Você está na página 1de 104

SECRETARIA DO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO RIO

GRANDE DO SUL (SEMA-RS)

PROGRAMA PROREDES – BIRD-RS

CODEX REMOTE / ACQUAPLAN / GITEC BRASIL / GITEC GmbH

PRODUTO 3 – MAPAS TEMÁTICOS

PORTO ALEGRE
2016
SECRETARIA DO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO RIO
GRANDE DO SUL (SEMA-RS)

PROGRAMA PROREDES – BIRD-RS

CODEX REMOTE / ACQUAPLAN / GITEC BRASIL / GITEC GmbH

PRODUTO 3 – MAPAS TEMÁTICOS

Elaboração do Zoneamento Ecológico-


Econômico do Rio Grande do Sul (ZEE-
RS), integrando ao sistema de
planejamento do estado, as informações
necessárias à gestão do território

PORTO ALEGRE
2016
C669e Codex Remote.
Elaboração do zoneamento ecológico-econômico do Rio
Grande do Sul (ZEE-RS), integrando ao sistema de
planejamento do Estado, as informações necessárias à gestão
do território: Produto 3: mapas temáticos ZEE / por Codex
Remote, Acquaplan e Gitec Brasil. – Porto Alegre: [s.n.],
2016.

101 f. : il., mapas color.

Programa PROREDES – BIRD – RS.

1.Ecologia – Rio Grande do Sul. 2.Meio ambiente – Rio


Grande do Sul. 3.Gestão ambiental – Rio Grande do Sul.
4.Zoneamento. 5.Zoneamento econômico.
6.Desenvolvimento sustentável. I.Acquaplan. II.Gitec Brasil.
III.Título.

CDU 502(816.5)
504.06(816.5)

Catalogação na publicação:
Bibliotecária Carla Maria Goulart de Moraes – CRB 10/1252
REVISÕES

DATA AUTOR VERSÃO


15/07/2016 Consórcio CODEX/ACQUAPLAN/GITEC 1.0
Brasil/GITEC GmbH
09/11/2016 Consórcio CODEX/ACQUAPLAN/GITEC 2.0
Brasil/GITEC GmbH
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Premissas do Inventário de Dados ........................................................... 15

Figura 2 - Estrutura da formação dos dados inventariados ....................................... 20

Figura 3 – Fluxograma de execução da Atividade 3 ................................................. 22

Figura 4 - Layout padrão utilizado para a construção dos mapas temáticos (Modelo 1

– Legenda Estendida) ............................................................................................... 32

Figura 5 - Layout padrão utilizado para a construção dos mapas temáticos (Modelo 2

– Caso Geral) ............................................................................................................ 33

Figura 6 - Mapa do Sistema Viário ............................................................................ 38

Figura 7 - Mapa das Áreas Edificadas ...................................................................... 40

Figura 8 - Mapa Hidrográfico ..................................................................................... 43

Figura 9 - Mapa de Elevação Digital ......................................................................... 47

Figura 10 - Mapa Hipsométrico ................................................................................. 49

Figura 11 - Mapa de Declividade............................................................................... 53

Figura 12 - Mapa Geológico ...................................................................................... 56

Figura 13 - Mapa Hidrogeológico .............................................................................. 72

Figura 14 - Mapa Geomorfológico ............................................................................. 75

Figura 15 - Mapa de Solos ........................................................................................ 78

Figura 16 - Mapa de Remanescentes da Vegetação Natural .................................... 83

Figura 17 - Mapa de Áreas Protegidas ...................................................................... 87


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Listagem de dados tidos como insumos de produtos do diagnóstico e


prognóstico ................................................................................................................ 16
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Metadados Descritivos ............................................................................ 20


Quadro 2 - Síntese de dados espaciais utilizados nos mapas temáticos do Produto 3
.................................................................................................................................. 28
Quadro 3 - Lista de metadados dos temas do Produto 3 .......................................... 34
Quadro 4 - Detalhamento da legenda do mapa geológico ........................................ 57
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANA Agência Nacional de Águas


APPs Áreas de Preservação Permanente
AULN Aglomeração Urbana do Litoral Norte
AUSul Aglomeração Urbana do Sul
BIRD Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento
CAR Cadastro Ambiental Rural
CBHs Comitês de Bacias Hidrográficas
CNUC Cadastro Nacional de Unidades de Conservação
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONCAR Comissão Nacional de Cartografia
CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
CRQs Comunidades Remanescentes de Quilombos
CTI Centro de Trabalho Indigenista
DAER Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem
DEBIO Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente
DEFAP Departamento de Florestas e Áreas Protegidas
DMA Departamento de Meio Ambiente
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral
DRH Diretoria de Recursos Hídricos
DSG/EB Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro
DUC Divisão de Unidades de Conservação
EGM96 Earth Gravitational Model 1996
Emater Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
ET-EDGV Especificações Técnicas para Estruturação de Dados Geoespaciais
Vetoriais
ET-PCDG Especificações Técnicas de Produtos de Conjuntos de Dados
Geoespaciais
FEE Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser
FEPAGRO Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária
FEPAM-RS Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Röessler
FUNAI Fundação Nacional do Índio
FZB-RS Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul
GERCO Programa de Gerenciamento Costeiro
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICA Associação Internacional de Cartografia
ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
IDESE Índice de Desenvolvimento Socioeconômico
IDH Índice de Desenvolvimento Humano
INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
INDE Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais
ISA Instituto Socioambiental
MATLAB MATrix LABoratory
MDE Modelo de Elevação Digital
MMA Ministério do Meio Ambiente
MS Ministério da Saúde
ONGs Organizações Não Governamentais
ONU Organização das Nações Unidas
PEDJ Parque Estadual Delta do Jacuí
PELT Plano Estadual de Logística e Transporte
PNM Parque Natural Municipal
PROREDES Programa de Apoio à Retomada do Desenvolvimento Econômico
RMPA Região Metropolitana de Porto Alegre
RMSG Região Metropolitana da Serra Gaúcha
RPPN Reserva Particular do Patrimônio Nacional
SAA-RS Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul
SEAPI Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação
SEMA Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
SGBD Sistema Gerenciador de Banco de Dados
SiBCS Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
SICAR Sistema de Cadastro Ambiental Rural
SIG Sistema de Informações Geográficas
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação
SOPS Secretaria Estadual de Obras Públicas e Saneamento
SRTM Shuttle Radar Topography Mission
TdR Termo de Referência
TI Tecnologia da Informação
UCs Unidades de Conservação
UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
USDA Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
USGS Serviço Geológico dos Estados Unidos
WGS84 World Geodetic System 1984
ZEE Zoneamento Ecológico-Econômico
ZEE-RS Zoneamento Ecológico-Econômico do Rio Grande do Sul
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO........................................................................................ 12

2 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 13

2.1 PROCESSO DE INVENTÁRIO DE DADOS ................................................. 13

2.2 MAPAS TEMÁTICOS ................................................................................... 25

2.3 TÉCNICAS E PADRÕES DE REPRESENTAÇÃO DOS MAPAS


TEMÁTICOS ............................................................................................................. 29

2.4 METADADOS DESCRITIVOS DOS TEMAS DO PRODUTO 3.................... 31

3 BASE CARTOGRÁFICA .............................................................................. 36

3.1 SISTEMA VIÁRIO ......................................................................................... 36

3.2 ÁREA EDIFICADA ........................................................................................ 39

3.3 HIDROGRAFIA ............................................................................................. 41

4 ASPECTOS FÍSICOS................................................................................... 44

4.1 VARIÁVEIS TOPOGRÁFICAS ..................................................................... 44

4.1.1 Elevação Digital ............................................................................................ 44

4.1.2 Hipsometria .................................................................................................. 48

4.1.3 Declividade ................................................................................................... 50

4.2 GEOLOGIA ................................................................................................... 54

4.3 HIDROGEOLOGIA ....................................................................................... 70

4.4 GEOMORFOLOGIA ..................................................................................... 73

4.5 SOLOS ......................................................................................................... 76

4.6 CAPACIDADE DE USO AGRÍCOLA ............................................................ 79

5 ASPECTOS BIÓTICOS ................................................................................ 81

5.1 VEGETAÇÃO ............................................................................................... 81

5.2 ÁREAS PROTEGIDAS ................................................................................. 84


5.3 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTES (APPS) .............................. 88

5.4 RESERVA LEGAL ........................................................................................ 90

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 95

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 97

APÊNDICES ........................................................................................................... 103


12

1 APRESENTAÇÃO

O presente documento corresponde ao Produto 3 – Mapas Temáticos, que


compõe o Zoneamento Ecológico-Econômico do Rio Grande do Sul (ZEE-RS),
integrando ao Sistema de Planejamento do Estado, as informações necessárias à
Gestão do Território. Fazem parte deste produto os seguintes capítulos:
a) a Introdução do Produto incluirá a descrição e os métodos da Atividade 3
– Inventário de Dados, a respectiva listagem de dados tidos como insumos
de Produtos do diagnóstico e prognóstico e, ainda, a descrição, técnicas e
padrões de representação dos Mapas Temáticos;
b) a Base Cartográfica abordará as características do sistema viário, das
áreas edificadas e da hidrografia do Rio Grande do Sul;
c) o capítulo de Aspectos Físicos contemplará breve descrição dos Mapas
Temáticos relacionados às Variáveis Topográficas, Geomorfologia,
Geologia, Hidrogeologia, Classificação dos Solos e Capacidade de Uso
Agrícola;
d) os Aspectos Bióticos compreenderão os temas relacionados,
especificamente, à vegetação e às áreas protegidas existentes no estado,
bem como as Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal.
13

2 INTRODUÇÃO

Neste capítulo serão introduzidos os assuntos referentes ao processo de


inventário de dados, que inclui as premissas, a listagem de dados, a estrutura dos
metadados e o fluxograma de execução da Atividade 3. Apresenta, ainda, a síntese
dos dados espaciais e seus respectivos metadados descritivos, bem como as
técnicas e padrões de representação dos Mapas Temáticos deste Produto.

2.1 PROCESSO DE INVENTÁRIO DE DADOS

A Atividade 3 – Inventário de Dados, objetiva-se pela formação de uma base


técnica referencial contemplando o entendimento e a aquisição dos dados
produzidos por instituições oficiais no que concerne à temática relativa ao
Zoneamento Ecológico-Econômico.
Como proposto na metodologia de trabalho, parte-se da organização temática
por Meios (Físico, Biótico, Socioeconômico e Organização Jurídico-Institucional),
tendo a derivação do processo de inventário na mesma estrutura. Busca-se no
inventário de dados o levantamento de informações suficientes para constituir um
repositório de dados, capaz de se tornar a principal fonte de informação para a
elaboração e fundamentação do ZEE, incluindo a base dos produtos intermediários.
Devido à natureza dos dados e seus formatos, das fontes produtoras de
informação e da estrutura heterogênea relacionada à composição intrínseca do ZEE,
busca-se encerrar o esgotamento do inventário durante a Atividade 3, obtendo em
um processo evolutivo uma visão mais detalhada, construída incrementalmente.
Para a sua construção, definiu-se diretrizes para a aquisição da base de
informações, as quais devem ser a mais representativas possíveis e que cumpra
minimamente os requisitos do projeto. Para tanto, delineou-se algumas premissas
orientativas a respeito do dado inventariado. Tais premissas são listadas a seguir e
estão ilustrativamente representadas na Figura 1.

a) apresentar completude espacial, em outras palavras, abranger todo o


estado do Rio Grande do Sul;
14

b) produção e constituição derivada de fonte de dados de uma instituição que


apresente uma regulamentação ou atribuição legal;
c) possuir escala de produção compatível ao ZEE, essa premissa inclui a
necessidade do dado estar georreferenciado ou ter as condições de sê-lo;
d) ser atual ou estar atualizado;
e) apresentar completude de objeto e de atributos;
f) possuir características capazes de representar o tema alvo do inventário,
apresentando compatibilidade com o dado requisitado (alvo) e o dado
produzido;
g) ter relação com o tema nominado no processo metodológico de elaboração
do ZEE;
h) possuir metadados de origem, modo de produção e data.

Ademais, outras premissas serão consideradas ainda no processo de


inventário, tais como, restrição de uso, concorrência de produção, qualidade etc.
Os dados que não seguirem tais premissas não serão desconsiderados,
contudo, a sua utilização deverá ser avaliada, levando em conta, por exemplo, que
para um dado que não apresentar completude espacial suficiente ‒ como é o caso
dos dados de qualidade da água dos planos de bacias hidrográficas ‒ poderão ser
utilizados em conjunto com dados complementares para o estado inteiro.
Portanto, para cada premissa há uma proposição alternativa do modo de sua
utilização, contudo, ressalta-se a importância da utilização dessas premissas para o
inventário. O dado inventariado final, quando sistematizado e normalizado, será
utilizado de duas formas distintas: a primeira com utilização analítica, apoiando a
delimitação das zonas; e a segunda, para uma base de orientação conceitual, que
direcionará a descrição das diretrizes de cada zona.
15

Figura 1 - Premissas do Inventário de Dados

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC

Os dados que formarão as zonas, a partir de um processo metodológico


baseado em análises multicritérios, deverão cumprir todas as premissas. Os demais
dados, se apresentarem qualidade notória mas não cumprir tais premissas, poderão
servir de forma complementar como referencial teórico, científico e técnico para os
analistas e especialista se fundamentarem na definição das diretrizes das zonas.
O processo de inventário inicia-se da elaboração de uma listagem de dados,
considerando o universo de dados necessários para a utilização direta no processo
de diagnóstico, que aportará a criação dos zoneamentos de cada Meio. Da listagem,
elencam-se os principais e potenciais produtores de informação relacionados a cada
temática, formando uma matriz de correlação entre a temática a ser inventariada e
16

os candidatos a fornecedores. A matriz é então detalhada contemplando os


principais metadados que caracterizam o dado proponente.
Complementarmente, essa matriz será estendida e complementada, durante o
levantamento de dados secundários necessários para o desenvolvimento dos
produtos intermediários do diagnóstico e prognóstico. Quando uma instituição é
consultada, sendo por meio eletrônico ou in loco, são considerados no processo de
inventário a extensão da listagem original, promovendo equivalência de dados
similares ou complementariedade de informações distintas daquelas inicialmente
previstas, mas que apresentam significância, coerência e relação com alguma
atividade do ZEE.
A Tabela 1 relaciona as temáticas inventariadas a cada um dos produtos
previstos na elaboração do ZEE. Ressalva-se que todos os dados inventariados são
considerados como dados e/ou estudos pré-existentes.

