ESTUDO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO

CÓRREGO DO SALTINHO EM PRESIDENTE

PRUDENTE / SP
UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA
AMBIENTE URBANO

DOCENTE: YEDA RUIZ MARIA

DISCENTE: BRENDA KRUPCK SECCHI, TAIS ALVEZ OZORIO
RA: 282114009, 281730121
 LISTA DE FIGURA
Figura 1 - Córrego 2006 e 2023.............................................4. Figura 17 - Velocidade média do vento em Presidente
Figura 2 - Carte de zoneamento de Presidente Prudente.5. Prudente..............................................................…………..…..14.
Figura 3 - Uso e ocupação do solo e gabarito de altura.….7. Figura 18 - Direção do vento em em Presidente
Figura 4 - Topografia da área do Córrego do Saltinho.......8. Prudente.......................................................……………...….....14.
Figura 5 - Corte AA...................................................................9. Figura 19 - Horas de luz solar e crepúsculo em Presidente
Figura 6 - Corte BB...........................................................…..…9. Prudente...............................................................…………..….15.
Figura 7 - Corte CC...........................................………………...…9. Figura 20 - Nascer e pôr do sol com crepúsculo em
Figura 8 - Detalhamento dos Cortes AA, BB, CC ..………......9. Presidente Prudente.…………...................................…...….....15.
Figura 9 - Praça as Margens do Córrego do Saltinho........10. Figura 21 - Fotos da maquete topográfica temática.........28.
Figura 10 - Casa em deterioração...................................…..11.
Figura 11 - Entulhos………….............................................…...11.
Figura 12 - Mata Ciliar…………..................................…...….....11.
Figura 13 - Rua as margens do córrego..............................11.
Figura 14 - Clima em Presidente Prudente…………............12.
Figura 15 - Temperatura média horária em Presidente
Prudente.................................................................................12.
Figura 16 - Temperaturas máximas e mínimas médias em
Presidente Prudente…..........................................................13.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Matriz CDP………………...........................……..20.
Tabela 2 - Diagnóstico……………….....………....................22.
Tabela 3 - Prognóstico………………………………….....……..25.
Tabela 4 - Diretrizes…………………………………………........27.
 SUMÁRIO
1. Histórico de formação do bairro e do córrego.............4. 10. Diagnóstico Ambiental…………………….....…………………20.
2. Configuração do córrego………………..................…….…….5. 11. Prognóstico .......................………………………………………23.
3. Zoneamento Urbano e índices urbanísticos………….…..5. 12. Diretrizes Projetuais…………………………….........…………25.
4. Localização……………………………..............………………….…..6. 13. Localização das intervenções na maquete....…………27.
4.1. Acessos………….………………………………………….………..…6. 14. Referências bibliográficas………………………………………28.
4.2. Hierarquia viária e Mobilidade Urbana…………….……6.
4.3. Uso e ocupação do solo e gabarito de altura..….……7.
5. Topografia…………………………………………………………….……8.
6. Levantamento e análise visual de patologias urbanas e
arquitetônicas...................................................................…10.
7. Contexto climático……………………………………….………….12.
7.1. Temperatura……………………………………………...….….…12.
7.2. Ventilação………………………………………………….…….…..14.
7.3. Insolação……………………………………………………….…..…15.
8. Políticas públicas acerca de córregos urbanos……..….16.
9. Levantamento e análise do córrego, aplicando os
direcionamentos das políticas públicas……………….….….18.
1. Histórico de formação do bairro e do córrego
O Córrego do Saltinho, outrora um refúgio natural de
beleza serena, atualmente enfrenta um cenário degradado
e desafiador. Localizado em uma área próxima a diversos
bairros, como o Jardim São Luiz, Jardim dos Pioneiros,
Uep2-s.2 e o Condomínio Residencial Village Damha de
Presidente Prudente, este curso d'água de
aproximadamente 2.500 metros de extensão e seis metros
de largura, que se estende desde o Cemitério Municipal
São João Baptista até as proximidades da movimentada
avenida Manoel Goulart, testemunhou uma transformação
lamentável ao longo dos anos.
A topografia, o tipo de solo, a vegetação e outros
fatores locais também influenciam a formação de
córregos. Portanto, o Córrego do Saltinho de Presidente
Prudente se desenvolveu ao longo de muitos anos devido
a esses processos naturais, e sua origem não está
associada a um evento histórico específico. É importante
notar que a história geológica e a formação de cursos
d'água como o Córrego do Saltinho são tópicos de estudo
da geologia e da geomorfologia, que analisam como as
características da paisagem são moldadas ao longo do
tempo geológico.

