agricultores que visam o comércio de seus produtos possuem a mesma
opinião a respeito da forma de produzir, utilizam o Sistema de Plantio Direto (SPD),
cujas principais técnicas são a ausência ou mínimo revolvimento do solo, a cobertura
do solo com palhada e a rotação de culturas. Demais técnicas de manejo de solo são
praticamente inexistentes. Alguns produtores têm migrado para o sistema de cultivo
hidropônico, onde as plantas são cultivadas em estufa, sem necessidade do uso do
solo, já que esse sistema aumenta a produção e exige áreas bem menores. Os
proprietários que optaram pela hidroponia, estão satisfeitos com o retorno financeiro.
136
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
A maioria dos agricultores utilizam agrotóxicos e fertilizantes nas lavouras,
mesmo não possuindo domínio total das técnicas de aplicação. Dizem ser
indispensável para o sucesso da safra e que utilizam com moderação porque o
agrotóxico tem um custo alto para eles. Compartilham também a forma de
pulverização, com o pulverizador costal sem o uso de equipamentos de proteção
individual. Os agrotóxicos mais utilizados são o Roundup, Decis e Primólio. Há uma
grande resistência e desconfiança por parte da maioria dos agricultores sobre a
eficiência e produtividade da agricultura orgânica, ocorrendo poucas propriedades
com este tipo de produção.
A pecuária não é uma atividade proeminente na região, e poucas
propriedades são utilizadas para a criação de grandes rebanhos (principalmente
bovinos leiteiros). No entanto muitas propriedades que cultivam olerícolas, possuem
também um pequeno rebanho de animais, principalmente galinhas, ovelhas e bovinos.
O leite produzido é vendido para as empresas da região especializadas na
comercialização desse produto.
Também é comum a existência de lagos e tanques artificiais, campos de
inundação submetidos a processos de drenagem para fins de aproveitamento sob
forma de pastagem, áreas de reflorestamento com árvores exóticas (pinus e eucalipto)
e de vegetação nativa em diferentes estágios de sucessão.
Os riscos de acidentes com cargas perigosas que possam vir a ameaçar o
futuro reservatório é considerado baixo, pois não há indústrias na área e o tráfego na
bacia é realizado por estradas vicinais. Um risco mais potencial se deve ao único posto
de combustíveis existente na região e que recebe caminhão-tanque para enchimento
dos reservatórios de combustíveis. Este posto está localizado na rua Emerson
Greboge, na Colônia Murici, coordenadas 25°35'32.63" S, 49°7'12.44" O.
A rodovia BR 376 cruza a bacia, à jusante do ponto de captação, portanto
se houver acidentes com cargas perigosas neste trecho, o escoamento atingirá os
corpos d’água após a captação da Sanepar, não interferindo na qualidade da água
destinada ao abastecimento público.
As atividades praticadas na AID que podem avançar para o território do
PACUERA são: a agricultura e a pecuária, o reflorestamento com exóticas (pinus e
eucalipto), a piscicultura, a mineração, o parcelamento do solo para moradias, as
chácaras de lazer e em menor escala os pequenos comércios e prestadores de
serviços.
137
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 35 Localização da AID – Bacia Incremental.
Fonte: Sociedade da Água, 2020
138
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 36 Localização da área de abrangência do PACUERA
Fonte: Sociedade da Água, 2020.
5% 1%
4%
17% 37%
20%
16%
2.3.3.2 Arqueologia
2.3.3.3 Infraestrutura
142
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Muitas propriedades possuem tanques (criação de peixes, dessedentação
animal e/ou irrigação) e mais de uma residência. Apresentam boa infraestrutura de
benfeitorias, como galpão, garagem para máquinas, trator, alojamento para animais,
dentre outras. As residências mais simples, possuem boa estrutura e cômodos
considerados adequados.
O abastecimento de água para consumo do imóvel e dos moradores é feito
através de poços.
O esgoto é destinado para fossa, não sendo possível afirmar com certeza
o tipo de fossa que é utilizada (séptica ou rudimentar), pois poucos moradores sabem
identificar a diferença entre elas e muitas vezes não sabem qual é o tipo instalado na
propriedade, essas fossas podem levar a contaminação dos corpos hídricos, sendo
necessárias ações de orientação à população local sobre a correta construção e
manutenção das fossas.
Em relação aos resíduos sólidos, a parte orgânica é utilizada como adubo
ou alimentação animal e coleta da prefeitura. Os resíduos recicláveis, são destinados
à coleta da prefeitura ou são queimados. Os agricultores que utilizam agrotóxicos,
dizem devolver ao fabricante as embalagens.
A energia elétrica é fornecida pela Companhia Paranaense de Energia –
Copel.
Parte da área do reservatório e APP, é atravessada pela rede de
distribuição de energia elétrica da Copel, com 09 (nove) torres de alta tensão
(conforme Figura 38), no entanto, o empreendimento não afetou o traçado
preexistente da rede, sendo realizado apenas o alteamento de algumas torres. No
Anexo 3 apresenta-se figura com a inserção das zonas interceptadas pela referida
linha de transmissão.
143
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 38 Traçado da Rede de Distribuição de Energia Elétrica
Fonte: Sociedade da Água, 2013
144
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 39 Rede viária já implantadas (Em verde).
Fonte: Sociedade da Água, 2020.
145
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 40 Acessos viários a serem implantados pela Sanepar.
Fonte: Sanepar/Sociedade da Água, 2013.
146
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 41 Pontos para sinalização nas estradas de acesso à APP do reservatório
Fonte: Sociedade da Água, 2020.
147
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
ocorra de forma planejada e controlada, serão criadas novas oportunidades para o
desenvolvimento dos setores de turismo, lazer e comércio local. Deverá ocorrer uma
intensificação da ocupação do solo no entorno do reservatório, como resultado de
vários fatores, envolvendo desde a expectativa por valorização imobiliária ou pela
possibilidade de maximização de lucros em empreendimentos paralelos. Mas também
ocorrerá a regeneração de áreas degradadas nas APPs do entorno do lago e
afluentes, quer seja por regeneração natural das áreas sem uso antrópico ou por
técnicas diretas de recuperação ecológica.
