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Diretoria Técnica

Departamento de Meio Ambiente e Qualidade


Coordenação de Licenciamento Ambiental
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SUMARIO

1. INFORMAÇÕES GERAIS 4
2. APRESENTAÇÃO 5
3. OBJETIVOS DO PLANO DE MANEJO 5
4. MISSÃO E PRINCÍPIOS 6
5. POLÍTICA DO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO 7
6. POLÍTICA DE AQUISIÇÃO DE MADEIRA 8
7. A EMPRESA 8
8. BASE FÍSICA – TERRAS E FLORESTAS 12
8.1 Histórico da Ocupação do Vale do Rio Doce 12
8.2 Histórico de Aquisição de Terras e Florestas pela CENIBRA 13
8.3 Política de Aquisição de Terras 14
8.4 Caracterização Ambiental das Áreas de Atuação da CENIBRA 15
8.4.1 Localização 15
8.4.2 Relevos e Solos 16
8.4.3 Clima 17
8.4.4 Vegetação 18
8.4.5 Fauna 20
8.4.6 Áreas de Alto Valor de Conservação - AAVC 29
8.4.7 Sítios com Valor Histórico, Cultural, Religioso ou Arqueológico 37
8.5 Monitoramentos 37
8.5.1 Monitoramento de Flora 38
8.5.2 Monitoramento de Fauna 53
8.5.3 Monitoramento de Recursos Hídricos 65
8.6 Perfil socioeconômico da área de influência da CENIBRA 70
8.7 Caracterização do Manejo dos Recursos Florestais 73
8.7.1 Florestas Plantadas 73
8.7.2 Programa Fomento Florestal 74
8.7.3 Outros Recursos Manejados 76
9. PROCESSO FLORESTAL 77
9.1 Planejamento Florestal 77
9.1.1 Plano Estratégico 77
9.1.2 Planejamento de Longo Prazo (21 anos) 78
9.1.3 Planejamento Tático – Médio Prazo (3 anos) 79
9.1.4 Planejamento Operacional – Curto Prazo (18 meses) 79
9.1.5 Planejamento Técnico, Econômico, Ambiental e Social - PTEAS 80
9.2 Inventário 81
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9.2.1 Inventário de Sobrevivência 81


9.2.2 Inventário Florestal Pré-Corte (IFPC) 81
9.2.3 Inventário Florestal Contínuo (IFC) 82
9.2.4 Modelagem do Crescimento e Prognose da Produção 82
9.3 Produção de Mudas 82
9.3.1 Aspectos Ambientais do viveiro 83
9.3.2 Aspectos Ergonômicos do viveiro 83
9.3.3 Sistema de Ferti-Irrigação 84
9.3.4 Automação 84
9.3.5 Auta Tecnologia (Processo de Mini-Estaquia) 84
9.4 Atividades Silviculturais 85
9.4.1 Roçada 85
9.4.2 Controle de Formigas Cortadeiras 86
9.4.3 Rebaixamento de Tocos 86
9.4.4 Aplicação de Herbicida 86
9.4.5 Aplicação de Adubo e Corretivos 87
9.4.6 Subsolagem 87
9.4.7 Alinhamento e Marcação 87
9.4.8 Coveamento 88
9.4.9 Plantio 88
9.4.10 Irrigação 89
9.4.11 Construção / Conservação de Cercas 89
9.4.12 Construção / Conservação de Aceiros 89
9.4.13 Coroamento 89
9.4.14 Limpeza de Cepa 90
9.4.15 Roçada / Desbrota 90
9.5 Colheita / Transporte 90
9.6 Abertura / Reabertura de Estradas e Aceiros 92
9.7 Mão de Obra 93
10. PESQUISA FLORESTAL 95
10.1 Melhoramento Genético Florestal 95
10.1.1 Conceitos 95
10.1.2 Estratégias de Ação do Programa 96
10.2 Manejo e Controle de Pragas Florestais 99
10.3 Solos e Nutrição e Manejo Florestal 100
10.4 Qualidade da Madeira 102
10.5 Produção Científica 102
10.5.1 Trabalhos publicados em Periódico Estrangeiro 102
10.5.2 Trabalhos publicados em Revistas Brasileiras 103
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10.5.3 Principais Trabalhos Elaborados em Conjunto 109


10.5.4 Teses de Doutorado 110
10.5.5 Teses de Mestrado 111
10.5.6 Projetos de Pesquisa em Andamento 113
11. GESTÃO DO MATERIAL GENÉTICO 116
12. GESTÃO DA QUALIDADE FLORESTAL 118
13. MEIO AMBIENTE 119
13.1 Monitoramentos 121
13.2 Atividades Operacionais 121
13.2.1 Recuperação Ambiental 121
13.2.2 Controle Ambiental 121
13.2.3 Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN Fazenda Macedônia 122
13.2.4 Participação em Comitês e Conselhos 122
13.2.5 Legislação 122
13.3 Educação e Comunicação Ambiental 122
14. PROTEÇÃO FLORESTAL 129
14.1 Prevenção e Controle de Incêndios Florestais 129
14.2 Proteção Patrimonial e Acesso da Comunidade às Áreas da Empresa 132
15. POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS 132
15.1 Recrutamento e Seleção e Remuneração 133
15.2 Segurança e Saúde Ocupacional 133
15.3 Benefícios 134
15.4 Treinamento, Desenvolvimento e Qualidade de Vida 134
16. ASPECTOS SOCIAIS - INSTITUTO CENIBRA 135
16.1 Missão 136
16.2 Princípios 136
16.3 Estratégia 137
16.4 Áreas Temáticas de Atuação 137
17. ANEXO 145
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1. INFORMAÇÕES GERAIS

Nome: Celulose Nipo-Brasileira S.A. - CENIBRA

BR 381, km 172 - 35196-000 - Belo Oriente -


Endereço:
Minas Gerais

Fone/Fax: (31) 3829 5010 / 3829 5260

E-mail comunicacaosocial@cenibra.com.br

Internet: www.cenibra.com.br

Insc. Estadual: 063.141486.0136

Cnpj/Mf: 42.278.796/0001-99

Luciano Amaral Rodrigues

Representante Legal Gerente Geral Florestal

CREA-MG 36.692/D

Versão Deste Documento Versão 6.3, maio 2010

Revisão Deste Documento Próxima revisão em março de 2011

Foto / Capa: Jacinto Moreira Lana


Projeto Florestal Correntinho I, Sabinópolis – MG / Propriedade da Cenibra.

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2. APRESENTAÇÃO

O presente Plano de Manejo Florestal da Celulose Nipo-Brasileira S. A. -


CENIBRA S.A. é uma ferramenta utilizada pela empresa no planejamento das
atividades florestais. Ele descreve claramente os objetivos, as responsabilidades, os
recursos disponíveis e as estratégias para a adoção de práticas de manejo
sustentável.
Os Procedimentos Operacionais do Sistema Integrado de Gestão e outros
documentos relativos às atividades do manejo florestal estão devidamente
referenciados no Plano de Manejo Florestal da CENIBRA S.A., que é revisado
periodicamente de modo que as mudanças nos cenários técnico-científico, social,
ambiental e econômico, nos níveis local, regional e global, sejam devidamente
refletidas nas práticas de manejo florestal.
No Relatório de Terras e Florestas, que poderá ser consultado nas Regionais
Administrativas, constam os mapas temáticos de localização dos projetos e áreas de
Reserva Legal e Preservação Permanente.
A revisão do Plano de Manejo ocorre anualmente, sob responsabilidade do
Departamento de Meio Ambiente e Qualidade. Esta é a Versão 6.3/2010.

3. OBJETIVOS DO PLANO DE MANEJO

O objetivo geral do Plano de Manejo Florestal é definir as ações da Empresa


que garantam a capacidade produtiva atual e futura, com base nas seguintes
premissas:

 Crescimento com Rentabilidade

 Desenvolvimento Sócio-ambiental

 Desenvolvimento Tecnológico

 Modernização Organizacional

 Desenvolvimento da Qualidade

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4. MISSÃO E PRINCÍPIOS

NOSSA MISSÃO

“Agregar valor às florestas renováveis, com qualidade e competitividade, em parceria


com os acionistas, clientes e colaboradores, contribuindo para o desenvolvimento da
sociedade, em harmonia com o ambiente”.

NOSSOS PRINCÍPIOS

 Valorizar a inovação, a competência, o compromisso e a contribuição dos


profissionais;

 Praticar a ética, a verdade e o respeito em todos os relacionamentos;

 Preservar o meio ambiente como base do desenvolvimento;

 Fazer tudo com qualidade, confiabilidade e competitividade;

 Agir no presente com visão de futuro.

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5. POLÍTICA DO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO

ADO DE GTÃO

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6. POLÍTICA DE AQUISIÇÃO DE MADEIRA

7. A EMPRESA

A CENIBRA foi fundada no dia 13 de setembro de 1973, resultado do


espírito empreendedor da Companhia Vale do Rio Doce e da Japan Brazil Paper
and Pulp Resources Development Co. Ltd. - JBP, que apostaram na construção de
uma grande empresa de base florestal na região do Vale do Rio Doce, leste de Minas
Gerais. Em setembro de 2001, a empresa passou a ser controlada integralmente
pelo JBP, cujos principais acionistas são a Oji Paper Co Ltd., a Itochu Corporation e o
Japan Bank for International Cooperation - JBIC.
Localizada a 236 km da capital do Estado, Belo Horizonte, e com atuação em
54 municípios mineiros, a CENIBRA entrou em operação em 1977, com capacidade
nominal de produção de 225 mil toneladas / ano. Graças a sucessivas melhorias nas
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condições operacionais, foi gradativamente elevando seus níveis de produção até


chegar a 940 mil toneladas / ano. Em 2005, iniciou-se um processo de ampliação
finalizado em janeiro de 2007, com a capacidade nominal acrescida em 200 mil
toneladas, passando para 1.140.000 toneladas. Atualmente a empresa opera com
capacidade instalada de produção de 1.200.000 toneladas. A capacidade produtiva
do setor florestal, bem como os números característicos de cada unidade de
produção, podem ser consultados no Relatório Anual de Inventário Florestal Contínuo
e no Relatório de Terras e Florestas do Departamento de Planejamento Florestal.
Para atender ao cliente do setor de celulose e papel, com matéria prima
oriunda de atividade florestal sustentável do ponto de vista econômico, social e
ambiental e da saúde e da segurança do trabalho, além de buscar a melhoria
contínua em sua atuação, a CENIBRA utiliza os sistemas de gestão ISO 9001:2008 e
ISO 14.001: 2004. Em 2005, a Empresa obteve as certificações do Conselho de
Manejo Florestal (FSC), e Programa Nacional de Certificação Florestal (CERFLOR),
que são uma garantia de que o produto CENIBRA é originado de uma floresta em que
se pratica o manejo florestal sustentável, com responsabilidade sócio-ambiental. O
escopo da certificação contempla 245.232,54 hectares de área total, destes
127.303,88 hectares de plantações de eucalipto (ver anexo).
A CENIBRA possui ainda uma área de 10.550,89 hectares que não fazem
parte do escopo da certificação. Deste total, 2.083,12 hectares correspondem a
plantios de eucalipto. A empresa pretende certificar todas suas propriedades e
incluirá, na próxima auditoria, parte destas propriedades no escopo da certificação
(ver anexo).
A seguir é apresentada a estrutura organizacional da CENIBRA.

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CENIBRA Celulose Nipo-Brasileira S.A.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
DIR

DIRETORIA
AUGER

DEPARTAMENTO DE
AUDITORIA INTERNA

DP

PRESIDÊNCIA

EMPRESAS
INSTITUTO CENIBRA
SUBSIDIÁRIAS

DT DA DC

DIRETORIA DIRETORIA DIRETORIA


INDUSTRIAL E ADMINISTRATIVA E COMERCIAL
TÉCNICA FINANCEIRA

ASDIT ASDAF ASDAC


ASSESSORIA DA ASSESSORIA DA
DIRETORIA DIRETORIA ASSESSORIA DA
INDUSTRIAL E ADMINISTRATIVA E DIRETORIA
TÉCNICA FINANCEIRA COMERCIAL

GGF GGI

GERÊNCIA GERAL GERÊNCIA GERAL


FLORESTAL INDUSTRIAL

DECOL DESIL DEMAQ DEFAB DETEM ASPRE ASJUR DETIN DERHU DECOF DEPSU DECOM

DEPARTAMENTO DEPARTAMENTO DE
DEPARTAMENTO DE DEPARTAMENTO DEPARTAMENTO DEPARTAMENTO DEPARTAMENTO DEPARTAMENTO DE
DEPARTAMENTO DE TÉCNICO E ASSESSORIA DA ASSESSORIA TECNOLOGIA DA DEPARTAMENTO
COLHEITA E DE MEIO AMBIENTE DE FABRICAÇÃO DE RECURSOS DE CONTROLE E COMERCIALIZAÇÃO
SILVICULTURA MANUTENÇÃO PRESIDÊNCIA JURÍDICA INFORMAÇÃO E DE SUPRIMENTOS
LOGÍSTICA E QUALIDADE HUMANOS FINANÇAS E MOVIMENTAÇÃO
TELECOMUNICAÇÃO

DECOL-C GGF-O DESIL-R DEMAQ-A DEFAB-C DETEM-M ASCOM-C DETIN-I DERHU-A DECOF-G DEPSU-A
Coordenação de Coordenação de
Coordenação de Análise de Coordenação de Coordenação de Coordenação de Assistência Social, Coordenação de
Coordenação de Coordenação de Coordenação de
Coordenação de Ordenamento e Insumos e Preparo de Manutenção Comunicação Tecnologia e Benefícios e Medicina Contabilidade
Silvicultura Almoxarifados
Colheita Mensuração Monitoramento Mecânica Corporativa e Segurança do Geral
Rio Doce Cavacos Infra-Estrutura
Florestal Ambiental Trabalho

DECOL-M GGF-P DESIL-G DEMAQ-L DEFAB-F DETEM-E ASCOM-R DETIN-S DERHU-P DECOF-F DEPSU-M
Coordenação de Coordenação de Coordenação de
Coordenação de Coordenação de Coordenação de Coordenação de Coordenação de Coordenação de
Coordenação de Manutenção Relações Coordenação de Compra de
Manutenção de Pesquisa e Licenciamento Fabricação de Institucionais e Administração de Operações
Silvicultura Sistemas de Materiais e
Equipamentos Desenvolvimento Elétrica e Pessoal
Guanhães Ambiental Celulose com a Informação Financeiras Equipamentos
Florestais Florestal Instrumentação Comunidade

DECOL-L DESIL-N DEMAQ-T DEFAB-S DETEM-P DERHU-S DECOF-O DEPSU-S


Coordenação de Coordenação de
Coordenação de Coordenação de Coordenação de Coordenação de
Coordenação de Produto Acabado Planejamento e Coordenação de
Silvicultura Secagem e Orçamento, Contratação de
Logística e Assistência Turnos de Serviços Gerais
Nova Era Enfardamento Custos e Metas Serviços
Técnica Manutenção

DEFAB-Q DETEM-O
Coordenação de
Coordenação de
Produtos
Manutenção Civil
Químicos, Água e
e Oficina
Efluentes
Data da Aprovação: 26/03//2010
DEFAB-R DETEM-ENG Data da Vigência: 05/04/2010
Revisão Nº. 3
Coordenação de Coordenação de
Recuperação e Projetos Técnicos Referência: Decisão DIR-87/10 “Reestruturação Organizacional”, de 26/03/2010
Utilidades e Engenharia

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Figura 1 – Distribuição das áreas da CENIBRA.

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8. BASE FÍSICA – TERRAS E FLORESTAS

A base física da CENIBRA é composta por propriedades rurais distribuídas em 54


municípios do leste mineiro, na bacia hidrográfica do Rio Doce.
As propriedades rurais estão agrupadas em três regionais administrativas:
Guanhães (ao norte), Rio Doce (central) e Nova Era (ao sul), de acordo com a Figura 1.

8.1. Histórico da Ocupação do Vale do Rio Doce

Os portugueses descobriram a foz do Rio Doce em 13 de dezembro de 1501. Os


primeiros aventureiros subiram-no ainda no fim daquele século, atraídos pela notícia de
riquezas minerais. A descoberta de ouro, 200 anos depois, nos afluentes da cabeceira,
onde estão, hoje, as cidades de Ouro Preto e Mariana, fez surgir no Brasil o chamado
ciclo do ouro.
Para evitar o contrabando de ouro e dificultar possíveis invasões estrangeiras e
ocupação do território, foram proibidas a abertura de caminhos e a navegação pelos rios,
principalmente o Rio Doce. A efetiva ocupação da bacia do Rio Doce inicia-se a partir da
construção da estrada de Ferro Vitória-Minas, em 1903. Ao fim da II Guerra Mundial, a
região já tinha se desenvolvido bastante com a instalação da Cia. Siderúrgica Belgo –
Mineira – CSBM, em João Monlevade, da Companhia Vale do Rio Doce, em Itabira, da
Aços Especiais Itabira – Acesita, às margens do Rio Piracicaba, além da abertura da
Rodovia Rio-Bahia que, ligando o sul ao norte do país, corta a bacia do Rio Doce.
A exploração dos recursos naturais da região deu-se, portanto, nos séculos XVII e
XVIII, com o ciclo minerador, e a partir do início do século XX, com a exploração dos
recursos madeireiros para suporte à ferrovia, às indústrias siderúrgicas, e implantação da
pecuária de corte extensiva.
A preocupação com as necessidades de implantação de projetos de
reflorestamento, face à rápida exaustão das reservas florestais nativas, datam da década
de 40 com os primeiros plantios realizados pela CSBM. Entretanto, é a partir dos anos 50
que se iniciam as atividades silviculturais mais intensivas na região, através dos
primeiros projetos implantados em maior escala pela CSBM e ACESITA.
Com a instituição da política de Incentivos Fiscais a partir de 1966, a região do Rio
Doce foi enquadrada como área prioritária para o reflorestamento, tanto pela

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concentração de consumo de produtos florestais ali existentes, quanto pela vocação da


região para atividades florestais.
A partir de 1967, portanto, um grande impulso foi dado às atividades de
reflorestamento na região, tanto através das grandes consumidoras já implantadas
(CSBM, ACESITA, RURAL MINEIRA), como por outras empresas criadas para captação
de recursos dos Incentivos Fiscais e a implantação de novos projetos. Dentre estas
novas empresas destaca-se a criação da Florestas Rio Doce S.A. (FRDSA), subsidiária
da Cia. Vale do Rio Doce, que iniciou as atividades na região a partir de 1968.
Estas condições permitiram a formação de um valioso patrimônio florestal na
região, possibilitando a implantação de novos empreendimentos, dos quais se destaca a
indústria de papel e celulose representada pela CENIBRA S.A..

8.2. Histórico de Aquisição de Terras e Florestas pela CENIBRA

O histórico de aquisição de terras e florestas pela CENIBRA, desde sua criação, é


descrito sucintamente no Quadro 1.
No período de 1994 a 2001 todas as terras adquiridas eram usadas com plantios
de eucalipto, de empresas reflorestadoras. Também antes de 1994, grande parte das
áreas foi adquirida de empresas reflorestadoras e estavam sendo cultivadas com
eucaliptos. Este fato demonstra a crença da empresa na sustentabilidade biológica dos
ecossistemas cultivados com o eucalipto. Os Imóveis Rurais ocupados pela CENIBRA
estão registrados em cartório de registro de Imóveis das respectivas comarcas.

Quadro 1 – Histórico da Aquisição de Terras e Florestas


ANO ÁREA (ha) EVENTO
Aquisição da área basicamente localizada na região de Belo Oriente e
1975 a
9.167,350 Guanhães, incluindo o projeto de reflorestamento Fábrica e fazendas
1982
Santa Marta e Macedônia
Criação da CENIBRA FLORESTAL, com a intensificação da aquisição de terras para o
1984
cultivo de eucalipto visando suprir o abastecimento da Fábrica.
Aquisição de terceiros nas regiões de Belo Oriente, Guanhães, Nova
Era e Santa Bárbara e permuta com a FLORESTAS RIO DOCE S.A.;
1984 62.430,120 estas áreas foram permutadas com áreas da Celulose Nipo-Brasileira
S.A. – CENIBRA na região do extremo Sul da Bahia, mais
precisamente, em Eunápolis e Porto Seguro
Aquisição de terceiros, nas regiões de Belo Oriente, Guanhães, Nova
1985 14.664,830 Era e Santa Bárbara e aquisição de áreas da FLORESTAS RIO DOCE
S.A., nas regiões de Guanhães , Belo Oriente e Santa Bárbara.

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Aquisição de terceiros, nas regiões de Belo Oriente, Guanhães e Nova


1986 16.683,060
Era.
Aquisição de terceiros, nas regiões de Belo Oriente, Guanhães, Nova
1987 1.356,160
Era e Santa Bárbara.
Aquisição de terceiros, nas regiões de Belo Oriente, Guanhães, Nova
1988 4.489,020
Era .
Aquisição de terceiros, nas regiões de Belo Oriente, Guanhães, Nova
1989 12.477,740
Era e Santa Bárbara.
Aquisição de terceiros, nas regiões de Belo Oriente, Guanhães, Nova
1990 9.165,620
Era e Santa Bárbara.
1991 9.164,270 Aquisição de terceiros, na região de Santa Bárbara..
Aquisição de terceiros, nas regiões de Belo Oriente, Guanhães, Nova
Era e Santa Bárbara e aquisição de áreas da FLORESTAS RIO DOCE
1992 14.106,430
S.A, nas regiões de Belo Oriente, Guanhães , Nova Era e Santa
Bárbara
1993 2.529,290 Aquisição de terceiros, nas regiões de Belo Oriente, Guanhães.
Aquisição de áreas da COMPANHIA AGRÍCOLA FLORESTAL SANTA
1994 25.988,040 BÁRBARA – CAF, nas regiões de Belo Oriente, Nova Era e Santa
Bárbara
Aquisição de áreas da COMPANHIA AGRÍCOLA FLORESTAL SANTA
1995 12.578,510 BÁRBARA – CAF, nas regiões de Belo Oriente, Nova Era e Santa
Bárbara
1996 4.968,930 Aquisição de particulares, na região de Santa Bárbara
Aquisição de áreas da ACESITA ENERGETICA, localizadas
2000 21,592
especificamente na região do Pingo D’água.
Aquisição de áreas da COMPANHIA AGRÍCOLA FLORESTAL SANTA
2001 34.288,627
BÁRBARA – CAF, na região do Ipaba e Pingo D’água
Aquisição de áreas da COMPANHIA AGRÍCOLA FLORESTAL SANTA
BÁRBARA – CAF, e da ACESITA Florestal S.A. na regional Belo
2004 9.556,00
Oriente, e de particulares nas regiões de Nova Era e Cocais das
Estrelas
2005 6.458,00 Aquisição de particulares na região de Guanhães
2006 - -
Aquisição de particulares nos municípios de Guanhães, Peçanha e
2007 1.753,97
Virginópolis
Aquisição de áreas de Particulares nas regiões de Guanhães e Nova
2.803,98
2008 Era, e aquisição de áreas da ACESITA, especificamente na região do
Rio Doce.
Aquisição de áreas de particulares nos municípios de Coluna, Coroaci,
2009 2.548,27
Peçanha e Guanhães.

