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Fundação
Centro Tecnológico
de Hidráulica CÓRREGO MORRO DO S
Bacia do Córrego Morro do S e Subprefeituras
Prefeitura do Município de São Paulo
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras
Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica
Agosto de 2016
Fundação
Centro Tecnológico
de Hidráulica
Organização: Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica
EQUIPE SIURB/PMSP
Projeto gráfico e capa: Bruna Sanjar Mazzilli
Nome Cargo
Diagramação: Bruna Sanjar Mazzilli
Roberto Nami Garibe Filho Secretário de SIURB/PMSP
C122 Caderno de bacia hidrográfica : córrego Morro do S / Fundação Flavio Conde Coordenador Setorial
Centro Tecnológico de Hidráulica (Organizador). – São Ana Paula Zubiaurre Brites Engenheira Civil
Paulo : SIURB/FCTH, 2016.
116 p. André Sandor Kajdacsy Balla Sosnoski Engenheiro Civil
TABELA 2.1 Uso e Ocupação do Solo Registrado na Bacia do Morro do S 24 TABELA 6.1 Medidas para a Primeira Etapa de Implantação 98
TABELA 2.2 Áreas Correspondentes às Zonas de Uso e
Ocupação do Solo na Bacia 32 CAPÍTULO 7
MDC Mapa Digital da Cidade SVMA Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
METRÔ Companhia do Metropolitano de São Paulo SWMM Storm Water Management Model
PCSWMM Personal Computer Storm Water Management Model ZCA Zona Centralidade Ambiental
PDMAT Plano Diretor de Macrodrenagem do Alto Tietê ZDE Zona de Desenvolvimento Econômico
PERH Plano Estadual de Recursos Hídricos ZEIS Zona Especial de Interesse Social
ZEM Zona Eixo de Estruturação da Transformação Metropolitana
ZEMP Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto
ZEP Zona Especial de Preservação
ZEPAM Zona Especial de Preservação Ambiental
ZEPEC Zona Especial de Preservação Cultural
ZER Zona Exclusivamente Residencial
ZEU Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana
ZEUA Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Ambiental
ZEUP Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana Previsto
ZEUPA Zona Eixo de Estruturação da Transformação
Urbana Previsto Ambiental
ZM Zona Mista
ZMA Zona Mista Ambiental
ZMIS Zona Mista de Interesse Social 9
ZMISA Zona Mista de Interesse Social Ambiental
ZOE Zonas de Ocupação Especial
ZPDS Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável
ZPI Zona Predominantemente Industrial
ZPR Zona Predominantemente Residencial
Apresentação Os Cadernos de Bacias Hidrográficas compõem um impor-
tante instrumento para a redução dos riscos de inundação das
bacias hidrográficas do Município de São Paulo.
Este estudo desenvolveu-se no âmbito do contrato SIURB-
FCTH n. 008/SIURB/14, com o objetivo básico de fornecer subsí-
dios para planejamento e gestão do sistema de drenagem. O ho-
rizonte de planejamento considerado neste estudo é o cenário
de projeto para a ocupação máxima permitida pela Lei de Parce-
lamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS – Lei nº 16.402/2016).
O estudo do sistema de drenagem deverá adotar como re-
ferência de risco hidrológico o período de retorno de 100 anos,
porém as obras e outras intervenções na bacia hidrográfica se-
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rão escalonadas partindo-se de períodos de retorno de 25 anos.
Este Caderno trata da Bacia Hidrográfica do Córrego Morro
do S, importante afluente da margem esquerda do Rio Pinhei-
ros, localizada na região sul do Município de São Paulo. Esta ba-
cia apresenta elevado grau de impermeabilização do solo, com
predomínio de áreas residenciais (verticais e horizontais).
O Caderno está dividido em onze capítulos:
a bacia, avaliando-se todas as obras hidráulicas existentes e • Desenvolver critérios urbanísticos e paisagísticos que possi-
projetadas, porém passíveis de revisão e de adaptação face bilitem a integração harmônica das obras de drenagem com
às novas medidas que vierem a ser propostas. o meio ambiente urbano.
• As intervenções propostas não podem agravar as condições • Preservação e valorização das várzeas de inundação.
de drenagem a jusante, portanto, devem respeitar as capaci- • Integração do sistema de drenagem urbana de forma
dades hidráulicas dos corpos d´água receptores. positiva ao ambiente da cidade.
• Possibilitar uma convivência segura com as cheias que exce- • Valorização de rios, córregos e suas margens como ele-
derem a capacidade do sistema de drenagem. mentos da paisagem urbana.
• Aplicar tecnologias de modelagem hidrológica e hidráu- • Estimar os custos e os benefícios das medidas propostas.
lica que permitam mapear as áreas de risco de inunda-
ção considerando diferentes alternativas de interven- O planejamento da drenagem urbana deve se articular com
ções. entidades municipais, estaduais e federais para que os diver-
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• Proposição de medidas estruturais combinadas com sos aspectos legais e técnicos relacionados a outros planos de
medidas não estruturais e medidas de controle do es- infraestrutura sejam considerados na elaboração de medidas
coamento superficial para que a cidade possa se adaptar de controle do escoamento superficial. É o caso, por exemplo,
à dinâmica hídrica. do Plano Diretor Estratégico (Lei nº 16.050/2014), do Código de
• Reorganizar a ocupação territorial, possibilitando a recu- obras e Edificações (COE – Lei nº 11.228/1992), do Plano de Mo-
peração de espaços para o controle do escoamento plu- bilidade de São Paulo – PlanMob/SP (PMSP/SMT, 2015)1, do Plano
vial e implantação de obras que promovam a redução Municipal de Habitação – PMH (PMSP/SEHAB, 2011)2, etc. Salien-
da poluição hídrica. ta-se a importância da articulação entre os planos diretamente
• Dar destaque a medidas de recuperação de áreas de
preservação permanente e de cobertura vegetal das 1. São Paulo (Município). Secretaria Municipal de Transporte (SMT).
bacias. 2. São Paulo (Município). Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB).