A conclusão do empreendimento poderá trazer benefícios à qualidade da
paisagem local, por meio de intervenções paisagísticas orientadas, a exemplo da
implantação de parques e mirantes, dentre outras áreas de lazer. A figura a seguir
mostra a área recomendada para utilização pela SANEPAR (instalação de estruturas
como centro de visitantes, de educação ambiental, mirante, etc).
148
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
2.3.3.4 Conclusão
149
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Igreja da Papanduva, na Sub-bacia MD 02
150
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Múltiplas Residências Permanentes (Sub-bacia Estância Carmelo (Sub-bacia ME 03)
ME 02)
151
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Loteamento (Sub-bacia ME 04)
152
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Chácara de lazer (Sub-bacia MD 04)
153
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Abaixo, na Tabela 23 e Figura 44, apresentam-se o cadastro e a
localização das propriedades da área do PACUERA.
30 CADASTRO DESAPROPRIAÇÕES SANEPAR BERNADETE CHARVET MACHADO AGRICULTURA, MORADIA E ÁREA PRESERVADA
74 CADASTRO DESAPROPRIAÇÕES SANEPAR ANDRESSA CAETANO MORO AGRICULTURA, MORADIA E ÁREA PRESERVADA
BOLSA BRASILEIRA DE
75 CADASTRO DESAPROPRIAÇÕES SANEPAR LOTEAMENTOS LTDA AGRICULTURA/ESTÂNCIA ARAUCÁRIA
FLAVIO TOCZEK (LAURO RAMOS
77 CADASTRO DESAPROPRIAÇÕES SANEPAR CAMARGO) AGRICULTURA E MORADIA
ANTONIO HALLUCH/ARTUR ALVES
87 CADASTRO DESAPROPRIAÇÕES SANEPAR FONTES CHÁCARA DE LAZER E ÁREA PRESERVADA
154
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
PROPRIEDADES
NUMERAÇÃO
101 CADASTRO DESAPROPRIAÇÕES SANEPAR MARCELO DORNELES ARDNT AGRICULTURA, MORADIA, PASTO E LOTEAMENTO
112 CADASTRO DESAPROPRIAÇÕES SANEPAR JOAQUIM YOCHINORI HIGUTI AGRICULTURA, MORADIA E ÁREA PRESERVADA
CADASTRO DESAPROPRIAÇÕES
113 SANEPAR/QUESTIONÁRIO 2020 SEDY PISSAIA ÁREA PRESERVADA
131 CADASTRO DESAPROPRIAÇÕES SANEPAR ERVIN IHLENFELD FILHO MORADIA E REFLORESTAMENTO (EXÓTICAS)
133 CADASTRO DESAPROPRIAÇÕES SANEPAR IVO VALOSKI CHÁCARA DE LAZER E ÁREA PRESERVADA
MITRA ARQUIDIOCESE DE
134 CADASTRO DESAPROPRIAÇÕES SANEPAR CURITIBA IGREJA DA PAPANDUVA
JOÃO MARIA CARVALHO DOS
227 CADASTRO PSA SEMA SANTOS CHÁCARA DE LAZER
229 CADASTRO PSA SEMA JOÃO MARIO HALLUCH AGRICULTURA, MORADIA E ÁREA PRESERVADA
230 CADASTRO PSA SEMA ROSANE MARTINS DA SILVA AGRICULTURA, MORADIA E ÁREA PRESERVADA
232 CADASTRO PSA SEMA EUGENIO LICESKI AGRICULTURA, MORADIA E ÁREA PRESERVADA
282 CADASTRO PSA SEMA ANDRESSA CAETANO MORO AGRICULTURA E ÁREA PRESERVADA
318 CADASTRO PSA SEMA MARLI FERNANDA LICESKI AGRICULTURA, MORADIA E ÁREA PRESERVADA
428 CADASTRO PSA SEMA ANDRE JACOB SABATKE CHÁCARA DE LAZER E REFLORESTAMENTO (EXÓTICAS)
429 CADASTRO PSA SEMA EDILSON A. CATAPAN AGRICULTURA, ÁREA PRESERVADA E PASTO
431 CADASTRO PSA SEMA OLÍVIO KNAPIK CHÁCARA DE LAZER E REFLORESTAMENTO (EXÓTICAS)
AVELINO PAULO DE OLIVEIRA
432 CADASTRO PSA SEMA BASTOS CHÁCARA DE LAZER, MORADIA E AGRICULTURA
448 CADASTRO PSA SEMA WILSON JOÃO DE BASTOS AGRICULTURA, MORADIA E ÁREA PRESERVADA
CHÁCARA DE LAZER, AGRICULTURA E ÁREA
456 CADASTRO PSA SEMA NELSON HUBNER PRESERVADA
BOLSA BRASILEIRA DE
477 CADASTRO PSA SEMA LOTEAMENTOS LTDA AGRICULTURA E MORADIA
155
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
PROPRIEDADES
NUMERAÇÃO
505 CADASTRO PSA SEMA SEDY PISSAIA MORADIA, AGRICULTURA E ÁREA PRESERVADA
904 CADASTRO 2020 GISELA MUELLER NIETZCHE MORADIA, AGRICULTURA, PASTO E ÁREA PRESERVADA
912 CADASTRO 2020 PROPRIETÁRIO NÃO ENCONTRADO CHÁCARA DE LAZER E ÁREA PRESERVADA
923 CADASTRO 2020 PROPRIETÁRIO NÃO ENCONTRADO CHÁCARA DE LAZER E ÁREA PRESERVADA
924 CADASTRO 2020 PROPRIETÁRIO NÃO ENCONTRADO CHÁCARA DE LAZER E ÁREA PRESERVADA
938 CADASTRO 2020 PROPRIETÁRIO NÃO ENCONTRADO CHÁCARA DE LAZER E REFLORESTAMENTO (EXÓTICAS)
945 CADASTRO 2020 PROPRIETÁRIO NÃO ENCONTRADO CHÁCARA DE LAZER E ÁREA PRESERVADA
156
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 44 Localização das propriedades da área do PACUERA
Fonte: Sociedade da Água, 2020
157
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
2.3.4 Uso e Ocupação do Solo na área do Pacuera
158
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 24 Uso e Ocupação do Solo (incluindo a área remanescente e as APP’s do reservatório
e corpos d’água)
USO DO SOLO ÁREA (ha)
Agricultura 199,6863
Campo de futebol 0,1959
Corpo d'água continental 19,3238
Edificação 4,5326
Entorno de edificação 9,1073
Floresta ombrófila mista aluvial 615,2637
Floresta ombrófila mista montana 1085,895
Formação pioneira de influência fluvial 61,2062
Malha viária 31,735
Pastagem 396,693
Pequenos fragmentos 9,2523
Pomar 0,714
Reflorestamento com exóticas 71,0154
Solo exposto 27,6227
TOTAL 2532,243
Fonte: Sociedade da Água, 2020
Para a faixa dos 100 metros estabelecida pela legislação vigente para o
entorno do reservatório e APP’s dos tributários, os usos identificados estão expressos
na Tabela 25.
