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ASSESSORIA TÉCNICA INDEPENDENTE BACIA DO PARAOPEBA - REGIÃO 2

PLANO DE TRABALHO

CONSULTORIA ESPECIALIZADA NO LEVANTAMENTO DE DANOS RELATIVOS AOS


ASPECTOS AMBIENTAIS - FASE 2

EcoEnvirox/LEA:AUEPAS

Impactos à saúde Decorrentes de Danos e


Perdas Ecossistêmicas

[...] As antigas prescrições da ética ‘do


próximo’ - as prescrições da justiça, da
misericórdia, da honradez, etc. – ainda
são válidas, em sua imediaticidade
íntima, para a esfera mais próxima,
quotidiana, da interação humana. Mas
essa esfera torna-se ensombrecida pelo
crescente domínio do fazer coletivo, no
qual ator, ação e efeito não são mais os
mesmos da esfera próxima. Isso impõe à
ética, pela enormidade de suas forças,
uma nova dimensão, nunca antes
sonhada, de responsabilidade. Hans
Jonas (2006)

Ouro Preto, 2021


Identificação da Entidade Administrativo-Financeira: EcoEnvirox

Entidade: EcoEnvirox de Carbono LTDA-ME.

CNPJ: 13.671.841/0001-72

Endereço: Rua Professor Álvaro Bressan, nº 420, Apt. 103, Bairro Vila Itacolomy, Ouro
Preto, Minas Gerais. CEP: 35400-000

Telefone: (31) 3557-4142 - E-mail: ecoenvirox@gmail.com

Responsáveis: Weber de Brito Martins

Identificação da Entidade Responsável pela Gestão Técnico- Científica:


LEA AUEPAS

Entidade: Laboratório de Educação Ambiental: Arquitetura, Urbanismo, Engenharias e


Processos para Sustentabilidade (LEA:AUEPAS/ DEGEP-DEPRO) da Universidade Federal de
Ouro Preto (UFOP)

Endereço: Campus da UFOP/Morro do Cruzeiro,

Bauxita, Ouro Preto, Minas Gerais. CEP: 35400-000

Laboratórios da Escola de Minas, Lab. DEPRO 1306

Telefone: +55 (31) 35591306

E-mail:

dulcemariapereira@ufop.edu.br

Responsável: Dulce Maria Pereira

1
Sumário
1. INTRODUÇÃO 4

2. APRESENTAÇÃO DA EQUIPE DE TRABALHO 12

3. JUSTIFICATIVA 15

4. DEMONSTRAÇÃO DO CARÁTER PARTICIPATIVO DE CONSTRUÇÃO DO PLANO DE


TRABALHO 17

5. OBJETIVOS 15

5.1 OBJETIVO GERAL 15

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 15

5.3 DETALHAMENTO DOS OBJETIVOS 16

6. PÚBLICO ALVO 18

7. METODOLOGIA 19

8. ATIVIDADES DO PROJETO 23

9. COORDENAÇÃO E ACOMPANHAMENTO METODOLÓGICO FINALÍSTICO


...................................................................................................................................... 26

10. COLETAS E ANÁLISES 28

10.1 LOGÍSTICA 34

11.ORÇAMENTO 35

12. DADOS BANCÁRIOS 37

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS 37

BIBLIOGRAFIA 38

2
1. INTRODUÇÃO

Em 25 janeiro de 2019, a Barragem B-I da Mina de Córrego do Feijão, da mineradora


Vale S.A (“Vale”), com 86 metros de altura e comprimento da crista de 720 metros,
rompeu. Os 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro avançaram
rapidamente para cima de parte do centro administrativo e do refeitório da Vale,
máquinas de mineração, trem, uma ponte, casas, pousadas e currais, até chegar no
leito do Rio Paraopeba. A vegetação, a fauna e outros rios foram atingidos ao longo de
centenas de quilômetros, atravessando mais de 20 municípios e causando um dos
maiores desastres socioambientais da história do país. Dentre os municípios atingidos,
estão Mário Campos, Betim, Juatuba, São Joaquim de Bicas e Igarapé, considerados
componentes da Região 2.

A bacia hidrográfica do rio Paraopeba encontra-se na região sudeste do Estado de


Minas Gerais, sendo esta de grande importância econômica, social e ambiental. Limita-
se a leste com o Quadrilátero Ferrífero e a bacia do rio das Velhas, e a oeste com a
bacia do rio Pará, finalizando na represa de Três Marias (CPRM, 2020). Sua localização
é estratégica para o Estado, tanto por ser uma área com intensa exploração mineral,
quanto por permitir o seu uso para captação de água e abastecimento da região
metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com a Deliberação Normativa (DN) do COPAM nº 14/1995, o rio Paraopeba,


da confluência com o rio Maranhão até a represa de Três Marias, é enquadrado como
Classe 2 (IGAM, 2020), ou seja, águas que podem ser destinadas ao abastecimento
para consumo humano, após tratamento convencional; à proteção das comunidades
aquáticas; à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e
mergulho; à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de
esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e à aquicultura e
à atividade de pesca (BRASIL, 2005).

3
Cabe destacar o fato do Paraopeba ser um dos mais importantes tributários do rio São
Francisco, percorrendo aproximadamente 510 quilômetros até a sua foz no lago da
represa de Três Marias, no município de Felixlândia. Segundo o IBGE (2010),
aproximadamente 2,8 milhões de pessoas vivem na bacia, em 48 municípios, de
paisagens, culturas, economias e realidades socioeconômicas e ambientais muito
diversas.

O Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do rio Paraopeba informa que, quanto à
qualidade da água subterrânea, apenas 286 pontos (40,92 % dos registros totais) foram
estudados, uma vez que os demais não possuíam quaisquer informações acerca dos
parâmetros de qualidade da água (condutividade elétrica, turbidez, temperatura, cor
ou odor). De todas as avaliações quanto ao odor, apenas em um poço, localizado no
município de Brumadinho, foi percebida a presença de enxofre. Os demais
apresentaram normalidade quanto a esse fator (COBRAPE, 2020).

Quanto à qualidade da água superficial, os pontos amostrados pela Companhia de


Saneamento de Minas Gerais (COPASA) apresentaram análise físico-química em
conformidade com a Classe 2 da Resolução CONAMA nº 357/2005 e da Deliberação
Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG nº 01/2008. A análise microbiológica, no
entanto, indicou, por diversas vezes, incompatibilidade com a Classe 2 segundo o
parâmetro Escherichia coli (COPASA, 2018). Na região central da bacia do Paraopeba -
onde se encontra-se a Região 2 - o Índice de Qualidade da Água (IQA) foi classificado
com nível de qualidade da água variando de Bom, Médio a Ruim, sendo este último o
mais representativo, ou seja, o que mais predominou no local (COBRAPE, 2020).

Por se tratar de bacia em região profundamente impactada, parte desta degradação


decorre da atividade das mineradoras de ferro em alguns afluentes da bacia
supracitada (LOPES, 2017). Esta bacia apresenta diversas áreas com concentrações
elevadas de alguns elementos químicos. As causas desse enriquecimento podem ser
tanto naturais, devido aos elevados teores de fundo (background) destes elementos
em rochas e solos, uma vez que se trata de região com importantes jazidas de ferro,

4
manganês e ouro; quanto antrópicas, devido à poluição causada pela atividade
humana. Resultados de 2011 mostraram altos teores (superiores aos valores de
referência) de mercúrio, manganês, ferro e alumínio em amostras de sedimentos, de
água e de solo, principalmente nas cabeceiras e na parte média da bacia (CPRM, 2020).

A região do estudo apresenta relevo montanhoso na Serra de Brumadinho, de direção


Leste - Oeste, que é sustentada por rochas dos grupos Rio das Velhas
(metassedimentos e metavulcânicas xistosas) e Minas (Itabiritos dolomitos e rochas
sedimentares). Nestas porções mais altas destas serras ocorrem superfícies lateríticas
antigas, que sustentam parcialmente o relevo. Depósitos de tálus e colúvios ocorrem
no sopé destas serras.

Os relevos mais baixos, formados por morros e morrotes arredondados,


compreendem rochas xistosas do Supergrupo Rio das Velhas e granitos e gnaisses do
embasamento. Sobre estas rochas se desenvolve um regolito formado principalmente
por solos in situ. Nos estreitos vales ao longo do rio Paraopeba, nas áreas mais planas,
encaixadas no talvegue do rio, ocorrem pequenas várzeas formadas por sedimentos
aluviais argilosos e arenosos.

O rio Paraopeba é um rio que corta as estruturas geológicas do embasamento


cristalino. Trata-se de um rio de planalto, meandrante, e fortemente controlado pelo
fraturamento local. Nos mais de 30 Km que percorre na área, o rio apresenta um
desnível de 28 metros, desde a foz do Ribeirão Ferro-Carvão (cota 735 m) até a cota
720 m na serra do Funil e, finalmente, cota 697 m na Vila Nova Esperança em Juatuba.
Isso dá um caráter de rio calmo e com pouca energia, com o lento transporte de
sedimentos e solutos, em pequenas quantidades, e fortemente influenciadas pela
maximização da erosão e transporte no período das chuvas.

