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Assistência Técnica à SEDUR na elaboração de modelagens

necessárias ao gerenciamento de resíduos sólidos, envolvendo


a capacitação de técnicos e agentes públicos

Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução


Recomendada de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Novembro/2022
Assistência Técnica à SEDUR na elaboração de modelagens

necessárias ao gerenciamento de resíduos sólidos, envolvendo


a capacitação de técnicos e agentes públicos

Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução


Recomendada de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

CONTRATANTE: ELABORAÇÃO E RESPONSABILIDADE:

De Curitiba/PR para Salvador/BA


Novembro/2022
iii

APRESENTAÇÃO DA EQUIPE

Coordenador Técnico

Helder Rafael Nocko Engenheiro Ambiental, MSc.

Coordenador Executivo

André Luciano Malheiros Engenheiro Civil, Dr.

Equipe Técnica

Cícero Rodrigues de Melo Filho Economista


Daniela Lopes Auxiliar Administrativo
Dóris Regina Falcade Pereira Analista de Projetos
Fernanda Muzzolon Padilha Engenheira Ambiental, Esp.
Isadora Parmigiani De Biasio Advogada, Esp.
Larissa dos Santos Silva Analista de Projetos
Acadêmica de Engenharia Ambiental e
Ludmila Holz Amorim de Sena
Sanitária
Mariana Albuquerque Advogada, Esp.
Marina Batisti Soares Pinto Advogada, Esp.
Nahima Peron Coelho Razuk Advogada, MSc.
Nathalia Lima Barreto Advogada, Dra.
Paulo Henrique Costa Geógrafo, Esp.
Rayani Holtz Macedo Advogada, Esp.
Roberta Gregório Engenheira Ambiental, Esp.
Scarlett dos Santos Advogada
Thiago Priess Valiati Advogado, MSc.
Tiago Aparecido Perez Vieira Engenheiro Ambiental
iv

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA


Rui Costa

Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (SEDUR)

Jairo Silveira Magalhães Secretário de Desenvolvimento Urbano


Ananda Teixeira Costa Lage Chefe de Gabinete

Superintendência de Planejamento e Gestão Territorial (SGT)

Armindo Gonzalez Miranda Superintendente

Diretoria de Manejo de Resíduos Sólidos e das Águas Pluviais Urbanas (DRES)

Gustavo Dias Campos Diretor


Mateus Almeida Cunha Coordenador

Ana Lívia Cunha Guimarães


Carolina Wogeley Oliveira Silva
Dinete Ferreira Botelho Neta
Eduarda Zottis Pizzatto
Patrick Lemos Maia D’Abreu
Raquel Pereira de Souza
v

02 25/11/2022 MEF HRN


01 04/11/2022 MEF HRN
00 16/09/2022 MEF HRN
Revisão Data Descrição Breve Ass. de Aprov.

Assistência Técnica à SEDUR na elaboração de modelagens necessárias ao


gerenciamento de resíduos sólidos, envolvendo a capacitação de técnicos e
agentes públicos
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio
Elaborado por: Supervisionado por:
Equipe Técnica da EnvEx Helder Rafael Nocko
Aprovado por: Revisão Finalidade Data
Helder Rafael Nocko 02 03 25/11/2022
Legenda Finalidade: [1] Para informação [2] Para comentário [3] Para aprovação

EnvEx Engenharia e Consultoria


Rua Doutor Jorge Meyer Filho, 93 – Jardim Botânico
CEP 80.210-190 | Curitiba – PR
Tel: (41)3053-3487 envex@envexengenharia.com.br |
www.envexengenharia.com.br
vi

APRESENTAÇÃO

Apresentamos à Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia


(SEDUR), o Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da solução

recomendada de gestão integrada de resíduos sólidos do Consórcio,


referente ao Instrumento Contratual BRA10/1225/39325/2021, do Programa das

Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para a assistência técnica à


SEDUR na elaboração de modelagens necessárias ao gerenciamento de resíduos

sólidos, envolvendo a capacitação de técnicos e agentes públicos.

Helder Rafael Nocko


Engenheiro Ambiental, Msc.
Coordenador Técnico
vii

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO .................................................................................... 11
2. ESCOPO DA MODELAGEM ECONÔMICO-FINANCEIRA..................... 12
3. PREMISSAS ECONÔMICAS DO ESTUDO ............................................. 15
3.1. Parâmetros Gerais ................................................................................. 15
3.2. Premissas Macroeconômicas................................................................ 17
3.3. Definição de Prazo ................................................................................ 18
3.4. Comparativo de Rotas Tecnológicas ................................................... 19
3.4.1. Rota Tecnológica 1: Transbordo + Aterro (T + A) ............................................. 19
3.4.2. Rota Tecnológica 2: Transbordo + Triagem + Aterro (T + T + A) ............... 19
3.4.3. Rota Tecnológica 3: Transbordo + Triagem + Tratamento + Aterro (T + T
+ T + A)........................................................................................................................... 20
4. INVESTIMENTOS (CAPEX) .................................................................... 21
4.1. Cronograma de Investimentos............................................................. 29
5. CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (OPEX) .................................... 30
5.1. Premissas de Custos .............................................................................. 30
5.2. Custos Operacionais de Transporte ..................................................... 31
5.3. Parâmetros Mercadológicos ................................................................ 36
5.4. Depreciação e Amortização .................................................................. 38
5.5. Premissas Tributárias ............................................................................ 38
5.5.1. Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) ............................................................. 39
5.5.2. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ............................................. 39
6. FLUXO DE CAIXA.................................................................................... 40
6.1. Receitas Estimadas ................................................................................ 40
6.2. Taxa de Mínima Atratividade (TMA) ou Custo Médio Ponderado de
Capital ..................................................................................................... 43
6.3. Demonstração de Resultados do Exercício (DRE) .............................. 48
7. INDICADORES DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS .............................. 49
viii

7.1. Valor Presente Líquido (VPL) ............................................................... 49


7.2. Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa) ......................................... 50
7.3. Índice Benefício/Custo (IBC) ................................................................ 50
7.4. Índices Associados Risco do Projeto ................................................... 51
7.5. Custo de Oportunidade para o setor de Resíduos Sólidos ............... 52
8. CONCLUSÕES ......................................................................................... 54
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 60
ANEXO 1 - REPRESENTATIVIDADE DOS CUSTOS OPERACIONAIS POR ROTA
TECNOLÓGICA ....................................................................................... 64
ANEXO 2 – RESULTADOS ECONÔMICO-FINANCEIROS.................................. 70
ANEXO 3 – ROTAS TECNOLÓGICAS COM Contraprestação .......................... 79
ANEXO 4 – SIMULAÇÃO DE ROTA TECNOLÓGICA COM INADIMPLÊNCIA . 82
ANEXO 5 – TARIFA UNITÁRIA POR HABITANTE ............................................ 84
ix

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estrutura considerada na modelagem econômico-financeira. ................ 32


Figura 2: Índices Associados ao Risco do Projeto. .......................................................... 52
Figura 3: Custos Operacionais Barreiras_Rota TecnológicaCenário T+A. ............... 66
Figura 4: Custos Operacionais Barra_Rota TecnológicaCenário T+A. ...................... 66
Figura 5: Custos Operacionais Barreiras_Rota TecnológicaCenário T+T+A. ......... 67
Figura 6: Custos Operacionais Barra_Rota TecnológicaCenário T+T+A. ................ 68
Figura 7: Custos Operacionais Barreiras_Rota TecnológicaCenário T+T+T+A. .... 69
Figura 8: Custos Operacionais Barra_Rota TecnológicaCenário T+T+T+A. ........... 69
x

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Índices Associados ao Risco do Projeto........................................................... 18


Tabela 2: Rota Tecnológica 1: Transbordo + Aterro (T + A). ....................................... 24
Tabela 3: Rota Tecnológica 2: Transbordo + Triagem + Aterro (T + T + A). ......... 25
Tabela 4: Rota Tecnológica 3: Transbordo + Triagem + Tratamento + Aterro (T +
T + T + A). ...................................................................................................................................... 26
Tabela 5: Premissas de Localização do Aterro - Barreiras. ........................................... 26
Tabela 6: Premissas de Localização do Aterro - Barra. .................................................. 27
Tabela 7: Premissas de investimento em Transbordo - Barreiras. ............................. 27
Tabela 8: Premissas de investimento em Transbordo - Barra. .................................. 28
Tabela 9: Valores estimados para investimentos em triagem mecanizada. .......... 29
Tabela 10: Valores estimados para as despesas operacionais. ................................... 31
Tabela 11: Exemplos de custos fixos, custos variáveis e premissas de desempenho.
........................................................................................................................................................... 32
Tabela 12: Exemplos de custos fixos, custos variáveis e premissas de desempenho.
........................................................................................................................................................... 33
Tabela 13: Valores de Tarifa em (R$/ton), considerando a TIR = WACC. .............. 42
Tabela 14: Cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC). ...................... 48
Tabela 15: Resultados – VPL. ................................................................................................. 55
Tabela 16: Premissas Tarifárias Selecionadas. ................................................................. 55
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

1. APRESENTAÇÃO

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei Federal

nº 12.305/2010, estabelece que o titular dos serviços públicos de limpeza urbana


e de manejo de resíduos sólidos é responsável pela organização e prestação

direta ou indireta desses serviços.

De acordo o Marco Legal de Saneamento (Lei Federal n° 11.445/2007), a

prestação dos serviços públicos de saneamento básico por entidade que não
integre a administração do titular depende da celebração de contrato de

concessão, mediante prévia licitação, nos termos do art. 175 da Constituição


Federal, vedada a sua disciplina mediante contrato de programa, convênio, termo

de parceria ou outros instrumentos de natureza precária.

Ressalta-se que cabe ao poder concedente regulamentar o serviço

concedido e fiscalizar permanentemente a sua prestação. Nesse sentido,


apresenta-se o Caderno de Modelagem Econômico-Financeira relacionado à

contratação dos serviços de destinação de resíduos sólidos urbanos dos


municípios integrantes do Consórcio Multifinalitário do Oeste da Bahia (CONSID).

Esta Modelagem tem por objetivo avaliar, do ponto de vista econômico-


financeiro, cenários a partir da melhor solução operacional de destinação de RSU

para o conjunto dos 20 municípios integrantes do CONSID considerando a gestão


consorciada do compartilhamento de unidades de destinação, a otimização dos

custos de investimento e a implementação de soluções tecnicamente adequadas.


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2. ESCOPO DA MODELAGEM ECONÔMICO-


FINANCEIRA

A modelagem econômico-financeira consiste na definição da estrutura da


operação em uma visão de como ela movimentará recursos econômicos e

financeiros necessários para realizar a operação modelada. Nesse sentido, é


necessário que sejam avaliados todos os elementos que envolvam recursos

financeiros (como investimentos e reservas de capital) em todas as ações


planejadas no modelo operacional.

Além disso, na modelagem financeira há a projeção de cenários financeiros


possíveis partindo da análise do cenário atual e de um conjunto de premissas

definidas, a fim de descobrir se o investimento é viável ou não, a partir de análises


sobre os investimentos. Todo o embasamento da modelagem deverá ser

elaborado a partir de análises realizadas para a exposição e definição da melhor


alternativa, definição de cenários e projeção populacional.

Serão apresentados os custos totais e por tonelada das soluções adotadas


e as receitas acessórias advindas da comercialização de subprodutos. Entende-se

por “receitas acessórias1” aquelas receitas alternativas, complementares, ou


derivadas de projetos associados correspondem a um conjunto de valores cujo

recebimento decorre da exploração de atividades econômicas relacionadas


tangencialmente à execução de um contrato de concessão. Também serão

1Fonte: https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/50/edicao-1/receitas-alternativas,-
complementares,-acessorias-ou-derivadas-de-projetos-
associados#:~:text=As%20chamadas%20receitas%20alternativas%2C%20complementares,de
%20um%20contrato%20de%20concess%C3%A3o.
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apresentados os aspectos econômico-financeiros referentes à infraestrutura


mínima necessária e a descrição dos serviços a serem prestados.

O presente documento consiste nos estudos de Modelagem Econômico-


Financeira de acordo com o item 7.4 da RFP JOF Nº: 2659/2021 do Projeto

BRA/16/011 – Projeto de apoio à formulação e implementação do plano de


desenvolvimento econômico da Bahia para um futuro sustentável e inclusivo.

Serão apresentadas as análises de viabilidade financeira, bem como do


valor da contraprestação2 pública, quando necessário. Para tanto, será

apresentada uma planilha que possibilita a simulação de diversos cenários e


ampliação para análises em qualquer município, desde que ajustadas as
particularidades de cada região. Além disso, a modelagem indicará os
instrumentos tributários e urbanísticos de arrecadação referentes à implantação

do projeto, assim como um plano de investimentos preliminar.

O CONSID é um consórcio intermunicipal que possui múltiplas finalidades

com enfoque no desenvolvimento regional e na melhoria das condições de vida


da população do oeste da Bahia. O Consórcio atua, entre outros temas, com ações

nas áreas ambiental, educação, regularização fundiária, infraestrutura,


planejamento urbano, assistência técnica rural e inspeção sanitária.

O presente trabalho apresenta informações do CONSID, que é o Consórcio

que proposto par a fazer a gestão da concessão dos serviços de destinação de


resíduos nos seguintes municípios: Formosa do Rio Preto, São Desidério,

Correntina, Barra, Barreiras, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Cotegipe,
Buritirama, Muquém de São Francisco, Baianópolis, Mansidão, Wanderley,

2 Prestação por uma das partes, no contrato bilateral, à outra, como compensação da que dela
recebe por força do mesmo contrato.
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Brejolândia, Santana, Serra Dourada, Angical, Tabocas do Brejo Velho, Cristópolis


e Catolândia.

A análise econômico-financeira da concessão proposta será realizada a


partir da metodologia de Fluxo de Caixa Descontado (FCD). Essa metodologia

consiste em trazer a valor presente os fluxos de caixa operacionais, de


investimentos e financeiros da concessão, por meio da aplicação aos valores

futuros de uma determinada taxa de juros que seja capaz de refletir a


remuneração esperada do capital.

Essa remuneração se dá em função dos custos fixos e variáveis decorrentes


da operação dos serviços e instalações em questão e de todas as prerrogativas
que se fazem necessárias para sua plena completude, como a aquisição de
equipamentos, instalação de infraestrutura, contratação de pessoal etc.,

contemplando a plenitude da prestação dos serviços de gestão integrada dos


resíduos sólidos conforme delineado no caderno de análise técnico-operacional.

O resultado do fluxo de caixa, que será apresentado mais adiante, congregará


todos os serviços solicitados para a plena prestação dos serviços de transbordo

e destinação de resíduos.