159
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 25 Uso do Solo na área de APP do reservatório e tributários
Outras Corpo
Sub- Agricultura e/ou Cobertura
Pastagem Ocupações d'Água
bacias Reflorestamento Vegetal
Antrópicas Continental
Total
17,5578 (ha) 40,0570 (ha)
6,3570 (ha) 113,7515 (ha) 0,6348 (ha) 178,3581 (ha)
57,6148 (ha)
APP MD1
9,84 % 22,45 %
3,56 % 63,77 % 0,35 % -
32,30 %
6,4165 (ha) 5,9591 (ha)
1,3249 (ha) 161,1375 (ha) 1,5463 (ha) 176,3843 (ha)
12,3756 (ha)
APP MD2
3,63 % 3,37 %
0,75 % 91,35 % 0,87 % -
7,01 %
1,2274 (ha) 0,0000 (ha)
0,4162 (ha) 40,9419 (ha) 0,0000 (ha) 42,5855 (ha)
1,2274 (ha)
APP MD3
2,88 % 0%
0,97 % 96,14 % 0% -
2,88 %
4,8439 (ha) 1,3992 (ha)
1,0735 (ha) 28,2861 (ha) 0,5105 (ha) 36,1132 (ha)
6,2431 (ha)
APP MD4
13,41 % 3,87 %
2,97 % 78,32 % 1,41 % -
17,28 %
11,4758 (ha) 16,4547 (ha)
9,4256 (ha) 116,3192 (ha) 0,2884 (ha) 153,9637 (ha)
27,9305 (ha)
APP ME1
7,45 % 10,68 %
6,12 % 75,54 % 0,18 % -
18,13 %
32,0005 (ha) 9,0369 (ha)
1,7667 (ha) 109,1750 (ha) 4,2360 (ha) 156,2151 (ha)
41,0374 (ha)
APP ME2
20,48 % 5,78 %
1,13 % 69,88 % 2,71 % -
26,26 %
43,1037 (ha) 25,2097 (ha)
2,8331 (ha) 215,4795 (ha) 0,9360 (ha) 287,5620 (ha)
68,3134 (ha)
APP ME3
14,98 % 8,76 %
0,98 % 74,93 % 0,32 % -
23,75 %
23,0723 (ha) 0,8698 (ha)
1,3046 (ha) 52,1791 (ha) 0,5065 (ha) 77,9323 (ha)
23,9421 (ha)
APP ME4
29,60 % 1,11 %
1,67 % 66,95 % 0,64 % -
30,72 %
TOTAL 1109,114 (ha)
Pastagem/Agricultura/
Sub bacia Área - APP (ha) Cobertura vegetal Reflorestamento/Ocupação
antrópica
ME 03 287,5620 74,93 24,73
MD 02 176,3843 91,35 7,76
MD 01 178,3581 63,77 35,86
160
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Pastagem/Agricultura/
Sub bacia Área - APP (ha) Cobertura vegetal Reflorestamento/Ocupação
antrópica
ME 02 156,2151 69,88 27,39
ME 01 153,9637 75,54 24,25
ME 04 77,9323 66,95 32,39
MD 03 42,5855 96,14 3,85
MD 04 36,1132 78,32 20,25
Fonte: Sociedade de Água, 2020
2.3.4.2 Uso do Solo nas Sub-bacias que drenam para o Reservatório – Área
Remanescente
161
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
No total, a área remanescente possui 30,78% de atividades agrícolas,
pecuárias ou de reflorestamento (exóticas); 2,85% com alguma ocupação antrópica
(campo de futebol, edificações, entorno de edificações, malha viária, pomar e solo
exposto) e 66,35% de cobertura vegetal (floresta ombrófila mista aluvial, floresta
ombrófila mista montana, formação pioneira de influência fluvial e pequenos
fragmentos).
162
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
SUB BACIA MD 01
36%
61%
3%
163
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
SUB BACIA MD 02
38%
58%
4%
164
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
SUB BACIA MD 03
2%
98%
165
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
SUB BACIA MD 04
30%
63% 7%
166
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
SUB BACIA ME 01
25%
4%
71%
SUB BACIA ME 02
167
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
30%
2%
68%
SUB BACIA ME 03
168
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
33%
65% 2%
SUB BACIA ME 04
169
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
36%
61%
3%
171
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
3 VALORAÇÕES E SOBREPOSIÇÕES PARA O TRAÇADO DO
ZONEAMENTO DO PACUERA
172
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 47 - Zonas ZR, ZPR e ZPFV e respectivas ARAs - traçado PACUERA - Miringuava
(versão 2013)
Fonte: Sociedade da Água, 2020
ZONA TEMAS
Áreas Estratégicas para Conservação da Biodiversidade
Vegetação Natural
Áreas Potenciais para Consolidação de Zonas de Proteção Integral ou Conservação
ZCVS
na Bacia do Rio Miringuava
Declividades
Potencial de Reserva Legal por Sub-bacia
173
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
ZONA TEMAS
Declividades
Potencial de Reserva Legal por Sub-bacia
Aptidão Agrícola
ZUR
Uso do Solo - Rural
Atividade da Propriedade
Geotecnia
Declividades
Uso do Solo - Rural
ZOO
Atividade da Propriedade
Geotecnia
Fonte: Sociedade da Água, 2013
174
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Integral ou Conservação, pela sua importância para desempenhar a função de
corredores de biodiversidade.