Antigamente, o Córrego do Saltinho era um oásis de

natureza que proporcionava uma sensação de calma e
beleza à comunidade local. No entanto, as pressões
urbanas e o crescimento desordenado da cidade têm
deixado sua marca negativa nesse curso d'água. A
poluição da água, o acúmulo de resíduos sólidos, secreção
de resíduos de corpos em decomposição e a degradação
das margens se tornaram problemas recorrentes. Não há
um único evento ou causa específica que tenha dado
origem ao córrego, mas sim uma série de processos
2006 2023
geológicos e hidrológicos ao longo do tempo. Figura 1:
Fonte: Google Earth,2023.
4
 Configuração do
2. 3. Zoneamento
córrego
O córrego em questão é um exemplo marcante de um
Urbano e índices
curso d'água que se apresenta de forma notavelmente
retilínea em seu trajeto. Esse fenômeno é resultado da urbanísticos
persistente busca por um caminho linear ao longo de seu
percurso, uma característica que pode ser observada em Presidente Prudente é uma cidade que se destaca pela
muitos cursos d'água em regiões de topografia favorável. sua preocupação com o planejamento urbano e o bem-
estar de seus habitantes. A área do bairro em estudo está
Essa retidão não é apenas um traço geomorfológico localizada em parte na zona urbana ZR2 (Zona
curioso, mas desempenha um papel crucial na interação Residencial) e parte na ZI1 (Zona Industrial Não Poluente).
natural entre a circulação da água e os fundos de vale
adjacentes. Essa interação, muitas vezes negligenciada, é
de suma importância para a manutenção da diversidade da
biótica presente na região.

Os fundos de vale são ecossistemas únicos,

caracterizados por solos frequentemente úmidos e férteis,
proporcionando condições ideais para o crescimento de
uma variedade de plantas, arbustos e árvores. Além disso,
essas áreas frequentemente abrigam uma diversidade rica
de animais, desde insetos até mamíferos de pequeno
porte. Figura 2:
Fonte: Prefeitura de Presidente Prudente, 2019; editado pelo autor, 2020.

5
4. Localização 4.2 Hierarquia viária e
4.1 Acessos Mobilidade Urbana
No perímetro do bairro Uep 2 - s. 2 consta a Avenida da
Saudade e a Avenida Luiz Cezário que caracterizam-se
O córrego do Saltinho está localizado no bairro Uep 2 -
como vias principais e a Rua Padre João Goetz e a Avenida
s. 2 em Presidente Prudente, no estado de São Paulo,
11 de maio como vias coletoras. Há ainda a Avenida
estando próximo à rodovia Raposo Tavares, com fácil
Joaquim Constantino que caracteriza-se como uma via
acesso a diversas partes da cidade, o que facilita o
marginal/periférica.
deslocamento para outras cidades vizinhas, bem como o
acesso a serviços essenciais, como supermercados,
Apesar da Av. da Saudade ser uma via com mão dupla,
escolas, hospitais e estabelecimentos comerciais. O
o fluxo de veículos dentro da área estudada é intenso,
córrego está também próximo ao Cemitério Municipal São
principalmente nos horários de início e de fechamento do
João Batista.
comércio em razão da classe trabalhadora, tanto pelos
veículos particulares, quanto o transporte público.
Uma das formas de chegar perto do córrego é através
da Avenida da Saudade, especialmente perto do final do
lote do Cemitério Municipal São João Batista. Embora essa
rota possa ser um pouco discreta, outra possibilidade de
aproximação é pela rua Antônio Molina, que oferece uma
via alternativa para observar as margens do córrego,
embora o acesso também possa ser desafiador.

