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Relatório nº 013/21-PM-HG

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - MME


AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO - ANM

RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA - POSITIVO


(Água Mineral)

Titular
JOSSEMAR BIBERG
CPF nº 016.929.829-90
Substância ÁGUA MINERAL
Área 35,98 hectares
Local Rua Alagoas, nº 1390, Bairro Ipê
Município-Estado MEDIANEIRA – PARANÁ
48413.826205/2015-87
Processo ANM
Alvará de Pesquisa n° 12.751, DOU: 02/12/2016

- Medianeira (PR), agosto de 2021 –

TRAVESSA GUARUJÁ, 111 - SEMINÁRIO - CEP 80.310-020 –


FONES: (41) 3016-6235 / CEL: (41) 99935-9806 – geoplanejamento@gmail.com / gois@geoplanejamento.com.br
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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 1
1.1 – OBJETIVOS 1
1.2 – HISTÓRICO DO PROCESSO 1
1.3 – A SUBSTÂNCIA PESQUISADA – ÁGUA MINERAL 2
1.3.1 – ASPECTOS GERAIS 2
1.3.2 – NORMAS E CLASSIFICAÇÃO 2
1.3.3 – O MERCADO DE ÁGUA MINERAL 6
1.3.3.1 - Nacional 6
1.3.3.2 – Estado do Paraná 10

2. ASPECTOS DA INFRAESTRUTURA DISPONÍVEL 11


2.1 – LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO/ ESCOAMENTO 11
2.2 – ENERGIA 11
2.3 – OBRAS CIVIS 11
2.4 – COMUNICAÇÃO E OUTRAS INFRAESTRUTURAS 13

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO 13
3.1 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E PREPARAÇÃO DE MAPAS TOPOGRÁFICOS 13
3.2 – CARTOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO 14
3.3 - DADOS HIDROMETEOROLÓGICOS, HIDROGEOLÓGICOS E CLIMÁTICOS 14
3.4 - MAPEAMENTO GEOLÓGICO 14
3.5 - POÇO TUBULAR PROFUNDO P-01 (FONTE IPÊ) 14
3.6 - CÁLCULO DA VAZÃO (Testes de Bombeamento) 18
3.7 - AMOSTRAGEM DE ÁGUA E ENSAIOS 18
3.8 - TRATAMENTO, INTERPRETAÇÃO DOS DADOS E RELATÓRIO FINAL 18

4. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL 21
4.1 – FISIOGRAFIA 21
4.1.1 – ASPECTOS MORFOLÓGICOS 21
4.1.1.1 - Geomorfologia da Bacia Hidrográfica da Área
Pesquisada 23
4.1.1.2 - Geomorfologia da Área 23
4.1.2 – PEDOLOGIA 26
4.1.2.1 - Latossolos 26
4.1.2.2 - Nitossolos 27
4.1.2.3 - Neossolos 28
4.1.3 – VEGETAÇÃO 29
4.2 – CONTEXTO GEOLÓGICO 31
4.2.1 – GEOLOGIA REGIONAL 31
4.2.1.1 - Bacia Vulcano-Sedimentar do Paraná 31
4.2.1.2 - Arranjo Crono-Litoestratigráfico do Mesozoico-
Cenozoico 36
4.2.1.2.1 - Depósitos Sedimentares Quaternários 36
4.2.1.2.2 – Grupo Serra Geral 36
4.3 – HIDROMETEOROLOGIA 42
4.3.1 – CLIMA 42
4.3.2 – BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ALEGRIA 46

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4.3.3 – BALANÇO HÍDRICO 48
4.3.3.1 – Coeficiente de Deflúvio 49
4.3.3.2 – Infiltração 49
4.4 – HIDROGEOLOGIA 50
4.4.1 - SISTEMA AQUÍFERO GUARANI (SAG) 50
4.4.2 - SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL (SASG) 51
4.4.3 - MODELO HIDROGEOLÓGICO 54
4.4.3.1 – Fluxo da Água Subterrânea 54
4.4.3.2 – Áreas de Recarga e Descarga 55
4.5 – HIDROGEOQUÍMICA E QUALIDADE HÍDRICA 61
4.5.1 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 61
4.5.2 – CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E BACTERIOLÓGICAS DA
FONTE IPÊ 61
4.5.3 – CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DA FONTE IPÊ 64
4.5.4 - ÁGUAS SUPERFICIAIS 65
4.6 – USO DO SOLO 70

5. RESULTADOS OBTIDOS 72
5.1 – GEOLOGIA DA ÁREA 72
5.1.1 - DEPÓSITOS ALUVIONARES 72
5.1.2 - GRUPO SERRA GERAL 73
5.1.2.1 – Formação Barracão - Membro Flor da Serra do Sul
(JKsgbf) 73
5.1.2.2 – Formação Cascavel - Membro Santa Quitéria
(JKsgcs) 74
5.1.2.3 – Formação Cascavel - Membro Toledo (JKsgct) 75
5.1.3 - ESTRUTURAS 79
5.2 – POÇO TUBULAR PROFUNDO – FONTE IPÊ (P-01) 81
5.3 – VAZÕES OBTIDAS 83
5.3.1 – VAZÃO TOTAL 84
5.4 – CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA 84
5.4.1 - CLASSIFICAÇÃO MINERAL E POTABILIDADE 84
5.5 – CASA DE PROTEÇÃO DA FONTE 85
5.6 – POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO-ANÁLISE 86
5.7 – DEFINIÇÃO DA ÁREA DE PROTEÇÃO DA FONTE 89
5.7.1 – PONTO DE AMARRAÇÃO (PA) 89
5.7.2 – DESCRIÇÃO DA POLIGONAL 89
5.7.3 – ZONAS DE PROTEÇÃO 90
6. INVESTIMENTOS REALIZADOS 93

7. ASPECTOS DA LAVRA E DA VIABILIDADE ECONÔMICA 93


7.1 - PRODUÇÃO MENSAL PREVISTA 94
7.2 – PREVISÃO DE INVESTIMENTOS 95
7.3 – PREVISÃO DE DESPESAS MENSAIS 96
7.4 – PREVISÃO DA RECEITA BRUTA MENSAL 96
7.5 – ENSAIO DE VIABILIDADEVIABILIDADE 97

8. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS 97

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 99

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

FIGURAS

Figura 01 – Mapa de localização e vias de acesso à poligonal 12


Figura 02 – Mapa Geomorfológico Regional 22
Figura 03 – Mapas temáticos ilustrando a geomorfologia da bacia hidrográfica (A) e
da poligonal de pesquisa (B): Mapas Hipsométricos (A.1, B.1), Mapa de Declividade
(A.2, B.2) e Modelos Digitais de Terreno ( A.3, B.3) 25
Figura 04 – Pedologia da bacia hidrográfica que abrange e área pesquisada 30
Figura 05A – Contexto geológico regional e localização da área pesquisada (em
verde) 32
Figura 05B – Mapa de localização da Bacia Sedimentar do Paraná na América do Sul 33
Figura 05C – Principais lineamentos encontrados na Bacia do Paran á 34
Figura 06 – Mapa de classificação climática para o Estado do Paraná, situando a
Área (em vermelho) no tipo climático Cfa e Cfb, na porção oeste do Estado 42
Figura 07 – Gráficos ilustrando as variações mensais de precipitação e de umidade
relativa do ar registradas entre os períodos de 2008-2020 (A) e 1983-1997 (B), pelas
estações meteorológicas de Foz do Iguaçu (A) e São Miguel do Iguaçu (B),
respectivamente 44
Figura 08 – Gráficos ilustrando as variações mensais de temperatura registradas
entre os períodos de 2008-2020 (A) e 1983-1997 (B), pelas estações meteorológicas
de Foz do Iguaçu (A) e São Miguel do Iguaçu (B), respectivamente 45
Figura 09 – Gráfico demonstrando a falta de correlação entre os parâmetros
profundidade e vazão (A), histogramas de profundidade (B) e vazão (C), mostrando
que cerca de 35% dos poços apresentam profundidade entre 100 e 150 metros, e
cerca de 68% dos poços forneceram vazões de até 10 m³/h, sendo que vazões
superiores a 10 m³/h foram constatadas em 32% dos poços 54
Figura 10 – Mapa de fluxo da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria 59
Figura 11 – Mapa de fluxo para a área de pesquisa 60
Figura 12 – Diagrama de Piper com as concentrações de cátions e ânions para a
Fonte Ipê, poços tubulares profundos do entorno e águas superficiais 68
Figura 13 – Diagrama de Stiff com as concentrações de cátions e ânions para a
Fonte Ipê, poços tubulares profundos do entorno e águas superficiais 69
Figura 14 – Gráfico de pizza ilustrando a proporção em porcentagem do
Zoneamento do uso do solo da Bacia do Rio Alegria 70
Figura 15 – Diagramas de roseta e diagramas de Schmidt-Lambert ilustrando as
principais direções de planos de falha e fraturas medidos em campo ( A e C) e
interpretados através de imageamento de satélite ( B e D) 79
Figura 16 – Perfil construtivo e litológico do poço tubular profundo da Fonte Ipê
(Processo ANM nº 48413.826205/2015-87) 82
Figura 17 – Croqui da casa de proteção (A e B) e da área de proteção (C e D) da
Fonte Ipê 88

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MAPAS

Mapa I – Mapa Planialtimétrico da Bacia do Rio Alegria 16


Mapa II – Mapa Planialtimétrico de detalhe 17
Mapa III – Mapa Geológico da Bacia do Rio Alegria 41
Mapa IV – Mapa Hidrográfico da Bacia do Rio Alegria 47
Mapa V – Mapa de Uso do Solo da Bacia do Rio Alegria 71
Mapa VI – Mapa Geológico de detalhe 77
Mapa VII – Mapa da Área de Proteção da Fonte 92

QUADROS E TABELAS

Tabela 01 – Distribuição das classes pedológicas existentes na Bacia Hidrográfica do


Rio Alegria 29

Quadro 01 – Médias e dados estatísticos de precipitação, temperatura e umidade


relativa do ar obtidas de dados da estação meteorológica de Foz do Iguaçu (A846) -
INMET (período de 12 anos) 43
Quadro 02 – Médias e dados estatísticos de precipitação, temperatura e umidade
relativa do ar obtidas de dados da estação meteorológica de São Miguel do Iguaçu (Código
02554026) – IAPAR (período de 14 anos) 43
Quadro 03A – Resumo dos dados hidrodinâmicos dos poços tubulares perfurados no
município de Medianeira 53
Quadro 03B – Dados obtidos dos poços cadastrados em campo 53
Quadro 04 – Resumo dos dados potenciométricos dos poços tubulares perfurados no
município de Medianeira, nascentes e pontos decontrole da Bacia Hidrográfica do
Rio Alegria 57
Quadro 05 – Parâmetros físico-químicos (mg/I) das águas da Fonte Ipê (Poço P-01)
e dos poços tubulares da Bacia do Rio Alegria (PT-02 e PT-03) 63
Quadro 06 – Síntese das análises bacteriológicas realizadas em águas da Fonte Ipê 64
Quadro 07A – Parâmetros físico-químicos obtidos em campo a partir de amostras
de água da rede hidrográfica da Bacia do Rio Alegria 66
Quadro 07B – Parâmetros físico-químicos (mg/I) obtidos em laboratório a partir de
amostras de água da rede hidrográfica da Bacia do Rio Alegria 66
Quadro 08 – Zoneamento do uso do solo da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria 70

GRÁFICOS

Gráfico 01 – Produção de água mineral no Brasil e Paraná no período de 2010 a 2020 07


Gráfico 02 – Produção de água mineral por Regiões no período de 2010 a 2020 08
Gráfico 03 – Produção de água mineral por Estado no período de 2010 a 2020 09

PRANCHAS

PRANCHA 01 – ASPECTOS DA FONTE IPÊ: Vista a partir da porta de entrada da casa


de proteção (A); detalhes do cavalete e do tubo edutor, ambos em inox (B, C e D) 15
PRANCHA 02 – ASPECTOS DA COLETA DE ÁGUA SUPERFICIAL: Coleta da amostra
JB-01/AS no Rio Alegria, a montante da área pesquisada (A e B); amostra JB-02/AS,
coletada a jusante da área de pesquisa (C e D), coleta da amostra JB-03/AS, na

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porção centro-norte da bacia, próximo à localidade Linha Alegria (E e F); amostra
de água superficial JB-04/AS, coletada no extremo noroeste da Bacia Hidr ográfica
do Rio Alegria, próximo à sua foz, no Rio Ocoí (G e H) 19
PRANCHA 03 – ASPECTOS DA COLETA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA: Coleta de amostra
de água subterrânea PT-02, na porção noroeste da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria
(A e B); amostra de água subterrânea PT-03, coletada na porção centro-norte da
bacia (C e D); coleta de amostras para análise de Vanádio e Selênio no poço da
área pesquisada – Fonte Ipê (E) e coleta de água do poço da área pesquisa – Fonte
Ipê para análise físico-química (F) 20
PRANCHA 04 – ASPECTOS DO GEOMORFOLOGIA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
ALEGRIA: Vista da porção sudeste da bacia, onde ocorrem morrotes ao longo do
Divisor de águas (A e B); relevo plano a ondulado, na porção central da bacia, a
jusante do perímetro urbano de Medianeira (C e D); colinas com relevo
moderadamente acidentado, na porção centro-sul da Bacia Hidrográfica do Rio
Alegria (G e H) 24
PRANCHA 05 – ASPECTOS DA GEOLOGIA DA ÁREA E ENTORNO: PG-03 - Afloramento
em saibreira exibindo basalto cinza médio e textura afanítica (A e B); PG-05 -
Afloramento em laje do Rio Alegria composto por basalto de cor cinza m édio com
estrutura amigdaloidal (C e D) e PG-08 – Afloramentos de basalto amigdaloidal ao
longo da encosta, o basalto apresenta coloração cinza acastanhado com amígdalas
preenchidas por quartzo, calcita e celadonita (E e F) 78
PRANCHA 06 – ASPECTOS DA CASA DE PROTEÇÃO DA FONTE IPÊ: Vista da entrada
do terreno, na Rua Alagoas, n° 1.390 (A), detalhe da parte de trás da casa de
proteção (B), vista da porção frontal de casa de proteção (C), lateral da casa de
proteção da Fonte Ipê (D), detalhe do alçapão escamoteável da casa de proteção
(E) e vista da área interna da casa de proteção (F) 87

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ANEXOS

ANEXO I

Relatório Construtivo de Poço Tubular Profundo - Poço 01 (Fonte Ipê)

ANEXO II

-Laudos de Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas - Poço 01 (Fonte Ipê)


- PARECERES de Classificação da Água/ANM (4 Análises/LAMIN)
- Análise Físico-Química – LabQi – Poço 01 (Fonte Ipê)
- Análise Química – MERIEUX NutriSciences – Poço 01 (Fonte Ipê)
- Análise Bacteriológica – A3Q – Poço 01 (Fonte Ipê)

ANEXO III

- Laudos de Análises Físico-Químicas de Águas Superficiais da Bacia Hidrográfica do Rio


Alegria - LabQi
- Laudos de Análises Físico-Químicas de Poços Tubulares Profundos da Bacia Hidrográfica
do Rio Alegria - LabQi

ANEXO IV

Dados Hidrodinâmicos de Poços Tubulares Existentes no Município de Medianeira


(SIAGAS/CPRM, IAT/SUDERHSA e Poços Cadastrados em Campo)

ANEXO V

Fichas de Descrição de Afloramentos

ANEXO VI

Folders de Máquinas e Equipamentos de Envase

ANEXO VII

ART-Anotação de Responsabilidade Técnica

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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
Água Mineral

A. IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO

• Processo DNPM n°: 48413.826205/2015-87


• Alvará de Pesquisa n°: 12.751
Data de Publicação/DOU 02-dezembro-2016
• Substância Mineral Requerida: Água Mineral
• Substância Mineral Pesquisada: Água Mineral

B. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA

• Denominação: Rua Alagoas, nº 1390


Bairro Ipê
• Distrito: Medianeira
• Município-Estado: MEDIANEIRA (PR)
• Gerência da ANM-MME: Gerente Regional no Estado do Paraná
Tipo III
CURITIBA - PR

C. IDENTIFICAÇÃO DO TITULAR

• Nome/Razão Social: JOSSEMAR BIBERG


• Endereço: Rua Sergipe, nº 1200, Bairro Centro,
CEP 85.885-000 - MEDIANEIRA - PR
• Fones: (45) 99910-9190

D. TÉCNICO RESPONSÁVEL

• Nome: José Roberto de Góis


• Formação: Geólogo
• Reg. CREA: 15.555-D-PR (RN nº 170175038-4)
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

1. INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVOS

O Relatório Final de Pesquisa-RFP em tela tem por objetivo o cumprimento da legislação


mineral e constitui a etapa final da fase de pesquisa. Como objetivo principal tem-se a
avaliação de uma área de 35,98 ha na qual se pretende a implantação de uma unidade de
explotação e comercialização de água mineral natural, através de um poço tubular
profundo denominado de Fonte Ipê (Poço P-01). A fonte localiza-se na Rua Alagoas
nº 1390, Bairro Ipê, na zona urbanizada do município de Medianeira, Estado do Paraná, e,
tem como titular JOSSEMAR BIBERG.

Neste Relatório Final de Pesquisa estão consubstanciados os resultados obtidos nos estudos
e levantamentos de detalhe desenvolvidos, os quais buscaram avaliar a área requerida
quanto à viabilidade técnica e econômica para a implantação de uma unidade industrial
de engarrafamento de água mineral natural. Desta forma, foi adotado o encaminhamento
metodológico descrito no Capítulo 3, o qual contempla o escopo contido nas normas legais
vigentes, notadamente as Portarias do então DNPM, de nºs 231/1998, 374/2009, 540/2014,
dentre outras. Ditos estudos e levantamentos abrangeram, essencialmente, a
caracterização da área e região em termos hidrológico, climático, geológico,
hidrogeológico, uso e ocupação do solo e das águas, viabilidade econômica simplificada e
delimitação da área de proteção da fonte.

1.2 HISTÓRICO DO PROCESSO

A área pesquisada está atrelada ao processo ANM n 0 48413.826205/2015-87, protocolado


em 04 de maio de 2015 na então Superintendência do DNPM em Curitiba (PR), tendo como
titular o Sr. JOSSEMAR BIBERG. A partir desta data, o processo evoluiu de acordo com as
principais fases administrativas elencadas abaixo:

Por se tratar de requerimento de pesquisa realizado em faixa de fronteira, foi


necessário o assentimento prévio do CDN (Conselho de Defesa Nacional), com a
autorização publicada no Diário Oficial da União em 01/09/2016;
O Alvará de Pesquisa n 0 12.751 foi publicado no DOU de 06/12/2016, iniciando o
prazo de dois (2) anos para a realização dos trabalhos de pesquisa numa área de
35,98 hectares;
Em cumprimento da legislação vigente, o titular comunica à Gerência Regional da
ANM, o início dos trabalhos de pesquisa em 26/01/2017, tempestivamente;
As taxas anuais por hectare (TAH), referentes aos dois primeiros anos de vigência
do Alvará de Pesquisa, foram pagas, tempestiva e respectivamente, em 26/01/2017
e 23/01/2018.
Em 21/09/2018 o titular protocola pedido de renovação de prazo do Alvará de
Pesquisa, justificando-o pela não finalização dos ensaios in situ pelo LAMIN/CPRM;
O Relatório de Pesquisa Parcial foi apresentado em 06/12/2018;
O Alvará de Pesquisa é prorrogado por mais 1 (hum) ano, conforme publicação no
DOU de 21/11/2019;
A TAH referente ao primeiro ano de renovação é paga tempestivamente, em
04/12/2019;
O LAMIN/CPRM anexa ao processo o quarto e último Laudo Físico -Químico-
Bacteriológico, 13/12/2019;

1
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

Em 02/02/2021 o titular protocola análise microbiológica completa, atendendo à


exigência vinculada ao Ofício nº 2234/202, publicado no DOU de 29/12/2020,
tempestivamente.

Finalmente, em 09/04/2021 é anexado ao processo, laudo de análise química com nova


quantificação dos parâmetros Vanádio e Selênio, por laboratório acreditado, tendo em
vista inconsistência observada no último laudo do LAMIN, referente à essas substâncias,
sendo solicitada a retificação da classificação mineral.

O Alvará de Pesquisa, cujo vencimento seria 21/11/2020, teve sua vigência estendida
automaticamente, com base nas Resoluções ANM nº 28/2020 e 76/2021.

1.3 - A SUBSTÂNCIA PESQUISADA ÁGUA MINERAL

1.3.1 ASPECTOS GERAIS

A ABINAM-Associação Brasileira das Indústrias de Água Mineral relata que em 2016


aproximadamente 54% dos domicílios brasileiros consumiram água mineral, representando
69 milhões de residências. Essa Associação menciona que a água mineral atende, cada vez
mais, uma população que busca melhor qualidade de vida, atendendo pessoas que não
dispõem de saneamento básico, principal causa das doenças transmitidas pela água sem
qualidade ou sem tratamento adequado. É possível que uma implicação direta disso seja
que, nas favelas e em áreas sem saneamento básico foi registrado o maior consumo de
água mineral em garrafões de 20 litros.

Além disso, a água mineral é considerada um alimento funcional, consequência direta da


ampla variação que apresenta em termos de características e composições físico-
químicas, informações disponíveis nos rótulos das embalagens e que obedecem às normas
legais, sobretudo ANVISA e ANM. Determinados íons quando presentes nas águas em
concentrações adequadas são benéficos ao organismo humano, e , podem estar
acompanhados de ações medicamentosas comprovadas. É o caso, por exemplo, dos ânions
fluoreto, brometo e sulfato, assim como cátions como lítio, selênio, vanádio e outros,
inclusive com recomendações de consumo por parte da OMS.

Uma curiosidade da água mineral, tornando-a vital e de extrema importância, é quando


ocorrem grandes desastres e catástrofes naturais e também ambientais, como secas
prolongadas ou acidentes e fenômenos catastróficos (p.ex: Mariana e Brumadinho -MG,
terremotos Haiti, México, tsunamis e etc). Nessas situações a água mineral comparece,
de imediato, para atendimento e salvação das populações atingidas.

Tendo em vista as considerações acima e suas naturais consequências, verificou-se um


incremento no mercado da água mineral, reflexo do aumento do consumo. As crises
hídricas verificadas no país em anos anteriores e que persiste até o presente ano, ao menos
nas regiões sul e sudeste, parecem ter gerado novos consumidores do produto, que
passaram a consumir a água mineral (ABINAM in www.todamidiapress.com.br, 2019).

1.3.2 - NORMAS E CLASSIFICAÇÃO

A classificação das águas quanto à qualidade depende da finalidade a que a mesma se


destinará (doméstica, industrial, consumo humano e etc.). Para cada utilização existem
tabelas e parâmetros normativos reconhecidos em lei.

2
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

A Portaria do Ministério da Saúde n° 1.469 de 29 de dezembro de 2000, D.O.U. de 19 de


janeiro de 2001, estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e
vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade,
padrões utilizados para a comparação com as análises deste relatório.

Mais recentemente, a ANVISA publicou a Resolução RDC n 0 54 no DOU de 19-06-2000,


dispondo sobre o "regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de água
mineral natural e água natural", discriminando uma série de parâmetros e valores
máximos permissíveis, sejam físico-químicos ou microbiológicos.

As normas para classificação baseiam-se na composição físico-química e biológica das

ela poderá, com base nos parâmetros acima expostos ser classificada como água doce,
potável e além disso ser denominada água mineral. A legislação pertinente às águas
minerais no Brasil é de responsabilidade do Agência Nacional de Mineração (ANM) . O
Código de Águas Minerais, do Decreto-Lei n o 7.841 de 08-08-45, no seu Art. 1o define as
águas minerais c águas provenientes de fontes naturais ou
artificialmente captadas, que possuam composição química ou propriedades físicas ou
físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhe confiram uma
ação medicamentosa .

O Art. 3º do mesmo Decreto estabelece uma denominação para as águas potáveis comuns,
chamadas então de Água Potável de Mesa ...águas de composição
normal, provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que
preencha

O Art. 35º do deste Decreto classifica as águas minerais, quanto à composição química,
como segue:

Oligominerais: águas que, apesar de não atingirem os limites estabelecidos neste Artigo,
foram classificadas como minerais por possuírem incontestável e comprovada ação
medicamentosa;

Radíferas: águas com substâncias radioativas dissolvidas que lhes atribuam radioatividade
permanente;

Alcalino-Bicarbonatadas: águas que contiverem uma quantidade d e compostos alcalinos


equivalentes, no mínimo a 0,200 g/l de bicarbonato de sódio;

Alcalino-Terrosas: águas que contiverem uma quantidade de alcalino -terrosos


equivalentes, no mínimo a 0,120 g/l de carbonato de cálcio, distinguindo -se ainda:

a - Alcalino-Terrosas Cálcica: águas que contiverem no mínimo, 0,048 g/l de cátion Ca +2,
sob a forma de bicarbonato de cálcio.

b - Alcalino-Terrosas Magnesianas: águas que contiverem no mínimo, 0,03g/l de cátion


Mg+2, sob a forma de bicarbonato de magnésio.

Sulfatadas: águas que contiverem no mínimo 0,1g/l do ânion SO 4-2, combinado com os
cátions Na+, K+ e Mg+2;
Sulfurosas: águas que contiverem no mínimo 0,001g/l do ânion S -2;

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JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

Nitratadas: águas que contiverem no mínimo 0,100 g/l do ânion NO, de origem mineral;
Cloretadas: águas que contiverem no mínimo 0,500 g/l de NaCl;

Ferruginosas: águas que contiverem no mínimo 0,500 g/l do cátion Fe;


Radioativas: águas que contiverem radônio dissolvido com as seguintes concentrações:

a - Fracamente Radiotivas: águas com teor mínimo de radônio entre 5 e 10 unidades


Mache/litro, a 20ºC e 760 mm de Hg de pressão.

b - Radiotivas: águas com teor de radônio entre 10 e 50 unidades Mache/litro, a 20ºC e


760 mm de Hg de pressão.

c Fortemente Radiotivas: águas com teor de radônio superior a 50 unidades Mache/litro,


a 20ºC e 760 mm de Hg de pressão.

Toriativas: águas que contiverem torônio dissolvido, equivalentes em unidades

Carbogasosas: águas que contiverem 200 ml/l de gás carbônico livre dissolvido, a 20ºC e
760 mm de Hg de pressão.

O §1º do Art. 35 preconiza que as águas minerais são classificadas pelo DNPM de acordo
com o elemento predominante, podendo ter classificação mista as que acusarem na sua
composição mais de um elemento digno de nota; também pode -se classificar como mistas
as que contiverem íons ou substâncias raras (águas iodadas, arsenia das, litinadas, etc).
Por outro lado, o §2º do Art. 35 esclarece que as águas nitratadas e cloretadas terão
classificação mineral apenas quando possuírem ação medicamentosa comprovada,
consoante consta no §3º do Art. 1 deste Decreto-Lei.

Já o Artigo 36 classifica as fontes de águas minerais as características que lhe


são peculiares somente na emergência
do terreno, subdividindo-as em duas classes:

a) Quanto aos Gases

Fontes Sulfurosas: águas que apresentam na emergência, desprendimento definido de


gás sulfídrico.

Fontes Toriativas: águas com vazão gasosa mínima de 1 litro/minuto, com um teor em
torônio na emergência equivalente em unidades eletrostáticas a 2 unidades Mache/litro

Fontes Radioativas:

a - Fracamente Radiotivas: águas com vazão gasosa mínima de 1 litro/minuto com teor de
radônio entre 5 e 10 unidades Mache/litro de gás espontâneo, a 20ºC e 760 mm de Hg de
pressão.
b - Radiotivas: águas com vazão gasosa mínima de 1 litro/minuto com teor de radônio
entre 10 e 50 unidades Mache/litro de gás espontâneo, a 20ºC e 760 mm de Hg de pressão .
c Fortemente Radiotivas: águas com vazão gasosa mínima de 1 litro/minuto com teor de
radônio >50 unidades Mache/litro de gás espontâneo, a 20ºC e 760 mm de Hg de pressão .

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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

b) Quanto a Temperatura

Fontes Frias: quando a temperatura da água for inferior a 25 C;


Fontes Hipotermais: quando a temperatura da água estiver entre 25 e 33 C;
Fontes Mesotermais: quando a temperatura da água estiver entre 33 e 36 C;
Fontes Isotermais: quando a temperatura da água estiver entre 36 e 38 C, e
Fontes Hipertermais: quando a temperatura da água for superior a 38 .

As Resoluções 309 e 310 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (DOU de 19 -07-99)


trazem as definições para água mineral natural e água natural, as quais são equivalentes
à água mineral e água potável de mesa. A Resolução 309 define ainda água purificada
adicionada de sais uer
captação, tratamento e adicionada de sais de uso permitido, podendo ser gaseificada com

Em 29-07-2002 é publicada a Portaria DNPM n 0 337 que cria um Grupo de Trabalho


responsável pela elaboração de uma nova classificação das Águas Minerais Naturais
Brasileiras, através da revisão dos Capítulos VII e VIII do Código de Águas Minerais. A
minuta da nova Classificação, já disponibilizada à comunidade para discussão, trouxe a
seguinte proposta:

Classificação Pelo Resíduo Mineral


Água com Alto Conteúdo em Sais Minerais (resíduo fixo a 180 0C > 250 mg/l)
Água com Médio Conteúdo em Sais Minerais (resíduo fixo a 180 0C entre 100 e
250 mg/l)
Água com Baixo Conteúdo em Sais Minerais (resíduo fixo a 180 0C < 100 mg/l)

Caracterização Química

+ Bicarbonatada = Contiver resíduo fixo superior a 150 mg/litro e ânion


bicarbonato como predominante combinado com os cátions Na, K, Ca e Mg. Alcalino-
bicarbonatada: apresentar os ânions bicarbonato e carbonato como predominantes e
combinados com os cátions Na, K, Ca e Mg; entre os sais será considerado o
predominante aquele que se apresentar combinado com o bicarbonato em
concentração superior a 100 mg/litro. Alcalino-carbonatada: apresentar o ânion
carbonato como predominantes e combinados com os cátions Na, K, Ca e Mg; entre os
sais será considerado o predominante aquele que se apresentar combinado com o
carbonato em concentração superior a 50 mg/litro.

+ Sulfatada = Contiver no mínimo 100 mg/litro do ânion sulfato (SO 42-).


+ Cloretada = Contiver no mínimo 100 mg/litro do ânion cloreto (Cl -).
+ Carbogasosa = Contiver no mínimo 200 mg/litro de gás carbônico livre
dissolvido.
+ Fluoretada = Contiver concentração superior a 0,1 mg/litro de fluoreto.
+ Sulforosa = Apresentar na emergência desprendimento de gás sulfídrico
definido superior a 0,02 mg/litro.
+ Outras Águas = Apresentarem concentrações de outros elementos, compatíveis
em termos de sua concentração, não prejudiciais à saúde e que
justifiquem tecnicamente seu destaque expresso em valores no
rótulo.

5
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

Caracterização Físico-Química

+ Radioativa na fonte = Apresentar radioatividade temporária devido ao Radônio


(Rn222) superior a 70 bequeréis/litro.

Caracterização Física

+ Fonte Fria: Temperatura inferior a 25 0C


+ Fonte Hipotermal: Temperatura entre 25 0C e 330C
+ Fonte Mesotermal: Temperatura inferior a 33 0C e 360C
+ Fonte Isotermal: Temperatura inferior a 36 0C e 380C
+ Fonte Hipertermal: Temperatura igual ou superior a 38 0C

Código de Águas Minerais (Decreto-Lei nº 7.841/1945), estabelecendo as concentrações


mínimas contidas em águas captadas de fontes naturais ou artificiais, para fins de
classificação mineral, como descrito abaixo:

Fluoretada: 0,02 mg/l de fluoreto


Vanádica: 0,03 mg/l de vanádio
Litinada: 0,01 mg/l de lítio
Seleniada: 0,006 mg/l de selênio

1.3.3 O MERCADO DE ÁGUA MINERAL

1.3.3.1 - Nacional

Com uma produção de cerca de 8,44 bilhões de litros envasados em 2017, nas várias
formas, o Brasil é o quinto maior consumidor de água envasada do mundo, segundo dados
do Relatório Anual de Lavra-RAL da ANM. Entretanto, segundo a consultoria BMC, este
volume representa menos de 40% do consumo estimado no país. O setor registrou um
crescimento de 104% no período de 1997 a 2001. O consumo per capita passou de 13,2
litros/ano em 1997 para 24,9 litros/ano em 2001, atingindo 105,6 litros/ano em 2017,
classificando o Brasil como 15° maior consumidor de água envasada do mundo.

Em 2002 houve uma queda significativa na produção, registrando -se um aumento de 9%


contra 23% em 2001. Uma das razões apontadas pela ABINAM foi uma queda na produção
dos principais estados produtores: São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco . Dados mais
recentes demonstram um decréscimo de 2,8% entre os anos de 2016 e 2017.

A divisão do mercado mantém o cenário corrente, onde 11 empresas respondem por 30%
da produção total, sendo o restante pulverizado por cerca de 556 complexos produtivos
que atuam local ou regionalmente. Segundo dados do DNPM/SISMINE (2004), a região
sudeste lidera o ranking com 54%, vindo em seguida a nordeste com 20%, a sul com 11%,
a centro-oeste por 9% e a norte responsável por 6% da produção nacional.

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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA – ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG – ANM nº 48413.826.205/2015-87

Gráfico 01 – Produção de água mineral no Brasil e Paraná no período de 2010 a 2020


(fonte: https://app.anm.gov.br/dadosabertos/AMB/agua_mineral_producao)

No Brasil, as marcas Indaiá/Minalba (Grupo Edson Queiroz) continuam liderando o setor


seguida pela Crystal (Coca-Cola/FEMSA), São Lourenço/Petrópolis/Pureza Vital (Nestlé),
Icoara/Bonafonte (Danone). Outras marcas também apresentam produção expressiva no
mercado nacional, citando-se Schincariol, Ouro Fino, Lindóia Bioleve e Fonte Ijuí.
As informações históricas disponíveis relatam que o mercado tem crescido a uma taxa de
10% ao ano no Brasil desde 2014 (acima da média mundial de 8%), atingindo quase 9 bilhões
de litros e 12 bilhões de reais em vendas em 2018 (Revista Exame, 07/12/2018). Dados de
2019 indicavam o Brasil como 8º maior produtor de água mineral envasada, com uma fatia
de “apenas” 7% do mercado mundial. O consumo de água mineral no Brasil é superior ao
de países como Itália, Alemanha, França e Espanha, e inferior aos Estados Unidos e México
(que crescem, em média, 8,5% ao ano), e da China, essa com demanda crescente de
17,5%/ano (www.todamidiapress.com.br).
Dados disponíveis no Portal Brasileiro de Dados Abertos (ANM), para o ano de 2020, informa
que 74,3% da água mineral comercializada no país foi em embalagem de garrafão
retornáveis, com as embalagens descartáveis representando 24,0%, copos plásticos ficou
com 1,23%, garrafas de vidro com 0,11% e outros ficando com 0,36%.
No Gráfico 1 e respectiva tabela pode-se observar que a produção brasileira em 2020
totalizou 10,264 bilhões de litros, contra 5,915 bilhões de litros em 2010, o que representa
um incremento de 73,6% na produção. Verifica-se ainda, que entre os biênios 2014-2015
e 2018-2019 o aumento foi significativo, 9,77% e 9,76%. Já o aumento de 2020 em relação
a 2019 foi de cerca de 4% apenas.

7
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Gráfico 02 Produção de água mineral por Regiões no período de 2010 a 2020


(fonte: https://app.anm.gov.br/dadosabertos/AMB/agua_mineral_producao)

Se avaliarmos o desempenho por região (Gráfico 02) observa-se que o Nordeste lidera a
atual produção, com 42,17% do total, seguido pela região Sudeste que caiu no ranking e
representa 31,49%, região Sul apresentando 9,09%, e regiões Centro -Oeste e Norte,
respectivamente com 8,94% e 8,32%.

No tocante à produção estadual, referente ao ano de 2020, São Paulo continua na


liderança com 1,895 bilhões de litros produzidos ou 18,47% da produção nacional, seguido
de Pernambuco com 1,234 bilhões (12,02%), Bahia produzindo 872,06 milhões de litros
(8,5%), Ceará com 711,28 milhões de litros (6,92%), Rio de Janeiro com 655,03 milhõe s
(6,4%) e Minas Gerais com uma produção de 591,76 milhões de litros, representando 5,76%
do total produzido no país. Merecem destaque ainda os estados do Rio Grande do Norte e
Mato Grosso, com aumento significativo em suas produções em 2020, relativamente a
2010, atingindo, respectivamente, 518,88 milhões de litros (contra 172,04 milhões em
2010) e 508,93 milhões de litros (contra 183,07 milhões em 2010).

Estes estados nordestinos, juntamente com Paraíba, Sergipe e Alagoas explicam o forte
aumento verificado na região no período de 2010-2020 (Gráfico 03). Veja que o estado da
Paraíba quase quadruplicou sua produção em 10 anos, ao passo que Sergipe e Alagoas
praticamente duplicaram. Vale destacar ainda os estados de Mato Grosso e Rio Grande do
Norte, que também quase triplicaram a produção no período.

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Gráfico 03 Produção de água mineral por Estado no período de 2010 a 2020


(fonte: https://app.anm.gov.br/dadosabertos/AMB/agua_mineral_producao)

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As informações históricas disponíveis relatam que o mercado tem crescido a uma taxa de
10% ao ano no Brasil desde 2014 (acima da média mundial de 8%), atingindo quase 9 bilhões
de litros e 12 bilhões de reais em vendas em 2018 (Revista Exame, 07/12/2018). Dados de
2019 indicavam o Brasil como 8º maior produtor de água mineral envasada, com uma fatia
7% do mercado mundial. O consumo de água mineral no Brasil é superior ao
de países como Itália, Alemanha, França e Espanha, e inferior aos Estados Unidos e México
(que crescem, em média, 8,5% ao ano), e da China, essa com demanda crescente de
17,5%/ano (www.todamidiapress.com.br).
Dados disponíveis no Portal Brasileiro de Dados Abertos (ANM), para o ano de 2020, informa
que 74,3% da água mineral comercializada no país foi em embalagem de garrafões
retornáveis, com as embalagens descartáveis representando 24,0%, copos plásticos ficou
com 1,23%, garrafas de vidro com 0,11% e outros ficando com 0,36%.

1.3.3.2 Estado do Paraná

A produção paranaense mostrou um pequeno crescimento da produção no período de 2010


a 2020, passando de 203.320.072 litros para 260.972.996 litros no final da última década.
Isto representa 28,3% em 10 anos ou 2,8% ao ano, que embora não expressivo, representa
um incremento produtivo, e, de consumo.

O Informe Mineral 07/2021 publicado pelo IAT/SEDEST traz um detalhamento do setor de


água mineral do Estado, destacando-se como principais dados:

Houve um aumento de 14,86% na comercialização de água mineral de 2020 em


relação a 2019, com um volume de 303,93 milhões de litros;
As garrafas plásticas descartáveis apresentaram incremento de 37,9% no volume
comercializado, no período mencionado, atingindo 104,05 milhões de litro s, contra
75,45 milhões em 2019. Já os garrafões passaram de 143,84 para 153,14 milhões de
litros, representando aumento de 6,5%.
O comércio da água mineral em copos descartáveis sofre u uma redução de 28,5%,
de 2019 para 2020, passando de 5,306 milhões para 3,791 milhões de litros.

Em termos porcentuais, por tipo de embalagem comercializada em 2020, tem-se que os


garrafões representaram 50,4% do volume total, as garrafas plásticas descartáveis
somaram 34,2%, e os copos ficaram com 1,3%.

No tocante aos valores de comercialização da água mineral, o total apurado para o ano
de 2020 foi de R$. 159.431.899,07, com as garrafas plásticas sendo responsáveis pelo
maior valor, perfazendo R$. 111.876.984,66, ou 70,16% do total. A água comercializada
em garrafões de 20 litros somou R$. 39.576.587,14, representando 24,8%.

Ainda referente ao ano de 2020 tem-se que vinte e seis (26) municípios foram beneficiados
com o recolhimento da CFEM-Compensação Financeira pela Exploração Mineral, através
de trinta e duas (32) empresas. O montante arrecado pela CFEM no Estado foi de
R$. 841.637,30, que teve como base de cálculo o valor de operação/comercialização
informado pelos titulares no ano, de R$. 89.728.803,14.

Ressaltando que ao município produtor cabe 60% do valor arrecadado, sendo os três
principais arrecadadores, Campo Largo (Mocelin & Cia. Ltda), Quitandinha (Baggio e
Baggio Ltda) e Toledo (Ind. e Com. de Laticínios Pereira Ltda).

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2. ASPECTOS DA INFRAESTRUTURA DISPONÍVEL

2.1 - LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO/ESCOAMENTO

A área pesquisada localiza-se na área urbana do município de Medianeira -PR, na Rua


Alagoas, nº 1390, Bairro Ipê e dista cerca de 579 km de Curitiba (PR) (Figura 01). A partir
da capital do Estado, a área pode ser atingida pela BR-277 em único trecho, Curitiba-
Medianeira, passando por sedes municipais como Guarapuava e Cascavel.
Quanto ao escoamento da futura produção, temos que a área do empreendimento
posiciona-se a uma quadra da BR-277, a qual configura uma malha viária asfaltada, no
trajeto Curitiba-Medianeira, contendo diversos trechos em pista dupla e o restante em
pista simples. Tal malha encontra-se em bom estado de conservação, mantido por
concessionária responsável pela cobrança de pedágio.
Do ponto de vista logístico o posicionamento geográfico da área se revela amplamente
favorável, dada sua proximidade dos grandes centros ou regiões consumidores, em
especial os municípios de Cascavel e Foz do Iguaçu, distantes, respectivamente, 70 km e
55 km. As cidades fronteiriças de Ciudad del Leste (Paraguai) e Puerto Iguazú (Argentina)
podem ser alcançadas com menos de 70 km, por vias asfaltadas. Num raio de 180 a 300
km atinge-se as regiões oeste-noroeste do Paraná, com importantes centros consumidore s,
bem como a região oeste catarinense, abrangendo polos regionais como Concórdia,
Chapecó e Seara. Merecem destaque, ainda, cidades como Francisco Beltrão e Pato
Branco, além Barracão na fronteira com a Argentina, todas numa distância de até 10 180
km do local da Fonte Ipê.

2.2 ENERGIA
O suprimento de energia na área está garantido pelas subestações Medianeira e Medianeira
Norte, ambas pertencentes à COPEL - Cia. Paranaense de Energia Elétrica , e que operam
em 138 kV.
O atendimento à unidade industrial de engarrafamento será feito por linha trifásica, com
a instalação, pelo titular, de rede elétrica e transformador compatível com as tensões
disponíveis no local.
2.3 - OBRAS CIVIS

As obras civis necessárias para a implantação do complexo industrial serão dimensionadas


detalhadamente em etapa posterior, quando da elaboração do PAE -Plano de
Aproveitamento Econômico. Deverão atender as especificações técnicas contidas na
Norma Técnica 001/2009 atrelada à Portaria do então DNPM, nº 374/2009, nota damente
quanto aos itens 4.5 a 4.9. As construções envolverão basicamente:
a) Barracão para abrigar a(s) linha(s) de envase previstas;
b) Prédios para administração, depósito, vestiário+sanitário, refeitório, laboratório e etc,
conforme o caso;
c) Sistema de adução e distribuição, da fonte para o reservatório e deste para a linha de
envase;
d) Base de sustentação do reservatório de inox de 50.000 litros, com cerca de 9 m2;
e) Casa de proteção para a Fonte Ipê, já concluída, conforme especificação abaixo e
ilustrações na Prancha 06 e Figura 16.

11
160.000 195.000 p/ Guaíra-PR
230.000
MAPAS DE SITUAÇÃO
Toledo
-54° -51° -48° 54°5'50"W

Missal Ramilândia

£
¤163 MS
SP

Medianeira

Cascavel
P PARANÁ
A
R Medianeira
Curitiba

£
¤277 A
R
G
SC Serranópolis
do Iguaçu
£
¤
163 54°5'50"W

188.500 189.000

Poligonal ANM
nº 826.205/2015

£
¤
277

Foz do
Iguaçu
Fonte Ipê
£
¤
277
E
!

¬
«
182

Poligonal ANM
nº 826.205/2015
Ampére

160.000 195.000 230.000


p/ Francisco Beltrão-PR

RELATÓRIO
Figura 01 - Mapa de localização e vias de acesso à poligonal FINAL DE
PESQUISA
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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A casa de proteção da Fonte Ipê e sua área de proteção foi construída com as seguintes
características principais (Prancha 06):

Área da casa: 2,0 m X 2,0 m = 4,00 m²


Área do teto em laje de concreto: 2,6 m X 2,6 m = 6,76 m2;
Área do piso em laje de concreto externo referente à área de proteção da fonte
(projetada): 8,6 m x 7,1 m = 61,06 m²;
Portas e janelas em alumínio anodizado;
Abertura no teto com 0,75 m X 0,75 m de vão e tampão escamoteável de 0,90 m X 1,10 m.

2.4 - COMUNICAÇÃO E OUTRAS INFRAESTRUTURAS

A área ainda não dispõe de uma estrutura comercial para o empreendimento, portanto,
nem de serviços básicos de comunicação como telefone fixo, rede de celular e internet.
O contato pode ser feito pelo celular móvel do titular com número (45) 99910-9190 e o
endereço eletrônico (e-mail) é jossebiberg7@gmail.com.

Com a área localizada na área urbana de Medianeira e próxima à BR-277, o acesso aos
serviços básicos como atendimento bancário, postos de combustíveis e oficinas , alimentos
e serviços de saúde, dentre outros serviços, porventura necessários, torna-se prático.

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia utilizada na confecção deste Relatório procurou assimilar e adotar o


conteúdo preconizado nas portarias do então DNPM, nºs 231/1998 e 374/2009, e também
um roteiro técnico elaborado há alguns anos pelo técnico que assina este documento.

3.1 - PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E PREPARAÇÃO DE MAPAS TOPOGRÁFICOS


A pesquisa e análise dos trabalhos anteriores disponíveis sobre a área e a região de estudo
constitui etapa de grande importância para a orientação e desenvolvimento dos trabalhos
de pesquisa geológica.

Para a área e região foi utilizado o levantamento geológico realizado pela MINEROPAR
(2013), folhas Guaraniaçu e Foz do Iguaçu, escala 1:250.000, constituindo apenas
referências regionais e denominada de Mapeamento Geológico do Grupo Serra Geral .