A questão antrópica ficou valorada na aptidão agrícola da área de estudo e
no uso identificado nas propriedades durante as visitas realizadas em campo,
considerando também o grau de vínculo propriedade-proprietário. O uso antrópico
identificado por imagens de satélite também foi levado em consideração, assim como
o fato de alguns pontos de monitoramento da qualidade da água ao longo das
campanhas realizadas na área, antecedente ao estudo de 2013, apresentarem
valores para agrotóxicos e para ferro acima dos limites estabelecidos para consumo
humano e seu padrão de potabilidade.
As Tabelas 29, 30 e 31 apresentam as valorações dos temas para cada
zona no estudo de 2013.
175
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tema Valor APA Valor PACUERA
ME 2 85 % 2 64 % 3
ME 3 87 % 2 70 % 3
ME 4 76 % 2 73 % 3
ME 5 79 % 2 71 % 3
Fonte: Sociedade da Água, 2013
176
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tema Valor APA Valor PACUERA
Chácara de lazer com atividades - 5
rurais
Chácara de lazer com - 5
exploração comercial
Pecuária - 4
Planícies de terrenos
aluvionares solos hidromórficos 3 2
>0% e <= 5%
CR- Complexo Guinaissico-
Migmatítico, solos residuais e 5 4
transportados >0% e <=20%
Geotecnia
CR - Complexo Guinaissico-
Migmatítico, solos residuais e 4 3
transportados >20% e <=30%
CR - Complexo Guinaissico-
Migmatítico, solos residuais e 2 1
transportados >30%
Fonte: Sociedade da Água, 2013
177
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tema Valor APA Valor PACUERA
CR - Complexo Guinaissico- Migmatítico,
solos residuais e transportados >20% e 4 3
<=30%
CR - Complexo Guinaissico- Migmatítico,
0 0
solos residuais e transportados >30%
Fonte: Sociedade da Água, 2013
178
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 49 - Sobreposição dos temas para a ZUR (versão 2013)
Fonte: Sociedade da Água, 2020
179
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
No estudo de 2013, para a sobreposição dos mapas escalonados das três
zonas (ZCVS, ZUR, e ZOO), com o objetivo de definir as zonas finais preliminares
para o território, aplicou-se uma hierarquia ambiental entre as zonas, começando pela
ZCVS, seguida pela ZUR e finalmente a ZOO.
Os mapas escalonados das zonas foram cruzados dois a dois onde, para
valores equivalentes entre os mapas sobrepostos, prevaleceu a zona do mapa de
maior hierarquia sobre a do de menor hierarquia e, para valores diferentes entre os
mapas sobrepostos, prevaleceu a zona que apresentou o valor maior. O resultado
preliminar desta sobreposição está na Figura 51.
Figura 51 - Sobreposição dos Mapas Escalonados das Zonas ZCVS, ZUR e ZOO (versão 2013)
Fonte: Sociedade da Água, 2020
180
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 52 - Mapa de Zoneamento Preliminar PACUERA Miringuava (versão 2013)
Fonte: Sociedade da Água, 2020
ZR – Zona do Reservatório;
ZPR – Zona de Preservação do Reservatório;
ZPFV – Zona de Preservação de Fundo de Vale;
ZCVS 1 – Zona de Conservação da Vida Silvestre 1;
ZCVS 2 – Zona de Conservação da Vida Silvestre 2;
ZUR – Zona de Uso Rural;
ZOO – Zona de Ocupação Orientada; e,
AMC – Área de Mineração Controlada.
MACROZONA ZONA
183
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
A Figura 53 apresenta o zoneamento que foi proposto para o PACUERA
Miringuava no estudo de 2013.
186
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura54 -MapadeZoneamentodoPACUERA
Fonte:SociedadedaÁgua,2020
187
VOLUMEIII -PACUERADORESERVATÓRIOMIRINGUAVA
A Tabela 34 apresenta o percentual de cada zona estabelecida na APA e
no PACUERA para cada sub-bacia:
ARA- ARA-
SUB-BACIA ARA ZDS ZPFV ZPI ZPR ZR ZUR
ZPFV ZPR
MD1 0,00 2,93 12,51 22,73 9,66 0,00 17,64 26,33 8,19
MD2 0,38 3,03 1,20 14,91 11,54 6,15 39,17 15,69 7,93
MD3 0,93 0,03 2,17 0,16 27,14 57,29 10,22 2,07 0,00
MD4 3,90 6,83 0,00 24,33 25,05 38,03 1,84 0,00 0,01
ME1 0,00 1,19 8,85 18,53 5,96 0,00 24,94 40,53 0,00
ME2 0,00 7,40 5,21 47,75 19,29 0,00 13,54 6,81 0,00
ME3 0,00 4,62 7,55 27,84 15,32 9,63 21,68 13,31 0,05
ME4 0,16 5,34 6,85 23,61 20,19 34,54 5,17 4,14 0,00
Fonte: Sociedade da Água, 2020
188
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
3.3 DIRETRIZES DE USO
190
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
interferências em relação ao aumento de circulação de veículos e pessoas e a
instalação de atividades comerciais pela proximidade com o reservatório e eixo da
barragem, devendo ser monitorada pela concessionária. Observadas alterações
significativas, esta área pode ser inserida no zoneamento e atribuída as diretrizes de
uso.
A ASEB não exige diretrizes de uso e restrições, visto que é apenas uma
área de amortecimento de impacto.
A Figura 55 apresenta a área de abrangência da zona ZR junto com a zona
de proteção do reservatório, e a Tabela 35, refere-se às diretrizes de uso.
A Figura 56 corresponde à área da ASEB.