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
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2.2 HIDROGRAFIA 17
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2.3 RELEVO
A região baixa da Bacia do Morro do S, localizada na vertente
esquerda do Rio Pinheiros, é constituída por anfibolitos. A parte
central da bacia é formada por rochas granitóides predominan-
temente orientadas ou folhadas e a região alta da bacia possui
micaxistos, com quartzitos e metassiltitos e xistos6.
Na FIGURA 2.3 é apresentado o perfil longitudinal dos córre-
gos Moenda Velha e Morro do S.
As elevações na bacia variaram de 871 m na cabeceira até
724 m no exutório, conforme verificado no Mapa Hipsométrico
apresentado na FIGURA 2.4, que foi desenvolvido por meio de 900
Morro do S Moenda Velha
informações de elevação do Mapa Digital da Cidade (MDC). 850
20
Cota (m)
800
750
700
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Distância (m)
22
23
As subprefeituras têm o papel de receber pedidos e reclama- Ruas e Estradas 3,14 13,92
ções da população, solucionar os problemas apontados, cuidar Residencial Horizontal Médio e Alto Padrão 2,46 10,87
da manutenção do sistema viário, da rede de drenagem, limpe- Residencial Vertical Médio e Alto Padrão 1,82 8,03
za urbana, entre outros. Calçadas e outros 1,80 7,96
A FIGURA 2.6 indica a localização da bacia no âmbito das Residencial e Comércio/Serviços 1,78 7,87
Subprefeituras. Comércio/Serviço 1,01 4,46
Residencial Vertical Baixo Padrão 1,00 4,42
Equipamento Urbano 0,77 3,41
24 2.6 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Espaços Abertos 0,48 2,12
A caracterização do uso e ocupação do solo foi elaborada
Residencial e Indústria/Armazém 0,45 2,01
com base em imagens aéreas do IGC do ano de 2010 confronta-
Indústria/Armazém 0,34 1,52
das com as mais recentes imagens disponíveis na plataforma do
Comércio/Serviço e Indústria/Armazém 0,22 0,99
Google Earth.
Massa d’água 0,08 0,34
A TABELA 2.1 indica os usos observados na Bacia do Morro do
S com suas respectivas áreas e a porcentagem em relação à área
total da bacia. O mapa contendo os usos do solo predominantes Os parques e áreas verdes existentes na Bacia do Morro do S e
é apresentado na FIGURA 2.7. adjacências estão localizadas no mapa da FIGURA 2.8.
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
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O PDE dá diretrizes para a legislação de Parcelamento, Uso e • Territórios de preservação: áreas em que se objetiva a
Ocupação do Solo – LPUOS para atender aos objetivos e diretri- preservação de bairros consolidados de baixa e média den-
zes estabelecidas pelo Plano para as macrozonas, macroáreas e sidades, de conjuntos urbanos específicos e territórios des-
rede de estruturação da transformação urbana. Atendendo a es- tinados à promoção de atividades econômicas sustentáveis
tas diretrizes, foi sancionada no dia 22 de março de 2016 a nova conjugada com a preservação ambiental, além da preserva-
Lei de Zoneamento (Lei nº 16.402/2016). ção cultural. (Formado pelas Zonas: ZEPEC | ZEP | ZEPAM |
De acordo com a nova Lei de Zoneamento, as zonas foram ZPDS | ZER | ZPR).
organizadas em 3 diferentes agrupamentos:
A área da Bacia do Morro do S, pertencente aos Planos
• Territórios de transformação: objetiva a promoção do Regionais das Subprefeituras Campo Limpo e M’Boi Mirim,
adensamento construtivo e populacional das atividades apresenta seu zoneamento classificado conforme indica a
econômicas e dos serviços públicos, a diversificação de ati- FIGURA 2.10.
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vidades e a qualificação paisagística dos espaços públicos de A TABELA 2.2 indica a área correspondente a cada zona de
forma a adequar o uso do solo à oferta de transporte público uso e ocupação na bacia, com suas descrições.
coletivo. (Formado pelas zonas: ZEU | ZEUP | ZEM | ZEMP). A partir das zonas de uso são estabelecidos valores limites
• Territórios de qualificação: buscam a manutenção de usos para a taxa de permeabilidade mínima (Quadro 3A – da Lei nº
não residenciais existentes, o fomento às atividades produti- 16.402/2016), possibilitando a formulação de um cenário futuro
vas, a diversificação de usos ou o adensamento populacional de impermeabilização, ou seja, a situação máxima permitida por
moderado, a depender das diferentes localidades que consti- lei. O resultado desta análise é apresentado no próximo Capítu-
tuem esses territórios. (Formado pelas zonas: ZOE | ZPI | ZDE | lo, no Mapa de Impermeabilização Permitida.
ZEIS | ZM | ZCOR | ZC).
