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EMPRESA CONSULTORA
CNPJ: 07.345.543/0001-90
Endereço: Rua Rio Grande do Sul, 332 Torre Ilha da Madeira Empresarial,
Pituba
TEMIS Meio Ambiente e Sustentabilidade
Salvador – Bahia
CREA/BA: 15.480
Tel/Fax: (71) 3357-3979
E-mail: contato@temis-es.com
EQUIPE TÉCNICA
Profissional Assinatura
Fabiano Carvalho Melo
Eng. Ambiental e Sanitarista
Coordenação Técnica
Especialista em Gerenciamento Ambiental
CREA: 58.980
Marcela Marega Imamura
Bióloga
Doutora em Ecologia e Conservação da Biodiversidade
CRBio: 105.209/08-D
Mateus Rodrigues Giffoni
Biólogo
CRBio: 92.192-8
Ana Teresa Meireles de Carvalho Caldas
Biólogo
CRBio: 122267/08-P
2
APRESENTAÇÃO
Este relatório apresenta o Plano de Levantamento da Fauna com vistas à solicitação de
Autorização de Manejo da Fauna para subsidiar o Estudo de Impacto Ambiental – EIA no
processo de Licença Prévia para implantação do Complexo Eólico Alto Castanheira.
A área de estudo está situada zona rural do município de Sento Sé, Estado da Bahia,
distando, aproximadamente, 570 km da capital, Salvador e a titularidade do projeto é da
QUINTO ENERGY LTDA. inscrita no CNPJ 20.608.625/0001-48.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 6
2. OBJETIVOS 18
3. JUSTIFICATIVA 19
4.1. HERPETOFAUNA 20
4.2. ANFÍBIOS 20
4.3. RÉPTEIS 21
4.4. AVIFAUNA 24
4.5. MASTOFAUNA 25
4.6. MASTOFAUNA TERRESTRE 25
4.7. MASTOFAUNA VOADORA 26
4.8. LISTA DE ESPÉCIES REGISTRADAS NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO 27
5. METAS E INDICADORES 35
5.1. METAS 35
5.2. INDICADORES 35
6.3. QUIROPTEROFAUNA 46
6.3.1 MÉTODOS DE COLETA DE DADOS 46
6.5. ANÁLISES ESTATÍSTICAS 49
6.5.1. PARÂMETROS ECOLÓGICOS UTILIZADOS 49
6.5.2. PARÂMETROS ECOLÓGICOS UTILIZADOS PARA AVIFAUNA 51
9. CRONOGRAMA 56
REFERÊNCIAS 57
ANEXOS 63
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE QUADROS
Quadro 01. Temperatura média mensal e anual (°C) e Umidade do Ar (%) na estação meteorológica de Sento
Sé. ____________________________________________________________________________________ 12
Quadro 02. Cronograma para execução do Levantamento da fauna _______________________________ 56
6
1. INTRODUÇÃO
Este Plano foi elaborado em consonância com a Instrução Normativa 001 de 12 dezembro
de 2016 que dispõe sobre as diretrizes, critérios e procedimentos administrativos para
autorizações ambientais para o manejo de fauna silvestre em processos de licenciamento
ambiental, envolvendo o levantamento, salvamento e monitoramento de fauna silvestre.
A APA Boqueirão da Onça, é uma área prioritária para a conservação (MMA, 2016) pois é o
maior continuum de vegetação caatinga preservada sendo uma das regiões mais
representativas do bioma (Dias et al., 2019).
O Levantamento da fauna silvestre, alvo deste documento, terá como objeto de avaliação
a caracterização e diagnóstico da fauna local para subsidiar o Estudo de Impacto Ambiental
para o Licenciamento do Complexo Eólico Altos Castanheira.
8
• Aerogeradores;
O Complexo Eólico Alto Castanheira compreenderá 03 parques eólicos, sendo cada parque
composto por respectivamente 10, 7, e 3 aerogeradores, totalizando 20 turbinas eólicas.
O mapa das áreas de influência direta e indireta segue no Anexo A. O mapa de restrições
ambientais com a identificação das Áreas de Preservação Permanente (APP), Área de
Reserva Legal, pontos de amostragem de fauna seguem no Anexo B.
A Classificação de Köppen propõe cinco tipos climáticos principais, estabelecidos com base
na sazonalidade e nos valores médios anuais e mensais da temperatura do ar e da
precipitação.
Com base nestes critérios e nos dados de parâmetros climáticos, foram definidos os
seguintes grupos e tipos climáticos para a região de interesse:
BSwh – Clima quente de caatinga, chuvas de verão e período seco bem definido de inverno,
temperatura média superior a 18 ºC e ausência de excedente hídrico.
B – Clima árido
Figura 03. Tipologia climática de Köppen para a região do Complexo Eólico Alto Castanheira.
Com base nos dados apresentados, utilizando o método de Thornthwaite (1941) para a
classificação da tipologia climática em que:
D – Semi-árido
Figura 04. Tipologia climática de Thornthwaite para o Estado com localização da área do
Complexo Eólico Alto Castanheira
Quadro 01. Temperatura média mensal e anual (°C) e Umidade do Ar (%) na estação
meteorológica de Sento Sé.
Estação Média
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meteorológica Anual
Temperatura (˚C) 27 27,5 27 27 26,5 25,5 25 25,5 26,5 28 27,5 27,5 26,7
Os períodos de duração das secas e períodos mais úmidos vão depender da atuação,
duração, intensidade e cobertura do El Niño/Oscilação do Sul (ou La Niña/Oscilação do Sul)
e do Dipolo do Atlântico.
Independente da atuação desses fenômenos de escala global trata-se de uma região sujeita
a períodos de estiagens, onde a principal característica é o baixo volume precipitado
durante alguns meses do ano, sobretudo entre maio e setembro.
Hidrografia
O lago de Sobradinho é um dos maiores lagos artificiais do mundo, com 4 214 km 2 de área
e 32,2 km3 de água. Situado no norte do estado da Bahia, foi construído na década de 1970,
mediante o represamento das águas do rio São Francisco com vistas ao aproveitamento
hidroelétrico do rio através da usina de Sobradinho, a maior do estado e uma das maiores
usinas hidrelétricas do Brasil.
A Bacia Hidrográfica do Rio Jacaré apresenta uma área de 18.328 km², extensão linear de
aproximadamente 280 km, sendo dividida em três Unidades de Planejamento do rio Jacaré
(BAHIA, 2016): alto, médio e baixo. A área do empreendimento está inserida mais
precisamente na porção do baixo rio Jacaré. Segundo Bahia (2016), essa é a unidade que
apresenta os melhores índices sob os aspectos quantitativos e qualitativos no que tange
aos recursos hídricos superficiais.
barragem da UHE Sobradinho. Os principais afluentes do rio Salitre na margem direita são:
riacho da Conceição, riacho Baixa do Sangrador, Vereda Caatinga do Moura, Riachão,
riacho das Piadas e, na margem esquerda, riacho do Orlando, rio Morim, rio Preto, rio
Pacuí, riacho do Escurial (SILVA; AMORIM; MATTOS, 2018).
Perfil a
Perfil b
A B
2. OBJETIVOS
3. JUSTIFICATIVA
Na instância de uma drástica evolução das mudanças climáticas a nível global, os estados
brasileiros, sob o princípio norteador da redução dos gases do efeito estufa, apesar
aumento do consumo energético, almejam um contínuo avanço dos empreendimentos de
geração de energia elétrica renovável (HERNANDEZ et al., 2014). Associado a esta
preocupação, a demanda energética do país aumenta progressivamente, e sob o princípio
do desenvolvimento sustentável, prioriza-se a instituição de empreendimentos que visem
a geração de energia renovável, visto essencialmente os impactos ambientais e sociais
decorrentes da utilização de fontes derivadas do petróleo.
O empreendimento está inserido no bioma Caatinga que ocupa cerca de 11% do território
nacional, abrangendo os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, rio
Grande do Norte, Ceará, Piauí e Minas Gerais. Representando 70% da cobertura vegetal
das áreas da região Nordeste (IBGE, 2004). Este bioma não tem a devida atenção, por isso
faz-se importante conservar um ecossistema que é endêmico do Brasil.
