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Fundação
Centro Tecnológico
de Hidráulica CÓRREGO ÁGUA ESPRAIADA
Bacia do Córrego Água Espraiada e Subprefeituras
Prefeitura do Município de São Paulo
Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras
Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica
Agosto de 2016
Fundação
Centro Tecnológico
de Hidráulica
Organização: Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica
EQUIPE SIURB/PMSP
Projeto gráfico e capa: Bruna Sanjar Mazzilli
Nome Cargo
Diagramação: Bruna Sanjar Mazzilli
Roberto Nami Garibe Filho Secretário de SIURB/PMSP
C122 Caderno de bacia hidrográfica : córrego Água Espraiada / Fundação Flavio Conde Coordenador Setorial
Centro Tecnológico de Hidráulica (Organizador). – São Ana Paula Zubiaurre Brites Engenheira Civil
Paulo : SIURB/FCTH, 2016.
116 p. André Sandor Kajdacsy Balla Sosnoski Engenheiro Civil
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 5
TABELA 8.1 Medidas para Implantação na 1ª Etapa da Alternativa 1 101
TABELA 5 .1 Análise de Sensibilidade do Reservatório Jabaquara 73
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 6
TABELA 9.1 Efeitos das Alternativas sobre a Bacia do
TABELA 6.1 Movimentação Orçamentária (R$) da Operação Urbana Córrego Água Espraiada 104
Consorciada Água Espraiada até 31/05/2016* 77
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
NRCS National Resources Conservation Service SVMA Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
PCSWMM Personal Computer Storm Water Management Model SWMM Storm Water Management Model
1. Definição de diretrizes básicas dos estudos Nos Estudos Hidrológicos, Capítulo 4, são apresentados te-
2. A Bacia Hidrográfica do Córrego Água Espraiada mas que possibilitam o entendimento da geração do escoamen-
3. Memorial fotográfico to superficial direto, essencial para a atuação e formulação de
4. Estudos hidrológicos medidas de controle de cheias.
5. O Reservatório Jabaquara O Capítulo 5 traz uma análise de sensibilidade do reservatório
6. Operação Urbana Água Espraiada Jabaquara na sua configuração atual, após a construção dos pilares
7. Alternativas propostas da estrutura do pátio de manobras do monotrilho da Linha 17 –
8. Implantação do sistema em duas etapas: 25 e 100 anos Ouro do Metrô e alterações nas características do projeto executivo.
9. Áreas sujeitas a inundação O Capítulo 6 faz uma análise do desempenho hidráulico do
10. Custo estimado Córrego Água Espraiada com a implantação das obras do sis-
11. Avaliação do índice de qualidade ambiental tema de drenagem urbana propostas pela Operação Urbana
12. Zoneamento de áreas sujeitas a inundações Consorciada Água Espraiada.
12
13. Considerações finais No Capítulo 7 são apresentadas as alternativas estudadas
compostas de medidas estruturais.
O Capítulo 1 estabelece um conjunto de princípios básicos O planejamento de implantação do sistema de drenagem é
que devem ser seguidos no planejamento das obras de drena- apresentado no Capítulo 8, considerando obras de controle de
gem da bacia hidrográfica. cheias de 25 anos e de 100 anos.
No Capítulo 2 é apresentada a caracterização física e urbanís- O Capítulo 9 apresenta o comportamento do sistema pro-
tica da bacia. Também é apresentado um diagnóstico atual da posto para chuvas com TR 100 anos.
bacia, em termos de drenagem. No Capítulo 10 é realizada uma avaliação de custo preliminar
No Memorial fotográfico, Capítulo 3, são apresentadas ima- considerando uma variação de 20 %.
gens ao longo do Córrego Jabaquara e Água Espraiada, mos- O Capítulo 11 traz uma análise multicritério básica avaliando
trando alguns dos seus principais problemas. as alternativas em relação à questão ambiental.
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
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1
Definição O Caderno de Bacia Hidrográfica foi desenvolvido com base
a bacia, avaliando-se todas as obras hidráulicas existentes e • Desenvolver critérios urbanísticos e paisagísticos que possi-
projetadas, porém passíveis de revisão e de adaptação face bilitem a integração harmônica das obras de drenagem com
às novas medidas que vierem a serem propostas. o meio ambiente urbano.
• As intervenções propostas não podem agravar as condições • Preservação e valorização das várzeas de inundação.
de drenagem a jusante, portanto, devem respeitar as capaci- • Integração do sistema de drenagem urbana de forma
dades hidráulicas dos corpos d´água receptores. positiva ao ambiente da cidade.
• Possibilitar uma convivência segura com as cheias que exce- • Valorização de rios, córregos e suas margens como ele-
derem a capacidade do sistema de drenagem. mentos da paisagem urbana.
• Aplicar tecnologias de modelagem hidrológica e hidráu- • Estimar os custos e os benefícios das medidas propostas.
lica que permitam mapear as áreas de risco de inunda-
ção considerando diferentes alternativas de interven- O planejamento da drenagem urbana deve se articular com
ções. entidades municipais, estaduais e federais para que os diver-
16
• Proposição de medidas estruturais combinadas com sos aspectos legais e técnicos relacionados a outros planos de
medidas não estruturais e medidas de controle do esco- infraestrutura sejam considerados na elaboração de medidas
amento superficial para que a cidade possa se adaptar à de controle do escoamento superficial. É o caso, por exemplo,
dinâmica hídrica. do Plano Diretor Estratégico (Lei nº 16.050/2014), do Código
• Reorganizar a ocupação territorial possibilitando a recu- de obras e Edificações (COE – Lei nº 11.228/1992), do Plano de
peração de espaços para o controle do escoamento plu- Mobilidade de São Paulo – PlanMob/SP (PMSP/SMT, 2015)1, do
vial e implantação de obras que promovam a redução Plano Municipal de Habitação – PMH (PMSP/SEHAB, 2011)2,
da poluição hídrica. etc. Salienta-se a importância da articulação entre os planos
• Dar destaque a medidas de recuperação de áreas de
preservação permanente e de cobertura vegetal das 1. São Paulo (Município). Secretaria Municipal de Transporte (SMT).
bacias. 2. São Paulo (Município). Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB).
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2.2 HIDROGRAFIA
A hidrografia principal da Bacia do Córrego Água Espraia-
da é composta pelos córregos Jabaquara, Água Espraiada e
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2.3 RELEVO
A região da Bacia do Córrego Água Espraiada, localizada na
vertente direita do Rio Pinheiros, é constituída por terraços flu-
viais de nível intermediário das colinas paulistanas, baixos terra-
ços fluviais do vale do Pinheiros e planícies aluviais do Pinheiros
(Ab’Sáber, 19586).