8.3. Política de Aquisição de Terras

A CENIBRA não tem como negócio a compra de terras para especulação


imobiliária. Havendo um aumento na produção de celulose, e conseqüentemente na
necessidade de suprimento de madeira, serão adquiridas ou arrendadas novas áreas
para plantio e serão expandidos os contratos do Programa Fomento Florestal.

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As diretrizes abaixo deverão ser observadas no caso da aquisição de novas áreas:

 Priorizar a área de abrangência dos projetos da CENIBRA;


 Priorizar áreas já cultivadas com eucalipto;
 Adotar uma medida de preços adequada à realidade de cada região;
 Priorizar compra nos municípios que apresentam menores percentuais de
áreas da Empresa.
 Adquirir áreas devidamente legalizadas, munidas de certidões negativas do
Ministério do Trabalho e do Instituto Estadual de Florestas/MG;
 Observar oportunidades para manter desmembrada do imóvel objeto de
compra a unidade habitacional e as estruturas de seu entorno.

A aquisição de novas áreas implica também em dar nomes aos novos projetos.
Para tanto, a empresa estabeleceu critérios para preservar a identidade sócio-cultural e
georeferencial das comunidades vizinhas ao imóvel adquirido, bem como reduzir o
impacto social das plantações de eucalipto relacionado à simplificação da paisagem, à
monocultura e ao latifúndio. De acordo com os critérios estabelecidos, preferencialmente
deverá ser mantido o nome tradicional do imóvel; na junção de dois ou mais imóveis,
deverá ser mantido o nome do imóvel mais conhecido pela comunidade; e nos casos não
contemplados nos itens anteriores, um grupo especialmente formado deverá avaliar a
denominação mais adequada, tendo sempre como referência a preservação da
identidade sócio-cultural e georeferencial local.

8.4. Caracterização Ambiental das Áreas de Atuação da CENIBRA

8.4.1. Localização

As áreas de atuação da CENIBRA estão localizadas na região centro-leste do estado de


Minas Gerais, entre as coordenadas – Latitude 18º29’25” a 20º15’52” S e Longitudes 42º
07’50” a 43º 35’58” W e pertencem à Bacia do Rio Doce, sub-bacias dos rios Piracicaba,
Santo Antônio, Suaçuí Pequeno, Suaçuí Grande e Corrente Grande.

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FIGURA 2: Inserção das áreas da CENIBRA na Bacia do Rio Doce

1 BACIA DO RIO DOCE

2 SUB-BACIA DO RIO SUAÇUÍ


GRANDE

3 SUB-BACIA DO RIO SUAÇUÍ PEQUENO

4 SUB-BACIA DO RIO CORRENTE GRANDE

2 5 SUB-BACIA DO RIO GUANHÃES


GUANHÃE
S 3
GOVERNADOR

5 4 VALADARES

6 1

LINHARES

8 PARQU
E
FLORE
STAL
ESTAD
UAL
DO
RIO
DOCE
CARATINGA

BELO HORIZONTE 10

11

VIÇOSA
6 SUB-BACIA DO RIO SANTO ANTÔNIO 7 SUB-BACIA DO RIO DO PEIXE

8 SUB-BACIA DO RIO DO TANQUE 9 SUB-BACIA DO RIO SANTA BÁRBARA

10 SUB-BACIA DO RIO PIRACICABA 11

8.4.2. Relevo e Solos

A maioria das áreas da Empresa encontra-se em um domínio ambiental conhecido


como a região do Mar de Morros e a altitude varia de 200m a 1300m. No levantamento
dos solos cultivados com eucalipto pela Empresa, foram encontrados os seguintes solos:
Cambissolo Latossolo – 21,5%, Cambissolo – 19,5%, Latossolo Vermelho Amarelo
18,5%, Latossolo Vermelho – 15,2%, Latossolo Amarelo – 14,5%, Neossolo Flúvico –
5,0%, Cambissolo (de fundos de vale) – 3,5%, Plintossolo Láplico – 1,6%, Litossolo
Pétrico – 0,5% e Neossolo Lítolico 0,2%.

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8.4.3. Clima

As áreas situadas da foz do Rio Doce até a confluência dos rios do Carmo e
Piranga, no baixo Rio Piracicaba e nos trechos médio e baixo dos rios Santo Antônio,
Corrente Grande, Suaçuí Pequeno e Suaçuí Grande, o clima é classificado segundo
Köppen como “quente com chuvas de verão” (AW). É nesta região que estão localizadas
as áreas de reflorestamento das Regionais Rio Doce e Ipaba. Nas áreas altas, nas
bacias dos rios Piracicaba e Santa Bárbara o clima é classificado como “tropical de
altitude, com chuvas de verão e verões frescos” (CWb), onde se localizam os projetos de
reflorestamento da Regional Nova Era. Nas demais áreas altas de reflorestamentos, nas
bacias dos rios Santo Antônio, Guanhães e Corrente Grande, o clima é definido como
“Tropical de altitude com chuvas de verão e verões quentes” (Cwa).

Localizadas na zona tropical, as áreas estão sob influência das massas de ar


Tropical Atlântica, Polar Atlântica e as Correntes de Oeste, ventos predominantes do
quadrante nordeste-leste. A umidade da região é proveniente do Oceano Atlântico, e os
dados de umidade relativa observados nas estações metereológicas próprias da
CENIBRA evidenciam um período de valores mínimos mensais em agosto / setembro e
máximas em dezembro.
Nas áreas mais baixas, com altitudes de até 500 m, a temperatura média é
superior a 18º C. O inverno é ameno, estando as quedas de temperaturas associadas à
penetração da massa polar. O verão é quente, indo de outubro a março. A temperatura
média oscila na encosta da serra do Espinhaço entre 20º C e 24º C. Nas áreas mais
elevadas, em altitudes entre 900 e 1.000 m, os verões são amenos. A temperatura no
mês mais quente oscila entre 18º C e 20º C. No inverno as temperaturas baixam para 8º
C a 10º C, podendo atingir 0º C.

O regime pluviométrico apresenta dois períodos definidos: um chuvoso, de


outubro a março, com maiores precipitações ocorrendo em dezembro, e um período de
estiagem que vai de abril a setembro. A distribuição de chuva na região é bastante
heterogênea. As áreas de maior altitude são as que apresentam maiores totais anuais de
chuva, variando entre 1.200 e 1.600 mm. Nos fundos de vale e na região da sub-bacia do
Rio Suaçuí Grande, os totais anuais variam entre 1100 e 1300 mm. Não há regiões com

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precipitação total anual inferior a 1000 mm. No quadro abaixo são apresentadas as
faixas de variação de características climáticas das áreas de atuação da empresa.

Quadro 2 – Faixa de variação de dados climáticos

Variável Mínimo Máximo

Temperatura máxima (oC) 25,8 31,5

Temperatura mínima (oC) 15,3 19,0

Temperatura média (oC) 21,0 25,0

Evapotranspiração potencial (mm) 2,3 3,1

Déficit hídrico (mm) 99,0 355,0

Radiação global (MJ/m²) (dia) 13,3 17,2

Precipitação (mm) 1.190,0 1.430,0


Fonte: EIA/RIMA CENIBRA, ECOA, 2003.

8.4.4. Vegetação

A área de domínio do projeto de base florestal da CENIBRA está inserida no


bioma Mata Atlântica, que é representada na região pela tipologia denominada Floresta
Estacional Semidecidual, cujo remanescente de maior expressão é o Parque Florestal do
Rio Doce. Ocorrem também na região ambientes nativos não florestais como os campos
de altitude, campos rupestres, matas de cadeia, áreas alagadas e afloramentos
rochosos.
O conceito ecológico para denominação da Floresta Estacional Semidecidual
relaciona-se ao clima de duas estações, uma chuvosa outra seca, ou com acentuada
variação térmica, determinando assim uma estacionalidade foliar dos elementos
arbóreos, os quais têm adaptação ora à deficiência hídrica, ora à queda da temperatura
nos meses frios.
No caso da Floresta Semidecidual, a percentagem das árvores caducifólias no
conjunto florestal e não das espécies que perdem folhas individualmente, situam-se entre
20% a 50% na época desfavorável.

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Sua principal característica é a ocorrência de espécies arbóreas emergentes


caducifólias, como: Cariniana spp (jequitibá), Aspidosperma spp (perobas), Cedrela
fissilis (cedro), Parapiptadenia rígida (antigo-vermelho), e Peltophorum dubium
(canafístula). Nesta formação existe uma submata de arbustos, além de grande
quantidade de plântulas de reconstituição arbórea. Dentre as primeiras, destacam-se
espécies da família Cyateaceae, a Euterpe edulis (Palmito) e alguns arbustos das
famílias Rubiaceae e Myrtaceae.
Na região de atuação da CENIBRA a Floresta Estacional Semidecidual é
caracterizada como submontana ou montana. A Floresta Estacional Semidecidual
Submontana inclui as formações florestais com altitudes até 600 metros, englobando as
regionais Nova Era, Guanhães e parte da Regional Rio Doce (Região de Pompeu). A
Floresta Estacional Semidecidual Montana inclui as formações florestais com altitudes
acima de 600 metros abragendo a maior parte da Regional Rio Doce.
A CENIBRA monitora as suas áreas de reserva legal e de preservação
permanente. Um levantamento inicial classificou as áreas preservadas pela CENIBRA
(reserva legal e preservação permanente) com relação ao estado de conservação destas
áreas. Esta classificação consistiu na base de informações para tomada de decisão
sobre quais locais necessitam de recuperação ambiental, formação de corredores ou
aprimoramento de estudos ambientais. Após a conclusão desta classificação foram
implantados monitoramentos da flora nas áreas preservadas, elaborado o projeto de
formação de corredores ecológicos e iniciadas atividades de recuperação ambiental. Os
resultados da classificação das áreas preservadas estão apresentados no quadro abaixo:

Quadro 3 – Classificação das áreas preservadas pela CENIBRA.


Classificação %
Pasto limpo 3
Pasto arborizado 15
Eucalipto com sub-bosque de espécies nativas 13
Estágio inicial de sucessão florestal 37
Estágio médio de sucessão florestal 26
Estágio avançado de sucessão florestal 5
Outras áreas 1

Fonte: Mapeamento e Classificação de Fragmentos Florestais em Áreas de Reserva Legal


e Preservação Permanente da CENIBRA S/A. Relatório Final, março de 2003.

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8.4.5. Fauna

A caracterização da fauna nas regionais da CENIBRA apresentada a seguir é


baseada em consulta e revisão da bibliografia disponível, incluindo trabalhos inéditos, e
em viagens de levantamento e inventariamento de campo, nas quais foram realizadas
observações diretas e identificação de vestígios nos diversos tipos de ambientes
existentes nas regiões estudadas. Também foram efetuadas coletas de material
zoológico e capturas de exemplares para fotografia e posterior análise. Estes estudos
foram conduzidos para composição do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e do Relatório
de Impacto no Meio Ambiente – RIMA, além daqueles realizados dentro do Programa de
Estudo e Monitoramento da Fauna, conduzidos por pesquisadores da Universidade
Federal de Viçosa e a empresa Manejo Instituto de Pesquisas e Consultoria Ambiental.

 Aves

O diagnóstico e os estudos de monitoramento nas áreas de influência da


CENIBRA mostraram a existência de uma avifauna típica do Bioma da Mata Atlântica.
Em todas as Regionais estudadas já foram identificadas 285 espécies de aves,
pertencentes a 48 famílias. Foram registradas 09 espécies ameaçadas no Estado de
Minas Gerais, 25 endêmicas do Brasil e 14 espécies migratórias.
Nos trabalhos de campo foram diagnosticadas diversas espécies de aves comuns,
conspícuas e de reconhecida plasticidade, que normalmente se encontram associadas
ao seu habitat preferencial, como por exemplo:

Floresta Estacional Semidecídua: jacuguaçu (Penelope obscura), pomba-amargosa


(Columba plumbea), juriti (Leptotila rufaxilla), surucuá (Trogon surrucura), ariramba
(Galbula ruficauda), joão-barbudo (Malacoptila striata), pica-pau-anão (Picumnus
cirratus), choca-da-mata (Thamnophilus punctatus), choquinha (Drymophila ochropyga),
papa-taoca (Pyriglena leucoptera), chupa-dente (Conopophaga lineata), bico-virado
(Xenops rutilans), miudinho (Myiornis auricularis), bico-chato (Tolmomyias
sulphurescens), caneleiro-verde (Pachyramphus viridis), caneleiro-preto (Pachyramphus
polychopterus), rendeira (Manacus manacus), tangará-dançador (Chiroxiphia caudata),

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pula-pula (Basileuterus culicivorus), pula-pula-amarelo (Basileuterus flaveolus), saíra-


ferrugem (Hemithraupis ruficapilla), figuinha-de-rabo-castanho (Conirostrum speciosum),
trinca-ferro (Saltator similis).

Borda de mata: joão-tenenem (Synallaxis spixi), sicli (Synallaxis frontalis), guaracava


(Elaenia flavogaster), risadinha (Camptostoma obsoletum), felipe (Myiophobus fasciatus),
maria-cavaleira (Myiarchus ferox), viuvinha (Colonia colonus), bem-te-vi (Pitangus
sulphuratus), bem-te-vizinho (Myiozetetes similis), bem-te-vi-de-bico-chato (Myiodynastes
maculatus), tié-de-topete (Tachyphonus coronatus), sanhaço-cara-suja (Tangara
cayana), sanhaço (Thraupis sayaca), saí-azul (Dacnis cayana).

Transição com o cerrado: perdiz (Rhynchotus rufescens), seriema (Cariama cristata),


periquito-cabeça-de-coco (Aratinga aurea), tucano-toco (Ramphastos toco), saci ou sem-
fim (Tapera naevia), pica-pau-do-campo (Colaptes campestris), joão-graveto
(Phacellodomus rufifrons), pássaro-preto (Gnorimopsar chopi), tico-tico-rei
(Coryphospingus pileatus).

Áreas campestres (campo sujo, pastagens abandonadas): trocal (Columba picazuro), tié-
branco (Guira guira), tié-preto (Crotophaga ani), joão-de-barro (Furnarius rufus), suiriri-
cavaleiro (Machetornis rixosus), sabiá-do-campo (Mimus saturninus), tico-tico-do-campo
(Ammodramus humeralis), canário-do-campo (Emberizoides herbicola), tiziu (Volatinia
jacarina), coleirinha (Sporophila caerulescens), papa-capim (Sporophila nigricollis),
chopim (Molothrus bonariensis).

Ambiente aquático (lagoas, represas, brejos, córregos e rios): mergulhão-pequeno


(Podiceps dominicus), garça-branca-grande (Casmerodius albus), garça-branca-pequena
(Egretta thula), garça-moura (Ardea cocoi), garça-real (Pilherodius pileatus), socozinho
(Butorides striatus), irerê (Dendrocygna viduata), saracura (Aramides saracura),
saracura-preta (Rallus Nigricans), tié-carijó (Porzana albicollis), frango-d’água (Gallinula
chloropus), martim-pescador-grande (Ceryle torquata), martim-pescador-pequeno
(Chloroceryle americana), corruíra-do-brejo (Certhiaxis cinnamomea), tesoura-do-brejo
(Gubernetes yetapa), japacamim (Donacobius atricapillus), doremi (Agelaius ruficapillus).

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Citam-se abaixo, dentre as espécies de aves encontradas nas áreas de estudo, durante
o monitoramento de campo, aquelas ameaçadas de extinção (Machado et al, 1998),
endêmicas do Brasil (Sick, 1997), raras na região e migratórias:

Ameaçadas (vulneráveis, em perigo de extinção): macuco (Tinamus solitarius), jaó


(Crypturellus noctivagus), águia-cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus), jacuguaçu
(Penelope obscura), mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii), capoeira ou uru
(Odontophorus capueira), araçari-banana (Baillonius bailloni), pavó (Pyroderus scutatus),
tropeiro-da-serra (Lipaugus lanioides), canário-da-terra (Sicalis flaveola), papa-capim-
azulado (Amaurospiza moesta).

Endêmicas (do Brasil): beija-flor-rabo-branco (Phaethornis idaliae), beija-flor-preto-e-


branco (Melanotrochilus fuscus), beija-flor-rubi (Clytolaema rubricauda), joão-barbudo
(Malacoptila striata), pica-pau-de-testa-pintada (Veniliornis maculifrons), trovoada
(Drymophila ferruginea), choquinha (Drymophila ochropyga), arredio-pálido (Cranioleuca
pallida), joão-botina (Phacellodomus erythrophthalmus), teque-teque (Todirostrum
poliocephalum), maria-preta (Knipolegus nigerrimus), tangarazinho (Ilicura militaris), bico-
de-veludo (Schistochlamys ruficapillus), saíra-ferrugem (Hemithraupis ruficapilla), tié-
sangue (Ramphocelus bresilius), sanhaço-de-encontro-amarelo (Thraupis ornata), saíra-
douradinha (Tangara cyanoventris), canário-rabudo (Embernagra longicauda), tico-tico-
da-mata (Arremon semitorquatus).

Raras (localmente ou na região): gavião-pernilongo (Geranospiza caerulescens),


capoeira (Odontophorus capueira), aracuã (Ortalis araucuan), beija-flor-rubi (Clytolaema
rubricauda), joão-barbudo (Malacoptila striata), araçari-banana ou tucaninho (Baillonius
bailloni), choquinha-de-peito-pintado (Dysithamnus stictothorax), tovaca (Chamaeza cf.
campanisoma), estalador (Corythopis delalandi), pavó (Pyroderus scutatus), papa-capim-
azulado (Amaurospiza moesta).

Migratórias: garça-branca-grande (Casmerodius albus), irerê (Dendrocygna viduata),


andorinhão-de-coleira (Streptoprocne zonaris), andorinhão-de-coleira-falha
(Streptoprocne biscutata), andorinhão-do-temporal (Chaetura andrei), tesourinha

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(Tyrannus savana), suiriri (Tyrannus melancholicus), andorinha-do-campo (Phaeoprogne


tapera), andorinha-grande (Progne chalybea), andorinha-de-casa (Notiochelidon
cyanoleuca), andorinha-serradora (Stelgidopteryx ruficollis), juruviara (Vireo chivi), saí-
andorinha (Tersina viridis).

 Peixes

A CENIBRA é detentora de um potencial hídrico de grande importância ambiental,


social, cultural e produtiva na região leste do estado de Minas Gerais, caracterizado por
várias nascentes, lagos, rios e cachoeiras que se encontram parcial ou totalmente
inseridos nas propriedades da empresa.
Grande parte do patrimônio de biodiversidade aquática da CENIBRA está
representada por comunidades de peixes presentes num sistema de lagos de origem
quaternária, na região do médio rio Doce. O processo de formação destes lagos é
considerado como único no Brasil, e abrange aproximadamente 150 lagos de diferente
porte e em condições variáveis de preservação da mata ciliar.
Parte deste sistema lacustre está incluída no Parque Estadual do Rio Doce
(PERD), uma unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual de Florestas
(IEF/MG).
Em termos de riqueza de fauna de peixes, porém, os lagos do PERD apresentam
um futuro incerto, com quase a totalidade das lagoas apresentando espécies de peixes
exóticos como o tucunaré Cichla monoculus, a piranha Pygocentrus nattereri, o acará-do-
amazonas ou apaiari Astronotus ocellatus, e, mais recentemente, o bagre africano
Clarias gariepinus.
Fora do PERD, muitas lagoas continuam apresentando apenas espécies nativas,
constituindo-se em testemunhos fundamentais dos processos ecológicos e evolutivos da
bacia do rio Doce. A CENIBRA possui várias lagoas nestas condições, e a determinante
fundamental dos planos de manejo e preservação deve considerar como ponto essencial
a preservação deste patrimônio biológico; fatores circunstanciais determinam que a
biodiversidade aquática possa ser preservada fora do PERD, e a CENIBRA tem
incorporado esta política de preservação na sua agenda ecológica.

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A fauna das lagoas é composta por espécies de peixes semelhantes às que


ocorrem na calha do rio. Apenas uma espécie, o lambari-bocarra Oligosarcus solitarius
tem sido indicada como uma forma endêmica das lagoas.
No quadro 4 a seguir, é apresentado os resultados dos inventários preliminares da
ictiofauna em áreas da CENIBRA.

Quadro 4 – Listagem de espécies de peixes registrados na área de influência da CENIBRA.

Lagoa Lagoa Juiz de Lagoa


ESPÉCIES Lagoa Cristal Lagoa Cury Lagoa Tiririca
Hortência Fora Linguiça

Astyanax bimaculatus X X X X X X
Astyanax sp. X X X X X X
Geophagus brasiliensis X X X X X X
Hoplias malabaricus X X X X X X
Hoplosternumn littorale X X
Hyphessobrycon sp. X
Leporinus steindachneri X X X X X
Lycengraulis sp. X
Moenkhausia X X X
Oligosarcus solitarius X X X X X X
Prochilodus vimboides X X

Quadro 4 – Continuação

Ribeirão Suaçuí Lagoa Ribeirão Fazenda


ESPÉCIES Lagoa Silvana Lagoa Grande
Pequeno Correntinho Macedônia

Astyanax bimaculatus X
Astyanax sp. X X X X
Cichla monoculus X
Corydoras aeneus X
Cyphocharax gilbert X
Geophagus brasiliensis X X
Hoplias lacerdae X
Hoplias malabaricus X X
Hoplosternumn littorale X
Hyphessobrycon bifasciatus X
Leporinus steindachneri X
Lycengraulis sp. X
Oreochromis niloticus X X
Pachypops adspersus X
Piaractus mesopotamicus X
Plagioscion squamosissimus X

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 Répteis e Anfíbios

No estudo da área de influência dos núcleos florestais da CENIBRA


foram encontradas 60 espécies, sendo 35 de anfíbios e 25 de répteis.
De uma maneira geral, a fauna de répteis e anfíbios florestais estudados
inclui espécies que apresentam ampla distribuição geográfica ou são
relacionadas com domínios do Cerrado e da Mata Atlântica.
A comunidade de anfíbios da região inclui, na maioria, espécies que têm
pouca restrição quanto ao tipo de ambiente de ocorrência. Cerca de 25
espécies (71,5%) ocorrem em mais de um tipo de formação, incluindo mata de
eucalipto, ao passo que 5 espécies (14,3%) estão associadas a todos os tipos
de matas e ambientes estudados, ou seja, formações abertas, matas e
ambientes associados ao eucalipto. Este aspecto demonstra que estas
espécies são pouco especialistas, sendo aparentemente oportunistas quanto à
ocupação de ambientes alterados pela ocupação humana.
Apesar da falta de dados quantitativos, verifica-se que a região da
Regional Guanhães encontra-se em melhor estado de conservação, em termos
de riqueza e diversidade de espécies de répteis e anfíbios, quando comparada
aos demais núcleos florestais, a exceção das áreas de reserva que abranjam
espécies mais raras e de maior diversidade.