6
 4.3 Uso e ocupação do solo e gabarito de altura
O córrego de Saltinho, localizado em Presidente
Prudente, é uma característica geográfica importante da
área. Sua presença influenciou significativamente o
desenvolvimento urbano e o uso do solo na região ao
longo do tempo.

A ausência de construções nas imediações do córrego

de em seu estágio inicial pode ser atribuída principalmente
à topografia do terreno. A topografia íngreme e irregular
dificulta a construção de edifícios e infraestrutura,
tornando essas áreas menos propensas ao
desenvolvimento urbano. Além disso, a presença de um
córrego implica em questões relacionadas à drenagem e
ao risco de inundação, o que pode desencorajar a
ocupação dessas áreas.

Figura 3:
Fonte: Autoras, 2023.
7
5. Topografia
Em muitos processos de urbanização, as áreas mais Essa interação entre topografia e urbanização destaca a
planas e próximas aos rios costumam ser as primeiras a importância de planejar com cuidado o uso de áreas
serem ocupadas. Essa escolha é influenciada pelo fácil próximas a rios e vales. Medidas de drenagem adequadas
acesso a recursos hídricos e pela topografia que favorece a e planejamento urbano sensato são essenciais para
construção de habitações. Nesses locais, é comum a mitigar os riscos associados a topografias como a do
criação de ruas que acompanham o curso dos rios, córrego do Saltinho, garantindo a segurança e a qualidade
aproveitando a conveniência proporcionada pela de vida das comunidades que habitam essas regiões.
proximidade da água. (MIGUEZ; MAGALHÃES, 2010;
apud OTAKA A., 2019).
No entanto, a topografia nem sempre é um fator
puramente benéfico. Um exemplo disso é a situação do
córrego do Saltinho. Sua topografia é caracterizada por um
perfil em forma de vale ou canal, com declives suaves. Isso
cria uma peculiaridade: em dias de intensas chuvas, o
córrego tem uma tendência a alagar, afetando
amplamente a área circundante.
Como um fundo de vale, o córrego do Saltinho
naturalmente atrai a água pluvial que escoa das encostas
próximas, sendo o ponto mais baixo da região. Isso
significa que, quando ocorrem precipitações intensas, a
água converge para o córrego, sobrecarregando-o e Figura 4:
resultando em alagamentos que podem impactar as Fonte: Autoras, 2023.

residências, as vias públicas e a infraestrutura local. 8

Figura 5:
Fonte: Autoras, 2023.

Figura 6:
Fonte: Autoras, 2023.

Figura 7:
Fonte: Autoras, 2023.

9
Figura 8:
Fonte: Autoras, 2023.
 Levantamento e análise visual de patologias
6.
urbanas e arquitetônicas
A análise visual das patologias urbanas e arquitetônicas Além disso, não se pode ignorar os danos causados às
ao longo do Córrego do Saltinho revela um panorama estruturas próximas ao córrego. Muros e casas exibem
preocupante. Através desta investigação meticulosa foi rachaduras e sinais evidentes de desgaste devido à sua
possível identificar e documentar os diversos problemas proximidade com o córrego. Esses danos representam
que afligem essa área, proporcionando uma visão clara uma ameaça iminente à segurança das propriedades e,
das ameaças que ela enfrenta. consequentemente, à segurança das pessoas que nela
Entre as questões alarmantes está a erosão progressiva residem.
das margens do córrego. A força da água e a falta de
medidas de contenção adequadas têm causado a
degradação contínua dessas margens, ameaçando não
apenas a integridade do próprio córrego, mas também as
propriedades próximas. Além disso, a poluição do córrego
é um problema que não pode ser ignorado. O acúmulo de
resíduos sólidos e a contaminação da água prejudicam não
apenas o ecossistema local, mas também a saúde pública.
Outra questão importante é a presença de obstruções ao
longo do córrego. Essas obstruções não apenas dificultam
Figura 9:
o fluxo natural da água, mas também contribuem para o Fonte: Autoras, 2023.
aumento do risco de enchentes em áreas adjacentes. A
falta de infraestrutura adequada, como sistemas de
drenagem eficazes, agrava ainda mais esse problema.

