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PORTO ALEGRE
2016
SECRETARIA DO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO RIO
GRANDE DO SUL (SEMA-RS)
PORTO ALEGRE
2016
C669e Codex Remote.
Elaboração do zoneamento ecológico-econômico do Rio
Grande do Sul (ZEE-RS), integrando ao sistema de
planejamento do Estado, as informações necessárias à gestão
do território: Produto 3: mapas temáticos ZEE / por Codex
Remote, Acquaplan e Gitec Brasil. – Porto Alegre: [s.n.],
2016.
CDU 502(816.5)
504.06(816.5)
Catalogação na publicação:
Bibliotecária Carla Maria Goulart de Moraes – CRB 10/1252
REVISÕES
Figura 4 - Layout padrão utilizado para a construção dos mapas temáticos (Modelo 1
Figura 5 - Layout padrão utilizado para a construção dos mapas temáticos (Modelo 2
1 APRESENTAÇÃO........................................................................................ 12
2 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 13
4 ASPECTOS FÍSICOS................................................................................... 44
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 97
1 APRESENTAÇÃO
2 INTRODUÇÃO
(Continuação)
TEMÁTICA DO DADO INVENTARIADO PRODUTO
HIDROSSEDIMENTOLOGIA E DADOS DO MEIO FÍSICO DO LAGO P25 e P39
GUAÍBA
ECOLOGIA P4
VEGETAÇÃO E FAUNA ASSOCIADA P3
CAPACIDADE DE USO AGRÍCOLA P3
AMPLITUDE ALTIMÉTRICA P3
DECLIVIDADES P3
MODELO DE ELEVAÇÃO DIGITAL P3
HIDROGEOLOGIA P3
COBERTURA VEGETAL NATIVA P12
CORREDORES NATURAIS DE BIODIVERSIDADE P12 e P15
CONECTIVIDADE E FRAGMENTAÇÃO P12
PERDA DE DIVERSIDADE P12
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APPS) P3 e P12
RESERVA LEGAL P3 e P12
FITOGEOGRAFIA P12
FAUNA TERRESTRE P12
FAUNA AQUÁTICA P12
FAUNA AMEAÇADA P12
RIQUEZA DE ESPÉCIES DA FAUNA E DA FLORA P12
ÁREAS DE RISCO AMBIENTAL P12
ZONEAMENTOS PRÉ-EXISTENTES P4
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UCS) P29
APTIDÃO AGRÍCOLA P15
POTENCIAL MADEIREIRO P15
POTENCIAL DE PRODUTOS FLORESTAIS NÃO-MADEIREIROS P15
POTENCIAL PARA A EXPLORAÇÃO DE PRODUTOS DERIVADOS P15
DA BIODIVERSIDADE
VULNERABILIDADE NATURAL À PERDA DE SOLO P15
ESTUDOS DEMOGRÁFICOS P16
ESTUDOS ECONÔMICOS P16
ESTUDOS URBANO-REGIONAIS P17
ESTUDOS DE CONDIÇÕES DE VIDA P16
SETORES CENSITÁRIOS P16
LEVANTAMENTO DO HISTÓRICO DA OCUPAÇÃO FÍSICO- P16
TERRITORIAL
ESTRUTURA FUNDIÁRIA P16
OCUPAÇÃO E USO DA TERRA P16
ATIVIDADES EXTRATIVISTAS P16
AGRICULTURA E PECUÁRIA P16
ÁREAS IRRIGADAS P16
18
(Continuação)
TEMÁTICA DO DADO INVENTARIADO PRODUTO
SISTEMA VIÁRIO COM ESPACIALIZAÇÃO DAS CENTRALIDADES P3 e P16
SISTEMA ENERGÉTICO P16
ABASTECIMENTO PÚBLICO DE ÁGUA P16
SANEAMENTO P16
TELEFONIA FIXA E MÓVEL P16
SISTEMAS DE TRANSPORTES P16
INFRAESTRUTURA ESTABELECIDA P16
ÁREAS URBANIZADAS P3 e P16
ÁREAS DE EXPANSÃO URBANA (PLANO DIRETOR) P16
PATRIMÔNIO PAISAGÍSTICO E HISTÓRICO-CULTURAL P16
ÁREAS INSTITUCIONAIS P16
