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Relatório Técnico
PERÍODO 2017-2018
COORDENAÇÃO
índice
INPE
FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA
Flávio Jorge Ponzoni, Ieda Del’Arco Sanches e
Marcia Makiko Hirota – Coordenação geral
Claudio Almeida – Coordenação técnica
Fundação SOS Mata Atlântica Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE 3.3 Resultados quantitativos por estado no período 2017-2018 38
Avenida Paulista, 2073, Conjunto Nacional Av. dos Astronautas, 1758
Torre Horsa 1, 13º andar Cj. 1318 12227-010 - São José dos Campos, SP 3.4 Tabela Geral e Mapa do Bioma Mata Atlântica 62
01311-300 São Paulo, SP Tel. (11) 3208-6454
Tel. (11) 3262-4088 ramal 2231 E-mail: ieda.sanches@inpe.br Relação de Imagens 64
E-mail: marcia@sosma.org.br www.inpe.br
www.sosma.org.br
info@sosma.org.br
APRESENTAÇÃO
A Fundação Mata Atlântica e o entidades ambientalistas, Sorriso Herbal. Desde a sexta até
Instituto Nacional de Pesquisas Ministérios Públicos estaduais, a atual edição, o Atlas conta com
Espaciais (INPE) têm a satisfação universidades, institutos de a execução técnica da ArcPlan
de apresentar à sociedade a pesquisa, empresas, além de Geoprocessamento e patrocínio
décima terceira edição do “Atlas vários pesquisadores, cientistas do Bradesco Cartões.
dos Remanescentes Florestais e ambientalistas. Entre 1985 e
Espera-se que as informações
da Mata Atlântica”. Esta edição 1990, obteve a participação da
geradas e os produtos elaborados
inclui o mapeamento do território empresa Imagem Sensoriamento
sejam úteis para contribuir com o
dos 17 estados inseridos no Remoto e o patrocínio do Banco
conhecimento e para subsidiar
Mapa da Área de Aplicação da Bradesco, da indústria Metal
estratégias e ações políticas de
Lei 11.428 de 2006, a Lei da Mata Leve e das Indústrias Klabin de
conservação da Mata Atlântica,
Atlântica. Este relatório técnico Papel e Celulose. De 1990 a 1995,
considerada um dos mais ricos
apresenta, sinteticamente, teve a participação da empresa
conjuntos de ecossistemas
a metodologia atual, os Imagem Sensoriamento Remoto
do planeta e um dos mais
mapas-síntese do bioma, e do Instituto Socioambiental, e
ameaçados de extinção.
os dados por estado e as o patrocínio do Banco Bradesco,
estatísticas globais também por da Polibrasil Indústria e Comércio
estado. As demais informações, e co-patrocínio do Fundo
tais como os mapas, imagens, Nacional do Meio Ambiente/
fotos de campo, arquivos em MMA. De 1995 a 2000, contou
formato vetorial e dados dos com a participação da Fundação
remanescentes florestais e das de Ciências, Aplicações
áreas naturais, por município, e Tecnologia Espaciais
estado, Unidade de Conservação, (Funcate), da Geoambiente
Bacia Hidrográfica, Corredor Sensoriamento Remoto, da
de Biodiversidade e Área Nature Geotecnologias e da
Prioritária para Conservação da ArcPlan Geoprocessamento,
Biodiversidade estão acessíveis com o patrocínio do Banco
nos portais www.sosma.org.br e Bradesco e co-patrocínio da
www.inpe.br ou diretamente no Colgate-Palmolive/Sorriso
servidor de mapas http://mapas. Herbal. A quarta e a quinta
sosma.org.br. edições referentes aos períodos
de 2000 a 2005 e de 2005 a
Em todas as etapas de sua
2008, contaram com a execução
atualização, o Atlas contou com
técnica da empresa ArcPlan
a participação, contribuição e
Geoprocessamento e patrocínio
apoio de diversas instituições,
do Bradesco Cartões e co-
órgãos governamentais,
patrocínio da Colgate-Palmolive/
1
8 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica 9
INTRODUÇÃO
A visão conjunta da Fundação florestais e de ecossistemas Mata Atlântica permitiu estimar digital na escala 1:50.000 em
SOS Mata Atlântica e do associados da Mata Atlântica, o efeito da ação antrópica nos tela de computador. Essa
Instituto Nacional de Pesquisas monitorar as alterações da remanescentes florestais e nas nova estratégia permitiu a