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
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FIGURA 2.9 Macroáreas de Uso e Ocupação Do Solo na Bacia do Córrego Morro do S – PDE (LEI Nº 16.050/2014)
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
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Zona Mista ZM 26,60 Porções do território localizadas na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana
Zona Eixo de Estruturação da Zonas inseridas na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, com parâmetros de
ZEU 11,79
Transformação Urbana parcelamento, uso e ocupação do solo compatíveis com as diretrizes da referida macrozona
Praça/
- 1,42 Praça e Canteiro
Canteiro
Porções do território formadas pelos lotes lindeiros às vias que exercem estruturação
local ou regional, lindeiras a ZEIS-1, destinadas majoritariamente a incentivar os usos não
Zona Centralidade lindeira à ZEIS ZC-ZEIS 0,32
residenciais, de forma a promover a diversificação dos usos com a habitação de interesse
social, a regularização fundiária de interesse social e a recuperação ambiental
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CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
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2.9 SISTEMA VIÁRIO E DE TRANSPORTE COLETIVO M’Boi Mirim. Um corredor está localizado na Estrada de Itapece-
A rede de macrodrenagem da Bacia do Morro do S segue rica, que liga a região de Santo Amaro até o Terminal Capelinha
a Avenida Carlos Caldeira Filho em toda sua extensão, desde a e o outro corredor está localizado na Estrada M’Boi Mirim, e liga
Avenida Professor Doutor Telêmaco Hipolyto de Macedo Van a região da Guarapiranga até o Terminal Jardim Ângela.
Langendonck até a Avenida João Dias, conforme ilustrado na Na bacia estão ainda planejados dois corredores de ônibus
FIGURA 2.12. municipais, linhas integrantes do sistema estrutural de trans-
Na FIGURA 2.12 também é apresentado o sistema de trans- porte coletivo de média capacidade. Ambos os corredores es-
porte coletivo da Bacia do Morro do S, são apontados os modais tão planejados para o ano 2016 e devem ser implantados na
existentes, em planejamento e a ser definido. Existem na bacia continuação da Estrada de Itapecerica e Avenida Comendador
quatro estações de metrô da Linha 5 – Lilás, que são as estações Sant’Anna. Além disso, há um corredor de ônibus municipal pla-
Giovanni Gronchi, Vila das Belezas, Campo Limpo e Capão Re- nejado para o ano de 2025 que deve ser implantado na Estrada
dondo. Há também três terminais e dois corredores de ônibus de Itapecerica. Para 2025, também estão planejadas uma linha
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municipais. Os terminais são o João Dias, localizado na Avenida de monotrilho paralela a Avenida Comendador Sant’Anna e Rua
João Dias, o Terminal Capelinha, localizado na Estrada de Ita- Abílio César, e uma linha de modal a ser definido deve cruzar a
pecerica e o terminal Jardim Ângela, localizado na Estrada do bacia na região próxima da estação de metrô Campo Limpo.
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
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2.10 INUNDAÇÕES NA BACIA DO MORRO DO S O diagnóstico dos pontos de inundação foi realizado a partir
A Bacia do Morro do S possui áreas sujeitas às inundações de informações obtidas junto à SIURB, Plano de Macrodrenagem
dispersos pela bacia. As regiões localizam-se ao longo dos prin- (PDMAT3) e complementado com o levantamento de campo
cipais canais de drenagem de forma pontual, sendo elas no Cór- feito pela equipe da FCTH para apurar os pontos de inundação
rego Moenda Velha, Córrego Capão Redondo, Córrego Freitas, na bacia. A FIGURA 2.13 apresenta o diagnóstico das inundações
Córrego São Luiz e no Córrego Morro do S até seu desemboque na bacia conforme polígono das possíveis áreas sujeitas às inun-
no Rio Pinheiros. dações informado pela SIURB e aferidos pela FCTH.
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CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
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Córrego
Moenda Velha
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FIGURA 3.1 Imagens do Córrego Moenda Velha na travessia da Rua Bernardo Gomes de Brito
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
Córrego
Moenda Velha
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FIGURA 3.2 Imagens do Córrego Moenda Velha na travessia da Rua Sidney André dos Santos
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
Córrego
Moenda Velha
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FIGURA 3.3 Imagens do Córrego Moenda Velha na travessia da Rua da Costa Nova do Prado
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
Córrego
Moenda Velha
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FIGURA 3.4 Imagens do Córrego Moenda Velha na travessia da Rua dos Mutirantes
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
Córrego
Moenda Velha
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Córrego
Capão Redondo
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Córrego
Capão Redondo
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Córrego
Morro do S
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FIGURA 3.8 Imagens do Córrego Morro do S nas imediações da Av. Prof. Dr. Telêmaco Hippolyto de Macedo Van Langendonck e a Av. Elis Mas
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Córrego
Morro do S
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FIGURA 3.9 Imagens do Córrego Morro do S nas imediações da Rua Nossa Senhora do Bom Conselho
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
Córrego Freitas
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Córrego
Morro do S
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FIGURA 3.11 Imagens do Córrego Morro do S nas imediações da Rua Joaquim Nunes Teixeira
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
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FIGURA 3.12 Imagens das imediações na Rua Geraldo Fraga de Oliveira sobre o Córrego São Luiz, afluente da margem direita do Córrego Morro do S
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
Córrego
Morro do S
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FIGURA 3.13 Imagens do Córrego São Luiz, afluente da margem direita do Córrego Morro do S, na travessia da Rua Arlindo Fraga de Oliveira
4
Estudo A hidrologia urbana é a ciência das águas que trata das fases
partir dos registros dos postos da rede telemétrica, e das chuvas coletam dados a cada 10 minutos, onde são registrados os índi-
de projeto. Para a obtenção dos hidrogramas de projeto foram ces pluviométricos e o nível do Córrego Morro do S.
analisados os parâmetros do escoamento superficial por sub- Os dados de chuva estão integrados aos do Radar Meteoro-
-bacia de drenagem, tais como o tempo de concentração, o CN lógico de São Paulo de modo a se obter informação mais precisa
(Curve Number) e a impermeabilização atual e a impermeabiliza- dos eventos. Esses dados serviram de entrada no modelo chuva-
ção máxima permitida, segundo a atual LPUOS. vazão empregado neste estudo.