Tabela 1 - Listagem de dados tidos como insumos de produtos do diagnóstico e


prognóstico
(Continua)

TEMÁTICA DO DADO INVENTARIADO PRODUTO


BASES CARTOGRÁFICAS P4
IMAGENS DE SATÉLITE P4
INTEGRIDADE DO MEIO NATURAL P11
PLANOS DE BACIA HIDROGRÁFICA P4, P9 e P10
QUALIDADE DA ÁGUA P4
POTENCIALIDADES P11, P35, P36 e P37
FRAGILIDADES/VULNERABILIDADES P9, P11 e P14
LIMITAÇÕES DE USO P11
HIDROLOGIA P3, P9 e P15
CLIMATOLOGIA P9
GEOLOGIA P3 e P9
GEOMORFOLOGIA P3 e P9
17

(Continuação)
TEMÁTICA DO DADO INVENTARIADO PRODUTO
HIDROSSEDIMENTOLOGIA E DADOS DO MEIO FÍSICO DO LAGO P25 e P39
GUAÍBA
ECOLOGIA P4
VEGETAÇÃO E FAUNA ASSOCIADA P3
CAPACIDADE DE USO AGRÍCOLA P3
AMPLITUDE ALTIMÉTRICA P3
DECLIVIDADES P3
MODELO DE ELEVAÇÃO DIGITAL P3
HIDROGEOLOGIA P3
COBERTURA VEGETAL NATIVA P12
CORREDORES NATURAIS DE BIODIVERSIDADE P12 e P15
CONECTIVIDADE E FRAGMENTAÇÃO P12
PERDA DE DIVERSIDADE P12
ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APPS) P3 e P12
RESERVA LEGAL P3 e P12
FITOGEOGRAFIA P12
FAUNA TERRESTRE P12
FAUNA AQUÁTICA P12
FAUNA AMEAÇADA P12
RIQUEZA DE ESPÉCIES DA FAUNA E DA FLORA P12
ÁREAS DE RISCO AMBIENTAL P12
ZONEAMENTOS PRÉ-EXISTENTES P4
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UCS) P29
APTIDÃO AGRÍCOLA P15
POTENCIAL MADEIREIRO P15
POTENCIAL DE PRODUTOS FLORESTAIS NÃO-MADEIREIROS P15
POTENCIAL PARA A EXPLORAÇÃO DE PRODUTOS DERIVADOS P15
DA BIODIVERSIDADE
VULNERABILIDADE NATURAL À PERDA DE SOLO P15
ESTUDOS DEMOGRÁFICOS P16
ESTUDOS ECONÔMICOS P16
ESTUDOS URBANO-REGIONAIS P17
ESTUDOS DE CONDIÇÕES DE VIDA P16
SETORES CENSITÁRIOS P16
LEVANTAMENTO DO HISTÓRICO DA OCUPAÇÃO FÍSICO- P16
TERRITORIAL
ESTRUTURA FUNDIÁRIA P16
OCUPAÇÃO E USO DA TERRA P16
ATIVIDADES EXTRATIVISTAS P16
AGRICULTURA E PECUÁRIA P16
ÁREAS IRRIGADAS P16
18

(Continuação)
TEMÁTICA DO DADO INVENTARIADO PRODUTO
SISTEMA VIÁRIO COM ESPACIALIZAÇÃO DAS CENTRALIDADES P3 e P16
SISTEMA ENERGÉTICO P16
ABASTECIMENTO PÚBLICO DE ÁGUA P16
SANEAMENTO P16
TELEFONIA FIXA E MÓVEL P16
SISTEMAS DE TRANSPORTES P16
INFRAESTRUTURA ESTABELECIDA P16
ÁREAS URBANIZADAS P3 e P16
ÁREAS DE EXPANSÃO URBANA (PLANO DIRETOR) P16
PATRIMÔNIO PAISAGÍSTICO E HISTÓRICO-CULTURAL P16
ÁREAS INSTITUCIONAIS P16
PROGRAMAS INCIDENTES P16
LOGÍSTICA P18
FLUXOS ECONÔMICOS P18
OCUPAÇÃO E ARTICULAÇÃO REGIONAL P18
AGREGADOS MACROECONÔMICOS P18
RENDA PER CAPITA P18
FORMAÇÃO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DO ESTADO DO RIO P18
GRANDE DO SUL
EMPREGO P18
COMÉRCIO P18
SETOR DE SERVIÇOS P18
SETOR INDUSTRIAL P18
ATIVIDADE AGROPECUÁRIA P18
REMUNERAÇÃO P19
MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS P19
CRESCIMENTO POPULACIONAL P19
ZONEAMENTO DO LITORAL MÉDIO P4
POPULAÇÃO MIGRATÓRIA P19
SAÚDE PÚBLICA P19
EDUCAÇÃO P19
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) P19
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO (IDESE) P19
TAXA DE POBREZA P19
SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS P19
ANTROPOLOGIA P19
TRADIÇÕES E COSTUMES P19
SEGURANÇA PÚBLICA P19
REMANESCENTES QUILOMBOLAS P21
19

(Conclusão)
TEMÁTICA DO DADO INVENTARIADO PRODUTO
PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO, ARQUEOLÓGICO E CULTURAL P23
PATRIMÔNIO MATERIAL P23
PATRIMÔNIO IMATERIAL P23
MERCADO DE TRABALHO P20
RENDA P20
ÁREAS INDÍGENAS P29
FAIXA DE FRONTEIRA P29
PROGRAMA GERENCIAMENTO COSTEIRO (GERCO) P4
IMPACTOS AMBIENTAIS P28
DESMATAMENTOS P28
EROSÃO P28
ASSOREAMENTO P28
POLUIÇÃO DOS CURSOS D'ÁGUA P28
DEPOSIÇÃO INADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS P28
AMEAÇA DA BIODIVERSIDADE P28
SERVIÇOS AMBIENTAIS P28
LEVANTAMENTO LEGAL E DISPOSIÇÕES JURÍDICAS RELATIVAS P30
UTILIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS P30
ORDENAMENTO TERRITORIAL P30
DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS NAS ÁREAS P30
RURAIS E URBANAS
LEIS DE REGULAMENTAÇÃO DAS ÁREAS PROTEGIDAS E P30
DIVISAS ADMINISTRATIVAS
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL P30
ACESSO E USO DOS RECURSOS NATURAIS P30
INSTRUMENTOS LEGAIS DAS PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES DAS P30
INSTITUIÇÕES COM RELAÇÕES AFINS AO ZEE

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC

Cada temática do dado inventariado pode gerar um ou mais dados sobre dois
aspectos: fontes distintas e composições distintas. Fontes distintas são tidas quando
um tema é produzido por várias instituições, a exemplo, dados de hidrografia
produzidos por IBGE, DSG e SEMA. Composições distintas podem ser vistas como
detalhamentos acerca de cada temática, onde um dado pode ser compreendido por
uma ou mais variáveis ou indicadores, tais como agricultura, representado por
culturas permanentes e temporárias, e com dados sobre: área colhida, área
20

destinada à colheita, quantidade produzida, rendimento médio, valor da produção


etc. A Figura 2 ilustra essa diferenciação retrorreferida, entre fontes e composições
distintas.

Figura 2 - Estrutura da formação dos dados inventariados

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC

Para o inventário tornar-se consolidado, parte-se da estrutura básica dos dados


inventariados e, a partir do entendimento do dado, preenche-se um conjunto de
metadados descritivos, conforme listagem apresentada no Quadro 1.

Quadro 1 - Metadados Descritivos


Nome do Dado
Meio (físico, biótico, socioeconômico, jurídico-institucional)
Fonte Instituição Contato Link
Data do dado
Abrangência Estado Município Listagem de
Municípios
Tipo (tabular, vetorial, raster, referência bibliográfica)
Extensão (dbf, xls, gdb, mdb, csv, kml, shp, dxf, dwg, dgn, pdf, doc, jpg, tiff, img, hdr,
geotiff, grid)
Escala
Observação

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


21

Muitas vezes, durante o inventário de dados, o processo de aquisição é


moroso, visto a quantidade de atores e o universo de dados de cada instituição. Não
necessariamente pretende-se criar um banco de dados único do estado a partir do
inventário de dados do ZEE, incorporando todas as informações das instituições.
Contudo, o ZEE é tido como um instrumento de gestão transversal que perpassa
diversas temáticas, as quais, podem ser vistas como um primeiro ensaio à criação
desse grande repositório de dados, construído, em um primeiro momento, com um
objetivo e um escopo determinado, que poderá aportar um banco de dados
institucional nesta dimensão e composição.
Sumariamente, o processo de inventário de dados, considerando toda a
Atividade 3, percorre atividades de preparação, aquisição, análise, normalização,
sistematização, análise de lacunas de conhecimento, compilação geral e criação de
um banco de dados, para todo o conjunto de informações necessárias para a
execução do zoneamento e de seus produtos. A Figura 3 apresenta um fluxograma
geral de execução da Atividade 3.
22

Figura 3 – Fluxograma de execução da Atividade 3

ambientais, socioeconômicos e da organização jurídico


Necessário a uso
metodológico do ZEE

Relatório contendo o levantamento dos dados


(regiões e diretrizes) 5. Investigação do
2. Listagem de 3. Elaboração de Dado Sim
1. Listagem de 4. Classificação do dado
fontes de matriz de disponível?
dados dado (web, bibliografia etc)
dados/instituições correlação
Necessário a produto
intermediário do ZEE Não

institucional.
Produto 4
Em aquisição
9. Diálogo para analisar 7. Apresentação
11. Preenchimento de
10. Aquisição do dados correlatos ou 8. Solicitação dos conceitual do ZEE e 6. Agendamendo
Não solicitado metadados descritivos
dado indicação de novos dados previstos objetivo do com instituições
(P4)
dados e/ou instituições inventário

Adquirido
ambientais, socioeconômicos e da
organização jurídico institucional.
Sistematização de dados

Crítica da qualidade do dado


( possibilidade de campo)
Produto 5

12. Preenchimento de 13. Conversão (se 14. Sistematização


metadados de Crítica da necessidade do dado necessária), padronização e dos dados
qualidade normalização dos dados (P5)

Crítica segundo premissas do


inventário
Relatório Síntese com a informação
existente, bem como a identificação
das lacunas a serem preenchidas.

Dados substitutos
Diálogo com as instituições e
profissionais de referência técnica:
Alternativas metodológicas para
Produto 6

universidades, profissionais com


preenchimento das lacunas 15. Compilação
notório saber, instituições de 16. Análise das lacunas
preliminar e verificação
pesquisa etc. (P6)
Levantamento primário de lacunas

Análise de impactos da
indisponibilidade
identificação dos dados

preenchimento das
Relatório com a

necessários ao

17. Elaboração de listagem final dos


Produto 7

lacunas.

dados inventariados, preenchimento


das lacunas de conhecimento
(P7)
informações temáticas primárias e
secundárias sistematizadas em
Implementação de um banco
de dados com todas as

19. Elaboração do modelo físico do


18. Criação do modelo
banco de dados, contendo as 20. Carga do banco de
Produto 8

um SIG.

conceitual de banco de
informações inventariadas dados
dados
(P8)

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


23

Do processo de inventário de dados, destacam-se algumas situações, onde o


processo de aquisição pode ser independente à composição dos seus metadados
descritivos. Um dado pode ser visto como inventariado preliminarmente quando há o
preenchimento dos seus metadados descritivos, podendo ser realizado, baseado em
relatórios, apresentações ou demais estudos capazes de caracterizá-lo. É válida
essa proposição, pois, muitas vezes, um dado pode ser analisado com relação à sua
qualidade e suficiência, sem a sua efetiva aquisição, otimizando o processo como
um todo.
A aquisição do dado deve, obrigatoriamente, ser em um formato padrão, ou em
um formato interoperável para todos os dados. Dados em formato tabular, de
composição estritamente descritiva, são requeridos em formato .DBF ou similares,
tais como .XLS, .CSV. Dados geográficos vetoriais são requeridos sem formato
shapefile e dados geográficos raster em formato Geotiff.
Todos os dados inventariados, mesmo que preliminarmente, fazem parte do
relatório do Produto 4, sendo que, neste, são indicados os status de aquisição. Um
dado pode se encontrar nos seguintes status: adquirido, em processo de aquisição e
não solicitado. Um dado adquirido pode ainda ser considerado como: recebido e em
análise; recebido e analisado; analisado e não utilizado. Um dado em processo de
aquisição pode ser tido como: solicitado e não recebido, ou solicitado e não
existente na instituição.
É importante ressaltar que nem todo dado inventariado estará incorporado no
ZEE. A etapa que sucede a caracterização descritiva do dado é a avaliação da
qualidade e a sua preparação para utilização multivariada, ou seja, a padronização,
organização, normalização e sistematização de todos os dados. Deste modo, um
dado pode não incorporar na base de dados final do ZEE por alguns motivos: não é
tido como necessário para a elaboração do ZEE, por não possuir relação direta com
um produto intermediário ou para a formação das suas zonas ou diretrizes; os dados
são incompatíveis, incompletos ou apresentam qualidade incerta sobre sua origem e
modo de produção; ou ainda, não respondem às premissas do inventário de dados.
24

O processo de sistematização de dados e metadados do ZEE-RS, bem como o


detalhamento e hierarquização dos temas e camadas, serão definidos a partir dos
padrões estabelecidos pela Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) e
pelas normas relativas à Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR). Os dados
estruturados na sistematização proposta comporão o Produto 5 do ZEE.
O resultado dessa compilação aportará o entendimento das reais lacunas de
conhecimento. A primeira análise de lacunas baseia-se na falta clara e nomeada de
dados, sendo este inexistente ou insuficiente. Promove-se, assim, os seguintes
encaminhamentos: análise de potenciais dados substitutos; alternativas
metodológicas para o preenchimento de lacunas, considerando o modo de produção
do dado; levantamento de dados primários. Vale registrar que o escopo do inventário
está focado no levantamento de dados secundários, sua preparação, consolidação e
padronização, sendo que serão adquiridos dados primários, quando necessário, e,
desde que sejam cabíveis dentro do escopo e dos limites contratuais, ou ainda, a
descrição de impactos em não se tendo a disponibilidade dos dados. Tais
informações serão a base do Produto 6.
Para a avaliação de suficiência e completude do inventário, assim como o
modo de encaminhamento adotado para o preenchimento de lacunas de
conhecimento, buscará estender o diálogo com as instituições tidas como
referências técnicas, tais como universidades, profissionais com notório saber,
instituições de pesquisa etc.
A partir da consolidação e compilação dos dados inventariados, considerando
os resultados das alternativas propostas para o preenchimento das lacunas de
conhecimento, tem-se um primeiro escopo de uma base de referência técnica
unificada e padronizada para a utilização nas demais atividades do projeto, o qual
estará apresentado no Produto 7. Resumidamente, essa base completa formará o
modelo conceitual do banco de dados que convergirá no modelo físico, sendo o
último produto da Atividade 3, Produto 8.
Do modelo físico de dados, inicia-se a carga dos dados consolidados em um
Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD). O Banco de Dados irá armazenar
25

todos os dados descritivos e geometrias, na estrutura proposta do Produto 8.


Durante o desenvolvimento da ferramenta de TI, o acesso aos dados será feito por
aplicativo de consulta direta no Banco de Dados ou por um Sistema de Informações
Geográficas (SIG).