Na FIGURA 2.3 é apresentado o perfil longitudinal dos córre-
gos Jabaquara e Água Espraiada. Nesta FIGURA também é indi-
cada a localização do Reservatório Jabaquara, cuja descrição é
apresentada no Capítulo 5.
As elevações na bacia variaram de 833 m na cabeceira até 850
Água Espraiada Jabaquara
720 m no exutório, conforme verificado no Mapa Hipsométrico 820
23
apresentado na FIGURA 2.4, que foi desenvolvido por meio de 790
Cota (m)
Entrada do
informações de elevação do Mapa Digital da Cidade (MDC). 760 Res. Jabaquara
730
700
0 2000 4000 6000 8000
Distância (m)
6. Aziz Nacib Ab’Sáber. O Sítio Urbano de São Paulo. In: Aroldo de Azevedo (org):
A cidade de São Paulo: estudo de geografia Urbana. São Paulo. Companhia
Editora Nacional (Coleção Brasiliana, vol 14), p. 169-243. 1958.
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26
As subprefeituras têm o papel de receber pedidos e reclama- Residencial Vertical Médio e Alto Padrão 1,59 13,3
ções da população, solucionar os problemas apontados, cuidar Espaços Abertos 1,06 8,8
da manutenção do sistema viário, da rede de drenagem, limpe- Residencial e Comércio/Serviços 0,93 7,8
za urbana, entre outros. Equipamento Urbano 0,86 7,2
A FIGURA 2.6 indica a localização da bacia no âmbito das Residencial e Indústria 0,80 6,7
Subprefeituras. Residencial Horizontal Baixo Padrão 0,49 4,1
Comércio/Serviço 0,47 3,9 27
28
29
30
O PDE dá diretrizes para a legislação de Parcelamento, Uso e • Territórios de preservação: áreas em que se objetiva a preser-
Ocupação do Solo – LPUOS para atender aos objetivos e diretri- vação de bairros consolidados de baixa e média densidades,
zes estabelecidas pelo Plano para as macrozonas, macroáreas e de conjuntos urbanos específicos e territórios destinados à
rede de estruturação da transformação urbana. Atendendo a es- promoção de atividades econômicas sustentáveis conjuga-
tas diretrizes, foi sancionada no dia 22 de março de 2016 a nova da com a preservação ambiental, além da preservação cul-
Lei de Zoneamento (Lei nº 16.402/2016). tural. (Formado pelas Zonas: ZEPEC | ZEP | ZEPAM | ZPDS |
De acordo com a nova Lei de Zoneamento, as zonas foram ZER | ZPR).
organizadas em 3 diferentes agrupamentos: A área da Bacia do Córrego Água Espraiada, pertencente aos
Planos Regionais das Subprefeituras Pinheiros, Santo Amaro e
• Territórios de transformação: objetiva a promoção do aden- Jabaquara, apresenta seu zoneamento classificado conforme in-
samento construtivo e populacional das atividades econômi- dica a FIGURA 2.10.
cas e dos serviços públicos, a diversificação de atividades e A TABELA 2.2 indica a área correspondente a cada zona de
32
a qualificação paisagística dos espaços públicos de forma a uso e ocupação na bacia, com suas descrições.
adequar o uso do solo à oferta de transporte público coletivo. A partir das zonas de uso são estabelecidos valores limi-
(Formado pelas zonas: ZEU | ZEUP | ZEM | ZEMP). tes para a taxa de permeabilidade mínima (Quadro 3A – da
• Territórios de qualificação: buscam a manutenção de usos Lei nº 16.402/2016), possibilitando a formulação de um cená-
não residenciais existentes, o fomento às atividades produti- rio futuro de impermeabilização, ou seja, a situação máxima
vas, a diversificação de usos ou o adensamento populacional permitida por lei. O resultado desta análise é apresentado
moderado, a depender das diferentes localidades que consti- no próximo Capítulo, no Mapa de Impermeabilização Futura
tuem esses territórios. (Formado pelas zonas: ZOE | ZPI | ZDE | Permitida.
ZEIS | ZM | ZCOR | ZC).
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FIGURA 2.9 Macroáreas de Uso e Ocupação Do Solo da Bacia do Córrego Água Espraiada – PDE (LEI Nº 16.050/2014)
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Zona de Corredor 3 ZCOR-3 0,02 Trechos junto a vias que estabelecem conexões de escala regional
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2.9 SISTEMA VIÁRIO E DE TRANSPORTE COLETIVO Encontra-se em implantação a linha do Monotrilho percor-
A rede de macrodrenagem da Bacia do Córrego Água rendo toda a bacia em seu eixo principal, interligando linhas do
Espraiada segue importantes vias do Município, como a Avenida metrô e da CPTM. Estão previstas doze estações do Monotrilho
Jornalista Roberto Marinho, Avenida Santo Amaro, Avenida na área da bacia.
Vereador José Diniz, Avenida Washington Luís entre outras que A figura 2.12 Apresenta o sistema viário e de transporte per-
podem ser visualizadas na FIGURA 2.12. tencente à bacia do córrego água espraiada.
Como sistema de transporte coletivo esta bacia possui duas
estações da Linha Azul do Metrô na cabeceira da bacia, esta-
ções Jabaquara e Conceição. Está prevista a implantação de 2.10 INUNDAÇÕES NA BACIA DO CÓRREGO
uma estação de metrô nas proximidades da Avenida Santo ÁGUA ESPRAIADA
Amaro, para 2016, pertencente à Linha Lilás do Metrô, também A Bacia do Córrego Água Espraiada possui um reservatório
em implantação. de armazenamento, o Reservatório Jabaquara, localizado apro-
39
Reforçando o sistema de transporte a bacia possui dois ximadamente na região intermediária da bacia. Este reservató-
corredores de ônibus municipal, um na Avenida Santo Amaro rio protege a região a sua jusante.
e o outro na Avenida Vereador José Diniz. Possui a previsão No entanto, a montante do reservatório são apontadas áreas
de implantação de mais três corredores de ônibus, na Av. sujeitas a inundações, conforme indicadas na FIGURA 2.13.
Washington Luís e Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, O diagnóstico dos pontos de inundação foi realizado a partir
com um terminal de ônibus municipal cada um, e o terceiro de informações obtidas junto à SIURB e complementado com o
cabeceira da bacia, com previsão para 2025, percorrendo a levantamento de campo feito pela equipe da FCTH para apurar
Linha Azul do Metrô. os pontos de inundação na bacia.