O lançamento da lama com resíduos tóxicos causada pelo rompimento da barragem


da Vale, revolveu os materiais e resíduos, causando um novo processo de
contaminação e riscos, agregando elementos cujo impacto é desconhecido. Novos
riscos e novos efeitos, em larga escala, são alguns dos resultados do carreamento de
5
mais de 12 milhões de toneladas de lama com resíduos da mineração, sendo ferro e
outros elementos que em determinadas quantidades identificadas pelos estudos
científicos, são nocivos à saúde humana. Somam-se as consequências do revolvimento
de solos, do leito do rio, além das partículas dispersas no ar.

A Barragem B-I da Mina de Córrego do Feijão, da mineradora Vale, que se rompeu em


janeiro de 2019, está localizada na Região 1 da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba
(Figura 1).

Figura 1: Mapa de localização da Barragem I da Mina Córrego do Feijão

O presente trabalho propõe-se para a Região 2, que compreende os municípios de


Betim, Igarapé, Juatuba, Mário Campos e São Joaquim de Bicas, situados à jusante do
local do rompimento, conforme Figura 2.

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Figura 2: Mapa dos municípios da Região 2 atingidos pelo rompimento da Barragem I da Mina Córrego do Feijão, onde o atual
estudo está sendo realizado

Segundo o relatório do Governo do Estado de Minas Gerais, datado de 11/11/2021,


foram localizados e confirmados 273 óbitos, restando ainda 7 pessoas não
identificadas.

No fim do mesmo dia do rompimento da barragem, o Estado de Minas Gerais ingressou


com Tutela Antecipada Antecedente e no dia seguinte o Ministério Público de Minas
Gerais (MPMG) ingressou com duas Ações Civis Públicas. As ações tinham como

7
objetivo obter provimento jurisdicional para assegurar a responsabilidade civil da Vale
e sua condenação, de forma a garantir reparação integral referente aos danos sociais,
morais e econômicos provocados às pessoas, comunidades e outras coletividades
atingidas pelo desastre sociotecnológico.

O processo de reparação de danos perdurará enquanto houverem evidências ou


resquícios da destruição causada pela dispersão da lama de rejeito. A participação das
pessoas atingidas dos municípios da Região 2 conta com o auxílio, intermédio e
responsabilidade da AEDAS (Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social), uma
assessoria qualificada para a prestação de apoio técnico nos processos de tomada de
decisão, comunicação, organização, participação e interações das atingidas e atingidos
com a mineradora. A decisão que estabeleceu o direito à Assessoria Técnica
Independente consta em ata do dia 20/02/2019, do processo nº 5010709-
36.2019.8.13.0024.

A AEDAS, por sua vez, realizou a contratação de 12 Consultorias Técnicas


Especializadas, entre elas, a EcoEnvirox/LEA:AUEPAS, selecionada a partir do Termo de
Referência 03/2021 da Assessoria Técnica Independente Bacia do Paraopeba - Região
2. Trata-se de uma composição da Empresa EcoEnvirox, à qual cabe a gestão
financeiro-administrativa, juntamente com o Laboratório de Educação Ambiental e
Pesquisas: Arquitetura, Urbanismo, Engenharias e Processos para Sustentabilidade
(LEA:AUEPAS) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), responsável pelos
conceitos e execução dos trabalhos técnico-científicos. O LEA:AUEPAS incluiu na
equipe parceiros de outras instituições da comunidade acadêmica sendo: o Instituto
de Geociências da UNICAMP (IG) e também a USP - Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP).

Cabe a esta Consultoria Técnica Especializada o levantamento de danos relativos aos


aspectos de impacto e risco à saúde causados por danos socioambientais - Fase 2,
decorrentes do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão e consequente
dispersão de rejeitos, os quais impactam os recursos hídricos, solos, sedimentos, flora,
ar, fauna, animais e a comunidade local. A referida barragem da empresa Vale S.A, está
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localizada na Região 1 da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, e o presente trabalho
será realizado na Região 2, que compreende os municípios de Betim, Igarapé, Juatuba,
Mário Campos e São João de Bicas, conforme Figura 1.

O escopo do trabalho a ser desenvolvido pelas EcoEnvirox/LEA:AUEPAS, detalhado no


presente Plano de Trabalho, inclui realizar coletas e análises de amostras de solos
superficiais e material particulado. As coletas e análises ocorrerão nos cinco
municípios, com a finalidade de investigar possíveis contaminantes e seus níveis nos
referidos meios. Os dados obtidos serão sistematizados e apresentados sob a forma de
textos e material gráfico, como tabelas e mapas.

A partir da localização dos pontos amostrais georreferenciados pela AEDAS e com


possível sugestão da equipe, serão realizadas coletas, análises e sistematização,
somando-se relatórios parciais e boletins informativos, permitindo à população local
uma fácil compreensão sobre os potenciais riscos presentes naquelas regiões.

O processo seletivo da comunidade acadêmica foi feito por meio do Edital de


Chamamento Público1 e a seleção de entidades para a realização deste projeto foi feita
pela AEDAS, por meio do Termo de Referência n° 03/2021 da ASSESSORIA TÉCNICA
INDEPENDENTE BACIA DO PARAOPEBA - REGIÃO 2, no dia 31 de maio de 2021, por
meio do envio de proposta de trabalho e entrevista virtual ocorrida no dia 07 de julho
de 2021.Este aditivo refere-se a um aprofundamento dos estudos sobre impacto na
saúde devido a impactos socioambientais.

1
Disponível em: https://www.mpmg.mp.br/areas-de-atuacao/defesa-do-cidadao/inclusao-e-

mobilizacaosociais/conflitos-socioambientais/

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As adequações e limitações para a execução do projeto estão relacionadas à relação
prazos/ número de coletas/ análises/ resultados.

A presente proposta é de realização de uma pesquisa multimétodo, inter e


transdisciplinar, com abordagem empírica. A hipótese é que a lama com rejeitos
carreou, revolveu e dispersou elementos tóxicos e outros resíduos nocivos à saúde
humana e da natureza. Tem como abrangência os territórios de referência da Região
2 da Bacia do Rio Paraopeba, que compreende os municípios de Betim, Igarapé,
Juatuba, Mário Campos e São Joaquim de Bicas. As atividades a serem desenvolvidas
integram cientistas e outros pesquisadores da comunidade acadêmica coordenada
pela UFOP, em parceria com o Instituto de Geociências da UNICAMP e USP - Faculdade
de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP).

2. APRESENTAÇÃO DA EQUIPE DE TRABALHO

A equipe técnica responsável pelo trabalho é de caráter inter e multidisciplinar;


apresenta formação acadêmica em diversas áreas, dentre as quais, Ciências
Ambientais (Geografia, Agronomia, Química, etc.); Engenharias (Ambiental, Sanitária,
Recursos Hídricos, Hidrológica, Química, Geológica); Ciências Biológicas
(Ecotoxicologia, Biologia, Ecologia); ser comprovadamente qualificada para realização
dos objetivos explicitados.
Na Tabela 1, a seguir, estão os integrantes da equipe de trabalho e suas respectivas
formações acadêmicas.

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Tabela 1- Identificação da equipe multidisciplinar

Vínculo
Nome RG Formação/Atribuições
Institucional
MG 15.801.406 Bacharelado em Engenharia Geológica/
1. Aline Braga Estagiária/ Equipes científica e técnica LEA:AUEPAS/
Valentin
DEGEO/UFOP
MG 15106446 Engenheiro técnico de campo
2. Alisson de LEA:AUEPAS/
Oliveira
Neres DEGEP-DEPRO/ UFOP

Física/ Equipe Científica - Análise de FEA - RP/USP


3. Andréa 19.432.990-2 Redes, Análise Multivariada de Dados e
Maria SSP/SP produção de mapas de dados sobre as
Machado pesquisas.
Ribeiro
MG 12121982 Fotografia e Comunicação LEA:AUEPAS/
4. Camila DEGEP-DEPRO/
Bahia UFOP

52.683.769-X Bacharelado em Geologia/ Estagiário/ UNICAMP


5. Caroline Equipes científica e técnica/ Pesquisas de
SSP/SP
Bueno campo e trabalhos laboratoriais.

09332604-9 Doutor em Ciências Humanas e Educação/ UNIRIO


6. Celso Conselheiro – Diagnóstico ecológico
SESP/RJ
Sanches

365692 - Arquiteta e Urbanista/ Equipe científica/ LEA:AUEPAS/


7. Dulce SSP/DF Coordenadora geral do projeto/ DEGEP-DEPRO/
Maria Responsável pelas matrizes peixes e ar UFOP
Pereira
8. Emylle 16.636.348 Bacharelado em Química Industrial /
Emediato PC/MG Equipe Científica - Protocolos de campo e LEA:AUEPAS/
Santos de análise, interpretação de resultados DEGEP-DEPRO/
de pesquisa, sistematização de dados e UFOP
produção de sínteses inter relacionadas e
comparadas aos resultados.