2.2 MAPAS TEMÁTICOS

Os mapas temáticos resultantes da atividade de inventário de dados, foram


organizados no seu primeiro produto, sendo previstos para elaboração um conjunto
de 15 temas, os quais foram organizados no presente documento pela seguinte
estrutura: base cartográfica, aspectos físicos e aspectos bióticos. Para os temas da
base cartográficas foram considerados o sistema viário, as áreas edificadas1 e a
hidrografia. Nos aspectos físicos são apresentadas duas organizações, a primeira
refere-se aos temas relacionados às variáveis topográficas, tais como: elevação
digital, hipsometria2 e declividade. As demais são relacionadas à geologia,
hidrogeologia, geomorfologia, solos e capacidade de uso agrícola. Para os aspectos
bióticos foram contemplados os temas de vegetação, áreas protegidas, Áreas de
Preservação Permanentes (APPs) e Reserva Legal.
Para a produção do presente documento, assim como, para todo o processo de
inventário, objetivou-se investigar, inicialmente, as fontes produtoras de dados tidas
como oficiais. Em outras palavras, aquelas que têm competência e/ou atribuição
legalmente instituída. Cada temática foi exaustivamente investigada nas fontes
oficiais e quando indisponível partiu-se para uma pesquisa em fontes não oficiais,
mas que tenham notório reconhecimento técnico em produções de dados, tais como

1 O Termo de Referência (TdR) traz o conceito de manchas urbanas. Para essa temática adotou-se o
termo área edificada conforme a Especificação Técnica para a Estruturação de Dados Geoespaciais
Vetoriais (ET-EDGV) versão 2.1.3 de 2010. Esse documento é regulamentado pela Comissão
Nacional de Cartografia (CONCAR).
2 O conceito apresentado no TdR foi de amplitude altimétrica. Promoveu-se a substituição por
hipsometria pois esse conceito é mais abrangente e usual na comunidade técnico científica, além de
ser mais aderente ao produto proposto. A hipsometria engloba a representação categorizada do
relevo, representando através de técnicas coropléticas cada uma das classes de variação da
superfície. Cada uma dessas classes pode ser vista como classes de amplitude altimétrica.
26

universidades e instituições de pesquisa. Estudos isolados, muitas vezes produzidos


por instituições privadas, não foram consideradas no processo de inventário devido
à sua proposta. O inventário propõe-se a utilizar os dados adquiridos nos
diagnósticos e prognósticos, em outras palavras, na definição efetiva das zonas e/ou
suas diretrizes, assim sendo, os insumos utilizados para essa composição poderão
ser vistos como os limites e fundamentos técnicos do zoneamento.
Durante o processo de inventário dos quinze temas, escopo deste produto,
foram pesquisadas diversas fontes de dados, sendo que, quando da sua execução,
procurou-se realizar uma análise das premissas do inventário (ver Figura 1) para
que o dado tenha condições de ser selecionado e considerado neste documento.
Alguns dados não cumpriram tais premissas, este é o caso dos temas de
capacidade de uso agrícola, APPs e Reserva Legal.
A capacidade de uso agrícola, no âmbito estadual e de forma espacial, não
existe atualmente nas instituições consultadas, tais como EMATER, FEPAGRO,
UFRGS, FEPAM, SEMA e IBGE. As informações existentes, muitas vezes, não
encontram-se espacializadas e limitam-se a estudos de pequenas regiões.
Os dados relacionados às APPs encontram-se hoje de duas formas: a primeira
contemplada nos planos de Bacias Hidrográficas concluídos; e a segunda, referente
às APPs hídricas previstas na legislação, ao longo dos cursos d’água com largura
superior a 10 metros, a partir do mapeamento do Ministério do Meio Ambiente
(MMA). No primeiro caso, os dados encontram-se fragmentados, pois são derivados
de planos de Bacias elaborados com diferentes metodologias e alguns ainda em
elaboração, não abrangendo, assim, até o momento, todo o território estadual. Os
dados de APPs hídricas do MMA estão em processo de aquisição.
As áreas de Reserva Legal existentes no estado são de duas fontes distintas:
as averbadas em cartório e com os limites autorizados pelo órgão ambiental e,
recentemente, as derivadas do processo autodeclaratório do CAR. As primeiras não
encontram-se sistematizadas e espacializadas em um arquivo único, estando
associadas, muitas vezes, aos processos em papel da instituição responsável pela
autorização. Já as declaradas no CAR, não foram consideradas neste momento,
27

pois não estão validadas e poderão ser consideradas, quando existentes, em escala
compatível com a de trabalho do projeto ZEE-RS, e desde que validados pelo órgão
ambiental competente em tempo hábil para sua inserção no projeto.
O Quadro 2 promove uma visão dos dados finais selecionados para
representar os mapas temáticos segundo a fonte de dados. Os três temas
supracitados, foram considerados como em processo de aquisição, pois, quando da
realização dos Produto 6, buscará alternativas à aquisição ou elaboração, caso
estes ainda não estejam disponíveis ou suficientes. Quando estes dados estiverem
disponíveis ou conclusivamente indisponíveis, promoverá a geração de uma nova
versão deste documento, contemplando a inclusão destes mapas temáticos e a sua
composição.
28

Quadro 2 - Síntese de dados espaciais utilizados nos mapas temáticos do Produto 3

FONTE DOS DADOS

TEMA
EM PROCESSO
SEMA-RS IBGE CPRM UFRGS USGS
DE AQUISIÇÃO

Sistema Viário Hipsometria

Hidrografia Elevação Digital


CARTOGRAFIA
Área Edificada

Declividade
Capacidade de
Geomorfológico3 Geológico
uso agrícola
ASPECTOS FÍSICOS
Solos4 Hidrogeológico

Áreas Protegidas Vegetação Reserva legal


ASPECTOS BIÓTICOS
APP

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC

3Elaborado no projeto RADAMBRASIL, 1986, em convênio celebrado entre a SAA-RS e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-SC), em 2003
e atualizado pela Fundação Zoobotânica (FZB), em 2006.

4Elaborado no Projeto RADAMBRASIL, 1986, em convênio celebrado entre a SAA-RS e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – (IBGE-SC), em
2003, atualizado pela FEPAM por meio de consultoria de Nestor Kämpf, em 2001 e por Élvio Giasson, em 2005.
29

2.3 TÉCNICAS E PADRÕES DE REPRESENTAÇÃO DOS MAPAS TEMÁTICOS

O principal propósito da utilização de técnicas de mapeamento temático é da


representação de uma distribuição espacial de um particular fenômeno geográfico.
Entende-se que mapas temáticos são produtos cartográficos que apresentam um ou
mais fenômenos espacialmente representáveis (tema do mapa), com o auxílio de
símbolos qualitativos e/ou quantitativos dispostos sobre uma base de dados.
A Associação Internacional de Cartografia (ICA5) define mapa temático como
sendo um mapa desenhado para demonstrar um fenômeno ou conceito particular.
Convencionalmente, é usado para excluir o termo ‘mapa topográfico’ (MEYNEN,
1973).
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1999), os
mapas temáticos podem ser divididos em três grupos: notação, estatístico e de
síntese. O primeiro grupo, composto pelos mapas de notação, representa a
distribuição das informações por meio de cores e tonalidades com sinais gráficos; ao
passo que o segundo grupo consiste em mapas estatísticos que representam tanto
fenômenos físicos, quanto humanos; e um terceiro grupo a ser concebido a partir de
informações e elementos de representações cartográficas anteriores, que será
denominado como mapas de síntese, os quais possuem finalidade explicativa a
partir da representação de um fenômeno.
Conforme Dent (2009) os mapas temáticos podem ser subdivididos em dois
grupos, qualitativos e quantitativos. Os mapas temáticos qualitativos objetivam-se na
representação espacial de dados nominais de um dado tema. Neste tipo de mapa
não são apresentados dados quantitativos de um modo geral, as informações de
quantidade podem ser indiretamente obtidas na visualização relativa da sua
localização, extensão e área. Como exemplos, pode-se citar os mapas de tipos de
solo, de vegetação, geologia, uso e cobertura do solo etc.
Mapas temáticos quantitativos fornecem uma visão dos aspectos espaciais de
um conjunto de dados numéricos. Na maioria dos casos, uma variável simples é

5 http://icaci.org/
30

escolhida, como renda, saúde, criminalidade, idade e, então, a representação do


mapa é focada na variação destas variáveis de local para local. Esses mapas podem
ilustrar dados numéricos ordinais, (menores que/maiores que) ou intervalares, e
buscam expressar a quantidade de um certo fenômeno na área mapeada.
Os mapas quantitativos podem ser vistos como uma forma de converter dados
não espaciais (tabulares) em dados espaciais, quando dispondo de um elemento de
identificação em um mapa base. Essa situação será a mais adotada para os dados
do Meio socioeconômico do projeto. Em se tendo dados tabulares socioeconômicos
por município ou região, na análise espacial promovida durante as atividades do
diagnóstico, serão criados destes mapas temáticos que aportaram a visualização e
distribuição espacial de cada fenômeno.
Para a elaboração dos mapas temáticos do presente documento, partiu-se da
análise dos atributos de cada tema, da definição do tipo de mapeamento a ser
adotado e da definição das classes conforme as suas características ou
distribuições. A avaliação considerou a existência de classes pré-definidas pelo
órgão fonte ou ainda da definição formal das classes conforme as normas técnicas.
A maioria dos mapas aqui apresentados são qualitativos, sendo poucos
quantitativos.
Os temas relacionados a solos, geologia, hidrogeologia e vegetação, seguiram
a manutenção da definição das classes segundo o órgão fonte. Já os dados de
sistema viário, áreas edificadas, hidrografia, declividade, geomorfologia e áreas
protegidas seguiram uma definição formal, quando existente. No caso dos dados da
base cartográfica (sistema viário, áreas edificadas e hidrografia) seguiram as
especificações técnicas da ET-EDGV. Dados que não se enquadraram nestas
condições, tais como os relacionados ou derivados da altimetria (hipsometria e
elevação digital), tiveram suas classes definidas com vistas à utilização no
diagnóstico do Meio físico.
Foram definidos dois layouts de referência para fins de impressão dos mapas
temáticos, baseado nas melhores práticas de comunicação cartográfica. O primeiro
(Figura 4) é proposta para os temas que apresentarem um número extenso de
classes, como é o caso da geologia. O segundo layout de referência (Figura 5) tem
31

uma proposição mais geral e é o mais proposto a ser utilizado, pois a área efetiva do
mapa é maximizada.
Nos layouts de referência são apresentadas informações do sistema de
coordenadas e de referência, da fonte cartográfica, escala e uma breve descrição do
tema e das classes, além da legenda e demais dados de identificação do mapa.
Contextualmente, foram inseridos os limites político administrativos estaduais e
federais, um raster de ‘hillshade’ como plano de fundo para representação
tridimensional da superfície e uma malha de coordenadas geográficas.
Para todos os temas foi elaborada uma breve descrição, caracterização e
contextualização do tema, notadamente relacionada ao âmbito do ZEE. Em seguida
serão apresentados o modo de aquisição, processamento e a composição do dado e
suas classes.

2.4 METADADOS DESCRITIVOS DOS TEMAS DO PRODUTO 3

Com o objetivo de fornecer um melhor entendimento a respeito dos dados


inventariados, busca-se durante o processo de inventário, descrevê-lo através de
informações sínteses referentes ao modo formação, composição, origem e acurácia.
O conjunto destas informações são organizadas em metadados descritivos e de
qualidade. Como apresentado no Quadro 1, selecionou-se um conjunto mínimo de
metadados capazes de representar as principais características cartográficas e do
modo de concepção e estrutura do dado, contemplando informações de sistema de
coordenadas, de referência (datum), legenda, escala, instituição produtora (órgão
fonte), abrangência espacial, estrutura e formato do dado.
Os metadados descritivos dos temas selecionados, parte integrante do
presente documento, encontram-se no Quadro 3.
32

Figura 4 - Layout padrão utilizado para a construção dos mapas temáticos (Modelo 1 – Legenda Estendida)

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


33

Figura 5 - Layout padrão utilizado para a construção dos mapas temáticos (Modelo 2 – Caso Geral)

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


34

Quadro 3 - Lista de metadados dos temas do Produto 3

(Continua)
Sistema de Referência e
Abrangência
Exten Coordenadas
Nome do dado Meio Instituição Data Tipo Escala
Listagem de são Sistema de Sistema de
Estado Município Fuso
Municípios referência coordenadas
1. Mapa do 1:25.0
Físico SEMA 2016 Sim X X Vetorial shp SIRGAS2000 Geográfica X
Sistema Viário 00
2. Mapa das
1:25.0
Áreas Físico SEMA 2016 Sim X X Vetorial shp SIRGAS2000 Geográfica X
00
Edificadas
3. Mapa 1:25.0
Físico SEMA 2016 Sim X X Vetorial shp SIRGAS2000 Geográfica X
Hidrográfico 00
4. Mapa de Ano base
30
Elevação Digital (2000)
metros
Físico USGS /SRTM Divulgaçã Sim X X Raster tiff WGS84 Geográfica X
(Resol
o
ução)
2014
5. Mapa Ano base
30
Hipsométrico (2000)
metros
Físico USGS /SRTM Divulgaçã Sim X X Raster tiff WGS84 Geográfica X
(Resol
o
ução)
2014
6. Mapa de Ano base
30
Declividade (2000)
metros
Físico SEMA Divulgaçã Sim X X Raster grid SIRGAS2000 Geográfica X
(Resol
o
ução)
2014
35

(Continuação/Conclusão)

Exten Sistema de Referência e


Nome do dado Meio Instituição Data Abrangência Tipo Escala
são Coordenadas
Listagem de Sistema de Sistema de
Estado Município Fuso
Municípios referência coordenadas
7. Mapa 2006 e Sim 1:750.
Físico CPRM X X Vetorial shp SIRGAS2000 Geográfica X
Geológico 2013 000
7.1 Estruturas 2006 e Sim 1:750.
Físico CPRM X X Vetorial shp SIRGAS2000 Geográfica X
geológicas 2013 000
8. Mapa CONVÊNIO SOPS-
1:750.
Hidrogeológico Físico SEMA-DRH/RS- 2005 Sim X X Vetorial shp WGS84 Geográfica X
000
CPRM
9. Mapa 1:250.
Físico IBGE/FZB 2006 Sim X X Vetorial shp SIRGAS2000 Geográfica X
Geomorfológico 000
10. Mapa de IBGE/KÄMPF et al/ 1:250.
Físico 2005 Sim X X Vetorial shp WGS84 Geográfica X
Solos FEPAM/UFRGS 000
11. Mapa de Ano base
HASENACK,
Vegetação (2002) 1:250.
Biótico CORDEIRO e Sim X X Vetorial .shp SIRGAS2000 Geográfica X
Divulgaçã 000
WEBER, 2015
o 2015
12. Mapa de Escala
DUC/DEBIO/
Áreas não
Biótico SEMA, 2016 Sim X X Vetorial .shp SIRGAS2000 Geográfica X
Protegidas inform
ICMBio e MMA
ada

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


36

3 BASE CARTOGRÁFICA

Neste capítulo, serão apresentados os dados tidos como base cartográfica


para o mapeamento temático do ZEE, que correspondem ao sistema viário, área
edificada e hidrografia. Esses dados foram disponibilizados ao Consórcio pela
SEMA, na escala 1:25.000 e referem-se à base de dados espaciais digitais da
Secretaria.
Uma importante consideração é que na atual representação dos mapas
temáticos que compõem o grupo de base cartográfica, não foram elaboradas
classificações quantitativas ou qualitativas, assim como rotulagem, pois, os mesmos
estão em fase de revisão e consolidação e foram disponibilizados sem seus
respectivos atributos.