Para estimativa da vazão de projeto foi utilizado o modelo As informações de nível d’água, por sua vez, foram utilizadas
SWMM – Storm Water Management Model, desenvolvido pela como referência para a calibração da modelagem hidráulico-hi-
EPA – Environmental Protection Agency, na interface gráfica drológica utilizada.
PCSWMM em ambiente Windows. Foi considerada para o cál- Existem três postos na bacia, conforme descrição a seguir:
culo da infiltração a metodologia do CN, desenvolvida pelo Soil
Conservation Service. O modelo utiliza o método da Onda Dinâ- • Posto Córrego Capão Redondo – operação com início em
56
mica, que resolve as equações completas de Saint-Vennan para 21/12/2011;
o estudo do escoamento superficial. • Posto Campo Limpo – operação com início em 09/01/2012;
• Posto Córrego Morro do S – Rua Joaquim Nunes Teixeira –
operação com início em 01/07/2010.
4.1 POSTOS DA REDE TELEMÉTRICA
Os postos da rede telemétrica do Sistema de Alerta a Inunda- A FIGURA 4.1 indica a localização do posto da rede de moni-
ções de São Paulo (SAISP) pertencentes à Bacia do Morro do S toramento na bacia.
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
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FIGURA 4.1 Localização dos Postos da Rede Telemétrica de Hidrologia do SAISP na Bacia do Córrego Morro do S
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
A FIGURA 4.2 apresenta a série histórica dos dados pluvio- Na FIGURA 4.3 está indicada a precipitação média mensal
métricos e fluviométricos diários registrados no Posto “Córrego neste posto.
Capão Redondo” desde o início da operação.
10
755,0
754,0
20
753,0
100
25
752,0
30
50
751,0 35
58 750,0 40
0
25/03/15
14/04/15
04/05/15
24/05/15
13/06/15
03/07/15
23/07/15
12/08/15
01/09/15
21/09/15
11/10/15
31/10/15
20/11/15
10/12/15
30/12/15
19/01/16
08/02/16
28/02/16
19/03/16
08/04/16
28/04/16
18/05/16
07/06/16
FIGURA 4.2 Série Histórica do Posto Córrego Capão Redondo FIGURA 4.3 Precipitação média mensal no Posto Córrego
Capão Redondo
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
O posto “Campo Limpo” não realiza medições pluviométricas, A FIGURA 4.5 apresenta a série histórica dos dados pluvio-
portanto a FIGURA 4.4 apresenta apenas a série histórica dos da- métricos e fluviométricos diários registrados no Posto “Córrego
dos fluviométricos diários registrados neste posto desde o início Morro do S – Rua Joaquim Nunes Teixeira” desde o início da ope-
da operação. ração. Nesta FIGURA é possível verificar uma mudança de nível,
no período de Julho de 2010, resultante de correções de cotas
efetuadas neste posto.
5
744,5
747
10
744,0
15
745
743,0 743 25
30
742,5 59
741
35
742,0
40
739
741,5
45
741,0 737 50
20/03/15
29/04/15
19/05/15
28/06/15
18/07/15
07/08/15
27/08/15
06/10/15
26/10/15
15/11/15
05/12/15
14/01/16
03/02/16
23/02/16
14/03/16
23/04/16
13/05/16
02/06/16
09/04/15
08/06/15
16/09/15
25/12/15
03/04/16
01/07/10
19/09/10
08/12/10
26/02/11
17/05/11
05/08/11
24/10/11
12/01/12
01/04/12
20/06/12
08/09/12
27/11/12
15/02/13
06/05/13
25/07/13
13/10/13
01/01/14
22/03/14
10/06/14
29/08/14
17/11/14
05/02/15
26/04/15
15/07/15
30/05/16
03/10/15
22/12/15
11/03/16
FIGURA 4.4 Série Histórica do Posto Campo Limpo FIGURA 4.5 Série Histórica do Posto Córrego Morro do S – Rua
Joaquim Nunes Teixeira
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
Na FIGURA 4.6 está indicada a precipitação média mensal no • Tr – período de retorno da precipitação de projeto (anos);
Posto “Córrego Morro do S – Rua Joaquim Nunes Teixeira”. • Dc – duração crítica do evento (min).
300
250
relações intensidade-duração-frequência (IDF) da bacia contri-
200 buinte.
As IDFs fornecem a intensidade da precipitação para qualquer
150
duração e período de retorno. A altura de precipitação pode ser
100 obtida pela multiplicação da intensidade fornecida pela IDF pela
sua correspondente duração.
50
As chuvas intensas na Bacia do Córrego Morro do S foram es-
0 timadas através da equação IDF de São Paulo, ajustada para o
60
posto do Centro Tecnológico de Hidráulica (CTH).
FIGURA 4.6 Precipitação média mensal no Posto Córrego Morro
F T
it ,T = A ( t + B ) + D ( t + E ) G + H ln ln
C
do S – Rua Joaquim Nunes Teixeira
T − 1
TABELA 4.3 – CARACTERÍSTICAS DAS SUB-BACIAS No mapa da FIGURA 4.7 é apresentada a divisão de sub-bacias
Tempo de empregada no modelo hidrológico-hidráulico adotado.
