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Plano de Levantamento de Fauna

Complexo Eólico Alto Castanheira


Sento Sé-BA
Maio/2022
1

EMPRESA CONSULTORA

CNPJ: 07.345.543/0001-90
Endereço: Rua Rio Grande do Sul, 332 Torre Ilha da Madeira Empresarial,
Pituba
TEMIS Meio Ambiente e Sustentabilidade
Salvador – Bahia
CREA/BA: 15.480
Tel/Fax: (71) 3357-3979
E-mail: contato@temis-es.com
EQUIPE TÉCNICA
Profissional Assinatura
Fabiano Carvalho Melo
Eng. Ambiental e Sanitarista
Coordenação Técnica
Especialista em Gerenciamento Ambiental
CREA: 58.980
Marcela Marega Imamura
Bióloga
Doutora em Ecologia e Conservação da Biodiversidade
CRBio: 105.209/08-D
Mateus Rodrigues Giffoni
Biólogo
CRBio: 92.192-8
Ana Teresa Meireles de Carvalho Caldas
Biólogo
CRBio: 122267/08-P
2

APRESENTAÇÃO
Este relatório apresenta o Plano de Levantamento da Fauna com vistas à solicitação de
Autorização de Manejo da Fauna para subsidiar o Estudo de Impacto Ambiental – EIA no
processo de Licença Prévia para implantação do Complexo Eólico Alto Castanheira.

A área de estudo está situada zona rural do município de Sento Sé, Estado da Bahia,
distando, aproximadamente, 570 km da capital, Salvador e a titularidade do projeto é da
QUINTO ENERGY LTDA. inscrita no CNPJ 20.608.625/0001-48.

Este estudo está dividido em 09 capítulos, conforme descrito a seguir:

Introdução, onde são apresentadas informações sobre o empreendedor, descrição


locacional do empreendimento e características ambientais da área de supressão com
enfoque nos aspectos climáticos, hidrológicos e geomorfológicos.

No capítulo 2 são apresentados os Objetos Gerais e Específicos e no capítulo 3 são


apresentadas as Justificativas para o plano de levantamento da fauna no âmbito do Estudo
de Impacto Ambiental - EIA.

A Fauna prevista para a região do Complexo Eólico Alto Castanheira é apresentada no


capítulo 4, enfocando nos seguintes grupos zoológicos: herpetofauna, avifauna e
Mastofauna terrestre e alada.

No capítulo 5 são apresentados as Metas e os Indicadores para avaliação da efetividade do


Plano quanto a sua execução para compor o Estudo de Impacto Ambiental – EIA.

Para a realização das atividades de levantamento da fauna, é apresentado no capítulo 6 a


Metodologia e a Descrição do Plano contemplando os procedimentos para captura dos
grupos faunísticos: herpetofauna, quiropterofauna, mamíferos terrestres e aves.

O Atendimento a Requisitos Legais são apresentados no capítulo 7.

Os Recursos humanos e materiais demandados para realização das atividades são


apresentados no capítulo 8.

Por fim, o capítulo 9 apresenta o Cronograma Preliminar das atividades.


3

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 6

1.1. INFORMAÇÕES GERAIS 6


1.2 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO 6
1.3 CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS DA REGIÃO 9
1.3.1 ASPECTOS CLIMÁTICOS E METEOROLÓGICOS 9
1.3.2 RECURSOS HÍDRICOS 13
1.3.3 RELEVO LOCAL 15

2. OBJETIVOS 18

2.1. OBJETIVO GERAL 18


2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 18

3. JUSTIFICATIVA 19

4. FAUNA PREVISTA PARA A REGIÃO DO COMPLEXO EÓLICO ALTO CASTANHEIRA 20

4.1. HERPETOFAUNA 20
4.2. ANFÍBIOS 20
4.3. RÉPTEIS 21
4.4. AVIFAUNA 24
4.5. MASTOFAUNA 25
4.6. MASTOFAUNA TERRESTRE 25
4.7. MASTOFAUNA VOADORA 26
4.8. LISTA DE ESPÉCIES REGISTRADAS NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO 27

5. METAS E INDICADORES 35

5.1. METAS 35
5.2. INDICADORES 35

6. METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA 36

6.1. HERPETOFAUNA (RÉPTEIS E ANFÍBIOS) 37


6.1.1 MÉTODOS DE COLETA DE DADOS 37
6.2. MASTOFAUNA TERRESTRE 40
6.2.1. MÉTODOS DE COLETA DE DADOS 40
6.3. AVIFAUNA 43
6.3.1 MÉTODOS DE COLETA DE DADOS 43
4

6.3. QUIROPTEROFAUNA 46
6.3.1 MÉTODOS DE COLETA DE DADOS 46
6.5. ANÁLISES ESTATÍSTICAS 49
6.5.1. PARÂMETROS ECOLÓGICOS UTILIZADOS 49
6.5.2. PARÂMETROS ECOLÓGICOS UTILIZADOS PARA AVIFAUNA 51

7. ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS 54

8. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS 54

9. CRONOGRAMA 56

REFERÊNCIAS 57

ANEXOS 63

LISTA DE FIGURAS

Figura 01. Mapa de Localização do Empreendimento ...................................................................................... 7


Figura 02. Parques Eólicos que compõem o Complexo Alto Castanheira ......................................................... 8
Figura 03. Tipologia climática de Köppen para a região do Complexo Eólico Alto Castanheira...................... 10
Figura 04. Tipologia climática de Thornthwaite para o Estado com localização da área do Complexo Eólico
Alto Castanheira .............................................................................................................................................. 11
Figura 05. Mapa das bacias hidrográficas na região do projeto ...................................................................... 14
Figura 06. Mapa da hidrografia para a região do Complexo Eólico ................................................................. 15
Figura 07. Perfis topográficos de A a B mostrando a diferença de elevação em cada eixo (agrupamento) dos
futuros aerogeradores do Complexo Eólico Alto Castanheira. A linha em vermelha apresenta o traçado dos
perfis. ............................................................................................................................................................... 16
Figura 08. Mapa Geomorfológico da região do empreendimento.................................................................. 17
Figura 09. Unidades amostrais para levantamento da fauna no Complexo Eólico Alto Castanheira ............. 36
Figura 10. Desenho Esquemático de trecho da armadilha de queda com cerca-guia .................................... 38
Figura 11. Desenho esquemático de estação de captura com 4 recipientes de queda .................................. 38
Figura 12. Procura visual ativa diurna ............................................................................................................. 39
Figura 13. Procura visual ativa noturna ........................................................................................................... 39
Figura 14. Instalação de armadilha fotográfica ............................................................................................... 41
Figura 15. Armadilha fotográfica instalada ..................................................................................................... 41
Figura 16. Registro de toca inativa .................................................................................................................. 42
Figura 17. Pegada de mão-pelada ................................................................................................................... 42
Figura 18. Instalação de armadilha Tomahawk média .................................................................................... 43
Figura 19. Armadilha Sherman instalada em árvore ....................................................................................... 43
Figura 20. Realização do monitoramento de aves com a metodologia de censo por transecto .................... 44
Figura 21. Realização da metodologia de Ponto de Escuta ............................................................................. 45
Figura 22. Esquema dos pontos de escuta realizados durante uma manhã e uma tarde, em cada uma das
cinco Unidades Amostrais ............................................................................................................................... 45
Figura 23. Registro de tronco seco que pode ser utilizado como abrigo ........................................................ 46
Figura 24. Busca entre fendas de rochas ......................................................................................................... 46
5

Figura 25. Desenho esquemático da rede de neblina ..................................................................................... 47


Figura 26. Redes de neblina instaladas ao entardecer .................................................................................... 47
Figura 27. Coleta de dado de Biomassa........................................................................................................... 48
Figura 28. Coleta de dados Biométricos .......................................................................................................... 48
Figura 29. Utilização de detector de ultrassom para monitoramento acústico de morcegos ........................ 49

LISTA DE TABELAS

Tabela 01. Precipitação nas Estações Remanso e Delfino ________________________________________ 12


Tabela 02. Lista de espécies registradas nas AID e AII do Complexo Eólico Baixo Castanheira, BA ________ 27
Tabela 03. Coordenadas UTM das Unidades Amostrais – Fauna ___________________________________ 36

LISTA DE QUADROS

Quadro 01. Temperatura média mensal e anual (°C) e Umidade do Ar (%) na estação meteorológica de Sento
Sé. ____________________________________________________________________________________ 12
Quadro 02. Cronograma para execução do Levantamento da fauna _______________________________ 56
6

1. INTRODUÇÃO

1.1. Informações gerais


O presente Plano de Levantamento da Fauna objetiva compor a documentação necessária
para obtenção da Autorização de Manejo Fauna (AMF) associada às atividades do Estudo
de Impacto Ambiental para a implantação do Complexo Eólico Alto Castanheira.

Este Plano foi elaborado em consonância com a Instrução Normativa 001 de 12 dezembro
de 2016 que dispõe sobre as diretrizes, critérios e procedimentos administrativos para
autorizações ambientais para o manejo de fauna silvestre em processos de licenciamento
ambiental, envolvendo o levantamento, salvamento e monitoramento de fauna silvestre.

1.2 Características do empreendimento


O Complexo Eólico Alto Castanheira será instalado na zona rural do município de Sento Sé,
Estado da Bahia, distando, aproximadamente, 570 km da capital, Salvador no entorno das
coordenadas 10° 23.237'S e 41° 41.183'O inserido na APA do Boqueirão da Onça e na zona
de amortecimento do Parque Nacional do Boqueirão da Onça.

A APA Boqueirão da Onça, é uma área prioritária para a conservação (MMA, 2016) pois é o
maior continuum de vegetação caatinga preservada sendo uma das regiões mais
representativas do bioma (Dias et al., 2019).

A vegetação da APA é caracterizada como caatinga e é composta por um mosaico de


vegetação lenhosa decídua, arbustos espinhosos e florestas tropicais sazonalmente secas
(IBGE, 2012; Banda et al., 2016). Apesar da predominância da flora caatinga, existem
regiões com espécies pertencentes ao Cerrado, à Amazônia e a Mata Atlântica (Siqueira
Filho et al., 2012).

A paisagem é heterogênea com fisionomia composta por palmeiras, vegetação arbustiva e


herbácea e solo úmido extensos planaltos, serras e vales (“boqueirões”), essa composição
denomina-se veredas. Também rica em grutas, riachos e nascentes, porém apenas alguns
acumulam água durante os períodos secos do ano.

Em 2018, a criação de um mosaico de Áreas Protegidas na área de estudo, que incluiu o


Parque Nacional Boqueirão da Onça (3.470 km²), Área de Proteção Ambiental do Boqueirão
da Onça (5.050 km²) e Zona de Vida Selvagem Toca da Boa Vista (116 km²) foi crucial para
garantir a preservação de algumas condições únicas presentes na região, incluindo
diferentes tipos de solos, aspectos geológicos como granitos e micaxistas. Além disso,
abriga as maiores grutas da América Latina, Toca da Boa Vista e Toca da Barriguda (Cruz et
al., 2018), recursos hídricos, diferentes artes rupestres dos tempos pré-históricos (Whitley,
2005) e espécies endêmicas de fauna e flora da Caatinga (Ramos et al., 2010).

Não foram localizados territórios de comunidades tradicionais da área de influência do


empreendimento. Uma comunidade Fundo de Pasto denominada Campo Largo dista
aproximadamente 25 km a Leste do empreendimento. A Comunidade Quilombola mais
7

próxima é a de Curralinho que fica em São Gabriel-BA, distando 55 km da área do


empreendimento. A Reserva Indígena mais próxima é da etnia Truká nomeadamente a Ilha
da Tapera/São Felix que fica no município de Orocó-PE distando da área do
empreendimento em aproximadamente 301 km.

A Figura 01 a seguir apresenta a localização proposta para implantação do


empreendimento em relação ao mosaico de unidades de conservação.

Figura 01. Mapa de Localização do Empreendimento

Fonte: TEMIS, 2022

O Levantamento da fauna silvestre, alvo deste documento, terá como objeto de avaliação
a caracterização e diagnóstico da fauna local para subsidiar o Estudo de Impacto Ambiental
para o Licenciamento do Complexo Eólico Altos Castanheira.
8

O Complexo Eólico Alto Castanheira será instalado em propriedades rurais, localizadas


aproximadamente entre as altitudes de 600 m a 750. A vegetação predominante é de
caatinga, com densidade variável ao longo da extensão da área. Na área específica do
projeto, a atividade econômica é pouco expressiva, predominantemente a pecuária, com
uma densidade populacional baixa.

Em tais propriedades será implantada toda a infraestrutura temporária e permanente do


Complexo Eólico Alto Castanheira, compreendendo:

• Aerogeradores;

• Vias de acessos e bases dos aerogeradores;

• Rede de Média Tensão – RMT e Subestação coletora/elevadora;

• Canteiros de obras, pátio de estocagem e usina de concreto (infraestrutura


temporária);

O Complexo Eólico Alto Castanheira compreenderá 03 parques eólicos, sendo cada parque
composto por respectivamente 10, 7, e 3 aerogeradores, totalizando 20 turbinas eólicas.

A Figura 02 a seguir apresenta a distribuição espacial dos parques eólicos.

Figura 02. Parques Eólicos que compõem o Complexo Alto Castanheira

Fonte: TEMIS, 2022


9

A delimitação da Área de Influência Direta – AID, foi estabelecida por um raio de 3 km a


partir do entorno imediato da ADA. Esta delimitação corresponde aos possíveis impactos
significativos e diretos, positivos e negativos, decorrentes da implantação do
Empreendimento. A Área de Influência Indireta – AII, considerou-se o raio de 2 km a partir
da AID, passível de ser afetada por impactos predominantemente não significativos e
indiretos, positivos ou negativos, decorrentes das fases de implantação e operação do
Empreendimento

O mapa das áreas de influência direta e indireta segue no Anexo A. O mapa de restrições
ambientais com a identificação das Áreas de Preservação Permanente (APP), Área de
Reserva Legal, pontos de amostragem de fauna seguem no Anexo B.

1.3 Características ambientais da região


1.3.1 Aspectos climáticos e meteorológicos

A Classificação Climática de Köppen, elaborada por Wilhelm Köppen em 1918, é


considerada a primeira classificação climática mundial com base científica, e ainda é
amplamente utilizada no Brasil e no mundo, sendo baseada no pressuposto de que a
vegetação natural de cada grande região da terra é essencialmente uma expressão do clima
nela prevalecente.

A Classificação de Köppen propõe cinco tipos climáticos principais, estabelecidos com base
na sazonalidade e nos valores médios anuais e mensais da temperatura do ar e da
precipitação.

São considerados os seguintes critérios para a classificação:

• Característica geral do clima de uma região;


• Regime pluviométrico e volume de precipitação;
• Temperatura média anual do ar; e
• Temperatura média anual do ar no mês mais quente

Com base nestes critérios e nos dados de parâmetros climáticos, foram definidos os
seguintes grupos e tipos climáticos para a região de interesse:

BSwh – Clima quente de caatinga, chuvas de verão e período seco bem definido de inverno,
temperatura média superior a 18 ºC e ausência de excedente hídrico.

B – Clima árido

S – Precipitação média anual compreendida entre 380 e 760 mm

w – Ocorrência de chuvas de verão

h – Clima seco e quente: temperatura do ar no mês mais quente > 18 ºC

A Figura 03 apresenta a classificação climática de Köppen com a localização da área do


Complexo Eólico Alto Castanheira.
10

Figura 03. Tipologia climática de Köppen para a região do Complexo Eólico Alto Castanheira.

Fonte: Adaptado da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (1998)

Com base nos dados apresentados, utilizando o método de Thornthwaite (1941) para a
classificação da tipologia climática em que:

D – Semi-árido

d – Pequeno ou nenhum excedente de água;

A’ – Megatérmico (EP >1140 m)

A tipologia climática estabelecida Thornthwaite e Mather, que analisou a pluviometria


entre 1943 e 1983 e temperatura entre 1961 – 1990, a região do Complexo Eólico Alto
Castanheira é caracterizada por ter um Clima Semi-árido (DdA’) com nenhum excedente
hídrico, megatérmico com evapotranspiração potencial superior a 1.140mm, com chuvas
de primavera e verão com índice hídrico de -20% a -40%.
11

Em adição, na região, o índice de umidade apresenta o valor entre 60 a 71%. Os períodos


que apresentaram as maiores umidades relativa do ar estão concentrados entre os meses
de dezembro a maio, predominante no Outono. O intervalo que representa as menores
umidades está entre os meses de junho a novembro, período correspondente às estações
do Inverno e Primavera.

