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RELATORIO DE IMPACTO AMBIENTAL

PREVIO - RIAP

PARCELAMENTO DA FAZENDA BARREIRINHO

(VOLUME I)

BRASILIA, DF

MARO DE 2002

,1
EII]
RegstroQj ç Qj -

DaQQJ_Jfl,'QçJ \I. L
SUMARIO - RIAP

EQUIPE TECNICA

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

- APRESENTAçAO DO PARCELAMENTO

l.a - IDENTIFICAcAO

1 .b - SINTESE DOS OBJETIVOS

I .c - PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS

1 .d - LEGISLAçAO

l.d.l - CONFRONTAçAO DA LEGISLAçAO COM AS


CARACTERISTICAS DO PARCELAMENTO

2- CARACTERIZAcAO DO PARCELAMENTO

2.a - LOCALIZAçAO GEOGRAFICA

2.b - CARACTERISTICAS PRINCIPAlS

2.b.1 - MEIO FISICO

2.b.1.1 —GEOLOGIA

2.b.1.1.1 - CONTEXTO GEOLOGICO REGIONAL

2.b.1.1.1.1 - GRUPO CANASTRA


2.b.1.1.1.2— GRUPO BAMBUI
2.b.1.1.1.3 - COBERTURAS

2.b.1.1.2 - GEOLOGIA NO CONTEXTO LOCAL


2.b.1.1.2.1 - COBERTURA DETRITICO-
LATERITICA

2.b.1.2 - GEOMORFOLOGIA

2.b.1.2.1 - GEOMORFOLOGIA DO DISTRITO FEDERAL

2
2.b.1.2.1.1 - MACROUNIDADES GEOMORFOLOGICAS

2.b.1.2.2 - GEOMORFOLOGIA LOCAL

2.b.1.3 - HIDROGEOLOGIA

2.b.1.3.a - SISTEMAAQUIFERO POROSO

2.b.1.3.b - SISTEMAAQUIFERO EM ROCHAS


PROTEROZOICAS

2.b.1.4 - SOLOS

2.b.2 - MEIO BIOTICO

2.b.2.1 - VEGETAçAO

2.b.2.2 - FAUNA

2.b.3 - MEIO ANTROPICO

2.b.2.2.1 - CARACTERIZAçAO DA FAUNA

2.c - CARACTERIZAçAO DAS AREAS

2.d - PROJETO BASICO DO PARCELAMENTO

3- DEFINIçAO DA AREA DE ESTUDO

3.a.1 - AREA DE INFLUENCIA DIRETA

3.a.2 - AREA DE INFLUENCIA INDIRETA

3.b - MAPA DAS AREAS DE INFLUENCIA

3.c - MAPA DO PARCELAMENTO, FICHA TECNICA DO APARELHO, E


RESPONSAVEL TECNICO.

4 -DIAGNOSTICO AMBIENTAL

4.1 - HIDROLOGIA E RECURSOS HIDRICOS

91
4.1 .a. AVALIAçAO DAS CARACTERISTICAS DOS RECURSOS
HIDRICOS SUPERFICIAIS, SUBTERRANEOS ENCONTRADOS NA AREA
DE ESTUDO.

4.1.b. INDICAçAO DAS AREAS DE RECARGAS DEAQUIFEROS


SUBTERRANEO

4.1.c. INDICAçAO DAS AREAS DE VULNERABILIDADE DE


AQUFEROS (POLUIçAO, CONTAMINAçAO E/OU OUTROS FATORES
QUE POSSAM AFETA-LOS)

4.1.d. ANALISE DA CAPACIDADE SUSTENTAVEL DE


ABASTECIMENTO UTILIZANDO OS RECURSOS SUPERFICIAIS E
SUBTERRANEOS DA AREA, NA IMPOSSIBILIDADE DA CAESB
ABASTECER 0 EMPREENDIMENTO

4.1.e. ANALISE DA CAPACIDADE DE DEPURAçAO DOS


CORREGOS APONTADOS COMO POSSIVEIS RECEPTORES DE
ESGOTOS TRATADOS

4.1.f. ANALISE DA CAPACIDADE DOS CORREGOS QUANTO A


SUSTENTABI LI DADE EM SEREM RECPTORES DE LANAMENTO DE
AGuAs PLUVIAIS, INCLUSIVE COM A PREVISAO DE POSSIVEIS
ENCHENTES

4.1 .g. LEVANTAMENTO DOS pocos TUBULARES NA AREA DE


INFLUENCIA DIRETA E INDIRETA E SUA VAZOES TOTAlS DE USO
DIARIAS E MENSAIS

4.l.h APRESENTAcAO DO RESPECTIVO MAPA TEMATICO

4.2 - GEOLOGIA (CARACTERIZAçAO DO CONTEXTO GEOLOGICO DA


AREA)

4.3 - SOLOS COM AVALIAçAO GEOTECNICA

4.4 - vEGETAcAO

4.4.a.1 - CERRADO STRICTO SENSU

4.4.a.2 - CAMPO LIMPO DE CERRADO

4.4.a.3 - CAMPO CERRADO FECHADO

4.4.a.4 - MATA CILIAR

4.4.a.5 - ESPECIES DE INTERESSE FARMACOLOGICO

4
4.4.a.6 - ESPECIES CUJA MADEIRA E DE MCJLTIPLA UTILIZAçAO

4.4.b. APRESENTAcAO DOS RESPECTIVOS MAPAS TEMATICOS

4.5 - USO E OCUPAçAO DO SOLO

4.5.a - AVALIAcAO DAS ATIVIDADES EXISTENTES E DA PRESSAO


ANTROPICA NA AREA DE ESTUDO.
4.5.b - APRESENTAçAO DAS AREAS DEGRADADAS EXISTENTES.
4.5.c - APRESENTAçAO E AVALIAçAO DA OCUPAçAO PREVISTA
PARA 0 EMPREENDIMENTO EM RELAcAO AO PDOT E AO
ZONEAMENTO AMBIENTAL DA REGIAO
4.5.d - IMAGEM DE SATELITE DA AREA DO PARCELAMENTO.

4.6 - INFRA-ESTRUTURA

4.6.a.1 - ABASTECIMENTO DE AGUA POTAVEL

4.6.a.1.1 - PARAMETROS DO PROJETO PARA


ABASTECIMENTO DE AGUA POTAVEL

4.6.a.2 - POPULAçAO DO PROJETO

4.6.a.3 - VAZOES DE PROJETO E PRESERVAçAO MINIMA

4.6.a.4 - IMPLANTAçAO DE SISTEMAS INDEPENDENTES POR


MANANCIAL SUBTERRANEO

4.6.b - ESGOTAMENTO SANITARIO

4.6.13.1 - A FOSSA SEPTICA - PRINCIPIOS DO


FUNCIONAMENTO

4.6.13.2 - DIMENSOES E CONSIDERAcOES CONSTRUTIVAS

4.6.B.3 - LINHAS DE INFILTRAçAO

4.6.B.4 -0 SUMIDOURO

4.6.13.5 - A CAIXA DE GORDURA

4.6.13.6 - CUIDADOS FINAlS

5
4.6.c - DRENAGEM PLUVIAL

4.6.d - RESIDUOS SOLI DOS

4.6.e - ENERGIA ELETRICA

4.6.f - SISTEMA VIARIO

4.7 - SITUAcAO FUNDIARIA

4.8 - PROJETO PRELIMINAR DO PARCELAMENTO

4.9 - ASPECTOS SOCIAIS E ECONOMICOS

PROGNOSTICO AMBIENTAL

5.1 - HIDROLOGIA E RECURSOS HIDRICOS

5.2-SOLOS

5.3 - VEGETAcAO

5.4 - USO E OCUPAçAO DO SOLO

5.5 - INFRA-ESTRUTURA

5.5.1 -ABASTECIMENTO DEAGUA

5.5.2 - ESGOTAMENTO SANITARIO

5.5.3 - DRENAGEM PLUVIAL

5.5.4 - RESIDUOS SOLIDOS

5.5.5 - SISTEMA VIARIO

5.6 - ASPECTOS SOCIAIS E ECONOMICOS

5.7 - CLIMA

ANALISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

7- PRoPosIcAo DE MEDIDAS MITIGADORAS E PREVENTIVAS


7.1 - MEDIDAS COM CARATER DE URGENCIA

7.1.1 - HIDROLOGIA E RECURSOS HIDRICOS

7.1.2 - SOLOS

7.1.3 - USO E OCUPAçAO DO SOLO

7.2 - OUTRAS MEDIDAS

7.2.1 - HIDROLOGIA E RECURSOS HIDRICOS

7.2.2. - SOLOS

7.2.3 - vEGETAcA0

7.2.4 - USO E OCUPAcAO DO SOLO

7.2.5 - INFRA-ESTRUTURA

7.2.5.1 -AGUA POTAVEL

7.2.5.2 - ESGOTAMENTO SANITARIO

7.2.5.3 - DRENAGEM PLUVIAL

7.2.5.4 - RESIDUOS SOLIDOS

7.2.5.5 - ENERGIA ELETRICA

7.2.5.6 - SISTEMA VIARPO

7.3 - TABELAS DE IMPACTOS X MEDIDAS PREVENTIVAS E


M ITIGADORAS

PLANO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL

8.1 - INTRODUcAO

8.2 - MON ITORAMENTO AMBIENTAL

CONTABILIZAcAO DE DANOS AMBIENTAIS

BIBLIOGRAFIA

ANEXO I - LAUDO GEOTECNICO

7
ANEXO II- PROJETO ELETRICO APROVADO PELA CEB-DF.

ANEXO III - FICHA TECNICA DO TEODOLITO

ANEXO IV - CONSULTAS AS CONCESSIONARIAS DE SERVIOS PUBLICOS


EQU IRE TECNICA

ANTONIO LAZARO FERREIRA SANTOS


GEOLOGO - CREA 27.844/D - BA

SERGIO ANTONIO GURGEL DE OLIVEIRA


ENGENHEIRO CIVIL - CREA 11 .553/D - CE

TEODOALDO LADISLAU DA SILVA


ENGENHEIRO AGRONOMO - CREA- 10.4841D - DF

Ell
LISTA DE FIGURAS I

CAP1TULO 2

Figura 1 - Aspecto do Latossolo - Vermeiho.

Figura 2 - Cambissolo desestruturado recoberto por urna camada coluvionar.

CAPITULO 4

Figura 3 - Campo limpo de Cerrado, cuja vegetacão predominante é a pastagem


homogênea.

Figura 4 - Mata Ciliar apresentando-se em born estado de conservacao.

Fig ura 5 - Bueiro construldo para dissipaçao de aguas pluviais

Fossa Séptica

Foto de satélite

10
LISTAS DE TABELAS I
CAPITULO 2

Tabela I - Dommnios e unidades geomorfolôgicas do Distrito Federal (Novaes Pinto,


1994 a).

Tabela 2 - Classificacao dos dorninios, sistemas / subsistemas aquIferos do Distrito


Federal corn respectivas vazöes médias.

Tabela 3 - Lista de especies de vertebrados corn ocorrência na area do parcelamento


Fazenda Barreirinho.

Tabela 4 - Distribuiçao espacial das areas de reserva e preservaçao permanente,


assim como a area total do parcelarnento e o dimensionarnento médio das parcelas.

CAP1TULO 4

Tabela 5 - Populacao Estimada de Saturacao.

CAPITULO 6

Tabela 6 - Matriz de Análise de lmpactos Ambientais (Variáveis vegetacao / sOcio-


econômico).

Tabela 7 - Matriz de Análise de Impactos Ambientais (Variáveis ambientais do melo


fisico - solo).

Tabela 8 - Matriz de Análise de Impactos Ambientais (Variáveis ambientais do meio


fIsico - geologia e geornorfologia).

Tabela 9 - "Matriz de Análise de Impactos Ambientais (Variáveis ambientais do rneio


fIsico - agua).

CAP1TULO 7

Tabela 10 - Lista geral dos impactos e suas medidas mitigadoras.

CAPITULO 8

Tabela 11 - Variáveis rnonitoradas na area de recursos hidricos.

CAPITULO 10

Tabela-12 Contabilizacao Ambiental referente ao parcelamento Fazenda Barreirinho.

11
I -APRESENTAçA000PARCELAMENTO

l.a - IDENTIFICAçAO - Trata-se de urn parcelamento rural para fins


agricolas, corn area total de 105,8 ha, dividido ern 49 parcelas corn areas de 2 a 2,1
ha cada, localizado na parte centro-sul do Distrito Federal - DF, RA de São
Sebastião, corn acesso pela VC-467, em parte da antiga Fazenda Santa Barbara,
hoje matriculado sob o no 78.820 no Cartôrio do 2 0 OfIcio do Registro de lmOveis do
DF, cujos limites e confrontacoes encontram-se lavrados as folhas 17 a 27 —do Livro
1583 (Prot. 0014348) do Cartório do 2 1 OfIcio de Notas e Protesto de Brasilia - DF.
0 parcelarnento encontra-se totalmente dernarcado e identificado, corn as
ruas internas abertas e energia elétrica em baixa tensão ja disponivel.
A responsável pela conducão do parcelamento Fazenda Barreirinho é a
DomInio Engenharia e Construcoes Ltda, corn sede SHIS QI 9 Bloco A Sala 107
- Brasilia - DF - CEP 71.625-009 - fone / fax 0-61-364-5187/6 - e-mail
parkbrasilia@yawl.corn.br .
Atualmente, o processo referente ao licenciamento ambiental encontra-se em

trâmite na SEMARH sob no 191.000.227/2001, corn o nome de Fazenda

Barrei nfl ho.

I.b - S'NTESE DOS OBJETIVOS

0 parcelarnento destina-se, principalmente, a prática de atividades fruticolas e


I ou desenvolvimento da avicultura de pequeno porte.
A meta estabelecida e que o parcelamento alcance sua insercao na economia
local, não so permitindo o acesso a terra, mas também a inUmeros beneficios, como
se expoem a seguir:
- Geracao de empregos diretos e indiretos corn introducao de linhas de

12
producão agrIcolas, como a expioracão de criação de ayes e animals de pequeno
porte, artesanato e indüstrias caseiras;
- Geracão de receitas municipais, pela comerciaiizacão dos produtos, corn
vantagens a populacão que se beneficiará corn maiores ofertas de produtos.
Resultando em menores precos, devido a proximidade do local de produçao corn

a cidade;
- Meihoria da infra-estrutura e serviços essenciais, pelo estimulo determinado por
demandas sociais e econômicas no local;
- 0 ordenamento do uso dos recursos naturais, corn benefIcios ao melo ambiente,
pelo estabelecimento de areas de preservacâo e reserva legal delineadas no
projeto e aceita pelos orgaos ambientais.

RazOes para a busca desses objetivos:


A area do parcelamento estava sendo explorada corn atividade pecuária
extensiva, numa dinârnica caracterizada por baixo Indice de aproveitamento e,
tarnpouco, dispunha de exploraçao extrativa aceita, sem qualquer piano de rnanejo
aprovado peio IBAMA.
A area, antes da iniciativa do parcelamento, vinha sendo mal utilizada, apesar
de suas potencialidades de solo, topografia, recursos hidricos e proximidade de
centros urbanos importantes.
Em relaçao a qualidade ambiental, o cenário atual da area do projeto
apresenta-se corn boas perspectivas. Na ausência do parcelamento, ocorreria a
ocupaçäo desordenada corn a acao antrôpica prejudicial. Haveria a extincao, por
causa da degradaçao local, de especies da fauna e da flora.

1.c - PLANOS E PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS


Quando LUcio Costa elaborou o projeto de criação de Brasilia, previu uma
populacão iirnite que conviveria em perfeita harmonia corn Os sisternas arquitetônico

13
e viário pianejados. Porém, a realidade atual demonstra que aquele lirnite foi em
muito ultrapassado, nao so em funcao da explosão demografica, como também pelos
pianos que tinham como objetivo disciplinar a ocupacao territorial, tanto urbana
quanto rural.
Conforme dados oficiais da CODEPLAN, havia, no Distrito Federal, em 1957,
6283 habitantes; em 1960, 140.000; em 1970, 531.000 e em 1975, 898.000
habitantes, e censo de 2000 ja indicou 2.000.000. Observa-se, portanto, urn
crescimento elevado em conseqUência do intenso fluxo migratorio. Não se elaborou,
também, nenhum planejamento capaz de suportar essa expansao.
Em 1977, implantou-se o Piano Estrutural de Organizacao Territorial (PEOT),
corn objetivo de nortear o crescimento planejado da cidade, priorizando acoes
relacionadas a infra-estrutura e servicos pUblicos.
O PIano de Ocupacao Territorial (POT), instituldo na década de 80,
consolidava as propostas do PEOT e dotava o GDF de urn instrumento normativo
para fomentar o zoneamento e ocupacao do solo.
Outros Pianos, corno o POUSO - Piano de Ocupacao e Uso do Solo - (1.986)
foram elaborados para estabelecer as bases do futuro macrozoneamento do Distrito
Federal.
Em 1997 a Câmara Legislativa aprovou peia Lei Complementar n° 17, de
28/01/97: o Piano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT). A inovacao desse
piano, em relacao ao PDOT anterior (1992), foi a modificacao da destinacao das
areas cujos condomInios antes pertencentes a Zona Rural, passaram a classificacao
de Zona Urbana de Uso Controlado. Esse piano propOe a seguinte divisão territorial
do Distrito Federal:

- Zona Urbana de Dinamizacao;


- Zona Urbana de Consolidacao;
- Zona Urbana de Uso Controiado;
- Zona Rural de Dinamizacão;
- Zona Rural de Uso Diversificado;
- Zona Rural de Uso Controlado;

14
- Zona de Conservação Ambiental;
- Areas de diretrizes especiais (aquelas que exigem parâmetros e diretrizes de uso
de ocupacao do solo diferenciado e são consideradas preponderantes em relaçao as
zonas em que se inserem).

1.d - LEGISLAcAO

Os estudos relacionados ao meio ambiente são relativamente recentes. A


legislacao brasileira que regulamenta esse assunto foi institulda a partir da década
de 60 mediante a adocao de várias medidas tanto pelo poder Legislativo como pelo
Executivo.
Em 15/09/65 foi instituIdo o Codigo Florestal Brasileiro, pela Lei n° 4.771,
alterado posteriormente pelas Leis 7.803 de 18/07/89 e 7.875 de 13/11/89. A Lei
4.771 prevê diversas açOes que visarn a proteger as florestas e demais formas de
vegetacao natural, que no caso especIfico deste trabaiho citaremos:

Art. 20 - Considera-se preservacao permanente, pelo efeito desta Iei, as


florestas e demais formas de vegetacao natural situadas:
a) Ao longo dos rios ou de qualquer curso d'agua, desde o seu nivel mais alto
em faixa marginal, cuja largura mInima seja:
1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez)
metros de largura;
2 - de 50 (cinquenta) metros para cursos d'agua que tenham de 10
(dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
3 - de 100 (cern) metros para cursos d'água que tenham de 50
(cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
b) Ao redor das lagoas, lagos ou reservatOrios d'agua naturais ou artificiais;
c) Nas nascentes ainda que interrnitentes e nos chamados "olhos d'água",

15
qualquer que seja a sua situacao topográfica, num raio mInimo de 50
(cinquenta) metros;
Nas encostas ou partes destas, corn declividade superior a 45 1 ;

Nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do


relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cern) metros em projecao horizontal.

No Distrito Federal, as questoes ambientais são gerenciadas pela


Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hidricos - SEMARH, criada pelo Decreto
21.170 de 05/05/2000.
A Lei n° 41, de 13/09/89, dispOe sobre a PolItica Ambiental do Distrito
Federal e dá providências. Cabe mencionar as seguintes artigos em relacao ao tema:
Art. 10 - Os pianos pUblicos ou privados, de uso de recursos naturais do
Distrito Federal, bern coma as de usa, ocupacao e parcelamento do solo, devem
respeitar as necessidades do equilIbrio ecologico e as diretrizes e normas de
protecao ambiental.
Art. 11 - Na análise de projetos de usa, ocupacao e parceiamento do
solo, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos HIdricos, no ârnbito de sua
cornpetência, deverá manifestar-se, dentre outros, necessariamente a respeito dos
seguintes aspectos:

- Usos propostos, densidade da ocupacao, desenho do assentamento e


acessibilidade;
- Reserva de areas verdes e protecao de interesses arquitetonicos, urbanhsticos,
paisagIsticos, espeieolOg icos, histôricos, culturais e ecolog icos;
- Utilizacao de areas corn declives iguais ou superior a 30%, bern coma de terrenos
alagadicos ou sujeitos a inundacoes;
- Saneamento de areas aterradas corn material nocivo a saüde;
- Ocupacao de areas onde o nivel de poluicao local impeca condiçOes sanitárias
minimas;
- Protecao do solo, da fauna, da cobertura vegetal e das águas superficiais,
subterrâneas, afluentes, emergentes e reservadas;

16
- Sistema de abastecimento de água;
- Coleta, tratamento e deposicao final de esgotos e resIduos sOlidos;
- Viabilidade geotecnica.

Art. 13, paragrafo ünico - 0 ponto de lancamento em cursos hidricos


de qualquer efluente originário de atividade que se utiliza recursos ambientais será
obrigatoriamente situado num ponto abaixo da captaçao de agua do mesmo corpo
d'agua utilizado pelo agente de lancamento.

Lei n° 512, de 28/07/93 - Dispöe a respeito da polItica de Recursos


HIdricos no Distrito Federal, instituindo o Sistema de Gerenciamento Integrado de
Recursos HIdricos —SGIRH/DF e dâ outras providencias.

Art. 20 - A Poiltica de Recursos Hidricos no Distrito Federal atenderá aos


seguintes princIpios:

- Gerenciamento integrado, descentralizado e participativo dos recursos hIdricos;


- Adocao da bacia hidrografica como unidade fisico-territorial de planejamento e
gerenciarnento dos recursos hIdricos;
- A implantacao de qualquer parcelamento que demanda a utilizacao de recursos
hidricos é objeto de licenciamento ambiental, onde depende de autorizacao do
Orgao gestor;
- Cornpatibilizacao do gerenciamento dos recursos hidricos corn o desenvolvimento
regional e corn a protecao do rneio ambiente;
- Conscientizacao pUblica da necessidade de utilizaçao racional, conservaçao,
protecao e preservacao dos recursos hIdricos.

Art. 60 - A irnplantacao de qualquer parcelamento que demanda a utilizacao de


recursos hidricos, superficiais ou subterrâneos, de execucão de obras ou serviços
que alterern o regime, quantidade ou qualidade dos mesmos, depende de
autorizacao do orgao gestor.

17
70 - Depende do licenciamento e da outorga do direito de uso a derivacao
Art.
de água ou seu curso ou depósito, superficial ou subterrâneo, para fins de utilizacao
no abastecirnento urbano, industrial, agrIcola e outros, bern como o Iançamento de
efluentes nos corpos d'agua, obedecida a legislacao federal e distrital pertinentes, e
atendidos os critérios e normas estabelecidas em regularnento.

Zona de Protecao dos Reservatôrios - Corresponde aos perImetros das


areas de protecao dos reservatôrios, definidos no Decreto Federal n° 13.869, de
31/03/92.

Zona de Uso Restrito - corresponde as areas a serem inundadas por


reservatórios e as bordas das chapadas e encostas onde se encontram
remanescentes de vegetacao nativa, corn interesse para recarga de lençOis freáticos,
protecao das bordas e encostas e manutencao de estoques genéticos.

Zona de Vida Silvestre - Corresponde as areas onde a protecao e essencial


tanto para a sobrevivéncia de especies da biota regional como dos biôtipos raros de
significacao regional, nacional e internacional.

1.d.1 -c0NFR0NTAcA0 DA LEGIsLAcA0 COM AS


CARACTERISTICAS DO PARCELAMENTO

No parcelamento do empreendimento, observa-se que nos aspectos referentes ao


uso e ocupacao do solo, foram atendidas as recomendacOes do Codigo Florestal
Brasileiro, que trata das questoes de area de preservacao permanente.
As questoes ligadas ao saneamento, proteçao do solo, vegetacao, sistema
de abastecimento de água, coleta, tratarnento, disposicao de esgotos e resIduos
sólidos e viabilidade geotécnica, referentes ao ernpreendimento também estão em
conformidade corn a Lei n ° 41, que dispOe sobre a poiltica ambiental do Distrito
Federal.
0 abastecimento hIdrico, do empreendimento será feito por água subterrânea. Neste

18
aspecto dever-se-á obedecer aos princIpios da poiltica que trata dos Recursos
HIdricos do Distrito Federa', em seu artigo 20, referente a questOes de implantacao,
licenciamento e conscientizacao püblica da necessidade de utilizacao racional,
conservacao, protecao e preservacao dos recursos hidricos.

2- cARAcTERIzAcA0 DO PARCELAMENTO I

2.a - LOCALIZAçAO GEOGRAFICA - De acordo corn


levantamento topografico, o perImetro da area é formado por duas retas não
colineares corn duas de suas extremidades coincidentes, pela margem direita do
cOrrego Barreirinho e pela margem esquerda do Ribeirão Santana. Os três marcos
que definem as duas retas e suas respectivas coordenadas UTM, em metros, são:
MI (230.281,419 e 8.228.477,515 - ponto cornum as duas retas), M132
(201 .312,582 e 8.227.168,524 - margem do Ribeirão Santana) e M22 (203.099,633 e
8.227.81,697 - margem do Corrego Barreirinho). 0 acesso ao parcelamento se dá
pela VC-467, num ponto a 2,2 Km da DF-140, integrado a sub-bacia do Ribeirão
Santana e Bacia do Rio Bartolomeu. A entrada situa-se nas coordenadas UTM de
8.227.800 rn e 202.285 rn. Os demais dados que podem caracterizar a Iocalizacao
dessa area poderao ser obtidos no mapa de Iocalizacao (ma pa 01 em anexo).

2.b - PRINCIPAlS CARACTERISTICAS

As principais caracteristicas da area de influência direta (area do projeto) e

19
indireta serão analisadas, levando-se em conta flão SO OS aspectos dos meios fIsico
e biótico, corno também do meio antrOpico.

2.b.1 - MEIO FISICO

2.b.1.1 - GEOLOGIA

As descriçOes dos tipos de rocha e dos aspectos estruturais, bern corno de


estudos sobre o meio fIsico da região, podem oferecer subsIdios para viabilizar o
planejamento territorial corn bases para a construcao civil, aguas subterrâneas e uso
e ocupacao do solo. Na elaboracao deste estudo, forarn utilizados nao so os dados
disponiveis na bibliografia relacionada ao final deste, como também aqueles obtidos
de perils e secOes ao longo de drenagens e do exame de cortes de estradas.

2.b.1.1.1 - CONTEXTO GEOLOGICO REGIONAL

Freitas Silva & Campos (1998), estabeleceram quatro conjuntos litolôgicos


distintos que compOem o contexto geolOgico regional do DF, incluindo os grupos
Paranoá, Canastra, Araxá e Bambul e suas respectivas coberturas de solos residuais
ou coluvionares. Os grupos Paranoâ e Canastra apresentam idade
Meso/Neoproterozóico e os grupos Araxá e Bambul idade Neoproterozôica (mapa
09).
A regiao da Bacia do Ribeirão Santana está inserida na porcao centro-sul do
Distrito Federal, onde se situa a Faixa de Dobramentos e Cavalgamentos Brasilia, no
dornInio da ProvIncia Estrutural do Tocantins.
Na Bacia Hidrografica do Ribeirão Santana, na area onde se encontra
inserido o parcelamento, ocorrern rochas dos grupos Canastra e BarnbuI, e
coberturas detrItico-laterIticas do Terciário-Quaternário, unidades regionais q ue
compoem a geologia do Distrito Federal. Dessa forma, serão descritos, apenas, os
contextos gerais dos grupos Canastra e Bambul.