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FIGURA 2.12 Sistema Viário e de Transporte Coletivo da Bacia do Córrego Água Espraiada
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Córrego Jabaquara
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FIGURA 3.1 Imagens do Córrego Jabaquara com a ocupação informal sobre o canal e nas margens, na travessia da Rua Tupiritama
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Córrego Jabaquara
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Córrego Jabaquara
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FIGURA 3.3 Imagens do Córrego Jabaquara ao longo da Rua Boçoroca (imagem superior) e na travessia da Rua Marapés (imagens inferiores)
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Córrego Jabaquara
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Córrego Pinheirinho
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Córrego Água
Espraiada
FIGURA 3.6 Imagem da entrada do Córrego Água Espraiada no Reservatório Jabaquara (superior)
e da seção logo a jusante da travessia da Av. Dr. Lino de Moraes Leme
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Córrego Água
Espraiada
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a partir dos registros dos postos da rede telemétrica, e das chu- Espraiada coleta dados a cada 10 minutos, onde são registrados
vas de projeto. Para a obtenção dos hidrogramas de projeto fo- os índices pluviométricos e os níveis dos Córregos Jabaquara e
ram analisados os parâmetros do escoamento superficial por Água Espraiada.
sub-bacia de drenagem, tais como o tempo de concentração, o Os dados de chuva estão integrados aos do Radar Meteoro-
CN (Curve Number) e a impermeabilização atual e a impermeabi- lógico de São Paulo de modo a se obter informação mais precisa
lização máxima permitida, segundo a atual LPUOS. dos eventos. Esses dados serviram de entrada no modelo chuva-
Para estimativa da vazão de projeto foi utilizado o modelo vazão empregado neste estudo.
SWMM – Storm Water Management Model, desenvolvido pela As informações de nível d’água, por sua vez, foram utilizadas
EPA – Environmental Protection Agency, na interface gráfica como referência para a calibração da modelagem hidráulico-hi-
PCSWMM em ambiente Windows. Foi considerada para o cál- drológica utilizada.
culo da infiltração a metodologia do CN, desenvolvida pelo Existem três postos na bacia, conforme descrição a seguir:
Soil Conservation Service. O modelo utiliza o método da Onda
52
Dinâmica, que resolve as equações completas de Saint-Vennan • Posto Cabeceiras – PMSP/SA 04 – operação com início em
para o estudo do escoamento superficial. 24/02012;
• Posto Montante Piscinão – PMSP/ SA 05 – operação com iní-
cio em 08/05/2013;
4.1 POSTO DA REDE TELEMÉTRICA • Posto Piscinão Jabaquara – PMSP/SA 02 – operação com iní-
O posto da rede telemétrica do Sistema de Alerta a Inunda- cio em 08/05/2013.
ções de São Paulo (SAISP) pertencente à Bacia do Córrego Água
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FIGURA 4.1 Localização dos Postos da Rede Telemétrica na Bacia do Córrego Água Espraiada
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250
FLU PLU
763 0
761
20
150
760
30
759
40 100
758
50
757
54 50
756 60
755 70
0
08/05/13
17/06/13
27/07/13
05/09/13
15/10/13
24/11/13
03/01/14
12/02/14
24/03/14
03/05/14
12/06/14
22/07/14
31/08/14
10/10/14
19/11/14
29/12/14
07/02/15
19/03/15
28/04/15
07/06/15
17/07/15
26/08/15
05/10/15
14/11/15
24/12/15
02/02/16
13/03/16
22/04/16
01/06/16
FIGURA 4.2 Série Histórica do Posto “Cabeceiras – PMSP/SA 04” FIGURA 4.3 Precipitação média mensal no Posto “Cabeceiras –
PMSP/SA 04”
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
A FIGURA 4.4 apresenta a série histórica dos dados pluvio- Na FIGURA 4.5 está indicada a precipitação média mensal
métricos e fluviométricos diários registrados no Posto Montante neste posto.
Piscinão – PMSP/ SA 05 desde o início da operação.
250
FLU PLU
749 0
15
747
746 25
30 100
745
35
40
744 50
45
743 50 55
24/05/13
03/07/13
12/08/13
21/09/13
31/10/13
10/12/13
19/01/14
28/02/14
09/04/14
19/05/14
28/06/14
07/08/14
16/09/14
26/10/14
05/12/14
14/01/15
23/02/15
04/04/15
14/05/15
23/06/15
02/08/15
11/09/15
21/10/15
30/11/15
09/01/16
18/02/16
29/03/16
08/05/16
0
FIGURA 4.4 Série Histórica do Posto Montante Piscinão – PMSP/ FIGURA 4.5 Precipitação média mensal no Posto Montante Pis-
SA 05” cinão – PMSP/ SA 05
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
A FIGURA 4.6 apresenta a série histórica dos dados pluvio- Na FIGURA 4.7 está indicada a precipitação média mensal
métricos e fluviométricos diários registrados no Posto Piscinão neste posto.
Jabaquara – PMSP/SA 02 desde o início da operação.
250
FLU PLU
755 0
15
745 20 150
25
740 30 100
35
735 40
50
45
56 730 50
22/05/12
11/07/12
30/08/12
19/10/12
08/12/12
27/01/13
18/03/13
07/05/13
26/06/13
15/08/13
04/10/13
23/11/13
12/01/14
03/03/14
22/04/14
11/06/14
31/07/14
19/09/14
08/11/14
28/12/14
16/02/15
07/04/15
27/05/15
16/07/15
04/09/15
24/10/15
13/12/15
01/02/16
22/03/16
11/05/16
0
FIGURA 4.6 Série Histórica do Posto Piscinão Jabaquara – PMSP/ FIGURA 4.7 Precipitação média mensal do Posto Piscinão Jaba-
SA 02 quara – PMSP/SA 02
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
A precipitação total acumulada para os períodos de retorno O tempo de concentração, apresentado na TABELA 4.3, é cal-
analisados é apresentada na TABELA 4.2 culado pelo modelo matemático por meio da equação da onda
cinemática e leva em consideração as características hidrológi-
TABELA 4.2 – PRECIPITAÇÃO TOTAL ACUMULADA cas e hidráulicas de cada sub-bacia.
P (mm)
TR 2 TR 10 TR 25 TR 50 TR 100 n0 ,6 × L0 ,6
t c = 55 × 0 , 4 0 ,3
42 64 76 84 92 I ×S
60
4.3.2 CN (Curve Number) Podem também ser constituídos por cascalhos, de alta permea-
O CN é um índice para escoamento adimensional baseado bilidade.
no grupo hidrológico de solos, uso e cobertura, condições hi- Grupo B – Solos com potencial de escoamento (“runoff“) mo-
drológicas e condições antecedentes de umidade. O CN é um deradamente baixo. Predominam solos arenosos, menos pro-
importante fator que permite avaliar o efeito das alterações no fundos e menos agregados que o acima (A); o Grupo, como um
uso e ocupação do solo sobre o escoamento superficial. todo, apresenta, após seu intenso umedecimento, capacidade
O mapeamento do CN foi realizado a partir da constituição de infiltração acima da média.
geológica da bacia, baseando-se na carta geológica disponível. Grupo C – Solos com potencial de escoamento moderada-
Assim, foram identificados os litotipos mais significativos sob o mente alto. Compreende solos rasos e solos contendo con-
ponto de vista hidráulico-hidrológico. sideráveis teores de argilas e colóides, porém inferiores ao
Este índice varia de 0 a 100, valores próximos de zero indicam Grupo D. Este solo tem infiltração abaixo da média após sa-
que a bacia submetida a certa precipitação intensa gera pou- turação.