A Figura 04 apresenta a classificação climática de Thornthwaite e Mather, com a localização


da área do Complexo Eólico Alto Castanheira.

Figura 04. Tipologia climática de Thornthwaite para o Estado com localização da área do
Complexo Eólico Alto Castanheira

Fonte: Adaptado da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (1998)

A caracterização da temperatura do ar foi realizada com base nos dados do diagrama


ombrotérmico, isto é, a série histórica de temperatura média de 1981 a 2010 para Sento
12

Sé sob responsabilidade do INMET. Nesta série, foram definidas as temperaturas médias


mensais e a temperatura média anual, como pode ser visto na tabela a seguir (Quadro 01).

Quadro 01. Temperatura média mensal e anual (°C) e Umidade do Ar (%) na estação
meteorológica de Sento Sé.
Estação Média
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meteorológica Anual

Temperatura (˚C) 27 27,5 27 27 26,5 25,5 25 25,5 26,5 28 27,5 27,5 26,7

Fonte: INMET (2020)

A região do empreendimento apresenta uma temperatura média de aproximadamente


26,7°C, de modo que o período mais quente ocorre entre outubro e abril, com uma
temperatura média neste período de 27,35°C, sendo outubro o mês mais quente (média
de 28°C e máxima de 32°C). O período mais frio ocorre entre maio e setembro, com uma
temperatura média de 25,8°C, sendo julho o mês mais frio (média de 25°C e mínima de
21°C).

Considerando as condições de altitude como fator principal, como também o período de


dados mais longo da série histórica, foram selecionadas as Estações Meteorológica de
Remanso e Pluviométrica de Delfino para a caracterização da pluviometria. A Tabela 01
apresenta o hidrograma de chuvas para ambos os postos.

Tabela 01. Precipitação nas Estações Remanso e Delfino

Fonte: ANA e INMET (2010-2019).

O regime de chuvas se caracteriza por uma forte variabilidade espacial e temporal,


registrando 95,2% das precipitações no semestre novembro-abril, ficando o restante do
ano com 4,8%. Além da variabilidade interanual, também há diferenças significativas de
volume de precipitação de um ano para outro, ocorrendo uma sequência de anos de chuva
seguidos de anos com pouco volume precipitado.
13

Os períodos de duração das secas e períodos mais úmidos vão depender da atuação,
duração, intensidade e cobertura do El Niño/Oscilação do Sul (ou La Niña/Oscilação do Sul)
e do Dipolo do Atlântico.

Independente da atuação desses fenômenos de escala global trata-se de uma região sujeita
a períodos de estiagens, onde a principal característica é o baixo volume precipitado
durante alguns meses do ano, sobretudo entre maio e setembro.

1.3.2 Recursos hídricos

Hidrografia

O Complexo Eólico Alto Castanheira situa-se entre os domínios de 3 Sub-bacias


hidrográficas: Lago Sobradinho, rio Salitre e rio Verde e Jacaré.

• Sub-bacia do Lago Sobradinho

O lago de Sobradinho é um dos maiores lagos artificiais do mundo, com 4 214 km 2 de área
e 32,2 km3 de água. Situado no norte do estado da Bahia, foi construído na década de 1970,
mediante o represamento das águas do rio São Francisco com vistas ao aproveitamento
hidroelétrico do rio através da usina de Sobradinho, a maior do estado e uma das maiores
usinas hidrelétricas do Brasil.

• Sub-bacia do rio Verde e Jacaré

A Bacia Hidrográfica do Rio Jacaré apresenta uma área de 18.328 km², extensão linear de
aproximadamente 280 km, sendo dividida em três Unidades de Planejamento do rio Jacaré
(BAHIA, 2016): alto, médio e baixo. A área do empreendimento está inserida mais
precisamente na porção do baixo rio Jacaré. Segundo Bahia (2016), essa é a unidade que
apresenta os melhores índices sob os aspectos quantitativos e qualitativos no que tange
aos recursos hídricos superficiais.

• Sub-bacia do rio Salitre

A Bacia hidrográfica do rio Salitre, embora considerada de pequeno porte, é uma


importante bacia do Semiárido baiano. Ocupa uma área do centro-norte do Estado de
13.468 km², equivalente a 2,1% da área total da Bacia do Rio São Francisco. Nove
municípios pertencem à Bacia, 3% da população do estado da Bahia. Seu rio principal e
afluentes agregam corpos d’água com altos teores de sais dissolvidos e são rios
intermitentes, com trechos que secam nos períodos de pouca chuva, principalmente nos
meses de agosto a outubro (OLIVEIRA; CAMPOS; MEDEIROS, 2010).

Apesar de apresentar uma rede de drenagem de dimensões regionais, a disponibilidade


hídrica é baixa devido ao clima semiárido, apresentando índices pluviométricos que não
ultrapassam 600 mm médios anuais. Esse regime hidrológico faz com que alguns canais de
drenagem assumam características efêmeras. O rio principal possui extensão de 333,2 km,
nascendo na Serra do Tombador (Chapada Diamantina, município de Morro do Chapéu)
seguindo até seu exutório no rio São Francisco, no município de Juazeiro, logo à jusante da
14

barragem da UHE Sobradinho. Os principais afluentes do rio Salitre na margem direita são:
riacho da Conceição, riacho Baixa do Sangrador, Vereda Caatinga do Moura, Riachão,
riacho das Piadas e, na margem esquerda, riacho do Orlando, rio Morim, rio Preto, rio
Pacuí, riacho do Escurial (SILVA; AMORIM; MATTOS, 2018).

Figura 05. Mapa das bacias hidrográficas na região do projeto

Fonte: ANA, 2020

A Figura 06 mostra o mapa da hidrografia na região do projeto. Localmente, a rede de


drenagem é amplamente ramificada, apesar dos baixos índices pluviométricos e o
predomínio de escoamento subterrâneo. Caracteriza-se por relevos montanhosos e
escarpados predominando em toda as áreas do empreendimento,

A área do empreendimento é caracterizada por rios intermitentes, tendo como


representantes principais: na porção Nordeste encontra-se o riacho do Mari na porção
Leste encontra-se o rio Jacaré, a Sudeste o riacho dos bois, a Noroeste o riacho Santana, e
a Sul a Grota do Mirador.

Associados a sub-bacia do riacho da Bazuá, essas drenagens são abrangidas, ou vertem


águas, para a unidade de conservação PARNA Boqueirão do Onça.
15

Figura 06. Mapa da hidrografia para a região do Complexo Eólico

Fonte: INEMA, 2016

1.3.3 Relevo local

Foram traçados 2 perfis topográficos para os eixos de conexão entre os aerogeradoes. Os


perfis foram nomeados de A e B (Figura 07). Através desses perfis observa-se que na área
do futuro empreendimento a topografia apresenta cotas altimétricas que variam de 609 a
732 metros mostrando uma amplitude de 123 metros.
16

Figura 07. Perfis topográficos de A a B mostrando a diferença de elevação em cada eixo


(agrupamento) dos futuros aerogeradores do Complexo Eólico Alto Castanheira. A linha em
vermelha apresenta o traçado dos perfis.

Perfil a

Perfil b

A B

Fonte: Adaptado do Google Earth (2022)

A área de inserção do empreendimento situa-se, regionalmente, no domínio


morfoestrutural Coberturas Dobradas, que se constituem por planalto realçados por
formas lineares (cristas, barras e sulcos) limitadas por áreas aplanadas, paisagem
resultante da ação de processos de erosão diferencial sobre um relevo de natureza
metassedimentar com rochas dobradas e fraturadas.

Nesse domínio, as influências das estruturas pretéritas, assim como as litotipias


constituintes, combinados com a ajudaram combinadas à altimetria resultaram em forte
dissecação que condiciona ocorrências localizadas de movimentos de massa. As áreas de
estudos estão situadas, precisamente, na região geomorfológica do Planalto da Diamantina
que constitui um conjunto com topografia elevada de altitude média de 1000m, que é
interrompido eventualmente por modelados planos. A morfotipia da região está
condicionada por forte controle estrutural associada a falhas e fraturas. A região foi
modelada sobre litotipias do Grupo Chapada Diamantina compostos por
metaconglomerados, metaritos, metassiltidos. A drenagem é controlada por influencias
litológicas estruturais. O planalto da Diamantina divide águas entre as bacias São Francisco,
Itapicuru e Jacuípe/Paraguaçu.
17

A AII é marcada pela presença da unidade geomorfológica Blocos Planálticos Setentrionais


da Diamantina, conforme Mapa Geomorfológico a seguir. Essa unidade compreende
feições estruturais residuais elevadas correspondentes a uma anticlinal falhada e escavada
cujas bordas escarpadas situam-se no contato entre metaconglomerados e metaarenitos
com metassiltitos e metargilitos. O centro dessa estrutura é ocupado pela depressão
embutida aberta pelo riacho da Bazuá cuja elaboração foi controlada e favorecida por um
sistema de falhas SE-NO e SO-NE. Essa unidade limita-se pelas unidades geomorfológicas
Pediplano Sertanejo ao norte e pela unidade Baixada dos rios jacaré e Salitre ao sul, oeste
e leste.

O Mapa Geomorfológico na Figura 08 apresenta o arranjo espacial da unidade


geomorfológica em relação ao complexo eólico e a rede de drenagem.

Figura 08. Mapa Geomorfológico da região do empreendimento

Fonte: SEI, 2010


18

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo geral


Inventariar a ocorrência da fauna local, caracterizando-a através de levantamento
qualitativo e quantitativo nas áreas de influência do empreendimento, com o intuito de
identificar possíveis impactos gerados sobre a fauna, bem como propor medidas de
mitigação.

2.2. Objetivos específicos


• Caracterizar a fauna local nas áreas de influência do empreendimento;

• Realizar o registro das espécies da macrofauna (mastofauna terrestre,


quiropterofauna, avifauna, herpetofauna) nas áreas de influência do
empreendimento;
• Determinar parâmetros ecológicos, a riqueza e abundância das espécies registradas;

• Detectar os possíveis abrigos utilizados;

• Colher dados sobre a composição, riqueza, abundância e diversidade do grupo


faunístico em questão sob influência dos empreendimentos;

• Identificar a ocorrência de espécies endêmicas, raras e/ou ameaçadas de extinção (ex:


vulnerável, criticamente ameaçada, etc.);

• Verificar a distribuição das espécies ao longo da área de estudo, correlacionando o uso


de habitats específicos;

• Analisar a distribuição espacial e temporal das espécies nas áreas de influência do


empreendimento;

• Identificar possíveis impactos do empreendimento sobre a fauna local;

• Subsidiar informações para proposição de programas ambientais específicos que


mitiguem os possíveis impactos do empreendimento sobre a fauna local.
19

3. JUSTIFICATIVA

No que tange ao desenvolvimento de grandes empreendimentos ao longo dos


remanescentes florestais dos ecossistemas que ocorrem no estado da Bahia, vem-se dando
destaque ao impacto da perda e fragmentação do habitat sobre a fauna silvestre, que
diante de suas características eco-morfofisiológicas conseguem ainda distribuir-se em
ambientes degradados.

A permanente transformação de habitats naturais contínuos em uma paisagem natural


fragmentada, influenciada diretamente pela matriz inóspita, promove a isolamento de
subgrupos populacionais, rompendo o fluxo gênico, tornando-os suscetíveis a eventos
estocásticos, como doenças, mudanças climáticas e desastres naturais (PARDINI et al.,
2010; BARTLETT et al., 2016; DIAS et al., 2019). Sob a interação sinérgica destes impactos,
além da destruição do habitat, as espécies, pelas condições estressantes, podem majorar
o estreitamento do seu range de distribuição, isolando-se ainda mais (DIRZO et al., 2014).

Na instância de uma drástica evolução das mudanças climáticas a nível global, os estados
brasileiros, sob o princípio norteador da redução dos gases do efeito estufa, apesar
aumento do consumo energético, almejam um contínuo avanço dos empreendimentos de
geração de energia elétrica renovável (HERNANDEZ et al., 2014). Associado a esta
preocupação, a demanda energética do país aumenta progressivamente, e sob o princípio
do desenvolvimento sustentável, prioriza-se a instituição de empreendimentos que visem
a geração de energia renovável, visto essencialmente os impactos ambientais e sociais
decorrentes da utilização de fontes derivadas do petróleo.

O empreendimento está inserido no bioma Caatinga que ocupa cerca de 11% do território
nacional, abrangendo os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, rio
Grande do Norte, Ceará, Piauí e Minas Gerais. Representando 70% da cobertura vegetal
das áreas da região Nordeste (IBGE, 2004). Este bioma não tem a devida atenção, por isso
faz-se importante conservar um ecossistema que é endêmico do Brasil.

A Caatinga, como todos os demais ecossistemas, detém uma fauna e flora característicos,
resultantes de inúmeros e complexos processos que conduziram comunidades
características de tempos distintos, à sobreposição (RODRIGUES, 2003). Segundo este
autor, a Caatinga foi, durante muitos anos, subestimada quanto à sua composição e riqueza
de espécies de répteis e anfíbios. Teoricamente este bioma era visto como pobre e pouco
diverso, pensamento que era reflexo do desconhecimento acerca da sua biodiversidade,
que atualmente tem recebido olhar minucioso de especialistas dos mais diversos grupos
biológicos.

Tendo em vista a extensão do processo de descaracterização do domínio fitogeográfico da


Caatinga, apesar de sua relevância biogeográfica e ecológica, pelo uso insustentável dos
recursos naturais, o cenário de degradação torna-se preocupante pelo fomento do
processo de desertificação e consequente perda de espécies (LEAL, TABARELLI & SILVA,
2003, ROCHA et al., 2015), tornando-se demasiadamente necessário o desenvolvimento de
inventários nacionais e programas de monitoramento da diversidade (OLIVEIRA & PESSÔA,
20

2005), em vista a conservação das espécies, as quais apresentam índices significantes de


endemismo (LEAL et al., 2005).

O principal foco deste Plano é realizar o levantamento da fauna local a fim de caracterizar
a composição e as comunidades faunísticas. Dessa forma, o presente documento visa
subsidiar a proposição de programas ambientais para mitigação dos possíveis impactos,
além de responder as legislações específicas.

4. FAUNA PREVISTA PARA A REGIÃO DO COMPLEXO EÓLICO ALTO


CASTANHEIRA

Para a caracterização das espécies da fauna ocorrentes na região de estudo foram extraídos
como dados secundários o levantamento apresentado no Estudo de Médio Impacto
Ambiental (EMI) (CONEXXA, 2019) pertinente ao requerimento da licença prévia do
empreendimento Complexo Eólico Baixo Castanheira junto ao INEMA.

A fauna encontrada na área de influência do empreendimento é generalista, ou seja,


espécies pouco exigentes, que apresentam hábitos alimentares variados, altas taxas de
crescimento e ampla distribuição geográfica. Estes fatores permitem que os animais em
questão vivam em áreas de vegetação mais aberta ou antropizada. Tais animais são
chamados de generalistas por causa do alto grau de tolerância e à capacidade de aproveitar
eficientemente diferentes recursos oferecidos pelo ambiente.

4.1. Herpetofauna
A partir dos dados registrados in loco e dos dados secundários do Estudo de Médio Impacto
Ambiental (EMI) (CONEXXA, 2019) foram registradas 13 espécies de anfíbios anuros e 27
espécies de répteis, dos quais 14 foram lagartos, 10 serpentes, 1 quelônio e 1 crocodiliano.

4.2. Anfíbios
Das espécies de anfíbios identificados durante os períodos de amostragem, todas foram
registradas em áreas adjacentes ao riacho do Mari, um dos afluentes do rio Jacaré. Dessas
espécies, as famílias mais amostradas são a Hylidae (2 spp.) e Leptodactylidae (2 spp.),
seguidas da família Bufonidae (1 sp.).