10
Figura 10: Figura 12:
Fonte: Autoras, 2023. Fonte: Autoras, 2023.

Figura 11:
Fonte: Autoras, 2023. Figura 13:
Fonte: Autoras, 2023.
11
 7. Contexto climático industrial tenha uma representação relativamente menor
em comparação com outras áreas do estado de São Paulo.
(SPOSITO, 2011; apud K.P. FANTE, 2019).
Sob uma perspectiva climática, a região de Presidente
Prudente está situada em uma área de transição
influenciada pelos sistemas tropicais, resultando em
temperaturas elevadas, particularmente durante a
Figura 14: primavera e o verão. Além disso, a área é afetada pelos
Fonte: Autoras, 2023. sistemas extratropicais que trazem episódios de frentes

7.1 Temperatura
A pesquisa em questão concentra-se na cidade de
Presidente Prudente, localizada no oeste do estado de São
Paulo. A cidade está estrategicamente posicionada na
região do Pontal, entre os vales dos rios Paraná e
Paranapanema, caracterizada por planaltos baixos e
colinas suaves. Essa configuração geográfica favorece a
presença predominante de massas de ar quente e seco ao
longo da maior parte do ano, enfatizando seu perfil
Figura 15:
tropical. Fonte: Autoras, 2023.
Presidente Prudente se destaca como um importante
centro comercial, de serviços e acadêmico na região. Do
ponto de vista econômico, desempenha um papel
significativo como centro regional, embora o setor
12
frias e ar polar durante o outono e o inverno, ocasionando
quedas de temperatura que, no entanto, são de curta
duração. (SANT’ANNA NETO e TOMMASELLI, 2009; apud
K.P. FANTE, 2019).
A sazonalidade climática em Presidente Prudente pode
ser resumida em dois períodos distintos. O primeiro é
quente e chuvoso, abrangendo a primavera e o verão,
entre outubro e março, quando predominam as chuvas. O
segundo período é mais ameno e seco, entre abril e
setembro, com o domínio de sistemas extratropicais, como
Figura 16:
as massas polares atlânticas. (BARRIOS e SANT’ANNA Fonte: Autoras, 2023.
NETO, 1996; apud K.P. FANTE, 2019).
Durante a maior parte do ano, cerca de 45% dos dias, as
temperaturas médias máximas situam-se na faixa de 29°C
a 33°C, enquanto as temperaturas mínimas oscilam
principalmente entre 18°C e 22°C, em aproximadamente
46,1% dos dias do ano (K.P. FANTE, p.48, 2019).