Quadro 5 – Listagem de espécies de anfíbios registrados na área de influência


da CENIBRA.

ANFÍBIOS
FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR
Bufonidae
Bufoc crucifer Sapo-cururu
Bufo granulosus Sapo
Hylidae
Hyla albopunctata Perereca
Hyla branneri Perereca-amarela
Hyla cf. circundata Perereca
Hyla crepitans Perereca
Hyla elegans Perereca-de-moldura
Hyla faber Sapo-ferreiro
Hyla semilineata Perereca-dormideira
Scinax fuscomarginatus Perereca-grilo

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ANFÍBIOS
FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR
Scinax fuscovarius Perereca-de-banheiro
Osteocephalus langsdorffii Perereca-da-mata
Leptodactylidae
Leptodactylus ocellatus Rã-manteiga
Physalaemus cuvieri Rã-cachorro

Quadro 6 – Listagem de espécies de répteis registrados na área de influência


da CENIBRA.

RÉPTEIS
FAMÍLIA / ESPÉCIE NOME POPULAR
Alligatoridae
Caiman latirostris Jacaré-de-papo-amarelo
Gekkonidae
Gymnodactylus darwinii Lagartixa
Hemidactylus mabouia Lagartixa
Polychrotidae
Anolis fuscoauratus Camaleão
Anolis punctatus Camaleão
Enyalius brasiliensis Camaleão
Teiidae
Ameiva ameiva Lagarto-verde
Tropiduridae
Tropidurus torquatus Calango
Amphisbaenidae
Leposternon infraorbitale Cobra-de-duas-cabeças
Boidae
Corallus hortulanus Jibóia-vermelha
Epicrates cenchria Jibóia-do-oco
Colubridae
Chironius exoletus Cobra-cipó
Chironius fuscus Cobra-cipó
Clelia sp Mussurana
Elapomorphus quinquelineatus Falsa-coral
Liophis militaris Cobra d’água
Oxyrhopus petola Falsa-coral
Pseudoboa nigra Cobra
Sibynomorphus neuwiedii Dormideira
Spillotes pullatus Caninana

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Taeniophalus affinis Cobra


Waglerophis merremii Boipeva
Elapidae
Micrurus corallinus Coral-verdadeira
Viperidae
Bothrops jararaca Jararaca
Bothrops jararacussu Jararacussu
Lachesis muta Surucucu
Chelidae
Phrynops geoffroanus Cágado
Fonte: Santos, Feio e Pontes (UFV, 2003).

 Mamíferos

O diagnóstico e os estudos de monitoramento nas áreas de influência da


CENIBRA mostraram a existência de uma mastofauna típica do Bioma da Mata
Atlântica, com alguns elementos de ocorrência também para o Cerrado, como
o lobo-guará. Em todas as Regionais estudadas foram identificadas 39
espécies de mamíferos de médio e grande porte, pertencentes a 20 famílias.
Foram registradas 12 espécies ameaçadas no Estado de Minas Gerais e 02
endêmicas do Brasil.
Não foram considerados neste levantamento os pequenos roedores e os
mamíferos voadores (morcegos). As espécies estão listadas no quadro 7.

Quadro 7: Lista geral das espécies de mamíferos de médio e grande porte


registradas nas Regionais da CENIBRA desde o início do monitoramento, com
indicação das espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. Legenda: En=
endêmico; CR= criticamente ameaçada de extinção em Minas Gerais; EN= em
perigo de extinção em Minas Gerais; VU= vulnerável à extinção em Minas
Gerais; cr= criticamente ameaçada no Brasil; en= em perigo de extinção no
Brasil; vu= vulnerável à extinção no Brasil.

Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Didelphimorphia
Didelphidae Didelphis albiventris Gambá
Pilosa
Myrmecophagidae Myrmecophaga tridactyla Tamanduá-bandeira VU, vu
Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim

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Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Preguiça-de-três-
Bradypodidae Bradypus variegatus dedos
Cingulata
Dasypodidae Cabassous unicinctus Tatu-do-rabo-mole
Dasypus novemcinctus Tatu-galinha
Dasypus septemcinctus Tatuí
Euphractus sexcinctus Tatu-peludo
Primates
Callithrichidae Callithrix flaviceps Sagui-da-serra EN, em
Callithrix geoffroyi Sauim Em
Callithrix penicillata Mico-estrela Em
Cebidae Alouatta guariba Bugio CR, cr
Callicebus nigrifrons Sauá
Cebus nigritus Macaco-prego
Carnívora
Canidae Cerdocyon thous Raposa
Chrysocyon brachyurus Lobo-guará VU, vu
Procyonidae Nasua nasua Quati
Procyon cancrivorus Mão-pelada
Mephetidae Conepatus semistriatus Jaratataca
Mustelidae Eira bárbara Irara
Galictis cuja Furão
Lontra longicaudis Lontra VU
Felidae Leopardus pardalis Jaguatirica VU, vu
Gato-do-mato- VU,vu
Leopardus tigrinus pequeno
Leopardus wiedii Gato-maracajá EN, vu
Panthera onça Onça-pintada CR, vu
Puma yagouaroundi Gato-mourisco
Puma concolor Onça-parda VU, vu
Perissodactyla
Tapiridae Tapirus terrestris Anta EM
Artiodactyla
Tayassuidae Pecari tajacu Cateto VU
Cervidae Mazama americana Veado-mateiro
Mazama gouazoubira Veado-catingueiro
Rodentia
Sciuridae Guerlinguetus aestuans Caxinguelê
Erethizonthidae Coendou prehensilis Ouriço-cacheiro
Caviidae Cavia aperea Preá
Hydrochoerus hydrochaeris Capivara
Cuniculidae Cuniculus paca Paca

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Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Dasyproctidae Dasyprocta leporina Cutia
Lagomorpha
Leporidae Sylvilagus brasiliensis Tapeti

8.4.6 Áreas de Alto Valor de Conservação - AAVC

As áreas da CENIBRA estão inseridas no domínio de Mata Atlântica


sendo esta, de acordo com a legislação brasileira, considerada especialmente
protegida para todos os seus remanescentes, litorâneos e de interior.
A Mata Atlântica é considerada uma das grandes prioridades para a
conservação de biodiversidade em todo o continente americano. Em estado
crítico, sua cobertura florestal acha-se reduzida a cerca de 7,6% da área
original, que perfazia uma extensão de aproximadamente 1.306.421 km2.
Distribuído por mais de 17 estados brasileiros, este bioma é composto
de uma série de fitofisionomias bastante diversificadas, determinadas pela
proximidade da costa, relevo, tipos de solo e regimes pluviométricos. Essas
características foram responsáveis pela evolução de um rico complexo biótico
de natureza florestal. Apesar da devastação acentuada, a Mata Atlântica ainda
contém uma parcela significativa da diversidade biológica do Brasil, com
altíssimos níveis de endemismo.
Neste contexto, as áreas de vegetação natural da CENIBRA são
consideradas muito importantes, recebendo da Empresa uma abordagem, em
termos das ações de proteção e melhorias, condizentes com tal condição.
Ainda assim, existem algumas áreas específicas em que ocorrem
atributos especiais que conferem um status de especialmente importantes no
sentido da efetiva proteção da biodiversidade nos remanescentes de mata
atlântica.
Estes atributos conferem a estas áreas uma condição de “Áreas de Alto
Valor de Conservação”. Em 2004, a Empresa realizou uma avaliação visando
à identificação destas áreas, que contou com a participação, direta ou indireta,
de especialistas da Universidade Federal de Viçosa, consultores, do corpo
técnico da área de Meio Ambiente e das equipes operacionais da CENIBRA,

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bem como das comunidades, estas últimas principalmente na criação de


demanda por acesso às áreas com potencial para o desenvolvimento de
atividades de lazer e cultura.
Desta avaliação, realizada com base no entendimento de conceitos
relativamente recentes à época, foram identificadas cinco AAVC: Cachoeira
das Pombas (Guanhães), RPPN Fazenda Macedônia (Ipaba), Cachoeria de
Cocais (Coronel Fabriciano), Vale das Borboletas (Catas Altas) e Lagoa
Teobaldo (Antônio Dias).
Com base em novos conceitos e entendimentos de metodologias
desenvolvidas ao longo dos últimos anos para a atribuição de valores e
identificação de AAVC, a Empresa realizou em 2010 uma revisão de suas
áreas assim identificadas.
Dessa forma, com base principalmente no documento “Definição de
Altos Valores de Conservação em nível nacional: um Guia Prático” (Proforest,
2003), houve o entendimento de que somente a RPPN Fazenda Macedônia
possuía os atributos de excepcionalidade necessários para que uma área fosse
classificada como sendo de alto valor de conservação.
A partir de 2010, o Plano de Manejo irá apresentar os resultados dos
monitoramentos dessa AAVC, demonstrando a evolução dos parâmetros
técnicos e científicos que evidenciam o cuidado e a garantia da manutenção ou
melhoria dos atributos que justificaram a escolha.
As demais áreas continuarão sendo manejadas no contexto das ações
de proteção e manutenção de atributos especiais, tais como beleza cênica no
contexto de uma região ecoturística, recarga de aqüíferos, riqueza biodiversa,
dentre outros, não sendo, entretanto, objeto de monitoramentos específicos no
conceito atual de AAVC.
Devido a uma constante evolução de conceitos e abordagens, a
Empresa continuamente avalia suas áreas para que em havendo a
identificação de uma nova área de alto valor de conservação, a mesma seja
assim identificada e manejada.

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 RPPN Fazenda Macedônia


REGIONAL Rio Doce

MUNICÍPIO Ipaba

NOME RPPN Fazenda Macedônia

ÁREA (ha) 697,45

Local de desenvolvimento de um importante programa de reintrodução de


PRINCIPAL ATRIBUTO
aves silvestres ameaçadas de extinção.

ITENS DE - Fauna
MONITORAMENTO - Flora

Houve aumento da qualidade ambiental, conforme as evidências do


monitoramento apresentadas a seguir:
• Foi registrado em 2009/2010 o nascimento de 11 mutuns-do-sudeste,
maior registro desde o início dos monitoramentos, em 1995/1996.
• Em 2009/2010 foram registrados os primeiros nascimentos de filhotes de
jacutinga na RPPN. Este evento é único no mundo, em tratando de
STATUS DA nascimento de filhotes de jacutingas reintroduzidas
CONSERVAÇÃO DOS • O número de espécies de aves aumentou de 105 para 148 entre os anos
ATRIBUTOS de 2003 e 2009.
• O número de espécies de mamíferos reduziu de 24 para 20 entre os anos
de 2003 e 2009. Estudos mais detalhados foram iniciados em 2010 visando
identificar as causas desta observação.
• Um estudo botânico realizado em 2005 na área encontrou um índice de
diversidade igual a 3,45 e 149 espécies de árvores, indicando que a área
possui alta diversidade de flora.

As matas nativas na RPPN e as demais áreas de reserva legal e de


preservação permanente da propriedade são intensamente monitoradas com
relação aos atributos de conservação da biodiversidade.
Assim, monitora-se flora nesta AAVC e os resultados destes
monitoramentos estão sintetizados no Quadro 8.

Quadro 8 - Monitoramento da riqueza de flora na AAVC RPPN Fazenda


Macedônia.

Riqueza de Espécies da Flora


Área Estudada 2005 2010
Famílias Gêneros Espécies Famílias Gêneros Espécies
RPPN Macedônia 45 87 149

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O Índice de Diversidade de Shannon-Weaver encontrado na RPPN


Fazenda Macedônia foi de 3,45, valor este considerado alto para as formações
florestais da região e semelhantes aos demais índices encontrados nos demais
estudos realizados em áreas da CENIBRA.
O monitoramento de flora identificou também que existem espécies
arbóreas ameaçadas de extinção na AAVC (Quadro 9). Este monitoamento foi
realizado em 2005 e será realizado novamente em 2010, atendendo a um
cronograma de monitoramento fitossociológico de cinco em cinco anos.

Quadro 9 - Espécies arbóreas encontardas na AAVC RPPN fazenda


Macedônia relacionadas como ameaçadas de extinção pelo IUCN
(Internacional), Fundação Biodiversitas (Estadual) e Ministério do Meio
Ambiente (Nacional).

Espécie Família IUCN Biodiversitas MMA

Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth. Fabaceae VU VU Anexo


I
Melanoxylon brauna Schott Fabaceae VU Anexo
I
Ocotea odorifera (Vellozo) Rohwer Lauraceae VU Anexo
I
Phyllostemonodaphne geminiflora (Mez) Lauraceae EN VU Anexo
Kosterm. I
Cariniana legalis (Mart.) Kuntze Lecythidaceae VU

Chrysophyllum imperiale (Linden ex Sapotaceae EN EN Anexo


K.Koch & Fintelm.) Benth. & Hook. * II
* Espécie reintroduzida

A espécie Chrysophyllum imperiale foi reintroduzida na AAVC RPPN


Fazenda Macedônia visando aumentar os valores de conservação da referida
propriedade. Esta espécie é considerada ameaçada na categoria em perigo de
extinção e é de ocorrência original na região da AAVC RPPN Fazenda
Macedônia. A reintrodução foi realizada por meio da obtenção de mudas
oriundas do Parque Estadual do Rio Doce, onde esta espécie ocorre
naturalmente, no entanto é naturalmente muito rara na mata. Foram plantadas
24 mudas no ano de 2008, todas estão vivas e, em média dobraram de
tamanho, embora o crescimento da espécie no campo seja considerado muito
lento.

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A fauna é monitorada dentro das atividades do projeto de Monitoramento


de Aves e Mamíferos de Médio e Grande Porte e são realizadas pelo menos
duas visitas por ano, sendo uma na estação chuvosa e uma na estação seca.
Realizado desde 2003, até o presente momento os monitoramentos
possibilitaram o registro de 148 espécies de aves e 27 espécies de mamíferos
de médio e grande porte na RPPN e seu entorno. Estes resultados estão
apresentados nas figuras 3 a 7.
As figuras 3 e 4 refletem a evolução da qualidade ambiental da AAVC
RPPN Fazenda Macedônia. Na figura 3 pode ser observado uma manutenção
da riqueza de espécies de aves ao longo do período avaliado. Com relação a
mamíferos, houve decréscimo do número de espécies observadas (figura 4) e
esse decréscimo permanece desde 2006.

Figura 3 - Evolução da riqueza de aves na AAVC RPPN Fazenda Macedônia.

Nº de a ves registra das na RPPN Macedônia e entorno

160 146 147 148 148


138 140
140

120 105

100
Qtde

80

60

40

20

0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Pe ríodo (ano)

À partir de 2010 foram iniciados levantamentos mais aprimorados,


inclusive com uso de armadilhas fotográficas, visando identificar as causas
deste decréscimo no número de espécies observadas e quantificar a população
das espécies reintroduzidas no Projeto Mutum.

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Figura 4 - Evolução da riqueza de mamíferos na AAVC RPPN Fazenda


Macedônia.

Nº de mamíferos registrados na RPPN Fazenda Macedônia

30 26 26
24
25
19 20 19 20
20
Qtde

15

10

0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Período (ano)

A figura 5 apresenta os resultados do monitoramento dos nascimentos


de filhotes de mutum-do-sudeste na AAVC RPPN Fazenda Macedônia. Esse
número é também um importante indicador da qualidade ambiental da referida
AAVC.

Figura 5 - Monitoramento de nascimento de mutum-do-sudeste na AAVC


RPPN Fazenda Macedônia.

Nº de filhotes de Crax blumenbachii nascidos em vida livre


na RPPN Fazenda Macedônia

11
12
10
10
8
7 7
Quantidade

8
6 6
5 5 5
6
3 3
4
2
2

0
95/96 96/97 97/98 99/00 00/01 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10
Período reprodutivo

A figura 6 apresenta os resultados do monitoramento das espécies de


aves endêmicas, ameaçadas e migratórias na AAVC RPPN Fazenda

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Macedônia. Com relação a mamíferos, a figura 7 apresenta os resultados do


monitoramento das espécies ameaçadas de extinção. Esses resultados
reforçam a qualidade ambiental da referida AAVC.

Figura 6 - Monitoramento de aves ameaçadas, endêmicas e migratórias

Espécies endêmicas, ameaçadas e migratórias

14
12
Nº de espécies

10
Ameaçadas
8
Endêmicas
6
Migratórias
4
2
0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Período

Figura 7 - Monitoramento de mamíferos ameaçados de extinção.

Histórico de registro de espécies ameaçadas

7 6 6
6 5
Nº de espécies

5
4 3 3 3 3
3
2
1
0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Período

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8.4.6.1. Medidas de Proteção Adotadas para AAVC

As medidas de proteção para Área de Alto Valor de Conservação incluem:


• Manejo florestal em mosaico, com talhões de várias idades, garantindo
também que as operações de manejo sejam menos impactantes;
• Restrição do trânsito de veículos em áreas adjacentes à AAVC RPPN
Fazenda Macedônia;
• Intensificação da proteção contra caça, pesca ilegal e incêndios florestais,
com vigilância patrimonial feitas a cavalo, evitando ruído de motor;
• Campanhas e projetos de educação ambiental com estudantes das escolas
da região, utilizando espécies das categorias ameaçadas como ícones de
proteção;
• Sistema de comunicação com vizinhos e educação ambiental com os
trabalhadores florestais;
• Vigilância motorizada reforçada nas áreas adjacentes a AAVC RPPN
Fazenda Macedônia;
• Convênio com a Polícia Militar Ambiental, incluindo o fornecimento de
veículos e combustível para intensificar a vigilância;
• Reversão de áreas cultivadas com eucalipto para cobertura florestal nativa
nas áreas próximas à AAVC visando ampliar os espaços destinados a
conservação, aumentar a conectividade entre as áreas preservadas e
diminuir impactos nas proximidades das áreas com vegetação nativa;
• Adoção de medidas específicas previstas em procedimentos operacionais,
para potencializar a conservação ou reduzir impactos ambientais, como por
exemplo, cuidados para evitar queda de árvores de eucalipto sobre
vegetação nativa, manutenção de espaços entre as pilhas de madeira para
permitir o trânsito de fauna silvestre.

A efetividade das medidas adotadas é avaliada por meio da evolução dos


resultados dos monitoramentos ambientais que são realizados anualmente,
como monitoramento de fauna silvestre e de cinco em cinco anos, no caso do
monitoramento de flora. Os resultados destes monitoramentos vêm pemitindo

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verificar a eficácia das medidas empregadas visando manter ou incrementar os


atributos de conservação da biodiversidade da área avaliada.

8.4.7 Sítios com Valor Histórico, Cultural, Religioso ou Arqueológico

A Empresa também realizou um levantamento para identificação de sítios com


valor histórico, cultural, ecológico, religioso ou arqueológico. Este levantamento
foi realizado seguindo a mesma metodologia para a identificação de florestas
de alto valor de conservação. O documento “Identificação de Sítios com Valor
Histórico, Cultural, Ecológico, Religioso, Arqueológico ou Espeleológico”
elaborado pelo Departamento de Meio Ambiente e Qualidade, apresenta os
resultados do levantamento.

8.5 Monitoramentos

Plantar florestas e manter áreas preservadas em bom estado de


conservação, incluindo todos os componentes ambientais (fauna, flora,
recursos hídricos, relações ecológicas e evolutivas) é uma questão
fundamental para as empresas de base florestal. Assim, as respostas desta
questão devem estar fundamentadas em um programa de monitoramento
ambiental que, além de produzir diagnósticos detalhados das mudanças no
ambiente, tenha também o compromisso de subsidiar o aprimoramento das
técnicas de manejo das florestas plantadas.
Estes programas têm por objetivo o registro e a avaliação dos resultados
de quaisquer fenômenos e alterações naturais ou induzidos, através do
acompanhamento da evolução dos recursos das Unidades de Manejo Florestal
da CENIBRA e Área de Influência. Para tanto, são identificados e utilizados
indicadores como forma de percepção da direção de mudanças ambientais e
subsidiar a elaboração e a melhoria contínua do manejo florestal da CENIBRA.
Na seqüência, são apresentados alguns resultados dos monitoramentos da
flora, fauna e recursos hídricos.

37
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8.5.1 Monitoramento de Flora

Plantar florestas e manter áreas preservadas em bom estado de


conservação, incluindo todos os componentes ambientais (fauna, flora,
recursos hídricos, relações ecológicas e evolutivas) é uma questão
fundamental que as empresas enfrentam. Assim, as respostas desta questão
devem estar fundamentadas em um programa de monitoramento ambiental
que, além de produzir diagnósticos detalhados das mudanças no ambiente,
tenha também o compromisso de subsidiar o aprimoramento das técnicas de
manejo das florestas plantadas.
A CENIBRA possui, com base no relatório de terras e florestas publicado
em 2010, um total de 102.885 hectares de áreas destinadas à conservação,
onde estão incluídas as áreas de reserva legal, de preservação permanente e
outras matas nativas que perfazem cerca de 40% da área da base florestal da
empresa. Estas áreas eram pouco conhecidas até o final do ano de 1996,
quando existiam apenas medições topográficas de seus perímetros e poucos
estudos mais aprofundados, realizados sem um objetivo coordenado.
No ano de 1997 foi iniciado um primeiro estudo visando agregar
informações para todas as propriedades da CENIBRA, incluindo as plantações
florestais e as áreas preservadas. Este estudo visava iniciar a obtenção de
respostas de uma seqüência lógica de questões sobre estas áreas, quais
sejam:
a) Onde estão as áreas preservadas?
b) Como estão as áreas preservadas?
c) O que tem nas áreas da empresa?
d) Qual a tendência de mudança das áreas preservadas?
e) O que fazer com as áreas preservadas?
O primeiro estudo coordenado sob esta orientação foi denominado
“Mapeamento e classificação das áreas de reserva legal e de preservação
permanente da CENIBRA” e foi contratada a Sociedade de Investigações
Florestais (SIF) ligada a Universidade Federal de Viçosa (UFV) para a sua
execução. Este estudo visou responder aos dois primeiros questionamentos

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citados, pois aprimorou o mapeamento e a quantificação das áreas


preservadas por estágio de regeneração. Assim, foram obtidos, para cada
unidade de área destinada a conservação, o estágio de regeneração e a
respectiva quantificação em termos de área. Além destes resultados foi obtido
também um diagnóstico do estado de fragmentação destas áreas, por meio de
uma classificação por classe de tamanho de cada unidade destinada a
conservação.
Os resultados obtidos neste estudo permitiram inferir com exatidão sobre
a localização e quantificação das áreas preservadas e seus respectivos
estados de conservação com relação ao estágio de regeneração ou de
sucessão ecológica. Assim, as duas primeiras perguntas foram respondidas e
geraram de imediato as condições para a busca das respostas para as demais.
Toda propriedade adquirida pela empresa após esta data é também objeto
deste estudo inicial.
Sabia-se então o estado de conservação das áreas preservadas, mas
ainda não se conhecia a composição biológica da flora destas áreas. Com base
nos resultados que foram apresentados na forma de mapas, foi muito facilitado
o trabalho de escolher e priorizar as áreas para dar continuidade aos estudos,
identificar aquelas áreas que necessitam de intervenção visando a recuperação
ambiental e locais considerados como de alto valor para conservação, visando
atender aos princípios e critérios da certificação florestal.
Visando buscar a resposta para o terceiro questionamento, iniciaram-se
em 2002 os primeiros estudos florísticos e fitossociológicos com base no
estudo inicial. Assim foram escolhidas áreas para serem estudadas nos
diversos estágios de sucessão e nas diversas regiões de atuação da empresa.
Os estudos florísticos, conduzidos pela SIF/UFV, identificaram a
composição da biodiversidade da flora em cada estágio de sucessão e geraram
os primeiros subsídios para os projetos de recuperação ambiental das áreas
identificadas como prioritárias para recuperação no mapeamento e
classificação das áreas preservadas. Por meio de parcelas permanentes, foram
definidos os locais a serem monitorados no longo prazo visando entender a
evolução das áreas preservadas.