Na família Hylidae, Scinax x-signatus é uma espécie distribuída na América do Sul,


ocorrendo em habitats não florestados do norte da Colômbia, Venezuela e Suriname
(FROST, 2018). No Brasil ocorre no leste, Sul e Sudeste, habitando áreas de Mata Atlântica
e Caatinga (FREITAS e SILVA, 2007). Normalmente é encontrada vocalizando na vegetação
próxima a corpos d’água permanentes ou temporários (IZECKSON e CARVALHO-E-SILVA,
2001), assim como foi registrada na área de estudo, sobre galhos na borda de uma área
alagada. Boana crepitans foi a segunda espécie desta família, registrada a partir da
vocalização, em uma área de habitação humana. Essa é uma espécie que se distribui de
Goiás até o Nordeste na Paraíba e a sudeste no Rio de Janeiro (FROST, 2018). Na Bahia,
21

habita áreas abertas em diferentes ecossistemas e pode ser encontrada associada a


construções humanas (FREITAS e SILVA, 2007)

Da família Leptodactylidae registou-se a espécie Leptodactylus macrosternum, durante o


período noturno, através de procura visual ativa na vegetação da borda de uma área
alagada. Distribui-se amplamente pela América do Sul, ocorrendo na Colômbia, Venezuela,
Guianas e do Brasil até a Bolívia (FROST, 2018). Essa é uma espécie de médio a grande porte
e que pode ser considerada comum e relativamente abundante nas áreas em que ocorre,
além de tolerar alguns locais com alterações ambientais, podendo ser encontrada em áreas
próximas a habitações humanas. Leptodactylus fuscus é uma espécie pequena, que alcança
no máximo 5 cm de comprimento, distribui-se pelo nordeste brasileiro ocupando tanto
áreas abertas, quanto ambientes florestados (FREITAS e SILVA, 2007). Foi registrado por
meio da sua vocalização, na vegetação próxima ao riacho do Mari.

Da família Bufonidae, Rhinella granulosa pode ser considerada uma espécie abundante e
comum nas áreas abertas das caatingas nordestinas (FREITAS e SILVA, 2007). No Brasil,
ocorre desde o norte do Rio de Janeiro até o leste de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia,
Piauí além do Maranhão até Pernambuco e Rio Grande do Norte. Quando comparadas com
outras espécies dessa família, pode ser considerada de pequeno porte com pequenos
grânulos sobre a parte dorsal do corpo e com as glândulas parótides pouco aparentes. Foi
encontrada dentro das áreas alagadas nas margens do afluente do riacho do Mari.

A amostragem reduzida de espécies de anfíbios e concentrada apenas nas áreas em que


existia a presença de corpos d’água pode ser interpretada como um reflexo da condição
climática em que as campanhas de amostragem ocorreram. Os anfíbios apresentam
dependência por ambientes úmidos e no semiárido possuem estratégias para a
sobrevivência em ambientes com altas temperaturas e baixa disponibilidade de água
durante o ano, sendo esses os fatores que podem determinar sua ocorrência e distribuição
(BUCKLEY e JETZ, 2007). Esses organismos podem ter seus ciclos anuais reduzidos,
apresentando atividade apenas durante dois ou três meses no ano (associada ao período
das chuvas), portanto a amostragem em períodos secos dificulta o levantamento das
espécies. Além disso, algumas espécies permanecem em abrigos para evitar a perda de
água (JARED et al., 2005) ou podem apresentar o comportamento de estivação (PEREIRA,
2009), o que dificulta ainda mais o encontro destes animais que podem estar enterrados
em grandes profundidades

4.3. Répteis
Entre os répteis (lagartos), a família mais representativa foi a Tropiduridae (3 spp.) seguida
pela Teiidae (2 spp.), Phyllodactylidae (2 spp.), Geckonidae (2 spp.) e Iguanidae (1 sp).
Tropidurus hispidus foi a espécie mais abundante da família, sendo registrado em todos os
pontos amostrais. É uma espécie que se distribui por todo nordeste da América do Sul,
Serra do Espinhaço e atinge seu limite no Sul de Minas Gerais (RODRIGUES, 1987). Ocorre
em simpatria com várias outras espécies de Tropidurus, sendo na área de estudo simpátrico
com T. cocorobensis e T. semitaeniatus. Pode alcançar tamanho grande e distingue-se por
não apresentar bolsa de acarianos na virilha (RODRIGUES, 1987). Apresenta ampla
tolerância ecológica, sendo uma espécie que apresenta capacidade de colonização de áreas
22

abertas, além disso, tolerante a ambientes antropizados (RODRIGUES, 1987), sendo visto
em centros urbanos. Tropidurus cocorobensis é uma espécie endêmica da Caatinga,
apresentando populações separadas ao longo da sua distribuição que exibem diferentes
padrões de coloração (FREITAS e SILVA, 2007). Apresenta duas bolsas rasas de acarinos no
pescoço e podem apresentar o comportamento de se enterrar na areia, como registrado
por um indivíduo na área de estudo.

Um único exemplar de Tropidurus semitaeniatus foi registrado por encontro ocasional nas
áreas de influência do empreendimento, em um ponto onde pode ser observado um grupo
numeroso de mocós (Kerodon rupestris), caracterizado por ser um local com afloramento
rochoso. Tropidurus semitaeniatus distribui-se por toda Caatinga nordestina, sempre
associada a formações rochosas. Na área de estudo foi registrada ainda uma provável
quarta espécie, que por apresentar diferenças morfológicas com as demais espécies já
citadas foi identificada como Tropidurus sp., podendo se tratar de uma espécie até então
não descrita ou que necessita ser revista por especialistas no grupo taxonômico. Por
apresentar afinidades com Tropidurus cocorobensis (espécie endêmica da Caatinga), tanto
morfologicamente como no comportamento de se enterrar, trata-se de uma espécie de
interesse científico e alvo de monitoramento, seja ela uma espécie não descrita ou uma
variação morfológica, que precisa ser investigada ao longo da sua distribuição.

Da família Teiidae foram registradas duas espécies: Ameivula nigrigula e Ameivula


ocellifera. Ambas são espécies de lagartos diurnos e forrageadores ativos, que se deslocam
continuamente no solo ou no folhiço em busca de alimento. Apresentam o corpo fusiforme,
cauda longa e focinho pontudo. Uma diferença marcante entre as espécies registradas é
que A. nigrigula possui a região do papo gular e ocasionalmente a região supralabial de
coloração preta (ARIAS et al., 2011). Além disso, A. ocellifera apresenta uma distribuição
mais ampla ocorrendo em toda região Nordeste, habitando diferentes tipos de ambientes
(FREITAS e SILVA, 2007).

Gymnodactylus geckoides e Phyllopezus pollicaris são espécies da família Phyllodactylidae,


noturnas e geralmente associadas a troncos em decomposição. G. geckoides é uma espécie
pequena, que normalmente é encontra deslocando-se no folhiço ou em troncos em
decomposição no solo. Ressalta-se que foi registrada em todos os pontos amostrais. Já P.
pollicaris é uma espécie de lagarto de médio porte, com o corpo ligeiramente comprimido
dorsoventralmente e cauda robusta. Esses lagartos apresentam lamelas digitais que não se
dividem e o primeiro artelho (das patas anteriores e posteriores) reduzido, sendo
encontrados em troncos em decomposição, cascas de árvores no solo ou na parte superior
da vegetação.

Da família Geckonidae, Hemidactylus brasilianus é uma espécie que se distribui por toda
Caatinga nordestina, restingas e matas de altitude no Ceará (FREITAS e SILVA, 2007). Possui
hábito noturno, mas pode apresentar hábitos terrestres e arborícolas (RODRIGUES, 2003),
sendo comumente encontrados em cascas de árvores secas. Foi registrada através de AIQ
e PVA. Lygodactylus klugei é uma espécie de pequeno porte (podendo alcançar pouco mais
de 5 cm) e que se distribui pela Caatinga nordestina, podendo também ser encontrado em
áreas litorâneas do Ceará. Diurna, sendo normalmente encontrada no tronco das árvores.
Sempre foi registrada através da PVA, sendo encontrada em 5 pontos.
23

O registro da Iguana iguana foi realizado por meio indireto, através de rastros. Foi possível
identificar a conformação morfológica das patas, com dedos alongados e presença de
unhas, de um indivíduo adulto, fase da vida em que passam a maior parte do tempo na
copa das árvores. São lagartos de grande porte, que se caracterizam por apresentar crista
dorsal, uma escama bem desenvolvida e arredondada abaixo dos tímpanos e prega gular.
O registro foi realizado na mata ciliar do riacho dos Bois.

Em relação às serpentes foram encontradas durante os períodos de amostragens, três


espécies. Philodryas nattereri, popularmente conhecida como corredeira, é uma serpente
diurna, opistóglifa, que pode alcançar até 1,8 m. Distribui-se por todo o Nordeste brasileiro,
podendo ocorrer na Caatinga ou Mata Atlântica, com exceção no Sul da Bahia (FREITAS e
SILVA, 2007). Foi registrada enquanto se deslocava na parte superior da vegetação, no
período noturno. Pseudoboa nigra também é uma espécie da família Dipsadidae, que
habita todo o Nordeste brasileiro, sendo encontra em áreas abertas de Caatinga e Mata
Atlântica (ARGÔLO, 2004), além de Cerrados (NASCIMENTO e CUNHA, 1983). É uma espécie
crepuscular e noturna, sendo registrada por meio de encontro ocasional no solo, enquanto
se deslocava no período noturno.

A única espécie de importância médica encontrada foi Bothrops erythromelas, a espécie de


jararaca mais comum nas áreas de Caatinga da Bahia. É considerada a menor espécie de
jararaca continental do Brasil, alcançando até 70 cm de comprimento (BRAZIL, 2010). Seu
padrão de coloração pode variar ao longo da sua distribuição, mas apresenta uma faixa de
coloração escura atrás do olho e um padrão de manchas em “v” invertido ao longo do
corpo. Assim como a maior parte das viperídeas, é uma serpente noturna, terrícola e pode
ser causadora de acidentes com humanos. Na Bahia foi apontada como a causadora de 1%
dos acidentes que tiveram a confirmação da serpente agressora, sendo alguns sintomas do
envenenamento: alteração do tempo de coagulação sanguínea, necrose, bolhas, abscesso
local e em alguns casos evoluir para insuficiência renal (BRAZIL, 2010). Assim como outras
viperídeas, essa espécie preda preferencialmente mamíferos, principalmente pequenos
roedores e marsupiais (ARGÔLO, 2004), apresentando importância ecológica ligada ao
controle da população de roedores.

Phrynops geoffroanus é uma espécie de quelônio da família Chelidae, que pode alcançar
grande porte. Vive em lagoas e rios, sendo uma das espécies mais encontradas na bacia do
rio São Francisco (FREITAS e SILVA, 2007), mas também é encontrada nas bacias dos rios
Amazonas, Tocantins, Paraná, Uruguai e bacias do Atlântico Norte, Nordeste, Leste e
Sudeste (VOGT et al., 2015). Pode ser considerada uma espécie que ocorre em uma grande
diversidade de habitats, podendo tolerar ambientes com algum grau de urbanização.
Foram encontrados dois indivíduos (1 adulto e 1 juvenil) no período diurno em uma
nascente no riacho do Mari, um dos afluentes do rio Jacaré, local muito utilizado pela
comunidade para lazer.

Três indivíduos de crocodilianos foram registrados, mas como não foi possível coletar e
nem fotografar de modo que permitisse a identificação, esses dados estão apresentados
apenas de forma qualitativa. A partir de entrevistas com os moradores foi possível
identificar que na região ocorre uma das três espécies registradas para a Caatinga: Caiman
latirostris. Distribui-se na região sudeste da América do Sul, sendo encontrado na
24

Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. Na Caatinga pode ser encontrado em rios e
áreas alagadas, com certa abundância registrada na bacia do São Francisco (FILOGÔNIO et
al., 2010). Possuem machos que alcançam tamanhos maiores (atingindo até 3 m), sendo o
tamanho médio dos adultos entre 1,5 e 2 m de comprimento total (VERDADE, 2001). É uma
espécie que tolera algum nível de alteração ambiental, mas que está sujeita a uma
complexa pressão antrópica em relação a sua conservação, já que suas populações naturais
estão distribuídas em áreas densamente ocupadas no Brasil, com ambientes bastante
alterados (COUTINHO et al., 2013).

4.4. Avifauna
De acordo com o EMI do Complexo Eólico Baixo Castanheira, foram identificadas 92
espécies de aves para as áreas de influência, distribuídas em 33 famílias, das quais as mais
diversas foram: Tyrannidae e Thraupidae, ambas com 8 espécies registradas;
Thamnophilidae com 7 espécies registradas; Accipitridae e Trochilidae, ambas com 6
espécies. Este resultado corresponde a 16,78% das aves registradas por Silva et al. (2003)
para a Caatinga.

Entre as espécies de aves registradas, 16 são consideradas endêmicas do Brasil seguindo o


Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos - CBRO (PIACENTINI et al., 2015). Penelope
jacucaca (Spix, 1825), Anopetia gounellei (Boucard, 1891), Nystalus maculatus (Gmelin,
1788), Picumnus pygmaeus (Lichtenstein, 1823), Eupsittula cactorum (Kuhl, 1820),
Herpsilochmus sellowi (Whitney & Pacheco, 2000), Sakesphorus cristatus (Wied, 1831),
Thamnophilus pelzelni (Hellmayr, 1924), Megaxenops parnaguae (Reiser, 1905),
Pseudoseisura cristata (Figura 5.61), (Spix, 1824), Phacellodomus rufifrons (Wied, 1821),
Hylophilus amaurocephalus (Nordmann, 1835), Cyanocorax cyanopogon (Wied, 1821),
Icterus jamacaii (Gmelin, 1788), Paroaria dominicana (Linnaeus, 1758) e Sporophila
albogularis (Spix, 1825).

Das espécies endêmicas relacionadas à Caatinga, cinco apresentam ampla distribuição ao


longo do bioma (SICK, 1997; SILVA et al., 2003): Penelope jacucaca, Picumnus pygmaeus,
Sakesphorus cristatus, Sporophila albogularis e Paroaria dominicana.

Baseando-se nas listagens da IUCN (2018) e do ICMBio (2016), foram identificadas duas
espécies de aves com algum grau de ameaça para as áreas de influência: a ema (Rhea
americana) apontada como “Quase Ameaçada” pela na lista IUCN (2018) e a jacucaca
(Penelope jacucaca), considerada como “Vulnerável” tanto na lista do ICMBio (2016),
quanto na lista da IUCN (2018).

Com relação à classificação de sensibilidade das espécies em relação aos distúrbios


antrópicos, aquelas com baixa sensibilidade foram as mais abundantes, representando 72%
(n = 61), seguidas pelas de média sensibilidade com 26% (n=22) e alta com apenas duas
espécies, representando 2% (n=2) do total. Segundo Stotz et al. (1996), aves que estão
associadas à vegetação arbustiva seca são relativamente tolerantes às perturbações do
ambiente. Uma das possíveis explicações é que por estarem submetidas de maneira
contínua ao estresse causado por mudanças climáticas sazonais, tanto em escala ecológica
como histórica em seu ambiente, essas espécies conseguem adequar sua diversidade
25

comportamental para suportar modificações causadas por pressões antrópicas quando em


ambiente mais estável, o que corrobora a predominância de espécies de baixa sensibilidade
presentes na região estudada.

Dentre as espécies, a Penelope jacucaca (Spix, 1825) e Megaxenops parnaguae (Reiser,


1905) apresentaram uma alta sensibilidade, pois segundo Stotz et al. (1996), esse fato se
deve, possivelmente, a sua distribuição geográfica ser restrita ao Nordeste do Brasil,
habitando florestas densas da Caatinga.

Por meio do método de ponto de escuta foram registradas 73 espécies, com 263 registros.
As duas espécies mais frequentes na AID e AII foram: Eupsittula cactorum (n= 28) e
Chlorostilbon lucidus (n= 19).