A Caatinga, como todos os demais ecossistemas, detém uma fauna e flora característicos,
resultantes de inúmeros e complexos processos que conduziram comunidades
características de tempos distintos, à sobreposição (RODRIGUES, 2003). Segundo este
autor, a Caatinga foi, durante muitos anos, subestimada quanto à sua composição e riqueza
de espécies de répteis e anfíbios. Teoricamente este bioma era visto como pobre e pouco
diverso, pensamento que era reflexo do desconhecimento acerca da sua biodiversidade,
que atualmente tem recebido olhar minucioso de especialistas dos mais diversos grupos
biológicos.
O principal foco deste Plano é realizar o levantamento da fauna local a fim de caracterizar
a composição e as comunidades faunísticas. Dessa forma, o presente documento visa
subsidiar a proposição de programas ambientais para mitigação dos possíveis impactos,
além de responder as legislações específicas.
Para a caracterização das espécies da fauna ocorrentes na região de estudo foram extraídos
como dados secundários o levantamento apresentado no Estudo de Médio Impacto
Ambiental (EMI) (CONEXXA, 2019) pertinente ao requerimento da licença prévia do
empreendimento Complexo Eólico Baixo Castanheira junto ao INEMA.
4.1. Herpetofauna
A partir dos dados registrados in loco e dos dados secundários do Estudo de Médio Impacto
Ambiental (EMI) (CONEXXA, 2019) foram registradas 13 espécies de anfíbios anuros e 27
espécies de répteis, dos quais 14 foram lagartos, 10 serpentes, 1 quelônio e 1 crocodiliano.
4.2. Anfíbios
Das espécies de anfíbios identificados durante os períodos de amostragem, todas foram
registradas em áreas adjacentes ao riacho do Mari, um dos afluentes do rio Jacaré. Dessas
espécies, as famílias mais amostradas são a Hylidae (2 spp.) e Leptodactylidae (2 spp.),
seguidas da família Bufonidae (1 sp.).
Da família Bufonidae, Rhinella granulosa pode ser considerada uma espécie abundante e
comum nas áreas abertas das caatingas nordestinas (FREITAS e SILVA, 2007). No Brasil,
ocorre desde o norte do Rio de Janeiro até o leste de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia,
Piauí além do Maranhão até Pernambuco e Rio Grande do Norte. Quando comparadas com
outras espécies dessa família, pode ser considerada de pequeno porte com pequenos
grânulos sobre a parte dorsal do corpo e com as glândulas parótides pouco aparentes. Foi
encontrada dentro das áreas alagadas nas margens do afluente do riacho do Mari.
4.3. Répteis
Entre os répteis (lagartos), a família mais representativa foi a Tropiduridae (3 spp.) seguida
pela Teiidae (2 spp.), Phyllodactylidae (2 spp.), Geckonidae (2 spp.) e Iguanidae (1 sp).
Tropidurus hispidus foi a espécie mais abundante da família, sendo registrado em todos os
pontos amostrais. É uma espécie que se distribui por todo nordeste da América do Sul,
Serra do Espinhaço e atinge seu limite no Sul de Minas Gerais (RODRIGUES, 1987). Ocorre
em simpatria com várias outras espécies de Tropidurus, sendo na área de estudo simpátrico
com T. cocorobensis e T. semitaeniatus. Pode alcançar tamanho grande e distingue-se por
não apresentar bolsa de acarianos na virilha (RODRIGUES, 1987). Apresenta ampla
tolerância ecológica, sendo uma espécie que apresenta capacidade de colonização de áreas
22
abertas, além disso, tolerante a ambientes antropizados (RODRIGUES, 1987), sendo visto
em centros urbanos. Tropidurus cocorobensis é uma espécie endêmica da Caatinga,
apresentando populações separadas ao longo da sua distribuição que exibem diferentes
padrões de coloração (FREITAS e SILVA, 2007). Apresenta duas bolsas rasas de acarinos no
pescoço e podem apresentar o comportamento de se enterrar na areia, como registrado
por um indivíduo na área de estudo.
Um único exemplar de Tropidurus semitaeniatus foi registrado por encontro ocasional nas
áreas de influência do empreendimento, em um ponto onde pode ser observado um grupo
numeroso de mocós (Kerodon rupestris), caracterizado por ser um local com afloramento
rochoso. Tropidurus semitaeniatus distribui-se por toda Caatinga nordestina, sempre
associada a formações rochosas. Na área de estudo foi registrada ainda uma provável
quarta espécie, que por apresentar diferenças morfológicas com as demais espécies já
citadas foi identificada como Tropidurus sp., podendo se tratar de uma espécie até então
não descrita ou que necessita ser revista por especialistas no grupo taxonômico. Por
apresentar afinidades com Tropidurus cocorobensis (espécie endêmica da Caatinga), tanto
morfologicamente como no comportamento de se enterrar, trata-se de uma espécie de
interesse científico e alvo de monitoramento, seja ela uma espécie não descrita ou uma
variação morfológica, que precisa ser investigada ao longo da sua distribuição.
Da família Geckonidae, Hemidactylus brasilianus é uma espécie que se distribui por toda
Caatinga nordestina, restingas e matas de altitude no Ceará (FREITAS e SILVA, 2007). Possui
hábito noturno, mas pode apresentar hábitos terrestres e arborícolas (RODRIGUES, 2003),
sendo comumente encontrados em cascas de árvores secas. Foi registrada através de AIQ
e PVA. Lygodactylus klugei é uma espécie de pequeno porte (podendo alcançar pouco mais
de 5 cm) e que se distribui pela Caatinga nordestina, podendo também ser encontrado em
áreas litorâneas do Ceará. Diurna, sendo normalmente encontrada no tronco das árvores.
Sempre foi registrada através da PVA, sendo encontrada em 5 pontos.
23
O registro da Iguana iguana foi realizado por meio indireto, através de rastros. Foi possível
identificar a conformação morfológica das patas, com dedos alongados e presença de
unhas, de um indivíduo adulto, fase da vida em que passam a maior parte do tempo na
copa das árvores. São lagartos de grande porte, que se caracterizam por apresentar crista
dorsal, uma escama bem desenvolvida e arredondada abaixo dos tímpanos e prega gular.
O registro foi realizado na mata ciliar do riacho dos Bois.
Phrynops geoffroanus é uma espécie de quelônio da família Chelidae, que pode alcançar
grande porte. Vive em lagoas e rios, sendo uma das espécies mais encontradas na bacia do
rio São Francisco (FREITAS e SILVA, 2007), mas também é encontrada nas bacias dos rios
Amazonas, Tocantins, Paraná, Uruguai e bacias do Atlântico Norte, Nordeste, Leste e
Sudeste (VOGT et al., 2015). Pode ser considerada uma espécie que ocorre em uma grande
diversidade de habitats, podendo tolerar ambientes com algum grau de urbanização.
Foram encontrados dois indivíduos (1 adulto e 1 juvenil) no período diurno em uma
nascente no riacho do Mari, um dos afluentes do rio Jacaré, local muito utilizado pela
comunidade para lazer.
Três indivíduos de crocodilianos foram registrados, mas como não foi possível coletar e
nem fotografar de modo que permitisse a identificação, esses dados estão apresentados
apenas de forma qualitativa. A partir de entrevistas com os moradores foi possível
identificar que na região ocorre uma das três espécies registradas para a Caatinga: Caiman
latirostris. Distribui-se na região sudeste da América do Sul, sendo encontrado na
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Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. Na Caatinga pode ser encontrado em rios e
áreas alagadas, com certa abundância registrada na bacia do São Francisco (FILOGÔNIO et
al., 2010). Possuem machos que alcançam tamanhos maiores (atingindo até 3 m), sendo o
tamanho médio dos adultos entre 1,5 e 2 m de comprimento total (VERDADE, 2001). É uma
espécie que tolera algum nível de alteração ambiental, mas que está sujeita a uma
complexa pressão antrópica em relação a sua conservação, já que suas populações naturais
estão distribuídas em áreas densamente ocupadas no Brasil, com ambientes bastante
alterados (COUTINHO et al., 2013).