13
 Isso ocorre devido às condições atmosféricas associadas

7.2 Ventilação
Na região do córrego em Presidente Prudente, a presença
às chuvas, que podem permitir variações na intensidade
dos ventos. Portanto, embora a vegetação exerça um
papel significativo na modulação dos ventos ao redor do
da vegetação circundante exerce um papel fundamental córrego, as condições climáticas sazonais também
na dinâmica dos ventos, desempenhando um papel desempenham um papel relevante na complexa interação
importante, sobretudo durante os meses de agosto e entre a vegetação e os padrões de vento na região de
setembro, quando os ventos se tornam mais notáveis. Presidente Prudente.
Nesse período, a predominância dos ventos que sopram
do sudeste, devido à posição geográfica da cidade, torna-
se ainda mais evidente. A vegetação que margeia o
córrego age como um regulador dessa força da natureza,
influenciando a intensidade e a direção dos ventos e
criando áreas com padrões de vento distintos.
Uma característica peculiar da topografia local é que a
região do córrego não costuma experimentar ventos
excessivamente fortes. Esse fenômeno pode ser atribuído
à conjunção da vegetação e da topografia, que atuam Figura 17:
Fonte: Autoras, 2023.
como suavizadores naturais dos ventos. Como resultado,
os ventos na área tendem a ser mais amenos e constantes,
proporcionando um ambiente mais tranquilo em
comparação a áreas desprovidas de vegetação. Além
disso, a vegetação desempenha o papel de uma barreira
natural, protegendo a área contra ventos mais intensos
que poderiam causar transtornos. No entanto, é
importante observar que durante a estação chuvosa, a Figura 18:
influência da vegetação na dinâmica dos ventos pode ser
14
Fonte: Autoras, 2023.
menos pronunciada.
 7.3 Insolação
A região ao redor do córrego em questão é abençoada
com uma generosa quantidade de luz solar durante o ano.
Essa área é notoriamente conhecida por seus dias
predominantemente ensolarados, principalmente durante
a estação seca. Essa condição climática é resultado de
uma série de fatores, onde a presença da água no córrego
e a vegetação circundante desempenham papéis cruciais
na dinâmica da insolação local.
A água que flui pelo córrego desempenha um papel
notável na intensificação da luz solar na área. Ao refletir
os raios solares, a água cria um efeito de amplificação da
luz, especialmente nas proximidades do córrego. Isso
significa que os níveis de iluminação são particularmente
altos, realçando a beleza natural da região.
Durante o decorrer do dia, a intensidade da insolação
atinge o seu ápice, com os raios solares incidindo
diretamente sobre a superfície.
Figura 20:
Figura 19:
Fonte: Autoras, 2023.
À medida que o sol começa a se pôr no horizonte, a
intensidade da luz solar gradualmente diminui, levando a
uma exposição menor ao sol. É importante notar que a
falta de árvores e vegetação densa ao redor do córrego
contribui para uma maior exposição à luz solar. Sem a
sombra proporcionada por essa vegetação, a área tende a
experimentar uma insolação mais intensa, especialmente
em dias de forte luminosidade.
Assim, a combinação da água refletindo os raios solares e
a ausência de vegetação densa ao redor do córrego resulta
em uma região que desfruta de abundante luz solar ao
longo do ano. Esse cenário cria um ambiente naturalmente
iluminado e é uma característica marcante da beleza e do
clima da região.
Fonte: Autoras, 2023.
15
8. Políticas públicas acerca de córregos urbanos
O Código Florestal Brasileiro é uma legislação ambiental
que estabelece regras e diretrizes para a proteção e
conservação das florestas e vegetação nativa do Brasil.
Ele foi originalmente promulgado em 1965 (Lei nº
4.771/1965) e passou por várias revisões e alterações ao
longo dos anos, sendo a mais significativa em 2012,
quando foi aprovada a Lei nº 12.651/2012, conhecida
como o Novo Código Florestal. A principal finalidade deste
é regular o uso da terra, especialmente em áreas rurais,
com o objetivo de conciliar a produção agrícola e pecuária
com a preservação ambiental.
O Código Florestal Brasileiro é uma peça fundamental da
legislação ambiental do país, uma vez que o Brasil é um
dos países mais ricos em biodiversidade do mundo e tem
grandes extensões de florestas tropicais. Sua
implementação e eficácia têm sido temas de debate e
discussão ao longo dos anos, com diferentes interesses
econômicos e ambientais em jogo.
O Córrego do Saltinho é uma área de grande relevância
ambiental que atualmente enfrenta sérios desafios em
conformidade com o Código Florestal Brasileiro. Esta
região, que deveria ser um oásis de beleza natural e
habitat para diversas formas de vida, lamentavelmente
sofre com problemas persistentes que ameaçam sua
integridade ecológica.
Conforme estipulado pelo Código Florestal, as Áreas de
Preservação Permanente (APPs) que circundam o Córrego
do Saltinho são essenciais para manter a qualidade da
água, prevenir erosão e preservar a biodiversidade local.
No entanto, a situação atual é alarmante, com a poluição
da água sendo uma das principais preocupações.
Descargas inadequadas de poluentes, resíduos industriais
e esgotos domésticos têm contribuído para a degradação
da qualidade da água do córrego, afetando a vida aquática
e comprometendo sua função ecológica. Além disso, o
acúmulo de resíduos sólidos ao longo das margens do
Córrego do Saltinho é um problema crescente. Esses
resíduos incluem plásticos, garrafas, pneus e outros
materiais descartados de forma inadequada, causando
poluição visual e ambiental. A presença de lixo afeta
negativamente a fauna local e a estética do córrego.
Outro aspecto alarmante é a secreção de resíduos de
corpos em decomposição no córrego, visto que este
encontra-se próximo ao cemitério, o que indica uma falta
de manejo adequado das áreas adjacentes. Isso não
apenas prejudica a qualidade da água, mas também
representa riscos à saúde da população.
16
 A degradação das margens do Córrego do Saltinho é
igualmente preocupante, pois a remoção da vegetação
nativa e a urbanização inadequada contribuem para a
erosão do solo e o assoreamento do córrego. Essa erosão
das margens compromete ainda mais a qualidade da água,
além de destruir habitats naturais e paisagens
cênicas.ameaçam sua integridade ecológica.