2.b.1.1.1.1 - GRUPO CANASTRA

0 Grupo Canastra, distribuldo pelos vales dos Rios São Bartolomeu (na

AM
porcao central do Distrito Federal) e Maranhão (na porcao centro-norte do DF),
ocupa cerca de 15% da area total do DF. E formado essencialmente por filitos
variados, incluindo clorita fihitos, quartzo-sericita filitos e clorita-carbonato filitos. Além
dos filitos, ocorrern subordinadamente, na forma de lentes decamétricas, márrnores
finos cinza-claro e quartzitos finos silicificados e cataclasados.

2.b.1.1.1.2 - GRUPO BAMBUI

0 Grupo Bambul abrange cerca de 15% da area total do DF, distribuldo na


porcao leste ao longo do Vale do Rio Preto. Compoe-se de metassiltitos laminados,
metassiltitos argilosos e bancos de arcôseos, apresentando cores de alteraçao
rosado-avermelhada e de rocha fresca em vários tons de verde.

2.b.1.1.1.3 - COBERTURAS

Nos Grupos Canastra e Paranoá, que abrangem 60% da area do Distrito


Federal, as coberturas encontradas podem ser divididas em dais tipos: a) detritico--
laterIticas de idade Terciária a Quaternária de composicao variada,
predorninantemente ferrug inosa, de espessuras variadas (centimétricas a poucas
dezenas de metros, dependendo da topografia), com cobertura vegetal da rocha
original, constitulda par lateritas conglorneraticas cirnentadas por Oxidos de ferro e
manganês; b) aluviöes recentes, restritos a vales encaixados, corn espessuras
pequenas (de 50 cm a 5 metros) e pouco significativas no contexto geral.

2.b.1.1.2 - GEOLOGIA NO CONTEXTO LOCAL

0 mapeamento geolOgico local está representado no mapa 08 em anexo. Corn


base nesse mapeamento, foram avaliadas as questoes ambientais e Os irnpactos
gerados pelo parcelamento.
Na area estudada, observaram-se litologias pertencentes ao Grupo Canastra e
Bambul e coberturas detrItico-laterIticas do Terciário-Quaternário.

21
As litologias encontradas nas areas de influência direta e indireta do projeto
incluem: clorita filitos, quartzo-sericita filitos e ciorita-carbonato fihitos do Grupo
Canastra e metassiltitos laminados, metassiltitos argilosos e bancos de arcóseos,
pertencentes ao Grupo Bambul.

2.b.1.1.2.1 - COBERTURA DETRITICO-LATERITICA

A area de estudo apresenta em sua major parte cobertura detritica, seja com
solo vermeiho e solo arenoso ou laterItica.

2.b.1.2 - GEOMORFOLOGIA

2.b.12.1 - GEOMORFOLOGIA DO DISTRITO FEDERAL

Corn base em trabaihos sistemáticos de caracterizacao geomorfolOgica,


Novaes Pinto (1994) reconheceu, no Distrito Federal, trés macrounidades (domInios
geomorfologicos) que englobam 13 unidades. Desses trabaihos resultaram o Mapa
Geomorfolôgico do Distrito Federal.
Ainda de acordo corn esse autor, a area do Distrito Federal é constitulda por
extensos nIveis pianos e suave-ondulados, conhecidos por chapada; por niveis
inclinados que se estendem da base das chapadas e dos morros residuals em
direcao aos vales, os pediplanos e pedimentos; e as areas entaihadas e dissecadas
pelos rios Paranoá, São Bartolomeu, Preto, Descoberto, por tributários do rio
Maranhão e por formadores do rio Alagados.

2.b.1 .2.1.1 - MACROUNIDADES GEOMORFOLOGICAS

Ainda corn base nos trabalhos desenvolvidos em 1994, Novaes Pinto


classificou as macrounidades como: A= Região de Chapadas, B= Area de
Dissecacão intermediária, e C = Regiao Dissecada de Vale. As unidades e os

22
percentuais em area de cada uma delas são apresentadas na Tabela 1.

Tabela I - Dominio e unidades geomorfologicas do Distrito Federal (Novaes


Pinto, 1994)

Area
Macrounidades Unidades °"°
(Km2)

Chapada da Contagem (Al) 1.028 17,7


Chapada de Brasilia (A2) 202 3,5
Regiao de Chapada Chapada do Pipiripau (A3) 445 7,7
(A) Chapada do divisor São Bartolomeu-Preto
1.968 Km 2 33,8% 188 3,2
(A4)
Chapada do divisor Descoberto-Alagado
105 1,8
(A5)
Area de Dissecacao Depressão do Paranoá (136) 726 12,5
lntermediária (B) -

1.793 Km2 30,9%


-
Vale do Rio Preto (137) 1067 18,4

Do curso Superior do Rio Maranhão (C8) 574 9,9


Do alto curso do Rio São Bartolomeu (C9) 270 4,6
Do alto curso do Rio São Bartolomeu
Regiao Dissecada 608 10,5
(ClO)
de Vale (C)
Do alto curso do Rio Descoberto (Cli) 237 4,1
2.053 Km 2 -

Do curso Superior do Rio Descoberto


270 4,6
(C12)
Do alto curso do Rio Alagado (C13) 94 1,6

Total 5.814 100,0

Visando caracterizar as macrounidades geomorfologicas, é feita a seguir urna


breve descricão de suas caracterIsticas dominantes:
A) Região de Chapada - Ocupa cerca de 34% da area do Distrito Federal, tern
como caracteristica principal uma topografia plana a plana-ondulada acima
da cota 1000 m. As coberturas são forrnadas principalmente por couracas
vesiculares / pisoilticas e latossolos.

23
Area de Dissecacao lnterrnediária - Engloba cerca de 31% da area do
Distrito Federal e corresponde as areas fracamente dissecadas,
apresentando, em seus interfiUvios, lateritos, latossolos e colUvios / elUvios
delgados corn predominância de fragmentos.
Regiao Dissecada de Vale - corn cerca de 35% da area do Distrito Federal
e representada pelas depressöes ocupadas pelos rios da região.

0 mapa de Sistemas de Terras do Distrito Federal feito por Novaes


Pinto (1994), além de mostrar a geomorfologia, apresenta o padrão das encostas,
declividades e os solos de cada area corn caracteristicas de paisagens diferentes,
definindo, dessa forrna, 18 sistemas de terra para a Distrito Federal. Embora de
enfoque regional, esse rnapa é urn dos docurnentos disponiveis mais importantes
para estudos de planejamento da ocupaçao da regiao.

2.b.1.2.2 - GEOMORFOLOGIA LOCAL

0 Ribeirão Santana sub-bacia da Bacia do Rio São Bartolorneu, está situado


na regiao centro-leste do Distrito Federal.
Considerando o contexto GeomorfolOgico do Distrito Federal, a Bacia do
Ribeirão Santana está inserida no DomInio Regiao Dissecada de Vale (Novaes Pinto,
1987, 1994). Em relacão ao Sistema de Terras do Distrito Federal (Novaes, 1994), a
regiao considerada encontra-se no Sisterna de Terra Ill (vale do curso superior do
Rio São Bartolomeu).
As coberturas predorninantes no local são compostas por carnbissolos rasos,
desenvolvidos sabre urn saprolito de fihitos de baixa condutividade hidráulica. Nas
regiOes mais baixas, aparecem solos coluvionares de textura media a argilosa,
geralmente pedregosa, e solos hidromôrficos. No topo piano das chapadas, ocorrem
latossolos. PrOximo de suas bordas, comumente, desenvolverarn-se perils laterIticos.
Grande parte da area da Bacia do Ribeirão Santana apresenta urna cobertura
vegetal de Campos Sujos e Limpos, a excecão das bordas das drenagens principais
onde estão presentes Matas de Galeria.

24
A região apresenta uma estabilidade natural razoável. Entretanto, ao se
considerar as caracteristicas fIsicas, mencionadas anteriormente, a estabilidade
natural da area da Bacia do Ribeirão Santana pode ser classificada corno susceptIvel
a alteracoes.
Na area do parcelamento, o relevo inclina-se em direcao ao Ribeirão
Santana e ao COrrego Barreirinho, corn uma declividade situada predorninantemente
entre 5% e 10%, corn uma pequena parte central apresentando declividades
inferiores a 5%. Declividades maiores que 10% são observadas ao longo das
nascentes, conforme pode ser observado no mapa 04 de isodeclividade.

2.b.1.3 - HIDROGEOLOGIA

0 polIgono do Distrito Federal está inserido em urn alto regional


que não apresenta grandes drenagens superficiais, sendo urn divisor natural de trés
grandes bacias hidrograficas. Dessa forma, a agua subterrânea tern funcao
estratégica no abastecimento de parcelamentos situados fora do Sistema Integrado
de Abastecimento da CAESB.
0 conhecimento hidrogeologico da area do parcelarnento e de grande
importancia visto que, pelo menos, em parte, a agua subterrânea será necessária
para seu futuro abastecirnento. Nesta area, bern corno nas demais regioes do Distrito
Federal, estão presentes dois dommnios hidrogeologicos distintos, caracterizados
pelos aquIferos do dornmnio poroso e do dommnio fissural.
Nesse contexto, a caracterizacao hidrogeologica e fundamental, pois
pelo menos na primeira etapa de ocupacão, o parcelamento deverá ser abastecido
por água de pocos, urna vez que os projetos da CAESB em curto prazo nao
contemplarn essa regiao.

2.b.1.3.a - SISTEMA AQUIFERO POROSO

A cobertura intemperizada forrna aquIferos livres, continuos e de

25
extensão regional. Essa cobertura representa cerca de 80% da area do
parcelamento e está na dependéncia direta da rocha subjacente e dos processos de
intemperismo cornuns a macrorregiao. Dessa maneira, pode-se estimar suas
caracterIsticas em funcao das litolog ias orig inárias. Nesse parcelamento, predomina
o quartzito. Desenvolvern solos arenosos, apresentando porosidade media e
permeabilidade alta, favorecendo as condicoes de recarga dos aquIferos fissurais
subjacentes.
A água das chuvas realimenta esses aquIferos que atuam como
receptores e favorecem a recarga dos aquIferos fissurais subjacentes, pois
apresenta boa capacidade de infiltracao. A principal forma de exploraçao desses
aquIferos SãO OS pocos rasos e as cacimbas. No entanto, por causa de sua
vulnerabilidade a poluicao / contaminacao, deve-se restringir seu uso para
abastecimento doméstico.

2.b.1.3.b - SISTEMA AQUIFERO EM ROCHAS


PROTEROZOICAS

As rochas proterozóicas, que afloram na area, formam o sistema aqUlfero do


domInio fissural que corresponde as rochas do Grupo Canastra. Esse grupo
compoe, aproximadamente, 80% da area do parcelamento e, o Bambul, 20% . 0
potencial hidrogeolOgico desse sistema está diretamente relacionado as
caracterIsticas dos estratos predominantes. Zonas fraturadas podem ocorrer no local,
aumentando, substancialmente, a potencialidade desses aquIferos.
A realimentacao desse sistema ocorre basicamente através da infiltracao da
água de chuva, retida no manto de cobertura.
Os corregos dessa area atuam como exutôrios da agua subterrânea. 0 fluxo
dessa agua acompanha a topografia do terreno (mapa 10).
Os aqUlferos do domInio fraturado são aqueles compostos por rochas que
apresentam pouca ou nenhuma porosidade primária (espaco intergranular) e que
armazenam agua em fraturas, juntas e diáclases. Freitas - Silva (1998), corn base no
conhecimento geologico da regiao e análise estatistica de dados de vazão e feicoes

26
estruturais, subdividirarn esse dornInio em quatro conjuntos distintos, denominados
sistemas aquIferos Paranoá, Canastra, Araxá e Bambul. Como a area do projeto
está localizada sobre rochas dos Sistemas Canastra e Bambul, esses serão aqui
detalhados.
0 Grupo Canastra no Distrito Federal é representado litologicarnente pelos
fihitos das formacoes Serra do Landim e de Paracatu. A media das vazOes é de 7.500
L/h, nao sendo rara a incidência de pocos corn baixas vazöes. E representado por
aquIferos fraturados, descontInuo livres corn condutividade hidráulica baixa. As
melhores condicOes hIdricas são condicionadas a zonas de intersecçao de fraturas I
faihas, corn regioes de foliacao de alto angulo. lrnportância hidrogeolOgica relativa
local media a moderada. Subsistema F/Q/M - representa urna area reduzida dentro
do Sistema Canastra, sendo caracterizado geologicarnente pelas lentes de
márrnores, calcifilitos e quartzitos, que são interdigitados aos filitos.
Grupo Bambul - constituido por metassiltitos, rnetassiltitos argilosos e bancos
de camadas de arcOseos, formando aquIferos de meios fissurados, controlados pela
densidade de fraturamento. A media das vazöes é em tomb de 5.210 L/h. Apesar da
predorninância de materiais pelIticos, a elevada atividade hidrica relativa dos tipos
litologicos que cornpoern esse sistema é atribuida ao comportamento rUptil dos
metassiltitos rnais macicos (observado em amostras de caiha de pocos tubulares) e
dos bancos arcoseanos. 0 padrão de foliacao e acamamento, corn atitude em alto
angulo, também e fator determinante das vazôes rnédias destas litologias pelIticas. 0
relevo é marcado no local por chapadas rebaixadas e por urn padrão suavemente
ondulado, que permite a infiltraçao, o que favorece o condicionamento dos
reservatOrios subterrâneos. Esse Sistema pode ser subdividido ern dois conjuntos,
em funcao do tipo de aquIfero poroso que o recobre. Onde é recoberto pelo Sisterna
P2, apresenta major potencial para transmitir agua; e onde e capeado pelo Sistema
P4, os pocos apresentarn rnenor vazão media. Esse sisterna é representado por
aquIferos livres, descontInuos lateralmente, anisotrOpicos, de rneio fissurado corn
condutividade hidráulica de media a baixa. Apresenta importância hidrogeolOgica
local relativa rnediana. A importancia hidrogeológica é ampliada em funcao da

27
extensa area de distribuicão desse sistema e do tipo de caracterIsticas de ocupacao
da area (principalmente de grandes e médias propriedades rurais).

Tabela 2. Classificacao resumida dos Dominios, Sistemas / Subsistemas


aquIferos do Distrito Federal corn respectivas vazOes médias Campos &
Freitas-Silva, (1998).

AQUIFERO (Sistema I MEDIAS DAS VAZOES (L/h)


Subsistema)
AQUIFERO DO DOMINIO FRATURADO
SISTEMA CANASTRA
Subsistema F 7.500
Subsistema F/Q/M 33.000
Sistema Bambul 5.210

Levando-se em conta que o parcelamento está dividido em 49 fracoes, o


volume medic necessário para possibilitar a ocupacao da area, considerando uma
media de 5 habitantes por fracao e urn consurno médio de 300L /hab.Idia, é de cerca
de 73.500 litros por dia.
Esse volume, de acordo corn o potencial hidrogeologico do AquIfero do Grupo
Canastra e as vazöes médias de seus pocos em tomb de 7.500 LIh (Campos &
Freitas-Silva 1998), poderia ser obtido de poco tubular e profundo corn vazão media
de 73350 LIh, operando por dez horas diárias.

2.b.1.4 - SOLOS

Para a identificacao, classificacao e avaliacao do uso dos solos fez-se a


vistoria de toda a area de estudo, coleta de amostras para determinacao da textura e
da classe dos perils que se encontravarn visIveis na area ou nos cortes das vias de
acesso ou em processos de erosäo por sulco ou vocorocas avancadas.
Na area do parcelamento observa-se a ocorrência das seguintes classes de
solos: Latossolo Vermelho-Escuro, Cambissolos e Solos Hidrornôrficos. Na area de
influência direta do parcelamento predominam os latossolos, que estão associados

28
ao Cerrado Stricto Sensu (mapa 05). Os Cambissolos aparecem nas areas onde o
terreno é mais acidentado e estão associados ao Campo Limpo e ao Campo Sujo.
Os Solos Hidromôrficos foram detectados em alguns trechos das Matas de Galeria.
A fim de melhor caracterizá-Ios, será feita breve descricao de suas
caracterIsticas pedolôgicas, de acordo corn a EMBRAPA (1978):

Latossolo Vermeiho-Escuro (Figura 1): ConstituIdo de textura argilo-arenosa,


granulacao media, estrutura do tipo granular corn aspecto rnacico (esponjoso),
profundo, muito intemperizado e praticamente sem mineral. Esse tipo de solo ocorre
em faixas dentro da unidade do tipo aplainamento.

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Figura 1 - Latossolo-Vermeiho

Lateritas Hidromôrficas: Solos de textura argilosa, media ou arenosa, mal


drenados e pouco profundos, apresentam concrecOes ferruginosas a partir de 40 cm
de profundidade. São relacionados as areas de urgencias de água, corn relevo piano

We
a suave-ondulado, sob vegetacão de campos hidrOfios.
Cambissolos (Figura 2) - São solos rasos, pouco desenvolvidos, de
moderadamente drenados a bern drenados. Textura de media a argilosa, porem não
ha acUmulo de argila em qualquer parte do perfil e, em alguns casos, o teor de silte é
major que o de argila no horizonte B. Muito susceptiveis a erosão, que podem ser
tanto do tipo laminar moderada ou severa, como em sulcos e vocorocas.

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Figura 2 - Cambissolo desestruturado recoberto por uma camada coluv;onar.

Em suma, os solos da area de estudo apresentam, por causa de suas

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caracteristicas fisicas e de forrnacao, uma relacao positiva entre o grau de
instabilidade e a declividade do terreno. Quanto major for o declive do terreno, mais
instáveis serão os solos, sendo a reciproca verdadeira.

2.b.2 - MEIO BIOTICO

2.b.2.1 - VEGETAcAO

Dois tipos de vegetaçao predominam na area do parcelamento: Cerrado stricto


sensu e Mata Cii jar.
Essa area apresenta-se alterada do ponto de vista ambiental. Grande parte do
solo encontra-se coberto por pastagens homogêneas, corn algumas manchas de
vegetacao de Cerrado stricto sensu.
Na maioria das areas inseridas no parceiamento, a vegetaçao nativa ja havia
sido substitulda por gramineas, reflexo das atividades de pastagens que ali erarn
desenvolvidas anteriormente. Durante a fase de implantacao, observa-se que a
vegetacao nativa foi retirada apenas nos acessos destjnados as vjas principal e
secundárias.

2.b.2.2 - FAUNA

0 Djstrjto Federal apresenta uma fauna rica em especies de vertebrados


(Rocha et al., 1990), As areas de Cerrado que cobrem a regiao refletem as
adaptacoes aos diferentes tipos de vegetacao encontrados no Cerrado (Cerrada,
Cerrado Campo Sujo e Campo Limpo). Entretanto, a criacao de Brasilia, associada
ao avanco da frontejra agropecuária, afetou a fauna da regiao. Recentemente, a
expansao de novas areas residenciais também tern contribuldo para diminuir as
areas de Cerrado nativo, abrigo da fauna siivestre do Distrito Federal, ocorrendo uma
diminuiçao geral no nürnero de individuos das diferentes espécies. Pode ocorrer
dessa forma a extincao de espécies do local que naturalmente ja seriam raras na
reg ião.
Ademais, muitas vezes, as florestas de galerias que se localizam nos

31
Corregos são destruidas, mesmo sendo consideradas areas de preservacao
permanente. Essas florestas exercem importante papel na preservacão da fauna,
pois são utilizadas como corredores naturais para interligar areas malores e ainda
bern preservadas.
A acão antrOpica, nas areas originalmente de Cerrado, afeta a diversidade da
fauna de maneira diferenciada, favorecendo algumas especies mais tolerantes e
prejudicando outras que vao se tornando raras. Também pode ocorrer aurnento de
especies invasoras indesejadas, corno ratos dornésticos, camundongos e outros.

2.b.2.2.1 - CARACTERIZAcAO DA FAUNA

Na area do parcelarnento, efetuou-se o levantamento da fauna não so pelo


reconhecimento de maneira oportunista, corno também par meio de seus rastros e
visualizacão. Também foram realizadas entrevistas corn o caseiro e moradores da
regiao nas quais se procurava confirmar as especies presentes na area. Além da
obtencão dos dados em carnpo, utilizou-se de referências bibliograficas em relacao
ao tema para a complementacao do estudo.
A area do parcelamento ja se encontra alterada, nao existindo praticamente
locals corn vegetacao de Cerrado nativo. No centro da area, encontrarn-se
conservadas as Matas de Galeria. Existem alguns trechos de vegetacao corn
arbustos de especies tIpicas de Cerrado, lembrando urn Campo Sujo. Essa forrnacao
pode ser remanescente da vegetacao original ou consequencia de uma
recolonizacao secundária.
A fauna encontrada na regiao reflete, de maneira geral, o nivel antropizado da
area. a levantamento de algumas especies confirmou a presenca de anfibios, répteis
e ayes (Tabela 3). Todas elas são generalistas no uso do habitat.
RegiOes de Cerrado podem abrigar várias espécies de lagarto, tendo corno
exemplo Ameiva, Cnemidophorus ocellifer, Tropidurus itambere, Mabuya Frenata e
as Tupinambis spp (TeiUs). Tanto os lagartos coma as serpentes são caracteristicos
do ecossistema aberto do Cerrado. 0 levantamento das especies de serpente, no
entanto, foi prejudicado pelo fato de essas especies ocorrerem em baixa densidade,

32
além de apresentarem uma camuflagern eficiente. Pelos relatos dos moradores
proximos do parcelamento, acredita-se que espécies como a jibOia (Boa constrictor),
a corre-campo (Phiod,yas patagoniensis), coral-verdadeira (Micrurus frontalis), a
jararaca-pintada (Bothrops neuwiedi), a jararacucu (B. moofen!) e a cascavel
(Crotalus durissus) estejam presentes.
Em relacao aos marnIferos silvestres, conforme levantamento realizado no
local, verificou-se a presenca do plea (Cavia aperea), do tatu-galinha (Dasypus
novemcintus) e do sagUi (Callihrix penicdlata) e especies exOticas introduzidas, tais
corno cães e gatos domésticos, alérn do boi e do cavalo.
Na area do parcelamento, a fauna existente ja se encontra empobrecida por
causa da acao antrOpica. No entanto, ainda encontra-se em born estado de
preservacao as areas de nascentes e as Florestas de Galeria, originalmente
presentes na area. Essas florestas, em born estado de conservacao, são
fundamentais para a conservacao da fauna de vertebrados do Cerrado. De acordo
corn Redford & Fonseca (1996), essas florestas são o ünico ou o principal habitat
para rnuitos animais. Mesmo os anirnais que possuem seu habitat ern areas abertas,
utilizarn essas matas como refUgio eventual.

33
Tabela 3 - Espécies de vertebrados corn ocorrência na area do parcelarnento
Fazenda Barreirinho.

ANFBIOS

FAMILIA Nome popular Nome cientIfico

BU FON I DAE Sapo-curu ru Bufo paracnemis

LE PTO DACTYLI DAE Leptodactylus ocellatus


Ra-manteiga

HYLIDAE Perereca Hyla biobeba

REPTEIS

SUBORDEM Nome popular Nome cientIfico


FAMILIA

LACERTILIA Lagartixa; briba Hemidactylus mabouia


GEKKONIDAE

TEIIDAE Calango-verde Ameiva ameiva

TROPI DU RI DAE Calango Tropidurus itambere

AVES

ORDEM Nome popular Nome cientIfico


FAMILIA

34
Nome popular Nome cientIfico
FALCONIFORMES
U rubu-da-cabeca-preta Sarcoramphus papa
CATHARTIDAE
Urubu-cacador Cathartes aura

Nome popular Nome cientIfico


CHARARIIFORMES

CHARADRIIDAE
Quero-quero Vane//us chilensis

Nome popular Nome cientifico


COLUMBIFORMES
Rolinha Columbina talpacoti
COLUMBIDAE
Fogo-pagou Scaarda fe/Ia squammata

CUCULIFORMES Nome popular Nome cientIfico

Anu-preto Crotophaga ani


CUCULIDADE
Anu-branco Guira

APODIFORME Nome popular Nome cientIfico

TROCH I LI DAE Beija-flor-do-campo Co/ibri serrirostris

Nome popular Nome cientIfico


PASSERIFORME
Viuvinha-da-mata Co/Onia co/onus
TYRANNIDAE
Bem-te-vi Pitangus sulphuratus
MIMIDEOS
Fsabi.i-do-campo Sabiá-do-campo

35
MAMIFEROS

ORDEM,
Nome popular Nome cientIfico
FAM

ENDENTADOS
Tatu-galinha Dasypus novemcinctus
DASYPODIDAE

PRIMATAS
Sag ui-rn icc Callithrix penicillata
CALLITRICHIDAE

CARNIVOROS Cão doméstico Canis familiaris

CANIDAE

FELIDAE Gato doméstico Fe/is catus

ARTIODACTILOS
Boi Bos taurus
BOIDAE

ROEDORES
Preâ Caviaperea
CAVIDAE

2.b.3 - MEIO ANTROPICO

A ocupacao da area do parcelamento se dará de rnaneira planejada, corn a


participacao da comunidade, que buscará medidas positivas em relacao a qualidade
ambiental do parcelamento. Essa area näo fol, ate o momento, ocupada pela
populacao.

36
Corn urn quantitativo de 49 parcelas no empreendimento, considerando a taxa de
cinco habitantes por parcela, a populacao estirnada de saturacao será de 245
habitantes.
Na area do empreendimento, haverá aumento no contingente populacional.
No entanto, em relacao ao Distrito Federal este não será significativo, porque os
futuros proprietários serão, em maioria, da propria regiao. Haverá aumento na
demanda por equipamento urbano e comunitário quando os proprietários iniciarem
os trabalhos em suas terras, onde ocorrerá a geracao de emprego corn aumento da
contratacao de mão-de-obra para construcão civil e servicos gerais, assim como no
programa da agricultura familiar.

2.c - CARACTERIZAcAO DAS AREAS

A determinaçao das areas de Preservacao Permanente e Reserva Legal, na


area do Projeto foi realizada corn base no Codigo Florestal Brasileiro. Considerou-se
uma faixa de 30 rn de largura ao longo da margem dos cursos d'agua e grotas, e de
50 rn para as nascentes. As declividades podern ser visualizadas no mapa 04. As
areas de Preservacao Permanente e Reserva Legal podem ser visualizadas no mapa
06 em anexo).

Tabela 4 - Distribuicao espacial das areas de reserva e preservacao


permanente, area total do parcelamento e a dimensão media das parcelas.

No DIsCRIMINAcA0 AREA(ha)
I AREA TOTAL DO PARCELAMENTO 105,80
2 AREAS DE RESERVA LEGAL 14,63
3 AREAS DE PRE5ERvAcA0 PERMANENTE 23,53
4 VIA DE ACESSO 1,30
5 NUMERODEPARCELAS 49
6 TAMANHOMEDIODASPARCELAS 2,10

0 acesso ao parcelamento encontra-se a 1,2 Km da rodovia vicinal - 467, o

37
que exclui a possibilidade de interferência quanto a faixa de dominio e a area "non
aedificand?'.
Na area do parcelamento não existe rede de alta tensão que passa dentro das
parcelas. 0 projeto de distribuicao de energia de baixa tensão ja foi aprovado pela
CEB.
Nessa area, nao se observou a existência de lagos, morros ou patrimônio
cultural.