Os objetivos da modelagem proposta são identificar e fortalecer as


condições necessárias para o projeto de investimentos, atrair resultados positivos

e apresentar os fatores que podem dificultar as possibilidades de êxito do projeto


de investimentos.
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3. PREMISSAS ECONÔMICAS DO ESTUDO

As premissas utilizadas como parâmetro para o dimensionamento de

investimentos, custos e despesas, serão apresentadas a seguir:

3.1. Parâmetros Gerais

Destacam-se dentre os parâmetros gerais básicos do projeto de concessão:

• a modalidade de contratação será por meio de uma concessão para


gestão de resíduos referente a dois agrupamentos de municípios, ou

seja, considerando duas unidades de destinação uma em Barreiras e


outra em Barra;

• como garantias necessárias à operação, existe a possibilidade de


criação de mecanismo de contas, onde haveria uma conta vinculada

para o depósito do valor correspondente a até 6 (seis) vezes o valor


da contraprestação mensal média paga nos meses anteriores, e esse

valor poderia constituir um saldo mínimo. Esse mecanismo permitiria


a segurança ao parceiro privado da segregação e existência de

valores para cobrir eventual situação de solução de pagamento

devido pelo Poder Concedente. Ainda, deveria ser avaliada a


possibilidade de obrigação de reposição do referido valor toda vez

que ele for utilizado. A lei 11.079/2004 disciplina as parcerias público-


privadas objetivando incentivar a participação privada em projetos

de interesse público, em especial aqueles que não se mostram


sustentáveis tendo exclusivamente sua receita advinda de tarifas

cobradas dos usuários. Desta forma, a referida lei autoriza o Poder


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Público realizar o pagamento de contraprestações ao parceiro


privado, como forma de viabilizar e garantir a segurança econômico-

financeira da SPE prestadora de serviço de interesse público. Nas


concessões patrocinadas as receitas do projeto são oriundas tanto

de contraprestação pública quanto de tarifas cobradas diretamente


dos usuários. Acerca do pagamento de contraprestação, é

importante citar duas restrições:

o Projetos cuja parcela da receita seja superior a 70% das

receitas totais requerem autorização legislativa específica;

o A Lei 11.079/2004 versa: “Art. 28. A União não poderá


conceder garantia ou realizar transferência voluntária aos
Estados, Distrito Federal e Municípios se a soma das despesas

de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias já


contratadas por esses entes tiver excedido, no ano anterior, a

5% (cinco por cento) da receita corrente líquida do exercício


ou se as despesas anuais dos contratos vigentes nos 10 (dez)

anos subsequentes excederem a 5% (cinco por cento) da


receita corrente líquida projetada para os respectivos
exercícios.”

o O art. 2º da Lei Complementar 101/2000 trata da RCL e de sua


forma de cálculo, a define como: “somatório das receitas

tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais,


agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras

receitas também correntes”


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• Em consideração às duas restrições acima mencionadas, o presente


projeto apresenta uma proporção menor que 50% de suas receitas

oriundas da contraprestação pública, e, portanto, não requerendo


autorização legislativa específica.

• Adoção das conclusões da Modelagem Técnica e Operacional, a


partir da avaliação de 3 Rotas Tecnológicas:

o Rota 1 – A Concessionária realiza o serviço de transbordo e


disposição em aterro (T + A3);

o Rota 2 – A Concessionária realiza os serviços de transbordo,


triagem mecanizada e disposição em aterro (T+T+A4);

o Rota 3 – A Concessionária realiza os serviços de transbordo,


triagem mecanizada e tratamento biológico dos resíduos mais

aterro (T+T+T+A5).

Na Rota 3 a etapa de tratamento biológico será realizada apenas no

agrupamento de Barreiras, sendo que o agrupamento de Barra permanece


apenas com triagem mecanizada. Os desdobramentos dos cenários serão

apresentados de forma mais detalhada em tópicos posteriores.

3.2. Premissas Macroeconômicas

Na Tabela 1 a seguir são apresentados os índices macroeconômicos


utilizados no estudo. A partir de 2026, as projeções são mantidas constantes

como premissa de taxa de longo prazo, a partir de dados do Boletim Focus do

3
T + A = Transbordo + Aterro
4
T + T + A = Transbordo + Triagem mecanizada + Aterro
5
T + T + T + A = Transbordo + Triagem mecanizada + Tratamento + Aterro
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Banco Central do Brasil, conforme usualmente é realizado para análises


semelhantes.

Tabela 1: Índices Associados ao Risco do Projeto.

Projeções de 2026 a
indicadores 2022 2023 2024 2025
2051
econômicos

SELIC (% a.a) 11,75% 9,25% 7,25% 7,25% 7,25%

SELIC Real (% a.a) 5,03% 5,99% 3,79% 3,92% 2,93%

CDI (% a.a) 11,63% 9,14% 7,20% 7,14% 7,14%

IPCA (% a.a) 6,40% 3,08% 3,33% 3,20% 4,20%


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

3.3. Definição de Prazo

Para avaliar o melhor prazo para a concessão de um serviço é necessário

fazer uma análise detalhada de diversos fatores, dentre os quais:

Modicidade tarifária: que por definição em uma concessão cuja Taxa

Interna Retorno seja igual ao Custo de Capital do Projeto, um prazo mais longo
implica em uma tarifa menor, pois o investidor possui um período maior para

usufruir do retorno sobre o investimento;

Financiabilidade: a avaliação de dívidas e financiamentos, leva em

consideração o tamanho e duração do investimento e a duração do seu prazo.


Isso é fator determinante para equacionar o valor pago por ano (juros e principal)

com a capacidade de pagamento anual. Dessa forma, a equação deve respeitar


um prazo mínimo entre o final do pagamento da dívida e o final do projeto;

Ciclo de investimentos e amortização: períodos muito curtos podem


estipular “janelas curtas” para o retorno do capital investido, e acelerar sua
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amortização contábil. Em contrapartida, períodos muito longos podem implicar


em ciclos de investimentos adicionais, os quais aumentam os custos do projeto e

consequentemente a tarifa, de forma a gerar uma ineficiência tributária e contábil;


e

Imprevisibilidade: prazos mais longos possuem um maior nível de


incerteza o que aumenta a possibilidade de choques tecnológicos, econômicos,

evoluções legislativas, variações sobre a curva de demanda, etc.

Por todos estes motivos, com base nos resultados apresentados na planilha

de modelagem econômico-financeira, apresentada ao longo deste documento,


optou-se por um prazo de 20 anos.

3.4. Comparativo de Rotas Tecnológicas

3.4.1. Rota Tecnológica 1: Transbordo + Aterro (T + A)

Na primeira Rota Tecnológica (T+A), no contexto de concessão dos

trabalhos de gestão de resíduos pelo CONSID, serão realizados apenas os


serviços de transbordo e disposição final em aterro sanitário. Os investimentos,
além da infraestrutura e equipamentos básicos, envolvem aportes em estrutura
de Transbordo, Transporte e Aterro, essenciais para o funcionamento do projeto.

3.4.2. Rota Tecnológica 2: Transbordo + Triagem + Aterro (T + T + A)

A segunda Rota Tecnológica (T+T+A) envolve toda a estrutura da primeira

Rota Tecnológica, porém, com a introdução dos investimentos para a prestação


do serviço de Triagem Mecanizada. Os investimentos envolvem infraestrutura e

equipamentos básicos, os aportes em estrutura de Transbordo e Aterro, além da


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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

inclusão dos investimentos de viabilização da atividade de Triagem e transporte.


Nesta Rota Tecnológica foi considerada a venda dos materiais recicláveis

recuperados.

3.4.3. Rota Tecnológica 3: Transbordo + Triagem + Tratamento +


Aterro (T + T + T + A)

A terceira Rota Tecnológica (T+T+T+A) envolve toda a estrutura da primeira


e da segunda, mas com a inclusão dos investimentos para a prestação do serviço

de Tratamento dos resíduos orgânicos. Os investimentos envolvem infraestrutura


e equipamentos básicos, os aportes em estrutura de Transbordo e Aterro, os

investimentos associados à atividade de Triagem Mecanizada, além da


viabilização financeira no serviço de Tratamento e Transporte. Vale ressaltar que

essa Rota Tecnológica além da comercialização dos recicláveis também permite


a venda de energia elétrica, a partir do tratamento dos resíduos.
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4. INVESTIMENTOS (CAPEX)

O investimento, para uma empresa, é um desembolso feito visando gerar

um fluxo de benefícios futuros. A lógica subjacente é a de que somente se


justificam sacrifícios presentes se houver perspectiva de recebimentos de

benefícios futuros.

Atualmente, em função da própria dinâmica dos negócios, as técnicas de

análise de investimentos estão sendo usadas para avaliação de empresas e


unidades de negócios e nas decisões rotineiras sobre compras à vista versus

compras a prazo.

O grande campo de aplicação das Técnicas de Análise de Investimentos está

associado ao processo de geração de indicadores utilizados na seleção de


alternativas de investimentos. Ao realizar investimentos, alguém “transfere”

capital de alguma fonte para um determinado projeto por um período


denominado horizonte de planejamento. Ao término desse período, espera-se

que o projeto libere recursos equivalentes àquele imobilizado inicialmente e mais


aquilo que se teria ganho se o capital tivesse sido orientado para a melhor

alternativa de investimento de baixo risco disponível no momento do


investimento.

Um projeto será atrativo se o Fluxo Esperado de benefícios, mensurado em


valores monetários, superar o valor do investimento que originou esse fluxo.

Nesse sentido, se a soma do fluxo esperado de benefícios for maior que o valor
do Investimento, ou se o valor do investimento com o fluxo de benefícios

esperados for maior que zero.


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O CAPEX (Capital Expenditure) – De acordo com a Lei nº 11.079/2004, que


Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no

âmbito da administração pública, o valor dos investimentos para definição do


preço de referência para a licitação deve ser calculado com base em valores de

mercado considerando o custo global de obras semelhantes no Brasil ou no


exterior ou com base em sistemas de custos que utilizem como insumo valores

de mercado do setor específico do projeto, aferidos, em qualquer caso, mediante


orçamento sintético, elaborado por meio de metodologia expedita ou

paramétrica.

Com base nas prerrogativas da legislação, tem-se a definição dos


investimentos por meio de valores de mercado do setor específico de gestão
integrada de resíduos sólidos, elaborados por meio de orçamentos definidos para

cada serviço de forma individual, adicionados dos investimentos da Central de


Operações e de outros serviços acessórios, que não geram receita, e

posteriormente rateados. Ressaltamos que as Rotas Tecnológicas 2 e 3 possuem


os serviços de Triagem e Tratamento no município de Barreiras, fator que

influencia diretamente nos investimentos realizados no município em

infraestrutura e equipamentos, como apresentado abaixo.

Cada um dos serviços de transbordo, triagem e tratamento foi objeto de

análise detalhada quanto ao dimensionamento de pessoal, equipamentos e


veículos. Outros gastos considerados foram as despesas pré-operacionais. A fase

de implantação do empreendimento envolve um conjunto de despesas


administrativas relevantes, como:

• Investimentos com pessoal administrativo, responsável pelo


acompanhamento e validação da implantação do empreendimento,
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gestão do contrato junto ao poder concedente, gestão financeira da


concessão, preparação do início da fase operacional, dentre outras

atividades cotidianas. Assim, a estrutura administrativa da


concessionária na fase de implantação do empreendimento é

próxima à estrutura administrativa plena que será utilizada na fase


operacional;

• Custos com seguros e garantias;

• Custos com assessores financeiros, jurídicos, técnicos, despesas com

a cobrança das tarifas e outros que prestarão serviços na fase de


implantação do empreendimento;

• Elaboração de projetos de reforma, obtenção de licença, negociação


junto à administração de cada uma das unidades a ser assumida.

A estimativa de investimentos necessários para a implantação da


tecnologia proposta está dividida em: pré-implantação, implantação, operação

(considerando encerramento e pós-encerramento no final da operação),


Instalação predial estação de transbordo, Veículos e equipamentos e Instalação

Triagem.

Para a análise econômico-financeira, os investimentos com a pré-


implantação e a implantação serão realizados nos dois anos que antecedem o

início da operação, enquanto que os investimentos na operação, encerramento e


pós-encerramento ocorrem ao longo do período de funcionamento da

tecnologia, sendo inseridos nos momentos que foram previstos para cada item.

A pré-implantação são os investimentos que envolvem as atividades que

antecedem a execução das obras de implantação. São considerados nessa


categoria os custos com os estudos preliminares, dimensionamento do projeto,
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
24
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

licenciamentos, projetos básico e executivo, estudos de demanda, etc. Os


investimentos para os serviços de pré-implantação foram estimados em R$

2.980.777,00 para Barreiras e R$1.265.758,00 para Barra. Esses valores estão


descritos na Modelagem Técnica.

A implantação é composta pelos investimentos na implantação são as


obras e equipamentos necessários para a estruturação e início da operação pela

tecnologia escolhida. Dentre os custos com implantação, pode-se citar


implantação da infraestrutura, máquinas e equipamentos etc. O valor referente

aos investimentos com a implantação foi estimado em R$10.265.178,38 para


Barreiras e R$5.644.728,04 para Barra.

A Tabela 2 apresenta de forma resumida o CAPEX para Barreiras,


considerando a Rota Tecnológica 1. Esses valores foram obtidos a partir de

cálculos e simulações já apresentados no Produto 3 – Modelagem Técnica e


Operacional da Solução Recomendada de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

do Consórcio. Os resultados agregados para essa Rota, são apresentados abaixo:

Tabela 2: Rota Tecnológica 1: Transbordo + Aterro (T + A).


CAPEX por iniciativa
Pré-implantação em Barreiras R$ 4.246.535
Implantação em Barreiras R$ 15.909.906
Veículos e equipamentos Barreiras R$ 19.920.000
Instalação predial estação de transbordo em Barreiras R$ 12.220.000
Encerramento R$ 2.196.848
Pós-Encerramento R$ 26.246.982
Total R$ 80.740.272
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

A Tabela 3 apresenta os custos estimados para implantação da

infraestrutura e equipamentos necessários para a Rota Tecnológica 2. A Rota 2


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
25
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

além dos custos com infraestrutura e equipamentos para o processo de


transbordo e aterro, também considera os custos necessários para infraestrutura

e equipamentos para triagem. Os resultados agregados para essa Rota, são


apresentados abaixo:

Tabela 3: Rota Tecnológica 2: Transbordo + Triagem + Aterro (T + T + A).