9. Evandro 17389386-7 Físico/ Equipe científica/ Coordenação FEA - RP/USP


Marcos SSP/SP dos estudos de redes e pela análise
Saidel multivariada de dados coletados e de
Ribeiro estatísticas e outras métricas estratégicas
para a análise de resultados

11
10. Giovanni Físico/ Equipe Técnica - Estagiário/ FIMAT/UFOP
Rodrigues Suporte para elaboração dos documentos
Tomás 118.408.946- para implantação do projeto, processos e
95 estruturação do Plano de trabalho,
planejamento orçamentário e financeiro

4.115.2095-PR Geólogo/ Equipe científica/ Coordenação IG/UNICAMP


11. Jeferson Lima
Picanço científica das análises de solo e
sedimentos de corrente

12. Jerusa Agrônoma/ Equipe Científica - Pesquisa


Schneider UNICAMP
3243072 em bioacumulação e fitorremediação.
SSP/SC Compõe equipe de campo para coleta
de solo

13. Luiz 6.400.394 - 2 Arquiteto/ Equipe Científica e


Alexandre Instituto Opinião
Comunicação
de Lara

14. Maria do 13620162 Coordenação financeira e LEA:AUEPAS/


Carmo SSP/MG administrativa DEGEP-DEPRO/
Tomas UFOP

15. Maria 25.816.892-1 Bacharelado em Engenharia Geológica/ LEA:AUEPAS/


Tereza de DEGEO/UFOP
DIC/RJ Estagiária/ Equipes científica e técnica /
Godoy Pesquisas de campo
Cordeiro
16. Marília 040157902010- Bacharelado em Química/ Estagiário/ UFMA
Rodrigues 3 Equipes científica e técnica/ pesquisas de
SSP/MA campo e trabalhos laboratoriais.

17. Rachel Moreno 57.085.760-0 Psicóloga/ Equipe Científica - Supervisão INSTITUTO


SSP/SP de conteúdos, Execução, Comunicação, OPINIÃO
Coordenação das ações específicas de
campo, análise e relatórios para
consolidar transversalidade da
centralidade das/dos atingidas/os.

12
18. Rafael 41.939.458-8 Geólogo/ Equipe Científica e Equipe IG/UNICAMP
Bassetto SSP/SP técnica - Pesquisa, sistematização e
Ferreira relatórios dos estudos de qualidade da
água superficial e subterrânea. Trabalhos
de campo. Protocolos de análise dos
vários materiais coletados

19. Roseana 14503584 Engenheira Ambiental/ Equipe Técnica - LEA:AUEPAS/


da SSP/MG Compras e Suporte de campo DEGEP-DEPRO/
Conceição UFOP
Pinto
Ferreira
Fraga

20. Suzy Engenheira Ambiental/ Equipe Técnica - LEA:AUEPAS/


Magaly 11.107.326 Estrutura do trabalho das equipes nas DEGEP-DEPRO/
Alves SSP/MG duas campanhas. UFOP
Cabral de Complementação e revisão dos relatórios
Freitas

21. Tainá 37.118.424-1/ Geóloga e graduanda em Geografia/ IG/UNICAMP


Almeida SSP/MG Equipe Científica - Estagiária/ Confecção
de mapas, produção de material com
informação de satélite, identificação de
fenômenos geofísicos e geoquímicos

22. Tomio de 27583990-0 Bacharelado em Arquitetura e LEA:AUEPAS/


Godoy DIC/RJ Urbanismo/ Estagiária/ Equipes científica FAU/UFRJ
Cordeiro e técnica/ Pesquisas de campo

23. Ulisses 160105935 Doutor em Química Analítica/ UFMA


Magalhães SSP/MA Conselheiro/ Coordenador dos trabalhos
de água superficial e subterrânea

24. Valnei 54.132.116-X Bacharelado em Química/ Estagiário/ UNICAMP


Monteiro SSP/SP Equipes científica e técnica/ Pesquisas de
de campo e trabalhos laboratoriais.
Amorim

13
25. Yuri Murta Engenheiro Metalúrgico – Filósofo/ Equipe LEA:AUEPAS/
10.858.979 Técnica/ Coordenação e supervisão IFMG
SSP/MG trabalho de aquisição e qualidade dos
produtos.
Elaboração das matrizes dos documentos
estruturadores

Deverá somar-se à equipe uma


profissional da área da saúde

Conselheira UNIVERSIDADE
Isabel Orellana DE QUEBEC,
CANADÁ

3. JUSTIFICATIVA

A preocupação das comunidades sobre as consequências das condições ambientais e


de saúde causadas pelo derramamento de lama de rejeitos na Região 2, justifica esse
trabalho. A população local vive insegura na realização dos diversos usos das águas,
consumo de peixes do rio Paraopeba ou ainda para utilizar e produzir alimentos
cultivados em solos contaminados, ou animais que vivem no ambiente (AEDAS, 2020).

Outro ponto importante a destacar é que os/as atingidos/as têm se manifestado com
periodicidade sobre a insatisfação por não receberem dados confiáveis relativos a
qualidade das águas e dos solos disponíveis, que servem de embasamento para
processos de comunicação, proteção à saúde humana e aos processos produtivos
como consta em documentos da AEDAS (2021).

Entre as estratégias para subsidiar os atingidos e as atingidas com informações


confiáveis, de forma a empoderar as comunidades por meio da participação informada
sobre os danos, impactos e possíveis caminhos de reparação provenientes do
rompimento das barragens da VALE S.A, este projeto produzirá análises e informações
sobre a qualidade dos solos e do ar sobre a exposição a contaminantes ou outros
agentes de riscos ecológicos. Assim, as coletas de amostras na Região 2 são uma opção
14
técnico-científica adequada para o levantamento e síntese de tais informações,
segundo o Plano de trabalho da AEDAS.

Com as análises das amostras coletadas na Região 2, serão evidenciados os níveis, os


parâmetros de contaminação e, consequentemente, serão fornecidos dados confiáveis
à população, comprovando-se a hipótese da pesquisa. Nesta direção, possibilitar à
população da Região 2 condições para se ancorar em dados científicos que apoiem
reivindicações de reparação integral por parte da empresa e, ainda, interferir nas
políticas públicas com conhecimento sobre as condições ambientais resultantes do
derramamento da lama de rejeitos em suas localidades.

Os severos impactos socioambientais, sobretudo aqueles que representam risco à


saúde humana e econômicos, oriundos do desastre sociotecnológico no médio curso
do Rio Paraopeba, têm como principal meio de contínua difusão em suas extensões
temporal e territorial as águas superficiais do rio impactado, as águas subterrâneas, os
solos, sedimentos, a fauna e a flora, agravando o contexto de danos e perdas às
atingidas e aos atingidos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba na Região 2.

Como frente de resistência a esta situação, e a fim de minimizar drasticamente os


meios de exposição da população atingida, justifica-se a obtenção de dados primários
relativos aos componentes físicos e bióticos do meio ambiente, que é condição
fundamental para melhor entendimento dos riscos ambientais a que os/as
atingidos/as estão expostos.

Reitera-se também, a necessidade e a importância de coletar e analisar parâmetros


das condições dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, solos e sedimentos,
bem como de analisar a probabilidade da existência de efeitos ecológicos adversos,
como fundamentais para adequada compreensão dos impactos, danos e projeção de
possíveis medidas de reparação ambiental, após o desastre sociotécnico, na porção da
Bacia do Rio Paraopeba e dos aquíferos subterrâneos da Região 2. Nesse sentido, os
resultados a serem obtidos fornecerão embasamento técnico-científico para a
construção da Matriz de Reparação Integral.

15
Portanto, para a devida execução do trabalho, associaram-se EcoEnvirox e
LEA:AUEPAS-UFOP, como anteriormente descrito, sendo a primeira executora
administrativo-financeira e a segunda responsável por conteúdos, processos e
relatórios. As demais partes envolvidas, IG/UNICAMP, FEA/USP-RP, atuam no conjunto
da equipe, sob coordenação do LEA:AUEPAS. Atingidas e atingidos são centrais nas
definições da execução, sendo a AEDAS a instituição responsável pela definição e
facilitação das escutas comunitárias.

O Plano de Trabalho é viável pois conta com equipe experiente e qualificada, os


recursos foram dimensionados para a execução criteriosa e eficiente do mesmo, de
forma a assegurar os resultados esperados com qualidade e atender, em toda sua
execução, as expectativas da contratante, AEDAS, e das comunidades atingidas. O
planejamento foi adequado ao contrato seguindo referências de exequibilidade.

A fonte dos recursos financeiros que a AEDAS dispõe, provêm das Instituições de
Justiça - Ministério Público e Defensorias Públicas. Os recursos destinados a este
projeto são derivados dos recursos gerais da AEDAS, repassados à EcoEnvirox para a
execução do projeto.

4. DEMONSTRAÇÃO DO CARÁTER PARTICIPATIVO DE


CONSTRUÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

O Plano de Trabalho da EcoEnvirox/LEA:AUEPAS é estruturado a partir da centralidade


das atingidas e atingidos. A concepção metodológica parte da percepção das
desigualdades imposta nos contextos de mineração, que os territórios estão em
disputa entre as comunidades e corporações, sendo a correlação de forças
desproporcional. Também, que os diferentes grupos humanos e seres dos diversos
grupos étnicos relacionam-se de forma diversa com a Natureza, seja nos processos

16
produtivos, relação com a espiritualidade, organização da vida no espaço físico,
interação com os ecossistemas e relações estabelecidas nas redes de convivência.