3— DEFINIcA0 DA AREA DE ESTUDO

3.a1 - AREA DE INFLUENCIA DIRETA

Essa area restringe-se aos limites do parcelamento, onde foram adotadas as


acOes para sua implantacao, tais coma: terraplenagem, area destinada as
construcoes, aberturas das vias, implantaçao de infra-estrutura (abastecimento,
saneamento e energia elétrica). Essa area tern o seu memorial descritivo em copia
anexa a escritura do imóvel. Seu desenho e localizacao também se encontram em
mapas anexos, corn indicacOes das parcelas, curvas de nivel, arruamento e limites.
A area de influência direta faz parte da Sub-Bacia do Ribeirão Santana e micro
bacia do corrego Barreirinho. Quanta aos cursos d'água, fazem parte da divisa da
area de influência o Corrego Barreirinho e Ribeirão Santana. Nessa area, seräo
estabelecidas práticas agrIcolas referentes a criaçao de ayes e a fruticultura, corn a
construcão de galpoes e residências.

38
3.a.2 - AREA DE INFLUENCIA INDIRETA

Para o estudo do rneio biôtico e fIsico, a area de influência indireta


corresponde aquela compreendida no entorno do parcelarnento, responsável pela
formacão do Ribeirão Santana, que é tributário do Rio São Bartolomeu.
A area do parcelamento está inserida no contexto regional da Bacia do Rio
São Bartolomeu, tendo como tributárias as sub-bacias do Rio Paranoá, Ribeirão
Santana, COrrego Barreirinho, COrrego Mato Virgem, entre outros (mapa 07).

3.b - MAPA DAS AREAS DE INFLUENCIA

As delirnitacoes das areas de influência direta e indireta, incluindo a


localizacao do poco artesiano, estão caracterizadas no mapa 07.

3.c - MAPA DO PARCELAMENTO, FICHA TECNICA DO


APARELHO, E RESPONSAVEL TECNICO.

3.c.1 - A planta na escala 1:3.500 (SICAD I CODEPLAN), contendo


distâncias, azirnutes e marcos do parcelamento, encontra-se no mapa 02;

3.c.2 - 0 levantamento topografico do parcelamento foi realizado pelo


equipamento da marca LEICA, modelo TC de n° 307. A ficha técnica do
aparelho, corn os dados relacionados e sua precisao linear e angular estão
disponIveis no anexo Ill.

39
3.c.3 - 0 responsável técnico pelo levantamento topografico é o Teodoaldo
Ladislau da Silva, Eng ° agrônomo CREA n° i O484ID - DF, brasileiro, casado,
domiciliado na QD-10, Casa 24, Cruzeiro Veiho - Brasilia - DF.

4- DIAGNOSTICO AMBIENTAL DA AREA DE ESTUDO

A situacao atual relacionada a todos Os temas de interesse ambiental para o


parcelarnento, identificando-se inclusive os impactos ja ocorridos e os atuals, serão
detaihados neste item.

4.1 - HIDROLOGIA E RECURSOS HIDRICOS

Na area do parcelarnento, o estudo da hidrologia e os referentes aos recursos


hIdricos tern como objetivo verificar a viabilidade da implantação do projeto. Nesse
estudo, estão sendo correlacionados os dados hidrogeolOgicos e de drenagem
superficial.

4.1 .a. AVALIAçAO DAS CARACTERISTICAS DOS RECURSOS


HIDRICOS SUPERFICIAIS, SUBTERRANEOS ENCONTRADOS NA AREA
DE ESTUDO.

De acordo corn o Mapa das Unidades Hidrograficas do Distrito Federal, de


1994, o parcelamento situa-se na micro-bacia do cOrrego Barreirinho e sub-bacia do
Ribeirão Santana, pertencente a bacia Rio do São Bartolorneu. A area do
parcelamento está inserida no contexto regional da Bacia do Rio São Bartolomeu, a
qual possui como tributário o Corrego Barreirinho, entre outros.
A potencialidade hIdrica do parcelamento e derivada do escoamento médio
superficial do Ribeirão Santana, cuja vazão está estirnada em 1000 litros por
segundo. Para meihor aproveitarnento desse recurso, será necessário urn estudo
mais aprofundado no que se refere as possibilidades de seu uso para fins agrIcolas
ou ao tratamento de sua agua para consumo humano.
A area do parcelarnento, do ponto de vista hidrogeolOgico, encontra-se
inserida no sistema aquIfero Canastra e Bambul. De acordo corn Campos & Freitas-
Silva 1998, o grau de favorecimento quanto ao aproveitamento da água subterrânea
é considerado moderado para os subsistemas F e PPC do grupo Canastra e
mediano para o subsistema R4 do grupo Bambul, cujas vazOes estão estimadas em
7.500 litros por hora (Grupo Canastra) e de 4.500 a 7000 L/h (Bambul).
Para a implantaçao do parcelamento, é necessária a perfuraçao de poco
tubular profundo, uma vez que nao existe em curto prazo outras formas de
abastecimento de água. Alia-se a essa alternativa a vantagem de ter baixo custo de
implantacao.

4.1.b. INDICAçAO DAS AREAS DE RECARGAS DE


AQUIFEROS SUBTERRANEO

Na area do parcelamento, no sistema aqUIfero do domInlo poroso predominam


latossolos vermelho argiloso e cambissolos, corn espessuras médias inferiores a 15
metros. Os valores de condutividade hidráulica variam entre 1,43 x 10-8 e 2,34 x 10-
9 rn/s e a transmissividade 5,7 x 10-8 e 10,4 x 10-9 m2/s (Campos & Freitas-Silva
1998). A espessura saturada deste sistema poroso é geralmente pequena, pois em
geral o nivel freático apresenta grande profundidade media. Este sistema está
distribuldo no parcelamento nas cotas (mapa de isodeclividade) rnais elevadas,
sendo alimentado pelas aguas infiltradas a partir da precipitacao pluviométrica. Este
sistema livre apresenta pequena importância hidrogeologica relativa local.
A recarga dos aquIferos do Sistema Canastra e Bambul, se dá através do
fluxo vertical e lateral de aguas de infiltracao a partir da precipitacao pluviornétrica. A
morfologia da paisagem é urn importante fator controlador das principais areas de
recarga regionais. Além dos sistemas de fraturamento, a atitude da foliacao principal
é urn importante fator controlador da variaçao do comportamento deste subsistema
aquIfero. Como a foliacao apresenta em geral alto angulo (>60 1) ha urn

41
favorecirnento a infiltracao de aguas pluviornétricas, meihorando as caracterIsticas
do aquifero como armazenador e transmissor de água, pois na regiao dos saprolitos
ha urn considerável aurnento da porosidade dos fihitos (que passa de I a 2% para ate
25%). Corn isso as areas de recarga no parcelamento são ampliadas para toda a
area coberta por regolitos, corn excecao as areas que apresentam declividades
moderadas a elevadas, associadas a solos pouco profundos e pouco permeáveis
(Sistema Poroso P4), resultando em urn aumento do run off e diminuicao da
infiltracao, reduzindo a circulaçao do aqUIfero.

4.1.c -INDICAcAO DAS AREAS DE VULNERABILIDADE


DE AQUIFEROS (PoLuIcAo, c0NTAMINAcA0 E/OU
OUTROS FATORES QUE POSSAM AFETA-LOS)

As aguas subterrâneas do Sisterna Canastra e Bambul, situadas no dornInio


fraturado, apresentarn exposicao a contarninacão atenuada, urna vez que os
aquIferos do Dommnio Poroso sobrepostos funcionam como urn filtro depurador
natural, que age como urn protetor da qualidade das águas mais profundas.

4.1 .d - ANALISE DA CAPACIDADE SUSTENTAVEL DE


ABAS-TECIMENTO UTI LIZAN DO OS RECURSOS
SUPERFICIAIS E SUBTERRANEOS DA AREA, NA
IMPOSSIBILIDADE DA CAESB ABASTECER 0
EMPREENDIMENTO

0 parcelarnento nao será suprido por águas superficiais para abastecirnento


pUblico e, tampouco, de redes püblicas coletoras para possiveis receptores de
esgotos tratados.
0 sistema de abastecimento de agua potável será realizado por pocos
artesianos, onde os parâmetros de projeto encontrarn-se descritos no subitern
4.5.1.1,referente ao usc e ocupaçao do solo.

4.1.e. ANALISE DA CAPACIDADE DE DEPURAcAO DOS


CORREGOS APONTADOS COMO POSSIVEIS RECEPTORES
DE ESGOTOS TRATADOS

42
Em relacao ao sistema de esgotarnento sanitário da area em estudo, será feito
através de fossa séptica, seguidas por valas de infiltracao ou sumidouros para cada
parcela. Conforme as normas técnicas NBR 7229/93 e NBR 13969/97.

ANALISE DA CAPACIDADE DOS CORREGOS


4.1.f.
QUANTO A SUSTENTABILIDADE EM SEREM RECPTORES
DE LANAMENTO DE AGUAS PLUVIAIS, INCLUSIVE COM A
PREVISAO DE POSSIVEIS ENCHENTES

Na irnplantacao do parcelamento nas vias de acesso construIrarn-se bueiros e


passagens corn manilhas nos quais essas cruzam as grotas. Dessa forrna, em
relacao ao escoamento das aguas pluviais, permaneceram inalterados os aspectos
topograficos e geotecnicos na area do empreendimento.
Como houve a opcao da nao colocacao nas vias internas de qualquer tipo de
revestimento ou calcarnento impermeaveis, o escoamento das águas pluviais será
efetuado de maneira a drenar a agua e evitar o assoreamento e possIveis enchentes
no ribeiräo Santana e corrego Barreirinho.

4.1.g. LEVANTAMENTO DOS pocos


TUBULARES NA
AREA DE INFLUENCIA DIRETA E INDIRETA E SUAS
VAZOES TOTAlS DE USO DIARIAS E MENSAIS

A area de influência indireta o empreendimento está inserido no


contexto regional da Bacia do Rio São Bartolomeu, tendo como tributárias e
constituindo a area de influência direta as sub-bacias do Rio Paranoá, Ribeirão
Santana, Corrego Barreirinho e Corrego Mato Virgem.
0 quadro 01 relaciona as vazöes totais de uso diárias e rnensais dos aquIferos
que encontrarn-se na area de influência direta e indireta do parcelamento.

AQUIFERO MEDIAS DAS VAZOES MEDIAS DAS VAZOES


(Sistema/Subsistema) (L/Diárias) (L/Mensais)

31
AQUFEROS- DOMINIO POROSO 19.2000 576.000
SISTEMA P1, P2, P3 e P4
AREA DE INFLUNCIA INDIRETA
SISTEMA PARANOA MEDIAS DAS VAZOES MEDIAS DAS VAZOES
(L/Diárias) (L/Mensais)

Subsisterna S/A 304.800 9.144.000


SubsistemaA 105.360 3.160.800
Subsistema Q3/R3 292.800 8.784.000
Subsistema R4 147.600 4.428.000
Subsistema PPC 218.400 6.552.000
SISTEMAARA)(A 75.600 2.268.000
AREA DE INFLUNCIA DIRETA
SISTEMA CANASTRA MEDIAS DAS VAZOES MEDIAS DAS VAZOES
(L/Diárias) (L/Mensais)
Subsistema F 180.000 5.400.000
Subsistema F/Q/M 792.000 23.760.000
SISTEMA BAMBUI 125.040 3.751.200
Modificado de Campos & Freitas-Silva 1998

4.1.h - MAPA TEMATICO EM ANEXO

4.2 - GEOLOGIA (cARAcTERIzAcA0 DO CONTEXTO


GEOLOGICO DA AREA)

Na area estudada, observararn-se litologias pertencentes ao Grupo


Canastra e Bambul e coberturas detrItico-laterIticas do Terciário-Quaternário (mapa
08).
As litologias encontradas nas areas de influência direta e indireta do projeto
incluem: clorita fihitos, quartzo-sericita fihitos corn lentes de rnármores finos e urn
conj unto essencialmente peiltico composto por metargilitos, metafoiheihos,
metassiltitos argilosos e raros bancos de arcôseos esverdeados quando frescos
pertencentes ao Grupo Bambul.

44
A area de estudo apresenta em sua major parte cobertura detritica, seja corn
solo vermeiho e solo arenoso ou laterItica.

4.3 - SOLOS COM AvALIAcA0 GEOTECNICA

Do ponto de vista geotecnico, a area do parcelarnento Fazenda Barreirinho fol


subdividida em dois segmentos. 0 segmento 1, corn declividades menores que 10%
e corn solos mais espessos. 0 segmento 2, corn declividades superiores a 10%,
geralmente, corn espessuras de solos inferiores a 60 centImetros. A area de
ocorrência do prjmeiro contexto geotecnico está localizada principalmente na parte
central do parcelamento. 0 mapa temático dos solos encontra-se no volume 2 deste
estudo - mapa 09.
De acordo corn a vistoria realjzada em campo, observou-se que o solo
coletado no lote 23 (segmento 1- mapa 09) é classificado corno Latossolo Verrnelho-
Escuro (Fjgura 1), apresentando textura argilo-arenosa, granulacao media, estrutura
do tipo granular corn espessura estimada entre 8 e 12 metros (que adelgacam
rap idamente prOximo aos contatos corn os cambissolos). Quanto ao solo coletado no
lote 43 (segmento 2 - mapa 09), é classificado corno Cambissolos e Cambissolos
Litólicos.
Para complernentar essa caracterizaçao do ponto de vista geotécnico, foram
coletadas duas arnostras de solo.
A arnostra "argila" (no rnapa de solos/geotecnico) foi coletada no Lote 23 e a
arnostra "silte" (no mapa de solos/geotecnico) foi coletada no Lote 43.

Nessas amostras, forarn feitos os seguintes ensaios:

• umidade natural (balanca hidrostatica);


• peso especifico;
• densidade real dos graos;
• indice de vazios;

45
• porosidade;
• grau de saturacao;
• adensamento;
• dispersividade (ensaios crumb- test);
• colapsividade (ensaios duplo-oedornétrico).

Esses ensaios foram realizados pelo laboratôrio de geotecnia da Universidade


de BrasIlia, cujos resultados encontram-se no anexo I, no laudo técnico fornecido
pela UNB.
Em relacao ao solo "argila" ( laudo geotecnico), coletado no lote 23, baseado
no ensaio de dispersividade, verificou-se que se trata de urn solo de grau 2 (em água
corn 4% de NaOH), apresentando valor de dispersäo de 27%, ou seja, apresenta
dispersividade moderada e suscetivel ao carreamento e desagregaçao devido a
gradientes hidráulicos. Sua susceptibilidade a erosão é lirnitada, näo em funçao do
tipo de material, que por Si SO apresenta alto indice de erodibilidade, mas por causa
da declividade media e da cobertura vegetal, pois a retirada da vegetacao natural
acarreta major concentracao do fluxo superficial (em funcao da abertura de
estradas), isto poderá levar ao desenvolvimento de erosão superficial laminar caso
nao sejam adotadas as técnicas de manejo adequadas (captacao e direcionamento
das aguaS pluviais).
De acordo corn os resultados apresentados na Figura 5 do laudo geotecnico,
foi possIvel classificar esse tipo de solo como colapsivel, o que requerera a adocao
de medidas de previsao de recalques para a execucao de construcoes.
Para o solo "silte" (laudo geotecnico), coletado no lote 43, os ensaios de
dispersividade (erodibilidade), indicaram tratar-se de solo de grau 3, (em água corn
4% de NaOH), apresentando valor de dispersão de 53%, o que representa uma
dispersividade moderada. E susceptIvel ao carreamento e a desagregacao devido a
gradientes hidráulicos. Portanto, medidas preventivas devem ser adotadas de
maneira a se evitar a formacao de processos erosivos.
Conforme se observou nos ensaios de colapso, apresentados na Figura 5 do
laudo geotécnico, em anexo, foi possivel tambérn classificar este tipo de solo como

Ertl
colapsivel, esses ensaios indicam que a deformidade do solo deverá ser
compatibilizada corn as caracterIsticas de cada estrutura a ser construida sobre esse
material. Em relaçao as vias internas implantadas, observa-se que as cargas que
atuarão sobre o pavimento serão compatIveis tanto para esse material como a do
solo tipo "argila". De maneira que as cargas que atuam sobre o pavimento serão
inicialmente absorvidas pela sua base e as que chegam ao subleito (material in situ)
são compatIveis com os resultados apresentados no gráfico da Figura 5 do laudo
geotecnico.
Do ponto de vista geotecnico, as caracteristicas gerais do material de
cobertura e do tipo rochoso, alterado nos segmentos descritos, são satisfatôrias para
obras de pequeno porte, desde que sejam adotados os procedimentos
recomendados pelas normas técnicas.
De acordo corn as informacoes pedologicas, a area do parcelamento
apresenta coberturas caracterizadas por Latossolos-Vermelhos e solos
Hidromórficos, prOximo a confluência das drenagens e Cambissolos em areas de
declividades superiores a 10%. Assim sendo, as areas que são recobertas por
Cambissolo, possuem espessura inferior a 60 cm. No geral, as caracteristicas do
material que compoe a cobertura, associado aos padröes de relevo e declividade,
impoem risco a erosão.
Do ponto de vista geotecnico-geolOgico nao se verificou nenhurna feicao
geologica cu tipo de rocha que impossibilitasse a construcão civil de pequeno porte,
nas areas referentes as parcelas.

De acordo corn a vistoria realizada em campo, observou-se que o solo


coletado no lote 23 (amostra "argila" no mapa de solos/geotecnico), é classificado
como Latossolo Vermeiho-Escu ro, apresentando textu ra argilo-arenosa, granulacao
media, estrutura do tipo granular corn espessura estimada entre 8 e 12 metros (que
adelgacam rapidamente prôximo aos contatos corn os cambissolos). Quanto ao solo
coletado no lote 43 (amostra "silte" no mapa de solos/geotecnico), é classificado
como Cambissolo e Cambissolo Litólico. As construcOes de fossas sépticas na area
de ocupacao do parcelamento serão portanto realizadas nos dois tipos de solos

47
acima mencionados.
Corn base nos resultados das análises granulométricas e nos ensaios de
dispersibilidade, efetuados nos solos da area do parcelamento, tornou-se possivel
estabelecer as seg u intes consideraçaes:
- A análise granulometrica e os ensaios de dispersividade rnostram que
ambos os solos podem sofrer degradacao estrutural, quando da inundacao por
fluidos, tais como aguas servidas. Assim sendo, deverão ser evitados vazamentos
nos sistemas de fossas do parcelamento.
A fim de registrar as condicoes previas, contemporâneas e posteriores em
relacao a instalacao do sistema de tratarnento sanitário do parcelamento, deverá ser
estabelecido urn prograrna de acompanhamento fIsico-quirnico e bacteriologico dos
mananciais de agua subterrânea, para que se possa verificar possiveis alteracoes
manifestadas no rneio ambiente. Essa medida torna-se essencial no controle de
possIveis contaminacoes que possam ocorrer nos aquIferos, originadas de
vazamentos do sisterna de tratamento de esgoto: fossas e sumidouros.

4.4 - vEGETAcA0

A area do parcelamento vinha sendo mal utilizada, onde o solo era manejado
corn técnicas inadequadas. Urn exemplo que se observou fol o uso do solo para
pastagem que favorecia a retirada mais acelerada da vegetacao nativa. Existem
várias areas inseridas no loteamento onde a vegetacao nativa foi substitulda por
gramineas.
Nesse caso, da fase inicial e atual de implantacao do parcelamento, os
impactos podem ser avaliados diretamente. Observa-se que a vegetacao nativa é
retirada apenas nos acessos destinados as vias principal e secundária.
A seguir são definidos cada tipo de vegetacão que ocorre na area, bern corno
a relacao das especies que foram observadas.

48
De acordo corn Einten (1994), são oito os ecossisternas que integram o bioma
Cerrado:
- Cerrado Stricto Sensu
- Matas Ciliares (Ripárias ou de Galeria)
- Brejos
- Campos de Murundus
- Campos Rupestres
- Lagoas
- Rios
- Côrregos

4.4.A.1 CERRADO STRICTO SENSU

Neste tipo de Cerrado predomina o Campo Limpo de Cerrado corn uma


pequena area de Campo fechado de Cerrado.

4.4.A.2- CAMPO LIMPO DE CERRADO

A vegetacao encontrada na area de estudo é caracterizada peb estrato


herbáceo, dominado por grammneas, ocorrendo tambérn algumas ciperáceas.
São

IM
p ,;

Figura 3 - Campo Limpo de Cerrado no local do parcelamento, em epoca de estiagem, cuja


vegetação predominante é a pastagem homogenea.

raros Os arbustos e árvores, no entanto, essa vegetacao encontra-se


descaracterizada por causa da intensa acao antrôpica. Observa-se que, em alguns
sItos, a vegetaçao foi substitulda por pastagem homogênea (Figura 3).

Dentre as espécies remanescentes destacam-se

Anemopaegma acense Veil. (a rbusto-catuaba)


Byrsonima subterranea Brad. (arbusto-m u rid)
Casearia syivestris S W. (arbusto-cassatonga)
Croton antisyphiliticus Mart. (su barb usto-pé-de-perd iz)
Croton polosus (subarbusto)
Hancornia speciosa Gomes var. Pubescens (mangabeira)
Soianum iycocarpum St. Hii. (arbusto-Iobei ra)

50
Stiyphnodendron adstringens (barbatimao)
Vochysia pumila (subarbusto)
Zeyera montana Mart. (arbusto-bolsa-de-pastor)

4.4.a.3 - CAMPO CERRADO FECHADO

Denominado também Cerrado fechado. E constituido por árvores corn ate 6 m


de altura, apresentando troncos tortuosos, em geral corn casca grossa. 0 estrato
arbustivo torcido tern altura não superior a 1,8 rn, enquanto o herbáceo e dominado
basicamente por grarnmneas. Ha tambérn ocorrência de algurnas ciperáceas.
Na area do parcelamento, nao existe esse tipo de Cerrado.

4.4.a.4 - MATA CILIAR


A Mata Ciliar caracteriza-se por ser urn tipo de cobertura florestal
heterogenea e perenifólia (Figura 5), que se distribui nas margens dos cursos d'água,
na Regiao do Cerrado.

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Figura 4 - Mata Ciliar em born estado de conservaçäo.

51
Citam-se aqui as especies que ocorrem na area de influência direta do
parcelamento, protegidas como patrimônio ecologico do Distrito Federal, conforme
Decreto Distrital n° 14.783 de 17 de junho de 1993.

Alcbornea iricurana Casar (Urucurana)


Apeiba tibourbou Aublet. (pau -de- jangada)
Aspidosperma subincanum Mart. (peroba ou pereiro)
Astronium fraxinifolium (Goncalo-a lves)
Bauhinia rufa R. Grah. (pata-de-vaca)
Cabralea canjerana (Veli) Mart. (Canjerana)
Caryocar brasiliense (pequi)
Cedrela fissilis (cedro)
Copaifera Ian gsdorffi Desf (copalba)
Dalbergia miscolobium (jacara ndá -do- Cerrad 0)
Diospyros hispida DC. Var. hispida (Olho-de-boi)
Erythrina velutina Wi/Id. (mulungu)
Eugenia acuminata (murta)
Eugenia dysenterica (cagita)
Ingna agregata G.Don.
Luehea divaricata Mart. (acoita-cavalo)
Matayba guianensis A ublet (cam boatá)
Metrodorea pubescens St. Hil.
Nectandra myriantha Meiss (sassafras ou louro)
Pêra glabrata Poep. (figueirinha)
Pouteria gardneriana Rasslk (Curriola)
Qualea dichotoma Mart. (pau-terra)
Simouba versicolor St. Hil. (mata-vaq ue i ro)
Tapirira guianensis Aublet (pau-pombo)
Trema micratatha Biume (candiUva)
Vismia guianensis Aublet. (pa u-Iacre)

52
Voschysia pyramidalis (pau-doce)
Xylopia emarginata Mart. (pimenta-do-brejo ou pindalba)

4.4.A.5 - ESPECIES DE INTERESSE FARMACOLOGICO

Muitas são as espécies de interesse farmacolOgico, no dommnlo da area de


influência direta. Dentre elas pode-se destacar:

- Anadenanthera macrocarpa (angico-vermelho). Da casca prepara-se


infusão usada como depurativo adstringente e expectorante;
- Bauhinia spp., hipoglicemiante. Usada no tratarnento de diabetes mélitos.
A casca e a foiha contribuem para dirninuir acücar no sangue hurnano;
- Croton antisyphyliticus (pé-de-perdiz). Usada no tratarnento de sifilis;
- Dimorphandra mo/Iis. ( Faveira) Usada no tratarnento de luxacao e
fragilidade capilar;
- Etythyrna ve/utina. (Mulungu) A infusão da casca é urn excelente calmante
e expectorante;
- Hymenaea courbaril. (Jatobá-da-mata) Funciona como expectorante.
Usada no tratamento de tosse e bronquite;
- Xylopia spp. 9Pimenta-de-macaco, Pindalba Muito utilizada no tratamento
do mal-estar gástrico e indigestao.

4.4.a.6 - ESPECIES CUJA MADEIRA E DE MULTIPLA


UTI LIzAcAo

Essas especies são destinadas sobretudo a construcão civil, móveis, tábuas,


portas, portais, dormentes, lambris, mourOes, compensado, papel.
Entre as especies encontradas podemos citar:
- AspIdosperma subincanum Mart. (peroba)
- Astronium fraxinifolium (Gonca 10-a Ives)
- Cabralea canjerana (ca nja rana)
- Guarea guidonea (camboatã)

53
- Inga agregata (lnga)
- Maprounea guianensis (Trapiá)
- Platypodium elegans (Jacarandá, jacarandá- branco)
- Talauma ovata (pinha-do-brejo)
- Xylopia brasIliensis(para papel)

4.4.b APRE5ENTAcA0 DOS RESPECTIVOS MAPAS TEMATICOS


EM ANEXO, nos mapas 02, 06 e 05 encontrarn-se a poligonal do
parcelamento, as parcelas, o sistema de circulacao, as areas protegidas, assim como
os dommnios das diferentes vegetacoes.

4.5 - USO E ocupAcAo DO SOLO

4.5.a - A area do parcelamento ja se encontra alterada, nao existindo


praticamente locais corn vegetaçao de Cerrado nativo virgern. Nesta area, o solo
vinha sendo rnal utilizado, corn técnicas de manejo inadequadas. Existem várias
areas inseridas no lotearnento onde a vegetacao nativa foi substitulda por
grarnineas, para utilizacao de pastagens.

4.5.b - Ern relacao as condicoes do meio fIsico no Parcelarnento, os solos


encontram-se em capacidade de uso adequada, apenas exigindo manejo de
conservacao. No centro da area do parcelamento e prôximo ao côrrego Barreirinho
(mapa 05), encontram-se conservadas as Matas de Galeria. 4.5.c - A ocupaçao da
area do parcelamento será planejada, corn a participacao da comunidade, que
buscará medidas positivas em relacao a qualidade ambiental do parcelamento. Essa
area não foi, ate o rnomento, ocupada pela populacao.