A elaboração das bases topográficas e cartografia temática s foram geradas com base nos
seguintes trabalhos de geoprocessamento:

a) Georreferenciamento de imagens de satélite DigitalGlobe de novembro de 2019, com


resolução de 0,5 m, para vetorização de acessos, edificações, área urbanizada, corpos
.
b) Dados vetoriais de planialtimetria, como rede de drenagem, curvas de nível e pontos
cotados, das folhas Medianeira (SG.21-X-D-III-4-NE), Ouro Verde (SG.21-X-D-III-2-SE),
São Miguel do Iguaçu (SG.21-X-D-III-4-NO) e Vila Ipiranga (SG.21-X-D-III-2-SO), com
escala 1:25.000, foram disponibilizados pelo DSG (Diretoria de Serviço Geográfico)
Ministério do Exército.
c) O mapa planialtimétrico gerado serviu de base para a elaboração dos mapas temáticos
que integram o presente Relatório (Mapas I a VII), nas diversas escalas utilizadas.

13
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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3.2 CARTOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO

Os trabalhos de cartografia objetivaram a confecção dos mapas planialtimétricos de


detalhe da área pesquisada e das bacias hidrográficas nas quais se insere a área de
pesquisa. Estes trabalhos foram realizados através de geoprocessamento, em ambiente
GIS, através dos dados vetoriais das folhas topográficas 1:25.000. Como produto foram
obtidos o Mapa I, na escala 1:45.000 com equidistância das curvas de nível de 5 x 5 m, e
o Mapa II, na escala 1:4.500 com equidistância das curvas de nível de 2 x 2 m. Os softwares
ArcGIS e AutoCAD foram utilizados nesta etapa.

Os mapas gerados e citados acima foram úteis para a confecção do Mapa Geológico da
Bacia (Mapa III), Mapa Hidrográfico Regional (Mapa IV), Mapa de Uso do Solo (Mapa V),
Mapa Geológico de Detalhe (Mapa VI) e, para o Mapa das Zonas de Proteção da Fonte
(Mapa VII).

3.3 - DADOS HIDROMETEOROLÓGICOS, HIDROGEOLÓGICOS E CLIMÁTICOS

A Bacia do Rio Alegria, no tocante aos aspectos hidrometeorológicos, hidrogeológicos e


climáticos, foi caracterizada com base nas informações obtidas de várias fontes. Alguns
parâmetros hidráulicos, assim como o georreferenciamento de vários poços tubulares
profundos foram utilizados nos estudos do fluxo e do modelo hidrogeológico.

Dados meteorológicos precipitação, temperatura, evaporação e etc - foram obtidos junto


ao IAPAR, referente à estação meteorológica de São Miguel do Iguaçu, e INMET, com a
estação meteorológica de Foz do Iguaçu. A localização destas estações pode ser
contemplada no Mapa IV.

Informações relativas à vazão/deflúvio foram obtidas a partir do banco de dados do


SIAGAS/CPRM e da SUDERHSA/IAT.

3.4 - MAPEAMENTO GEOLÓGICO

De posse dos elementos anteriormente gerados e obtidos mapas planialtimétricos,


aerofotos - procedeu-se aos trabalhos de mapeamento geológico, o qual envolveu o
reconhecimento em campo das litologias e estruturas através da descrição de
afloramentos naturais (Prancha 05) e levantamentos de seções geológicas ao l ongo de
estradas e drenagens existentes no interior da bacia hidrográfica que envolve a área de
pesquisa. O perfil litológico do poço tubular P-01 (Figura 15) subsidiou o entendimento
do quadro geológico local.

A integração e interpretação dos dados de campo com os mapas geológicos disponíveis,


como o Mapeamento Geológico do Grupo Serra Geral, com as folhas Guaraniaçu e Foz do
Iguaçu, escala 1:250.000 (MINEROPAR, 2013), permitiram a confecção do Mapa Geológico
da Bacia (Mapa III), na escala 1:45.000 e do Mapa Geológico de Detalhe (Mapa VI), com
escala 1:5.000, contemplando a geologia da poligonal.

3.5 - POÇO TUBULAR PROFUNDO P-01 (FONTE IPÊ)

O poço P-01 foi perfurado entre os dias 15/01/2015 e 17/01/2015 pela empresa IGUAÇU
Poços Artesianos, com profundidade de 100 metros, fornecendo
3
uma vazão de 7,92 m /h, em teste de vazão de 6 h realizado no dia 20/01/2015, logo após

14
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

a perfuração. Em 04/09/2015 a IGUAÇU Poços Artesianos realizou um novo teste de vazão


(30 h) no poço P-01, o qual apresentou resultado final com vazão de 9,6 m³/h. O relatório
do poço P-01 encontra-se no Anexo I.

Os testes de bombeamento foram realizados para obtenção dos parâmetros hidráulicos do


aquífero, sobretudo a definição da vazão de exploração, sendo coletadas várias amostras
da água para ensaios de classificação mineral e potabilidade .

As fotos da Prancha 01 ilustram o interior da casa de proteção da fonte, com as


instalações do cavalete e tubos de adução e edutor, todos em inox, e o revestimento de
piso e paredes em cerâmica branca lisa, como previsto na legislação.

A B

C D

PRANCHA 01 ASPECTOS DA FONTE IPÊ: Vista a partir da porta de entrada da casa de proteção
(A); detalhes do cavalete e do tubo edutor, ambos em inox (B, C e D)

15
784.000 788.000 792.000 796.000

MAPAS DE SITUAÇÃO
p/ Missal-PR -54° -51° -48°

SP
MS

P PARANÁ
269 A
D 367 R Medianeira
D Curitiba

A LEGENDA
R SC
G
D
310 339 PLANIALTIMETRIA
D
54°5'50"W

Curvas Mestras (25 x 25 m)


!

D 302 354 Missal Ramilândia


D
357 Curvas Intermediárias (5 x 5 m)
!
. São Bernardo D Medianeira
289
D D 602 Ponto Cotado

Rede de drenagem perene


278
D 373 Rede de drenagem intermitente
D
378
D Corpos d'água

!
. D
336 ¬
«
495
!

54°5'50"W
Serranópolis
do Iguaçu Rodovia federal (BR-277)
Assentamento Sávio 371
318 D
Rodovia estadual (PR-495)
D
Acessos secundários

! 375 Trilhas e caminhos


D
!

351
!

D Limite municipal

. Localidades
!

357
378 D Área urbanizada
D
. Linha Alegria
! Edificações
398
362 !
D L.T. Linha de transmissão
D
Bacia Hidrográfica do Rio Alegria
Poligonal ANM n° 826.205/2015
414

374
D
D
p/ Cascavel-PR E
! Poço tubular profundo - Fonte IPÊ
D
Ì sb Pedreira ativa de saibro
!

391
D
386 442
D

397
D

D
432 £
¤277

D
449
418 !
. D
. Linha Salvador
!
!

!
D Sub-estação COPEL D ETE SANEPAR !
. 473
442 D
438 468
412 D D
D
403
D Poligonal ANM

µ
!
. n° 826.205/2015 517
Linha Nossa Sra. da Saúde D 518 DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/2021)
D NG NQ E CONVERGÊNCIA MERIDIANA DO
NM CENTRO DA FOLHA
E
!
(Medianeira, 1: 25.000; DSG, 1998)
423
D
-17°08' -1°15'21"
!

425
D MEDIANEIRA Escala Horizontal: 1:45.000
502
D 0 0,5 1 2
428 417 A DECLINAÇÃO MAGNÉTICA CRESCE
431 D D
!
. - 00° 07' 00'' ANUALMENTE km
D
!

D Morro Nossa Sra. da Salete


436 datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S
432 D
D 432 474
D D
483
D

D
456
!
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
444 461
D D
447 MAPA PLANIALTIMÉTRICO DA BACIA DO RIO ALEGRIA
D
443 472
D D Local: Município: Estado: Data: Mapa:

I
!

Bairro Ipê Medianeira Paraná AGO/2021


Ì sb
Substância: Escala: Proc. ANM n°: Área:

Água Mineral 1:45.000 48413.826205/2015-87 35,98 ha


Titular: Resp. Técnico:
¬
«
!

495
!
. Colônia Murado
p/ Serranópolis do Iguaçu-PR
JOSSEMAR BIBERG José Roberto de Góis
CPF: 016.929.829-90 Geólogo - CREA-PR: 15.555/D
784.000 788.000 792.000 796.000
p/ Missal-PR 792.500 793.000 793.500

LEGENDA
412,78 420
D
PLANIALTIMETRIA
382,77
D
Curvas Mestras (10 x 10 m)

Curvas Intermediárias (2 x 2 m)
410 D 381,24 Ponto Cotado

Rede de drenagem perene


¬
«
495
Rede de drenagem intermitente

Corpos d'água

400 Rodovia federal (BR-277)

K
!

Rodovia estadual (PR-495)

K £
¤
277
Arruamento

î Igreja

K
! !

Hospital
! !

363,03 Poligonal ANM n° 826.205/2015


D

E
! Poço tubular profundo - Fonte IPÊ

381,24
370 D
MAPAS DE SITUAÇÃO
-54° -51° -48° 54°5'50"W

Missal Ramilândia

SP

î MS
Medianeira

401,45 P PARANÁ
D A
Fonte Ipê R Medianeira Curitiba

E
! A
R SC Serranópolis
G
£
¤ 277
380 do Iguaçu
54°5'50"W

µ
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/2021)
NG NQ E CONVERGÊNCIA MERIDIANA DO
NM CENTRO DA FOLHA
(Medianeira, 1: 25.000; DSG, 1998)

-17°08' -1°15'21"

Escala Horizontal: 1:4.500

Poligonal ANM n° 826.205/2015 A DECLINAÇÃO MAGNÉTICA CRESCE 0 50 100 200

î
m
377,06 - 00° 07' 00'' ANUALMENTE
D datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S

380

RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA


D
401,63 MEDIANEIRA 378,93
D
MAPA PLANIALTIMÉTRICO DE DETALHE
390 Local: Município: Estado: Data: Mapa:
¬
«
II
495
Bairro Ipê Medianeira Paraná AGO/2021

î Substância:

Água Mineral
Escala:

1:4.500
Proc. ANM n°:

48413.826205/2015-87
Área:

35,98 ha
Titular: Resp. Técnico:

400

406,35 José Roberto de Góis


D JOSSEMAR BIBERG
CPF: 016.929.829-90 Geólogo - CREA-PR: 15.555/D
792.500 p/ Serranópolis do Iguaçu-PR 793.000 793.500
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3.6 - CÁLCULO DA VAZÃO (Testes de Bombeamento)

A reserva ou vazão da Fonte Ipê (poço P-01) foi determinada através de dois (2) testes de
bombeamento contínuos, realizados pela IGUAÇU Poços Artesianos em 2015. Os resultados
dos testes, bem como as curvas características, encontram-se no Anexo I.

Teste 1 = Realizado no dia 20/01/2015 logo após a perfuração do poço, totalizando 6


horas de bombeamento e fornecendo os seguintes parâmetros hidráulicos: Q = 7,92 m3/h,
Q/sw = 3,43 m³/h/m, NE = 37,53 m, ND = 39,84 m e crivo da bomba em 84 m; a bomba
utilizada foi a 4R5i-34 09HP.

Teste 2 = Realizado no dia 03/09/2015 com uma bomba R20-09 09 HP, totalizando 30
horas de bombeamento contínuo, obtendo-se os seguintes parâmetros hidráulicos: Q = 9,6
m3/h, Q/s = 0,23 m³/h/m; NE = 39,10 m, ND = 81,37 m e crivo da bomba em 84 m.

A recuperação se mostrou excelente, sendo necessários 30 minutos para a recuperação do


nível, indicando forte potencial hidráulico do aquífero local.

3.7 - AMOSTRAGEM DE ÁGUA E ENSAIOS

A caracterização físico-química das águas superficiais da Bacia do Rio Alegria contou com
a coleta e análise de quatro (4) amostras de água superficial (AS-01 a AS-04), em
diferentes pontos do Rio Alegria (Prancha 02 e Mapa IV). Já no poço tubular profundo da
Fonte Ipê (Poço P-01) foi realizada coleta de uma (1) amostra (JB-01-PT) para
caracterização físico-química, analisada pelo laboratório LabQi . Adicionalmente foram
coletadas duas (2) amostras de águas provenientes de poços tubulares profundos
cadastrados no interior da Bacia do Rio Alegria (PT-02 e PT-03).

A caracterização físico-química completa (classificação mineral) e bacteriológica


(potabilidade) da Fonte Ipê foi realizada a partir de quatro (4) análises do LAMIN, (de
acordo com o ano hidrológico), laboratório oficial credenciado pela Agência Nacional de
Mineração (ANM), tomando-se os necessários cuidados quanto à higiene , como desinfecção
com álcool iodado, afim de evitar possíveis contaminações ( Prancha 03).

Ademais, uma outra amostra de água foi encaminhada ao Laboratório A3Q para realização
de análise bacteriológica completa, tendo em vista o não enquadramento do parâmetro
coliformes totais no Boletim nº 425/LAMIN/2019. Por sua vez, a análise dos elementos
Vanádio e Selênio foram refeitas no Laboratório MERIEUX para checagem de
inconsistências verificadas no Boletim acima mencionado . Os resultados analíticos fazem
parte dos Anexos II e III, e uma síntese dos resultados encontra-se nos Quadros 05, 06 e
07. A localização dos pontos de amostragem pode ser observada no Mapa IV.

3.8 - TRATAMENTO, INTERPRETAÇÃO DOS DADOS E RELATÓRIO FINAL

De posse das informações e dados gerados e/ou pesquisados, procedeu -se à elaboração e
editoração final do presente Relatório Final de Pesquisa, envolvendo a compilação e o
tratamento, integração e interpretação de todas as informações disponíveis, elaboração
e edição final dos mapas temáticos, gráficos, perfis e outras ilustrações, além da
determinação da área de proteção da fonte, cujo memorial descritivo é parte integrante
deste relatório.

18
A B

C D

E F

G H

PRANCHA 02 ASPECTOS DA COLETA DE ÁGUA SUPERFICIAL: Coleta da amostra JB-01/AS no Rio


Alegria, a montante da área pesquisada (A e B); amostra JB-02/AS, coletada a jusante da área de
pesquisa (C e D), coleta da amostra JB-03/AS, na porção centro-norte da bacia, próximo à
localidade Linha Alegria (E e F); amostra de água superficial JB-04/AS, coletada no extremo
noroeste da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria, próximo à sua foz, no Rio Ocoí (G e H)

TRAVESSA GUARUJÁ, 111 - SEMINÁRIO - CEP 80.310-020 CURITIBA/PR


FONES: (41) 3016-6235 geoplanejamento@gmail.com / gois@geoplanejamento.com.br
www.geoplanejamento.com.br
A B

C D

E F

PRANCHA 03 ASPECTOS DA COLETA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA: Coleta de amostra de água


subterrânea PT-02, na porção noroeste da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria (A e B); amostra de
água subterrânea PT-03, coletada na porção centro-norte da bacia (C e D); coleta de amostras
para análise de Vanádio e Selênio no poço da área pesquisada Fonte Ipê (E) e coleta de água do
poço da área pesquisa Fonte Ipê para análise físico-química (F)

TRAVESSA GUARUJÁ, 111 - SEMINÁRIO - CEP 80.310-020 CURITIBA/PR


FONES: (41) 3016-6235 geoplanejamento@gmail.com / gois@geoplanejamento.com.br
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4. CARACTERIZAÇÃO REGIONAL

4.1 - FISIOGRAFIA

4.1.1 - ASPECTOS MORFOLÓGICOS

Santos et alli (2006) e MINEROPAR/UFPR (2006), baseados na classificação de Ross (1985),


individualizaram no Estado do Paraná três unidades morfoestruturais, representadas por
três grandes compartimentos, sendo eles: Cinturão Orogênico do Atlântico, Bacia
Sedimentar do Paraná e Bacias Sedimentares Cenozoicas e Depressões Tectônicas. As
unidades morfoesculturais reconhecidas por esses autores correspondem a cinco principais

pioneiramente definidas por Maack (1947). Essas unidades são limitadas por escarpas de
falha e escarpas de estratos, e são denominadas de leste a oeste: a Zona Litorânea, a
Serra do Mar, o Primeiro Planalto ou Planalto de Curitiba, o Segundo Planalto ou Planalto
de Ponta-Grossa e o Terceiro Planalto ou Planalto de Guarapuava (Maack, 2002).

O Terceiro Planalto Paranaense ou Planalto de Guarapuava, onde se insere a área


pesquisada (Figura 02), corresponde a cerca de 66% da área do estado paranaense, é
balizado a leste pela Serra da Boa Esperança ou Escarpa Mesozoica a partir da qual ocorre
uma suave inclinação para oeste e noroeste; a oeste seu limite é dado pelo Rio Paraná.
Foi esculpido majoritariamente sobre os derrames basálticos mesozoicos do Grupo Serra
Geral e em menor proporção sobre os depósitos eólicos da Formação Botucatu. As altitudes
médias máximas ocorrem a partir das bordas da Serra da Boa Esperança e possuem em
torno de 1.100 a 1.250 m.s.n.m; as altitudes médias mínimas ocorrem no leito do Rio
Paraná e possuem em torno de 220 a 300 m.s.n.m. (Maack, 2002).

O Terceiro Planalto é subdividido em cinco blocos cujos limites são representados pelos
grandes rios que o cortam, a saber: (i) Planalto ou blocos planálticos de Cambará e São
Jerônimo da Serra, ocorre entre os rios Tibagi e Cinzas-Laranjinha-Congonhas; (ii) Planalto
de Apucarana, que ocorre a oeste do rio Tibagi, entre os rios Paranapanema e Ivaí até o
rio Paraná; (iii) Planalto de Campo Mourão, delimitado pelos rios Ivaí e Piquiri; (iv)
Planalto de Guarapuava, que ocorre entre os rios Paraná, Piquiri e Iguaçu e, (v) e Planalto
de Palmas ou Declive do Planalto de Palmas, que ocorre ao sul do rio Iguaçu e pertence
ao plano de declive do planalto de trapp de Santa Catarina (Maack, 2002). Dentro desta
classificação, a área situa-se inserida no contexto geomorfológico do Planalto de
Guarapuava, esta unidade apresenta altitudes que variam de 1.150 m na escarpa da Boa
Esperança até 225 m na calha do Rio Paraná.

De acordo com o Atlas Geomorfológico do Estado do Paraná (MINEROPAR, 2006), a área


encontra-se situada inteiramente no Planalto de Foz do Iguaçu (Figura 02). Nesta
subunidade, a topografia possui dissecação baixa, com morfologia plana a suave ondulada
e declividades predominantes inferi ores a 6%, é representada por topos aplainados,
aberto. Possui cotas altimétricas variando entre 120
m.s.n.m. (mínima) e 540 m.s.n.m. (máxima) com gradiente de 420 metros.

21
p/ Santa Helena-PR 175.000 200.000 p/ Toledo-PR 225.000 MAPA GEOMORFOLÓGICO REGIONAL
São Pedro -54° -52° -50° -48°
Diamante

±
D'oeste " do Iguaçu
"

¬
«
495

¬
«
488

¬
«
585 2.4.17 V
IV III
" Vera Cruz
do Oeste
Missal
"

3.5.2 Ramilândia
"
£
¤
277 II I

"

Itaipulândia ¬
«
495
r
¬
« 590 Céu Azul "

-54° -52° -50° -48°


Unidades Morfoestruturais
Planícies Litorâneas e Unidades do
I
Cinturão Orogênico do Atlântico
II Serra do Mar Paranaense
"

Matelândia III Primeiro Planalto Paranaense

¬
«
497
"
IV
Bacia Sedimentar do Paraná
(Segundo Planalto Paranaense)

MEDIANEIRA 2.4.14 V Terceiro Planalto Paranaense

"
Sub-unidades Morfoesculturais Planimetria
Santa Miguel

£
¤
277
do Iguaçu " Serranópolis
do Iguaçu 2.4.14 Planalto do Baixo Iguaçu " Sedes Municipais

2.4.18
Planalto do São
2.4.17 Francisco £
¤277 Rodovias Federais

"
Santa Terezinha 2.4.18 Planalto de Foz do Iguaçu ¬
«488 Rodovias Estaduais
de Itaipu
3.5.2 Planícies Fluviais Hidrografia

Corpos d'água

¬
«
±
495 1:450.000 Limite entre as Unidades
0 5 10 Morfoesculturais
km
SIRGAS 2000 Limite da bacia hidrográfica
AR
Fonte: MINEROPAR (2006) Poligonal ANM
n° 826.205/2015

Figura 02 - Mapa Geomorfológico Regional


175.000 200.000 p/ Planalto-PR 225.000
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

4.1.1.1 Geomorfologia da Bacia Hidrográfica da Área Pesquisada

A geomorfologia da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria, onde está inserida a área de


pesquisa, é definida por um relevo com topos alongados de direção N NW-SSE que se
concentram principalmente ao longo dos divisores de água (Figura 03A, C e E). O
gradiente altimétrico da bacia é de 3 15 m, variando de 545 m.s.n.m. em sua porção
sudeste até 230 m.s.n.m., no extremo noroeste da bacia, junto à sua foz no Rio Ocoí.

Na porção sudeste da bacia, localizada a montante da área pesquisada, a morfologia é


caracterizada por relevo plano a suave ondulado, vales pouco encaixados e vertentes
convexas, com declividades entre 0-8%. Nesta região as colinas possuem direção
preferencial NE-SW e nos divisores de água são observados morrotes pontiagudos.

Na região central da bacia o relevo tona-se mais enérgico, predominando declividades


entre 3-8% (suave ondulado) e 8-20% (ondulado). Localmente, principalmente em
vertentes próximas ao Rio Alegria, ocorrem declividades superiores a 30%, onde o relevo
é forte ondulado. As direções preferenciais da morfologia se orientam segundo NE -SW e
NNW-SSE.

Ao norte da bacia ocorre o predomínio de relevo ondulado, onde as declividades oscilam


entre 8-20% e as vertentes tornam-se retilíneas. Localmente é observado o relevo
ondulado. Neste trecho da bacia as formas de relevo possuem orientação segundo NW -SE
e NE-SW. Na Prancha 04 encontram-se fotografias que ilustram de forma mais adequada
a morfologia da Bacia do Rio Alegria.

4.1.1.2 Geomorfologia da Área

A geomorfologia que caracteriza o interior da poligonal de pesquisa ( Figura 03B, D e F) é


definida por morfologia dominantemente suave ondulado a ondulado com porções de
relevo plano. As formas de relevo são caracterizadas por colinas ou morros de topos planos
e levemente arredondados. As vertentes, por sua vez, possuem extensão média e formas
convexas, cuja declividade, em geral, é de 0-20%. Nas porções sul e sudeste da poligonal
de pesquisa se concentram os locais de relevo ondulado , enquanto que nas porções norte
e leste ocorrem pequenas manchas de relevo plano. No restante da poligonal de pesquisa
o relevo é suave ondulado.

As cotas altimétricas máximas atingem 397 m.s.n.m. e localizam-se no limite leste da


poligonal. Na porção noroeste, junto ao vale do Rio Alegria, ocorrem as menores altitudes
com cotas mínimas próximas a 370 m.s.n.m., acarretando assim em desnível de
aproximadamente 27 metros.

A morfologia e as unidades de relevo que caracterizam a área da bacia do Rio Alegria e


área da poligonal, podem ser apreciadas nos modelos digitais de elevação ilustrados nas
Figuras 03E e 03F, respectivamente.

23
A B

C D

E F

PRANCHA 04 ASPECTOS DO GEOMORFOLOGIA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ALEGRIA: Vista da


porção sudeste da bacia, onde ocorrem morrotes ao longo do divisor de águas (A e B); relevo plano
a ondulado, na porção central da bacia, a jusante do perímetro urbano de Medianeira (C e D);
colinas com relevo moderadamente acidentado, na porção centro-sul da Bacia Hidrográfica do Rio
Alegria (G e H)

TRAVESSA GUARUJÁ, 111 - SEMINÁRIO - CEP 80.310-020 CURITIBA/PR


FONES: (41) 3016-6235 geoplanejamento@gmail.com / gois@geoplanejamento.com.br
www.geoplanejamento.com.br
p/ Sta. Helena-PR 785.000 790.000 795.000 p/ Sta. Helena-PR 785.000 790.000 795.000

A.1 PLANIMETRIA A.2 PLANIMETRIA A.3


£
¤
277 Rodovia Federal (BR-277)
Rodovia Estadual (PR-495)
Área urbana
Edificações
£
¤
277 Rodovia Federal
Rodovia Estadual
Área urbana
Edificações
Acessos secundários Bacia hidrográfica Acessos secundários Bacia hidrográfica
Trilhas e caminhos Poligonal ANM 826.205/2015 Trilhas e caminhos Poligonal ANM 826.205/2015
Corpos d'água E
! Poço Tubular Profundo Corpos d'água E
! Poço Tubular Profundo
Rede de drenagem - Fonte Ipê - Rede de drenagem - Fonte Ipê -

HIPSOMETRIA (m) CLASSES DE DECLIVIDADE (%)


228 - 240 321 - 340 421 - 440 521 - 540
241 - 260 341 - 360 441 - 460 541 - 560 0 - 3% - Plano 20 - 30% - Forte Ondulado
261 - 280 361 - 380 461 - 480
281 - 300 381 - 400 481 - 500 3 - 8% - Suave Ondulado 30 - 45% - Forte Ondulado
¬
«
495 301 - 320 401 - 420 501 - 520 ¬
«
495
8 - 20% - Ondulado 45 - 75% - Montanhoso
! !

! !

£
¤
277
!

£
¤277

E
! E
!

Medianeira Medianeira
! !

£
¤ £
¤
± ±
277 277

¬
«
495 ¬
«
495

0 1,5 3 0 1,5 3
km km

p/ Jardinópolis-PR p/ Jardinópolis-PR
p/ Sta. Helena-PR 792.500 793.000 793.500 p/ Sta. Helena-PR 792.500 793.000 793.500

B.1 B.2 B.3

¬
«495 ¬
«
495

! !

¬
«
495

£
¤277 £
¤277

Fonte Ipê
Fonte Ipê Fonte Ipê
! E ! E

¬
«
495
¬
«
495

0
±
150 300
m
0 150
± 300
m

p/ Jardinópolis-PR p/ Jardinópolis-PR

HIPSOMETRIA (m) PLANIMETRIA CLASSES DE DECLIVIDADE (%) PLANIMETRIA


Rodovia Federal (BR-277) Rodovia Federal (BR-277)
362 - 365 381 - 385 401 - 405 421 - 425
Rodovia Estadual (PR-495) Rodovia Estadual (PR-495)
Arruamento Arruamento
Figura 03 - Mapas temáticos ilustrando a geomorfologia
366 - 370 386 - 390 406 - 410
Rede de drenagem
0 - 3% - Plano 8 - 20% - Ondulado
Rede de drenagem da bacia hidrográfica (A) e da poligonal de pesquisa (B):
371 - 375 391 - 395 411 - 415 Poligonal ANM 826.205/2015 Poligonal ANM 826.205/2015
Mapas Hipsométricos (A.1, B.1), Mapas de Declividade
E
! Poço Tubular Profundo E
! Poço Tubular Profundo
376 - 380 396 - 400 416 - 420 - Fonte Ipê - 3 - 8% - Suave Ondulado 20 - 30% - Forte Ondulado - Fonte Ipê - A.2, B.2) e Modelos Digitais de Terreno (A.3, B.3)
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4.1.2 - PEDOLOGIA

A distribuição das principais classes de solos ocorrentes na bacia hidrográfica do Rio


Alegria, no seu entorno, e na área em tela, foi baseada no levantamento realizado por
EMBRAPA-IAPAR (2007), o qual reconhece as seguintes classes: LATOSSOLOS VERMELHOS
Eutroférricos, NITOSSOLOS VERMELHOS Eutroférricos e NEOSSOLOS REGOLÍTICOS
Eutróficos (Figura 04).

4.1.2.1 Latossolos

De acordo com EMBRAPA (2006), estes solos são compostos por material mineral e com
horizonte B latossólico imediatamente abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte
diagnóstico superficial, exceto hístico.
São solos não hidromórficos, profundos, homogêneos, com pouca diferenciação entre os
horizontes A, B e C; as cores variam de vermelha muito escura a amareladas, no horizonte
A, vivas no B e mais claras no C. Possuem avançado estágio de intemperização, muito
evoluídos, como resultado de enérgicas transformações no material constitutivo e com
baixa capacidade de troca de cátions.

A fração argila é composta principalmente por caulinita, óxidos de ferro (goethita e


hematita) e óxidos de alumínio (gibsita). Quando formados a partir de rochas ricas em
ferro, apresentam na fração argila, a magnetita e, na fração areia, a magnetita e a
ilmenita.
Comumente variam de fortemente a bem-drenados, embora ocorram solos com cores
pálidas, de drenagem moderada ou até mesmo imperfeitamente drenada, i ndicando
formação em condições atuais ou pretéritas, com certo grau de gleização.

Em geral, são fortemente ácidos, com baixa saturação por bases, distróficos ou
alumínicos, mas podem ocorrer também, solos com saturação por bases média, assim
como, solos com saturação por bases alta.

São típicos de regiões equatoriais e tropicais, podendo ocorrer ainda em regiões


subtropicais, disposto por amplas e antigas superfícies de erosão, pedimentos e terraços
aluviais antigos, com relevo plano e suave ondulado e menos frequentemente em relevos
acidentados; originados a partir dos mais diversos tipos de rochas. Ocorrem comumente
em regiões que apresentam estação seca pronunciada, semiáridas ou não, ou ainda por
influência de rochas básicas ou calcarias.
Apesar de possuírem baixa fertilidade natural, com a aplicação adequada de corretivos e
fertilizantes, pode-se obter boas produções. Possuem ainda alto potencial para a
agropecuária e são passíveis de uso para culturas anuais, perenes, pastagens e
reflorestamento.

Os LATOSSOLOS VERMELHOS Eutroférricos apresentam cores vermelhas acentuadas e são


solos de alta fertilidade e altos teores de ferro. Ocorrem em extensas áreas da s regiões
Centro-Oeste e Sul, predominantemente em áreas de relevo plano a suave ondulado. Essa
classe de solo predomina na área, recobrindo cerca de 47,42% da área delimitada em tela
(Figura 04), o que representa um total de 3.189,56 ha, conforme observado na Tabela 1,
e pode ser subdividida em: (i) LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico (LVef1) e (ii)
LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico (LVef2).

26
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i) LVef1 - LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico típico textura argilosa A moderada


fase floresta tropical perenifólia relevo suave ondulado.

Os solos dessa classe ocupam 31,97% da área, equivalentes a 2.150,51 ha; ocorrem
predominantemente nas porções sul e sudoeste da Bacia do Rio Alegria, e no extremo
nordeste. São de baixa fertilidade natural, associados, principalmente, às rochas
básicas extrusivas do Membro Flor da Serra do Sul, pertencentes à Formação Barracão ,
e do Membro Santa Quitéria, da Formação Cascavel . Distribuem-se ao longo dos
divisores de água, em relevo, predominantemente, plano a suave ondulado, com
declividades entre 0 e 8% e, subordinadamente, em relevo ondulado com declividades
entre 8 e 20%. Ocorrem numa faixa de altitudes entre 300 e 460 m.s.n.m.

ii) LVef2 - Associação de: LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico típico fase relevo suave
ondulado + NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico típico fase relevo suave ondulado
e ondulado, ambos textura argilosa A moderado, fase floresta tropical perenifólia.

Ocupam 15,45% da área da bacia, equivalentes a 1.039,05 ha. Ocorrem somente no


extremo leste da Bacia do Rio Alegria e exclusivamente sobre as rochas ígneas básicas
do Membro Flor da Serra do Sul, pertencentes à Formação Barracão. Estão associados
às porções mais elevadas da bacia do Rio Alegria distribuídos numa faixa de altitude
entre 545 e 405 m.s.n.m., sob relevo predominantemente plano a suave ondulado com
declividades entre 0 e 8 e subordinadamente relevo ondulado, com declividades entre
8 e 20%,

4.1.2.2 Nitossolos

Segundo a EMBRAPA (2006), estes solos são compostos por material mineral e com
horizonte B nítico abaixo de qualquer tipo de horizonte A, com argila de atividade baixa
ou caráter alítico na maior parte do horizonte B, dentro de 150 cm da superfície do solo.
Tem textura argilosa ou muito argilosa e relação textural igual ou menor que 1, 5.

São solos não hidromórficos, profundos, homogêneos, e reconhecidos em campo por uma
estrutura em blocos ou prismas bem definidos; cores variam de vermelha a brunada, mas
em um mesmo local apresentam pouca ou nenhuma diferenciação de cor com a
profundidade.

São bem drenados, moderadamente ácidos a ácidos com saturação por bases alta ou baixa
com a fração argila composta por caulinita e óxidos de ferro e alumínio.

Ocorrem nos mais diversos ambientes climáticos, associados a relevos suave ondulado a
forte ondulado. São originados a partir de rochas básicas, ultrabásicas e rochas calcárias,
podendo ocorrer também, associados a gnaisses e charnockitos.

Podem apresentar tanto alta quanto baixa fertilidade natural; em áreas planas possuem
alto potencial para atividade agrícola. Quando com baixa fertilidade, a adoção de técnicas
de manejo como a correção da acidez do solo e a adubação de acordo com a necessidade
da cultura, pode-se obter boas produções.

Os NITOSSOLOS VERMELHOS Eutroférricos apresentam cores com matiz 2,5YR ou mais


vermelho na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA). Possuem

27
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saturação de bases alta (V >50%) e teores de óxidos de ferro de 15% a <36%. São solos de
alta fertilidade e altos teores de ferro.

Os nitossolos ocupam 44,44% da Bacia do Rio Alegria (Figura 04), correspondendo a


2.988,92 ha, conforme observado na Tabela 01. Nesta bacia, o nitossolo é representado
pela seguinte classe de solos: (i) NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico (NVef2).

i) NVef2 - NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico típico textura argilosa A moderado,


fase floresta tropical perenifólia relevo ondulado.

Os solos dessa classe ocupam 44,44% da área da bacia, que é equivalente a 2.988,92
ha; ocorrem em toda a porção central, em uma faixa alongada segundo a direção NW-
SE, acompanhando o curso do Rio Alegria, associado às rochas básicas extrusivas do
Membro Flor da Serra do Sul, pertencentes à Formação Barracão, e dos membros Santa
Quitéria e Toledo, da Formação Cascavel. Distribui-se em diferentes classes de relevo,
abrangendo declividades que variam entre plano e forte ondulado. Esta classe de solo
recobre toda a área da poligonal de pesquisa.

4.1.2.3 Neossolos

Os neossolos são compostos por material mineral ou material orgânico, pouco espessos,
com menos de 20 cm de espessura, não apresentando qualquer tipo de horizonte B
diagnóstico e que não apresentam alterações expressivas em relação ao material original
devido à baixa atuação dos processos pedogenéticos, seja por maior resistência do
material original ou demais fatores de formação (clima, relevo ou tempo). Apresentam
características herdadas do material originário e podem apresentar diversos tipos de
horizontes superficiais, incluindo o horizonte O com menos de 20 cm de espessura quando
sobrejacente a rocha, ou horizonte A húmico ou proeminente com mais de 50 cm quando
sobrejacente a camada R, C ou Cr (EMBRAPA, 2006).

São solos com baixo desenvolvimento in situ e podem apresentar alta ou baixa saturação
por bases, podem ser ácidos e com altos teores de alumínio e sódio, além de apresentar
permeabilidades altas ou baixas. Ocorrem nos mais diversos ambientes climáticos,
associados a relevos ondulados a montanhosos (muito movimentados) e também a áreas
planas sob influência do freático. São originados a partir dos mais diversos tipos de rochas,
que variam desde sedimentos aluviais até materiais provenientes da decomposição de
rochas cristalinas.

Podem apresentar tanto baixa quanto alta fertilidade natural. No segundo caso pode ter
alto potencial agrícola, quando em áreas planas e com maiores profundidades, apesar
disso também pode requerer a correção da acidez e de teores de alumínio. Quando possui
baixa fertilidade natural, a prática de técnicas de manejo adequadas, co mo a calagem e
a adubação, pode-se obter boas produções. Em geral, possuem saturação por bases alta
(V >50%) na maior parte dos primeiros 120 cm da superfície do solo ou até um contato
lítico. São solos com alta fertilidade natural.

Os NEOSSOLOS REGOLÍTICOS Eutróficos ocupam 8,15% da área total da bacia, ou 547,94


ha (Tabela 01), sendo representado pela classe (i) NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico
(RRe12).

28
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i) RRe12 - NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico associação de NEOSSOLO REGOLÍTICO


Eutrófico chernossólico, fase relevo forte ondulado e montanhoso, substrato
rochas eruptivas básicas + CHERNOSSOLO ARGILÚVICO Férrico saprolítico, relevo
forte ondulado, ambos fase pedregosa, floresta tropical subperenifól ia +
NITOSSOLO VERMELHO Distroférrico típico, A moderado, fase floresta tropical
perenifólia, relevo ondulado, todos textura argilosa.

Os solos desta associação ocorrem no norte da Bacia do Rio Alegria, essencialmente nos
associados às rochas básicas extrusivas da Formação Cascavel. Distribuem-se nas porções
mais dissecadas da bacia, majoritariamente em relevo ondulado com declividades
variando de 8 a 20% e menos frequentemente em relevo suave ondulado e forte ondulado,
com declividades entre 3 e 8% e 20-45%, respectivamente. Ocorrem numa faixa de
altitudes que variam de 330 a 250 m.s.n.m. No extremo sudeste da bacia ocorre uma
pequena mancha de Neossolo associada a um morrote situado no divisor de águas da bacia,
neste local a altitude varia entre 475 515 m.s.n.m. e o relevo é ondulado a forte
ondulado.

A distribuição destas classes pedológicas estão espacializadas no mapa da Figura 04,


enquanto que a relação das áreas abrangidas pelos diferentes tipo s de solo encontra-se
disposta na Tabela 01 abaixo.

Classes de Solos Sigla Área (ha) Área (%)


LVef1 2.150,51 31,97
LATOSSOLO VERMELHO Eutroférrico
LVef2 1.039,05 15,45
NITOSSOLO VERMELHO Eutroférrico NVef2 2.988,92 44,44
NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico RRe12 547,94 8,15
Área Total da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria: 6.726,4 (ha)
Tabela 01 Distribuição das classes pedológicas existentes na Bacia Hidrográfica do Rio Alegria

4.1.3 VEGETAÇÃO

Do ponto de vista fitogeográfico, a região pesquisada está inserida entre os domínios da


Floresta Estacional Semidecidual Montana e Submontana, classificadas anteriormente
como Florestas Subcaducifólias. Ocorrem em ambientes menos úmidos do que as floresta s
ombrófilas densas, ocupando regiões transicionais entre a zona úmida costeira e o
ambiente semi-árido. Os estratos mais altos desta formação vegetal apresentam porte de
aproximadamente 20 m, com queda parcial da folhagem no período seco. Quando situada
em áreas interioranas e de altimetria elevada, este tipo de vegetação recebe a

Este tipo de vegetação, geralmente se associa à argissolos e latossolos, ambos amarelos e


vermelho-amarelos, de baixa fertilidade. Nas áreas subtropicais é composta por
macrofanerófitos que recobrem solos basálticos eutróficos.

As principais espécies arbóreas presentes nesse tipo de vegetação são: Tabebuia


chrysotricha (Mart. ex DC.) Standley (pau-d`arco-amarelo), Cordia sp. (freijó),
Plathymenia foliolosa Benth. (amarelo), Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb (pau-
-roxo), Pithecolobium polycephalum Benth (camondongo) e Caesalpinia echinata
Lam. (pau-brasil).

29
p/ Missal-PR 786.000 792.000 798.000 PLANIMETRIA

£
¤277 Rodovia federal

¬
«
495
! ¬
«495 Rodovia estadual

Trilhas e caminhos
!

NVef2
RRe12 Rede de drenagem
!
!

Limite da bacia hidrográfica

RRe12 Área urbana

Poligonal ANM n° 826.205/2015

UNIDADES PEDOLÓGICAS
!

NVef8 !
NVef2
!

RRe12 LVef1 e LVef2 - LATOSSOLOS VERMELHOS Eutroférricos


LVef1
!

£
¤277
NVdf3 - NITOSSOLOS VERMELHOS Distroférricos
NVdf3
!

LVef1
!

NVef2 e NVef8 - NITOSSOLOS VERMELHOS Eutroférricos


LVef2
!
!
!

NVef2
LVef1
!
!
RRe12 RRe12 - NEOSSOLOS REGOLÍTICOS Eutróficos

µ
!

!
!
!
0 1,25 2,5 5
km
MEDIANEIRA
!

NVef2 1:100.000
!

datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S


LVef2
LVef2

¬
«
!

RRe12 495

NVef2
£
¤ 277
Figura 04 - Pedologia da bacia hidrográfica
NVef2 que abrange a área pesquisada
(fonte: EMBRAPA, 2007)
786.000 792.000 p/ Planalto-PR 798.000
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O critério estabelecido para diferenciar as formações montana e submontana é a altitude.


A floresta estacional semidecidual montana ocorre entre 600 e 2.000 de altitude enquanto
que a floresta estacional semidecidual submontan a está presente em altitudes que variam
entre 100 e 600 m sobre o nível do mar.

As ações antrópicas ocorridas ao longo do tempo na região alteraram a composição original


da floresta, portanto, restam na região apenas pequenos fragmentos da floresta estacional
semidecidual, que se concentram principalmente em regiões inacessíveis ou de permeio
a grandes culturas; o restante, são espaços ocupados com culturas temporárias e/ou
permanentes além de pastagens.

Na bacia do Rio Alegria restaram somente fragmentos e corredores de vegetação primária,


que se concentram principalmente ao longo dos cursos de água e em regiões de
declividade acentuada. No interior da poligonal pesquisada predominam áreas
urbanizadas, com pequenas concentrações de vegetação arbórea ao lo ngo do Rio Alegria
e seus afluentes, ocorrendo

O aspecto devastado da cobertura vegetal é evidenciado pelo Mapa de Uso do Solo (Mapa
V), onde as áreas agrícolas representam 55,29% da área da bacia do Rio Alegria em enfoque
e a ela somam-se as áreas urbanizadas com 18,35%. As áreas correspondentes a florestas
ciliar e secundárias (capoeirões) representam apenas 16,28% da área total da bacia, sendo
seguidas das áreas de pastagens e campos com 8,54%. Em menor proporção ocorrem as
áreas de servidão, incluindo rodovias e estradas, com 0,85%, áreas edificadas, com 0,29%,
áreas de reflorestamento com 0,33% e , contando com 0,08%.

4.2 - CONTEXTO GEOLÓGICO

4.2.1 GEOLOGIA REGIONAL

O arcabouço geológico regional no qual se insere a Bacia Hidrográfica do Rio Alegria e a


área do empreendimento está representado pelas rochas ígneas efusivas básicas da Bacia
Vulcano-Sedimentar do Paraná, pertencentes ao Grupo Serra Geral (Figura 05A).

As rochas do Grupo Serra Geral, que constituem o interesse imediato do presente


relatório, serão descritas mais detalhadamente no item 5.1 GEOLOGIA DA ÁREA, do
Capítulo 5, enquanto nesta seção serão abordadas a litoestratigrafia e a tectônica da Bacia
Vulcano-Sedimentar do Paraná.

4.2.1.1 Bacia Vulcano-Sedimentar do Paraná

Segundo Schneider et alli (1974), a Bacia do Paraná é tema de estudo desde o trabalho
realizado por White em 1908, quando foi proposta a primeira coluna estratigráfica para a
Bacia. Contudo, sua estratigrafia e evolução ainda continuam bastante discutidas no meio
geológico, existindo dezenas de colunas estratigráficas diferentes (Milani et alli, 1994).

A Bacia do Paraná, inclui uma vasta região de sedimentação situada na porção centro
oriental da América do Sul que abrange uma área de aproximadamente 1,5 milhão de km²
(Figura 05B). Desenvolveu-se durante o Paleozoico e Mesozoico, compreendendo um
registro estratigráfico temporalmente posicionado entre o Neo -Ordovinciano e o Neo-
Cretáceo, concernente a um período de quase 400 milhões de anos (Milani & Ramos, 1998).

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Seu contorno atual é erosivo, e as diferenças nos padrões de erosão de seus flancos, são
referentes à história geotectônica do continente durante sua formação.

Figura 05A Contexto geológico regional e localização da área pesquisada (em verde)
(fonte: MINEROPAR, 2013)

Para entender a evolução tectono -estratigráfica da bacia, é preciso entender a


estruturação de seu embasamento. De acordo com Zalán et alli (1987) o Gondwana
começou sua formação durante o ciclo Brasiliano, no Proterozoico Superior, com a
colagem de núcleos cratônicos granulíticos e cinturões de dobramentos resultados das
deformações de bacias de ante-país; posteriormente, sobre esse substrato, veio a ser
depositado as sequências sedimentares da Bacia do Paraná; o embasamento, então, é
subdividido em vários blocos e sub-blocos delimitados por zonas de fraqueza que
representam as falhas das zonas de colagem dos terrenos que formaram o substrato
gondwânico.

Cordani et alli (1984) estudaram em detalhe o embasamento da Bacia do Paraná através


de poços que amostraram a sequência pré -siluriana; dessa maneira, foi levantada a
hipótese de um núcleo cratônico no centro da bacia que estaria rodeado por faixas móveis
(Bloco Paranapanema).

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Figura 05B Mapa de localização da Bacia Sedimentar do Paraná na América do Sul


(fonte: adaptado de Zalán et alli, 1987)

Zalán et alli (1990) através de levantamentos geofísicos eletromagnéticos, estudou o


arcabouço estrutural da Bacia do Paraná, revelando grandes lineamentos que
condicionaram a evolução tectono -estratigráfica da bacia. Zálan et alli (1987) e Rostirola
et alli (2003) apontam que tais lineamentos seriam os principais mecanismos de dissipação
de tensões intraplaca durante as orogenias ocorridas nas bordas meridionais. Portanto, a
atividade tectônica estava restrita a essas reativações de falhas do embasamento como
uma forma de alívio que ocorria por meio da movimentação dos blocos ao longo delas,
seja na vertical ou na horizontal (Zalán et alli, 1987). A Figura 05C representa os
principais lineamentos da Bacia do Paraná.

Tanto Rostirola et alli (2003) quanto Zalán et alli (1987) concordam que os lineamentos
NE-SW foram formados quando da amalgamação do Gondwana, podendo ser reflexos de
falhas simples ou extensas zonas de falhas como a Falha do Perimbó e a Falha da Lancinha -
Cubatão.