Ademais, considera-se neste estudo, as desigualdades de acesso a serviços e


oportunidades experimentados por mulheres, homens e pessoas dos coletivos
LGBTQIA+, que sob efeitos do patriarcado e do machismo, vivenciam realidades
diferentes. Essas, particularmente, desiguais para as mulheres principalmente em
relação ao acesso e as condições de trabalho formal, além da sobrecarga psicológica e
adoecimento, como também de trabalho no âmbito doméstico e reprodutivo.

Se os desastres não são eventos, seus impactos e crimes não se resumem ao impacto
inicial. Expandem-se devido, entre outros procedimentos das corporações, como a
exposição das comunidades a riscos. Riscos por contaminação, em tese, impactam de
forma desproporcional os grupos historicamente submetidos ao empobrecimento
que, em tais situações, são também desproporcionalmente vulnerabilizados.

Em situações de possíveis riscos de contaminação e efeitos sobre a saúde humana pelo


contato com a poeira, as mulheres são tanto mais expostas a poeira, pela respiração,
quanto pela responsabilização para com a limpeza dos ambientes domésticos, das
roupas das pessoas do núcleo familiar, assim como são as responsabilizadas pelo
cuidado e atenção às pessoas que apresentam sintomas de adoecimento, ocasionando
sobrecarga de trabalho e aumento do gasto do tempo com os cuidados e serviços
domésticos de limpeza.

Os danos específicos que as mulheres sofrem, em desastres e situações de extrema


vulnerabilidade, majoritariamente, não são reconhecidos nos processos de reparação
e pelas corporações responsáveis por tais desastres. Além do agravamento de sua
situação histórica de vulnerabilidade e desigualdade, devido à escassez de recursos e
serviços nestas situações, as mulheres têm maior dificuldade de acesso a estes
recursos, serviços e acesso aos programas e projetos de reparação, constituindo-se um
processo de re-vitimização e de violação do direito à justiça e à reparação das mulheres
atingidas.
17
Desta forma, é importante evidenciar no levantamento dos possíveis danos
identificados a relação dos mesmos com as diferenças e desigualdades de gênero,
denotando um agravamento ou a constituição de danos que se expressam ou são
experimentados de forma diferente segundo o gênero da pessoa atingida.

A ideologia do racismo, por sua vez, condena grupos humanos negros e indígenas em
territórios com a composição étnica da R2. Pequenos agricultores, artesãos,
pescadores, povos indígenas, garimpeiros, ribeirinhos e remanescentes de quilombos,
principalmente mulheres de todas as comunidades são, na história das catástrofes,
sobretudo onde os territórios são disputados por grandes corporações, condicionados
a vida que se resume a luta por justiça - por reparação, adoecimentos,
empobrecimento e revolta.

Assim, a escuta dos diferentes grupos humanos que desenham a vida nos territórios
atingidos são os sujeitos desta pesquisa. A inter-relação entre o ecossistema atingido
e os riscos à saúde humana define-se, neste trabalho, pela escuta às atingidas e aos
atingidos, definindo locais e processos da pesquisa, com a mediação da AEDAS. Os
riscos e subtrações por presença de contaminantes impactam as expressões
espirituais/religiosas de matriz africana, a capacidade produtiva, a saúde humana e a
biodiversidade dos quintais. Serão, portanto, pesquisados, como identifica o mapa da
Figura 2.

18
Figura 3: Mapa de comunidades PCTRAMA

Fonte: LEA:AUEPAS/UFOP, 2021

Os impactos para a saúde humana, dos animais, vegetais, solo e ar a que são
submetidas as comunidades poderão ser estudados por meio do resultado das análises
e comunicação dos resultados. Sendo as pessoas atingidas centrais no processo de
pesquisas, a comunicação dos processos e resultados será dialogada por meio de
boletins informativos e esclarecedores sobre cada etapa.

5. OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

O presente documento apresenta proposta para assessoria técnica às atingidas e aos


atingidos em razão do rompimento da barragem B-I e soterramento das barragens B-
IV e B-IV-A, da Mina Córrego do Feijão da empresa Vale S.A., como suporte às decisões
relativas à reparação integral das perdas e danos – especificamente para a Região 2,
19
abrangendo os municípios de Betim, Igarapé, Juatuba, Mário Campos e São Joaquim
de Bicas. Trata dos riscos e impactos à saúde decorrentes dos danos ecossistêmicos.
O objetivo da presente proposta é subsidiar os interessados com informações
complementares sobre a qualidade do solo e do ar, decorrentes principalmente da
exposição a contaminantes dispersos a partir do rompimento da barragem, como os
decorrentes prejuízos causados à saúde humana, no presente e no futuro.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Levantamento de dados primários, a partir da coleta e análise de amostras


nas comunidades da Região 2, relacionados à contaminação de solo
superficial de 0 a 8 cm (zero a oito centímetros), de acordo com plano
amostral a ser estabelecido em conjunto entre a AEDAS e esta equipe da
consultoria técnica;
b) Levantamento de dados primários, a partir da coleta e análise de amostras
de poeira domiciliar nas comunidades da Região 2, de acordo com plano
amostral a ser estabelecido em conjunto entre a Aedas e a equipe da
consultoria técnica;
c) Identificação qualitativa do potencial de risco à saúde da população, a partir
da análise da probabilidade da exposição a contaminantes, referenciadas
nos dados obtidos dos compartimentos ambientais amostrados, de modo
integrado aos resultados obtidos no âmbito do Contrato nº 03/2021, já em
execução.

5.3 DETALHAMENTO DOS OBJETIVOS

a) Análises Físico-Químicas e Biológicas

a.1 As análises laboratoriais serão realizadas por laboratórios especializados,


certificados e acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e

20
Tecnologia (INMETRO), sob sistema de gestão da qualidade e acreditação
laboratorial definida pela norma técnica da ABNT NBR ISO/IEC 17.025/2017.

a.2 Realizar análises de qualidade do solo para determinação de constituintes


inorgânicos (tóxicos e também dos essenciais), para identificar as
características físico-químicas e toxicológicas dos solos. As coletas serão
realizadas em áreas das comunidades que sofrem com inundações, presença
de rejeito e comunidades que solicitarem análises devido aos seus processos
produtivos;
a.3 Realizar ensaios ecotoxicológicos utilizando bioindicadores de
qualidade ambiental, análises ecotoxicológicas de solos superficiais, a serem
coletados no rio Paraopeba;

b) Sistematização e Integração das Informações e dos Dados

b.1 Sistematização dos resultados das análises a partir de ferramentas


cartográficas, programa de análise de dados e recursos gráficos, construídos
e elaborados considerando o território R2 e por município. Com foco na
avaliação de impacto socioambiental, os resultados serão tratados em
algumas circunstâncias de forma unifocal, para assegurar detalhamentos
eventualmente necessários e multifocal, permitindo a análise integrada dos
dados gerados, e elaborados pelos pesquisadores e pelas pesquisadoras, com
participação da comunidade atingida;

b.2. Comparar os dados levantados neste projeto com aqueles produzidos


pela Consultoria de Danos relacionados aos Aspectos Ambientais Fase 1, e
outros estudos disponíveis;

b.3. Identificar as probabilidades de exposição a contaminantes, a


multiplicidade de fontes de exposições e, também os fatores de risco
21
ecológicos relacionados aos danos, nas duas campanhas de coletas e análises
de amostras, entre outras e, se necessários, a comparação com dados de
outras matrizes coletados na região.. Portanto, serão consideradas as fontes
multifocais de risco e, também, riscos unifocais;

b.4. Produzir e sistematizar mapas com os resultados das análises, os dados


da pesquisa de campo e demais informações recebidas pela AEDAS. O
trabalho inclui informações cartográficas produzidas ou consolidadas,
coletadas em mapas, publicadas em literatura científica e estudos fidedignos
diversos;

b.5. Elaborar materiais de divulgação de forma didática, ilustrativa e educativa


sobre o diagnóstico de danos e impactos.

Para todas as ações serão considerados os cenários de mudanças identificados pelos


órgãos oficiais, entre outros, como a Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto de
Pesquisas Meteorológicas e Espaciais (INPE), Ministério da Saúde (MS) e Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) na área da Região 2 da Bacia do Rio
Paraopeba.

Serão consideradas as restrições impostas pela crise sanitária e as recomendações


decorrentes da pandemia por Covid-19, em consenso com a AEDAS e segundo os
protocolos institucionais e aqueles definidos pela contratante.

6. PÚBLICO ALVO

Atingidas e atingidos pela Barragem do Córrego do Feijão nos municípios de Betim,


Igarapé, Juatuba, Mário Campos e São Joaquim de Bicas (Figura 3), vítimas de impacto

22
à saúde por danos ambientais, perdas materiais e imateriais do Patrimônio Natural,
com restrições de acesso aos serviços ecossistêmicos.