CAPEX por iniciativa

Pré-implantação em Barra R$ 4.246.535


Implantação em Barra R$ 15.909.906
Instalação predial estação de transbordo em Barra R$ 19.920.000
Veículos e equipamentos Barra R$ 12.220.000
Instalação Triagem R$ 63.450.000
Encerramento R$ 2.196.848
Pós-Encerramento R$ 26.246.982
Total R$ 144.190.272
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

A Tabela 4 apresenta os custos estimados para implantação da

infraestrutura e equipamentos necessários para a Rota Tecnológica 3. A Rota 3


além dos custos com infraestrutura e equipamentos para o processo de

transbordo, aterro e triagem, também considera os custos necessários para


infraestrutura e equipamentos para tratamento em Barreiras. Os resultados

agregados para essa Rota, são apresentados abaixo:


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
26
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Tabela 4: Rota Tecnológica 3: Transbordo + Triagem + Tratamento + Aterro (T + T + T +


A).
CAPEX por iniciativa

Pré-implantação em Barreiras R$ 4.246.535


Implantação em Barreiras R$ 15.909.906
Veículos e equipamentos Barreiras R$ 19.920.000
Instalação predial estação de transbordo
em Barreiras R$ 12.220.000
Instalação Triagem R$ 84.600.000
Instalação Tratamento R$ 92.000.000
Encerramento R$ 2.196.848
Pós-Encerramento R$ 26.246.982
Total R$ 257.340.272
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

A Tabela 5 e a Tabela 6 a a seguir apresentam as premissas consideradas


para implantação dos aterros sanitários de Barreiras e de Barra, respectivamente.

Tabela 5: Premissas de Localização do Aterro - Barreiras.


PREMISSAS
PORTE DO EMPREENDIMENTO Unidade Valor (R$)
(modelagem da capacidade)
Capacidade de recebimento t/dia 400,00
Vida útil anos 20,00
Monitoramento pós-encerramento anos 20,00
Capacidade total t 2.920.000,00
Densidade (resíduo disposto) t/m³ 0,90
Capacidade volumétrica - resíduos m³ 3.244.444,44
Capacidade volumétrica - solo de cobertura m³ 648.888,89
Capacidade volumétrica - total m³ 3.893.333,33
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
27
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Tabela 6: Premissas de Localização do Aterro - Barra.


PREMISSAS
PORTE DO EMPREENDIMENTO Unidade Valor (R$)
(modelagem da capacidade)
Capacidade de recebimento t/dia 80,00
Vida útil anos 20,00
Monitoramento pós-encerramento anos 20,00
Capacidade total t 584.000,00
Densidade (resíduo disposto) t/m³ 0,90
Capacidade volumétrica - resíduos m³ 648.888,89
Capacidade volumétrica - solo de cobertura m³ 129.777,78
Capacidade volumétrica - total m³ 778.666,67
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

O detalhamento do dimensionamento das estações de transbordo foram

detalhadas na Modelagem Técnica, e compreendem uma infraestrutura com piso


e impermeabilização, cobertura, sistema de drenagem e cercamento da área, com

sistema de descarregamento direto do caminhão compactador na caçamba


através de rampa.

As tabelas 7 e 8 abaixo apresentam o detalhamento dos valores unitários


utilizados para os preços dos insumos para as instalações de transbordo e

equipamentos para Barreiras e para Barra, respectivamente. Conforme já


mencionado na Modelagem Técnica, os custos relacionados com a construção

das estações de transbordo e estrutura administrativa foram obtidos em editais


de licitação com objetos semelhantes e os valores dos equipamentos foram

obtidos a partir de orçamentos de mercado.

Tabela 7: Premissas de investimento em Transbordo - Barreiras.


Estações de Transbordo R$ 8.600.000,00
Pré-implantação
Projeto Executivo R$ 450.000,00
Licenciamento R$ 150.000,00
Implantação R$ 6.000.000,00
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
28
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Garagem R$2.000.000,00
Equipamentos R$ 18.240.000,00
Caminhões truck 3 eixos sobre chassi R$ 9.000.000,00
Equipamento Roll On Roll Off R$ 2.340.000,00
Caçambas (25 toneladas) R$ 6.300.000,00
Veículos de apoio R$ 600.000,00
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

Tabela 8: Premissas de investimento em Transbordo - Barra.


Estações de Transbordo R$ 1.680.000,00
Pré-implantação
Projeto Executivo R$ 60.000,00
Licenciamento R$ 20.000,00
Implantação R$ 800.000,00
Garagem R$ 800.000,00
Equipamentos R$ 3.620.000,00
Caminhões truck 3 eixos sobre chassi R$ 2.000.000,00
Equipamento Roll On Roll Off R$ 520.000,00
Caçambas (25 toneladas) R$ 900.000,00
Veículos de apoio R$ 200.000,00
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

Os investimentos necessários estimados para o período de concessão


relativos aos equipamentos para o transbordo montam R$ 21.860.000. Além dos

equipamentos foram estimados R$ 10.280.000 relativos ao CAPEX do transbordo,


que contempla, principalmente, os fatores de infraestrutura desse segmento do

projeto.

Por fim, conforme apresentado na Modelagem Técnica a triagem

mecanizada de resíduos indiferenciados, ou seja, resíduos coletados sem


separação, foi considerada nos dois agrupamentos propostos tendo como

objetivos a recuperação de materiais recicláveis, o aumento da vida útil dos


aterros sanitários e a segregação de resíduos orgânicos para posterior

tratamento, além de garantir receita para o sistema com a comercialização dos


recicláveis segregados.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
29
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Para o processo de triagem mecanizada em Barreiras, considerando os


equipamentos e a infraestrutura necessária, para um volume de 500 toneladas

por dia, foi estimado R$ 42.300.000,00, já para Barra considerando um porte de


100 t/dia, o valor estimado foi de R$21.150.000,00. Os cálculos para essas

estimativas estão detalhados na Modelagem Técnica.

Tabela 9: Valores estimados para investimentos em triagem mecanizada.


Estações de Transbordo Porte (t/dia) Equipamentos (R$)
Barreiras 500 R$ 42.300.000,00
Barra 100 R$ 21.150.000,00

4.1. Cronograma de Investimentos

O prazo de construção das estruturas demandadas para a plena

operacionalização dos serviços de gestão integrada de resíduos sólidos nas


cidades de Barreiras e Barra, se inicia juntamente ao início da concessão, e é

previsto para durar no máximo um ano nas projeções, com previsão de uso
integral das estruturas dentro do prazo da concessão, ou seja, há plena

depreciação das estruturas no prazo até o ano 20, com taxa anual de depreciação
de 4% na infraestrutura e 14,25% nos equipamentos, conforme6 Instrução

Normativa RFB nº 1.700, de 14 de março de 2017. Serão feitos investimentos


pontuais em anos posteriores em renovações prediais das estações de

transbordo.

6
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=81268#1706802
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
30
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

5. CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS (OPEX)

O OPEX (Operational Expenditure) – Custos Operacionais – foram estimados

e detalhados considerando a seguinte subdivisão: Transbordo; Aterro; Triagem


(Rotas Tecnológicas 2 e 3); Tratamento (Rota Tecnológica 3); e Custos de

Encerramento e Pós-encerramento do projeto.

5.1. Premissas de Custos

O custo de concessão considerado é resultante da modelagem econômico-

financeira e contempla os recursos necessários para a plena prestação dos


serviços de destinação de resíduos sólidos urbanos, contemplando o

atendimento a todas as leis e normas vigentes, desde aquelas pertinentes ao


trabalho até aquelas relacionadas ao transporte.

Os principais custos operacionais projetados para a concessão envolvem


despesas com pessoal, ferramentas, veículos, equipamentos e despesas gerais.

Posteriormente, é incluída a depreciação dos equipamentos e da infraestrutura


nos resultados. Além disso, também são considerados todos os impostos, que

incidem sobre receita e sobre lucro. Os custos variáveis do modelo foram

associados ao aumento de demanda e às oscilações estimadas no preço do


petróleo e diesel.

Os custos associados aos Recursos Humanos foram corrigidos ao IPCA


estimado para o período. Outro fator que afeta os custos é a variação do PIB, que

influencia diretamente no consumo e produção de resíduos. Foram incluídos, nos


Rotas Tecnológicas 2 e 3, os custos associados às operações dos serviços de

Triagem (Rotas Tecnológicas 2 e 3) e Tratamento (Rota Tecnológica 3).


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
31
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Os valores estimados para despesas operacionais durante todo o período


de concessão foram calculados no caderno operacional e posteriormente

replicado na modelagem econômico-financeira. Os valores apresentados no


caderno operacional receberam o tratamento econômico-financeiro com a

avaliação de impostos, capital de giro, dentre outros aspectos financeiros


relevantes. Na sequência esses valores foram diluídos ao longo de um período

estimado e descontado a uma taxa condizente com a de mercado para se obter


o valor presente líquido de cada uma das rotas tecnológicas simuladas. Os

resultados são apresentados na Tabela 10:

Tabela 10: Valores estimados para as despesas operacionais.


Custos

T+A T+A+A T+T+T+A

Operacionais (total) R$368.405.684 R$451.607.067 R$455.619.894

Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

5.2. Custos Operacionais de Transporte

Tendo em vista a importância dos custos de transporte para o processo de

deslocamento até os aterros, esse trabalho fez um detalhamento do processo de


formação de fretes para calcular as alternativas de deslocamento.

Para realizar os cálculos dos custos de transporte foram considerados custos


fixos, custos variáveis e premissas de desempenho. Os custos fixos são aqueles

que independem da distância percorrida. Os custos variáveis são os valores que


se alteram conforme a distância percorrida pelos caminhões, com base nos

deslocamentos realizados. E as premissas de desempenho são as informações


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
32
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

referentes à capacidade média, velocidade média, quantidade de viagens


realizadas, entre outros.

A Tabela 11 ilustra algumas variáveis desses custos.

Tabela 11: Exemplos de custos fixos, custos variáveis e premissas de desempenho.


Premissas de
Custos Fixos Custos Variáveis
desempenho
Salários Manutenção Capacidade de carga
Benefícios indiretos Combustível Horas trabalhadas por mês
Depreciação Energia elétrica Tempo médio de carga
Seguros Tempo médio de descarga
Despesas administrativas Velocidade comercial
Aproveitamento (carga de
Pneus
retorno)
Remuneração do Capital
Produtividade de
equipamentos
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

A partir de pesquisa de mercado para coletar essas informações, foi

estruturada uma planilha (anexa à planilha de modelagem econômico-financeira)


que permite calcular os gastos com transporte. Essa planilha foi estruturada em

formato bottom-up (de baixo para cima) ou seja, a partir dos custos, atrelados às
premissas de desempenho, chega-se ao valor do custo total com transporte. A
Figura 1 ilustra esse processo.

Custo

Premissas

Remuneração do
Custos Fixos Custos Variáveis
Capital

Figura 1: Estrutura considerada na modelagem econômico-financeira.


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
33
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Importante ressaltar que esse detalhamento maior para a parte de custos


de transportes foi feito tendo em vista a importância desse componente nos

custos globais do processo. Além disso, como existem grandes oscilações nos
preços de diesel e outros insumos usados no transporte, entendeu-se ser

relevante deixar uma planilha com detalhamentos para possíveis simulações e


testes futuros.

Conforme já detalhado na Modelagem Técnica, os custos com o transporte


dos resíduos sólidos urbanos até a destinação final, foram calculados com base

na distância de cada município até o município sede onde estará localizada a


unidade de destinação final do agrupamento de municípios e no número de
viagens necessárias por semana para transportar a quantidade gerada de RSU.

Estes valores foram multiplicados pelo número de semanas de um ano (52),

pelo custo por distância de R$ 3,87/km, o qual foi obtido considerando todos os
custos variáveis com esse tipo de transporte, e pelo fator 1,7 correspondente a

um desconto usual em transportes, considerando que um trecho da viagem o


caminhão estará vazio. A Tabela 10 detalha os parâmetros utilizados para se

calcular o valor do custo de transporte. Os dados foram obtidos em pesquisa de


mercado.

Tabela 12: Exemplos de custos fixos, custos variáveis e premissas de desempenho.


CUSTOS OPERACIONAIS CAMINHÃO
Parâmetro Notação Unidade
CARGA Carga Geral
INFORMAÇÕES SOBRE VIAGEM
INFORMAÇÕES DA COMPOSIÇÃO VEICULAR
Categoria de número de eixos da composição
e eixos 4
veicular
Tipo Cavalo 4x2
Categoria Semi-pesado
Capacidade da composição veicular -
toneladas 35
PBT/PBTC
Carga útil Cap toneladas 23
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
34
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Chassi caminhão truck especial


Modelo do veículo automotor de carga
coletor de lixo
Valor de aquisição do veículo automotor de
VAc R$ 282.083,86
carga
Valor de revenda do veículo automotor de
VRc R$ 130.040,66
carga
Vida econômica do veículo automotor de
Vec meses 84
carga
Tipo do implemento rodoviário Compactador
Valor de aquisição do implemento rodoviário VAi R$ 199.809,40
Valor de revenda do implemento rodoviário VRi R$ 92.112,13
Vida econômica do implemento rodoviário VEi meses 84
Especificação óleo motor 15W40
Especificação óleo transmissão 80W
Volume do óleo do motor usado no veículo
Llubm Litros 23
automotor
Volume do óleo de transmissão usado no
Llubt Litros 15
veículo automotor
Modelo do pneu 295/80
Número de pneus direcionais npened unidades 2
Número de pneus traseiros do veículo
npnet_c unidades 4
automotor de carga
Número de pneus traseiros do implemento
npnet_i unidades 8
rodoviário
INDICADORES DE DESEMPENHO
Velocidade V km/h 55
Tempo de pátio (carregamento e
tp hora
descarregamento)
Tempo de trabalho da composição veicular
TT hora 168
(mês)
Rendimento de combustível da composição
RDcomb km/Litro 2,65
veicular
Rendimento do aditivo ARLA RDarla km/Litro 53
Número de recauchutagens Nrec unidades 1
Vida útil total dos pneus direcionais sem
VUpned km 100.000
recauchutagem
Vida útil total dos pneus traseiros com
VUpnet km 130.000
recauchutagem
Intervalo de troca do óleo de motor Im km 15.000
Intervalo de troca do óleo de transmissão It km 80.000
Intervalo entre lavagens e aplicações de graxa Ilav km 9.000
INDICADORES DE TAXAS, TRIBUTOS E
CUSTOS UNITÁRIOS
Taxa de remuneração do capital ao mês i % 0,32%
Encargos Sociais ES % 96,75%
IPVA IPVA % VMC 1,00%
DPVAT DPVAT R$/ano R$ 12,56
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Licenciamento LIC R$/ano R$ 211,41