PROGRAMAS INCIDENTES P16
LOGÍSTICA P18
FLUXOS ECONÔMICOS P18
OCUPAÇÃO E ARTICULAÇÃO REGIONAL P18
AGREGADOS MACROECONÔMICOS P18
RENDA PER CAPITA P18
FORMAÇÃO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DO ESTADO DO RIO P18
GRANDE DO SUL
EMPREGO P18
COMÉRCIO P18
SETOR DE SERVIÇOS P18
SETOR INDUSTRIAL P18
ATIVIDADE AGROPECUÁRIA P18
REMUNERAÇÃO P19
MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS P19
CRESCIMENTO POPULACIONAL P19
ZONEAMENTO DO LITORAL MÉDIO P4
POPULAÇÃO MIGRATÓRIA P19
SAÚDE PÚBLICA P19
EDUCAÇÃO P19
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) P19
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO (IDESE) P19
TAXA DE POBREZA P19
SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS P19
ANTROPOLOGIA P19
TRADIÇÕES E COSTUMES P19
SEGURANÇA PÚBLICA P19
REMANESCENTES QUILOMBOLAS P21
19
(Conclusão)
TEMÁTICA DO DADO INVENTARIADO PRODUTO
PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO, ARQUEOLÓGICO E CULTURAL P23
PATRIMÔNIO MATERIAL P23
PATRIMÔNIO IMATERIAL P23
MERCADO DE TRABALHO P20
RENDA P20
ÁREAS INDÍGENAS P29
FAIXA DE FRONTEIRA P29
PROGRAMA GERENCIAMENTO COSTEIRO (GERCO) P4
IMPACTOS AMBIENTAIS P28
DESMATAMENTOS P28
EROSÃO P28
ASSOREAMENTO P28
POLUIÇÃO DOS CURSOS D'ÁGUA P28
DEPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS P28
AMEAÇA DA BIODIVERSIDADE P28
SERVIÇOS AMBIENTAIS P28
LEVANTAMENTO LEGAL E DISPOSIÇÕES JURÍDICAS RELATIVAS P30
UTILIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS P30
ORDENAMENTO TERRITORIAL P30
DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS NAS ÁREAS P30
RURAIS E URBANAS
LEIS DE REGULAMENTAÇÃO DAS ÁREAS PROTEGIDAS E P30
DIVISAS ADMINISTRATIVAS
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL P30
ACESSO E USO DOS RECURSOS NATURAIS P30
INSTRUMENTOS LEGAIS DAS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DAS P30
INSTITUIÇÕES COM RELAÇÕES AFINS AO ZEE
Cada temática do dado inventariado pode gerar um ou mais dados sobre dois
aspectos: fontes distintas e composições distintas. Fontes distintas são tidas quando
um tema é produzido por várias instituições, a exemplo, dados de hidrografia
produzidos por IBGE, DSG e SEMA. Composições distintas podem ser vistas como
detalhamentos acerca de cada temática, onde um dado pode ser compreendido por
uma ou mais variáveis ou indicadores, tais como agricultura, representado por
culturas permanentes e temporárias, e com dados sobre: área colhida, área
20
institucional.
Produto 4
Em aquisição
9. Diálogo para analisar 7. Apresentação
11. Preenchimento de
10. Aquisição do dados correlatos ou 8. Solicitação dos conceitual do ZEE e 6. Agendamendo
Não solicitado metadados descritivos
dado indicação de novos dados previstos objetivo do com instituições
(P4)
dados e/ou instituições inventário
Adquirido
ambientais, socioeconômicos e da
organização jurídico institucional.
