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Universidade Federal do Pará

Campus Universitário de Tucuruí


Faculdade Engenharia Civil

ANÁLISE ESTATÍSTICA DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMETRICA DA


ESTAÇÃO GOVERNADOR LEONINO EM NOVA CRIXÁS - GO

Ana Beatriz Lopes Cardoso 201933640030


Alessandro Guimarães Santos 201933640015
Dhonison Campelo da Igreja 201933640043
Lorena Rodrigues Pompeu 201933640020
Yasmim Lavínia Adorno Moreira 201933640003
Raylson Santos Amaral 201933640034

Tucuruí - PA
2022
1. INTRODUÇÃO

Dentre os diversos elementos paisagísticos que compõem a bacia hidrográfica, o


clima é um de seus principais fatores. A estreita relação entre os aspectos climáticos e as
atividades agrícolas, urbanas e industriais demonstra a importância do conhecimento das
condições climáticas para o manejo dessas atividades.

Sendo a precipitação um dos aspectos climáticos, é entendida como a água depositada


em vapor d'água atmosférico na superfície da Terra sob qualquer forma: chuva, granizo,
neblina, neve, orvalho ou geada. As precipitações são formadas por dois elementos, sendo eles
a umidade atmosférica: (devido a evapotranspiração) e os mecanismos de resfriamento do ar:
(ascensão do ar úmido) e estão associadas com os movimentos de massas de ar de regiões de
alta pressão para regiões de baixa pressão, essas diferenças de pressões são causadas pelo
aquecimento desigual da superfície terrestre.

Como o clima é muito dinâmico, é necessário observar seus principais elementos


como temperatura, umidade e chuvas durante um longo período de tempo para verificar se as
mudanças em seu comportamento são realmente permanentes, ou fatores de mudança climática,
ou se são cíclicos ciclos, que tendem a se repetir de tempos em tempos. O mecanismo de
formação da precipitação requer ascensão de ar e suficiente quantidade de vapor de água.

O melhor gerenciamento dos recursos hídricos decorre da preocupação que assola a


humanidade quanto aos seus limites de aproveitamento. Conhecer as precipitações durante o
ano é fator que determina a estimativa das necessidades de irrigação de culturas de
abastecimento de água doméstico e industrial, por isso, o entendimento das precipitações,
evidentemente, assume um requisito fundamental ao desenvolvimento socioeconômico de uma
região ou uma bacia hidrográfica. A estimativa dos valores, a identificação das areas de
ocorrências e a regularidade com que as mesmas se distribuem, constituem informações
imprescindíveis ao planejamento hídrico.

Neste trabalho, o objetivo é analisar a distribuição espaço-temporal das chuvas nas


escalas, anual, tentando descobrir os padrões de distribuição pluviométrica existentes a partir
das causas e dinâmicas das chuvas e sua correlação com eventos climáticos como o El Niño.
Fenômeno e La Niña. O conhecimento das principais dinâmicas climáticas da xx e a distribuição
quantitativa e qualitativa das chuvas no tempo e no espaço tem subsidiado o planejamento,
principalmente no que diz respeito à gestão dos recursos hídricos.

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Área de Estudo

A área de estudo é a estação Governador Leonino (1450002), Latitude -14,10;


Longitude -50,33 localizada na Bacia do Rio Tocantins, no município de Nova Crixás, no
estado de Goiás (GO), como podemos analisar na Figura 1, os municípios que delimitam sua
área são Mozarlândia, Mundo Novo, Crixás e São Miguel do Araguaia. A figura 2 visualiza a
localização da estação dentro da cidade.

Figura 1 - Região de Nova Crixás

Fonte: Google Maps (2022)


Figura 2 – Localização da estação

Fonte: Qgis (2022)

Com base estatísticos retirados do Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


sua área total estima-se em 7 302,226 km², com uma população total de 12 869 hab., de acordo
com o último censo (2010) com uma densidade demográfica de 1,8 hab./km². Sua precipitação
pluviométrica durante o ano de 2012 ficou entre 1.000,01 a 1.200,00 mm em 95% do município.

2.2 Dados Meteorológicos

Os dados de precipitação pluviométrica mensal e anual utilizados nesta pesquisa foram


obtidos do banco de informações da Agência Nacional de Águas (ANA), por meio do sistema
de dados hidrológicos Hidroweb (http://hidroweb.ana.gov.br), referente ao período de setembro
de 1976 a dezembro de 2006 (30 anos), da estação (Cód. 1450002), instalada no município de
nova Crixás. A estação está situada na bacia do rio Tocantins, e sub-bacia rio Araguaia, Crixás
–Açu e Peixe. Essa estação é de responsabilidade da ANA, mas é operada pela Companhia de
Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
2.3 Análise Descritiva

Para a realização da análise descritiva mensal e anual da precipitação da estação foram


efetuado os seguintes cálculos: Média, mediana, desvio padrão, os valores máximo e mínimos,
variância, número de observações, amplitude, quartis sendo eles 1°e 3° da série de 31 anos.
Com esses dados para melhor visualização dos dados a serem utilizados foi efetuado o box plot,
por meio dos valores máximos e mínimos.

Ao analisar esses dados de média podem se obter os períodos mais chuvosos e menos
chuvosos dentro da estação citada, para melhor compreensão foram realizados gráficos em
colunas.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Análise Descritiva

Para a realização da análise descritiva mensal e anual da precipitação da estação foram


efetuados os seguintes cálculos: Média, mediana, desvio padrão, os valores máximos e
mínimos, variância, número de observações, amplitude, quartis sendo eles 1°e 3° da série de 31
anos. Com esses dados para melhor visualização dos dados a serem utilizados foi efetuado o
box plot, por meio dos valores máximos e mínimos.