3.1 SISTEMA VIÁRIO

O sistema viário do Rio Grande do Sul conta com ferrovias, rodovias e


hidrovias, sendo que, as rodovias, são responsáveis por assegurar a interligação
entre as diversas regiões do estado. O sistema rodoviário ainda é o modal mais
importante no estado e no país, sendo responsável pela maior parte da carga
transportada e pela quase totalidade do transporte de passageiros, embora mais
caro em longas distâncias do que o ferroviário e hidroviário. No contexto de um
zoneamento, a disponibilidade de meios de transporte é um fator decisivo para as
orientações locacionais de indústrias, serviços e comércio.
A malha rodoviária do estado possui uma extensão de 18.994,96 km, de
acordo com dados do DAER (2015), sendo constituída, conforme a jurisdição, por
rodovias federais, estaduais e municipais, pavimentadas ou não. O estado possui
rodovias longitudinais, diagonais, transversais e de ligação, onde as principais
rodovias que compõem sua malha viária corresponde à BR-101, BR-386, BR-116 e
BR-190.
O estado também apresenta uma importante malha hidroviária, que se
concentra nas Bacias Litorâneas e Bacia do Guaíba. O mais importante complexo
hidroviário gaúcho para a navegação é formado pelos rios Jacuí, Taquari, Sinos,
37

Caí, Gravataí, Lago Guaíba, Lagoa dos Patos, Lagoa Mirim e Canal de São
Gonçalo, que alcançam o Oceano Atlântico através da Barra de Rio Grande. Este
complexo hidroviário interliga as zonas industriais, agroindustriais e agrícolas,
passando pela área metropolitana de Porto Alegre, fazendo o transporte de produtos
petroquímicos, derivados de petróleo, óleo de soja e celulose. O Porto de Rio
Grande é de grande importância econômica e, também, o principal ponto de
multimodalidade do estado.
A malha ferroviária do Rio Grande do Sul possui 3.260 km de linhas e ramais
ferroviários, utilizadas exclusivamente para cargas. Atualmente, alguns trechos das
ferrovias estão sem operação regular e, de acordo com o Plano Estadual de
Logística e Transporte do RS (PELT, 2016), estão sendo utilizados, plenamente,
apenas 1.952 km, ou seja, menos de 60% da mesma. Os terminais ferroviários que
apresentam maior concentração de cargas, localizam-se nas proximidades da região
metropolitana de Porto Alegre e em Passo Fundo, Cruz Alta e Uruguaiana.
Foi disponibilizado pela SEMA-RS ao Consórcio que está executando o ZEE-
RS, uma versão preliminar dos dados de sistema viário, na escala 1:25.000,
provenientes da base de dados espaciais digitais (2016), que encontra-se em fase
de validação. O mapa do sistema viário (Figura 6) foi elaborado tendo como base
esses dados da rede viária, no formato shapefile. Ressalta-se que, como a base não
está finalizada, com o preenchimento dos campos e registros dos atributos para
cada feição geográfica, não estão representadas na legenda as características das
vias (rodovia federal, rodovia estadual etc.). Porém, o mapa separa (na legenda) os
trechos rodoviários e os ferroviários, pois tratam-se de duas classes de feição
diferentes, o que dispensa, para este caso, a existência de atributos na sua estrutura
para ser realizada essa distinção.
38

Figura 6 - Mapa do Sistema Viário

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


39

3.2 ÁREA EDIFICADA

Para o melhor esclarecimento deste item, foi sugerido pela Equipe Técnica do
ZEE-RS uma troca de nomenclatura, onde substituiu-se o termo que originalmente
encontrava-se no TdR (pág. 27, Item 5. Produtos Esperados, Produto 3) como
“Mancha Urbana” pelo termo “Área Edificada”. Essa alteração está baseada nos
padrões de nomenclatura para modelagem conceitual, conforme especificações
técnicas da ET-EDGV da CONCAR.
De acordo com a CONCAR (2010) o conceito de área edificada corresponde à
área densamente edificada, cuja proximidade das estruturas não permite a sua
representação individualizada e, sim, o contorno da área do conjunto, através de um
polígono.
No Rio Grande do Sul, as maiores áreas edificadas encontram-se nas regiões
com maiores concentrações de população, que dividem-se em duas regiões
metropolitanas (Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) e Região
Metropolitana da Serra Gaúcha (RMSG)) e duas aglomerações urbanas
(Aglomeração Urbana do Sul (AUSul) e Aglomeração Urbana do Litoral Norte
(AULN)). De acordo com os dados do IBGE a taxa de urbanização gaúcha,
representada pela proporção da população que reside em área urbana, teve um
crescimento marcante nas últimas cinco décadas. A população urbana, de 67,5%
em 1980, passou para 76,6% em 1991, chegando a 81,6% em 2000 e a 85,1% em
2010.
O mapa das áreas edificadas do estado (Figura 7) na escala 1:25.000 é um
produto da base de dados espaciais digitais (2016) coordenado pela SEMA-RS, a
qual disponibilizou ao Consórcio uma versão preliminar do dado. Conforme relatório
do Consórcio responsável pela confecção da nova base de dados cartográficos do
estado, as áreas urbanas definidas pelo IBGE foram atualizadas com base nas
imagens RapidEye para a escala 1:25.000, sempre que tais áreas pudessem ser
interpretadas.
40

Figura 7 - Mapa das Áreas Edificadas

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


41

3.3 HIDROGRAFIA

O Rio Grande do Sul é formado por uma densa rede hidrográfica superficial,
que é predominantemente perene, e será representada neste item pela rede de
drenagem mapeada no estado.
A Lei Estadual Nº 10.350, de 30 de dezembro de 1994, que institui o Sistema
Estadual de Recursos Hídricos, regulamentando o artigo 171 da Constituição do
Estado do Rio Grande do Sul, estabelece três grandes Regiões Hidrográficas para o
estado: I - Região Hidrográfica da Bacia do Rio Uruguai, que possui uma área
aproximada de 127.031,13 km², composta por 11 Bacias Hidrográficas, equivalente
a 47,88% da área do Estado; a II - Região Hidrográfica da Bacia do Guaíba, que
possui uma área de 84.763,54 km², composta por 9 Bacias Hidrográficas,
correspondente a 30% da área total do Estado; e III - Região Hidrográfica das
Bacias Litorâneas, que possui uma área de 53.356,41 km², composta por 5 Bacias
Hidrográficas, correspondendo a 20,11% da área do estado.
Os corpos hídricos mais relevantes no estado ‒ seja pelo volume de vazão,
aproveitamento do potencial hidroelétrico e/ou para irrigação ‒, de acordo com os
dados da FEPAM e da Agência Nacional das Águas (ANA) são os rios: Uruguai
(2.200 km de extensão), Jacuí (710 km de extensão), das Antas (207 km de
extensão), Pelotas (437 km de extensão), Piratini (132 km de extensão), Caí (285
km de extensão), Vacacaí (330 km de extensão), dos Sinos (190 km de extensão) e
Gravataí (39 km de extensão). O estado também possui importantes corpos
lagunares, como a Lagoa dos Patos, Lagoa Mirim e Lagoa Mangueira e o sistema
hidrográfico do Guaíba.
No contexto de um ZEE, a hidrografia, considerada como recurso hídrico, é
estratégica para orientar a gestão dos usos frente às diferentes atividades
antrópicas. São inúmeras as possibilidades de utilização dos recursos naturais
disponíveis para diversos setores da economia e da sociedade, envolvendo o
entendimento de elementos que compõem o abastecimento público, a demanda e a
disponibilidade para a agricultura e indústria, a viabilidade para transporte
hidroviário, atividades ligadas ao turismo e à pesca, entre outros. Além disso, os
42

recursos hídricos, como um todo, podem ser vistos pelo viés legal, referenciando
restrições de uso, aos elementos associados aos cursos d’água, lagos e lagoas, em
especial às Áreas de Preservação Permanente, conforme o Art. 4º da Lei nº 12.651,
de 25 de maio de 2012.
O Mapa Hidrográfico (Figura 8) na escala 1:25.000, é um produto da base de
dados espaciais digitais fornecido pela SEMA-RS (2016) e, da mesma forma como
os demais dados da base cartográfica, foi disponibilizado em uma versão preliminar.
Portanto, o mapa de hidrografia não apresenta a legenda específica e as toponímias
dos rios e lagos.
43

Figura 8 - Mapa Hidrográfico

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


44

4 ASPECTOS FÍSICOS

Os aspectos físicos determinam, em conjunto com a dimensão humana, a


estrutura e dinâmica espacial de uma região. A seguir é apresentada uma breve
descrição dos mapas temáticos relacionados às Variáveis Topográficas,
Geomorfologia, Geologia, Hidrogeologia, Solos e Capacidade de uso agrícola, como
previsto no item 5 (Produtos Esperados) do TdR e nas subatividades do Plano de
Trabalho.

4.1 VARIÁVEIS TOPOGRÁFICAS

Os temas apresentados a seguir, estão diretamente relacionados às variáveis


topográficas, associadas à elevação digital, hipsometria e declividade, que
configuram as diferentes formas de representação do relevo.

4.1.1 Elevação Digital

Os dados que compõem o modelo de elevação digital correspondem ao Shuttle


Radar Topography Mission (SRTM) e foram obtidos na plataforma Earth Explorer do
Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), com data de publicação de 23 de
outubro de 2014. Estes dados estão em formato raster, referenciados em
latitude/longitude (sem projeção), com coordenadas em graus decimais, datum
vertical Earth Gravitational Model 1996 (EGM96) e datum horizontal World Geodetic
System 1984 (WGS84).
Para compor o território do Rio Grande do Sul, foram utilizadas 44 cenas,
provenientes da banda C, com resolução radiométrica de 16 bits e resolução
espacial de 1 arco de segundo (aproximadamente 30 metros), compatível para
trabalhos em escala de 1:100.000. As cenas foram mosaicadas em um único arquivo
e o datum foi alterado para SIRGAS2000.
Conforme recomendado pelo TdR, foi criado um mapa temático de elevação
digital a partir do Modelo de Elevação Digital (MDE) do SRTM, que corresponde a
uma representação matemática contínua do relevo, distribuindo espacialmente as
variações de altitude do estado.
45

As imagens SRTM adquiridas no seu formato bruto apresentam vários pixels


sem informações, provenientes de erros durante a aquisição, envio e processamento
dos dados. Estes pixels, isolados ou em grupos, dão origem às falhas na imagem e,
para efeito de processamento e visualização dos dados SRTM, é necessário
eliminar estas falhas. Porém, por se tratar de regiões onde a informação inexiste, o
processo de preenchimento deve ser realizado com cuidado.
Para que o dado do SRTM seja hábil de ser utilizado, cumprindo minimante os
requisitos de qualidade, busca-se preencher as falhas para suprir esta falta de
informação, considerando vários fatores para que tal preenchimento seja realizado o
mais fidedignamente possível. Para minimizar os erros e evitar criar dados
aleatoriamente, optou-se por aplicar uma interpolação linear no preenchimento dos
buracos. Tal interpolação leva em conta as dimensões das falhas, bem como os
valores das altitudes adjacentes às falhas.
Além disso, para poder recriar o gradiente de aclive/declive do terreno que as
falhas teriam, com base nas vizinhanças do terreno foi utilizada a média simples de
duas interpolações lineares, uma interpolação na vertical e outra na horizontal. A
interpolação vertical/horizontal gera os aclives e/ou declives na vertical/horizontal,
enquanto a média destas duas interpolações gera o gradiente de aclive/declive das
falhas, fazendo com que o preenchimento das mesmas mantenha a direção e
sentido do terreno no local.
O processo aplicado no presente processamento consiste nos seguintes
passos:
a) identificação e localização dos pixels sem dados;
b) determinação da vizinhança imediata (bordas) das falhas;
c) determinação do tamanho horizontal e vertical da falha;
d) interpolação horizontal, com base no tamanho horizontal da falha e na
variação horizontal da vizinhança;
e) interpolação vertical, com base no tamanho vertical da falha e na variação
vertical da vizinhança;
f) cálculo da média dos interpoladores, dando origem ao gradiente de
variação do terreno;
46

g) preenchimento das falhas com os respectivos valores calculados.


Para o processamento dos dados SRTM foi implementado o algoritmo em
linguagem MATLAB, onde todo o processo é realizado sem a necessidade de
software auxiliar. Optou-se por implementar este algoritmo por dois principais
motivos: 1) Não há software comercial com tais características; 2) Sendo de
implementação própria, o algoritmo permite maior controle sobre as variáveis de
seus processamentos.
No Mapa de Elevação Digital (Figura 9) foram atribuídos intervalos de 200
metros às elevações que variam de 0 a 1.398 metros, sendo aplicado, a partir
desses intervalos, um gradiente de cores contínuo para não ter-se uma visão
discreta da superfície terrestre, tendo, assim, uma melhor visualização/interpretação
do mapa.
47

Figura 9 - Mapa de Elevação Digital

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


48

4.1.2 Hipsometria

Com relação à hipsometria, foi sugerido pela Equipe Técnica do ZEE-RS uma
troca de nomenclatura para o melhor esclarecimento deste item, onde substituiu-se
o termo que originalmente encontrava-se no TdR (pág. 27, Item 5. Produtos
Esperados, Produto 3) “Amplitude altimétrica”, pelo termo hipsometria. Essa
alteração está baseada nos padrões de nomenclatura para modelos digitais,
conforme Especificações Técnicas de Produtos de Conjuntos de Dados
Geoespaciais (ET-PCDG) do Comitê de Normatização da Diretoria de Serviço
Geográfico do Exército Brasileiro (DSG/EB).
No estado do Rio Grande do Sul, as cotas altimétricas variam de 0 até 1.398
metros. As menores altitudes estão localizadas na Planície Costeira, ao passo que,
no contato com a Serra, apresenta vertentes abruptas, associadas a lineamentos
estruturais, com desníveis superiores a 1.000 metros. Assim, na porção nordeste
caracteriza-se pelas maiores cotas altimétricas, que correspondem ao Planalto
Meridional, chegando a alcançar 1.398 metros no Monte Negro, em São José dos
Ausentes.
Para a geração do mapa hipsométrico, foram utilizados os dados do MDE do
SRTM, mencionados anteriormente, e trabalhados de forma a estabelecer classes
para as variáveis altimétricas. O Mapa Hipsométrico (Figura 10) dispõe de 14
classes estabelecidas pelo método de classificação de dados quantitativos, por
intervalos iguais, com os seguintes valores: 0 – 100 m; 100 – 200 m; 200 – 300 m;
300 – 400 m; 400 – 500 m; 500 – 600 m, 600 – 700 m; 700 – 800 m; 800 – 900 m;
900 – 1.000 m; 1.000-1.100 m; 1.100-1.200 m; 1.200-1.300 e, por fim, acima de
1.300 m.
49