Taxa de vistoria do tacografo TAC R$/ano R$ 290,83
Fator de custo de seguro ao ano VS % VMC 5,00%
Taxa de Reposição de lubrificantes do motor VRL % 0,00%
Despesa com manutenção Dman R$/km 0,19
INDICADORES DE SALÁRIOS E PREÇOS DE
INSUMOS
Preço do combustível (Diesel) Pcomb R$/Litro R$ 6,90
Preço do aditivo ARLA Parla R$/Litro R$ 2,94
Preço do lubrificante do motor Plubm R$ R$ 17,35
Preço do lubrificante de transmissão Plubt R$/Litro R$ 18,11
Despesa com lavagem e aplicação de graxas Dlav R$ R$ 352,60
Preço do pneu direcional Ppned R$ R$ 2.000,44
Preço do pneus traseiro Ppnet R$ R$ 2.233,16
Preço da recapagem Prec R$ R$ 693
RESULTADOS
Variável Notação Unidade Valor
CUSTOS FIXOS CF R$/mês R$ 5.902,82
Custo de depreciação do veículo
Cdep_c R$/mês R$ 1.810,04
automotor de carga
Custo de depreciação do implemento
Cdep_i R$/mês R$ 1.282,11
rodoviário
Custo de remuneração do capital do
Crcap_c R$/mês R$ 661,05
veículo automotor de carga
Custo de remuneração do capital do
Crcap_i R$/mês R$ 468,24
implemento rodoviário
Custo de tributos e taxas da
Ctrib R$/mês R$ 214,62
composição veicular
Custo de seguro contra acidente e
Cseg R$/mês R$ 1.466,76
roubo da composição veicular
Coeficiente de custo fixo CCF R$/h R$ 35,14
CUSTO VARIÁVEL CV R$/km R$ 3,23
Custo de manutenção Cman R$/km R$ 0,19
Custo de Combustível Ccomb R$/km R$ 2,60
Custo de Arla Carla R$/km R$ 0,06
Custo de lubrificantes Club R$/km R$ 0,03
Custo de lavagens e graxas Clav R$/km R$ 0,04
Custo de pneus e recauchutagem Cpne R$/km R$ 0,31
Coeficiente de custo fixo CCV R$/km R$ 3,23
Valor médio do veículo automotor de carga VMV R$ R$ 206.062,26
Valor médio do implemento rodoviário VME R$ R$ 145.960,77
Coeficiente de custo do deslocamento CCD R$/km R$ 3,87
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

5.3. Parâmetros Mercadológicos

Os parâmetros mercadológicos foram estruturados a partir da coleta de

dados a nível nacional, de forma a considerar as particularidades do serviço


prestado. Os parâmetros operacionais do transporte de cargas, por sua vez, foram

obtidos a partir de levantamentos de mercado e sites oficiais.

Para combustíveis foram considerados os preços médios da região de

acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Os consumos adotados


seguem os padrões definidos pelos fabricantes e índices observados nas

operações atuais.

Para a obtenção do fluxo de caixa operacional são levados em consideração

informações de diversas fontes e pesquisas de mercado. Para realizar a análise


de Fluxo de Caixa Operacional foi criada planilha com detalhamentos dos

cálculos. Ao longo do texto serão apresentadas apenas tabelas que resumem e


comparam os resultados do trabalho.

É importante ressaltar que no que tange aos tributos sobre o faturamento,


trabalhou-se com as seguintes alíquotas: o imposto sobre serviços (ISS)

representou 5% da receita operacional; a COFINS foi calculada como 7,6% da


receita; o PIS representou 1,65% do faturamento e o imposto de renda (IR)

somado à contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) totalizaram 34% do


lucro tributável. Com relação às despesas de depreciação, foi calculada a vida útil

dos equipamentos e da infraestrutura de forma linear.

A partir do fluxo de caixa operacional será possível calcular a taxa interna de

retorno (TIR), a receita média por tonelada dada uma determinada TIR, o valor
presente líquido (VPL) e o payback descontado. Foi adotada uma TIR calculada

uma TIR de 9,51%.


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
37
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Adicionalmente foi calculado o fluxo de caixa para os acionistas de forma a


considerar a estrutura de capital de terceiros no projeto. Isso é necessário porque

o retorno dos acionistas será diretamente influenciado pelo nível de


endividamento do projeto e pelas despesas financeiras oriundas desse

endividamento.

Para o cálculo do financiamento via capital de terceiros foi considerada as

taxas da linha de financiamento do BNDES denominada “Apoio a Investimentos


em Meio Ambiente”. O objetivo dessa linha é oferecer condições especiais para

projetos ambientais que promovam o desenvolvimento sustentável do país.

Dentre os projetos aceitos nessa linha estão projetos voltados ao


saneamento básico, projetos de coleta, tratamento e disposição final de resíduos
sólidos. Além disso, foi considerado um prazo de 15 anos para pagamento do

financiamento com uma carência de 24 meses. Foi adotado o sistema price de


amortização. Nas análises de financiamento foi considerado um percentual de

80% do empreendimento como sendo financiado, ressalta-se que a participação


do BNDES na linha de “Apoio a Investimentos em Meio Ambiente” é de até 90%

do valor financiável.

As taxas de juros das linhas de financiamento do BNDES incluem a TJLP


(Taxa de Juros de Longo Prazo), a remuneração do BNDES e um prêmio de risco

de crédito. Nos repasses dessas linhas de financiamento feitos por intermediários


financeiros é cobrada ainda uma taxa de intermediação mais a remuneração da

instituição financeira credenciada para atuar como intermediário do repasse,


sendo esse spread de 7% e o indexador o IPCA.

O estudo considerou uma taxa de juros conservadora para os recursos a


serem tomados via BNDES. A taxa de juros usada foi TJLP + 6,78% ao ano,
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
38
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

resultando em uma taxa nominal de 10,80% ao ano. Assumindo uma inflação em


torno de 4% ao ano.

5.4. Depreciação e Amortização

De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) considerou-

se que o ativo deverá ser amortizado pelo prazo da Concessão por meio de taxa
que reflete o padrão do benefício econômico gerado, a partir de modelo linear.

5.5. Premissas Tributárias

Os impostos e tributos adotados na modelagem do projeto observaram as


disposições das normas federais, estaduais e municipais vigentes:

• Indiretos: Sobre as receitas previstas foram consideradas a


incidência de PIS (1,65%), COFINS (7,60%) e ISS (5,00%). O regime de

não cumulatividade permite a compensação de créditos do


PIS/COFINS incidentes sobre o acervo intangível quando amortizado,

cuja base de cálculo é definida na Lei nº 10.637, de 2002, art 1º, §§ 1º


e 2º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, §§ 1º e 2º e sobre aquisições de
insumos (OPEX) tributados para a operação da SPE.

• Diretos: As projeções financeiras foram efetuadas com valores reais,

ou seja, em moeda constante, e para que se possa efetuar uma


conciliação da modelagem econômico-financeira construída com a

legislação tributária vigente no Brasil, o cálculo do Imposto de Renda


de Pessoa Jurídica ‐ IRPJ e a Contribuição Social sobre o Lucro

Líquido ‐ CSLL para empresas que operam no regime fiscal de lucro


real trimestral ou anual, consideram a dedução das despesas de
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
39
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

depreciação, amortização, juros, variações monetárias e variações


cambiais em bases nominais, sem nenhum ajuste ou de correção

monetária das demonstrações financeiras como havia no passado.

• Base de Cálculo: Os impostos sobre o lucro auferido foi apurado

com base no critério do chamado “Lucro Real”, considerando as


alíquotas de acordo com a legislação fiscal vigente (Decreto

Presidencial nº 3.000, de 26 de março de 1999, RIR/99). Considerou-


se como base de cálculo do lucro tributável, o EBIT.

5.5.1. Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)

A alíquota do IRPJ sobre o lucro Real (sistema adotado) é de 15%. Sobre a

parcela do lucro real mensal que exceder a R$ 20.000,00 deverá ser aplicada
alíquota de 10% a título adicional do IRPJ, ou, no caso de início de atividades, ao

limite correspondente à multiplicação de R$ 20.000,00 pelo número de meses do


período de apuração.

5.5.2. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

As pessoas jurídicas optantes pelo lucro real determinarão a base de cálculo


da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, que será de 9%, em regra geral,

sobre o Lucro Real apurado. Em outras palavras, a base de cálculo é a mesma do


IRPJ, com alíquota total de 9%.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
40
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

6. FLUXO DE CAIXA

6.1. Receitas Estimadas

A fim de atender as metas de gerenciamento operacional de resíduos

sólidos estabelecidas, os investimentos em infraestrutura e em equipamentos,


ferramentas e veículos (ativos), durante o período de concessão, serão

integralmente efetuadas pela Concessionária ou sob sua responsabilidade. Para


a realização desses investimentos, a concessionária fará jus ao integral

recebimento da Tarifa Pública de Resíduos Sólidos, proveniente diretamente dos


munícipes e composta pela remuneração da prestação de serviços públicos

municipais no tangente à gestão de resíduos sólidos divisíveis.

A Concessionária realizará apenas o serviço de transbordo, transporte e

destinação final de resíduos sólidos domiciliares.

Nas cidades adotadas, será realizada a cobrança pelo gerenciamento do

operacional dos resíduos por meio de tarifa, tendo sido adotados os valores de
referência para estas tarifas R$150,61/t e R$230,78/t, para Barreiras e para Barra

respectivamente. Esses valores são diferentes, tendo em vista que os arranjos são

de portes diferentes. O de Barreiras por ser maior e ter um volume muito maior
de resíduos, tem um valor unitário menor, e consequentemente um custo menor

quando se dilui o custo total pelo volume. Por outro lado, um aterro menor possui
um custo unitário maior. Essa mesma lógica é aplicável para triagem mecanizada.

Além disso, serão dois lotes de licitação diferentes, e não uma licitação global.
Será um lote para Barreiras e outro para Barra. Esses valores serão repassados à

Concessionária, com correção monetária para os anos seguintes.


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
41
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Além disso, ocorrerá uma complementação da Receita por parte do


consórcio, mediante contraprestação pecuniária, que é responsável pela parcela

de Custos e Investimentos que não é coberta apenas pelo repasse da tarifa.


Consideramos, nas Rotas Tecnológicas 2 e 3, uma complementação da receita do

consórcio no valor de 48,64% na Rota Tecnológica 2 e 114,78% na Rota


Tecnológica 3, dos custos operacionais. Essa complementação é necessária para

permitir um valor menor de cobrança da população no início do contrato, além


de cobrir parte dos investimentos iniciais do projeto da Concessionária.

Além disso, fatores como crescimento da população, crescimento do PIB,


relação entre os custos totais da Concessionária e a receita tarifária e totalidade
do investimento necessário foram fatores que afetaram as estimativas de receita
da Concessionária no período de concessão. Na parte dos custos, alguns fatores

são: o próprio crescimento da população e o crescimento do PIB, afetando a


quantidade de toneladas que passaram por transbordo, além de outras variáveis

como o preço do diesel e estimativas de IPCA, que afetam custos fixos e variáveis.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
42
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Tabela 13: Valores de Tarifa em (R$/ton), considerando a TIR = WACC.


Tempo de
Percentual
Rotas Tecnológicas R$ Barreiras inicial R$ Barra inicial Cresc % Complementação
Subsídio inicial
(anos)
Tarifa - Inicial (R$/hab/ano) T+A R$195,42 R$299,44 0,00% 0,00% 10

Tarifa - Inicial (R$/hab/ano) T+T+A R$210,93 R$310,95 0,00% 48,64% 10

Tarifa - Inicial (R$/hab/ano) T+T+T+A R$242,63 R$299,63 0,00% 114,78% 20


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
43
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

A Tabela 13 acima, apresenta as simulações de Tarifas em cada Rota Tecnológica


e em cada município. Foi calculada a tarifa por peso (toneladas) suficiente para

compensar os Custos Operacionais das rotas tecnológicas avaliadas. Nesse caso,


observa-se que nas Rotas Tecnológicas 2 e 3 é necessária uma complementação

financeira por parte do consórcio, a fim de compensar os investimentos realizados no


início do projeto. Fluxo de Caixa Descontado (FdCD)

As informações consolidadas da DRE são, finalmente, distribuídas no tempo para


a composição do fluxo de caixa descontado, que é o resultado da modelagem

econômico-financeira por serviço. Foi considerado o prazo determinado de 20 (vinte)

anos para a concessão (ano 1 ao ano 20), e consequentemente para as análises de


fluxo de caixa.

Esse período é subdividido em alguns ciclos de complementação de


investimentos para atender à demanda prevista. Estima-se que esses investimentos

devem ocorrer nos anos 6, 8, 11, 13, 15 e 16. Estes ciclos são assim definidos de acordo
com as necessidades de complementação e renovação (quando for o caso) das frotas

operacionais. Esses investimentos são fundamentais para atender a demanda de forma


adequada e suprir/modernizar a frota quando seu valor de uso for finalizado após a

vida útil (depreciação total). Adicionalmente, registra-se que a frota deve ser sempre
reavaliada para acomodar eventuais modificações nas demandas originárias de cada

um dos serviços.

6.2. Taxa de Mínima Atratividade (TMA) ou Custo Médio Ponderado


de Capital

Entende-se como Taxa de Mínima Atratividade a melhor taxa, com baixo grau de

risco, disponível para aplicação do capital em análise. A decisão de investir sempre terá
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
44
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

como mínimo as alternativas para serem avaliadas: investir no projeto ou investir na


TMA.

De posse do fluxo de caixa para cada um dos períodos, o próximo passo é


determinar o valor da taxa de desconto que será utilizada para o cálculo do Valor

Presente Líquido (VPL). A taxa tradicionalmente utilizada é o Custo Médio Ponderado


de Capital (CMPC), do inglês Weight Average Cost of Capital (WACC), que é uma

ponderação entre o custo do capital próprio e custo da dívida da empresa.

O WACC é representado pela taxa de desconto utilizada para trazer a valor

presente os fluxos de caixa futuros de um projeto, podendo ser entendida como o

retorno anual mínimo que o projeto deve ter para remunerar seus acionistas e
credores. Nesse sentido, o WACC representa o custo de oportunidade do capital, isto

é, o retorno esperado pelos investidores em outros investimentos com riscos


equivalentes.