33
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Mapa do Arcabouço Estrutural da Bacia do Paraná


A bacia é dominada por elementos tectônicos lineares
que se orientam em três direções principais: NW-SE,
NE-SW e E-W. Apenas os mais importantes são
mostrados aqui. Com direção NW-SE: 1 Arco do Alto
Paranaíba, 2 Flexura de Goiânia, 3 Baixo
Ipiaçú/Campina Verde, 4 Alto de Cardoso, 5 Zona de
Falha Guapiara, 6 Falha de Santo Anastasio, 7 Falha
de São Gerônimo/Curiúva, 8 Arco de Ponta Grossa, 9
Zona de Falha Curitiba/Maringá, 10 Falha do Rio
Alonzo, 11 Zona de Falha Cândido de Abreu/Campo
Mourão, 12 Lineamento Alto Piquiri, 13 Zona de
Falha Caçador, 14 Sinclinal de Torres, 15 Arco do
Rio Grande. Com direção NE-SW: 16 Zona de Falha
Transbrasiliano, 17 Lineamento de Araçatuba, 18
Falha de Guaxupé, 19 Falha de Jacutinga, 20 Zona
de Falha Taxaquara, 21 Zona de Falha
Lancinha/Cubatão, 22 Zona de Falha
Blumenau/Soledade, 23 Falha do Leão, 24 Falha do
Açotea. Com direção E-W: 25 Lineamento de
Cassilândia, 26 Lineamento de Moji-Guaçu/Dourado,
27 Lineamento de São Sebastião, 28 Lineamento de
Taquara Verde, 29 Lineamento de Bento Gonçalves.
As únicas estruturas importantes com direção N-S: 30
Arco de Assunção e 31 Domo do Araguaia.

Figura 05C - Principais lineamentos encontrados na Bacia do Paraná


(fonte: Zalán et alli, 1987)

Quanto aos lineamentos com tendência NW-SE, não se têm certeza quanto a sua origem.
Zalán et alli (1987) aventam a possibilidade de eles serem ainda mais antigos que os
lineamentos NE-SW, ligados à origem de terrenos arqueanos. Esses lineamentos também
estão ligados a importantes estruturas da bacia como o Arco de Ponta Grossa, a Zona de
Falhas Guapiara e a Zona de Falhas Caçador, além de estarem intrudidas de diques
sugerindo forte reativação durante a quebra do Gondwana, o que não ocorre com os
lineamentos NE.

Em função de aspectos inerentes a seu posicionamento geotectônico atual e a suas


características tectono-sedimentares, é considerada uma típica bacia intracratônica
(Milani et alli, 1998). Sua evolução tectono-estratigráfica foi concomitante com o
desenvolvimento de cinturões colisionais ativos adjacentes, cuja geodinâmica controlava
os espaços de acomodação gerados na área intracratônica, durante as orogenias (Milani et
alli, 2007). Milani et alli (1998) e Milani et alli (2007) assumem que a flexura litosférica
ocasionada por sobrecarga tectônica e propagada continente adentro a partir da calha de
antepaís, desenvolvida na porção ocidental do Gondwana , teria sido um importante
mecanismo de subsidência durante a evolução da Bacia do Paraná. A interpretação de
Milani (1997) define que a origem da bacia estaria relacionada às zonas de fraqueza do
embasamento reativadas durante a Orogenia Ocloyica (Neo-Ordoviciano), sob esforços
compressivos que geraram espaço de acomodação e assim se depositou a primeira

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supersequência, a Rio Ivaí, com o topo assinalado pela discordância Neossiluriana (Milani
et alli, 2007). Em contraste, Zalán et alli (1990) assume outra interpretação para a origem
e evolução da bacia que estaria relacionada à implantação da sinéclise originada a partir
da contração térmica anterior aos fenômenos tectono -magmáticos do Ciclo Brasiliano. As
visões de Milani (1997) e Zalán et alli (1987, 1990) se diferenciam no sentido que os
autores assumem papeis diferentes das atividades tectônicas orogênicas na formação da
Bacia do Paraná. Para Milani (1997), o ápice da subsidência de cada ciclo de sedimentação
deve ter coincidido com o ápice de cada evento orogenético associado, enquanto os
processos de soerguimento e erosão da sequência sedimentar devem ter ocorrido nos
momentos entre os eventos orogenéticos, com menor atividade tectônica na bacia. Já
para Zalán et alli (1987, 1990), os episódios orogenéticos nas margens do continente
estariam relacionados ao soerguimento, e consequente erosão, do pacote sedimentar.

Ainda, segundo Zalán et alli (1987) não é possível comprovar a existência de um rift
central que pudesse ter causado o início da deposição da sequência mais antiga da bacia.
No entanto, estudos geofísicos efetuados por Marques et alli (1993) registraram anomalias
gravimétricas e magnetométricas de direção NE -SW marcando toda a bacia, relacionados
a uma estruturação antiga do embasamento. Também foi detectado um padrão NE -SW
com dados de sísmica de reflexão que levantou a hipótese sobre um rift central localizado
no centro da bacia. De acordo com Milani et alli (1998) um material ígneo paleozoico, o
-
Siluriano.

Quintas et alli (1999), assim como Zalán et alli (1987) e Vail et alli (1977), apontam todas
as formações que compõem o conteúdo vulcano -sedimentar da Bacia do Paraná . Estas se
enquadram em cinco sequências que são denominadas da seguinte forma: Ordovicio-
Siluriana, Devoniana, Permo-Carbonífera, Triássica e Juro-Cretácea. De acordo Milani
(1997), essas supersequências podem ser nomeadas como: Rio Ivaí (Ordoviciano -
Siluriano), Paraná (Devoniano), Gondwana I (Carbonífero - Eotriássico), Gondwana II (Meso
a Neotriássico), Gondwana III (Neojurássico -Eocretáceo) e Bauru (Neocretáceo). Em ambos
os casos, as sequências representam algumas dezenas de milhões de anos de registro
sedimentar e encontram-se separadas por hiatos deposicionais de grandeza temporal
semelhante.

De acordo com Vail et alli (1977), as três primeiras sequências refletem ciclos bem
marcados de transgressão e regressão possibilitados pela incursão marinha na Bacia do
Paraná durante o Paleozoico. Já as últimas três correspondem a um registro sedimentar
continental, com rochas ígneas associadas.

Milani (1997) considera que os ciclos de subsidência que possibilitaram a deposição de


cada supersequência são resultado direto de um controle tectônico regional. Ao longo da
história da bacia, os picos de atividades dos lineamentos NW e NE nunca coincidiram, de
modo que quando um se encontrava ativo o outro permanecia inativo (Zalán et alli, 1987).
Os picos alternantes de atividade dessas falhas, são devido à diferentes campos de
esforços atuantes durante as colisões. Essas reativações foram recorrentes ao longo da
evolução da bacia, de modo que elas condicionavam fortemente a sedimentação
controlando a disposição de seus depocentros, altos bacinais e distribuição de fácies.
Quintas et alli (1999), apontam ainda, que a sequência que contém as maiores
sedimentações corresponde ao início das sequências Siluro-Ordoviciana e Permo-
Carbonífera, o que caracteriza um tectonismo distensivo neste período.

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4.2.1.2 Arranjo Crono-Litoestratigráfico do Mesozoico-Cenozoico

Os litotipos presentes na bacia do Rio Alegria inserem-se, principalmente, no contexto das


rochas formadas durante o Mesozoico e, secundariamente, durante o Cenozoico, como
pode ser visto no Mapa III.

O registro Cenozoico compreende os depósitos sedimentares quaternários, associados a


processos fluviais e gravitacionais, estando presentes próximos às calhas e confluências
de grandes rios e no sopé de vertentes, respectivamente.

Já o registro Mesozoico compreende a Supersequência Gondwana III, denominada como


Sequência Jurássica- , na concepção de Milani et alli (1994), correspondendo
ao intervalo estratigráfico da Bacia do Paraná em que se posicionam as rochas da
Formação Botucatu e do Grupo Serra Geral (Milani & Melo, 2007). Suas rochas continentais
são representadas dominantemente por fácies eólicas da Formação Botucatu que é
composta por arenitos médios a finos, avermelhados, bem selecionados com
estratificações cruzadas tangenciais. Junto ao topo, geralmente intercalado com as rochas
do Grupo Serra Geral, ocorrem fácies lacustres, como ritmitos. O vulcanismo fissural
proveniente do rompimento do PANGEA e consequente abertura do Oceano Atlântico,
constituiu uma ampla província magmática que define a maior manifestação ígnea não
oceânica durante o Fanerozoico, e que constitui a Província Magmática Serra Geral. Na
Bacia do Paraná, este evento traduziu -se como uma espessa cobertura de lavas com uma
intrincada rede de diques cortando toda a seção sedimentar e múltiplos níveis de soleiras
intrudidas segundo os planos de estratificação das rocha s Paleozoicas (Milani & Melo,
2007). Ela é composta, em geral, por basaltos toleíticos, andesito -basaltos e
subordinadamente riolitos e riodacitos.

4.2.1.2.1 Depósitos Sedimentares Quaternários

Atualmente, os processos de entalhamento de depósitos recentes e de escavação do


substrato basáltico pela rede de drenagem, indicam uma fase de rebaixamento do nível
de base associada a um soerguimento generalizado na região, havendo predomínio dos
processos erosivos e de transporte sobre a sedimentação (Dehira, 1981).

Os sedimentos quaternários, de origem fluvial e gravitacional, estão representados na


região pelos depósitos aluvionares associados à rede de drenagem, de constituição
basicamente areno-argilosa. Estes depósitos se concentram principalmente junto de
meandros de drenagens maiores ou ainda na confluência das mesmas, na área estes
depósitos estão localizados em regiões que ocorre o espraiamento da calha do Rio Alegria,
estando concentrados nas porções mais baixas da bacia, na região noroeste . Depósitos de
tálus, são representados por sedimentos imaturos e heterogêneos associados à
movimentos gravitacionais de encosta, formados por blocos, seixos, calhaus e grânulos
sem estruturação e cimentados por matriz areno -argilosa, entretanto estes não foram
cartografados ao longo da bacia.

4.2.1.2.2 Grupo Serra Geral

-horizontais,
formado por basaltos vítreos, maciços e amigdaloidais, de composição essencialmente
toleítica e, subordinadamente andesítica -riolítica. Em geral são rochas muito fraturadas,
de coloração marrom, roxa, cinza e verde escura; texturalmente predominam os tipos

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afaníticos a faneríticos muito finos, sendo as estruturas mais comumente encontradas a


maciça, a de fluxo e a vesicular-amigdaloide. A mineralogia essencial é formada por
plagioclásio e piroxênio, compondo cerca de 70 a 90% do volume total da rocha; os
minerais secundários estão representados por clorita, serpentina, quartzo, calcita,
magnetita, ilmenita e sulfetos.

O intenso vulcanismo gerador destas rochas, ocorrido na Era Mesozoica (Juro- Cretáceo),
desenvolveu-se através de inúmeros derrames de lavas sucessivos que ascenderam à
superfície através de grandes planos de descontinuidade crustal. Tal magmatismo recobre
atualmente cerca de 1.200.000 km², distribuídos pelos estados do sul -sudeste do Brasil,
noroeste do Uruguai, nordeste da Argentina e sudeste do Paraguai. A espessura máxima
verificada em sondagens chega a atingir até cerca de 1.500 - 2.000 m (região de Pres.
Epitácio-SP e noroeste do Paraná), tornando-se mais delgadas no limite entre o R.G. do
Sul e Uruguai - Argentina, onde a espessura dos derrames não ultrapassa 50 m.

De modo geral, os derrames apresentam um conjunto de estruturas de fluxo e de


resfriamento, reconhecidos pela repetição de zonas vítreas e de degaseificação
(MINEROPAR, 1992). Na base de cada derrame ocorre a zona vítrea gerada pelo rápido
resfriamento da lava. Uma vez meteorizada, esta zona é transformada em camadas
argilosas de espessura variável. Na parte central, os derrames exibem dois tipos de
fraturas de resfriamento: o primeiro é constituído por fraturas paralelas a base e ao topo
de cada derrame; o segundo representa fraturas verticais, cuja intersecção dos vários
planos dá origem às estruturas colunares com base hexagonal e tetragonal, denominadas
de "disjunção colunar". A porção superior do derrame caracteriza -se pela ocorrência de
amígdalas e vesículas, gerando a zona de degaseificação, com espessura e continuidade
laterais bastante variáveis. Nesta zona, os vacúolos podem se encontrar vazios (vesículas)
ou preenchidos por minerais secundários (amígdalas), como zeólitas, calcita, argilo -
minerais e outros.

Segundo MINEROPAR (2013) ocorrem, intercalados aos derrames basálticos, níveis e lentes
de litotipos de origem sedimentar e vulcanossedimentar, como siltitos, arenitos, tufos,
hidrotufos, brechas, brechas hidrovulcanoclásticas, brechas de fluxo e brechas
peperíticas.

As rochas vulcânicas do Grupo Serra Geral têm sido classificadas em função da composição
química, mineralógica e petrográfica. A utilização do diagrama de classificação de De La
Roche et alli (1980) discrimina vários litotipos vulcânicos: basaltos -toleíticos, andesi-
basaltos e andesitos (campo toleítico); basaltos transic ionais, latibasaltos e latiandesitos
(campo transicional) e rochas ácidas classificadas como riolitos e riodacitos. Piccirillo &
Melfi (1988) distinguiram duas suítes toleíticas principais com base no teor de TiO 2: (a)
Suíte de baixo TiO 2 (< 2% em peso), apresentando também empobrecimento em P, Sr, Ba,
La, Ce, Zr e Y, relativamente à suíte B; (b) Suíte de alto TiO 2 (> 2% em peso) e
enriquecimento em elementos incompatíveis (Rb, Th e U) e maior razão álcalis/sílica. Da
mesma forma, para as rochas ácidas foram individualizadas duas suítes: (a) Vulcânicas
Ácidas Chapecó, com alto conteúdo em Ti, P, Ba, La, Ce e Zr; (b) Vulcânicas Ácidas Palmas

Em 2013, a MINEROPAR propôs a elevação da Formação Serra Geral para a categoria de


Grupo, denominando-o de Grupo Serra Geral, composto por quatro formações, a saber: (i)
Formação Covó (Membros Guarapuava e Palmas), (ii) Formação Candói (Membros Ivaiporã,
General Carneiro, Chopinzinho, Foz do Areia e T rês Pinheiros), (iii) Formação Barracão

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(Membros Salgado Filho, Cantagalo e Flor da Serra do Sul) e (iv) Formação Cascavel
(Membros Foz do Iguaçu, Santa Quitéria e Toledo). Os basaltos ocorrentes na área do
empreendimento podem ser correlacionados à Formação Barracão, Membro Salgado Filho
e Formação Cascavel, Membro Toledo e Membro Santa Quitéria.

i) Formação Covó
Esta unidade representa o topo da sequência vulcano -sedimentar Serra Geral e é composta
principalmente por riodacitos porfiríticos, andesitos, tra quidacitos, dacitos, riolitos e
vitrófiros.

A Formação Covó é subdividida em dois membros, a saber, Membro Palmas e Membro


Guarapuava. Esta associação é interpretada por alguns autores como sendo um depósito
de ignimbrito reomórfico, enquanto outros a in terpretam como conjunto de derrames de
lavas ácidas.

Membro Guarapuava: ocorrente na porção centro -sul do estado do Paraná, o


Membro Guarapuava sustenta o planalto de Palmas/Guarapuava e é composto por
uma sequência vulcânica homogênea com cerca de 60 a 90 metros de espessura.
São comuns riodacitos porfiríticos de coloração cinza esverdeada, estrutura
variando de maciça a bandada e raramente vesicular, outra característica comum
destes riodacitos é o fraturamento em cunha, subordinadamente ocorrem porções
brechadas com fragmentos subarredondados de andesito. Na base dos riodacitos
estão presentes vitrófiros e brechas de fluxo.
Membro Palmas: aflora na porção sul do estado do Paraná e é constituído
por riolitos principalmente, a espessura local deste litotipo varia entre 80 e 120
metros aproximadamente.

O Membro Palmas é formado por quatro variedades estruturais de riolito: riolito


maciço (fanerítico e fanerítico porfirítico); riolito bandado, riolito laminado e
riolito vesicular, sendo o riolito laminado o mais presente desta unidade. Estas
diferenças estruturais representam diferentes processos de acumulação.

ii) Formação Candói


A Formação Candói aflora na borda leste do Terceiro Planalto Paranaense e é composta
basicamente por derrames tabulares de basalto maciço de coloração cinza a cinza
esverdeada. São comuns nesta unidade lobos vesiculares, brechas hidrovulcanoclásticas e
intercalações sedimentares.

De acordo com suas características litológicas e estruturais, esta unidade foi subdividida
em cinco (5) membros, a saber, Membro Ivaiporã, Membro General Carneiro, Membro
Chopinzinho, Membro Foz do Areia e Membro Três Pinheiros.

Membro Ivaiporã: ocorre aflorante na borda leste do Terceiro Planalto, atingindo


cerca de 420 m de espessura aparente. Tem como características principais a
presença de lobos métricos a centimétricos sem intercalação de rochas
sedimentares, estrutura maciça fanerítica e quigranular fina a grossa,
predominantemente cinza escuro, zonas vesiculares nos topos de derrame, lentes
vítreas milimétricas, e disjunções quadrática e poliédrica.

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Membro General Carneiro: aflorando no extremo sul da área de exposição do


Grupo Serra Geral no Paraná, esta unidade apresenta espessura aparente de 330
m. As litologias desta unidade são similares às descritas para o Membro Ivaiporã,
tendo recebido outra designação apenas por não haver, atualmente, continuidade
física entre estes dois membros.

Membro Chopinzinho: este membro situa-se na porção sul/sudoeste do estado


do Paraná e possui cerca de 320 m de espessura. A sequência vulcânica desta
unidade compreende derrames lobados intercalados a derrames tabulares mais
espessos, isoladamente ocorrem níveis de brecha vulcanoclástica. O basalto possui
estrutura maciça fanerítica fina, coloração cinza esverdeado, zona vesicular pouco
desenvolvida, estrutura de fluxo formada por níveis vítreos milimétricos e disjunção
quadrática.

Membro Foz do Areia: esta unidade encontra-se exposta na porção sul/centro-


sul do Paraná e possui espessura aparente de 800 m. Tem como características
marcantes a presença de derrames tabulares e espessos de basalto maciço de
coloração cinza escuro e cinza claro, com entablamento sigmoidal. São co muns
pegmatitos e zonas vesiculares com preenchimento de quartzo, calcita e zeólita.

Membro Três Pinheiros: aflora em uma faixa moderadamente contínua de


direção N45°E, na porção sudeste da área exposta do Grupo Serra Geral. Este
membro é composto por duas litologias, aqui descritas do topo para a base:
derrames tabulares e delgados de basalto hipohialino, com entablamento em leque
e em bloco; e derrames tabulares espessos de basalto fanerítico com disjunção
colunar.

iii) Formação Barracão

A Formação Barracão é constituída por extensos e espessos derrames lobados que ocorrem
intercalados à abundantes brechas vulcanoclásticas e sedimentos terrígenos. Esta unidade
é aflorante em terrenos acidentados localizados nas porções central e sudoeste do
Terceiro Planalto Paranaense.

As proporções entre os derrames basálticos vesiculares e as rochas vulcanoclásticas e


sedimentares se equivalem em volume, porém a distribuição destes litotipos permite a
divisão da Formação Barracão em três membros, são eles: Membro Salgado Filho, Membro
Cantagalo e Membro Flor da Serra do Sul.

A abundância de sedimentos terrígenos nesta unidade pode ser explicada por uma fase
pré-rifte, onde os processos de erosão e sedimentação predominam ou competem com os
vulcânicos, porém esta associação pode representar o fechamento de um ciclo vulcânico -
sedimentar. Somente estudos mais detalhados e determinação de idades absolutas,
utilizando métodos precisos, podem resolver esta equação.

Membro Salgado Filho: aflorante no extremo sudoeste paranaense, é


constituído por uma sequência de derrames lobados com abundantes intercalações
de brechas hidrovulcanoclásticas, menos abundantemente brechas de fluxo e
hidrotufos. Em grande parte dos afloramentos, os lobos de basalto vesicular
apresentam seção lenticular, mesmo nas porções mais espessas em que a estrutura
da rocha se torna maciça. As cores cinza -avermelhada e vermelho-acinzentada,

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indicativas de oxidação na origem, são extensivas e típicas desta subunidade. É a


sequência que exibe a maior quantidade de níveis de brecha hidrovulcanoclástica
entre as subunidades do Grupo Serra Geral, no território do Paraná.

Membro Cantagalo: este membro aflora na porção central do Grupo Serra Geral.
Ocupando uma área de cerca de 12.000 km², conta com uma espessura aparente
de 300 m.

É caracterizado pela associação de derrames lobados, ricos em zonas vesiculares e


com abundantes brechas de topo, recobertos por níveis de brecha
hidrovulcanoclástica e hidrotufo avermelhado. Quando comparado ao Mb. Salgado
Filho, possui menor continuidade lateral de brechas e hidrotufos e lobos menos
espessos.

Membro Flor da Serra do Sul: ocorre exposto ao sul e oeste do estado do Paraná
e sua espessura não ultrapassa os 40 metros. É formado pela superposição de dois
a quatro derrames tabulares intercalados a níveis métricos de brecha
hidrovulcanoclástica.

O basalto representa cerca de 95% da espessura desta sequência, os 5% restantes


são constituídos por intercalações vulcanoclásticas e sedimentares. Característica
marcante das rochas desta unidade é uma feição estrutural típica denominada de
entablamento em cunha.

iv) Formação Cascavel

A Formação Cascavel se estende para oeste até a calha do rio Paraná e para sul até a calha
do rio Iguaçu, limitando-se a norte pela área de exposição da Formação Caiuá. A descrição
de afloramentos da região favorece a montagem de uma seção contínua que demonstra
uma espessura de aproximadamente 675 metros. Esta Formação consti tui a unidade basal
do Grupo Serra Geral e é subdividida em três membros:

Membro Foz do Iguaçu: sequência vulcânica basal constituída por lobos


tabulares de basalto maciço, cinza escuro, com vesiculação de topo crescente da
base ao topo. Na porção superior da unidade ocorrem intercalações
vulcanoclásticas e sedimentares.

Membro Santa Quitéria: trata-se de uma sequência intermediária de derrames


lobados e lobos tabulares de basalto maciço com zona vesicular de topo pouco
desenvolvida e disjunções colunares simples, intercalados à níveis de brecha
hidrovulcanoclástica associados a lâminas de hidrotufo , esta unidade apresenta em
média 140 m de espessura total.

Membro Toledo: sequência de topo com espessura de aproximadamente 380 m


de derrames tabulares de basalto maciço com vesículas irregulares de topo,
também ocorrem intercalações abundantes de lobo s vesiculares e
subordinadamente são observados níveis peperíticos e sedimentares entre os
derrames.

40
784.000 788.000 792.000 796.000

MAPAS DE SITUAÇÃO LEGENDA


p/ Missal-PR -54° -51° 54°5'50"W PLANIMETRIA
Missal Ramilândia Rede de drenagem perene Rodovia federal (BR-277)

Rede de drenagem intermitente Rodovia estadual (PR-495)


MS SP
Corpos d'água Acessos secundários

Limite municipal Trilhas e caminhos


L.T.
PG-05 Área urbanizada Linha de transmissão
Qa P PARANÁ Medianeira
A . Localidades Edificações
R
Poligonal ANM n° 826.205/2015 Bacia Hidrográfica do Rio Alegria
Medianeira

PG-04
Curitiba
E
! Poço tubular profundo - Fonte IPÊ

JKsgct
!
A
R
G GEOLOGIA
SC
Serranópolis
do Iguaçu Afloramento descrito Ì sb Pedreira ativa de saibro
!
. São Bernardo
54°5'50"W Perfil geológico Lineamentos (falhas e fraturas)

JKsgct
WSW ENE
LITOESTRATIGRAFIA
(m)
Perfil Geológico A-A' 0 250 500 1.000
A A'
PG-03 400
PG-08 (m) CENOZOICO
350
0

!
.
¬
«
A' 495 !

300
250
50
QUATERNÁRIO

Assentamento Sávio (m) 100


PG-07 150
Qa
3.240 m
Qa
(m)
SW 200 NE Depósitos Aluvionares: Sedimentos inconsolidados compostos por argila, silte, areias e cascalho
B Perfil Geológico B-B' B'
450
A
!
JKsgcs
! !
400 MESOZOICO
PG-02 350
PG-06
300
JURÁSSICO-CRETÁCEO
!

JKsgct 250
4.870 m Super Grupo São Bento - Grupo Serra Geral

PG-01 SSW NNE


(m)
C Perfil Geológico C-C' C' Formação Barracão
350
. Linha Alegria
! Polig. ANM n°
JKsgcs 300 826.205/2015 JKsgbf
!

250 E
!

200 Membro Flor da Serra do Sul (JKsgbf): Intercalação de derrames tabulares de ferro basalto cinza arroxeado a esverdeado
150 e brecha hidrovulcanoclástica. O basalto é cinza-médio, maciço, de granulação fina a muito fina, textura fanerítica
3.660 m equigranular e composto por plagiocl ásio, piroxênio e traços de magnetita. Quando intemperizado apresenta uma
PG-11 fina capa de alteração de cor castanho-claro e esfoliação esferoidal
p/ Cascavel-PR
Formação Cascavel

! JKsgcs

B' Membro Santa Quitéria (JKsgcs): Intercalação de derrames lobados de basalto vesicular com abundantes brechas
£
¤277 de fluxo, brecha hidrovulcanoclástica, arenito conglomerático e hidrotufo. O basalto é cinza-médio a cinza esverdeado,
geralmente maciço, textura predominantemente fanerítica equigranular de granulação fina a muito fina e subordinadamente
afanítico; composto por plagioclásio, piroxênio e traços de magnetita. Quando vesicular ou amigdaloidal, as cavidades
PG-10 possuem diâmetro milimétrico a decimétrico, apresentam formato arredondado e em alguns casos lenticulares, preenchidas
JKsgcs C' ETE SANEPAR
!
. por calcedônia, quartzo e celadonita. As fraturas são em cunha ou conchoidal, podendo em alguns casos apresentarem
. Linha Salvador
!
!

JKsgbf JKsgbf Sub-estação COPEL !


. formato curvilíneo indicando fluxo; quando abertas podem ser preenchidas por calcita

JKsgct
JKsgbf PG-12

Membro Toledo (JKsgct): Derrames tabulares de ferro-basalto cinza-arroxeado com entablamento em cunha, sigmoidal e
Poligonal ANM disjunção mais comumente tetragonal, intercalados a brecha hidrovulcanocl ástica, hidrotufo e lobos de basalto cinza. O
!
. B n° 826.205/2015 basalto é geralmente cinza-médio, podendo ocorrer exemplares em tons arroxeados ou acastanhados; possui estrutura
Linha Nossa Sra. da Saúde PG-09 maciça, com textura fanerítica fina a muito fina e subordinadamente afanítica. Composto por plagioclásio, piroxênio e traços
JKsgcs
de magnetita. Nos topos dos derrames ocorrem amígdalas milimétricas, arredondadas ou lenticulares preenchidas por
E
! calcedônia e revestidas por celadonita. Quando intemperizado apresenta uma capa de altera ção cinza-amarelada de
espessura milimétrica. Localmente observam-se exemplares de brechas com fragmentos tabulares centim étricos, angulosos
e orientados de basalto esbranquiçado em meio a matriz de basalto afanítico avermelhado
JKsgbf
!

MEDIANEIRA JKsgbf

!
.
Morro Nossa Sra. da Salete

JKsgbf
fonte: Modificado de MINEROPAR (2013)

RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA

µ
!

DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/2021)


E CONVERGÊNCIA MERIDIANA DO
CENTRO DA FOLHA
(Medianeira, 1: 25.000; DSG, 1998) MAPA GEOLÓGICO DA BACIA DO RIO ALEGRIA
NG NQ
NM Local: Município: Estado: Data: Mapa:
!

III
Bairro Ipê Medianeira Paraná AGO/2021
-17°08' Ì sb
-1°15'21" Escala Horizontal: 1:45.000 Substância: Escala: Proc. ANM n°: Área:

0 0,5 1 2
Água Mineral 1:45.000 48413.826205/2015-87 35,98 ha
km
Titular: Resp. Técnico:
¬
«
!

datum: SIRGAS 2000 495


Zona UTM 21S !
. Colônia Murado
A DECLINAÇÃO MAGNÉTICA CRESCE p/ Serranópolis do Iguaçu-PR
- 00° 07' 00'' ANUALMENTE JOSSEMAR BIBERG José Roberto de Góis
CPF: 016.929.829-90 Geólogo - CREA-PR: 15.555/D
784.000 788.000 792.000 796.000
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4.3 - HIDROMETEOROLOGIA

4.3.1 CLIMA

Quanto ao clima observa-se que a área e região estão sob o domínio do tipo climático Cfa,
da classificação de W. Köeppen, já na transição para o tipo Cfb (Figura 06), onde:

C = clima mesotérmico, onde a temperatura média do mês mais frio fica abaixo de 180C;
Cf = clima subtropical úmido sem estação seca;
Cfa = com verão quente, onde a temperatura do mês mais quente fica acima de 220C.

Segundo a classificação de Köeppen, o tipo climático Cfa apresenta aproximadamente


precipitação média anual entre 1.400 mm e 2.000 mm e temperaturas médias anuais
oscilando entre 20ºC e 23ºC. Estes valores são compatíveis com os fornecidos pela s
estações meteorológicas de Foz do Iguaçu (período 2008-2020) do INMET, e São Miguel do
Iguaçu (período 1983-1997) do IAPAR, com série histórica de 12 e 14 anos,
respectivamente.

Os dados coletados das referidas estações subsidiaram as considerações acerca da


caracterização climática regional, e encontram -se listados nos Quadros 01 e 02, e
espacializados nos gráficos das Figuras 07 e 08. Já a localização das estações
meteorológicas pode ser observada no Mapa IV.

Figura 06 Mapa de classificação climática para o Estado do Paraná, situando a área (em
vermelho) no tipo climático Cfa e Cfb, na porção oeste do Estado
(fonte: ITCG, 2008)

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Quadro 01 Médias e dados estatísticos de precipitação, temperatura e umidade relativa do ar


obtidas de dados da estação meteorológica de Foz do Iguaçu (A846) - INMET (período de 12 anos)

Quadro 02 Médias e dados estatísticos de precipitação, temperatura e umidade relativa do ar


obtidas de dados da estação meteorológica de São Miguel do Iguaçu (Código 02554026) - IAPAR
(período de 14 anos)

a) Pluviometria

De maneira geral, a distribuição anual de chuvas apresenta-se diferença considerável de


precipitação dentre as estações analisadas. O total mensal de precipitação para a estação
meteorológica de Foz do Iguaçu é em torno de 1.450 mm, enquanto que na estação de São
Miguel do Oeste fica na casa dos 1.830 mm, ou seja, uma diferença de aproximadamente
380 mm. Quanto as médias mensais, o mês de outubro apresentou o maior volume de
chuva, com 197,38 mm na estação de Foz do Iguaçu e 227,60 mm na estação de São Miguel
do Iguaçu; já o menor índice foi observado no mês de agosto na estação de Foz do Iguaçu,
com 62,22 mm e em julho na estação de São Miguel do Iguaçu, com 99,70 mm.

Com relação ao número de dias de chuva, os dados revelam uma média anual de 117 dias
na estação de São Miguel do Iguaçu, sendo os dias chuvosos bem distribuídos ao longo do
ano. Não obstante, dentre os 14 anos da série histórica da estação de São Miguel do Iguaçu ,
os anos de 1984 e 1997 obtiveram os maiores índices registrados em 24h, no mês de
dezembro, totalizando 158 mm e no mês de maio, com 156,60 mm, respectivamente. Já

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na estação de Foz do Iguaçu, com série histórica de 12 anos, a máxima registrada foi em
dezembro de 2017, com precipitação de 116,80 mm em 24h.

A umidade do ar apresentou uma distribuição anual sem grandes picos nas duas estações,
obtendo sua máxima concentração (81%) em junho e julho na estação de Francisco
Beltrão, e a mínima (64%) em agosto, na estação de Planalto. Da mesma forma ocorre com
a evaporação, onde o maior índice ocorreu no mês de novembro (130 mm em Planalto e
89,90 mm em Francisco Beltrão), mês seguinte ao que possui maior precipitação.

Os gráficos compostos da Figura 07 ilustram a correlação entre a precipitação média e a


úmidas relativa do ar, e o Quadro 01 exibe a compilação dos dados obtidos.

Figura 07 - Gráficos ilustrando as variações mensais de precipitação e de umidade relativa do ar


registradas entre os períodos de 2008-2020 (A) e 1983-1997 (B), pelas estações meteorológicas
de Foz do Iguaçu (A) e São Miguel do Iguaçu (B), respectivamente

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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

b) Temperatura

Os dados de temperatura analisados das estações meteorológicas aqui consideradas


mostram pequenas diferenças de temperatura anual, sendo a média máxima de 28,02°C
em Foz do Iguaçu, que possui amplitude térmica anual de 11,10°C, e a média mínima em
São Miguel do Iguaçu, com 16,68ºC e amplitude térmica de 10,95ºC.

Figura 08 - Gráficos ilustrando as variações mensais de temperatura registradas entre os


períodos de 2008-2020 (A) e 1983-1997 (B), pelas estações meteorológicas de Foz do Iguaçu (A) e
São Miguel do Iguaçu (B), respectivamente

Ao longo do ano, as máximas mensais registradas se concentram no trimestre dezembro-


janeiro-fevereiro, com valores de 31,27ºC, 32,28ºC e 32,14ºC na estação de Foz do Iguaçu
e 31,50ºC, 31,80ºC e 31,10ºC na estação de São Miguel do Iguaçu. Já os valores das mínimas
mensais registradas são observados nos meses de inverno (junho-julho-agosto), sendo as
médias mínimas mais baixos registradas em julho, com 12,14ºC na estação de Foz do
Iguaçu e 11,50°C na estação de São Miguel do Iguaçu.

45
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

O período total de coleta dos dados meteorológicos aqui considerados variou de 1983 a
2020. Neste tempo, em Foz do Iguaçu foi registrada mínima absoluta de -2,40°C, no mês
de julho de 2009. Em julho de 1981 e agosto de 1991 a estação de São Miguel do Iguaçu
registrou suas mínimas absolutas, com -1,2ºC. Ainda em Foz do Iguaçu encontra-se a
máxima absoluta de todo o período analisado, com 40ºC, em fevereiro de 2014. Por sua
vez, a máxima absoluta em São Miguel do Iguaçu (39,9ºC) foi registrada em dezembro de
1985.

Os gráficos de linha da Figura 08 ilustram a correlação entre as médias, mínimas, máximas


e absolutas registradas nas estações de Foz do Iguaçu (Figura 08A) e São Miguel do Oeste
(Figura 08B), e o Quadro 02 apresenta a compilação dos dados obtidos.

4.3.2 - BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ALEGRIA

A rede hidrográfica responsável pela drenagem da área do empreendimento e suas


adjacências engloba a Bacia Hidrográfica do Rio Alegria (Mapa IV), pertencente à Bacia
do Rio Paraná.

A Bacia do Rio Alegria drena uma área de 67,26 km² ou 6.726,42 km² e encontra-se
totalmente inserida no município de Medianeira. Seu traçado exibe orientação geral
noroeste-sudeste, com aproximadamente 20 km de comprimento. O Rio Alegria deságua
na margem esquerda do Rio Ocoí, que por sua vez é afluente direto do Rio Paraná, também
pela margem esquerda, desaguando no Lago de Itaipú. Pela margem direita recebe como
principais afluentes as sangas Magnólia, Mandaguari e Manduri, e pela margem esquerda
o único afluente com denominação é a Sanga Tuiuti . O padrão de drenagem predominante
da bacia é paralelo a subparalelo, na porção central e norte da bacia também é possível
observar o padrão meandrante em alguns trechos do Rio Alegria. A densidade de drenagem
é baixa em quase que toda a bacia, com exceção da porção central, onde a densidade é
baixa a média. É notável o controle estrutural imposto à rede de drenagem, com trends
principais NE-SW, N-S e NW-SE.

O Mapa IV mostra a rede hidrográfica detalhada da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria.


Devido ao pequeno comprimento dos afluentes do Rio Alegria, e também ao fato de a
maioria dos afluentes serem de primeira, ou segunda ordem, não foi possível realizar a
delimitação de sub-bacias hidrográficas.

46
784.000 788.000 792.000 796.000

MAPAS DE SITUAÇÃO LEGENDA


p/ Missal-PR PLANIALTIMETRIA
-54° -51° -48°
L.T.
Curvas de nível (25 x 25 m) Linha de transmissão
SP
MS
D 442 Ponto cotado Ì sb Pedreira ativa de saibro
Rede de drenagem perene Bacia Hidrográfica do Rio Alegria = 6.726,42 ha
PT 13 PARANÁ
36 P
!
O
269 A Rede de drenagem intermitente Poligonal ANM n° 826.205/2015
D JB-04/AS 367
>
! R Medianeira
#
* D
34 !
> Curitiba Corpos d'água E
! Poço tubular profundo - Fonte IPÊ
A
64 R
>
! SC Rodovia federal (BR-277) >6
! Poço tubular profundo (SIAGAS/CPRM)
D G
310 35
PT 02 D
339
>
! Rodovia estadual (PR-495) > 59
! Poço tubular profundo (SUDERHSA/IAT)
!
O 15 54°5'50"W
>
! Acessos secundários O PT 06 Poço tubular cadastrado em campo
!
!

302 D 354 Ramilândia


Missal
D

24 357
Trilhas e caminhos O
! PC 01 Poço cacimba cadastrado em campo
>
! . São Bernardo
! D Medianeira
D
289 Limite municipal #
* Ponto de coleta de água superficial

Área urbanizada #
0 Est. met. INMET de Foz do Iguaçu
D
278

D
373 . Localidades #
0 Est. met. IAPAR de São Miguel do Iguaçu

PT 01 D
378 Edificações
!
O
.
! D
336 ¬
«
495
!
Serranópolis
do Iguaçu

Assentamento Sávio 54°5'50"W LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS


PT 10 D
371
!
O D
318
750.000 780.000

! ! 375
D
!

351
D Medianeira
PT 03 17 02554026
!
>
!
O
6
!

#
0
357
>
!
JB-03/AS D
378
D
#
* !O!. PC 01 55
>
!
Linha Alegria
398
362 !
!
D
D

São Miguel do Iguaçu


!
O PT 09
PT 12 !
O
414
D
D p/ Cascavel-PR
374
D
!
O Santa Terezinha
PT 08
de Itaipú
80
!

£
¤
391 Serranópolis
D >
! 277 do Iguaçu
386 442
D D
Foz do Iguaçu
Bacia Hidrográfica do a 432 69
Rio Alegria = 6.726,42 ha 397 PT 05 D >
!
D 54
!
O >
!
449
418 .
! D 77 29
. Linha Salvador
!

!
! D
Sub-estação COPEL ETE SANEPAR !
. >
! >
! A846
D 473
PT 07
!
O
442
13 D
438
D
468
78
>
! #
0
412 >
! D
A R G E N T I N A
D PT 06
PT 11 !
O 750.000 780.000
403 57 9 PT 04
!
O
D
! #
* JB-02/AS > Poligonal ANM !
O

µ
1 O PC 02 82 >
! ! 47
>
! .
! 26 > 52
! > n° 826.205/2015
48 ! 517 >
!
> 37
D
Linha Nossa Sra. da Saúde >
! ! 518 DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/2021)
> 76
! D NG NQ E CONVERGÊNCIA MERIDIANA DO
56 81 ! >
!
> NM CENTRO DA FOLHA
> 71 !
! >!
E
!
(Medianeira, 1: 25.000; DSG, 1998)
>
D
423 53 51
JB-01/AS -17°08' -1°15'21"
12 2
#
*
!

23 >
! 74
>
!
425 >
! >
! Escala Horizontal: 1:45.000
31 D 8
>
! 73 49 !
>!
> MEDIANEIRA 502
27 > 83
! D
A DECLINAÇÃO MAGNÉTICA CRESCE 0 0,5 1 2
417
!
> 428
>
! !
. km
431 D D 32 D - 00° 07' 00'' ANUALMENTE
!

D >
! 62 Morro Nossa Sra. da Salete
436 >
! datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S
432
432
D 14
D
D >
! D
474

38 D
483
>
!
3
> 72
! 456 RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
D 5
!

>
!
>
! 45 461
D
444 >
! 7 D

447 >
!
>
! MAPA HIDROGRÁFICO DA BACIA DO RIO ALEGRIA
D 39
443 472
D D Local: Município: Estado: Data: Mapa:

IV
!

22 Bairro Ipê Medianeira Paraná AGO/2021


sb
Ì >!
Substância: Escala: Proc. ANM n°: Área ANM: Área da Bacia:
10
18 >
! Água Mineral 1:45.000 48413.826205/2015-87 35,98 ha 6.726,42 ha
>
!
4
>
! Titular: Resp. Técnico:
> 20
!
¬
«
!

495 33
. Colônia Murado
! >
!
p/ Serranópolis do Iguaçu-PR
JOSSEMAR BIBERG José Roberto de Góis
CPF: 016.929.829-90 Geólogo - CREA-PR: 15.555/D
784.000 788.000 792.000 796.000
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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4.3.3 - BALANÇO HÍDRICO

A disponibilidade hídrica de um dado sistema, representada na área em tela pela Bacia


Hidrográfica do Rio Alegria, é dada pela análise comparativa do volume de água que entra
e sai desse sistema em certo período de tempo, considerando -se as reservas hídricas
superficiais e subterrâneas. Esta análise exige dados de precipitação, que indica a entrada

diretamente de medidas em estações hidrometeorológicas (precipitação e


vazão/deflúvio), outras são calculadas (evapotranspiração) e mesmo inferidas
(infiltração), quando não se dispõe dos elementos necessários para seu cálculo.

Para a elaboração dos cálculos, no contexto da Bacia do Rio Alegria, será utilizado o
parâmetro medido e que está disponível oficialmente, que se refere ao total da
precipitação obtida na estação de São Miguel do Iguaçu , com uma série histórica de 15
anos. Na ausência de estações fluviométricas na bacia do Rio Alegria, os dados de
vazão/deflúvio foram estimados com base no Projeto HG-52 da SUDERHSA (1998), através
das vazões médias em pequenas bacias, conforme detalhado a seguir.

O Atlas de Recursos Hídricos do Estado do Paraná (SUDERHSA, 1998) traz no mapa da Folha
14 um estudo relativo à vazões médias de pequenas bacias, onde as isolinhas se referem
a vazões médias específicas (l/s/km2) para 10 anos de tempo de recorrência e 7 dias de
duração de estiagem Q (10,7). Essas vazões foram geradas a partir da regionalização dos
dados de 57 estações fluviométricas, com áreas de drenagem inferior a 5.000 km 2 e série
histórica superior a 10 anos.

De acordo com o Atlas acima verifica-se que o valor na escala de vazões médias específicas
para a bacia do Rio Alegria situa-se no campo da isolinha de 24 l/s/km 2, valor que será
adotado para o cálculo do balanço hídrico.

Temos então,

Área de drenagem da bacia: 67,26 km2


Vazão característica Q (10,7): 24 l/s/km2 X 67,26 km2
Q(10,7) = 1.614,24 l/s ou 1,614 m3/s
Precipitação média anual: 1.831 mm ou 1,831 m

Passaremos ao cálculo do volume de água que saiu e entrou na bacia em m3/ano:

Água que saiu no ano (média) - Q (m3/ano):

Q = (1,614 m3/s) x (365 x 24 x 60 x 60)

Q = 50.899.104 m3/ano (a)

Água que entrou na bacia via precipitação - P (m3/ano):

P = (1,831 m/ano) x (67.264.224 m²) => (área da bacia)

P = 123.160.794 m 3/ano (b)

48
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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De posse dos valores acima podemos calcular o volume de água que saiu da bacia através
do escoamento superficial, ou seja, pela rede de drenagem superficial (vazão/deflúvio),
em mm/ano.

QD = Vazão de Deflúvio
QD = (1,614 m³/s) x (a)/(b)
QD = (1,614 m³/s) x (50.899.104 m³/ano)/(123.160.794 m³/ano)
QD = (1,614 m³/s) x (0,4133)

QD = 667,07 mm/ano

Os valores obtidos na mesma unidade (mm/ano) permitem a obtenção da


evapotranspiração real através da equação ETR = P - QD (onde ETR é evapotranspiração
real, P é precipitação e QD é a vazão de deflúvio).

ETR = P - QD
ETR = 1.831 mm/ano 667,07 mm/ano

ETR = 1.163,93 mm/ano

O valor obtido para a evapotranspiração real revela que na bacia do Rio Alegria o balanço
hídrico é positivo, ou seja, existe um superávit hídrico, o que significa que entrou mais
água do que saiu na bacia, consid erando-se apenas a água que é retirada através
escoamento superficial. Ressalta-se que não estão sendo computados no cálculo, o volume
d'água que infiltra no solo, o volume retido pelas raízes e pela transpiração de plantas,
cujo total deve ser retirado do superávit mencionado. Ainda assim, o resultado final
aponta para um balanço positivo.

4.3.3.1 Coeficiente de Deflúvio

Define-se o coeficiente de escoamento superficial ou coeficiente de deflúvio como


sendo a relação entre a vazão de deflúvio e a precipitação ( C=QD/P), representando o
percentual de água que saiu do sistema pela rede de drenagem (Jorge & Uehara, 1998).
Neste estudo obteve-se um coeficiente de C = 36,43%, o qual é compatível com as
características de uso e ocupação do solo da bacia.

A análise quer dizer que quanto maior o coeficiente, maior será o volume água que
escoará pela superfície, não infiltrando no solo ou não evaporando. As características
físicas (relevo e solo) e de uso e ocupação (Mapa V), com extensas áreas agrícolas, de
vegetação secundária e de pastagens no interior da bacia, apontam para uma maior taxa
de infiltração da água em detrimento ao escoamento superficial, o que é denotado pelo
coeficiente de deflúvio que está indicando que cerca de 41% da precipitação saiu da bacia
através da rede de drenagem.