Figura 10 - Mapa Hipsométrico

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


50

4.1.3 Declividade

O mapa de declividades vem apresentar a relação entre a inclinação da


superfície e a distância horizontal, indicando, diretamente, um gradiente de variação
do terreno. Através das medidas (“classes”) de declividade, é possível inferir ou
obter indicadores do comportamento do terreno e da topografia.
Dados de declividade vêm sendo usados como um dos principais elementos de
decisão para a gestão territorial e o parcelamento do solo, sendo, muitas vezes,
incorporados em parâmetros diretos e nominados de seus percentuais de
declividade. Na temática do ZEE, as classes de declividade são expressas em graus
ou em porcentagem e podem fornecer visões relacionadas à dificuldade de
mecanização da agricultura, a determinação de áreas de encostas, custo para
implementação de rodovias, o mapeamento de áreas de riscos à erosão
(erodibilidade e erosividade), restrição legal derivada da Lei 12.651, onde áreas com
declividade superior a 45º são consideradas Áreas de Preservação Permanente em
zonas rurais ou urbanas, dentre outras.
Para entendimento da aplicação da declividade, no antigo Código Florestal, Lei
Federal nº 4.771, de 15.09.65, revogada pela Lei nº 12.651, recomendava-se o limite
de 45% para separar cultivos ou pastagens de cobertura florestal, declives entre
45% e 100% como os limites para exportação florestal seletiva e declives superiores
a 100% como reservas florestais intocadas.
O Mapa de Declividade apresentado corresponde a um dos produtos da nova
base de dados espaciais do estado e, conforme orientação da Contratante, será
utilizado neste item. O dado original encontra-se em formato raster e os valores de
contadores digitais estão classificados em termos percentuais. Adotou-se a
classificação da declividade da Embrapa (1979), por ser considerada como
referência no Brasil, que traz, intrinsecamente, informações relacionadas à
topografia e ao uso do solo.
No presente mapa temático foram utilizadas 6 classes, que correspondem a:
relevo plano (0 a 3%); suave-ondulado (3 a 8%); ondulado (8 a 20%); forte-ondulado
51

(20 a 45%); montanhoso (45 a 75%); e escarpado (>75%), conforme apresentado a


seguir (Figura 11).
De acordo com a Embrapa (2013) a primeira classe (relevo plano) pode ser
vista como uma área formada por regiões planas ou quase planas, que apresentam
escoamento superficial (deflúvio) lento. No ponto de vista do uso agrícola, pode-se
dizer que nestas áreas não há nenhuma dificuldade ao uso de máquinas agrícolas.
A classe de relevo suave-ondulado é formada por áreas de declives suaves
com escoamento superficial lento a médio e, neste caso, por exemplo, os declives
não impedem ou dificultam o uso de máquinas agrícolas.
Os terrenos ondulados apresentam áreas com superfícies inclinadas, nas
quais, o escoamento superficial, para a maioria dos solos, é tido médio a rápido. Em
certos casos, a erosão hídrica oferece poucos problemas, podendo ser controlada
com práticas simples. Em áreas mais onduladas, para práticas de cultivo requerer-se
ações complexas de conservação dos solos, pois os solos podem ser facilmente
erodíveis e sua aplicação restringe-se, muitas vezes, a cultivos perenes, pastagens
ou reflorestamentos.
As classes de declividade forte-ondulado são vistas, conforme a Embrapa
(2013), como áreas fortemente inclinadas, que apresentam escoamento superficial
muito rápido na grande maioria dos solos. Os terrenos em classe montanhosa são
considerados aqueles em áreas íngremes de regiões montanhosas, onde a
mecanização agrícola é tida como inviável e o risco à erosão é muito alto.
As áreas de relevo escarpado ou muito íngreme são aquelas onde,
normalmente, nenhum solo se desenvolve. Nesta região existem,
predominantemente, dois tipos de solos, os muito rasos associados a exposições
rochosas ou, ainda, que comportam maciços florestais. Essas áreas apresentam
risco à erosão altíssimo.
As declividades predominantes no estado compreendem as classes inferiores a
20%, que abrangem mais de 85% da área territorial. Na área costeira e no sistema
lagunar, o relevo é plano com declividades baixas (menores de 3%). As únicas
ondulações existentes no relevo da Planície Costeira são as dunas, que estão
localizadas próximas à costa. As regiões oeste e sul, próximas aos limites do estado
52

com Argentina e Uruguai, também caracterizam-se por declividades pouco


significativas (de 0 - 3 %), sendo que, essas áreas planas, ocupam em torno de 22%
da área total do estado. Já da região central, indo em direção a nordeste, onde estão
localizados o rebordo do Planalto e as regiões da Serra, estão as declividades
acentuadas em relevo fortemente ondulado a montanhoso, que vai de 20 até 75%,
mas, correspondem a apenas 10% da área total do estado.
53

Figura 11 - Mapa de Declividade

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITE


54

4.2 GEOLOGIA

Geologicamente, o Rio Grande do Sul é caraterizado para o projeto ZEE,


levando-se em consideração as unidades litológicas e a presença de falhas e
fraturas, sob a óptica de suas fragilidades/vulnerabilidades, especialmente, no
âmbito da erodibilidade.
Para tal, entende-se que o estado é constituído por terrenos rochosos, cuja
origem ou transformação remontam aos mais diferentes períodos da história da
crosta terrestre, trazendo o registro de distintos eventos geológicos. Os processos
magmáticos, metamórficos e sedimentares, aliados aos movimentos tectônicos,
foram moldando uma crosta cada vez mais diferenciada e mais estável. Devido à
grande complexidade geológica presente no estado, o panorama atual pode ser
descrito em quatro grandes domínios geológicos: Planalto Norte-Rio-Grandense;
Escudo Sul-Rio-Grandense; Depressão Central; e Planície Costeira. (KAUL, 1990).

O Planalto Norte-Rio-Grandense constitui-se em uma unidade de relevo


formada por derrames de rochas vulcânicas, sobretudo, o basalto, que integram o
Planalto Meridional do Brasil. No centro-sul do estado, o Escudo Sul Rio-Grandense
é formado de rochas muito antigas. Conforme Wildner e Lopes (2010), é constituído
de rochas do tipo ígneas plutônicas, como o granito, rochas metamórficas quartzito e
gnaisse. Já a Depressão Central assemelha-se a uma planície, que se estende de
leste a oeste, formada de relevo de baixa altitude e rochas sedimentares que, devido
sua fragilidade, compreende a porção do estado com a maior ocorrência de
processos erosivos acelerados, onde se destacam as voçorocas e os areais. Por
fim, a Planície Litorânea ou Costeira, que é caracterizada por uma costa alongada
com cerca de 622 km de extensão, com orientação NE-SW, onde se encontram
terrenos de baixa altitude formados por sedimentos arenosos.
De acordo com Tomazelli e Villwock (2005), estes depósitos de leques aluviais
foram retrabalhados durante os vários ciclos transgressivos-regressivos glacio-
eustáticos do Quaternário, levando a geração de, pelo menos, quatro sistemas
deposicionais do tipo laguna-barreira.
55

O procedimento de aquisição dos dados de geologia baseou-se em consulta


direta com o principal órgão geológico atuante no Estado, a Companhia de Pesquisa
de Recursos Minerais (CPRM) e com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental
Henrique Luiz Röessler (FEPAM-RS).
Os dados foram adquiridos, por sugestão da CPRM, no repositório de dados da
própria instituição, através do site Geobank6, em formato shapefile. A confecção do
mapa de geologia baseou-se representação temática das classes dos elementos da
geologia e das estruturas geológicas. Cada feição geológica do mapa temático é
estruturada pela sua dimensão e seu ambiente de sedimentação, onde cada
elemento é, então, representado pela sua classe litologicamente relacionada.
O mapa temático da geologia final do Rio Grande do Sul (Figura 12), na escala
1:750.000 é um produto derivado do Projeto Geologia do Brasil ao Milionésimo
(Programa Geologia do Brasil), executado pelo Serviço Geológico do Brasil
(Superintendência Regional de Porto Alegre) da CPRM. Os dados geológicos
existentes até 2006 foram revisados e atualizados. Em 2013, os atributos foram
novamente reformulados. Esse mapa identifica a litoestratigrafia e estruturas
geológicas do estado, onde as unidades estão discriminadas por cores e por letras
abreviadas, maiúsculas e minúsculas, de acordo com a litologia, conforme legenda
apresentada a seguir (Quadro 4). As estruturas dos lineamentos são apresentadas
para constatação do padrão e da densidade de fraturamentos e falhamentos de
determinada região, sendo representadas por linhas com simbologias distintas.

6 Disponível em: http://geobank.cprm.gov.br/.


56

Figura 12 - Mapa Geológico

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


57

Quadro 4 - Detalhamento da legenda do mapa geológico

(Continua)
58

(Continuação)
59

(Continuação)
60

(Continuação)
61

(Continuação)
62

(Continuação)
63

(Continuação)
64

(Continuação)
65

(Continuação)
66

(Continuação)
67

(Continuação)
68

(Continuação)
69

(Conclusão)

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


70

4.2 HIDROGEOLOGIA

O mapa temático de hidrogeologia fornece informações diretas quanto à


composição e características dos aquíferos indicando, dentre outras informações, a
produtividade das águas subterrâneas. O estudo da hidrogeologia servirá como
subsídio ao zoneamento, no que diz respeito à disponibilidade das águas
subterrâneas e, como consequência, ao gerenciamento mais adequado do uso
desse recurso. O estudo possibilitará apontar as zonas com maiores potencialidades
dos recursos hídricos, auxiliando as diretrizes do zoneamento.
O estado do Rio Grande do Sul é constituído por duas províncias
hidrogeológicas, que correspondem ao Escudo Meridional e o Paraná. O Sistema
Aquífero Guarani ocupa mais de 55% da área do estado e corresponde à principal
reserva de água subterrânea. De acordo com os estudos da CPRM (2005), esse
aquífero é constituído pelas unidades hidroestratigráficas: Botucatu, Guará, Arenito
Mata, Caturrita, Alemoa, Passo das Tropas I e II, Sanga do Cabral e Piramboia.
O Mapa Hidrogeológico apresentado a seguir (Figura 13) baseou-se nos dados
de produtividade e disponibilidade dos sistemas aquíferos, em escala 1:750.000 e
em formato shapefile, oriundos do Mapa Hidrogeológico do estado, fruto do convênio
entre a Secretaria Estadual de Obras Públicas e Saneamento (SOPS), Secretaria do
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMA), Diretoria de Recursos Hídricos
(DRH) e a Companhia de Recursos Minerais (CPRM).
O mapeamento utilizou uma classificação regional mais adequada para o
levantamento das potencialidades (qualidade e quantidade) das águas subterrâneas
do estado, as litologias foram agrupadas em sistemas segundo suas semelhanças
em termos de comportamento hidrogeológico e potencial produtor de água
subterrânea. Assim, apresenta-se agrupada em: aquíferos com alta a média
possibilidade para águas subterrâneas em rochas e sedimentos com porosidade
intergranular; aquíferos com média a baixa possibilidade para águas subterrâneas
em rochas e sedimentos com porosidade intergranular; aquíferos com alta a média
possibilidade para águas subterrâneas em rochas com porosidade por fraturas;
aquíferos com média a baixa possibilidade para águas subterrâneas em rochas com
porosidade por fraturas; aquíferos limitados de baixa possibilidade para água
71

subterrânea em rochas com porosidade intergranular ou por fraturas; aquíferos


praticamente improdutivos em rochas com porosidade intergranular ou por fraturas.
72

Figura 13 - Mapa Hidrogeológico

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


73

4.3 GEOMORFOLOGIA

A geomorfologia pode ser considerada como um doas principais componentes


do Meio Físico, capaz de fornecer subsídios diretos e correlatos à criação de
instrumentos de planejamento e ordenamento territorial, incorporando elementos
que derivarão em ações ambientais e econômicas. No contexto do ZEE, pode ser
considerada como uma das informações responsáveis pela susceptibilidade dos
solos à erosão, sendo possível, por meio dela, compreender a dinâmica dos fatores
que sofrem interferência direta do relevo, como a pluviosidade, distribuição da
vegetação e dos solos, entre outros.
A compartimentação geomorfológica do estado está alicerçada nos cinco
domínios morfoestruturais, que compreendem o Planalto Meridional, o Escudo Sul-
Rio-Grandense, a Depressão Periférica, a Cuesta do Haedo e Planície Costeira (Ab’
Saber, 1964; Muller Filho, 1970; e Ross 1985). Esses compartimentos constituem a
primeira expressão da paisagem do estado, na medida que, através dela, são
individualizadas zonas que, associadas a outras características ‒ entre elas, a
vegetação e o uso da terra ‒, expressam a diferenciação paisagística do estado.
Um mapeamento mais detalhado desses compartimentos geomorfológicos foi
possível através do Projeto RADAMBRASIL, que utilizou como metodologia a
hierarquização em três categorias (táxons), com características de relevo distintas. O
primeiro grande táxon, denominado Domínio Morfoestrutural, comporta várias
Regiões Geomorfológicas (segundo táxon) que, por sua vez, admite subdivisões que
se referem às Unidades Geomorfológicas (terceiro táxon).
O mapa considerado para este produto apresenta as unidades geomorfológicas
existentes no estado, as quais encontram-se inseridas em três grandes domínios ‒
Depósitos Sedimentares; Bacias e Coberturas Sedimentares; Embasamentos em
Estilos Complexos ‒ que, por suas vezes, subdividem-se em: Planaltos, Depressões,
Planícies e Tabuleiros (região serrana).
O primeiro domínio, denominado de Depósitos Sedimentares, corresponde à
porção litorânea do estado e é caracterizado por planícies, terraços marinhos e
lagunares, ao lado de áreas planificadas resultantes da convergência de leques
coluviais ou concentração de depósitos de enxurradas. Nele, estão inseridas as
74

unidades: planície alúvio-coluvionar, planície lagunar e planície litorânea interna. O


segundo grande domínio existente no estado, conforme o mapeamento
RADAMBRASIL, é denominado Bacias e Coberturas Sedimentares e caracterizado
pelos planaltos e depressões. As depressões correspondem à porção leste e sul
deste domínio, são caracterizadas por formas alongadas, também conhecidas como
coxilhas, acompanhadas de superfícies planares. A área planáltica, por sua vez,
possui feições morfológicas distintas, por vezes, com áreas intensamente
dissecadas entremeadas por superfícies aplanadas. No mapa confeccionado, as
unidades correspondentes a esse domínio são: Depressão Rio Ibicuí-Rio Negro;
Depressão Rio Jacuí; Patamares da Serra Geral; Planalto Dissecado Rio Iguaçu-Rio
Uruguai; Planalto de Santo Ângelo; Planalto de Uruguaiana; Planalto dos Campos
Gerais; Planaltos Residuais Canguçu-Caçapava; e Serra Geral.
O terceiro e último domínio morfoestrutural do estado é denominado
Embasamentos em Estilos Complexos e é oriundo, predominantemente, da era pré-
cambriana, ou seja, corresponde à formação mais antiga presente no estado,
composto por rochas altamente metamorfizadas, falhadas e dobradas. (IBGE, 1981).
No mapa apresentado, as unidades correspondentes a este domínio são: Planaltos
Residuais de Canguçu-Caçapava e Planalto Rebaixado Marginal.
Para a confecção do mapa apresentado na Figura 14, foram consultados
órgãos oficiais do Estado com destaque na temática, tais como CPRM, EMATER,
FEPAGRO, UFRGS, FZB e a FEPAM, sendo, esta última, usuária do dado do
projeto RADAMBRASIL e que disponibilizou o dado utilizado para esta produção.
Esse dado é um produto resultante da digitalização do Mapeamento Geomorfológico
do Rio Grande do Sul do Projeto RADAMBRASIL, 1986, em convênio celebrado
entre a Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SAA-RS), hoje chamada de
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SEAPI) e o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE-SC), em 2003. Posteriormente, foi atualizado pela
Fundação Zoobotânica (FZB), em 2006. O Mapa Geomorfológico foi produzido,
tendo como base os dados disponibilizados em formato shapefile. A escala original
das folhas planialtimétricas da base geográfica organizada está na escala 1:250.000,
dividida em 15 classes de Unidades Geomorfológicas.
75