7. METODOLOGIA

A estratégia metodológica, da parte técnica, escolhida é uma pesquisa multimétodo,


participativa, trans e interdisciplinar, com a utilização de ferramentas quantitativas,
qualitativas e de cartografia, com abordagem analítica empírica. Divide-se em 8 etapas,
como mostra a Figura 4 e detalha a Tabela 2. O trabalho será desenvolvido nos
territórios dos municípios de Betim, Igarapé, Juatuba, Mário Campos e São Joaquim de
Bicas, atingidos pelo rompimento da Barragem do Córrego do Feijão (Figura 5), divididas
em 3 (três) regiões para a definição das rotas de pesquisa, abrangendo as áreas urbanas
às margens dos rios e as áreas rurais atingidas, com participação da comunidade.
Além disso, será aplicado um questionário para caracterização, nos pontos de coleta, da
situação de saúde das atingidas e dos atingidos. Esses dados serão utilizados para
compor o Produto 3 - Relatório Final. Haverá, também, um boletim informativo,
elaborado a partir das orientações de comunicação de risco, direcionado às atingidas e
aos atingidos, em linguagem acessível, para expor os resultados desse estudo.

7.1 Fluxograma

Figura 4: Fluxograma com as etapas do Plano de Trabalho

Fonte: LEA:AUEPAS/UFOP, 2021.

Note-se que as reuniões serão realizadas sempre que houver necessidade manifesta pelas
partes.
23
7.2 Matrizes pesquisadas

● Solo superficial (de 0 a 8 cm): 32 amostras e

● Ar/ Poeira intradomiciliar - Particulados: 32 amostras.

7.2.1 Parâmetros a serem analisados

● Solo superficial (0-8 cm): Antimônio (Sb), Alumínio (Al), Arsênio (As), Bário (Ba),
Cádmio (Cd), Chumbo (Pb), Cobalto (Co), Cobre (Cu), Cromo (Cr), Ferro (Fe), Manganês
(Mn), Mercúrio (Hg), Níquel (Ni), Selênio (Se), Vanádio (V), Zinco (Zn), Urânio (U), Lítio
(Li), Potássio (K); e
● Poeira intradomiciliar: Antimônio (Sb), Alumínio (Al), Arsênio (As), Bário (Ba), Cádmio
(Cd), Chumbo (Pb), Cobalto (Co), Cobre (Cu), Cromo (Cr), Ferro (Fe), Mercúrio (Hg)
,Manganês (Mn), Níquel (Ni), Selênio (Se), Urânio(U) ,Vanádio (V), Zinco (Zn)1.

7.3 Metodologias de coletas

7.3.1 Solo superficial

A amostragem de solo será realizada na porção superficial do terreno, de 0 (zero) a 8

(oito) centímetros de profundidade, com o auxílio de pás de plásticos (jardinagem) e

cavadeira articulada, tipo ‘boca de lobo’.

Esta profundidade foi definida como de interesse tendo em vista que a análise química

para detecção de cátions dessa matriz revelou, em várias pesquisas, os maiores índices
de contaminação e apresentam maior mobilidade relativa pela ação dos ventos e por
processos erosivos e de lixiviação.

A metodologia de coleta será fundamentada na Resolução CONAMA no 420 de 28 de

dezembro de 2009 e no Manual de Procedimentos de Coleta de Amostras em Áreas

24
Agrícolas para Análise da Qualidade Ambiental: solo, água e sedimentos (FILIZOLA et
al.,2006).

Antes de iniciar a amostragem do solo superficial, retiram-se as sujeiras sobre a


superfície, como a vegetação, a cobertura vegetal morta, o material grosseiro da
superfície do terreno, entre outros.

Em cada ponto será realizada a amostragem composta, ou seja, no mesmo ponto, em


uma área previamente definida de 1 m2 (um metro cúbico), diversas coletas.

A cada coleta de solo, o material será depositado em uma bandeja de plástico branca
para, no final da amostragem do ponto, ser homogeneizado.

Após esse processo serão separadas duas alíquotas de 300 g (trezentos gramas) cada
para sacos plásticos estéreis previamente identificados e posteriormente lacrado. Essas
duas alíquotas irão corresponder às seguintes análises conforme segue:

● 1 saco plástico estéril com aproximadamente 300g (trezentos gramas) de solo para
análise de elementos traços por ICP-MS;

● 1 saco plástico estéril com aproximadamente 300g (trezentos gramas) de solo para

análise de elementos maiores e menores por FRX.

O restante do material deve ser armazenado em lugar seguro e limpo, como reserva
para eventuais reanálises.

O plano de amostragem contemplará a coleta de amostras de solo controle (duplicatas


e background) com a finalidade de medir a precisão e repetitividade dos procedimentos
de coleta, além de buscar conhecer os níveis naturais de metais nos solos.

Os resultados obtidos a partir das análises de elementos-traço, elementos menores e


maiores do solo superficial (0 - 8 cm) serão comparados com os valores de orientadores
de referência de qualidade (VRQ) do solo conforme Resolução CONAMA 420/2009.

25
Ademais, cabe salientar que outras pesquisas foram realizadas sob aspectos
socioambientais e dessa forma, as análises de solo referente a fertilidade, granulometria
e ecotoxicidade serão avaliadas a partir dos resultados obtidos em campanhas de
amostragem anteriores, ou seja, conforme metodologia determinada no Projeto de
Sustentabilidade.

7.3.2 Poeira intradomiciliar/ particulados

As/os pesquisadas(os) serão informadas(os) que deverão retirar os produtos químicos

utilizados nos móveis no mínimo 8 (oito) dias antes da coleta, fazer a última limpeza com
pano limpo e seco. Depois desse processo não deverão mais limpar os móveis e outros
utensílios, ou mesmo áreas do piso, como atrás de móveis, onde há acúmulo de poeiras.
Caso não tenha utilizado produtos químicos, sugerimos deixar as poeiras acumuladas
por mais tempo, que será informado nas amostras.

A amostragem das poeiras domiciliares será conduzida por meio de dois procedimentos
e ancoradas por um terceiro procedimento, considerado para a verificação da relação
entre resultados de poeiras domésticas e de poeiras externas, sendo :

a. Com uma bandeja de polietileno e um pincel de cerdas sintéticas. Os postulados

relativos aos procedimentos de amostragem estão descritos no trabalho de Cheng et


al.(2018) - Characteristics and health risk assessment of heavy metals exposure via
household dust from urban area in Chengdu, China. Será produzida uma amostra
composta, a partir da variação de 3 (três) pontos da residência, nas superfícies do piso
de áreas de estar e quartos conjugados, evitando áreas potencialmente molhadas
(cozinha e banheiro) para proteger a integridade da amostra. A área será varrida com o
pincel e coletada na bandeja de plástico. Serão amostrados 32 (trinta e dois) pontos;

26
b. Coleta de poeira retida em um papel filtro umedecido. Serão amostrados 10 (dez)

pontos dos 32 (trinta e dois) informados no item 1. Será coletado de 10 a 100g (dez a
cem gramas) de material, que será armazenado em saco plástico devidamente
identificado, lacrado, para envio para o laboratório responsável;

c. Serão coletadas amostras por meio de coletores de ar, com filtros internos secos

conectados a bombas de sucção. Serão amostrados pontos onde houver pessoas com
os mais visíveis e constatados processos de adoecimento e, também, onde for
identificado permanente revolvimento da poeira do solo. Serão amostrados 10 (dez)
pontos dos 32(trinta e dois) definidos.

7.4 Metodologias de análises

Todos valores encontrados serão comparados entre si e com eventuais dados de


outras pesquisas e de parâmetros nacionais e internacionais. Para a matriz ar, destaca-
se que não há valores de referência de qualidade estabelecidos, seus resultados serão
avaliados e comparados segundo Resolução CONAMA 491/2018 e as novas diretrizes
globais de qualidade do ar da OMS (2021). Os resultados obtidos serão comparados
aos Valores Orientadores para Solos e Água Subterrânea de Prevenção e Investigação
(COPAM no 02/2010).

Serão, também, considerados documentos internacionais, que avaliam índices de


contaminação do ar. Como valores de referência na avaliação articulada do solo
superficial e da poeira domiciliar serão utilizados as seguintes normas: legislação
holandesa para solos em áreas residenciais - será utilizado o valor de alerta “T”,
considerando um teor de argila de 25,0% (vinte e cinco porcento) e de matéria orgânica
de 10,0% (dez porcento) para solos superficiais, e os valores limites de intervenção na
determinação de contaminantes de interesse na poeira domiciliar; Resolução
CONAMA 491/2018; e, como citado, as novas diretrizes globais de qualidade do ar da
OMS (2021).
27
A análise específica do solo será consubstanciada principalmente comparando os
resultados obtidos aos Valores Orientadores para Solos e Água Subterrânea de
Prevenção e Investigação (COPAM no 02/2010).

7.5 Sobre o relatório técnico final

O relatório técnico final previsto no âmbito do Contrato no 03/2021 analisará a

existência de impactos socioambientais que causam risco à saúde humana nas áreas

atingidas, decorrentes da exposição a contaminantes ou outros agentes de efeito

danoso no ambiente, relacionados ao rompimento da barragem de rejeito. Incluirá

assim, tendo em vista as análises realizadas nos diversos compartimentos ambientais,

a perspectiva dos riscos à saúde, de acordo com a metodologia do Ministério da

Saúde, derivada da metodologia da ATSDR mas adaptada às nossas realidades e aos

princípios e critérios do SUS - Diretrizes para elaboração de estudo de avaliação de

risco à saúde humana por exposição a contaminantes químicos. Ainda considerará as

recomendações da OMS e de outros organismos da ONU sobre substâncias e

resíduos tóxicos.