191
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 35 Zona do Reservatório – ZR
Nomenclatura USOS PERMITIDOS USOS PERMISSÍVEIS USOS PROIBIDOS AÇÕES DE APOIO E CONTROLE
Intervenção determinando como
área de empréstimo para o
empreendimento a área de formação
da ilha menor prevista no
Inicialmente, até a reservatório, de maneira que, ao
Nos primeiros três anos de revisão do presente ZEE, recorte final do relevo, sua superfície
A serem estudados quando
operação do empreendimento todas as atividades que esteja abaixo da cota de inundação.
ZR - Zona do da revisão deste zoneamento,
somente será permitida a impliquem em uso Aprofundamento do canal entre a
Reservatório no terceiro ano após o
captação d´água. múltiplo do reservatório margem direita do lago e a ilha maior
enchimento do reservatório.
(lazer, recreação, prevista no reservatório, de maneira
piscicultura e outras) a facilitar a circulação de água neste
ponto e evitar um processo de
eutrofização mais intenso, em
função da permanência da água a
montante por períodos mais longos.
Os funcionários ou
terceirizados autorizados pela
SANEPAR podem promover O acesso de qualquer Execução da prévia delimitação,
os usos e as atividades Pesquisa científica, desde pessoa não envolvida demarcação e sinalização da faixa
ASOB – Área de técnicas e administrativas que haja anuência da nas operações da de segurança no espelho d`água, e
Segurança Operacional
relacionadas à operação da SANEPAR e do órgão barragem, sem nas margens da área terrestre da
da Barragem
barragem e do reservatório; ambiental. autorização prévia da ASOB. Efetuar o monitoramento
A SANEPAR pode instalar SANEPAR. dessa área.
estruturas de apoio para
acesso à água.
Fonte: Sociedade da Água, 2020
192
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
3.5 MACROZONA DE PRESERVAÇÃO
193
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Na ZPR são admitidas somente atividades autorizadas pela SANEPAR ou
aquelas submetidas e aprovadas pelo órgão estadual licenciador, caso a caso. A
princípio estas atividades estariam relacionadas aos usos múltiplos do reservatório,
como lazer, recreação, pesca ou ainda atividades de interesse de proprietários
lindeiros, a exemplo da dessedentação de animais. Nesta primeira versão do
zoneamento o acesso ao reservatório está fechado para todos os usos, podendo ser
estes admitidos como usos permissíveis da zona, quando ocorrer a futura revisão do
zoneamento, a ser realizada a partir do terceiro ano após o enchimento do
reservatório.
A Tabela 36 apresenta as diretrizes de uso da ZPR.
194
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 36 Zona de Proteção do Reservatório – ZPR
195
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 55 - Zonas ZPR e ZR do PACUERA Miringuava
Fonte: Sociedade da Água, 2020
196
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 56 - Área de Segurança do Entorno do Reservatório - ASEB.
Fonte: Sociedade da Água, 2020
197
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 37 - Zona de Preservação de Fundo de Vale – ZPFV
AÇÕES DE APOIO E
USOS PERMITIDOS USOS PERMISSÍVEIS USOS PROIBIDOS
CONTROLE
Atividades que suprimam a vegetação
nativa, poluam o ambiente ou prejudiquem,
direta ou indiretamente, a fauna silvestre;
Lançamento de esgotos e demais
efluentes;
Descarte de resíduos sólidos; Monitoramento sistemático
Realização de pesquisas Uso de agrotóxicos e outros biocidas; para identificar, no início da
científicas, inclusive com coletas de Queimadas; operação, as áreas sujeitas à
Recuperação de áreas degradadas e exemplares da fauna e flora; Todas as práticas relacionadas à erosão ou a processos de
enriquecimento florestal com espécies Instalação de dutos e infraestrutura agropecuária, roçados, uso de fogo como degradação, providenciando a
nativas dos ecossistemas da região; necessária para captação de água, elemento de manejo, de agrotóxicos e imediata recuperação e/ou
Prática de meliponicultura (criação de com especial atenção ao eventual outros biocidas; prevenção;
abelhas nativas); dano causado à vegetação e a Qualquer tipo de construção; Recuperação de áreas de
Atividades de educação ambiental. devida recuperação posterior; Todos os usos que por suas vegetação alteradas, utilizando-
Atividades de controle geotécnico Passagem de animais para características comprometam a qualidade se de espécies nativas dos
das margens dos recursos hídricos. dessedentação, devendo estes hídrica da bacia e a qualidade de ecossistemas da região;
locais serem devidamente conservação do meio ambiente; Identificação, por placas, nos
sinalizados. Obras de drenagem sem a devida locais onde as vias rurais e
autorização do órgão competente; estradas atravessam esta área.
Reflorestamento com espécies exóticas
invasoras;
• Desenvolvimento de atividades de
exploração mineral de qualquer natureza;
Atividades de alto impacto ambiental.
Fonte: Sociedade da Água, 2020
198
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 57 - Zona de Preservação de Fundo de Vale – ZPFV
Fonte: Sociedade da Água, 2020
199
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Dentro das áreas de recuperação destas zonas, estão os locais frágeis,
desprovidos de vegetação nativa, em processos erosivos ou em atividades que
degradam a fauna e a flora do ecossistema local.
Estas áreas enquadram-se como subunidades provisórias, caracterizando-
se como Áreas de Recuperação Ambiental da Zona de Proteção do Reservatório
(ARA-ZPR), Áreas de Recuperação Ambiental da Zona de Preservação de Fundo de
Vale (ARA-ZPFV) e, para as demais áreas, apenas Áreas de Recuperação Ambiental
(ARA). Estas áreas têm caráter provisório, sendo que, uma vez que o ambiente for
recuperado, elas passarão a integrar a zona principal e seu regulamento.
Não há diretrizes de uso para estas áreas, visto que são temporárias.
Destaque deve ser dado apenas para sinalização de recuperação da área degradada.
A Figura 58 apresenta a área de abrangência de recuperação ambiental
do PACUERA contemporânea à data deste estudo.
200
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 58 - Áreas de Recuperação Ambiental do PACUERA.