4.5. Mastofauna
Mamíferos de médio e grande porte são elementos-chave para o ecossistema, pois
desempenham um importante papel na prestação de serviços ecológicos essenciais para o
ambiente e estruturação das comunidades biológicas bem como na manutenção e
regeneração das florestas (CUARÓN, 2000; JONES & SAFI, 2011).

A perda e modificação de habitats naturais têm sido consideradas as maiores ameaças à


conservação da diversidade e o principal agente perturbador das comunidades de
mamíferos (CUARÓN, 2000; PORRAS et al., 2016).

A continuidade de habitats que ocorro na APA Boqueirão da Onça é importante na


manutenção de grandes mamíferos, principalmente carnívoros, que necessitam de
extensas áreas e recursos específicos para sobreviver (ASTETE et al., 2008).

4.6. Mastofauna terrestre


No EMI do Complexo Eólico Baixo Castanheira, foram realizados 396 registros, dos quais 38
se deram através das armadilhas fotográficas, 10 por armadilhas de contenção viva e 348
por meio de registros diretos e indiretos obtidos durante a realização de busca ativa. Do
total de registros obtidos, foi possível identificar 30 espécies de mamíferos terrestres,
distribuídos em sete ordens e 13 famílias, o que representa 16,21% das espécies de
mamíferos para a Caatinga.

O estudo registrou duas espécies consideradas endêmicas do Bioma em questão, Kerodon


rupestres, que é encontrado em ambientes rochosos e Wiedomys pyrrhorhinos, que é
arborícola. Merece destaque também as sete espécies que aparecem inseridas em alguma
categoria de ameaça nas seguintes listas: (1) Lista estadual da Bahia (Bahia, 2017); (3) Lista
Nacional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio, 2014); e
(3) Lista Mundial da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, 2018).

Segundo a IUCN (2018), Leopardus tigrinus, Myrmecophaga tridactyla, Tayassu pecari e


Tolypeutes tricinctus encontram-se categorizada como “Vulnerável”. Na lista do ICMBio
(2014), Leopardus tigrinus e Tolypeutes tricinctus encontram-se “Em Perigo” (EN) e
Kerodon rupestres, Myrmecophaga tridactyla, Puma concolor, Puma yagouaroundi,
26

Tayassu pecari estão “Vulneráveis”. Já na lista estadual (2017), Leopardus tigrinus e


Tayassu pecari são considerados “Em Perigo” e Myrmecophaga tridactyla, Leopardus
pardalis, Leopardus tigrinus, Puma concolor e Puma yagouaroundi foram categorizados
como “Vulneráveis”.

As Ordens taxonômicas mais expressivas em número de espécies foram Carnivora (S=6),


Rodentia (S=5) e Cingulata (S=4). Tal resultado era esperado uma vez que, dentre os
mamíferos terrestres de médio e grande porte, Carnivora é a segunda ordem com maior
número de espécies, ficando atrás apenas da ordem Primates (REIS et al., 2011; PAGLIA et
al., 2012), que para a região são conhecidas poucas espécies. Já as ordens Didelphimorphia
e Rodentia, que constituem o grupo dos pequenos mamíferos, são os mais diversos nas
florestas neotropicais (EISENBERG e REDFORD, 1999, REIS et al., 2011, PAGLIA et al., 2012).

As espécies com maior número de registros foram o preá Galea spixii (N=85) e a raposa
Cerdocyon thous (N=53). Já a catita Monodelphis domestica e o tamanduá-bandeira
Myrmecophaga tridactyla obtiveram apenas um registro. O preá é o mamífero mais
abundante da Caatinga e a raposa Cerdocyon thous é a espécie mais comum de canídeo
brasileira, comumente encontrada utilizando áreas alteradas e habitadas pelo homem e
mais frequentemente em bordas de matas (FONSECA et al., 1996; BEISIEGEL, 1999;
WOZENCRAFT, 2005).

Para Vieira et al. (2003), a riqueza e a abundância de espécies estão ligadas ao nível de
degradação do ambiente e ao tamanho do fragmento abordado, fatores que influenciam
de forma direta na composição da Mastofauna, principalmente as espécies de grande
porte, que necessitam de amplo espaço para sua sobrevivência e desempenho de seu papel
ecológico na natureza.

4.7. Mastofauna voadora


A amostragem com métodos complementares para a Quiropterofauna levantou o registro
de 14 táxons, sendo três espécies registradas por meio das capturas nas redes de neblina
e 11 espécies/sonotipos pelas gravações dos chamados de ultrassons. As redes de neblina
foram capazes de capturar seis indivíduos, sendo cinco da família Phyllostomidae e uma
espécie de Vespertilionidae. Adicionalmente, o monitoramento bioacústico registrou 11
táxons/sonotipos de três famílias: uma espécie de Emballonuridae, cinco de Molossidae e
cinco de Vespertilionidae. Todas as espécies registradas pelo monitoramento bioacústico
pertencem à guilda insetívora, enquanto que os morcegos capturados nas redes de neblina
estão classificados em hematófago (Desmodus rotundus), nectarívoro (Glossophaga
soricina) e insetívoro (Myotis lavali).

Entre os morcegos insetívoros, registrados pelo monitoramento bioacústico, todas as


espécies registradas são consideradas como insetívoros aéreos, com exceção de Myotis
nigricans que pode forragear em bordas de vegetação (KALKO et al., 1996). Ainda que
poucas espécies de morcegos tenham sido registradas, eles, os quirópteros, são
considerados um excelente grupo bioindicador da qualidade ambiental, principalmente por
apresentarem uma elevada diversidade trófica (PATTERSON et al., 2003), o que confere o
uso de diferentes ambientes, considerando variados graus de conservação (FENTON et al.,
27

1992; ESTRADA-VILLEGAS et al., 2010; KUNZ et al., 2011). Para efetivar o inventário desse
grupo sugere-se uma nova amostragem utilizando métodos de captura no período
chuvoso, quando a atividade desses animais aumenta e com isso existe a chance de
registrar uma maior riqueza local.

4.8. Lista de espécies registradas nas Áreas de Influência do


empreendimento
Tabela 02. Lista de espécies registradas nas AID e AII do Complexo Eólico Baixo Castanheira, BA
Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Amphibia
Anura Familia Rhinela granuloso Sapo-de-verruga LC -
Anura Bufonidae Rhinela jimi Sapo--cururu LC -
Anura Bufonidae Rhinela crucifer Sapo--cururu LC -
Perereca-raspa-
Anura Bufonidae Scinax x-signatus LC -
cuica
Anura Hylidae Dendrosaphus braneri Perereca LC -
Anura Hylidae Dendropiphus minutus Perereca LC -
Anura Hylidae Dendropiphus oliveiorai Perereca LC -
Anura Hylidae Bokermonnohylo sp. Perereca LC -
Trochycephallus
Anura Hylidae Perereca LC -
mesophaeus
Anura Hylidae Phyllomedusa bahiana Perereca LC -
Anura Hylidae Scinax eurydice Perereca LC -
Anura Hylidae Scinax pachychrus Perereca LC -
Perereca-de-
Anura Hylidae Corythomantis grenningi LC -
capacete
Anura Hylidae hypsiboas crepitans Perereca-cinza LC -
Anura Hylldae Pithecopus nordestinus Perereca-verde DD -
Anura Cerathrophldae Leptodactylus latrans Rã LC LC
Anura Leptodactylide Leptodactylus vastus Rã-pimenta LC -
Anura Leptodactylide Leptodactylus fuscus Caçote LC -
Anura Leptodactylide Pleurodemo diploister Saponho--de-areia LC -
Leptodoctylus
Anura Leptodactylide Caçote-pintado LC -
troglodytes
Anura Leptodactylide Physalaemus albifrons Rã LC -
Anura Leiuperidae Physalaemus cicada Ranzinha LC -
Anura Leiuperidae Pseudopaludicolo sp. Rã - -
Anura Leiuperidae Pleurodema diplolister Rã LC -
Anura Leiuperidae Dermatonotus muelleri Rã LC -
Anura Microhylidae Odontophrynus sp. Rã - -
Odontophrynus
Anura Odontophrynidae Sapo-cavador LC -
carvalhoi
28

Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Sapinho-da-
Anura Odontophrynidae Proceratophrys cristiceps LC -
caatinga
Anura Odontophrynidae Ceratophrys joazeirensis Sapo-boi DD -
Anura Odontophrynidae Ischnocnema sp. Rã - -
Anura Brachycephalidae Haddadus aramunha Rã DD -
Reptilia
Squamata lguanidae Iguana iguana Iguana NE -
Squamata lguanidae Polychrus acutirostris CamaleãozInho LC -
Squamata Polychrotidae Ameiva ameiva Calango-verde NE -
Squamata Teiidae Ameivula nigrigulo Calanguinho LC -
Squamata Teiidae Ameivula ocellifera Calanguinho NE -
Squamata Teiidae Salvator merianae Taiu LC -
Squamata Tropiduridae Tropidurus cocorobensis Lagartixa NE -
Squamata Tropiduridae Tropidurus hispidus Godô LC -
Squamata Tropiduridae Tropidurus semitaniatus Lagartixa LC -
Squamata Tropiduridae Lygodactylus klugei Briba-de-pau LC -
Squamata Geckonidae Hemidactylus brasilianus Briba-rabo-grosso NE -
Squamata Geckonidae Phyllopezus pollicaris Briba-grande NE -
Gymnodactylus
Squamata Phyllodactylidae Briba-de-folhiço NE -
geckoides
Lagartinho-de-
Squamata Phyllodactylidae Acratosaura mentalis LC -
areia
Psilophthalmus
Squamata Gyrrrnophtalmidae Lagarto NT -
paeminosus
Vanzossaura Calango-rabo-
Squamata Gyrrrnophtalmidae LC -
multiscutata verrnelho
Lagarto-rabo-
Squamata Gyrrrnophtalmidae Vanzossaura rubricauda LC -
vernelho
Procellosaurinus
Squarnata Gyrrrnophtalmidae Lagarto LC LC
erythrocercus
Squarnata Gyrrrnophtalmidae Basiliscus heathi Briba-brilhante -
Squarnata Scincidae Boa constrictor Jibóia LC -
Squarnata Boidae Epicrates assisi Salamanta NE -
Squamata Boidae Spiloters pullotus Caninana - -
Squamata Colubridae Tantilo marcovani Cobra - -
Squamata Colubridae Leptophis ahaetulla Cipó-verde NE -
Squamata Colubridae Oxybells aeneus Cipó-bicuda LC -
Squamata Colubridae Bolruno sertaneja Cobra-preta LC -
Squamata Dlpsadidae Phyloodryos nattereri Corre-campo LC -
Squamata Dlpsadidae Rodriguesophis chui Cobra LC EN
Thamnodynastes
Squamata Dlpsadidae Cobra LC -
pallidus
Squamata Dlpsadidae Pseudoboa nigra Cobra-preta NE -
29

Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Tropidurus
Squamata Dlpsadidae Lagartixa NE -
semitaeniatus
Squamata Colubridae Tantilla melanocephala Cobra LC -
Squamata Colubridae Oxybelis aeneus Cipó-bicuda LC -
Squamata Colubridae Boiruna sertaneja Cobra-preta LC -
Squamata Dipsadldae Philodryas nattererI Corre-campo NE -
Thamnodynastes
Squamaia Dipsadldae Jararaquinha LC -
sertanejo
Squamata Dlpsadidae Apostolepis sp. Cobra - -
Squamata Dlpsadidae Oxyrhopus trigeminus Falsa-coral NE -
Squamata Dlpsadidae Micrurus ibiboboca Coral-verdadeira NE -
Bothropoides
Squamata Elapidae Jararaca JC -
erythromelas
Squamata Viperidae Crotalus durissus Cascavel LC -
Amphisbaena Cobra-duas-
Amphisbaena Viperidae LC -
vermicularis cabeças
Cobra-duas-
Amphisbaena Amphisbaenidae Amphisbaena lepostego - -
cabeças
Cágado-d·água-
Testudines Amphisbaenidae Phrynops geojfroanus - -
grande
Jacaré-do-papo-
Crocodylia Chelidae Caiman latirostris LC -
amarelo
Ave
Rheiformes Rheidae Rhea americana ema LC LC
Galliformes Cracidae Penelope jacucaca jacucaca VU VU
urubu-de-cabeça-
Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura LC LC
vermelha
urubu-de-cabeça-
Cathartiformes Cathartidae Cathartes burrovianus LC LC
amarela
Cathartiformes Cathartidae Coragyps atratus urubu-preto LC LC
Cathartiformes Cathartidae Sarcoramphus papa urubu-rei LC LC
Accipitriformes Accipitridae Gampsonyx swainsonii gaviãozinho LC LC
Geranospiza
Accipitriformes Accipitridae gavião-pernilongo LC LC
caerulescens
Heterospizias
Accipitriformes Accipitridae gavião-caboclo LC LC
meridionalis
Accipitriformes Accipitridae Rupornis magnirostris gavião-carijó LC LC
gavião-de-cauda-
Accipitriformes Accipitridae Buteo brachyurus LC LC
curta
Geranoaetus
Accipitriformes Accipitridae águia-serrana LC LC
melanoleucus
Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis quero-quero LC LC
rolinha-fogo-
Columbiformes Columbidae Columbina squammata LC LC
apagou
Columbiformes Columbidae Columbina picui rolinha-picuí LC LC
Columbiformes Columbidae Patagioenas picazuro pomba-asa-branca LC LC
30

Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Columbiformes Columbidae Zenaida auriculata avoante LC LC
Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana alma-de-gato LC LC
Cuculiformes Cuculidae Crotophaga ani anu-preto LC LC
Cuculiformes Cuculidae Guira guira anu-branco LC LC
Cuculiformes Cuculidae Tapera naevia saci LC LC
Strigiformes Strigidae Glaucidium brasilianum caburé LC LC
Strigiformes Strigidae Megascops choliba corujinha-do-mato LC LC
Strigiformes Strigidae Athene cunicularia coruja-buraqueira LC LC
Caprimulgiformes Caprimulgidae Hydropsalis torquata bacurau-tesoura LC LC
rabo-branco-de-
Apodiformes Trochilidae Anopetia gounellei LC LC
cauda-larga
Apodiformes Trochilidae Eupetomena macroura beija-flor-tesoura LC LC
beija-flor-
Apodiformes Trochilidae Chrysolampis mosquitus LC LC
vermelho
besourinho-de-
Apodiformes Trochilidae Chlorostilbon lucidus LC LC
bico-vermelho
beija-flor-de-
Apodiformes Trochilidae Chrysuronia versicolor LC LC
banda-branca
rabo-branco-
Apodiformes Trochilidae Phaethornis pretrei LC LC
acanelado
rapazinho-dos-
Galbuliformes Bucconidae Nystalus maculatus LC LC
velhos
martim-pescador-
Coraciiformes Alcedinidae Chloroceryle amazona LC LC
verde
pica-pau-
Piciformes Picidae Veniliornis affinis LC LC
avermelhado
rolinha-de-asa-
Columbiformes Columbidae Columbina minuta LC LC
canela
Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti rolinha-roxa LC LC
bico-virado-da-
Passeriformes Furnariidae Megaxenops parnaguae LC LC
caatinga
Passeriformes Furnariidae Pseudoseisura cristata casaca-de-couro LC LC
Passeriformes Furnariidae Phacellodomus rufifrons joão-de-pau LC LC
bico-chato-
Passeriformes Rhynchocyclidae Tolmomyias flaviventris LC LC
amarelo
Passeriformes Rhynchocyclidae Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio LC LC
Hemitriccus sebinho-de-olho-
Passeriformes Rhynchocyclidae LC LC
margaritaceiventer de-ouro
Passeriformes Dendrocolaptidae Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde LC LC
Lepidocolaptes arapaçu-de-
Passeriformes Dendrocolaptidae LC LC
angustirostris cerrado
papa-moscas-do-
Passeriformes Tyrannidae Stigmatura napensis LC LC
sertão
Camptostoma
Passeriformes Tyrannidae risadinha LC LC
obsoletum
guaracava-de-
Passeriformes Tyrannidae Elaenia flavogaster LC LC
barriga-amarela
31

Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
guaracava-de-
Passeriformes Tyrannidae Elaenia cristata LC LC
topete-uniforme
Passeriformes Tyrannidae Phaeomyias murina bagageiro LC LC
Passeriformes Tyrannidae Myiarchus swainsoni irré LC LC
Passeriformes Tyrannidae Pitangus sulphuratus bem-te-vi LC LC
Passeriformes Tyrannidae Megarynchus pitangua neinei LC LC
bentevizinho-de-
Passeriformes Tyrannidae Myiozetetes similis LC LC
penacho-vermelho
Passeriformes Tyrannidae tyrannus melancholicus suiriri LC LC
Passeriformes Tyrannidae Tyrannus savana tesourinha LC LC
Hylophilus vite-vite-de-olho-
Passeriformes Vireonidae LC LC
amaurocephalus cinza
Passeriformes Vireonidae Cyclarhis gujanensis pitiguari LC LC
Passeriformes Corvidae Cyanocorax cyanopogon gralha-cancã LC LC
Passeriformes Troglodytidae Troglodytes musculus corruíra LC LC
balança-rabo-do-
Passeriformes Polioptilidae Polioptila atricapilla LC LC
nordeste
Passeriformes Turdidae Turdus leucomelas sabiá-barranco LC LC
Passeriformes Mimidae Mimus saturninus sabiá-do-campo LC LC
Passeriformes Icteridae Icterus jamacaii corrupião LC LC
Passeriformes Icteridae Icterus pyrrhopterus encontro LC LC
Passeriformes Icteridae Gnorimopsar chopi pássaro-preto LC LC
asa-de-telha-
Passeriformes Icteridae Agelaioides fringillarius LC LC
pálido
Passeriformes Icteridae Molothrus bonariensis chupim LC LC
cardeal-do-
Passeriformes Thraupidae Paroaria dominicana LC LC
nordeste
saíra-de-chapéu-
Passeriformes Thraupidae Nemosia pileata LC LC
preto
Passeriformes Thraupidae Tachyphonus rufus pipira-preta LC LC
Passeriformes Thraupidae Coereba flaveola cambacica LC LC
Passeriformes Thraupidae Sporophila albogularis golinho LC LC
Passeriformes Thraupidae Sporophila nigricollis baiano LC LC
Passeriformes Thraupidae Saltatricula atricollis batuqueiro LC LC
Passeriformes Thraupidae Coryphospingus pileatus tico-tico-rei-cinza LC LC
Passeriformes Thraupidae Thraupis sayaca sanhaço-cinzento LC LC
Passeriformes Cardinalidae Cyanoloxia brissonii azulão LC LC
Passeriformes Fringillidae Euphonia chlorotica fim-fim LC LC
Passeriformes Passeridae Passer domesticus pardal LC LC
Mammalia
Dldelphlmorphla Passerldae Didelphis albiventris Sariguê LC -
Dldelphimorphia Dldelphldae Gracilinanus agilis Cuica LC -
32

Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Didelphimorphia Dldelphldae Monodelphis domestica Catita LC -
Cingulata Didelphidae Dasypus novemcintus Tatu-verdadeiro LC LC
Cingulata Dasypodidae Dasypus septencinctus Tatu-china LC LC
Cingulata Dasypodidae Euphractus sexcinctus Tatu-peba LC LC
Cingulata Dasypodidae Tolypeutes tricinctus Tatu-bola VU EN
Myrmecophaga Tamandua-
Pilosa Myrmecophagidae VU VU
tridactyla bandeira
Pilosa Myrmecophagidae Tamandua tetradactyla Tamandua-mirim LC LC
Primates Myrmecophagidae Callithrix penicillata Mico LC LC
Rodentia Callithrichidae Dasyprocta sp. Cutia - -
Rodentia Dasyproctidae Cuniculus paca Paca LC -
Rodentia Agoutidae Cavia aperea Prea LC -
Rodentia Caviidae Galea spixii Mocozinho LC -
Rodentia Caviidae Kerodon rupestres Mocozinho LC -
Rodentia Caviidae Wiedomys pyrrhorhinos Rato-da-caatin,ga LC -
Rato-de-rabo-
Rodentla Cricetidae Thrichomys apereoides LC -
grosso
Rodentia Echlmyidae Thrichomys albispinus Rato-de-espinhos LC -
Lagomorpha Echlmyidae Sylvilagus brasiliensis Tapeti EN -
Carnlvora Leporldae Cerdocyon thous Raposlnha LC -

Carnlvora Canidae Leopardus tigrinus Gato-do-mato EN


VU
Carnlvora Fellidae Leopardus pardalis Jaguatirica LC -
Carnlvora Fellidae Puma concolor Sussuarana LC VU
Carnívora Fellidae Puma yagouaroundi Gato-mourisco LC -
Carnlvora Fellidae Ponthera onca Onça-pintada NT -
Carnivora Fellidae Galictis cuja Furão LC -
Carnívora Mefitídeos Conepatus semistriatus Jaritataca LC -
Artiodactyla Mephitidae Mazama gouazoubira Veado-catingueiro LC -
Artiodactyla Cervidae Pecari tajacu Caititu LC -
Artiodactyla Tayassuidae Tayassu pecari Queixada VU VU
Centronycteris
Chiroptera Tayassuidae Morcego LC -
maximiliani
Chiroptera Emallonuridae Diclidurus albus Morcego LC -
Chiroptera Emallonuridae Peropteryx kappleri Morcego LC -
Chiroptera Emallonuridae Peropteryx macrotis Morcego LC -
Chiroptera Emallonuridae Rhynchonycteris naso Morcego LC -
Chiroptera Emallonuridae Saccopteryx bifinett Morcego - -
Chiroptera Emallonuridae saccopteryx leptura Morcego LC -
Chiroptera Emallonuridae Furipterus horrens Morcego LC VU
Chlroptera Furipteridae Cynomops planirostris Morcego LC -
33

Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Chlroptera Molossldae fumos sp. Morcego - -
Chlroptera Molossldae Eumops auripendulus Morcego LC -
Chlroptera Molossldae Eumops perotis Morcego LC -
Molossus
Chlroptera Molossldae Morcego - -
mattogrossensis
Chlroptera Molossldae Molossus temminckii Morcego LC -
Chlroptera Molossldae Molossus molossus Morcego LC -
Chlroptera Molossldae Molossus rufus Morcego LC -
Nyctinomops
Chiroptera Molossldae Morcego LC -
aurispinosus
Nyctinomops
Chlroptera Molossldae Morcego LC -
laticaudatus
Chiroptera Molossldae Nyctinomops macrotis Morcego LC -
Chiroptera Molossidae Promaps sp. Morcego - -
Chiroptera Molossidae TadorIda brasiliensis Morcego LC -
Chiroptera Molossidae Pteronotus personatus Morcego LC -
Chiroptera Mormoopidae Natalus macrotis Morcego LC -
Chiroptera Natalidae Nactilia albiventris Morcego LC -
Chiroptera Noctilionidae Nactilia leparinus Morcego LC -
Chiroptera Noctilionidae Thyroptero tricolor Morcego LC -
Chiroptera Thyropteridae Lasiurus ega Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionide Lasius us blossevillii Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Eptesicus brasiliensis Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Eptesicus lurinolis Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Histiatus velotus Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Myotis sp. Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Myotis albescens Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Myotis nígricans Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Myatis rlporlus Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Myotls lovali Morcego LC -
Chiroptera Vespertllionidae Anoura geoffroy Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Artieus sp. Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Artibeus concolor Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Artibeus tituratus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Artibeus obscurus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Carollia brevicauda Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Carallia perspicillatn Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Chiroderma dariae Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Chirotopterus auritus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Dermanura cinerea Morcego LC -
34

Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Chiroptera Phyllostomidae Dermanura gnoma Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Desmodus ratundus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Dioemus youngi Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Diphyllo eucaudato Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Glossophaga soricina Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Lonchorhina aurita Morcego LC VU
Macrophyllum
Chiroptera Phyllostomidae Morcego LC -
mocrophyllum
Chiroptera Phyllostomidae Micronycteris megolotis Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Micronycteris minuta Morcego LC -
Chiroptera Pnyllostomidae Mimon crenulatum Morcego LC -
Chiroptera f>nyllostomidae Phylloderma stenaps Morcego LC -
Chiroptera Pnyllostomidae Phyllastomus duscalor Morcego LC -
Chiroptera Pnyllostomidae Phyllastamus e!ongatus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Phyllastamus hostotus Morcego LC -
Chiroptera Pnyllostomldae Phyllastamus lineatus Morcego LC -
Chiroptera Pnyllostomidae Rhinophylla pumilio Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Sturiniro IliIum Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Sturnira tlldae Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Trachops cIrrhasus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Urodermo bllobotum Morcego LC -
Urodermo
Chiroptera Pnyllostomidae Morcego LC -
mognirostrum

Legenda: BIO = Bloacúst lca; CAM = Armad i lha Fotográfica; CAP= Captura (Pt fall, Shermann, l
omahawk) ; ENC = Encontro Ocasiona l; FEZ = Fezes,; M I S = Rede de neblina; OBS = Avistamen to; PEG
= Pegadas e rastros; POP = Projeção e Ocorrência Potencia l (Incluindo dados secundários); PVA =
Procura Visua l Ati va (dados diretos ,e indiretos) ; VOC = Vocalização; MMA = M in isté rio do Melo
Ambiente ; IUCN = lnternat lona l Un lon for Con servat ion of Nature and Natural Resour ces; SEMA
= Secretaria do meio Ambiente do Estado dia Bahia; EN = Em per igo de ext i nç iio; NT = Quase
Ameaçado; VU = Vulnerável ; CIN = Cinegética e/ou Xerímbabo ; END = Endêmica da Caatinga; FPE =
Regsltro de Fata lid ade em Parques Eó li cos; 1NV = Espécie introduzlda ou invaso ra.
Fonte: Estudo de Médio Impacto - Complexo Eólico Baixo Castanheira, 2019
35

5. METAS E INDICADORES

5.1. Metas
• Caracterizar e ampliar o conhecimento da fauna na área de influência do
empreendimento;

• Avaliar quali-quantitativamente a fauna na área de influência do empreendimento;

• Caracterizar as estruturas populacionais das espécies da fauna na área de influência


do empreendimento;

• Detectar os possíveis abrigos utilizados na área de influência do empreendimento;

• Colher dados sobre a composição, riqueza, abundância e diversidade dos grupos


faunísticos sob influência do empreendimento;

• Verificar a densidade populacional das espécies presentes nas áreas de influência


do empreendimento;

• Identificar sobre as espécies raras, vulneráveis e ameaçadas de extinção, com


especial atenção aos presentes nas listas brasileiras da fauna ameaçada e aquelas
consideradas pela IUCN;

• Gerar base de dados para comparações em longo prazo.

5.2. Indicadores
• Riqueza de espécies registradas na área de influência do empreendimento;

• Abundância de espécies registradas na área de influência do empreendimento;

• Parâmetros de diversidade da fauna na área de influência do empreendimento;

• Composição e distribuição das espécies na área de influência do empreendimento.


36

6. METODOLOGIA E DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

O Plano de Levantamento visa inventariar e caracterizar a comunidade faunística da área


de influência do empreendimento, no intuito de detectar potenciais impactos ambientais
pela implantação do futuro complexo eólico, bem como respaldar a proposição de medidas
mitigadoras que possam atenuar estes possíveis impactos ambientais à fauna silvestre.

As áreas amostrais serão distribuídas de forma a contemplar os diversos habitats que


ocorrem na área proposta para implantação do empreendimento, com foco nos
fragmentos florestais remanescentes e áreas alagadas, sob a premissa de que os animais,
visto as ameaças na área de pastagem, utilizariam essas áreas como habitats primordiais,
transitando entre manchas no período de forrageio alimentar ou reprodutivo. Na Figura 09
e Tabela 03 indica-se a localização das unidades amostrais na área do Complexo Eólico Alto
Castanheira.

Figura 09. Unidades amostrais para levantamento da fauna no Complexo Eólico Alto
Castanheira

Fonte: TEMIS, 2022

Tabela 03. Coordenadas UTM das Unidades Amostrais – Fauna


Unidade Amostral Coordenada UTM (SIRGAS 2000)
Zona Código UA Longitude (m E) Latitude (m S)
24 L C01 217.015 8.849.823
24 L UA01 199.739 8.854.288
37

24 L UA02 202.594 8.852.626


24 L UA03 206.293 8.850.506
24 L UA04 207.545 8.852.860
24 L UA05 202.962 8.850.102
24 L UA06 204.475 8.847.739
24 L UA07 204.293 8.856.276
24 L UA08 208.515 8.848.507
24 L UA09 212.308 8.849.956

Os métodos de captura são apresentados a seguir de acordo com cada grupo faunístico
estudado, abaixo são descritos os métodos para cada grupo.

Nesta seção do plano, será descrito sucintamente as metodologias propostas, para a


realização do levantamento.

Os espécimes de fauna que porventura não possam ser devolvidos a natureza serão
destinados a veterinária local onde serão submetidos a atendimento clínico veterinário
bem como emitido parecer clínico com prontuário e ficha clínica (conforme carta de aceite
ANEXO C).

6.1. Herpetofauna (répteis e anfíbios)


Serão realizadas amostragens sazonais contemplando o período seco e chuvoso da região,
e utilizadas diferentes metodologias para coleta de dados: identificação acústica,
armadilhas de queda do tipo pitfall, busca ativa, encontros ocasionais e entrevistas. Através
da união dessas técnicas pode-se obter resultados mais robustos acerca da diversidade
local, além da redução dos vieses/restrições de cada metodologia.

A identificação e classificação taxonômica da herpetofauna será embasada em Costa et. al.


(2022), Freitas & Silva (2007) e Freitas (2015).

6.1.1 Métodos de coleta de dados

Armadilhas de interceptação e queda (pitfalls)

Este tipo de armadilha consiste em recipientes, que podem ser baldes ou tambores,
enterrados no solo e interligados por uma cerca de lona ou tela plástica (drift fences;
Corn,1994), as quais são colocadas verticalmente com sentido aos interiores dos
recipientes, direcionando os espécimes ao recipiente mais próximo (Cechin & Martins,
2000; Bernarde, 2012; Pereira & Serra, 2012). As disposições mais comuns sugeridas na
literatura são em linha e radiais (Campbell & Christman, 1982; Corn, 1994; Greenberg et
al., 1994; Cechin & Martins, 2000).

No presente estudo, em cada uma das 10 unidades amostrais serão instaladas 1 estação
de captura formada por 4 baldes plásticos de 60 litros enterrados ao nível do solo com as
aberturas interceptadas por cerca-guia de lona plástica de 50 cm de altura.
38

Os baldes terão disposição radial posicionados a uma distância de 5 metros um do outro,


sendo 1 localizado no centro da estação e 3 em cada uma das extremidades, formando um
Y (Cechin & Martins, 2000). Os baldes serão furados para evitar acúmulo de água e folhiço
e placas de isopor serão adicionados internamento nos baldes como forma de evitar morte
dos indivíduos por afogamento e/ou hipotermia, hipertermia e predação. Ao término da
campanha os baldes serão fechados com as tampas para serem utilizados em campanhas
posteriores.

As estações de captura permanecerão abertos durante todo o dia durante 5 dias, com
realização de 2 vistorias, uma nos primeiros horários da manhã (entre 8h e 12h) e outra
nos últimos horários da tarde (entre 16h e 20h). Todos os animais capturados serão
incluídos nas fichas de campo. Ao final, o esforço empregado para a metodologia será de 4
baldes X 10 estações de captura x 120 horas (5 dias), totalizando 40 baldes/dia e 4.800
horas/campanha.

Figura 10. Desenho Esquemático de trecho Figura 11. Desenho esquemático de estação
da armadilha de queda com cerca-guia de captura com 4 recipientes de queda

(Fonte: Cechin & Martins, 2000) Fonte: Cechin & Martins, 2000)

Procura visual ativa

Anuros, lagartos e serpentes estão presentes em diversos ambientes, desde campos,


florestas, áreas de pastagem, lavouras e até áreas urbanas. Sendo assim, esse método
consiste na busca desses animais em todos os ambientes e micro-habitats propícios a sua
presença. Tais micro-habitats podem ser serapilheira, troncos caídos e pedras, entre raízes,
buracos no solo, bromélias, copa das árvores, poças temporárias, corpos d’água, sobre a
vegetação, moitas, entre outros (Turci & Bernarde, 2008; Bernarde, 2012; Gomides &
Sousa, 2012 Pantoja & Fraga, 2012; Diniz & Latini, 2015).