O território de pesquisa foi dividido em áreas de forma a que a organização das


coletas fosse otimizada.

28
Figura 5: Mapa do território da Região 2 dividido em áreas para a realização da pesquisa

Fonte: LEA:AUEPAS/UFOP, 2021.

O cronograma resume as metodologias e etapas do projeto, sua implementação detalhada e


os tempos de execução. Inclui as entregas de produtos pactuadas entre as partes.

Tabela 2: Cronograma de Execução

Mensal
Etapa Ativida
des 1 2 3 4

Seleção e composição da equipe de trabalho.

Detalhamento do cronograma e das estratégias de trabalho.

Levantamento e compra do material necessário para as


coletas, transportes, EPIs.
29
Etapa preparatória

Validação da metodologia definida para verificação de


alterações / reformulações necessárias.

Entrega deste Plano de Trabalho com proposta


metodológica e técnica, alinhada com os princípios e
diretrizes da AEDAS, contendo o planejamento detalhado
das atividades que serão realizadas durante a execução da
consultoria e a definição do plano de trabalho de campo.

Levantamento bibliográfico em publicações técnicas,


acadêmicas e banco de dados, das informações pertinentes
à presente proposta, incluindo-se os gerados no processo de
execução de trabalhos da AEDAS.

Levantamento e Realização de reunião AEDAS, e se decidido com


Sistematização de atingidas/os, para diretrizes para boletim informativo
dados Assessoria Técnica.

Desenho das redes no território pós desastre.

Definição e georreferenciamento dos pontos de coleta,


segundo as orientações do mínimo de pontos conforme
definição da AEDAS, como também dos e eventualmente
identificados como essenciais pelos(as) pesquisadores(as).

Seminário Interno de capacitação e compatibilização de


procedimentos, processos, e sistematização de dados;

Coletas e
ensaios Coleta de amostras de solos e particulados no ar a serem
analisadas, conforme Tabela 1 do Termo de referência 03/2021
da AEDAS;

Sistematização em mapas e relatórios técnicos dos dados


coletados;

Seminários internos da equipe referente à sistematização de


dados e ao relatório consensuado;

30
Relatório de campo com lista de pesquisados e não pesquisados,
com observações individuais sobre a coleta e impactos à saúde
humana identificados, com informações sobre as entrevistas
aplicadas . Serão apresentados mapas temáticos com a
identificação dos pontos de coleta.
Produção de
relatórios técnicos
Laudos técnicos correspondentes à campanha de
amostragem das matrizes solo superficial e ar/ particulados
realizada;
Laudos técnicos constando os resultados das análises e dos
ensaios analíticos emitidos pelos laboratórios, que serão
anexos do relatório final.

Relatório final de diagnóstico de danos a saúde e impactos


socioambientais decorrentes do rompimento da barragem B-I
e soterramento das barragens B-IV e B-IV-A da mina córrego
do feijão da empresa VALE S.A., contendo os resultados obtidos
a partir das análises de amostras de solo superficial e de
particulados no ar coletados.

Materiais de Boletim informativo resumido com explicação didática acessível,


divulgação
facilitada por elementos ilustrativos (infográficos, fotos e outras
ilustrações), relativo a encontro virtual com AEDAS e atingidas/os.
Seminário de avaliação

31
Figura 6: Mapa hidrográfico da Região 2, com destaque para a mancha do rejeito

Fonte: LEA:AUEPAS/UFOP, 2021.

As metodologias de coleta, transporte, armazenamento e análise (físico-química,


microbiológica, de toxicantes e elementos essenciais) das amostras seguirão
instrumentos legais e/ou técnicos de validade metodológica bem estabelecidas
nacional e/ou internacionalmente, sendo realizadas sob a responsabilidade do
LABORATÓRIO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PESQUISA: Arquitetura, Urbanismo,
Engenharias e Processos para Sustentabilidade (LEA-AUEPAS/ DEGEP-DEPRO/UFOP)
e/ou do Instituto de Geociências da UNICAMP. No caso de estudos de redes sociais e
de análise multivariada de dados, a instituição parceira é a USP/FEA - RP.

As questões concernentes à cadeia de custódia serão tratadas no cotidiano da pesquisa


com a contratante, AEDAS, garantindo o rastreamento de todas as operações
realizadas em cada amostra.

Todas as pessoas participantes da pesquisa, com fornecimento de informação,


assinarão um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para atestarem estar

32
cientes de suas condições, como sujeitos de pesquisa, de eventuais riscos, com
informações sobre contatos para reclamações e denúncias.

A comunicação de risco às populações atingidas será realizada pela AEDAS em conjunto


com a equipe coordenada pelo LEA:AUEPAS/UFOP.

8. ATIVIDADES DO PROJETO

A Tabela 3 apresenta as etapas de trabalho, os procedimentos previstos, o


detalhamento das atividades e os respectivos prazos.

Tabela 3: Etapas de trabalhos e prazos

Tópicos que serão Procedimentos Detalhamento das atividades Datas


trabalhados

Realização de reunião pré-executória , para definição de pontos 06/12/21


Organização dos pontos Apresentação de coleta coordenada pela Aedas. a
de coleta e rotas virtual 08/12/21
online

Plano de trabalho Consenso com a Plano de trabalho com proposta metodológica e técnica, 08/12/21
AEDAS alinhada com os princípios e diretrizes da AEDAS, contendo o a
planejamento detalhado das atividades que serão realizadas 10/12/21
durante a execução da consultoria, bem como a definição do
Plano de trabalho de campo. O Plano de Trabalho dependerá de
avaliação e aprovação pela equipe da AEDAS.
Boletim informativo 1 voltado à divulgação para as pessoas
Preparação, Linguagem atingidas da Região 2, em mídias e/ou redes sociais, com
implementação e esclarecedoras e explicação didática e em linguagem acessível, facilitada por 17/12/21
entrega de boletim ilustrações elementos ilustrativos (infográficos, ilustrações, etc), sobre a a
informativo metodologia do estudo com ênfase no Plano Amostral. 18/03/22

Campanha Coleta de 17/12/21


AMBIENTAL/SAÚDE amostras a
20/12/21
Relatório de Campo Apresentação do 09/01/21
Relatório de Campo,
incluindo cadeia de
custódia parcial

33
Apresentação do 08/01/22
relatório e ajustes a
15/01/21
Análise de amostras Trabalho 21/12/21
laboratorial a
21/03/22
Sistematização dos Preparação de 21/12/21
dados relatório a
21/03/22
Relatório final Relatório final de diagnóstico de danos e impactos à saúde 18/03/22 a
Entrega e ajustes decorrentes do rompimento da barragem B-I e soterramento das 30/03/22
barragens B-IV e B-IV-A da mina córrego do feijão da empresa VALE
S.A., contendo os resultados obtidos a partir das análises de
amostras de solos superficiais e particulados no ar das áreas
atingidas da Região 2. Deverão conter também a apresentação e
análise da tabela de atributos quali-quantitativos, em que deverão
estar especificados os dados sobre o tipo de objeto amostrado
durante a campanha de campo, bem como a apresentação de
mapas temáticos com a identificação dos pontos de coleta. Os
resultados sistematizados nesse relatório devem ser
correlacionados com dados secundários e séries históricas de
monitoramento ambiental da região produzidos por instituições
públicas e privadas, sem vínculos com a empresa Vale S.A. (não ter
sido prestadora de serviço, cliente comercial, contratada, parceira,
nem ter tido projetos financiados). Este relatório deve conter uma
análise da existência de impactos e riscos socioambientais e à
saúde humana nas áreas atingidas, decorrentes da exposição a
contaminantes ou outros agentes de efeito danoso ao meio
ambiente, relacionado ao rompimento das barragens de rejeito na
Região 2.

9. COORDENAÇÃO E ACOMPANHAMENTO METODOLÓGICO


FINALÍSTICO

O projeto foi estruturado para execução centralizada, participativa e compartilhada.


A coordenação, sob a responsabilidade do LEA:AUEPAS/UFOP, trabalhará com
cientistas parceiros da UNICAMP e da FEA/USP - RP. Dois seminários, para
nivelamento da equipe, de forma a assegurar que toda condução dos trabalhos seja
segundo os protocolos e atendam o melhor resultado final.

A equipe científica será responsável por coletas, análises e sistematização dos


resultados, com a presença e participação de todos os cientistas pesquisadores, que
serão responsáveis pelo resultado finalístico.
34
Também, a equipe técnica será da mesma forma acompanhada, assim como a
execução financeira administrativa, feita pela EcoEnvirox (Figura 6).

Ainda, três cientistas, para integrarem um conselho de acompanhamento, com a


finalidade de indicarem eventuais incorreções e, também, de apoiarem a devida
execução e finalização dos projetos, segundo suas finalidades.

Segue organograma, segundo o detalhamento apresentado na Tabela 1.