4.3.3.2 Infiltração

Define-se infiltração como sendo a passagem da água superficial para o interior do


terreno, processo que depende da disponibilidade hídrica, da natureza do substrato, das
características do relevo, da cobertura vegetal e do grau de umidade do solo (Jorge &

49
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Uehara, 1998). Por sua a capacidade de infiltração de um solo representa a taxa máxima

maior capacidade de infiltração, facilitando a percolação rápida da água para o lençol


subterrâneo, e consequentemente, reduzindo o escoamento superficial direto.

É um parâmetro complexo e de difícil mensuração , haja vista o número de variáveis


envolvidas. A infiltração, por exemplo, exerce influências nas características hidrológicas
da rede de drenagem. Nesse sentido,
o ano todo, até nos períodos de seca, são alimentados pelas descargas de águas
subterrâneas armazenada nos aquíferos. Já os rios intermitentes ou periódicos, em geral
drenam as águas que não se infiltraram e , em função disso, apresentam fluxos muito
variáveis.

A água armazenada no solo após as chuvas, seja por adsorção ou capilaridade, é


lentamente transmitida para baixo, em direção a porção alterada do maciço rochoso,
atingindo em seguida as fraturas que vão recarregar o aquífero, como no presente caso ,
representado pelo Sistema Aquífero Serra Geral -SASG, de características tipicamente
fissurais (aquífero fraturado).

No que se refere à infiltração, algumas considerações merecem ser destacadas,


relativamente à Bacia do Rio Alegria:

a) A constituição geológica é dada por rochas basálticas da Formação Serra Geral,


caracteristicamente com baixíssimos índices de infiltração, ou quase impermeáveis.
Neste caso, a infiltração se dará através de permo -porosidade secundária, gerada pelos
sistemas de fraturamento que afetaram a litologia da área. O relevo plano a suave
ondulado, juntamente com os solos profundos e em geral moderadamente a mal
drenados, oriundos de rochas básicas, permite a lenta percolação de água através do
processo de infiltração vertical;

b) As áreas com ocorrência de mata ciliar e vegetação secundária correspondem à 16,28%


da superfície total da bacia, o que significa baixa taxa de evapotranspiração pelas
plantas, resultando, portanto, em maiores índices de infiltração no solo, e
consequentemente maior disponibilidade hídrica final.

4.4 - HIDROGEOLOGIA

De interesse imediato ao presente estudo tem- se a ocorrência na área e região de dois


aquíferos principais: o Sistema Aquífero Serra Geral -SASG no qual está instalado o poço
P-1 ou Fonte Ipê, objeto deste Relatório Final, e, o Sistema Aquífero Gua rani-SAG,
sotoposto e confinado ao SASG.

No item 4.4.2 será descrito mais detalhadamente o SASG, e o SAG será comentado
rapidamente no item 4.4.1, visto sua importância menor relativamente à fonte aqui
estudada, que como já mencionado, acha -se instalada no SASG.

4.4.1 - SISTEMA AQUÍFERO GUARANI (SAG)

O SAG (Sistema Aquífero Guarani) possui dimensões continentais, ocorrendo numa área
de 1,2 km² que abrange o Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. É constituído
principalmente pelas formações Botucatu e Piramboia e sua espessura pode alcançar 450

50
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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metros, sendo considerado o maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço


do planeta.

Na região onde se insere a área pesquisada o topo desse Aquífero ocorre em profundidades
variando de 800 a 1.100 metros, de acordo com mapa de isópacas (Araújo et alli, 1995),
e sua espessura média em geral é próxima de 100 metros, variando entre 70 e 125 m.
Essas condições de confinamento conferem à água forte grau de mineralização e
temperaturas normalmente acima de 30-40ºC, com implicações negativas quanto aos
parâmetros de potabilidade. Em geral os poços instalados no SAG fornecem vazão
elevadas, acima de 100 m³/h, podendo alcançar até 300 -400 m³/h. Trata-se de aquífero
com características granulares, extensão continental e com certa homogeneidade dos
parâmetros hidráulicos, embora exista uma grande compartimentaçã o estrutural ao longo
da Bacia. A porosidade média é de 17% (16 a 24%), condutividade hidráulica entre 0,2 e
4,6 m/dia, permeabilidade (K) variando entre 10 -3 e 10-4 cm/s, e, coeficiente de
armazenamento (S) exibindo valores de 10 -4 e 10-6 em condições de confinamento,
alcançando 10 -1 quando livre (Rebouças, 1976; Teissedre et alli, 1982 in Souza, 2004). A
alta produtividade média do SAG também é refletida pelos valores elevados da capacidade
específica (Qs), que normalmente são superiores a 5 m³/h/m e não raro superam 10
m³/h/m.

Rosa Filho et alli (2006) em estudo realizado na região oeste do Estado relatam espessuras
de basalto (topo do SAG) variando entre 908 m (Matelândia) e 1.356 m (Fco. Beltrão), com
espessuras intermediárias verificadas em Laranj eiras do Sul (1.014 m) e Cascavel
(1.088 m).

Os parâmetros físico-químicos da água do SAG, nessa região, em geral não se enquadram


nos padrões de potabilidade vigentes, notadamente STD, fluoreto, sódio, condutividade
elétrica e sulfato. O pH em geral é alcalino, acima de 8, e a temperatura oscila entre 38-
41ºC. Quimicamente são classificadas como águas sulfatas ou cloretadas sódicas na região
oeste, e na região centro-norte do estado foram identificadas águas bicarbonatada s
cálcica, bicarbonatadas sódica, bicarbonatadas cálcica/sódica, mistas, sódicas e
sulfatadas-cloretadas sódica.

4.4.2 - SISTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL (SASG)

O Sistema Aquífero Serra Geral-SASG é composto essencialmente por rochas basálticas,


secundariamente por riolitos-riodacitos, não apresentando permeabilidade primár ia.
A água subterrânea neste aquífero está associada à zonas de falha, fraturas de
resfriamento, zonas vesiculares e amigdaloides e contatos entre derrames, gerando assim
a chamada porosidade secundária, responsável tanto pela recarga do aquífero, quanto
pela circulação e armazenamento da água. Há um amplo consenso entre os pesquisadores
de que, em função de suas características litoestruturais, o SASG é, por excelência, um
meio aquífero anisótropo, heterogêneo e descontínuo, ao contrário dos aquíferos
granulares associados às rochas sedimentares arenosas.

Fraga (1986; 1992) analisou a frequência da capacidade específica, vazão e razão


capacidade específica/espessura útil produtora de 225 poços no aquífero Serra Geral,
descrevendo quatro unidades aquíferas: Unidade I (Iguaçu), Unidade II (Piquiri), Unidade
III (Ivaí) e Unidade IV (Tibagi). O mesmo autor (Fraga, 1986 ; 1992) subdivide o SASG em
duas subprovíncias, denominadas Serra Ger al Sul e Serra Geral Norte, com a primeira
correspondendo à Bacia do Iguaçu, e a segunda, abrangendo as bacias do Piquiri e Ivaí,

51
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

tendo como base a análise das curvas acumulativas da capacidade específica. A mediana
da capacidade específica da Serra Geral Norte é 6,5 vezes superior que a da Serra Geral
Sul, respectivamente 1,53 m 3/h/m e 0,235 m3/h/m. Com relação à vazão, a subprovíncia
Serra Geral Norte apresenta as melhores condições aquíferas do sistema com média de 42
m3/h/poço, numa amostragem de 165 poços, e, a Serra Geral Sul contribui com uma média
de 10,68 m3/h/poço numa população de 45 poços tubulares analisados.

Athayde & Athayde (2015) analisaram os aspectos hidráulicos de 337 poços tubulares
profundos pertencentes à SANEPAR e às prefeituras de Marechal Cândido Rondon, Pato
Bragado e Entre Rios do Oeste. A vazão média ficou em torno de 21,5 m³/h, sendo que os
maiores valores foram observados em poços com profundidades entre 100 e 150m; a
profundidade do nível estático variou de 0 a 141,04 m, com valor médio de 18 m e a
capacidade específica obteve média de 1,5 m³/h/m.

Alguns parâmetros hidráulicos característicos deste aquífero puderam ser analisados com
mais detalhe com base nos dados de 94 poços perfurados no município de Medianeira,
(Mapa IV; Figura 09; Anexo IV). Estes poços são provenientes de diferentes bases de
dados, incluindo SIAGAS/CPRM (54 poços), SUDERHSA/IAT (31 poços), poços cadastrados
em campo, onde foi possível a coleta de parâmetros hidrodinâmicos (9 poços) , além do
poço presente da área do empreendimento, denominado P-01 (Fonte Ipê).

Os dados apontam que as vazões são medianas, exibindo variação entre 1,20 e 88,00 m³/h,
com média de 13,76 m³/h e mediana de 7,00 m³/h (Quadro 03A). O nível dinâmico varia
entre 4,03 e 180,00 m e o nível estático flutua entre 0,00 e 161,00 m, refletindo bem o
seu caráter de aquífero fraturado. As profundidades dos poços variaram entre 34 e 306
metros. A capacidade específica (Q/s), que é a relação vazão/rebaixamento (m³/h/m),
variou entre 0,042 e 18,07 m³/h/m, refletindo novamente a forte heterogeneidade e
anisotropia do aquífero. Para Rosa Filho et alli (1987), os valores máximos de Q/s
raramente ultrapassariam 0,3 m³/h/m.

A transmissividade (T) em aquíferos fraturados, como no presente trabalho, pode ser


avaliada através da média geométrica das transmissividades direcionais das fraturas que
são interceptadas pelo poço. Assim, avaliações realizadas em contexto geológico idêntico,
no estado de São Paulo, resultam em valores de transmissividade entre 0,3 e 196 m²/dia.
Para Salamuni (1988), a capacidade de armazenamento estimada seria da ordem de 12
l/m³/rocha, sendo razoável admitir-se uma média de 8 l/m³/rocha. Borges et alli (2017),
com base em 42 testes de bombeamento feitos em poços espalhados pelo SASG no Paraná
e método de cálculo de Cooper e Jacob (1946), obteve valores de transmissividade
variando entre 0,09 e 23,36 m²/dia.

Via de regra as águas do SASG plotam no campo das bicarbonatadas cálcicas do


diagrama de Piper, mostrando teores médios de STD em torno de 100 mg/l, com a
composição química total atendendo aos padrões de potabilidade. Ocorrem, porém,
teores de fluoreto elevados em diversos poços, superiores a 2 mg/l , que acabam
inviabilizando estas águas para fins de consumo humano.

O Quadro 03A traz uma síntese estatística dos dados utilizados neste trabalho, e os
gráficos da Figura 09 apresentam as variações da vazão e da profundidade dos poços. A
relação dos poços utilizados para o cômputo das estatísticas dos dados hidrodinâmicos
pode ser visualizada no Anexo IV, enquanto que a localização dos poços mais próximos à
área pesquisada está presente no Mapa IV.

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Capacidade
Nível Dinâmico² Nível Estático³
Parâmetro Profundidade¹ Vazão³ (m³/h) Específica²
(m) (m)
(m³/h/m)
Mínimo 34,00 4,03 0,00 1,20 0,042
Média 139,15 71,17 53,81 13,76 2,20
Mediana 120,00 64,35 48,56 7,00 0,62
Desvio Padrão 67,40 45,94 35,54 18,15 4,10
Máximo 306,00 180,00 161,00 88,00 18,07
¹População (N) = 54 poços SIAGAS + 31 poços SUDERHSA + 9 poços cadastrados em campo
²População (N) = 54 poços SIAGAS
³População (N) = 54 poços SIAGAS + 31 poços SUDERHSA + 3 poços cadastrados em campo
Quadro 03A Resumo dos dados hidrodinâmicos dos poços tubulares perfurados no município de
Medianeira (fontes: SIAGAS/CPRM; SUDERHSA/IAT; GEOPLANEJAMENTO, 2021)
Muito embora serem os únicos dados disponíveis, eles devem ser analisados com algumas
ressalvas, visto não se ter informações importantes água,
se as vazões se referem à vazão de teste ou ao volume outorgado pel a SUDERHSA/IAT,
aspectos construtivos dos poços e etc. No entanto, é possível analisar os parâmetros
hidrodinâmicos e compará-los com dados encontrados na bibliografia.

Numa primeira leitura observa-se que as vazões entre 5-10 m³/h representam cerca de
53% da população de poços analisada, ao passo que poços com vazão menor que 5 m³/h
correspondem a 15%; apenas 6% possuem vazão superior a 50 m³/h.
POÇOS TUBULARES CADASTRADOS EM CAMPO
UTM Leste (X) UTM Norte (Y) Profundidade (m) N.E (m) Vazão
PT-01 786.993 7.207.040 80 - -
PT-02 785.083 7.208.989 40 20 -
PT-03 786.656 7.205.408 122 - 16 m³/h
PT-04 796.354 7.200.797 50 20 18 m³/h
PT-05 790.084 7.202.026 210 70 5 m³/h
PT-06 790.707 7.200.997 256 - 6 a 7 m³/h
PT-07 791.260 7.201.301 63 - 200 m³/dia
PT-08 789.849 7.203.270 - - -
PT-09 788.683 7.203.679 - - -
PT-10 785.886 7.206.425 94 - -
PT-11 788.572 7.200.861 - - -
PT-12 787.087 7.203.831 - - -
PT-13 783.183 7.210.089 60 - -
POÇOS CACIMBA CADASTRADOS EM CAMPO
UTM Leste (X) UTM Norte (Y) N.E (m)
PC-01 - Igreja 787.509 7.204.708 11,50
PC-02 - Granja 788.747 7.200.758 2,00
Quadro 03B Dados obtidos dos poços cadastrados em campo

Na etapa de campo foram cadastrados quinze (15) poços no entorno da área (Quadro 03B),
dos quais treze (13) são poços tubulares profundos e dois (2) são poços tipo cacimba. Em
alguns deles foi possível recuperar dados de profundidade e nível estático, porém, nenhum
deles encontra-se cadastrado no SIAGAS. A localização de cada poço pode ser observada
no Mapa IV e a Prancha 03 ilustra alguns dos poços cadastrados em campo.

Tem-se, portanto, que o SASG (Sistema Aquífero Serra Geral) representa o principal alvo
para a prospecção de água subterrânea na área pesquisada, de extensão regional e sendo

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recoberto apenas por seu manto de alteração e por depósitos fluviais de pequena
expressão associados à hidrografia local.

Figura 09 - Gráfico demonstrando a falta de correlação entre os parâmetros profundidade e


vazão (A), histogramas de profundidade (B) e vazão (C), mostrando que cerca de 35% dos
poços apresentam profundidade entre 100 e 150 metros, e cerca de 68% dos poços forneceram
vazões de até 10 m³/h, sendo que vazões superiores a 10 m³/h foram constatadas em 32% dos
poços
4.4.3 - MODELO HIDROGEOLÓGICO

4.4.3.1 - Fluxo da Água Subterrânea

Com base nos dados potenciométricos apresentados no Quadro 04, os quais subsidiaram
a confecção dos mapas de fluxo das Figuras 10 e 11, algumas considerações podem ser
feitas referente ao modelo hidrogeológico regional e da área . Esses dados foram obtidos
a partir de poços tubulares obtidos do banco de dados do SIAGAS/CPRM, SUDERHSA e poços
cadastrados em campo (Mapa IV), bem como dados de nascentes e rios e do poço instalado
na área em tela, que é objeto principal deste Relatório. Não obstante, foram locados

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ainda pontos de controle ao longo da Bacia do Rio Alegria, que ajudaram na confecção dos
mapas de fluxo.

O mapa das linhas e do sentido de fluxo subterrâneo foi elaborado a partir da cota
piezométrica, que é dada pela diferença entre a cota topográfica da boca do poço e a
altura do nível estático (NE). Vale ressaltar que são escassos e esparsos os poços com
dados efetivos presentes na área pesquisada, e, portanto, o mapa de fluxo reflete esta
base de dados.

Observando-se o mapa de fluxo da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria (Figura 10) tem-se
claro que o fluxo preferencial da água subterrânea acompanha o sentido do curso dos
principais afluentes em direção ao rio principal da bacia o Rio Alegria. Desta forma, o
Rio Alegria representa a área de descarga do aquífero local, notável devido a boa
correlação entre os divisores da bacia hidrográfica e da água subterrânea, uma vez que o
sentido do fluxo segue dos divisores da bacia até o leito do Rio Alegria, bem ilustrado no
mapa da Figura 10.

O sentido do fluxo em direção ao Rio Alegria é observado também dentro da poligonal de


pesquisa e de seu entorno imediato, a partir do mapa de fluxo de detalhe ilustrado na
Figura 11. Neste caso, o sentido se dá a partir do quadrante leste (SE e NE), naturalmente
convergindo para o leito do Rio Alegria, que representa o nível de base local, posicionado
à WSW na poligonal em tela.

As cotas associadas às linhas equipotenciais ou isopiezas das bacias (Figura 10)


apresentam valor máximo de 480 m no extremo leste, diminuindo gradativamente no
sentido sudeste-noroeste até atingir cerca de 250 m junto ao leito do Rio Alegria, que
deságua no Rio Ocoí. Já no interior da área de pesquisa, os valores das isopiezas variam
de 384 m, a NE da poligonal, até 352 m em direção ao Rio Alegria, à SW da poligonal
(Figura 11).

4.4.3.2 - Áreas de Recarga e Descarga

De modo geral conceitua-se que áreas de recarga são aquelas relacionadas às zonas de
maior potencial hidráulico, enquanto que as áreas de descarga se associam às de menor
potencial hidráulico. As primeiras (recarga) representam as porções do terr eno onde
ocorre a alimentação do aquífero através da infiltração da água de superfície, depende,
portanto, da disponibilidade hídrica, da cobertura edáfica, da morfologia, do solo, entre
outros. As segundas (descarga) se associam no geral aos elementos de drenagem
superficial como rios, lagos e fontes ou a elementos de drenagem artificial ou fraturas
profundas do maciço rochoso.

Dado suas características de aquífero fraturado e anisotrópico, é difícil se definir a área


de recarga do aquífero SASG, regionalmente. Considerando que dados referentes às
águas dos poços levantados são raros ou mesmo inexistentes nos bancos de
dados, assim como os dados de NE e ND. No Quadro 3A tem-se a estatística dos dados
hidrodinâmicos dos poços tubulares da região, os quais mostram NE e ND rasos a
relativamente profundos, respectivamente 0,00 m e 4,03 m, e, máximos de 161,00 m e
180,00 m. Esses valores indicam, a princípio, uma grande variedade de profundidades de
entradas d´água, sendo provável que parte do lençol subterrâneo tenha sido suprido a
partir de infiltração na superfície, mas também através de sistemas de fratura profundos .

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Como já mencionado, a água obtida está associada à pacotes espessos de rocha basáltica,
que foram afetados por sistemas rúpteis (permeabilidade) profundos. Da mesma forma,
as condições de infiltração na bacia são dificultadas pelas características físicas do meio
geológico, donde as zonas de recarga dos aquíferos locais estão associadas aos grandes
sistemas de fraturas que ocorrem regionalmente, sendo esta, a principal forma de
suprimento de água aos mesmos. Por outro lado, vejamos os dados do poço P-01 (Fonte
Ipê), de interesse direto ao presente estudo, que mostram entradas d água entre 42 48
m, e entre 84-90 m. Neste poço o manto de intemperismo (regolito) possui apenas 6 m de
espessura, sendo o revestimento realizado até os 12 m. Desta forma , é provável que as
entradas presentes no poço P-01 estejam relacionadas à recarga indireta,
associadas a sistemas de fraturas, e não à recarga superficial. Esses sistemas rúpteis
acham-se ilustrados no mapa geológico da bacia do Rio Alegria ( MAPA III), destacando
aqueles orientados para N50-60E e próximo de N-S, que representam fraturamentos de
caráter distensivo/aberto, potenciais para a circulação e o armazenamento da água
subterrânea, na área e região.

Na região aqui estudada pode-se sugerir que a área de descarga está representada ,
possivelmente, pelos rios Ocoí e Paraná, bem como pelo Rio Alegria, para onde convergem
as linhas de fluxo (Figura 10), no sentido das zonas com menor potencial hidráulico. Neste
mapa, as linhas de fluxo foram construídas com base em 87 poços tubulares profundos,
dos quais apenas 23 encontram-se no interior da Bacia do Rio Alegria. Ademais, estes
poços encontram-se concentrados principalmente no perímetro urbano de Medianeira.
Desta forma, optou-se por utilizar também os dados piezométricos de
nascentes/surgências, afim de dar maior confiabilidade às curvas potenciométricas. Como
resultado obteve-se um mapa de fluxo subterrâneo que, de forma geral, se mostra
compatível com a morfologia, possuindo as maiores cotas potenciométricas a montante
da bacia, na região sudeste, e as menores cotas potenciométricas posicionadas na porção
noroeste da bacia, junto à foz do Rio Alegria, que deságua no Rio Ocoí .

Devido à escassez de dados piezométricos na área da poligonal de pesquisa, o mapa de


fluxo da área do empreendimento (Figura 11) foi feito a partir de um recorte do mapa de
fluxo da bacia, onde as maiores cotas potenciométricas se localizam na porção nordeste
e sudeste da poligonal, com fluxo migrando para a porção oeste/sudoeste, em direção ao
leito do Rio Alegria. Na área do poço P-01 (Fonte Ipê) a cota potenciométrica é de 352 m.

56
Quadro 04 – Resumo dos dados potenciométricos dos poços tubulares perfurados no município de Medianeira, nascentes e pontos de
controle da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria (Pág. 1/2)

UTM Leste UTM Norte Altitude Cota Piezométrica


Poço Nível Estático (m) Banco de Dados Sistema Aquífero
(X) (Y) (m) (m)

1 785.184 7.200.534 308,00 54,15 253,85 SIAGAS-CPRM Serra Geral

2 792.495 7.199.330 407,78 83,00 324,78 SIAGAS-CPRM Serra Geral

3 792.990 7.197.656 440,00 54,00 386,00 SIAGAS-CPRM Serra Geral

4 793.140 7.195.498 300,00 15,00 285,00 SIAGAS-CPRM Serra Geral

5 795.869 7.197.408 436,23 11,17 425,06 SIAGAS-CPRM Serra Geral

6 790.464 7.205.103 359,00 30,14 328,86 SIAGAS-CPRM Serra Geral

7 797.626 7.197.123 435,80 15,00 420,80 SIAGAS-CPRM Serra Geral

8 792.658 7.199.112 418,11 50,69 367,42 SIAGAS-CPRM Serra Geral

9 792.330 7.200.751 400,41 52,45 347,96 SIAGAS-CPRM Serra Geral

10 796.171 7.195.893 375,00 59,13 315,87 SIAGAS-CPRM Serra Geral

11 799.879 7.204.035 380,00 70,30 309,70 SIAGAS-CPRM Serra Geral

12 792.104 7.199.401 403,82 67,20 336,62 SIAGAS-CPRM Serra Geral

13 794.664 7.201.223 441,24 23,30 417,94 SIAGAS-CPRM Serra Geral

14 795.020 7.198.361 397,81 108,45 289,36 SIAGAS-CPRM Serra Geral

15 789.812 7.208.791 320,00 11,00 309,00 SIAGAS-CPRM Serra Geral

16 798.666 7.206.258 399,00 4,67 394,33 SIAGAS-CPRM Serra Geral

17 790.469 7.205.481 320,00 30,14 289,86 SIAGAS-CPRM Serra Geral

18 789.756 7.195.734 278,00 3,37 274,63 SIAGAS-CPRM Serra Geral

19 789.285 7.211.564 330,00 8,40 321,60 SIAGAS-CPRM Serra Geral

20 790.112 7.195.387 275,00 6,00 269,00 SIAGAS-CPRM Serra Geral

21 793.267 7.205.329 310,00 25,50 284,50 SIAGAS-CPRM Serra Geral

22 794.217 7.196.222 400,00 15,00 385,00 SIAGAS-CPRM Serra Geral

23 787.004 7.199.273 330,00 10,60 319,40 SIAGAS-CPRM Serra Geral

24 783.525 7.208.277 260,00 24,98 235,02 SIAGAS-CPRM Serra Geral

25 794.562 7.205.608 318,00 35,67 282,33 SIAGAS-CPRM Serra Geral

26 790.865 7.200.453 328,69 18,44 310,25 SIAGAS-CPRM Serra Geral

27 785.064 7.198.853 320,00 57,46 262,54 SIAGAS-CPRM Serra Geral

28 788.977 7.193.318 291,00 12,36 278,64 SIAGAS-CPRM Serra Geral

29 795.653 7.201.633 443,00 140,00 303,00 SIAGAS-CPRM Serra Geral

30 791.863 7.206.366 369,00 88,00 281,00 SIAGAS-CPRM Serra Geral

31 785.826 7.199.104 381,00 54,00 327,00 SIAGAS-CPRM Serra Geral

32 792.649 7.198.712 433,54 136,05 297,49 SIAGAS-CPRM Serra Geral

33 799.485 7.195.112 417,00 48,67 368,33 SIAGAS-CPRM Serra Geral

34 787.986 7.209.775 258,00 41,37 216,63 SIAGAS-CPRM Serra Geral

35 787.915 7.209.099 274,00 38,54 235,46 SIAGAS-CPRM Serra Geral

36 787.401 7.209.972 271,00 24,54 246,46 SIAGAS-CPRM Serra Geral

37 791.564 7.200.305 365,22 68,75 296,47 SIAGAS-CPRM Serra Geral

38 787.957 7.197.950 411,00 38,21 372,79 SIAGAS-CPRM Serra Geral

39 796.532 7.196.993 440,20 42,36 397,84 SIAGAS-CPRM Serra Geral

40 795.198 7.207.741 350,00 31,56 318,44 SIAGAS-CPRM Serra Geral

41 794.283 7.208.131 335,00 45,12 289,88 SIAGAS-CPRM Serra Geral

42 792.997 7.205.726 338,00 70,20 267,80 SIAGAS-CPRM Serra Geral

43 794.683 7.207.229 392,00 48,45 343,55 SIAGAS-CPRM Serra Geral

44 785.664 7.196.736 385,00 0,00 385,00 SIAGAS-CPRM Serra Geral

45 796.566 7.197.270 425,81 46,29 379,52 SIAGAS-CPRM Serra Geral

46 795.228 7.203.983 370,00 43,28 326,72 SIAGAS-CPRM Serra Geral

47 798.206 7.200.560 465,00 30,25 434,75 SIAGAS-CPRM Serra Geral

48 792.354 7.200.565 381,16 62,40 318,76 SIAGAS-CPRM Serra Geral

49 792.601 7.199.082 419,88 25,20 394,68 SIAGAS-CPRM Serra Geral

50 800.464 7.201.373 412,00 102,00 310,00 SIAGAS-CPRM Serra Geral

51 791.780 7.199.962 371,54 45,60 325,94 SIAGAS-CPRM Serra Geral

53 791.697 7.199.994 368,03 43,47 324,56 SIAGAS-CPRM Serra Geral

54 796.332 7.201.958 443,00 35,65 407,35 SIAGAS-CPRM Serra Geral


55 789.664 7.204.694 381,00 54,11 326,89 SUDERHSA-IAT Serra Geral

58 800.935 7.210.767 410,00 27,00 383,00 SUDERHSA-IAT Serra Geral

59 795.533 7.208.640 379,00 69,24 309,76 SUDERHSA-IAT Serra Geral

60 792.913 7.209.024 363,00 75,49 287,51 SUDERHSA-IAT Serra Geral

61 791.521 7.209.476 345,00 45,30 299,70 SUDERHSA-IAT Serra Geral

62 793.851 7.198.561 440,33 15,61 424,72 SUDERHSA-IAT Serra Geral

63 801.042 7.205.921 425,00 88,51 336,49 SUDERHSA-IAT Serra Geral

64 783.527 7.209.362 291,14 51,87 239,27 SUDERHSA-IAT Serra Geral

65 794.986 7.207.965 330,00 100,74 229,26 SUDERHSA-IAT Serra Geral

66 799.258 7.210.483 393,00 10,64 382,36 SUDERHSA-IAT Serra Geral

67 795.263 7.208.425 372,00 54,16 317,84 SUDERHSA-IAT Serra Geral

68 801.092 7.205.989 435,00 67,12 367,88 SUDERHSA-IAT Serra Geral

69 796.729 7.202.191 452,00 60,32 391,68 SUDERHSA-IAT Serra Geral

70 795.321 7.204.138 367,00 48,72 318,28 SUDERHSA-IAT Serra Geral

71 791.692 7.200.115 362,38 43,47 318,91 SUDERHSA-IAT Serra Geral

72 793.168 7.197.521 438,00 90,47 347,53 SUDERHSA-IAT Serra Geral

73 791.815 7.199.011 427,31 100,54 326,77 SUDERHSA-IAT Serra Geral

74 796.240 7.199.289 431,27 63,39 367,88 SUDERHSA-IAT Serra Geral

75 797.837 7.209.000 397,00 136,00 261,00 SUDERHSA-IAT Serra Geral

77 795.199 7.201.621 442,00 54,35 387,65 SUDERHSA-IAT Serra Geral

78 798.522 7.201.371 470,00 161,00 309,00 SUDERHSA-IAT Serra Geral

79 798.442 7.205.882 408,00 88,16 319,84 SUDERHSA-IAT Serra Geral

80 793.515 7.202.693 391,00 48,00 343,00 SUDERHSA-IAT Serra Geral

81 791.682 7.200.141 361,79 39,59 322,20 SUDERHSA-IAT Serra Geral

83 792.102 7.198.833 430,05 91,29 338,76 SUDERHSA-IAT Serra Geral

84 792.629 7.208.584 344,00 36,30 307,70 SUDERHSA-IAT Serra Geral

85 799.279 7.203.730 371,00 56,00 315,00 SUDERHSA-IAT Serra Geral

PT 02 785.083 7.208.989 249,63 20,00 229,63 Poços cadastrados em campo Serra Geral

PT 03 786.656 7.205.408 320,85 75,00 245,85 Poços cadastrados em campo Serra Geral

PT 04 796.354 7.200.797 434,29 20,00 414,29 Poços cadastrados em campo Serra Geral

PT 05 790.084 7.202.026 375,46 70,00 305,46 Poços cadastrados em campo Serra Geral

PC 01 787.509 7.204.708 291,28 11,50 279,78 Poços cadastrados em campo Superficial

PC 02 788.747 7.200.758 363,76 2,00 361,76 Poços cadastrados em campo Superficial


Fonte Ipê 793.063 7.200.106 382,75 37,53 345,22 Fonte Ipê Serra Geral
Quadro 04 – Resumo dos dados potenciométricos dos poços tubulares perfurados no município de Medianeira, nascentes e pontos de controle da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria (Pág. 2/2)

UTM Leste UTM Norte Altitude Cota Piezométrica UTM Leste UTM Norte Altitude Cota Piezométrica
Nascente/Rio Nível Estático (m) Tipo de Dado Nascente/Rio Nível Estático (m) Tipo de Dado
(X) (Y) (m) (m) (X) (Y) (m) (m)

R1 797.356 7.197.203 423,71 0,00 423,71 Ponto de controle em rios R55 782.805 7.208.301 225,00 0,00 225,00 Ponto de controle em rios

R2 795.633 7.197.962 403,48 0,00 403,48 Ponto de controle em rios N1 797.234 7.196.998 424,35 0,00 424,35 Nascentes

R3 797.110 7.198.575 440,19 0,00 440,19 Ponto de controle em rios N2 797.831 7.197.242 454,17 0,00 454,17 Nascentes

R4 795.155 7.198.136 397,11 0,00 397,11 Ponto de controle em rios N7 794.313 7.197.931 437,90 0,00 437,90 Nascentes

R5 794.946 7.198.379 391,01 0,00 391,01 Ponto de controle em rios N8 793.204 7.198.778 393,90 0,00 393,90 Nascentes

R6 794.926 7.198.512 389,36 0,00 389,36 Ponto de controle em rios N9 791.186 7.199.407 394,81 0,00 394,81 Nascentes

R7 794.571 7.199.353 383,99 0,00 383,99 Ponto de controle em rios N10 790.494 7.198.878 410,58 0,00 410,58 Nascentes

R8 793.129 7.199.787 373,37 0,00 373,37 Ponto de controle em rios N11 789.115 7.199.160 407,71 0,00 407,71 Nascentes

R9 792.692 7.200.502 369,85 0,00 369,85 Ponto de controle em rios N12 788.700 7.199.542 409,17 0,00 409,17 Nascentes

R10 792.568 7.200.383 366,63 0,00 366,63 Ponto de controle em rios N13 788.407 7.200.701 375,79 0,00 375,79 Nascentes

R11 791.256 7.200.677 334,24 0,00 334,24 Ponto de controle em rios N14 788.446 7.201.670 358,42 0,00 358,42 Nascentes

R12 790.835 7.200.397 328,16 0,00 328,16 Ponto de controle em rios N15 787.931 7.201.243 364,71 0,00 364,71 Nascentes

R13 789.213 7.199.640 371,05 0,00 371,05 Ponto de controle em rios N16 787.576 7.201.830 357,82 0,00 357,82 Nascentes

R14 789.659 7.200.506 318,47 0,00 318,47 Ponto de controle em rios N17 787.020 7.201.948 383,49 0,00 383,49 Nascentes

R15 789.621 7.200.575 317,65 0,00 317,65 Ponto de controle em rios N18 786.733 7.202.365 375,73 0,00 375,73 Nascentes

R16 789.294 7.201.284 310,16 0,00 310,16 Ponto de controle em rios N19 786.490 7.202.640 370,16 0,00 370,16 Nascentes

R17 789.202 7.201.886 306,19 0,00 306,19 Ponto de controle em rios N20 786.455 7.203.121 365,66 0,00 365,66 Nascentes

R18 789.013 7.202.112 304,19 0,00 304,19 Ponto de controle em rios N21 786.680 7.203.585 350,44 0,00 350,44 Nascentes

R19 788.852 7.202.441 301,70 0,00 301,70 Ponto de controle em rios N22 786.555 7.204.292 325,33 0,00 325,33 Nascentes

R20 788.703 7.202.561 300,69 0,00 300,69 Ponto de controle em rios N23 786.598 7.204.793 332,94 0,00 332,94 Nascentes

R21 788.052 7.202.173 317,72 0,00 317,72 Ponto de controle em rios N24 786.561 7.205.361 333,58 0,00 333,58 Nascentes

R22 788.215 7.202.678 297,40 0,00 297,40 Ponto de controle em rios N25 786.218 7.205.477 328,93 0,00 328,93 Nascentes

R23 788.129 7.202.769 296,13 0,00 296,13 Ponto de controle em rios N26 786.765 7.206.029 303,00 0,00 303,00 Nascentes

R24 787.834 7.202.863 293,55 0,00 293,55 Ponto de controle em rios N27 785.588 7.206.226 299,91 0,00 299,91 Nascentes

R25 786.763 7.202.885 336,61 0,00 336,61 Ponto de controle em rios N28 784.950 7.207.611 274,82 0,00 274,82 Nascentes

R26 786.937 7.202.861 325,84 0,00 325,84 Ponto de controle em rios N29 784.622 7.208.246 277,34 0,00 277,34 Nascentes

R27 787.724 7.203.056 292,83 0,00 292,83 Ponto de controle em rios N30 783.963 7.208.930 268,79 0,00 268,79 Nascentes

R28 787.775 7.203.197 292,35 0,00 292,35 Ponto de controle em rios N31 783.799 7.209.589 278,99 0,00 278,99 Nascentes

R29 787.292 7.204.154 283,38 0,00 283,38 Ponto de controle em rios N32 783.473 7.209.900 259,62 0,00 259,62 Nascentes

R30 787.299 7.204.310 281,13 0,00 281,13 Ponto de controle em rios N33 785.738 7.209.513 299,20 0,00 299,20 Nascentes

R31 787.279 7.204.609 276,00 0,00 276,00 Ponto de controle em rios N34 786.451 7.208.827 325,04 0,00 325,04 Nascentes

R32 787.283 7.204.784 272,07 0,00 272,07 Ponto de controle em rios N35 787.234 7.207.815 328,42 0,00 328,42 Nascentes

R33 787.220 7.205.339 267,13 0,00 267,13 Ponto de controle em rios N36 786.942 7.207.214 287,08 0,00 287,08 Nascentes

R34 787.645 7.205.906 261,88 0,00 261,88 Ponto de controle em rios N37 788.026 7.206.779 336,33 0,00 336,33 Nascentes

R35 788.074 7.205.803 284,11 0,00 284,11 Ponto de controle em rios N38 789.176 7.205.518 364,32 0,00 364,32 Nascentes

R36 787.240 7.206.488 257,88 0,00 257,88 Ponto de controle em rios N39 788.419 7.205.011 348,47 0,00 348,47 Nascentes

R37 786.736 7.206.897 255,57 0,00 255,57 Ponto de controle em rios N40 789.045 7.203.624 381,46 0,00 381,46 Nascentes

R38 786.441 7.206.486 253,37 0,00 253,37 Ponto de controle em rios N41 788.245 7.203.231 346,68 0,00 346,68 Nascentes

R39 786.341 7.206.489 253,16 0,00 253,16 Ponto de controle em rios N42 788.479 7.203.178 368,57 0,00 368,57 Nascentes

R40 786.131 7.206.720 251,87 0,00 251,87 Ponto de controle em rios N43 789.156 7.202.876 369,57 0,00 369,57 Nascentes

R41 785.436 7.208.086 244,22 0,00 244,22 Ponto de controle em rios N44 789.717 7.202.946 380,43 0,00 380,43 Nascentes

R42 785.480 7.208.226 243,85 0,00 243,85 Ponto de controle em rios N45 790.412 7.202.373 378,76 0,00 378,76 Nascentes

R43 785.449 7.208.579 243,56 0,00 243,56 Ponto de controle em rios N46 791.524 7.201.718 388,86 0,00 388,86 Nascentes

R44 785.048 7.208.810 242,86 0,00 242,86 Ponto de controle em rios N47 792.570 7.200.904 388,79 0,00 388,79 Nascentes

R45 784.549 7.209.542 239,26 0,00 239,26 Ponto de controle em rios N48 794.060 7.200.607 400,67 0,00 400,67 Nascentes

R46 784.434 7.209.749 237,58 0,00 237,58 Ponto de controle em rios N49 796.881 7.201.222 463,52 0,00 463,52 Nascentes

R47 783.549 7.210.288 230,66 0,00 230,66 Ponto de controle em rios N50 797.047 7.201.297 469,25 0,00 469,25 Nascentes

R48 783.408 7.210.545 229,94 0,00 229,94 Ponto de controle em rios N51 797.220 7.200.373 488,94 0,00 488,94 Nascentes

R49 784.522 7.210.684 250,00 0,00 250,00 Ponto de controle em rios N52 797.621 7.200.132 479,33 0,00 479,33 Nascentes

R50 785.433 7.210.842 271,00 0,00 271,00 Ponto de controle em rios N53 796.781 7.196.544 441,09 0,00 441,09 Nascentes

R51 782.569 7.211.159 227,00 0,00 227,00 Ponto de controle em rios N54 785.910 7.204.326 349,60 0,00 349,60 Nascentes

R52 782.609 7.211.322 230,00 0,00 230,00 Ponto de controle em rios N55 785.518 7.205.602 328,07 0,00 328,07 Nascentes

R53 782.207 7.208.536 230,00 0,00 230,00 Ponto de controle em rios N56 784.518 7.208.012 289,92 0,00 289,92 Nascentes
R54 782.242 7.208.340 220,00 0,00 220,00 Ponto de controle em rios N57 784.006 7.208.355 290,01 0,00 290,01 Nascentes
784.000 788.000 792.000 796.000
p/ Sta. Helena-PR
!
! PLANIMETRIA
!

£
¤
!
!
!
!
! 277 Rodovia federal
!
!

!
!

!
!
!
!
!
!
! ¬
«
495
36 !
34 ! ¬
«
495 Rodovia estadual
64 ! !
Acessos secundários
!

!
PT-02 35 !
! !
!
!
!
!
!
!
! 15
! Trilhas e caminhos
!
! !
!

! !
!
Área urbana
!
!
!
! !! !!
24 !
! !
!

!
!
!
! Rede de drenagem
!
!
Bacia hidrográfica
!
!
!
! !
!

!
!!
! !
! E
! Poço Tubular Profundo - Fonte Ipê -
!
!
!
!
!
!
!
! Poços utilizados para geração do fluxo
!
!
!

! PT-03
!17
!
!
Nascentes
!
!
!
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!
!

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! !6
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! !!
Pontos de controle em rios
! !
! PC-01 !
55
!
!
!
! !
!
!
!
!
! Curvas potenciométricas

!
! !
! Sentido do fluxo subterrâneo
p/ Curitiba-PR
!! !
! !
! Poligonal ANM n° 826.205/2015
!
!
!
!

£
¤
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!
! 80
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!
277
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! 54 ! 69 Cota Potenciométrica (m)
PT-05 !
!

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! 77 29 !
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13 ! 78
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!
MEDIANEIRA !
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PC-02 9 !!
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! 26 !! !
! 48 ! PT-04
!1 !
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! 47
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! 37! 81 !
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71 !
53
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2 74
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12 !
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! 31 !
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73 !
! ! 49
8 !
! 27 !
!
! ! 32 !! 1:95.000
!

83 ! ! 14
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!

£
¤ !
!
!
277 62
0 2,5 5
!

!
!

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!
km
38 3!
!
! !
! 45 datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S
!
! 7
72 5 !
!
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!
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! 39
! !
!

!
!

22 !
10
!
18 !
!
! 20 !4 ur ¬
«495
33
!
! Figura 10 - Mapa de fluxo da Bacia
p/ Jardinópolis-PR Hidrográfica do Rio Alegria
784.000 788.000 792.000 796.000
792.800 793.000 793.200 793.400
!

PLANIMETRIA

Rodovia federal (BR-277)

! Arruamento

Rede de drenagem

Poço tubular profundo (Fonte


E
!
Ipê)

Curvas potenciométricas

Sentido do fluxo subterrâneo

£
¤ 277
Poligonal ANM n° 826.205/2015

E
! Cota Potenciométrica (m)

Fonte Ipê

0
µ 1:4.500
110 220
m

datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S

Figura 11 - Mapa de fluxo para a área


de pesquisa
792.800 793.000 793.200 793.400
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

4.5 - HIDROGEOQUÍMICA E QUALIDADE HÍDRICA


4.5.1 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
A assinatura físico-química de qualquer água subterrânea está associada diretamente à
composição química das rochas, ou sedimentos, ou solo pelos quais ela flui. Na medida
em que as condições de temperatura, pH, etc., permitem a dissolução gradativa de
minerais, as águas se enriquecem em íons. Na sequência, enquanto as águas fluem por sob
a superfície estabelece-se equilíbrio dinâmico entre estas e as paredes/grãos da rocha,
ora precipitando, ora dissolvendo minerais.
É correto dizer que quanto maior a diversidade de íons dissolvidos numa determinada
amostra de água, melhores e mais eficazes foram as condições físico-químicas atuantes
para a dissolução de minerais, dentre elas:
Maior tempo de residência da água no aquífero;
Menor recarga, por conseguinte;
Maior solubilidade dos minerais componentes da rocha;
Presença de fatores favoráveis à dissolução: pH, temperatura, Eh.

4.5.2 CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E BACTERIOLÓGICAS DA FONTE IPÊ


Considerações sobre os parâmetros químicos e da qualidade hídrica da água subterrân ea
onde se localiza a área em tela serão feitas com base nas análises realizadas no poço
objeto deste trabalho (Fonte Ipê poço P-01). As análises foram realizadas nos
laboratórios LabQi, MERIEUX e LAMIN/CPRM-Laboratório de Análises Minerais . Quanto as
análises bacteriológicas, foram obtidas no LAMIN e n o A3Q. Adicionalmente foram
realizadas mais duas análises físico-químicas em poços tubulares existentes na Bacia do
Rio Alegria, no Laboratório LabQi em Curitiba-PR. Os laudos das análises físico-químicas e
bacteriológicas do poço P-01 (Fonte Ipê) podem ser observados no Anexo II. Já a análise
dos poços PT-02 e PT-03 fazem parte do Anexo III.
Destaca-se que as análises físico-químicas e bacteriológicas analisadas pelo LAMIN são de
cunho obrigatório para uma futura implantação de unidade de explotação e
comercialização de água mineral natural. Com isso, foram feitas quatro análises, cobrindo
o chamado ano hidrológico; a classificação final das águas é dada pela ANM através de
Parecer de Classificação Água , com base no resultado consolidado oriundo das quatro
(4) análises realizadas.
Não obstante, outras análises foram realizadas ao longo do tempo, procurando se
monitorar a assinatura geoquímica da água e também a presença de coliformes totais, que
indicou presença no último ensaio, mas resultou negativa na análise realizada no
laboratório A3Q, realizada entre 23-24 de janeiro de 2021, após se proceder a uma
assepsia efetiva do poço. Da mesma forma, inconsistência observada no último laudo do
LAMIN (425/2019), referente às concentrações de vanádio e selênio, foram checadas e
retificadas através de análise processada no Laboratório Merieux/Bioagri. Re stou
confirmada, assim, a presença de vanádio e a ausência de selênio, como verificado nos
laudos anteriores e retificado no Parecer RETIFICADOR nº 317/2021/DFMNM-MG/GER-MG.
No tocante à composição, alguns parâmetros físico -químicos são indicativos do espectro
químico e da classificação desta água, consoante se depreende dos diagramas de Piper
(Figura 12) e Stiff (Figura 13), os quais apresentam as concentrações de cátions e ânions
contidos nas amostras.