61
co escoamento superficial. Já valores próximos de 100, indicam Grupo D – Solos com o mais alto potencial de escoamento.
que a bacia submetida a mesma precipitação irá produzir eleva- Inclui a maioria das argilas e também solos rasos com sub-hori-
dos volumes de escoamento superficial. zontes impermeáveis próximos à superfície.
A classificação dos grupos hidrológicos de solo seguiu a me- Os valores recomendados de CN em função da classe hidro-
todologia do National Resources Conservation Service (NRCS): lógica do solo e de seu uso e ocupação são apresentados na
Grupo A – Solos de mais baixo potencial de deflúvio; são so- TABELA 4.4.
los profundos, de constituição arenosa, com pouco silte e argila.
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
Foi adotado o CN médio para cada uso do solo assumindo TABELA 4.5 – VALORES DE CN ADOTADOS EM FUNÇÃO DO USO E
OCUPAÇÃO DO SOLO E CLASSIFICAÇÃO HIDROLÓGICA DOS SOLOS
que possuíam proporções iguais de cada grupo hidrológico de
solo, como mostra a TABELA 4.5. CN
Uso do solo Grupo hidrológico
Média
TABELA 4.5 – VALORES DE CN ADOTADOS EM FUNÇÃO DO USO E A B C D
OCUPAÇÃO DO SOLO E CLASSIFICAÇÃO HIDROLÓGICA DOS SOLOS Média entre os CNs residencial
Residencial, Comércio e Serviços 89
CN / comércio e serviços
Comércio e Serviços 89 92 94 95 93
Equipamento Urbano 89 92 94 95 93 O CN de cada sub-bacia, apresentado na TABELA 4.6, foi de-
Indústria e Armazém 81 88 91 93 88 terminado a partir da média ponderada espacial dos CNs pela
63
Comércio e Serviços, Indústria e Média entre os CNs comércio e área de cada uso do solo.
90
Armazém serviços / indústria e armazém
Espaços Abertos 49 69 79 84 70 TABELA 4.6 – CN MÉDIO POR SUB-BACIA
Massa D’água 98 98 98 98 98 Sub-bacia CN Médio
Ruas e Estradas 98 98 98 98 98 AE-01 89
Residencial Horizontal Baixo Padrão 77 85 90 92 86 AE-02 90
64
4.3.3 Impermeabilização da Bacia A TABELA 4.7 indica a parcela de área impermeável de cada
A área impermeável foi estimada a partir de um estudo do sub-bacia do Córrego Água Espraiada.
NRCS, o qual relaciona, para diferentes usos do solo, porcenta-
gens de áreas impermeáveis a valores de coeficientes de escoa- TABELA 4.7 – ÁREA IMPERMEÁVEL (%)
mento. Assim, foi calculada a taxa de impermeabilização por Sub-bacia Atual Permitida
sub-bacia do Córrego Água Espraiada. A FIGURA 4.10 ilustra a AE-01 72 80
impermeabilização atual da bacia. AE -02 73 81
Para análise da impermeabilização máxima permitida da ba-
AE -03 73 79
cia foram utilizados os limites para a taxa de permeabilidade
AE -04 74 78
mínima estabelecidos pelo projeto de Lei nº 272/2015 que disci-
plina o parcelamento, o uso e a ocupação do solo no Município
de São Paulo. Utilizando-se a taxa de permeabilidade mínima estabelecida
65
Os limites estabelecidos foram considerados como sendo o pela Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS – Lei
máximo adensamento permitido por lei. O resultado deste estu- nº 16.402/2016), obteve-se um aumento da parcela de área im-
do gerou o mapa de Impermeabilização Permitida e é apresen- permeável nas sub-bacias do Córrego Água Espraiada.
tado na FIGURA 4.11.
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
66
67
4.3.4 Calibração do modelo PCSWMM No período selecionado foram registrados 3 eventos princi-
A calibração é um processo que busca o ajuste dos parâme- pais nos dias 3, 5 e 7 de junho de 2016.
tros do modelo para que este represente os fenômenos hidroló- A FIGURA 4.12 apresenta o resultado da calibração do mo-
gicos e hidráulicos da bacia hidrográfica de forma adequada e delo PCSWMM para o Posto Montante Piscinão – PMSP/ SA 05.
condizente com observações em campo. Nesta FIGURA são apresentados os dados observados no pos-
No processo de calibração do modelo PCSWMM na Bacia to, representados pela curva FLU na FIGURA, e os dados simu-
do Córrego Água Espraiada foram utilizados os postos da rede lados pelo modelo, representados pela curva FLU Modelo. A
telemétrica “Posto Montante Piscinão – PMSP/ SA 05” e “Posto FIGURA 4.13 ilustra a mesma situação para a calibração para o
Cabeceiras – PMSP/SA 04”. Os eventos selecionados para a cali- Posto Cabeceiras – PMSP/SA 04.
bração ocorreram entre os dias 3 e 7 de junho de 2016. O total
precipitado no Posto Montante Piscinão no período foi 131 mm
e no Posto Cabeceiras 171 mm.
68
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
60
PLU (mm)
40
20
745
FLU (m)
744
743
FIGURA 4.12 Calibração do modelo PCSWMM para os eventos registrados no Posto Montante Piscinão – PMSP/ SA 05
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
60
PLU (mm)
40
20
757,5
757,0
FLU (m)
756,5
756,0
755,5
FIGURA 4.13 Calibração do modelo PCSWMM para os eventos registrados no Posto Cabeceiras – PMSP/SA 04
5
O Reservatório O Reservatório Jabaquara foi projetado para ocupar uma
total tem 3138 m a partir do trecho que inicia imediatamente a Observa-se que o reservatório atende a restrição de vazão a
montante do reservatório Jabaquara. jusante de 90 m³/s para as condições de projeto original e do
O período de retorno adotado é de 100 anos e para manter MDT. Já para o volume atual, com redução de capacidade de re-
este grau de proteção a montante do reservatório deve ser as- servação de 14% sobre o volume calculado pelo MDT, a vazão
segurada a vazão de 90 m³/s na estrutura de saída do reservató- de jusante supera os 90 m³/s em 54%.
rio. Esta vazão foi estabelecida a partir de sucessivas simulações
TABELA 5.1 – ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
com o intuito de avaliar as condições que não produzam inun-
DO RESERVATÓRIO JABAQUARA
dações a jusante do reservatório para proteção TR100 anos.