Figura 14 - Mapa Geomorfológico

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


76

4.4 SOLOS

O Rio Grande do Sul caracteriza-se por apresentar uma grande


heterogeneidade de solos, devido à complexidade da sua formação geológica,
relevo e da ação climática. O mapeamento dos solos é considerado como uma
importante ferramenta para o planejamento da ocupação racional das terras e
servirá como base para o entendimento do domínio do Meio Físico, perpassando
diretamente componentes que apoiaram a delimitação prática das unidades do
zoneamento.
No mapa de solos, as classes, segundo o Sistema Brasileiro de Classificação
de Solos (SiBCS) (EMBRAPA, 2013), estão hierarquizadas em 13 (treze) classes de
1° nível (Ordens), que apresentam as seguintes nomenclaturas e horizontes
identificados: Argissolos (Horizonte B textural com Tb ou Ta+Vb 7), Cambissolos
(Horizonte B incipiente), Chernossolos (Horizonte A chernozêmico), Espodossolos 8
(Horizonte B espódico), Gleissolos (Horizonte glei), Latossolos (Horizonte B
latossólico), Luvissolos (Horizonte B textual com Ta + Va²), Neossolos (Novo solo
em formação), Nitossolos (Horizonte B nítico), Organossolos (Solos orgânicos),
Planossolos (Horizonte B plânico), Plintossolos (Horizonte plíntico) e Vertissolos
(Horizonte vértico).
A aquisição do dado sobre solos foi realizada através de consultas aos órgãos
responsáveis por atuarem nessa área no Rio Grande do Sul, como a Fundação
Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO), FEPAM, Associação Rio-
grandense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural
(EMATER) e o DNPM, sendo que o dado utilizado foi disponibilizado pela FEPAM.
Esse dado é um produto resultante da digitalização do Mapeamento de Solos do Rio
Grande do Sul do Projeto RADAMBRASIL, 1986, em convênio celebrado entre a
SAA-RS e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE-SC), em 2003.
Posteriormente, a classificação dos solos do estado, quanto à Resistência a

7Ta = argila de atividade alta (CTC ≥ 27 cmol / kg de argila); Tb = argila de atividade baixa (CTC < 27
cmol / kg de argila; Va = alta saturação por bases (≥ 50%); Vb = baixa saturação por bases (< 50%).

8 Ocorrência não significativa no Rio Grande do Sul.


77

Impactos Ambientais, foi atualizada pela FEPAM, por meio de consultoria de Nestor
Kämpf em 2001 e atualizado por Élvio Giasson, em 2005.
O mapa temático de Solos (Figura 15) foi elaborado tendo como base o arquivo
shapefile, disponibilizado pela FEPAM, na escala 1:750.000 e a sua construção
seguiu as convenções da classificação de simbologia do Manual Técnico de
Pedologia – 2ª edição. (IBGE, 2007).
78

Figura 15 - Mapa de Solos

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


79

4.5 CAPACIDADE DE USO AGRÍCOLA

A capacidade de uso agrícola é obtida através da avaliação e resposta da


capacidade de uso da terra aliada a outros fatores. Sendo assim, corresponde, de
acordo com a Embrapa (1999), a um indicador do nível de intensidade de cultivo a
que o solo pode ser submetido, sem que ocorra sua degradação pelo processo
erosivo.
A classificação da capacidade de uso agrícola é um sistema de avaliação para
fins gerais largamente utilizado, desenvolvido no Serviço de Conservação de Solos,
atual Serviço de Conservação de Recursos Naturais do Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos (USDA). (Klingebiel e Montgomery, 1961).
Neste sistema, as unidades de mapeamento são agrupadas, inicialmente, de
acordo com a sua capacidade de produzir culturas anuais e pastagem, sem
degradação do solo, por um longo período de tempo. Pode ser dividida em 4 itens:
Grupos, Classes, Subclasses e Unidades. A categoria mais elevada e subdivisão
mais genérica compreende dois grupos: terras recomendadas para cultivo e terras
não recomendadas para cultivo. As categorias mais baixas são: classe de
capacidade, subclasse de capacidade e unidade de capacidade.
As classes variam de I a VIII, de acordo com o grau de limitação. As
subclasses indicam o fator limitante e, consequentemente, os principais problemas
de conservação relacionados com o solo (ç), erosão (e), drenagem (d) e clima (c).
As unidades de capacidade permitem um agrupamento específico de solos
similares, dentro de cada subclasse de capacidade. Elas se referem, principalmente,
ao tratamento dado ao solo, de modo a superar as limitações de uso e permitir uma
produção sustentável.
Outras metodologias ou adaptações da metodologia americana (USDA) podem
ser aplicadas para o mapeamento da capacidade de uso agrícola, como a descrita
por Lepsch et al (1991) e Schneider et al (2007).
Após consultas realizadas nos diferentes órgãos, tais como EMATER,
FEPAGRO, UFRGS, FEPAM, SEMA e IBGE, não foi possível obter os dados
espacializados de capacidade de uso agrícola em um âmbito estadual. Por
80

consequência, o mapa da capacidade de uso agrícola não será apresentado neste


produto.
O dado de capacidade de uso agrícola pode ser gerado a partir das
metodologias descritas e do cruzamento de dados já disponíveis em um âmbito
estadual no Rio Grande do Sul como, por exemplo: Geologia; Solos (permite
conhecer a riqueza para uso agrícola); Climatologia (precipitações e/ou estiagens);
Hidrografia (onde podemos encontrar com maior facilidade recursos hídricos e áreas
vulneráveis a inundação); e Relevo. O cruzamento dos dados já existentes para a
geração deste dado, dar-se-á nos próximos produtos do ZEE-RS, se os dados
disponíveis fornecerem informações suficientes para a realização desta tarefa.
81

5 ASPECTOS BIÓTICOS

Fazem parte dos aspectos bióticos a vegetação e a fauna. A partir dos estudos
da vegetação e da fauna, será possível analisar ecologicamente e obter informações
para a conservação dos recursos naturais. Neste capítulo serão abordados os
aspectos bióticos relacionados, especificamente, aos dados espaciais de vegetação
existentes no estado.

5.1 VEGETAÇÃO

O mapeamento da vegetação do estado do Rio Grande do Sul, com vistas ao


zoneamento, permite a manutenção da integridade e da biodiversidade dos
ecossistemas, e servirá como aporte à tomada de decisões para a conservação
ambiental. O incentivo às atividades econômicas de uso sustentável é outro
elemento essencial para assegurar a conservação e a manutenção da integridade
dos remanescentes florestais nativos.
O Rio Grande do Sul caracteriza-se pela ocorrência de dois Biomas ou Zonas
Biogeográficas: Mata Atlântica e Pampa, sendo que, este último, está restrito ao
estado. O Bioma Pampa ocupa uma área de 176.496 km² (IBGE, 2004). Isto
corresponde a 63% do território estadual e caracteriza-se por apresentar, pelas
estimativas do MMA, valores em torno de 3.000 espécies de plantas, com notável
diversidade de gramíneas ‒ são mais de 450 espécies, como capim-forquilha,
grama-tapete, flechilhas, barbas-de-bode, cabelos de-porco, dentre outras.
Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies de compostas
e de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo e o
trevo-nativo. Nas áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas muitas
espécies de cactáceas. Entre as várias espécies vegetais típicas do Pampa, vale
destacar o Algarrobo (Prosopis Algorobilla) e o Nhandavaí (Acacia Farnesiana),
arbusto cujos remanescentes podem ser encontrados apenas no Parque Estadual
do Espinilho, no município de Barra do Quaraí. O Bioma Mata Atlântica ocupa uma
área de 105.252 km², correspondendo a 47% do território estadual. Segundo Backes
82

e Irgang (2004), as canelas, cedros, ingazeiros, canjeranas e angicos, são suas


principais espécies, mas ocorrem também baguaçus, pindaíbas e jequitibás.
Devido à importância de um mapeamento regional da cobertura vegetal do
estado, o Laboratório de Geoprocessamento do Centro de Ecologia da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, realizou o mapeamento do uso e cobertura vegetal
do estado - situação em 2002 (HASENACK, CORDEIRO e WEBER, 2015). Esse
estudo teve como principal objetivo mapear a vegetação do estado através de
metodologia única, além de revisar os limites das regiões fitoecológicas propostas
pelo Projeto RADAMBRASIL (IBGE, 1986) e IBGE (1992).
O Mapa da Cobertura Vegetal (Figura 16) foi realizado através da agregação
temática das classes dos remanescentes de vegetação natural, da qual fazem parte
as classes: banhado; campo + mata + afloramento; campo de feixe de restinga;
campo seco; campo úmido; mata + campo + afloramento; mata com até 30% de
antrópico; mata com até 50% de antrópico; e mata nativa, todos obtidos no formato
shapefile do Laboratório de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Conforme apresentado por Cordeiro e Hasenack (2009), da área total do estado,
31,8% ainda possui cobertura natural ou seminatural. Destes, entretanto, 62,21%
(174.855,17 km²) referem-se a formações campestres. A maior integridade destas
formações vegetais campestres, em detrimento das formações florestais, mostra que
o uso tradicional dado a estas áreas (pecuária extensiva em campo nativo) tem sido
mais sustentável do ponto de vista da conservação da paisagem do que aqueles
levados a efeito em áreas originais de floresta.
83

Figura 16 - Mapa de Remanescentes da Vegetação Natural

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


84

5.2 ÁREAS PROTEGIDAS

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC - LEI 9.985/2000) é o


conjunto das Unidades de Conservação (UCs) federais, estaduais e municipais. Este
sistema é composto por 12 (doze) categorias de UCs, cujos objetivos específicos se
diferenciam quanto à forma de proteção e usos permitidos: aquelas que precisam de
maiores cuidados, pela sua fragilidade e particularidades, e aquelas que podem ser
utilizadas de forma sustentável e conservadas ao mesmo tempo.
O SNUC foi concebido de forma a potencializar o papel das UCs, de modo que
sejam planejadas e administradas de forma integrada com as demais UCs,
assegurando que amostras significativas e ecologicamente viáveis das diferentes
populações, habitats e ecossistemas, estejam adequadamente representadas no
território nacional e nas águas jurisdicionais. Para isso, o SNUC é gerido pelas três
esferas de governo (federal, estadual e municipal).
As Unidades de Conservação brasileiras apresentam-se subdivididas em duas
categorias: Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável. A
primeira, possui cinco classificações: Estação Ecológica; Reserva Biológica; Parque
Estadual; Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre. Já a segunda categoria,
possui seis tipos diferentes de Unidades de Conservação: Área de Proteção
Ambiental; Área de Relevante Interesse Ecológico; Floresta Nacional; Reserva
Extrativista; Reserva da Fauna; e Reserva de Desenvolvimento Sustentável.
De acordo com o setor responsável pelo Cadastro das Unidades de
Conservação no Sistema Estadual (DUC/DEBIO/SEADS), o estado possui vinte e
seis Unidades de Conservação Municipais, entre elas, cinco Áreas de Proteção
Ambiental, duas Áreas de Relevante Interesse Ecológico, quatorze Parques Natural
Municipal, quatro Reservas Biológicas e um Refúgio da Vida Silvestre. Com relação
às Unidades de Conservação Estaduais, possui vinte e cinco, sendo doze Parques
Estaduais, três Áreas de Proteção Ambiental, uma Estação Ecológica Estadual,
duas Reservas Biológicas, duas Reservas Particular do Patrimônio Natural e um
Refúgio da Vida Silvestre. Estão cadastradas no Sistema Informatizado de Monitoria
de RPPN do Instituto Chico Mendes de Conservação para Biodiversidade, trinta e
uma Reservas Particulares do Patrimônio Natural no Estado.
85

As Unidades de Conservação de âmbito Federal, delimitadas no território rio-


grandense, somam onze Unidades de Conservação: duas Estações Ecológicas, três
Parques Nacionais, uma Área de Proteção Ambiental, uma Área de Relevante
Interesse Ecológico, três Florestas Nacionais e um Refúgio da Vida Silvestre.
O Mapa de Áreas Protegidas (Figura 17) foi elaborado a partir dos arquivos
shapefile cedidos pelo Departamento de Unidades de Conservação da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente, dando atenção às recomendações: (1) todos os limites
das Unidades de Conservação estão sob avaliação técnica, podendo sofrer
alterações sempre que seu Órgão Gestor considerar necessário; (2) as informações
disponibilizadas pela DUC/DBIO/SEMA foram construídas em bases cartográficas e
imagens de satélite variadas, sendo assim, poderão ocorrer deslocamentos das
linhas demarcatórias em relação às imagens que venham a ser utilizadas; (3) os
limites de algumas unidades de conservação são compostos por dois ou mais
polígonos, como é o caso do Parque Estadual Delta do Jacuí (PEDJ), Parque
Estadual do Podocarpus, Parque Estadual do Espinilho, Parque Estadual de Itapuã,
Rebio Estadual da Mata Paludosa, Rebio Estadual Banhado do Maçarico, PNM
Manoel de Barros Pereira, PNM Sagrisa e PNM Sertão.
Constam também no Mapa de Áreas Protegidas os limites das Unidades de
Conservação Federais, as quais foram baixadas do website do Ministério do Meio
Ambiente. Porém, para qualquer informação mais atualizada sobre as UCs Federais,
indica-se consulta diretamente ao órgão responsável (Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio)) e ao Cadastro Nacional de Unidades de
Conservação/Ministério do Meio Ambiente (CNUC/MMA).
Dentro do contexto de Áreas Protegidas, as comunidades tradicionais
constituem-se em coletivos, com direitos assegurados juridicamente, que possuem
organização social culturalmente diferenciada, localizados em territórios específicos,
cujos usos são coletivos e que possuem marcadores do pertencimento. Para além
de uma delimitação física, o território é também simbólico. Esta organização social
caracteriza-se por formas de viver e ver o mundo baseadas em conhecimentos e
saberes que valorizam a ancestralidade e as relações socioambientais. Tais
conhecimentos e saberes se ressignificam dinamicamente e participam de seus
processos de autorreconhecimento.
86