61
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

As análises dos parâmetros obtidos mostram que a água Fonte Ipê se enquadra dentro dos
parâmetros de potabilidade. E, conforme os resultados obtidos nas análises químicas
sazonais do LAMIN, a água foi classificada como Água Mineral Fluoretada e Vanádica.
As principais características físico -químicas da água da Fonte Ipê seguem abaixo listadas.
Estes e demais parâmetros, que atendem aos padrões da legislação , podem ser observados
no Quadro 05, nos laudos do LAMIN e LabQi.
Bicarbonato: 79,47 a 94,32 mg/l
Cálcio: 14,97 a 18,61 mg/l
Sódio: 5,40 a 11,24 mg/l
Magnésio: 2,80 a 3,93 mg/l
Potássio: 0,61 a 1,30 mg/l
Fluoreto: 0,10 a 0,16 mg/l
Vanádio: 0,073 a 0,099 mg/l
pH in loco: 7,56 a 7,80
pH no Lab.: 7,32 a 8,00
Cond. Elétrica in loco: 153,80 a 210,00 µS/cm2
Cond. Elétrica no Lab.: 151,60 a 185,42 µS/cm2
Resíduo e Evaporação à 180ºC/Calc. = 121,00 a 137,54 mg/l

Para a verificação da qualidade hídrica e também da potabilidade existem vários


parâmetros estabelecidos pela legislação vigente Portaria ANVISA 05/2017-Consolidação
- com valores ou classe de valores permissíveis para a qualificação da água. Alguns deles
seguem listados abaixo.
Turbidez: ND a 0,28 (VMP = 5 uT/NTU)
Cor: ND a 0,60 (VMP = 15 uH)
Dureza Total: 49,50 a 82,50 mg/l (VMP = 500 mg/l)
Nitratos: 6,44 a 6,99 mg/l (VMP = 10 mg/l)
Nitritos: ND a 0,04 mg/l (VMP = 1,0 mg/l)
Ferro Total: ND a 0,03 mg/l (VMP = 0,3 mg/l)
Coliformes Totais: <1/100 a ausente (VMP = ausente)
Coliformes Fecais: < 1/100 (VMP = ausente)

No tocante a algumas grandezas físicas, inclusive com implicações na potabilidade, podem


ser feitas as considerações principais abaixo descritas relativas as águas da fonte aqui
estudada.
A água da Fonte Ipê (poço P-01) apresenta pH médio, situando-se em 7,32 e 7,80, próximo
da neutralidade. Os sólidos totais dissolvidos (STD) situam-se próximos a 120 mg/l,
classificando a água como água doce, de acordo com CONAMA (2005). Com base nos valores
de condutividades elétrica, que oscilaram entre 154 e 185 µS/cm2, a água é classificada
como de fraca mineralização e excelente qualidade, conforme Mendes & Oliveira (2004).
Já a dureza é medida pela concentração de CaCO 3 em mg/l e está relacionada à presença
dos íons cálcio e magnésio, principalmente, e resultou num valor médio de 64,07 mg/l de
CaCO3, plotando a água na classe das moderadamente dura.
Demais parâmetros como cor e turbidez fornecem resultados muito baixos, às vezes não
detectados nos ensaios, mostrando ótimos padrões de potabilidade. A temperatura da
água na fonte apresenta média de 22,10ºC. As características hidroquímicas, conforme
laudos do LAMIN, da água da Fonte Ipê revelam assinatura típica do Sistema Aquífero
Serra Geral-SASG, como por exemplo, o bicarbonato e o cálcio como principais ânion e
cátion, respectivamente.

62
Quadro 05 - Principais parâmetros físico-químicos (mg/I) das águas da Fonte Ipê (Poço P-01) e dos poços tubulares da Bacia do Rio Alegria (PT-02 e PT-03)

Poço P-01 "Fonte Ipê" PT-02 PT-03


PARÂMETROS Boletins LAMIN - Laboratório de Análises Minerais - CPRM - RJ MERIEUX LabQi LabQi LabQi
100/2015 095/2019 248/2019 317/2019 425/2019 JB-01-PT JB-01-PT RE 2021/1868 RE 2021/1869
Aspecto in natura Límpido Límpido Límpido Límpido Límpido N.A Límpida N.A N.A
Turbidez (u T) 0,020 0,020 0,020 0,280 0,020 N.A N.D. N.A N.A
Cor (u Hazen) 0,200 0,000 0,000 0,600 0,000 N.A N.D. N.A N.A
Odor Inodoro Inodoro Inodoro Inodoro Inodoro N.A Não objetável N.A N.A
pH a 25 °C (in loco ) N.A. 7,80 7,73 7,73 7,56 N.A 7,57 8,74 8,04
pH a 25 °C 7,65 7,89 7,76 7,77 8,00 N.A 7,32 N.A N.A
Cond. Elétr. a 25 °C (µS/cm) (in loco ) N.A. 153,80 158,50 156,60 167,70 N.A 210,00 185,00 159,00
Cond. Elétr. a 25 °C (µS/cm) 151,60 157,30 153,60 151,60 158,10 N.A 185,42 N.A N.A
T °C na Fonte - 22,10 22,10 22,00 22,20 N.A 25,00 25,80 24,30
Radioatividade na fonte (Maches) - 0,45 0,26 2,43 0,33 N.A N.A. N.A N.A

Dureza Total - CaCO3 (mg/l) 49,50 63,50 72,00 82,50 59,50 N.A 56,40 N.A N.A
Resíduo de evaporação a 180 °C (mg/l) (in loco) N.A. 107,76 110,73 109,53 116,56 N.A N.A. N.A N.A
Resíduo de evaporação a 180 °C (mg/l) 126,29 132,74 135,06 123,02 137,54 N.A 121,00 N.A N.A
Sólidos suspensos totais (mg/l) < 5,00 < 5,00 < 5,00 < 5,00 0,00 N.A N.D. N.A N.A

Bicarbonatos (mg/l) 82,740 92,600 94,320 84,580 86,580 N.A 79,470 101,840 109,520
Carbonatos (mg/l) 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 N.A N.D. N.D. N.D.
Gás Carbonico (mg/l) N.A 9,490 0,000 14,240 4,760 N.A N.A. N.A N.A
Nitritos (mg/l) 0,040 < 0,005 < 0,005 0,005 < 0,007 N.A N.D. N.A N.A
Nitratos (mg/l) 6,660 6,970 6,770 6,990 6,500 N.A 6,440 N.A N.A
Sulfatos (mg/l) 0,750 0,760 0,770 0,740 0,850 N.A N.D. N.D. N.D.
Fosfatos (mg/l) < 0,120 < 0,120 < 0,120 < 0,120 < 0,120 N.A 0,760 N.A N.A
Fluoretos (mg/l) 0,100 0,150 0,160 0,160 0,160 N.A 0,160 N.A N.A
Brometo (mg/l) N.A 0,010 0,010 0,010 0,030 N.A N.A N.A N.A
Cloretos (mg/l) 2,030 1,850 1,700 1,740 1,640 N.A 2,350 2,800 N.D.

Cálcio (mg/l) 15,759 18,607 18,372 16,616 14,969 N.A 16,100 24,350 0,480
Magnésio (mg/l) 3,205 3,553 3,602 3,263 2,803 N.A 3,930 6,750 0,190
Sódio (mg/l) 10,758 10,598 11,243 10,329 8,176 N.A 5,400 4,500 13,000
Potássio (mg/l) 0,931 0,865 0,933 0,913 0,613 N.A 1,300 0,900 1,000
Ferro total (mg/l) < 0,010 0,030 0,016 < 0,010 < 0,010 N.A N.D. N.A N.A
Manganês (mg/l) < 0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,010 < 0,010 N.A 0,040 N.A N.A
Lítio (mg/l) < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 < 0,005 N.A N.A N.A N.A
Vanádio (mg/l) 0,099 0,073 0,075 0,074 < 0,005 0,073 N.A. N.A. N.A.
Selênio (mg/l) < 0,005 < 0,005 < 0,010 < 0,010 0,006 < 0,001 N.A. N.A. N.A.
Silício Total (mg/l) 20,880 20,111 20,700 18,659 30,757 N.A. N.A. N.A. N.A.

N.D. = Não detectado / N.A. = Não analisado


RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

Importa ao presente estudo destacar alguns íons determinantes na classificação mineral,


como fluoreto, selênio e vanádio. Para a água da Fonte Ipê o teor de fluoreto variou de
0,01 a 0,16 mg/l, de vanádio de 0,073 a 0,099 mg/l e selênio foi detectado na última
análise do ciclo, com 0,006 mg/l. Entretanto, o selênio identificado na quarta análise
LAMIN e, ao contrário, o vanádio ausente, se mostraram inconsistentes com o restante da
série que revelou resultado adverso. O titular providenciou nova análise em laboratório
acreditado, e a ausência de selênio do confirmada, bem como o teor de vanádio. Por sua
vez, o ferro total, que é um limitante da potabilidade, resultou com baixíssimas
concentrações, indo de <0,010 a 0,030 mg/l.

Os resultados bacteriológicos tabelados no Quadro 06 indicam que, apesar de acusarem


presença de Coliformes Totais, sobretudo no laudo da última etapa de amostragem
(LAMIN), em nova análise realizada no laboratório A3Q obteve -se resultado negativo para
este parâmetro, enquadrando a água dentro dos parâmetros de potabilidade .

Laboratório LAMIN A3Q


Poço Parâmetro 095/LAMIN/19 248/LAMIN/19 317/LAMIN/19 425/LAMIN/19 6771MB21
Coliformes Totais (mL) < 1/100 < 1/100 < 1/100 220/100 <1 (Ausência)

Coliformes Fecais (mL) < 1/100 < 1/100 < 1/100 < 1/100 -

Fonte Enterococos (mL) < 1/100 < 1/100 < 1/100 < 1/100 <1 (Ausência)
Ipê Pseudomonas aeruginosa (mL) < 1/100 < 1/100 < 1/100 < 1/100 -

Clostrídios perfringens (mL) < 1/100 < 1/100 < 1/100 < 1/100 -

N° UFC/ml 58 2 <1 200 < 1 x 100


Quadro 06 Síntese das análises bacteriológicas realizadas em águas da Fonte Ipê

4.5.3 CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DA FONTE IPÊ


Uma forma de visualizar, interpretar e classificar uma amostra qualquer amostra ou um
grupo de amostras de água é através de diagramas hidroquímicos, dentre eles o Diagrama
de Piper e o Diagrama de Stiff, presentes nas Figuras 12 e 13. Tratam-se de métodos
gráficos que representam ferramenta valiosa para o estudo dos padrões hidroquímicos das
águas subterrâneas, interação rocha-água e demais processos atuantes na formação dos
diversos aquíferos (Gastmans et alli, 2005).
Um dos mais populares e utilizados é o diagrama triangular de Piper (Figura 12), que
possibilita a representação gráfica de determinado grupo de amostras, contendo as
concentrações ou teores em porcentagem miliequivalente por litro (%meq/l) para ânions
e cátions analisados. Na confecção deste diagrama os resultados analíticos absolutos são
convertidos em miliequivalente por litro e posteriormente recalculados para 100% , então
procede-se à plotagem das concentrações num sistema ternário, onde cada vértice dos
triângulos inferiores corresponde a 100% do cátion e ânion correspondente. Da intersecção
gerada pelo prolongamento das retas paralelas às faces externas dos triângulos inferiores
(Mg e SO4), projeta-se um losango superior subdividido os campos com a classificação
hidroquímica da amostra.
As amostras de água da Fonte Ipê quando lançadas do triângulo de cátions neste diagrama,
caem no campo das águas cálcicas, e no triângulo dos ânions, plota no campo das águas
bicarbonatadas. Pela classificação composta obtida no losango superior, as amostras se
situam entre o campo das águas bicarbonatadas cálcio magnesianas e águas

64
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bicarbonatadas cálcio sódicas. Se considerarmos a análise do laboratório LabQi, esta situa-


se sobre o campo das águas bicarbonatada cálcio magnesiana. As análises de águas
coletadas em poços tubulares mapeados ao longo da Bacia do Rio Alegria revelam que o
PT-02 é classificado no campo das águas bicarbonatadas cálcio magnesianas enquanto que
a água do PT-03 é classificada como água bicarbonatada sódica

O diagrama de Stiff (Figura 13) tem a desvantagem de permitir a visualização de apenas


uma amostra por vez, mas em compensação facilita o rápido reconhecimento do
comportamento químico da análise considerada de acordo com sua geometria. Sua
construção é feita a partir de quatro eixos hor izontais paralelos separados por uma linha
central verticalizada, a partir da qual são lançadas as concentrações em miliequivalentes
(meq) dos cátions para a esquerda, e dos ânions para a direita da linha central. Os pontos
contendo os teores individuais são ligados, formando um polígono irregular. Assim, uma
rápida análise visual da forma e extensão do polígono, em ambos os lados, fornece ao
observador uma primeira interpretação do quimismo da água, ou seja, se é enriquecida
ou empobrecida em determinados cátions e ânions. No presente caso optou -se por
suprimir o quarto eixo horizontal, referente ao cátion ferro e ao ânion carbonato, visto
seus teores serem ausentes ou insignificantes.
A leitura dos gráficos no diagrama de Stiff resulta num prolongamento maior do vértice
do bicarbonato e do cálcio para as análises da Fonte Ipê. O poço PT-02 mostrou
comportamento semelhante, já o poço do PT -03 possui enriquecimento em sódio,
alterando sua forma em relação aos demais .

Quando comparados, tanto o diagrama de P iper quanto o de Stiff revelam uma nítida
correlação no tocante ao comportamento hidroquímico das águas, ou seja, são
essencialmente bicarbonatadas e cálcicas, coerentes com as águas do Sistema Aquífero
Serra Geral - SASG.

4.5.4 - ÁGUAS SUPERFICIAIS

A caracterização das águas superficiais foi feita com base em quatro (4) amostras,
nomeadas de JB-01/AS a JB-04/AS. Elas foram coletadas ao longo do Rio Alegria,
contemplando toda sua extensão desde as nascentes até a sua foz, de for ma a se ter um
panorama mais abrangente possível. A localização dos pontos de coleta pode ser
observada no Mapa IV e no Quadro 07A observam-se os parâmetros físico-químicos
medidos in loco, enquanto que no Quadro 07B é possível observar uma síntese dos
parâmetros analisados em laboratório (LabQi).

Os parâmetros dosados permitem discorrer acerca de algumas considerações sobre a


origem dos sais dissolvidos, expostos a seguir. Os laudos das análises físico-químicas das
águas superficiais podem ser observados no Anexo III. Assim como o poço P-01, alguns
parâmetros físico-químicos também são indicativos da composição e classificação química
destas águas, e podem ser observados no Diagrama de Piper ( Figura 12) e de Stiff (Figura
13).

65
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COLETA DE ÁGUA SUPERFICIAL - Jossemar Biberg - Medianeira (PR)


PARÂMETROS MEDIDOS EM CAMPO
Temperatura Condutividade TDS
Ph Salinidade (ppm)
(°C) (uS/cm) (ppm)
JB-01/AS 23,3 7,24 42 21 21
JB-02/AS 23,9 7,68 352 176 176
JB-03/AS 25,2 7,82 305 153 153
JB-04/AS 26,3 7,32 264 132 132
Quadro 07A Parâmetros físico-químicos obtidos em campo a partir de amostras de água da
rede hidrográfica da Bacia do Rio Alegria

PARÂMETROS MEDIDOS EM
JB-01/AS JB-02/AS JB-03/AS JB-04/AS
LABORATÓRIO

Cálcio (mg/l) 5,89 11,09 9,01 14,78


Magnésio (mg/l) 2,50 2,77 2,87 3,40
Sódio (mg/l) 1,00 24,20 19,00 15,00
Potássio (mg/l) 0,80 5,20 4,80 4,20

Bicarbonatos (mg/l) 24,31 56,54 32,45 17,55


Carbonatos (mg/l) N.D. N.D. N.D. N.D.
Cloretos (mg/l) 1,55 56,30 43,70 38,10
Sulfatos (mg/l) N.D. N.D. N.D. N.D.
Obs.: Análises realizadas no Laboratório LabQi (Laudos no ANEXO III)

Quadro 07B - Parâmetros físico-químicos (mg/I) obtidos em laboratório a partir de amostras de


água da rede hidrográfica da Bacia do Rio Alegria

Como esperado, as águas superficiais se mostram menos mineralizadas ou mais leves, em


comparação com às águas subterrâneas, conforme análise dos valores contidos nos
Quadros 05, 06 e 07B. Observando o Diagrama de Stiff (Figura 13), nota-se uma
geometria contrastante da amostra JB-01/AS, quando comparada com as demais. Este fato
pode ser explicado em razão da posição em que a amostra foi coletada, a montante do
perímetro urbano de Medianeira, enquanto que as demais foram coletadas a jusante da
área urbanizada. Os valores obtidos para STD e condutividade elétrica também
demonstram esta inconformidade, onde a amostra JB-01/AS possui STD = 23,30 mg/l e
condutividade elétrica = 42 mS/cm², enquanto que as médias das demais amostras são de
STD = 154 mg/l e condutividade elétrica = 307 mS/cm². Outra característica a ser
destacada é que, nas amostras JB-02/AS a JB-04/AS, os teores de íons, de forma geral,
são menores quanto mais a jusante na bacia, isto é, quando mais se distanciam do
perímetro urbano de Medianeira, com exceção dos cátions Cálcio e Magnésio, que
aumentam em teor devido à interação com a bacia.

O comportamento acima descrito está representado no diagrama de Piper (Figura 12),


onde no triângulo de cátions, as amostras apresentam uma tendência linear abrangendo
o campo das águas sódicas, mistas e cálcicas. No triângulo dos ânions são classificadas
como águas cloretadas, com exceção da amostra JB-01/AS, que plota no campo das águas
bicarbonatadas, novamente evidenciando a influência do perímetro urbano de Medianeira.
No losango de classificação composta, a amostra JB-01/AS plota no campo das
bicarbonatadas cálcio magnesianas, enquanto que as demais situam-se entre os campos

66
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das águas sulfatadas cálcio sódico magnesianas, águas sulfatadas bicarbonatadas cálcio
sódica magnesianas e águas bicarbonatadas cloretadas sódicas.

O uso e ocupação do solo na bacia, que será descrito no próximo item deste Relatório ,
constitui objeto de planejamento e monitoramento contínuos por parte dos órgãos
competentes, uma vez que ocupação desordenada e /ou atividades não permitidas na
bacia pode comprometer seriamente a qualidade hídrica na captação. Nesse sentido,
importa pontuar o fato de que 18,35% da área da bacia Hidrográfica do Rio Alegria
encontra-se urbanizada, e 55,29% é ocupada por área agrícolas, com culturas sazonais de
soja, milho e trigo.

Dos parâmetros analisados (Quadro 07B), aqueles que são indicativos de potabilidade se
mostram perfeitamente adequados à legislação, pelo menos no que se refere aos
parâmetros físico-químicos, conforme abaixo:

SDT: 21 a 176 mg/l


Nitrato: 0,4 a 1,55 mg/l
Sulfato: <0,5
Sódio: 1 a 24,20 mg/l

Logicamente, vários outros indicadores são usados na verificação da qualidade hídrica,


como DBO, nitritos, coliformes, substâncias oriundas de agrotóxicos/fertilizantes,
hidrocarbonetos e etc. Portanto, as águas locais devem ser analisadas com ressalva quanto
ao risco de contaminação, visto as condições atuais de uso e ocupação do solo, como
mencionado anteriormente.

67
DIAGRAMA DE PIPER

4
IV II
9

8
V
VII III
6 7

11

Mg 10
SO4
5
2 3 VIII VI
4
1

3
Águas Águas
Magnesianas Sulfatadas

IX
3

4
6 Águas Águas
Mistas Mistas
s

12
da

11

C lo
arb guas

Ág tada
ata

10

re
ua s
Águas 31 Águas
on
Á

s
Cálcicas 5 2 4 9 8 Sódicas
Bic

54
12 12 3 1 6 7 8 9
211 10
Ca Na+K HCO3 + CO3 Cl
Cálcio (Ca) Cloreto (Cl)
%meq/l
CÁTIONS ÂNIONS

I Água cloretada sulfatada cálcio magnesiana LEGENDA


LABORATÓRIO
II Água sulfatada cálcio sódica magnesiana
LAMIN

III Água cloretada sódica


LabQI
IV Água bicarbonatada sulfatada cálcio magnesiana

V Água sulfatada bicarbonatada cálcio sódica magnesiana AMOSTRA

VI Água bicarbonatada cloretada sódica Fonte Ipê

VII Água bicarbonatada cálcio magnesiana


Poços tubulares profundos do entorno

VIII Água bicarbonatada cálcio sódica


Águas superficiais
IX Água bicarbonatada sódica

Figura 12 - Diagrama de Piper com as concentrações de cátions e ânions para a


Fonte Ipê, poços tubulares profundos do entorno e águas superficiais
DIAGRAMA DE STIFF

Água Subterrânea Águas Superficiais


cátions meq/l ânions cátions meq/l ânions
2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5

100/LAMIN/2015 JB-01-AS

095/LAMIN/2019 JB-02-AS

248/LAMIN/2019 JB-03-AS

317/LAMIN/2019 JB-04-AS

425/LAMIN/2019

LEGENDA
JB-01-PT
Fonte Ipê
Poços tubulares profundos do entorno
Águas superficiais
PT-02

Na+K Cl
PT-03
Ca HCO3 + CO3

Mg SO4

Figura 13 - Diagrama de Stiff com as concentrações de cátions e ânions para a Fonte Ipê, poços tubulares
profundos do entorno e amostras de águas superficiais
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4.6 - USO DO SOLO

O diagnóstico atual referente ao uso do solo foi obtido através da elaboração do Mapa de
Uso do Solo (Mapa V) para a Bacia do Rio Alegria, no qual se tem plotada a poligonal de
pesquisa, bem como a subdivisão das classes de usos reconhecidas e interpretadas em
escala 1:45.000. Para a elaboração do referido mapa foram utilizadas imagens de satélite
e do Google Earth e reconhecimento de campo para checagem e detalhamento das classes
previamente interpretadas e cartografadas. Os resultados quantitativos, para cada classe
interpretada, encontram-se no Quadro 08, e a Figura 14 ilustra o zoneamento em forma
de gráfico.

Quadro 08 - Zoneamento do uso do solo da Bacia Hidrográfica do Rio Alegria

Figura 14 - Gráfico de pizza ilustrando a proporção em porcentagem do zoneamento


do uso do solo da Bacia do Rio Alegria

A leitura do mapa e a análise dos números acima demonstram que a maior parte da área
total da Bacia do Rio Alegria detém de 55,29%, equivalente à 3.718,74 ha, e é utilizada
para fins agrícolas, sendo que as culturas mais comuns são de soja e milho.

70
784.000 788.000 792.000 796.000

MAPAS DE SITUAÇÃO LEGENDA


p/ Missal-PR -54° -51° -48° PLANIMETRIA

Rede de drenagem perene Rede de drenagem intermitente


SP
MS
L.T.
Linha de transmissão . Localidades
Bacia Hidrográfica do Rio Alegria
6.726,42 ha = 100,00% Limite municipal
P PARANÁ
A
R Medianeira
Poligonal ANM n° 826.205/2015 E
! Poço tubular profundo - Fonte IPÊ
Curitiba
A
Ì sb Pedreira ativa de saibro
R SC
G USO DO SOLO
Áreas agrícolas Áreas de servidão (Acessos)
54°5'50"W
3.718,74 ha = 55,29% 56,87 ha = 0,85%
!

Missal Ramilândia

Áreas urbanizadas Áreas edificadas


1.233,98 ha = 18,35% 19,59 ha = 0,29%
. São Bernardo
! Medianeira

Florestas ciliar e secundária Áreas de reflorestamento


1.095,30 ha = 16,28% 22,11 ha = 0,33%

¬
«
495
Áreas de pastagens e campos Corpos d'água
574,63 ha = 8,54% 5,20 ha = 0,08%
! Serranópolis
do Iguaçu
.
! 54°5'50"W
Assentamento Sávio
ESTATÍSTICAS DO USO DO SOLO

! !
!

. Linha Alegria
!
!
! ¬
« 495

p/ Cascavel-PR 16,28%

55,29%

£
¤277
18,35%

.
!
. Linha Salvador
!

!
! Sub-estação COPEL ETE SANEPAR !
.

Poligonal ANM

µ
.
! n° 826.205/2015
Linha Nossa Sra. da Saúde DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/2021)
NG NQ E CONVERGÊNCIA MERIDIANA DO
NM CENTRO DA FOLHA
E
!
(Medianeira, 1: 25.000; DSG, 1998)

-17°08' -1°15'21"
!

MEDIANEIRA Escala Horizontal: 1:45.000

A DECLINAÇÃO MAGNÉTICA CRESCE 0 0,5 1 2


!

.
! - 00° 07' 00'' ANUALMENTE km
Morro Nossa Sra. da Salete
datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S

£
¤ 277

!
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA

MAPA DE USO DO SOLO DA BACIA DO RIO ALEGRIA


Local: Município: Estado: Data: Mapa:

V
!

Bairro Ipê Medianeira Paraná AGO/2021


Ì sb
Substância: Escala: Proc. ANM n°: Área:

Água Mineral 1:45.000 48413.826205/2015-87 35,98 ha


!
¬
«495
Titular: Resp. Técnico:

. Colônia Murado
!
p/ Serranópolis do Iguaçu-PR
JOSSEMAR BIBERG José Roberto de Góis
CPF: 016.929.829-90 Geólogo - CREA-PR: 15.555/D
784.000 788.000 792.000 796.000
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

A segunda utilização mais abrangente do solo desta região ( 18,35%) pertence ao meio
urbano, coincidente com a sede do município de Medianeira, utilizando uma área com
cerca de 1.234 ha. Esta classe é seguida por áreas de floresta ciliar e secundária , que
totalizam 16,28% (1.095,3 ha) da bacia e estão concentradas nas margens das drenagens.

As áreas de pastagem e campos, por sua vez, ocupam 8,54% da Bacia do Rio Alegria,
sobressaindo a pecuária extensiva e confinada, sendo os maiores rebanhos representados
por aves, bovinos e suínos. A superfície ocupada pelas áreas de servidão, edificadas, de
são menos significativas, com 0,85%, 0,29%, 0,33% e
0,08%, respectivamente, da área total da Bacia.

Não obstante, a partir do Mapa V, verifica-se que a poligonal de pesquisa é constituída


quase que integralmente por zona urbanizada, à exceção dos trechos coincidentes com a
rede de drenagens, onde o solo pertence às classes de floresta ciliar, secundária e corpos
.

5. RESULTADOS OBTIDOS

5.1 - GEOLOGIA DA ÁREA

O contexto geológico da Bacia do Rio Alegria (Mapa III), bem como da poligonal do
empreendimento, observado com detalhe no Mapa VI, é relativamente simples em termos
litoestatigráficos, sendo representado basicamente por derrames basálticos pe rtencentes
ao Grupo Serra Geral. Contudo, localmente estas rochas apr esentam variações texturais,
estruturais e composicionais acentuadas. Ocorrem também, mas de modo restrito,
depósitos aluvionares associados a porções de planície do Rio Alegria.

As características geológicas da área do empreendimento foram definidas a pa rtir de


várias fontes de informação, destacando -se o mapeamento realizado pela MINEROPAR
(2013), teses de mestrado e doutorado, sensoriamento remoto e mapeamento de campo
detalhado.

Ao todo foram descritos 12 pontos de afloramento, dentro da área e em seu entorno . O


Anexo V apresenta a descrição detalhada dos pontos, bem como a coordenada de cada
um. A Prancha 05, por sua vez, ilustra os principais afloramentos descritos na área da
bacia hidrográfica em questão, ressaltando que especificamente no interior da poligonal
foram mapeadas as unidades Membro Flor da Serra do Sul (Formação Barracão) e Membro
Santa Quitéria (Formação Cascavel), como mostra o mapa geológico de detalhe ( Mapa VI).

5.1.1 DEPÓSITOS ALUVIONARES

Esta unidade ocupa apenas 0,12% da área da bacia, correspondendo a 9,61 ha, não
ocorrendo dentro da área da poligonal de pesquisa. Apesar de não terem sido descritos
pontos de campo nesta unidade, foram observados em campo, e seus depósitos foram
identificados através de imagens de satélite.

Está presente junto a calha do Rio Alegria, na porção norte da bacia, em áreas de relevo
plano a suave ondulado. É formada por sedimentos inconsolidados nas frações areia, silte,
argila e cascalhos, podendo apresentar também blocos. Quanto à sua mineralogia, é
composta por magnetita, quartzo e fragmentos de basalto.

72
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5.1.2 GRUPO SERRA GERAL

A descrição de afloramentos, bem como a compilação de mapas existentes, permitiu o


reconhecimento principalmente de basaltos e secundariamente possíveis brechas
hidrovulcanoclásticas. Os basaltos são afaníticos e faneríticos equigranula res, com
estruturas maciça, amigdaloidal e vesicular e cores variando entre cinza claro, cinza
escuro, cinza esverdeado, cinza acastanhado e cinza arroxeado; as brechas
hidrovulcanoclásticas possuem matriz composta por hidrotufo avermelhado muito fino e
arcabouço composto por fragmentos de basalto amigdaloide ou basalto maciço.

O basalto recobre uma área de 7.760,13 ha, equivalentes a 99,87% da bacia hidrográfica
e a totalidade da área da poligonal de pesquisa. Compreende três membros distribuídos
nas duas formações mais basais do Grupo Serra Geral (Fm. Barracão e Fm. Cascável); para
os dois membros superiores, foi possível ainda, individualizar o topo e base de quatro a
cinco derrames.

5.1.2.1 Formação Barracão Membro Flor da Serra do Sul (JKsgbf)

Esta unidade ocupa 49,80% da área das bacias, correspondendo a 3.869,76 ha e foi descrita
no ponto de campo 12 (Anexo V). Na área da poligonal de pesquisa ela recobre um total
de 50,07%, correspondendo a 18,04 ha. Está presente nas regiões de relevo
predominantemente suave ondulado e subordinadamente ondulado e plano, tanto na área
da Bacia do Rio Alegria quanto na área da poligonal de pesquisa .

De acordo com MINEROPAR (2013), o Membro Flor da Serra do Sul recobre a porção NW do
Grupo Serra Geral, estendendo-se continuamente de Cascavel até o Norte Pioneiro, no
vale do rio Paranapanema. Esta unidade ocorre geralmente entre as cotas 340 e 640
m.s.n.m., com espessura máxima não ultrapassando os 40 m, descontando os efeitos da
tectônica rúptil, sendo que na região do município de Medianeira ele recobre os derrames
do Membro Santa Quitéria (MINEROPAR, 2013). Na porção do Médio Rio Alegria, esta
unidade ocorre em toda a metade superior das vertentes, recobrindo os basaltos do
Membro Santa Quitéria, bem como na porção do Alto Rio Alegria, onde ocorre tanto na
base quanto no topo das vertentes. Ela é mapeável entre as cotas 360 e 560 m.s.n.m.,
aproximadamente.

Sua associação faciológica é composta por dois a quatro derrames tabulares com
entablamento em cunha de ferro-basalto, com intercalações finas de brecha
hidrovulcanoclástica e hidrotufo fino laminado (MINEROPAR, 2013) . Ainda de acordo com
MINEROPAR (2013), os basaltos possuem feições bastante típicas sendo elas: zona de topo
microvesicular, entablamento em cunha, disjunção tetragonal e a ocorrência de
pegmatitos básicos.

As descrições das lâminas delgadas realizadas por MINEROPAR (2013) caracterizaram a


seguinte assembleia mineral: oligoclásio ou andesina, augita, iddingsita, vidro, limonita e
minerais opacos. Foi possível identificar ao menos duas gerações de plagioclásio e duas de
piroxênio, a primeira geralmente ocorre como fenocristais e a segunda como matriz. A
andesina ocorre como parte de uma fase pós magmática e associada a pegmatitos básicos.

Em campo, o único afloramento descrito desta unidade é um basalto que se apresenta


como blocos decimétricos com esfoliação esferoidal em leito de drenagem. Quando
intemperizado, ocorre com uma fina capa de alteração de espessura milimétric a e cor

73
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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alaranjada. Ele possui estrutura maciça, textura fanerítica equigranular fina e cor cinza-
médio. A mineralogia é composta por plagioclásio e piroxênio, com a magnetita como
mineral acessório.

5.1.2.2 Formação Cascavel Membro Santa Quitéria (JKsgcs)

Esta unidade ocupa 30,03% da área da bacia, correspondendo a 2.332,96 ha e foi


identificada nos seguintes pontos de campo: 6, 9, 10 e 11 (Anexo V), na área da poligonal
de pesquisa ela recobre cerca de 49,93%, correspondendo a 17,99 ha. Está presente nas
regiões de relevo predominantemente ondulado e subordinadamente suave-ondulado,
podendo ocorrer também como forte-ondulado em parte das vertentes da área da bacia;
na área da poligonal ela ocorre em relevo predominantemente suave-ondulado.

Esta unidade estende-se ao longo do vale do rio Iguaçu até próximo de Guaraniaçu e é
circundado nas bordas oeste, leste e sul pelo Membro Foz do Iguaçu, ao qual é sotoposto,
e ocorre recobrindo as litofácies do Membro Toledo (MINEROPAR, 2013). Próximo à cidade
de Medianeira, o Membro Santa Quitéria é recoberto pelos derrames do Membro Flor da
Serra do Sul. Ainda de acordo com MINEROPAR (2013), esta unidade ocorre geralmente
entre as cotas 370 e 520 m.s.n.m., com espessura aflorante máxima de 140 m,
desconsiderando os efeitos da tectônica rúptil. Na área de pesquisa o corre nas metades
inferiores das vertentes do Rio Alegria e seus afluentes ; o mesmo se aplica para a área da
bacia até mais ou menos sua porção central, quando passa a ocupar a metade superior das
encostas.

A sua associação faciológica é composta por uma intercalação de derrames lobados e lobos
tabulares, níveis de brechas hidrovulcanoclásticas e lâmina de hidrotufo, com delgados
corpos de basalto de geometria tabular (MINEROPAR, 2013). Os basaltos são maciços, com
zona vesicular de topo pouco desenvolvidas, mas com os níveis de brecha
hidrovulcanoclástica associados a hidrotufos finos lateralmente persistentes e bem
desenvolvidos (MINEROPAR, 2013). As descrições das seções-tipo apontam que o tipo mais
comum de disjunção é a colunar quadrática, ocorrendo juntas retas e fechadas ou quando
abertas preenchidas por sílica (MINEROPAR, 2013).

Ainda de acordo com MINEROPAR (2013), as descrições das lâminas delgadas


caracterizaram a seguinte assembleia mineral: andesina ou labradorita, augita, minerais
opacos, celadonita preenchendo cavidades, apatita, iddin gsita, óxidos de ferro e quartzo.
Foi possível identificar ao menos duas fases de plagioclásio e piroxênio, a primeira ocorre
como fenocristais e a segunda ocorre como matriz.

Em campo o basalto aflora em saibreiras, taludes em cortes de estradas e na forma de


blocos com esfoliação esferoidal em leitos de drenagem . Ocorre quase sempre, com
intemperismo moderado a forte, com os litotipos apresentando cor cinza- esbranquiçado
ou ainda uma capa de alteração milimétrica de cor castanho -alaranjada. Os afloramentos
em saibreiras e cortes de estrada, apresentam-se intensamente fraturados com fraturas
de padrão em cunha e conchoidal, que quando abertas são preenchidas por calcita; além
desses dois padrões ocorre localmente um padrão de fraturamento horizontalizado e
curvilíneo podendo indicar fluxo.

74
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Em amostra de mão, a mineralogia desta unidade é composta essencialmente por


plagioclásio e piroxênio, ocorrendo ainda a magnetita como mineral acessório. A cor mais
comum é o cinza médio, mas ocorrem também exemplares em tons acastanhados e
esverdeados, dependendo da mineralogia e textura da rocha.

Os basaltos possuem estrutura maciça e textura fanerítica equigranular muito fina, ou


mais raramente afanítica. Podem ocorrer vesículas e amigdalas de diâmetro milimétrico
a decimétrico, com aspecto arredondado ou lenticular, geralmen te preenchidas por
calcedônia e quartzo e revestidas por celadonita.

As brechas hidrovulcanoclásticas ocorrem como níveis em meio aos basaltos, sendo


compostas por blocos centimétricos a decimétricos de basalto afanítico maciço ou
amigdaloidal em meio a uma matriz de hidrotufo fino de cor cinza-clara.

5.1.2.3 Formação Cascavel Membro Toledo (JKsgct)

Esta unidade ocupa 20,04% da área da bacia, correspondendo a 1.557,41 ha e foi


identificada nos seguintes pontos de campo: 1, 2, 3, 4, 5, 7 e 8 (Anexo V), não ocorrendo
na área da poligonal de pesquisa. Está presente nas regiões de relevo predominantemente
ondulado a suave-ondulado.
Segundo MINEROPAR (2013) ela aflora no extremo oeste do Terceiro Planalto Paranaense
e é o Membro de topo e o mais espesso da Formação Cascavel, atingindo cerca de 380 m
de espessura total aparente, descartando-se os efeitos da tectônica rúptil. Na área da
bacia do rio Alegria ela é mapeável desde sua porção média , ocorrendo na metade inferior
das encostas até a porção norte da bacia, onde ela passa a ocorrer tanto no topo quanto
na base das vertentes.
A sua associação faciológica inclui abundantes lobos vesiculares de ferro -basalto, presença
de brecha hidrovulcanoclástica, hidrotufo e lobos de basalto cinza (MINEROPA R, 2013).
Uma característica comum desta unidade é a presença de vesículas irregulares no topo
dos derrames e a distribuição da clorita em rede irregular e descontínua, produto de
alteração hidrotermal do piroxênio intersticial (MINEROPAR, 2013). Segundo d escrições de
seções-tipo realizadas por MINEROPAR (2013), a disjunção colunar irregular, o
entablamento sigmoidal de médio porte e o entablamento em cunha são feições tectônicas
típicas desta unidade.
A descrição de lâminas delgadas realizadas por MINEROPAR (2013) demonstrou a seguinte
assembleia mineral dos basaltos do Membro Toledo: andesina, augita, minerais opacos,
carbonato, magnetita e clorita. Foi possível identificar duas fases de plagioclásio e
piroxênio, na primeira ocorre como fenocristais e na segunda ocorre na matriz.

Em campo o basalto aflora em saibreiras, taludes em cortes de estradas, e na forma de


lajes e blocos com esfoliação esferoidal em leitos de drenagem. Em alguns pontos
apresenta forte a moderada alteração intempérica, sendo observ ado em alguns blocos
uma capa de alteração milimétrica de cor alaranjada ou cinza -esbranquiçada; esses blocos
podem ocorrer soltos ou em meio a um regolito argiloso castanho-avermelhado. Quando
em saibreiras e cortes de estrada, apresenta-se moderada a intensamente fraturado, com
fraturas de padrão em cunha e conchoidal que quando abertas podem estar preenchidas
por calcita.

75
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Em amostra de mão a mineralogia desta unidade é composta por plagioclásio e piroxênio,


com magnetita como mineral acessório. A cor mais comum é o cinza -médio, podendo
ocorrer exemplares em tons acastanhados, arroxeados e esverdeados a depender da
mineralogia e textura.

Os exemplares ocorrem predominantemente com estrutura maciça e textura fanerítica


equigranular muito fina a fina, podendo ocorrer com textura afanítica. Vesículas e
amigdalas ocorrem de maneira esparsa, são milimétricas a decimétricas, com formato
arredondado ou lenticular, preenchidas por calcedônia ou quartzo e revestidas por
celadonita.

Além dos basaltos foram observadas também brechas com blocos centimétricos, angulosos
e orientados de basalto maciço esbranquiçado em meio a uma matriz de hidrotufo fino de
cor avermelhada. Essa brecha ocorre em meio a uma fratura, com atitude da orientação
dos blocos verticalizada.

76
792.800 793.150 793.500

0
µ 100 200
m
LITOESTRATIGRAFIA

Jurássico - Cretáceo
GRUPO SERRA GERAL
1:5.000 Formação Barracão
datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S
JKsgbf
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/
Membro Flor da Serra do Sul (JKsgbf): Intercalação de derrames tabulares de ferro basalto cinza
! !

2021) E CONVERGÊNCIA MERIDIANA


DO CENTRO DA FOLHA
arroxeado a esverdeado e brecha hidrovulcanocl ástica. O basalto é cinza-médio, maciço, de
!

!
(Medianeira, 1:25.000; DSG, 1998)
NG NQ granulação fina a muito fina, textura fanerítica equigranular e composto por plagiocl ásio, piroxênio
NM
e traços de magnetita. Quando intemperizado apresenta uma fina capa de altera ção de cor
castanho-claro e esfoliação esferoidal
-17°08' -1°15'21"
Formação Cascavel
JKsgcs
JKsgcs
A'
£
¤
277
A DECLINAÇÃO MAGNÉTICA CRESCE
- 00° 07' 00'' ANUALMENTE
Membro Santa Quitéria (JKsgcs): Intercalação de derrames lobados de basalto vesicular, com
abundantes brechas de fluxo, brecha hidrovulcanocl ástica, arenito conglomerático e hidrotufo.
O basalto é cinza-médio a cinza esverdeado, geralmente maciço, textura predominantemente
fanerítica equigranular de granulação fina a muito fina e subordinadamente afan ítico;
JKsgbf composto por plagioclásio, piroxênio e traços de magnetita. Quando vesicular ou amigdaloidal,
as cavidades possuem diâmetro milimétrico a decimétrico, apresentam formato arredondado
Fonte Ipê e em alguns casos lenticulares, preenchidas por calced ônia, quartzo e celadonita. As fraturas
E
! são em cunha ou conchoidal, podendo em alguns casos apresentarem formato curvil íneo
indicando fluxo; quando abertas podem ser preenchidas por calcita

GEOLOGIA PLANIALTIMETRIA

Lineamentos estruturais Rio Alegria

Contato entre Unidades Rede de drenagem intermitente

Contato entre derrames Corpos d'água


A A A'
Perfil geológico Rodovia federal (BR-277)

Arruamento

Poligonal ANM n° 826.205/2015


JKsgcs
E
! Poço tubular profundo - Fonte IPÊ
fonte: Modificado da Folha Geológica Foz do Iguaçu
(SG.21-X-D); escala 1:250.000; MINEROPAR (2013).

JKsgbf
JKsgcs JKsgbf
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA

792.800 793.150 793.500 MAPA GEOLÓGICO DE DETALHE


Local: Município: Estado: Data: Mapa:
PERFIL GEOLÓGICO LEGENDA

VI
Bairro Ipê Medianeira Paraná AGO/2021
(m) A (SW) A' (NE)
Limite da poligonal ANM Contato litológico
400 Substância: Escala: Proc. ANM n°: Área:
Fonte Ipê Contato entre derrames
Água Mineral 1:5.000 48413.826205/2015-87 35,98 ha
Rio Alegria
E
!
Rio Alegria
380 Titular: Resp. Técnico:
Lineamentos

Limite poligonal ANM


360 E
!
887 m Fonte Ipê JOSSEMAR BIBERG José Roberto de Góis
Exagero vertical: 3x CPF: 016.929.829-90 Geólogo - CREA-PR: 15.555/D
A B

C D

E F

PRANCHA 05 ASPECTOS DA GEOLOGIA DA ÁREA E ENTORNO: PG-03 - Afloramento em saibreira


exibindo basalto cinza médio e textura afanítica (A e B); PG-05 - Afloramento em laje do Rio
Alegria composto por basalto de cor cinza médio com estrutura amigdaloidal (C e D) e PG-08
Afloramentos de basalto amigdaloidal ao longo da encosta, o basalto apresenta coloração cinza
acastanhado com amígdalas preenchidas por quartzo, calcita e celadonita (E e F)

TRAVESSA GUARUJÁ, 111 - SEMINÁRIO - CEP 80.310-020 CURITIBA/PR


FONES: (41) 3016-6235 geoplanejamento@gmail.com / gois@geoplanejamento.com.br
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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

5.1.3 ESTRUTURAS

Dada as características geológicas da área e região, com ocorrência de rochas vujlcânicas


básicas a ácidas-intermediárias, sobressaem como principais estruturas os sistemas de
falhas e fraturas, resultado da atuação de uma tectônica essencialmente rúptil o u
quebradiça. Os vários sistemas de falhas e fraturas foram interpretados , primeiramente,
a partir da análise de imageamento por satélite (ALOS -PALSAR), através de mapas de
relevo sombreado Em seguida foram analisados através da descrição de afloramentos em
campo, com a tomada de medidas das estruturas planares e tratamento em diagramas
estruturais, ilustrados na Figura 15.

Figura 15 Diagramas de roseta e diagramas de Schmidt-Lambert ilustrando as principais


direções de planos de falha e fraturas medidos em campo (A e C) e interpretados através de
imageamento de satélite (B e D)

No Mapa III foram plotados os principais sistemas interpretados através da análise do


relevo sombreado, com destaque para aqueles com orientação geral N60 -75W (16,60%),
N15-30W (13,41%), N60-75E (12,29%) e N15-30E (11,48%), etc. A análise do diagrama de

79
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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roseta para as medidas de fraturas obtidas em campo destaca um trend principal para
N75-90W, contendo 22,24% das atitudes, vindo em seguida os sistemas N75-90E e N15-30E,
ambos com 12,3% e N30-45W, com 11,2%. Estes diagramas, elaborados a partir de fontes
de dados distintas, se mostram coerentes quanto às classes estatísticas obtidas para os
sistemas rúpteis ocorrentes na região.
Nos diagramas estruturais Schmidt-Lambert e de rosetas, ilustrados também na Figura 15,
estão plotados 89 planos de sistemas rúpteis recuperados nos afloramentos descr itos no
interior da Bacia do Rio Alegria e 879 de lineamentos interpretados através do
imageamento de satélite. A leitura dos mesmos mostra as classes modais abaixo.
a) Diagrama Schmidt-Lambert
O tratamento dos planos de fratura medidos em campo neste diagrama resultou em cinco
(5) direções principais, todas subverticalizadas, listadas a seguir:

Um pico principal orientado segundo N80W com frequência de 20-24% (classe 1);
A classe 2, com frequência entre 16-20% orientado segundo N74E;
Duas classes apresentando frequência entre 8 -12%: a Classe 3, orientada segundo
N22E e a Classe 4, orientada segundo N36W;
Um pico menor (classe 5 no diagrama), com frequência de 4 -8% e orientação N60W.

O tratamento dos dados de lineamento resultou em outras cinco (5) direções principais,
também todas subverticalizadas, listadas abaixo:

Um pico principal (Classe 1) orientado em N68W e frequência de 16 -18%;


Um pico com frequência 14-16% e orientado segundo N19W (Classe 2);
Um pico com orientação N71E (Classe 3) e frequência de 12-14%.
E dois picos com frequências semelhantes entre 10 -12%: a Classe 4, com orientação
segundo N23E e a Classe 5, com atitude de N48W;

b) Diagrama de Rosetas
No Diagrama de Rosetas dos dados de fraturas, obteve-se como principais classes modais,
pela ordem de frequência:

Uma classe máxima, com 22,24% de frequência, mostrando orientação geral N75 -
90W;
Três picos com frequências relativamente semelhantes , entre 10-14%, mostrando
orientação geral em N75-90E, N15-30E e N30-45W:
Várias outras classes menores: N60-75E e N45-60W (~9,0%), N45-60E (~8,0%), N60-
75W (~7,0%), N0-15W (~3,0%), N15-30W e N30-45E (~2,0%).

O tratamento dos dados de lineamentos resultou em um diagrama de rosetas em que se


obteve como principais classes modais, pela ordem de f requência:

Uma classe máxima, com 16,60% de frequência, mostrando orientação geral N60 -
75W;
Três classes com frequências semelhantes: um pico em N15-30W e frequência de
13,41%; uma com orientação N60-75E e frequência de 12,29%; e um pico em N15-
30E e frequência de 11,48%;
Várias classes menores: N45-60W (~9,0%), N75-90E (~8,5%), N-15W e N30-45W
(~8,0%), N75-90W (~7,0%), N0-15E (~2,0%) e N30-45E (~1,5%).