Para o cálculo deste indicador, deve ser realizada uma ponderação entre o custo
do capital próprio e o custo da dívida da empresa, conforme a fórmula abaixo:

𝑃 𝐷
𝑟𝑊𝐴𝐶𝐶 = ∗ 𝑟𝑃 + ∗ 𝑟 ∗ (1 − 𝑇)
𝑃+𝐷 𝑃+𝐷 𝐷

Em que:

𝑟𝑊𝐴𝐶𝐶 = WACC ou Custo Médio Ponderado do Capital;

𝑟𝑃 = Custo do Capital Próprio7;

𝑟𝐷 = Custo da Dívida;

𝑃 = Capital Próprio;

𝐷 = Dívida;

7
Nesse trabalho foi considerado 20% de capital próprio e 80% de capital de terceiros.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
45
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

𝑇 = Alíquota Tributária Efetiva.

Assim sendo, para se calcular o WACC, deve-se primeiramente calcular o custo

do capital próprio (𝑟𝑃 ) e definir o custo da dívida (𝑟𝐷 ) do projeto.

Custo da Dívida

O custo da dívida8 reflete os juros que precisam ser pagos aos credores do

projeto. Para este indicador, deve ser levado em consideração o custo efetivo do
crédito no mercado de capitais no presente momento.

Custo do Capital Próprio

Conforme diversos estudos econômicos e de acordo com as Notas Técnicas nº

64 STN/SEAE/MF de 2007 e da nº 002/2015 STN/SEAE/MF, o Capital Asset Princing


Model (CAPM) é o principal modelo para o cálculo do custo do capital próprio, sendo

método referência9 na modelagem econômico-financeira.


O CAPM indica o retorno mínimo que um investidor exige para investir em um

projeto, tendo em vista os riscos existentes, outras opções de investimento e a


racionalidade dos agentes econômicos. Para o cálculo do custo de capital próprio (𝑟𝑃 ),

o CAPM é o modelo de maior referência na literatura em finanças10, além de ser


explicitado também nas Notas Técnicas nº 64 STN/SEAE/MF de 2007 e nº 002/2015

STN/SEAE/MF. O CAPM é calculado conforme a fórmula abaixo:


𝐸(𝑟𝑖 ) = 𝑟𝑓 + β𝑖𝑚 ∗ [𝐸(𝑟𝑚 ) − 𝑟𝑓 ]

8 Para o cálculo do financiamento via capital de terceiros foi considerada as taxas da linha de financiamento do BNDES
denominada “Apoio a Investimentos em Meio Ambiente
9 https://www.gov.br/fazenda/pt-br/centrais-de-conteudos/publicacoes/guias-e-manuais/metodologia-de-calculo-do-
wacc2018.pdf
10
Copeland, T. E., Weston, J. (1983). Financial theory and corporate policy. Addison-Wesley Publishing Company, Inc.;
Damodaran, Aswath (1999). Estimating Risk Parameters. Stern School of Business; e Damodaran, Aswath (2007). Avaliação
de Empresas. Segunda edição; Fama, E.F. and French, K.R. (2007). The Anatomy of Value and Growth Stock Returns. Working
Paper.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
46
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Em que:

𝐸(𝑟𝑖 ) = retorno requerido no projeto;

𝑟𝑓 = taxa livre de risco11;

β𝑖𝑚 = beta;

𝐸(𝑟𝑚 ) = retorno do mercado12.

De acordo com o modelo, o custo do capital próprio 𝐸(𝑟𝑖 ) constitui-se na taxa


livre de risco de mercado 𝑟𝑓 , acrescida de um percentual (β) do prêmio do risco do

mercado de referência [𝐸(𝑟𝑚 ) − 𝑟𝑓 ] .

O β é um fator que mede a sensibilidade de um título a movimentos da carteira

de mercado, e representa a parte do risco de uma empresa explicada pelas condições


de mercado (risco sistemático), ou seja, ele reflete o risco do setor do projeto frente à

economia através da correlação entre a variabilidade histórica das duas variáveis. Se o


beta for igual a 1, o setor varia em proporção igual ao mercado, se for menor que 1, o

setor apresenta baixa elasticidade, por fim, caso seja maior que 1, o setor é sensível em
relação às variações no mercado. Quanto maior o beta, maior será o risco do projeto.

O beta pode ainda ser dividido entre desalavancado (β𝑈 ) e alavancado (β𝐿 ). O
primeiro representa o risco sistemático do projeto em um contexto livre de dívidas,

sendo o risco que não pode ser eliminado com a diversificação, dado que está
relacionado com o desempenho da economia no qual o projeto está inserido13.

No caso do projeto conter dívidas, o risco total engloba o risco financeiro além
do risco sistemático. Quanto maior for o nível de alavancagem, ou seja, quanto maior

11
A taxa livre de risco representa a menor taxa de rendimento que o investidor pode obter, sendo o limite mínimo que representa
o custo de oportunidade no caso de um risco praticamente inexistente. A proxy mais utilizada para representar um ativo livre de
risco é o título do tesouro americano, de forma que a taxa livre de risco será a média aritmética dos retornos dos T-Bonds (10 –
Year Treasury Constant Maturity Rate, Percent, Monthly, Not Seasonally Adjusted).
12
O retorno do mercado representa as taxas de retorno obtidas em aplicações financeiras no mercado de capitais
13
Nota Técnica Conjunta nº 64 STN/SEAE/MF, 2007
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
47
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

for a divida, maior será o risco total do projeto, que é representado pelo beta
alavancado e pode ser calculado conforme a fórmula abaixo:
𝐷
𝐵𝐿 = 𝐵𝑈 ∗ [1 + (1 − 𝑡) ∗ ]
𝑃

Na equação acima P representa o valor do capital próprio e D o valor da dívida.

Os valores dos betas setoriais para países emergentes foram estimados pelo professor
Aswath Damodaran14, docente da New York University Stern School of Businesses que

é referência global no setor das finanças corporativas e valoração de empresas e


projetos.

No que concerne à percepção de risco do investidor, ela é composta pela taxa


livre de risco (𝑟𝑓 ), a qual representa a menor taxa de rendimento que o investidor pode

obter. Já o retorno de mercado (𝐸(𝑟𝑚 )) representa as taxas de retorno obtidas em

aplicaçõs financeiras no mercado de capitais.


Com base em outros estudos15 para projetos semelhantes, sugere-se o regime

tributário real com uma aliquota média de 34%.


Importante ressaltar que dado que o resultado obtido para o CAPM se encontra

em valores nominais, é necessário deflacionar o custo para chegar ao valor real16. Para
tanto, deve-se utilizar a meta de inflação de longo prazo da economia americana

projetada pelo Federal Open Market Committee (FOMC), a qual tem como referência o
índice agregado do CPI Urban Consumers. Ademais, é válido salientar que como

qualquer outro modelo, o CAPM é apenas uma simplificação da realidade. As próprias


premissas, ao estarem ancoradas na hipótese dos mercados eficientes, atestam suas

limitações.

14
https://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/pc/datasets/betaemerg.xls
15
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/servico-florestal-brasileiro/concessao-florestal/editais-em-licitacao/floresta-
nacional-do-amana-2013-lote-iii-pa/Anexo_19006706_Nota_Tecnica_40_2021_amana_3.pdf
16
Nota Técnica nº 64 STN/SEAE/MF
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
48
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

A Tabela 14 apresenta os resultados para o cálculo do WACC para o projeto


analisado. Contudo, importante ressaltar que a taxa de captação de recursos para um

determinado projeto, geralmente, é superior à TMA.

Tabela 14: Cálculo do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC).


Cálculo WACC
Participação Capital Próprio 60,00%
Participação Capital Terceiros 40,00%
Taxa Livre de Risco 3,81%
Taxa de Retorno do Mercado 11,81%
Prêmio de Risco de Mercado 8,00%
Beta Desalavancado 0,910
IR + CSLL 34,00%
Beta Alavancado 1,31
Prêmio de Risco do Negócio 10,48%
Prêmio de Risco Brasil 2,68%
Custo de Capital Próprio Nominal 16,97%
Taxa de Inflação Americana 2,25%
Custo Real do Capital Próprio 14,40%
CMCT Nominal 7,93%
CMCT Real 3,29%
CMCT real, sem impostos 2,17%
WACC 9,51%
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

6.3. Demonstração de Resultados do Exercício (DRE)

Além do detalhamento quantitativo e orçamentário de custos, apresentado para

cada cidade, é realizada a modelagem econômico-financeira, que parte dos valores de


referência unitária (R$/ton) para cada um dos tópicos do detalhamento quantitativo e

apresenta a Demonstração de Resultados do Exercício (DRE).


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
49
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

7. INDICADORES DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

Os indicadores de análise de investimentos podem ser subdivididos em:

• Índices associados à rentabilidade do investimento

o Valor Presente Líquido (VPL);

o Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa),

o índice Benefício/Custo (IBC);

• Índices associados risco do projeto

o Taxa Interna de Retorno

• Índices Associados à Rentabilidade do Investimento

7.1. Valor Presente Líquido (VPL)

O VPL é uma função decrescente da TMA, significando que quanto maior for a
TMA menor será o VPL e, por consequência, mais difícil a viabilização de projetos, isto

é, encontrar projetos com VPL > 0. Importante ressaltar que dinheiro em caixa não
agrega riqueza.

O VPL, com certeza, é uma técnica robusta de análise de investimento. Como o


próprio nome indica é a concentração de todos os valores esperados de um fluxo de

caixa na data zero. Para tal usa-se como taxa de desconto a Taxa Mínima de
Atratividade da empresa (TMA), como mostra a Equação 1.

O VPL de fluxos de caixa é função decrescente da taxa de desconto, ou seja,


VPL > 0 → indica que o projeto merece continuar sendo analisado.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

CF
j j CF
(1) VPL = -CF0 + ∑ (1+TMA)j
> 0∀j = 1,2, … , nVPL = -CF0 + ∑ (1+TMA)j
> 0∀j = 1,2, … , n

7.2. Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa)

O VPLa, também conhecido como Valor Anual Uniforme Equivalente (VAUE) é


uma métrica que ajuda a ter uma ideia de expectativa de ganho em um investimento

em um período de um ano. Em outras palavras, o VPLA é um indicador utilizado como


método de avaliação de viabilidade de investimento, auxiliando na determinação dos

valores que serão desembolsados no decorrer da realização de um projeto, facilitando


análises em termos de ganho por período para investimentos de longo prazo.

Enquanto o VPL concentra todos os valores do fluxo de caixa na data zero, no


VPLa o fluxo de caixa representativo do projeto de investimento é transformado em

uma série uniforme. É mais fácil raciocinar em termos de ganho por período (análogo
ao conceito contábil de lucro por período) do que em termos de ganho acumulado ao

longo de diversos períodos.

7.3. Índice Benefício/Custo (IBC)

O índice Benefício/Custo (IBC) expressa quanto se espera ganhar por unidade de

capital investido. A hipótese implícita no cálculo do IBC é que os recursos liberados ao


longo da vida útil do projeto sejam reinvestidos à taxa mínima atratividade.

Genericamente, o IBC é a razão entre o Fluxo Esperado de Benefícios de um

projeto e o Fluxo Esperado de Investimentos necessários para realizá-lo (Equação 2).

A análise do IBC, para efeito de se aceitar ou rejeitar um projeto de investimento,

é análoga à do VPL. É fácil verificar que se VPL > 0, então, necessariamente, ter-se-á
IBC > 1, que indica que o projeto merece continuar sendo analisado.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Valor Presente do fluxo de benefícios Valor Presente do fluxo de benefícios


(2) IBC = Valor Presente do fluxo de investimentos IBC = Valor Presente do fluxo de investimentos

7.4. Índices Associados Risco do Projeto

A Taxa Interna de Retorno (TIR), por definição, é a taxa que torna o Valor Presente
Líquido (VPL) de um fluxo de caixa igual a zero. A TIR tanto pode ser usada para analisar

a dimensão retorno como também para analisar a dimensão risco de um projeto de


investimento, como mostra a Figura 2.

Na dimensão retorno ela pode ser interpretada como um limite superior para a

rentabilidade de um projeto de investimento. Essa informação só é relevante se, para


o projeto em análise, não se souber qual o valor da TMA.

A Taxa Interna de Retorno seria a taxa "i", que torna verdadeira a seguinte
sentença (Equação 3):

[CFj ] [CFj ]
(3) VPL = ∑nj=0 j = zero VPL = ∑nj=0 = zero
(1+i) (1+i)j

Para um projeto hipotético, a regra primária de referência para uso da TIR, como

medida de retorno, é a seguinte:

TIR > TMA → indica que há mais ganho investindo-se no projeto do que na TMA.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
52
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Figura 2: Índices Associados ao Risco do Projeto.


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

7.5. Custo de Oportunidade para o setor de Resíduos Sólidos

O modelo desenvolvido por Sharpe (1964) e Lintner (1965), (Capital Asset Pricing

Model - CAPM) continua sendo o modelo mais aplicado para estimar o custo do capital
próprio. Um dos princípios do CAPM é que o risco tem dois componentes: o

diversificável e o sistemático.

O risco diversificável está associado a fatores específicos que afetam o preço do


ativo e podem ser neutralizados pelo investidor. Trata-se de características
operacionais e financeiras, como risco de demanda, contingências legais, ações

regulatórias e custo de matérias-primas. O investidor pode mitigar esse risco a partir


de estratégias de diversificação.

O risco sistemático, por outro lado, está relacionado a fatores de mercado que
afetam, em geral, todas as empresas e não podem ser eliminados ou atenuados com

a diversificação. No caso do CAPM, o único risco tido como sistemático, ou não


diversificável, é o risco de mercado.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
53
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

No modelo CAPM, o retorno esperado de um ativo é dado pela soma entre o


retorno do ativo livre de risco e o prêmio de risco do negócio. O prêmio de risco do

negócio é composto pelo prêmio de risco de mercado e um fator de ponderação desse


risco, denominado Beta (β). O prêmio (histórico) de risco de mercado é definido como

a diferença entre o retorno histórico da carteira de mercado e o retorno histórico do


ativo livre de risco. De acordo com Brealey, Myers e Allen (2007), o fator Beta indica o

grau de sensibilidade do ativo em relação às flutuações de mercado.

A taxa de desconto deve equivaler ao custo de oportunidade da firma produtora

em esperar a concretização da receita de venda. Normalmente, esse custo é mensurado

pelo CAPM. O cálculo do indicador foi feito conforme o método recomendado pela
Secretaria do Tesouro Nacional (STN), isto é, utilizar valores dos coeficientes do modelo

de Capital Asset Pricing Model para o mercado estadunidense e corrigi-los para as


características (riscos) do mercado brasileiro.