A maioria dos anfíbios possuem atividade noturna, sendo encontrados majoritarimanete a


noite, as serpentes apresentam tanto espécies com atividade diurna como noturna,
enquanto lagartos possuem atividade essencialmente diurna. Diante disso, a procura visual
ativa deve contemplar ambos os períodos (Bernarde, 2012; Diniz & Latini, 2015).
39

O PVA pode ser realizado de forma aleatorizada no ambiente ou pode ser feita em uma
área específica demarcada (como por exemplo a área diretamente afetada, a área de
influência direta do empreendimento, e na área de influência indireta). É necessário que
sejam descritas informações referentes ao número de pessoas, ao comprimento do trecho
percorrido e ao número de horas trabalhadas pela equipe. Isso possibilitará a quantificação
do esforço amostral empregado no estudo e a realização de comparações temporais e
espaciais de dados (Diniz & Latini, 2015).

A metodologia a ser seguida será a realizada por Pereira-Júnior et al, 2013 para coleta de
anfíbios anuros, onde serão definidas algumas modificações. As coletas serão realizadas
por 2 amostradores em uma área de 500m durante a manhã e à noite em um período de
duas horas por turno (manhã: 8h as 10h e noite: 19h as 21h) em todos os microambientes
possíveis de encontrar répteis e anfíbios, durante cinco dias consecutivos ao longo de cada
unidade amostral. Ao final, totalizando 40 horas de procura visual ativa nas áreas e
entorno.

Para as coletas noturnas serão utilizadas lanternas para auxilio na busca.

Como forma de complementação, também foram adicionados dados provenientes de


Encontros Ocasionais (EO).

Figura 12. Procura visual ativa diurna Figura 13. Procura visual ativa noturna

Identificação Acústica (bioacústica)

O método direciona-se exclusivamente ao grupo dos anfíbios, que são identificados pela
vocalização que os indivíduos machos emitem para atrair as fêmeas. Cada espécie emite
uma vocalização diferenciada e exclusiva, o que permite identificá-los a partir delas.

As gravações acústicas serão realizadas através do aparelho detector SONG METER MINI
BAT DETECTOR (taxa de amostragem de 44 kHz), sendo instalado 1 aparelho a cada noite
de forma que todas as unidades amostrais sejam contempladas. O aparelho será
programado para gravar das 17h as 22h e posteriormente as chamadas serão identificadas
até o menor nível taxonômico possível (espécie, gênero ou família) com a utilização do
software de análise de som Raven Pro 1.5.0, além de bibliografia de referência (Amphibia
Web; Straneck et al., 1993; Haddad et al., 2005; Toledo et al., 2007). Para a identificação
de cada registro observa-se parâmetros fundamentais como a estrutura do pulso, valores
40

de frequência inicial, final, frequência máxima e mínima de energia, duração e intervalo


entre os pulsos.

Em cada unidade amostral será selecionado um ponto fixo em local estratégico, onde o
microfone esteja fixado a 1,5 m do solo, gravando durante as primeiras cinco horas da
noite, totalizando 50 horas de gravações por campanha.

6.2. Mastofauna terrestre


Serão realizadas amostragens sazonais contemplando o período seco e chuvoso da região,
e utilizadas diferentes metodologias para coleta de dados: Armadilhas fotográficas (Câmera
trap), armadilhas de contenção viva Sherman e Tomahawk, armadilhas de queda do tipo
pitfall (pequenos mamíferos), busca ativa, e entrevistas. Através da união dessas técnicas
pode-se obter resultados mais robustos acerca da diversidade local, além da redução dos
vieses/restrições de cada metodologia.

A identificação e classificação taxonômica dos indivíduos será embasada em Bonvicino et


al. (2008), Carmignotto et al. (2012), and Patton et al. (2015).

6.2.1. Métodos de coleta de dados

Armadilha fotográfica (camera trap)

São dispositivos fotográficos especiais que registram, através de sensor infravermelho,


fotografias e/ou vídeos dos animais que se aproximem do equipamento. Durante cada
campanha, serão instaladas 7 (sete) armadilhas fotográficas, uma em cada Unidade
amostral (10 unidades) e 2 armadilhas serão dispostas nos extremos norte e sul da área do
empreendimento, uma vez que se encontram em áreas de interesse ecológico. As
armadilhas fotográficas permanecerão ativas durante 5 dias consecutivos, contabilizando
840 horas de amostragem por campanha.

Em cada camera trap serão colocadas iscas para atrair os animais, facilitando assim o
registro de espécies de hábitos noturnos, furtivos ou que ocorram em baixas densidades
(TOMAS e MIRANDA, 2003).

A utilização de iscas se dá com o objetivo de atrair animais para os pontos amostrais e assim
ampliar o sucesso de captura (ESTRELA et al., 2015; MARTINS et al., 2016; CALAÇA et al.,
2018a). A isca será composta por uma mistura de banana, sardinha, amendoim moído e
farinha de milho.
41

Figura 14. Instalação de armadilha fotográfica Figura 15. Armadilha fotográfica instalada

Procura visual ativa

O observador conduz um censo ao longo de uma série de linhas ou trilhas (CULLEN JR &
RUDRAN, 2003), procurando pela fauna específica, seus vestígios e abrigos, utilizando
trilhas já existentes e áreas potenciais. No caso da mastofauna, procura-se por atividade
dos animais, movimentações em árvores, em trilhas e locais de passagem, além de verificar
vestígios como tocas, pegadas, fezes e carcaças de animais, além da busca de abrigos (ocos
e cascas de árvores, folhagens, fendas de rochas, afloramentos rochosos, cupinzeiros,
construções e cacimbas).

A observação de fezes é essencial para a análise e identificação dos táxons do grupo de


mamíferos, sendo observadas características como: formato, tamanho, odor, local de
deposição, presença de pêlose a associação com pegadas (GIARRETA, 1991).

O rastreamento por pegadas consiste em busca de terras argilosas, nas trilhas e cursos
d’água, onde o animal passa e deixa o rastro. Suas medidas (comprimento, largura de
pegada e distância entre passadas) são tomadas com o uso do paquímetro e fotografadas.

Quando as pegadas se apresentam em perfeito estado de conservação, são realizadas


medidas longitudinais e latitudinais, além da execução de registros fotográficos
juntamente com uma régua. Assim tornasse possível a identificação da espécie em
questão. Somente são consideradas aquelas que contém algum tipo de vestígio recente e
seguro para a identificação da espécie (PARDINI, 1996).
42

Figura 16. Registro de toca inativa Figura 17. Pegada de mão-pelada

Muitos mamíferos apresentam maior atividade durante as horas crepusculares e noturnas,


período em que podem realizar a maioria de suas atividades vitais. Devido a essa
característica, a observação direta desses animais deve ser feita durante estes horários de
maior atividade, no entanto, esta metodologia é de difícil detecção e sua presença muitas
vezes só é percebida por meio de vestígios como pegadas, fezes, sementes roídas, trilhas e
abrigos.

Para entender a totalidade do esforço de coleta, pode-se considerar a razão de eficiência


amostral por Unidade, sendo calculado através de: esforço amostral (horas) X Dias
amostrados (dias) X Unidades amostrais (n).

O esforço amostral previsto na execução da PVA será destinado há dois períodos sendo 3
horas para o período noturno e 3 horas para o período diurno, totalizando 6 horas diárias.
Por tanto, considerando um dia amostral para cada UA (10 unidades amostrais x 6 horas
amostrais) pode-se entender a um esforço amostral de 60 horas de amostragem.

Armadilha de contenção (Sherman e Tomahawk)

Esta metodologia utiliza armadilhas de chapa metálica ou gaiola de alumínio, de tamanhos


variados, dispostas em lugares estratégicos como trilhas, árvores frutíferas e abrigos. No
interior das armadilhas serão dispostas iscas com o intuito de atrair os animais e capturá-
los vivos (CHEIDA e RODRIGUES, 2010).

As armadilhas de 25 x 50 cm serão alocadas com espaçamento mínimo de 20 metros


preferencialmente em área sombreada pela vegetação, nas primeiras horas do dia e
revisitadas em dois períodos antes do escurecer, sendo checadas no período da manhã do
dia seguinte e sendo feita a troca das iscas quando necessário. As armadilhas serão iscadas
com bacon, banana e pasta de amendoim abrangendo a preferência alimentar de
mamíferos de pequeno e médio porte (e.g. representantes das ordens Didelphimorfa e
Rodentia), especialmente os carnívoros, onívoros e herbívoros/granívoros.
43

Serão instaladas 8 armadilhas alternadas (4 armadilhas Tomahawk e 4 armadilhas do tipo


Sherman) em cada unidade amostral, durante cinco dias, totalizando 10 unidades
amostrais x 8 armadilhas x 5 dias na campanha.

O esforço amostral destinado as armadilhas de contenção serão dadas pelo tempo de


abertura da armadilha (descontando 1 dia para a soma da instalação e retirada) de 96 horas
x 8 armadilhas x 10 unidades amostrais = 7.680 horas de armadilha aberta no total por
campanha. Nas duas campanhas, o esforço será de 15.360 horas.

Figura 18. Instalação de armadilha Tomahawk Figura 19. Armadilha Sherman instalada em
média árvore

6.3. Avifauna
Serão realizadas 2 campanhas sazonais contemplando o período seco e chuvoso. Durante
a realização das campanhas serão utilizandas as metodologias não invasivas: Censo por
transecto ou busca ativa, Ponto de Escuta, Playback e encontros ocasionais. Através da
utilização de tais métodos (diferentes e complementares), podemos estudar importantes
informações ecológicas visando amenizar, compreender e compensar os impactos
relacionados à avifauna. Estes métodos apresentam-se sistematizados nos itens
subsequentes.

A identificação da classificação taxonômica terá auxílio das obras Ornitologia Brasileira


(SICK, 2001), Guia Completo para Identificação das Aves do Brasil vol 1 e 2 (GRANTSAU,
2016), Avifauna Brasileira 4ª ed (SIGRIST, 2014), Aves do Brasil Pantanal e Cerrado
(GWYNNER et al, 2003).

6.3.1 Métodos de coleta de dados

Censos por Transecto ou Busca Ativa (Lista de Mackinnon)

Os transectos (ou buscas ativas) serão realizados em trilhas pré-existentes nas Unidades,
as quais serão percorridas por 1 km em ritmo lento e constante. As aves serão registradas
em campo a partir de contatos visuais, auditivos, fotografias e vestígios. As informações
geradas também serão utilizadas para cálculo da frequência de ocorrência das espécies e
para o cálculo do índice de diversidade. Ainda serão anotadas informações pertinentes ao
44

local e habitat onde foram encontradas, além de outras observações adicionais julgadas
relevantes.

A cada nova observação, a espécie será adicionada à lista, onde após a contemplação de
10 espécies (sem repetições), uma nova lista será iniciada.

Esta metodologia será desenvolvida durante 10 dias consecutivos, sendo um dia reservado
para cada unidade amostral, em horários alternados do dia, podendo ser pela manhã (ao
amanhecer, a partir das 5h 30min) ou pela tarde (nos horários menos quentes, a partir das
16h 30min), ao final, produzindo um esforço de 1 km/unidade amostral e 10Km/campanha.

Figura 20. Realização do monitoramento de aves com a metodologia de censo por transecto

Pontos de Escuta

De acordo com Anjos (2001), a técnica de inventário de aves através do censo por ponto
foi desenvolvida em 1970, por Blondel e adaptada às regiões neotropicais por Vielliard e
Silva, em 1990. Essa técnica é preferencialmente utilizada para habitats arbustivos e matas
abertas (BIBBY et al., 2000), havendo limitação do seu uso para áreas de floresta densa, e
consiste no registro de todas as espécies e indivíduos identificados por meio visual e sonoro
num intervalo de tempo determinado, numa dada área. O tempo de duração de cada
contagem deve ser definido, considerando o maior número possível de espécies que se
possa registrar, em um período de tempo não muito longo (BIBBY et al., 2000).

Em cada Unidade Amostral serão realiza estabelecidos (ESBÉRARD & DAEMON, 1999) dos
dez censos de dez minutos de duração. Essa metodologia será desenvolvida em duas
etapas: cinco pontos de escuta serão realizados nas primeiras horas do dia (a partir das 5h),
e cinco pontos de escuta no período da tarde (a partir das 16h 30min). Será utilizada a
contagem por pontos de raio fixo para a aplicação dos Pontos de Escuta (HUTTO et al.,
1986), onde serão determinados cinco pontos de escuta, os quais distaram uns dos outros
200 metros.
45

Figura 21. Realização da metodologia de Ponto de Escuta

Durante os 10 minutos destinados a cada ponto de escuta, o pesquisador permanecerá


parado e considera o número total de registros auditivos e/ou visuais por espécie, incluindo
a totalidade de indivíduos de bandos e casais.

Figura 22. Esquema dos pontos de escuta realizados durante uma manhã e uma tarde, em cada
uma das cinco Unidades Amostrais

Essa metodologia irá compor um esforço amostral de 50min/período (manhã ou tarde), 1h


40min/Unidade Amostral e 16h 40min/campanha.

Os dados coletados nesse método serão utilizados para o cálculo de IPA (Índice Pontual de
Abundância), que consiste no total de registros da espécie dividido pelo número total de
pontos de escuta (n = 10, por Unidade Amostral).

Registros casuais e Playback

Os avistamentos de aves serão auxiliados por meio de binóculos (Nikon Trailblazer 8X42 e
Nikon Monark5 8X42) e os registros fotográficos serão realizados por câmera digital
profissional (Nikon D7100 e lentes modelos Nikkor VR 70-300 e Nikkor VR 18-105).

Os registros casuais não seguirão uma metodologia pré-determinada e consistirão na


inclusão de registros visuais ou auditivos de espécies não contempladas para as áreas
durante a realização dos pontos de escuta (ou censo por pontos). Ocorrerá em diversos
momentos, como nos intervalos entre os censos e em caminhadas em trilhas pré-existentes
na área. Os dados também serão utilizados para o cálculo de frequência de ocorrência, que
consiste no total de registros sob o número de dias de amostragem.

A vocalização das aves será registrada através de gravadores (modelo SONY PX-440). O uso
do playback será utilizado também nos momentos de intervalo entre as metodologias, com
46

a utilização de equipamentos de emissão sonora, objetivando a manifestação e a


identificação de aves menos conspícuas.

Organização dos Dados

Ao final de cada dia de amostragem, será confeccionada uma lista de espécies, que consiste
na reunião de todos os registros feitos ao longo do dia (tanto dos censos quanto dos
registros casuais). Para classificação taxonômica, será utilizada a lista sugerida por
PIACENTINI e colaboradores (2015).

6.3. Quiropterofauna
Serão realizadas 2 campanhas sazonais contemplando o período seco e chuvoso. Durante
a realização das campanhas serão utilizandas diferentes metodologias: redes de neblina,
busca ativa, detector de ultrassom e entrevistas. Através da utilização de tais métodos
(diferentes e complementares), podemos estudar importantes informações ecológicas
visando amenizar, compreender e compensar os impactos relacionados à quiropterofauna.
Estes métodos apresentam-se sistematizados nos itens subsequentes.

6.3.1 Métodos de coleta de dados

Procura visual ativa

Realiza-se caminhadas em trilhas e estradas, em horários diurno e noturno, em busca por


vestígios e abrigos (CULLEN JR & RUDRAN, 2003). No caso da quiropterofauna, procura-se
por abrigos em ocos e cascas de árvores, folhagens, fendas de rochas, afloramentos
rochosos, cupimzeiros, construções e cacimbas são de grande importância para o
monitoramento. Serão realizadas buscas diurnas e noturnas de 3 horas cada, diariamente,
ao longo de cada unidade amostral, com um esforço amostral final de 6 horas (3h diurnas
e 3h noturnas) x 10 unidades amostrais, totalizando 60 horas de procura visual ativa
durante os monitoramentos.