39
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Já com subsídios preliminares para responder ao quinto


questionamento, os resultados dos estudos, notadamente a identificação das
áreas prioritárias para recuperação e as primeiras listas florísticas, deram
subsídios para iniciar os trabalhos de recuperação ambiental, que inicialmente
visaram recuperar margens de cursos d’água e nascentes e as áreas próximas
às comunidades e estradas.
Os resultados do mapeamento e classificação das áreas de reserva
legal e de preservação permanente, sobretudo os mapas temáticos, juntamente
com os resultados dos monitoramentos de fauna e flora deram os subsídios
básicos para a elaboração do Projeto de Formação de Corredores Ecológicos,
elaborado também pela equipe da SIF/UFV em 2004 e 2005. Este projeto
conceitual identificou as áreas prioritárias para promoção da conectividade e
apresentou as propostas e formas de promover a conectividade entre os
remanescentes de vegetação nativa existentes nas áreas da CENIBRA. A
implantação das medidas propostas neste projeto ocorre com base em
recomendação aprimorada, feita na ocasião das vistorias de campo quando da
realização do Planejamento Técnico, Econômico, Ambiental e Social (PTEAS)
e a execução das propostas se dá na ocasião da reforma dos projetos
florestais.
Como forma de obter resposta ao quarto questionamento, após o início
da execução das ações de recuperação ambiental foram iniciados, em 2005,
estudos florísticos e fitossociológicos visando avaliar a eficácia dos tratamentos
aplicados nestas áreas. Para tanto, foram alocadas parcelas permanentes em
vários locais em processo de recuperação, nos diversos tratamentos e nas
diversas regiões de atuação da empresa.
Paralelamente, foram escolhidas novas áreas de estudo visando ampliar
a base de conhecimento acerca da diversidade biológica existente nas áreas
preservadas pela CENIBRA. Uma destas áreas escolhidas foi a Reserva
Particular do Patrimônio Natural Fazenda Macedônia (RPPN Macedônia),
considerada como de alto valor para conservação e local realização de um
pioneiro e bem sucedido projeto de reintrodução de aves ameaçadas de
extinção, o Projeto Mutum, realizado em parceria com CRAX - Sociedade de

40
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Pesquisa do Manejo e da Reprodução da Fauna Silvestre. Este projeto já


promoveu a soltura de vários casais de mutum-do-sudeste, macuco, jacutinga,
jacuaçu, jaó, inhambu-açu e capoeira. A reintrodução destas espécies é
monitorada pela CRAX e vem apresentando excelentes resultados.
O estudo da flora realizado nesta RPPN visou, sobretudo, conhecer a
composição florística da reserva e determinar quais espécies são fornecedoras
de alimento para aves silvestres, bem como a fenologia destas espécies, para
dar subsídios ao projeto de reintrodução das aves.
Para obter respostas sobre o quarto questionamento, ou seja, sobre a
direção da mudança das áreas preservadas, foi realizada a segunda avaliação
das parcelas permanentes do monitoramento da flora, cinco anos após a
primeira avaliação, sendo a primeira medição em 2002 e a segunda em 2007.
Esta avaliação visou determinar as mudanças na composição florística e
na estrutura da vegetação destas áreas. Assim, foram determinadas as
variações nos índices de diversidade, na área basal, no volume de madeira.
Adicionalmente foram quantificados também os estoques e a captura de
biomassa, de carbono e de CO2 durante o período de avaliação, por região e
por estágio de sucessão da vegetação das áreas estudadas. Os resultados
destes estudos deram subsídios para o desenvolvimento de duas dissertações
de mestrado na Universidade Federal de Viçosa, em 2008 e 2009.
Ainda em 2008 foram iniciados estudos na região de Santa Bárbara, que
ainda não era contemplada com estudos florísticos e fitossociológicos e que
era considerada prioritária para realização de estudos, pois apresenta
fitofisionomia diferente das demais regiões de atuação da CENIBRA, com
elementos do Bioma Cerrado e por abrigar uma Área de Alto Valor para
Conservação, o Projeto Brumadinho, onde foram realizados os estudos.

Relação de Estudos Realizados:

 Mapeamento e classificação de áreas de reserva legal e de


preservação permanente da CENIBRA (SIF 1998; SIF 2003).
OBJETIVOS: Mapear e classificar as áreas preservadas por estágio de
regeneração, por classes de tamanho, identificar os locais prioritários para
promoção da conectividade, para recuperação ambiental e para
aprimoramento de estudos.

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 Estudos florísticos e fitossociológicos em áreas preservadas pela


CENIBRA - Regiões de Cocais, Ipaba e Guanhães (SIF 2003).
OBJETIVOS: Obter dados sobre a florística dos remanescentes florestais
nativos e os parâmetros fitossociológicos da estrutura horizontal e vertical
destes remanescentes para dar subsídios aos projetos de recuperação
ambiental.

 Projeto de formação de corredores ecológicos em áreas da CENIBRA


(SIF 2005).
OBJETIVOS: Definir as diretrizes, as metodologias e os locais prioritários
para promoção do aumento da conectividade entre os remanescentes
florestais nativos existentes nas áreas da CENIBRA.

 Estudos florísticos e fitossociológicos em áreas em recuperação


ambiental nas margens da Lagoa Teobaldo (SIF 2006).
OBJETIVOS: Obter dados sobre a evolução da recuperação ambiental
com diversos tratamentos realizados que objetivaram a reversão de áreas
com eucalipto para vegetação nativa.

 Estudos florísticos e fitossociológicos em áreas em recuperação


ambiental nas margens da Lagoa Piau (SIF 2006).
OBJETIVOS: Obter dados sobre a evolução da recuperação ambiental
com diversos tratamentos realizados que objetivaram a reversão de áreas
com eucalipto para vegetação nativa.

 Estudos florísticos, fitossociológicos e fenológicos da vegetação


nativa da RPPN Fazenda Macedônia (SIF 2007).
OBJETIVOS: Obter informações sobre a florística da vegetação nativa
com relação fenologia e a cronologia de disponibilização de alimentos
para aves silvestres para dar subsídios ao projeto de reintrodução de aves
ameaçadas de extinção.

 Estudos florísticos e fitossociológicos em áreas preservadas pela


CENIBRA - Regiões de Cocais, Ipaba e Guanhães - Monitoramento
periódico de cinco anos (SIF 2008).
OBJETIVOS: Obtenção dos parâmetros de dinâmica da vegetação,
sobretudo de variação da florística (diversidade de espécies) e das
estruturas horizontal e vertical.

 Estudos florísticos em fitossociológicos em áreas preservadas na


floresta de alto valor para conservação Projeto Brumadinho, Catas
Altas (SIF 2008).
OBJETIVOS: Obter dados sobre a florística e os parâmetros
fitossociológicos da estrutura horizontal e vertical da vegetação nativa em
uma área de alto valor para conservação em uma região com vegetação
pouco conhecida.

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 Estimativa do estoque de biomassa, carbono e dióxido de carbono


em áreas preservadas pela CENIBRA (SIF 2008).
OBJETIVOS: Obtenção dos estoques e dos parâmetros de dinâmica de
crescimento de biomassa e de captura de carbono e dióxido de carbono
de vegetação nativa em diversos estágios de regeneração.

Principais Indicadores dos Monitoramentos de Flora:


• Padrões estruturais gerais e índices de diversidade de espécies arbóreas.
• Parâmetros fitossociológicos da estrutura horizontal e vertical.
• Estruturas diamétricas por espécies e por classes de diâmetro.
• Estoque de área basal por espécie e por classes de diâmetro.
• Estoque volumétrico por espécie e por classes de diâmetro.
• Estoque de biomassa por espécie e por classes de diâmetro.
• Lista de espécies relacionadas à fauna regional, contendo época de floração,
frutificação, dispersão de sementes e os grupos faunísticos relacionados.
• Listas de espécies raras, endêmicas, medicinais e ameaçadas de extinção.
• Mudanças nos estágios de sucessão da cobertura vegetal.
• Altura da vegetação.
• Presença de árvores emergentes.
• Ocorrência de espécies pioneiras, secundárias e clímax.
• Mudanças nas áreas dos estágios de sucessão.
• Conectividade entre as áreas preservadas.
• Estoque de carbono e dióxido de carbono por espécie, por estágio de
regeneração e classes de diâmetro.
• Evolução das áreas em recuperação ambiental.

8.5.1.1. Resultados dos Monitoramentos de Áreas Preservadas

a) Estado Geral das Áreas Preservadas

Os resultados apresentados a seguir representam o estado geral das


áreas preservadas pela CENIBRA e, respondem ao questionamento: “como
estão as áreas preservadas?”

43
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As figuras apresentadas a seguir demonstram os resultados obtidos no


estudo “Mapeamento e Classificação das Áreas Preservadas”, que foi
concluído em 2003 e que vem sendo realizado sempre que a empresa adquire
novas propriedades.

Figura 8 - Relação entre áreas preservadas com cobertura florestal autóctone,


sem cobertura florestal e com eucalipto e espécies nativas, para todas as áreas
de reserva legal e de preservação permanente inseridas nas propriedades da
CENIBRA.

Área Total Preservada


1%
13%
Cobertura Florestal
Autó ctone
(55.364,05 ha)
Área S em Cob ertura
18% Florestal (14.467,10 ha)

Eucalipto + Nativas
(10.574,33 ha)

Outros (736,08 ha)

68%

A figura 8 demonstra que grande parte das áreas preservadas pela


CENIBRA (68%) possuem cobertura florestal autóctone, ou seja, estão em bom
estado de conservação. Há 18% destas áreas sem cobertura florestal
autóctone, como áreas abertas e arborizadas e, estas áreas são focos dos
trabalhos de recuperação ambiental realizados pela empresa.
Há também 13% do total de áreas preservadas com eucalipto na
composição florística. Estas áreas com eucalipto mais espécies nativas (EN)
são resultados de ações ambientais já implementadas pela empresa para
melhor se adequar a legislação ambiental vigente. Com a implementação da
atual legislação, houve a necessidade de destinar novas áreas para reserva
legal e preservação permanente. Desta forma, determinadas áreas de plantios
de eucalipto que apresentaram restrições de uso, tais como localizarem em
áreas de preservação permanente, foram incorporadas às áreas preservadas.
Nestas áreas encontram-se árvores de eucaliptos, procedentes de auto-fuste e
de brotações entremeadas com espécies nativas. Estas situações são mais

44
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freqüentes nas áreas que foram adquiridas pela CENIBRA nos anos de 1999 e
2001, procedentes de outras empresas florestais.

Figura 9 - Resultados da classificação de todas as áreas de reserva legal e de


preservação permanente inseridas nas propriedades da CENIBRA, em que:
PL= pasto limpo; PA= pasto arborizado; EN= eucalipto + nativas, EI= estágio
inicial; EM= estágio médio, EA= estágio avançado e OU= outras áreas
preservadas.

Reserva Legal Preservação Permanente


1% 0%
6% 3% 2% 5%
13%
PL 22% 18%
PA
28% EN
15%
EI
8%
EM
EA
OU
34%
45%

Figura 10 - Somatório dos resultados da classificação de todas as áreas de


reserva legal e de preservação permanente inseridas nas propriedades da
CENIBRA; em que: PL= pasto limpo; PA= pasto arborizado; EN= eucalipto +
nativas, EI= estágio inicial; EM= estágio médio; EA= estágio avançado e OU=
outras áreas preservadas.

Reserva Legal e Preservação


Permanente
1%
3%
5%
15%
PL
26%
PA
EN
13%
EI
EM
EA
OU
37%

45
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Quadro 10 - Número de fragmentos de áreas preservadas em propriedades da


CENIBRA, por classe de tamanho (ha) e por estágio de regeneração, em que:
PL = pasto limpo; PA = pasto arborizado; EI = estágio inicial; EM = estágio
médio; EA= estágio avançado; EN = eucalipto + espécies nativas e OU= outras
áreas preservadas.

Número de Fragmentos de Áreas Preservadas


Classe de Tamanho (ha)
PL PA EN EI EM EA OU Total
≤5 358 1903 1887 3883 1549 97 40 9717
>5 a ≥10 56 406 347 1083 667 85 16 2660
>10 a ≥15 25 168 136 374 271 32 8 1014
>15 a ≥20 11 41 44 167 127 16 9 415
>20 a ≥25 3 15 26 72 61 11 1 189
>25 a ≥30 4 13 6 40 39 9 3 114
>30 a ≥35 2 10 16 32 31 8 0 99
>35 a ≥40 1 6 7 16 18 2 3 53
>40 11 29 20 61 54 4 1 180

Figura 11 - Resultado da classificação, por classe de tamanho e por estágio de


regeneração, das áreas de reserva legal e de preservação permanente
inseridas nas propriedades da CENIBRA.

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4500

4000 PL PA EN EI EM EA OU
3500
Nº de Fragmentos

3000

2500

2000

1500

1000

500

0
0a5 5 a 10 10 a 15 15 a 20 20 a 25 25 a 30 30 a 35 35 a 40 >40
Classe de Tamanho (ha)

Os números apresentados no quadro 10 e na figura 6 demonstram que há grande


concentração de fragmentos de áreas preservadas na menor classe de tamanho
(< 5 ha), correspondendo a 67% (9.717 fragmentos). Todavia, observou-se que os
fragmentos de até 5 ha correspondem a apenas 8% da área total preservada. Observou-
se também que os fragmentos maiores que 40 ha correspondem a apenas 1% do total,
embora representem, em termos de área, 70% do total de áreas preservadas.
Além dos estágios de regeneração encontrados nas áreas de reserva legal e de
preservação permanente de propriedade da CENIBRA, foram observados ambientes
distintos, que não se enquadram nos parâmetros de estágios de regeneração
estabelecidos pela Resolução CONAMA Nº 392/2007.
Dentre os ambientes especiais encontrados, destacam-se:
A cobertura florestal presente nas baixadas úmidas nas regiões do Rio Doce,
Pingo D’Água e Ipaba, onde predomina de forma abundante árvores do gênero Cecropia.
Na região de Cocais tem grande destaque as matas com alta freqüência de Atalea
sp. A denominação “Cocais”, dada à esta região, é atribuída à abundância destes
ambientes, que ocorrem em várias situações topográficas.

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Nos topos das elevações das regiões mais altas de atuação da CENIBRA, onde
os solos são secos e pedregosos, ocorrem bosques quase puros de espécies do gênero
Eremanthus. Estes ambientes são encontrados nas regiões de Sabinópolis, Cocais,
Nova Era e Santa Bárbara.
Sobre os afloramentos rochosos, presentes principalmente nas regiões de Cocais,
Sabinópolis, Santa Bárbara e Nova Era, ocorre vegetação rupestre, onde são
encontradas predominando, espécies das famílias botânicas Bromeliaceae, Orchidaceae,
Cyperaceae, Veloziaceae, Gramineae e Melastomataceas arbustivas. Nestes ambientes
são raros indivíduos arbóreos, que ocorrem somente nos locais com acúmulo de solo ou
material orgânico, nas fendas das rochas.

b) Florística e Fitossociologia

Os monitoramentos de flora são realizados em parcelas permanentes e prevêem


medições periódicas de cinco em cinco anos. As primeiras parcelas medidas em 2002
foram monitoradas em 2007. Estas medições periódicas geraram resultados que
demonstram alterações na dinâmica de regeneração e as alterações na riqueza e
diversidade de espécies, alem das alterações ocorridas nos parâmetros quantitativos,
como área basal e volume.
O quadro 11 apresenta os resultados da dinâmica de regeneração das áreas
estudadas em Cocais, Ipaba e Guanhães com relação à riqueza de espécies.

Quadro 11 - Dinâmica da riqueza de espécies nas áreas preservadas estudadas em


2002 e 2007.

Riqueza de Espécies
Áreas Estudadas 2002 2007
Famílias Gêneros Espécies Famílias Gêneros Espécies
Mata 1 43 81 107 42 83 117
Ipaba
Mata 2 38 72 86 38 73 89
Cocais 50 121 196 46 126 209
Guanhães 49 114 166 50 122 174

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Os resultados indicam um aumento de espécies no período estudado, o que


significa que houve melhoria da qualidade ambiental das áreas estudadas.
Com relação ao número de gêneros e famílias, as alterações no número
representam o resultado de revisões taxonômicas que ocorreram no período e não as
alterações na composição de espécies da área estudada.
Quanto a variação na diversidade de espécies (Índice de Shannon-Weaver)
(Quadro 12), houve alteração negativa em três áreas estudadas. Estas diferenças não
foram significativas em nível de 5% de probabilidade pelo teste t (MAGURRAN, 1988).
Os índices de diversidade encontradas são considerados muito alto para as
formações florestais estudadas, tendo como parâmetro de comparação o índice de
Shannon-Weaver igual a 3,98 encontrado no estudo realizado no interior do Parque
Estadual do Rio Doce (Lopes, 1998).
Estes estudos apresentam uma extensa base de informações que pode ser
pesquisada na íntegra nos relatórios arquivados no Departamento de Meio Ambiente e
Qualidade da CENIBRA.

Quadro 12 - Dinâmica da diversidade de espécies nas áreas preservadas estudadas em


2002 e 2007.

Diversidade de Espécies (Shannon-Weaver)


Áreas Estudadas
2002 2007
Mata 1 3,61 3,49
Ipaba
Mata 2 3,75 3,79
Cocais 4,70 4,45
Guanhães 4,17 4,15
Além deste monitoramento que já completou um ciclo de cinco anos e passou por
duas medições, outros estudos estão sendo conduzidos em outras áreas da empresa.
No entanto, estes estudos ainda não completaram cinco anos e ainda não possuem duas
medições, não sendo possível ainda entender a dinâmica ecológica destes locais. Estes
estudos estão sendo realizados em dois locais, sendo um na RPPN Fazenda Macedônia,
com a primeira medição realizada em 2007 com previsão para realização da segunda
medição em 2012, quando serão completados cinco anos.
Este estudo objetivou, além de obter os resultados usuais de um estudo florístico
e fitossociológico, identificar a fenologia das espécies arbóreas que ocorrem na RPPN

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Fazenda Macedônia. Desta forma foram identificadas, para cada espécie encontrada, as
épocas de floração, frutificação e dispersão de sementes. Estes resultados são
fundamentais para subsidiar o projeto de reintrodução de fauna existente na RPPN,
sobretudo no que diz respeito a disponibilidade de alimento para as espécies existentes
e para aquelas reintroduzidas, além de gerar uma base de informações fundamentais
para subsidiar projetos de produção de coleta de sementes para produção de mudas.
Nesta área foram identificadas 149 espécies, pertencentes a 87 gêneros e a 45
famílias botânicas.
O Índice de Diversidade de Shannon-Weaver encontrado foi de 3,45, valor este
considerado alto para as formações florestais da região e semelhantes aos demais
índices encontrados nos demais estudos realizados em áreas da CENIBRA.
A outra área estudada está localizada no projeto Brumadinho, no município de
Catas Altas, em uma Área de Alto Valor de Conservação conhecida como Vale das
Borboletas e cujo estudo foi realizado em 2008.
Nesta área foram encontradas 58 espécies arbóreas, pertencentes a 67 gêneros e
a 39 famílias botânicas. Das árvores encontradas na amostragem, foram identificadas ao
nível de espécie, apenas 49,5% do total encontrado. As demais estão sendo avaliadas
por botânicos especialistas no herbário da Universidade Federal de Viçosa e em outras
universidades.
O Índice de Diversidade de Shannon-Weaver encontrado foi de 3,84, valor este
considerado alto para as formações florestais da região e semelhantes aos demais
índices encontrados nos demais estudos realizados em áreas da CENIBRA.

c) Formação de Corredores Ecológicos

Em 2004 a CENIBRA elaborou o projeto de Formação de Corredores Ecológicos


visando orientar as ações voltadas para o aumento da conectividade entre as áreas
preservadas.
Este projeto foi elaborado com base no mapeamento das áreas preservadas por
estágio de regeneração, mapas estes que permitiram identificar os locais prioritários para
implantar ações de recuperação ambiental visando aumentar a conectividade entre as
áreas preservadas.

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O quadro 13 apresenta as estimativas de áreas do projeto de formação de


corredores ecológicos, onde pode ser notado que a maior parte das áreas já se encontra
com conectividade implantada. No entanto, as propostas de conectividade a implantar
apresentadas pelo projeto de formação de corredores são consideradas medidas
potencializadoras do aumento da qualidade ambiental das áreas preservadas pela
CENIBRA.

Quadro 13 - Áreas (ha) do projeto de corredores ecológicos da CENIBRA.


Descrição das Áreas Regiões de Atuação da CENIBRA
do Corredor TOTAL
Ecológico Cocais Ipaba R. Doce Sabin. Piracic. S. Bárb. Virgin.