Comprimento de Declividade
Sub-bacia Área (km²) Concentração
talvegue (km) média (%)
(hora)
MS-01 4,8 4,72 1h20 18,95
MS-02 3,1 3,59 1h20 18,83
MS-03 1,5 1,37 1h10 15,10
MS-04 2,1 2,33 1h10 15,55
MS-05 3,5 4,90 1h20 15,74
MS-06 3,2 2,98 1h10 17,62
MS-07 2,7 2,58 1h10 19,98
MS-08 1,7 3,44 1h10 19,98
63
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
64
4.3.2 CN (Curve Number) Podem também ser constituídos por cascalhos, de alta permea-
O CN é um índice para escoamento adimensional baseado bilidade.
no grupo hidrológico de solos, uso e cobertura, condições hi- Grupo B – Solos com potencial de escoamento (“runoff“) mo-
drológicas e condições antecedentes de umidade. O CN é um deradamente baixo. Predominam solos arenosos, menos pro-
importante fator que permite avaliar o efeito das alterações no fundos e menos agregados que o acima (A); o Grupo, como um
uso e ocupação do solo sobre o escoamento superficial. todo, apresenta, após seu intenso umedecimento, capacidade
O mapeamento do CN foi realizado a partir da constituição de infiltração acima da média.
geológica da bacia, baseando-se na carta geológica disponível. Grupo C – Solos com potencial de escoamento moderada-
Assim, foram identificados os litotipos mais significativos sob o mente alto. Compreende solos rasos e solos contendo conside-
ponto de vista hidráulico-hidrológico. ráveis teores de argilas e colóides, porém inferiores ao Grupo D.
Este índice varia de 0 a 100, valores próximos de zero indicam Este solo tem infiltração abaixo da média após saturação.
que a bacia submetida a certa precipitação intensa gera pou- Grupo D – Solos com o mais alto potencial de escoamento.
65
co escoamento superficial. Já valores próximos de 100, indicam Inclui a maioria das argilas e também solos rasos com sub-hori-
que a bacia submetida a mesma precipitação irá produzir eleva- zontes impermeáveis próximos à superfície.
dos volumes de escoamento superficial. Os valores recomendados de CN em função da classe hidro-
A classificação dos grupos hidrológicos de solo seguiu a me- lógica do solo e de seu uso e ocupação são apresentados na
todologia do National Resources Conservation Service (NRCS): TABELA 4.4.
Grupo A – Solos de mais baixo potencial de deflúvio; são so-
los profundos, de constituição arenosa, com pouco silte e argila.
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
Foi adotado o CN médio para cada uso do solo assumindo TABELA 4.5 – VALORES DE CN ADOTADOS EM FUNÇÃO DO USO E
que possuíam proporções iguais de cada grupo hidrológico de OCUPAÇÃO DO SOLO E CLASSIFICAÇÃO HIDROLÓGICA DOS SOLOS
TABELA 4.6 – CN MÉDIO POR SUB-BACIA A FIGURA 4.8 representa o CN para cada tipo de uso conside-
Sub-bacia CN Médio rado na Bacia do Córrego Morro do S.
MS-01 89
MS-02 89
MS-03 89
MS-04 90
MS-05 90
MS-06 89
MS-07 89
MS-08 90
68
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
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71
72
4.3.4 Calibração do modelo PCSWMM Capão Redondo e Posto Campo Limpo no período foi 156 mm,
A calibração é um processo que busca o ajuste dos parâme- no Posto Córrego Morro do S foi 137 mm.
tros do modelo para que este represente os fenômenos hidroló- No período selecionado foram registrados 3 eventos princi-
gicos e hidráulicos da bacia hidrográfica de forma adequada e pais nos dias 3, 5 e 7 de junho de 2016.
condizente com observações em campo. A FIGURA 4.11 apresenta o resultado da calibração do modelo
No processo de calibração do modelo PCSWMM na bacia do PCSWMM para o Posto Córrego Capão Redondo. Nesta FIGURA
Córrego Morro do S foram utilizados os postos da rede telemé- são apresentados os dados observados no posto, representados
trica “Posto Córrego Capão Redondo”, “Posto Campo Limpo” e pela curva FLU na FIGURA, e os dados simulados pelo modelo,
“Posto Córrego Morro do S – Rua Joaquim Nunes Teixeira”. Os representados pela curva FLU Modelo. A FIGURA 4.12 ilustra a
eventos selecionados para a calibração ocorreram entre os dias mesma situação para a calibração para o Posto Campo Limpo e
3 e 7 de junho de 2016. O total precipitado no Posto Córrego a FIGURA 4.13 para o Posto Córrego Morro do S.
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CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
50
40
PLU (mm)
30
20
10
753
FLU (m)
752
751
750
FIGURA 4.11 Calibração do modelo PCSWMM para os eventos registrados no Posto Córrego Capão Redondo
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50
40
PLU (mm)
30
20
10
743
FLU (m)
742
741
FIGURA 4.12 Calibração do modelo PCSWMM para os eventos registrados nos Postos Campo Limpo e Capão Redondo
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
50
40
PLU (mm)
30
20
10
740
739
FLU (m)
738
737
736
FIGURA 4.13 Calibração do modelo PCSWMM para os eventos registrados no Posto Córrego Morro do S
5
Alternativas O Caderno de Bacia Hidrográfica tem como objetivo dar sub-
• Reservatórios de armazenamento – estruturas construídas A TABELA 5.1 apresenta um resumo das medidas previstas
para armazenar o escoamento superficial excedente e ir libe- nas alternativas propostas, indicando a localização na bacia do
rando as vazões para jusante de forma controlada, através de Morro do S.
pequeno orifício de saída.