Espaciais (INPE) sobre o cobertura vegetal e gerar vegetações de mangue e de identificação de fragmentos
mapeamento de fitofisionomias informações permanentemente restinga no período entre 1985 florestais, desflorestamentos
no Brasil nos últimos 28 anos aprimoradas e atualizadas e 1990. ou regiões em regeneração
tem como foco o bioma Mata desse bioma. com áreas superiores a 10
Uma nova atualização foi
Atlântica. Juntos envolveram, hectares. Nas edições anteriores
O primeiro mapeamento concretizada em 1998, desta vez
ao longo desses anos, inúmeras do Atlas, só áreas acima de
publicado em 1990, com referente ao período de 1990 a
instituições governamentais ou 25 hectares eram passíveis de
a participação do Instituto 1995, com análises mais precisas
não governamentais, e vários serem mapeadas. Além disso,
Brasileiro do Meio Ambiente devido à implementação de
profissionais, acadêmicos e por orientação de cientistas
e dos Recursos Naturais aprimoramentos metodológicos,
especialistas de diferentes e membros do Conselho
Renováveis (Ibama), teve o tais como a digitalização dos
áreas do conhecimento para Administrativo da SOS Mata
mérito de ser um trabalho limites das fisionomias vegetais
gerar e disseminar dados Atlântica, decidiu-se modificar
inédito sobre a área original da Mata Atlântica, de algumas
concretos produzidos a partir os critérios de mapeamento,
e a distribuição espacial dos unidades de conservação
da aplicação de metodologias incluindo a identificação
remanescentes florestais da (UCs) federais e estaduais e
cientificamente fundamentadas. de formações arbóreas
Mata Atlântica. Desenvolvido em o cruzamento com a malha
sucessionais secundárias.
Imagens de satélite e escala 1:1.000.000, tornou-se municipal digital do Instituto
tecnologias nas áreas da uma referência para pesquisas Brasileiro de Geografia e Os avanços tecnológicos
informação, sensoriamento científicas relacionadas ao tema Estatística (IBGE), entre outros. nas áreas da informação,
remoto e geoprocessamento e para o desenvolvimento das sensoriamento remoto,
Em 2002, a SOS Mata Atlântica e
têm sido exploradas pela SOS ações políticas de conservação processamento de imagens de
o INPE lançaram os novos dados
Mata Atlântica, uma organização do bioma. satélites e geoinformação vêm
da situação da Mata Atlântica,
não governamental, e pelo contribuindo favoravelmente
No ano seguinte, a SOS Mata cuja atualização compreendeu
INPE, um órgão do Ministério para a realização deste Atlas,
Atlântica e o INPE iniciaram um o período de 1995 a 2000. Esta
da Ciência, Tecnologia, especialmente para torná-lo
mapeamento mais detalhado, fase teve como grande inovação
Inovações e Comunicações, mais preciso e detalhado e
em escala 1:250.000, em 10 a interpretação visual realizada
para elaboração do Atlas dos mais acessível ao público em
estados brasileiros, da Bahia ao sobre imagens dos sensores
Remanescentes Florestais da geral, de forma a possibilitar
Rio Grande do Sul, identificando Thematic Mapper (TM) e
Mata Atlântica. O projeto é a criação de um cenário em
áreas acima de 40 hectares. Enhanced Thematic Mapper Plus
fruto de um convênio pioneiro, que cada cidadão pode, com
Concluído em 1993, o Atlas (ETM+) dos satélites Landsat 5
estabelecido em 1989, voltado alguma facilidade, conhecer a
dos Remanescentes Florestais e Landsat 7, respectivamente,
para determinar a distribuição Mata Atlântica de sua cidade,
e Ecossistemas Associados da disponibilizadas em formato
espacial dos remanescentes de sua região, de seu estado e
10 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA
METODOLOGIA
Atlas 2011 com formações florestais Restinga herbácea também chamados de campos
delimitadas em verde. litorâneos no Rio Grande do
Essa classe inclui as formações Sul. Em muitos casos, essas
de restingas herbáceas, áreas já apresentam estradas
incluindo formações arbustivas ou sinais de loteamentos ainda
e herbáceas que ocorrem não ocupados ou com pouca
sobre cordões arenosos, ocupação.