4.4. Avifauna
De acordo com o EMI do Complexo Eólico Baixo Castanheira, foram identificadas 92
espécies de aves para as áreas de influência, distribuídas em 33 famílias, das quais as mais
diversas foram: Tyrannidae e Thraupidae, ambas com 8 espécies registradas;
Thamnophilidae com 7 espécies registradas; Accipitridae e Trochilidae, ambas com 6
espécies. Este resultado corresponde a 16,78% das aves registradas por Silva et al. (2003)
para a Caatinga.
Baseando-se nas listagens da IUCN (2018) e do ICMBio (2016), foram identificadas duas
espécies de aves com algum grau de ameaça para as áreas de influência: a ema (Rhea
americana) apontada como “Quase Ameaçada” pela na lista IUCN (2018) e a jacucaca
(Penelope jacucaca), considerada como “Vulnerável” tanto na lista do ICMBio (2016),
quanto na lista da IUCN (2018).
Por meio do método de ponto de escuta foram registradas 73 espécies, com 263 registros.
As duas espécies mais frequentes na AID e AII foram: Eupsittula cactorum (n= 28) e
Chlorostilbon lucidus (n= 19).
4.5. Mastofauna
Mamíferos de médio e grande porte são elementos-chave para o ecossistema, pois
desempenham um importante papel na prestação de serviços ecológicos essenciais para o
ambiente e estruturação das comunidades biológicas bem como na manutenção e
regeneração das florestas (CUARÓN, 2000; JONES & SAFI, 2011).
As espécies com maior número de registros foram o preá Galea spixii (N=85) e a raposa
Cerdocyon thous (N=53). Já a catita Monodelphis domestica e o tamanduá-bandeira
Myrmecophaga tridactyla obtiveram apenas um registro. O preá é o mamífero mais
abundante da Caatinga e a raposa Cerdocyon thous é a espécie mais comum de canídeo
brasileira, comumente encontrada utilizando áreas alteradas e habitadas pelo homem e
mais frequentemente em bordas de matas (FONSECA et al., 1996; BEISIEGEL, 1999;
WOZENCRAFT, 2005).
Para Vieira et al. (2003), a riqueza e a abundância de espécies estão ligadas ao nível de
degradação do ambiente e ao tamanho do fragmento abordado, fatores que influenciam
de forma direta na composição da Mastofauna, principalmente as espécies de grande
porte, que necessitam de amplo espaço para sua sobrevivência e desempenho de seu papel
ecológico na natureza.
1992; ESTRADA-VILLEGAS et al., 2010; KUNZ et al., 2011). Para efetivar o inventário desse
grupo sugere-se uma nova amostragem utilizando métodos de captura no período
chuvoso, quando a atividade desses animais aumenta e com isso existe a chance de
registrar uma maior riqueza local.
Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Sapinho-da-
Anura Odontophrynidae Proceratophrys cristiceps LC -
caatinga
Anura Odontophrynidae Ceratophrys joazeirensis Sapo-boi DD -
Anura Odontophrynidae Ischnocnema sp. Rã - -
Anura Brachycephalidae Haddadus aramunha Rã DD -
Reptilia
Squamata lguanidae Iguana iguana Iguana NE -
Squamata lguanidae Polychrus acutirostris CamaleãozInho LC -
Squamata Polychrotidae Ameiva ameiva Calango-verde NE -
Squamata Teiidae Ameivula nigrigulo Calanguinho LC -
Squamata Teiidae Ameivula ocellifera Calanguinho NE -
Squamata Teiidae Salvator merianae Taiu LC -
Squamata Tropiduridae Tropidurus cocorobensis Lagartixa NE -
Squamata Tropiduridae Tropidurus hispidus Godô LC -
Squamata Tropiduridae Tropidurus semitaniatus Lagartixa LC -
Squamata Tropiduridae Lygodactylus klugei Briba-de-pau LC -
Squamata Geckonidae Hemidactylus brasilianus Briba-rabo-grosso NE -
Squamata Geckonidae Phyllopezus pollicaris Briba-grande NE -
Gymnodactylus
Squamata Phyllodactylidae Briba-de-folhiço NE -
geckoides
Lagartinho-de-
Squamata Phyllodactylidae Acratosaura mentalis LC -
areia
Psilophthalmus
Squamata Gyrrrnophtalmidae Lagarto NT -
paeminosus
Vanzossaura Calango-rabo-
Squamata Gyrrrnophtalmidae LC -
multiscutata verrnelho
Lagarto-rabo-
Squamata Gyrrrnophtalmidae Vanzossaura rubricauda LC -
vernelho
Procellosaurinus
Squarnata Gyrrrnophtalmidae Lagarto LC LC
erythrocercus
Squarnata Gyrrrnophtalmidae Basiliscus heathi Briba-brilhante -
Squarnata Scincidae Boa constrictor Jibóia LC -
Squarnata Boidae Epicrates assisi Salamanta NE -
Squamata Boidae Spiloters pullotus Caninana - -
Squamata Colubridae Tantilo marcovani Cobra - -
Squamata Colubridae Leptophis ahaetulla Cipó-verde NE -
Squamata Colubridae Oxybells aeneus Cipó-bicuda LC -
Squamata Colubridae Bolruno sertaneja Cobra-preta LC -
Squamata Dlpsadidae Phyloodryos nattereri Corre-campo LC -
Squamata Dlpsadidae Rodriguesophis chui Cobra LC EN
Thamnodynastes
Squamata Dlpsadidae Cobra LC -
pallidus
Squamata Dlpsadidae Pseudoboa nigra Cobra-preta NE -
29
Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Tropidurus
Squamata Dlpsadidae Lagartixa NE -
semitaeniatus
Squamata Colubridae Tantilla melanocephala Cobra LC -
Squamata Colubridae Oxybelis aeneus Cipó-bicuda LC -
Squamata Colubridae Boiruna sertaneja Cobra-preta LC -
Squamata Dipsadldae Philodryas nattererI Corre-campo NE -
Thamnodynastes
Squamaia Dipsadldae Jararaquinha LC -
sertanejo
Squamata Dlpsadidae Apostolepis sp. Cobra - -
Squamata Dlpsadidae Oxyrhopus trigeminus Falsa-coral NE -
Squamata Dlpsadidae Micrurus ibiboboca Coral-verdadeira NE -
Bothropoides
Squamata Elapidae Jararaca JC -
erythromelas
Squamata Viperidae Crotalus durissus Cascavel LC -
Amphisbaena Cobra-duas-
Amphisbaena Viperidae LC -
vermicularis cabeças
Cobra-duas-
Amphisbaena Amphisbaenidae Amphisbaena lepostego - -
cabeças
Cágado-d·água-
Testudines Amphisbaenidae Phrynops geojfroanus - -
grande
Jacaré-do-papo-
Crocodylia Chelidae Caiman latirostris LC -
amarelo
Ave
Rheiformes Rheidae Rhea americana ema LC LC
Galliformes Cracidae Penelope jacucaca jacucaca VU VU
urubu-de-cabeça-
Cathartiformes Cathartidae Cathartes aura LC LC
vermelha
urubu-de-cabeça-
Cathartiformes Cathartidae Cathartes burrovianus LC LC
amarela
Cathartiformes Cathartidae Coragyps atratus urubu-preto LC LC
Cathartiformes Cathartidae Sarcoramphus papa urubu-rei LC LC
Accipitriformes Accipitridae Gampsonyx swainsonii gaviãozinho LC LC
Geranospiza
Accipitriformes Accipitridae gavião-pernilongo LC LC
caerulescens
Heterospizias
Accipitriformes Accipitridae gavião-caboclo LC LC
meridionalis
Accipitriformes Accipitridae Rupornis magnirostris gavião-carijó LC LC
gavião-de-cauda-
Accipitriformes Accipitridae Buteo brachyurus LC LC
curta
Geranoaetus
Accipitriformes Accipitridae águia-serrana LC LC
melanoleucus
Charadriiformes Charadriidae Vanellus chilensis quero-quero LC LC
rolinha-fogo-
Columbiformes Columbidae Columbina squammata LC LC
apagou
Columbiformes Columbidae Columbina picui rolinha-picuí LC LC
Columbiformes Columbidae Patagioenas picazuro pomba-asa-branca LC LC
30
Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Columbiformes Columbidae Zenaida auriculata avoante LC LC
Cuculiformes Cuculidae Piaya cayana alma-de-gato LC LC
Cuculiformes Cuculidae Crotophaga ani anu-preto LC LC