17
9. Levantamento e análise do córrego, aplicando
os direcionamentos das políticas públicas
As políticas públicas em Presidente Prudente
demonstram um desafio constante no que diz respeito à
gestão urbana e ao enfrentamento das patologias urbanas
e arquitetônicas, como as evidenciadas ao longo do
Córrego do Saltinho. A análise visual das condições dessa
área revela um panorama preocupante, apontando a
necessidade de ações governamentais eficazes para
resolver os problemas identificados.
Entre as questões alarmantes na região do Córrego está a
erosão progressiva das margens do córrego. A falta de
medidas de contenção adequadas e a força da água
estavam causando uma degradação contínua das
margens, representando uma ameaça tanto para a
integridade do próprio córrego quanto para as
propriedades próximas. Nesse contexto, as políticas
públicas precisam abordar a conservação e a estabilização
das margens do córrego, implementando soluções de
engenharia e investindo em infraestrutura para conter a
erosão.
Outro problema crucial que necessita de atenção é a
poluição do córrego. O acúmulo de resíduos sólidos e a
contaminação da água não apenas prejudica o
ecossistema local, mas também afeta a saúde pública.
Para resolver esse problema, as políticas públicas devem
incluir estratégias para a gestão de resíduos e medidas
para a despoluição do córrego, como a implementação de
sistemas de tratamento de esgoto e a conscientização
ambiental.
Além disso, a presença de obstruções ao longo do
córrego é outra questão que exige intervenção. Essas
obstruções não apenas dificultam o fluxo natural da água,
mas também aumentam o risco de enchentes nas áreas
adjacentes. As políticas públicas devem abordar a
remoção das obstruções e investir em infraestrutura de
drenagem eficaz para mitigar os riscos de enchentes e
melhorar a resiliência da região a eventos climáticos
extremos.
Por fim, não se poderia ignorar os danos causados às
estruturas próximas ao córrego, como muros e casas.
Esses danos representam uma ameaça à segurança das
propriedades e das pessoas que nela residiam. As
políticas públicas precisam incluir medidas de prevenção
de desastres e ações para a recuperação das estruturas
afetadas, garantindo a segurança da população.
18
Portanto, a abordagem das políticas públicas em
Presidente Prudente em relação ao Córrego do Saltinho
deveria se concentrar na conservação das margens, na
despoluição, na remoção de obstruções e na mitigação de
danos às estruturas próximas. A análise visual das
patologias urbanas e arquitetônicas serve como um alerta
claro sobre a urgência dessas ações para proteger o meio
ambiente e garantir a segurança e a qualidade de vida da
comunidade local.