54
4.5.c - De acordo corn o Piano Diretor de Ordenarnento Territorial (PDOT), a
area do projeto está situada na Zona Rural de Uso Diversificado, na qual será
permitido, nao sO o uso agropecuário, corno também a instalacao de atividades
agroindustriais e de lazer.
No Distrito Federal essa Zona está situada em duas areas não contIguas: a
prirneira, a sudoeste Distrito Federal, compreende as bacias hidrográficas do Rio
Ponte Aita, do Ribeirão Engenho das Lages, do Corrego Samambaia, do Rio
Meichior e do COrrego Dois Irrnãos.
A segunda, onde se localiza o parcelamento, está na parte centro-sul do DF,
ao sul da BR-251, a leste da DF-140 e a oeste da DF-130, abrangendo a parte alta
da Bacia do Ribeirão Santana, o COrrego Quiiornbo e o Corrego Barreirinho, na parte
do baixo curso distrital da Bacia do Rio São Bartoiomeu.
Nessa zona deverão ser:
- Regularizada a situacao dos ocupantes de terras rurais pübiicas corn exploracao
agropecuária, de acordo corn art. 29 do Ato das Disposicoes TransitOrias da Lei
Organica do Distrito Federal;
- permitida a flexibilidade de usos além das atividades agropecuárias;
- proibido o parcelamento corn iotes inferiores a dois hectares;
- permitido o parcelamento corn lotes de area minima de dois hectares em terras
sern aptidão agricola, para o uso de sItios de recreio.
Tendo como base o rnacrozoneamento no qual se encontra inserida a area
do projeto, ciassificada corno "Zona Rural de Uso Diversificado", o propOsito do
empreendirnento encontra-se em conformidade e compatibilidade corn os programas
governarnentais vigentes.
De acordo corn o Mapa Arnbientai do Distrito Federal, a area do parcelamento
encontra-se inserida na zona ciassificada corn Faixa de Protecao, institulda
conforme Resolucao CONAMA/ n o 13 de 06/12/90, onde regularnenta a questao
de atividades em areas circundantes as unidades de conservacão.

4.5.d - Irnagens de Satélite Atualizadas da Area - Na prOxirna foiha, corn


indicacao do local do parcelamento, cujo perirnetro está demarcado corn linha
p reta.

55
- r I

Mw

paggtg
in

-
- -
4.6 - INFRA-ESTRUTURA

A caracterizacao da situacao existente na area em estudo, no que se refere ao


saneamento básico, ou seja, abastecimento de agua, coleta, tratamento e disposicao
de esgotos, drenagem pluvial e resIduos sólidos, além da energia elétrica e sistema
viário, será feita neste capItulo.
No Distrito Federal, os servicos de saneamento básico são executados pela
CAESB (Companhia de Agua e Esgotos de Brasilia), NOVACAP (Companhia
Urbanizadora da Nova Capital) e BELACAP. Além dessas instituiçOes foram
consultados o DER e a CEB, cujos posicionamentos estão em anexo.
Neste relatório, serão adotadas as normas, padröes e recomendacOes dessas
concessionárias, apresentados resumidamente e de forma conceitual.
A seguir serão descritos cada um dos itens da infra-estrutura.

4.6.a.1 - ABASTECIMENTO DE AGUA POTAVEL

0 parcelamento em médio prazo nao será suprido por águas superficials para
abastecimento püblico e, tampouco, de redes püblicas coletoras para receber os
esgotos domésticos.
Será apresentado, neste item, o estudo preliminar de alternativas técnicas,
econômicas e ambientalmente viáveis para o abastecimento de água potável para o
parcelamento.
Neste estudo, foram seguidas as recomendaçOes normativas da ABNT-
Associacao Brasileira de Normas Técnicas, como também as diretrizes usuais
estabelecidas pela CAESB. Incluem-se no anexo IV os resultados das consuttas
realizadas na concessionária quanto as questoes relacionadas ao abastecimento
püblico de água, coleta e o tratamento dos esgotos domésticos no parcelamento.

56
Inicialmente definiu-se o quantitativo de água necessário para o
abastecimento do parcelamento e, em seguida, as alternativas propostas.

4.6.a.1.1 - PARAMETROS DO PROJETO PARA ABASTECIMENTO DE


AGUA POTAVEL

Foram adotados os seguintes parâmetros, para se definir as vazOes


necessárias ao abastecimento de agua do parcelamento:
- Consumo per capita diário, de acordo corn orientacao da CAESB: 300 litros;
- Coeficiente do dia e da hora de major consumo de agua, segundo as
recomendacOes das normas técnjcas da ABNT:
- Coefjcjente do dia de major consumo; k1 = 1,2;
- Coefjcjente da hora de major consumo; k2 = 1,5,

46.a.2 - POPULAcAO DO PROJETO

A tabela abajxo apresenta os quantitativos das parcelas e a populacao


estimada de saturaçao, considerando a taxa de cinco habjtantes por parcela.

Tabela 5 - Populacao Estimada de Saturacao

Nümeros de Parcelas Area Total (ha) Populacao


Estimada (hab)
49 105,80 245

4.6.a.3 - VAZOES DE PROJETO E RESERVAcAO MINIMA

0 cálculo das vazöes de projeto baseou-se nos seguintes parârnetros: dia de


major consumo (Qd) para os sistemas produtor e de reservaçao, e na hora de major
consumo (Qh) para os sjstema de distribuiçao de agua.
Para estimar a vazão necessária para abastecer o parcelamento,

57
utilizou-se a expressao abaixo:

Qd = q x P x Ki

Onde:

Qd = vazão maxima diana de todo o parcelamento (1/dia);


q = consumo diário per capita (1/dia/hab.);
P = populacao do projeto (hab.);
K1 = coeficiente do dia de maior consumo;

Dessa forma, a vazão maxima diana (Qd) para abastecer todo o


parcelamento, quando da sua saturacao, é de 88.200 1/dia (300x49x5x1 ,2), o que
equivale a urna vazão media de 1,02 I/s (88.200/24/60/60), Cu 88,2 m3/dia, cu ainda
3,67 m3/h (88,2/24). Essa vazão será usada na venificaçao da quantidade
necessária de pocos tubulares profundos, apos a confirmacao da vazão obtida e
também no dimensionamento do volume de reservação, que será calculado a
seguir.
Conforme as recomendacoes das normas técnicas, o volume minimo para
reservacao é equivalente a urn terco do volume do dia de major consumo.
Assirn, o volume minimo de reservacao para o parcelamento é de:

V=Qd/3

Desta forma, o volume mInimo de reservacão requerido (V) é de 29,4 m 3


(88,2/3).
A expressao abaixo foi utilizada para obter-se a vazão necessária para
abastecer a rede de distribuicao, utilizando-se para tal a vazão maxima horária.

Qh = Qd x K2

Onde:

Qh = vazão maxima diana equivalente em litros por segundos (1/seg);


K2 = coeficiente de hora de maior consumo.

58
Portanto, a vazão maxima (Qh) para abastecer todo o parcelamento, quando
de sua saturacao, é de 1,53 I/s (1,02x1,5). Essa vazão fol usada no
dimensionamento da tubulacão de distribuicao de ãgua.

4.6.a.4 - IMPLANTAcAO DE SISTEMA INDEPENDENTE


POR MANANCIAL SUBTERRANEO.

O sistema de abastecimento de água do parcelamento, no inicio será atendido


por poco tubular profundo. No entanto, é bastante provável, que corn a demanda
hIdrica provocada por atividades como a criacao de animais, sejam buscadas
alternativas, corno a captacao do Ribeiräo Santana e aberturas de mais pocos
monitorados. Os dados hidrogeologicos da regiao apontam uma vazão media de
poços tubulares profundos de 7.500 L/h.
Seräo tarnbém construidos reservatOrios elevados para uma capacidade total
de 29,4 m 3 e urna rede de distribuicao corn tubos de PVC tipo PBA, para atender a
todas as parcetas.
O sistema funcionará diariamente das 7 as 12 horas e das 16 as 21 horas. Tat
sistema atenderá a populacao inicial. Pois a ocupacao dar-se-á de maneira lenta e
progressiva. Assim sendo, esse sistema de abastecimento de água pode ser revisto
para que possa oferecer condicOes de atender a todas as demandas de saturacao da
area.
A exptoracao dos manancials subterrâneos deve ser cuidadosa, sendo
admitida apôs a realizacao de estudos geofisicos especIficos, que permitam avaliar
as consequências sobre o lencol freático.
Ern suma, e possIvel abastecer todo o parcelamento corn poco tubular
profundo. Entretanto, sugere-se que a implantacao do parcelamento, considerando
seu abastecirnento por âgua subterrânea, deva estar lirnitada a vazão de seguranca
do aquIfero (30% destinado a reserva hIdrica), apos a qual, a ocupacao deverá ser
condicionada a viabilizacao de alternativas de abastecirnento por rnananciais de
su pe rfIcie.

We
46.b - ESGOTAMENTO SANITARIO

No parcelarnento, o sisterna de esgotamento sanitário da area de estudo será


feito através de fossas sépticas, seguidas por valas de infiltracao ou surnidouros
para cada parcela, respeitando-se as normas técnicas NBR 7229/93 (Projeto,
construçao e operaçao de sistemas de tanques sépticos), e NBR 13969/97 (Tanques
sépticos) e as recornendacOes usualmente adotadas pela CAESB.

4.6.b.1 - A fossa séptica - principios do funcionamento:

As águas servidas constituern a major fonte de contaminacao, nao so para o


solo, corno também para a agua, em consequencia das acoes do prOprio homem, o
que pode trazer várias doencas corno a febre tifóide e disenteria. Por isso, elas
devem ser tratadas para elirninar essa possibilidade, assegurando a higiene do lar e
protegendo a saCide das famIlias, 0 tratamento pode ser por processos qulmico,
fIsico, mecânico ou biolOgico. Esse Ultimo será o adotado no parcelamento por
causa de seu alto grau de inocuidade, terreno corn taxa de infiltracao favorável, baixo
custo, facilidade operacional e técnica popularizada. Além disso, tern born
desenvolvirnento em temperaturas acima de 15 1 , muito born acima de 200 e Otirno
acirna de 30° C.
A depuracao das águas consiste nurn fenôrneno biologico, no qual se utiliza
exclusivamente o trabalho de microorganismos que transformam as matérias
orgânicas, decompondo-as ate que se reduzam ao estado de nitratos, ácido
carbônico, etc. 0 princIpio da depuracao biolOgica se apóia nas teorias de
ferrnentacao estabelecidas em 1881 por Pasteur e nas Teorias de Schesing & Muntz,
os quais, em 1877, ao descobrirem os fermentos nitrosos e nItricos, afirmararn que a
nitrificacao era devida a organisrnos vivos microscopicos anaerôbicos (não
necessitam do ar para viver).
Para que o processo de fermentacao seja completo, a água servida deve ficar
em repouso em urn reservatOrio estanque, durante urn periodo de tempo tal que os
microorganismos al confinados consumam todo o alimento disponIvel, ate "morrerern

M
.
de fome". Esse perIodo é de 24 horas, durante o qual ocorre o processo chamado de
putrefacao, fermentacao ou depuracao. Ao final desse perlodo, os microorganismos
estarão reduzidos a valores sanitariamente seguros. Cada litro de água que chega a
fossa conduz uma media 47 cm 3 de matérias sólidas. Teremos duas zonas ativas na
fossa. Na parte inferior, deposita-se o material mais pesado, o qual ao entrar em
putrefacao, produz gases que ao subirem, arrastam as partes mais leves desse
material, levando-as ate a superfIcie. Na parte superior, fica flutuando uma capa
dessa matéria organica leve e insolUvel, que contribui para evitar a circulacao do ar,
facilitando a acao das bactérias anaeróbicas. Entre essas duas camadas permanece
uma zona de água mais ou menos limpa, dotada de pequeno movimento de
circulacao, no sentido da entrada ate a salda da câmara. No processo de depuracao
produz-se uma infinidade de microorganismos de todas as espécies, entre as quais
são encontrados alguns patogenicos como o colibacilo, o do tifo, o micrococos do
pus, o da tuberculose. Todos eles precisam de se alimentar para sobreviver e
reproduzir, itens que sempre demandam energia. 0 seu alimento (energia) é a
matéria orgânica, cujo elemento caracterIstico é o carbono. No processo digestivo a
matéria orgânica é transformada em energia + minerais. A medida que se consegue
a rnineralizacao da matéria organica, os microorganismos vão desaparecendo
naturalmente por Ihes faltar o ambiente necessário ao seu desenvolvimento e a sua
prOpria vida.
Esse processo é acompanhado de desprendimento de grande quantidade
gases fétidos, como o anidrido carbônico, amoniaco, hidrogenio sulfurado e metana.
Esse ültimo pode ser aproveitado como fonte de energia. Ao final do processo de
depuracao, a mineralizacao da matéria organica deixa um residuo no fundo da fossa,
chamado lodo. 0 acUmulo do lodo no fundo da fossa por urn perlodo maior que dois
anos prejudica o funcionamento da fossa, e por isso ele deve ser retirado por
empresas especiatizadas e credenciadas.
Na salda da fossa, a água deve estar altamente depurada. Caso contrário os
resIduos em suspensao irão obstruir as vias de infiltracao de água do sumidouro ou
linhas de infiltracao, processo esse chamado de colrnatacao. Apesar de não se
atingir uma perfeita inocuidade, consegue-se reduçao na quantidade de

61
microorganismos tal que garante a auséncia de perigo de contarninacao no processo
de infiltracao. Quando a água sal da fossa séptica, é encaminhada para urn dos
processos de infiltracao no solo. No inicio desse processo, o tratarnento da água é
cornplementado pelas bactérias aeróbicas e, no final, a água será devolvida para a
recarga das águas subterrâneas. Como se ye, essa técnica de tratamento das águas
servidas tern duas irnportantes etapas no processo de preservaçao ecológica. A
prirneira, é a eliminacao das bactérias; e a segunda, é a devoluçao da água para o
lencol freático, de onde ela foi inicialmente retirada, fechando-se o ciclo.

4.6.b.2 - Dimensães e consideracoes construtivas:

0 volume do lIquido no reservatOrio deve ser de 100 litros por pessoa ate io
pessoas, reduzindo-se para 75 litros ate 20 pessoas e 50 litros para ate 50 pessoas.
Mas esse volurne nunca deve ser inferior a 1500 litros, independente do nümero de
pessoas. No nosso caso, esse vai ser o volume adotado para todas as residéncias,
pois somente acima de 16 pessoas é que ele seria alterado. A lârnina de agua no
reservatório deve variar entre 0,90 m e 1,50 rn, sendo entretanto necessário que
entre o nIvel superior da água e a cobertura da fossa haja urn espaco livre de 0,40 m
de altura, espaco esse necessário para alojar a espurna que e forrnada sobre a
superficie. Corno sugestao de formato e dimensOes, pode-se adotar a forrna
retangular, cujas largura, comprimento e profundidade devern guardar entre si a
relacao aproxirnada de 1 2,4 : 2. E de grande irnportância garantir-se a
estanqueidade da fossa, pois não deve admitir, em nenhuma hipótese, a
possibilidade de vazarnento pelas paredes da fossa. Ela deve ser tambérn estável ao
logo do tempo, forte o suficiente para resistir a recalques sern a possibilidade de se
trincar. A parte superior da fossa deve ficar ao nIvel do terreno natural, ou urn pouco
abaixo, para que o tubo de salda seja enterrado cerca de 40 cm. Sua tampa pode ser
de concreto arrnado de 6 cm de espessura, podendo ser segrnentada para facilitar a
retirada para limpeza, de preferência corn alcas. Na colocacao, deve-se procurar a
melhor vedacao possIvel, impedindo a salda do ar. A água do reservatório deve ter
a menor rnovimentacao possIvel. A entrada da agua na fossa deve ser a menos

62
turbulenta possIvel, nunca devendo ter altura livre de queda, a fim de nao perturbar o
lodo decantado no fundo. Deve-se colocar urn joelho na tubulacao de entrada da
fossa, de forma que o movimento horizontal na chegada seja transformado em
movimento vertical descendente, estendendo-se a tubulacao ate terminar a 10 cm
abaixo do nIvel superior da agua (afogamento).
Os gases produzidos no processo de fermentaçao são altamente agressivos
ao cimento e por isso as paredes da fossa devem ser revestidas corn massa forte de
areia lavada, sem cal, corn espessura de 3 cm, para garantir sua durabilidade.
A tubulacão de salda, a exemplo da de entrada, também deve estar "afogada"
20 cm, para não permitir a salda da espuma. Ele deve ficar no lado menor da fossa,
do lado oposto a tubulacão de entrada.

4.6.b.3 - Linhas de infiltracao

E a alternativa ideal para o destino final das águas depuradas. Consiste em


tubos perfurados sob o solo, numa profundidade de 30 a 40 cm, corn caimento de
4mm/rn. A perfuracao da tubulacao deve ser apenas na parte inferior, corn 3 a 5 mm
de diâmetro. Abaixo da perfuracão, deve-se colocar uma camada de material
permeável (brita, cascaiho, etc) para facilitar a infiltracao, tornando-a mais rápida e
diminuindo a possibilidade de entupimento dos furos. 0 solo ficará ümido em sua
camada superficial em tomb de 50 I 60 cm, onde abundam bactérias aerObicas,
completando o tratamento da água. Na maioria dos tipos de solo, que é o caso do
parcelamento em questão, pode-se adotar como parâmetro inicial 7 metros de
tubulacão por pessoa.

4.6.b.4 - 0 sumidouro:

E urna alternativa as valas de infiltracão, porem menos eficiente, porque a


complementacão do tratamento por bactérias aerôbicas fica prejudicado, urna vez
que a exposicão a camada do solo rica em ar e menor. Essa solucão e mais
adequada para terrenos de pequenas dirnensoes onde não existe espaco para a

63
construcao das valas. 0 surnidouro e o local onde a agua vai se infiltrar no solo. Ele
consiste em uma cavidade permeavel. 0 volume do sumidouro será de trés vezes o
volume da fossa, mas pode variar muito em funcao da permeabilidade do solo. A
NBR 13969 de 1997 em seu Anexo A (pag. 24) traz urn teste simples para a
veriuicacao da permeabilidade. Suas paredes podem ser de tijolo macico assentados
corn espacamento livre de 5 cm urn do outro.

4.6.b.5 - A caixa de gordura

A água usada na cozinha traz grande quantidade de gordura proveniente da


limpeza dos utensIlios. Essa gordura prejudica o processo de depuracao das aguas
servidas na fossa e provoca grande acUrnulo de gordura saponificada. Além disso,
provoca entupimentos na tubulacao, pois se acurnula corn facilidade em suas
paredes, diminuindo pouco a pouco o diâmetro ütil. Caso ela fosse diretamente a
fossa, iria também compor os efluentes dela, obstruindo o surnidouro ou linhas de
infiltracao e os poros do solo. Numa futura interligacao a rede pUblica de esgotos, a
presenca da gordura prejudicaria o tratamento do esgoto. Por essas razOes a
gordura nao pode chegar a fossa.
0 princIplo no qual se baseia o funcionamento da caixa de gordura é o fato
de a gordura ser rnenos densa que a água. Portanto, a água, ao cair na caixa, nao
deve ter velocidade elevada em direcao a salda, para haver o tempo necessário para
que a gordura bOle sobre a água. Ao contato corn o ar da superfIcie ela vai-se
tornando rIgida, não mais se misturando corn a água. 0 volume em litros de água
necessário para que a caixa de gordura funcione corretamente é calculado segundo
a fOrmula V = 20 + N x 2, onde N é o nürnero de pessoas da residéncia. 0 ideal é
que ela tenha, no minirno, 40 litros, para que funcione corretarnente em eventuais
situacoes de uso intensivo.
No processo construtivo, a caixa de gordura passa a ter dupla funcao,
porque ao mesmo tempo que evita que a gordura vá para a fossa, veda o retorno dos
gases que se encontram na fossa. Ela e subdividida internamente em duas cârnaras.
A de entrada, corn 2/3 do volume total da caixa, e a de salda corn 1/3 restante. A
tubulacao que leva a água ate a caixa de gordura deve ser de no mInimo 75 mm,
evitando obstrucOes frequentes e deve cair Iivremente de uma altura de 20 cm sobre
o nIvel da água (que é o mesmo nIvel da parte inferior do tubo de salda). Corn isso, o
sabão que vem corn a água ajuda na criacao de urna camada de espuma sobre a
agua, contribuindo para o processo de separacão da gordura. A tubulacao de saida
deve ser afogada 10 cm para impedir o retorno dos gases da fossa. A gordura
saponificada deve ser retirada a cada 6 meses.
Ha autores que defendem que a água do boxe do banheiro também seja
direcionada a caixa de gordura, para barrar a oleosidade que sal de nosso corpo.
Neste caso, o volume da caixa de gordura deve ser o dobro do encontrado pela
formula acima.

Esgoto
fluente
liquido

Corte AN

E
U

___• •___ __

170 cm

65
Pela caixa de gordura
passa apenas a agua o que vem do banheiro
que vem da cozinha. vai direto para a fossa.

) -

Caixa de gordura barra . .•


.
restos de comida e ôleo .

Fossa inicia o tratamento da âgua

SUMIDOURO

I
• - .. I

.. - . -.
ou
VALA DE INFILTRA4;A0 t

- • o_

ubacä
açäo ..
.-

brita
.- iiennaturaI 1%

M
I
4.6b.6 - CUIDADOS FINAlS

Ao se fazer a locacao da fossa, deve-se considerar a possibilidade de urna


futura rede de esgoto püblica, possibflitando uma fácH mudanca de sistema, corn fácil
caminho para a tubulaçao chegar ate a rua. Para ficar Iivre dos odores dos gases
quando de sua limpeza, a fossa deve ficar distante da casa 30 m. Deve estar a 30
metros de qualquer fonte de abastecirnento de agua, no minirno a 1,5 de qualquer
ponto da rede de distribuicao de agua potável, mInimo de 10 m do hmite do lote.
Deve existir facilidade de acesso a limpeza.

4.6.c - DRENAGEM PLUVIAL

A drenagem pluvial constitul urn dos maiores impactos negativos gerados


corn a implantag5o do parcelamento proporcionado pelo consequente aumento da
velocidade do escoamento das águas superficials. Urn born sisterna de drenagern
pluvial passa a ter importante papel na reducao desse irnpacto.
Na area do parcelamento, as vias internas já estão concluldas.
Verificou-se, na implantacao do parcelarnento, que houve a opcao pela não-
interferência no sistema de drenagem natural ali existente. Nas vias de acesso
construiram-se bueiros e passagens corn rnanilhas, nas quais essas cruzam as
grotas, para que o fluxo natural das aguas pluvials não fosse interrornpido ou mesrno
desviado. Dessa forma, em relacao ao escoarnento das águas pluviais,
permaneceram inalterados os aspectos topograficos e geotecnicos na area do

67
parcelamento.

p ,

iw
Ar

- \

4 *
Figura E UtiIza;äo de bueiros para dissipaçao de aguas pluviais

Nos locais de major declive das vias internas, serão construldos dissipadores
de energia, corn o intuito de frear a velocidade das águas antes de serem lancadas
nas grotas, evitando-se corn isso o surgirnento de erosOes.
Sal ienta-se que, conforme consulta realizada a concessionária, pelo fato de o
parcelarnento estar inserido em area rural, a drenagem das águas pluvials deverá
obedecer o curso natural do terreno, conforme indicado no rnapa 10.

4.6.d - RESIDUOS SOLIDOS

0 objetivo desse item é apresentar urna estimativa de producao de resIduos


sôlidos na area do parcelarnento, indicando também solucOes e recornendacOes
pertinentes.
0 Servico Autônomo de Ajardinamento e Limpeza Urbana do Distrito Federal
—BELACAP é o Orgao responsável pela coleta, transporte e destino final adequado
dos resIduos sOlidos ou lixo dentro do DF. Competem a BELACAP ainda servicos
complementares como capina de rneio-fio, lavagern e pintura de abrigos de ônibus e

LSLbJ
passagens subterrâneas para pedestres.
A producao de lixo por cada parcela é relativamente pequena. No entanto,
rejeita-se a adocao de qualquer alternativa de deposicao dos residuos sôlidos no
local, tendo em vista que a falta de urn controle regular acarretaria sérios riscos aos
moradores e ao rneio ambiente, alérn da ausência de areas no parcelarnento para tal
deposicao.
A media de producao de lixo verificada para o Distrito Federal é de 0,5
Kg/pessoa/dia. Como existem 49 fracoes no parcelamento, e considerando-se uma
taxa de ocupacao de 5 pessoas por fracao, haverá portanto a producao total de lixo
de 122,5 Kg/dia.
Tendo como base a estimativa de producao dos resIduos sOlidos gerados,
recomenda-se que a coleta pela BELACAP, no parcelamento, seja feita a cada
quatro dias no rnáximo, p015, caso contrário, inicia-se a decomposiçao da matéria
orgânica, corn conseqUente exalacao de mau cheiro, além de atrair vetores de
doencas. 0 volume a ser recoihido em cada coleta nesse intervalo de tempo será o
equivalente a 490 kg.
No fluxo operacional dos servicos de coleta de residuos sOlidos, ha
inicialmente o acondicionarnento e preparo. Essa operacao consiste em uma fase
domiciliar, quando o lixo e acondicionado em sacos plásticos e colocado em lixeiras,
caixas metálicas, etc. A etapa de competência da BELACAP consiste na coleta e
transporte desses resIduos, sempre buscando uma forma de minimizar o percurso, o
tempo e 0 custo.
A irnplantacao do parcelamento obrigara a urn redimensionamento do servico
pUblico atual do sistema de coleta, transporte, tratamento e destino final aos resIduos
sólidos produzidos no Distrito Federal. Todavia o maior problema encontra-se no
tratamento desses resIduos.
0 resultado da consulta a concessionária BELACAP quanto as questoes
relacionadas a coleta e ao transporte dos residuos a serem produzidos pelo
parcelamento, encontra-se no anexo IV. Nele, A BELACAP nao coloca nenhuma
objecao quanto a implantacao do parcelamento, a afirma que ja dispöe do serviço de
coleta de lixo nas proximidades do parcelamento, e que poderá ser estendido ate o

69
novo parcelamento.

4.6.e - ENERGIA ELETRICA

A rede elétrica do parcelarnento ja se encontra implantada e as parcelas


contam corn energia disponivel em baixa tensäo. No anexo II tern-se o projeto
aprovado pela Companhia Energetica de Brasilia (CEB).

4.6i - SISTEMA VIARIO

0 sistema viário desse parcelamento, estrutura-se a partir da Rodovia VC-467.


Essa via tern a funcao de distribuiçao de todo trafego. Partindo dela, tern-se as
outras vias locais. De maneira geral, a maiha viária é configurada por trechos de
forma independente, corn hierarquia de vias e tracado ortogonal.
Em alguns trechos dessas ruas constatam-se problemas quanto a declividade
e quanto ao tracado, no que se refere ao desenho dos " cul-de-sac" das vias sem
saIda, o que ira dificultar o trafego de velculos pesados.
0 sistema viário encontra-se implantado. Apôs a implantacao, os futuros
ocupantes poderao decidir por urn revestimento duradouro.
De acordo corn o parecer do DER-DF, em anexo, nao existe interferência
quanto a faixa de domInio e a area "non aedificand?', pois o parcelamento se
encontra a aproximadamente 4 Km da rodovia VC-467, o que exclui a possibilidade
de interferência corn a faixa de dornInio.