Para o levantamento dos dados e estudos relacionados aos remanescentes


quilombolas, foram consultados os documentos disponibilizados na Fundação
Cultural Palmares, dentre eles as certidões expedidas às Comunidades
Remanescentes de Quilombos (CRQs) e conceitos. Também foram realizadas
consultas ao site do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA),
onde se encontraram documentos como o atlas da questão agrária e os processos
de regularização abertos.
Para levantamento dos dados e estudos disponíveis oficiais sobre as áreas e
povos indígenas do Estado do Rio Grande do Sul, foram consultados os sites da
Fundação Nacional do Índio (FUNAI), onde se adquiriu dados sobre a situação atual
das terras indígenas no RS, do INCRA, que dispõe de informações sobre os
indígenas a partir do atlas da questão agrária, assim como do IBGE. Informações
complementares foram adquiridas nos sites do Centro de Trabalho Indigenista (CTI),
que desenvolveu o Atlas das Terras Guarani do Sul e Sudeste do Brasil (2015); da
FEE, que compilou informações sobre as características da população indígena do
RS; do Instituto Socioambiental (ISA), do Ministério da Saúde (MS) e da
Organização das Nações Unidas (ONU).
Desta maneira, estão representados no mapa a seguir, 104 comunidades
quilombolas e 108 terras indígenas.
87

Figura 17 - Mapa de Áreas Protegidas

Fonte: Consórcio Codex/ ACQUAPLAN/ GITEC


88

5.3 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTES (APPS)

Na história do Brasil é possível identificar várias regulamentações de caráter


ambiental, considerando-se como marco a Lei 4.771 de 15 de setembro de 1965,
que instituiu o segundo Código Florestal Brasileiro. A partir da criação do Conselho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), instituído pela Lei 6.938 de 1981, que
dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto
99.274 de 1990, surgiu um órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do
Meio Ambiente (SISNAMA). Após a Constituição Brasileira de 1988, com
especificidades de caráter ambiental, em 22 de fevereiro de 1989, foi promulgada a
Lei nº. 7.735, que criou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA). A partir desses momentos, a gestão ambiental
passou a ser integrada. Antes, havia várias áreas que cuidavam da questão
ambiental em diferentes ministérios e com diferentes visões, muitas vezes
contraditórias.
No Rio Grande do Sul, a FEPAM é a instituição responsável pelo licenciamento
e fiscalização ambiental. Instituída pela Lei 9.077 de 4 de junho de 1990 e
implantada em 4 de dezembro de 1991, teve suas origens na Coordenadoria do
Controle do Equilíbrio Ecológico do Rio Grande do Sul (criada na década de 70) e no
antigo Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Secretaria de Saúde e Meio
Ambiente (hoje, Secretaria Estadual da Saúde).
Ao longo desse período da história brasileira surgiu o conceito de área de
preservação permanente, com regime de proteção extremamente rígido, inicialmente
oficializado em 1965 com a promulgação da Lei 4.771, Resolução nº 303, de 20 de
março de 2002, que dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de
Preservação Permanente; resolução nº 302, de 20 de março de 2002 que dispõe
sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de
reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno, e na Resolução nº. 369, de 28
de março de 2006, na qual o CONAMA regula tipologias de intervenção ou
supressão de vegetação em áreas de preservação permanentes.
Legalmente, as Áreas de Preservação Permanente foram criadas no Brasil pela
Lei nº. 4.771 que instituiu o segundo Código Florestal, promulgada pelo Presidente
89

H. Castello Branco, em 16 de setembro de 1965, conforme consta no Diário Oficial


dos Estados Unidos do Brasil n°. 117, ano CIII, Seção I, Parte I. Esta lei modificou e
detalhou o Decreto nº. 23.793 de 1934, até então vigente, que aprovou o Código
Florestal, durante o primeiro governo de Getúlio Vargas.
Foi no segundo Código Florestal que surgiu, oficialmente, a denominação
‘preservação permanente’, com a seguinte definição explicitada em seu Artigo 2º.:

Art. 2º. Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei,


as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: a) ao longo dos
rios ou de outro qualquer curso d’água, em faixa marginal cuja largura
mínima será: 1 - de 5 (cinco) metros para os rios de menos de 10 (dez)
metros de largura: 2 - igual à metade da largura dos cursos que meçam de
10 (dez) a 200 (duzentos) metros de distância entre as margens; 3 - de 100
(cem) metros para todos os cursos cuja largura seja superior a 200
(duzentos) metros. b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água
naturais ou artificiais; c) nas nascentes, mesmo nos chamados “olhos
d’água”, seja qual for a sua situação topográfica; d) no topo de morros,
montes, montanhas e serras; e) nas encostas ou partes destas, com
declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive; f)
nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; g)
nas bordas dos tabuleiros ou chapadas; h) em altitude superior a 1.800 (mil
e oitocentos) metros, nos campos naturais ou artificiais, as florestas nativas
e as vegetações campestres. (BRASIL. Lei 4.771, 1965)

Por outro lado, o primeiro Código Florestal brasileiro foi editado em 23 de


janeiro de 1934 através do Decreto Federal 23.793/34, tendo sua publicação no
Diário Oficial, como “Acto do Governo Provisório”, datada de 21 de março de 1935.
Essa regulamentação apresentava um caráter técnico, já com uma ótica de
conservação das funções básicas dos ecossistemas naturais e com uma
preocupação sobre a importância da conservação de todos os tipos de vegetação
nativa e, não somente daquelas que pudessem oferecer lenha, uma das principais
fontes de energia no passado.
Já o intitulado “Novo Código Florestal”, publicado na Lei N° 12.651, de 25 de
maio de 2012, dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis N° 6.938,
de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996 e 11.428, de 22 de
dezembro de 2006; revoga as Leis N° 4.771, de 15 de setembro de 1965 e 7.754, de
14 de abril de 1989; e a Medida Provisória N° 2.166/67, de 24 de agosto de 2001, e
dá outras providências.
90

Para os efeitos deste último Código Florestal em vigor, no Artigo 3°, entende-se
por:

II – Área de Preservação Permanente – APP: área protegida, coberta ou


não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o
fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas; (BRASIL. Lei 4.771, 1965)

Oficialmente, o Rio Grande do Sul, até o momento, não possui um


mapeamento das Áreas de Preservação Permanente abrangendo o estado como um
todo. Atualmente, esse mapeamento tem sido desenvolvido, principalmente, em
trabalhos técnicos no âmbito do licenciamento ambiental, onde cada objeto de
licenciamento produz seu próprio material cartográfico, contendo todas as
informações exigidas pelo órgão licenciador, entre elas, as APPs, abrangendo a
delimitação das áreas de influência determinadas na elaboração dos relatórios
ambientais; em trabalhos científicos de universidades, publicadas sob forma de
artigos científicos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e
teses de doutorado; em projetos ambientais elaborados por algumas instituições,
com destaque à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER),
Comitês de Bacias (CBHs), Organizações Não Governamentais (ONGs), secretarias
municipais de meio ambiente, entre outras, com intuito de recuperar as Áreas de
Preservação Permanente de áreas específicas.
Os dados inventariados referentes às APPs foram adquiridos dos planos de
Bacias Hidrográficas do estado do Rio Grande do Sul. Contudo, ressalva-se que a
metodologias de delimitação das APPs diferem-se para cada plano, sendo que,
muitos deles, ainda não encontram-se concluídos. Essa situação gera uma
fragmentação espacial, não abrangendo, até o momento, todo o território estadual.
Encontra-se em processo de aquisição o mapeamento de APPs hídricas ao longo
dos cursos d’água, com largura superior a 10 metros, contratado pelo MMA.

5.4 RESERVA LEGAL

A Reserva Legal é a área do imóvel rural que, coberta por vegetação natural,
pode ser explorada com o manejo florestal sustentável, nos limites estabelecidos em
91

lei para o bioma em que está a propriedade. Por abrigar parcela representativa do
ambiente natural da região onde está inserida, se torna necessária à manutenção da
biodiversidade local.
O atual Código Florestal define a Reserva Legal como:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:


(...)
III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse
rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso
econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural,
auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e
promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a
proteção de fauna silvestre e da flora nativa. (BRASIL. Lei 4.771, 1965)

No Brasil, a Constituição da República garante a todos o direito tanto a um


meio ambiente diverso e sustentável, como o direito ao desenvolvimento econômico.
Não é difícil perceber que a busca da realização de um destes direitos pode vir a
conflitar com o outro. A instituição da Reserva Legal é mais um dos instrumentos
pelos quais o legislador brasileiro busca criar uma ponte entre estes dois interesses
fundamentais.
O primeiro conceito de Reserva Legal surgiu em 1934, com o primeiro Código
Florestal. Foi atualizado em 1965, na Lei Federal nº 4.771 (o Código Florestal
recentemente revogado), que dividia as áreas a serem protegidas, de acordo com as
regiões e não pelo tipo de vegetação como é no atual Código. Fixava um mínimo de
20% a ser mantido nas florestas de domínio privado na maior parte do país,
ressalvando uma proibição de corte de 50% nas propriedades na região Norte e na
parte Norte da região Centro-Oeste.
O percentual da propriedade que deve ser registrado como Reserva Legal vai
variar de acordo com o bioma e a região em questão, sendo: 80% em propriedades
rurais localizadas em área de floresta na Amazônia Legal; 35% em propriedades
situadas em áreas de Cerrado na Amazônia Legal, sendo no mínimo 20% na
propriedade e 15% na forma de compensação ambiental em outra área, porém, na
mesma microbacia; 20% na propriedade situada em área de floresta, outras formas
de vegetação nativa nas demais regiões do país; e 20% na propriedade em área de
campos gerais em qualquer região do país (art. 12 da Lei Federal 12.651/2012).
92

De acordo com o novo Código Florestal, as áreas de Reserva Legal devem ser
registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), não há mais a expressa exigência
de sua averbação na matrícula do imóvel, conforme anteriormente previsto no antigo
Código Florestal. Porém, o novo Código Florestal não previu os métodos de
implantação do CAR e ainda não houve a respectiva regulamentação.
Cabe a todo proprietário rural o registro no órgão ambiental competente
(estadual ou municipal) por meio de inscrição no Cadastro Ambiental Rural. As
especificidades para o registro da Reserva Legal vão depender da legislação de
cada estado. Uma vez realizado o registro, fica proibida a alteração de sua
destinação, nos casos de transmissão ou de desmembramento, com exceção das
hipóteses previstas na Lei (art. 18 da Lei Federal 12.651/2012). Em geral, nas áreas
de Reserva Legal é proibida a extração de recursos naturais, o corte raso, a
alteração do uso do solo e a exploração comercial, exceto nos casos autorizados
pelo órgão ambiental via Plano de Manejo ou, em casos de sistemas agroflorestais e
ecoturismo.
Previsto no novo Código Florestal, o CAR trata-se de um registro eletrônico,
feito por meio da Internet, para todos os imóveis rurais do país. Tem por finalidade
promover a identificação, regularização ambiental e monitoramento das
propriedades e posses rurais, integrando suas informações ambientais. O CAR não
tem caráter de regularização fundiária dos imóveis rurais, buscando tão somente sua
adequação ambiental. A inscrição é obrigatória para todos os imóveis rurais
(propriedade ou posse) do Brasil, sejam eles públicos ou privados, conforme Art. 29
da Lei Federal 12.651/2012 – “Novo Código Florestal”.
A inscrição no CAR possibilitará acesso aos benefícios previstos na Lei Federal
12.651/2012, com destaque para: regularização e suspensão de sanções passadas
‒ possibilidade de regularização das Áreas de Preservação Permanente (APP) e/ou
Reserva Legal com vegetação natural suprimida ou alterada até 22/07/2008 no
imóvel rural, sem autuação por infração administrativa ou crime ambiental;
suspensão de sanções aplicadas em função de infrações administrativas por
supressão irregular de vegetação em áreas de APP e Reserva Legal cometidas até
22/07/2008; crédito a juros menores, seguro e isenção de impostos - obtenção de
crédito agrícola, em todas as suas modalidades, com taxas de juros menores, bem
93

como limites e prazos maiores que o praticado no mercado; contratação do seguro


agrícola em condições melhores que as praticadas no mercado; linhas de
financiamento junto às instituições financeiras para atender iniciativas de
preservação voluntária de vegetação nativa; isenção de impostos para compra dos
principais insumos e equipamentos utilizados na propriedade rural nos projetos de
recuperação e manutenção das Áreas de Preservação Permanente e de Reserva
Legal.
No Rio Grande do Sul, o percentual de vegetação nativa a ser conservada na
Reserva Legal em relação à área do imóvel é de 20%, independente de sua
localização e do bioma onde se insere. A localização da Reserva Legal deve ser
aprovada pelo Órgão Estadual Integrante do SISNAMA (no Rio Grande do Sul, este
órgão é a Secretaria do Meio Ambiente, por meio do Departamento de Florestas e
Áreas Protegidas (DEFAP)).
O último prazo para a adesão ao CAR se encerrou no dia 05 de maio de 2016,
entretanto, o governo prorrogou para maio de 2017 o prazo, para que todas as
propriedades rurais façam o CAR de suas propriedades. A prorrogação foi publicada
no Diário Oficial da União, na Medida Provisória 724/2016.
Segundo o último Boletim Informativo do Serviço Florestal Brasileiro, até o dia
05 de maio de 2016, foram cadastrados 326 milhões de imóveis rurais em todo
território brasileiro, totalizando uma área de 352.417.041 hectares inseridos na base
de dados do sistema (SICAR). A região sul do Brasil, até essa data, teve 64,7% da
sua área cadastrada, somando 27 milhões de hectares. Assim, 35,3% dos
proprietários ainda precisam informar a situação das áreas de Preservação
Permanente, Reserva Legal, Uso Restrito, florestas e vegetação nativa e as áreas
consolidadas das propriedades e posses rurais.
Os dados existentes de Reserva Legal restringem-se às Reservas Legais
averbadas e àquelas declaradas no CAR. As Reservas Legais averbadas não
encontram-se sistematizadas ou em um formato capaz de reconstruir a sua
espacialização e visualização em um arquivo único. Já as declaradas no CAR, ainda
encontram-se em processo de validação, fazendo com que, antes disso, inviabilize-
se a sua adoção, visto que, o processo de indicação de Reserva Legal no CAR é
autodeclaratória e, assim, incapaz de ser utilizado como orientação para
94

estabelecimento de zonas ou quaisquer instrumentos de gestão e ordenamento


territorial. Evidencia-se que, com a obtenção das Reservas Legais validadas do
banco de dados do CAR, poderão ser consideradas no trabalho aquelas Reservas
Legais que apresentarem escala compatível com a de trabalho do projeto ZEE-RS.
Em outras palavras, importa-se das Reservas Legais de maior dimensão, por uma
questão de escala. As de menor dimensão, não representáveis na escala do ZEE,
poderão servir de apoio para a geração de indicadores ambientais.
95

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este documento apresentou os mapas temáticos resultantes da Atividade do


Inventário de Dados, que abordaram apenas um conjunto de 15 temas, os quais
foram organizados na seguinte estrutura: Base Cartográfica; Aspectos Físicos; e
Aspectos Bióticos. Durante o processo de inventário dos quinze temas, foram
pesquisadas diversas fontes de dados, sendo que, quando da sua execução,
procurou-se realizar uma análise das premissas do inventário para que o dado tenha
condições de ser selecionado e considerado neste documento. Conforme
apresentado ao longo do Produto, alguns dados não cumpriram tais premissas,
como é o caso dos temas de capacidade de uso agrícola, APPs e Reserva Legal.
Os três temas supracitados, foram considerados como ‘em processo de
aquisição’, pois, quando da realização dos Produto 6, serão encontradas alternativas
à aquisição ou elaboração, caso estes ainda não estejam disponíveis ou suficientes.
Quando estes dados estiverem disponíveis ou conclusivamente indisponíveis, será
promovida a geração de uma nova versão deste documento, contemplando a
inclusão destes mapas temáticos e a sua composição.
A Atividade 3 – Inventário ainda dispõe de outros cinco Produtos. O Produto 4
apresenta todo o universo dos dados inventariados, estruturado a partir dos temas
básicos do projeto: Meio Natural, subdividido em Físico e Biótico, Socioeconomia e
Jurídico-Institucional. No Produto 5, os dados inventariados serão sistematizados e
analisados segundo o cumprimento das premissas do inventário e perante sua
qualidade.
Os demais produtos buscam a convergência para um Banco de Dados, sobre a
estratégia de após a sistematização, a identificação das reais lacunas de
conhecimento, reconhecidas como os temas em análise sem dados disponíveis ou
sem dados na qualidade necessária ao projeto. Essa descrição estará organizada no
Produto 6. O resultado final do inventário de dados, na estrutura descritiva, será
apresentado no Produto 7, onde estará indicada uma síntese dos dados do
inventário e a proposição do preenchimento das lacunas de conhecimento. O dado
96

resultante da análise dará base à formação do modelo físico do Banco de Dados do


projeto, que será apresentado no Produto 8.
97

REFERÊNCIAS

AB’SABER, A. N. O Relevo Brasileiro e seus Problemas. In: AZEVEDO, A. (org.)