TABELA 5.1 – MEDIDAS DE CONTROLE
• Parques lineares com função de reservação – funcionam
PREVISTAS NAS ALTERNATIVAS 1 E 2
como reservatórios de armazenamento linear, no próprio ca-
Localização Alternativa 1 Alternativa 2
nal do córrego. A função de reservação é introduzida através
Reservatório CR 01 Reservatório CR 01
de estruturas de restrição de seção ao longo do canal, dimen- Capão Redondo
Canalização Canalização
sionadas para restringir o escoamento para jusante.
Parque linear MV 01 Parque linear MV 01
• Canalização – implica na construção de canal com dimensões Moenda Velha
Canalização Canalização
definidas em locais onde os córregos encontram-se nas suas
Reservatório FR 01A* Reservatório FR 01A*
condições naturais. Esta medida aumenta a capacidade de
78 Reservatório FR 01B Reservatório FR 01B
escoamento dos córregos.
Freitas Reservatório FR 01C Reservatório FR 01C
• Túnel – são estruturas subterrâneas construídas com a finali-
Reservatório FR 02 Reservatório FR 02
dade de derivação parcial de vazões.
Canalização Canalização
Reservatório SL 01 Reservatório SL 01
É importante ressaltar que nos futuros projetos sejam consi- São Luiz
Canalização Canalização
deradas estruturas de controle da qualidade da água para cada
Morro do S Reservatório MS 01 Túnel
medida a ser implantada.
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
80
FIGURA 5.1 Medidas de Controle de Cheias da Alternativa 1 para a Bacia do Córrego Morro do S
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
cluindo sua localização, dimensões e o número de lotes que ne- Freitas Reservatório FR 01C* 4.053 m³
Reservatório FR 02 48.868 m³ -
cessitam ser desapropriados.
Canalização 2.000 m -
A configuração das obras propostas na Alternativa 2 pode ser
Reservatório SL 01 28.300 m³ -
visualizada na FIGURA 5.2. São Luiz
Canalização 220 m - 81
Morro do S Túnel 1350 m de φ 5m -
*Orçamento já mobilizado pela PMSP
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
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FIGURA 5.2 Medidas de Controle de Cheias da Alternativa 2 para a Bacia do Córrego Morro do S
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84
85
86
87
88
89
5.4 VISTAS E PERSPECTIVAS DAS MEDIDAS A FIGURA 5.9 e a FIGURA 5.10 ilustram a vista atual da área
PROPOSTAS NAS ALTERNATIVAS prevista para implantação do parque linear MV 01 e sua futura
Este Item ilustra as vistas atuais das áreas onde foram previs- perspectiva no Córrego Moeda Velha, respectivamente.
tas as medidas de controle de cheia e as perspectivas das medi- A FIGURA 5.11 indica a vista atual da área prevista para im-
das de controle propostas para a Bacia do Córrego Morro do S. plantação do Reservatório CR 01 e a FIGURA 5.12 sua futura
Foram simuladas as perspectivas de três medidas de controle perspectiva no Córrego Capão Redondo, respectivamente.
de cheia, sendo um parque linear e dois reservatórios. As loca- A FIGURA 5.13 indica a vista atual da área prevista para im-
lizações do parque linear MV 01 e reservatórios, CR 01 e MS 01, plantação do Reservatório MS 01. Sua futura perspectiva no
foram apresentadas na FIGURA 5.1. Córrego Morro do S pode ser visualizada na FIGURA 5.14.
90
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
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FIGURA 5.9 Vista atual da área prevista para o Parque Linear MV 01 localizado no Córrego Moenda Velha
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
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FIGURA 5.11 Vista atual da área prevista para o Reservatório CR 01 localizado no Córrego Capão Redondo
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
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FIGURA 5.13 Vista atual da área prevista para o Reservatório MS 01 localizado no Córrego Morro do S
CÓRREGO MORRO DO S | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
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TABELA 6.1 – MEDIDAS PARA A PRIMEIRA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO A FIGURA 6.1 apresenta a distribuição das obras de primeira
Localização Alternativa 1 Alternativa 2 etapa na bacia, as quais possuem a mesma configuração para as
Reservatório CR 01 Reservatório CR 01 alternativas 1 e 2.
Capão Redondo
Canalização Canalização
Parque linear MV 01 Parque linear MV 01
Moenda Velha
Canalização Canalização
Reservatório FR 01A Reservatório FR 01A
Reservatório FR 01B Reservatório FR 01B
Freitas Reservatório FR 01C Reservatório FR 01C
Reservatório FR 02 Reservatório FR 02
Canalização Canalização
98 Reservatório SL 01 Reservatório SL 01
São Luiz
Canalização Canalização
Morro do S Reservatório MS 01 Túnel
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
99
FIGURA 6.1 Medidas de Controle do Escoamento Superficial para Primeira Etapa de Implantação – Alternativas 1 e 2
7
Áreas As medidas estudadas foram dimensionadas tendo em vista o
implantação de obras quando submetidas a chuva de projeto TABELA 7.1 – EFEITOS DAS ALTERNATIVAS 1 E 2 SOBRE A BACIA
de 100 anos e para etapa final. Impactos
Observa-se que para a 1ª etapa ocorre uma redução signifi- Etapa Alternativa Lotes
Área inundada (km²)
cativa na expansão da mancha sobre a área inundada para as atingidos
Sem
duas alternativas quando comparadas à situação sem interven- Atual 0,88 1.286
Intervenção
ção. A configuração para as obras de 1ª etapa é igual nas duas
Alternativa 1 0,72 558
alternativas, o que justifica as mesmas áreas inundadas para esta 1ª etapa
Alternativa 2 0,72 558
condição. Para a etapa final de implantação de obras não são
Alternativa 1 - -
verificadas inundações nas regiões analisadas da bacia nas duas Etapa Final
Alternativa 2 - -
alternativas.