70
4.7 - SITUAcAO FUNDIARIA

A organizaçao espacial do parcelamento foi fundamentada na metodoiogia


adotada pela SR-28 do INCRA nos seus PVT (Piano de Viabiiidade Técnica),
anteprojeto dos assentarnentos mais recentemente criados e, na atualidade, nos
pianos de desenvoivimento, de acordo corn a instrucao normativa especIfica do
INCRA NO 34/99. De todo modo, esse piano, seguiu principaimente a lnstrucao
Especiai NO 17-b/79, posta em vigencia em agosto de 1980.
0 modeio de organizacao tern corno fundarnento o sistema de producao
individuai, que decorre da cuitura e tradicao de pequeno agricultor habituado a
conviver corn a agricultura de subsistência, marcado pelo cuitivo de pequenas
lavouras e pequena criacao de ayes e bovinos.
No entanto, a modernidade vem pressionando tai conjuntura, levando-se a
pensar em urna agricuitura mais dinâmica e, sobretudo, que resuite em renda aos
produtores e divisas ao pals.
Nos projetos de assentamento do INCRA, jurisdicionados pela SR-28, tern
sido comprovado como inconveniente a adocao de parcela individuai, demonstrando-
se, em contrapartida, as vantagens da combinacao de iote famiiiar corn area de
cuitivos coletivos.
Para este parceiamento, procurou-se adotar os fundamentos dos projetos
dessa SR do INCRA. 0 mapa temático do sisterna fundiário em questao encontra-se
no volume 02.
Quanto a estrutura fundiária, o parceiamento está situado em area rurai
particular, de propriedade da Domlnio Engenharia e ConstrucOes Ltda., näo havendo
areas em iitlgio.

4.8 - PROJETO PRELIMINAR DO PARCELAMENTO

71
Na elaboracao planejamento, buscou-se o aproveitamento racional das terras
e suas potencialidades, ordenando todos os componentes necessários a producao
agronomica e para sua organizacao social e econômica.
A area total foi subdividida em 49 parcelas, prevendo-se as areas destinadas
para reservas ambiental e legal.
Em relacao a tipologia das parcelas, medem de 2 a 2,1 hectares, o que atende
a fracao minima de parcelamento estabelecida pela Instrucao do INCRA 14/79 e
demais dispositivos legais, que serviräo de base ao planejamento fIsico da area. o
parcelamento ocupa, no total, area 105,80 hectares.
A populacao prevista e de 245 habitantes. 0 indice de ocupacao utilizado foi
de 5 (cinco) habitantes por parcela, resultando na densidade media de 2,31
habitantes por hectare.
Para a deterrninacao da Area de Preservacao Permanente, considerou-se
uma faixa de 30 m de largura longo das margens do Ribeiräo Santana, Corrego
Barreirinho e grotas adjacentes (mapa 06), em cumprimento ao Codigo Florestal.
0 parcelamento conta corn rede elétrica implantada. 0 abastecimento de água
será suprido, no inicio, por poco(s) artesiano(s), localizados na parte mais alta do
parcelamento. Os esgotos sanitários seräo direcionados para sistemas individuais do
tipo fossa / sumidouro. A drenagem de aguas pluviais visou a menor interferência
possivel na drenagem natural ali existente.
Para a circulacao interna, foram construIdos 3 km de estradas.
0 projeto básico do parcelamento contendo a poligonal, as parcelas, o sistema
de circulacao e outros elementos de caracterizacao encontra-se no mapa 02.

4.9 - ASPECTOS SOCIAIS E ECONOMICOS

Dados do censo realizado em setembro de 1991 revelaram que Brasilia teve


urn crescimento demográfico de 36,2% desde 1980, representando urn aumento

72
anual médio de 2,84%. Problemas corno os de habitacao, transporte e equipamentos
urbanos podem ser agravados por esse aumento, principalmente se considerarmos
que o Distrito Federal näo e homogêneo: a RA (Regiao Administrativa) do Cruzeiro
tern uma densidade demografica de 5.692,92 hab / Km 2 . Já a RA do Paranoá
apresenta apenas 45,72 hab/Km 2 . A heterogeneidade é funcao também da renda; a
do Piano Piloto é a major do Brasil; nas Cidades satélites como Paranoá, Recanto
das Emas e Santa Maria é muito baixa. Outro desequilIbrio que pode ser constatado
é quanto a taxa de desemprego, que e alta nas regiOes mais pobres. 0 parcelamento
busca também a expansao da ocupacao territorial, corn a consequente diminuicao da
pressao sobre areas de grande densidade de ocupacao e, ao mesmo tempo, criando
areas de baixa densidade demográfica, implicando a melhoria da qualidade de vida.
Ainda não se pode antecipar o resultado do perfil sôcio-econômico dos
moradores que iräo residir no parcelamento da Fazenda Barreirinho. No entanto,
acredita-se que o cenário ideal seja o da associacao entre moradores, sobretudo
para aqueles que ja possuem uma tradicao na agricultura em pequenas propriedades
no que se refere a plantacao e a criacao de ayes.

5- PROGNOSTICO AMBIENTAL
I
Neste item, urn cenário futuro, corn o parcelamento já totalmente implantado,
será analisado sob vários aspectos, corn vista a identificar os possIveis aspectos
negativos que poderâo surgir durante ou apos a consolidacao da implantaçao.

5.1 - HIDROLOGIA E RECURSOS HIDRICOS

A implantaçao do parcelamento acarreta mudancas bastante significativas


nesses solos, uma vez que altera a capacidade de infiltracao do solo e,

73
consequentemente, da recarga dos aqOIferos, o que nao é impedida corn a
implantacao do loteamento, mas muda as condiçoes sob as quais essa recarga
ocorre.

5.2 - SOLOS

As terras do parcelamento foram classificadas corno boas a moderadas, de


conforrnidade corn o uso e a classificacao da capacidade do solo. Dessa forma, é
possivel prever que a destinacao dessas areas seja para o uso agrIcola. Atividades
agrIcolas praticadas corretamente nao causarão grandes impactos ao solo.
Entretanto, pode-se constatar que as técnicas agrIcolas utilizadas na regiao, estão
muito aquem dos padroes recomendados.
A area ocupada pelo lotearnento, tendo em consideracao que, alérn das
declividades moderadas, estao presentes cambissolos rasos sobre urn substrato de
baixa permeabilidade, apresentando elevada susceptibilidade a erosão. Desta forma,
sua ocupacao deve ser realizada tomando-se os cuidados necessários e adotando-
se as práticas de conservacao cabiveis.
De acordo corn as caracteristicas inerentes ao solo da area do lotearnento, já
mencionadas no capItulo de solos, nao existirão impactos significativos relacionados
a perda de solo, a excecao daqueles ja existentes, que deverão ser suavizados corn
a implernentacao de rnedidas mitigadoras que irão conferir viabilidade ao
parcelarnento.
A retirada da cobertura de vegetacao nativa é uma variável que exercerá
grande influência nos processos erosivos.

5.3 - vEGETAcA0

74
As atividades agrIcolas praticadas de forma intensiva e desordenada, bern
como as construcOes provocarao a retirada de especies nativas de árvores, arbustos
e gramIneas.
A retirada da vegetacao das areas verdes provoca a extincao da fauna
rernanescente, inclusive, dos insetos responsáveis pela polinizacao das fibres.
Também ocasiona a erosão, removendo o material ff0 que no decorrer do tempo é
carreado pelas enxurradas, culminando corn o assorearnento dos cursos d'água, no
caso, o Ribeirão Santana e côrrego Barreirinho, deixando sulcos erosivos, as
voçorocas. Contribui ainda para elevar a temperatura, aumentar a evaporação da
água do solo e diminuir gradativamente a agua dos cursos d'água em sua area de
influência. Todos esses fatores negativos são previsiveis e intrInsecos ao processo
de parcelamento, porern podern ser minimizados por rneio de medidas que serão
tratadas no item 6.

5.4 - USO E OCUPAAO DO SOLO

No que se refere ao aspecto de caracterização ambiental do uso e da


ocupacao atual do solo e da infra-estrutura existente no parcelamento, foram
analisados: os projetos, os mapas, os relatOrios. As conclusöes irão condicionar e
indicar as diretrizes para o planejamento que ira garantir que as caracteristicas
originais do Cerrado da região não sejam modificadas.

5.5 - INFRA-ESTRUTURA

5.5.1 - ABASTECIMENTO DE AGUA

75
0 parcelamento, no médio prazo, nao será suprido por águas superficials para
abastecimento pUblico e, tampouco, corn lancamento de esgotos domésticos. A
influência será exercida de forma indireta, uma vez que a retirada de águas
subterrâneas deverá contribuir para a dirninuiçao do volume das águas superficiais
do Ribeirão Santana.
Outras variáveis importantes a serem destacadas são: a retirada da
vegetacao, a compactaçao do solo, a construcao de residências e galpoes que
exercerão nItida interferência nos processos de infiltracao das águas pluviais,
interferindo na recarga do lencol freático.
Movimento de terras, promovido basicamente pelas acoes da construcao civil,
poderá trazer problemas de assoreamento, ou seja, sedimentacao dos leitos dos
cursos d'agua acima referidos, diminuindo progressivarnente suas profundidades.
Esse impacto negativo porem nao será muito relevante, pois a taxa de ocupacao em
cada lote e relativamente pequena, quando se considera as dimensOes dos lotes.

5.5.2 - ESGOTAMENTO SANITARIO

A producao de esgotos, se não tratada corn técnicas adequadas, origina


impactos regionais, diretos, negativos e fortes sobre a qualidade das águas, devido
ao aporte de matéria orgânica, de sólidos e de contaminantes.
Caso nao seja usada a técnica correta na construçao da fossa séptica, ou nao
usados os afastamentos recornendados, existirá alto risco de contaminacão por
bactérias nocivas ao homem e aos anirnais.
A nao construcao de caixas de gordura impedirá o funcionamento adequado
da fossa séptica, implicando aos mesmos impactos citados no paragrafo acirna.
A não contratacão de empresas limpa-fossas credenciadas pode fazer corn
que o lodo seja despejado em lugares irnproprios.

5.5.3 - DRENAGEM PLUVIAL

76
A cobertura natural do solo poderá sofrer alteracoes significativas corn a
irnplantacão do parcelarnento, fato que ocasionará aumento da velocidade de
escoamento das aguas pluviais incidentes e reduçao da quantidade de água
infiltrada no solo. Isso irnplicará o aumento das vazöes de cheias no Ribeirão
Santana, por conseguinte nos rios pertencentes a Bacia do curso alto do Rio São
Bartolomeu, como tarnbém a reducao das vazöes de estiagern desse corpo receptor.

5.5.4 - RESIDUOS SOLIDOS

0 empreendedor deverá implantar urn sistema de coleta seletiva, corn a


orientacão da BELACAP e SEMAHR uma vez que os resIduos sOlidos, produzidos
na area do parcelamento teräo caracterIsticas de origem doméstica.
Esses residuos, quando depositados por longo ternpo, farão corn que a
matéria orgânica entre em fase de degradacão, liberando maus odores e sendo urn
alto fator de risco para o inIcio da proliferacao de vetores de doencas. Animais que
se alimentarem dessa matéria orgânica em degradacão poderão disseminar doencas
ou rnorrer.

5.5.5 - SISTEMA VIARIO

Durante a fase de irnplantacao do parcelarnento, os rnaiores impactos


negativos são aqueles relacionados as atividades erosivas, corn destaque para o
sistema viário, que no caso ja ocorreu. Entretanto esse sistema estará ainda sujeito
a acao das aguas das chuvas, que poderá danificar os pontos mais vulneráveis,
tendo corno resultado a erosão.

5.6 - ASPECTOS SOCIAIS E ECONOMICOS

77
Na area do parcelarnento, haverá aumento no contingente populacional. No
entanto, em relacao ao Distrito Federal, este nao será significativo, porque os futuros
proprietários serão, em maioria, da prOpria regiao.
Haverá aumento na demanda por equipamento urbano e comunitário quando
os proprietários iniciarem os trabalhos em suas terras, e na renda do municipio
quando a producao for cornercializada. Haverá necessidade de criacao nas vias de
acesso, de faixa de aceleracao e de desaceleraçao, bern corno colocacao de
sinalizacao horizontal.
Cabe mencionar os mais relevantes, considerando-os perfeitamente
contornáveis, desde que sejam observadas algumas recomendacoes na fase de
ocupacao do parcelamento, ou mesmo posteriormente:
- Especulacao imobiliária do solo;
- Pressão para irnplantaçao de equipamentos urbanos, considerando-se a
dirnensão populacional, após a ocupaçao plena da area;
- lntensificacao do trafego de velculos e pedestres nas vias de acesso ao
parcelamento, comprornetendo a seguranca do trânsito, especialmente no trecho da
VC-467, próximo a area;
- Aumento da demanda dos transportes coletivos, principalmente as linhas que
tern corno origern / destino o PIano Piloto.

5.7 - CLIMA

Outro aspecto a ser considerado refere-se ao clima. Espera-se que, corn a


implantacao do parcelamento, nao ocorram modificacoes significativas em funcao do
tipo de parcelamento que se pretende instalar.
Entretanto, o microclima poderá ser alterado por causa da implantacao do
sistema viário e das construcoes civis. 0 primeiro traduz-se no aumento do trânsito
de velculos, corn descarga de gases na atrnosfera, e o segundo, pela retirada de
terra e consequente aumento de matéria em suspensao.

78
6— ANALISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS I
Os impactos ambientais mais significativos que o parcelamento ja causou,
está causando ou ainda poderá causar serão identificados nesse item. Os
parâmetros ambientais foram relacionados corn as acOes relativas ao parcelarnento,
identificando-se as interacoes possIveis e inseridos em uma rnatriz de interacao.
Essa rnatriz permite a visualizacao, em uma mesma estrutura, das relacoes entre
indicadores relativos ao meio natural e ao rneio antrOpico.

Na " Matriz de Análise de Impactos Ambientais" (Tabelas 6 a 9 ), modificada


da "Matriz de Leopold" (1971), as interacOes foram avaliadas em quatro nhveis
conforme a seguinte classificacao:

- impacto positivo
- negativo fraco
- negativo medic
- negativo forte

Para proceder a avaliacao, foi realizada uma tabela de impactos, os quais


são inferidos no cruzamento das acOes posshveis versus os elementos de análise
(Tabelas 6 a 9). As acoes previstas são definidas corno fases, as quais contemplam
o planejamento, a implantaçao e ocupacao / uso do parcelamento. Cada fase
subdivide-se, para uma análise didática, da seguinte forma:

A) Fase de Planejamento

Concepcao do projeto
Licenciamento ambiental

B) Fase de Implantacao
Demarcacao dos parcelas
Desmatamento (retirada da vegetacao nativa)
Sistemas de águas pluviais
Sistema de abastecimento de água
Energia elétrica
Construcao civil

B) Fase de Ocupacão/Uso

Sistema viário
Transporte
Abastecimento de água
Prod ucOes de esgotos
Producao de lixo

As variáveis contempladas nessa avaliaçao são:

A) Meio Sócio-econômico

Situacao fundiária
Populacao
Equipamentos urbanos
Habitacão
Empreg o
Saüde
Ed ucacão
Transporte
Seguranca

B) Meio FIsico
Clima
Geologia
Hidrogeologia
Geomorfolog ía
Aguas
Solo

C) Meio Biótico

Flora
Fauna

Tabela 6. "Matriz de Análise de lmpactos Ambientais"

(Variáveis vegetacao I sócio-econômico)

Campo Campo
Geracao Seguranca
Fechado Limpo Abastecimento Educacao
Cerrado emprego Social
Cerrado
Empr.
Concepcao Impacto Fraco
Impacto positivo
do Projeto Positivo negativo
Licenciament Impacto I mpacto Geracao Fraco
Fraco negativo Impacto positivo
o Ambiental positivo positivo emprego negativo
Terraplenage Forte Forte Impacto
negativo negativo positivo Médio negativo
m
Impi. Sistema
Fraco Fraco Impacto Fraco
esgotamento negativo lmpac. Positivo Médio negativo
negativo positivo negativo
sanitário
Imp!. Do
Fraco Fraco Impacto Impacto
sistema de negativo
lmpacto positivo
negativo positivo positivo
ág ua
lmpl. Do
Fraco Fraco
sistema negativo Impacto positivo
negativo
pluvial
Construcao Fraco Fraco Impacto Fraco
negativo
Médio negativo Fraco negativo
de moradias negativo positivo negativo
Ocupaçao da Médio Médio lmpacto Fraco
negativo
Médio ne gativo Impacto positivo
area negativo positivo negativo

81
Monitorament Impacto Impacto
positivo
Impac. Positivo
o Ambiental positivo

82
Tabela 7. "Matriz de Análise de Impactos Ambientais (Variáveis ambientais do meio
fisico - solo)

Alteraçoes AlteracOes AlteraçOes


Erosão Colapsividade Poluiçao do Solo
Fisicas Qulmicas Biologicas
E.ctlpr.
Concepcao.
do Projeto
Licenciament
o Ambiental
Forte
Terraplenage Médio Forte Forte
negativ Forte negativo
m Neg ativo negativo negativo
0
Impi. Sistema
Impacto Impacto Impacto Impacto Impacto
esgotamento Impacto positivo
positivo positivo positivo positivo positivo
sanitário
Impi. Do
sistema de
água
Impi. Do
Impacto Impacto Impacto
sistema
positivo positivo positivo
pluvial
Forte
Construca o Médio Forte Fraco Fraco
negativ
de moradias Negativo negativo negativo negativo
0
Forte
Ocupacao da Médio Forte Forte
negativ Forte negativo Forte negativo
area negativo negativo negativo
0
Monitorament Impacto Impacto Impacto Impac. Impacto
Impacto positivo
o Ambiental positivo positivo positivo positivo positivo

83
Tabea 8 - "Matriz de Análise de Impactos Ambientais"

(Variáveis ambientais do melo fIsico - geologia e geomorfologia).

Estrutura do Estabilidade do
Drenagem Erosão
Aço'~ Emp
relevo terreno
Concepçao do
Projeto
Licenciamento
Ambiental
Forte
Terraplenagem Forte negativo Forte negativo Forte negativo
negativo
Impi. Sistema
Impacto Impacto Impacto
esgotamento
positivo positivo positivo
sanitário
Impi. Do
sistema de agua
Impi. Do Impacto Impacto Impacto
Impacto positivo
sistema pluvial positivo positivo positivo
Construcao de Forte
Forte negativo Forte negativo Forte negativo
moradias negativo
Ocupacaoda Forte
Forte negativo Forte negativo Forte negativo
area negativo
Monitoramento Impacto Impacto Impacto
Impacto positivo
Ambiental positivo positivo positivo

84
Tabela 9 - "Matriz de Análise de Impactos Ambientais"

(Variáveis ambientais do meio fIsico - agua).

Dinãmica dos Escoamento Disponibilidade DisponibiHdade


qualidade
i' d
o pr aqUIferos superficial subterrânea subterránea

Concepçao'-
do Projeto
Licenciament
oAmbiental
Terraplenage Forte Forte Forte Médio
Forte negativo
m negativo negativo negativo negativo
Impi. Sistema
Impacto Médio
esgotamento Forte negativo
positivo negativo
san itário
Impi. Do
sistema de
ág ua
Impi. Do
Médio Impacto Impacto Médio
sistema Forte negativo
negativo positivo positivo negativo
pluvial
Construcao Médio Forte Médio Médio
Médio negativo
de moradias negativo negativo negativo negativo
Ocupacaoda Forte Forte Forte
Forte negativo Forte negativo
area negativo negativo negativo
Monitorament Impacto Impacto Impacto Impac. Impacto
o Ambiental positivo positivo positivo j Positivo positivo

85
7- pRoposIcAo DE MEDIDAS MITIGADORAS E PREVENTIVAS j

7.1 - MEDIDAS COM CARATER DE URGENCIA

Entre os impactos negativos que ja foram anteriormente citados no


Diagnostico Ambiental, selecionamos a seguir os ja ocorridos e atuais que
necessitam de propostas de medidas mitigadoras em caráter de urgência. A
numeraçao dos subitens será a mesma da usada no Diagnostico Ambiental. Caso o
subitem näo esteja enquadrado no aspecto de urgencia, existirá urn vazio na
sequencia da numeraçao. As rnedidas mitigadoras que nao tern caráter de urgencia
serão relacionadas no item 7.2.

7.1.1 - HIDROLOGIA E RECURSOS HIDRICOS

Na implantaçao do parcelamento, devern-se adotar medidas de controle dos


processos erosivos proximos aos cursos d'água, para eliminar a possibilidade de
assoreamento e contaminaçao.

7.1.2 - SOLOS

Corn a implantaçao do parcelamento, existe a possibilidade de se aumentar os


processos erosivos e degradacao dos solos. Para minimizar esse efeito, deve-se
adotar, de imediato, medidas de preservacao do solo superficial nos cortes e aterros
das vias internas, após harmonizacao corn a topografia natural, de maneira a
propiciar a implantacao e o desenvolvimento da cobertura vegetal.
7.1.3 - USO E OCUPAçAO DO SOLO

No aspecto relacionado a construcao e a Iigacao de estrada na area do


parcelamento, deverão ser adotadas medidas imediatas para manter as linhas de
talvegue que levam aos bueiros, de maneira a evitar obstrucoes ou desvio dos
fluxos naturals das águas. Proteger as entradas e saidas dos bueiros corn o plantlo
de gramIneas e árvores de espécies indicadas para fixacao do solo.

7.2 - OUTRAS MEDIDAS

Neste item seräo abordadas as proposicOes de medidas mitigadoras que nao


tern a caráter de urgência. A numeracao dos subitens também será a mesma que
foi adotada no item 4 Diagnostico Ambiental.

7.2.1 - HIDROLOGIA E RECURSOS HIDRICOS

Quanto as alteracoes na recarga do lencol freático, aumento da turbidez e


da poluicao dos recursos hIdricos superficlais, deverão ser adotadas medidas de
protecao de areas verdes, controle de abertura de pocos e revegetacao de areas
deg rad adas.
Em relacao a manutencao da qualidade das aguas, deveräo ser adotadas
medidas de proteçao das cabeceiras das nascentes, manutencao da vegetacao ao
longo das drenagens e recuperacao das areas degradadas.
Quanto ao assoreamento dos cursos d'agua, riscos de contaminacao biologica
e qulmica que poderâo ocorrer devido ao mal dimensionarnento das fossas sépticas
e seus sumidouros, deverâo ser adotadas práticas de conservacao de solo, corno a
movimentacao de terras, as quais devem ser executadas no periodo seco.
0 principal impacto com a abastecimento por mananciais subterrâneos será a

87
reducao dos nhveis nos aquIferos. Esse impacto poderá ser mitigado corn o manejo
adequado do(s) poco(s), nao se permitindo que o Umite de exploracao seja
ultrapassado.

7.2.2 - SOLOS

Corn o objetivo de minimizar a possibilidade de erosäo, ocasionada pela


rnovimentacao do solo, deve ser mantido o sisterna viário proposto, corn as vias
acompanhando o mais próximo possIvel as curvas de nIvel do terreno, de maneira a
se evitar concentracao excessiva de fluxos superficiais.
Para evitar a desestabilizacao do solo, ocasionada pela rnovimentacao de
terra, possibilitando o aurnento da erosão do solo revolvido, deve-se executar a
rnovirnentacao de terra ern perhodos secos e adotar práticas de conservacao de solo
nos caracteres vegetativo (reflorestarnento), rnecânico (correcao de declividade) e
geotécnico (erodibilidade e colapsividade).
Outra rnedida que deverá ser adotada para o controle dos processos
erosivos, será a construcao das bacias de contencao.

7.2.3 - VEGETAcAO

Atencao especial deverá ser dada as areas verdes do parcelamento,


implantand 0-se e conservando-se uma cobertura vegetal corn a major area possIvel.
Para proteger as areas originais de equilbbrio morfodinâmico fragil e/ou de
relevante interesse ecolOgico, deve-se aperfeicoar e intensificar os processos de
fiscalizaçao e monitoramento das areas de preservacao do loteamento.
Visando minimizar-se a concentracao de fluxo superficial e a diminuicao da
infiltracao, deverão ser preservadas areas verdes, implementando o trabalho de
revegetacao das areas degradadas, proximas das encostas e taludes artificiais.
Nos solos da regiao, urna variável de grande influência para evitar os
processos erosivos é a cobertura corn a vegetacao nativa.
A retirada da cobertura vegetal deve ser feita na medida do estritamente

88
necessário, evitando desmatamento fora do corpo das vias do projeto. Recuperar as
areas onde ocorreu desmatamento prôxirno as drenagens.
Os trechos de Mata Ciliar devern ser preservados, pois servem como Unico
abrigo para muitos animals e também como corredores para aproxirnar areas
maiores e possibilitar a transferência da fauna.
Recomenda-se a preservacao das pequenas areas corn vegetacao nativa
presentes na area do parcelamento. Apesar dessas areas serem reduzidas para
abrigar especies animais permanentes, sua rnanutençao, assim como a das Matas
Galerias, permitirá a presenca de outras especies na regiao.
Também essas pequenas areas corn vegetaçao nativa poderiam ser
transformadas em bosques, onde várias especies anirnais, principalmente ayes de
várias famIlias tIpicas de mata, tais como os Formicarideos (choros), CotingIdeos
(caneleiros), Piprideos (cancarinos) e IcterIdeos (xexéu e iraUna) poderiarn ser
observadas.

7.2.4 - USO E ocupAcAo DO SOLO

Corn a irnplantacao do parcelarnento, os impactos negativos advindos do uso


e da ocupacao do solo deverão ser minimizados pelo planejamento e adocao de
medidas mitigadoras previstas em lei ou que venham a ser necessárias.
Quanto ao meio fisico, os estudos deverao considerar as caracterIsticas
geológicas, hidrogeolOgicas e geotecnica da area do parcelarnento, para definicao
dos tipos de edificacoes, sistema viário, de coleta de aguas pluviais, de esgotamento
sanitário, de abastecimento de agua e outros. Corn a correta implantacao desses
sisternas, as problemas relacionados a erosão e ao assoreamento dos cursos d'agua
seräo reduzidos. E necessário, no entanto, que sejam tomadas rnedidas
preventivas em relacao a impermeabilizacao dos solos, devendo ser previstas a
construcao de dispositivo individual de recarga das águas subterrâneas, sempre que
houver uma obra que justifique a rnedida.
No meio biótico, corn a implantacao do parcelamento serão respeitadas a
Reserva Legal e as Areas de Preservacao Perrnanente, mantendo-se, dessa forma,

RIM
uma reserva genetica representada par ecossistemas do Cerrado, como também,
será responsável pela manutencao de especies da fauna silvestre que se refugiam
nessas areas.
Corn base na avaliacao dos impactos, por setor, citados anteriormente, foram
destacadas as acoes que provocam os impactos rnais significativos, gerados em
funcao do projeto, as quais forarn analisadas numa rede de interacao.
Nas futuras construcoes de moradias, as areas verdes dentro de cada lote
deverão ser preservadas, corn o intuito de rnanter o habitat adequado para as
especies endêmicas. Além da manutencao das areas verdes, é necessário fomentar
a revegetacao de areas degradadas, executando as obras nas areas de encostas e
de taludes artificiais.
0 escoarnento concentrado poderá causar erosão nas areas proximas as
moradias. Para diminuir esse impacto deve-se incentivar o plantio de grammneas
nas areas adjacentes as construcOes.