Figura 7: Organograma funcional

Fonte: LEA:AUEPAS/UFOP, 2021

10. COLETAS E ANÁLISES

As atividades que definem o escopo do projeto, sendo sua finalidade como suporte
para a construção de evidências para a demanda de reparação integral, são as coletas
de material, análise dos resultados, representação científica em planilhas, gráficos,

35
mapas e redes, sistematizados em relatórios e boletins informativos em linguagem
dialógica com as atingidas e os atingidos, que estão no centro do trabalho.

As Tabelas 4, 5 e 6 indicam as matrizes a serem coletadas, total de análises, respectivos


quantitativos, pontos de amostragem e o planejamento de calendário de coleta.

Ressalta-se que os pontos de amostragem apontados na Tabela 6 e planejados no


calendário de coleta da Tabela 5 podem sofrer alteração, a partir das demandas e/ou
cancelamentos das atingidas e atingidos. Neste caso, será previamente acordado com
a AEDAS a substituição dos mesmos.

Tabela 4: Coletas da campanha para análise em laboratório


Compartilhamentos Quantidade de
Ambientais pontos de coleta

Solo Superficial 32

Poeira 32
Intradomiciliar
Particulado no ar 10

Filtros de Coleta de 10
Ar Externo
Total 84

36
Tabela 5: Roteiro Tentativo de Campo

17/DEZEMBRO (sexta – 18/DEZEMBRO 19/DEZEMBRO 20/DEZEMBRO 21/DEZEMBRO (terça –


feira) (sábado) (Segunda - feira) feira)
(domingo)

CIDADE PONTOS CIDADE PONTOS CIDADE PONTOS CIDADE PONTOS CIDADE PONTOS

EQUIPE 1 Mário Manhã: 92, Betim/ Bicas: Manhã: 44, Juatuba: Manhã: 316, Juatuba: Manhã: 74, Igarapé/Bicas: Manhã: 771,
Campos: 408, 89, 70 643, 79, 81 84, 705, 83 49, 337, 88, 93, 85, 31
(SOLO SUPERFICIAL)
Tarde: 73, 72, Tarde: 53, 77, Tarde: 381, 773 Tarde: 80, 90,
728 75 382, 84 Tarde: 86, 87 94,78

EQUIPE 2 Mário Manhã: 92, Betim/ Bicas: Manhã: 53**, Juatuba: Manhã: 316, Juatuba: Manhã: 74, Igarapé/Bicas: Manhã: 771,
(PARTICULADOS) Campos: 408, 89, 70 44, 643, 79, 81 705, 83 49, 337, 88, 93, 85, 31
Tarde: 73, 72, Tarde: 77, 75 Tarde: 381, 773** Tarde: 80, 90,
728 382, 84 Tarde: 86, 94,78
87

** Estão na mesma rota.

Coleta de particulado em área externa

37
Tabela 6: Pontos de Amostragem

Nº DO
MATRIZ X Y CIDADE PROBLEMAS DE SAÚDE RELATADOS
PONTO
Filha com problemas de pele devido à poeira e
SOLO/
74 572877 7794558 BETIM a água. Moram próximo ao rio e a família é de
PARTICULADO
extrema vulnerabilidade.
Dores de barriga, quadros de diarreia, vômito e
alergia na pele por causa da água. Além disso,
SOLO/
75 581020 7784885 BETIM a atingida teve que começar a tomar remédios
PARTICULADO
para sinusite, bronquite asmática e alergia após
o rompimento.
Problemas de saúde provocados pelo uso da
água e contato com poeira. Doenças alérgicas,
SOLO/ estomacais e até pneumonia comprometendo o
77 582243 7783256 BETIM
PARTICULADO pulmão. Houve intensificação dos problemas
respiratórios, relacionando com a poeira pós
rompimento.
Desenvolveu questões alérgicas (doenças
respiratórias e alergias de pele) devido à poeira
SOLO/
78 579739 7785102 BETIM de minério, já comprovada por médico.
PARTICULADO
Precisando muitas vezes tomar injeção para
conter as crises.

SOLO/
49 572877 7794558 BETIM
PARTICULADO

381 PARTICULADO 577441 7787661 BETIM

SOLO/
382 577441 7787661 BETIM
PARTICULADO

SÃO Infecção nos olhos e problemas


SOLO/
79 580857 7784112 JOAQUIM dermatológicos. Suspeita de relação com poeira
PARTICULADO
DE BICAS e água.
A família é de agricultores familiares, mas que
desde o rompimento tem perdido muitas
SÃO coisas. Espaço de plantio em função da
643 SOLO/Particulado 581089 7783900 JOAQUIM contaminação que não se sabe ao certo, mas o
DE BICAS fato é que reflete no não crescimento das
plantas, a falta de água, fundamental para a
agricultura (..)
38
Relata feridas na pele, muita coceira, pele do
SÃO corpo toda inchada. As reações são observadas
SOLO/
80 567688 7782730 JOAQUIM tanto na atingida, quanto em seus dois filhos :
PARTICULADO
DE BICAS 10 anos e 6 anos. Associa-se ao uso de água da
COPASA.
Criança na família que possui Bronquite e
SÃO devido a poeira os problemas vem se
SOLO/
81 578042 7782960 JOAQUIM agravando. A propriedade é próxima ao rio e o
PARTICULADO
DE BICAS solo pode estar contaminado, pois, nada que se
planta dá. Constante passagem de carretas.
SÃO
SOLO/
44 581089 7783900 JOAQUIM
PARTICULADO
DE BICAS
A atingida relata problemas de saúde
respiratória após o rompimento. Desenvolveu
DPOC - doença pulmonar obstrutiva crônica
após o rompimento da barragem. relatou uma
SOLO/ dispnéia intensa, que dificultava ou inviabilizava
83 575588 7791271 JUATUBA
PARTICULADO fazer tarefas cotidianas, como subir escadas. A
família também apresentou problemas
relacionados a alergias na pele devido ao uso da
água. A atingida mora próximo ao rio
Paraopeba

SOLO/
88 569366 779367 JUATUBA
PARTICULADO

SOLO/
316 575493 7790723 JUATUBA
PARTICULADO

Problemas de saúde. Recebem quantidade


insuficiente de água mineral engarrafada e do
caminhão pipa e a Vale avisou que vai cortar o
fornecimento de água na próxima semana
alegando que a casa do Carlos está fora dos 100
SOLO/ metros de distância do rio. Carlos recebe a água
337 572547 7793944 JUATUBA
PARTICULADO desde o início do programa da água. Hagda
(esposa de Carlos) tem problemas renais e por
isso precisa tomar muita água. Foi encaminhado
um Parecer Técnico sobre a situação do
fornecimento de água da família e problema de
saúde da Hagda.
39
SOLO/
705 575238 7791305 JUATUBA
PARTICULADO

SOLO/ MÁRIO Agravamento de problemas respiratórios em


70 584582 7781867
PARTICULADO CAMPOS todo o núcleo familiar devido a poeira

SOLO/ MÁRIO Foram encontrados metais pesados em seu


408 587414 7781380
PARTICULADO CAMPOS corpo. Apresenta DPOC.

SOLO/ MÁRIO Problemas de pele e oculares na família. Coceira


72 584119 7781668
PARTICULADO CAMPOS e inflamação

SOLO/ MÁRIO Vila de pescadores, praticam atividades


53 583816 7782860
PARTICULADO CAMPOS próximo ao rio.

SOLO/ MÁRIO
728 584041 7781915
PARTICULADO CAMPOS

SOLO/ MÁRIO Casa abandonada. Próximo a linha de trem,


73 583981 7781536
PARTICULADO CAMPOS constante passagem de carretas.

SOLO/ MÁRIO
89 585584 7782502
PARTICULADO CAMPOS

SOLO/ MÁRIO
92 586281 7780476
PARTICULADO CAMPOS

Reações alérgicas na pele (caroços)acredita ser


causada pela água e poeira. A atingida relata
que após o rompimento o núcleo familiar vem
apresentando problemas de pele, com o
SOLO/ aparecimento de erupções e também reações
85 575798 7786837 IGARAPÉ
PARTICULADO alérgicas. A atingida acredita que a causa está
relacionada ao aparecimento de uma grande
quantidade de poeira após o rompimento. Ela
relata ainda que as árvores frutíferas pararam
de produzir e acabaram morrendo.

40
Idoso, 75 anos, começou a tossir, falta de ar,
crise respiratória, ficou internado por duas
semanas devido a esse episódio. Foi relatado
SOLO/ pelo filho que não sabe afirmar se os problemas
771 575361 7786631 IGARAPÉ
PARTICULADO respiratórios do pai estão atrelados à poeira.
Segundo o mesmo, houve um aumento
acentuado da quantidade de poeira na rua após
o rompimento.

SOLO/
31 575502 7787846 IGARAPÉ
PARTICULADO

SOLO/
90 567990 7779541 IGARAPÉ
PARTICULADO

SOLO/
93 575597 7786711 IGARAPÉ
PARTICULADO

MATEUS
SOLO/
84 564470 7791054 LEME/
PARTICULADO
PCTRAMA

SOLO/ BETIM/
773 581573 7784347
PARTICULADO PCTRAMA

SOLO/ JUATUBA/
86 570683 7789312
PARTICULADO PCTRAMA

JUATUBA/
SOLO/
87 568119 7788471 PONTO DE
PARTICULADO
CONTROLE

41
Figura 8: Mapa com os pontos de amostragem da matriz solos superficiais

42
Figura 9: Mapa com os pontos de amostragem da matriz ar/ particulados

43
Figura 10: Mapa com os pontos de amostragem da matriz ar/ particulado externo

44
As análises, resultados e interpretações dos dados serão representadas também em mapas, cuja
distribuição tentativa está descrita na Tabela 7.