Sistematização de dados
Dados substitutos
Diálogo com as instituições e
profissionais de referência técnica:
Alternativas metodológicas para
Produto 6
Análise de impactos da
indisponibilidade
identificação dos dados
preenchimento das
Relatório com a
necessários ao
lacunas.
um SIG.
conceitual de banco de
informações inventariadas dados
dados
(P8)
1 O Termo de Referência (TdR) traz o conceito de manchas urbanas. Para essa temática adotou-se o
termo área edificada conforme a Especificação Técnica para a Estruturação de Dados Geoespaciais
Vetoriais (ET-EDGV) versão 2.1.3 de 2010. Esse documento é regulamentado pela Comissão
Nacional de Cartografia (CONCAR).
2 O conceito apresentado no TdR foi de amplitude altimétrica. Promoveu-se a substituição por
hipsometria pois esse conceito é mais abrangente e usual na comunidade técnico científica, além de
ser mais aderente ao produto proposto. A hipsometria engloba a representação categorizada do
relevo, representando através de técnicas coropléticas cada uma das classes de variação da
superfície. Cada uma dessas classes pode ser vista como classes de amplitude altimétrica.
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pois não estão validadas e poderão ser consideradas, quando existentes, em escala
compatível com a de trabalho do projeto ZEE-RS, e desde que validados pelo órgão
ambiental competente em tempo hábil para sua inserção no projeto.
O Quadro 2 promove uma visão dos dados finais selecionados para
representar os mapas temáticos segundo a fonte de dados. Os três temas
supracitados, foram considerados como em processo de aquisição, pois, quando da
realização dos Produto 6, buscará alternativas à aquisição ou elaboração, caso
estes ainda não estejam disponíveis ou suficientes. Quando estes dados estiverem
disponíveis ou conclusivamente indisponíveis, promoverá a geração de uma nova
versão deste documento, contemplando a inclusão destes mapas temáticos e a sua
composição.
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TEMA
EM PROCESSO
SEMA-RS IBGE CPRM UFRGS USGS
DE AQUISIÇÃO
Declividade
Capacidade de
Geomorfológico3 Geológico
uso agrícola
ASPECTOS FÍSICOS
Solos4 Hidrogeológico
3Elaborado no projeto RADAMBRASIL, 1986, em convênio celebrado entre a SAA-RS e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-SC), em 2003
e atualizado pela Fundação Zoobotânica (FZB), em 2006.
4Elaborado no Projeto RADAMBRASIL, 1986, em convênio celebrado entre a SAA-RS e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – (IBGE-SC), em
2003, atualizado pela FEPAM por meio de consultoria de Nestor Kämpf, em 2001 e por Élvio Giasson, em 2005.
29
5 http://icaci.org/
30
uma proposição mais geral e é o mais proposto a ser utilizado, pois a área efetiva do
mapa é maximizada.
Nos layouts de referência são apresentadas informações do sistema de
coordenadas e de referência, da fonte cartográfica, escala e uma breve descrição do
tema e das classes, além da legenda e demais dados de identificação do mapa.
Contextualmente, foram inseridos os limites político administrativos estaduais e
federais, um raster de ‘hillshade’ como plano de fundo para representação
tridimensional da superfície e uma malha de coordenadas geográficas.
Para todos os temas foi elaborada uma breve descrição, caracterização e
contextualização do tema, notadamente relacionada ao âmbito do ZEE. Em seguida
serão apresentados o modo de aquisição, processamento e a composição do dado e
suas classes.