Brasil - a terra e o homem. V. 1, cap. III, São Paulo: Editora Nacional, 1964.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS (ABAS). Publicações –


Estudos Hidrogeológicos. Disponível em:
<http://www.abas.org/estudos_termos.php>. Acesso em: 24 mai. 2016.

BACKES, P; IRGANG, B. Mata Atlântica: as árvores e a paisagem. Porto Alegre:


Editora Paisagem do Sul, 396 p., 2004

BECKER, E. L. S.; NUNES, M. P. Relevo do Rio Grande do Sul, Brasil, e sua


representação em maquete. Disponível em:
<http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Percurso/article/viewFile/18060/10215>.
Acesso em: 23 mai. 2016.

BRASIL. Congresso Nacional. Decreto n. 23.793, de 23 de janeiro de 1934. Aprova


o código florestal que com este baixa. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d23793.htm>. Acesso em:
05 jun. 2016.

______. Decreto n. 99.274, de 06 de junho de 1990. Regulamenta a Lei nº 6.902, de


27 de abril de 1981, e a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem,
respectivamente sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção
Ambiental e sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e dá outras providências.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d99274.htm>.
Acesso em: 05 jun. 2016.

______. Lei n. 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Dispõe sobre a utilização e


proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/lei/l11428.htm>. Acesso em: 05 jun. 2016.

______. Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da


vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19
de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos
4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida
Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm>. Acesso em: 05 jun. 2016.

______. Lei n. 4.771, de 15 de setembro de 1965. Código Florestal. Disponível em:


< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4771.htm>. Acesso em: 05 jun. 2016.

______. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do


Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
98

providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>.


Acesso em: 05 jun. 2016.

______. Lei n. 7.735, de 22 de fevereiro de 1989. Dispõe sobre a extinção de órgão


e de entidade autárquica, cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7735.htm>. Acesso em: 05 jun. 2016.

______. Lei n. 7.754, de 14 de abril de 1989. Estabelece medidas para proteção das
florestas existentes nas nascentes dos rios e dá outras providências. Disponível em:
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7754.htm>. Acesso em: 05 jun. 2016.

______. Lei n. 9.393, de 19 de dezembro de 1996. Dispõe sobre o Imposto sobre a


Propriedade Territorial Rural - ITR, sobre pagamento da dívida representada por
Títulos da Dívida Agrária e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9393.htm>. Acesso em: 05 jun. 2016.

BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 302, de 20 de março


de 2002. Dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação
Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30202.html>. Acesso em: 05 jun.
2016.

______. Resolução nº 303, de 20 de março de 2002. Dispõe sobre parâmetros,


definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30302.html>. Acesso em: 05 jun.
2016.

______. Resolução nº. 369, de 28 de março de 2006. Dispõe sobre os casos


excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que
possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação
Permanente-APP. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/legislacao/CONAMA_RES_CONS_2006_369.
pdf>. Acesso em: 05 jun. 2016.

BRASIL. Medida provisória n. 2.166/67, de 24 de agosto de 2001. Altera os arts.


1o, 4o, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei no 4.771, de 15 de setembro de
1965, que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei no 9.393, de
19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade
Territorial Rural - ITR, e dá outras providências. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/2166-67.htm>. Acesso em: 05 jun. 2016.

COMISSÃO NACIONAL DE CARTOGRAFIA (CONCAR). Especificações Técnicas


para Estruturação de Dados Geoespaciais Vetoriais - EDGV (ET-EDGV), versão
2.1.3. Rio de Janeiro, 2010.

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS (CPRM). Mapa


Hidrogeológico do Rio Grande do Sul: Um Avanço no Conhecimento das Águas
Subterrâneas no Estado. Disponível em:
99

<http://www.cprm.gov.br/publique/media/mapa_hidro_rs.pdf>. Acesso em: 08 jun.


2016.

CONSELHOS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DO RIO GRANDE DO SUL


(COREDES). Disponível em:
<http://www.sri.rs.gov.br/conteudo_puro.asp?ta=1&modo_exibicao=&cod_menu=31>
Acesso em: 09 jun. 2016.

CORDEIRO, J.L.P.; HASENACK, H. Cobertura vegetal atual do Rio Grande do


Sul. In: Pillar, V. D.; Müller, S. C.; Castilhos, Z. M. S.; Jacques, A. V. A. (ed.)
Campos Sulinos conservação e uso sustentável da biodiversidade. Ministério do
Meio Ambiente. Brasília, 2009, 403 p. il. col. Capítulo 23. p. 285 - 299.

DENT, B.; TORGUSON, J.; HODLER, T. Cartography: Thematic Map Design, 6th
ed. New York, 2009.

DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM (DAER).


Disponível em: <http://www.daer.rs.gov.br/site/institucional_historico.php>. Acesso
em: 17 mai. 2016.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Centro


Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 3. ed.
Brasília: EMBRAPA, 2013. 353 p.

______. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (Rio de


Janeiro, RJ). Súmula da 10. Reunião Técnica de Levantamento de Solos. Rio de
Janeiro, 1979. 83p. (EMBRAPA-SNLCS. Micelânea, 1).

FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA (FEE). O crescimento demográfico


das aglomerações urbanas do Rio Grande do Sul. Disponível em:
<http://carta.fee.tche.br/article/o-crescimento-demografico-das-aglomeracoes-
urbanas-do-rio-grande-do-sul/>. Acesso em: 31 mai. 2016.

HASENACK, H.; CORDEIRO, J.L.P; WEBER, E.J. (Org.). Uso e cobertura vegetal
do Estado do Rio Grande do Sul – situação em 2002. Porto Alegre: UFRGS IB
Centro de Ecologia, 2015. 1a ed. ISBN 978-85-63843-15-9.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Recursos


Naturais. Disponível em:
<ftp://geoftp.ibge.gov.br/documentos/recursos_naturais/manuais_tecnicos/usoterra_r
s.pdf>. Acesso em: 27 mai. 2016.

______. Metadados. Disponível em:


<http://www.metadados.ibge.gov.br/consulta/default.aspx>. Acesso em: 31 mai.
2016.

______. Manual Técnico de Pedologia. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. 2ª edição.


100

______. Mapa de Biomas e de Vegetação. Disponível em:


<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004biomashtml.shtm>.
Acesso em: 04 jul. 2016.

______. Mapa Geomorfológico. 1986. Escala:1:250.000.

______. Noções básicas de Cartografia. Rio de Janeiro: IBGE, 1999.

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). Disponível em:


<http://www.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/tutorial/licao4.pdf>.
Acesso em: 07 jun. 2016.

KÄMPF, N. Mapa de classificação dos solos do Estado do Rio Grande do Sul


quanto à resistência a impactos ambientais. Disponível em:
<http://www.fepam.rs.gov.br/biblioteca/mapa_solos.pdf> Acesso em: 23 mai. 2016.

KAUL, P.F.T. 1990. Geologia. In Geografia do Brasil (O.V. Mesquita, coord.).


Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro. Disponível em:
<http://coralx.ufsm.br/ifcrs/geologia.htm>. Acesso em: 23 mai. 2016.

KLINGEBIEL, A.A. e MONTGOMERY, P.H. Land capability classification. USDA


Agricultural Handbook 210. US Government Printing Office, Washington, DC 1961.

LEPSCH, I. F.; BELLINAZZI JR., R.; BERTOLINI, D.; ESPÍNDOLA, C. R. Manual


para levantamento utilitário do meio físico e classificação de terras no sistema
de capacidade de uso. 4ª aproximação. Campinas: SBCS, 1991, 175p.

MACHADO, J. L. F.; FREITAS, de, M.A. Projeto Mapa Hidrogeológico do Rio


Grande do Sul: relatório final. Porto Alegre: CPRM, 2005.

MACHADO, J. L. F.; FREITAS, M. A. Mapa hidrogeológico do Estado do Rio


Grande do Sul. Disponível em:
<http://www.cprm.gov.br/publique/media/relatoriohidrogeoRS.pdf>. Acesso em: 24
mai. 2016.

MEYNEN. E. Multilingual dictionary of technical terms in cartography.


Wiesbaden: Franz Steiner Verlag, 1973.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO (MAPA).


Levantamento de reconhecimento dos solos do Estado do Rio Grande do Sul.
Disponível em: <http://library.wur.nl/isric/fulltext/isricu_i00003061_001.pdf>. Acesso
em: 25 mai. 2016.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Biomas. Disponível em:


<http://www.mma.gov.br/biomas>. Acesso em: 04 jul. 2016

MOURA, Ana Clara M. A importância dos metadados no uso das


Geotecnologias e na difusão da Cartografia Digital. In: II Seminário Nacional
sobre Mapeamento Sistemático, 2005, Belo Horizonte. Anais do II Seminário
101

Nacional sobre Mapeamento Sistemático. Belo Horizonte: CREA-MG, 2005. p. 1-18.


Disponível em: <http://csr.ufmg.br/geoprocessamento/publicacoes/Metadados.pdf>.
Acesso em: 08 jun. 2016.

MÜLLER FILHO, I. L. Notas para o estudo da Geomorfologia do Estado do Rio


Grande do Sul. Brasil. Departamento de Geociências, UFSM. Publicações
Especiais. Nº 1, Santa Maria, 1970, 34p.

PAZ, A.R. Hidrologia Aplicada. Texto Básico. Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. Porto Alegre, RS, 2004.

RAMALHO F.; A.; PEREIRA, L.C. Aptidão Agrícola das Terras do Brasil: potencial
de terras e análise dos principais métodos de avaliação. Rio de Janeiro, Embrapa -
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 1999. 36p. (Documentos, 1).

RIO GRANDE DO SUL. Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.


Decreto n° 35.764, de 28 de dezembro de 1994. Disponível em:
<http://www.al.rs.gov.br/Legis/M010/M0100099.ASP?Hid_Tipo=TEXTO&Hid_Todas
Normas=12439&hTexto=&Hid_IDNorma=12439>. Acesso em: 09 jun. 2016.

______. Lei n. 9.077, de 4 de junho de 1990. Institui a Fundação Estadual de


Proteção Ambiental e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.al.rs.gov.br/FileRepository/repLegisComp/Lei%20n%C2%BA%2009.077
.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2016.

SECRETARIA DA COORDENAÇÃO E PLANEJAMENTO (SCP). Atlas


Socioeconômico do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. Disponível em:
<http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br/conteudo.asp?cod_menu_filho=808&cod
_menu=805&tipo_menu=POPULA&cod_conteudo=1400>. Acesso em: 09 jun. 2016.

______. Atlas Socioeconômico do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.


Disponível em:
<http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br/conteudo.asp?cod_menu_filho=792&cod
_menu=790&tipo_menu=APRESENTACAO&cod_conteudo=1336>. Acesso em: 10
jun. 2016.

SECRETARIA DE TRANSPORTES E MOBILIDADE DO ESTADO (SEINFRA).


Disponível em: <http://www.seinfra.rs.gov.br/>. Acesso em: 16 mai. 2016.

SECRETARIA DO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (SEMA).


Disponível em: <http://www.sema.rs.gov.br>. Acesso em: 07 jun. 2016.

ROSS, J. L. S. Relevo Brasileiro: uma nova proposta de classificação. Revista do


Departamento de Geografia. FFLCH - USP. São Paulo. Nº 4, 1985, p. 25-29.

SCHNEIDER, P. et al. Classificação da aptidão agrícola das terras: um sistema


alternativo. Guaíba: Agrolivros, 2007. 72p.
102

SETTI, A.; LIMA, J.; CHAVES, A.; PEREIRA, I., 2001. Introdução ao
Gerenciamento de Recursos Hídricos. Agência Nacional de Engenharia Elétrica
(ANEEL) – Agência Nacional de Águas (ANA).

SOUZA, N. J. Desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul: Das origens


aos dias atuais. Disponível em:
<http://www3.pucrs.br/pucrs/ppgfiles/files/faceppg/ppge/texto_8.pdf>. Acesso em: 10
jun. 2016.

TOMAZELLI, L. J; VILLWOCK, J. A. Mapeamento geológico de planícies


costeiras: o Exemplo da Costa do Rio Grande do Sul. Gravel, Porto Alegre, v.3 p
109 -114, 2005.

USGS. Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Disponível em:


<http://earthexplorer.usgs.gov/>. Acesso em: 18 mai. 2016.

VIEIRA, E. F. Rio Grande, Geografia Física, Humana e Econômica. Porto Alegre:


Sagra, 1983. Disponível em:
<http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Percurso/article/viewFile/18060/10215>.
Acesso em: 23 mai. 2016.
103

APÊNDICES

Esclarece-se que não foi possível inserir as imagens pertencentes a este


Apêndice no presente documento, devido à incompatibilidade de formato permitido
pelo programa. As imagens referem-se a Mapas Temáticos desenvolvidos em
formato A3, disponíveis para visualização no arquivo
[20161107_ZE_RS_ENT_PROD_03_V2_APENDICE.pdf], anexo a este.

Fazem parte deste Apêndice os seguintes Mapas Temáticos:

a) Mapa Temático 01: Mapa do Sistema Viário

b) Mapa Temático 02: Mapa das Áreas Edificadas

c) Mapa Temático 03: Mapa Hidrográfico

d) Mapa Temático 04: Mapa de Elevação Digital

e) Mapa Temático 05: Mapa Hipsométrico

f) Mapa Temático 06: Mapa de Declividade

g) Mapa Temático 07: Mapa Geológico

h) Mapa Temático 08: Mapa Hidrogeológico

i) Mapa Temático 09: Mapa Geomorfológico

j) Mapa Temático 10: Mapa de Solos

k) Mapa Temático 11: Mapa de Vegetação

l) Mapa Temático 12: Mapa de Áreas Protegidas

Você também pode gostar