A Tabela 7 detalha os mapas a serem gerados por território. A análise integrada desses
mapas permitirá uma visão sistêmica do alcance do impacto ocasionado pela
catástrofe sociotécnica com o rompimento da barragem do Córrego do Feijão.

Tabela 7: Mapas - Levantamento do território por método transdisciplinar

Mapas Quantidade de Total de Mapas


pontos de referência sugeridos
- 5 municípios

Mapas - processos geofísicos 1 1

Mapas - processos geoquímicos 1 1

Mapas comparativos de risco 3 3


e impacto à saúde vinculados
a perdas ecossistêmicas

Mapeamento de redes 1 munc. 1 total 7


redefinidas devido aos impactos
ambientais e saúde

9. Para a interpretação dos dados serão considerados os cenários de mudanças


identificados por órgãos oficiais, também normas e referências internacionais e
nacionais, de instituições tais como: Agência Nacional de Águas (ANA), Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), Instituto de Pesquisas Meteorológicas e
Espaciais (INPE), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e Agência
de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA), além do Ministério da Saúde (MS),
na área da Região 2 da Bacia do Rio Paraopeba.

45
10.1 LOGÍSTICA

A logística inclui transporte das equipes e materiais, hospedagem e alimentação da


equipe. Armazenamento de materiais coletados. Haverá transporte de materiais
coletados que, para análises microbiológicas, terão que ser transportados logo após a
coleta, devendo ser transportados com veículo conduzido por motorista profissional e
acompanhado por integrante da equipe. Os principais trajetos a serem percorridos
(Figura 8), segundo planejamento são:

a. Mariana/Ouro Preto/ Betim/ trajetos internos e retorno;


b. Campinas/ Betim trajetos internos e retorno;
c. São Luís/ Confins/ Bicas/ Confins/ São Luís.

A compra de materiais será realizada conforme mencionado no Orçamento. A hospedagem e


alimentação serão adquiridos conforme a melhor relação custo/benefício, assegurando-se o bem-
estar da equipe.

Figura 11: Mapa com os principais trajetos a serem percorridos pela equipe com saída de Campinas
e Ouro Preto.

46
Figura 12: Mapa com os principais trajetos a serem percorridos pela equipe com saída de São Luís
do Maranhão

Fonte: Modificado de AEDAS (2021)

11.ORÇAMENTO

Os itens previstos para compra devem ser adquiridos pelo princípio do menor preço
dentre pelo menos três propostas, a fim de atender à impessoalidade, moralidade e
economicidade e atingir o melhor aproveitamento possível do dinheiro público,
conforme o artigo 15 da Resolução 23/2015 do IFRO. Os demonstrativos de menor
preço de produtos e serviços aceitos são comprovantes de pesquisa com assinatura e
carimbos das empresas, páginas de busca na internet com endereço e data de acesso
ou relatório de consulta em sites com registros de atas de preços oficiais dos governos
das três esferas, especialmente aqueles encontrados no Painel de Preços, do
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, disponível em

47
http://paineldeprecos.planejamento.gov.br. Caso os materiais disponibilizados sejam
de terceiros, com produtos utilizados, por exemplo para a realização de análises, serão
devolvidos aos cedentes.

A Tabela 7 descreve as porcentagens de distribuição dos recursos, para a boa


execução do trabalho, segurança e bem-estar da equipe e interação responsável com
a Natureza.
Tabela 8: Planejamento de distribuição dos recursos

Itens orçamentários gerais Porcentagem planejada

Equipe de trabalho 40%

Insumos/Análises/Equipamentos/Outros 23%
materiais

Processos e mobilidade(*) 19%

Taxas e Impostos 18%

Total 100

(*) Visitas a cada localidade (estadia, transporte e alimentação) + trabalhos em BH para levantamento de documentos (estadia, transporte e
alimentação) + seminários de nivelamento com equipe + seleção de equipes + seminário internacional de validação.

12. DADOS BANCÁRIOS

A gestão financeira do projeto será realizada pela EcoEnvirox, cujos dados bancários
estão descritos abaixo:

Entidade: EcoEnvirox de Carbono LTDA-ME a)


CNPJ: 13.671.841/0001-72;
b) Responsável: Weber de Brito Martins;

48
c) Endereço da Unidade: Rua Professor Álvaro Bressan, nº 420, Apt. 103,
Bairro Vila Itacolomy, Ouro Preto, Minas Gerais, CEP 35.400-000;

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No que se refere a impactos econômicos, os recursos serão utilizados de forma a não


causar perdas ou constrangimentos a qualquer uma das instituições parceiras,
assegurando bem-estar e segurança às equipes.

Importante considerar que, devido à quantidade de trabalho para que se obtenham os


resultados com a qualidade necessária, em um número bastante reduzido de meses, o
pagamento proporcional das e dos profissionais que compõem a equipe é inferior ao
praticado no mercado. Houve consenso com cada integrante sobre o valor a ser pago,
principalmente por não ser condizente com a titulação da maioria das e dos
integrantes.

Todos os protocolos e segurança referentes a precaução e prevenção à COVID-19 serão


seguidos segundo as normas definidas pela AEDAS. Os princípios de precaução e
prevenção serão conduzidos tal que todos os cuidados com a Natureza sejam
praticados.

Os eventuais problemas surgidos no decorrer do projeto serão resolvidos pela equipe


de coordenação científica e, caso sejam administrativas, com a EcoEnvirox e a
coordenação do projeto.

A manifesta intenção de trabalhar com empenho e lisura, ancorados no exercício da


ética, do respeito aos critérios de confidencialidade, bem como a proposta de entrega
responsável dos conhecimentos técnico-científicos, por parte da equipe, são premissas
que permitem visualizar resultados confiáveis, passíveis de serem replicados.
Pretende- se assim, assegurar a qualidade final do projeto.

49
BIBLIOGRAFIA

OBRAS CITADAS

AEDAS. Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social. Plano De Trabalho De


Assessoria Técnica Aos Atingidos e Atingidas em Razão do Rompimento da Barragem
B-I e Soterramento das Barragens B-IV e B-IV-A da Mina Córrego do Feijão da
Empresa Vale S.A. Na Região 2 – Mário Campos, São Joaquim de Bicas, Betim, Igarapé
e Juatuba – Para A Democratização das Decisões Relativas à Reparação Integral Das
Perdas e Danos. Belo Horizonte, Minas Gerais. pg. 122. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Especial de Saúde Indígena. Diretrizes para


Monitoramento da Qualidade da Água para o Consumo Humano em Aldeias
Indígenas: DMQAI. Ministério da Saúde. Secretaria Especial de Saúde Indígena.
Brasília, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 888, de 4 de maio de


2021. Brasília, 2021.

CETESB. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Guia nacional de coleta e


preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas e efluentes
líquidos. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo; Organizadores: Carlos Jesus
Brandão ... [et al.]. São Paulo: CETESB; Brasília: ANA, 2011. 326 p.

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). Resolução nº 420, de 28 de


dezembro de 2009. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do
solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em

50
decorrência de atividades antrópicas. Diário Oficial da União nº 249, Brasília, DF, 30
dez. 2009, p 81-84.

CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). Resolução nº 454, de 01 de


novembro de 2012. Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos referenciais
para o gerenciamento do material a ser dragado em águas sob jurisdição nacional.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 08 nov. 2012, Seção 1, p. 66.

FILIZOLA, H. F.; GOMES, M. A. F.; de SOUZA, M. D. J..


Manual de procedimentos de coleta de amostras em áreas agrícolas para análise da
qualidade ambiental: solo, água e sedimentos. Embrapa Meio Ambiente, 2006. 169
p.

OBRAS CONSULTADAS

ACSELRAD, H. "Cartografia sociais e dinâmicas territoriais: marcos para o debate.” Rio


de Janeiro IPPUR/UFRJ. 2018.

BULLARD, R. D., ed. Confronting environmental racism: Voices from the grassroots.
South End Press, 1993.

BULLARD, R. D. and WRIGHT, B.. The wrong complexion for protection: How the
government response to disaster endangers African American communities. NYU
Press, 2012.

de LIMA, R.E.; de LIMA PICANÇO, J.; da SILVA, A.F.; ACORDES, F. A.. An


Anthropogenic flow type gravitational mass movement: the Córrego do Feijão
tailings dam disaster, Brumadinho, Brazil. Landslides 17, 2895–2906 (2020).

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FREITAS, A.F., DE FREITAS, A.F. & DIAS, M.M. O uso do diagnóstico rápido participativo
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GABBAY, D.M. e CUNHA, L.G. Litigiosidade, morosidade e litigância repetitiva no


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PEREIRA, D. M. (org.). PERDAS ECOSSISTÊMICAS: Barra Longa atingida pela ruptura


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53

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