Condição do reservatório Volume (m³) Vazão a jusante (m³/s)
A TABELA 5.1 indica as vazões a jusante do Reservatório
Projeto Original 363.000 53
Jabaquara para chuva de projeto de 100 anos com o volume ori-
Curvas do MDT 333.000 77
ginal, o volume calculado pelo MDT e o volume reduzido a partir
Redução de 14% do MDT 295.000 136
do MDT.
73
6
Operação Criada pela Lei 13.260/2001 a Operação Urbana Consorciada
• Cerca de 3.400 m de extensão, com aproximadamente Dentre os objetivos da Operação Urbana Consorciada Água
305.000 m² de área interna, incluindo uma ETEC, ciclo- Espraiada9 pode-se citar os seguintes que estão de acordo com
via, áreas de lazer e paisagismo. os interesses do planejamento e gestão do sistema de drena-
• Via Parque: gem urbana os seguintes:
• 7.600 m de sistema viário contornando o Parque Linear,
com 3 faixas de tráfego, em mão única. • Promover a ocupação ordenada da região, segundo diretri-
• Prolongamento da Av. Jornalista Roberto Marinho até a zes urbanísticas, visando a valorização dos espaços de vivên-
Rodovia dos Imigrantes cia e uso públicos;
• 750 m em nível, 2 pistas com 4 faixas cada pista; • Criar estímulos para a implantação de usos diversificados, com
• 2.350 m em 2 túneis paralelos, com 3 faixas em cada índices e parâmetros urbanísticos compatíveis com as ten-
túnel; dências e potencialidades dos lotes inclusos no perímetro da
• 180 m em nível, 2 pistas com 3 faixas em cada pista; Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, visando alcan-
76
• 4.230 m de ramos de ligação e vias marginais à Rodovia çar as transformações urbanísticas e ambientais desejadas;
dos Imigrantes, sendo 1.160m em viadutos, todos com 2 • Dotar o perímetro da Operação Urbana Consorciada de qua-
faixas em cada viaduto. lidades urbanísticas compatíveis com os adensamentos pro-
• Prolongamento da Avenida Chucri Zaidan em 3.250 m, até postos;
chegar na Av. João Dias e construção de duas pontes sobre o • Criar condições para que proprietários, moradores e investi-
Rio Pinheiros. dores participem das transformações urbanísticas objetiva-
das pela presente Operação Urbana Consorciada;
Os recursos para financiar tais intervenções são oriundos • Estabelecer um mínimo de espaços por Setor destinados à
da venda em leilões de Certificados de Potencial Adicional de implementação de áreas verdes sob a forma de praças e/ou
Construção – os CEPAC, e também de investimentos do orça-
mento do município. 9. Art. 4º da Lei nº 13.260 de 28 de dezembro de 2001.
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
parques lineares, além das áreas destinadas na quadrícula TABELA 6.1 – MOVIMENTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA (R$) DA OPERAÇÃO
URBANA CONSORCIADA ÁGUA ESPRAIADA ATÉ 31/05/2016*
das vias à implantação de passeios públicos arborizados e
Entradas
ajardinados;
• Prever a implantação, em cada nova edificação, de dispositi- Leilão CEPAC 2.891.275.029,00
vo de drenagem, por retenção, com capacidade proporcional CEPAC – Colocação Privada 55.030.819,86
6.1 PROJETO DA OPERAÇÃO URBANA Espraiada. Na TABELA é possível observar as dimensões das se-
O consórcio THEMAG-COBRAPE-GEOTEC-PAULO BASTOS ções transversais e o comprimento total de cada trecho.
(THEMAG) foi contratado para o desenvolvimento dos estudos A FIGURA 6.1 ilustra as intervenções propostas, canalização e
e projetos para implantação do prolongamento da Avenida parque linear, pelo projeto da Operação Urbana para a Bacia do
Jornalista Roberto Marinho até a rodovia dos Imigrantes. O pro- Córrego Água Espraiada.
jeto trata da elaboração dos Projetos Executivos visando a im-
plantação do Parque Linear na superfície do prolongamento da TABELA 6.2 – DIMENSÕES DA CANALIZAÇÃO PREVISTA PELA OPERAÇÃO
URBANA PARA OS CÓRREGOS JABAQUARA E ÁGUA ESPRAIADA
Av. Jornalista Roberto Marinho, até a Rodovia dos Imigrantes,
Licenciamento Ambiental para Instalação das Obras, dos proje- Boca Mínima Extensão
Trecho Base H1 (m) H2 (m)
do Canal (m) (m)
tos das Vias Marginais da adequação Urbanístico/Paisagística da
Av. Jornalista Roberto Marinho, no trecho entre a Av. Luis Carlos Reservatório a Estaca 22 6,0 6,5 - 6,0 520
Berrini e a Av. Lino de Moraes Leme e dos Planos de Urbanização Estaca 22 a 39 5,0 2,8 6,8 38,5 340
78
para ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social e de Arquitetura Estaca 39 a 71 5,0 2,0 3,9 23,5 640
de HIS – Habitação de Interesse Social. Estaca 71 a 123 5,0 1,9 3,9 23,8 1040
O projeto consta de 3831 m de canalização nos Córregos
Estaca 123 a 150 4,0 1,8 3,0 17,7 540
Jabaquara e Água Espraiada e 289 mil m² de parque linear.
Estaca 150 a 171 3,0 1,2 2,0 12,5 420
A TABELA 6.2 apresenta as dimensões da canalização previs-
Estaca 171 a 187 + 11,3 2,5 2,0 - 2,5 331,3
ta pela Operação Urbana para os Córregos Jabaquara e Água
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
79
FIGURA 6.1 Infraestrutura proposta para o sistema de drenagem pela Operação Urbana Água Espraiada
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
6.2 DESEMPENHO HIDRÁULICO DO CÓRREGO A TABELA 6.3 indica as dimensões finais da canalização, após
ÁGUA ESPRAIADA ajuste na galeria de entrada ao reservatório Jabaquara. Estas
A partir dos estudos realizados pelo Consórcio THEMAG, foi dimensões compõem o sistema simulado que caracteriza o
avaliado o desempenho hidráulico do Córrego Água Espraiada, Cenário Completo.
tendo em vista as obras de canalização previstas no projeto da
TABELA 6.3 – DIMENSÕES DA CANALIZAÇÃO IMPLANTADA NOS
Operação Urbana Água Espraiada.