102
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
103
FIGURA 7.1 Áreas Sujeitas a Inundações – Cenário sem Intervenção e com as Obras da 1ª Etapa e Etapa Final das Alternativas 1 e 2
8
Custo Uma primeira estimativa de custo foi realizada no intuito de
TABELA 8.1 – CUSTO ESTIMADO DA ALTERNATIVA 1 TABELA 8.2 – CUSTO ESTIMADO DA ALTERNATIVA 2
Custo Custo
Localização Medida Dimensão Localização Medida Dimensão
Estimado (R$) Estimado (R$)
Reservatório CR 01 38.000 m³ 24.000.000,00 Reservatório CR 01 38.000 m³ 24.000.000,00
Capão Capão
Desapropriação CR 01 1 lote 200.000,00* Desapropriação CR 01 1 lote 200.000,00*
Redondo Redondo
Canalização 2.200 m 36.500.000,00 Canalização 2.200 m 36.500.000,00
Moenda Parque linear MV 01 4.000 m² 3.100.000,00 Moenda Parque linear MV 01 4.000 m² 3.100.000,00
Velha Canalização 3.000 m 53.200.000,00 Velha Canalização 3.000 m 53.200.000,00
Reservatório FR 01A 47.197 m³ Reservatório FR 01A 47.197 m³
Reservatório FR 01B 6.113 m³ 160.000.000,00** Reservatório FR 01B 6.113 m³ 160.000.000,00**
Freitas Reservatório FR 01C 4.053 m³ Freitas Reservatório FR 01C 4.053 m³
Reservatório FR 02 48.868 m³ 27.300.000,00 Reservatório FR 02 48.868 m³ 27.300.000,00
106
Canalização 2.000 m 32.300.000,00 Canalização 2.000 m 32.300.000,00
Reservatório SL 01 28.300 m³ 21.000.000,00 Reservatório SL 01 28.300 m³ 21.000.000,00
São Luiz São Luiz
Canalização 220 m 2.200.000,00 Canalização 220 m 2.200.000,00
Reservatório MS 01 160.000 m³ 50.000.000,00 1350 m de φ
Morro do S Morro do S Túnel 72.000.000,00
Desapropriação MS01 48 lotes 8.060.796,88 5m
TOTAL 418.000.000,00 TOTAL 431.800.000,00
TOTAL COM MARGEM DE SEGURANÇA ±20% 335 – 501 milhões TOTAL COM MARGEM DE SEGURANÇA ±20% 345 – 518 milhões
Valores com data base de out/2015 Valores com data base de out/2015
*Valor médio estimado pelo Núcleo de Desapropriações e Áreas Públicas da SIURB *Valor médio estimado pelo Núcleo de Desapropriações e Áreas Públicas da SIURB
**Valor aproximado informado pela SIURB conforme processo licitatório dos **Valor aproximado informado pela SIURB conforme processo licitatório dos
reservatórios no Freitas reservatórios no Freitas
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A TABELA 8.3 mostra o resumo dos custos estimados das al- Para a composição destes custos estimativos foram conside-
ternativas estudadas com a margem de segurança de 20% para rados os seguintes tipos de intervenções:
mais e para menos em cada alternativa.
• Reservatório: aberto em concreto – paredes diafragma ati-
TABELA 8.3 – CUSTO ESTIMADO DAS ALTERNATIVAS ESTUDADAS rantadas – com bombeamento
Alternativa Medidas de Controle Previstas Custo Estimado* (R$) • Canalização: canal aberto em concreto armado
Alternativa 1
7 reservatórios + parque linear +
328 – 492 milhões • Parque linear: parque + paisagismo + equipamentos
canalização
6 reservatórios + parque linear +
• Túnel: canalização em túnel natm
Alternativa 2 345 – 518 milhões
canalização + túnel
Valores com data base de out/2015
*Com margem de segurança de 20% para mais e para menos
107
9
Avaliação Este item apresenta uma avaliação da representatividade das
de canalização. A Alternativa 2 foi pontuada com IQA “alto”, por TABELA 9.2 – ÍNDICE AMBIENTAL DAS MEDIDAS DE
CONTROLE DE CHEIA NA BACIA DO CÓRREGO MORRO DO S
contemplar um parque linear, seis reservatórios, canalização e
Índice
o túnel, o que reduz a permanência da água na bacia e, conse- Parque
Alternativas Reservatório Canalização Túnel Qualidade
linear
quentemente, reduz a pontuação da alternativa quando compa- Ambiental
rada a Alternativa 1. Alternativa 1 1 7 1 - Muito alto
O PDE consolida, como instrumento estruturante para o or- Os Cadernos de Bacia Hidrográfica introduziram o zonea-
denamento territorial da cidade de São Paulo, as Áreas de Inter- mento de áreas sujeitas a inundações partindo da formulação
venção Urbana. Estas áreas são passíveis de serem regulamenta- de alternativas de controle de cheias dimensionadas para chu-
das por lei específica, proposta pela Prefeitura e geridas com a vas com TR de 25 anos. O estudo propõe para chuvas com perío-
participação efetiva da sociedade civil. do de retorno entre 25 e 100 anos que as áreas sujeitas a inunda-
A Área de Intervenção Urbana constitui uma região com po- ções passem por regulamentação através de seu zoneamento.