Fonte: Sociedade da Água, 2020
201
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
3.6 MACROZONA DE RESTRIÇÃO À OCUPAÇÃO
202
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 38 - Zona de Proteção Integral - ZPI
203
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 59 - Zona de Proteção Integral – ZPI
Fonte: Sociedade da Água, 2020
204
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
3.6.2 Zona de Desenvolvimento Sustentável
205
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 39 - Zona de Desenvolvimento Sustentável - ZDS
206
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 60 Zona de Desenvolvimento Sustentável – ZDS
Fonte: Sociedade da Água, 2020
207
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
3.7 MACROZONA DE POUCA RESTRIÇÃO À OCUPAÇÃO
208
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 40 - Zona de Uso Rural – ZUR
209
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Figura 61 Zona de Uso Rural – ZUR
Fonte: Sociedade da Água, 2020
210
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
4 PLANO DE GERENCIAMENTO E MONITORAMENTO DO PACUERA DO
MIRINGUAVA
4.1 APRESENTAÇÃO
212
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
de ajustes a serem tomadas no caso de constatações de não conformidade com
o planejado.
216
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
DURANTE
PROGRAMAS PRÉ ENCHIMENTO
ENCHIMENTO
PÓS ENCHIMENTO
Objetivos Gerais
218
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Procedimentos metodológicos
221
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
- Após conter e tratar os locais com erosão é primordial a recomposição da
cobertura vegetal com espécies nativas da região e efetuar o isolamento da área com
cercamentos e disposição de sinalização.
- Realizar a recuperação ambiental após término de atividades de exploração
mineral localizadas na área do PACUERA.
- Cercamento e sinalização das áreas objeto de recuperação, especialmente as
áreas que são conectadas com as vias de acesso público, para impedir a circulação
antrópica nessas áreas.
- Monitoramento das áreas de recuperação.
Monitoramento
222
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Equipe técnica
Potenciais parceiros
Procedimentos metodológicos
225
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Monitoramento
Equipe técnica
Potenciais parceiros
226
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Interface com outros programas: Possui relação com a maioria dos
outros programas deste trabalho, em especial o Programa de Comunicação Social,
Educação Ambiental e Programa de Monitoramento da Qualidade da Água.
Procedimentos metodológicos
228
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Este programa também deve ser realizado com as demais indicações
metodológicas do Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas do Rio
Miringuava, já estabelecido pelo PBA (Projeto Básico Ambiental, 2011), que são
obrigatórios ao licenciamento ambiental do empreendimento.
Monitoramento
Equipe técnica
Potenciais parceiros
229
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
4.4.4 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO E ADENSAMENTO DA
VEGETAÇÃO DA FAIXA CILIAR DO RESERVATÓRIO
Objetivos
230
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Melhorar as condições de estabilidade do meio físico no entorno do
reservatório;
Promover a regularização do regime hídrico no reservatório e minimizar
riscos de assoreamento;
Criar condições de abrigo para a fauna deslocada pela formação do
reservatório;
Minimizar as condições de fragmentação da paisagem no entorno do
empreendimento;
Contribuir com a formação de um corredor ecológico no âmbito da bacia do
Miringuava;
Atender a condicionantes legais referentes à conservação de áreas de
preservação permanente prevista na Lei Florestal nacional.
Procedimento metodológico
231
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
interceptadas pela formação do reservatório, uma vez que estas serão importantes
fontes de material particulado decorrentes de processos erosivos. Tais áreas deverão
ser objeto de manejo do solo e recuperação imediata.
Meta 03: Elaboração de projeto executivo de recuperação.
Indicador (forma de medição): Métodos de recuperação a serem
adotados conforme avaliação de campo, incluindo procedimentos para o manejo do
solo, seleção de espécies para a recuperação da vegetação, tratos silviculturais,
controles de pragas, adensamento vegetal e procedimentos para atração da fauna,
dentre outros.
Forma de monitoramento do indicador: Correlação entre a
caracterização ambiental efetuada e as possibilidades e quantidades de intervenções
requeridas.
Meta 04: Elaboração de projeto de monitoramento da recuperação
ambiental.
Indicador (forma de medição): Métodos de monitoramento condizentes
com as tipologias de vegetação a serem recuperadas, considerando espécies-chave
de cada tipologia (flora e fauna) e as suas interações ambientais.
Forma de monitoramento do indicador: Implementação do projeto de
monitoramento em até um ano após o início da recuperação ambiental.
Duração do Programa: Até 03 (três) anos após o enchimento do
reservatório, podendo ser prorrogado de acordo com a evolução do processo de
recuperação ambiental.
Equipe técnica: A equipe básica para executar este programa deverá ser
composta por pelo menos um profissional de nível superior habilitado em trabalhos na
recuperação ambiental (biólogo, engenheiro florestal, engenheiro agrônomo ou
engenheiro ambiental). Poderá ser realizado pela própria Sanepar ou através da
contratação de empresa terceirizada.
Potenciais parceiros:
Objetivo
Monitorar a manutenção das conexões bióticas entre os remanescentes de
vegetação nativa presentes na bacia de contribuição do reservatório do
Miringuava;
Efetuar a proposição de criação de um corredor ecológico da bacia do
Miringuava, tendo na faixa ciliar do reservatório e nas reservas legais da
bacia as áreas nucleares de conectividade.
Articular com o Governo do Estado do Paraná a possibilidade de
Pagamento de Serviços Ambientais (PSA) às propriedades que se
integrarem à criação do corredor ecológico local.
Procedimentos Metodológicos
Meta 01: Avaliar a distribuição dos remanescentes de diferentes tipologias
vegetacionais naturais na bacia de contribuição do reservatório do rio Miringuava após
a formação do reservatório e estabelecimento da faixa ciliar do mesmo.
Indicador (forma de medição): Distribuição e dimensões das tipologias
vegetacionais da bacia.
Forma de monitoramento do indicador: Mapeamento atualizado do uso
e ocupação do solo, com a delimitação e quantificação das diferentes tipologias
vegetacionais naturais, incluindo a faixa ciliar do reservatório.