80
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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Observa-se que existe uma razoável correlação entre os planos estatísticos obtidos nos
dois diagramas. Estes sistemas rúpteis visivelmente controlam a rede de drenagem local,
com porções do Rio Alegria e parte de seus afluentes tendo seus leitos principais
controlados por sistemas de trend NW-SE (N60-75W, N15-30W) e alguns trechos menores
do Rio Alegria e alguns de seus afluentes controlados por estruturas NE-SW.

5.2 - POÇO TUBULAR PROFUNDO FONTE IPÊ (P-01)

O poço P-01 foi perfurado pela empresa IGUAÇU Poços Artesianos entre os dias 15/01/2015
e 17/01/2015, atingindo profundidade de 100 metros e fornecendo uma vazão de 7,9 m3/h
(com crivo da bomba em 84 m), mensurada em teste de vazão de 6 h realizado no dia
20/01/2015, logo após a perfuração.

Em 04/09/2015 a IGUAÇU Poços Artesianos realizou um novo teste de vazão no poço P -01,
com duração de 30 horas e crivo da bomba em 84 m de profundidade. Ao final do teste os
parâmetros hidráulicos obtidos foram:

Profundidade final: 100 metros


Vazão: 9,6 m3/h
Nível Estático: 39,1 metros
Nível Dinâmico: 81,37 metros
Rebaixamento: 42,56 metros
Capac. Específica: 0,23 m³/h/m

Dados Construtivos:

- 0-12 metros
- Perfuração em 6 12-100 metros
- Revestimento Sanitário em 6 0-12 metros (Aço Preto DIN 2440)
- 0-16 metros (PVC Geomec. Nervurado)
- Cimentação (nata cimento/0,17 m³): 12 metros
- Cimentação (nata cimento/0,16 m³): 16 metros (Entre tubos )
- Cavalete completo em aço inox: Instalado
- Tubo edutor: 60 m, Inox SCH-
- Painel de comando: 2,0HP, 220V, Trifásico
- Cabo condutor: 70 m, Vinil -,6/1kV, 3x4 mm²
- Conjunto motobomba: CRI-S4S-5-11, 2HP, 220V, Trifásico, Inox
- Crivo da bomba: 60 metros

Os detalhes construtivos do poço P-01 podem ser visualizados no perfil da Figura 16 e nas
fotos das Pranchas 01 e 03, com destaque para o revestimento e cavalete em inox, já
instalados na casa de proteção da Fonte Ipê. O Relatório construtivo do poço faz parte do
ANEXO I, elaborado pela empresa Iguaçu Poços Artesianos

Condições de Exploração (IGUAÇU POÇOS ARTESIANOS):

Vazão: 8,0 m3/h


Nível Estático: 39,1 metros
Nível Dinâmico: 54 metros
Regime de Bombeamento: 20 horas/dia

81
Poço P-01 - Fonte Ipê
8"

6"

4"

0,0 m
0,0 - 6,0: Solo argiloso de cor castanho -
avermelhada
6,0 m

6,0 - 100,0: Rocha basáltica


12,0 m
16,0 m

NE = 39,1 m
EA = 42,0 m
a 48,0 m 42,0 - 48,0: Fraturas, com entrada d' água

ND = 81,3 m
EA = 84,0 m
a 90,0 m 84,0 - 90,0: Fraturas, com entrada d' água

100,0 m 100,0 m

Legenda
Solo argiloso vermelho+Regolito basáltico Cimentação de 0,0 - 16,0 m com nata de
Parede do Furo - Perfuração em 6"
cimento; 0,16 m³ de material
Fm. Barracão (Grupo Serra Geral) - Basalto Revestimento Sanitário/Aço Preto DIN Cimentação de 0,0 - 12,0 m com nata de
2440; = 6" cimento; 0,17 m³ de material
Zona fraturada Revestimento PVC Geomecânico
Zona Fraturada com entrada d'água (EA)
Nervurado; = 4"
Nível estático (NE) Nível dinâmico (ND) Conforme o Relatório Construtivo de Poço Tubular Profundo
(Iguaçu Poços Artesianos EIRELI, 2015)

Figura 15 - Perfil construtivo e litológico do poço tubular profundo


da Fonte Ipê (Processo ANM nº 48413.826205/2015-87)
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5.3 VAZÕES OBTIDAS

Concluídas as etapas de bombeamento do P-01 (Fonte Ipê), foram obtidas as informações


necessárias para a determinação das vazões características, compatíveis com as
características do aquífero local e seu racional aproveitamento. Temos então, como
principais definições, as vazões abaixo descritas, bem como os resultados obtidos.

Vazão Permissível (QP) = Representa o volume d'água que pode ser retirada do
aquífero se forem desenvolvidos trabalhos de desenvolvimento do poço sem risco de danos
às propriedades hidráulicas do aquífero, com testes de bombeamento mais prolongados e
bombas mais possantes. No presente caso é aquela vazão na qual o nível dinâmico exibe
pequeno rebaixamento, já próximo da estabilização.

Observa-se pela ficha do teste de produção (ANEXO I) que o nível dinâmico exibe algumas
oscilações bruscas ao longo do bombeamento, com alguns rebaixamentos bruscos em
vazões semelhantes. Adotaremos como vazão permissível (Q P), o volume obtido entre os
intervalos t=1.080 -1.800 verifica a tendência de estabilização do nível
dinâmico, inclusive com alguma recuperação.

VAZÃO PERMISSÍVEL = QP = 9,60 m3/h

Vazão de Teste (QT) = É aquela obtida ao final do teste, quando os parâmetros


nível dinâmico, rebaixamento, e em seguida, a recuperação se mostrarem satisfatórios.

A vazão de teste (Q T), como definido acima, representa o volume fornecido pelo aquífero
em condições adequadas de estabilização do nível dinâmico, o que foi verificado ao final
do teste, em 1.800 minutos. Tem-se então que,

VAZÃO DE TESTE = QT = 9,60 m3/h

Vazão de Exploração (QEX) =


pode ser extraído do poço, sendo obtida pela multiplicação de um fator de segurança (f)
pelo rebaixamento final (S), onde:

f = capacidade específica final x 0,8


f = 230 l/h X 0,8
f = 184

VEX = fator f X rebaixamento


VEX = 184 X 42,27
VEX = 7.778 I/h ou 7,78 m3/h

VAZÃO DE EXPLORAÇÃO = QEX = 7,78 m3/h

83
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5.3.1 - VAZÃO TOTAL

Definidos os volumes de água passíveis de serem explorado/explotados para o poço P-01,


denominado Fonte Ipê, chega-se à
representa a capacidade de produção de água mineral do futuro empreendimento, como
mostrado no quadro abaixo.

VAZÃO DE EXPLORAÇÃO CLASSIFICAÇÃO


FONTE BOLETINS/LAUDOS
(m3/h) MINERAL FINAL
095/LAMIN/2019
ÁGUA MINERAL
248/LAMIN/2019
IPÊ 7,78 FLUORETADA
317/LAMIN/2019
VANÁDICA
59980/2021-0-MERIEUX
TOTAL 7,78 m3/h

5.4 - CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA

5.4.1 - CLASSIFICAÇÃO MINERAL E POTABILIDADE

Os resultados das análises químicas e bacteriológicas obtidos para a água do poço P-01
(Fonte Ipê) encontram-se no Anexo II e já foram parcialmente comentados anteriormente
neste relatório. Deste modo, a seguir serão apresent ados os resultados da composição
química e os padrões de potabilidade da água, que constituem o int eresse mais direto
deste estudo.

A) Fonte IPÊ Poço P-01

De acordo com o Parecer nº 1117/2020/DFMNM-MG/GER-MG, contido no Anexo II, do


engenheiro químico Johann F. Wimmer (ANM -MG), e com base no Boletim 425/LAMIN/19
de 09/12/2019, o quarto e último ensaio do ciclo hidrológico, têm -se os seguintes
resultados finais:

Composição Química (mg/L)

Ânions:

Bicarbonato: 86,58 Cloreto: 1,64 Sulfato: 0,85 Brometo: 0,03


Fluoreto: 0,16 Nitrato: 6,50

Cátions:

Silício Total: 30,757 Cálcio: 14,969 Magnésio: 2,803 Sódio: 8,176


Potássio: 0,613 Estrôncio: 0,057

Características Físico-Químicas

pH a 25ºC: 7,56
Temperatura da água na Fonte: 22,2ºC
Condutividade Elétrica: 167,7 µS/cm
Resíduo de Evaporação a 180ºC (calculado): 137,54 mg/L
Radioatividade na fonte a 20ºC e 760 mmHg: 0,33 Maches

84
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De acordo com o Decreto-Lei nº 7841/1945 (Código das Águas) e demais normas legais de
classificação mineral Água Mineral Fluoretada
. Entretanto, ressalta-se a presença do íon vanádio em três dos ensaios
realizados pelo LAMIN, com teores compatíveis para o enquadramento desse elemento na
classificação mineral, mas que na quarta análise resultou abaixo do limite mínimo, que é
de 0,03 mg/L, consoante Portaria DNPM nº 540/2014. Esta inconsistência analítica foi
relatada no Parecer nº 1117/2020/DFMNM-MG/GER-MG, elaborado pelo engenheiro
químico Johann F. Wimmer (ANM-MG), que recomendou novas análises para comprovação.
Nesse sentido, tanto o Selênio quanto o Vanádio foram quantificados em nova análise
realizada em laboratório acreditado (MERIEUX NutriSciences), o qual demonstrou teor de
Vanádio igual a 0,0731 mg/l, enquanto que o Selênio apresentou concentração inferior a
0,001 mg/l (Anexo II), classificando assim a água da Fonte Ipê como Água Mineral
Fluoretada e Vanádica.

Quanto à potabilidade, a água plotou dentro dos parâmetros microbiológicos estabelecidos


pela legislação pertinente nos três primeiros ensaios realizados pelo LAMIN, não sendo
detectada a ocorrência de micro -organismos patogênicos. Na quarta análise foram
detectados 220 coliformes totais em 100 ml de água, além de n° UFC igual a 200, portanto
optou-se por realizar nova análise bacteriológica no Laboratório A3Q, a qual resultou em
ausência em todos os ensaios microbiológicos realizados ( Anexo II).

Outros parâmetros físico-químicos também indicativos da potabilidade resultaram


igualmente enquadrados e dentro dos padrões. Considerando as últimas quatro análises
realizadas pelo LAMIN, podem se observar as seguintes variações de teores:

Turbidez: 0,20 a 0,28 (VMP = 5 NTU)


Dureza: 59,50 a 83,50 (VMP = 500 mg/L)
Cor Aparente: 0,00 a 0,60 (VMP = 15 uH)
Nitratos: 6,50 a 6,99 (VMP = 50 mg/L)
Nitritos: <0,05 a <0,07 (VMP = 0,02 mg/L)
Sulfato: 0,74 a 0,85 (VMP = 250 mg/L)
Ferro total: <0,01 a 0,030 (VMP = 0,3 mg/L)

5.5 CASA DE PROTEÇÃO DA FONTE


As obras necessárias à proteção da captação, neste caso por poço, foram executadas em
conformidade com legislação pertinente, ou seja, Portaria DNPM n 0 374 de 01-10-2009,
publicada no DOU de 07/10/2009 e respectiva Norma Técnica 001/2009-Especificações
Técnicas para o Aproveitamento das Águas Minerais e Potáveis de Mesa .
As Pranchas 01 e 06 ilustra em diversas perspectivas a casa de proteção da Fonte Ipê ,
que foi construída em laje de concreto. O interior da casa foi revestido com azulejos
brancos no piso e paredes; as janelas e porta são de alumínio anodizado, conforme a
portaria; o revestimento e cavalete do poço é de inox.
A Figura 17 traz um croqui da casa de proteção com indicação das medidas utilizadas, em
dois ângulos distintos permitindo assim uma melhor visualização da casa da fonte
finalizada.
As características e dimensões das casas de proteção são:
Paredes: 2,00 m X 2,00 m X 2,50 m (frontal) e 2,00 m X 2,00 m X 2,68 m (fundos);
Teto em laje de concreto fundido no local: 2,60 m X 2,60 m (6,76 m2);

85
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Piso em laje de concreto (interno à casa e calçadas externas): 8,60 m x 7,10 m;


Revestimento interno pisos e paredes até o teto em cerâmica branca, lisa;
Porta em alumínio anodizado com 2,10 m X 0,82 m;
Janela em alumínio anodizado com dimensão de 0,27 m X 0,45 m e
Abertura no teto, para permitir acesso à manutenção de bombas, com 0,55 m X 0,75 m de
vão e tampão escamoteável com 1,10 m X 0,90 m.

5.6 - POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO - ANÁLISE

Considerações concernentes à possibilidade de eventual contaminação da água da Fonte


Ipê devem levar em conta a qualidade ambiental atual da área e região, o uso do solo e
os aspectos construtivos do poço e sua proteção . Lembrando que a fonte está localizada
na zona urbana do município de Medianeira .

Como mostrado no MAPA V-Uso do Solo, mais de 55% da área da bacia do Rio Alegria é
caracterizada por atividade agropecuária, com culturas sazonais de soja, milho, trigo e
cana. A pecuária conta com criação de bovinos, aves e suínos, basicamente, que
abastecem os frigoríficos da região. Essa agricultura extensiva é desenvolvida sobre solos
férteis originados das rochas basálticas, utilizando -se a prática do plantio direto,
demandando quantidades reduzidas de fertilizantes, embora se utilizem também
pesticidas para o controle de pragas.

O Sistema Aquífero Serra Geral-SASG é que fornece a água para a Fonte Ipê; possui
extensão regional, é livre a confinado e tipicamente fraturado, características estas que
poderiam possibilitar que uma eventual contaminação , de qualquer origem, poderia
ocorrer distante da captação, percolando em zonas de fraturas regionais. Ocorre que, até
o presente, não se verificou nenhum indício de contaminação da água da Fonte Ipê,
conforme atestado pelos parâmetros físico-químicos, os quais se encontram totalmente
enquadrados aos padrões de potabilidade preconizados pelas normais vigentes. Vale
pontuar que a primeira análise do ciclo hidrológico realizada pelo LAMIN
(095/LAMIN/2019) abrangeu também a quantificação de compostos orgânicos voláteis,
semivoláteis, cianotoxinas e vários metais pesados, onde todos resultaram negativos.
Ressalte-se ainda que o poço foi instalado em 2015, portanto, já há seis anos.

Apesar da fonte estar localizada em área urbanizada, próximo à BR -277, não existem na
área de influência do poço, nem mesmo em seu entorno imediato, indústrias de
médio/grande porte ou outra fonte geradora de efluentes que poderiam contaminar as
áreas de recarga mais imediatas (zonas fraturadas). As poucas indústrias se localizam em
região mais afastada da cidade; cita-se um posto de combustível às margens da BR-277, à
NE da poligonal e fora da mesma, mas cujo terreno situa-se em vertente que drena para
afluente do Rio Alegria, em posição oposta ao da Fonte Ipê. Outro aspecto a ser assinalado
é que o local é provido de rede de coleta e tratamento de esgoto, pela concessionária
estadual, não havendo risco de contaminação de esgoto doméstico a partir de fossas e
sumidouros. De qualquer maneira, as características do aquífero bem como os cuidados
tomados nas obras de completação do poço, casa e área de proteção, cimentação dos dois
espaços anulares, são bastante importantes e atestam a favor da proteção da fonte.

A espessura de solo do poço é muito pequena (em torno de 6 m), praticamente


interceptando rocha basáltica próximo da superfície. Esse aspecto aliado ao revestimento
de PVC geomecânico, cavalete instalado de inox e à cimentação dos espaços anulares
constituem, no conjunto, medidas fundamentais para a proteção contra quaisquer

86
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eventuais contaminantes que porventura venham a ser transportados nas adjacência s.


Note-se que as entradas d água ocorrem em fraturas de sistemas diferentes, aos 42 m e
84 m, aspecto esse que juntamente com as medidas acima mencionadas certamente serão
eficazes para a proteção sanitária da Fonte Ipê.

Assim, pelo acima exposto é razoável admitir-se que a possibilidade de eventual


contaminação do aquífero ou das fontes da área em questão é pouco provável. Entretanto,
o titular deve adotar as medidas necessárias para que não haja riscos de quaisquer
contaminações das fontes, inclusive o monitoramento periódico de alguns parâmetros.

A B

C D

E F

PRANCHA 06 ASPECTOS DA CASA DE PROTEÇÃO DA FONTE IPÊ: Vista da entrada do terreno, na


Rua Alagoas, n° 1.390 (A), detalhe da parte de trás da casa de proteção (B), vista da porção
frontal de casa de proteção (C), lateral da casa de proteção da Fonte Ipê (D), detalhe do
alçapão escamoteável da casa de proteção (E) e vista da área interna da casa de proteção (F)

87
(A) Vista Frontal (C) Vista em Planta
3,5m
Portão

2,6m

7,1m
Porta em
Poço Alçapão
alumínio
anodizado

2,6m
Janela

Poço
Porta

3,0m

1,5m
8,6m

(B) Vista Lateral


LEGENDA

Porta em
Poço
alumínio
anodizado

Figura 17 - Croqui da casa de proteção (A e B) e


da área de proteção (C) da Fonte Ipê
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5.7 - DEFINIÇÃO DA ÁREA DE PROTEÇÃO DA FONTE

No estabelecimento da área de proteção do poço/captação levou-se em conta, sobretudo,


as características hidrogeológicas e de uso e ocupação dos solos e das águas da região de
estudo. De acordo com os levantamentos executados propõe-se como área de proteção do
poço a poligonal ilustrada no mapa Mapa VII, cujo memorial segue transcrito.

5.7.1 - PONTO DE AMARRAÇÃO (PA)

Como ponto de amarração (PA) foi selecionado o vértice nº 1 da área de proteção da fonte.
O PA selecionado é caracterizado pelas seguintes coordenadas geográficas, obtidas em
ambiente SIG, no datum SIRGAS 2000:

Latitude: -25º 17' 13, 536" Sul e Longitude: -54º 05' 33, 747" Oeste

5.7.2 - DESCRIÇÃO DA POLIGONAL

A partir do vértice n.º 01, no sentido horário, a poligonal da área de proteção da fonte
segue com o seguinte memorial descritivo:

Coordenadas Geográficas - SIRGAS 2000


Vértice
Latitude - SUL Longitude - OESTE
PA=V1 -25° 17' 13,536" / -54° 5' 33,747"
V-2 -25° 17' 9,275" / -54° 5' 33,747"
V-3 -25° 17' 9,275" / -54° 5' 32,247"
V-4 -25° 17' 3,000" / -54° 5' 32,247"
V-5 -25° 17' 3,000" / -54° 5' 12,000"
V-6 -25° 17' 22,000" / -54° 5' 12,000"
V-7 -25° 17' 22,000" / -54° 5' 25,073"
V-8 -25° 17' 19,854" / -54° 5' 25,073"
V-9 -25° 17' 19,854" / -54° 5' 26,722"
V-10 -25° 17' 18,355" / -54° 5' 26,722"
V-11 -25° 17' 18,355" / -54° 5' 28,243"
V-12 -25° 17' 16,920" / -54° 5' 28,243"
V-13 -25° 17' 16,920" / -54° 5' 29,720"
V-14 -25° 17' 15,207" / -54° 5' 29,720"
V-15 -25° 17' 15,207" / -54° 5' 31,262"
V-16 -25° 17' 13,536" / -54° 5' 31,262"
PA=V1 -25° 17' 13,536" / -54° 5' 33,747"

Através de cálculos analíticos a área tota liza 306.200,00 m2, ou seja, 30,62 hectares.

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5.7.3 ZONAS DE PROTEÇÃO

A poligonal de proteção da Fonte Ipê foi estabelecida conforme ilustrado no Mapa VII,
ocupando quase toda a área de pesquisa, com exceção de seu canto SW. Procurou -se
limitá-la, nesse quadrante, junto ao vale do Rio Alegria que representa o nível de base
local, e para onde convergem as linhas do fluxo subterrâneo.

A definição de áreas de proteção de poços ou outras fontes de captação de água potável


constitui tema de estudos e metodologias em vários países, e sua concepção se originou
nos Estados Unidos e Europa, quando da elaboração de seus programas governamentais de
proteção de recursos hídricos (Iritani & Ezakim 2010). Para esses autores, de
proteção é entendido como o perímetro circundante da captação que delimita as áreas de
recarga do aquífero que alimenta diretamente o poço . O objetivo final é se estabelecer
restrições quando ao uso e ocupação do solo+água, na área de proteção definida para o
poço ou captação.

Conforme previsto na Portaria DNPM nº 231/1998, quando da determinação da s áreas de


proteção do poço/fonte imitação
de três zonas com características hidráulicas próprias: Zona de Influência (ZI) , Zona de
Contribuição (ZC) e Zona de Transporte ou Captura (ZT).

Na esteira da Portaria acima, os estudos e levantamentos realizados para este Relatório,


levaram à proposição da área de proteção da fonte e das três zonas distintas que compõem
o perímetro de proteção, conforme mostrado no Mapa VII. Convém salientar, no entanto,
que para aquíferos fraturados, anisótropos e heterogêneos, como no presente caso,
conceitos como cone de depressão, área de recarga, dentre outros são de difícil definição
prática.

a) Zona de Influência ZI

A Zona de Influência (ZI) da Fonte Ipê, em função de sua localização em área urbanizada
foi estabelecida como uma área de proteção sanitária da fonte e não como uma zona
associada ao cone de depressão do poço em bombeamento, já que se trata de um
aquífero

A ZI é muito sensível, principalmente em se tratando de eventual contaminação vertical.


Contribuem para a proteção da fonte, neste caso, a profundidade do nível estático que
ficou em 39,10 metros e a espessura do perfil do solo onde se encontra a captação, que é
de 6 metros e de constituição argilosa. Os cuidados construtivos são importantes,
sobretudo a instalação dos revestimentos sanitário (12 m) e do poço (16 m), com ambos
os espaços anulares sendo cimentados com nata de cimento, conformando um importante
selo sanitário para a fonte.

b) Zona de Contribuição ZC

A Zona de Contribuição (ZC), conforme preconizado na Portaria, está associada à área de


recarga imediata do aquífero, que no presente caso pode estar associada ao vale do Rio
Alegria que intercepta a poligonal de pesquisa no canto SW, e também à toda rede de
drenagem posicionada a montante da fonte.

90
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Especificamente no caso do Sistema Aquífero Serra Geral-SASG, a recarga em geral ocorre


ao longo das linhas de drenagens que compõem a rede da Bacia do Rio Alegria , se dando
através do fraturamento das rochas basálticas. As águas assim infiltradas irão contribuir
para a recarga do ponto de captação (poço). Na área em tela, essas zonas fraturadas , e
que permitem a infiltração para a recarga do aquífero. estão localizadas em sua grande
maioria fora dos limites da área de pesquisa e da área de proteção estabelecida . Talvez
alguns dados obtidos do balanço hídrico realizado possam confirmar, ao menos , o
potencial regional em termos de recarga, que é o regime superavitário da precipitação,
com 1.163,93 mm/ano de excedente hídrico, e as dimensões da Bacia Hidrográfica do Rio
Alegria, que possui 67,26 km2 de área de drenagem (Mapa IV). Note-se, no entanto, que
a área de drenagem que efetivamente contribui para a recarga da Fonte Ipê situa -se à
montante da mesma, e sua extensão é cerca de um terço da Bacia do Rio Alegria, com
21,84 km² ou 32,5% do total.

c) Zona de Transporte - ZT

Já a Zona de Transporte (ZT) que tem por objetivo a proteção da fonte contra eventuais
contaminantes gerados por ação antrópica, foi limitada pela ZC e pelo vale do Rio Alegria,
englobando quase todo o restante da poligonal. Procurou- se considerar as direções
preferenciais das linhas de fluxo que convergem e ultrapassam a c aptação, e o limite SW
junto ao vale do Rio Alegria é devido que, a partir dessa linha eventuais contaminantes
não poderiam ou teriam mais dificuldade de alcançar a Fonte Ipê.

Independentemente do estabelecimento das zonas de proteção há que se adotar


procedimentos para a preservação da qualidade da água do poço, sob pena de inviabilizar
ou colocar em risco todo um empreendimento de envase que venha a ser implantado na
área. Destaca-se, nesse sentido, o controle de qualidade rígido através de monitoramento
físico-químico da água do poço, principalmente da análise de parâmetros indicativos de
potabilidade. Ainda, o titular deverá estar atento ao que estabelece os artigos 12 a 18 do
Código de Águas Minerais, que diz que quaisquer atividades ou obras que por ventura
vierem a ser necessárias dentro da área de proteção, deverão necessariament e, terem
prévia autorização da ANM-MME.

91
792.800 793.000 793.200 793.400
D E TA L H E D A Z O N A D E I N F L U Ê N C I A - Z I
.
! PA=V1
!

. Polig. ANM
! 793.000 793.050 793.100

£
¤
277 £
¤
277

Área de
Proteção
b
da Fonte
30,62 ha
.
! .
!

E
!
!
. .
!
PA=V1

.
! .
!

.
! .
!

.
! .
!

.
! .
!

Fonte Ipê E
!
.
!

µ µ
.
!
0 100 200 0 25 50
m m
1:4.000 1:1.000
datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S datum: SIRGAS 2000 / Zona UTM 21S

792.800 793.000 793.200 793.400 793.000 793.050 793.100

NG NQ
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA (Janeiro/
NM
LEGENDA
2021) E CONVERGÊNCIA MERIDIANA
DO CENTRO DA FOLHA RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA
-17°08' -1°15'21" (Medianeira, 1:25.000; DSG, 1998) Curva de nível mestra (10 x 10 m) Curvas potênciométricas

Curva de nível intermed. (2 x 2 m) Sentido do fluxo subterrâneo


A DECLINAÇÃO MAGNÉTICA CRESCE
- 00° 07' 00'' ANUALMENTE MAPA DA ÁREA DE PROTEÇÃO DA FONTE
Rede de drenagem ZI - Zona de Influência
MAPAS DE SITUAÇÃO Local: Município: Estado: Data: Mapa:
Rodovia federal (BR-277) ZC - Zona de Contribuição

VII
54°10'0"W 54°0'0"W
-54° -51° -48°
Bairro Ipê Medianeira Paraná AGO/2021
Missal Ramilândia
Arruamento ZT - Zona de Transporte
MS
Substância: Escala: Proc. ANM n°: Área ANM: Área da Prot. da Fonte:
SP
Poligonal ANM n° 826.205/2015 Área de Proteção da Fonte = 30,62 ha
PARANÁ Água Mineral 1:4.000 48413.826205/2015-87 35,98 ha 30,62 ha
Medianeira
P
A
E
! Poço tubular profundo (Fonte Ipê) !
. Vértices da Área de Proteção da Fonte
Titular: Resp. Técnico:
R Curitiba
Medianeira
A
R SC Serranópolis
G
do Iguaçu JOSSEMAR BIBERG José Roberto de Góis
CPF: 016.929.829-90 Geólogo - CREA-PR: 15.555/D
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6. INVESTIMENTOS REALIZADOS

Para a adequada execução da presente pesquisa e instalações de equipamentos e obras


civis iniciais, o titular da área investiu o montante abaixo discriminado, utilizando -se de
recursos próprios.

a) Poço + Instalações

Poço tubular profundo completo Fonte Ipê R$. 58.000,00


Instalação de cavalete de Inox R$. 18.000,00
Obras de Proteção às Captações (casa+área de proteção) R$. 10.000,00
Subtotal R$. 86.000,00

b) Pesquisa + Relatório Final

Instrução do processo de Autorização de Pesquisa R$. 10.000,00


Honorários técnicos p/ acompanhamento 2º teste de vazão R$. 5.000,00
Honorários ref. Relatório Parcial Pesquisa/Renovação Alvará R$. 30.000,00
Execução da Pesquisa Mineral R$. 79.200,00
Redação e Editoração do Relatório Final R$. 5.000,00
Subtotal R$ 129.200,00

c) Custos com Análises Físico-Química-Bacteriológicas

terrestre, estadia, alimentação, e 4 análises físico-química-bacteriológicas para


cobrir o ciclo hidrológico anual R$. 24.500,00
Análises físico-químicas e bacteriológicas realizadas em outros laboratórios (LabQi ,
Merieux-BIOAGRI e A3Q), para águas subterrâneas e superficiais R$. 3.500,00
Subtotal R$. 28.000,00

TOTAL DOS INVESTIMENTOS PRÉ-OPERACIONAIS R$. 243.200,00

7. ASPECTOS DA LAVRA E DA VIABILIDADE ECONÔMICA

O planejamento da instalação e da operação do futuro empreendimento, visando os


trabalhos de lavra, assim como a análise completa da viabilidade econômica será objeto
específico do Plano de Aproveitamento Econô mico-PAE a ser elaborado oportunamente
por técnico devidamente habilitado. É importante ressaltar que o titular está ciente que
deverá seguir rigorosamente as especificações técnicas contidas na Portaria DNPM n 0
374/2009, mais especificamente aquelas previstas no Capítulo 4-Procedimentos Técnicos,
da Norma Técnica 001/2009.

Um ensaio preliminar de exequibilidade econômica do empreendimento é apresentado a


seguir, tendo como premissas básicas os investimentos necessários para a
instalação/operação e a previsão de despesa/receita, a partir de um volume de produção
definido.

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RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
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O comportamento do mercado de água mineral já foi tratado no início deste Relatório,


tanto a nível nacional como no Estado do Paraná, e os números revelam que esse setor
tem apresentado crescimento consistente ao longo dos anos.

Há que se considerar que a viabilidade econômica não depende apenas dos volumes e
valores de produção, mas investimento em marketing e em logística visando a distribuição
do produto também são importantes. Como a demanda e as vendas crescem a cada ano,
conclui-se que o mercado é favorável e está apto a receber novos empreendimentos bem
pensados.

A Fonte Ipê possui localização extremamente privilegiada , a menos de uma quadra da


BR-277, que liga Foz do Iguaçu à Paranaguá, com importantes entroncamentos para todas
as regiões do Estado do Paraná e outros, além de Paraguai e Argentina. O Futuro
empreendimento dista, pela BR-277, 60 km de Foz do Iguaçu e 83 km de Cascavel, que
são cidades polos regionais e grandes centros consumidores.

7.1 - PRODUÇÃO MENSAL PREVISTA

A produção média mensal adotada será obtida da vazão total de exploração (Q EX), no
regime de bombeamento (R B) e num fator de segurança (f) relacion ado ao volume
ao enxague das embalagens retornáveis e eventuais perdas do sistema .
Temos então:

QEX = 7.780 l/h ou 7,78 m3/h


RB = 12 horas/dia
f = 0,7

Vamos considerar o mês com 25 dias úteis, alcançando a seguinte produção mensal:

VMÊS = 7.780 l/h X 0,7 X 12 h X 25 dias

VMÊS = 1.633.800 litros/mês, ou

VANUAL = 1.633.800 litros/mês X 12

VANUAL = 19.605.600 litros/ANO

VM = 1.633.800 litros/mês ou VA = 19.605.600 litros/ano

As variações previsíveis/sazonais da demanda no mercado fazem com que o volume de


produção e mesmo o de venda se adequem por si, aumentando ou diminuindo.

Além disso, em caso de necessidade de aumento da vazão de exploração ou da reserva


disponível, estudos de viabilidade poderão ser realizados para se avaliar a mais uma fonte
dentro da área de concessão.

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7.2 - PREVISÃO DE INVESTIMENTOS

Investimentos Pré-Operacionais

Os investimentos pré-operacionais referem-se ao desembolso efetuado pelo titular para a


execução da pesquisa e este Relatório Final, incluindo ainda a perfuração e a completação
dos poços, obras civis para a construção das casas e áreas de proteção das fontes Mãe do
Céu 1 e 2, perfazendo:

Valor................................................................................ R$. 243.200,00

Compra e Instalação de Equipamentos

Na presente avaliação serão considerados os equipamentos e máquinas necessários para o


envase de embalagens retornáveis de 20 litros e do conjunto descartável (5 l, 1,5 l, 500
ml e 300 ml). Os principais componentes dessas linhas completas seguem abaixo listados,
sendo que a capacidade de produção variável conforme modelos a serem selecionados
quando da efetiva instalação do empreendimento.

Lavadora linear automática


Túnel de passagem
Enchedora rotativa automátic a
Tampadora automática
Visor de Inspeção
Túnel lacrador
Esteiras
Higienizadora
Escovadeira linear automática
Sopradora
Empacotadeiras
Outros...

Um reservatório em aço inox com capacidade para 50.000 litros também faz parte do
orçamento abaixo.

Preço (FOB) das Máquinas e Equipamentos................................. R$. 1.705.000,00

Obras Civis e Energia

Obras necessárias à readequação de um barracão já existente no local e à construção de


um novo para abrigar parte do complexo industrial (setor de envasamento e lavagem),
escritório, distribuição depósitos , sistema de condução e distribuição, base dos
reservatórios, etc. A instalação de energia elétrica trifásica para atender o
empreendimento será providenciada junto à concessionária. Todas a s obras civis e
instalações deverão ser construídas de acordo com as especificações da Portaria DNPM n 0
374/2009.

Valor.............................................................................. R$. 200.000,00

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7.3 - PREVISÃO DE DESPESAS MENSAIS

As despesas mensais são estimadas, tendo em vista ainda se dispor de todas as informações
necessárias em relação ao porte do empreendimento, ao dimensionamento de pessoal e
outras variáveis. Assim teremos como principais despesas, a aquisição de insumos
(embalagens+tampas+rótulos, etc), despesas com pessoal e despesas de custeio.

Embalagens+tampas+rótulos, incluindo aquisição de garrafões retornáveis para o


início da produção............................................................ R$. 250.000,00
Despesas com pessoal, inclusos encargos sociais........................R$. 36.950,00
Despesas administrativas....................................................R$. 7.500,00
Energia elétrica...............................................................R$. 6.500,00
Análises bacteriológicas.....................................................R$. 3.500,00
Subtotal R$.304.450,00

7.4 - PREVISÃO DA RECEITA BRUTA MENSAL

A receita mensal prevista para o empreendimento será originada da comercialização da


produção prevista. Vamos considerar os preços médios de venda abaixo discriminados,
conforme pesquisa junto à empresas do setor e que atuam no mercado, presentemente.
Será adotada a premissa de que toda a produção, em regime de bombeamento de 12
h/dia, seja comercializada. Para efeito de simplificação de cálculo, adotaremos uma
vazão de exploração de 10.000 litros/hora (para as 2 fontes), produzindo num regime de
bombeamento de 12 h/dia e 25 dias/mês, considerando um fator f=0,7 como já
mencionado anteriormente.

Temos assim, o engarrafamento do volume:

65.352 litros/dia ou 1.633.800 litros/mês ou 19.605.600 litros/ano

Da análise do mercado de água mineral e do conhecimento de empresas que operam neste


setor, adotou-se os seguintes preços de venda no atacado para as várias embalagens.

Garrafões de 20 l = R$. 2,10


Garrafões de 5 l = R$. 4,05
Garrafas de 1,5 l = R$. 1,05
Garrafas de 500 ml = R$. 0,74
Copos de 300 ml = R$. 0,68

A produção mensal será distribuída nas embalagens acima, conforme a proporção


mostrada abaixo, tendo como base as estatísticas publicadas nos veículos oficiais e em
pesquisa de mercado.

Garrafões de 20 l = 60% R$. 102.930,00


Garrafões de 5 l = 10% R$. 132.340,00
Garrafas de 1,5 l = 15% R$. 171.549,00
Garrafas de 500 ml = 12% R$. 290.163,00
Copos de 300 ml = 03% R$. 33.330,00

RECEITA BRUTAL MENSAL = R$. 730.312,00

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7.5 ENSAIO DE VIABILIDADE

Uma vez levantados os valores estimados do empreendimento, é possível se atingir a


relação receita bruta e o lucro líquido final, dentro das premissas aqui consideradas.

ESPECIFICAÇÃO VALOR (R$)


1. Investimentos Pré-Operacionais 243.200,00
2. Investimentos Previstos: aquisição de máquina e
equipamentos, construção de obras civis e outros 1.705.000,00
investimentos
3. RECEITA BRUTA MENSAL 730.312,00
4. DESPESA BRUTA MENSAL 304.450,00
5. LUCRO BRUTO 425.862,00
Depreciação-Amortização-Manutenção 22.562,00
5. LUCRO TRIBUTÁVEL 403.300,00
Tributação (22,65% sobre a Receita Bruta e 24%
262.208,00
sobre o Lucro Tributável, mínimo)
LUCRO LÍQUIDO FINAL 141.092,00

Os números do quadro acima demonstram a análise simplificada da viabilidade e/ou


exequibilidade, sendo que os valores finais apresentados indicam que a relação entre o
lucro líquido final e a previsão de receita brut a fornece um percentual de 0,193
(ou 19,3%). O percentual obtido atesta para a viabilidade econômica do empreendimento,
justificando sua implantação e operação dentro das variáveis adotadas , visto representar
uma faixa de lucro razoável e adequado para a aplicação do capital, face o cenário
econômico atual.

8. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os trabalhos geológico-prospectivos realizados no âmbito da poligonal de pesquisa


vinculada ao processo ANM nº 48413.826205/2015-87 concluíram pela existência de uma
jazida de água mineral, passível de exploração comercial. A captação da água mineral
será feita através de poço tubular profundo com 100 m de profundidade, denominado de
Fonte Ipê.

Rochas vulcânicas básicas do Grupo Serra Geral dominam o quadro geológico local,
ocorrendo derrames basálticos das formações Barracão (Mb. Flor da Serra do Sul) e
Cascavel (Mb. Santa Quitéria).

A Fonte Ipê está contida na Bacia Hidrográfica do Rio Alegria, que drena uma área de
67,26 km², cujo balanço hídrico preliminar realizado resultou num superávit hídrico de
1.163,93 mm/ano. O mapeamento do uso e ocupação do solo realizado revela que, nesta
bacia, 55,29% da superfície total é ocupada por áreas agrícolas, 18,35% são áreas
urbanizadas e 16,28% correspondem às florestas ciliares e secundárias. Ressalte -se que a
Fonte Ipê acha-se instalada dentro da mancha urbana de Medianeira- PR, conforme já
relatado anteriormente.

A Fonte Ipê capta água do Sistema Aquífero Serra Geral ou SASG, unidade hidrogeológica
de extensão continental, com características livre, semiconfinado ou confinado, no qual

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a presença da água subterrânea está condicionada à zonas de permo-porosidade


secundárias. Nestas condições, a água circula e é armazenada em zonas fortemente
fraturadas, geradas a partir da atuação dos esforços tectônicos regionais , basicamente
rúpteis.

A vazão obtida no teste de bombeamento de 30 horas, realizado no poço P-01 (Fonte ipê)
forneceu Q = 9,60 m³/h, com nível dinâmico estabilizado aos 81,37 metros. Já a vazão de
exploração (QEX), que corresponde ao v que pode ser extraído do aquífero
sem prejuízo de suas características hidráulicas e de produção, ou seja, de maneira
sustentável, foi calculada em QEX = 7,78 m³/h. Obtém-se a vazão de exploração Q EX
utilizando-se os parâmetros capacidade específica, rebaixamento e um fator de
segurança. É a vazão que representa a , passível de
ser explotada na Fonte Ipê.

As análises físico-químicas e bacteriológicas realizados pelo LAMIN/CPRM in loco e em


laboratório, assim como em outros laboratórios, definiram a qualidade da água no que se
refere aos padrões de potabilidade e assinatura hidroquímica, e, concluíram pela
classificação mineral final da mesma como Água Mineral Fluoretada e Vanádica. Esta
classificação se repetiu em três dos ensaios da série hidrológica do LAMIN, ocorrendo uma
inconsistência no quarto ensaio quanto aos teores de vanádio e selênio. Análise realizada
no Laboratório Merieux-Bioagri, acreditado, confirmou a classificação mineral acima,
retificando a inconsistência.

As análises químicas do LAMIN, quando lançadas nos diagramas composicionais trilineares


de Piper, revelam que a água da Fonte Ipê ou P-01 se insere no campo (cátions) das águas
cálcicas e das águas bicarbonatadas (ânions). No losango superior do diagrama, que traz
a classificação composta, plota entre os campos das águas bicarbonatadas cálcio
magnesianas e águas bicarbonatadas cálcio sódicas. A leitura a partir do diagrama de Stiff
mostra que as amostras analisadas se posicionam nos vértices do bicarbonato e do cálcio.
Como esperado, esta assinatura hidroquímica é compatível com as águas do Sistema
Aquífero Serra Geral-SASG, resultado da interação das águas subterrâneas circulantes
através das zonas fraturadas e vesiculares das rochas basálticas.

Pretende o titular a instalação de uma unidade de envase de água mineral composta por
dois conjuntos de linhas, de 10 e 20 litros (retornáveis e descartáveis), e de 5 l, 1,5 l, 0,5
l e 0,3 l (galões, garrafas e copos plásticos, descartáveis). A análise preliminar de
viabilidade econômica aponta que dito empreendimento fornece uma relação lucro
líquido/receita bruta de 19,3%, considerada compatível, economicamente, para a
aplicação de capital, atestando assim pela viabilidade do futuro empreendimento
minerário.

Finalmente, deve ser pontuado aqui a localização geográfica da Fonte Ipê, assim como a
estrutura viária atualmente disponível para o acesso e o escoamento da produção. Situada
a menos de uma quadra de distância da BR -277, que é um eixo leste-oeste que cruza todo
o estado, a fonte conta ainda com a proximidade de grandes centros administrativos e
turísticos estaduais e regionais, tudo dentro de um raio de até 200 km. Lembrando
também o acesso aos mercados dos países vizinhos Argentina e Paraguai, ambos distando
menos de 70-80 km da Fonte Ipê.

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Sudeste. 12p. Ribeirão Preto-SP.

Curitiba (PR), agosto de 2021

Geólogo JOSÉ ROBERTO DE GÓIS


CREA: 15.555-D/PR
RN: 170175038-4

101
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

ANEXO I

Relatório Construtivo de Poço Tubular Profundo - Poço 01 (Fonte Ipê)


Relatório Construtivo de Poço Tubular Profundo
Código poço: Nome cliente: Jossemar Biberg
Poço Nº: 1 Endereço: Rua Alagoas, 1390 - Medianeira/PR
Localização:Rua Alagoas, 1390 Município: Medianeira
Estado: PR Sistema: Urbano Data Início: 15/01/2015 Data Término:05/09/2015
RELATÓRIO CONSTRUTIVO DE POÇO TUBULAR PROFUNDO

1 - IDENTIFICAÇÃO
Localização: Rua Alagoas, 1390 Sistema: Urbano
Município: Medianeira Estado: PR
Poço Nº: 1 Província Hidrogeológica: Mesozóica
Aquífero: Serra Geral Perfuratriz: Rotopneumática
Profund.: 100,00m N.E.: 39,10m N.D.: 81,37m E.A.: 42 - 84m
Data Início: 15/01/2015 Data Término: 05/09/2015

2 - GENERALIDADES
2.1 - Geologia Local
A área em questão está localizada no denominado Terceiro Planalto Paranaense, dentro dos limites aflorantes do Gru-
po Serra Geral, Formação Cascavel, Membro Santa Quitéria, formado pela intercalação de derrames lobados de basal-
to vesicular, com abundantes brechas de fluxo cimentadas por sílica e calcita, brecha hidrovulcanoclástica, arenito
conglomerático de grânulos, hidrotufo fino.

2.2 - Hidrogeologia Local


As rochas cristalinas são as menos porosas e permeáveis da crosta terrestre, oferecendo à percolação da água ape-
nas as suas fraturas e eventuais zonas de desagregação ou decomposição, dentro das quais o fluxo é rápido e turbu-
lento. A migração e o armazenamento da água no subsolo são controlados pela estruturação interna e pelo empilha-
mento dos derrames de basalto, bem como pelas intercalações de rochas sedimentares e vulcanoclásticas.
O potencial aquífero dos basaltos depende da densidade de fraturas e vesículas, atingindo o valor máximo onde ambas
as feições se associam no mesmo local, fornecendo vazões da ordem de 200,00 m³/h. Entretanto, a compressão das
rochas faz com que as fraturas se fechem à medida que a profundidade aumenta, de modo que abaixo dos 90 metros
as reservas de água diminuam drasticamente, dentro dos derrames. No Terceiro Planalto Paranaense, as estatísticas
mostram, entretanto, que apenas 16% dos poços são inaproveitáveis, com vazões inferiores a 1,00 m³/h.
3 - FICHA DE CARACTERÍSTICAS
3.1 - Perfuração 3.2 - Revestimento
Diâm. Tipo Profund. (m) Ext. (m) Diâm. Tipo Profund. (m) Ext. (m)
8" Rotopneumática 0,00 - 12,00 12,00 6" Aço Preto DIN 2440 0,00 - 12,00 12,00
6" Rotopneumática 12,00 - 100,00 88,00 4" PVC Geom. Nerv. 0,00 - 16,00 16,00

3.3 - Filtros 3.4 - Câmara de Acesso


Diâm. Tipo Profund. (m) Ext. (m) Diâm. Tipo Profund. (m) Ext. (m)
4" Revestimento 0,00 - 16,00 16,00
6" Rocha Basáltica 16,00 - 100,00 84,00

3.5 - Cimentação 3.6 - Pré-Filtro


Vol. Tipo Profund. (m) Ext. (m) Granul. Tipo Vol.
Profund. (m)
0,17 Nata de Cimento 0,00 - 12,00 12,00 0,00 - 0,00
3.7 - Câmara de Bombeamento
Diâm. Tipo Profund. (m)
6" Revestimento/R. Basáltica 0,00 - 100,00
3.8 - Testes de Produção
Tb. Q N.E. N.D. SW Q/SW SW/Q Crivo
Data Bomba
(h) (m³/h) (m) (m) (m) (m³/m/h) (m/m³/h) (m)
20/01/15 6:00 7,92 37,53 39,84 2,31 3,43 0,29 84,00 4R5i-34 09HP
04/09/15 30:00 9,60 39,10 81,37 42,27 0,23 4,40 84,00 R20-09 09 HP
4 - SERVIÇOS REALIZADOS
4.1 - Descrição
4.1.1 - Transporte, instalação e remoção dos equipamentos e do canteiro de obras;
4.1.2 - Perfuração do poço nos diâmetros de 08" e 06”;
4.1.3 - Fornecidos e instalados 12,00 m de revestimento em aço preto, DIN 2440, ø 06”, no intervalo de 0,00 a 12,00 m;
4.1.4 - Fornecida e instalada 1 tampa de aço, ø 06”;
4.1.5 - Executados 2 (dois) testes de vazão contínuos, sendo o primeiro com 6:00 horas de duração e o segundo com
30:00 horas de duração;
4.1.6 - Executadas 2 (duas) recuperações de nível, sendo a primeira com duração de 10 minutos e a segunda com
duração de 30 minutos;
4.1.7 - Executada cimentação dos espaços anulares no intervalo de 0,00 a 12,00 metros, com a utilização de nata de
cimento/argamassa, totalizando 0,17 m³ de material utilizado;
4.1.8 - Executada cimentação dos espaços anulares no intervalo de 0,00 a 16,00 metros, com a utilização de nata de
cimento/argamassa, totalizando 0,16 m³ de material utilizado;
4.1.9 - Relatório geológico do poço tubular profundo.