tencialidades para a reestruturação e transformação urbana, Para esta faixa de TR as restrições de uso e ocupação diminuem
que poderão receber novas formas de uso e ocupação do solo, conforme aumenta o período de retorno.
combinadas com medidas que promovam o desenvolvimento Sugere-se como diretrizes de uso e ocupação do solo, a
econômico, racionalizem e democratizem a utilização das redes serem inseridas na lei de zoneamento, os seguintes critérios
de infraestrutura e a preservação dos sistemas ambientais. gerais:
Isto evidencia a possibilidade de incorporação de novos con-
112
ceitos e diretrizes à Lei de Uso e Ocupação do Solo. Assim, pode-se • Áreas livres de risco de inundação, não ensejando qualquer
adotar o zoneamento de áreas de inundação como diretriz para tomada de decisão adicional, além da legislação em vigor;
definir um conjunto de regras para a ocupação dessas áreas de ris- • Áreas com ocupação parcialmente restrita, cabendo a defini-
co, visando minimizar as perdas materiais e humanas resultantes ção dos tipos de usos e edificações compatíveis com a situa-
das inundações ou valorando ambientalmente essas áreas como ção de cada área, por meio de decreto;
espaço de lazer e/ou de conservação ambiental. Desse modo, esta- • Áreas com total restrição à ocupação, cabendo a sua utiliza-
belece-se o conceito da convivência da cidade com as suas cheias. ção apenas para parques lineares, campos de esportes não
A regulamentação das áreas inundáveis, conforme já aponta- impermeabilizados etc., conforme definido em decreto.
do no Plano Municipal de Gestão do Sistema de Águas Pluviais
de São Paulo – PMAPSP, pode ocorrer a partir do zoneamento As áreas com total restrição à ocupação correspondem aque-
dos fundos de vale, de acordo com o risco hidrológico. las inundadas com chuvas de TR imediatamente superiores a
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO MORRO DO S
25 anos até 75 anos, por exemplo. Já as áreas com ocupação O conjunto de obras das Alternativas para proteger a bacia do
parcialmente restrita podem ser classificadas pelas áreas inun- Córrego Morro do S para eventos com TR 25 anos é reportado
dadas com chuvas de TR superiores a 75 até 100 anos. Áreas li- na TABELA 10.1
vres de risco de inundação podem ser alocadas acima da área
inundada com chuvas de TR 100 anos. TABELA 10.1 – CONJUNTO DE OBRAS PARA TR 25 ANOS
A FIGURA 10.1 indica as áreas sujeitas a inundação para as Essas áreas de inundação devem ter seu uso e ocupação re-
Alternativas 1 e 2 que protegem a bacia para TR 25 anos, quando vistos, que definem quais atividades podem ou não serem ins-
submetidas a uma chuva de TR 100 anos. taladas. São áreas que certamente poderão levar a uma revisão
urbanística da bacia como um todo.
A TABELA 10.2 indica o custo estimado para as obras previs-
Alternativa 1 e 2
Área Sujeita a Inundações = 0,72km² tas nas Alternativas 1 e 2 para fornecer a bacia o grau de prote-
ção de 25 e 100 anos. Destaca-se que a solução discutida neste
Capítulo considera, como medida complementar não estrutural,
a inserção das áreas apresentadas na FIGURA 10.1 ao zoneamen-
to de áreas sujeitas a inundações.
Uma classificação subjetiva quanto à qualidade ambiental A introdução desse conceito de convivência com a água no
das alternativas foi realizada, seguindo conceitos da FCTH, em âmbito do Caderno de Bacia Hidrográfica tem como objetivo
relação à água como parte integrante do ambiente urbano. O trazer elementos para futuras discussões sobre o zoneamento
estudo mostrou que a Alternativa 1 classificou-se com índice de de áreas inundáveis associado ao risco hidrológico. Esta discus-
qualidade ambiental “Muito Alto” por possuir um parque linear são pode ser adequada no ordenamento territorial da cidade de
e sete reservatórios de armazenamento e a Alternativa 2 com ín- São Paulo como uma Área de Intervenção Urbana.
dice de qualidade ambiental “Alto” por compreender um parque Recomenda-se, para futuras revisões da Lei de Zoneamento,
linear, seis reservatórios e um túnel, o que diminuiu a pontuação a inclusão dessas zonas de inundação como elemento técnico a
da alternativa. ser observado na especificação do conjunto de regras que defi-
Destaca-se que a incorporação do zoneamento de inundação ne quais atividades podem ou não serem instaladas e como os
associado ao risco hidrológico pode trazer benefícios à convi- imóveis devem ser construídos nessas áreas. Esta ação permite a
vência com a água no ambiente urbano. Para isso recomenda-se convivência adequada com as inundações, reduzindo as perdas
116
a incorporação deste conceito no Plano Diretor Estratégico – PDE materiais, os riscos de vida e os custos com a transferência de
(Lei nº 16.050/2014), o qual fornece diretrizes para a legislação de população.
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – LPUOS visando atender O desenvolvimento deste Caderno contou com a articulação
aos objetivos e diretrizes estabelecidos para as macrozonas, ma- institucional das Secretarias Municipais: SIURB, SVMA, SEHAB,
croáreas e rede de estruturação da transformação urbana. SMDU e Subprefeitura Campo Limpo e M’Boi Mirim.