CÓRREGOS JABAQUARA E ÁGUA ESPRAIADA – CENÁRIO COMPLETO
Para isso foi realizada a simulação matemática com o modelo Base H1 H2 Boca Mínima Extensão
Trecho
PCSWMM, onde foram formulados dois cenários que compõem (m) (m) (m) do Canal (m) (m)
o conjunto de obras propostas para o sistema de drenagem, Estaca (-1+12,3) a -4 4,5 6,0 - 4,0 72
o Cenário Operação Urbana Completo e o Cenário Operação Estaca 4 a (-1+12,3) 6,0 6,5 - 6,0 88
O Cenário Completo foi simulado considerando a implanta- Estaca 39 a 71 5,0 2,0 3,9 23,5 640
ção de toda a canalização prevista para os Córregos Jabaquara e Estaca 71 a 123 5,0 1,9 3,9 23,8 1040
Água Espraiada a montante do Reservatório Jabaquara. Estaca 123 a 150 4,0 1,8 3,0 17,7 540
A execução do projeto de canalização imediatamente a mon- Estaca 150 a 171 3,0 1,2 2,0 12,5 420
tante do Reservatório Jabaquara teve que ser alterada em fun- Estaca 171 a 187 + 11,3 2,5 2,0 - 2,5 331,3
81
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
82
FIGURA 6.2 Obras da infraestrutura de drenagem previstas no Cenário Completo da Operação Urbana Água Espraiada
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
83
FIGURA 6.3 Obras da infraestrutura de drenagem previstas no Cenário Parcial da Operação Urbana Água Espraiada
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
Os desempenhos hidrológicos dos cenários propostos, par- No estudo foi considerada a situação atual do Reservatório
cial e completo, foram analisados para as seguintes condições: Jabaquara, com redução de 14% da capacidade de reservação
e mantida a vazão de restrição efluente máxima para jusante do
• Parâmetros hidrológicos utilizados pelo Consórcio THEMAG; Reservatório Jabaquara, estabelecida nos estudos como sendo
• Parâmetros hidrológicos utilizados pela FCTH em função do de 90 m³/s, acima da qual ocorrem extravasamentos no canal a
uso e ocupação do solo atual; jusante.
• Parâmetros hidrológicos utilizados pela FCTH em função do O desempenho hidráulico das obras do projeto da Operação
uso e ocupação do solo permitido por lei. Urbana foi avaliado utilizando-se o grau de proteção como pa-
râmetro de análise dos cenários compostos com as fases de
A TABELA 6.5 indica as diretrizes hidrológicas adotadas pelos implantação das obras. A TABELA 6.6 indica o grau de proteção
projetos do Consórcio THEMAG, FCTH atual e FCTH permitido. para os cenários de implantação parcial e completo, conforme
as diretrizes hidrológicas adotadas pelos projetos do Consórcio
84 TABELA 6.5 – DIRETRIZES HIDROLÓGICAS
THEMAG, FCTH atual e FCTH permitido.
ADOTADAS PELOS PROJETOS
É possível observar na TABELA 6.6 que para o Cenário Parcial
Projeto Diretriz
de implantação das obras o grau de proteção de 100 anos a ju-
Consórcio Adotados parâmetros hidrológicos gerais para toda a
THEMAG bacia: CN 90 e Área impermeável de 76% sante do Reservatório Jabaquara é mantido quando utilizadas
as diretrizes de projeto do Consórcio THEMAG e FCTH atual. Já
Adotados parâmetros hidrológicos por sub-bacia
em função do uso e ocupação do solo atual, com as diretrizes de projeto FCTH permitido, o grau de proteção
FCTH atual
conforme apresentado nos Itens 4.3.2 (CN médio foi reduzido para 75 anos, uma vez que a condição de imper-
por sub-bacia) e 4.3.3 (Ai média por sub-bacia). meabilização do solo foi intensificada.
Adotados parâmetros hidrológicos por sub-bacia em Quando analisado o Cenário Completo verifica-se que há
FCTH permitido função do uso e ocupação do solo permitido, conforme uma redução significativa do grau de proteção a jusante do
apresentado no Item 4.3.3.
Reservatório Jabaquara, justificada pela canalização completa
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
do canal a montante do reservatório. No Cenário Parcial a água TABELA 6.6 – GRAU DE PROTEÇÃO A JUSANTE DO RESERVATÓRIO
JABAQUARA PARA OS CENÁRIOS DE IMPLANTAÇÃO DAS OBRAS
fica retida nos extravasamentos ocorridos a montante do re-
DE DRENAGEM DA OPERAÇÃO URBANA ÁGUA ESPRAIADA
servatório, o que implica na diminuição da vazão afluente ao
Diretriz de Projeto
reservatório. Quando implantada a canalização, proposta pelo
Cenário
Cenário Completo, reduz-se a reservação nas seções extravasa- THEMAG FCTH atual FCTH permitido
das a montante do reservatório, aumentando a vazão afluente, Parcial 100 100 75
consequentemente, isto diminui o grau de proteção a jusante
Completo 15 25 10
do reservatório Jabaquara.
No Cenário Completo observa-se que o grau de proteção
para o projeto THEMAG é de 15 anos, condição mais crítica O projeto da Operação Urbana Água Espraiada já se encontra
quando comparada com o grau de proteção do projeto FCTH em implantação e como visto trará impactos a bacia quanto à
atual que é de 25 anos. Esta situação é explicada pelas diretrizes ocorrência de inundações. Assim sendo, este Caderno de Bacia
85
hidrológicas, CN e área impermeável gerais para toda a bacia, Hidrográfica elaborou duas alternativas com obras complemen-
do projeto THEMAG serem mais conservadoras que as adotadas tares de reservação a montante do Reservatório Jabaquara, es-
para o projeto FCTH atual. O projeto FCTH permitido apresentou senciais para a manutenção do grau de proteção de 100 anos
o menor grau de proteção para a bacia a jusante do Reservatório para a bacia do Córrego Água Espraiada.
Jabaquara, 10 anos, por possuir a condição de impermeabiliza-
ção do solo mais crítica, em função da utilização dos limites per-
mitidos pela Lei nº 16.402/2016.