Figura 4 - Layout padrão utilizado para a construção dos mapas temáticos (Modelo 1 – Legenda Estendida)
Figura 5 - Layout padrão utilizado para a construção dos mapas temáticos (Modelo 2 – Caso Geral)
(Continua)
Sistema de Referência e
Abrangência
Exten Coordenadas
Nome do dado Meio Instituição Data Tipo Escala
Listagem de são Sistema de Sistema de
Estado Município Fuso
Municípios referência coordenadas
1. Mapa do 1:25.0
Físico SEMA 2016 Sim X X Vetorial shp SIRGAS2000 Geográfica X
Sistema Viário 00
2. Mapa das
1:25.0
Áreas Físico SEMA 2016 Sim X X Vetorial shp SIRGAS2000 Geográfica X
00
Edificadas
3. Mapa 1:25.0
Físico SEMA 2016 Sim X X Vetorial shp SIRGAS2000 Geográfica X
Hidrográfico 00
4. Mapa de Ano base
30
Elevação Digital (2000)
metros
Físico USGS /SRTM Divulgaçã Sim X X Raster tiff WGS84 Geográfica X
(Resol
o
ução)
2014
5. Mapa Ano base
30
Hipsométrico (2000)
metros
Físico USGS /SRTM Divulgaçã Sim X X Raster tiff WGS84 Geográfica X
(Resol
o
ução)
2014
6. Mapa de Ano base
30
Declividade (2000)
metros
Físico SEMA Divulgaçã Sim X X Raster grid SIRGAS2000 Geográfica X
(Resol
o
ução)
2014
35
(Continuação/Conclusão)
3 BASE CARTOGRÁFICA
Caí, Gravataí, Lago Guaíba, Lagoa dos Patos, Lagoa Mirim e Canal de São
Gonçalo, que alcançam o Oceano Atlântico através da Barra de Rio Grande. Este
complexo hidroviário interliga as zonas industriais, agroindustriais e agrícolas,
passando pela área metropolitana de Porto Alegre, fazendo o transporte de produtos
petroquímicos, derivados de petróleo, óleo de soja e celulose. O Porto de Rio
Grande é de grande importância econômica e, também, o principal ponto de
multimodalidade do estado.
A malha ferroviária do Rio Grande do Sul possui 3.260 km de linhas e ramais
ferroviários, utilizadas exclusivamente para cargas. Atualmente, alguns trechos das
ferrovias estão sem operação regular e, de acordo com o Plano Estadual de
Logística e Transporte do RS (PELT, 2016), estão sendo utilizados, plenamente,
apenas 1.952 km, ou seja, menos de 60% da mesma. Os terminais ferroviários que
apresentam maior concentração de cargas, localizam-se nas proximidades da região
metropolitana de Porto Alegre e em Passo Fundo, Cruz Alta e Uruguaiana.
Foi disponibilizado pela SEMA-RS ao Consórcio que está executando o ZEE-
RS, uma versão preliminar dos dados de sistema viário, na escala 1:25.000,
provenientes da base de dados espaciais digitais (2016), que encontra-se em fase
de validação. O mapa do sistema viário (Figura 6) foi elaborado tendo como base
esses dados da rede viária, no formato shapefile. Ressalta-se que, como a base não
está finalizada, com o preenchimento dos campos e registros dos atributos para
cada feição geográfica, não estão representadas na legenda as características das
vias (rodovia federal, rodovia estadual etc.). Porém, o mapa separa (na legenda) os
trechos rodoviários e os ferroviários, pois tratam-se de duas classes de feição
diferentes, o que dispensa, para este caso, a existência de atributos na sua estrutura
para ser realizada essa distinção.
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Para o melhor esclarecimento deste item, foi sugerido pela Equipe Técnica do
ZEE-RS uma troca de nomenclatura, onde substituiu-se o termo que originalmente
encontrava-se no TdR (pág. 27, Item 5. Produtos Esperados, Produto 3) como
“Mancha Urbana” pelo termo “Área Edificada”. Essa alteração está baseada nos
padrões de nomenclatura para modelagem conceitual, conforme especificações
técnicas da ET-EDGV da CONCAR.
De acordo com a CONCAR (2010) o conceito de área edificada corresponde à
área densamente edificada, cuja proximidade das estruturas não permite a sua
representação individualizada e, sim, o contorno da área do conjunto, através de um
polígono.