Reservas com 11.052,00 7.231,45 6.750,75 11.861,20 7.608,05 9.210,25 5.539,15 59.252,85
Conectividade implantada

mata nativa
Reservas com 1.088,70 3.626,55 2.507,15 631,80 1.976,30 4.815,15 1.051,35 15.697,00
eucalipto
Reservas em 3.427,95 1.435,20 1.924,20 2.286,70 589,65 330,65 653,05 10.647,40
regeneração
Áreas úmidas 0,00 2.266,70 1.414,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3.680,70

Afloramentos 434,60 0,00 0,00 190,20 184,95 51,60 0,00 861,35


rochosos

TOTAL 16.003,25 14.559,90 12.596,10 14.969,90 10.358,95 14.407,65 7.243,55 90.139,30

Corredor a 58,85 108,15 35,25 41,25 30,55 31,15 41,60 346,80


Conectividade a

acrescentar
implantar

Corredor sob
linha de 19,15 7,00 23,40 3,55 7,85 9,95 8,20 79,10
transmissão
Adequação de 250,15 74,20 163,60 153,30 131,35 278,80 132,80 1.184,20
APP

TOTAL 328,15 189,35 222,25 198,10 169,75 319,90 182,60 1.610,10

Reservas disponíveis 86,90 79,00 266,75 30,55 38,95 48,85 27,70 578,70
para realocação

d) Monitoramento de Áreas em Recuperação Ambiental

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Além dos monitoramentos já citados, outras áreas também vêm sendo estudadas
e, dentre as áreas priorizadas, estão as áreas em recuperação ambiental. Os estudos
nestas áreas visam acompanhar a evolução dos resultados das ações de recuperação
ambiental.
Estes estudos priorizaram duas áreas, sendo uma situada nas margens da Lagoa
Teobaldo, na região de Cocais e uma situada nas margens da Lagoa Piau, na região de
Ipaba.
Nas margens da Lagoa Teobaldo foram estudados vários tratamentos, sendo
áreas desde áreas que ainda possuem eucalipto, áreas onde foi feita a remoção do
eucalipto e áreas onde foi feita a remoção do eucalipto e procedido o plantio de
enriquecimento. Os resultados apresentados no quadro 14 demonstram uma expressiva
melhoria da qualidade ambiental da flora nas áreas que receberam tratamentos em
relação a área que ainda mantinha eucalipto na composição florística.

Quadro 14 - Resultados do monitoramento de áreas preservadas onde foi realizada a


remoção do eucalipto e aplicadas ações de recuperação ambiental.

Índice de
Nº de Árvores Nº de Nº de Diversidade
Ambientes Estudados
nativas / ha Espécies Famílias (Shannon &
Weaver)

Reserva com eucalipto 733 28 18 1,54

Remoção do eucalipto (3 anos após a colheita) 1.646 46 19 2,89

Remoção do eucalipto com plantio de


3.386 84 25 3,72
enriquecimento (3 anos após a colheita)

Nas margens da Lagoa Piau está sendo conduzido um estudo para avaliar a
evolução das áreas após a remoção do eucalipto. A primeira avaliação deste estudo foi
realizada antes da colheita do eucalipto e a segunda foi realizada logo após esta
colheita. Esta avaliação após a colheita do eucalipto possibilitou quantificar os danos à
regeneração natural advindos da remoção do eucalipto. Outras avaliações serão
realizadas no ano de 2010, quando serão completados cinco anos após as primeiras
avaliações.

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e) Estimativa do Estoque de Biomassa, Carbono e Dióxido de Carbono

Este estudo foi realizado nas matas monitoradas na região de Ipaba e quantificou
os estoques e o crescimento em volume, biomassa, carbono e dióxido de carbono
durante um período de cinco anos, entre os anos de 2002 e 2007.
Foram estudadas duas áreas, denominadas Mata 1 e Mata 2, respectivamente
com os resultados apresentados nos quadro 15 e 16.

Quadro 15 - Quantificação dos estoques de volume, biomassa, carbono e dióxido de


carbono nos anos de 2002 e de 2007 e os respectivos crescimentos no
período, para a Mata 1.

Estoque de Volume Crescimento de Volume


Parâmetro 2002 2007 Entre 2007-2002 Por Ano
3 3 3 3
m /ha m /ha m /ha m /ha
Total 102,28 115,68 13,40 2,68
Estoque de Biomassa Crescimento de Biomassa
Parâmetro 2002 2007 Entre 2007-2002 Por Ano
Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/ha
Total 69,18 73,39 4,22 0,84
Estoque de Carbono Crescimento de Carbono
Parâmetro 2002 2007 Entre 2007-2002 Por Ano
Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/ha
Total 34,59 36,70 2,11 0,42
Seqüestro de Dióxido de Carbono Seqüestro de Dióxido de Carbono
Parâmetro 2002 2007 Entre 2007-2002 Por Ano
Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/ha
Total 126,94 134,68 7,74 1,55

Quadro 16 - Quantificação dos estoques de volume, biomassa, carbono e dióxido de


carbono nos anos de 2002 e de 2007 e os respectivos crescimentos no
período, para a Mata 2.

Estoque de Volume Crescimento de Volume


Parâmetro 2002 2007 Entre 2007-2002 Por Ano
3 3 3 3
m /ha m /ha m /ha m /ha
Total 222,63 245,66 23,03 4,61
Estoque de Biomassa Crescimento de Biomassa
Parâmetro 2002 2007 Entre 2007-2002 Por Ano
Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/há
Total 138,90 152,35 13,44 2,69
Estoque de Carbono Crescimento de Carbono
Parâmetro 2002 2007 Entre 2007-2002 Por Ano
Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/há

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Total 69,45 76,17 6,72 1,34


Seqüestro de Dióxido de Carbono Seqüestro de Dióxido de Carbono
Parâmetro 2002 2007 Entre 2007-2002 Por Ano
Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/ha Tonelada/há
Total 254,88 279,55 24,67 4,93

8.5.2 Monitoramento de Fauna

 Monitoramento de Aves e Mamíferos de Médio e Grande Porte

Este monitoramento é realizado desde 2003 e suas atividades abrangem todas as


regiões de atuação da CENIBRA.
Dada a abrangência das áreas da empresa (mais de 255 mil hectares) os
trabalhos estão sendo desenvolvidos com o objetivo de identificar e caracterizar a fauna
presente nessas áreas. Como há muitas áreas a serem estudadas, estes estudos
encontram-se em fase de reconhecimento geral. Após esta fase, serão escolhidas áreas
representativas para serem monitoradas com indicadores a longo prazo.
O Quadro 17 apresenta as regiões abrangidas até o momento pelos
monitoramentos de fauna e os respectivos projetos florestais com pontos de
amostragem.

Quadro 17 - Regiões abrangidas pelos monitoramentos de fauna e os respectivos


projetos florestais com pontos de amostragem.

REGIÃO PROJETOS

Belo Oriente Marola, Garapa, Fábrica, Cajá, Marcocem, Ipabinha, Caxambu, Trevo, Baixada
do Cajá, Córrego do Brejo, Água Suja, Tamanduá.

Ipaba Córrego Novo, Lagoa Nova, Lagoa Perdida, Lagoa Piau, Lagoa Silvana, Beira
Rio, Macedônia, Rio Branco, São Lourenço, Ribeirão do Boi, Cordeiros, Boachá.

Cocais Ipanema, São José, Córrego dos Machados, Córrego dos Vieira, Barbosão,
Ribeirão Grande, Caladão, Achado, Cocais dos Arrudas, Cocais das Estrelas,
Alto da Pedra, Taquaral, Jatobá, Baratinha.
Piracicaba Pedra Furada, Piçarrão, Turvo, Serra, Tijuco Preto.

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Santa Bárbara Jararaca, Valéria, Paraíso, Catas Altas I, Catas Altas II, Catas Altas III, Gabiroba,
Brumadinho, Serra do Pinho, Carlos Hosken, Irmãos Fonseca, Cascapau,
Agregado, Curral de Pedra, Chapadão, Maravilha.
Virginópolis Godinho, Córrego das Almas, Aricanga

Sabinópolis Cachoeira das Pombas, Aricanga, Quartel, Recreio, Correntinho, Primavera,


Corrente Canoa I, Corrente Canoa II, Babilônia I, Babilônia II, Aeroporto I, Anta,
Panorama, Tucano, Sabinópolis II, Amância.

Para o monitoramento de aves, a metodologia utilizada é o levantamento por


pontos de escuta e observações, o registros de vocalizações e vestígios, e transectos
lineares, de forma a percorrer as fisionomias vegetacionais predominantes. Esses
métodos permitem amostrar uma grande área do habitat a ser pesquisado.

O monitoramento da fauna de mamíferos de grande porte é realizado pelo método


de censos em transectos lineares. Cada transecto foi percorrido uma vez em cada
campanha, abrangendo os períodos diurno e noturno. Foram realizadas duas
campanhas na estação seca e duas na estação chuvosa. A coleta de dados
fundamentou-se em observação direta de espécimes e busca de vestígios, tais como:
pegadas, carcaças, fezes, pêlos, tocas. Objetivando complementar o diagnóstico
realizado em campo, foram efetuadas entrevistas com moradores locais e
funcionários da empresa. As espécies identificadas foram anotadas em caderneta de
campo, com a coordenada geográfica de referência do registro.
Considerando o monitoramento em todas as Regionais da CENIBRA, até o momento
foram observadas e identificadas 285 espécies de aves em áreas da Empresa,
equivalendo a 36,5% do total de espécies de aves já registradas para Minas Gerais e a
45,8% de espécies para a Mata Atlântica. A figura 11 apresenta a evolução dos registros
de espécies de aves nas áreas de influência da CENIBRA no período de 2003 a 2009.

Figura 11: Quantidade de espécies de aves registradas nas áreas da CENIBRA

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Número de espécies de aves registradas

285
300 255
240 250
250
Quant. Espécies

200 154
150

100

50

0
2003 2004 2005/2006 2007/2008 2009
Período

O quadro 18 a seguir apresenta a lista das espécies registradas nas áreas da


Empresa desde o início dos monitoramentos, em 2003.

Quadro 18: Lista geral das espécies de aves registradas nas Regionais da CENIBRA
desde o início do monitoramento, com indicação das espécies endêmicas e ameaçadas
de extinção. Legenda: En= endêmico; CR= criticamente ameaçada de extinção em Minas
Gerais; EN= em perigo de extinção em Minas Gerais; VU= vulnerável à extinção em
Minas Gerais; en= em perigo de extinção no Brasil; vu= vulnerável à extinção no Brasil.

Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Tinamiformes
Tinamidae Tinamus solitarius Macuco EN
Crypturellus soui Tururim
Crypturellus obsoletus Inhambu-guaçu
Crypturellus noctivagus Jaó En, EN, vu
Crypturellus tataupa Inhambu-xintã
Podicipediformes
Podicipedidae Podiceps dominicus Mergulhão-pequeno
Pelecaniformes
Phalacrocoracidae Phalacrocorax brasilianus Biguá
Anhingidae Anhinga anhinga Biguatinga
Ciconiiformes
Ardeidae Ardea cocoi Gará-moura
Casmerodius albus Garça-branca-grande
Egretta thula Graça-branca-pequena
Bubulcus ibis Garça-vaqueira
Butorides striatus Socozinho
Tigrisoma lineatum Socó-boi

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Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Pilherodius pileatus Garça-real
Nycticorax nycticorax garça-da-noite
Threskiornithidae Mesembrinibis cayeninsis Corocoró
Phimosus infuscatus Tapicuru
Cathartidae Sarcoramphus papa Urubu-rei
Coragyps atratus Urubu-comum
Cathartes aura Urubu-de-cabeça-vermelha
Cathartes burrovianus Urubu-de-cabeça-amarela
Anseriformes
Anatidae Dendrocygna viduata Irerê
Amazonetta brasiliensis Marreca-pé-vermelho
Cairina moschata Pato-do-mato
Anhimidae Anhima cornuta Anhuma
Falconiformes
Accipitridae Ictinia plumbea Sovi
Rostramus sociabilis Gavião-caramujeiro
Buteo albicaudatus Gavião-de-cauda-branca
Rupornis magnirostris Gavião-carijó
Leucopternis polionota Gavião-pombo-grande CR
Buteogallus meridionalis Gavião-caboclo
Harpyhaliaetus coronatus Águia-cinzenta EN, vu
Falconidae Herpetotheres cachinnans Acauã
Milvago chimachima Carrapateiro
Polyborus plancus Caracará
Falco rufigularis Caurá
Falco sparverius Quiri-quiri
Galliformes
Cracidae Penelope superciliaris Jacupemba
Penelope obscura Jacuguaçu
Pipile jacutinga Jacutinga CR, en
Crax blumenbachii Mutum-do- sudeste En, CR, en
Phasianidae Odontophorus capueira Uru ou capoeira
Gruiformes
Aramidae Aramus guarauna Carão
Rallidae Rallus nigricans Saracura-preta
Aramides saracura Saracura
Porzana albicollis Sanã-carijó
Gallinula chloropus Frango-d'água
Cariamidae Cariama cristata Seriema
Charadriiformes
Jacanidae Jacana jacana Jaçanã
Charadriidae Vanellus chilensis Quero-quero
Scolopacidae Tringa sp Maçarico
Columbiformes

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Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Columbidae Columba picazuro Pomba-asa-branca
Columba cayennensis Pomba-galega
Columba plumbea Pomba-amargosa
Columbina talpacoti Rolinha-caldo-de-feijão
Claravis pretiosa Pomba
Scardafella squammata Fogo-apagou
Leptotila verreauxi Juriti-pupu
Leptotila rufaxilla Juriti
Psittaciformes
Psittacidae Propyrrhura maracana Maracanã
Aratinga leucophthalmus Maritaca
Forpus xanthopterygius Tuim
Brotogeris chiriri Periquito-de-asa-amarela
Pionus maximiliani Maitaca-verde
Amazona aestiva Papagaio
Amazona farinosa Papagaio-moleiro
Amazona vinacea Papagaio-de-peito-roxo VU, vu
Cuculiformes
Cuculidae Piaya cayana Alma-de-gato
Crotophaga ani Anu-preto
Crotophaga major Anu-coroca
Guira guira Anu-branco
Tapera naevia Saci, sem-fim
Strigiformes
Tytonidae Tyto alba Suindara
Strigidae Otus choliba Corujinha
Pulsatrix koeniswaldiana Murucututu
Glaucidium brasilianum Caburé
Speotyto cunicularia Coruja-buraqueira
Caprimulgiformes
Nyctibiidae Nyctibius griseus Mãe-da-lua
Caprimulgidae Nyctidromus albicollis Curiango
Caprimulgus parvulus Bacurau
Hydropsalis brasiliana Curiango-tesoura
Apodiformes
Apodidae Streptoprocne zonaris Andorinhão-de-coleira
Streptoprocne biscutata Andorinhão-de-coleira-falha
Chaetura andrei Andorinhão-do-temporal
Trochilidae Phaethornis eurynome Rabo-branco-garganta-rajada
Phaethornis squalidus Rabo-branco-pequeno
Phaethornis pretrei Rabo-branco-sobre-amarelo
Phaethornis idaliae Rabo-branco-mirim En
Eupetomena macroura Beija-flor-rabo-tesoura
Melanotrochilus fuscus Beija-flor-preto-e-branco En

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Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Colibri serrirostris Beija-flor-de-canto
Chlorostilbon aureoventris Besourinho
Thalurania glaucopis Beija-flor-fronte-violeta
Hylocharis cyanus Beija-flor-roxo
Amazilia versicolor Beija-flor-banda-branca
Amazilia fimbriata Beija-flor-de-garganta-verde
Amazilia lactea Beija-flor-de-peito-azul
Aphantochroa cirrhochloris Beija-flor-cinza En
Clytolaema rubricauda Beija-flor-rubi En
Trogoniformes
Trogonidae Trogon surrucura Surucuá
Coraciiformes
Alcedinidae Ceryle torquata Martim-pescador-grande
Chloroceryle amazona Martim-pescador-verde
Chloroceryle americana Martim-pescador-pequeno
Piciformes
Galbulidae Jacamaralcyon tridactyla Cuitelão En
Galbula ruficauda Ariramba-da-mata
Bucconidae Malacoptila striata João-barbudo En
Nonnula rubecula Freirinha-parda
Ramphastidae Pteroglossus aracari Araçari-de-bico-branco
Baillonius bailonni araçari-banana VU
Ramphastus dicolorus Tucano-de-bico-verde
Ramphastus toco Tucanaçu
Picidae Picumnus cirratus Pica-pau-anão
Colaptes campestris Pica-pau-do-campo
Colaptes melanochloros Pica-pau-verde-barrado
Celeus flavescens Pica-pau-cabeça-amarela
Dryocopus lineatus Pica-pau-banda-branca
Melanerpes candidus Pica-pau-branco
Veniliornis passerinus Pica-pau-pequeno
Veniliornis maculifrons Pica-pau-testa-pintada En
Campephilus robustus Pica-pau-rei
Passeriformes
Formicariidae Batara cinerea Matracão
Mackenziaena leachii Borralhara-assobiadora
Taraba major Choró-boi
Thamnophilus palliatus Choca-listrada
Thamnophilus punctatus Choca-bate-rabo
Thamnophilus caerulescens Choca-da-mata
Dysithamnus mentalis Choquinha-lisa
Myrmotherula axillaris Choquinha-de-flancos-brancos
Herpsilochmus pileatus Chororozinho-de-boné
Formicivora grisea Formigueiro-pardo

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Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Formicivora serrana Formigueiro-da-serra En
Drymophila ferruginea Trovoada En
Drymophila ochropyga Choquinha-de-dorso-vermelho En
Pyriglena leucoptera Papa-taoca
Chamaeza meruloides Tovaca
Conopophaga lineata Chupa-dente
Furnariidae Furnarius rufus João-de-barro
Furnarius leucopus Amassa-barro
Synallaxis spixi João-tenenem
Synallaxis ruficapilla Pichororé
Synallaxis frontalis Tifli
Synallaxis cinerascens João-tenenem-da-mata
Cranioleuca pallida Arredio-pálido En
Certhiaxis cinnamomea Corruíra-do-brejo
Phacellodomus rufifrons João-graveto
Anabazenops fuscus Trepador-coleira
Syndactyla rufosuperciliata Trepador-quiete
Philydor lichtensteini Limpa-folha-coroa-cinza
Philydor rufus Limpa-folha-de-testa-baia
Automolus leucophthalmus Barranqueiro-de-olho-branco
Xenops rutilans Bico-virado-carijó
Lochmias nematura Capitão-da-porcaria
Dendrocolaptidae Sittasomus griseicapilus Arapaçu-verde
Lepidocolaptes squamatus Arapaçu-escamoso
Lepidocolaptes fuscus Arapaçu-rajado
Tyrannidae Phyllomyias fasciatus Piolhinho
Camptostoma obsoletum Risadinha
Elaenia flavogaster Guaracava
Elaenia mesoleuca Tuque
Elaenia cristata Guaracava-de-topete
Elaenia chiriquensis Chibum
Elaenia obscura Tucão
Serpophaga subcristata Alegrinho-do-leste
Mionectes rufiventris Abre-asa-de-cabeça-cinza En
Phylloscartes Borboletinha
Leptopogon amaurocephaus Cabeçudo
Corythopis delalandi Estalador-do-sul
Myiornis auricularis Miudinho
Capsiempis flaveola Marianinha-amarela
Myiornis auricularis Miudinho
Hemitriccus diops Maria-de-olho-falso
Todirostrum poliocephalum Teque-teque En
Todirostrum plumbeiceps Tororó
Ramphotrigon megacephala Maria-cabeçuda

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Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Tolmomyias sulphurescens Bico-chato
Platyrinchus mystaceus Patinho
Myiobius barbatus Assanhadinho-peito-dourado
Myiobius atricaudus Assanhadinho-de-cauda-preta
Myiophobus fasciatus Felipe
Contopus cinereus Papa-moscas-cinzento
Lathrotriccus euleri Enferrujado
Xolmis cinerea Maria-branca
Xolmis velata Pombinha-das-almas
Knipolegus lophotes Maria-preta-de-topete
Knipolegus nigerrimus Maria-preta-garganta-vermelha En
Fluvicola nengeta Lavadeira
Arundinicola leucocephala Viuvinha
Colonia colonus Maria-viuvinha
Gubernetes yetapa Tesoura-do-brejo
Satrapa icterophrys Suiriri-pequeno
Hirundinea ferruginea Birro
Machetornis rixosus Suiriri-cavaleiro
Myiarchus ferox Maria-cavaleira
Myiarchus tyrannulus Maria-cavaleira-asa-ferrugem
Myiarchus swainsoni Irrê
Pitangus sulphuratus Bem-te-vi
Megarhynchus pitangua Bem-te-vi-de-bico-chato
Myiozetetes cayanensis Bem-te-vizinho-asa-ferrugem
Myiozetetes similis Bem-te-vizinho
Myiodynastes maculatus Bem-te-vi-rajado
Legatus leucophaius Bem-te-vi-pirata
Empidonomus varius Peitica
Tyrannus savana Tesourinha
Tyrannus albogularis Suiriri-de-garganta-branca
Tyrannus melancholicus Suiriri
Pachyramphus viridis Caneleiro-verde
Pachyramphus castaneus Caneleiro-castanho
Pachyramphus polychopterus Caneleiro-preto
Pachyramphus validus Caneleiro-de-chapéu-negro
Pipridae Chiroxiphia caudata Tangará-dançador
Ilicura militaris Tangarazinho En
Manacus manacus Rendeira
Schiffornis virescens Flautim-verde
Cotingidae Lipaugus lanioides Tropeiro-da-serra En
Pyroderus scutatus Pavó
Hirundinidae Tachycineta albiventer Andorinha-do-rio
Tachycineta leucorrhoa Andorinha-de-sobre-branco
Phaeoprogne tapera Andorinha-do-campo

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Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Progne chalybea Andorinha-grande
Notiochelidon cyanoleuca Andorinha-de-casa
Stelgidopteryx ruficollis Andorinha-serradora
Troglodytidae Donacobius atricapillus Japacamim
Thryothorus genibarbis Garrinchão
Troglodytes aedon Cambaxirra
Muscicapidae Polioptila plúmbea Balança-rabo-de-chapéu-preto
Platycichla flavipes Sabiá-uma
Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira
Turdus leucomelas Sabiá-barranqueiro
Turdus amaurochalinus Sabiá-poca
Turdus albicollis Sabiá-coleira
Mimidae Mimus saturninus Arrebita-rabo
Vireonidae Cyclarhis gujanensis Pitiguari
Vireo chivi Juruviara
Hylophilus amaurocephalus Vite-vite-de-olho-cinza
Emberizidae Geothlypis aequinoctialis Pia-cobra
Basileuterus flaveolus Pula-pula-amarelo
Basileuterus culicivorus Pula-pula
Coereba flaveola Cambacica
Schistochlamys ruficapilla Bico-de-veludo En
Cissops leveriana Tietinga
Hemithraupis ruficapilla Saíra-ferrugem En
Nemosia pileata Saíra-boné-preto
Tachyphonus coronatus Tiê-preto
Trichothraupis melanopis Tiê-de-topete
Piranga flava Sanhaço-de-fogo
Ramphocelus carbo Pipira-vermelha
Ramphocelus bresilius Tiê-sangue En
Thraupis sayaca Sanhaço-cinza
Thraupis ornata Sanhaço-encontro-amarelo En
Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiro
Pipraeida melanonota Saíra-viúva
Euphonia chlorotica Vivi, gaturamo
Euphonia violacea Gaturamo
Tangara cyanoventris Saíra-douradinha En
Tangara cayana Sanhaço-cara-suja
Dacnis cayana Saí-azul
Conirostrum speciosum Figuinha-de-rabo-castanho
Tersina viridis Saí-andorinha
Zonotrichia capensis Tico-tico
Ammodramus humeralis Tico-tico-do-campo
Haplospiza unicolor Cigarra-bambu
Sicalis citrina Canário-rasteiro

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Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Sicalis flaveola Canário-chapinha
Emberizoides herbicola Canário-do-campo
Embernagra longicauda Canário-rabudo En
Volatinia jacarina Tiziu
Sporophila nigricollis Coleiro
Sporophila caerulescens Coleirinha
Sporophila leucoptera Patativa
Amaurospiza moesta Papa-capim-azulado VU
Arremon sp Tico-tico-da-mata
Coryphospingus pileatus Tico-tico-rei
Saltator maximus Tempera-viola
Saltator similis Trinca-ferro
Passerina brisonii Azulão
Cacicus haemorrhous Guaxe
Icterus icterus Corrupião
Agelaius ruficapillus Doremí
Sturnella superciliaris Polícia-inglesa-do-sul
Gnorimopsar chopi Pássaro-preto
Molothrus bonariensis Chopim
Fringilidae Carduellis magellanica Pintassilgo
Passeridae Passer domesticus Pardal

Quanto à fauna de mamíferos de médio e grande porte, até o momento foi


registrado um total de 39 espécies em regiões da Cenibra, sendo que destas, 12
espécies encontram-se relacionadas em listas oficiais de espécies ameaçadas de
extinção em Minas Gerais e, ou no Brasil.
A figura 12 apresenta a evolução dos registros de espécies de mamíferos de médio e
grande porte nas áreas de influência da CENIBRA no período de 2003 a 2009.