7.2.5 - INFRA-ESTRUTURA

A infra-estrutura de saneamento básico, prevista para o loteamento, deve ser


implantada sempre que possivel antes da ocupacao plena da area, corn o objetivo de
garantir protecao aos meios fIsico e biOtico.

7.2.5.1 - AGUA POTAVEL

Para a alternativa de utilizacao de pocos tubulares profundos, quanto a


manutençâo e a operacao, recomenda-se que sejam efetuadas análises fIsicas,
qulmicas e bacteriologicas da agua consurnida pela populaçao, seguindo as
especificacoes de frequência, coleta, parâmetros e análises definidas pela Portaria n o
36/90 do Ministério da SaUde.
Os pocos artesianos deverão ser protegidos corn o revestirnento de suas
porcoes rasas corn concreto, para assim rninimizar a acao dos efluentes externos,

EEO
bern como inspecao semestral dos sumidouros das fossas sépticas, a fim de
assegurar a preservacao dos recursos naturais do loteamento.
Devem ser adotadas medidas de monitoramento dos recursos hIdricos por
melo de urn piano de controie de abertura de pocos.

7.2.5.2 - ESGOTAMENTO SANITARIO

0 esgotarnento sanitário, embora seja uma das acoes que pode acarretar urn
dos mais graves problernas no futuro, é o que traz a major facjljdade para se evitar
que os problemas aparecam, pois é suficiente apenas uma correta orientacao aos
futuros ocupantes, quanto a técnica correta do dimensionamento e construcao da
fossa séptica e cajxa de gordura, a necessidade de serern absolutamente estáveis e
impermeáveis e as consequênclas a que estariam sujeitos, caso a recomendaçao
não vjesse a ser seguida. A construcao correta da fossa e da cajxa de gordura é a
aiternativa segura para que nao haja riscos de contaminacao.
A orientacao deverá também incluir o intervalo de tempo necessário para a
limpeza da fossa e os perigos de contaminacao que existem na opcao da fossa
negra. As empresas que serão contratadas para a remoçao do lodo devem ser
credenciadas pela CAESB. Empresas clandestinas podern jogar a lodo no prirneiro
cOrrego que encontrarem, enquanto que as credencjadas levam o iodo ate uma
estacao de tratamento.

7.2.5.3 - DRENAGEM PLUVIAL

A dirninujcao dos riscos dos processos erosivos na area do parcelarnento será


atenuado corn a manutencao adequada do sistema de drenagern pluvial, reduzindo o
impacto ambiental negativo gerado pelo aumento do escoamento superficial.
0 sistema de operacao de drenagem pluvial deverá diminuir os processos
erosjvos como tambérn a operacao de manutencao dos sjstemas de esgotamento
sanitário, assegurando a preservacao do Iençol freátjco e das aguas superficiais,
evitando a proliferacao de organismos patolOgicos no solo e agua.

91
A implantacão de unidades de dissipacao de energia cinética de agua, na
chegada desta agua pluvial ao corpo receptor, reduzirá os impactos ambientais
negativos ao meio ambiente.
Executar pequenos barramentos de gabiao nos talvegues existentes na area
do parcelamento, a fim de auxiliar no amortecimento da velocidade da água.
Evitar o lancamento de água pluviais nos topos das bordas da chapada,
prolongando os emissários ate as margens dos corpos receptores e implantando os
dissipadores de energia, a fim de näo iniciar o processo erosivo nessas margens.

72.5.4 - RESIDUOS SOLIDOS

O acondicionamento seguro dos resIduos orgânicos fará corn que sejam


evitadas mortes de animais que se alimentariam desses residuos.
Baseado no volume de material produzido, os residuos sOlidos domésticos
deverão ser coletados nurn perlodo máximo de 4 dias, pois a partir desse limite a
matéria organica entra em fase de degradacao, liberando rnaus odores
considerados como urn alto fator de risco para o inIcio da proliferacao de vetores de
doenças.
A parte organica poderá ser tratada utilizando-se de biodigestores, para
produzir gas, que poderá ser aproveitado na area do loteamento.
Os outros resIduos poderao passar por processos de triagem e de
recuperacao, tornando-os aproveitáveis. A parte aproveitável deverá ser
acondicionada adequadamente em local a ser definido pela BELACAP, para
promover a coleta e a destinacao final adequada.

7.2.5.5 - ENERGIA ELETRICA

As construçOes devem ter afastamento mInimo de 10 metros da rede de baixa


ou media tensão e 50 m da rede de alta tensão.

92
7.2.5.6 - SISTEMA VIARIO

Em relacao as atividades que causam revolvimento do solo, ocasionando o


aurnento de escoamento superficial e provocando a erosão dos solos prOximos as
vias, deverão ser realizadas obras acompanhando o nivel do terreno e, quando não
for possIvel, fazer obras de drenos como peitos de pombos e baciOes.

7.3 - TABELAS DE IMPACTOS X MEDIDAS PREVENTIVAS E


MITIGADORAS

Corn o uso da Rede de lnteracao de Impactos (Tabela 10) estabeleceram-se


as relacoes do tipo causas - condicOes - efeitos e urna descricao detalhada dos
impactos ambientais corn as medidas preventivas e mitigadoras necessárias para
implantaçao do parcelamento.
Nesse sistema os irnpactos foram classificados conforme a sua:
- qualificacao (positivo Cu negativo, fraco, moderado ou crItico);
- infiuência (direto ou indireto);
- abrangencia (local, regional ou estrategico);
- duracao (ternporário, permanente Cu ciclico);
- reversibilidade (reversIvel ou irreversIvel);
- magnitude (fraco, moderado cu critico)

93
Tabela 10: Lista geral de impactos e suas medidas mitigadoras

AcOEs DO PARAMETRO CARACTERISTICAS MEDIDAS PREVENTIVAS E


IMPACTO DO IMPACTO
PARCELAMENTO AMBIENTAL MITIGADORAS
coNcEpcAo DO Geracào de empregos Aumento de oferta de trabaiho P-D-R-l-T-R-M Concorrência para contrataçao de
PROJETO empresas ou profissionais
Educação Surgimento de novas unidades Pl-R-MP-P-l-F Elaboraçao de projeto que
de ensino contemple a construcao de
unidades de sai:Ede
Saüde Surgimento de novas unidades P-l-R-MP-P-I-F Elaboração de projeto que
de saüde contemple a construçao de
unidade de saüde
Segurança Social Surgimento de novas unidades PI-R-MP-P-I-F
de saUde
I nfra-estrutura Melhoria na infra-estrutura P-l-L-MP-P-I-M
existente
Arrecadacao tributária Aumento de arrecadaçao de P-D-R-I-P-R-M Assegurar a regularizacao do
imposto (ITR) parcelamento
Atividades econOmicas Ampliaçao de expectativas na P-D-R-I-T-R-M Implantar vias de acesso para as
comunidade mercadorias e serviços de
construçao.
LICENCIAMENTO Desejos e expectativas Aparecimento de expectativas na P-D-R-I-T-R-M Estabelecer critérios justos e
AMBIENTAL comunidade democráticos no processo de
licenciamerito. -

Abastecimento Diminuiçao das areas de N-D-R-MP-P-I-C Ampliar o monitoramento das


captaçao de aguas fontes de agua.
CARACTERISTICAS Positivo P Direito D
- Local L
- Imediato I
- Temporario I - Reversivel R
- Fraco F
-

DOS IMPACTOS Negativo— N lndireto I


- Regional R
- Med. Prazo MP Permanente P
- - Irreversivel I
- Moderado M
Estrategico E Long. Prazo LP Ciclico C - Critico C

01
AcOEs DO PARAMETRO CARACTESTICAS
RI
IMPACTO PREVEN1]VAS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS
TERRAPLENAGEM. Espécies endêmicas da Aumento da pressão sobre N-D-L-l-T-R-C Conscientizar os operários da
COMPACTAAO fauna a caca de animals; Reduçâo obra e moradores através de
PAVIMENTAAO da biodiversidade e N-D-L-l-P-R-M programa de educaçao
destruicâo de microhabitats ambiental.
Espécie oportunista da Disponibilidade reduzida de N-D-L-l-P-l-M Procurar pavimentar areas já
fauna areas adequadas para degradadas e reduzir a
sobrevivéncia das espécies. perturbaçâo ao minimo.
Espécies em extinçao Aumento da pressao sobre N-D-L4TR-C Conscientizar os operários da
da fauna a caca de animals obra e moradores, por melo de
programas de educaçao
ambiental.
Vegetaçâo Retirada da cobertura, N-D-L-l-P-R-M A retirada da cobertura deve
ocasionando diminuiçao da ser feita na medida do
biodiversidade; estritamente necessário,
evitando desmatamento fora do
Aumento da pressao sobre N.D-L-I-P-RF corpo das vias (projeto).
o uso dos recursos naturals Recuperar paisagisticamente
as areas antigas (Projeto).
CARACTERISTICAS Positivo P
- Direito D
- Local L
- Imediato I
- Temporário T - Reversivel R Fraco F
- -

DOS IMPACTOS Negativo- N Indireto I


- Regional R
- Med. Prazo MP Permanente P
- Irreversivel I
- Moderado M-

Estratégico E- Long. Prazo LP Ciclico C


- - Critico C
-

95
PARAMETRO CARACTERIS1]CAS
IMPACTO MEDIDAS PREVENTIVAS E MITIGADORAS

AGUA Probabilidade de alteracao de N-D-L-lP-R-M Proteger por rneio de canaletas de drenagem e cobertura
escoamento de águas pluviais vegetal Os taludes dos aterros próximo as bordas, para
aurnentando a capacidade de evitar erosâo nesses locais. Implementar o sistema viário
transporte por enxurradas; proposto corn as vias, acompanhando o mais perto
possivel as curvas de nivel do terreno, a fim de evitar
concentraçOes excessivas de fluxos superficiais;

Adoçao de areas verdes. Controle da abertura de pocos.


Alteraçâo na recarga do lencol Manutencao de areas verdes, revegetação de areas
freático e aumento da turbidez degradadas, execução de obras,
e poluiçao dos recursos N-D-RMP.-P.-l-CR
hidricos superficiais; Proteçao das cabeceiras da bacia, manutençâo da
vegetaçao ao longo da margem das drenagens e
Alteraçao da qualidade das recuperacâo das areas degradadas.
aguas. N-D-R.-MP-P-l-M

SOLOS Possibilidade de aumento dos N-D-L..MP-C-RM Preservar 0 solo fértil superficial sobre cobertura de cortes
processos erosivos e e aterros apôs harmonizaçao corn terreno natural de
degradacao dos solos. maneira a ocasionar a implantaçao e desenvolvimento da
cobertura vegetal.

Extrair material de empréstimo de areas o rnais prôximo


possivel das vias, compensado os cortes e aterros.
Alteraçâo acelerada do uso e N-D-L4P-1-M
ocupacao do solo; I
CARACTERISTICAS Positivo P - Direito D Local L
- - Imediato I
- Temporario T - Reversivel - Fraco F
-

DOS IMPACTOS Negativo— N Indireto I Regional R


- Med. Prazo MP Permanente P
- R Moderado -

Estratégico E - Long. Prazo LP Ciclico C


- Irreversivel M
Critico C

W.
PARAMETRO CARACTERISTICAS DO MEDIDAS PREVENTIVAS E
IMPACTO
AMBIENTAL IMPACTO MITIGADORAS

SOLOS Movimentaçao do solo. Implementar o sistema viário proposto corn as


N-D-L-l-T-R-M vias acompanhando o rnais prOximo possivel
Possibilidade de erosâo ocasionada as curvas de nivel do terreno, de maneira a se
pela rnovimentaçao do solo; evitar concentracOes e excessivas de fluxos
superficiais.

Desestabilização do solo, Executar a movimentação de terra em perlodo


possibilitando o aumento da sem chuvas e adotar práticas de conservacão
erodibilidade do solo revolvido. N-D-L-l-C-R-M de solos de caráter: vegetativo
(reflorestamento), mecânico (correçâo de
declives) e de caráter geotecnico (verificar
erodibilidade e colapsividade).

Reduçao da capacidade de Introduzir bacias de contencao e vertedouro de


infiltração de agua no solo, escoarnento lateral nas vias de acesso já
provocando erosão laminar das implantadas, porém nâo pavimentadas.
aguas pluviais, rnotivando erosão Pavimentar o sistema de drenagem pluvial no
por sulcos. N-D-L-l-MP-l-M perlodo de estacao seca para evitar-se erosão.
CARACTERISTICAS Positivo P
- Direito D Local L
- Imediato I
- Ternporãrio T
- Reversivel R Fraco F -

DOS IMPACTOS Negativo— N Indireto I Regional R - Med. Prazo - MP Permanente P IrreversIvel I


- Moderado
Estrategico E Long. Prazo - LP Ciclico C
- M
Critico C
-
PARAMETRO CARACTERISTICAS MEDIDAS PREVENTIVAS E
IMPACTO
AMBIENTAL DO IMPACTO MITIGADORAS

EROSAO, A retirada da camada delgada N-D-I-MP-R-F A ocupacao da area deve acontecer


ESTABILIDADE DO de solos que recobre os fihitos prioritariamente nos locais corn menor
TERRENO, e saprolitos ocorrentes na declividade e major espessura de solos.
ESTRUTURA DE area do parcelamento, motiva
RELEVO desenvolvimento de
processos erosivos que são
acelerados nas areas corn
elevada decljvidade.

AGUA Assoreamento dos cursos N-DR-l-T-R-M Executar a movimentacao de terra em


d'agua. Riscos de perlodo seco, adotando práticas de
contaminaçao biologica e conservaçao de solo.
quirnica se ocorrer o mal
djmensionamento das fossas
sépticas e seus sumidouros,

SAIJDE Na implantacao, aparecimento N-D-L-l-T-R-M Impedir trabalhos de terraplenagem em


de doencas ligadas ao djas seco e manter as vjas de acesso e as
aparelho respiratôrio. pilhas de matéria-prima sempre ümidas.

CARACTERISTICAS Positivo P Djrejto D Local L


- - - Imedjato I - Temporário T
- Reversivel Fraco F
DOS IMPACTOS Negativo— Indireto I Regional R
- - Med. Prazo Permanente P
- - R Moderado
N Estratégico - MP CIclico C
- IrreversIve M
E Long. Prazo— I—I CrItico - C
LP

98
MEDIDAS
AcoES DO PARAMETRO CARACTERISTICAS
IMPACTO PREV ENT WAS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS

IMPLANTAçA0 DO Agua Riscos de contaminaçao N-D-L-MP-P-T-R-M Dimensionamento adequado


SISTEMA DE qulmica e biologica do lençol
uaS ossas spticas e
ESGOTAMENTO freãtico se ocorrer mat
SANITARIO dimensionamento das fossa sumidouros de acordo corn
septicas e seus respectivos
normas da ABNT
sumidouros no caso de
utilizaçao de fossas septicas Conduzir Os despejos
como alternativa definitiva para originados de pias de cozinha
Os parcelamentos. para caixas de gordura antes
de serern lançadas nas
fossas;
Não Iançar aguas pluviais nas
fossas septicas;
DisposicOes de lodo
acumulado sornente em
locals autorizados pela
CAESB;
Manter os fundos dos
surnidouros a mais de 1,5 m
acima do nivel;
lmplantar as fossas em local
de fãcil acesso em vista da
necessidade de remoçao
periodica do lodo;
Executar inspeçao mensal
nos sumidouros em uso.
CARACTERISTICAS DOS Positivo P
- Direito D Local L
- Irnediato I Temporãrio T Reversivel R Fraco F
- -

IMPACTOS Negativo-- N Indireto I


- Regional R- Med. Prazo - Permanente
- Irreversivel I
- Moderado M-

Estrategico E - MP P Critico C
-

Long. Prazo - Ciclico C


-

LP
AçOES DO PARAMETRO CARACTERISTICAS MEDIDAS PREVENTIVAS E
IMPA CTO
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO MITIGADORAS

INFRA-ESTRUTURA Possivel interferência N-D-L-I-P-R-F Favorecer a articulaçao entre a


entre Os projetos de implantacao de sistemas a fim de
infra-estrutura minirnizar custos e potencializar os
beneficios.

INTRODUçAO DO Solo Reducão de erosão por P-D-L-t-T-R-M Realizar as obras civis no perlodo
SISTEMA DE sulcos nas margem das da seca para evitar erosão e
DRENAGEM PLU VIAL vias de acesso. melhorar a qualidade da obra
Canalizaçao a realizada;
diminuiçao da Irnplantacâo de unidades de
velocidade das águas dissipacao de energia cinética de
das chuvas. agua na chegada da agua pluvial ao
corpo receptor corn o objetivo de
dirninuir Os impactos negativos ao
meio ambiente.
Implantaçao de pequenas barragens
de gabiâo nos talvegues existentes
nas areas dos parcelamento corn
objetivo de auxiliar na recarga do
lençol freãtico.

CARACTERISTICAS Positivo P
- Direito D
- Local L
- Irnediato I
- Ternporário T
- Reversivel - Fraco F-

DOS IMPACTOS Negativo— N Indireto I


- Regional R- Med. Prazo MP- Perrnanente P
- R Moderado -

Estrategico E - Long. Prazo LP


- Ciclico C
- Irreversivel M
—I Critico - C

100
AcOEs DO PARAMETRO CARACTERISTICAS MEDIDAS PREVENTIVAS E
IMPACT o
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO MITIGADORAS

IMPLANTAcAO DO Agua Racionalizaçâo dos P-D-R-LP-P-R-C Implantaçâo de toda a infra-


SISTEMA DE recursos hidricos estrutura de saneamento
ABASTECIMENTO DE básico antes da ocupaçâo
AGUA plena da area a fim de garantir
proteçâo aos meios fisicos e
bióticos.
Na utilizacâo de poços
tubulares profundos,
recomenda-se a cloraçâo da
água antes da apresentarem
pH ácido, recomenda-se a sua
correçâo neutra para valores de
pH neutro.
Delimitação dos poços e
reservatOrios através de cerca
de proteçâo, para evitar
edificacôes a uma distância
minima de 30 m.
CARACTERISTICAS Positivo P
- Direito- Local L Imediato I
- Temporário T- ReversIvel - Fraco F -

DOS IMPACTOS Negativo— N D Regional R Med. Prazo - Permanente P - R Moderado


Indireto Estrategico E
- MP Ciclico C IrreversIvel - M
-

- I Long. Prazo I Critico C


-

LP

101
AcOES DO PARAMETRO CARACTERISTICAS
IMPACTO PREVEN1]VAS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS
IMPLANTAçAO DOS Solo Alteraçâo nas N-D-L-MP-P-R-F Adotar práticas de
SISTEMAS DE caracteristicas do solo conservaçâo do solo
ESGOTAMENTO (impermeabilizacão e
SAN ITARIO, reducâo da evaporação)
ABASTECIMENTO DE
AGUA E DRENAGEM
PLU VIAL
AGUA Alteraçães na qualidade N-D-R-MP-P-l-M Incentivar o plantio de
e quantidade do lençol areas verdes para auxiliar
freático e cursos d'água a recarga do lencol.

CONSTRUçAO E Vegetaçâo Remoçâo da vegetação N-D-L-I-P-l-M Plantar árvores frondosas


LIGAAO DE ESTRADAS das ruas.
Agua Alteraçâo do N-D-L-l-MP-R-M Manter as linhas de
escoamento das aguas talvegue na irnplantacâo de
pluviais, elevando-se a bueiros, de forma a evitar
capacidade de arraste obstruçães e desvio do
das enxurradas, fluxo natural das águas.
Proteger as entradas e
saldas dos bueiros corn o
plantio de gramineas e
árvores/arbustos de
espécies indicadas para
fixação do solo.
CARACTERISTICAS Positivo P
- Direito 0 Local L
- - Imediato I
- Tern porário T ReversIvel - Fraco F -

DOS IMPACTOS Negativo— N Indireto I Regional R


- Med. Prazo MP Permanente
- R Moderado -

Estrategico E Long. Prazo


- LP P IrreversIvel - M
CIclico C I Critico -C

102
AcOEs DO PARAMETRO CARACTERISTICAS
IMPACTO PREVEN11VAS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS

Canalizaçâo e concentração de N-D-R-MPP-l-CR Manutençao de areas


fluxo superficial e diminuiçâo da verdes, revegetacão de
infiltração. areas degradadas
execução de obras de
contenção de encosta e de
taludes artificiais.
CONSTRUçAO DE Espécies Diminuição do habitat N4-L-1-P-1C Manter areas não
MORADIAS endêmicas adequado para as espécies, construldas (areas verdes)
corn o aumento de pessoas
circulando na area.
Espécies Alteraçâo do habitat, porérn Pl-LMP-P-R-M Manter areas não
oportunistas da corn urn provável aurnento na construldas (areas verdes)
fauna terrestre, disponibilidade de alimento
(lixo, pornares, insetos atraldos
pelas luzes, etc).
Agua Canalizaçâo e concentraçâo de NDRMP-P-I-C Manutencão de areas
fluxo superficial e reducão da verdes, revegetacâo de
infiltracão. areas degradadas,
execução de obras de
contençâo de encosta e de
taludes artificiais.

CARACTERISTICAS Positivo P
- Direito D
- Local L
- Imediato I Temporário T ReversIvel
- - Fraco F
DOS IMPACTOS Negativo— N Indireto I
- Regional R
- Med. Prazo MP Permanente
- R Moderado
Estratégico E- Long. Prazo LP P
- Irreversivel - I- M
CIclico C
- Critico C
-

103
AcOEs DO PARAMETRO CARACTERISTICAS
IMPACTO PREVENT WAS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS
Solos Canalizacäo das aguas de N-D-L-l-C-R-F Vegetar corn grarnineas as
chuvas na superfIcie areas adjacentes as
correspondente a cobertura construçoes para rnelhorar o
destas construçoes e escoarnento da agua das
escoamento concentrado coberturas.
causando erosão nas areas
prOximas a moradia Construir e impermeabilizar o
irnpermeabilizacao do solo mInimo de area possivel.
abaixo das construçoes. N-D-L-l-CR-F

PAISAGISMO Espécie endémicas Diminuiçâo do habitat N-l-L-l-P-R-M Evitar a introducâo de espécies


adequado para as espécies, as vegetais exôticas, dando
quais necessitarn de areas de preferência as espécies de
Cerrado nativo. CerradoCerrado,

Espécies Surgimento de urn habitat P-D-L-l-PR-M Evitar a introdução de espécies


oportunistas adequado e desaparecimento vegetais exOticas, dando
de espécies que poderiam preferência as espécies de
competir pelos recursos. CerradoCerrado.

Espécies em Diminuiçao do habitat N-l-L-l-PRM Evitar a introduçao de espécies


extincao adequado para as espécies, as vegetais exOticas, dando
quais necessitam de area de preferéncia as espécies de
Cerrado nativo. CerradoCerrado.

CARACTERISTICAS Positivo P
- Direito D
- Local L
- Imediato I
- Temporario T - Reversivel - R Fraco F
DOS IMPACTOS Negativo— N Indireto I
- Regional R Med. Prazo MP Permanente P
- IrreversIvel - I Moderado -

Estratégico E
- Long. Prazo LP Ciclico C
- - M
Critico C
-

104
AcOEs DO PARAMETRO CARACTERISTICAS
IMPACTO PREVEN11VAS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS

Vegetacao Aumento da biodiversidade P-D-L-MP-P-R Procurar, na medida do


possIvel, utilizar espécies
nativas no paisagismo.
Orientar a populacão do
parcelamento em relaçâo a
irnportância da utilizaçâo de
espécies nativas.
PAISAGISMO Abastecimento Ampliação da dernanda por N-D-R-MP-C-R-C Ampliar o monitoramento na
consurno de água. captaçâo de águas.
Solos Revegetacão das areas P-l-L-MP-P-R-M Utilização de gramIneas
movimentadas para abertura rasteiras e rizornatosas
das vias de acesso (corn como grama batatais e
horizontes subsuperficiais Brachiaria Decumbens.
expostos). Recuperaçâo de
areas degradadas corn
consequente diminuiçâo da
susceptibilidade a erosão
dessas areas.
Fauna aquática Minirnizacâo dos danos ao P-D-L..l..MP-P-R-M Orientaçâo da populaçâo
ambiente dos córregos. (educacao ambiental)
Possibilidade de quanto a necessidade de
manutenção de corredores conservação dos cOrregos e
ecolOgicos. suas respectivas Matas de
Galeria.
CARACTERISTICAS Positivo P Direito D
- Local L
- Imediato I
- Temporário T ReversIvel Fraco F -

DOS IMPACTOS Negativo.- N Indireto I


- Regional R
- Med. Prazo MP Permanente P -R Moderado
Estratégico E- Long. Prazo LP Ciclico C IrreversIvel M
Critico C -

105
AcOEs DO PARAMETRO CARACTERISTICAS
MPACTO PREVENT WAS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS

Lazer e cultura Aumento da oferta de Pl-L-MP-C-R-F Garantir a criaçao de


unidades habitacionais programas de
apresentando forte Indice de desenvolvimento sustentável
entretenimento para 0 parcelamento.

DELIMITAçAO DA Espécies Garante as espécies area de P-D-L-l-P-R-C Preservar uma area próxima
AREA: PRESERVAçAO endémicas da Cerradonativo que elas de major tamanho possivel,
PERMANENTE fauna terrestre possam ocupar. ainda coberta de vegetação
original de Cerrado

Espécies Garante areas onde talvez NlL-l-P-R-F Preservar uma area prôxima
oportunistas da não haja condiçaes para o de maior tamanho possivel,
fauna terrestre aumento exagerado das ainda coberta de vegetacao
populaçOes destas espécies. original de Cerrado.

Espécies em Garante as espécies areas PDL-l-P-R-C Preservar uma area próxima


extinção da fauna de Cerrado nativo que elas de maior tamanho possivel,
terrestre possam ocupar. ainda coberta de vegetaçâo
original de Cerrado.

CARACTERISTICAS Positivo P
- Direito D Local L
- Imediato I Temporario T Reversivel - Fraco F
-

DOS IMPACTOS Negativo— N Indireto I


- Regional R
- Med. Prazo MP Permanente
- R Moderado
Estratégico E- Long. Prazo LP P
- IrreversIvel M
Ciclico C I CrItico C

106
AcOEs DO PARAMETRO CARACTESTICAS
RI
IMPACTO PREVENTIVAS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS
Vegetaçao Proteçao as areas originais, P-D-L-l-P-I-M Aperfeiçoar e intensificar Os
de equilIbrio rnorfodinârnico processos de fiscalizacao e
fragil e/ou de relevante monitoramento da areas de
interesse ecolôgico ou preservaçao do
_______ paisagistico. ___________ parcelamento.
Mercado irnobiliãrio Aurnento da oferta de P.-l-R-MP-C-R-F Estimular a criacao de
unidades residenciais corn programas de preservaçâo do
recursos de areas verdes. meio ambiente.

OCUPAçAO DA AREA Vegetacao Retrairnento das reservas N-D-L-l-P-R-M Fixar os tamanhos minimos
existentes e conseqUente de parcelamento nas diversas
diminuiçao da variabilidade areas corn condorninios e
genetica das popu laçOes, parcelarnentos. ConstruçOes
favorecendo a invasão de de jardins, preservação de
espécies exôticas. espacos silvestres destinados
a receber representantes da
fauna terrestre. Prograrna de
conscientizaçao da populaçâo
residente, por rneio de
educacao ambiental.