No Rio Grande do Sul, as maiores áreas edificadas encontram-se nas regiões
com maiores concentrações de população, que dividem-se em duas regiões
metropolitanas (Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e Região
Metropolitana da Serra Gaúcha (RMSG)) e duas aglomerações urbanas
(Aglomeração Urbana do Sul (AUSul) e Aglomeração Urbana do Litoral Norte
(AULN)). De acordo com os dados do IBGE a taxa de urbanização gaúcha,
representada pela proporção da população que reside em área urbana, teve um
crescimento marcante nas últimas cinco décadas. A população urbana, de 67,5%
em 1980, passou para 76,6% em 1991, chegando a 81,6% em 2000 e a 85,1% em
2010.
O mapa das áreas edificadas do estado (Figura 7) na escala 1:25.000 é um
produto da base de dados espaciais digitais (2016) coordenado pela SEMA-RS, a
qual disponibilizou ao Consórcio uma versão preliminar do dado. Conforme relatório
do Consórcio responsável pela confecção da nova base de dados cartográficos do
estado, as áreas urbanas definidas pelo IBGE foram atualizadas com base nas
imagens RapidEye para a escala 1:25.000, sempre que tais áreas pudessem ser
interpretadas.
40
3.3 HIDROGRAFIA
O Rio Grande do Sul é formado por uma densa rede hidrográfica superficial,
que é predominantemente perene, e será representada neste item pela rede de
drenagem mapeada no estado.
A Lei Estadual Nº 10.350, de 30 de dezembro de 1994, que institui o Sistema
Estadual de Recursos Hídricos, regulamentando o artigo 171 da Constituição do
Estado do Rio Grande do Sul, estabelece três grandes Regiões Hidrográficas para o
estado: I - Região Hidrográfica da Bacia do Rio Uruguai, que possui uma área
aproximada de 127.031,13 km², composta por 11 Bacias Hidrográficas, equivalente
a 47,88% da área do Estado; a II - Região Hidrográfica da Bacia do Guaíba, que
possui uma área de 84.763,54 km², composta por 9 Bacias Hidrográficas,
correspondente a 30% da área total do Estado; e III - Região Hidrográfica das
Bacias Litorâneas, que possui uma área de 53.356,41 km², composta por 5 Bacias
Hidrográficas, correspondendo a 20,11% da área do estado.
Os corpos hídricos mais relevantes no estado ‒ seja pelo volume de vazão,
aproveitamento do potencial hidroelétrico e/ou para irrigação ‒, de acordo com os
dados da FEPAM e da Agência Nacional das Águas (ANA) são os rios: Uruguai
(2.200 km de extensão), Jacuí (710 km de extensão), das Antas (207 km de
extensão), Pelotas (437 km de extensão), Piratini (132 km de extensão), Caí (285
km de extensão), Vacacaí (330 km de extensão), dos Sinos (190 km de extensão) e
Gravataí (39 km de extensão). O estado também possui importantes corpos
lagunares, como a Lagoa dos Patos, Lagoa Mirim e Lagoa Mangueira e o sistema
hidrográfico do Guaíba.
No contexto de um ZEE, a hidrografia, considerada como recurso hídrico, é
estratégica para orientar a gestão dos usos frente às diferentes atividades
antrópicas. São inúmeras as possibilidades de utilização dos recursos naturais
disponíveis para diversos setores da economia e da sociedade, envolvendo o
entendimento de elementos que compõem o abastecimento público, a demanda e a
disponibilidade para a agricultura e indústria, a viabilidade para transporte
hidroviário, atividades ligadas ao turismo e à pesca, entre outros. Além disso, os
42
recursos hídricos, como um todo, podem ser vistos pelo viés legal, referenciando
restrições de uso, aos elementos associados aos cursos d’água, lagos e lagoas, em
especial às Áreas de Preservação Permanente, conforme o Art. 4º da Lei nº 12.651,
de 25 de maio de 2012.
O Mapa Hidrográfico (Figura 8) na escala 1:25.000, é um produto da base de
dados espaciais digitais fornecido pela SEMA-RS (2016) e, da mesma forma como
os demais dados da base cartográfica, foi disponibilizado em uma versão preliminar.