Cuculiformes Cuculidae Guira guira anu-branco LC LC
Cuculiformes Cuculidae Tapera naevia saci LC LC
Strigiformes Strigidae Glaucidium brasilianum caburé LC LC
Strigiformes Strigidae Megascops choliba corujinha-do-mato LC LC
Strigiformes Strigidae Athene cunicularia coruja-buraqueira LC LC
Caprimulgiformes Caprimulgidae Hydropsalis torquata bacurau-tesoura LC LC
rabo-branco-de-
Apodiformes Trochilidae Anopetia gounellei LC LC
cauda-larga
Apodiformes Trochilidae Eupetomena macroura beija-flor-tesoura LC LC
beija-flor-
Apodiformes Trochilidae Chrysolampis mosquitus LC LC
vermelho
besourinho-de-
Apodiformes Trochilidae Chlorostilbon lucidus LC LC
bico-vermelho
beija-flor-de-
Apodiformes Trochilidae Chrysuronia versicolor LC LC
banda-branca
rabo-branco-
Apodiformes Trochilidae Phaethornis pretrei LC LC
acanelado
rapazinho-dos-
Galbuliformes Bucconidae Nystalus maculatus LC LC
velhos
martim-pescador-
Coraciiformes Alcedinidae Chloroceryle amazona LC LC
verde
pica-pau-
Piciformes Picidae Veniliornis affinis LC LC
avermelhado
rolinha-de-asa-
Columbiformes Columbidae Columbina minuta LC LC
canela
Columbiformes Columbidae Columbina talpacoti rolinha-roxa LC LC
bico-virado-da-
Passeriformes Furnariidae Megaxenops parnaguae LC LC
caatinga
Passeriformes Furnariidae Pseudoseisura cristata casaca-de-couro LC LC
Passeriformes Furnariidae Phacellodomus rufifrons joão-de-pau LC LC
bico-chato-
Passeriformes Rhynchocyclidae Tolmomyias flaviventris LC LC
amarelo
Passeriformes Rhynchocyclidae Todirostrum cinereum ferreirinho-relógio LC LC
Hemitriccus sebinho-de-olho-
Passeriformes Rhynchocyclidae LC LC
margaritaceiventer de-ouro
Passeriformes Dendrocolaptidae Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde LC LC
Lepidocolaptes arapaçu-de-
Passeriformes Dendrocolaptidae LC LC
angustirostris cerrado
papa-moscas-do-
Passeriformes Tyrannidae Stigmatura napensis LC LC
sertão
Camptostoma
Passeriformes Tyrannidae risadinha LC LC
obsoletum
guaracava-de-
Passeriformes Tyrannidae Elaenia flavogaster LC LC
barriga-amarela
31
Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
guaracava-de-
Passeriformes Tyrannidae Elaenia cristata LC LC
topete-uniforme
Passeriformes Tyrannidae Phaeomyias murina bagageiro LC LC
Passeriformes Tyrannidae Myiarchus swainsoni irré LC LC
Passeriformes Tyrannidae Pitangus sulphuratus bem-te-vi LC LC
Passeriformes Tyrannidae Megarynchus pitangua neinei LC LC
bentevizinho-de-
Passeriformes Tyrannidae Myiozetetes similis LC LC
penacho-vermelho
Passeriformes Tyrannidae tyrannus melancholicus suiriri LC LC
Passeriformes Tyrannidae Tyrannus savana tesourinha LC LC
Hylophilus vite-vite-de-olho-
Passeriformes Vireonidae LC LC
amaurocephalus cinza
Passeriformes Vireonidae Cyclarhis gujanensis pitiguari LC LC
Passeriformes Corvidae Cyanocorax cyanopogon gralha-cancã LC LC
Passeriformes Troglodytidae Troglodytes musculus corruíra LC LC
balança-rabo-do-
Passeriformes Polioptilidae Polioptila atricapilla LC LC
nordeste
Passeriformes Turdidae Turdus leucomelas sabiá-barranco LC LC
Passeriformes Mimidae Mimus saturninus sabiá-do-campo LC LC
Passeriformes Icteridae Icterus jamacaii corrupião LC LC
Passeriformes Icteridae Icterus pyrrhopterus encontro LC LC
Passeriformes Icteridae Gnorimopsar chopi pássaro-preto LC LC
asa-de-telha-
Passeriformes Icteridae Agelaioides fringillarius LC LC
pálido
Passeriformes Icteridae Molothrus bonariensis chupim LC LC
cardeal-do-
Passeriformes Thraupidae Paroaria dominicana LC LC
nordeste
saíra-de-chapéu-
Passeriformes Thraupidae Nemosia pileata LC LC
preto
Passeriformes Thraupidae Tachyphonus rufus pipira-preta LC LC
Passeriformes Thraupidae Coereba flaveola cambacica LC LC
Passeriformes Thraupidae Sporophila albogularis golinho LC LC
Passeriformes Thraupidae Sporophila nigricollis baiano LC LC
Passeriformes Thraupidae Saltatricula atricollis batuqueiro LC LC
Passeriformes Thraupidae Coryphospingus pileatus tico-tico-rei-cinza LC LC
Passeriformes Thraupidae Thraupis sayaca sanhaço-cinzento LC LC
Passeriformes Cardinalidae Cyanoloxia brissonii azulão LC LC
Passeriformes Fringillidae Euphonia chlorotica fim-fim LC LC
Passeriformes Passeridae Passer domesticus pardal LC LC
Mammalia
Dldelphlmorphla Passerldae Didelphis albiventris Sariguê LC -
Dldelphimorphia Dldelphldae Gracilinanus agilis Cuica LC -
32
Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Didelphimorphia Dldelphldae Monodelphis domestica Catita LC -
Cingulata Didelphidae Dasypus novemcintus Tatu-verdadeiro LC LC
Cingulata Dasypodidae Dasypus septencinctus Tatu-china LC LC
Cingulata Dasypodidae Euphractus sexcinctus Tatu-peba LC LC
Cingulata Dasypodidae Tolypeutes tricinctus Tatu-bola VU EN
Myrmecophaga Tamandua-
Pilosa Myrmecophagidae VU VU
tridactyla bandeira
Pilosa Myrmecophagidae Tamandua tetradactyla Tamandua-mirim LC LC
Primates Myrmecophagidae Callithrix penicillata Mico LC LC
Rodentia Callithrichidae Dasyprocta sp. Cutia - -
Rodentia Dasyproctidae Cuniculus paca Paca LC -
Rodentia Agoutidae Cavia aperea Prea LC -
Rodentia Caviidae Galea spixii Mocozinho LC -
Rodentia Caviidae Kerodon rupestres Mocozinho LC -
Rodentia Caviidae Wiedomys pyrrhorhinos Rato-da-caatin,ga LC -
Rato-de-rabo-
Rodentla Cricetidae Thrichomys apereoides LC -
grosso
Rodentia Echlmyidae Thrichomys albispinus Rato-de-espinhos LC -
Lagomorpha Echlmyidae Sylvilagus brasiliensis Tapeti EN -
Carnlvora Leporldae Cerdocyon thous Raposlnha LC -
Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Chlroptera Molossldae fumos sp. Morcego - -
Chlroptera Molossldae Eumops auripendulus Morcego LC -
Chlroptera Molossldae Eumops perotis Morcego LC -
Molossus
Chlroptera Molossldae Morcego - -
mattogrossensis
Chlroptera Molossldae Molossus temminckii Morcego LC -
Chlroptera Molossldae Molossus molossus Morcego LC -
Chlroptera Molossldae Molossus rufus Morcego LC -
Nyctinomops
Chiroptera Molossldae Morcego LC -
aurispinosus
Nyctinomops
Chlroptera Molossldae Morcego LC -
laticaudatus
Chiroptera Molossldae Nyctinomops macrotis Morcego LC -
Chiroptera Molossidae Promaps sp. Morcego - -
Chiroptera Molossidae TadorIda brasiliensis Morcego LC -
Chiroptera Molossidae Pteronotus personatus Morcego LC -
Chiroptera Mormoopidae Natalus macrotis Morcego LC -
Chiroptera Natalidae Nactilia albiventris Morcego LC -
Chiroptera Noctilionidae Nactilia leparinus Morcego LC -
Chiroptera Noctilionidae Thyroptero tricolor Morcego LC -
Chiroptera Thyropteridae Lasiurus ega Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionide Lasius us blossevillii Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Eptesicus brasiliensis Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Eptesicus lurinolis Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Histiatus velotus Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Myotis sp. Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Myotis albescens Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Myotis nígricans Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Myatis rlporlus Morcego LC -