Figura 12: Quantidade de espécies de mamíferos registradas nas áreas da CENIBRA

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Número de espécies de mamíferos registrados

40 39
39
38
Quant. Espécies

37 36 36 36
36
35 34
34
33
32
31
2003 2004 2005/2006 2007/2008 2009
Período

O quadro 19 a seguir apresenta a lista das espécies registradas nas áreas da


Empresa desde o início dos monitoramentos, em 2003.

Quadro 19: Lista geral das espécies de mamíferos de médio e grande porte registradas
nas Regionais da CENIBRA desde o início do monitoramento, com indicação das
espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. Legenda: En= endêmico; CR=
criticamente ameaçada de extinção em Minas Gerais; EN= em perigo de extinção em
Minas Gerais; VU= vulnerável à extinção em Minas Gerais; cr= criticamente ameaçada
no Brasil; en= em perigo de extinção no Brasil; vu= vulnerável à extinção no Brasil.

Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Didelphimorphia
Didelphidae Didelphis albiventris Gambá
Pilosa
Myrmecophagidae Myrmecophaga tridactyla Tamanduá-bandeira VU, vu
Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim
Bradypodidae Bradypus variegatus Preguiça-de-três-dedos
Cingulata
Dasypodidae Cabassous unicinctus Tatu-do-rabo-mole
Dasypus novemcinctus Tatu-galinha
Dasypus septemcinctus Tatuí
Euphractus sexcinctus Tatu-peludo
Primates
Callithrichidae Callithrix flaviceps Sagui-da-serra EN, en
Callithrix geoffroyi Sauim En
Callithrix penicillata Mico-estrela En

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Ordem
Espécie Nome comum Status
Família
Cebidae Alouatta guariba Bugio CR, cr
Callicebus nigrifrons Sauá
Cebus nigritus Macaco-prego
Carnívora
Canidae Cerdocyon thous Raposa
Chrysocyon brachyurus Lobo-guará VU, vu
Procyonidae Nasua nasua Quati
Procyon cancrivorus Mão-pelada
Mephetidae Conepatus semistriatus Jaratataca
Mustelidae Eira barbara Irara
Galictis cuja Furão
Lontra longicaudis Lontra VU
Felidae Leopardus pardalis Jaguatirica VU, vu
Leopardus tigrinus Gato-do-mato-pequeno VU,vu
Leopardus wiedii Gato-maracajá EN, vu
Panthera onca Onça-pintada CR, vu
Puma yagouaroundi Gato-mourisco
Puma concolor Onça-parda VU, vu
Perissodactyla
Tapiridae Tapirus terrestris Anta EN
Artiodactyla
Tayassuidae Pecari tajacu Cateto VU
Cervidae Mazama americana Veado-mateiro
Mazama gouazoubira Veado-catingueiro
Rodentia
Sciuridae Guerlinguetus aestuans Caxinguelê
Erethizonthidae Coendou prehensilis Ouriço-cacheiro
Caviidae Cavia aperea Preá
Hydrochoerus hydrochaeris Capivara
Cuniculidae Cuniculus paca Paca
Dasyproctidae Dasyprocta leporina Cutia
Lagomorpha
Leporidae Sylvilagus brasiliensis Tapeti

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8.5.3 Monitoramento de Recursos Hídricos – Resultados

 Monitoramento de Rios e Lagos

Avaliar e monitorar a qualidade e quantidade das águas é vital para a


sustentabilidade socioeconômica e ambiental das empresas de base florestal e das
populações humanas que delas dependem. A preocupação pela perda de fertilidade dos
solos é uma questão que cresce junto à sociedade e que também está diretamente
ligada ao problema da água. Usos de solos que garantam a conservação dos ambientes
de água doce estão tendo um papel importante na melhoria geral das condições da
mesma.
Tendo isso em mente, o Unileste/MG e a CENIBRA firmaram, em junho de 2001,
uma parceria para estudar a qualidade e quantidade das águas do médio rio Doce, na
forma de uma comparação das condições ecológicas de córregos e lagos em terras de
pastagens, plantações de eucalipto e mata nativa. Essa pesquisa de longo prazo, inédita
no Brasil em termos da duração e número de ambientes estudados, tem o objetivo de
caracterizar quantitativa e qualitativamente os corpos hídricos sobre influência dos
diferentes usos do solo e compará-los. Ao final dos cinco primeiros anos, mais de 33.000
dados físicos, químicos, biológicos e ecológicos foram obtidos pelos estudantes de
graduação dos cursos de Engenharia Sanitária e Ambiental e Ciências Biológicas, com a
orientação de professores da instituição. Essa parceria possibilitou, ainda, a instalação
do Laboratório de Pesquisas Ambientais (LPA) do Unileste/MG, em Coronel Fabriciano.

Para a aferição, foram escolhidos dez córregos e cinco lagos da região, drenando as
águas de:
Áreas com matas nativas: Córrego Vai-e-Vem, APA de Jaguaraçu, Cascatinha, Lagoa
Pedra e Lagoa Carioca.
Áreas com plantações de Eucaliptos: Projeto Macedinha, Projeto Rubro-negra, Projeto
Córrego Grande, Projeto Batinga, Projeto Rio Branco, Projeto Lagoa Cristal e Projeto
Lagoa Hortência.
Áreas com pastagens: Córrego São Mateus, Córrego P1 e Lagoa Redonda.

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Os resultados a seguir representam os níveis médios dos elementos encontrados


nas águas destes córregos e lagos, durante os cinco anos de pesquisa.

 Nitrogênio
O nitrogênio em altas concentrações na água provoca toxidez nos organismos
aquáticos e no homem. Todos os níveis se mostraram menores nas águas que
drenam áreas de eucalipto, e bem abaixo dos níveis tóxicos. As áreas agrícolas
apresentaram maiores concentrações de nitrogênio.

 Fósforo
A quantidade de fósforo é inversamente proporcional à qualidade da água.
Essencial para o desenvolvimento de bactérias, algas e plantas aquáticas com
flores, este elemento, assim como o nitrogênio, se presente em altas
concentrações, provoca o crescimento exagerado desses organismos, como
acontece na lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. O processo se chama
eutrofização acelerada e termina por destruir o corpo d'água, além de produzir
toxinas poderosas, letais à vida aquática e às pessoas.

 Bases
Altos índices de concentração destes elementos foram encontrados nos córregos
próximos às áreas de pastagens, o que pode causar a salinização das águas.

 Metais
A região, em geral, tem o solo rico em metais. Em geral, as áreas de pastagens
têm águas com níveis de ferro mais elevado, sugerindo taxas significativas de
erosão dos solos.

 Temperatura e Oxigênio dissolvido


Quanto mais baixa a temperatura da água, de melhor qualidade ela é; índices
elevados de O2 favorecem as condições de vida aquática. Os córregos e lagoas
florestais apresentaram concentrações de Oxigênio Dissolvido mais elevadas que
os córregos e lagoas em áreas de pastagens, devido ao sombreamento da mata

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ciliar, que permite que a água dissolva mais oxigênio por estar mais fria. Os
resultados para águas em áreas de Eucalipto foram muito próximos das águas em
áreas de reserva natural.

 pH
O pH das águas naturais varia de 6 (ácido) a 9 (básico) dependendo da região e
da cobertura do solo. O pH alto mostra baixa fertilidade natural do solo e
comprometimento da sobrevivência de animais aquáticos. O pH das águas em
áreas de Eucalyptus variou entre 5,8 e 6,8 estando bem dentro do esperado para
águas de florestas. As matas nativas também mostraram variação semelhante. O
pH das águas em áreas de pastagem foi mais básico, provavelmente pela entrada
de calcáreo e solo trazidos pelas enxurradas. Águas mais básicas apresentam
problemas para abastecimento público e vida silvestre.

 Condutividade Elétrica
A condutividade elétrica é mais alta em águas com maior quantidade de sais, ou
seja, menos puras. A água de nossas casas tem valores em torno de 100 ƒÊS/cm.
Águas de rios poluídos chegam a 1000 ƒÊS/cm. Em geral, o gráfico mostra níveis
bem baixos para o Eucalyptus (< 60 ƒÊS/cm), muito semelhantes as águas em
áreas protegidas (40 a 50 ƒÊS/cm). As pastagens, novamente, foram as que
mostraram maior condutividade (> 100 ƒÊS/cm).

 Sólidos Totais em Suspensão - STS


O eucalipto obteve o melhor resultado, sendo que os sólidos em suas águas são
compostos de fragmentos de galhos, folhas, frutos e cascas, com pouca areia e
argila. Esse mesmo padrão foi encontrado em áreas naturais. Águas de
pastagens, por sua vez, tem maior quantidade de areia e argila, que causam o
assoreamento de rios e lagos.

 Vazão
A produção de água (m3 / seg) foi maior nas áreas de plantios florestais, ficando
os rios de áreas naturais e reserva em segundo lugar, mas por uma diferença

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muito pequena. Os córregos de pastagens, além da menor produção de água,


apresentaram grande irregularidade na vazão, com picos de cheia seguidos de
longos períodos de vazão muito baixa. A vazão ecológica, necessária para manter
a biodiversidade dos córregos e rios esta garantida nos plantios florestais.

 Classificação
Os resultados permitem que os córregos e lagos estudados sejam classificados
segundo a Resolução 357/05 do Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA. Os córregos em áreas de reserva (Caraça, APA de Jaguaraçú e Vai-e-
Vem) foram classificados como Classe Especial, ou seja, apta ao consumo
humano após uma básica desinfecção. Os cinco córregos drenando plantios de
Eucalipto ficaram na Classe 1, a segunda melhor classe, apta ao consumo
humano após tratamento simplificado. Os dois córregos em bacias de áreas com
pastagens, em razão das concentrações de fósforo e valores de oxigênio na água,
caíram na Classe 3, isto é, suas águas necessitam de tratamento avançado para o
consumo humano, não podendo ser usada para irrigação de vegetais consumidos
crus, como tomate, morango ou alface.
Os lagos Hortência (Eucalyptus), Pedra (Regeneração de Mata Atlântica), Carioca
(Parque Estadual do Rio Doce PERD), Cristal (Eucalyptus) foram considerados de
Classe 1, ou seja, não houve diferença entre os lagos em áreas de vegetação
nativa e eucalipto. A lagoa Redonda, drenando pastagens, devido às elevadas
concentrações de fósforo e baixos valores de oxigênio, foi classificada como
Classe 4 (águas restritas à navegação e harmonia paisagística, proibidas ao
contato humano e para matar a sede de animais.).

Conclusões
As águas que drenam plantios florestais possuem qualidade superior às que
drenam áreas de pastagens, seja em termos físicos, químicos ou biológicos e ecológicos;
Os plantios florestais, obedecendo as boas práticas de manejo florestal, colaboram
diretamente com a conservação da quantidade e qualidade da água doce dos
ecossistemas que os drenam.

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Do ponto de vista social, a conservação de rios, lagos e áreas alagadas é de grande


importância, pois todas as pessoas são usuárias da água doce e querem garantir este
recurso saudável para seus filhos e netos.
Este monitoramento foi revisado no final de 2006 para iniciar um ciclo de mais 3
anos, quando acrescentou novos parâmetros a serem avaliados, além de serem
revisados os locais de monitoramentos e a periodicidade de coleta de amostras. Em
2007, após completar 6 anos de estudos, as informações obtidas já foram utilizadas para
publicação de trabalhos científicos, como monografias e artigos em revistas e para
aprimorar o manejo das plantações florestais, que é seu objetivo maior, tendo em vista
que os efeitos nas águas são indicadores ambientais da qualidade do manejo praticado
na bacia hidrográfica. A nova etapa de monitoramentos iniciada em 2007 teve duração
prevista de 3 anos, sendo concluída em 2009. Nesse período de oito anos, os locais de
estudo passaram por todas as fases do manejo das plantações florestais, que incluem
desde o preparo do solo, o plantio, adubações, aplicação de agrotóxicos, manutenções,
colheita, baldeio, manutenção e abertura de estradas e transporte florestal. Assim,
passado este período, o monitoramento de recursos hídricos é um diagnóstico muito
detalhado dos impactos das atividades florestais sobre os solos, sobre as águas, sobre
os organismos aquáticos e sobre os demais usuários das águas, incluindo notadamente
as populações humanas à jusante das propriedades da CENIBRA.

8.6. Perfil socioeconômico da área de influência da CENIBRA

A região onde se encontram os plantios de eucalipto da CENIBRA é utilizada, desde a


década de 40, para este tipo de cultivo, tendo se expandido, a partir da década de 60,
em função dos incentivos fiscais federais de que a atividade foi objeto. A área de atuação
da Empresa encontra-se dividida em três regionais. Em uma delas, Guanhães, a
Empresa, juntamente com seus prestadores de serviço, é um dos principais pólos da
economia local. Nas regionais Rio Doce e Nova Era, faz-se sentir, de forma marcante, a
presença de grandes empresas mineradoras e siderúrgicas, como Usiminas, Arcelor
Mittal, Vale e Gerdau.
O uso das terras na área de influência da Empresa pela ordem de importância, é o
seguinte: 54,05% ocupadas com pastagens, 18,46% com florestas nativas, 11,42% com

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silvicultura, 9,68% com agricultura, temporária ou permanente; 6,39% das terras não são
utilizadas ou são inaproveitáveis.
Nas fazendas dedicadas à pecuária ainda existem sedes, cuja arquitetura muito
característica, é representativa de um período da ocupação regional. No entanto, estas
edificações não recebem manutenção, em função da decadência em que se encontra a
atividade pecuária.
Os núcleos urbanos, com exceção daqueles maiores como Ipatinga e Governador
Valadares, principalmente os distritos, não dispõem de infra-estrutura adequada de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, serviços de saúde, educação,
segurança. As condições de moradia, principalmente nas periferias, são precárias. As
estradas, sobretudo as vicinais, são, muitas delas, implantadas e mantidas pela
CENIBRA.
O comércio é restrito, apresentando pouca movimentação econômica. As opções
de trabalho, além da CENIBRA e das mineradoras e siderúrgicas, são os empregos
públicos municipais. Destaca-se também a produção do carvão vegetal, pelos preços
atrativos e pelo mercado garantido, realizada com os resíduos da madeira, que não
atendem aos padrões para fabricação de celulose, e outras fontes de lenha obtidas na
região.
A CENIBRA atua em 54 municípios, situados na bacia do rio Doce, e nas sub-
bacias dos rios Santo Antônio, Piracicaba, Suaçuí Pequeno, Corrente Grande e Suaçuí
Grande. As águas dos rios Doce e do Piracicaba são utilizadas predominantemente para
fins industriais. A falta de esgotamento sanitário nos centros urbanos situados à margem
destes rios, por sua vez, significa o lançamento de matéria orgânica sem tratamento, o
que contribui para a eutrofização dos corpos d’água. Ipatinga é a exceção, visto que
todos os seus efluentes sanitários são tratados. O problema se agrava quando se
considera o uso das águas para o abastecimento público.
Quanto ao lixo, apenas Ipatinga possui aterro sanitário. Catas Altas e Virginópolis
possuem aterro controlado. Nos demais municípios, o lixo doméstico é queimado ou
lançado em lixões; os resíduos dos serviços de saúde não têm destinação adequada.
O grau de urbanização nas regionais de atuação da Empresa são os seguintes: mais de
90%, na região Belo Oriente (regional Rio Doce), 87%, na regional Nova Era, 75% na
região Ipaba (regional Rio Doce) e 55% na regional Guanhães.

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Pela proximidade do município de Governador Valadares, em que emigração já


ocorre há várias décadas, existe na regional de Guanhães um movimento significativo de
êxodo para os Estados Unidos da América. Esta emigração, que é realizada
clandestinamente e em condições precárias, leva muitas vezes à prisão e à morte dos
que a enfrentam, mobiliza as famílias e a comunidade; seus reflexos podem ser vistos na
expansão imobiliária em Guanhães, uma vez que os recursos provenientes do trabalho
no exterior são investidos neste segmento da economia.
Na regional Nova Era, a presença das mineradoras e siderúrgicas, proporciona
uma maior oferta de empregos.
As carências regionais contrastam com o afluxo de recursos às prefeituras,
principalmente nos municípios de Ipatinga, Timóteo e João Monlevade devido à presença
das unidades industriais de mineradoras e siderúrgicas, e no município de Belo Oriente,
devido à fábrica da CENIBRA, gerando valores elevados de arrecadação de impostos e
taxas.
A área de influência da CENIBRA é cortada, de norte a sul, pela BR 381, que é
utilizada para o transporte de madeira para a fábrica de celulose em Belo Oriente. Parte
da madeira colhida nas áreas mais distantes da fábrica é transportada pela estrada de
ferro Vitória – Minas, a partir da estação de Costa Lacerda, no município de Santa
Bárbara, e Drumond, em Nova Era. Esta ferrovia pertence a Vale e transporta
principalmente minérios para as fábricas siderúrgicas instaladas na região, assim como
para exportação.
A região de Ipaba, situada à margem direita do Rio Doce, que corresponde
praticamente às terras compradas de outras companhias madeireiras, a Belgo-Mineira e
a ACESITA, e se encontra em processo de substituição dos plantios, é vizinha ao Parque
Estadual do Rio Doce.
Considerando a localização da empresa no contexto da Bacia do Médio Rio Doce,
região de topografia acidentada e cobertura original do tipo mata, onde dadas estas
características a principal vocação para uso destas terras é o florestal, o
empreendimento CENIBRA, com o cultivo de baixo impacto, contribui com o
desenvolvimento regional, na medida em que desenvolve e transfere tecnologia de
florestas plantadas, contribui com a geração de emprego e renda e traz divisas para o
País.

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8.7. Caracterização do Manejo dos Recursos Florestais

8.7.1. Florestas Plantadas

A demanda da unidade fabril da CENIBRA é atendida utilizando-se em torno de


90% de madeira oriunda de áreas da Empresa. Aproximadamente 10% da madeira
processada é adquirida no mercado de fazendeiros florestais. A maioria deles é
participante do programa de fomento florestal da CENIBRA.
No Departamento de Planejamento encontra-se o documento “Relatório Anual de
Suprimento de Madeira – 2010/ base 2009” que apresenta a programação de longo
prazo para colheita e plantio. O quadro 20 apresenta a área total plantada por regional e
município.

Quadro 20 - Área total plantada por município de atuação da CENIBRA


% do município
Área total do % de
Área total da Área total ocupada por
Município município ocupação
Cenibra plantada (ha) plantações de
(ha) total
eucalipto
Açucena 81.159,00 6.495,61 3.129,04 8,00% 3,86%
Alvinópolis 61.600,00 4.221,94 1.854,15 6,85% 3,01%
Antonio Dias 83.300,00 19.409,97 10.126,73 23,30% 12,16%
Barao de Cocais 35.300,00 3.654,53 1.970,97 10,35% 5,58%
Bela Vista de Minas 10.700,00 1.090,17 384,35 10,19% 3,59%
Belo Oriente 32.300,00 16.294,81 9.582,90 50,45% 29,67%
Bom Jesus do Amparo 19.700,00 781,18 487,91 3,97% 2,47%
Bom Jesus do Galho 59.489,00 6.935,74 4.443,03 11,66% 7,47%
Braunas 35.800,00 1.639,63 706,47 4,58% 1,97%
Bugre 16.152,00 3.181,67 1.465,21 19,70% 9,07%
Caeté 54.100,00 1.107,59 403,03 2,05% 0,75%
Cantagalo 14.188,00 208,14 190,03 1,47% 1,34%
Caratinga 165.500,00 13.836,43 6.801,96 8,36% 4,11%
Catas Altas 23.821,00 5.488,75 3.172,01 23,04% 13,32%
Coluna 34.800,00 996,56 0 2,86% 0,00%
Coroaci 56.600,00 7.778,15 3.147,80 13,74% 5,56%
Coronel Fabriciano 20.200,00 5.961,56 2.639,08 29,51% 13,06%
Córrego Novo 26.560,00 4.168,07 2.637,65 15,69% 9,93%
Divinolandia de Minas 20.200,00 3.382,02 1.945,54 16,74% 9,63%
Dores de Guanhaes 38.197,00 616,29 380,26 1,61% 1,00%
Ferros 116.200,00 11.283,04 5.268,48 9,71% 4,53%
Gonzaga 28.600,00 1.777,30 764,91 6,21% 2,68%
Governador Valadares 244.700,00 162,65 82,84 0,07% 0,03%

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% do município
Área total do % de
Área total da Área total ocupada por
Município município ocupação
Cenibra plantada (ha) plantações de
(ha) total
eucalipto
Guanhaes 118.800,00 11.239,77 5.027,39 9,46% 4,23%
Iapu 34.205,00 1.466,52 783,69 4,29% 2,29%
Ipaba 11.377,00 5.626,98 2.607,38 49,46% 22,92%
Ipatinga 16.000,00 2.089,90 806,38 13,06% 5,04%
Itabira 130.500,00 5.935,96 2.596,81 4,55% 1,99%
Joanesia 22.100,00 507,51 265,16 2,30% 1,20%
Mariana 119.800,00 3.165,39 1.145,48 2,64% 0,96%
Marlieria 47.800,00 943,45 358,31 1,97% 0,75%
Materlandia 25.300,00 946,22 231,09 3,74% 0,91%
Mesquita 27.499,00 1.215,39 573,76 4,42% 2,08%
Naque 12.644,00 3.086,44 1.868,71 24,41% 14,78%
Nova Era 35.500,00 8.827,31 3.844,78 24,87% 10,83%
Paulistas 21.800,00 2.273,55 1.165,83 10,43% 5,35%
Pecanha 102.000,00 14.686,75 8.963,50 14,40% 8,79%
Periquito 22.766,00 6.929,42 3.371,02 30,44% 14,81%
Pingo d'agua 6.500,00 1.818,10 1.073,46 27,97% 16,51%
Rio Piracicaba 37.140,00 582,85 291,46 1,57% 0,78%
Rio Vermelho 98.722,00 2.216,28 0 2,24% 0,00%
Sabinopolis 84.900,00 14.803,51 7.962,03 17,44% 9,37%
Santa Barbara 68.471,00 9.489,80 5.611,27 13,86% 8,20%
Santa Maria de Itabira 54.700,00 3.031,34 1.297,49 5,54% 2,37%
Santana do Paraiso 27.480,00 10.623,81 6.123,31 38,66% 22,28%
Santo Antonio do Itambe 30.400,00 2.696,25 636,52 8,87% 2,09%
Sao Domingos do Prata 79.100,00 3.640,30 1.662,85 4,60% 2,10%
Sao Goncalo do Rio Abaixo 37.400,00 8.005,11 4.011,14 21,40% 10,73%
Sao Joao Evangelista 53.200,00 4.593,11 2.848,07 8,63% 5,35%
Sardoa 14.400,00 1.286,53 697,14 8,93% 4,84%
Sem-Peixe 17.600,00 158,24 0 0,90% 0,00%
Senhora do Porto 38.200,00 185,35 67,31 0,49% 0,18%
Virginopolis 44.200,00 2.885,00 1.762,47 6,53% 3,99%
Virgolandia 22.700,00 355,49 148,84 1,57% 0,66%

TOTAL CENIBRA 255.783,43 129.387,00 9,33% 4,72%

8.7.2 Programa Fomento Florestal

Tendo iniciado em 1985, o Programa Fomento Florestal, além de beneficiar a


Empresa em seu plano de suprimento de madeira, tem constituído uma alternativa
econômica, social e ambiental aos produtores rurais em 93 municípios da região do Vale
do Rio Doce, Vale do Jequitinhonha e na zona da mata mineira.