19
10. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
Um diagnóstico ambiental é um processo sistemático de avaliação e análise das condições e características
ambientais de uma determinada área, região, ecossistema ou localidade. O objetivo principal é obter informações
abrangentes sobre o estado do meio ambiente, identificando seus componentes, interações e impactos.

Esse diagnóstico é fundamental para o entendimento da saúde e qualidade ambiental, sendo frequentemente
utilizado em diversos contextos, como na gestão ambiental, planejamento urbano, projetos de

20
 TABELA MATRIZ CDP

ASPECTOS CONDICIONANTE DEFICIÊNCIA POTENCIALIDADE

POLUIÇÃO DA ÁGUA
CEMITÉRIO
HISTÓRICO DE FORMAÇÃO DA CEDER OS TÚMULOS USO DA POPULAÇÃO PARA
EVOLUÇÃO DO PERÍMETRO
CIDADE E DO BAIRRO CRESCIMENTO DESORDENADO AÇÕES DE LIMPEZA
URBANO
DA CIDADE

BAIXA IMPERMEABILIDADE NO AUMENTO DE ESPAÇO PARA

CANALIZAÇÃO
CONFIGURAÇÃO DO CÓRREGO SOLO CONSTRUÇÃO DE
EXTENSÃO
PASSA POR DIVERSOS BAIRROS EDIFICAÇÕES NO ENTORNO

ZONEAMENTO URBANO E ÍNDICES VERTICALIZAÇÃO ALTO FLUXO NAS VIAS

NÃO HÁ POTENCIALIDADE
URBANÍSTICOS INDUSTRIALIZAÇÃO RESISTÊNCIA DO SOLO

PASSA EM MEIO A DIVERSAS
LOCALIZAÇÃO
ÁREAS INDUSTRIAIS
CONSTRUÇÕES PRÓXIMAS
PASSAGEM DE CAMINHÕES
AR MAIS FRESCO E HÚMIDO
PESADOS
RISCO DE EROSÕES

HIERARQUIA E MOBILIDADE ALTO FLUXO NAS VIAS FÁCIL ACESSO AOS BAIRROS E
ACESSO
URBANA PRÓXIMAS AO CÓRREGO

21
 TABELA MATRIZ CDP

ASPECTOS CONDICIONANTE DEFICIÊNCIA POTENCIALIDADE

LOCAIS COM DECLIVIDADE

TOPOGRAFIA DECLIVIDADE SEM RISCO DE ALAGAMENTO
SUPERIOR A 30%

PROXIMIDADE AO CÓRREGO
RISCO DE DESABAMENTO
CASA
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO MOFO NAS PAREDES CLIMA MAIS AMENO
INDUSTRIAS
INFILTRAÇÃO
RACHADURAS

RACHADURAS APARENTES BOA CLIMATIZAÇÃO DEVIDO A

PATOLOGIAS URBANAS E MATAS CILIARES
MOFO CIDADE ESTAR EM UM CLIMA
ARQUITETÔNICAS PROXIMIDADE AO CÓRREGO
ZONAS DE BAIXA LUMINOSIDADE TROPICAL

ESPAÇO PARA HORTA

CONTEXTO CLIMÁTICO VEGETAÇÃO POUCA VEGETAÇÃO
COMUNITARIA

POLÍTICAS PÚBLICAS NÃO PRESERVAÇÃO FALTA DE POLITICAS PUBLICAS NÃO HÁ POTENCIALIDADE

22
11. PROGNÓSTICO
O prognóstico refere-se à previsão ou projeção futura das condições ambientais com base nas informações
coletadas durante o diagnóstico. É uma tentativa de antecipar como o ambiente pode evoluir ao longo do tempo,
levando em consideração fatores como mudanças climáticas, ações humanas, políticas ambientais e outros
elementos relevantes.