Solo Aparecimento corn N-D-L-.MP-P-R-M Assumir o máximo de areas


desenvolvimento de verdes.
processos erosivos; N-D-L-l-P-l-F Assegurar uma boa
AlteracOes nas rnanutençao ao sistema de
caracteristicas do solo drenagem pluvial.
_____ _______ (imperrneabilizacao). ______ _____ ____________
CARACTERISTICAS DOS Positivo P Direito D
- - Local L- Irnediato I
- Temporario T
- Reversivel R - Fraco F -

IMPACTOS Negativo— N Indireto I


- Regional R - Med. Prazo MP Permanente P Irreversivel I
- - Moderado -

I
Estratégico E - Long. Prazo LP Ciclico C
- - M
Critico - C

107
AcOEs DO PARAMETRO CARACTERISTICAS
IMPACTO PREVENTIVAS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS

Agua AlteraçOes na recarga do N-D-R-MP-Pl-CR Assumir o máxirno de areas


lençol freático. lnterrupçao verdes. Planejamento das
do sistema de drenagem locaçoes de forma a evitar
atual, interrupçOes no sistema de
drenagem natural.

OCUPAçAO DA AREA Fauna aquática nativa Poluição e assoreamento N-D-Rl-PR-C Evitar o lançamento de
dos cOrregos corn esgotos nos corregos; Manter
consequentes extinçao local Nl-L-MP-PR-M as matas de galerias; Manter
da fauna; Pressão antrópica as Matas de Galeria conforme
sobre as rnatas de galeria. a legislaçâo. Introduzir
programas de educacao
ambiental.

Atividades econômicas Aumento do ritmo de N-I-R-MP-P-lM Introduzir normas


ocupacao do parcelarnento institucionais e ambientais
na regiao, elevando os destinadas a controlar a
indices de poluiçao expansão do vetor urbano em
ambiental. direcao as areas rurais e de
protecao ambiental.

Geracao de emprego Aumento da contrataçao de P-D-R-MP-L-R-F Estirnular a contratacao de


mão-de-obra para rnâo-de-obra do Distrito
construçao civil e servicos Federal.
gerais.
CARACTERISTICAS Tpositivo P
- Direito D
- Local L
- Imediato I
- Temporario I- Reversivel - R Fraco F
-

DOS IMPACTOS Negativo— N Indireto I - Regional R


- Med. Prazo MP Permanente P
- - Irreversivel - I Moderado
Estratégico E Long. Prazo LP Ciclico C
- - M
Critico C
-

108
MEDIDAS
AcOES DO PARAMETRO CARACTERISTICAS
IMPACTO PREV ENT WAS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS
0PERAcOE5/MANUTE Abastecimento Aumento da qualidade dos P-lL-MP-.C-R-F melhorar o monitoramento
NçAO DOS SISTEMAS serviços de oferta e dos recursos hIdricos por
DE ESGOTAMENTO rnanutençâo dos serviços meio de urn piano de
SANITARIO, de abastecirnento. proteção das nascentes e
ABASTECIMENTO DE controle da abertura de
AGUA E DE pocos; Realizaçâo de
DRENAGEM PLU VIAL. análises fisicas, quIrnicas e
bacteriolOgicas da água
consurnida pela população
seguindo as especificaçOes
definidas pela portaria de
nümero 36/90 do Ministério
da Saüde; inspeçâo
semestral dos sumidouros
das fossas sépticas.
SaUde Aumento da qualidade de P-I-L-MP-C-R-F Assegurar a preservaçâo
vida dos moradores do dos recursos naturals do
parcelarnento parcelamento.
0PERAçA0 DO Solo Diminuicao dos processos P-DLI-PR-M Assegurar uma boa
SISTEMA DE erosivos. rnanutencão ao sistema
DRENAGEM PLU VIAL drenagern pluvial,

CARACTERISTICAS Positivo- Direito -D Local L


- Imediato I Temporário T
- - Reversivel Fraco F -

DOS IMPACTOS P Indireto I Regional R Med. Prazo Perrnanente P


- R Moderado
Negativo- Estratégico E MP CIclico C IrreversIvel -M
N Long. Prazo I Critico C
LP

109
AcOEs DO PARAMETRO CARACTERISTICAS
IMPACTO PREVENT WAS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS
Agua Alteracao na qualidade e N-D-L-l-P-R-F Adotar o máximo de areas
quantidade das águas. verdes e boa operacáo!
manutencao do sistema
de drenagem.
OPERAcAO/ Agua Prevencao de R.D-L-MP-P-R-M Assegurar boa
MANuTENcA0 DOS vazamento e manutençao no sistema
SISTEMAS DE contaminacao do Iencol de esgotamento sanitário.
ESGOTAMENTO freático e das aguas
SANITARIO superficlais.
Solo Preservaçao da P-D-R-l-T-R-M Verificacao constante da
eficiência do sistema qualidade do tratamento
evitando a proliferacao dos efluentes.
de organismos
patogenicos no solo,
OCUPAçAOI Agua Diminuiçao do P-D-L-MP-C-R-M Conscientizacao da
MANUTENçAO DO desperdIcio de água que populacao por meio de
SISTEMA DE e provocado por programas de educacao
ABASTECIMENTO vazamento de canos/ ambiental, para assegurar
DE AGUA' mangueiras e boa manutencao no
reservatôrios. sistema.

CARACTERISTICAS Positivo P Direito — D Local L


- - knediato I
- Temporário T ReversIvel Fraco F
DOS IMPACTOS Negativo— Indireto I Regional R
- Med. Prazo Permanente P
- - R Moderado
N Estratégico MP Ciclico C Irreversive -M
E Long. Prazo— I—I CrItico - C
LP

110
AçOES DO PARAMETRO CARACTERISTICAS
IMPACTO PREVENTfl/AS E
PARCELAMENTO AMBIENTAL DO IMPACTO
MITIGADORAS
MONITORAMENTO Solo Verificação constante dos P-l-R-I-T-R-F Verificação constante da
AMBIENTAL fenômenos de erosão. estabilidade dos solos e
Verificação constante fenômenos erosivos no
quanto ao lançamento de P-l-R-I-T-R-F periodo chuvoso e
poluentes no solo (esgoto observaçäo da eficiência
sanitário, óleos e poluentes dos sistemas de drenagem e
inorgânicos e agrotOxicos), PlR-lT-R-F da observação do transporte
evitando a poluição dos de sedimentos. Investigaçâo
solos, quanto a possiveis
vazamentos no sistema de
esgotamento sanitário.
lnvestigacâo sanitária a
possiveis lancamentos de
poluentes por parcelamento.

Agua Verificaçâo constante da Observaçâo constante do


qualidade da água, por P-IRIT-R-F sistema.
meio dos parâmetros
fIsicoquImicos e
bacteriológicos, evitando a
poluiçâo das águas.
CARACTERISTICAS Positivo P
- Direito D Local L
- - Imediato I
- Temporário I
- Reversivel - R Fraco F
-

DOS IMPACTOS Negativo— N Indireto I Regional R


- - Med. Prazo Permanente P lrreversIvel - I Moderado
Estratégico — E MP Ciclico — C —M
Long. Prazo Critico C
LP

111
8 - PLANO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL I

8.1 - INTRODUcAO

0 monitoramento dos impactos ambientais, atividade técnica prevista pela


resolucao CONAMA 001/86, Artigo 9 0 para estudos exigidos para o licenciarnento
,

ambiental, é de suma importância para o planejamento do controle permanente da


qualidade ambiental, a partir do momento em que se inicia a irnplantacao de urn
parcelamento, neste caso, a implantaçao I regularizacao do parcelamento Fazenda
Barreirin ho.
0 monitoramento tern como objetivo avaliar, em processo, se as previsoes de
impactos e as medidas de prevençao e controle sugeridas nos estudos ambientais
mostram-se adequadas durante a irnplantacao e operacionalizacao do parcelamento.
Essa avaliacao constante perrnite indicar as ineficiências no sisterna de controle
adotado, de forma que permita promover corn agilidade as correçoes necessárias.
0 pIano de monitoramento arnbiental (PMA) aqui proposto para o parcelamento,
visa acompanhar e controlar o processo de ocupacao da area e seus impactos
negativos e positivos ao rneio ambiente em relacao a saUde, além de prevenir eventuais
alteraçoes negativas. E tambérn fiscalizar e manter as areas de preservacao
estabelecidas no projeto de implantacao do parcelamento.

(.71tIfI

0 monitoramento do meio fisico da area de influência direta do parcelamento,


tais como processos erosivos, remocOes indevidas da cobertura vegetal e recuperacao

112
de areas degradadas, deverá ser executado por análise visual, sendo seus registros
anotados em relatôrios periOdicos, acompanhados por registros graficos, fotograficos ou
videos, os quais deveräo ser devidamente arquivados de maneira a cadastrar urn
registro histOrico da ocupacao do parcelamento. Para tal deverá ser seguida as
seguintes etapas:
- Caracterizacao e registro da situacao atual (flora, solos, tomando-se em
consideracao o diagnostico delineado pelo RIAP do parcelamento;
- Caracterizaçao e registro, corn periodicidade semestral, da situacao do
- parcelamento ate sua total implantacao;
- Caracterizacao e registro corn periodicidade anual da situação do parcelamento
após sua total implantacao.
Em relacao as condicoes de poluicao e/ou recuperacao dos recursos hidricos
superficiais e subterrâneos, deverá ser estabelecido urn prograrna de acompanhamento
fisico-qulmico e bacteriolog co desses rnananciais.
Os parâmetros a serem rnonitorados nos mananciais subterrâneos (aquIferos)
visam estabelecer e acompanhar a qualidade da água e tracar o real potencial dos
mananciais subterrâneos a exploracao por longo prazo.
Em relacao aos recursos hIdricos superficiais, os parâmetros a serern monitorados
visarn caracterizar os impactos causados pelo lancamento das aguas pluviais nestes
corpos.
Desta forrna, o monitoramento dos recursos hidricos deverá contemplar os
parâmetros e a periodicidade estabelecida abaixo:

8.2.a AGUAS SUPERFICIAIS:


-

Para o monitoramento dos recursos hidricos superficiais, deverão ser executadas


análises fisico-qulmicas, bacteriolOgicas e medidas de vazOes, preferencialmente em
pelo menos dois pontos do curso d'âgua do ribeiräo Santana.
Já foram realizadas análises fisico-quimicas e bacteriologicas da água do
ribeirão Santana, antes da irnplantacao do parcelamento, cujos resultados encontram-
se em anexo.

113
As determinacOes das vazöes e as análises fIsico-qulmicas e bacteriologicas
deveräo ser feitas corn periodicidade semestral ate a total irnplantacao do
parcelamento. Após, poderao ser feitas semestralmente, uma tomada no pico da
estacao chuvosa e outra no pico da estacao seca:
- Análise Bacteriologica: Contagern padrao de bactérias, coliformes totais e fecais;
- Análise Fisico-QuIrnica: cor, pH, turbidez, nitrogenio amoniacal, nitrito, nitrato,
fosfato total, oxigênio dissolvido e alumInio.

8.2db - AGUAS SUBTERRANEAS (AQUIFEROS):

0 teste de vazão para águas subterrânea (aquIfero) deverá ser executado


imediatamente apos a construcao do poco e repetidos corn periodicidade semestral.
Uma medida será tomada no pico da estacao chuvosa e outra no pico da estacao seca;
Análise fIsico-qulmica e bacteriolOgica completa da agua, feita irnediatamente
apos a execucao do primeiro teste de vazão do p0cc, deverá observar, no mInimo, os
seguintes parâmetros:
- Análise Bacteriologica: Contagern padräo de bactérias, coliformes totals e fecais;
- Análise FIsico-Quimica: cor, pH , condutividade, turbidez, alcalinidade, dureza
total, nitrogênio amoniacal, nitrito, nitrato, fosfato total, oxigênio dissolvido, CO 2 ,
dernanda Qulmica de Oxigenio (DQO), Demanda Bioquimica de Oxigenio (DBO),
cloretos, cloro residual, fluoretos, rnanganês, cálcio, magnesio, sôdio, potássio,
ferro total e aluminio.

Feitas essas análises, a qualidade da agua deverá ser monitorada


semestralmente, observando-se principalmente os seguintes parâmetros fIsico-
quimicos e bacteriolOgicos:
- Análise Bacteriologica: Contagem padräo de bactérias, coliformes totals e fecais;
- Análise FIsico-Quirnica: cor, pH, turbidez, nitrogênio amoniacal, nitrito, nitrato,
fosfato total, oxigênio dissolvido, CO2, ferro total e alumInio.
Recomenda-se para a alternativa de utilizaçao de pocos tubulares profundos, a
cloracao das águas, antes da distribuicao, corn instalaçao dos equipamentos na propria

114
linha de recalque, entre o poço e o reservatOrio, semelhantes as unidades de
tratamento simplificado (UTS) adotadas pela CAESB.
Os pocos e os reservatôrios deveräo possuir areas delirnitadas por cerca de
proteçao. Deverá ser assegurado que nao seja construlda qualquer edificacao num raio
de 30 metros.
Todos os parâmetros acima mencionados deveräo ser analisados e avaliados de
maneira temporal e confrontados corn os padroes estabelecidos pela Resolucao
CONAMA NO 20, de 18/06/87 e pela Organizacao Mundial de SaUde.
Deve-se considerar que, no Distrito Federal, alguns parâmetros tidos como
anôrnalos pela Resolucao CONAMA NO 20 18/06/87 e pela Organizacao Mundial de
Saüde, estão diretamente vinculados as prôprias caracterIsticas fIsico-quimicas dos
solos e das rochas que fazem parte do substrato das drenagens que hospedam os
aquIferos. Tendo como exemplo, altas concentracoes de ferro e aluminio detectados
nas aguas encontram-se também em teores elevados nos solos e rochas. Baixos teores
de câlcio nas águas são resultantes da pequena disponibilidade de cálcio nos solos e
rochas. 0 pH baixo nas águas está vinculado, geralmente, a forte acidez dos solos.
Desta forma, o "background" da regiao do parcelamento deverá ser estabelecido no
pIano de monitoramento que está sendo proposto.
As areas de preservacao permanente deverão ser monitoradas para facilitar e
garantir que seus limites nao sejam invadidos. 0 acesso a essas deverá ser feito
usando-se vias de contorno ou faixas de area comum. Estas vias visam a impedir a
ocupacao da area pela expansao das parcelas limItrofes.
A educacao ambiental pode vir a contribuir de maneira significativa para
complementar as poilticas de gestao arnbiental nessa area. E importante uma
conscientizacao por parte dos moradores para se evitar a retirada da vegetacao natural
desnecessariamente. E quando isso for inevitável, por razão da necessidade de
limpeza das parcelas para se evitar incêndios, presenca de animais nocivos, etc., deve-
se prover o recobrimento do solo o mais rápido possIvel.
A fim de racionalizar o uso dos recursos hidricos, deve-se implementar
prograrnas de educacao ambiental a medida que o parcelamento venha sendo
ocupado.

115
Tabela 11 - Variáveis monitoradas na area de recursos hIdricos.

AMBIENTE VARIAVEIS PERI000 DE ANALISES

AGUAS SUPERFICIAIS

Semestral - Inicio: Implantacao


Teste de vazão
Anua! —Após: Implantacao

Análises fisico-quimicas Semestral - Inicio: Implantaçao


(cot pH, turbidez, ntrogenio, fosfato, oxigenio e aluminlo)

Anual —ApOs: Implantaçao

Análise Bacteriologicas Semestral - lnicio: Implantacao


(Contagem padrão de bactérias, coliformes totais e fecais)

Anual —Apos: ImplantagAo

AGUAS SUBTERRANEAS Teste de Vazão Semestral - InIcio: Implantaçao

Anual —Apos: Implantacao

Análises Fisico - Quimicas Semestral - Inicio: Implantacão


(cot pH, turbidez, nitrogenio, fosfato, oxlgenio e aluminic)
Anual —ApOs: Implantacao

Análise Bacteriologicas Semestral - Inlcio: Impantacao


(Contagem pad rão de bactérias, coliformes totals e fecais)
Anual —Após: Implantaçao

116
9- coNTABIuzAcAo DE DANOS AMBIENTAIS

A contabilidade é a ciência que se preocupa corn a identificacao, mensuraçao e


informaçao dos recursos alocados a uma determinada entidade, além dos eventos
econôrnicos que afetam elou que poderao afetá-las.
Neste aspecto, a contabilidade ambiental contribui para a identificacao,
rnensuracao, registro e comunicacao das atividades de deterrninado empreendimento,
sendo que, os dados quantitativos obtidos na contabilidade ambiental podem diminuir
ou eliminar as interpretacOes duvidosas, buscando refletir os investimentos, despesas,
custos e receitas relativas ao desempenho ambiental de urn deterrninado
empreendimento.
Assumindo-se que o rneio arnbiente, rnesmo do ponto de vista estritarnente
econômico, possui urn valor, o passo seguinte é definir métodos e procedimentos que
visern a medir esse valor, urna vez que a economia de bens e servicos ambientais
apresenta caracterIsticas que a diferenciam da economia formal.
Os métodos de valoraçao econôrnica ambiental são utilizados, maneira geral,
para estimar os valores a que as pessoas atribuem aos recursos ambientais, corn base
em suas preferências individuais. A literatura econôrnica convencional recomenda que
o valor de urn bern ou servico ambiental pode ser mensurado corn base na preferência
individual pela preservaçao, conservaçao ou utilizacao desse bern ou serviço.
Quanto as técnicas de valoraçao econômico-ambiental não ha classificaçao
universalmente aceita. As propostas elaboradas ate o mornento, destacam aspectos
considerados relevantes, tais como: uso ou nao-uso das curvas de dernanda
marshalliana; utilizacao de precos provenientes de mercados reais ou de mercados
substitutos.

117
Será adotado nesse trabalho a metodologia de Leal (1986), onde são sugeridas
as análises dos custos ambientais relacionados as medidas de protecao,
monitoramento e compensacao ambiental, classificando-os do seguinte modo:

Custos dos danos ambientais:


- Custos diretos: referem-se aos danos criados pela presenca de agentes
negativos sobre alguma funcao ambiental, fazendo corn que perca, total ou
parcialmente, seu valor de uso, tendo como exemplo, a contaminacao dos
recursos hIdricos.
- Custos indiretos: tais custos são associados a prejuIzos para o rnultiuso, ou para
o uso alternativo do meio ambiente e dos recursos naturais, por exemplo a
retirada da cobertura vegetal poderá ocasionar processos erosivos,
assoreamento e enchentes em corpos hIdricos.

Custos das rnedidas de protecao:


- custos de regulamentaçao e controle: resultam das atividades que determinam
qual capacidade do meio ambiente poderá ser usada e em que quantidade;
- custos financeiros: encontram-se relacionados, aos custos de oportunidades dos
usos alternativos dos recursos em questao, tendo caráter exclusivamente
financeiros e nao estão relacionados corn as medidas especIficas de
regulamentacao;
- custos de pesquisa e de informaçOes: Originam -Se das atividades de pesquisa
e informacoes, conduzidas para a meihoria do conhecimento das necessidades e
dos efeitos das alteracOes do meio ambiente;

Custos relacionados ao aumento da capacidade do meio arnbiente


- custos de recuperaçao: São aqueles relacionados a restauracão, mesmo parcial,
da qualidade de urn meio arnbiente deteriorado;
- custos de criacao de novas capacidades arnbientais: correspodem a criacao de
novos bens e servicos ambientais, necessários para execucao de uma poiltica,
por exemplo a criacão de novas unidades de conservacão;

118
- custos de preservacao: provêm da necessidade de preservar determinadas
areas. Estão relacionados a compensacao ambiental, se referindo
especificamente as atividades de desenvolvirnento e operacao da area
preservada.

D) Custos soclais:
Referern as reducOes do bem-estar devidos aos danos causados ao meio
ambiente, podendo ser classificados em:

- custos de implernentacao: são associados a instalacao de equipamentos ou


processos para o controle, tratamento ou mitigacao de atividades impactantes;
- custos de capital: incorporam Os custos financeiros de oportunidades do capital
empregado no controle ambiental;
- custos de operacao e manutençao: incluem os gastos corn mao de obra,
materials, energia, etc, para apoiar urna operacao eficiente do equipamento de
controle/tratamento.

Na avaliacao da contabilidade ambiental do parcelarnento Fazenda Barreirinho


foi utilizada urna funçao de bem-estar a otimizar (Aguero,1977), cuja a funcao-objetivo a
maximizar é:

F= B-C1-C2-C3-C4, onde:
B= Disposicao a pagar pelos bens e servicos obtidos no sistema produtivo;
C1= Custo dos danos ambientais;
C2 = Custos ligados a reduçao ou eliminacao de danos;
C3= Custos ligados ao aumento da capacidade do meio ambiente;
C4 = Custos sociais;

Sendo que a viabilidade do empreendimento ocorre quando F> ou = 0.

119
Na tabela abaixo será apresentada uma planilha contendo os valores
contabilizados ambientalmente relacionados a implantacao do parcelamento Fazenda
Ba rrei ri nho.

120
Tabela- 12 Contabilizaçào Ambiental referente ao parcelamento Fazenda Barreirinho.
Discriminacäo das Receitas
Caracterizacão Valor-R$
(BenefIcios)
Arrecadacâo liquida prevista na 735.000,00
Venda de imóveis comercializacao de 49 unidades
(1 5.000,00 x 49 unidades)
imobiliãrias.
Total de Receitas 980.000,00
Discriminaçào dos Custos
(Custos das medidas de caracterizacao Valor-R$
prote(;ao)
Sistema de abastecimento de Gastos corn a perfuracao de
poco artesiano profundo, 60.000,00
agua incluindo reservacao e adutora.
Gastos corn a elaboraçao do
Sistema de drenagem pluvial projeto de drenagem e 20.000,00
implaritacao das redes de aguas
pluviais
Monitoramento
Gastos envolvidos corn o 25.000,00
ambiental monitoramento

Gastos corn elaboracao de


estudo ambiental relacionado
corn a avaliacâo da capacidade
Pesquisa e informaçao suporte da bacia do ribeirão 15.000,000
Santana, enfatizando a questao
do uso do solo, o sisterna de
esgotarnento_sanitário.
Discriminacao dos Custos
(Custos de operacäo e
manuten(;ao)
Gastos estimados para a
Energia elétrica execucao do sistema de 120.000,00
distribuicao de erlergia elétrica
para 0 parcelamento
- Gastos estirnados corn a
Sistema viário irnplantaçao das vias internas do 100.000,00
parcelamento
Discriminacao dos Custos
(Custos dos danos
ambientais)
Gastos corn a cornpensacao
ambiental do empreendimento
junto as unidades de
Eliminação da cobertura conservacao e recuperacao
arnbiental das areas degradadas, 20.000,00
vegetal (espécies nativas)
visando o replantio de especies
nativas e implantacâo de
corredores ecologicos no
parcelarnento
Total de Custos 360.000,00
Resultado da Operacao 375.000,00
(BenefIcios-custos)

121
Baseado na análise da contabilizacao ambiental e da funcao-objetivo a
maximizar, concluimos que a parcelamento em questao encontra-se em conformidade
corn os parârnetros custos - beneficios. Podendo ser desta forma arnbientalmente
q ualificado.

122
10 - BIBLIOGRAFIA I
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125
AN EXO I

LAUDO GEOTECNICO

126
UNIVERSIDADE DE BRAStLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
AREA DE GEOTECNIA

LAUDO TECNICO DE AVALIAcAO DA ERODIBILIDADE E


COLAPSIVIDADE DE AMOSTRAS DE SOLO COLETADAS NO
LOTEAMENTO FAZENDA BARRFIRINHO

DTERESSADO:
CONSTRUTOR4 DOMINIO ENGENHARIA LTDA.

PUBLICAçA0:
G.LD - 002A101

BRASILIA - DF
JULHO/ 2001
APRESENTAcAO.

o presente documento refere-se ao laudo dos ensaios geotécniCOS efetuados em


23 e 42. As
amostras de solo coletadas no loteamento Fazenda Barreirinho. chãcaras

amostras coletadas a 0,5m de proftindidade e identificadas pelo solicitante como amostra


e amostra de silte, chácara 42 fbram enviadas ao Iaboratório de
de argila. chàcara 23
Geotecnia da Universidade de Brasilia para avaliacâo do potencial de erodibilidade.

Forarn realizados ensaios de dispersibilidade CRUMB teste e granulometria corn e sern

ultra-som, ensaios de balança hidrostática para determinacãO da porosidade e,

colapsividade, corn base em ensaios duplo-oedométrico.


Os ensaios duplo-oedométriCO foram efetuados em confbrmidade corn as

normas brasileiras (ABNT) ou de acordo corn as normas americaflas ASTM nos pontos

não previstos pela norma brasileira. Nestes ensaios os coos de prova de cada bloco

indeformado foram ensaiados na umidade natural e na condição saturada.

Finalmente, na sequência, apresenta-se as conclusOes obtidas e o conjunto de

recornendacOes para os solos analisados.

(fl .I)-002\ 01
I N1VERSIDADJ JM I3RASIIIA

1. RESULTADOS OBTIDOS

Relaciona-se a seguir os resultados dos enaios efetuados. Procurou-se


apresentar os resultados na forma de tiguras e tabelas.

1.1 Densidade real dos gräos, massa especifica e umidade natural

Os valores obtidos de umidade e massa especifica natural foram determinados


de acordo corn os procedimentos da NBR 7185 cm que utiliza-se o método da balança
hidrostática. Os valores apresentados consistem na media de 3 determinaçoes de corpos
de prova moldados de cada bloco recebido no Laboratório de Geotecnia. Os valores
médios obtidos são apresentados a seguir na Tabela I

Os resultados destes paràrnetros juntamente corn os valores de densidade real


dos grãos permitiram a determinação dos indices fisicos complementares dos blocos
coletados a 0,50 metros de proflindidade (Tabela 1).

Tabela 1. Indices fisicos das amostras ensaiadas

Propriedade do material Amostra coletada

F ~~ Indice FIsicos

Peso especifico aparente natural, y 0(kN/m)


(Argila -

15,5
0,50 m) (Silte - 0,50 m)

12,73
Umidade, w0 (%) 17,2 3,3
Peso especifico aparente seco, Yd (kN/m) 13,22 12,33
Densidade real dos grãos, G. 2,74 2,69
Indice de vazios, e 0 1,072 1,182
Porosidade, n(%) 51.7 54,1
Grau de saturaçao. Sr,, (%) 43,9 7,5

2
(i.LD)O2.\OJ
NIVFRSID,\D} l)F 13R.•\SI1.I\

Os resultados obtidos permitem verificar a alta porosidade das amostras


coletadas na profi.indidade de 0,50 metros a partir da cota do terreno natural. As baixas
umidades, por se tratar de solos superficiais, refletem o clirna da época da coleta, maio
de 2001. Cabe destacar que solos corn indice de vazios superior a 0,8 e grau de
saturação (Sr) inferior a 60% são normalmente colapsiveis quando inundados sob carga.

1.2 Granulometria dos solos

Objetivando-se caracterizar o solo quanto a textura forarn realizados ensaios


granulométricos por meio do granulômetro a laser utilizando-se a técnica de ultra som
como defloculador. Complementarmente foram realizados ensaios sem o uso de ultra
som de modo a se avaliar a estabilidade de eventuais agregados presentes nos solos. As
diferencas registradas entre os dois tipos de ensaio mostram para ambos os solos, argila
(Figura I) e silte (Fi(IYura 2), que des possuem agregados estáveis em presença de água.