Duna
Essa classe inclui as formações
de dunas sem cobertura
vegetacional.
Apicum
Essa classe inclui as formações ocorrem no interior e entorno
Figura com área de Dunas em vegetacionais não florestais que
Extremoz, no Rio Grande do Norte.
das áreas de mangue.
As áreas de campo de altitude excluídas da interpretação Os refúgios são formações rochosas e uma vegetação
foram consideradas como áreas de floresta plantada naturais não florestais com natural arbustiva.
naturais mesmo quando existe (silvicultura) e áreas com uso predominância de formações
um uso para pastagens. Foram agrícola.
RESULTADOS
Da área total de 130.973.638 conta de imagens parcialmente
3.1 Área avaliada hectares do Mapa da Área cobertas por nuvens e 3%
de Aplicação da Lei da Mata não foram possíveis de ser
Este relatório apresenta a seguir Os 17 estados foram avaliados
Atlântica, 87% foram avaliadas avaliadas pela indisponibilidade
os resultados quantitativos no período de 2017 e 2018.
no período, 10% foram de imagens.
globais e parciais por estado.
parcialmente avaliadas por
40000
Dec. Dec.
%UF na % Variação
UF Área UF UF na Lei MA Mata 2018 mata mata
LMA mata do anterior
17-18 16-17
Dunas
Refúgio 328.558
Restinga herbácea
Vegetação de várzea 40.721
Mangue
Restinga arbórea
dec. restinga 17-18
Total Natural 3.198.304
% Total Natural 11,6%
46 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica 47
Refúgio
Restinga herbácea 798
Vegetação de várzea 86.155
Mangue 35.196
Restinga arbórea 100.010
dec. restinga 17-18 93
Total Natural 2.573.208
% Total Natural 13,1%
48 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica 49
DEMAIS ESTADOS DO
NORDESTE
Remanescentes Florestais da
Mata Atlântica nos estados do
Nordeste – Desmatamentos
identificados no período entre
2017-2018 - em hectares:
UF (áreas em hectares) AL CE PB PE RN SE
Área UF 2.777.724 14.892.047 5.646.963 9.815.022 5.281.123 2.191.508
UF na Lei MA 1.524.618 866.120 599.487 1.690.563 350.994 1.019.753
Mata 2018 140.659 64.064 54.982 198.346 12.041 69.901
dec. mata 17-18 8 7 33 90 13 98
dec. mata 16-17 259 5 63 354 23 340
dec. mata 15-16 11 9 32 16 - 160
dec. mata 14-15 4 3 11 136 23 363
dec. mata 13-14 14 6 32 10
dec. mata 12-13 17 4 - 155 109 137
dec. mata 11-12 138 - - 128 - 839
Apicum 124 3.578 292 480 2.714 563
Banhados e Áreas alagadas 591 1.601 20 725
Campos naturais
Dunas 3.019 37.091 11.339 1.880
Refúgio
Restinga herbácea 5.754 9.726 416 19.997 8.838
Vegetação de várzea 713 472 1.014 381 2.169 4.145
Mangue 5.359 15.227 11.565 15.230 12.418 24.597
Restinga arbórea 2.342 59.731 672 21.020 4.766
dec. restinga 17-18 804 33 4
Total Natural 158.561 189.890 70.541 214.456 82.423 114.689
% Total Natural 10,4% 21,9% 11,8% 12,7% 23,5% 11,2%
Relação de Figuras:
Área de abrangência do Atlas, conforme Lei Federal 11.428/2006 e Decreto 6.660/2008. 13 Exemplo da Carta de Vegetação 1:1.000.000 do RADAM. Volume 28 – Folha SF.21 (Campo
27
Grande).