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Participam do programa 902 propriedades rurais. A Empresa oferece dois módulos


de Fomento Florestal, sendo o primeiro o “Fomento Convencional”, com inicio em 1985,
vem trabalhando projetos com área média de 10 ha plantados, favorecendo o
atendimento aos pequenos produtores, a Cenibra fornece mudas e insumos além de
recursos financeiros aos participantes, que firmam contrato específico.
O segundo é o “Fomento Comercial”, com inicio em 2004, vem trabalhando
projetos com área média de 40 ha plantados, os projetos são financiados através de
recursos do BNDES e/ou do Crédito Rural, os recursos são direcionados pela Cenibra, a
floresta plantada e mantida pela empresa até o segundo ano (24 meses), a partir deste
ponto o produtor assumi o cuidado pela manutenção até a idade de corte.
Aos participantes são fornecidas mudas de eucalipto e insumos para o fomento
convencional.
Ambos os módulos propiciam a fixação do homem no campo, sendo uma
alternativa de renda ao produtor rural.
A assistência técnica prestada pela empresa assegura aos participantes todos os
conhecimentos necessários ao êxito do plantio, obtendo produtividade, qualidade e
rentabilidade no negócio.
Parceiro da Empresa no programa para o planejamento e licenciamento ambiental
é o Instituto Estadual de Florestas – IEF / MG, que apóia na mobilização dos produtores
interessados, efetua o cadastramento e realiza a vistoria prévia da área a ser plantada,
em conformidade com a legislação ambiental.
Além do licenciamento ambiental, o IEF também é o responsável pela produção
das mudas de espécies nativas, as quais serão utilizadas na recomposição florestal das
propriedades participantes do Programa de Fomento, na proporção de 1,5% do total de
mudas de eucalipto fornecidas.
O proprietário rural se compromete a executar as atividades programadas dentro
das recomendações técnicas, de acordo com o contrato firmado, ficando também
responsável em manter à CENIBRA ou ao informado IEF acerca de eventuais
anormalidades.
Até dezembro de 2008, o programa acumulou 38.918 hectares de florestas
plantadas; destes, 24.474 hectares correspondem a contratos vinculados ao
abastecimento da Empresa.

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Os dados de 2009 serão apresentados no mês de junho de 2010, após o


fechamento do book das áreas contempladas no Programa.

8.7.3. Outros Recursos Manejados

Existe, na maior parte das empresas de base florestal no Brasil, um passivo


ambiental originado da mudança da legislação, que determinou o aumento da faixa de
preservação permanente ao redor de nascentes, e ao longo de corpos d’água (córregos,
rios, lagos e represas). Consequentemente, plantios de eucalipto estabelecidos nestas
faixas passaram a compor as áreas de preservação permanente. A CENIBRA recebeu,
em 2008, uma determinação (condicionante 05, da LO Nº 020 – Licença Ambiental, de
12 de setembro de 2008) para que proceda à retirada destas árvores. A madeira gerada
nesta ação está sendo utilizada parcialmente como matéria-prima para a fabricação da
celulose (até o diâmetro de 45 cm) e a madeira fora das especificações está sendo
comercializada para a utilização na construção civil, indústria moveleira e outras
utilizações de madeira sólida na região. Há também, por meio do Instituto Cenibra, a
doação de peças de maior diâmetro e comprimento para a construção de pontes e outras
utilizações pelas comunidades.
Toda a base florestal da Empresa (áreas cultivadas e florestas nativas) está
disponibilizada para a atividade de apicultura, com base em parcerias estabelecidas com
associações de apicultores da região. Ao todo, 8 associações de apicultores utilizam as
áreas da Empresa, com cerca de 500 famílias beneficiadas.
Na regional Nova Era, região de Cocais, nos municípios de Antônio Dias e Coronel
Fabriciano, existe a tradição da fabricação artesanal de chapéu de palha. A
coleta da palha do coqueiro indaiá na região é considerada uma atividade costumária,
caracterizada pela sustentabilidade oriunda da sabedoria popular. A CENIBRA permite o
acesso às suas áreas por pessoas tradicionalmente envolvidas na cadeia produtiva do
artesanato.

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9. PROCESSO FLORESTAL

O processo florestal operacional da empresa é composto pelas seguintes fases


principais: Planejamento Técnico, Econômico, Ambiental e Social em projetos florestais –
PTEAS (Procedimento 0331 v9), Produção de Mudas (Procedimento 0373 v14),
Implantação, Reforma e Manutenção / Regeneração Florestal (Procedimento 0371 v13),
Construção, Reabertura e Manutenção de Estradas (Procedimento 0535 v11) e Colheita
Florestal (Procedimento 0632 v6). Para que tais operações possam ser realizadas de
forma otimizada as áreas de conhecimento e de apoio atuam de forma simultânea ao
processo de produção de madeira (Plano Geral do Processo Florestal: M0001) e as
atividades são padronizadas em todas as regionais da empresa, existindo procedimentos
para a realização de cada uma delas.
Todo o processo de produção é inspecionado sistematicamente para garantir a
qualidade intrínseca do produto, de acordo com os procedimentos operacionais de cada
operação. Os riscos para a saúde e segurança do trabalho, bem como os aspectos
ambientais, são observados de acordo com os procedimentos P0398 v11
(Gerenciamento de Emergências - Processo Industrial) e P0401 (Segurança para
Gerenciamento de Prevenção de Riscos Ambientais). O processo florestal da CENIBRA
possui a Licença Ambiental LO 020, de setembro de 2008, concedida pelo Conselho
Estadual de Política Ambiental – COPAM.

9.1. Planejamento Florestal

9.1.1. Plano Estratégico

O Planejamento Estratégico é um processo que diz respeito à formulação de


objetivos para a escolha de programas e ou projetos de ação e para sua execução,
levando em conta as condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada.
O plano estratégico tem como objetivo potencializar as condições favoráveis e minimizar
as desfavoráveis. Para isso são definidas as diretrizes básicas corporativas, buscando a
sustentabilidade e competitividade no mercado.

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9.1.2. Planejamento de Longo Prazo (21 anos)

Com base na demanda de produção de celulose são estabelecidas as premissas


de longo prazo (horizonte de 21 anos) como a produção de madeira; o percentual de
abastecimento com madeira própria e terceiros (fomento florestal e compra no mercado);
definição de estoque mínimo de madeira em pé; aquisição, desmobilização e substituição
de terras.
O Plano de Abastecimento de Madeira determina a estrutura de idade e o fluxo de
produtos florestais com suas receitas e custos, para um determinado horizonte de
planejamento.
Vários fatores devem ser considerados durante a elaboração deste plano, tais
como: demanda atual e futura por madeira, situação atual de terras e florestas,
caracterização topográfica do povoamento, níveis de produtividade, ganhos tecnológicos,
custos e receitas envolvidas, alternativas de manejo, dentre outros.

 Horizonte de Planejamento

O horizonte de planejamento é uma variável muito importante no planejamento,


principalmente levando-se em conta os aspectos da regulação florestal, responsável pela
conversão de uma distribuição de uma classe de idade atual em uma estrutura regulada.
O período de planejamento de longo prazo adotado pela CENIBRA é de 21 anos,
e a ferramenta utilizada neste processo é o PLANFLOR, que é um sistema de suporte a
decisão (SSD) que utiliza a programação linear utilizado para a otimização da seqüência
das atividades do processo florestal.

 Restrições ao Planejamento

 Imposição de cotas anuais - garante um fluxo regular de produção a cada período


de colheita por região, através da imposição de níveis de oscilações permitidos;

 Nível de demanda de madeira - garante que no mínimo essa demanda seja


atendida;

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 Exigência de uma estrutura regulada - a opção mais comumente adotada para


obter uma floresta regulada ao final do horizonte de planejamento consiste na
inclusão de restrições que imponham uma distribuição adequada de classes de
idade.

 Nível desejável de estoque final - imposição de um nível de estoque mínimo ao


final do horizonte de planejamento.

9.1.3. Planejamento Tático – Médio Prazo (4 anos)

O objetivo do planejamento tático é informar os projetos que serão colhidos nos


próximos 4 (quatro) anos, de acordo com a necessidade de consumo da fábrica,
levando-se em consideração as dificuldades de infra-estrutura, colheita e transporte da
madeira em função dos períodos do ano (seco ou chuvoso). Também são verificadas, as
seqüências de deslocamentos, de modo a facilitar a fixação da mão-de-obra no próprio
local de trabalho, evitando-se deslocamentos longos ou transferência temporária de
empregados.
Para isso, utilizam-se as informações geradas pelo Planejamento de Longo Prazo,
onde são selecionados os projetos dos 4 (quatro) primeiros anos que foram otimizados
no sistema Planflor. A ferramenta utilizada neste planejamento é o SPMP – Sistema de
Planejamento de Médio Prazo.

9.1.4. Planejamento Operacional – Curto Prazo (18 meses)

O objetivo do planejamento operacional é a seleção dos projetos a serem orçados


(orçamento físico anual) para colheita, transporte e silvicultura, obedecendo a uma
seqüência de corte que contemple os projetos estratégicos para os meses de chuva
(novembro a fevereiro), bem como atender as possíveis demandas de consumo
adicionais da fábrica no período e regulação do estoque de madeira pronta para
transporte.
Esse planejamento é realizado pela Coordenação de Ordenamento e Mensuração
Florestal com a participação do Departamento de Colheita e Logística. Em casos de
ocorrência de fatores operacionais e ambientais, ou restrições legais não previstas (por

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exemplo, atrasos em processos de licenciamento), a seqüência dos projetos a serem


colhidos sofre alteração de modo a minimizar tais impactos. Tais alterações retro-
alimentam o planejamento tático.
Os projetos selecionados deverão ser aqueles contemplados no Planejamento
Tático – Médio Prazo. A ferramenta utilizada neste planejamento é o SPCP – Sistema de
Planejamento de Curto-Prazo.

9.1.5. Planejamento Técnico, Econômico, Ambiental e Social - PTEAS

O PTEAS (P0331 v9) é elaborado de forma participativa e interdepartamental e


utilizado para assegurar que os princípios econômicos, da qualidade e de respeito ao
meio ambiente sejam levados em consideração quando do planejamento das atividades
de implantação, reforma e colheita.
O planejamento inicia-se com uma vistoria de campo realizada pelos supervisores
e monitores, antes da colheita, onde são discutidos e locados em mapas aspectos
relevantes com respeito à locação de estradas, retificação de trajetos e fluxos de
carregamento, dentre outros. São definidas as principais restrições técnicas
(afloramentos rochosos, dificuldade de acesso, declividade restritiva, dentre outros);
restrições ambientais e legais (passivos ambientais, relacionados às áreas de reserva
legal e de preservação permanente, áreas susceptíveis à erosão, e sítios de valor
histórico, ecológico, cultural, religioso ou arqueológico); e as demandas ou necessidades
da sociedade (nas proximidades de assentamentos populacionais são considerados os
aspectos de geração de poeira, impacto visual, risco de acidentes, água de servidão,
dentre outros).
Para o novo plantio (implantação ou reforma) são também avaliados os diferentes
tipos de preparo de solo, recomendações para adubação e materiais genéticos a serem
utilizados.
Todo o trabalho é então analisado e validado pelos responsáveis das áreas
operacionais, pesquisa e meio ambiente; as alterações indicadas no PTEAS são
incorporadas ao micro-planejamento de colheita e de silvicultura, e alimentam o sistema
de cadastro florestal. Ao longo dos ciclos florestais, o PTEAS é uma fonte de registro e
monitoramento das mudanças ocorridas no manejo das florestas.

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9.2. Inventário

O uso eficiente, a conservação e o manejo dos recursos florestais requerem o


conhecimento de características quantitativas e qualitativas das florestas e o
acompanhamento contínuo da sua produtividade (m³/ha.ano). Esse conhecimento é
possível por meio de inventários florestais, técnica que utiliza dados de parte da
população (amostras) para gerar estimativas para todo o povoamento florestal.
As principais atividades realizadas pela área de mensuração florestal na CENIBRA são:

9.2.1. Inventário de Sobrevivência

Consiste em um instrumento de controle de qualidade das atividades silviculturais


e de colheita uma vez que são levantadas, além da sobrevivência do plantio ou
regeneração, as causas da mortalidade ou dos danos ocorridos às mudas ou à brotação.
Utiliza uma amostragem aleatória simples na intensidade de uma parcela a cada seis
hectares, sendo realizado aproximadamente e a 90 dias após o corte no caso de
condução da brotação. As regras para execução do inventário de sobrevivência são
descritas no P0406 v4 (Inventário de Sobrevivência).

9.2.2. Inventário Florestal Pré-Corte (IFPC)

Visa a estimativa da produção da floresta no momento do corte. É uma atividade


essencial ao planejamento da colheita, pois dá suporte ao dimensionamento de pessoal
e equipamentos, à decisão sobre a condução da regeneração ou a reforma do
povoamento colhido, bem como ao controle de estoques. Emprega uma amostragem
estratificada por sistema de corte (manual ou mecanizado), sendo realizado num prazo
de aproximadamente dois meses antes do corte. É utilizado também com o objetivo de
fornecer informações essenciais da produtividade florestal para a obtenção das licenças
junto aos órgãos ambientais e como base para efetuar pagamentos de serviços de
colheita realizados por terceiros.

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9.2.3. Inventário Florestal Contínuo (IFC)

É uma modalidade de inventário onde as parcelas são permanentemente


estabelecidas e periodicamente medidas em uma população florestal. Presta-se para
estimar as mudanças ocorridas ao longo do ciclo de vida do povoamento florestal, para
estimar o estoque atual da empresa e constitui-se na fonte de dados mais importante
para estudos de crescimento e produção. Sua realização se dá anualmente em florestas
com idade superior a 2 (dois)anos.

9.2.4. Modelagem do Crescimento e Prognose da Produção

A prognose do crescimento é um dos principais elementos do manejo florestal.


Consiste na determinação do volume futuro das florestas com base em atributos do
povoamento como as idades atual e futura, a área basal e o índice de local, que indica a
capacidade produtiva da floresta. Os modelos de crescimento são obtidos a partir do
ajuste de equações específicas aos dados históricos de IFC e dão suporte à
determinação das idades técnica e econômica de corte, à confecção de tabelas de
produção dos povoamentos e curvas de crescimento, que são utilizadas no processo de
planejamento de longo prazo.
As atividades desenvolvidas para a realização do IFC e do IFPC, como alocação de
parcelas, coleta e digitação de dados, anotações em mapas e as regras básicas para sua
execução são descritas no procedimento P0405 v6 (Inventário Contínuo e Pré-Corte com
Parcelas de Área Fixa).
O relacionamento institucional da CENIBRA com os órgãos públicos reguladores
da atividade florestal, como o IEF e o IBAMA, no que tange à obtenção de licenças de
corte, guias de controle e transporte de madeira, porte de equipamentos de colheita e
registros diversos é feito através da Coordenação de Ordenamento e Mensuração
Florestal.

9.3 . Produção de Mudas

A CENIBRA investiu em um novo empreendimento que lhe permitiu centralizar,


em uma única unidade, todas as atividades de produção de mudas que irão abastecer as

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futuras florestas renováveis de eucalipto mantidas pela empresa. O processo culminou


com a implantação do novo Viveiro Florestal, um dos mais modernos do mundo no que
se refere às técnicas empregadas na produção de mudas de eucalipto por clonagem.
Tendo capacidade de produção anual de 24 milhões de mudas e localizado a
cerca de 2 (dois) quilômetros da Unidade Industrial da Empresa, o complexo agrega o
que de mais inovador e sofisticado existe hoje em termos tecnológicos, contando com
uma estrutura que permite controlar os fatores de produção tais como temperatura,
umidade, luz, nutrientes e água.
A partir de material genético próprio, originado do Programa de Melhoramento
Genético e Desenvolvimento Clonal da Empresa, as mudas são produzidas em tubetes
com substrato de vermiculita e casca de arroz carbonizada e são manejadas e
preparadas para o plantio conforme procedimento P0373 v14 (Produção de Mudas
Clonais de Eucalipto).

9.3.1. Aspectos Ambientais do viveiro

A minimização dos impactos ambientais é garantida graças à incorporação de


conceitos de reciclagem de água e nutrientes, que evitam a contaminação dos cursos
d’água e do solo. A água proveniente da lavagem dos tubetes, bandejas e tanques de
adubo é recolhida em outro tanque impermeável e utilizada em plantios no entorno do
viveiro e no combate a incêndios florestais, quando da sua ocorrência. A esterilização
dos tubetes e bandejas é realizada com água quente, evitando o uso de agrotóxicos.

9.3.2. Aspectos Ergonômicos do viveiro

A movimentação das mudas é feita em mesas rolantes de aço inox,


ergonomicamente construídas, até os galpões onde ocorre a maior parte do manuseio.
Além de garantir significativa redução do esforço físico no transporte das mudas, as
instalações permitem que os trabalhos sejam realizados em amplos galpões, protegidos
dos rigores do sol e da chuva. Um programa de ginástica compensatória, com exercícios
leves e alongamentos, foi introduzido com a finalidade de prevenir a ocorrência de
doenças ocupacionais, bem como elevar o nível de motivação e disposição dos
trabalhadores.

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9.3.3. Sistema de Ferti-Irrigação

O suprimento de água e nutrientes às mudas é feito por subirrigação, que consiste


em fornecê-los diretamente ao sistema radicular. Deste modo, faz-se uma irrigação mais
uniforme das mudas, com redução da umidade das folhas, minimizando o aparecimento
de doenças. Este inovado conceito propicia ainda uma expressiva diminuição do
consumo de água e fertilizantes, uma vez que os mesmos são aplicados conforme as
necessidades das mudas em suas diferentes fases de desenvolvimento: produção de
brotos, enraizamento, crescimento e pré-expedição.

9.3.4. Automação

Todas as etapas do processo de irrigação (abastecimento de tanques, injeção de


fertilizantes, filtragem e retorno da água utilizada até os tanques) são comandadas por
um sistema totalmente automatizado. Dados referentes ao consumo de água nas
diferentes parcelas, assim com as ocorrências durante todo o processo, são registrados
para acompanhamento. O controle de temperatura e umidade, fundamental para
promover o enraizamento, também é comandado pelo sistema de automação, que está
acoplado a uma estação meteorológica.

9.3.5. Alta Tecnologia (Processo de Mini-estaquia)

O processo de produção de mudas por mini-estaquia, que consiste na utilização


das próprias mudas para a produção dos brotos a serem utilizados na formação de
estacas, garante alto vigor da parte aérea e do sistema radicular. Cada fase do processo
é monitorada para garantir a qualidade total da muda. Estes controles fazem parte dos
procedimentos que seguem as normas ISO 9001:2008 e ISO 14.001:2004.
A produção de mudas, realizada no Viveiro Central localizado nas proximidades
da fábrica, com capacidade instalada para produção de 24 milhões de mudas anuais,
abastece o plantio das novas florestas sempre com materiais genéticos mais eficientes e
adaptados às condições edafo-climáticas de cada região da empresa. Suas instalações
incorporam conceitos de ergonomia, racionalização de transporte interno e reutilização e
reciclagem de materiais, principalmente de água e nutrientes, evitando desperdícios e
contaminação ambiental, de forma pioneira no setor florestal.

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9.4 . Atividades Silviculturais

Para que sejam iniciadas as atividades silviculturais em cada projeto, as áreas


operacionais realizam o PTEAS (Planejamento Técnico, Econômico, Ambiental e Social
de Projetos Florestais), conforme o procedimento P0331 v9. Na fase de
microplanejamento silvicultural são demarcadas as áreas de reserva legal e de
preservação permanente conforme o P0340 v8 (Procedimento para Locação / Averbação
de Reserva Legal e Preservação Permanente), bem como definidas as restrições que
possam interferir na adequada implantação (ou reforma) de um talhão. Tais restrições
podem ser de ordem técnica, operacional ou ambiental. Também são definidas as áreas
de mecanização e, juntamente com a área de pesquisa e desenvolvimento florestal, a
recomendação de material genético, baseando-se principalmente na adaptação de
determinado clone à condição ambiental específica e ao plantio de clones diversos em
áreas contínuas.
A seqüência e intensidade de realização das operações silviculturais depende de
alguns fatores tais como tipo de solo, produtividade e material genético do ciclo anterior,
declividade, condições edafo-climáticas da área, entre outros.
Para que as recomendações técnicas sejam seguidas no momento da realização
destas atividades, o P0613 v9 (Procedimento para Controle de Qualidade de Operações
Silviculturais) é aplicado pelas empresas prestadoras de serviço, sendo que os
responsáveis pela realização de cada operação gerenciam seu processo através de
registros de cada controle, com posteriores tomadas de decisão, caso necessário.
A seguir, se encontram descritas sucintamente cada uma destas operações,
sendo que as recomendações técnicas para a realização de cada uma são feitas
anualmente pelo departamento de pesquisa e desenvolvimento florestal.