No modelo, existe o custo médio do capital próprio (CMCP) e custo médio de


capital de terceiros (CMPE), que ponderados, formam a taxa de desconto final do

modelo. Nesse projeto, foi assumido que o investimento realizado será feito apenas
com capital próprio, portanto, o Custo Ponderado será igual ao CMCP, que é dado pela
Equação 4:

(4) CMCP = rfree + prêmio × β + RiscoBrasilCMCP = rfree + prêmio × β + RiscoBrasil

Em que rfree é a taxa livre de risco brasileira, onde foi utilizada a média dos últimos
10 anos da SELIC. No prêmio de mercado foi utilizada a média dos últimos 10 anos do

retorno do Ibovespa. O beta foi extraído dos cálculos do Damodaran para mercados
emergentes, no setor de gestão de resíduos. Risco Brasil foi utilizado o Risco soberano

brasileiro do Ipea, conforme já indicado anteriormente.


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
54
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

8. CONCLUSÕES

Para a realização da prestação dos serviços de gestão integrada de resíduos

sólidos no CONSID para os próximos 20 anos, se faz necessário investimentos totais


de R$ 80.740.272 no período da Concessão na Rota Tecnológica 1, R$ 144.190.272 na

Rota Tecnológica 2 e R$ 257.340.272 na Rota Tecnológica 3.

Ressalta-se que a viabilidade do projeto é bastante sensível a alguns fatores

externos, como o crescimento da população dos municípios em questão, as oscilações


no preço do diesel e outros fatores macroeconômicos, que afetam de forma direta os

Custos Variáveis da Concessionária. Além disso, a escolha do valor da tarifa e a


complementação mediante contraprestação pecuniária por parte do consórcio devem

ser feitas de maneira cuidadosa, já que impactam diretamente na viabilidade do


projeto, no orçamento das famílias e nos consórcios dos municípios.

No presente trabalho foi calculado o CAPM a partir da metodologia amplamente


conhecida no mercado, alcançando-se uma taxa de desconto para o modelo de

16,71%. Considerando, para um projeto de viabilidade econômico-financeira, esse


valor como a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), podemos construir também o VPL

(Valor Presente Líquido) do Negócio. Nesse caso, buscou-se um projeto que, nas Rotas
Tecnológicas 2 e 3, de forma aproximada, apresentasse seu retorno como igual à TMA,

sendo essa a métrica para o projeto “mais barato” possível para os municípios. Como
consequência, se supomos um projeto que possui um retorno semelhante ou igual à

TMA, seu VPL tende a se aproximar de 0. Portanto, os valores de Tarifa + Complemento


são os valores que, ao final do investimento, geram um retorno igual ou semelhante à

TMA para o investidor.


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Tabela 15: Resultados – VPL.


Rotas Tecnológicas T+A T+T+A T+T+T+A

TIR Projeto 9,51% 9,51% 9,51%


TIR Alavancada 13,00% 12,83% 12,93%

WACC 9,51% 9,51% 9,51%


VPL R$0 R$0 R$0

VPL Alavancado R$9.485.319 R$29.286.288 R$52.612.194


CAPEX Total R$80.740.272 R$144.190.272 R$257.340.272

OPEX Total R$368.405.684 R$451.607.067 R$455.619.894


Receitas Totais R$572.616.158 R$913.500.145 R$1.171.772.505

Payback 9 Anos 9 Anos 9 Anos


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

Tabela 16: Premissas Tarifárias Selecionadas.


R$ Barreiras R$ Barra Percentual Contraprestação
Rotas Tecnológicas
inicial inicial inicial
T+A R$195,42 R$299,44 0,00%

T+T+A R$210,93 R$310,95 48,64%

T+T+T+A R$242,63 R$299,63 114,78%


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

Durante o período de Concessão (20 anos), é estimado que sejam geradas cerca
de 3.228.071 de toneladas de resíduos nos municípios em questão, sendo esse valor

total considerado para os serviços de cada Rota Tecnológica.

Uma das conclusões relevantes sobre a Tabela 15 e a Tabela 16 acima é que,

apesar do aumento do custo do consórcio com a produção de novos produtos, como


no cenário 3, a contrapartida em arrecadação de impostos, nesse modelo onde os

investimentos são oriundos da tarifa referente ao serviço de gerenciamento


operacional de resíduos sólidos, são substancialmente superiores aos gastos, em todos

as projeções. Portanto, em resumo, um projeto onde os investimentos partem da tarifa,


mas parte dos custos vêm de complementos do consórcio, oferecem um potencial de

aumento relevante na arrecadação de impostos.


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
56
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Cabe ressaltar que o modelo reflete a relação entre volume de investimento e


geração de caixa a partir dos serviços entre os diferentes tipos de Rotas Tecnológicas.

Essa relação foi compensada no valor da tarifa para os habitantes dos municípios. De
maneira natural, quanto maior a quantidade de serviços, maior é o valor da tarifa a se

arcar ou maior é a necessidade da participação de contraprestação do consórcio em


relação aos custos.

A ausência de uma arrecadação específica legalmente vinculada ao custeio dos


serviços, sobrecarrega o orçamento municipal, constituindo um gargalo para a

consecução das metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Mesmo nos

municípios que instituíram a cobrança, a arrecadação ainda não é suficiente, em regra,


para cobrir integralmente os custos dos serviços, o que exige complementações do

tesouro municipal.

A universalização da coleta e a disposição final ambientalmente adequada, fica

limitada com pouco ou nenhuma capacidade de incentivar a redução da geração e


incrementar a reciclagem e outros tratamentos. Os avanços da atividade de manejo de

resíduos sólidos alcançados por cidades e países onde a arrecadação específica cobre
integralmente os custos dos serviços, garantiram a sustentabilidade financeira e
operacional.

Nesse sentido, verifica-se a necessidade urgente dos municípios brasileiros

romperem com os modelos de custeio dependentes integral ou parcialmente do erário


público. Além disso, há a superação do desafio imposto pelo grande número de

municípios brasileiros abaixo de 200 mil habitantes dispersos, associado a


desigualdade social, demandando uma cobrança socialmente equilibrada.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
57
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

O compartilhamento de soluções regionais de destinação e disposição final


ambientalmente adequadas é uma das maneiras de aprimorar a relação entre receita

e despesa economicamente viáveis para esses municípios.

Como forma de detalhar os principais resultados, são apresentados 5 anexos na

sequência. O Anexo 1 apresenta a representatividade dos custos operacionais por Rota


Tecnológica. Dessa forma é possível observar o percentual dos custos que são

referentes a transporte, transbordo, aterro, encerramento e pós encerramento.

O Anexo 2 mostra os resultados econômico-financeiros referentes às premissas

de cálculo de receitas acessórias, demanda, projeções de fluxo de caixa para todas as

Rotas Tecnológicas, e custos operacionais de transporte. O Anexo 3 apresenta os


valores de Contraprestações anuais que serão necessários para viabilizar o projeto.

O Anexo 4 apresenta simulações com Rotas Tecnológicas possíveis de


inadimplência. Em relação à potencial inadimplência é importante observar a

necessidade de um mecanismo de alocação e avaliação de riscos. A alocação de riscos


é um dos pontos essenciais da estruturação de contratos de concessão comum e PPPs.

A atribuições de riscos entre o ente privado e o público mudam completamente o perfil


da parceria, os custos e as ações de mitigação individuais.

Diante de um contexto em que dificilmente os ganhos em um contrato de


Concessão ou PPP são estáveis, é necessário realizar com qualidade a atribuições dos

riscos, mas também trazer a modelagem de um equilíbrio econômico-financeiro


levando em consideração esses riscos e a ocorrência deles. Nesse cenário, no Direito

Administrativo, existe uma equação econômico-financeira, que estabelece uma certa


igualmente onde cabe a reflexão exposta na Equação 5:

(5) (𝑏1 + 𝑏2 + ⋯ 𝑏𝑛) + (𝑟1 + 𝑟2 + ⋯ 𝑟𝑛) = (𝑜1 + 𝑜2 + ⋯ 𝑜𝑛) + (𝑐1 + 𝑐2 + ⋯ 𝑐𝑛


ou
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
58
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

𝑛 𝑛 𝑛 𝑛

∑𝑏 + ∑𝑟 = ∑𝑜 + ∑𝑐

Onde:

b seriam os vários benefícios decorrentes do contrato

r seriam as várias receitas decorrentes do contrato

o seriam os vários ônus decorrentes do contrato

c seriam os vários custos decorrentes do contrato

Diante da Equação 6, onde há equilíbrio entre custos e receitas, se for inserido

um exemplo onde um certo risco aumenta o custo e reduz a receita da concessionária,


faz sentido o reequilíbrio aumentando as receitas ou reduzindo os custos? Se essa

abordagem for considerada ineficiente, como melhorá-la?

(6) 𝑟𝑖𝑠 = 𝑟𝑒𝑚

Onde:

ris são os riscos para prestação do serviço conforme estabelecido no contrato

rem é a remuneração pela prestação dos serviços e riscos assumidos pelo


parceiro privado

Nesse caso, obtêm-se uma igualdade onde a remuneração do parceiro privado

no contrato compensa os riscos associados à prestação de serviços. E cabe ressaltar


que essa equação pode ser destrinchada em todos os riscos, considerando custos e

probabilidades, que forem mapeados dentro do projeto e do setor, inclusive


inadimplência excessiva.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
59
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Além disso, vale lembrar que o conceito de reequilíbrio econômico-financeiro


não tem relação com a manutenção das taxas de retorno do parceiro privado no

projeto, já que isso tornaria a própria gestão de riscos de certa forma vazia.

Foram simuladas as possibilidades de taxas de inadimplência de 5%, 10%, 15%,

20%, 25% e 30%. Com isso é possível verificar o valor da contrapartida pública caso
essas Rotas Tecnológicas ocorram. Foram avaliados valores em reais e em percentual.

Por fim, o Anexo 5 apresenta os cálculos da tarifa unitária por habitante.


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
60
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

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Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
64
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

ANEXO 1 - REPRESENTATIVIDADE DOS CUSTOS


OPERACIONAIS POR ROTA TECNOLÓGICA
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

A avaliação preliminar dos investimentos necessários foram detalhados no estudo


operacional que utilizou o Estudo sobre os Aspectos Econômicos e Financeiros da

Implantação e Operação de Aterros Sanitários elaborado pela Associação Brasileira de


Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (ABETRE) e pela Fundação Getúlio

Vargas (FGV), que considerou os custos de todas as etapas, desde a pré-implantação


até o pós-encerramento, de aterros sanitários de pequeno, médio e grande porte

(ABETRE e FGV, 2009). Os valores avaliados estão a preços de 2022.

Nesse contexto, foram desenvolvidos gráficos que mostram a representatividade

de cada um dos principais custos para cada uma das Rotas Tecnológicas simuladas.

A primeira Rota Tecnológica, o custo do aterro, para Barreiras, representa 71,14%,


o custo de transporte 18,53% e o de transbordo 10,33%. Já para Barra o custo do aterro

representa 83,26%, o transporte 7,58% e o transbordo 9,16%. O custo de transporte


para Barreiras é mais elevado dada a distância que será necessária percorrer. Além

disso, embora Barra possua um volume muito inferior que Barreiras, o custo unitário é
maior tendo em vista a diluição dos custos totais pelo volume de resíduos. Essa análise

pode ser observada nas figuras 3 e 4 abaixo.


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
66
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Custos Operacionais Barreiras_Rota


Tecnológica 1_ T+A

10,33%
Operação Aterro
18,53%
Transporte
Transbordo
71,14%

Figura 3: Custos Operacionais Barreiras_Rota TecnológicaCenário T+A.


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022)>.

Custos Operacionais Barra_Rota


Tecnológica 1_ T+A

9,16%
7,58%
Operação Aterro
Transporte
Transbordo
83,26%

Figura 4: Custos Operacionais Barra_Rota TecnológicaCenário T+A.


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

A segunda Rota Tecnológica, o custo do aterro, para Barreiras, representa 77,08%,


o custo de transporte 14,71% e o de transbordo 8,20%. Já para Barra o custo do aterro

representa 84,89%, o transporte 6,84% e o transbordo 8,27%. Nessa Rota Tecnológica


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
67
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

é importante ressaltar que os custos com implantação de triagem impactam de forma


distinta Barreiras e Barra. O aumento do custo para Barra é proporcionalmente muito

mais elevado que o de Barreiras. Isso pode ser explicado pelo volume menor de Barra.
Essa análise pode ser observada nas figuras 5 e 6 abaixo.

Custos Operacionais Barreiras_Rota


Tecnológica 2_ T+T+A

8,20%

14,71% Operação Aterro


Transporte
Transbordo
77,08%

Figura 5: Custos Operacionais Barreiras_Rota TecnológicaCenário T+T+A.


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Custos Operacionais Barra_Rota


Tecnológica 2_ T+T+A

8,27%
6,84%
Operação Aterro
Transporte
Transbordo
84,89%

Figura 6: Custos Operacionais Barra_Rota TecnológicaCenário T+T+A.


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

A terceira Rota Tecnológica, que considera tratamento em Barreiras, o custo do


aterro, representa 77,34%, o custo de transporte 14,55% e o de transbordo 8,11%. Já

para Barra não há alteração de custos. Isso indica que novos investimentos começam
a diminuir os impactos unitários. Essa análise pode ser observada nas figuras 7 e 8

abaixo.
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Custos Operacionais Barreiras_Rota


Tecnológica 3_ T+T+T+A

8,11%

Operação Aterro
14,55%
Transporte
Transbordo
77,34%

Figura 7: Custos Operacionais Barreiras_Rota TecnológicaCenário T+T+T+A.


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

Custos Operacionais Barra_Rota


Tecnológica 3_ T+T+T+A

8,27%

6,84%
Operação Aterro
Transporte
Transbordo
84,89%

Figura 8: Custos Operacionais Barra_Rota TecnológicaCenário T+T+T+A.


Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

ANEXO 2 – RESULTADOS ECONÔMICO-FINANCEIROS


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Premissas de Cálculo de Receitas Assessórias

TRIAGEM MECANIZADA
Porte Equipamento (R$) Infraestrutura Custo Implantação (R$/t) Custo Operação (R$/t) Total (R$/t)
512 R$ 37.300.000,00 R$ 5.000.000,00 R$ 9,05 R$ 50,00 R$ 59,05

TRATAMENTO ARRANJO BARREIRAS


ROTA TECNOLÓGICA COM TRIAGEM MECANIZADA E TRATAMENTO BIOLÓGICO
TRIAGEM MECANIZADA TRATAMENTO BIOLÓGICO RESUMO DA ROTA
Recicláveis 19% Composto 48% Aterro 40%
Orgânicos 44% Evaporação 47% Material Recuperado 40%
Rejeitos 37% Rejeito 5% Evaporação 20%

GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA


0,15 MWh/t

RECEITAS
Valor médio de venda de recicláveis
400
recuperados (R$/t)
Valor médio de comercialização da energia
175
elétrica (R$/MWh)
Valor médio de comercialização do Biometano
1,15
(R$/Nm³)
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
72
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

TRATAMENTO BIOLÓGICO
Porte (t/dia) Custo Implantação Custo Implantação (R$/t) Custo Operação (t/dia) TOTAL (R$/t)
332 R$ 92.000.000,00 R$ 33,01 R$ 88,00 R$ 121,01
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Demanda inicial – Barreiras e arredores

2021 2022
Taxa de Geração Percentual de População Geração
Distância até Geração
Município Hab. (2021) TRANSBORDO Per Capita Atendimento Total População
Barreiras Total RSU
(kg/hab/dia) da Coleta de Atendida com Atendida
(t/ano)
Resíduos (%) Coleta (hab) (t/ano)
Angical 13.902 42 TRANSBORDO 0,97 4.922,00 52% 7.304 2.586,05
Baianópolis 13.979 64 TRANSBORDO 0,97 4.949,26 48% 6.868 2.431,74
Barreiras 158.432 0 DIRETO 1,02 58.984,23 93% 148.154 55.157,70
Brejolândia 10.675 137 TRANSBORDO 0,97 3.779,48 50% 5.499 1.947,01
Catolândia 3.619 43 TRANSBORDO 1,08 1.426,61 62% 2.191 863,69
Correntina 32.243 166 TRANSBORDO 1,14 13.416,31 66% 21.263 8.847,69
Cotegipe 13.756 102 TRANSBORDO 0,97 4.870,31 58% 8.048 2.849,44
Cristópolis 13.981 68 TRANSBORDO 0,97 4.949,97 61% 8.631 3.055,75
Formosa do Rio Preto 26.111 157 TRANSBORDO 0,97 9.244,60 78% 20.626 7.302,48
Muquém de São Francisco 11.479 183 TRANSBORDO 0,97 4.064,14 62% 7.177 2.541,13
Riachão das Neves 22.330 56 TRANSBORDO 0,97 7.905,94 72% 16.050 5.682,51
Santa Rita de Cássia 28.613 169 TRANSBORDO 0,97 10.130,43 91% 26.469 9.371,19
Santana 26.792 167 TRANSBORDO 0,97 9.485,71 64% 17.129 6.064,50
São Desidério 34.764 28 DIRETO 1,14 14.465,30 60% 21.018 8.745,78
Serra Dourada 17.261 165 TRANSBORDO 0,97 6.111,26 34% 5.890 2.085,50
Tabocas do Brejo Velho 12.515 147 TRANSBORDO 0,97 4.430,94 56% 7.004 2.479,90
Wanderley 12.125 131 TRANSBORDO 0,97 4.292,86 45% 5.541 1.961,82
TOTAL 452.577 1.825 0 17 167.429 10 334.864 123.974
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
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Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Demanda inicial – Barra e arredores

2021 2022
Taxa de Percentual
Geração
Hab. Distâncias Geração Per Geração de População Total
Município TRANSBORDO População
(2021) até Barra Capita Total RSU Atendimento Atendida com
Atendida
(kg/hab/dia) (t/ano) da Coleta de Coleta (hab)
(t/ano)
Resíduos (%)
Barra 54.225 0 DIRETO 1,14 22.563,02 74% 40.576 16.883,71
Buritirama 21.374 92 TRANSBORDO 0,97 7.567,46 44% 9.501 3.363,72
Mansidão 13.822 146 TRANSBORDO 0,97 4.893,68 40% 5.577 1.974,50
TOTAL 89.421 35.024,17 55.653,66 22.221,92
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
75
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Projeções de Fluxo de Caixa – Rota Tecnológica 1

Fluxo de Caixa 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042

5.775.70 12.091.8 18.576.5 24.988.3 31.871.8 38.491.8 45.726.3 48.030.6 55.070.2 62.455.5 70.700.9 77.206.9 85.089.6 93.499.2 102.730. 113.619. 125.067.
Saldo Inicial
- - - 0 96 66 54 30 46 17 40 20 70 65 44 79 56 246 720 034
28.710.4 29.753.8 30.784.7 31.803.0 31.948.2 32.090.0 32.228.6 32.363.7 32.437.5 32.508.5 32.576.8 32.642.5 32.471.0 32.299.4 32.127.9 31.956.4 31.956.4 31.956.4
( + ) Receita
- - 85 50 10 64 49 95 00 65 17 62 98 26 08 91 73 55 55 55
(2.655.7 (2.752.2 (2.847.5 (2.941.7 (2.955.2 (2.968.3 (2.981.1 (2.993.6 (3.000.4 (3.007.0 (3.013.3 (3.019.4 (3.003.5 (2.987.7 (2.971.8 (1.166.4 (1.166.4 (2.955.9
( − ) Deduções
- - 20) 31) 86) 83) 13) 34) 45) 48) 70) 42) 63) 34) 68) 03) 37) 11) 11) 72)
(18.448. (18.952. (19.714. (20.552. (20.621. (20.688. (20.754. (20.818. (20.853. (20.887. (20.920. (20.951. (20.869. (20.788. (20.706. (20.625. (20.625. (20.625.
( − ) OPEX
- - 906) 400) 323) 452) 432) 825) 630) 849) 890) 644) 112) 293) 802) 312) 821) 331) 331) 331)
( - ) Variação do (523.427 (1.858.8
capital de giro - - ) 13.589 6 (7.281) (3.453) (9.040) (3.294) (18.344) (4.052) (3.921) (1.625) (11.477) (1.191) (384) 4.079 11.995 - 86)
(1.324.7 (1.931.1 (2.104.8 (2.103.4 (2.124.7 (2.077.6 (2.098.0 (1.936.3 (1.919.5 (1.903.2 (1.913.3 (1.803.9 (1.715.4 (1.636.7 (1.611.5 (3.470.8 (3.470.8
( − ) IR/CSLL
- - 32) 54) 06) 55) 99) 51) 13) 24) 89) 58) 04) 52) 97) 32) 17) 62) 62) -
(38.276. (1.260.0 (2.400.0 (5.340.0 (730.000 (630.000 (2.100.0 (930.000 (630.000 (28.443.
( − ) Investimentos
441) - - - - 00) - 00) - 00) ) ) - 00) ) ) - - - 830)
( − ) Aquisição - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Fluxo de Caixa (38.276. 5.757.70 6.131.65 6.118.00 4.938.09 6.243.35 3.946.24 6.391.51 1.256.59 5.929.51 6.076.69 6.728.49 4.756.37 5.950.94 6.256.36 6.841.87 6.705.84 6.693.85 (21.927.
Operacional 441) - 0 3 2 2 3 5 7 9 6 6 4 0 9 0 6 7 2 564)
Fluxo de Caixa (38.276. (38.276. (32.518. (26.387. (20.269. (15.330. (9.087.6 (5.141.3 1.250.12 2.506.71 8.436.23 14.512.9 21.241.4 25.997.7 31.948.7 38.205.1 45.046.9 51.752.8 58.446.6 36.519.1
Acumulado 441) 441) 741) 088) 086) 994) 41) 96) 1 9 5 32 25 95 45 05 81 28 79 16
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

Projeções de Fluxo de Caixa – Rota Tecnológica 2

Fluxo de Caixa 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042

Saldo Inicial
18.238.2 37.964.1 58.303.7 79.370.6 101.411. 123.673. 147.045. 165.998. 183.742. 201.567. 220.563. 238.141. 257.391. 277.467. 303.080. 329.766.
357.703.
- - - 02 52 28 72 501 004 948 954 936 429 979 688 058 506 260 267 670
52.080.1 53.859.7 55.746.6 57.652.2 57.903.3 58.148.6 58.388.1 58.621.9 46.315.7 46.417.2 46.514.8 46.608.5 46.363.6 46.118.7 45.873.8 45.628.9 45.628.9
45.628.9
( + ) Receita
- - 18 70 79 11 16 45 96 71 95 36 10 16 16 15 14 13 13 13
(5.368.3 (5.548.6 (5.745.0 (5.944.9 (5.970.3 (5.995.1 (6.019.4 (6.043.1 (4.284.2 (4.293.5 (4.302.6 (4.311.2 (4.288.6 (4.265.9 (1.674.3 (1.665.4 (1.665.4
(1.665.4
( − ) Deduções
- - 75) 10) 10) 45) 63) 95) 43) 06) 11) 94) 20) 88) 34) 81) 94) 55) 55) 55)
(22.654. (23.296. (24.195. (25.169. (25.259. (25.347. (25.433. (25.517. (25.562. (25.606. (25.649. (25.689. (25.583. (25.477. (25.370. (25.264. (25.264.
(25.264.
( − ) OPEX
- - 794) 939) 828) 240) 296) 280) 193) 033) 781) 848) 236) 944) 555) 165) 776) 386) 386) 386)
(1.656.3 (2.105.3
( - ) Variação do capital de giro
- - 82) 63.139 (9.815)
(42.820) (7.460) (12.955) (7.117) (22.075) 580.318 (4.871) (2.539) (12.355) 1.102 1.910 (21.713) 8.577 - 66)
( − ) IR/CSLL
(4.180.3 (5.895.3 (6.569.1
(6.787.4 (6.833.6 (6.810.6 (6.854.6 (6.716.0 (3.086.8 (3.076.3 (3.092.0 (2.988.1 (2.885.4 (2.792.5 (4.985.0 (4.958.4 (4.958.4 (4.958.4
- - 65) 87) 08)02) 56) 44) 49) 21) 14) 55) 50) 22) 91) 49) 71) 26) 26) 26)
(122.876. (1.260.0 (2.400.0 (5.340.0 (730.000 (630.000 (2.100.0 (930.000 (630.000 (28.443.
( − ) Investimentos
441) - - - - 00) - 00) - 00) ) ) - 00) ) ) - - - 830)
( − ) Aquisição - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Fluxo de Caixa Operacional
(122.876. 18.220.2 19.182.0 19.226.8 18.447.7 19.832.5 17.582.5 20.073.7 14.983.7 13.232.3 12.805.5 13.468.3 11.506.8 12.677.0 12.954.9 13.821.8 13.749.2 13.740.6 (16.808.
441) - 02 52 81 18 95 58 95 35 08 67 65 07 38 29 60 23 45 550)
(122.876. (122.876 (104.656 (85.474. (66.247. (47.799. (27.966. (10.384. 9.689.36 24.673.0 37.905.4 50.710.9 64.179.3 75.686.1 88.363.1 101.318. 115.139. 128.889. 142.629. 125.821.
Fluxo de Caixa Acumulado
441) .441) .240) 187) 306) 588) 993) 435) 0 96 04 71 36 43 81 111 971 193 839 288
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
76
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Projeções de Fluxo de Caixa – Rota Tecnológica 3

Fluxo de Caixa 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042

32.540.48 67.477.57 103.619. 141.403. 180.733. 220.834. 262.613. 300.552. 328.953. 356.943. 386.407. 414.763. 445.082. 483.446. 524.021. 566.260.
610.427.
Saldo Inicial
- - - 4 2 598 977 421 640 058 374 333 414 816 994 402 936 068 159 513
73.731.95 76.129.93 78.802.58 81.540.7 81.884.4 82.220.2 82.548.2 82.868.2 53.442.1 53.559.2 53.671.7 53.779.9 53.497.3 53.214.7 52.932.1 52.649.5 52.649.5
52.649.5
( + ) Receita
- - 3 4 0 42 70 90 03 08 60 09 96 21 38 56 73 91 91 91
(7.852.57 (8.103.18 (8.394.04 (8.695.3 (8.730.9 (8.765.7 (8.799.7 (8.832.9 (4.632.9 (4.643.0 (4.652.8 (4.662.2 (4.637.7 (1.820.3 (1.810.6 (1.801.0 (1.801.0
(1.801.0
( − ) Deduções
- - 1) 8) 4) 36) 68) 80) 72) 45) 52) 99) 59) 32) 35) 59) 92) 26) 26) 26)
(22.859.0 (23.507.3 (24.412.3 (25.391. (25.482. (25.571. (25.658. (25.743. (25.789. (25.834. (25.877. (25.918. (25.810. (25.703. (25.595. (25.487. (25.487.
(25.487.
( − ) OPEX
- - 89) 75) 29) 732) 803) 780) 661) 447) 711) 275) 141) 308) 719) 130) 540) 951) 951) 951)
( - ) Variação do (2.956.58 1.387.67 (2.123.9
capital de giro - - 9) 136.208 (30.340) (82.711) (11.936) (17.328) (11.387) (26.243) 9 (5.660) (3.298) (13.084) 3.007 (27.277) 11.215 11.215 - 96)
(7.541.21 (10.674.7 (11.787.5 (12.252. (12.326. (12.330. (12.400. (12.287. (3.667.7 (3.662.1 (3.682.5 (3.583.1 (3.468.7 (5.783.7 (5.753.0 (5.722.2 (5.722.2 (5.722.2
( − ) IR/CSLL
- - 9) 94) 53) 492) 280) 371) 764) 900) 34) 54) 40) 19) 11) 65) 20) 75) 75) 75)
(214.876. (1.260.0 (2.400.0 (5.340.0 (730.000 (630.000 (2.100.0 (930.000 (630.000 (28.443.
( − ) Investimentos
441) - - - - 00) - 00) - 00) ) ) - 00) ) ) - - - 830)
( − ) Aquisição - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Fluxo de Caixa (214.876. 32.522.48 33.980.78 34.178.31 33.858.4 35.332.4 33.135.0 35.677.6 30.637.6 20.009.4 18.784.0 19.455.9 17.503.1 18.653.1 19.250.2 19.784.1 19.649.5 19.638.3 (10.929.
Operacional 441) - 4 5 4 72 82 31 18 73 43 21 57 77 81 25 36 54 39 487)
Fluxo de Caixa (214.876. (214.876. (182.353. (148.373. (114.194. (80.336. (45.003. (11.868. 23.808.7 54.446.4 74.455.8 93.239.8 112.695. 130.199. 148.852. 168.102. 187.886. 207.536. 227.174. 216.244.
Acumulado 441) 441) 958) 173) 859) 387) 905) 874) 44 17 60 82 839 016 197 422 558 112 451 963
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
77
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Custos Operacionais de um Caminhão