Imagem LISS III com remanescentes florestais delimitados em verde. 16
Exemplo das áreas que correspondem à visualização do mapa na escala 1:50.000. 28
Imagem de alta resolução de 8/11/2011. 17
Áreas naturais delimitadas em amarelo sobre imagem LANDSAT de 2017 (Porto Seguro/BA). 28
Imagem de alta resolução de 8/11/2011. 17
Áreas naturais delimitadas em amarelo sobre imagem Landsat de 2015. 29
Atlas 2011 com formações florestais delimitadas em verde. 18
Áreas naturais delimitadas em amarelo sobre imagem Landsat de 2014. 29
Formações florestais delimitadas em verde e áreas de várzea e mata galeria incorporadas
18 Áreas desflorestadas delimitadas em magenta sobre imagem Landsat 8 de 2017. 30
ao mapeamento do Atlas em 2012.
Polígono de desmatamento lançado sobre imagem antiga de alta resolução do Google
Área de ocorrência de restinga florestal (delimitada em amarelo), no Rio Grande do Norte. 19 30
Earth.
Figura com área de restinga herbácea em Mataraca/PB. 19 Visualização em maior detalhe da floresta natural que foi desmatada. 31
Área de ocorrência de restinga herbácea (delimitada em amarelo) e a classe de dunas Figura da área do bioma Mata Atlântica considerada nessa atualização. 32
20
(delimitada em laranja), no litoral do Piauí.
Áreas não avaliadas ou parcialmente avaliadas em 2017. 33
Figura com área de restinga herbácea em Porto do Mangue/RN. 20
Taxa de desmatamento e média exponencial histórica. 35
Figura com área de mussunungas incluídas como restinga herbácea em Jaguaripe/BA. 21
Figura do estado do Espírito Santo com decrementos 2017-2018 ressaltados. 39
Figura com área de duna em Paracuru/CE. 21
Figura do estado de Goiás com decrementos 2017-2018 ressaltados. 41
Figura com área de dunas em Extremoz/RN. 22
Figura do estado de Mato Grosso do Sul com decrementos 2017-2018 ressaltados. 43
Área de ocorrência de mangue (delimitada em amarelo) na Baía do Babitonga, em Santa
22
Catarina. Figura do estado de Minas Gerais com decrementos 2017-2018 ressaltados. 45
Área de ocorrência de mangue (delimitada em amarelo) na foz do rio Vaza Barris, em Sergipe. 23 Figura do estado do Paraná com decrementos 2017-2018 ressaltados. 47
Figura com as áreas de ocorrência original dos campos naturais de altitude incluídos no Figura do estado de Santa Catarina com decrementos 2017-2018 ressaltados. 53
24
Atlas desde 2012. Figura do estado de São Paulo com decrementos 2017-2018 ressaltados. 55
Figura da esquerda com imagem LISS III da região do município de Capão Alto/SC. Na
Figura Mapa do estado da Bahia com decrementos identificados no período 2017-2018
imagem da direita, em verde, as formações florestais, e em amarelo, as formações 24 57
ressaltados.
interpretadas como campos de altitude naturais.
Figura com as áreas de ocorrência original de refúgios vegetacionais incluídos no Atlas Figura do estado do Piauí com decrementos identificados no período 2017-2018 ressaltados. 59
25
desde 2012.
Figura dos estados do Nordeste com decrementos identificados no período 2017-2018
Figura com área de refúgio vegetacional (delimitada em amarelo) no interior de Minas Gerais. 25 61
ressaltados.
Figura com área de banhados/campos úmidos em Coruripe/AL. 26