4.2 - Interpretação dos Resultados


5 - RESULTADO FINAL
Condições de Exploração
Alternativa Regime bbto (h) Q (m³/h) N.D. (m) Crivo Bomba (m)
Isolado 20:00 8,00 54,00 60,00

6 - QUALIDADE DA ÁGUA

7 - ANEXOS
1. Ficha de Sondagem
2. Ficha de Teste de Produção
3. Gráficos
- Tempo X Rebaixamento
- Evolução da Capacidade Específica
4. Ficha de Acompanhamento Diário
5. Ficha Conclusiva

8 - EQUIPAMENTOS INSTALADOS
- 1 motobomba submersa C.R.I. S4S-5-11, 2,0 HP, 220 V, Trif., inox; 1 painel de comando 2,0 HP, 220 V, Trif.; 60,00 m
de tubo inox SCH 40 de 1½", 10 luvas inox de 1½"; 1 tampa de poço de 6"; 70,00 m de cabo condutor vinil 0,6/1Kv - 3 x
4 mm².

9 - OBSERVAÇÃO
A estipulação do crivo levou em consideração a variação do nivel dinâmico durante o teste de vazão, além da posição
das entradas de água. (42,00 e 84,00 m)

Local e data: Cascavel/PR, 06 de novembro de 2018.

Responsável Técnico/CREA: WALTER EDUARDO LAMB (GEÓLOGO) / CREA Nº PR-29021/D


FICHA DE SONDAGEM

Poço Nº: 1 Execução: Iguaçu Poços Artesianos Eireli Sonda: Wirth B0


Estado: PR Município: Medianeira Localização: Rua Alagoas, 1390
Longitude: 793066 - Fuso 21J Latitude: 7200103 Altitude: 383,00 m
N.E.: 39,10m Data início: 15/01/2015 Data término: 17/01/2015
Profundidade (m)
Perfil Litologia
Início Término
0,00 6,00 Solo argiloso de coloração marrom avermelhada.
6,00 100,00 Rocha basáltica.
TESTE DE PRODUÇÃO

Poço Nº: 1 Localização: Rua Alagoas, 1390 Município: Medianeira Estado: PR


Recomendações
Vazão: N.D.: Crivo: Regime bbto.: 00:00h
Dados sobre o teste
Data: 20/01/2015 Condição: Isolado Equipe: Jomar e Maycon
Crivo: 84,00m N.E.: 37,53m Bomba: 4R5i-34 09HP
1ª etapa
T N.D. SW Q Q/SW
Data Observação
(min) (m) (m) (m³/h) (m³/h/m)
20/01/15 1 38,67 1,14 7,92 6,95
20/01/15 3 39,03 1,50 7,92 5,28
20/01/15 5 39,22 1,69 7,92 4,69
20/01/15 10 39,34 1,81 7,92 4,38
20/01/15 15 39,39 1,86 7,92 4,26
20/01/15 20 39,45 1,92 7,92 4,13
20/01/15 25 39,47 1,94 7,92 4,08
20/01/15 30 39,50 1,97 7,92 4,02
20/01/15 40 39,53 2,00 7,92 3,96
20/01/15 50 39,58 2,05 7,92 3,86
20/01/15 60 39,61 2,08 7,92 3,81
20/01/15 80 39,64 2,11 7,92 3,75
20/01/15 100 39,66 2,13 7,92 3,72
20/01/15 120 39,68 2,15 7,92 3,68
20/01/15 150 39,72 2,19 7,92 3,62
20/01/15 180 39,76 2,23 7,92 3,55
20/01/15 240 39,82 2,29 7,92 3,46
20/01/15 300 39,84 2,31 7,92 3,43
20/01/15 360 39,84 2,31 7,92 3,43

Recuperação
T N.D. SW Q Q/SW
Data Observação
(min) (m) (m) (m³/h) (m³/h/m)
20/01/15 1 38,26 0,73 0,00
20/01/15 3 38,17 0,64 0,00
20/01/15 5 38,00 0,47 0,00
20/01/15 10 37,72 0,19 0,00
TESTE DE PRODUÇÃO

Poço Nº: 1 Localização: Rua Alagoas, 1390 Município: Medianeira Estado: PR


Recomendações
Vazão: 8,00m³/h N.D.: 54,00m Crivo: 60,00m Regime bbto.: 20:00h
Dados sobre o teste
Data: 03/09/2015 Condição: Isolado Equipe: Paulo Rottava e Magno
Crivo: 84,00m N.E.: 39,10m Bomba: R20-09 09 HP
1ª etapa
T N.D. SW Q Q/SW
Data Observação
(min) (m) (m) (m³/h) (m³/h/m)
03/09/15 1 43,19 4,09 19,30 4,72
03/09/15 3 45,28 6,18 19,30 3,12
03/09/15 5 48,18 9,08 19,30 2,13
03/09/15 10 52,18 13,08 18,40 1,41
03/09/15 15 52,73 13,63 18,40 1,35
03/09/15 20 53,93 14,83 18,40 1,24
03/09/15 25 55,22 16,12 18,40 1,14
03/09/15 30 58,07 18,97 18,40 0,97
03/09/15 40 65,04 25,94 17,20 0,66
03/09/15 50 68,28 29,18 17,20 0,59
03/09/15 60 71,90 32,80 16,10 0,49
03/09/15 80 76,26 37,16 16,10 0,43
03/09/15 100 80,43 41,33 15,50 0,38 Vazão restringida
03/09/15 120 75,97 36,87 13,50 0,37
03/09/15 150 69,72 30,62 13,50 0,44
03/09/15 180 72,38 33,28 13,50 0,41
03/09/15 240 76,08 36,98 13,50 0,37
03/09/15 300 80,10 41,00 13,50 0,33 Vazão restringida
03/09/15 360 62,51 23,41 11,50 0,49
04/09/15 480 66,69 27,59 11,50 0,42
04/09/15 600 72,45 33,35 11,50 0,34
04/09/15 720 77,01 37,91 11,50 0,30
04/09/15 840 78,25 39,15 11,50 0,29
04/09/15 960 82,08 42,98 11,50 0,27 Vazão restringida
04/09/15 1080 64,96 25,86 9,60 0,37
04/09/15 1200 67,00 27,90 9,60 0,34
04/09/15 1320 70,32 31,22 9,60 0,31
04/09/15 1440 73,70 34,60 9,60 0,28
04/09/15 1560 77,12 38,02 9,60 0,25
04/09/15 1680 79,73 40,63 9,60 0,24
04/09/15 1800 81,37 42,27 9,60 0,23
Recuperação
T N.D. SW Q Q/SW
Data Observação
(min) (m) (m) (m³/h) (m³/h/m)
04/09/15 1 71,03 31,93 0,00
04/09/15 3 59,66 20,56 0,00
04/09/15 5 53,32 14,22 0,00
04/09/15 10 49,59 10,49 0,00
04/09/15 15 44,39 5,29 0,00
05/09/15 20 43,00 3,90 0,00
05/09/15 25 42,73 3,63 0,00
05/09/15 30 42,56 3,46 0,00
GRÁFICO DO REBAIXAMENTO x TEMPO

Poço Nº: 1 Estado: PR Município: Medianeira Localização: Rua Alagoas, 1390


Data: 20/01/2015 N.E.: 37,53m Crivo:84,00m Bomba: 4R5i-34 09HP
GRÁFICO DO REBAIXAMENTO x TEMPO

Poço Nº: 1 Estado: PR Município: Medianeira Localização: Rua Alagoas, 1390


Data: 03/09/2015 N.E.: 39,10m Crivo:84,00m Bomba: R20-09 09 HP
GRÁFICO DA EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE ESPECÍFICA

Poço Nº: 1 Estado: PR Município: Medianeira Localização: Rua Alagoas, 1390


Data: 20/01/2015 N.E.: 37,53m Crivo:84,00m Bomba: 4R5i-34 09HP
GRÁFICO DA EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE ESPECÍFICA

Poço Nº: 1 Estado: PR Município: Medianeira Localização: Rua Alagoas, 1390


Data: 03/09/2015 N.E.: 39,10m Crivo:84,00m Bomba: R20-09 09 HP
DIÁRIO DE PERFURAÇÃO

Poço Nº: 1 Localização: Rua Alagoas, 1390 Município: Medianeira Estado: PR Perfuratriz: Rotopneumática
Sondador: BALBINO JOSÉ DOS SANTOS Geólogo: WALTER EDUARDO LAMB Sonda: Wirth B0
Profundidade Tempo operação Tempo
Data Diâm. N.E. Tipo de rocha Qtde. ac. Operação
Início Término Início Término min/m
15/01/15 0,00 6,00 00:00 00:00 8" Solo/Rocha Basáltica 0 6,00 Perfuração
15/01/15 6,00 12,00 00:00 00:00 8" Rocha Basáltica 0 12,00 Perfuração
15/01/15 12,00 18,00 10:11 10:22 6" Rocha Basáltica 1,8 18,00 Perfuração
15/01/15 18,00 24,00 11:00 11:20 6" Rocha Basáltica 3,3 24,00 Perfuração
15/01/15 24,00 30,00 11:22 11:42 6" Rocha Basáltica 3,3 30,00 Perfuração
17/01/15 30,00 36,00 07:53 08:05 6" Rocha Basáltica 2 36,00 Perfuração
17/01/15 36,00 42,00 08:07 08:22 6" 39,10 Rocha Basáltica 2,5 42,00 Perfuração
17/01/15 42,00 48,00 08:24 08:34 - Rocha Basáltica - 48,00 Entrada de Água
17/01/15 48,00 54,00 08:37 08:45 6" Rocha Basáltica 1,3 54,00 Perfuração
17/01/15 54,00 60,00 08:47 08:58 6" Rocha Basáltica 1,8 60,00 Perfuração
17/01/15 60,00 66,00 09:00 09:17 6" Rocha Basáltica 2,8 66,00 Perfuração
17/01/15 66,00 72,00 09:19 09:38 6" Rocha Basáltica 3,2 72,00 Perfuração
17/01/15 72,00 78,00 09:40 09:56 6" Rocha Basáltica 2,7 78,00 Perfuração
17/01/15 78,00 84,00 09:58 10:06 6" Rocha Basáltica 1,3 84,00 Perfuração
17/01/15 84,00 90,00 10:09 10:17 - Rocha Basáltica - 90,00 Entrada de Água
17/01/15 90,00 96,00 10:19 10:30 6" Rocha Basáltica 1,8 96,00 Perfuração
17/01/15 96,00 102,00 10:32 10:42 6" Rocha Basáltica 1,7 102,00 Perfuração

Conteúdo Visto Empreiteira/Geólogo


1 - Anotações de perfurações 3 - Motivos de paralização
2 - Entradas de água 4 - Mudanças de litologia
FICHA CONCLUSIVA DE POÇO TUBULAR

1 - IDENTIFICAÇÃO DO POÇO 2 - CONDIÇÃO DE EXPLORAÇÃO


Poço Nº: 1 Isolado
Município: Medianeira Estado: PR Vazão (m³/h) 8,00
Localização: Rua Alagoas, 1390 N.D. (m) 54,00
Aquífero: Serra Geral Crivo da bomba (m) 60,00
Data perfuração: 15/01/15 Regime de bbto (h) 20:00
3 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
N.E.: 39,10m E.A.: 42 - 84m Prof. (m): 100,00m
Diâmetro: Ø8" 12,00m; Ø6" 100,00m
Filtro:
Revestimento: Ø6" 12,00m; Ø4" 16,00m

4 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
A estipulação do crivo levou em consideração a variação do nivel dinâmico durante o teste de vazão, além da posição
das entradas de água. (42,00 e 84,00 m)

5 - CROQUI DE LOCALIZAÇÂO 6 - PERFIL CONSTRUTIVO

7 - QUALIDADE DA ÁGUA

Local e data: Cascavel/PR, 06 de novembro de 2018.


Responsável Técnico/CREA: WALTER EDUARDO LAMB (GEÓLOGO) / CREA Nº PR-29021/D
LAUDO DE RECEBIMENTO DE OBRA

Poço Nº: 1 Localização: Rua Alagoas, 1390 Município: Medianeira Estado: PR


Cliente: Jossemar Biberg Endereço: Rua Alagoas, 1390 - Medianeira/PR

Empreiteira: Iguaçu Poços Artesianos Eireli Serviço: Perfuração de poço tubular profundo
Endereço: R. Alcides A. Meassi, nº 355, Cond. Indl. A. N. Schmidt, Santos Dumont, Cascavel - PR, CEP: 85804-607
Período: 15/01/15 a 05/09/15 Valor fat.: R$17.500,00 Art Nº: 20150188074 Contrato Nº:10654
Últ. med. (nº/mês): O.S. nº: Contrat.: Recurso:
Responsável Técnico: WALTER EDUARDO LAMB (GEÓLOGO) CREA Nº: PR-29021/D
Fiscalização: CREA Nº:
Supervisão: CREA Nº:
Coordenação: LUIZ CARLOS DE FREITAS CREA Nº:
Perfuratriz: Rotopneumática Profund.: 100,00m N.D.: 81,37m
Aquífero: Serra Geral Província: Mesozóica
Equipamentos instalados
- 1 motobomba submersa C.R.I. S4S-5-11, 2,0 HP, 220 V, Trif., inox; 1 painel de comando 2,0 HP, 220 V, Trif.; 60,00 m de tubo inox
SCH 40 de 1½", 10 luvas inox de 1½"; 1 tampa de poço de 6"; 70,00 m de cabo condutor vinil 0,6/1Kv - 3 x 4 mm².

Perfuração Revestimento
Diâm. Tipo Profund. (m) Ext. (m) Diâm. Tipo Profund. (m) Ext. (m)
8" Rotopneumática 0,00 - 12,00 12,00 6" Aço Preto DIN 2440 0,00 - 12,00 12,00
6" Rotopneumática 12,00 - 100,00 88,00 4" PVC Geom. Nerv. 0,00 - 16,00 16,00

Filtros Câmara de acesso


Diâm. Tipo Profund. (m) Ext. (m) Diâm. Tipo Profund. (m) Ext. (m)
4" Revestimento 0,00 - 16,00 16,00
6" Rocha Basáltica 16,00 - 100,00 84,00

Cimentação Pré-Filtro
Vol. Tipo Profund. (m) Ext. (m) Granul. Tipo Vol. Profund. (m)
0,17 Nata de Cimento 0,00 - 12,00 12,00 0,00 - 0,00
Câmara de Bombeamento
Diâm. Tipo Profund. (m)
6" Revestimento/R. Basáltica 0,00 - 100,00
Testes de Produção
Tb. Q N.E. N.D. SW Q/SW SW/Q Crivo
Data Bomba
(h) (m³/h) (m) (m) (m) (m³/m/h) (m/m³/h) (m)
20/01/15 6:00 7,92 37,53 39,84 2,31 3,43 0,29 84,00 4R5i-34 09HP
04/09/15 30:00 9,60 39,10 81,37 42,27 0,23 4,40 84,00 R20-09 09 HP

Local e data: Cascavel/PR, 06 de novembro de 2018. Visto


PERFIL CONSTRUTIVO DE POÇO TUBULAR PROFUNDO
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

ANEXO II

- Laudos de Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas - LAMIN - Poço 01 (Fonte Ipê)


- PARECERES de Classificação da Água/ANM (4 Análises/LAMIN)
- Análise Físico-Química LabQi Poço 01 (Fonte Ipê)
- Análise Química MERIEUX NutriSciences Poço 01 (Fonte Ipê)
- Análise Bacteriológica A3Q Poço 01 (Fonte Ipê)
AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO
PARECER Nº 1114/2020/DFMNM-MG/GER-MG
PROCESSO Nº 48413.826205/2015-87
INTERESSADO: JOSSEMAR BIBERG
ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO ÁGUA

PARECER DE CLASSIFICAÇÃO ÁGUA

Processo: 48413.826205/2015-87

Titular: Jossemar Biberg

Diploma: Alvará de Pesquisa Nº 12751 DOU 06.12.2016

Município: Medianeira - PR

Fonte: IPÊ

Boletim: 095/LAMIN/2019 de 06.06.2019 ( 2029624 )

Código: AO382L

HIDROLÓGICO 1 de 4

COMPOSIÇÃO QUÍMICA (mg/L)

Bicarbonato 92,60

Silício Total 20,111

Cálcio 18,607

Sódio 10,598

Nitrato 6,97

Magnésio 3,553

Cloreto 1,85

Potássio 0,865

Sulfato 0,76

Fluoreto 0,15

Vanádio 0,073

Estrôncio 0,055

Brometo 0,01
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS

pH a 25°C: ........................................................ 7,80

Temperatura da Água na Fonte: ...................... 22,1°C

Condutividade Elétrica a 25°C: ........................ 153,8 µS/cm

Resíduo de Evaporação a 180°C (calculado): .... 132,74 mg/L

Radioatividade na fonte a 20°C e 760 mmHg ... 0,45 Maches

A MINERAL
CLASSIFICAÇÃO: ÁGUA MINERAL FLUORETADA
FLUORE
R TA
T DA E VANÁDICA
V ÁDICA
VAN

(Segundo Decreto-Lei 7841/45 de 08.08.45 que dispõe sobre o Código de Águas Minerais, complementado pela Portaria do Diretor Geral DNPM Nº 540
de 19.12.2014)

BACTERIOLOGIA

A água da Fonte IPÊ encontra-se DENTRO dos padrõe


padrões microbiológicos de potabilidade, de acordo com a Resolução RDC ANVISA 275/05.

OBSERVAÇÕES:

O titular deverá monitorar, por meio de análise microbiológica periódica a água da fonte, em concordância com a Resolução RDC ANVISA 275/05.

De acordo com o Boletim supracitado, foram analisados os agentes químicos que apresentam risco à saúde, indicando que os resultados encontram-
se dentro do VMP, conforme disposto na Tabela 1 da Resolução RDC ANVISA 274/05.

Em atendimento ao Parecer 01/2017/CPC (Comissão Permanente de Crenologia) o item Silício Total poderá ser incluído (princípio da impessoalidade e
isonomia).

EXIGÊNCIAS:

Não há.

CONCLUSÃO:

Esta classificação deverá ser encaminhada ao titular.

Obs.: Classificação efetuada por esta Gerência Regional, conforme Memorando-Circular DIFIS/DNPM nº 20/2015.

Johann F. Wimmer

Eng. Químico

Fisc. DFMNM/ANM/MG

Documento assinado eletronicamente por Johann Ferdinand Wimmer, Especialista em Recursos Minerais (art. 1º da Lei 11.046/2004), em 15/12/2020,
às 14:54, conforme horário o cial de Brasília, com fundamento no § 1º, do art. 6º, do Decreto nº8.539/2015.

A auten cidade do documento pode ser conferida no site www.anm.gov.br/auten cidade, informando o código veri cador 2034669 e o código CRC
DFBC7F45.

Referência: Processo nº 48413.826205/2015-87 SEI nº 2034669


AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO
PARECER Nº 1115/2020/DFMNM-MG/GER-MG
PROCESSO Nº 48413.826205/2015-87
INTERESSADO: JOSSEMAR BIBERG
ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO ÁGUA

PARECER DE CLASSIFICAÇÃO ÁGUA

Processo: 48413.826205/2015-87

Titular: Jossemar Biberg

Diploma: Alvará de Pesquisa Nº 12751 DOU 06.12.2016

Município: Medianeira - PR

Fonte: IPÊ

Boletim: 248/LAMIN/2019 de 16.07.2019 ( 2029628 )

Código: AO531L

HIDROLÓGICO 2 de 4

COMPOSIÇÃO QUÍMICA (mg/L)

Bicarbonato 94,32

Silício Total 20,700

Cálcio 18,372

Sódio 11,243

Nitrato 6,77

Magnésio 3,602

Cloreto 1,70

Potássio 0,933

Sulfato 0,77

Fluoreto 0,16

Vanádio 0,075

Estrôncio 0,061

Brometo 0,01
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS

pH a 25°C: ........................................................ 7,73

Temperatura da Água na Fonte: ...................... 22,1°C

Condutividade Elétrica a 25°C: ........................ 158,5 µS/cm

Resíduo de Evaporação a 180°C (calculado): .... 135,06 mg/L

Radioatividade na fonte a 20°C e 760 mmHg ... 0,26 Maches

CLASSIFICAÇÃO: ÁGUA
A MINERAL
MINERAL FLUORETADA
FLUORE T DA E VANÁDICA
R TA V ÁDICA
VAN

(Segundo Decreto-Lei 7841/45 de 08.08.45 que dispõe sobre o Código de Águas Minerais, complementado pela Portaria do Diretor Geral DNPM Nº 540
de 19.12.2014)

BACTERIOLOGIA

A água da Fonte IPÊ encontra-see D


DENTRO dos padrões microbiológicos de potabilidade, de acordo com a Resolução RDC ANVISA 275/05.

OBSERVAÇÕES:

Não há.

EXIGÊNCIAS:

Não há.

CONCLUSÃO:

Esta classificação deverá ser encaminhada ao titular.

Obs.: Classificação efetuada por esta Gerência Regional, conforme Memorando-Circular DIFIS/DNPM nº 20/2015.

Johann F. Wimmer

Eng. Químico

Fisc. DFMNM/ANM/MG

Documento assinado eletronicamente por Johann Ferdinand Wimmer, Especialista em Recursos Minerais (art. 1º da Lei 11.046/2004), em 15/12/2020,
às 14:55, conforme horário o cial de Brasília, com fundamento no § 1º, do art. 6º, do Decreto nº8.539/2015.

A auten cidade do documento pode ser conferida no site www.anm.gov.br/auten cidade, informando o código veri cador 2034693 e o código CRC
B1543D4A.

Referência: Processo nº 48413.826205/2015-87 SEI nº 2034693


AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO
PARECER Nº 1116/2020/DFMNM-MG/GER-MG
PROCESSO Nº 48413.826205/2015-87
INTERESSADO: JOSSEMAR BIBERG
ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO ÁGUA

PARECER DE CLASSIFICAÇÃO ÁGUA

Processo: 48413.826205/2015-87

Titular: Jossemar Biberg

Diploma: Alvará de Pesquisa Nº 12751 DOU 06.12.2016

Município: Medianeira - PR

Fonte: IPÊ

Boletim: 317/LAMIN/2019 de 23.09.2019 ( 2029633 )

Código: AO609L

HIDROLÓGICO 3 de 4

COMPOSIÇÃO QUÍMICA (mg/L)

Bicarbonato 84,58

Silício Total 18,659

Cálcio 16,616

Sódio 10,329

Nitrato 6,99

Magnésio 3,263

Cloreto 1,74

Potássio 0,913

Sulfato 0,74

Fluoreto 0,16

Vanádio 0,074

Estrôncio 0,056

Brometo 0,01
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS

pH a 25°C: ........................................................ 7,73

Temperatura da Água na Fonte: ...................... 22,0°C

Condutividade Elétrica a 25°C: ........................ 156,6 µS/cm

Resíduo de Evaporação a 180°C (calculado): .... 123,02 mg/L

Radioatividade na fonte a 20°C e 760 mmHg ... 2,43 Maches

CLASSIFICAÇÃO: ÁGUA
A MINERAL
MINERAL FLUORETADA
FLUORE T DA E VANÁDICA
R TA V ÁDICA
VAN

(Segundo Decreto-Lei 7841/45 de 08.08.45 que dispõe sobre o Código de Águas Minerais, complementado pela Portaria do Diretor Geral DNPM Nº 540
de 19.12.2014)

BACTERIOLOGIA

A água da Fonte IPÊ encontra-se DENTRO dos padrões microbiológicos de potabilidade, de acordo com a Resolução RDC ANVISA 275/05.

OBSERVAÇÕES:

Não há.

EXIGÊNCIAS:

Não há.

CONCLUSÃO:

Esta classificação deverá ser encaminhada ao titular.

Obs.: Classificação efetuada por esta Gerência Regional, conforme Memorando-Circular DIFIS/DNPM nº 20/2015.

Johann F. Wimmer

Eng. Químico

Fisc. DFMNM/ANM/MG

Documento assinado eletronicamente por Johann Ferdinand Wimmer, Especialista em Recursos Minerais (art. 1º da Lei 11.046/2004), em 15/12/2020,
às 14:55, conforme horário o cial de Brasília, com fundamento no § 1º, do art. 6º, do Decreto nº8.539/2015.

A auten cidade do documento pode ser conferida no site www.anm.gov.br/auten cidade, informando o código veri cador 2034760 e o código CRC
32DE881F.

Referência: Processo nº 48413.826205/2015-87 SEI nº 2034760


Laboratório de Análises Minerais - LAMIN
Av. Pasteur, 404 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.290-240 Tel.: (21) 2295-5297
lamin@cprm.gov.br

AO717L

Boletim: 425 /LAMIN/ 19 Plano de amostragem: 299/19


Referência: Processo DNPM: 826.205/15
Análise: Estudo in Loco de fontes hidrominerais
Interessado: JOSSEMAR BIBERG
Logradouro: MEDIANEIRA/PR
Identificação da amostra: POÇO FONTE IPÊ
Coordenadas geográficas (SIRGAS 2000): LAT S: 25° 17' 12,5'' LONG W: 054° 05' 23,1''
Executor do Estudo In-loco: Ângelo Reis Giada - CRQ: 03212184

Estudo in loco
Data da Análise in Loco: 23/10/2019
Data da Coleta de Amostras: 23/10/2019

Resultado da Análise Unidade LQ Métodos utilizados


Aspecto ao natural Límpida, Incolor ---- ----
Odor ao natural Ausente ---- ----
Sólidos em suspensão Ausentes ---- ---- Proc. Int. IT 03-02-01
Cor Ausente ---- ----
Turbidez Ausente ---- ----
pH a 25 C 7,56 ---- ---- Proc. Int. IT 03-02-09
Condutividade a 25 °C 167,7 Scm-1 ----
Proc. Int. IT 03-02-01
Resíduo de evaporação a 180ºC Calculado 116,56 mg L-1 ----
Temperatura da água na fonte 22,2 C ----
Proc. Int. IT 03-02-01
Temperatura ambiente 26,1 C ----
0,33 Maches ----
Radioatividade na Fonte a 20°C e 760 mmHg 0,12 nCi L-1 ---- Proc. Int. IT 03-02-03
4,50 Bq L-1 ----
Bicarbonato Volumétrico 87,24 mg L-1 ----
Proc. Int. IT 03-02-09
Carbonato Volumétrico 0,00 mg L-1 ----
Gás carbônico 4,76 mg L-1 ---- Proc. Int. IT 03-02-02
-1 Kit Spectroquant
Amônia ---- mg L 0,010
Merck Ref. 1.14752

Nitrito < 0,007 mg L-1 0,007 Proc. Int. IT 03-02-01

Gás Sulfídrico < 0,02 mg L-1 0,02 Proc. Int. IT 03-02-01

Cloro Livre ---- mg L-1 0,50 Proc. Int. IT 03-02-04

Monocloramina ---- mg L-1 0,70 Proc. Int. IT 03-02-05

Observações:

2. Registro Fotográfico em Anexo.

POP-03-04
PLANO E PROCEDIMENTOS DE AMOSTRAGEM POP-03-05
(Estudo in Loco) POP-03-06
POP-03-07

1/6
FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
Laboratório de Análises Minerais - LAMIN
Av. Pasteur, 404 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.290-240 Tel.: (21) 2295-5297
lamin@cprm.gov.br

AO717L

ANÁLISE BACTERIOLÓGICA
Data do recebimento da amostra: 24/10/2019
Data da Análise: 24/10/2019
Executor: Alexandra de Abreu Marques Coentrão - CRB: 42.631/02

VMP Métodos
Parâmetro Resultado
RDC 275 utilizados
SMEWW
Coliformes totais 220/100 mL ausência 9222B
IT 03-03-03
SMEWW
Coliformes fecais <1/100 mL ausência 9222B
IT 03-03-02
CETESB
Clostrídios sulfito redutores <1/100 mL ausência L5.403
IT-03-03-05
SMEWW
Enterococus <1/100 mL ausência 9230C
IT 03-03-07
SMEWW
Pseudomonas aeruginosa <1/100 mL ausência 9213E
IT 03-03-04
CETESB
N UFC/mL 200 N. A. L5.201
IT 03-03-04
N. A. - Não se Aplica

Observações:
1. A coleta foi feita em frascos esterilizados.
2. Não Ocorreram precipitações pluviométricas nas últimas vinte e quatro horas.
3. Os ensaios bacteriológicos foram realizados pela Técnicas de Membrana Filtrante.
4. No UFC/mL: Lê-se como Número de Unidades Formadoras de Colônias por mililitro.
5. <1: Lê-se como Ausente no volume considerado.
6. A amostra foi preservada até o início da análise sob refrigeração, conforme Normas Técnicas.
7. Não foi detectada a presença de cloro residual na amostra (ensaio com orto-toluidina).
8. Os métodos de análise utilizados estão de acordo com o Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater 23th
edition, APHA, WEF, AWWA e ICR Microbial Laboratory Manual, U.S. EPA, 2017.

CIANOTOXINAS
Data da Análise: DD/MM/AAAA

LQ VMP (µg L-1) Métodos


Parâmetro Resultado (µg L-1)
(µg L-1) RDC 274 utilizados

Microcistinas ---- 0,20 1 IT-03-04-20

2/6
FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
Laboratório de Análises Minerais - LAMIN
Av. Pasteur, 404 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.290-240 Tel.: (21) 2295-5297
lamin@cprm.gov.br

AO717L

ANALISE QUÍMICA
Data da Análise: 30/10/2019

VMP Métodos
Parâmetro Resultado Unidade LQ
RDC 274 utilizados
SMEWW
Aspecto ao natural Límpida ---- ---- ---- 2110
IT-03-04-06
SMEWW
Aspecto após fervura Límpida ---- ---- ---- 2110
IT-03-04-06
SMEWW
Odor a Frio Inodoro ---- ---- ---- 2150A
IT-03-04-06
SMEWW
Odor a Quente Inodoro ---- ---- ---- 2150A
IT-03-04-06
SMEWW
Sólidos em Suspensão 0,0 mg L-1 ---- ---- 2540D
IT-03-04-15
SMEWW
Cor Aparente 0,3 uH* ---- ---- 2120
IT-03-04-14
SMEWW
Cor Real 0,0 uH* ---- ---- 2120
IT-03-04-14
SMEWW
Turbidez 0,02 uT** ---- ---- 2130
IT-03-04-13
SMEWW
pH 8,00 ---- ---- ---- 4500 H+
IT-03-04-09
SMEWW
Condutividade a 25ºC 158,1 S cm-1 ---- ---- 2510B
IT-03-04-07
mmHg a
Pressão Osmótica calculada 0,01 ---- ----
25ºC
Abaixamento Crioscópico calculado 0,01 C ---- ----
Proc. Int.
-1 IT-03-09-01
Resíduo de evaporação a 180ºC Calculado 137,54 mg L ---- ----

Resíduo de evaporação a 110ºC Calculado 138,54 mg L-1 ---- ----


SMEWW
Dureza (temporária) em mg/L de CaCO3 4,5 mg L-1 ---- ---- 2340C
IT-03-04-11
SMEWW
Dureza (total) em mg/L de CaCO3 59,5 mg L-1 ---- ---- 2340C
IT-03-04-11
SMEWW
Dureza (permanente) em mg/L de CaCO3 55,0 mg L-1 ---- ---- 2340C
IT-03-04-11
Oxigênio consumido (meio ácido) 0,2 mg L-1 ---- ---- IT-03-04-10
NBR 10219/
-1
Oxigênio consumido (meio alcalino) 0,1 mg L ---- ---- NBR 10220
Proc. Int.
Bicarbonato Estequiométrico 71,85 mg L-1 ---- ----
IT-03-09-01
Bicarbonato Titulado 86,58 mg L-1 ---- ----
IT-03-04-17
Carbonato Titulado 0,00 mg L-1 ---- ----
* Unidade Hazen (mg Pt-Co/L) ** Unidades de Turbidez

3/6
FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
Laboratório de Análises Minerais - LAMIN
Av. Pasteur, 404 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.290-240 Tel.: (21) 2295-5297
lamin@cprm.gov.br

AO717L

CÁTIONS
Data da Análise: 28/11/2019

LQ VMP (mg L-1) Métodos


Parâmetro Resultado (mg L-1)
(mg L-1) RDC 274 utilizados
Alumínio < 0,015 0,015 ----
Antimônio < 0,002 0,002 0,005
Arsênio < 0,002 0,002 0,01
Bário < 0,010 0,010 0,7
Berílio < 0,002 0,002 ----
Boro < 0,100 0,100 5
Cádmio < 0,002 0,002 0,003
Cálcio 14,979 0,200 ----
Chumbo < 0,002 0,002 0,01
Cobalto < 0,01 0,01 ---- SMEWW 3120
Cobre < 0,015 0,015 1 Proc. Int.
IT-03-06-01
Cromo < 0,01 0,01 0,05 IT-03-06-02
Estanho < 0,010 0,010 ---- (para cálcio,
Estrôncio 0,057 0,010 ---- magnésio,
sódio e
Ferro < 0,010 0,010 ----
potássio)
Lítio < 0,005 0,005 ---- IT.MA.03.10.03
Magnésio 2,803 0,010 ---- (para demais
< 0,010 elementos)
Manganês 0,010 0,5
Molibdênio < 0,01 0,01 ----
Níquel < 0,01 0,01 0,02
Potássio 0,613 0,100 ----
Selênio 0,006 0,005 0,01
Silício 30,757 0,500 ----
Sódio 8,176 0,200 ----
Titânio < 0,005 0,005 ----
Vanádio < 0,005 0,005 ----
Zinco < 0,010 0,010 ----
Proc. Int. IT-
Hg inorg. (AA-GVF) < 0,0003 0,0003 0,001
03-05-02

ÂNIONS
Data da Análise: 31/10/2019

LQ VMP (mg L-1) Métodos


Parâmetro Resultado (mg L-1)
(mg L-1) RDC 274 utilizados
Fluoreto 0,16 0,01 ----
Cloreto 1,64 0,01 ----
Nitrito ---- 0,01 0,02 EPA 300.1
Proc. Int.
Brometo 0,03 0,01 ----
IT-03-07-01
Nitrato 6,50 0,01 50 IT-03-10-01
Sulfato 0,85 0,01 ----
Fosfato < 0,12 0,12 ----
Clorito ---- 0,01 0,2 EPA 300.1
Bromato ---- 0,01 0,025 IT-03-10-02
Microquant
Cianeto Livre < 0,03 0,03 0,07 Merck
1.14798.0001

4/6
FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
Laboratório de Análises Minerais - LAMIN
Av. Pasteur, 404 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.290-240 Tel.: (21) 2295-5297
lamin@cprm.gov.br

AO717L

Observações:
1. Os resultados referem-se única e exclusivamente às amostras coletadas e entregue para análise neste laboratório.
2. Os dados de identificação da amostra foram fornecidos pelo interessado.
3. Este documento é confidencial, sendo a sua circulação de inteira responsabilidade do interessado.
4. A divulgação destes resultados de análise, assim como sua utilização, em quaisquer circunstâncias e para quaisquer fins, é de
inteira e exclusiva responsabilidade do interessado.
5. Bicarbonato estequiométrico - teor do íon bicarbonato associado aos cátions alcalinos e alcalino-terrosos, obtido por cálculo
estequiométrico em conformidade com o Código de Águas.
6. Bicarbonato titulado - teor do íon bicarbonato obtido, experimentalmente, quando aplicadas as metodologias específicas.
Nota: O íon bicarbonato é caracteristicamente instável, estando sujeito a influências de ordem física, química e físico-químicas. A
diferença entre o bicarbonato titulado e o estequiométrico é aceitável até 20%.
7. Regra de decisão: Neste boletim constam somente os valores encontrados para cada parâmetro, sem a incerteza do ensaio. Os
valores das incertezas dos resultados estão disponíveis caso sejam solicitados pelo interessado.
8. Este resultado refere-se ao plano de amostragem nº. 299/19

Conferência dos registros:


Alexandra de Abreu Marques Coentrão de Marin. Bióloga, CRBio - 42.631-02
Alexandre Carlos da Silva. Téc. Químico - CRQ 03416641
Alexandre Oliveira de S. Junior. Téc. Químico, CRQ - 03420428
Álvaro César Elias Mendes. Engenheiro Quimico, CRQ - 02302555
Ana Cristina Bonfim Peixoto. Engenheira Química, CREA - BA86172
Ângelo Reis Giada. Químico, CRQ - 03212184
Athadeu Gomes Ornellas. Téc. Químico, CRQ - 03410281
Berenice Rosa Santos. Química, CRQ - 03210722
Cabrini Ferraz de Souza. Química, CRQ - 03155615
Elaine de O. Diz de Mattos. Téc. Química, CRQ - 03415858
Gabriel Muniz Mazzoni. Téc. Químico, CRQ - 03423275
Gabriela Costa Stoll. Eng. Química, CREA-RN - 221237015-6
Joseane Alves Ladeira. Téc. Química, CRQ - 03413036
Lilian Rodrigues Serra. Téc. Química, CRQ - 03418840
Lorena Michele Oliveira Vaz. Engenheira Química, CRQ - 02300253099
Luis Chian. Eng. Químico, CRQ - 03316589
Pamela Lourenço de Souza. Téc. Química, CRQ - 03425190
Paulo Carvalho Brabo. Químico, CRQ - 03155413
Regilene Coutinho de Souza. Química, CRQ - 03110568
Renato Teles Souto. Engenheiro Químico, CRQ - 01300066
Sandra David. Téc. Química, CRQ - 03212095

Aprovador:
Américo Caiado Pinto - CRQ 03211417
Alexandre Luís de A. Santos: Químico - CRQ 03251481
Élida Maria G. Posidente Teixeira: Químico - CRQ 03211427

Rio de Janeiro, segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

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FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
Laboratório de Análises Minerais - LAMIN
Av. Pasteur, 404 - Urca - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 22.290-240 Tel.: (21) 2295-5297
lamin@cprm.gov.br

AO717L

ANEXO

Colar foto neste campo

Ponto de Coleta

Colar foto neste campo Colar foto neste campo

Casa de Proteção Cabeça do Poço

6/6
FE-03-09-01 Revisão: 03 Emissão: 09/19
AGÊNCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO
PARECER Nº 317/2021/DFMNM-MG/GER-MG
PROCESSO Nº 48413.826205/2015-87
INTERESSADO: JOSSEMAR BIBERG
ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO ÁGUA

PARECER DE CLASSIFICAÇÃO ÁGUA RETIFICADOR

Obs. Retificador Parecer Nº 71/2021DFMNM-MG/GER-MG ( 2178207)

(apresentação de nova análise selênio e vanádio)

Processo: 48413.826205/2015-87

Titular: Jossemar Biberg

Diploma: Alvará de Pesquisa Nº 12751 DOU 06.12.2016

Município: Medianeira - PR

Fonte: IPÊ

Boletim: 425/LAMIN/2019 de 09.12.2019 ( 0852041)

Código: AO717L

HIDROLÓGICO 4 de 4

COMPOSIÇÃO QUÍMICA (mg/L)

Bicarbonato 86,58

Silício Total 30,757

Cálcio 14,969

Sódio 8,176

Nitrato 6,50

Magnésio 2,803

Cloreto 1,64

Sulfato 0,85

Potássio 0,613

Fluoreto 0,16

Vanádio 0,073

Estrôncio 0,057

Brometo 0,03

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS

pH a 25°C: ........................................................... 7,56

Temperatura da Água na Fonte: ...................... 22,2°C

Condutividade Elétrica a 25°C: ........................ 167,7 µS/cm

Resíduo de Evaporação a 180°C (calculado): .... 137,54 mg/L

Radioatividade na fonte a 20°C e 760 mmHg ....... 0,33 Maches (*)

(*) Não deverá constar no rótulo.

Obs.: O consolidado completo do ano hidrológico está em anexo.

Itens em negrito acima deverão ser incluídos obrigatoriamente em eventual apresentação de rótulos.

CLASSIFICAÇÃO: ÁGUA MINERAL FLUORETADA E VANÁDICA

(Segundo Decreto-Lei 7841/45 de 08.08.45 que dispõe sobre o Código de Águas Minerais, complementado pela Portaria do Diretor Geral DNPM Nº 540 de 19.12.2014)

BACTERIOLOGIA

A água da Fonte IPÊ encontra-se FORA dos padrões microbiológicos de potabilidade, de acordo com a Resolução RDC ANVISA 275/05.

O titular apresentou nova análise microbiológica, conforme documento SEI Nº 2174146, Relatório de Ensaio Microbiológico - 9.773.831-0, emitido em 26.01.2021, pelo Laboratório A3Q (credenciado pela REBLAS), mostrando que a água da
Fonte IPÊ atende aos padrões de potabilidade.

OBSERVAÇÕES:
O titular apresentou nova análise da água da Fonte IPÊ, efetuada por Merieux NutriSciences (Bioagri Ambiental Ltda.) SEI Nº 2386143, cujo Resultado da Amostra Nº 59980/2021-0 de 08.03.2021 apresentou Vanádio = 0,0731 mg/L e Selênio
<0,001mg/L; estes valores foram considerados para classificação.

A classificação mencionada poderá futuramente sofrer alteração, em função de novas análises físico-químicas trienais, de acordo com o art. 27 do Código de Águas Minerais.

Em atendimento ao Parecer 01/2017/CPC (Comissão Permanente de Crenologia) o item Silício Total poderá ser incluído na rotulagem (princípio da impessoalidade e isonomia)

Para atender o Art. 4º da Portaria MME 470/1999, não poderá haver destaque específico para qualquer item da composição química e das características físico-químicas.

Rótulos somente poderão ser analisados após aprovação PAE.

EXIGÊNCIAS:

Não há.

CONCLUSÃO:

Esta classificação deverá ser encaminhada ao titular.

Obs.: Classificação efetuada por esta Gerência Regional, conforme Memorando-Circular DIFIS/DNPM nº 20/2015.

Johann F. Wimmer

Eng. Químico

Fisc. DFMNM/ANM/MG

Documento assinado eletronicament e por Johann Ferdinand Wimmer, Especialista em Recursos Minerais (art. 1º da Lei 11.046/2004), em 23/04/2021, às 09:05, conforme horário o cial de Brasília, com fundamento no § 1º, do art. 6º, do
Decreto nº8.539/2015.

A auten cidade do documento pode ser conferida no site www.gov.br/anm/pt-br/auten cidade, informando o código veri cador 2431339 e o código CRC 3E539F69.

Referênc ia: Processo nº 48413.82 6205/2 015-87 SEI nº 2431339


RESUMO DOS RESULTADOS DA AMOSTRA N° 59980/2021-0
Proce sso C ome rcial N° 1321/2021-1

DADOS REFERENTES AO CLIENTE


Empresa solicitante: JOSSEM AR BIBERG
Endereço: Rua Sergipe, 1200 - - Centro - M edianeira - PR - CEP: 85885000
Nome do Solicitante: JOSSEM AR BIBERG

DADOS REFERENTES A AMOSTRA


Identificação do item de ensaio: 10215860
Identificação do Cliente: JB-01/PT
Amostra Rotulada como: Água M ineral
Coletor: Interessado
Data da Amostragem : 24/02/2021 17:00:00
Data da entrada no laboratório: 26/02/2021 11:01 Data de Elaboração do RRA: 08/03/2021

RESULTADO S PARA A AMO STRA

Data do Início do
Parâmetros Unidade LQ / Faixa Resultados analíticos F1 F2
Ensaio
Selênio mg/L 0,001 < 0,001 02/03/2021 05:22 --- ---
Vanádio mg/L 0,001 0,0731 02/03/2021 05:22 --- ---
luna Flag 1 indicam análise realizada fora do holding tim e do parâmetro, podendo possuir desvios que podem comprometer os res ultados, devendo ser
avaliado com estas ressalvas.
a com a amostra sendo recebida de forma inapropriada, tanto em conteúdo, frasco ou temperatura, tendo sido
autorizada pelo interessado. Desta forma os resultados podem possuir desvios que podem comprometer os resultados, devendo ser avaliados com esta res salva.

Notas

Este Relatório de Ensaio só pode ser reproduzido por inteiro e sem nenhuma alteração.
LQ / Faixa = Limite de Q uantificação ou Faixa de Trabalho, quando aplicável.

Os resultados se aplicam somente a amostra conforme recebida.


Informações relevantes à validade do ensaio, como a data da Amostragem , são de responsabilidade do interessado.
Plano de Amostragem
Plano de Amostragem de responsabilidade do interessado.