Figura 23. Registro de tronco seco que pode ser Figura 24. Busca entre fendas de rochas
utilizado como abrigo
47

Redes de Neblina

Serão dispostos 10 transectos amostrais (unidades amostrais), cada transecto será


representado por cinco redes de neblina de 12 x 2,5 m, malha de 36 mm, permanecendo
ativo por um dia, das 18:00 h às 23:00 h. Estas redes serão instaladas em pontos
estratégicos como os corredores de voo, leito de córregos e outros corpos hídricos e/ou
próximos destes, além de afloramentos rochosos, a fim de registrar as espécies e as
relações com estas áreas (KUNZ & KURTA, 1988).

Ao final, o esforço amostral desempenhado para o método será de 5 horas x 5 redes x 10


transectos, totalizando 250 horas de rede de neblina aberta por campanha.

Os morcegos capturados serão retirados da rede de neblina com a utilização de luvas de


raspa de couro e pinças, identificados quanto à espécie, averiguados quanto ao sexo e
estádio reprodutivo. Ao final, os indivíduos serão marcados, fotografados e soltos no
mesmo local.

Os morcegos capturados serão identificados taxonomicamente segundo chaves de


identificação e guias de campo específicos do grupo (GREGORIN & TADDEI, 2002; VICENTE,
JIM E TADDEI, 2005; MORATELLI, 2008; REIS et al., 2013; REIS et al., 2017). Ainda será
realizada uma pesquisa bibliográfica especializada com apoio das referências Vizotto &
Taddei (1973), Reis et al. (2007) e Gardner (2008).

Figura 25. Desenho esquemático da rede de Figura 26. Redes de neblina instaladas ao
neblina entardecer

Após a captura, os indivíduos serão mantidos em sacos de pano para a coleta de material
fecal, o qual será armazenado em papel vegetal. Em seguida, os indivíduos serão levados a
local apropriado para triagem, onde serão pesados com auxílio de dinamômetro
apropriado para o porte do animal.
Para cada indivíduo serão registrados localidade (coordenadas, parcela) e horário de
coleta. Ainda, em cada Unidade Amostral será registrado o tipo de ambiente, o número
total de espécies capturadas, o número de indivíduos de cada espécie e a coordenada
geográfica.
48

Para a biometria dos espécimes os seguintes dados serão anotados: espécie, medidas
morfométricas do tamanho do antebraço (AN), folha nasal, orelha, ouvido interno, cauda,
pé, comprimento total da asa, (cabeça/corpo), sexo, estimativa etária, biomassa (Figura
27) e horário de atividades (REIS, 1984; STALLINGS et al., 1990). As medidas biométricas
serão obtidas com auxílio de paquímetro (Figura 28).

Serão anotados caracteres relacionados ao estado reprodutivo dos animais: estágio dos
testículos, no caso dos machos (escrotados em adultos potencialmente ativos; não-
escrotados em adultos inativos ou juvenis); evidências de gravidez anterior ou presente,
lactação ou presença de filhotes, no caso de fêmeas. Os indivíduos serão classificados em
adultos ou juvenis, de acordo com a observação da ossificação dos ossos longos dos
membros anteriores.

A marcação dos morcegos para posterior liberação será realizada com colares plásticos com
cilindros coloridos associada a marcação com elastômero para uma maior eficâcia da
identificação das campanhas, seguindo códigos pré-estabelecidos (ESBÉRARD & DAEMON,
1999). Indivíduos para os quais houver dúvida na identificação serão coletados para
identificação em laboratório.

Caso sejam obtidos novos registros da espécie durante os trabalhos de monitoramento de


quirópteros, confirmando a existência real de uma população local, serão coletados dados
biométricos dos indivíduos.

Figura 27. Coleta de dado de Biomassa Figura 28. Coleta de dados Biométricos

Detector de ultrassom

Para obtenção de um inventário de espécies mais completo, serão realizadas gravações


acústicas dos morcegos através do aparelho detector SONG METER MINI BAT DETECTOR.
Conforme as diretrizes propostas pela Sociedade Brasileira para o estudo de quirópteros
em parques eólicos (SBEQ, 2017), serão realizadas gravações em cada unidade amostral e
posteriormente feita a identificação acústica das espécies.

As chamadas serão identificadas até o menor nível taxonômico possível (espécie, gênero
ou família) com a utilização do software de análise de som Raven Pro 1.5.0 e Batexplorer
1.11, além de bibliografia de referência e do próprio pesquisador (Jung et al. 2007; Jung et
49

al. 2014; López-Baucells et al. 2016; WilliamsGuillén & Perfecto 2011; Aguilar-Arias et al.,
2018). Para a identificação de cada registro ultrassônico observa-se parâmetros
fundamentais como a estrutura do pulso, valores de frequência inicial, final, frequência
máxima e mínima de energia, duração e intervalo entre os pulsos.

Em cada unidade amostral será selecionado um ponto fixo em local estratégico, onde o
microfone esteja fixado a 3 m do solo, gravando durante as primeiras cinco horas da noite.
As gravações devem ser iniciadas concomitantemente com a abertura das redes de neblina,
onde cada unidade será amostrada durante 5h por noite/campanha, totalizando 50 horas
de gravações.

Figura 29. Utilização de detector de ultrassom para monitoramento acústico de morcegos

Entrevistas

Tendo em vista o conhecimento da comunidade local acerca dos animais que aparecem na
região, que sofrem pressão da caça ou possíveis casos de ataques de morcegos
hematófagos em animais de criação, serão realizadas entrevistas ocasionais desejando
obter informações sobre a mastofauna alada da região.

6.5. Análises Estatísticas


6.5.1. Parâmetros Ecológicos Utilizados

Frequência de Ocorrência (FO): a frequência de ocorrência será calculada em relação aos


cinco dias de amostragem. Esse dado dar-se a partir da proporção de dias (Ndi) em que a
espécie (i) será observada pelo número total de dias de amostragem (Ntd), multiplicado
por cem.

𝑵𝒅𝒊
𝑭𝑶 = 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝑵𝒕𝒅
Frequencia Relativa (FR): Adicionar uma explicação da frequencia relativa

A frenquência
50

a frequência relativa para cada espécie de morcegos será calculada conforme proposto por
Moratelli & Peracchi (2007), onde é considerado o percentual de participação de cada
espécie no total de capturas:

• Abundante (soma dos indivíduos da espécie superior a 15% do total de captura);

• Comum (igual ou maior que 4% ou igual a 15%) e

• Rara (valor inferior a 4%).

Abundância Relativa (Ar): a abundância relativa das espécies observadas será estimada
levando em consideração o número de registro para a espécie i (ni), dividido pelo número
total de registros (nt). Para cada táxon, a abundância será calculada através da razão entre
o número de indivíduos registrados da espécie e o número total de registros na amostra,
que obedece a fórmula citada abaixo:

𝒏𝒊
𝑨𝒓 =
𝒏𝒕
Índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e equitabilidade de Pielou (J’): o índice de
diversidade de Shannon-Wiener (H’) considera a riqueza de espécies e abundância dos
indivíduos. Os valores variam de 0 para comunidades com um único táxon até os valores
elevados para comunidades com muitos táxons. Logo quanto maior o valor de H’ maior
será a diversidade de herpetofauna das áreas em estudo.

Como medida de heterogeneidade, o índice de Shannon-Wiener leva em consideração o


grau de uniformidade da abundância de espécies. A razão entre a diversidade observada e
a diversidade máxima pode ser usada para medir a uniformidade (J’) ou equitabilidade
(PIELOU, 1969). Esta análise será realizada para todos as cinco unidades amostrais através
do software o BioEstat versão 5.3 utilizando o logaritmo de base 10 (AYRES et al., 2007).

Índice de similaridade de Jaccard: a análise de similaridade entre as unidades amostrais


quanto as comunidades de anfíbios e répteis será obtida através do índice de Jaccard. Esse
índice é baseado apenas na presença ou ausência das espécies relacionando o número de
espécies presentes nas unidades amostrais “x” e “y”, pela soma das espécies ocorrentes
somente em uma unidade “x” ou “y” e as espécies compartilhadas por todas as áreas. Dado
pela fórmula:
𝒂
𝑪𝒋 =
(𝒂 + 𝒃 + 𝒄)

Onde, a = espécies presentes em ambos as unidades amostrais “x” e “y”; b = espécies


ocorrentes nas unidades amostrais “x”; c = espécies ocorrentes nas unidades amostrais “y”.
Com base nos valores de similaridade obtidos as unidades amostrais são agrupadas (Cluster
analysis) e representadas na forma de dendrograma. Esta análise será realizada através do
software PAST (HAMMER et al., 2003).
51

Curva acumulativa de espécies: A curva acumulativa de espécies (ou curva do coletor),


marca, através de uma representação gráfica, o número acumulativo de espécies
registradas em função do esforço amostral. É através da curva de acúmulo que é possível
avaliar o quanto o inventário de cada grupo taxonômico se aproxima do número total de
espécies presentes no local estudado. No entanto, a curva de acúmulo não revela
diretamente a riqueza total de espécies, a menos que a amostragem tenha sido exaustiva.
Isso quer dizer que maiores esforços revelarão ainda mais espécies, e isso leva a curva de
acúmulo a subir cada vez mais (MAGURRAN, 2011).

A estimativa de riqueza de espécies será realizada através de um método não-paramétrico


conhecido como Jackknife de primeira ordem (Jackknife 1), o qual emprega o número de
espécies que ocorrem em única amostra. De acordo com este método, a presença de
espécies únicas pode ser interpretada da seguinte forma: quanto maior o número de
espécies que ocorrem em apenas um dia (entre todos os dias de amostragem), maior será
o “número esperado” de espécies para a Unidade Amostral estudada. O cálculo deste
método requer dados de presença/ausência em duas ou mais parcelas de tamanhos iguais
amostradas (HAMMER et al., 2003).

Para esta análise, leva-se em consideração todas as espécies registradas nas Unidades
Amostrais através dos métodos utilizados, bem como os registros casuais efetuados nos
intervalos dos métodos aplicados. O software utilizado para esta análise será o EstimateS
(COLWELL, 2013).

6.5.2. Parâmetros Ecológicos Utilizados para Avifauna

Índice Pontual de Abundância (IPA): Este índice é uma expressão do método de


amostragem por pontos de escuta (BLONDEL et al., 1970; VIELLIARD e SILVA, 1990; ANJOS,
2007; VIELLIARD et al., 2010). O índice, estima a proporção de cada espécie na comunidade,
corresponde ao número de contatos de determinada espécie dividido pelo número de
amostras (neste caso n = 05), da seguinte forma: IPA = Nci / Nta1.

Além deste cálculo (IPA), a abundância registrada nesta metodologia será utilizada para as
análises de Diversidade de Shannon-Wiener (H’), Equitabilidade (J’), bem como para
Frequência de Ocorrência.

Censos por Transecto: Os dados obtidos nesta metodologia serão contabilizados e


utilizados para os cálculos de Diversidade de Shannon-Wiener (H’), Equitabilidade (J’), bem
como para Frequência de Ocorrência.

Frequência de Ocorrência (FO): A frequência de ocorrência (FO) das espécies será calculada
em relação aos cinco dias de amostragem, por meio da fórmula: FO = (d / D)x 1002.

1 onde: IPA = índice pontual de abundância; Nci = número de contatos da espécie i; e Nta = número total de amostras.

2onde: FO = frequência de ocorrência; d = número de dias em que a espécie i foi registrada; e D = número total de dias
de amostragem.
52

De acordo com este cálculo, as espécies serão inseridas em categorias de frequência, sendo
estas: 1. Alta (para as espécies registradas em mais de 67% das oportunidades); 2. Média
(para as espécies registradas entre 34 e 66%); 3. Baixa (para as espécies registradas abaixo
de 33%).

6.5.3 Categorias atribuídas às espécies registradas

Aves que tiveram sua origem na Caatinga: O termo “endêmico” refere-se às espécies que
se desenvolvem em determinada região e não são encontradas em nenhum outro local
(ODUM e BARRET, 2013). Assim sendo, espécies endêmicas da Caatinga ocorrem apenas
neste bioma, porém, devido a várias limitações sobre a distribuição das espécies bem como
falta de consenso sobre quais formações vegetais devem ser consideradas parte deste
bioma, prefere-se utilizar a classificação proposta por Araújo e Silva (2017), os quais
mencionam as aves que tiveram sua origem na Caatinga. Neste contexto se enquadram 67
espécies. Segundo os autores, as aves que tiveram sua origem na Caatinga podem ser
incluídas em três grandes grupos: (1) composto de espécies com pequenas gamas cujos
limites estão inteiramente dentro da Caatinga (e.g., soldadinho-do-araripe Antilophia
bokermanni); (2) Espécies e subespécies com distribuição geográfica ampla cujos limites
são restritos aos limites atuais da Caatinga; e (3) Espécies e subespécies cujas gamas são
altamente congruentes com os limites atuais da Caatinga, mas que não estão restritas a
ela, podendo ocorrer também em outros biomas (ARAUJO; SILVA, 2017).

Status de conservação: As espécies serão categorizadas em ameaçadas de extinção


(vulnerável – VU; em perigo – EN; e criticamente em perigo – CR) e em não ameaçadas
(quase ameaçada – NT; insuficientemente conhecidas – DD; e pouco preocupantes – LC).
Com base nestes critérios, para as espécies ameaçadas em âmbito estadual (Bahia), segue-
se a Portaria nº 37 de 15 de agosto de 2017 (BAHIA, 2017); em âmbito nacional considerou-
se a Portaria MMA nº 444, de 17 de dezembro de 2014 (BRASIL, 2014); e em âmbito global
considerou-se a International Union for Conservation of Nature (IUCN, 2018).

Além disso, serão classificadas segundo a Convention on International Trade in Endangered


Species of Wild Fauna and Flora (CITES, 2018), a qual trata da regulamentação, exportação,
importação e reexportação de animais e plantas, suas partes e derivados, por meio de um
sistema de emissão de licenças e certificados. Na referida convenção, as espécies constam
em três Apêndices: (1) Apêndice I: inclui espécies ameaçadas de extinção, sendo que o
comércio de espécimes inclusos neste apêndice são permitidos apenas em circunstâncias
excepcionais; (2) Apêndice II: inclui as espécies não necessariamente ameaçadas mas cuja
comercialização deve ser controlada para evitar exploração incompatível com sua
sobrevivência; (3) Apêndice III: inclui espécies protegidas em pelo menos um país signatário
da Convenção que tenha solicitado às outras Partes ajuda no controle de sua
comercialização.

Espécies cinegéticas e de interesse econômico: Para aves esta categoria será elaborada
com as mesmas denominações de Fernandes-Ferreira et al. (2012), do seguinte modo: aves
que são utilizadas para alimentação, i.e., possui potencial cinegético (Fo); aves utilizadas
para zooterapia (Zo); aves que são controladas para evitar predação em animais
domésticos (Co); aves que são comercializadas ilegalmente (Cm); aves que são utilizadas
53

em cativeiro (Cr). Outras literaturas serão utilizadas como complemento (SICK, 1997;
ALVES; ROSA, 2010; ALVES et al., 2013, 2017; VIANA; MONTEIRO, 2016; ALVES; OLIVEIRA;
MEDEIROS, 2017).

Capacidade de adaptação aos distúrbios antrópicos: Anteriormente, esta categoria era


tratada como “Sensitividade a distúrbios antrópicos”. Atualmente, adota-se as seguintes
categorias, de acordo com Araújo e Silva (2017): alta capacidade de adaptação aos
distúrbios antrópicos (A); moderada capacidade de adaptação aos distúrbios antrópicos
(M); e baixa capacidade de adaptação aos distúrbios antrópicos (B). Esta nova
categorização produz resultados semelhantes à categorização pretérita.

A nova categorização é bastante interessante do ponto de vista conservacionista, pois


determinadas espécies de aves da Caatinga são menos resilientes do que outras frente às
mudanças causadas pelo homem (SILVA et al., 2003). Deste modo, as espécies com baixa
capacidade de adaptação aos distúrbios antrópicos devem ser as mais afetadas pelo
empreendimento. Esta categoria não foi aplicada às espécies exóticas (i.e., pombo-
doméstico Columba livia; bico-de-lacre Estrilda astrild e pardal Passer domesticus)
(ARAÚJO; SILVA, 2017).