Chiroptera Vespertilionidae Myotls lovali Morcego LC -
Chiroptera Vespertllionidae Anoura geoffroy Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Artieus sp. Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Artibeus concolor Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Artibeus tituratus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Artibeus obscurus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Carollia brevicauda Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Carallia perspicillatn Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Chiroderma dariae Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Chirotopterus auritus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Dermanura cinerea Morcego LC -
34
Status de
Ordem Família Espécie Nome Comum Conservação
IUCN MMA
Chiroptera Phyllostomidae Dermanura gnoma Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Desmodus ratundus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Dioemus youngi Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Diphyllo eucaudato Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Glossophaga soricina Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Lonchorhina aurita Morcego LC VU
Macrophyllum
Chiroptera Phyllostomidae Morcego LC -
mocrophyllum
Chiroptera Phyllostomidae Micronycteris megolotis Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Micronycteris minuta Morcego LC -
Chiroptera Pnyllostomidae Mimon crenulatum Morcego LC -
Chiroptera f>nyllostomidae Phylloderma stenaps Morcego LC -
Chiroptera Pnyllostomidae Phyllastomus duscalor Morcego LC -
Chiroptera Pnyllostomidae Phyllastamus e!ongatus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Phyllastamus hostotus Morcego LC -
Chiroptera Pnyllostomldae Phyllastamus lineatus Morcego LC -
Chiroptera Pnyllostomidae Rhinophylla pumilio Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Sturiniro IliIum Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Sturnira tlldae Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomidae Trachops cIrrhasus Morcego LC -
Chiroptera Phyllostomldae Urodermo bllobotum Morcego LC -
Urodermo
Chiroptera Pnyllostomidae Morcego LC -
mognirostrum
Legenda: BIO = Bloacúst lca; CAM = Armad i lha Fotográfica; CAP= Captura (Pt fall, Shermann, l
omahawk) ; ENC = Encontro Ocasiona l; FEZ = Fezes,; M I S = Rede de neblina; OBS = Avistamen to; PEG
= Pegadas e rastros; POP = Projeção e Ocorrência Potencia l (Incluindo dados secundários); PVA =
Procura Visua l Ati va (dados diretos ,e indiretos) ; VOC = Vocalização; MMA = M in isté rio do Melo
Ambiente ; IUCN = lnternat lona l Un lon for Con servat ion of Nature and Natural Resour ces; SEMA
= Secretaria do meio Ambiente do Estado dia Bahia; EN = Em per igo de ext i nç iio; NT = Quase
Ameaçado; VU = Vulnerável ; CIN = Cinegética e/ou Xerímbabo ; END = Endêmica da Caatinga; FPE =
Regsltro de Fata lid ade em Parques Eó li cos; 1NV = Espécie introduzlda ou invaso ra.
Fonte: Estudo de Médio Impacto - Complexo Eólico Baixo Castanheira, 2019
35
5. METAS E INDICADORES
5.1. Metas
• Caracterizar e ampliar o conhecimento da fauna na área de influência do
empreendimento;
5.2. Indicadores
• Riqueza de espécies registradas na área de influência do empreendimento;
Figura 09. Unidades amostrais para levantamento da fauna no Complexo Eólico Alto
Castanheira
Os métodos de captura são apresentados a seguir de acordo com cada grupo faunístico
estudado, abaixo são descritos os métodos para cada grupo.
Os espécimes de fauna que porventura não possam ser devolvidos a natureza serão
destinados a veterinária local onde serão submetidos a atendimento clínico veterinário
bem como emitido parecer clínico com prontuário e ficha clínica (conforme carta de aceite
ANEXO C).
Este tipo de armadilha consiste em recipientes, que podem ser baldes ou tambores,
enterrados no solo e interligados por uma cerca de lona ou tela plástica (drift fences;
Corn,1994), as quais são colocadas verticalmente com sentido aos interiores dos
recipientes, direcionando os espécimes ao recipiente mais próximo (Cechin & Martins,
2000; Bernarde, 2012; Pereira & Serra, 2012). As disposições mais comuns sugeridas na
literatura são em linha e radiais (Campbell & Christman, 1982; Corn, 1994; Greenberg et
al., 1994; Cechin & Martins, 2000).
No presente estudo, em cada uma das 10 unidades amostrais serão instaladas 1 estação
de captura formada por 4 baldes plásticos de 60 litros enterrados ao nível do solo com as
aberturas interceptadas por cerca-guia de lona plástica de 50 cm de altura.
38
As estações de captura permanecerão abertos durante todo o dia durante 5 dias, com
realização de 2 vistorias, uma nos primeiros horários da manhã (entre 8h e 12h) e outra
nos últimos horários da tarde (entre 16h e 20h). Todos os animais capturados serão
incluídos nas fichas de campo. Ao final, o esforço empregado para a metodologia será de 4
baldes X 10 estações de captura x 120 horas (5 dias), totalizando 40 baldes/dia e 4.800
horas/campanha.
Figura 10. Desenho Esquemático de trecho Figura 11. Desenho esquemático de estação
da armadilha de queda com cerca-guia de captura com 4 recipientes de queda
(Fonte: Cechin & Martins, 2000) Fonte: Cechin & Martins, 2000)
O PVA pode ser realizado de forma aleatorizada no ambiente ou pode ser feita em uma
área específica demarcada (como por exemplo a área diretamente afetada, a área de
influência direta do empreendimento, e na área de influência indireta). É necessário que
sejam descritas informações referentes ao número de pessoas, ao comprimento do trecho
percorrido e ao número de horas trabalhadas pela equipe. Isso possibilitará a quantificação
do esforço amostral empregado no estudo e a realização de comparações temporais e
espaciais de dados (Diniz & Latini, 2015).
A metodologia a ser seguida será a realizada por Pereira-Júnior et al, 2013 para coleta de
anfíbios anuros, onde serão definidas algumas modificações. As coletas serão realizadas
por 2 amostradores em uma área de 500m durante a manhã e à noite em um período de
duas horas por turno (manhã: 8h as 10h e noite: 19h as 21h) em todos os microambientes
possíveis de encontrar répteis e anfíbios, durante cinco dias consecutivos ao longo de cada
unidade amostral. Ao final, totalizando 40 horas de procura visual ativa nas áreas e
entorno.
Figura 12. Procura visual ativa diurna Figura 13. Procura visual ativa noturna
O método direciona-se exclusivamente ao grupo dos anfíbios, que são identificados pela
vocalização que os indivíduos machos emitem para atrair as fêmeas. Cada espécie emite
uma vocalização diferenciada e exclusiva, o que permite identificá-los a partir delas.