Dados de Origem
Resumo dos resultados da amostra n° 59980/2021-0 preparado com os dados dos relatórios de ensaio: 59980/2021-0 - Piracicaba anexados a este documento.
Declaração de Conformidade

Referências Metodológicas e Locais de Execução


Bioagri Ambiental Ltda. - Matriz: Rua Aljovil Martini, 177/201, Bairro Dois Córregos - Piracicaba/SP, registrada no CRQ 4ª Região sob nº 16082 -F e responsabilidade técnica do prof issional Marcos
Donizete Ceccatto.
Metais Totais (ICP-MS): Det.: SMWW, 23ª Edição, 2017, Método 3125 B / Preparo: SMWW, 23ª Edição, 2017, Método 3030 E, EPA 3010 A: 1992 e EPA 300 5: 1992

Chave de Validação: 35b1e05b5b8b5ad6845464574e120744

Página 1 de 1 / R.R.A.: 59980/2021-0


Bioagri Ambiental. E-mail: falecom.amb.br@mxns.com
RG 080.01 (rev.04) Emitido em 11.11.2020
Dados do Solicitante
Solicitante: CNPJ/CPF:

Validador do relatório
JOSSEMAR BIBERG 016.929.829-90
Endereço: CEP:
RUA ALAGOAS, 1390 85884000
Cidade: Estado: Responsável pela solicitação: Telefone:
MEDIANEIRA PR JOSSEMAR BIBERG 99910-9190
Página 1 de 1 Emissão 26/01/2021
Dados da Amostra
Ordem Serviço: Código da amostra:
9773831 6771MB21
Local da amostragem / Órgão expedidor:
JOSSEMAR BIBERG
Descrição da amostra (Tipo): Lote: Lacre:
ÁGUA CONSUMO
NI NI
Ponto de coleta: Resp. coleta:
POÇO - ANDERSON - A3Q
Fabricação: Validade: Coleta: Temp. Coleta: Fabricante:
ni ni 22/01/2021 14:30 20,5°C JOSSEMAR BIBERG
Remessa: Recebimento: Etiqueta: Temp. recebimento: Condições da amostra:
NI 22/01/2021 16:30 NI 24,4°C NORMAL - FRASCO
Dados informados pelo cliente:
TEMP. AR: 22°C

Relatório de Ensaio Microbiológico - 9.773.831-0


Ensaio Resultado Unidade Referência Início Fim
(1)
Contagem de Coliformes Termotolerantes a 45°C <1 (ausência) UFC/100 mL (a)
SVR 23-01-2021 24-01-2021
(2)
Contagem de Escherichia coli <1 ( ausência) UFC/100 mL (a)
Ausência em 100mL 23-01-2021 24-01-2021
(3)
Contagem de Microrganismos <1,0 x 10° UFC/mL (a)
5,0 x 10² UFC/mL 23-01-2021 25-01-2021
Heterotróficos Estritos e Facultativos
Viáveis em Água e Gelo
(2)
Detecção e contagem de Coliformes <1 (ausência) UFC/100 mL (a)
Ausência em 100mL 23-01-2021 24-01-2021
totais em água e gelo
(4)
Detecção e contagem de Enterococcus spp <1 (ausência) UFC/100 mL (a)
SVR 23-01-2021 25-01-2021
em Água e Gelo

Abreviatura:
NA = Não aplicado | NI = Não informado | UFC = Unidade Formadora de Colônias | NMP = Número Mais Provável | SVR = Sem Valor de Referência | ND = Não Detectável
Metodologia(s):
(1) SMWW, Métodos 9222 B, D e E. 23ª Edição 2017.
(2) ISO 9308-1:2014
(3) SMWW, Método 9215 B. 23ª Edição 2017.
(4) SMWW, Método 9230 C. 23ª Edição 2017.
Informações adicionais:
(a) Portaria de Consolidação nº 5, de 28 de setembro de 2017
Todas as informações constam nos dados brutos das análises e estão a disposição do solicitante.
O(s) resultado(s) desta(s) análise(s) tem significado restrito e se aplica(m) somente a(s) amostra(s) analisada(s).
Este relatório de ensaio somente pode ser reproduzido por completo e sem nenhuma alteração.
Procedimento de amostragem: Plano de amostragem é de responsabilidade do solicitante.
Comentário(s):
Nota: Opiniões e interpretações não fazem parte do escopo deste laboratório.

CRF PR: 716


Alvaro Largura PhD

Para validar a assinatura do seu laudo acesse conferirassinatura.a3q.com.br e digite o código OTc3MzgzMX e a série w2NzcxTUIyMXww
[A] [B]

[C] [D]

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA:

[A,B,C] = Procedimentos de assepsia do local da


coleta (torneira inox), envolvendo desinfecção com
álcool e flambagem

[C,D] = Detalhe da amostragem da água do poço,


em frasco preparado pelo Laboratório A3Q, que é
acondicionado em caixa tipo “cooler” com gelo,
para transporte até o laboratório

[E]
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

ANEXO III

- Laudos de Análises Físico-Químicas de Águas Superficiais da Bacia Hidrográfica do Rio


Alegria - LabQi
- Laudos de Análises Físico-Químicas de Poços Tubulares Profundos da Bacia Hidrográfica
do Rio Alegria - LabQi
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

ANEXO IV

Dados Hidrodinâmicos de Poços Tubulares Existentes no Município de Medianeira


(SIAGAS/CPRM, IAT/SUDERHSA e Poços Cadastrados em Campo)
ANEXO IV - DADOS HIDRODINÂMICOS DE POÇOS TUBULARES EXISTENTES NO MUNICÍPIO DE MEDIANEIRA (PR)

UTM Leste UTM Norte Profundidade Nível Dinâmico Nível Estático Vazão Capacidade Específica
Poço Código Localização Origem do dado
(X) (Y) (m) (m) (m) (m³/h) (m³/h/m)

1 3500012924 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 785.184 7.200.534 100,00 60,00 54,15 13,00 2,222
2 3500012972 Centro Banco de dados do SIAGAS 792.495 7.199.330 138,00 120,00 83,00 5,00 0,135
3 3500015136 MEDIANEIRA Banco de dados do SIAGAS 792.990 7.197.656 90,00 65,00 54,00 6,00 0,545
4 3500015178 Sol Ouro Banco de dados do SIAGAS 793.140 7.195.498 64,00 24,13 15,00 7,00 0,767
5 3500015190 Linha Bento Gonçalves Banco de dados do SIAGAS 795.869 7.197.408 70,00 12,00 11,17 15,00 18,072
6 3500017006 Saltinho / Beltrão Banco de dados do SIAGAS 790.464 7.205.103 63,00 31,63 30,14 12,00 8,054
7 3500017169 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 797.626 7.197.123 121,00 28,00 15,00 15,00 1,154
8 3500017175 Centro Banco de dados do SIAGAS 792.658 7.199.112 120,00 73,00 50,69 2,00 0,090
9 3500017192 Condá Banco de dados do SIAGAS 792.330 7.200.751 100,00 78,00 52,45 10,00 1,000
10 3500019553 Vila Rural Banco de dados do SIAGAS 796.171 7.195.893 120,00 60,00 59,13 6,00 6,897
11 3500022103 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 799.879 7.204.035 138,00 108,00 70,30 8,00 0,212
12 3500022110 Centro Banco de dados do SIAGAS 792.104 7.199.401 80,00 76,00 67,20 7,00 0,795
13 3500022277 Jardim Belo Horizonte Banco de dados do SIAGAS 794.664 7.201.223 108,00 36,00 23,30 9,00 0,709
14 3500032455 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 795.020 7.198.361 247,00 140,00 108,45 70,00 2,219
15 3500032456 Ouro Verde Banco de dados do SIAGAS 789.812 7.208.791 81,00 22,00 11,00 1,20 0,109
16 3500032457 Javali Banco de dados do SIAGAS 798.666 7.206.258 48,80 7,00 4,67 3,00 1,288
17 3500033331 Beltrão Banco de dados do SIAGAS 790.469 7.205.481 63,00 31,63 30,14 12,18 8,174
18 3500033332 Cabeceira da Represa Banco de dados do SIAGAS 789.756 7.195.734 51,00 4,03 3,37 8,00 12,121
19 3500033333 Linha Mara Lúcia/Feijão Verde Banco de dados do SIAGAS 789.285 7.211.564 34,00 18,00 8,40 6,00 0,625
20 3500033575 CABEÇA DA REPRESA Banco de dados do SIAGAS 790.112 7.195.387 250,00 45,00 6,00 25,00 0,641
21 3500033576 OCOY/COM, SÃO FRANCISCO Banco de dados do SIAGAS 793.267 7.205.329 250,00 30,00 25,50 65,00 14,444
22 3500033673 Sol e Ouro Banco de dados do SIAGAS 794.217 7.196.222 64,00 24,13 15,00 6,88 0,754
23 3500017031 Nossa Senhora da Saúde Banco de dados do SIAGAS 787.004 7.199.273 63,00 11,00 10,60 6,00 15,000
24 3500033740 ASSENTAMENTO SAVIO Banco de dados do SIAGAS 783.525 7.208.277 54,00 40,00 24,98 7,20 0,479
25 3500033814 OCOY Banco de dados do SIAGAS 794.562 7.205.608 242,00 118,00 35,67 35,00 0,425
26 3500033837 JURITI Banco de dados do SIAGAS 790.865 7.200.453 295,00 178,00 18,44 9,00 0,056
27 3500035939 Comunidade Bom Jesus Banco de dados do SIAGAS 785.064 7.198.853 120,00 63,42 57,46 8,00 1,342
28 3500037335 Linha Sagrada Família Banco de dados do SIAGAS 788.977 7.193.318 66,00 15,16 12,36 11,31 4,039
29 3500060710 Zona Rural Banco de dados do SIAGAS 795.653 7.201.633 270,00 160,00 140,00 13,00 0,650
30 3500060881 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 791.863 7.206.366 96,00 90,00 88,00 6,00 3,000
31 3500061225 Linha Valiati Banco de dados do SIAGAS 785.826 7.199.104 102,00 60,00 54,00 5,00 0,833
32 3500061737 Centro Banco de dados do SIAGAS 792.649 7.198.712 204,00 162,00 136,05 8,00 0,308
33 3500062324 Serranópolis do Iguaçu Banco de dados do SIAGAS 799.485 7.195.112 202,00 162,00 48,67 4,80 0,042
34 3500062340 Linha Mara Lucia Banco de dados do SIAGAS 787.986 7.209.775 148,00 77,82 41,37 15,00 0,412
35 3500062425 Linha Mara Lucia Banco de dados do SIAGAS 787.915 7.209.099 180,00 75,86 38,54 7,50 0,201
36 3500062475 Linha Mara Lucia Banco de dados do SIAGAS 787.401 7.209.972 100,00 55,34 24,54 30,00 0,974
37 3500062754 Frimesa Banco de dados do SIAGAS 791.564 7.200.305 200,00 144,00 68,75 46,00 0,611
38 3500062767 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 787.957 7.197.950 90,00 50,00 38,21 10,00 0,848
39 3500062913 Sanga Manduri Banco de dados do SIAGAS 796.532 7.196.993 160,00 105,26 42,36 10,00 0,159
40 3500063208 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 795.198 7.207.741 160,00 105,32 31,56 5,00 0,068
41 3500063209 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 794.283 7.208.131 110,00 63,70 45,12 4,80 0,258
42 3500063231 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 792.997 7.205.726 120,00 81,94 70,20 5,00 0,426
43 3500063411 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 794.683 7.207.229 130,00 62,00 48,45 6,00 0,443
44 3500063465 Linha Bom Jesus Banco de dados do SIAGAS 785.664 7.196.736 100,00 23,71 0,00 2,88 0,121
45 3500063542 Linha Thomé Banco de dados do SIAGAS 796.566 7.197.270 200,00 73,14 46,29 15,00 0,559
46 3500063615 Linha São Bráz Banco de dados do SIAGAS 795.228 7.203.983 112,00 86,87 43,28 6,00 0,138
47 3500063676 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 798.206 7.200.560 60,00 37,00 30,25 6,00 0,889
48 3500063845 - Banco de dados do SIAGAS 792.354 7.200.565 186,00 94,00 62,40 7,00 0,222
49 3500063927 Centro Banco de dados do SIAGAS 792.601 7.199.082 282,00 65,00 25,20 1,80 0,045
50 3500064015 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 800.464 7.201.373 127,00 110,00 102,00 4,00 0,500
51 3500064221 São Cristóvão Banco de dados do SIAGAS 791.780 7.199.962 94,00 61,00 45,60 6,00 0,390
52 3500064444 Medianeira Banco de dados do SIAGAS 791.370 7.200.402 250,00 180,00 89,05 47,00 0,517
53 3500064870 Frimesa Banco de dados do SIAGAS 791.697 7.199.994 150,00 66,00 43,47 88,00 3,906
54 3500064943 Industrial Banco de dados do SIAGAS 796.332 7.201.958 100,00 72,00 35,65 6,00 0,165
55 59286 ESTRADA MISSAL, 670 - MEDIANEIRA RURAL Banco de dados SUDERHSA 789.664 7.204.694 114,00 - 54,11 8,00 -
56 62246 Rua Bahia, 159 - Frimesa Banco de dados SUDERHSA 791.199 7.200.058 306,00 - 133,60 40,00 -
57 62759 Av Brasília, - Bairro Condá Banco de dados SUDERHSA 791.985 7.200.771 252,00 - 140,08 8,00 -
58 80179 Linha Vitoria, - Medianeira Banco de dados SUDERHSA 800.935 7.210.767 102,00 - 27,00 7,00 -
59 62919 Linha Ouro Verde, - Linha Ouro Verde Banco de dados SUDERHSA 795.533 7.208.640 180,00 - 69,24 6,00 -
60 50136 Linha Santa Rita, - Gleba 08 Banco de dados SUDERHSA 792.913 7.209.024 170,00 - 75,49 5,00 -
61 71174 Estrada Santa Rita, - Vila Santa Rita Banco de dados SUDERHSA 791.521 7.209.476 120,00 - 45,30 5,00 -
62 60265 Rua Iguaçu, 2677 - Nazaré Banco de dados SUDERHSA 793.851 7.198.561 107,00 - 15,61 7,50 -
63 58360 Linha Cruzeirinho lote 44, - Rural Banco de dados SUDERHSA 801.042 7.205.921 215,00 - 88,51 2,00 -
64 45603 Linha Savio, Lote Rural 20, - Zona Rural Banco de dados SUDERHSA 783.527 7.209.362 132,00 - 51,87 2,00 -
65 13241 Linha Ouro Verde, lote 119, - Gleba 08 Banco de dados SUDERHSA 794.986 7.207.965 150,00 - 100,74 5,00 -
66 57408 Linha Vitória - Lote 23C, - Zona Rural Banco de dados SUDERHSA 799.258 7.210.483 80,00 - 10,64 5,00 -
67 67216 Linha Rio Ouro Verde, - Zona Rural Banco de dados SUDERHSA 795.263 7.208.425 130,00 - 54,16 7,00 -
68 58358 Linha Cruzeiro Lote 44, - Rural Banco de dados SUDERHSA 801.092 7.205.989 230,00 - 67,12 6,00 -
69 57541 Rua Somls Felline, 880 - Distrito Industrial Banco de dados SUDERHSA 796.729 7.202.191 100,00 - 60,32 5,00 -
70 43239 Linha São Brás - Lote 18 - Matrícula 10438, - Linha São Brás Banco de dados SUDERHSA 795.321 7.204.138 116,00 - 48,72 8,00 -
71 53601 Rua Bahia, 159 - Frimesa Banco de dados SUDERHSA 791.692 7.200.115 150,00 - 43,47 88,00 -
72 62466 Avenida Brasilia / parte do lote rural n° 89, 3575 - Cidade Alta Banco de dados SUDERHSA 793.168 7.197.521 200,00 - 90,47 8,00 -
73 52606 Avenida Rio Grande Do Sul - Quadra 129 Lote 03, 2808 - Centro Banco de dados SUDERHSA 791.815 7.199.011 150,00 - 100,54 6,00 -
74 61996 LINHA SALETE- LOTE X-1, - RURAL Banco de dados SUDERHSA 796.240 7.199.289 120,00 - 63,39 2,00 -
75 71845 Linha Vitória - s/n, - Linha Vitória Banco de dados SUDERHSA 797.837 7.209.000 174,00 - 136,00 7,00 -
76 5488 Rua Bahia, 159 - Frimesa Banco de dados SUDERHSA 791.706 7.200.162 82,00 - 82,00 30,00 -
77 64564 RODOVIA FEDERAL BR 277 KM 669, - AREA INDUSTRIAL Banco de dados SUDERHSA 795.199 7.201.621 121,00 - 54,35 5,00 -
78 71285 ESTRADA MATELANDIA, S/N, - ZONA RURAL Banco de dados SUDERHSA 798.522 7.201.371 294,00 - 161,00 7,50 -
79 62465 Linha Rio Javali, - Parte Dos Lotes Rurais n° 16 e 17 Banco de dados SUDERHSA 798.442 7.205.882 170,00 - 88,16 10,00 -
80 52059 Linha Mazzda , Km 01 lote 50, - Banco de dados SUDERHSA 793.515 7.202.693 111,00 - 48,00 5,00 -
81 20819 Rua Bahia, 159 - Frimesa Banco de dados SUDERHSA 791.682 7.200.141 193,00 - 39,59 46,00 -
82 67742 Rua Bahia, 159 - Frimesa Banco de dados SUDERHSA 791.224 7.200.556 246,00 - 96,04 65,00 -
83 51005 Rua Minas Gerais, 2534 - Centro Banco de dados SUDERHSA 792.102 7.198.833 172,00 - 91,29 2,50 -
84 11803 Linha Santa Rita, - Linha Santa Rita Banco de dados SUDERHSA 792.629 7.208.584 144,00 - 36,30 5,00 -
85 14317 Rodovia BR-277, Km 663 + 970,0 m, - SAU 6 Banco de dados SUDERHSA 799.279 7.203.730 100,00 - 56,00 3,50 -
PT-01 - - Poços cadastrados em campo 786.993 7.207.040 80 - - - -
PT-02 - - Poços cadastrados em campo 785.083 7.208.989 40 - 20,00 - -
PT-03 - - Poços cadastrados em campo 786.656 7.205.408 122 - - 16,00 -
PT-04 - - Poços cadastrados em campo 796.354 7.200.797 50 - 20,00 18,00 -
PT-05 - - Poços cadastrados em campo 790.084 7.202.026 210 - 70,00 5,00 -
PT-06 - - Poços cadastrados em campo 790.707 7.200.997 256 - - - -
PT-07 - - Poços cadastrados em campo 791.260 7.201.301 63 - - - -
PT-10 - - Poços cadastrados em campo 785.886 7.206.425 94 - - - -
PT-13 - - Poços cadastrados em campo 783.183 7.210.089 60 - - - -
Base de dados SIAGAS/CPRM - Base de dados SUDERHSA/IAT - Dados coletados em campo
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

ANEXO V

Fichas de Descrição de Afloramentos


ANEXO V FICHA DE DESCRIÇÃO DE AFLORAMENTOS
Projeto: Pesquisa para Água Mineral Bairro Ipê, Medianeira-PR
Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87
Ponto: PG-01 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 787.472 UTM-N: 7.204.588
Tipo de Afloramento: Leito de drenagem
Descrição:
Afloramento em talude de afluente do Rio Alegria, contendo blocos métricos a decimétricos de basalto, cor cinza médio,
estrutura maciça, textura fanerítica equigranular fina. São observáveis cristais milimétricos, ripiformes e euédricos de
plagioclásio. Rocha apresenta magnetismo.

Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87


Ponto: PG-02 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 787.723 UTM-N: 7.205.608
Tipo de Afloramento: Lajeado
Descrição: Fraturas:
Afloramento em lajes em meio ao pasto, composto por basalto, N59W/SV, N88W/SV, N84E/SV, N70W/SV, N71W/SV,
cor cinza médio, estrutura maciça, textura fanerítica equigranular N52W/SV, N21E/SV, N84E/SV, N87W/SV, N66W/SV,
muito fina. Destacam-se fraturas subhorizontalizadas N87W/SV, N66W/SV
penetrativas.
Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87
Ponto: PG-03 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 787.128 UTM-N: 7.207.231
Tipo de Afloramento: Saibreira
Descrição: Fraturas:
Afloramento de basalto em Saibreira na beira da estrada, N82W/SV, N55W/SV, N56E/SV, N57E/SV, N61E/SV,
apresenta cor cinza médio, estrutura maciça e textura afanítica. N56E/SV, N3W/SV, N26E/SV, N35W/SV, N61W/SV,
Encontra-se fortemente fraturado e intemperizado, com fraturas N36W/SV, N87W/SV, N76W/SV, E-W/SV, N60W/SV
em cunha e conchoidais, por vezes, preenchidas por calcita.
Quando intemperizado, o basalto apresenta cor cinza amarelada.

Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87


Ponto: PG-04 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 785.118 UTM-N: 7.209.011
Tipo de Afloramento: Lajeado
Descrição:
Afloramento em laje formado por basalto cinza acastanhado, com porções esverdeadas (lentes de celadonita?), estrutura
maciça, textura fanerítica equigranular fina. Ocorrem vesículas esparsas, revestidas por celadonita.
Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87
Ponto: PG-05 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 784.457 UTM-N: 7.209.735
Tipo de Afloramento: Leito de drenagem / Lajeado
Descrição: Fraturas:
Afloramento em laje na beira do Rio Alegria, composto por N28E/SV, N75W/SV, N30W/SV, N86W/SV, N67E/SV,
basalto, cor cinza médio, estrutura amigdaloidal e textura N25E/SV
afanítica. As amígdalas possuem dimensões milimétricas e
geometria circular. São preenchidas por calcedônia com
revestimento de celadonita.

Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87


Ponto: PG-06 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 784.457 UTM-N: 7.209.735
Tipo de Afloramento: Corte/Talude
Descrição: Fraturas:
Afloramento em talude apresentando basalto fortemente N80W/SV, N50E/SV, N29W/SV, N34W/SV, N11W/SV,
intemperizado e fraturado. Quando são apresenta coloração N2W/SV, N31W/SV, N25E/SV
cinza médio, estrutura maciça e textura fanerítica equigranular
fina. O padrão de fraturamento se assemelha ao conchoidal e em
cunha.
Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87
Ponto: PG-07 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 787.018 UTM-N: 7.206.420
Tipo de Afloramento: Saibreira
Descrição: Fraturas:
Afloramento de basalto em Saibreira, formado por basalto, cor N76E/SV, N76E/SV, N76E/SV, N75W/SV, N55W/SV,
cinza claro, estrutura maciça e textura afanítica. Ocorre N86E/SV, N75E/SV, N75E/SV, N73E/SV, N42W/SV,
intensamente fraturado e intemperizado, sendo observáveis N74E/SV, N76E/SV, N43W/SV, N18E/SV, N57W/SV,
raras vesículas revestidas por celadonita. As fraturas possuem N73E/SV, N40W/SV, N60W/SV, N36W/SV, N40W/SV,
padrão em cunha e conchoidal, por vezes, preenchidas por N20E/SV
calcita. Localmente, foi observado brecha com fragmentos
centimétricos e angulosos de basalto em meio a matriz de tufo
afanítico avermelhado.

Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87


Ponto: PG-08 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 785.731 UTM-N: 7.207.146
Tipo de Afloramento: Lajeado
Descrição:
Afloramento em laje formado por basalto cinza acastanhado, com estrutura amigdaloidal e textura fanerítica equigranular
muito fina. As amígdalas possuem formato arredondado e lenticular e dimensões milimétricas, ocorrem preenchidas po r
quartzo, calcita e celadonita.
Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87
Ponto: PG-09 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 789.733 UTM-N: 7.200.452
Tipo de Afloramento: Leito de drenagem
Descrição:
Afloramento em leito de drenagem composto por basalto, cor cinza médio, estrutura maciça e textura fanerítica equigranular
muito fina. Apresenta esfoliação esferoidal.

Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87


Ponto: PG-10 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 788.647 UTM-N: 7.201.967
Tipo de Afloramento: Saibreira
Descrição: Fraturas:
Afloramento de basalto em Saibreira, formado por basalto, cor N44E/SV, N76E/SV, N81W/SV, N9W/SV, N7W/SV,
cinza médio, estrutura maciça e textura afanítica a fanerítica N32W/SV, N22E/SV, N44E/SV, N79W/SV, N72W/SV,
equigranular muito fina. Ocorre intensamente fraturado, sendo N20E/SV, N82W/SV, N39W/SV, N86W/SV, N24E/SV,
que as fraturas possuem padrão em cunha e conchoidal, por N78E/SV, N7W/SV, N79E/SV, N51E/SV, N45E/SV,
vezes, preenchidas por calcita. N20E/SV, N40W/SV, N74E/SV
Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87
Ponto: PG-11 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 787.128 UTM-N: 7.203.810
Tipo de Afloramento: Corte/Talude
Descrição:
Afloramento em talude exibindo transição entre basalto cinza esverdeado, com estrutura maciça, textura fanerítica
equigranular muito fina e raras amígdalas preenchidas por calcedônia; e basalto amigdaloid al com amígdalas de dimensão
milimétrica a decimétrica, formato arredondado e lenticular, preenchidas por quartzo (+ cristalino) e calcedônia (amorfo);
também foram observadas vesículas revestidas por celadonita. Além disso, ocorre esfoliação esferoidal e fraturamento
penetrativo curvilíneo, provavelmente não possuindo origem tectônica, indicando possível estrutura de fluxo. Ademais,
foram descritas feições semelhantes a brechas hidrovulcanoclásticas, cujos blocos são de basalto afanítico amigdaloidal em
meio a uma matriz de tufo muito fino cinza-claro.

Titular: Jossemar Biberg ANM n°: 48413.862205/2015-87


Ponto: PG-12 Data: Fevereiro/2020 UTM-E: 796.404 UTM-N: 7.200.956
Tipo de Afloramento: Leito de drenagem
Descrição: Fraturas:
Afloramento em leito de drenagem (Sanga Magnólia), N62E/SV, N60W/SV, N35W/SV
exibindo basalto, cor cinza médio, estrutura maciça e textura
fanerítica equigranular fina.
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

ANEXO VI

Folders de Máquinas e Equipamentos de Envase


04 | Catálogo I.G. 05 | Catálogo I.G.

LAVADORA
LINEAR AUTOMÁTICA

01

Ô¿ª¿¼±®¿ Ô·²»¿® ß«¬±³?¬·½¿ ¤ ðï Ó±¼»´±-


para garrafões de 10 e 20 litros, é construída com • IG 300-3
aço inox 304 e equipada com sistema de sensores Produção: 800 a 1.000 garrafões/hora;
de segurança e sistema de lavagem constituído por Altura: 1,60 m;
4 estágios. Com 3, 4, 5, 6 ou 8 unidades em linha, os Comprimento: 5,60 m;
jatos são realizados por bicos localizados na parte Largura: 1,50 m.
inferior dos garrafões e, externamente, por bicos
aspersores, comandados através de motobombas • IG 700-3
em aço inox. Produção: 1.000 a 1.500 garrafões/hora;
Altura: 1,60 m;
1º Estágio: dois enxágues com água recirculável do Comprimento: 5,60 m; 03 03
reservatório aquecida por resistências elétricas, com Largura: 1,75 m.
solução cáustica ou com outros produtos similares Ü·º»®»²½·¿·- ¤ ðí
02 aprovados pela ANVISA/MS; • IG 1400-3 quadro de comando com fácil
Produção: 1.500 a 2.000 garrafões/hora; acesso dentro das normas
2º Estágio: dois enxágues com água proveniente Altura: 1,60 m; de segurança.
da recirculação do enxágue final; Comprimento: 5,60 m; Sistema de antitravamento
Largura: 2,05 m. que aumenta a vida útil do
3º Estágio: dois enxágues de desinfecção com equipamento.
solução clorada ou outros produtos similares • IG 2500-3 Bombas de fabricação própria
Produção: 2.500 a 3.000 garrafões/hora; em aço inox 304.
03
aprovados pela ANVISA/MS;
Altura: 1,60 m;
4º Estágio: dois enxágues para finalizar o Comprimento: 8,50 m;
processo com água proveniente da captação a Largura: 2,80 m.
ser envadasa.
Ñ°½·±²¿´ Ô¿ª¿¼±®¿ ¤ ðî *Consulte-nos sobre o conjunto completo com produção de 2.000 a
03 carga automática 2.500 garrafões/hora
06 | Catálogo I.G.

ÛÒÝØÛÜÑÎß
ÎÑÌßÌ×Êß ßËÌÑÓ_Ì×Ýß

01
*Consulte-nos sobre o conjunto completo com produção de 2.000 a 2.500 garrafões/hora

Û²½¸»¼±®¿ ન¬·ª¿ ß«¬±³?¬·½¿ ¤ ðï


para o envase de garrafões de 10 e 20 litros, é construída com aço inox 304, movida por motor e inversor e
possui acionamento eletromecânico. O posicionamento dos garrafões para o envase é automático, realizado
através de estrelas. As válvulas de envase trabalham com sistema mecânico por gravidade e são acionadas
pelo próprio garrafão. O acionamento ocorre quando a válvula veda o gargalo, liberando o envase, e o término
se dá com o equilíbrio da pressão do garrafão com o reservatório de água da máquina. As válvulas, então,
liberam o garrafão para que a estrela os posicione de volta à esteira transportadora.
A Enchedora é disponível em quatro modelos, equipada com 9, 12, 16, 20 ou 24 válvulas de envase por gravidade
e fechamento frontal em policarbonato.
08 | Catálogo I.G.

TAMPADORA
AUTOMÁTICA

Ì¿³°¿¼±®¿ ß«¬±³?¬·½¿ ¤ ðï Ó±¼»´±


para garrafões de 10 e 20 litros, é construída • IG 280
com aço inox 304 e constituída por Produção: 800 a 3.000 garrafões/hora;
elevador selecionador de tampas, calha Altura: 1,85 m;
orientadora que efetua a alimentação das Comprimento: 1,00 m;
tampas, pressionador de tampas e sistema Largura: 1,30 m.
eletropneumático para o pressionamento
das tampas. Proveniente do reservatório de
tampas, elas são guiadas pela calha e ficam
posicionadas corretamente para que sejam
apanhadas pelo garrafão no sistema pick off.

Ý¿´¸¿ ߶«-¬?ª»´ ¤ ðî
a calha da Tampadora permite ajustes finos
de acordo com a tampa do cliente, sendo
elas com ou sem abas.

Ú?½·´ Ñ°»®¿9=± ¤ ðì
a Tampadora, seguindo a linha dos outros
equipamentos, tem sua regulagem fácil
e ágil, sendo necessárias apenas duas
regulagens, para garrafões de 10 e 20 litros.
Com baixa altura do abastecedor de tampas, o
funcionário consegue uma melhor ergonomia
do equipamento. O sistema de elevador
diminui o ruído dentro da sala de envase,
simplifica a manutenção e aumenta a vida útil
do equipamento.

Ì¿³°¿¼±®¿ ½±³ Û´»ª¿¼±® ¤ ðí


a Tampadora possui sistema de esteira que
colhe as tampas do reservatório e as seleciona
com muito mais eficácia, não sendo necessário
o uso do vibrador de tampas.
01

02 03 04
09 | Catálogo I.G.

ESTEIRA E VISOR

01

02 03

Û-¬»·®¿ Ì®¿²-°±®¬¿¼±®¿ ¤ ðï Ó±¼»´±- ¼¿ Û-¬»·®¿ ¤ ðïóðî


para o transporte de garrafões de 10 e 20 litros e interligação • IG 05
dos equipamentos, é construída com aço inox 304 e Movida por motor de 0,75 CV;
acionamento eletromecânico. Corrente de 3.1/4 polegadas;
Altura: 1,00 m;
Ê·-±® ¼» ײ-°»9=± ¤ ðí Comprimento: de acordo com o layout;
equipamento destinado ao exame visual de limpeza e Largura: 0,32 m.
qualidade dos garrafões envasados, é construído com aço
inox 304 e placa de acrílico leitoso e equipado com três • IG 10
lâmpadas fluorescentes de 20 Watts cada. Movida por motor de 1 CV;
Altura: 0,60 m; Corrente de 7.1/2 polegadas;
Comprimento: 0,75 m; Altura: 0,70 m;
Largura: 0,13 m. Comprimento: de acordo com o layout;
Largura: 0,32 m.
10 | Catálogo I.G.

TÚNEL LACRADOR
E TÚNEL GERMICIDA

02

01 03

04

Ì&²»´ Ô¿½®¿¼±® ¤ ðï λ¹«´¿¹»³ ¼± Ì&²»´ Ô¿½®¿¼±® ¤ ðîóðí


construído em aço inox 304, possui duas como todos os equipamentos da I.G., o Túnel Lacrador tem a
resistências aletadas de 2000 Watts cada regulagem para garrafões de 10 e 20 litros fácil e ágil realizada
e motor de 0,25 CV equipado com disco através de alavanca.
circulador de ar.
Através do acionamento elétrico do túnel, as Ì&²»´ Ù»®³·½·¼¿ ¤ ðì
resistências aquecem o ar que tem ventilação construído com aço inox 304 e fechado lateralmente com
forçada pelo motor. À alta temperatura, os placas de policarbonato transparente e uma lâmpada UV, o
lacres são encolhidos, garantindo controle Túnel Germicida é fixado à esteira de acordo com o layout
perante a violação da embalagem. e estende-se da saída da lavadora até a cabine de envase.
Possui a finalidade de privar o contato dos garrafões recém
Ó±¼»´± higienizados com o ambiente externo.
• IG 050 Altura: 0,52 m;
Altura: regulável para garrafões de 10 ou Comprimento: de acordo com o layout;
20 litros; Largura: 0,32 m.
Comprimento: 0,70 m; | Largura: 0,50 m.
11 | Catálogo I.G.

HIGIENIZADORAS

02

01 03

Ø·¹·»²·¦¿¼±®¿ ¤ ðïóðî Ü·º»®»²½·¿´


destinada à higienização em garrafões de 10 e 20 litros, é construída de fácil operação, acionada
com aço inox 304, possui motor de 7,5 CV e bomba de pistões através de pedal de livre posição
equipada com válvula de segurança. Através de acionamento por para melhorar a ergonomia do
pedal, jatos de água em alta pressão (aproximadamente 2.200 PSI) equipamento no manuseio do
são liberados e fazem a remoção de algas e resíduos contidos na garrafão.
parte interna do garrafão.

Ü»¬¿´¸»- ¼± Þ·½± ¤ ðí
jatos com múltiplas direções em alta pressão para total retirada de
algas do garrafão.

Ó±¼»´±-
• HIG ¤ ðî
1 bomba de 7,5 CV
Altura: 1,70 m;
Comprimento: 0,75 m;
Largura: 0,65 m.

• HIG 02 ¤ ðï
2 bombas de 7,5 CV;
Altura: 1,70 m;
Comprimento: 1,50 m;
Largura: 0,65 m.
12 | Catálogo I.G.

ESCOVADEIRA
LINEAR

01

02 03

Û-½±ª¿¼»·®¿ Ô·²»¿® ¤ ðï
destinada à pré-lavagem externa de garrafões de 20 litros, é construída com aço inox 304, possui motores
de 0,75 CV, acionamento mecânico, reservatório de solução desengraxante equipado com bomba, escovas
cilíndricas de nylon e esteira transportadora. Possui, também, quadro de comando de fácil acesso dentro das
normas de segurança (03).

A limpeza, auxiliada pelo enxágue da solução do reservatório, é efetuada através de escovas cilíndricas giratórias
que atuam em toda a dimensão externa do garrafão (02).

Ó±¼»´±
• ESC L1 • ESC L2
Produção: 800 a 1.500 unidades por hora; Produção: 1.500 a 3.000 unidades por hora;
Altura: 1,60 m; Altura: 1,60 m;
Comprimento: 2,70 m; Comprimento: 3,50 m;
Largura: 0,90 m. Largura: 0,90 m.
14 | Catálogo I.G.

ÌÎ×ÞÔÑÝÑ ÐßÎß ÙßÎÎßÚßÍ ÜÛÍÝßÎÌ_ÊÛ×Í ÜÛ ëïð ß ïëðð ÓÔ

ðï
Ì®·¾´±½± °¿®¿ Ù¿®®¿º¿- ¤ ðï Ü·º»®»²½·¿´ Û´»ª¿¼±®
Tribloco Rotativa Automática para envase de água a Tribloco é equipada com elevador selecionador de
mineral natural ou água mineral gaseificada em tampas. Não sendo necessário o uso do vibrador de
garrafas descartáveis de 510 a 1500 ml, construída tampas, ganha-se menos ruído na sala de envase,
com aço inox 304, é movida por motor de 2 CV manutenção simplificada e elevada vida útil do
com acionamento eletromecânico, possui carga e equipamento.
descarga automática e uma base de aço carbono
SAE 1020 revestida com pintura anticorrosiva e aço Ó±¼»´±-
inox. ‹ Û²½¸»¼±®¿ ન¬·ª¿ ß«¬±³?¬·½¿ Ì®·¾´±½±
Ó±¼ò ×Ù ïèñê
η²-»® Produção: até 5.000 unidades por hora para
equipado com válvulas para enxágue com jato de embalagens de 510 ml;
água que são acionadas apenas quando houver Altura: 2,50 m;
garrafas. O Rinser recebe as embalagens que Comprimento: 2,50 m;
foram posicionadas pelas estrelas em suas pinças Largura: 2,00 m.
basculantes, que as colocam com o fundo para
cima possibilitando-as receber o enxágue interno. ‹ Û²½¸»¼±®¿ ન¬·ª¿ ß«¬±³?¬·½¿ Ì®·¾´±½±
Ó±¼ò ×Ù îìñè
Û²½¸»¼±®¿ Produção: até 10.000 unidades por hora para
as embalagens são posicionadas através de embagalens de 510 ml;
estrelas para o envase de água mineral natural ou Altura: 2,50 m;
gaseificada. As válvulas de envase trabalham com Comprimento: 3,70 m;
sistema mecânico por gravidade e são acionadas Largura: 2,40 m.
pela própria garrafa. O acionamento ocorre quando
a válvula veda o gargalo, liberando o envase, e o Ñ°½·±²¿´
término se dá com o equilíbrio de pressão da garrafa cabine.
com o reservatório de água mineral da máquina.
As válvulas, então, liberam as garrafas para que a
estrela as posicione na Tampadora Rosqueadora.

Ì¿³°¿¼±®¿ α-¯«»¿¼±®¿
possui cabeçotes magnéticos que, com as tampas
posicionadas corretamente pelo orientador, efetuam
o rosqueamento das tampas nas garrafas.
15 | Catálogo I.G.

ÌÎ×ÞÔÑÝÑ ÐßÎß ÙßÎÎßÚKÛÍ


ÜÛÍÝßÎÌ_ÊÛ×Í ÜÛ ë ß ïð Ô×ÌÎÑÍ

ðï

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ðí ðì

Ì®·¾´±½± °¿®¿ Ù¿®®¿º+»- ¤ ðï Ü·º»®»²½·¿´ Û´»ª¿¼±® ¤ ðì


Tribloco Automática para envase de água mineral natural em a Tribloco é equipada com elevador
garrafões descartáveis de 5 a 10 litros, construída com aço inox selecionador de tampas. Não sendo
304, movida por motor de 1 CV com acionamento eletromecânico, necessário o uso do vibrador de tampas,
possui carga e descarga automática. ganha-se menos ruído na sala de envase,
manutenção simplificada e elevada vida útil
η²-»® do equipamento.
recebe as embalagens que foram posicionadas pelo
sistema de carga automática em suas pinças, que as λ¹«´¿¹»³ ¤ ðîóðí
colocam com o fundo para cima possibilitando-as receber a regulagem do equipamento é simples, de
o enxágue interna e externamente, através de jatos fácil entendimento. Apenas sobrepondo ou
constantes. Após o enxágue, a descarga automática retirando peças do guia e pressionando um
posiciona os garrafões na esteira para que os mesmos botão no painel, a máquina está regulada
sejam envasados. para a outra embalagem.

Û²½¸»¼±®¿ Ó±¼»´±-
com acionamento eletropneumático, possui válvulas de ‹ ×Ù ðí ײ¬»®³·¬»²¬» ß«¬±³?¬·½¿
envase por gravidade para água mineral. As embalagens de Produção: 300 unidades por hora;
5 a 10 litros descartáveis são posicionadas de forma linear às Altura: 2,00 m;
vávulas de envase em períodos regulares. Comprimento: 0,80 m;
Largura: 0,70 m.
Ì¿³°¿¼±®¿ α-¯«»¿¼±®¿
constituída por orientador, posicionador e rosqueador de ‹ ×Ù ðè ન¬·ª¿ ß«¬±³?¬·½¿
tampas, possui cabeçote magnético que, com as tampas Produção: 1.200 unidades por hora;
posicionadas corretamente pelo orientador, efetuam o Altura: 2,00 m;
rosqueamento das tampas nos garrafões que são posicionados Comprimento: 1,20 m;
pela própria máquina. Largura: 1,20 m.
RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA ÁGUA MINERAL
JOSSEMAR BIBERG ANM nº 48413.826.205/2015-87

ANEXO VII

ART - Anotação de Responsabilidade Técnica


CREA-PR 1720213787664

RNP: 1701750384
GEOLOGO Carteira: PR-15555/D
Empresa Contratada: GEOPLANEJAMENTO - PESQUISA MINERAL E GEOLOGIA AMBIENTAL S.S LTDA Registro/Visto: 9338

2. Dados do Contrato
Contratante: JOSSEMAR BIBERG CPF: 016.929.829-90

RUA SERGIPE, 1200


- MEDIANEIRA/PR 85884-000
Contrato: 009/21-PM-HG Celebrado em: 19/01/2021
Valor: R$ 79.200.000,00 Tipo de contratante:

RUA ALAGOAS, 1390


- MEDIANEIRA/PR 85884-000
19/01/2021 31/08/2021 -25,286896 x -54,089765
Finalidade: Industrial
JOSSEMAR BIBERG CPF: 016.929.829-90

Quantidade Unidade
[Pesquisa] de pesquisa mineral 35,98 HA

7. Assinaturas

Medianeira-PR , 02 de agosto de 2021 - A autenticidade deste documento pode ser verificada no site
Local data www.crea-pr.org.br ou www.confea.org.br

- CPF: 356.665.959-20

pp/ Acesso nosso site www.crea-pr.org.br


Central de atendimento: 0800 041 0067
JOSSEMAR BIBERG - CPF: 016.929.829-90

Valor da ART: R$ 233,94 Registrada em : 02/08/2021 Valor Pago: R$ 233,94

A autenticidade desta ART pode ser verificada em https://servicos.crea-pr.org.br/publico/art


Impresso em: 04/08/2021 19:12:02
www.crea-pr.org.br
Reclamações e Sugestões

DISQUE CAIXA 0800 726 0101


COBRANÇA BANCÁRIA CAIXA OUVIDORIA 0800 725 7474
www.caixa.gov.br
Beneficiário CPF/CNPJ Agência/Código do Cedente
CONSELHO REG ENGENHARIA E AGRON PR 76.639.384/0001-59 0373/0081294
Endereço do Beneficiário UF CEP
DOUTOR ZAMENHOF,35,-ALTO DA GLORIA/CURITIBA
PR 80030-320
Data do Documento Nº do Documento Espécie Carteira Data do Processamento Nosso Número
02/08/2021 20213787664 OUT RG 02/08/2021 14010172021378766-4
Pagador CPF/CNPJ
GEOPLANEJAMENTO - PESQUISA MINERAL E G 80.190.192/0001-85
Endereço do Pagador UF CEP
,,-/ 00000-000
Pagador/Avalista CPF/CNPJ

TEXTO DE RESPONSABILIDADE DO CEDENTE:


Guia referente a ART 1720213787664
NAO RECEBER APOS O VENCIMENTO

Moeda Quantidade Valor Vencimento Valor do Documento Autenticação Mecânica - Recibo do Sacado

12/08/2021 R$ 233,94

104-0 10490.81290 43010.117240 02137.876617 7 87100000023394

Local de Pagamento Vencimento


PREFERENCIALMENTE NAS CASAS LOTERICAS ATÉ O VALOR LIMITE 12/08/2021
Beneficiário CPF/CNPJ Agência/Código do Cedente
CONSELHO REG ENGENHARIA E AGRON PR 76.639.384/0001-59 0373/0081294
Data do Documento Nº do Documento Espécie Aceite Data de Processamento Nosso Número
02/08/2021 20213787664 OUT SIM 02/08/2021 14010172021378766-4
Uso do Banco Carteira Moeda Quantidade Valor (=) Valor do Documento
RG R$ R$ 233,94
TEXTO DE RESPONSABILIDADE DO CEDENTE (-) Desconto
Guia referente a ART 1720213787664
NAO RECEBER APOS O VENCIMENTO
(-) Outras Deduções/Abatimento

(+) Mora/Multa/Juros

(+) Outros Acréscimos

(=) Valor Cobrado

NOME DO PAGADOR/CPF/CNPJ/ENDEREÇO/CIDADE/UF/CEP:
GEOPLANEJAMENTO - PESQUISA MINERAL E G 80.190.192/0001-85
,,-/ 00000-000
SACADOR/AVALISTA:

Ficha de Compensação
Autenticação no verso
Ùííêðîïèïìëêìéèèðïî
Þ±´»¬±-ô ݱ²ª6²·±- » ±«¬®±- ðîñðèñîðîï ïèæîïæðì

ðîñðèñîðîï ó ÞßÒÝÑ ÜÑ ÞÎßÍ×Ô ó ïèæîïæðì


íððéðíððé ððêì

ÝÑÓÐÎÑÊßÒÌÛ ÜÛ ÐßÙßÓÛÒÌÑ ÜÛ Ì×ÌËÔÑÍ

ÝÔ×ÛÒÌÛæ Ù Ð Ó ÙÛÑÔ ßÓÞÌ ÔÌÜß


ßÙÛÒÝ×ßæ íððéóì ÝÑÒÌßæ èòçððóï
ãããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããã
Ýß×Èß ÛÝÑÒÑÓ×Ýß ÚÛÜÛÎßÔ
óóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó
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ÞÛÒÛÚ×Ý×ßÎ×Ñæ
ÝÑÒÍÛÔØÑ ÎÛÙ ÛÒÙÛÒØßÎ×ß Û ßÙÎÑÒ ÐÎ
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ÝÑÒÍÛÔØÑ ÎÛÙ ÛÒÙÛÒØßÎ×ß Û ßÙÎÑÒ ÐÎ
ÝÒÐÖæ éêòêíçòíèìñðððïóëç
ÞÛÒÛÚ×Ý×ßÎ×Ñ Ú×ÒßÔæ
ÝÑÒÍÛÔØÑ ÎÛÙ ÛÒÙÛÒØßÎ×ß Û ßÙÎÑÒ ÐÎ
ÝÒÐÖæ éêòêíçòíèìñðððïóëç
ÐßÙßÜÑÎæ
ÙÛÑÐÔßÒÛÖßÓÛÒÌÑ ó ÐÛÍÏË×Íß Ó×ÒÛÎßÔ
ÝÒÐÖæ èðòïçðòïçîñðððïóèë
óóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó
ÒÎò ÜÑÝËÓÛÒÌÑ èðòîðë
ÜßÌß ÜÛ ÊÛÒÝ×ÓÛÒÌÑ ïîñðèñîðîï
ÜßÌß ÜÑ ÐßÙßÓÛÒÌÑ ðîñðèñîðîï
ÊßÔÑÎ ÜÑ ÜÑÝËÓÛÒÌÑ îííôçì
ÊßÔÑÎ ÝÑÞÎßÜÑ îííôçì
ãããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããã
ÒÎòßËÌÛÒÌ×ÝßÝßÑ êòèÛÜòÜèîòðßçòèìÛòÜÜÝ
ãããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããããã
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ðèðð éîç ððèè
ײº±®³¿½±»-ô ®»½´¿³¿½±»-ô½¿²½»´¿³»²¬± ¼» ½¿®¬¿±ô
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