Ao analisar esses dados de média podem se obter os períodos mais chuvosos e menos
chuvosos dentro da estação citada, para melhor compreensão foram realizados gráficos em
colunas.

Afim de analisar o comportamento na estação climatológica (cód. 145002) foram


realizados uma análise descritiva em que mostra que a média ao longo dos 31 anos foi de
1474,24 mm, com um desvio padrão de 289,51 mm e mediana de 1467,5 mm (Tabela 1).

Tabela 1 – Estatística descritiva dos dados de precipitação anual da estação pluviométrica


(cód. 145002).

Dados da série histórica de Precipitação


Estatísticas descritivas
(anual)
Número de
31
observações

Mínimo 932,3

Máximo 2011,9

Amplitude 1079,6

1º Quartil 1344,675

Mediana 1467,5

3º Quartil 1648,075

Média 1474,246667

Variância 83817,36947

Desvio Padrão 289,5122959

Obtidos os dados foram realizados o box plot que permite visualizar a distribuição e
valores discrepantes (outliers) dos dados, fornecendo assim um meio complementar para
desenvolver uma perspectiva sobre o caráter dos dados (figura 3).
Figura 3: Box plot dos quartis da série de precipitação anual da estação Governador Leonino
(cód.150002).

2100
Limite Superior
2011,9 mm
1900
3° Quartil
1648,07 mm
1700

1500

1300
1° Quartil
1344,67
1100
Limite Inferior
932,3 mm
900

Assim percebe-se que 50% das precipitações se concentram entre 1344,67 a 1648,07
mm E que 25% dos dados obtidos da série são superiores a 1648,07 mm. Com isso pode se
afirmar que a amplitude de variação anual acumulado foi de 1079,6 mm.

Ao analisar o gráfico de precipitação anual dos anos em relação à média representado


pela figura 3, obtém-se que houve uma variabilidade, tendo em vista que apesar de ser a
mesma estação, cada ano tem sua particularidade. Com isso, observa-se que 45,2% dos anos
obteve precipitação abaixo da média e cerca de 54,8% ultrapassou a média registrada da
estação, por meio da figura 4, pode-se analisar o maior e menor valor registrado. O registro
da menor precipitação na estação, para o total acumulado da série histórica foi de 932,3 mm
no ano de 1984 e a maior foi de 2011,9 mm do ano de 1992.
Figura 4. Distribuição da precipitação pluviométrica anual na estação Governador Leonino
(Cód. 145002), entre o período de 1976 a 2006.

Anos Média
2500

2000
Precipitação (mm)

1500

1000

500

1990

2006
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989

1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
ANOS

Na Figura 5, constata- se as médias mensais obtidas dos 31 anos, logo podemos analisar
que na estação estudada há um período com mais chuvas nos meses de novembro a março e
um período menos chuvoso nos meses de abril a outubro. A estação pluviométrica não
evidenciou nenhuma anomalia meteorológica nos anos estudados.
Figura 5. Precipitação média mensal na Estação Governador Leonino Cód.0150002, do período de
1976 a 2006.

Precipitação Média Média Móvel


350

300

250
Precipitação (mm)

200

150

100

50

0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

3.2 Porcentagem de falhas

A série de dados da estação estudada apresentou inconsistência nos resultados, sendo eles
ausentes, duvidosos ou estimados, para mensurar essa quantidade foi realizado o teste de falhas
no período dos 33 anos, considerando uma significância de 5%. Portanto, a porcentagem obtida
foi de 3,0999, ou seja, está aceita demonstrando a inexistência de tendência de aumento ou
redução na precipitação durante o respectivo período.

4. CONCLUSÃO

Diante dos assuntos abordados anteriormente, é capaz de concluir-se que a região de análise
possui uma variabilidade nos padrões pluviométricos, compreende-se totais de dados anuais
acumulados durante a série histórica que vão do ano de 1976 a 2006 e, tem-se o ano de 1992
como o ano mais chuvoso e o ano de 1984 como o menos chuvoso. A alteração da precipitação
mensal desta estação afirmou que o período de abril a setembro foi o que menos precipitou com
índices entre 78,9 mm a 37,3 mm, respectivamente, e o período que mais precipitou foi de
outubro a março, com índices entre 120,2 mm a 208 mm.

Os experimentos fora de parâmetros de Mann-Kendall e Spearman, usados neste trabalho


apresentaram que não existe tendência de alta ou diminuição na série analisada de precipitação
na estação, sendo capaz de ser considerada estacionária.
5. REFERENCIAS

Parizotto T, Teixeira J. ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL NA BACIA DO


PARANAPANEMA. UNESP -Universidade Estadual Paulista, São Paulo. Accessed May 23,
2022. https://www.ourinhos.unesp.br/Home/Pesquisa/GruposdeEstudo/Clima/072.pdf

Mello YR de, Oliveira TMN de. ANÁLISE ESTATÍSTICA E GEOESTATÍSTICA DA


PRECIPITAÇÃO MÉDIA PARA O MUNICÍPIO DE JOINVILLE (SC). Revista
Brasileira de Meteorologia. 2016;31(2):229-239. doi:10.1590/0102-778631220150040

Aluna P, Crespo Â. RELATÓRIO FINAL -CNPQ ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO


PLUVIAL E DA FLUVIOMETRIA DA BACIA DO MÉDIO. Accessed May 23, 2022.
https://www.ourinhos.unesp.br/Home/Pesquisa/GruposdeEstudo/Clima/065.pdf

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