As gravações acústicas serão realizadas através do aparelho detector SONG METER MINI
BAT DETECTOR (taxa de amostragem de 44 kHz), sendo instalado 1 aparelho a cada noite
de forma que todas as unidades amostrais sejam contempladas. O aparelho será
programado para gravar das 17h as 22h e posteriormente as chamadas serão identificadas
até o menor nível taxonômico possível (espécie, gênero ou família) com a utilização do
software de análise de som Raven Pro 1.5.0, além de bibliografia de referência (Amphibia
Web; Straneck et al., 1993; Haddad et al., 2005; Toledo et al., 2007). Para a identificação
de cada registro observa-se parâmetros fundamentais como a estrutura do pulso, valores
40
Em cada unidade amostral será selecionado um ponto fixo em local estratégico, onde o
microfone esteja fixado a 1,5 m do solo, gravando durante as primeiras cinco horas da
noite, totalizando 50 horas de gravações por campanha.
Em cada camera trap serão colocadas iscas para atrair os animais, facilitando assim o
registro de espécies de hábitos noturnos, furtivos ou que ocorram em baixas densidades
(TOMAS e MIRANDA, 2003).
A utilização de iscas se dá com o objetivo de atrair animais para os pontos amostrais e assim
ampliar o sucesso de captura (ESTRELA et al., 2015; MARTINS et al., 2016; CALAÇA et al.,
2018a). A isca será composta por uma mistura de banana, sardinha, amendoim moído e
farinha de milho.
41
Figura 14. Instalação de armadilha fotográfica Figura 15. Armadilha fotográfica instalada
O observador conduz um censo ao longo de uma série de linhas ou trilhas (CULLEN JR &
RUDRAN, 2003), procurando pela fauna específica, seus vestígios e abrigos, utilizando
trilhas já existentes e áreas potenciais. No caso da mastofauna, procura-se por atividade
dos animais, movimentações em árvores, em trilhas e locais de passagem, além de verificar
vestígios como tocas, pegadas, fezes e carcaças de animais, além da busca de abrigos (ocos
e cascas de árvores, folhagens, fendas de rochas, afloramentos rochosos, cupinzeiros,
construções e cacimbas).
O rastreamento por pegadas consiste em busca de terras argilosas, nas trilhas e cursos
d’água, onde o animal passa e deixa o rastro. Suas medidas (comprimento, largura de
pegada e distância entre passadas) são tomadas com o uso do paquímetro e fotografadas.
O esforço amostral previsto na execução da PVA será destinado há dois períodos sendo 3
horas para o período noturno e 3 horas para o período diurno, totalizando 6 horas diárias.
Por tanto, considerando um dia amostral para cada UA (10 unidades amostrais x 6 horas
amostrais) pode-se entender a um esforço amostral de 60 horas de amostragem.
Figura 18. Instalação de armadilha Tomahawk Figura 19. Armadilha Sherman instalada em
média árvore
6.3. Avifauna
Serão realizadas 2 campanhas sazonais contemplando o período seco e chuvoso. Durante
a realização das campanhas serão utilizandas as metodologias não invasivas: Censo por
transecto ou busca ativa, Ponto de Escuta, Playback e encontros ocasionais. Através da
utilização de tais métodos (diferentes e complementares), podemos estudar importantes
informações ecológicas visando amenizar, compreender e compensar os impactos
relacionados à avifauna. Estes métodos apresentam-se sistematizados nos itens
subsequentes.
Os transectos (ou buscas ativas) serão realizados em trilhas pré-existentes nas Unidades,
as quais serão percorridas por 1 km em ritmo lento e constante. As aves serão registradas
em campo a partir de contatos visuais, auditivos, fotografias e vestígios. As informações
geradas também serão utilizadas para cálculo da frequência de ocorrência das espécies e
para o cálculo do índice de diversidade. Ainda serão anotadas informações pertinentes ao
44
local e habitat onde foram encontradas, além de outras observações adicionais julgadas
relevantes.
A cada nova observação, a espécie será adicionada à lista, onde após a contemplação de
10 espécies (sem repetições), uma nova lista será iniciada.
Esta metodologia será desenvolvida durante 10 dias consecutivos, sendo um dia reservado
para cada unidade amostral, em horários alternados do dia, podendo ser pela manhã (ao
amanhecer, a partir das 5h 30min) ou pela tarde (nos horários menos quentes, a partir das
16h 30min), ao final, produzindo um esforço de 1 km/unidade amostral e 10Km/campanha.
Figura 20. Realização do monitoramento de aves com a metodologia de censo por transecto
Pontos de Escuta
De acordo com Anjos (2001), a técnica de inventário de aves através do censo por ponto
foi desenvolvida em 1970, por Blondel e adaptada às regiões neotropicais por Vielliard e
Silva, em 1990. Essa técnica é preferencialmente utilizada para habitats arbustivos e matas
abertas (BIBBY et al., 2000), havendo limitação do seu uso para áreas de floresta densa, e
consiste no registro de todas as espécies e indivíduos identificados por meio visual e sonoro
num intervalo de tempo determinado, numa dada área. O tempo de duração de cada
contagem deve ser definido, considerando o maior número possível de espécies que se
possa registrar, em um período de tempo não muito longo (BIBBY et al., 2000).
Em cada Unidade Amostral serão realiza estabelecidos (ESBÉRARD & DAEMON, 1999) dos
dez censos de dez minutos de duração. Essa metodologia será desenvolvida em duas
etapas: cinco pontos de escuta serão realizados nas primeiras horas do dia (a partir das 5h),
e cinco pontos de escuta no período da tarde (a partir das 16h 30min). Será utilizada a
contagem por pontos de raio fixo para a aplicação dos Pontos de Escuta (HUTTO et al.,
1986), onde serão determinados cinco pontos de escuta, os quais distaram uns dos outros
200 metros.
45
Figura 22. Esquema dos pontos de escuta realizados durante uma manhã e uma tarde, em cada
uma das cinco Unidades Amostrais
Os dados coletados nesse método serão utilizados para o cálculo de IPA (Índice Pontual de
Abundância), que consiste no total de registros da espécie dividido pelo número total de
pontos de escuta (n = 10, por Unidade Amostral).
Os avistamentos de aves serão auxiliados por meio de binóculos (Nikon Trailblazer 8X42 e
Nikon Monark5 8X42) e os registros fotográficos serão realizados por câmera digital
profissional (Nikon D7100 e lentes modelos Nikkor VR 70-300 e Nikkor VR 18-105).
A vocalização das aves será registrada através de gravadores (modelo SONY PX-440). O uso
do playback será utilizado também nos momentos de intervalo entre as metodologias, com
46
Ao final de cada dia de amostragem, será confeccionada uma lista de espécies, que consiste
na reunião de todos os registros feitos ao longo do dia (tanto dos censos quanto dos
registros casuais). Para classificação taxonômica, será utilizada a lista sugerida por
PIACENTINI e colaboradores (2015).
6.3. Quiropterofauna
Serão realizadas 2 campanhas sazonais contemplando o período seco e chuvoso. Durante
a realização das campanhas serão utilizandas diferentes metodologias: redes de neblina,
busca ativa, detector de ultrassom e entrevistas. Através da utilização de tais métodos
(diferentes e complementares), podemos estudar importantes informações ecológicas
visando amenizar, compreender e compensar os impactos relacionados à quiropterofauna.
Estes métodos apresentam-se sistematizados nos itens subsequentes.
Figura 23. Registro de tronco seco que pode ser Figura 24. Busca entre fendas de rochas
utilizado como abrigo
47
Redes de Neblina
Figura 25. Desenho esquemático da rede de Figura 26. Redes de neblina instaladas ao
neblina entardecer
Após a captura, os indivíduos serão mantidos em sacos de pano para a coleta de material
fecal, o qual será armazenado em papel vegetal. Em seguida, os indivíduos serão levados a
local apropriado para triagem, onde serão pesados com auxílio de dinamômetro
apropriado para o porte do animal.
Para cada indivíduo serão registrados localidade (coordenadas, parcela) e horário de
coleta. Ainda, em cada Unidade Amostral será registrado o tipo de ambiente, o número
total de espécies capturadas, o número de indivíduos de cada espécie e a coordenada
geográfica.
48
Para a biometria dos espécimes os seguintes dados serão anotados: espécie, medidas
morfométricas do tamanho do antebraço (AN), folha nasal, orelha, ouvido interno, cauda,
pé, comprimento total da asa, (cabeça/corpo), sexo, estimativa etária, biomassa (Figura
27) e horário de atividades (REIS, 1984; STALLINGS et al., 1990). As medidas biométricas
serão obtidas com auxílio de paquímetro (Figura 28).