Meta 02: Efetuar a eleição e o mapeamento de espécies indicadoras (flora
e fauna) de cada uma das tipologias vegetacionais diagnosticadas e capazes de
serem utilizadas na avaliação da eficiência do corredor ecológico a ser delimitado
localmente, atentando para sua distribuição entre as áreas de montante e jusante e
em demais porções da bacia.
Indicador (forma de medição): Pelo menos três indicadores ambientais
da vegetação e de cada grupo de vertebrados para cada tipologia vegetacional
selecionada, os quais deverão contemplar critérios de elegibilidade de um bom
indicador ambiental (i.e., ser de fácil amostragem em campo, ser especializado em
relação às condições ambientais das tipologias vegetacionais aos quais é associado
e apresentar fácil distinção taxonômica).
234
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Forma de monitoramento do indicador: Elaboração de projetos
executivos de monitoramento, contemplando campanhas amostrais trimestrais
durante um período mínimo de cinco anos e avaliações entre áreas localizadas a
montante e a jusante do reservatório, em pontos da faixa ciliar e em pontos na bacia
de contribuição.
Meta 03: Proposta de Criação do Corredor Ecológico do Miringuava
Indicador (forma de medição): Definição do layout do corredor a partir da
avaliação das conexões bióticas presentes na bacia, bem como em avaliações
atualizadas do uso e ocupação do solo local.
Forma de monitoramento do indicador: Uma vez concluídos os estudos
de monitoramento dos indicadores, será efetuada uma nova avaliação das condições
do uso e ocupação do solo da bacia. Os indicadores serão então mapeados nesse
contexto, sendo avaliadas as possibilidades de conexões entre todo o conjunto de
áreas, tendo nas reservas legais, na faixa ciliar do reservatório e em demais áreas
protegidas locais a delimitação de áreas nucleares de biodiversidade e, nas demais
APPs, as áreas de conexões. As propriedades distribuídas desse mosaico serão
então convidadas a integrar o corredor, sendo facultado a elas a possibilidade de
Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) mediante a adoção de ações de
conservação e uso sustentável dos remanescentes de vegetação nativa locais. Para
tanto, a SANEPAR deverá articular com o Governo do Estado um processo de
integração do corredor a este sistema, bem como de diretrizes e normas para a
criação do sistema de PSA em nível local.
Duração do Programa: Até 06 (seis) anos após o enchimento do
reservatório, sendo 05 (cinco) destinados à realização de estudos e 01 (um) à criação
do corredor ecológico.
Equipe técnica: A equipe básica para executar este programa deverá ser
composta por pelo menos cinco biólogos para a realização dos estudos sobre flora e
fauna e por um biólogo, engenheiro florestal ou engenheiro ambiental para a gestão
do projeto. Poderá ser realizado pela própria Sanepar ou através da contratação de
empresa terceirizada e poderá ser realizado em conjunto com o IAT.
Potenciais parceiros:
236
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
A fundamenção legal para a figura da Compensação Ambiental encontra-
se estabelecida nas seguintes normas:
Lei Federal 6.938/81 - Estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente
Lei Federal 9.985/00 - Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
– SNUC
Decreto Federal 4.340/02 - Regulamenta artigos da Lei nº 9.985, de 18 de julho
de 2000;
Decreto Federal 6.848/09 - Altera e acrescenta dispositivos ao Decreto no
4.340/02.
Resolução CONAMA 371/06- Estabelece diretrizes para o cálculo, cobrança,
aplicação, aprovação e controle de gastos de recursos advindos de
compensação ambiental, com base no SNUC.
Resolução Conjunta SEMA / IAP 01/2010 - Aprova metodologia de cálculo para
valoração do impacto ambiental.
Portaria IAP Nº 156 de 24 de Maio de 2013.
Não é possível o detalhamento deste Programa, na atual fase pois os
órgãos ambientais de âmbito federal (IBAMA) e estadual (IAT), estão efetuando
análise dos estudos ambientais para valoração do grau de impacto ambiental e dos
condicionantes e valores mínimos a serem estabelecidos como compensação
ambiental aos impactos da supressão e alagamento da vegetação na área do
reservatório do Miringuava.
Desta forma, a elaboração da proposta executiva deste programa, com os
critérios para a seleção de áreas para compensação ambiental (UCs existentes ou o
estabelecimento de nova UC) estão atreladas a essas deliberações dos referidos
órgãos ambientais. Adiante-se, no entanto, a manifestação de interesse da Sanepar
em identificar uma propriedade no interior da APA do Miringuava para a criação de
uma RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Objetivos
238
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Partes Interessadas: Comunidade local, IAT, SANEPAR e órgão públicos
que atuam na região.
240
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Partes Interessadas: Secretaria Estadual de Saúde do Paraná – através
do Pevaspea - Plano Estadual de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações
Expostas aos Agrotóxicos, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR),
Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais, através das secretarias relacionadas
aos temas, empresa concessionária – Sanepar, empresas privadas e ONG’s
parceiras.
241
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
como prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e
modalidades do ensino formal.
Desta forma, o objetivo geral é dar suporte às escolas públicas e privadas
da região na capacitação de professores, alunos e fornecer materiais didáticos sobre
a importância dos recursos hídricos.
Meta: Realizar trabalho de educação ambiental na rede pública de ensino
infantil, ensino fundamental e ensino médio, desenvolvendo programa de contraturno
escolar em toda a área de influência direta e indireta ao empreendimento,
contemplando atividades de campo na área do empreendimento.
Indicador (forma de medição) da Meta: Número de alunos participantes
e escolas envolvidas.
Forma de Monitoramento do Indicador: Lista de frequência e avaliação
de educação ambiental.
Partes Interessadas: Rede municipal de ensino e rede estadual de ensino.
Equipe Técnica Mínima: Coordenador do sub-programa e 4 (quatro)
educadores ambientais.
SUB-PROGRAMA 2 - Educação Ambiental Formal - Educação Superior
Meta: Realizar trabalho de pesquisa científica em parceria com instituições
de ensino técnico, ensino superior e pós-graduação.
Atividades de campo na área do empreendimento.