7
Alternativas O Caderno de Bacia Hidrográfica tem como objetivo dar sub-
TABELA 7.2 – MEDIDAS DE CONTROLE DA ALTERNATIVA 1 TABELA 7.2 – MEDIDAS DE CONTROLE DA ALTERNATIVA 1
89
Restrição de seção 3
Restrição de seção 4
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
90
91
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
92
93
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
94
95
7.4 VISTAS E PERSPECTIVAS DAS MEDIDAS A FIGURA 7.5 e a FIGURA 7.6 ilustram a vista atual da área
PROPOSTAS NAS ALTERNATIVAS prevista para implantação do Parque Linear com as 5 estruturas
Na sequência são apresentadas as vistas atuais das áreas de restrições de seção no Córrego Jabaquara e a perspectiva do
onde são previstas as medidas de controle de cheia e as pers- Parque Linear com as restrições de seção.
pectivas das medidas de controle propostas para a Bacia do A FIGURA 7.7 indica a vista atual da área prevista para im-
Córrego Água Espraiada. plantação do Reservatório de armazenamento no Córrego
Foram simuladas as perspectivas de duas medidas de contro- Água Espraiada e a FIGURA 7.8 representa a perspectiva do
le de cheia, sendo o parque linear com as estruturas de restrição Reservatório.
de seção e o reservatório de armazenamento.
96
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
97
FIGURA 7.5 Vista atual da área prevista para o Parque Linear com as estruturas de restrições de seção no Córrego Jabaquara
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
98
FIGURA 7.6 Perspectiva do Parque Linear com as 5 estruturas de restrições de seção no Córrego Jabaquara
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
99
FIGURA 7.7 Vista atual da área prevista para o Reservatório de armazenamento no Córrego Água Espraiada
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
100
102
FIGURA 8.1 Medidas de Controle de Cheias para Primeira Etapa de Implantação – Alternativa 1
9
Áreas As medidas estudadas foram dimensionadas tendo em vista
para as condições atual (sem intervenção), 1ª etapa de implan- TABELA 9.1 – EFEITOS DAS ALTERNATIVAS SOBRE
A BACIA DO CÓRREGO ÁGUA ESPRAIADA
tação de obras quando submetidas a chuva de projeto de 100
Impactos
anos e para etapa final.
Etapa Alternativa
Observa-se que para a 1ª etapa da Alternativa 1 ocorre uma Lotes
Área inundada (km²)
atingidos
redução na expansão da mancha sobre a área inundada para a
Alternativa 1 quando comparada à situação sem intervenção. Sem Intervenção TR 100 anos 0,36 388
Para a etapa final de implantação de obras não são verificadas
inundações nas regiões analisadas da bacia nas duas alternati- 1ª etapa Alternativa 1 0,28 298
vas. Destaca-se que a Alternativa 2 é composta de apenas uma
Alternativa 1 - -
etapa, por este motivo não é apresentada a área inundada em Etapa Final –
uma etapa intermediária, toda a inundação é reduzida na eta- TR 100 anos
Alternativa 2 - -
pa final.
104
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
FIGURA 9.1 Áreas Sujeitas a Inundações – Cenário sem Intervenção e com as Obras da 1ª Etapa e Etapa Final da Alternativa 1 105
FIGURA 9.2 Áreas Sujeitas a Inundações – Cenário sem Intervenção e com as Obras da Etapa Final da Alternativa 2
10
Custo Uma primeira estimativa de custo foi realizada no intuito de
TABELA 10.2 – CUSTO ESTIMADO DA ALTERNATIVA 2 Para a composição destes custos foi considerado o reservató-
Medida Dimensão Custo estimado (R$) rio aberto em concreto – paredes diafragma atirantadas – com
bombeamento.
Reservatório 111.000 m³ 41.300.000,00
Como apontado no Capítulo 6, a Operação Urbana Água
TOTAL 41.300.000,00
Espraiada já mobilizou R$ 942.420.290,39 em serviços e obras.
TOTAL COM MARGEM DE SEGURANÇA ±20% 33,0 milhões – 49,5 milhões
O orçamento estimado para as duas Alternativas, como obras
Valores com data base de out/2015
complementares e essenciais para a manutenção do grau de
proteção de 100 anos, representa aproximadamente 5% deste
A TABELA 10.3 mostra o resumo dos custos estimados das al- valor.
ternativas estudadas com a margem de segurança de 20% para
mais e para menos em cada alternativa.
108
TABELA 10.3 – CUSTO ESTIMADO DAS ALTERNATIVAS ESTUDADAS
Orçamento
Alternativa Medidas de Controle Previstas
estimado* (R$)
Reservatório 96.000 m³ + e
Alternativa 1 31,4 – 46,3 milhões
restrições de seção no parque linear
Alternativa 2 Reservatório 111.000 m³ 33,0 – 49,5 milhões
Valores com data base de out/2015
*Com margem de segurança de 20% para mais e para menos
11
Avaliação Este item apresenta uma avaliação da representatividade
na bacia como parte integrante do ambiente urbano, além de TABELA 11.2 – ÍNDICE AMBIENTAL DAS MEDIDAS DE
CONTROLE DE CHEIA NA BACIA DO CÓRREGO ÁGUA ESPRAIADA
canalização. A Alternativa 2 foi pontuada com IQA “alto”, por con-
Índice
templar um reservatório e canalização. A existência do parque Parque
Alternativas Reservatório Canalização Túnel Qualidade
linear
linear na Alternativa 1 contribui para elevar o IQA da alternativa. Ambiental
O PDE consolida, como instrumento estruturante para o Os Cadernos de Bacia Hidrográfica introduziram o zonea-
ordenamento territorial da cidade de São Paulo, as Áreas de mento de áreas sujeitas a inundações partindo da formulação
Intervenção Urbana. Estas áreas são passíveis de serem regula- de alternativas de controle de cheias dimensionadas para chu-
mentadas por lei específica, proposta pela Prefeitura e geridas vas com TR de 25 anos. O estudo propõe para chuvas com perío-
com a participação efetiva da sociedade civil. do de retorno entre 25 e 100 anos que as áreas sujeitas a inunda-
A Área de Intervenção Urbana constitui uma região com po- ções passem por regulamentação através de seu zoneamento.
tencialidades para a reestruturação e transformação urbana, Para esta faixa de TR as restrições de uso e ocupação diminuem
que poderão receber novas formas de uso e ocupação do solo, conforme aumenta o período de retorno.
combinadas com medidas que promovam o desenvolvimento Sugere-se como diretrizes de uso e ocupação do solo, a se-
econômico, racionalizem e democratizem a utilização das redes rem inseridas na lei de zoneamento, os seguintes critérios gerais:
de infraestrutura e a preservação dos sistemas ambientais.