CUSTOS OPERACIONAIS CAMINHÃO


Parâmetro Notação Unidade
CARGA Carga Geral Carga Geral
INFORMAÇÕES SOBRE VIAGEM
INFORMAÇÕES DA COMPOSIÇÃO VEICULAR
Categoria de número de eixos da composição veicular e eixos 4 5
Tipo Cavalo 4x2 Cavalo 4x2
Categoria Semi-pesado Pesado
Capacidade da composição veicular - PBT/PBTC toneladas 35 45
Carga útil Cap toneladas 23 32
Chassi caminhão truck especial Chassi caminhão toco especial
Modelo do veículo automotor de carga
coletor de lixo coletor de lixo
Valor de aquisição do veículo automotor de carga VAc R$ 282.083,86 329.097,83
Valor de revenda do veículo automotor de carga VRc R$ 130.040,66 151.714,10
Vida econômica do veículo automotor de carga Vec meses 84 84
Tipo do implemento rodoviário Compactador Compactador
Valor de aquisição do implemento rodoviário VAi R$ 199.809,40 217.439,64
Valor de revenda do implemento rodoviário VRi R$ 92.112,13 100.239,67
Vida econômica do implemento rodoviário VEi meses 84 84
Especificação óleo motor 15W40 15W40
Especificação óleo transmissão 80W 80W
Volume do óleo do motor usado no veículo automotor Llubm Litros 23 34
Volume do óleo de transmissão usado no veículo
Llubt Litros 15 13
automotor
Modelo do pneu 295/80 295/80
Número de pneus direcionais npened unidades 2 2
Número de pneus traseiros do veículo automotor de
npnet_c unidades 4 4
carga
Número de pneus traseiros do implemento rodoviário npnet_i unidades 8 12
INDICADORES DE DESEMPENHO
Velocidade V km/h 55 55
Tempo de pátio (carregamento e descarregamento) tp hora
Tempo de trabalho da composição veicular (mês) TT hora 168 168
Rendimento de combustível da composição veicular RDcomb km/Litro 2,65 2,3
Rendimento do aditivo ARLA RDarla km/Litro 53 46
Número de recauchutagens Nrec unidades 1 1
Vida útil total dos pneus direcionais sem recauchutagem VUpned km 100.000 100.000
Vida útil total dos pneus traseiros com recauchutagem VUpnet km 130.000 130.000
Intervalo de troca do óleo de motor Im km 15.000 15.000
Intervalo de troca do óleo de transmissão It km 80.000 80.000
Intervalo entre lavagens e aplicações de graxa Ilav km 9.000 9.000
INDICADORES DE TAXAS, TRIBUTOS E CUSTOS UNITÁRIOS
Taxa de remuneração do capital ao mês i % 0,32% 0,32%
Encargos Sociais ES % 96,75% 96,75%
IPVA IPVA % VMC 1,00% 1,00%
DPVAT DPVAT R$/ano R$ 12,56 R$ 12,56
Licenciamento LIC R$/ano R$ 211,41 R$ 211,41
Taxa de vistoria do tacografo TAC R$/ano R$ 290,83 R$ 290,83
Fator de custo de seguro ao ano VS % VMC 5,00% 5,00%
Taxa de Reposição de lubrificantes do motor VRL % 0,00% 0,00%
Despesa com manutenção Dman R$/km 0,19 0,19
INDICADORES DE SALÁRIOS E PREÇOS DE INSUMOS
Preço do combustível (Diesel) Pcomb R$/Litro R$ 6,90 R$ 6,90
Preço do aditivo ARLA Parla R$/Litro R$ 2,94 R$ 2,94
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
78
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Preço do lubrificante do motor Plubm R$ R$ 17,35 R$ 17,35


Preço do lubrificante de transmissão Plubt R$/Litro R$ 18,11 R$ 18,11
Despesa com lavagem e aplicação de graxas Dlav R$ R$ 352,60 R$ 352,60
Preço do pneu direcional Ppned R$ R$ 2.000,44 R$ 2.000,44
Preço do pneus traseiros Ppnet R$ R$ 2.233,16 R$ 2.233,16
Preço da recapagem Prec R$ R$ 693 R$ 693
RESULTADOS
Variável Notação Unidade Valor Valor
CUSTOS FIXOS CF R$/mês R$ 5.902,82 R$ 6.694,49
Custo de depreciação do veículo automotor de
Cdep_c R$/mês R$ 1.810,04 R$ 2.111,71
carga
Custo de depreciação do implemento rodoviário Cdep_i R$/mês R$ 1.282,11 R$ 1.395,24
Custo de remuneração do capital do veículo
Crcap_c R$/mês R$ 661,05 R$ 771,22
automotor de carga
Custo de remuneração do capital do implemento
Crcap_i R$/mês R$ 468,24 R$ 509,56
rodoviário
Custo de tributos e taxas da composição veicular Ctrib R$/mês R$ 214,62 R$ 243,24
Custo de seguro contra acidente e roubo da
Cseg R$/mês R$ 1.466,76 R$ 1.663,52
composição veicular
Coeficiente de custo fixo CCF R$/h R$ 35,14 R$ 39,85
CUSTO VARIÁVEL CV R$/km R$ 3,23 R$ 3,74
Custo de manutenção Cman R$/km R$ 0,19 R$ 0,19
Custo de Combustível Ccomb R$/km R$ 2,60 R$ 3,00
Custo de Arla Carla R$/km R$ 0,06 R$ 0,06
Custo de lubrificantes Club R$/km R$ 0,03 R$ 0,04
Custo de lavagens e graxas Clav R$/km R$ 0,04 R$ 0,04
Custo de pneus e recauchutagem Cpne R$/km R$ 0,31 R$ 0,40
Coeficiente de custo fixo CCV R$/km R$ 3,23 R$ 3,74
Valor médio do veículo automotor de carga VMV R$ R$ 206.062,26 R$ 240.405,97
Valor médio do implemento rodoviário VME R$ R$ 145.960,77 R$ 158.839,66
Coeficiente de custo do deslocamento CCD R$/km R$ 3,87 R$ 4,46
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
79
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

ANEXO 3 – ROTAS TECNOLÓGICAS COM


CONTRAPRESTAÇÃO
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
80
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Foi simulado o valor necessário para as contrapartidas públicas em cada uma das
Rotas Tecnológicas simuladas. Esses valores são apresentados em percentuais de

contraprestação para que a operação se torne viável, ou seja, foram avaliados o valor
que faltava para que o projeto se viabilizasse economicamente, de forma a apresentar

tarifas módicas. A diferença encontrada foi considerada como contrapartida para


operacionalizar cada Rota Tecnológica. Os detalhamentos de cálculos são

apresentados na planilha com a modelagem econômico-financeira. Nesse sentido,


considerando Rotas Tecnológicas econômico-financeiros viáveis, foi observada a

necessidade de contraprestação s de 48,64% ao ano por um período de 10 anos.


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
81
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Contraprestaçõess necessários por ano

Contraprestaçõess Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Necessários Rota
TecnológicaTransbordo +
Triagem + Aterro 48,64% 48,64% 48,64% 48,64% 48,64% 48,64% 48,64% 48,64% 48,64% 48,64%
(Independente da
inadimplência)
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
82
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

ANEXO 4 – SIMULAÇÃO DE ROTA TECNOLÓGICA COM


INADIMPLÊNCIA

Para avaliar potenciais perdas relacionadas à inadimplência, foram simuladas


Rotas Tecnológicas considerando taxas de 5%, 10%, 15%, 20%, 25% e 30%. Para essas

taxas foram avaliados valores em R$ e valores percentuais em relação à receita.


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio 83

Contraprestaçõess Adicionais por Inadimplência (R$)

Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17
5% R$ 1.536.755 R$ 1.592.312 R$ 1.647.204 R$ 1.701.429 R$ 1.709.196 R$ 1.716.785 R$ 1.724.195 R$ 1.731.426 R$ 1.735.371 R$ 1.739.172 R$ 1.742.828 R$ 1.746.339 R$ 1.737.163 R$ 1.727.987 R$ 1.718.811
10% R$ 3.073.509 R$ 3.184.625 R$ 3.294.408 R$ 3.402.858 R$ 3.418.392 R$ 3.433.569 R$ 3.448.389 R$ 3.462.852 R$ 3.470.743 R$ 3.478.344 R$ 3.485.656 R$ 3.492.678 R$ 3.474.326 R$ 3.455.974 R$ 3.437.622
15% R$ 4.610.264 R$ 4.776.937 R$ 4.941.611 R$ 5.104.287 R$ 5.127.588 R$ 5.150.354 R$ 5.172.584 R$ 5.194.277 R$ 5.206.114 R$ 5.217.517 R$ 5.228.484 R$ 5.239.018 R$ 5.211.490 R$ 5.183.962 R$ 5.156.434
20% R$ 6.147.018 R$ 6.369.249 R$ 6.588.815 R$ 6.805.716 R$ 6.836.785 R$ 6.867.139 R$ 6.896.778 R$ 6.925.703 R$ 6.941.486 R$ 6.956.689 R$ 6.971.313 R$ 6.985.357 R$ 6.948.653 R$ 6.911.949 R$ 6.875.245
25% R$ 7.683.773 R$ 7.961.562 R$ 8.236.019 R$ 8.507.145 R$ 8.545.981 R$ 8.583.924 R$ 8.620.973 R$ 8.657.129 R$ 8.676.857 R$ 8.695.861 R$ 8.714.141 R$ 8.731.696 R$ 8.685.816 R$ 8.639.936 R$ 8.594.056
30% R$ 9.220.527 R$ 9.553.874 R$ 9.883.223 R$ 10.208.573 R$ 10.255.177 R$ 10.300.708 R$ 10.345.168 R$ 10.388.555 R$ 10.412.229 R$ 10.435.033 R$ 10.456.969 R$ 10.478.035 R$ 10.422.979 R$ 10.367.923 R$ 10.312.867
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

Contraprestações Adicionais por Inadimplência (%)

Subsídios Adicionais Por Inadimplência (%)


Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10 Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
5% - - 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,0% 3,7% 3,7% 3,7% 3,7% 3,7% 3,7% 3,7% 3,7% 3,7% 3,7%
10% - - 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 5,9% 7,5% 7,5% 7,5% 7,5% 7,5% 7,5% 7,5% 7,5% 7,5% 7,5%
15% - - 8,9% 8,9% 8,9% 8,9% 8,9% 8,9% 8,9% 8,9% 11,2% 11,2% 11,2% 11,2% 11,2% 11,2% 11,2% 11,2% 11,2% 11,2%
20% - - 11,8% 11,8% 11,8% 11,8% 11,8% 11,8% 11,8% 11,8% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0% 15,0%
25% - - 14,8% 14,8% 14,8% 14,8% 14,8% 14,8% 14,8% 14,8% 18,7% 18,7% 18,7% 18,7% 18,7% 18,7% 18,7% 18,7% 18,7% 18,7%
30% - - 17,7% 17,7% 17,7% 17,7% 17,7% 17,7% 17,7% 17,7% 22,5% 22,5% 22,5% 22,5% 22,5% 22,5% 22,5% 22,5% 22,5% 22,5%
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio 84

ANEXO 5 – TARIFA UNITÁRIA POR HABITANTE


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio 85

Foram calculados os valores referentes às tarifas unitárias para a Rota Tecnológica


mais indicada.

Para ser atendido por Barreiras, foram utilizados os seguintes valores oriundos do
estudo operacional:

Taxa de Geração Per


Município Hab. (2021)
Capita (kg/hab/dia)
Angical 13.902 0,97
Baianópolis 13.979 0,97
Barreiras 158.432 1,02
Brejolândia 10.675 0,97
Catolândia 3.619 1,08
Correntina 32.243 1,14
Cotegipe 13.756 0,97
Cristópolis 13.981 0,97
Formosa do Rio Preto 26.111 0,97
Muquém de São Francisco 11.479 0,97
Riachão das Neves 22.330 0,97
Santa Rita de Cássia 28.613 0,97
Santana 26.792 0,97
São Desidério 34.764 1,14
Serra Dourada 17.261 0,97
Tabocas do Brejo Velho 12.515 0,97
Wanderley 12.125 0,97
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

A partir desses valores foram calculados a taxa de geração per capita anual:

Taxa de Geração Per Capita


Município
anual
Angical 354,05
Baianópolis 354,05
Barreiras 372,30
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio 86

Taxa de Geração Per Capita


Município
anual
Brejolândia 354,05
Catolândia 394,20
Correntina 416,10
Cotegipe 354,05
Cristópolis 354,05
Formosa do Rio Preto 354,05
Muquém de São Francisco 354,05
Riachão das Neves 354,05
Santa Rita de Cássia 354,05
Santana 354,05
São Desidério 416,10
Serra Dourada 354,05
Tabocas do Brejo Velho 354,05
Wanderley 354,05
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

Posteriormente, tendo em vista que os valores utilizados estavam em

R$/tonelada, foi feito a multiplicação da taxa de geração per capita anual pela tarifa
para cada Rota Tecnológica simulada. Posteriormente o valor foi dividido por 1.000 (1

tonelada), com isso foi possível obter o valor em R$/hab/ano.

Taxa de
Geração
Rota Rota Rota
Município Per
Tecnológica 1 Tecnológica 2 Tecnológica 3
Capita
anual
Angical 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Baianópolis 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Barreiras 372,30 R$ 78,53 R$ 72,76 R$ 78,53
Brejolândia 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Catolândia 394,20 R$ 83,15 R$ 77,03 R$ 83,15
Correntina 416,10 R$ 87,77 R$ 81,31 R$ 87,77
Cotegipe 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio 87

Taxa de
Geração
Rota Rota Rota
Município Per
Tecnológica 1 Tecnológica 2 Tecnológica 3
Capita
anual
Cristópolis 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Formosa do Rio Preto 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Muquém de São Francisco 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Riachão das Neves 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Santa Rita de Cássia 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Santana 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
São Desidério 416,10 R$ 87,77 R$ 81,31 R$ 87,77
Serra Dourada 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Tabocas do Brejo Velho 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Wanderley 354,05 R$ 74,68 R$ 69,19 R$ 74,68
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

A mesma lógica foi reproduzida para Barra, obtendo-se os seguintes valores:


Produto 4 – Modelagem Econômico-Financeira da Solução Recomendada de
88
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Consórcio

Taxa de Geração Per Taxa de Geração


Município Hab. (2021) Rota Tecnológica 1 Rota Tecnológica 2 Rota Tecnológica 3
Capita (kg/hab/dia) Per Capita anual
Barra 54.225 1,14 416,1 R$ 124,60 R$ 129,39 R$ 124,68
Buritirama 21.374 0,97 354,05 R$ 106,02 R$ 110,09 R$ 106,08
Mansidão 13.822 0,97 354,05 R$ 106,02 R$ 110,09 R$ 106,08
Fonte: Elaborado por EnvEx Engenharia e Consultoria (2022).

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