Indicador (forma de medição) da Meta 1: Alunos participantes e
universidades envolvidas.
Forma de Monitoramento do Indicador: Lista de frequência; avaliação de
educação ambiental e projetos e artigos publicados, etc.
Partes Interessadas: Universidades públicas e privadas.
Equipe Técnica Mínima: Coordenador local, 2 (dois) guias de trilha
(mateiros - da comunidade local) e 2 (dois) supervisores de atividades.
SUB-PROGRAMA 3- Educação Ambiental Não-Formal
Compreende-se como Educação Ambiental não formal, as ações e práticas
educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e
à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente (Ibid Art.
13º).
Metas: A sensibilização da sociedade para a importância das unidades de
conservação - em específico do reservatório (Art. 13º, Inciso IV).;
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
A sensibilização ambiental das populações tradicionais ligadas às unidades
de conservação (Art. 13º, Inciso V).;
A sensibilização ambiental dos agricultores (Art. 13º, Inciso VI).;
Incentivo ao ecoturismo e o turismo de aventura (Art. 13º, Inciso VII).
Indicador (forma de medição) da Meta 1: Pessoas envolvidas, palestras
e oficinas de trabalho desenvolvidas, etc.
Forma de Monitoramento do Indicador: Lista de Frequência; perícia e
auditoria na área do PACUERA, monitoramento da APP e relatório da qualidade
ambiental de trilhas e estradas rurais, etc.
Partes Interessadas: Comunidade local, IAT, polícia ambiental,
secretarias de turismo e educação.
Equipe Técnica Mínima: Coordenador, 2 (dois) Educadores Ambientais e
1 (um) perito/auditor ambiental.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Indicador (forma de medição): Construção da trilha e perícia ao longo da
mesma - identificando os acessos já existentes.
Forma de monitoramento do indicador: Questionário de avaliação da
qualidade ambiental em trilhas e relatório da qualidade ambiental das trilhas.
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
4.5 COMPATIBILIZAÇÃO DO PACUERA COM PROGRAMAS ESTADUAIS
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Tabela 43 Plano, Programa, Projeto ou Legislação de âmbito Estadual com interface com o PACUERA do Miringuava
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
Plano, Programa, Projeto ou Legislação Descrição e Objetivos
Estadual
Eventual ação similar no futuro reservatório do Miringuava deve ser precedido de análise de compatibilidade das
espécies a serem soltas, com aquelas ocorrentes na região.
Lançado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, em parceria com o Instituto
Água e Terra, tem como objetivo trazer agilidade nos processos de licenciamento ambiental no campo, com
segurança ambiental e jurídica. Para isso, foram realizadas adequações nas resoluções para obter
empreendimentos nos segmentos de aquicultura, avicultura, bovinocultura e suinocultura. As principais
Programa Descomplica Rural
mudanças foram quanto ao porte e prazos de validade das licenças.
Em relação ao ZEE do PACUERA do Miringuava, deve-se monitorar as solicitações de empreendimentos neste
sistema on line, de forma a averiguar sua compatibilidade com as normas de uso das zonas onde se pretende
obter a autorização para seu funcionamento.
O Paraná Turístico é um programa desenvolvido pela Paraná Turismo, vinculada à Secretaria de Estado do
Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, que busca realizar ações para fomento, qualificação e promoção do
Programa Paraná Turístico
turismo estadual dentro dos princípios sustentável, social e econômico, de forma pactuada com a sociedade,
consolidando o Paraná como um destino turístico inteligente e responsável.
O PEVASPEA é um Plano desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná e tem como objetivo
Plano de Vigilância e Atenção à Saúde de Populações
implementar ações integradas de prevenção, proteção e promoção da saúde em relação ao uso de agrotóxicos.
expostas aos agrotóxicos do Estado do Paraná –
São 20 ações estratégicas, que incluem programas de monitoramento das quantidades de agrotóxicos na água e
PEVASPEA.
alimentos e o incentivo a agroecologia.
Fonte: Sociedade da Água, 2020
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
4.6 DIRETRIZES DE USOS SUSTENTÁVEIS NO ENTORNO E
RESERVATÓRIO DO MIRINGUAVA
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VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
DESSEDENTAÇÃO ANIMAL
Apesar da pecuária não ser a atividade principal da área deste PACUERA,
este uso faz parte das atividades socioeconômica dos proprietários lindeiros. A
formação de corredores de dessedentação animal deverá ser objeto de negociação
entre o empreendedor, o órgão ambiental e os proprietários das áreas lindeiras à APP
do reservatório.
TURISMO E LAZER
Com a implantação do reservatório artificial do Miringuava, havendo apoio,
participação local e divulgação nos meios de comunicação, é possível que este
segmento se desenvolva em conformidade com as demandas de conservação
ambiental e cultural das comunidades locais.
Singularidades locais, como aspectos geográficos, naturais, culturais,
históricos ou de produção, atraem visitantes para uma determinada região. O
reservatório artificial pode ser considerado um viés turístico possível, pois comporá
um novo cenário na sua área de implantação.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
É a finalidade principal e devera ser a única do Reservatório do Miringuava
nos primeiros três anos após a sua formação.As demais atividades na área do
PACUERA poderão ser aprovadas após estudo técnico detalhado, deste que não
entrem em conflito com esta finalidade, especialmente no quesito de manutenção e
conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade.
IRRIGAÇÃO
Esta utilização deverá ser objeto de análise considerando o aspecto
geomorfológico da área do reservatório, e o zoneamento que permitam a implantação
de adutoras de irrigação. Fator primordial para esta utilização deverá ser o fato dela
não vir a prejudicar adisponibilidade hídrica para abastecimento público.
CONTROLE DE CHEIAS
O potencial de utilização do reservatório do rio Miringuava para cumprir
essa função de cheias será objeto de estudo técnico posterior, principalmente pela
verificação do volume útil de água para cumprir as funções de armazenamento e
regularização hídrica do rio Miringuava, de forma a amortecer ou controlar as vazões
de cheia neste rio.
251
VOLUME III - PACUERA DO RESERVATÓRIO MIRINGUAVA
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