Uso do habitat: As espécies registradas serão classificadas quanto a sua dependência por
florestas em três categorias, de acordo com Araújo e Silva (2017): (1) espécies de vegetação
aberta, encontradas apenas em habitats abertos (rios, lagos, caatingas, pastagens e
campos rupestres); (2) espécies generalistas, flexíveis o suficiente para ocorrerem tanto em
ecossistemas abertos quanto em ecossistemas florestais, às vezes vivendo na interface
desses dois grandes grupos de ecossistemas; (3) espécies florestais, encontradas nas
caatingas arbóreas e todas as florestas da região semiárida (secas ou úmidas). Esta
categoria não será aplicada às espécies exóticas (i.e., C. livia; E. astrild e P. domesticus)
(ARAÚJO; SILVA, 2017).

Guildas tróficas: Os hábitos alimentares das espécies serão obtidos de acordo com a
literatura específica (SICK, 1997; SILVA et al., 2003; SANTOS, 2004; TELINO-JUNIOR et al.,
2005). As categorias de guildas tróficas definidas são: onívoro, para os táxons que
consomem diversos itens alimentares, conforme a disponibilidade no habitat; frugívoro,
para as aves cuja base da alimentação é formada de frutos, podendo também incluir
artrópodes; insetívoro, para os táxons que consomem principalmente artrópodes;
granívoro, para as que se alimentam de grãos; nectarívoro, para as aves cuja base da
alimentação é o néctar das estruturas florais, sendo que alguns integrantes desta categoria
também consomem artrópodes (principalmente aracnídeos); necrófago, para os táxons
que consomem vertebrados e invertebrados em estágio de decomposição; carnívoro, para
aves que se alimentam de pequenos vertebrados e/ou grandes insetos; piscívoro, para os
táxons que consomem principalmente peixes; herbívoro, para os táxons que se alimentam
de folhas verdes ou fitoplâncton; e filtradores, que são as aves limícolas, que consomem
invertebrados em áreas úmidas.
54

7. ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS

Instrução Normativa n° 001 de 12 de dezembro de 2016. Dispõe sobre as diretrizes,


critérios e procedimentos administrativos para autorizações ambientais para o manejo de
fauna silvestre em processos de licenciamento ambiental, envolvendo o levantamento,
salvamento e monitoramento de fauna silvestre e dá outras providências.

Portaria n° 12.493 de 24 de setembro de 2016. Estabelece diretrizes, critérios e


procedimentos gerais sobre a destinação de animais silvestres provenientes de captura,
apreensão ou entrega voluntária e cadastro de áreas para soltura de animais silvestres.

8. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

A mão-de-obra mínima para a execução deste Plano de Levantamento de fauna silvestre é


descrita a seguir:

Coordenador Ambiental: Responsável pela fiscalização geral da implementação do Plano;

Biólogo: Responsável técnico pelo Plano de Levantamento da fauna;

01 Biólogo responsável pelo levantamento da Herpetofauna: levantamento, análises,


interpretação e apresentação dos dados referente ao grupo faunístico;

01 Biólogo responsável pelo levantamento da Mastofauna terrestre: levantamento,


análises, interpretação e apresentação dos dados referente ao grupo faunístico;

01 Biólogo especialista em aves: levantamento, análises, interpretação e apresentação dos


dados referente ao grupo faunístico;

01 Biólogo responsável pelo levantamento da Quiropterofauna: levantamento, análises,


interpretação e apresentação dos dados referente ao grupo faunístico;

04 Auxiliares de Campo: Responsável pelo apoio aos trabalhos de campo, na montagem e


desmontagem das armadilhas e apoio nas metodologias aplicadas. Cada Grupo faunístico
deverá contar com o apoio de pelo menos 1 auxiliar de campo.

Os materiais necessários para a execução do plano são:

• EPI’s (Botinas, perneiras, óculos de proteção e protetor solar);


• Máquina fotográfica;
• Binóculos;
• Gravador mp4;
• Microfone unidirecional;
• GPS;
• Song Meter Mini Bat Detector (ultrasson);
• Luvas de rapas;
• Ganchos herpetológicos;
55

• Redes de neblina (12x2,5x36mm);


• Baldes 30L;
• Lona;
• Câmeras trap;
• Armadilhas Sherman;
• Armadilhas Tomahawk;
• Paquímetro;
• Régua;
• Pesolas (10g, 50g, 100g);
• Sacos de pano.

-
56

9. CRONOGRAMA

O cronograma das atividades deverá ser em consonância com a emissão da Autorização


de Manejo de Fauna. Abaixo segue sequência das atividades previstas:

Quadro 02. Cronograma para execução do Levantamento da fauna


Mês Mês Mês Mês Mês Mês
Atividades
01 02 03 04 05 06
Obtenção da AMF

Planejamento de campo

Campanha 1 – levantamento de campo

Análises de dados – Confecção de relatório

Campanha 2 – levantamento de campo

Análises de dados – Confecção de relatório

Compilação dos dados - Entrega de Estudo de Impacto


Ambiental
57

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63

ANEXOS

• Anexo A – Mapa das Unidades Amostrais


• Anexo B – Mapa de Restrições Ambientais
• Anexo C – Declaração Médico Veterinário
• Anexo D – Anotação de Responsabilidade Técnica
• Anexo E – Cadastro Técnico Federal
64

ANEXO A
Legenda

Unidades Amostrais
Área Diretamente Afetada (ADA)
Área de Influência Direta (AID)
Área de Influência Indireta (AII)

Projeto
Complexo Eólico Alto Castanheira
Área
Zona Rural
Município
Sento Sé/BA
Título
Mapa de Unidades Amostrais
Elaboração Verificação
Lara Câncio Fabiano Melo
Data Datum Escala Gráfica
Maio/2022 SIRGAS 2000
Projeção Zona Escala Padrão
UTM 24S 1:75.000 A3
Responsável Técnico Conselho Revisão
Marcela Marega Imamura CRBio: 105.209/08-D 00
65

ANEXO B
Legenda
Área de Influência Indireta (Buffer 5 Km)
Área de Influência Direta (Burffer 3 Km)
Poligonal de Supressão

Meio Biótico
Área de Proteção Permanente
Reserva Legal

Unidades de Conservação
Área de Proteção Ambiental do Boqueirão da Onça
Parque Nacional do Boqueirão da Onça

Fonte de dados
SICAR, 2022
MMA, 2020
IBGE, 2019

Projeto

Complexo Eólico Alto Castanheira

Área
Zona Rural
Município
Sento Sé / BA
Título
Mapa de Unidade Amostrais do Levantamento de Fauna
Elaboração Verificação
Guido Brasileiro Fabiano Melo
Data Datum Escala Gráfica
Fev/2022 SIRGAS 2000
Projeção Zona Escala Padrão
UTM 24S 1 : 60.000 A3
Responsável Técnico Conselho Revisão
Marcela Marega Imamura CRBio:105.209/08-D 00
66

ANEXO C
DECLARAÇÃO

Eu, MARÍLIA IACÍ ALVES DA CRUZ, médica veterinária inscrita no CRMV/BA n° 5951,
declaro para os devidos fins que darei todo o atendimento clínico veterinário bem como
parecer clínico com prontuário e ficha clínica aos espécimes de fauna capturados durante
as atividades do Estudo de Impacto Ambiental para a implantação do Complexo Eólico
Alto Castanheira na zona rural do município de Sento Sé, Estado da Bahia, que porventura
apresentarem ferimento e necessitem de tratamento e não possam ser devolvidos
diretamente na natureza.

Salvador, 02 de Março de 2022

Marília Iací Alves da Cruz


CRMV/BA n° 5951
67

ANEXO D
Serviço Público Federal
CONSELHO FEDERAL/CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA - 8ª REGIÃO

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ART N°:8-19701/22

CONTRATADO
Nome:Marcela Marega Imamura Registro CRBio:105.209/08-D
CPF:36919107856 Tel:991284638
E-Mail:maregammi@gmail.com
Endereço:Av. Paulo VI, 352, apto 301, Pituba
Cidade:Salvador Bairro: Pituba
CEP:41810-001 UF:BA
CONTRATANTE
Nome:Temis Projetos de Meio Ambiente e Sustentabilidade LTDA
Registro Profissional: CPF/CGC/CNPJ:07.345.543/0001-90
Endereço:R. Rio Grande do Sul, nº 332, Ed. Torre Ilha da Madeira 701
Cidade:Salvador Bairro:Pituba
CEP:41830-140 UF:BA
Site:
DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL
Natureza: Prestação de Serviços - 1.2
Identificação:Levantamento de fauna para subsidiar Autorização de Manejo Fauna
Município do Trabalho: 10°23.237'S/41°41.183'O UF: BA Município da sede: Umburanas UF:BA
Forma de participação: Individual Perfil da equipe: null
Área do conhecimento: Zoologia Campo de atuação: Meio ambiente
Descrição sumária da atividade:Elaboração do Plano de Levantamento de Fauna para subsidiar a Autorização de Manejo de Fauna do Complexo Eólico
Alto Castanheira.
Valor: R$ 2500,00 Total de horas: 15
Início: 26/01/2022 Término:

ASSINATURAS Para verificar a


autenticidade desta
Declaro serem verdadeiras as informações acima
ART acesse o
Data: / / Data: / / CRBio08-24 horas
Online em nosso
site e depois o
Assinatura do profissional Assinatura e carimbo do contratante serviço
Conferência de
ART
Solicitação de baixa por distrato Solicitação de baixa por conclusão
N° do protocolo: 107629/NET Declaramos a conclusão do trabalho anotado na presente ART, razão
pela qual solicitamos a devida BAIXA junto aos arquivos desse CRBio.

Data: / / N° do protocolo: 107629/NET

Data: / / Assinatura do profissional


Assinatura do Profissional

Data: / / Data: / / Assinatura e Carimbo do contratante

Assinatura e carimbo do contratante


68

ANEXO E
Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaváveis
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL DE ATIVIDADES E
INSTRUMENTOS DE DEFESA AMBIENTAL
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO
Data de última atualização: 10/12/2020 Data de validade: 10/12/2022
CNPJ: 07.345.543/0001-90
RAZÃO SOCIAL: TEMIS PROJETOS DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE LTDA
LOGRADOURO: RUA RIO GRANDE DO SUL
N.º: 332 COMPLEMENTO: SALAS 701 A 705
MUNICÍPIO: SALVADOR UF: BAHIA
Responsáveis técnicos: N.º de registro no banco de dados do ibama:
FABIANO CARVALHO MELO 5787600
Atividades declaradas:
Consultoria técnica

TERMOS DA INSCRIÇÃO NO CTF/AIDA

A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa jurídica, de observância dos padrões técnicos normativos estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA

A inscrição no CTF/AIDA não desobriga a pessoa jurídica da obtenção de:

i) licenças, autorizações, permissões, concessões, ou alvarás;

ii) documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo Conselho de Fiscalização
Profissional;

iii) demais documentos exigíveis por órgãos e entidades federais, distritais, estaduais e municipais para o exercício de suas
atividades; e

iv) do Comprovante de Inscrição e do Certificado de Regularidade emitidos pelo Cadastro Técnico Federal de Atividades
Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais - CTF/APP, quando esses também forem exigíveis.

O Comprovante de Inscrição no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
jurídica inscrita.

IBAMA - CTF/AIDA 10/12/2020 - 08:32:29


Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaváveis
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL
CERTIFICADO DE REGULARIDADE - CR
Registro n.º Data da consulta: CR emitido em: CR válido até:
7767735 13/04/2022 13/04/2022 13/07/2022
Dados básicos:
CPF: 028.816.415-63
Nome: ANA TERESA MEIRELES DE CARVALHO CALDAS
Endereço:
logradouro: RUA JANDAIÁ
N.º: 9 Complemento: CONDOMINIO ECO VILAS
Bairro: VILAS DO ATLÂNTICO Município: LAURO DE FREITAS
CEP: 42708-730 UF: BA

Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA


Código CBO Ocupação Área de Atividade
2211-05 Biólogo Realizar consultoria e assessoria na área biológica e ambiental
Conforme dados disponíveis na presente data, CERTIFICA-SE que a pessoa física está em conformidade com as obrigações
cadastrais do CTF/AIDA.

A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa física, do cumprimento de exigências específicas de qualificação ou de limites de atuação que porventura sejam determinados
pelo respectivo Conselho de Fiscalização Profissional.

O Certificado de Regularidade emitido pelo CTF/AIDA não desobriga a pessoa inscrita de obter licenças, autorizações, permissões,
concessões, alvarás e demais documentos exigíveis por instituições federais, estaduais, distritais ou municipais para o exercício de
suas atividades, especialmente os documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo
Conselho de Fiscalização Profissional, quando exigíveis.

O Certificado de Regularidade no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
física inscrita.
Chave de autenticação WWRD3E1DLS3IJFLM

IBAMA - CTF/AIDA 13/04/2022 - 08:55:15


Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaváveis
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL
CERTIFICADO DE REGULARIDADE - CR
Registro n.º Data da consulta: CR emitido em: CR válido até:
5787600 11/04/2022 11/04/2022 11/07/2022
Dados básicos:
CPF: 013.714.255-23
Nome: FABIANO CARVALHO MELO
Endereço:
logradouro: ALAMEDA BENEVENTO
N.º: 456 Complemento: AP 604
Bairro: PITUBA Município: SALVADOR
CEP: 41830-595 UF: BA

Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA


Código CBO Ocupação Área de Atividade
2140-05 Engenheiro Ambiental Elaborar projetos ambientais
2140-05 Engenheiro Ambiental Gerenciar implantação do sistema de gestão ambiental-sga
2140-05 Engenheiro Ambiental Gerir resíduos
2140-05 Engenheiro Ambiental Implantar projetos ambientais
2140-05 Engenheiro Ambiental Implementar procedimentos de remediação
2140-05 Engenheiro Ambiental Prestar consultoria, assistência e assessoria
Conforme dados disponíveis na presente data, CERTIFICA-SE que a pessoa física está em conformidade com as obrigações
cadastrais do CTF/AIDA.

A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa física, do cumprimento de exigências específicas de qualificação ou de limites de atuação que porventura sejam determinados
pelo respectivo Conselho de Fiscalização Profissional.

O Certificado de Regularidade emitido pelo CTF/AIDA não desobriga a pessoa inscrita de obter licenças, autorizações, permissões,
concessões, alvarás e demais documentos exigíveis por instituições federais, estaduais, distritais ou municipais para o exercício de
suas atividades, especialmente os documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo
Conselho de Fiscalização Profissional, quando exigíveis.

O Certificado de Regularidade no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
física inscrita.
Chave de autenticação U5Y42ZEM1G1Q74XI

IBAMA - CTF/AIDA 11/04/2022 - 15:30:48


Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaváveis
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL
CERTIFICADO DE REGULARIDADE - CR
Registro n.º Data da consulta: CR emitido em: CR válido até:
5651923 11/04/2022 11/04/2022 11/07/2022
Dados básicos:
CPF: 029.798.065-36
Nome: MATEUS RODRIGUES GIFFONI
Endereço:
logradouro: RUA JARDIM SANTA HELENA, N 05, ACUPE DE BROTAS
N.º: 05 Complemento: CASA B
Bairro: ACUPE DE BROTAS Município: SALVADOR
CEP: 40290-020 UF: BA

Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA


Código CBO Ocupação Área de Atividade
2211-05 Biólogo Realizar consultoria e assessoria na área biológica e ambiental
Conforme dados disponíveis na presente data, CERTIFICA-SE que a pessoa física está em conformidade com as obrigações
cadastrais do CTF/AIDA.

A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa física, do cumprimento de exigências específicas de qualificação ou de limites de atuação que porventura sejam determinados
pelo respectivo Conselho de Fiscalização Profissional.

O Certificado de Regularidade emitido pelo CTF/AIDA não desobriga a pessoa inscrita de obter licenças, autorizações, permissões,
concessões, alvarás e demais documentos exigíveis por instituições federais, estaduais, distritais ou municipais para o exercício de
suas atividades, especialmente os documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo
Conselho de Fiscalização Profissional, quando exigíveis.

O Certificado de Regularidade no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
física inscrita.
Chave de autenticação CLFXWJ6T1V5BL8HX

IBAMA - CTF/AIDA 11/04/2022 - 15:44:23

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