Amostra de Solo - Argila

90

80

70

60
CL
50
40/7 _

30

0 00 • Corn Ultrassom
10
I -o-- Sem Ultrassom
o H

0,001 0,01 0,1 1 10 100


Dâmetro das particulas_(mm)

Figura 1 - Curvas granulometricas da argila.

a
(;.LD-002.•\ 01
r\v RSII) ,\DF DE DRAS!! J\

Aniostra de Solo - Silte


100
1
.0
90

80

70

0
0
50

0
0
0 • Corn Uftrassorn
10
o. • - Sern Uttrassorn

0,001 0,01 0,1 1 10 100


Diâmetro das particulas (mrn)

Figura 2 - Curvas granulornétricas do silte

Os resultados das Tabelas 1 e 2 mostrarn respectivarnente que as amostras


intituladas argila e silte no campo são na verdade muito serneihantes, embora no ensaio
corn ultra sorn a amostra intitulada argila seja realmente urn pouco mais argilosa que a
intitulada silte. Geotecnicamente ambos os solos, podem ser classificados, corn base nas
anáJises granulornetricas, como urn silte argiloso.

Tabela 2 - FraçOes granulornétricas da argila.


Corn Ultrassorn Sern Ultrassom
% ped. % areia % silte % argila % ped. % areia % silte % argila
1.3 5.2 72 21.5 1.3 57.8 35.1 5.8

Tabela 3 - FracOes granulométricas do silte.


Corn Ultrassom Sern Ultrassorn
% ped. % arela % silte % argila % ped. % areia % silte % argila
0 8.5 77.3 14.2 0 38.4 54.1 7.5

4t
0.1.0-002.1 .0
NIERSID\f)J DE AR

0 valor da dispersao (D), dado pela relacão entre os percentuais menores que
0,002 mm do solo não defloculado e do solo defloculado, indicam que quanto major essa
relaçao, major a probabilidade do solo analisado apresentar problemas de
dispersibilidade. Para a argila e o silte os valores de D foram respectivarnente 27 % e
53%. Estes valores de D entre 20% e 60%, situarn ambos os solos na condiçao de
fronteira entre erodiveis e nao erodiveis, ou seja, a erosão dependerá em muito dos
fatores condicionantes corno topografia, cobertura vegetal e drenagern.

1.3 Ensaios crumb test

As Figuras 3 e 4 apresentarn as fotografias referentes aos ensaios de crumb nas


arnostras de argila e silte respectivamente.

A argila apresentou Grau=l em água destilada e Grau=2 em água com 4% de


NaOH. Já o silte apesar de também ter apresentado Grau = I em água destilada,
apresentou Grau = 3 em á( -,ua com 4 % de NaOH.

Pelas observacoes, pode se afirmar que em água destilada pura, estes solos nào
apresentam nenhuma reacao (Grau= 1), ou seja, os torrOes desagregaram em fragmentos,
sem no entanto, apresentar turbidez na água, conforme pode-se verificar nas fotos das
Figuras 3 e 4.

Em soluçao de água destilada corn 4 % de NaOH, o Grau = 3 no torrão do silte,


indica uma reação moderada, corn uma turbidez facilmente reconhecIvel na suspensão e
corn carnadas de colóides no fuindo do becker. Já o Grau = 2 observado para a argila,
indica uma reacão fraca corn uma turbidez incipiente a inexpressiva na solução e na
superficie dos fragmentos, ou seja a turbidez não é facilmente visIvel.

Este conjunto de resultados estão de acordo corn os oriundos da análise


granulométrica urn vez que nela o silte apresentou D = 53% e a argila D = 27%.

._ 5
(; I,1)-002.A 01
\J' I/lJ)AI)Ni)! I I/.\iLl\

Ask

7 '
L '--- --,;i

Figura 3 - Ensao de Crumb Test - Amostra de argita

Figura 4 - Ensaio de Crumb Test - Amostra de silte

6
G.LD-002A /0!
t N1VERSlD\l)[ OF 31?.\S1l.l.\

1.4 Ensaios duplo-oedométricos

Estes ensaios consistem na determinacao da compressibilidade do solo nas


condiçOes saturada e não saturada ou natural utilizando-sé dois ensaios de adensamento
oedométricos, ou seja, na condiçao Ko. As Figuras 5 e 6 apresentam para a argila e o
silte respectivamente, os resultados dos ensaios dupio-oedornétrico em forma de curvas.
Observa-se destes resultados que ambas as amostras são colapsiveis no estado em que se
enco nt ram

Os ensaios de adensarnento apresentados t'orarn realizados em corpos de prova


cilindricas corn 2.50 cm de altura e 6,30 cm de diãmetro. Em cada ensaio o primeiro

teste representa a curva de adensamento do solo inundado e o segundo ensaio


corresponde a curva de adensamento em que o corpo de prova foi adensado em sua
urnidade natural. Os ensaios foram efetuados conforme os procedimentos das normas
NBR 12007 de adensamento uniaxial e ASTM D4546-90 de teste duplo-oedometrico.

-
-- —--Solo naturd inundado a 24kPa
—0--Solo naturai a 39 ,o de saturação inicial
1.20

1.10

C 1.00
N
Cd

- 0.90

. 0.80

0.70

II 100 1000
Tensao vertical aplicada (kPa)

Figura 5 - Resultados do ensaio duplo-oedornétrico sobre a arnostra de Argila

G.LD-002A 01
DE RRASJLI,\

—Q--- Solo natural inundado a 28 kPa


—0— Solo natural a 7% de saturação inicial
1.20

1.10

1.00
N

- 0.90

0080

0.70

10 100 1000
Tensao vertical aplicada (kPa)

Figura 6 - Resultados do ensaio duplo-oedométrico sobre a amostra de Silte

As Figuras 5 e 6 evidenciam uma baixa compressibilidade da argila e do silte na


condiçao natural para tensöes inferiores a 100 kPa e 400 kPa (tensöes de pré-
adensamento virtual) respectivamente, e urn elevado potencial de colapso quando da
saturação por inundaçao. Destaca-se que a própria diferença de tensOes limites para
baixas deforrnaçoes entre os dois materiais se devem principalmente a diferença de grau
de saturação inicial entre a argila (43,9%) e o silte (7,5%). Observa-se que para ambos
Os solos quando inundados as deformaçOes passam a ser importantes a partir de 50 kPa,
o que confirma o destaque anterior. Os resultados indicarn ainda que para tensOes da
ordem de 100 kPa (1,00 kg/cm 2 ) a argila apresenta coeficiente de colapso em torno de

7,4% enquanto para o silte ele é de 4,3%. Para a carga de 200 kPa este parâmetro fica
em torno de 9,5% e 6,6% respectivamente. Do ponto de vista prático este coeficiente de

colapso pode ser obtido para qualquer tensâo de ensaio e o que se fez foi apenas

G.1-D-002A.01
8
Ni Vi:RsJD\Di•: 1)1; HRASl

exemplificar para as tensOes de 100 kPa e 200 kPa de modo a mostrar que o solo é
classificado como colapsivel.

2. RECOMENDAçOEs FINAlS

Corn base nos estudos efètuados e no nivel de conhecimento adquirido tornou-


se possIvel se estabelecer as seguintes conclusOes referentes aos solos ensaiados:
A análise granulometrica e os ensaios de dispersibilidade mostrarn que ambos os
solos podem sofrer degradação estrutural quando da inundaçao por fluidos como
água de esgoto, ou seja, devem ser evitadas vazamentos em redes de esgoto e fossas
e sumidouros próximos as obras de engenharia como construçOes e Pstruturas de
pavimento.

Os ensaios de colapso mostram que medidas de previsão de recalques devem ser


adotadas na execução de obras de engenharia. Os ensaios indicam que deverá se
compatibilizar a deformabilidade do solo corn as caracteristicas de cada estrutura a
ser construida sobre este material, ou então, se utilizar as ffindaçOes profundas como
é usual na região do Distrito Federal que se encontra coberta por urn manto poroso
colapsivel.

A experiência regional mostra ainda que solos corn estes nIveis de porosidade são
facilmente erodiveis quando da remoção da cobertura vegetal e/ou da concentraçao
de água, ou seja, deve-se preservar ao máximo a cobertura vegetal ou outra forma de
proteçao e a água proveniente de sistemas de drenagem devem ser lançadas
cuidadosamente fora de areas de risco.

3. LOCAL E DATA

Brasilia, 12 dejulho de 2001.

e Carn2pLrn Carvaiho, PhD


Prof.)G-'C-TEcf!p,
( . Civfl/FT
UnivraJe :jj
910-000 - Eirai1ja,DF - Brash

9
(i.1.D-002.A 01
ANEXO II

PROJETO ELETRICO
APROVADO PELA CEB=DF

127
Vide volume II

128
ANEXO III

FICHA TECNICA DO
APARELHO

129
_

HEBMAT SOCIEDADE E COMERCIO LTDA.

MATRIZ: BeIo Horizoiite/MG/Brasij - Rua São Paulo, 1071 - 19 1 andar - BL.A - Cenro
Tel. (31) 273-5253 - Fax: (31) 273-3308 - CEP 30170-907
FILIAL: São Paulo/SP/Br.isjj - Av, Ipir.tnga, (100 - Conj. 30/32 Centro
11,1.: (II) 228-88501228-3983 - Fax: (II) 228-0176 - CEP ((1040-000

A
LFM Topografia Ltda
QNP 15—Conj.E--Casa46
BrasIlia/DF
CEP: 72.240-405
At. Sr. Joo Evangelista
Telefax: (Oxx) 61.585.6136

De: Geomat Sociedade e Comercio Ltda


Welington G. Pôrto
Fone: (Oxx) 31.273.5253 - Fax: (Oxx) 31.273.3308

Belo Horizonte 03 de Agosto de 2000

N: Ref.: Proposta de numero 0453/2000

01 01 Estaçao Total marca Leica (Wild) modelo TC307, procedéncia Sulça, leitura de 1
Segundo, precisão angular de 7 segundos, linear de 2mm+2ppm, mede 2500 metros corn
urn so prisma , mede ate 20 metros sem a necessidade de usar piisma, mede ate 1200 metros
corn a mini prisma, aumento da objetiva de 30x, unidade de registro incorporada no
instrumento, sem necessidade de coletor extemo memOria intema para armazenar 4000
pontos $ interface RS232 para conectar a instrumento a registros externo, bateria
recarregâvel corn duraçao de 10 horas de trabalhos ininterruptos, prumo a Lase,
acondicionada em estojo apropriado.
CorrecOes automáticas:
Compensaçao nos dois eixos ( horizontal e vertical)
Colirnaçao eletrOnica do ângulo horizontal e vertical
Correçao da distância em relaçao a curvatura terrestre e refraçao
Painel em cristal liquido, corn 8 linhas e 24 caracteres alfanuméricos em portugues inclusive o
catalogo.
Teclado atfa numérico.
Raio infra vermelho 2 freqüencias.
Tempodemedição 1 Segundo.
Unidade de distância em metros e pés.
Unidade de ângulos em graus ougrados
Nivel eletrOnico para trabalhos de precisão
Pode-se criar uma tabela de cOdigos personalizada de fácil uso corn ate ioo codigos e mais 5
informaçOes por cOdigo.
Personalizaçao de saida de dados, corn intercâmbio para sistema CAD e pnncipais
Prograrnas de topografia.

A TC307 POSSUI os segukdes programas intemos:


• Introdução das coordenadas da estaçao.
• Orientaçao da estaçao por azimute de urn ponto, ou urn coordenada conhecida.
• Câlculo de distância, azimute e dif, de nivel entre 2 pontos visados.
• Locação( locatizaçao de urn ponto qualquer) em 3D, E, N, 11.
• Mediçao rápida de uma coordenada e sua gravaçao.
• Estaço Livre (Cálculo das coordenadas e da cota da estaço, e tarnbém sua orientaçao a
partir da medicão de 2 a 5 pontos conhecidos obtendo-se também seus residuals.
• Câlculo de Area (Câlculo da area de superficie a partir de urn rnmero ilimitado de pontos
medidos, armazenados ou introduzidos manualmente.
• Linha de referenda.

Compativel corn o Software topoGRAPH, Liscad Plus, SoftDesk, TopoEVN , Grau Major,
PoslcAo Etc.

ACESSORIOS QUE ACOMPANHAM A ESTAcA0


01 Estaçao Total TC307 corn estojo, 2 baterias 01 carregador, 01 cabo de dados, 01 cabo de
ligaçao para acendedor de auto e manual em portugues
01 BastOes AVR 3.60 cm
01 Prisma circular GPR1
01 Porta prisma GPH1
01 Alvos GZT4
01 Mini prisma corn bastão para medidas de precisão
01 Tripe de aluminlo

101 1 Estacao Total TC307 corn os acessórios acirna mencionados I R$17.900,00 1


Prazo de entrega - Irnediato
Cond. de pagamento - a vista
Material posto em Belo Horizonte
Treinamento em Belo Horizonte - Incluso no preço
Garantia de 02 (dois) anos c/ eventuais defeitos de fabricaçao.
Assisténcia técnica permanente em nossa oficina.
ilffaLAT
SOCE DADE E CMtROIo LTCL.
NOTA rn ISVA..A1URA

[rJSAD
(TRALA
'

L'A W.0 PAULO. 1071 - BLOCO A. II.AR CENTqO


LO 1O'ZONTE MA$ (1Ip,.41

VENVS FORA Do £STIDO 6.


------- I
ifiT' MeMeTejni ---- ----.-----.
082 272 64600
0061
4tA

- 1ci
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.-.. -------.._ --.. --- -

T.-r" :'—"---------•-------- - -;--, -.--"

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,Irr..,Igrt1lrnr..

ESTJ LEIA NOD, IC 387 62683 C IESTOJO


0L9A PIESTQJD TRSP,,cJ,$tj PIU C/ I
MINI BAT%2 PRI6
49 WHI,S2 LV06 HT4 le
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BSIA0 EX1tNSIVL AVR (te
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NCOORIsE .. ...i)
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,l)cuFó
2000
DScIçAo cos SERvps PASTACOS I)A-T1fl
VALOR TOTAL
MARCELO AUGUSO 1U Sc. sosiV
DU4NtA MD C fERNANES
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N' FISCA LATua --
- ..------.-
U BSTTUQ 1
CREA-DF
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA,ARQUITETU
I jR9MA MA1 ~0FED
D 1ARTN':
01 056
ANOTAçA0 DE RESPONSABILIDADCN1AART
Registro de Contrato e sob forma de Anotacao de Responsabi)idade Técnica Lei Federal n.° 6.496/77

RESPONSAVEL TECNICO/CONTRATADO
Nloma do Prohs a): " 3 TituIo)s) Prohssonajjis) )codi i'
4 .
Registro/UF:

IP CPF; 6 Endereco do Profissuonal: / 7 Atuolizo reco


- 2
,_cidade/UF: c . 9 CEP: 10 Telefone: 11 E-mail:

' 6 '

\,
2 Empresa çpntratada; CREADF 14 Telef

5 Nne do Contrante (Pessoo Fisico oc icridica): 16 CPF/CGC:


/
( -i -/-o' C" (1 zYi 0.?
Endereco paro Correspondencia: 18 Cidade/UF: 19 CEP: -, )
-- Y A('/ zo't
1 orne do ProprietOrio do Obro/Servico: 22 CPF/CGC 23 Telefone:

DEscRIçAo DA OBRA OU SERVIO -CONTRATADO


14 Jtpo de Regatro do ART: I 25 Carocteristico do-nA,RT: I 26 Participacao: I 27 Vinculo do Profissional: 28 SituocSo do Obra/Servico:
Li Normal 0 Proleta Individuol AutOnomo DNâo Ioicioda(o)
o Complernentacoo Obro I 0 Equipe 0 Empregodo 0Iniciada)o)
0 Substrtuicoo
I
U Seriço I 0 SOcio >4C Concluido(o)
o Regular,zocao 0 Corgo/Funcäo
I 0 Obro PrOpria

9 k'eco do Obra ot.svico 30 Cidade/UF.


4/
1 EP: 32 Telefone: 33 \or do Obro/Servico: 34 Valor dos Honordrios: 35 Prazo de ExecucOo:
-

Atini'l'-' -Ies: I 37 N° Pavimentos: I 38 ,8j-eo Irriciol: I 39 Area de Acréscimo: 40 Area Total:

1 Ob1eto do obra ou serico, descrio conforrne a contrato:

DEscRlcAo DAS ATIVIDADES TECNICAS


42 Nine) de 43 Atividode 44 Classificocoo do 42 Nivel de 43 Atividade 44 C)assificacao do
45 Quant. 46 Un. Medido Icodl 45 Quont. 46 Un. Medido (cod)
Atuocóo (cod) lécoica (cOd) At. Técnico (cOd) AtuacSo (cod) Técnico (cOd) At. Técnico (cOd)

47 Observoçaes Complementores:

.8 Enhdode profissiona) corn direito a reposse do percentuol do taco de ART )cOdigo):

PARA USO DO CREA-DF


19 Vinculocao 50 N° Vinculo: 57 Servico: 52 Vinculado 6 ART N0/A rio:
I. Pro ieto
Obro/Servico
Co-a utorra 50 N° Vincu)o: 51 Servico: 52 Vincu)ada a ART Nc/Mo:
Co - reoponsobi)idode
Complementoçao
Substituic6o 50 N° Vinculo: 57 Servico: 52 Vinculodo dART N0/A no:
7 Su&ontrotoc

ASSINATURAS
—3 Declaro sererni verdadeiras as informacoes ocima 54 De ocordo: 55 Do ocordo:

Assioaturo do Prof,ss,onal I Assinoturo do Controtante I Anuêncio do Controtante Original

1 Local a data: 57 Recebido


°Jvan Ferre IraScares J TODA ART DEVERA SER BAIXADA JUNTO AO CREA/DF QUANDO
DO ENCERRAMENTO DAS AT! VIDADES DO PROFISSIONAL.
Assistentc Adm in i strativo 1 VIA - CREA 20 VIA- PROFISSIONAL 30 VIA - ÔRGAOS P7iBUCOS
4° VIA - PA Y VIA- PROPRIETARIO
Mat. 254
ESTECANKOTODEVERASERD€STACADONOCREA-Df

0 CREA-DF 4't1 1 ART N2:

DATA DO PAGAMENTO I 59 V4LR QA TAAA A PAGAR I 60 AuTENTIcAc40 MECANCIA


ANEXO IV

CONSULTAS AS
CONCESSIONARIAS DE
SERVI(;OS PUBLICOS

130
o4 caesb
CARlA NO 140/2001-DRSA

Brasilia, l3 de abril de 2001

A
DOMfNIO ENGENHARIA E CONSTRUçA0 LTDA
NESTA

Prezados Senhores,

Em atençao a correspondéncia enviada por V.Sa


em 13/03/2001, processo n° 092.001206/2001, onde são solicitadas
informaçaes a respeito de algum projeto de abastecimento na area do
empreendimento denominado Condominio Barreirinho, temos a
esciarecer:

Conforme planta de locaiizaçao encaminhada por V.Sa


empreendimento em questao situa-se na area
administrativa rural de São Sebastião, RA-XIV, e nao na
RA-Vll-Paranoá;

Consultando nosso banco de dados e o mapa


georeferenciado do relatório "Parcelamentos do Distrito
Federal - Programa SANEAR", verificamos a existência dos
Condominios Barreiros I e II - Châcaras, nas imediaçoes
da localizaçao do CondornInio Barreirinho, conforme mapa
informativo fornecido por V.Sa as fis. 03 do processo em
referéncia. Contudo não podemos informar tratar-se da
mesma area.

De qualquer forma, nao existe na atualidade previsão de


abastecimento de água para a localidade objeto da consulta, através do
sistema pUblico da CAESB.

Anexamos croqui corn a localizaçao dos Condominios


Barreiros I e II - Chácaras, nos colocando a disposiçao para maiores
esciarecirnentos, caso necessário.

Cordialmente,

C:Meus documento8CrjsthacARTA DOMINK3 ENG COND BARREIRINHO.dOC


19/04/01

COMPANHIA DE SANEAMENTO DO DISTRITO FEDERAL


SCS Quadra 04 Bloc, A 67/97 EdifIcjo CAESB
CEP 70.300-904 BRASILIA OF
TEL. (61) 325-7117 FAX 325-7116
7
PTk

RESERVA E<nLOGICA 00 ISOE swlw /


RA

P1 IJnoI
NCCQR 13
- 444

35
• Condomfnlo -
Cond. PHVI• - 33
Lcgo uI
- -.
-.
Doll

-\

68
..Torre • - -:
-
TeIebrzsilia li t ,
• :- • -
-. • OURQPETQ -)
Gna 140

467
famda
1
— • 3,4 •,-

Localuzaçao 3

MARIA
P
II
caesb
CARTA NO 422/2001 -DRSA

Brasilia, de novembro de 2001

A
DOMINIO ENGENHARIA IE coNsTRucoEs LTDA
NESTA

Prezados Senhores,

Em resposta a consulta formulada por v . s a a


respeito da possibilidade de captacao de ãgua no Ribeirão Santaria,
visando a implantação do parcelamento rural Mansöes Park Brasilia,
Processo n° 0092.004426/2001, e em atendimento a exigéncia do
CONAM - Conseiho de Meio Ambiente, conforme despacho do Sr. Chefe
de Gabinete da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econömico,
Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, Processo n° 191.000241/2000,
temos a informar:

A CAESB poderá presciridir de no mãximo 120 1/s do Ribeiro


Saritana para atendimento a comunidade do parcelamento rural
Mansöes Park BrasIlia, uma vez que este ribeirão é tributário do
Rio São Bartolomeu, que estã sendo considerado viãvel pelo
Plano Diretor de Agua e Esgotos para abastecimento futuro ao
Distrito Federal;

0 poder de outorga para utilizacao do manancial não é da


CAESB, mas dos Orgaos arnbientais competentes;

Independente da vazão captada estar limitada a 120 us, o uso


do solo não poderã de forma alguma comprometer a qualidade
das ãguas confluentes ao Rio São Bartolomeu.

Cordialmente,

AEONI
Diretor

C:\Meus documentos\Cnstina\ARTA A DOM910 ENG'-ABASTEC,MANSOES PARK BRASILL&do.- 28/11/01

COMPANHIA DE SANEAMENTO DO DISTRITO FEDERAL


SCS Quadra 04 BIoco A 67/97 Edficio CAESB
CEP 70.300-904 BRASILIA DF
TEL. 1611 325-7807 FAX 325-7116
CERTIFICADO DE ANALISE
INTERESSADO: DOMINIO ENGENHARIA E CONST. LTDA.
caesb ENDEREcO: FAZENDA BARREIRINFIA - RIBEIRAO SANTANA
DADOS DA AMOSTRA.
LOCAL DA COLETA: CORREGO SANTANA
DATA DA COLETA: 26/03/200 1

TIPO: • BRUTA 0 TRATADA


ORIGEM: [I CISTERNA 0 poco PROFIJNDO 0 MINA U CORREGO 0 ABAST. PIJBLICO
RESPONSAVEL PELA COLETA: 0 INTERESSADO

RESULTADOS_FiSICO-QTJMICOS
PARAMETROS UNIDADE VMP* RESULTADO
COR 1iH 15 35
pH - 6,0a9,5 7,04
TURBIDEZ tT 5 12,2
CLORETO mg/I 250 0,20
DUREZA mg/i 500 23,05
FERRO TOTAL mg/I 0,3 1,19
NITROGENTO DE NITRATO mg/I 10 0,083
RESULTADOS BACTERIOLOGICOS
CONTAGEMPADRAO DE BACTERIAS IJFC/IOOml 500
COLIFORMES TOTAlS NMP/lOOmI AUSENCIA > 1.600
COLIFORMES FECAIS NMP/lOOml AUSENCIA 900
LEGIsLAcA0 VIGENTE: PORTARIA 1469 DE 29/12/2000 DO MINISTERTO DA SAUDE
VMP: VALORES MAXIMOS PERMJSSI VETS
ND.: NAO DETECTADO
O,s.: A COLETA, PRESERVAcAO, TRANSPORTE E INF0RMAc0Es FORN]3CIDAS FORAM DE
RESPONSABILIDADE DO SOLICITANTE;
E EXPRESSAMENTE PROIBIDA A REPRODUcAO DESTE CERTIFICADO.
PARECERTECNICO

A AGUA ANALISADA NAO ATENDE AOS PADROES BACTERIOLOGICOS DE POTABILIDADE


SEGUNDO A PORTARIA 1469 DE 29/12/2000 DO MINISTERIO DA SAUDE, SENDO IMPROPRIA PARA 0
CONSUMO HIJMANO.
DOS PARAMETROS FISICO-QUfMICOS ANALISADOS COR, TURBIDEZ E FERRO TOTAL
APRESENTARAM NAO CONFORMIDADE COM OS VALORES RECOMENDADOS PELA REFERIDA
PORTARIA.

Brasilia, 03/ O/ 2001

CAESB-O -SPHI-DVMQ CAESB-DRSA.-SPHI-DVMQ


Seço de Anal Fis o-Qulnilcas Seçio de Anlilses Blologicas

SONL4 M
-
ES UZA E VARISTO
cc
CRIS11tcfGO8BATO B. CA VALCANTI
C fe Chefe

C:\USER\USURI0\260303 .doc
SERVIO DE AJARDINAMENTO E LIMPEZA
BELACAP URBANA DO DISTRITO FEDERAL
Cidade linda a gente faz.

OFICIO

N.° 0?2. /01-DO/BELACAP BrasIlia, 1 de abril de 2001.

Prezado Senhor,

Em atenção aos termos da correspondência, datada de 13.03.01,


onde Vossa Senhoria solidta informaçôes sobre coteta de lixo na area do
empreendimento denominado CondomInio Barreirinho, informamos que as
condiçOes satisfazem as normas deste Orgao, näo tendo nenhuma
objecäo/restrição quanto a implantação do serviços na area do referido
empreendi mento.

Atenci osamente,

EXPEDITO(ARIO SILVA

Diretor de dte14es/BELACAP

A
Empresa DomInio Engenharia e Construção Ltda.
Aft: Eng. TEOBALDO LADISLAU DA SILVA
ocoIet3domnio
-. GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

ADF
DER
SECRETARIA DE INFRA-ESTRUTURA E OBRAS
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO DISTRITO FEDERAL

Oficjo n° o 18 8/200 1 -DITEC/DER-DF


BrasIlia, 11 de junho de 2001

Prezado Senhor,

Em atençäo a CT. s/n°, datada em 02 de junho de 2001, na qual Vossa Senhoria


informa sobre o projeto de parcelamento rural da Fazenda Barreirinho, prOximo a rodovia VC-

467 e solicita verificar se ha interferência corn a faixa de dominio, após análise, informamos que

o referido loteamento rural se encontra a aproximadamente 1,2 km da rodovia vicinal o que

exclui a possibilidade de interferência corn a faixa de domImo. Portanto, do ponto de vista do

DER-DF, nAo existe problema quanto a implantacAo do empreendimento.

Atenciosamente,

Eng° REINALDO VIEIRA


Diretor Co

limo Senhor
TEODOALDO LADISLAU DA SILVA
DOMtNIO ENGENBARIA E CONSTRUçAO LTDA
BrasIlia-DF

Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal - DER-DF

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