Portanto, o mapa de hidrografia não apresenta a legenda específica e as toponímias
dos rios e lagos.
43
4 ASPECTOS FÍSICOS
4.1.2 Hipsometria
Com relação à hipsometria, foi sugerido pela Equipe Técnica do ZEE-RS uma
troca de nomenclatura para o melhor esclarecimento deste item, onde substituiu-se
o termo que originalmente encontrava-se no TdR (pág. 27, Item 5. Produtos
Esperados, Produto 3) “Amplitude altimétrica”, pelo termo hipsometria. Essa
alteração está baseada nos padrões de nomenclatura para modelos digitais,
conforme Especificações Técnicas de Produtos de Conjuntos de Dados
Geoespaciais (ET-PCDG) do Comitê de Normatização da Diretoria de Serviço
Geográfico do Exército Brasileiro (DSG/EB).
No estado do Rio Grande do Sul, as cotas altimétricas variam de 0 até 1.398
metros. As menores altitudes estão localizadas na Planície Costeira, ao passo que,
no contato com a Serra, apresenta vertentes abruptas, associadas a lineamentos
estruturais, com desníveis superiores a 1.000 metros. Assim, na porção nordeste
caracteriza-se pelas maiores cotas altimétricas, que correspondem ao Planalto
Meridional, chegando a alcançar 1.398 metros no Monte Negro, em São José dos
Ausentes.
Para a geração do mapa hipsométrico, foram utilizados os dados do MDE do
SRTM, mencionados anteriormente, e trabalhados de forma a estabelecer classes
para as variáveis altimétricas. O Mapa Hipsométrico (Figura 10) dispõe de 14
classes estabelecidas pelo método de classificação de dados quantitativos, por
intervalos iguais, com os seguintes valores: 0 – 100 m; 100 – 200 m; 200 – 300 m;
300 – 400 m; 400 – 500 m; 500 – 600 m, 600 – 700 m; 700 – 800 m; 800 – 900 m;
900 – 1.000 m; 1.000-1.100 m; 1.100-1.200 m; 1.200-1.300 e, por fim, acima de
1.300 m.
49
4.1.3 Declividade
4.2 GEOLOGIA
(Continua)
58
(Continuação)
59
(Continuação)
60
(Continuação)
61
(Continuação)
62
(Continuação)
63
(Continuação)
64
(Continuação)
65
(Continuação)
66
(Continuação)
67
(Continuação)
68
(Continuação)
69
(Conclusão)
4.2 HIDROGEOLOGIA
4.3 GEOMORFOLOGIA
4.4 SOLOS
7Ta = argila de atividade alta (CTC ≥ 27 cmol / kg de argila); Tb = argila de atividade baixa (CTC < 27
cmol / kg de argila; Va = alta saturação por bases (≥ 50%); Vb = baixa saturação por bases (< 50%).
Impactos Ambientais, foi atualizada pela FEPAM, por meio de consultoria de Nestor
Kämpf em 2001 e atualizado por Élvio Giasson, em 2005.
O mapa temático de Solos (Figura 15) foi elaborado tendo como base o arquivo
shapefile, disponibilizado pela FEPAM, na escala 1:750.000 e a sua construção
seguiu as convenções da classificação de simbologia do Manual Técnico de
Pedologia – 2ª edição. (IBGE, 2007).
78
5 ASPECTOS BIÓTICOS
Fazem parte dos aspectos bióticos a vegetação e a fauna. A partir dos estudos
da vegetação e da fauna, será possível analisar ecologicamente e obter informações
para a conservação dos recursos naturais. Neste capítulo serão abordados os
aspectos bióticos relacionados, especificamente, aos dados espaciais de vegetação
existentes no estado.
5.1 VEGETAÇÃO
Para os efeitos deste último Código Florestal em vigor, no Artigo 3°, entende-se
por:
A Reserva Legal é a área do imóvel rural que, coberta por vegetação natural,
pode ser explorada com o manejo florestal sustentável, nos limites estabelecidos em
91
lei para o bioma em que está a propriedade. Por abrigar parcela representativa do
ambiente natural da região onde está inserida, se torna necessária à manutenção da
biodiversidade local.