Serão anotados caracteres relacionados ao estado reprodutivo dos animais: estágio dos
testículos, no caso dos machos (escrotados em adultos potencialmente ativos; não-
escrotados em adultos inativos ou juvenis); evidências de gravidez anterior ou presente,
lactação ou presença de filhotes, no caso de fêmeas. Os indivíduos serão classificados em
adultos ou juvenis, de acordo com a observação da ossificação dos ossos longos dos
membros anteriores.
A marcação dos morcegos para posterior liberação será realizada com colares plásticos com
cilindros coloridos associada a marcação com elastômero para uma maior eficâcia da
identificação das campanhas, seguindo códigos pré-estabelecidos (ESBÉRARD & DAEMON,
1999). Indivíduos para os quais houver dúvida na identificação serão coletados para
identificação em laboratório.
Figura 27. Coleta de dado de Biomassa Figura 28. Coleta de dados Biométricos
Detector de ultrassom
As chamadas serão identificadas até o menor nível taxonômico possível (espécie, gênero
ou família) com a utilização do software de análise de som Raven Pro 1.5.0 e Batexplorer
1.11, além de bibliografia de referência e do próprio pesquisador (Jung et al. 2007; Jung et
49
al. 2014; López-Baucells et al. 2016; WilliamsGuillén & Perfecto 2011; Aguilar-Arias et al.,
2018). Para a identificação de cada registro ultrassônico observa-se parâmetros
fundamentais como a estrutura do pulso, valores de frequência inicial, final, frequência
máxima e mínima de energia, duração e intervalo entre os pulsos.
Em cada unidade amostral será selecionado um ponto fixo em local estratégico, onde o
microfone esteja fixado a 3 m do solo, gravando durante as primeiras cinco horas da noite.
As gravações devem ser iniciadas concomitantemente com a abertura das redes de neblina,
onde cada unidade será amostrada durante 5h por noite/campanha, totalizando 50 horas
de gravações.
Entrevistas
Tendo em vista o conhecimento da comunidade local acerca dos animais que aparecem na
região, que sofrem pressão da caça ou possíveis casos de ataques de morcegos
hematófagos em animais de criação, serão realizadas entrevistas ocasionais desejando
obter informações sobre a mastofauna alada da região.
𝑵𝒅𝒊
𝑭𝑶 = 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝑵𝒕𝒅
Frequencia Relativa (FR): Adicionar uma explicação da frequencia relativa
A frenquência
50
a frequência relativa para cada espécie de morcegos será calculada conforme proposto por
Moratelli & Peracchi (2007), onde é considerado o percentual de participação de cada
espécie no total de capturas:
Abundância Relativa (Ar): a abundância relativa das espécies observadas será estimada
levando em consideração o número de registro para a espécie i (ni), dividido pelo número
total de registros (nt). Para cada táxon, a abundância será calculada através da razão entre
o número de indivíduos registrados da espécie e o número total de registros na amostra,
que obedece a fórmula citada abaixo:
𝒏𝒊
𝑨𝒓 =
𝒏𝒕
Índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) e equitabilidade de Pielou (J’): o índice de
diversidade de Shannon-Wiener (H’) considera a riqueza de espécies e abundância dos
indivíduos. Os valores variam de 0 para comunidades com um único táxon até os valores
elevados para comunidades com muitos táxons. Logo quanto maior o valor de H’ maior
será a diversidade de herpetofauna das áreas em estudo.
Para esta análise, leva-se em consideração todas as espécies registradas nas Unidades
Amostrais através dos métodos utilizados, bem como os registros casuais efetuados nos
intervalos dos métodos aplicados. O software utilizado para esta análise será o EstimateS
(COLWELL, 2013).
Além deste cálculo (IPA), a abundância registrada nesta metodologia será utilizada para as
análises de Diversidade de Shannon-Wiener (H’), Equitabilidade (J’), bem como para
Frequência de Ocorrência.
Frequência de Ocorrência (FO): A frequência de ocorrência (FO) das espécies será calculada
em relação aos cinco dias de amostragem, por meio da fórmula: FO = (d / D)x 1002.
1 onde: IPA = índice pontual de abundância; Nci = número de contatos da espécie i; e Nta = número total de amostras.
2onde: FO = frequência de ocorrência; d = número de dias em que a espécie i foi registrada; e D = número total de dias
de amostragem.
52
De acordo com este cálculo, as espécies serão inseridas em categorias de frequência, sendo
estas: 1. Alta (para as espécies registradas em mais de 67% das oportunidades); 2. Média
(para as espécies registradas entre 34 e 66%); 3. Baixa (para as espécies registradas abaixo
de 33%).
Aves que tiveram sua origem na Caatinga: O termo “endêmico” refere-se às espécies que
se desenvolvem em determinada região e não são encontradas em nenhum outro local
(ODUM e BARRET, 2013). Assim sendo, espécies endêmicas da Caatinga ocorrem apenas
neste bioma, porém, devido a várias limitações sobre a distribuição das espécies bem como
falta de consenso sobre quais formações vegetais devem ser consideradas parte deste
bioma, prefere-se utilizar a classificação proposta por Araújo e Silva (2017), os quais
mencionam as aves que tiveram sua origem na Caatinga. Neste contexto se enquadram 67
espécies. Segundo os autores, as aves que tiveram sua origem na Caatinga podem ser
incluídas em três grandes grupos: (1) composto de espécies com pequenas gamas cujos
limites estão inteiramente dentro da Caatinga (e.g., soldadinho-do-araripe Antilophia
bokermanni); (2) Espécies e subespécies com distribuição geográfica ampla cujos limites
são restritos aos limites atuais da Caatinga; e (3) Espécies e subespécies cujas gamas são
altamente congruentes com os limites atuais da Caatinga, mas que não estão restritas a
ela, podendo ocorrer também em outros biomas (ARAUJO; SILVA, 2017).
Espécies cinegéticas e de interesse econômico: Para aves esta categoria será elaborada
com as mesmas denominações de Fernandes-Ferreira et al. (2012), do seguinte modo: aves
que são utilizadas para alimentação, i.e., possui potencial cinegético (Fo); aves utilizadas
para zooterapia (Zo); aves que são controladas para evitar predação em animais
domésticos (Co); aves que são comercializadas ilegalmente (Cm); aves que são utilizadas
53
em cativeiro (Cr). Outras literaturas serão utilizadas como complemento (SICK, 1997;
ALVES; ROSA, 2010; ALVES et al., 2013, 2017; VIANA; MONTEIRO, 2016; ALVES; OLIVEIRA;
MEDEIROS, 2017).
Uso do habitat: As espécies registradas serão classificadas quanto a sua dependência por
florestas em três categorias, de acordo com Araújo e Silva (2017): (1) espécies de vegetação
aberta, encontradas apenas em habitats abertos (rios, lagos, caatingas, pastagens e
campos rupestres); (2) espécies generalistas, flexíveis o suficiente para ocorrerem tanto em
ecossistemas abertos quanto em ecossistemas florestais, às vezes vivendo na interface
desses dois grandes grupos de ecossistemas; (3) espécies florestais, encontradas nas
caatingas arbóreas e todas as florestas da região semiárida (secas ou úmidas). Esta
categoria não será aplicada às espécies exóticas (i.e., C. livia; E. astrild e P. domesticus)
(ARAÚJO; SILVA, 2017).