O prognóstico ambiental ajuda na formulação de estratégias e planos de ação para lidar com possíveis
desafios ou impactos futuros identificados no diagnóstico. Ele contribui para o desenvolvimento de medidas
preventivas e corretivas, permitindo uma gestão mais eficiente e sustentável do meio ambiente. Em resumo,
enquanto o diagnóstico oferece uma visão do estado atual, o prognóstico busca antecipar o que pode acontecer
no futuro com base nessa análise.

23
 TABELA DE ANÁLISE DE POSSÍVEIS SITUAÇÕES
DEFICIÊNCIA
SEM CONTROLE
AUMENTAR ODOR
BAIXA ESPECULAÇÃO
POLUIÇÃO DA ÁGUA
IMOBILIARIA
SE TORNER VAZIO URBANO
IMPERMEABILIDADE DO SOLO E DESABAMENTO DE TERRA
RISCO DE EROSÃO ALAGAMENTO
AUMENTO DO RISCO DE CRIMES
BAIXA LIMINOSIDADE NA REGIÃO ÀS PESSOAS E EDIFICAÇÕES
PRÓXIMAS
DETERIORIZAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES SURGIMENTO DE MOFO E
PRÓXIMAS AO CÓRREGO RACHADURAS
SITUAÇÃO
ATENDER AS LEGISLAÇÕES RESPEITAR AS POTENCIALIDADES
CÓDIGO FLORESTAL (CAP. X,
CONSCIENTIZAÇÃO DA
ART. 41): A CONSERVAÇÃO DAS
POPULAÇÃO PARA A LIMPEZA DA
ÁGUAS E DOS SERVIÇOS
ÁGUA
HÍDRICOS
PLANTIO DE ÁRVORES
LEI DE PRESERVAÇÃO
PRESERVAÇÃO DA FAUNA E
AMBIENTAL
FLORA DA ÁREA
INSTALAÇÕES DE PONTOS DE
MENOR RISCO A POPULAÇÃO
LUZ
CUIDADOS COM A QUESTÃO
REFORMA NAS EDIFICAÇÕES
CONTRUTIVA DAS EDIFICAÇÕES
24
12. DIRETRIZES PROJETUAIS
Conscientização da população através de campanha: Alertar a população sobre os
riscos da água contaminada e seus danos para o meio ambiente e para a saúde, além
de conscientiza-los através de campanhas que visem a limpeza do curso d’água na
região.

Mutirão de plantio de mudas: Realizar mutirão para plantar árvores na região do

córrego para solucionar questões climáticas e ambientais., além de problemas
relacionados a saúde.

Instalação de postes de iluminação:

Reforma nas edificações:

25
 TABELA DE PREVISÃO DAS INTERVENÇÕES

IMEDIATO MÉDIO PRAZO LONGO PRAZO

DEFICIÊNCIA DIRETRIZ PROJETUAL
(2 MESES) (ATÉ 5 ANOS) (ATÉ 10 ANOS)

CONCIENTIZAÇÃO DA
POLUIÇÃO DA ÁGUA POPULAÇÃO ATRAVES DE X
CAMPANHA

IMPERMEABILIDADE DO MULTIRÃO DE PLANTIO DE

SOLO E RISCO DE EROSÃO MUDAS X

BAIXA LUMINOSIDADE NA INSTALAÇÃO DE POSTES DE

REGIÃO ILUMINAÇÃO X

DETERIORIZAÇÃO DAS
REFORMA NAS
EDIFICAÇÕES PRÓXIMAS
EDICICAÇÕES X
AO CÓRREGO

26
 13. LOCALIZAÇÃO DAS INTERVENÇÕES
NA MAQUETE

27
Figura 21: maquete topográfica temática.
Fonte: Autoras, 2023.
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Código florestal brasileiro.
FANTE, Karime Pechutti. EVENTOS EXTREMOS DE TEMPERATURA E SEUS IMPACTOS NO
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Presidente Prudente – SP, 2019.
OTAKARA, Adriana Emi Büchler. Drenagem Urbana e Meio Ambiente: um Estudo no
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Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional) - Universidade do Oeste Paulista,
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www.mme.gov.br/projeteee. Acesso em: 29 set. 2023.
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