Isto evidencia a possibilidade de incorporação de novos con- • Áreas livres de risco de inundação, não ensejando qualquer
112
ceitos e diretrizes à Lei de Uso e Ocupação do Solo. Assim, pode-se tomada de decisão adicional, além da legislação em vigor;
adotar o zoneamento de áreas de inundação como diretriz para • Áreas com ocupação parcialmente restrita, cabendo a defini-
definir um conjunto de regras para a ocupação dessas áreas de ris- ção dos tipos de usos e edificações compatíveis com a situa-
co, visando minimizar as perdas materiais e humanas resultantes ção de cada área, por meio de decreto;
das inundações ou valorando ambientalmente essas áreas como • Áreas com total restrição à ocupação, cabendo a sua utiliza-
espaço de lazer e/ou de conservação ambiental. Desse modo, esta- ção apenas para parques lineares, campos de esportes não
belece-se o conceito da convivência da cidade com as suas cheias. impermeabilizados etc., conforme definido em decreto.
A regulamentação das áreas inundáveis, conforme já apon-
tado no Plano Municipal de Gestão do Sistema de Águas Plu- As áreas com total restrição à ocupação correspondem aque-
viais de São Paulo – PMAPSP, pode ocorrer a partir do zonea- las inundadas com chuvas de TR imediatamente superiores a
mento dos fundos de vale, de acordo com o risco hidrológico. 25 anos até 75 anos, por exemplo. Já as áreas com ocupação
CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA | CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA
parcialmente restrita podem ser classificadas pelas áreas inun- TABELA 12.1 – OBRAS PARA TR 25 ANOS
dadas com chuvas de TR superiores a 75 até 100 anos. Áreas li- Localização Alternativa 1
vres de risco de inundação podem ser alocadas acima da área
5 estruturas de restrição de seção no
inundada com chuvas de TR 100 anos. Córrego Jabaquara
Parque linear da Operação Urbana
Destaca-se que para áreas já ocupadas, o zoneamento pode
estabelecer um programa de transferência da população e/ou
convivência com os eventos mais frequentes, aplicando-se para As estruturas de restrição de seção no Parque linear da
estes casos medidas adicionais como o caso de sistemas de aler- Operação Urbana compreendem as ações propostas para a pri-
tas de inundações. meira etapa de implantação detalhadas no Capítulo 8.
O Caderno de Bacia Hidrográfica incorporou, nas análises do A definição das áreas inundáveis, passíveis de regulamenta-
sistema de drenagem, a adoção de áreas sujeitas a inundação ção, foi desenvolvida a partir da configuração de obras indicada
como parte da solução para eventos com período de retorno para proteção de 25 anos. Nesta situação, foram estimadas as
113
acima de 25 anos, considerando que para eventos acima desta áreas inundáveis, passíveis de regulamentação, para chuvas de
magnitude as áreas inundáveis devem ser passíveis de regula- 100 anos, para todas Alternativas.
mentação do uso e ocupação do solo. A FIGURA 12.1 indica as áreas sujeitas a inundação para as
A introdução deste conceito visa fornecer subsídios técnicos Alternativas 1, que protegem a bacia para TR 25 anos, quando
a PMSP para futuras discussões de questões como a incorpora- submetidas a uma chuva de TR 100 anos.
ção e a regulamentação do zoneamento de inundações à Lei de Essas áreas de inundação devem ter seu uso e ocupação re-
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – LPUOS. vistos, que definem quais atividades podem ou não serem ai ins-
Para análise do conceito de zoneamento de inundações par- taladas. São áreas que certamente poderão levar a uma revisão
tiu-se da solução proposta para TR 25 anos na Alternativas 1. urbanística da bacia como um todo.
A obra para proteger a bacia do Córrego Água Espraiada para A TABELA 12.2 indica o custo estimado para as obras previs-
eventos com TR 25 anos é reportado na TABELA 12.1. tas nas Alternativas 1para fornecer a bacia o grau de proteção de
CÓRREGO ÁGUA ESPRAIDA | CADERNO DE BACIA HIDROGRÁFICA
Alternativa 1
25 e 100 anos. Destaca-se que a solução discutida neste Capítulo Área Sujeita a Inundações = 0,28 km²
considera, como medida complementar não estrutural, a inser-
ção das áreas apresentadas na FIGURA 12.1 ao zoneamento de
áreas sujeitas a inundações.
31,4 milhões –
Alternativa 1 200.000,00
46,3 milhões
Valores com data base de out/2015
*Estes valores representam os custos das obras para TR 25 anos apresentadas na
TABELA 10.1, não foram inseridos os custos para implantação do zoneamento de áreas
114 inundáveis
**Custos das obras para TR 100 anos apresentados na TABELA 10.3.
considerado um grau de segurança de 20% para mais e para me- visando atender aos objetivos e diretrizes estabelecidos para as
nos, uma vez que os valores são aproximações. macrozonas, macroáreas e rede de estruturação da transforma-
Para a bacia hidrográfica do Córrego Água Espraiada foram ção urbana.
avaliadas duas alternativas. A Alternativa 1 é composta de cinco A introdução desse conceito de convivência com a água no
estruturas de restrição de seção que fornecerão ao parque linear âmbito do Caderno de Bacia Hidrográfica tem como objetivo
proposto pela Operação Urbana Água Espraiada a função de re- trazer elementos para futuras discussões sobre o zoneamento
servação e um reservatório de armazenamento de 96 mil m³. A de áreas inundáveis associado ao risco hidrológico. Esta discus-
Alternativa 2 compreende um reservatório de armazenamento são pode ser adequada no ordenamento territorial da cidade de
de 111 mil m³. São Paulo como uma Área de Intervenção Urbana.
Uma classificação subjetiva quanto à qualidade ambiental Recomenda-se, para futuras revisões da Lei de Zoneamento,
das alternativas foi realizada, seguindo conceitos da FCTH, em a inclusão dessas zonas de inundação como elemento técnico a
relação à água como parte integrante do ambiente urbano. O ser observado na especificação do conjunto de regras que defi-
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estudo mostrou que a Alternativa 1 classificou-se com índice de ne quais atividades podem ou não serem instaladas e como os
qualidade ambiental “Muito Alto” por possuir um parque linear e imóveis devem ser construídos nessas áreas. Esta ação permite a
um reservatório de armazenamento e a Alternativa 2 com índice convivência adequada com as inundações, reduzindo as perdas
de qualidade ambiental “Alto” por compreender um reservatório materiais, os riscos de vida e os custos com a transferência de
de armazenamento. população.
Destaca-se que a incorporação do zoneamento de inunda- O desenvolvimento deste Caderno contou com a articulação
ção associado ao risco hidrológico pode trazer benefícios à con- institucional das Secretarias Municipais: SIURB, SVMA, SEHAB,
vivência com a água no ambiente urbano. Para isso recomenda- SMDU e Subprefeitura Pinheiros, Santo Amaro e Jabaquara.
se a incorporação deste conceito no Plano Diretor Estratégico
– PDE (Lei nº 16.050/2014), o qual fornece diretrizes para a le-
gislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo – LPUOS