Guildas tróficas: Os hábitos alimentares das espécies serão obtidos de acordo com a
literatura específica (SICK, 1997; SILVA et al., 2003; SANTOS, 2004; TELINO-JUNIOR et al.,
2005). As categorias de guildas tróficas definidas são: onívoro, para os táxons que
consomem diversos itens alimentares, conforme a disponibilidade no habitat; frugívoro,
para as aves cuja base da alimentação é formada de frutos, podendo também incluir
artrópodes; insetívoro, para os táxons que consomem principalmente artrópodes;
granívoro, para as que se alimentam de grãos; nectarívoro, para as aves cuja base da
alimentação é o néctar das estruturas florais, sendo que alguns integrantes desta categoria
também consomem artrópodes (principalmente aracnídeos); necrófago, para os táxons
que consomem vertebrados e invertebrados em estágio de decomposição; carnívoro, para
aves que se alimentam de pequenos vertebrados e/ou grandes insetos; piscívoro, para os
táxons que consomem principalmente peixes; herbívoro, para os táxons que se alimentam
de folhas verdes ou fitoplâncton; e filtradores, que são as aves limícolas, que consomem
invertebrados em áreas úmidas.
54
-
56
9. CRONOGRAMA
Planejamento de campo
REFERÊNCIAS
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northwestern Pará, Brazil. Biota Neotropica, V. 18, N. 4, 2018A.
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Estado da Bahia, Salvador, 2016.
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Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Estado da Bahia. Diário Oficial Bahia,
Salvador, BA, Ano • CI • Nº 22.240, 16 de ago. 2017.
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com chaves para gêneros baseadas em caracteres externos. Rio de Janeiro: Centro Pan-
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of amphibian richness. Proceedings of the Royal Society of London B: Biological Sciences,
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62
ANEXOS
ANEXO A
Legenda
Unidades Amostrais
Área Diretamente Afetada (ADA)
Área de Influência Direta (AID)
Área de Influência Indireta (AII)
Projeto
Complexo Eólico Alto Castanheira
Área
Zona Rural
Município
Sento Sé/BA
Título
Mapa de Unidades Amostrais
Elaboração Verificação
Lara Câncio Fabiano Melo
Data Datum Escala Gráfica
Maio/2022 SIRGAS 2000
Projeção Zona Escala Padrão
UTM 24S 1:75.000 A3
Responsável Técnico Conselho Revisão
Marcela Marega Imamura CRBio: 105.209/08-D 00
65
ANEXO B
Legenda
Área de Influência Indireta (Buffer 5 Km)
Área de Influência Direta (Burffer 3 Km)
Poligonal de Supressão
Meio Biótico
Área de Proteção Permanente
Reserva Legal
Unidades de Conservação
Área de Proteção Ambiental do Boqueirão da Onça
Parque Nacional do Boqueirão da Onça
Fonte de dados
SICAR, 2022
MMA, 2020
IBGE, 2019
Projeto
Área
Zona Rural
Município
Sento Sé / BA
Título
Mapa de Unidade Amostrais do Levantamento de Fauna
Elaboração Verificação
Guido Brasileiro Fabiano Melo
Data Datum Escala Gráfica
Fev/2022 SIRGAS 2000
Projeção Zona Escala Padrão
UTM 24S 1 : 60.000 A3
Responsável Técnico Conselho Revisão
Marcela Marega Imamura CRBio:105.209/08-D 00
66
ANEXO C
DECLARAÇÃO
Eu, MARÍLIA IACÍ ALVES DA CRUZ, médica veterinária inscrita no CRMV/BA n° 5951,
declaro para os devidos fins que darei todo o atendimento clínico veterinário bem como
parecer clínico com prontuário e ficha clínica aos espécimes de fauna capturados durante
as atividades do Estudo de Impacto Ambiental para a implantação do Complexo Eólico
Alto Castanheira na zona rural do município de Sento Sé, Estado da Bahia, que porventura
apresentarem ferimento e necessitem de tratamento e não possam ser devolvidos
diretamente na natureza.
ANEXO D
Serviço Público Federal
CONSELHO FEDERAL/CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA - 8ª REGIÃO
CONTRATADO
Nome:Marcela Marega Imamura Registro CRBio:105.209/08-D
CPF:36919107856 Tel:991284638
E-Mail:maregammi@gmail.com
Endereço:Av. Paulo VI, 352, apto 301, Pituba
Cidade:Salvador Bairro: Pituba
CEP:41810-001 UF:BA
CONTRATANTE
Nome:Temis Projetos de Meio Ambiente e Sustentabilidade LTDA
Registro Profissional: CPF/CGC/CNPJ:07.345.543/0001-90
Endereço:R. Rio Grande do Sul, nº 332, Ed. Torre Ilha da Madeira 701
Cidade:Salvador Bairro:Pituba
CEP:41830-140 UF:BA
Site:
DADOS DA ATIVIDADE PROFISSIONAL
Natureza: Prestação de Serviços - 1.2
Identificação:Levantamento de fauna para subsidiar Autorização de Manejo Fauna
Município do Trabalho: 10°23.237'S/41°41.183'O UF: BA Município da sede: Umburanas UF:BA
Forma de participação: Individual Perfil da equipe: null
Área do conhecimento: Zoologia Campo de atuação: Meio ambiente
Descrição sumária da atividade:Elaboração do Plano de Levantamento de Fauna para subsidiar a Autorização de Manejo de Fauna do Complexo Eólico
Alto Castanheira.
Valor: R$ 2500,00 Total de horas: 15
Início: 26/01/2022 Término:
ANEXO E
Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaváveis
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL DE ATIVIDADES E
INSTRUMENTOS DE DEFESA AMBIENTAL
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO
Data de última atualização: 10/12/2020 Data de validade: 10/12/2022
CNPJ: 07.345.543/0001-90
RAZÃO SOCIAL: TEMIS PROJETOS DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE LTDA
LOGRADOURO: RUA RIO GRANDE DO SUL
N.º: 332 COMPLEMENTO: SALAS 701 A 705
MUNICÍPIO: SALVADOR UF: BAHIA
Responsáveis técnicos: N.º de registro no banco de dados do ibama:
FABIANO CARVALHO MELO 5787600
Atividades declaradas:
Consultoria técnica
A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa jurídica, de observância dos padrões técnicos normativos estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA
ii) documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo Conselho de Fiscalização
Profissional;
iii) demais documentos exigíveis por órgãos e entidades federais, distritais, estaduais e municipais para o exercício de suas
atividades; e
iv) do Comprovante de Inscrição e do Certificado de Regularidade emitidos pelo Cadastro Técnico Federal de Atividades
Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais - CTF/APP, quando esses também forem exigíveis.
O Comprovante de Inscrição no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
jurídica inscrita.
A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa física, do cumprimento de exigências específicas de qualificação ou de limites de atuação que porventura sejam determinados
pelo respectivo Conselho de Fiscalização Profissional.
O Certificado de Regularidade emitido pelo CTF/AIDA não desobriga a pessoa inscrita de obter licenças, autorizações, permissões,
concessões, alvarás e demais documentos exigíveis por instituições federais, estaduais, distritais ou municipais para o exercício de
suas atividades, especialmente os documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo
Conselho de Fiscalização Profissional, quando exigíveis.
O Certificado de Regularidade no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
física inscrita.
Chave de autenticação WWRD3E1DLS3IJFLM
A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa física, do cumprimento de exigências específicas de qualificação ou de limites de atuação que porventura sejam determinados
pelo respectivo Conselho de Fiscalização Profissional.
O Certificado de Regularidade emitido pelo CTF/AIDA não desobriga a pessoa inscrita de obter licenças, autorizações, permissões,
concessões, alvarás e demais documentos exigíveis por instituições federais, estaduais, distritais ou municipais para o exercício de
suas atividades, especialmente os documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo
Conselho de Fiscalização Profissional, quando exigíveis.
O Certificado de Regularidade no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
física inscrita.
Chave de autenticação U5Y42ZEM1G1Q74XI
A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa física, do cumprimento de exigências específicas de qualificação ou de limites de atuação que porventura sejam determinados
pelo respectivo Conselho de Fiscalização Profissional.
O Certificado de Regularidade emitido pelo CTF/AIDA não desobriga a pessoa inscrita de obter licenças, autorizações, permissões,
concessões, alvarás e demais documentos exigíveis por instituições federais, estaduais, distritais ou municipais para o exercício de
suas atividades, especialmente os documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo
Conselho de Fiscalização Profissional, quando exigíveis.
O Certificado de Regularidade no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
física inscrita.
Chave de autenticação CLFXWJ6T1V5BL8HX