O atual Código Florestal define a Reserva Legal como:
De acordo com o novo Código Florestal, as áreas de Reserva Legal devem ser
registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), não há mais a expressa exigência
de sua averbação na matrícula do imóvel, conforme anteriormente previsto no antigo
Código Florestal. Porém, o novo Código Florestal não previu os métodos de
implantação do CAR e ainda não houve a respectiva regulamentação.
Cabe a todo proprietário rural o registro no órgão ambiental competente
(estadual ou municipal) por meio de inscrição no Cadastro Ambiental Rural. As
especificidades para o registro da Reserva Legal vão depender da legislação de
cada estado. Uma vez realizado o registro, fica proibida a alteração de sua
destinação, nos casos de transmissão ou de desmembramento, com exceção das
hipóteses previstas na Lei (art. 18 da Lei Federal 12.651/2012). Em geral, nas áreas
de Reserva Legal é proibida a extração de recursos naturais, o corte raso, a
alteração do uso do solo e a exploração comercial, exceto nos casos autorizados
pelo órgão ambiental via Plano de Manejo ou, em casos de sistemas agroflorestais e
ecoturismo.
Previsto no novo Código Florestal, o CAR trata-se de um registro eletrônico,
feito por meio da Internet, para todos os imóveis rurais do país. Tem por finalidade
promover a identificação, regularização ambiental e monitoramento das
propriedades e posses rurais, integrando suas informações ambientais. O CAR não
tem caráter de regularização fundiária dos imóveis rurais, buscando tão somente sua
adequação ambiental. A inscrição é obrigatória para todos os imóveis rurais
(propriedade ou posse) do Brasil, sejam eles públicos ou privados, conforme Art. 29
da Lei Federal 12.651/2012 – “Novo Código Florestal”.
A inscrição no CAR possibilitará acesso aos benefícios previstos na Lei Federal
12.651/2012, com destaque para: regularização e suspensão de sanções passadas
‒ possibilidade de regularização das Áreas de Preservação Permanente (APP) e/ou
Reserva Legal com vegetação natural suprimida ou alterada até 22/07/2008 no
imóvel rural, sem autuação por infração administrativa ou crime ambiental;
suspensão de sanções aplicadas em função de infrações administrativas por
supressão irregular de vegetação em áreas de APP e Reserva Legal cometidas até
22/07/2008; crédito a juros menores, seguro e isenção de impostos - obtenção de
crédito agrícola, em todas as suas modalidades, com taxas de juros menores, bem
93
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
______. Lei n. 7.754, de 14 de abril de 1989. Estabelece medidas para proteção das
florestas existentes nas nascentes dos rios e dá outras providências. Disponível em:
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7754.htm>. Acesso em: 05 jun. 2016.
DENT, B.; TORGUSON, J.; HODLER, T. Cartography: Thematic Map Design, 6th
ed. New York, 2009.
HASENACK, H.; CORDEIRO, J.L.P; WEBER, E.J. (Org.). Uso e cobertura vegetal
do Estado do Rio Grande do Sul – situação em 2002. Porto Alegre: UFRGS IB
Centro de Ecologia, 2015. 1a ed. ISBN 978-85-63843-15-9.
PAZ, A.R. Hidrologia Aplicada. Texto Básico. Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. Porto Alegre, RS, 2004.
RAMALHO F.; A.; PEREIRA, L.C. Aptidão Agrícola das Terras do Brasil: potencial
de terras e análise dos principais métodos de avaliação. Rio de Janeiro, Embrapa -
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 1999. 36p. (Documentos, 1).
SETTI, A.; LIMA, J.; CHAVES, A.; PEREIRA, I., 2001. Introdução ao
Gerenciamento de Recursos Hídricos. Agência Nacional de Engenharia Elétrica
(ANEEL) – Agência Nacional de Águas (ANA).
APÊNDICES