9.4.1. Roçada

Nas áreas de reforma, as brotações de eucalipto são eliminadas com a aplicação


de herbicidas à base de glifosate. Nas áreas de pastagens, a roçada é realizada
manualmente com a utilização de foices. Neste caso, a remoção da vegetação é
realizada conforme autorização do Instituto Estadual de Florestas.

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9.4.2. Controle de formigas cortadeiras

O combate à formiga pode ser realizado antes ou após a colheita, de acordo com
os níveis de infestação da área, obtidos por um sistema de monitoramento prévio,
baseado na tolerância ao dano não econômico. As recomendações para a realização de
tal atividade se encontram no P0437 v10 (Procedimento para Combate à Formiga). Este
combate também é realizado de acordo com cada período de formação do povoamento
florestal.

9.4.3. Rebaixamento de tocos

Esta atividade é realizada em áreas em que foram efetuados 2 ou mais de dois


cortes e a eliminação das cepas for necessária, objetivando facilitar as atividades
posteriores. O rebaixamento de tocos é realizado com lâmina kG ou com uso de
motosserras.
Na destoca com lâmina kG, o corte das cepas é realizado rente ao solo, evitando
o revolvimento do horizonte A. O material vegetal gerado na operação fica, quando
possível, espalhado na área ou enleirado nas margens dos talhões para posterior
retirada por empresas da região, para utilização como lenha.

9.4.4. Aplicação de herbicida

De acordo com o nível e tipo de mato-competição existente na área e conforme o


Receituário Agronômico estabelece, o supervisor define a quantidade e forma de
aplicação de herbicida, obedecendo ao documento P0360 v9 (Procedimento para
Aplicação de Herbicida). As dosagens a serem aplicadas, em cada situação, objetivam o
mínimo de consumo de princípio ativo e a máxima eficiência na aplicação, garantindo
assim a proteção da floresta contra a mato-competição, aumentando sua produtividade.
Para áreas acidentadas a aplicação é feita manualmente e para áreas mais planas,
mecanicamente. As comunidades são previamente informadas acerca de aspectos
técnicos envolvidos.

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A Empresa criou um Plano de Otimização de Uso de Herbicidas, que objetiva


referenciar as ações que levem a uma utilização minimizada de herbicidas. O documento
foi elaborado pelo Departamento de Planejamento e Pesquisa.

9.4.5. Aplicação de adubo e corretivos

A recomendação das dosagens a serem utilizadas na aplicação de adubos visa a


reposição de macro e micro-elementos ao solo, de acordo com as demandas requeridas
pela floresta em cada rotação e a manutenção da fertilidade natural do solo. Os adubos e
corretivos comumente utilizados são: calcário (ou lama de cal), fosfato reativo, cloreto de
potássio, NPK, boro e sulfato de amônio. Alguns resíduos industriais (como DREGS e
cinza da caldeira) são também utilizados, como substituição parcial aos produtos
convencionais.
Para áreas acidentadas a aplicação é feita manualmente e para áreas mais
planas, mecanicamente.

Nota: As atividades que envolvem utilização de insumos como herbicidas, inseticidas e


adubos, a forma de manuseio e armazenamento adequado dos mesmos é descrita no
P0358 v10 (Procedimento para Manuseio, Armazenamento e Preservação de Insumos).

9.4.6. Subsolagem

A operação de subsolagem é realizada com trator de pneu ou de esteira e feita,


em grande parte, em conjunto com a aplicação de fosfato reativo. A profundidade e faixa
de solo revolvido são recomendados de acordo com o local, sendo necessárias maiores
profundidades e faixas mais largas de solo revolvido em áreas de baixada. As linhas
subsoladas cortam o sentido de escoamento da água, de forma a se evitar erosões.

9.4.7. Alinhamento e marcação

O alinhamento e a marcação são atividades fundamentais para que o plantio seja


realizado com o espaçamento recomendado. Para que a operação seja realizada são
utilizadas balizas, bigodes e cabos de ferramentas.

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9.4.8. Coveamento

O principal objetivo do coveamento é garantir à muda recém-plantada condições


propícias para seu desenvolvimento inicial, fator primordial para o estabelecimento de
plantios homogêneos e de alta sobrevivência. O coveamento pode ser manual,
mecanizado ou motorizado, dependendo do tipo de solo e região onde o mesmo estiver
sendo realizado.

9.4.9. Plantio

O plantio do material genético, realizado durante todo o ano, é feito de acordo com
recomendação técnica da área de pesquisa e desenvolvimento. Os clones utilizados são,
em sua maioria, híbridos de E. grandis e E. urophylla. As recomendações de cada
material a ser plantado são também informadas durante a realização do PTEAS.
Antes da realização do plantio as mudas são imersas, até completa saturação, em
solução de MAP (fosfato monoamônio), e Tuit quando for o caso, objetivando a proteção
contra o ataque de cupins. Para a realização da atividade são utilizados plantadeira
manual ou chucho, dependendo das condições de umidade do solo.
A operação de replantio, quando necessária, é realizada até 30 dias após a
finalização do plantio, exceto quando há reposição de mudas em reboleiras.
Quando há plantios de mais de um clone em um mesmo talhão, estes são
identificados com estaca, imediatamente após o plantio.

 Uso do Gel

A utilização de gel no plantio é hoje uma realidade na Empresa, trazendo


benefícios ambientais (redução de consumo de água) e econômicos (redução do número
de irrigações). Atualmente o gel vem sendo utilizado de forma pré-hidratada. Sua
utilização é mais acentuada em períodos mais secos, disponibilizando água por mais
tempo à muda, em sua fase de desenvolvimento inicial no campo, contribuindo para
aumentos nos índices de sobrevivência.

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9.4.10. Irrigação

A operação de irrigação é realizada imediatamente após o plantio, irrigando a cova


com 1 a 4 litros de água, podendo se repetir quando for necessária. A quantidade de
água utilizada na irrigação depende de fatores como uso de gel, época do ano e tipo de
solo, entre outros. As captações de água para esta finalidade são dotadas de tela
protetora, evitando a passagem de alevinos das espécies ocorrentes na área de sucção.

9.4.11. Construção / conservação de cercas

A construção e conservação de cercas são realizadas de forma a proteger as


áreas contra entrada de gado e invasores, contribuindo para que não haja prejuízos nas
áreas da empresa.

9.4.12. Construção / conservação de aceiros

Como proteção a incêndios florestais, os aceiros são construídos e conservados


em áreas previamente definidas por técnicos operacionais, após reconhecimento dessas
para definição do tipo de trabalho a ser realizado (manual, químico ou mecânico), bem
como da largura necessária em cada caso.
A limpeza dos aceiros não deve ser feita em áreas de grande declividade ou de
difícil acesso. Nesses casos, a mesma deve ser numa faixa sob o dossel da floresta.
Após a atividade, dispor o material em leiras posicionando-as às margens do talhão. Em
áreas mais íngremes, as leiras podem ser posicionadas transversalmente à declividade.

9.4.13. Coroamento

Essa operação consiste em eliminar ervas concorrentes ao redor da muda, com


enxada, num raio de cerca de 40 a 60 cm. Na ocasião deve-se cortar com enxada ou
foice as plantas invasoras de maior porte, inclusive brotação no restante da área, como
também, plantas mais resistentes à ação de herbicidas.

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9.4.14. Limpeza de cepa

Nas áreas a serem regeneradas, a limpeza das cepas (feita com enxadas ou
foices) é realizada após o baldeio, para desobstruir as cepas que irão emitir brotação.

9.4.15. Roçada / Desbrota

 Roçada
A roçada é feita com objetivo de possibilitar melhor crescimento da brotação
remanescente, podendo ser realizada com foice ou motorroçadeira.

 Desbrota
Quando a brotação atinge a altura média entre 2 (dois) e 3 (três) metros (ou até a
idade de 15 meses), a operação de desbrota é realizada, deixando apenas o broto mais
vigoroso e dando preferência ao da base da cepa. Tal operação pode ser realizada com
foice ou motorroçadeira.

9.5 . Colheita / Transporte

O suprimento de 100% da madeira de eucalipto é realizado com o sistema de


corte raso da floresta em rotações médias de 7 (sete) anos, com posterior reforma ou
condução da regeneração por mais uma rotação (P0436 v4 – Critério de manejo após
primeira rotação). A colheita das áreas é feita de forma mecanizada ou convencional,
sendo que a primeira corresponde a aproximadamente 60% da área. Para a colheita
mecanizada são utilizados feller-buncher, skidder, garra-traçadora, Harvester e
Forwarder. Na colheita convencional o corte é realizado com o uso de motosserras. A
madeira colhida e baldeada é transportada para a unidade industrial, em Belo Oriente,
em caminhões do tipo rodotrem (para colheita realizada em áreas próprias) ou truck
(para colheita realizada em áreas de fomento florestal). Os modelos de colheita utilizados
pela CENIBRA estão sintetizados no quadro a seguir.

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Quadro 21 – Modelos de Colheita Florestal


Declividade Derrubada Baldeio Processamento Carregamento
0° a 25° Feller Buncher Skidder Garra Traçadora Gru a de Esteiras
0° a 25° Feller Buncher Skidder Mesa Slasher Grua d e Esteiras
0° a 25° Feller Buncher Skidder Harvester Grua de E steiras
0° a 25° Feller Buncher Clambunck Garra Traçadora G rua de Esteiras
0° a 25° Feller Buncher Clambunck Mesa Slasher Grua de Esteiras
0° a 25° Feller Buncher Clambunck Harvester Grua de Esteiras
0° a 25° Harvester Forwarder Harvester Grua de Este iras
0° a 25° Motosserra Forwarder Motosserra Grua de Es teiras
Acima 25° Motosserra Guincho Mesa Slasher Grua de Esteiras
Acima 25° Motosserra Guincho Harvester Grua de Est eiras
Acima 25° Motosserra Cabo Aéreo Mesa Slasher Grua d e Esteiras
Acima 25° Motosserra Cabo Aéreo Harvester Grua de E steiras
Acima 25° Motosserra Manual Motosserra Grua de Este iras
Acima 25° Motosserra Guincho Motosserra Grua de Es teiras
Fonte: DECOL, CENIBRA

Na decisão sobre o modelo de colheita a ser empregado, e consequentemente na


definição dos equipamentos apropriados, são levados em consideração aspectos
econômicos, ambientais e sociais. As diretrizes seguidas são:

 Dimensionar equipamentos e material rodante de modo a minimizar


impactos sobre o solo;
 Adquirir máquinas que atendam, no mínimo, a legislação brasileira no
tocante a emissão de poluentes, emissão de ruídos, etc.;
 Priorizar aquisição de máquinas com menor consumo de combustível;
 Priorizar máquinas com sistemas de contenção de vazamentos de fluidos
hidráulicos e sistemas automáticos de combate a incêndios;
 Adquirir máquinas de esteiras ou de pneus,que possibilitem o revestimento
destes com esteiras, de modo a diminuir os efeitos de compactação do solo;
 Escolher máquinas de menor peso operacional também como forma de
minimizar efeitos de compactação do solo;
 Priorizar equipamentos que façam parte de sistemas que executem menor
ou nenhuma movimentação de madeira dentro dos talhões, fazendo todo o
processamento na estrada, eliminando impacto sobre o solo;

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 Equipamentos com cabines que ofereçam condições ergonômicas (redução


de ruído, luminosidade adequada, temperatura controlada) e de segurança
(resistente a tombamentos, impactos e rolamentos).

A cadeia de custódia é garantida em qualquer momento pelo preenchimento da


NTM (Nota de Transporte de Madeira), desde a fase de corte até a entrega da madeira
na fábrica.

9.6 Abertura / Reabertura de Estradas e Aceiros

As estradas e aceiros são fundamentais em todas as fases da eucaliptocultura,


tanto para permitir a distribuição de mudas e insumos durante a implantação, quanto
para a manutenção das florestas e, principalmente, por ocasião do corte e transporte da
madeira (P0535 v11).
No caso específico da CENIBRA, que utiliza áreas acidentadas e montanhosas, a
distribuição de estradas e aceiros assume uma importância maior e torna-se uma
operação mais complexa. Além do acesso aos diversos pontos da área, as estradas
devem possibilitar, em todas as etapas do empreendimento, o acesso às suas partes
centrais. Assim, tanto nas partes baixas, localizadas na base das elevações, como nas
partes mais elevadas devem haver estradas.
As estradas, além de funcionarem como vias de acesso, funcionam também como
aceiros e promovem o talhonamento da área. Sua locação é portanto vital ao projeto.
Neste enfoque, o planejamento das estradas leva em consideração as classes de solos
existentes e o relevo, utilizando-se para tanto os mapas planialtimétricos de cada área. O
planejamento e construção de estradas, de forma adequada, funcionam como prática
efetiva na conservação do solo com custos mínimos, visto que é uma questão de avaliar
as informações topográficas e as classes de solo.
As estradas em áreas acidentadas e montanhosas são locadas em gradiente compatível
com a movimentação de máquinas e equipamentos e dotadas de sistema de drenagem
que possibilitam a sua boa conservação evitam a formação de focos erosivos.
Em áreas de topografia plana ou suave ondulada as estradas tendem a ter uma
distribuição sistemática, permitindo, além do acesso à área, o seu uso como aceiros

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internos e externos. Nessas condições, sua instalação e manutenção são relativamente


mais simples, o que não invalida a necessidade de manutenções periódicas.

9.7 Mão de Obra

A CENIBRA adota um modelo misto de utilização da mão-de-obra no


desenvolvimento das atividades operacionais e de apoio (silvicultura, colheita, infra-
estrutura, topografia). Naquelas atividades em que a mão-de-obra provém de terceiros,
os contratos são estabelecidos e gerenciados de modo a garantir o atendimento à
legislação trabalhista, de segurança e saúde ocupacional. O monitoramento do
cumprimento ao que foi estabelecido no contrato é feito por equipe da CENIBRA,
conforme estabelecido em procedimento (Auditoria Integrada em Empresas Contratadas,
P0556 v4). A principal motivação para a terceirização é a existência de empresas
especializadas em determinadas atividades, que as executam com qualidade. A
CENIBRA envida esforços no sentido de evitar a precarização das condições de trabalho
destas empresas.
A figura 13 a seguir apresenta os municípios que fornecem mão-de-obra para o
processo florestal da CENIBRA.

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1 - SANTA BÁRBARA
2 - BARÃO DE COCAIS 29 1

3 - CATAS ALTAS 28 1

4 - ALVINÓPOLIS 30 1

5 - SÃO DOMINGOS DO PRATA


6 - BELA VISTA DE MINAS
7 - NOVA ERA
8 - ANTÔNIO DIAS 27 1
26
9 - DIONÍSIO
1

24 1
25 1

10 - CÓRREGO NOVO
11 - PINGO D´ ÁGUA
12 - BOM JESUS DO GALHO
13 - CARATINGA
14 - IPABA
15 - SANTANA DO PARAÍSO
23 1

16 - IPATINGA 2 22 1

17 - CORONEL FABRICIANO
18 - FERROS
19 - MESQUITA
20 - BELO ORIENTE
21 - NAQUE
22 - PERIQUITO 18 1

19
23 - AÇUCENA 1

24 - VIRGINÓPOLIS
25 - DIVINOLÂNDIA
26 - GUANHÃES
27 - SABINÓPOLIS
28 - SÃO JOÃO EVENGELISTA 16 1

15 1 14 1

29 - CANTAGALO
30 – PEÇANHA 17 1

Outros municípios: Cordeiros, S. Geraldo


da Piedade, Iapu, Jaguaraçu, João
Monlevade, Governador Valadares, 8
Muriaé, Santa Maria de Itabira, Mariana, 6
Itamarandiba, Turmalina.
13
7
12
2 9

10 11
5
1
1

1 3 Figura 13 – Municípios que fornecem


4 mão-de-obra para o processo florestal da
CENIBRA.

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10. PESQUISA FLORESTAL

As atividades de pesquisa florestal, além de contar com equipe especializada, em


diversas áreas da ciência florestal, tem como forte aliada a realização de parcerias com
Universidades e outras instituições de pesquisa, coordenadas por especialistas que
agregam conhecimento e têm como suporte estrutura de laboratórios bem equipados
para o atendimento das demandas de análises.
Os aspectos mais relevantes das principais áreas de atuação da Área de Pesquisa
Florestal são descritos a seguir:

10.1 Melhoramento Genético Florestal

A definição da matéria-prima (madeira) a ser utilizada por uma empresa de


celulose é uma tarefa de uma equipe multidisciplinar, envolvendo as áreas operacionais,
pesquisa, genética e de planejamento, no âmbito florestal, e as áreas de pesquisa,
processo e comercial, no âmbito industrial.

10.1.1. Conceitos

Na condução do Programa de Melhoramento Genético e Florestal da CENIBRA, a


ênfase é dada à hibridação interespecífica, envolvendo principalmente as espécies
E.grandis e E. urophylla, no programa de longo prazo.
Na estratégia de melhoramento é enfatizada a geração de genótipos híbridos
extremos, principalmente de híbridos dominantes, isto é, cuja média de produção supere
a média de produção das espécies parentais puras (E. grandis e E. urophylla).
Para efeito de condução do programa, envolvendo cruzamentos, são
consideradas as diferentes condições edafo-climáticas existentes na CENIBRA. Os
testes de progênies e clones são instalados em todas as condições da Empresa
consideradas representativas e de importância, tais como: relevo (baixada, encosta,
topo), solo (fertilidade, textura) e clima (temperatura, precipitação).

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10.1.2. Estratégias de Ação do Programa

Os três objetivos básicos, que constituem o tripé sustentador do Programa de


Melhoramento Genético Florestal são:

 Produtividade - Aumento de produtividade em termos de tSA/ha/ano,


com decréscimo do consumo específico de madeira expresso em volume
(m³/tSA) e em peso (t/tSA);

 Qualidade - Melhoria das propriedades da celulose, para atender


demandas específicas do mercado papeleiro e/ou para criação de novos
produtos/mercados;

 Diversidade Genética - Manutenção de um nível de diversidade


genética que proporcione estabilidade e/ou segurança às florestas
plantadas.

Para melhor organização e direcionamento dos trabalhos executados, 5 (cinco) linhas


de ações distintas, mas complementares, são consideradas:

 Linha 1 – Programa de desenvolvimento clonal

Esta linha de ação não envolve cruzamentos entre árvores. Trata-se da instalação
de testes clonais, nas condições da empresa, a partir da seleção e clonagem de
árvores híbridas de materiais genéticos já disponíveis ou até outras espécies
arbóreas aptas à produção de celulose.
a) materiais da própria empresa, crescendo em plantios comerciais e/ou
experimentais, por semente;
b) materiais de outras empresas, clones e/ou árvores híbridas, por meio de
compra e/ou permuta.

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 Linha 2 - Programa de Melhoramento Genético Florestal multiespécie


(PMGT)

Esta linha de ação envolve o cruzamento entre árvores, porém não permite
assegurar a obtenção sistemática de melhores híbridos a cada geração de
cruzamento e/ou ciclo de seleção. Como o próprio nome indica, busca-se por meio
de cruzamentos controlados ou não entre árvores puras de diferentes espécies
e/ou destas com clones híbridos e/ou entre estes, transferir características
desejáveis de uma espécie e/ou árvore para outra e vice-versa, sintetizando-as
em um só indivíduo híbrido. Este híbrido poderá ser simples (cruzamentos entre
árvores puras de duas espécies), triplo (cruzamentos de uma árvore pura de uma
espécie, com um híbrido simples) ou composto (cruzamento entre dois híbridos
simples de quatro espécies diferentes e/ou entre uma árvore de espécie pura com
um híbrido triplo, etc).

 Linha 3 - Programa de Melhoramento Genético Florestal de Longo Prazo


com Seleção Recorrente Recíproca (PMGR)

Esta linha de ação é a considerada como a espinha dorsal do programa e envolve


apenas as espécies E. urophylla e E. grandis, para geração de híbridos
intersepecíficos, segundo a estratégia de Seleção Recorrente Recíproca (SRR),
envolvendo polinização controlada, para a geração de progênies híbridas de meio-
irmãos e de irmãos completos.

 Linha 4 - Programa de Conservação da Base Genética

Esta linha de ação, conforme o próprio nome indica, visa conservar a variabilidade
genética das populações das espécies de interesse. A estratégia de
melhoramento utilizada baseia-se na seleção massal, através de
manutenção/instalação de Áreas de Produção de Sementes (APS) e Pomares de
Sementes por Mudas (PMS). Este método de recombinação, Seleção Recorrente
Simples (SRS), dentro de cada espécie pura difere daquele de recombinação da
Seleção Recorrente Recíproca (SRR), no objetivo e na pressão de seleção.

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 Linha 5 - Novas Tecnologias

a) Utilização da Biotecnologia
A área da genética molecular mostra-se com grande potencial para o
melhoramento florestal, como ferramenta auxiliar às técnicas utilizadas
tradicionalmente, com base na genética quantitativa, que estão sendo propostas
no presente documento.

Vislumbra-se o seu auxílio para:

 Identificação, diversidade genética, discriminação de clones-elite e


matrizes, proteção varietal, caracterização de população de melhoramento
utilizando ferramentas de biologia molecular;

 Identificação de regiões genoma específicas através de marcadores


moleculares relacionadas às características de interesse (principalmente:
qualidade de madeira e resistência a ferrugem);

 seleção precoce assistida, por marcadores moleculares, para


racionalização de tamanho e de tempo de avaliação dos testes de progênies.

A CENIBRA participa do grupo de pesquisa do genoma do eucalipto, denominado


GENOLYPTUS, que é um consórcio constituído por 12 empresas florestais, 7
(sete) instituições de pesquisa e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Também em convênio com a Universidade Federal de Viçosa, através do Centro
de Biotecnologia Agropecuária, participou durante os anos de 1999 e 2000, o
estudo de divergência genética para 390 árvores matrizes de E. grandis, 495
árvores de E. urophylla, visando a formação de grupos divergentes para
cruzamento, bem como para clones comerciais, buscando conhecer a distância
genética entre eles, para orientar a formação de mosaicos monoclonais, evitando-
se o plantio de áreas contíguas com clones geneticamente próximos.

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Atualmente, a CENIBRA participa de Projeto de Seleção Genômica Ampla (SGA),


parceria com a EMBRAPA e duas empresas do setor, em que consiste gerar um
modelo matemático a partir de 1000 indivíduos selecionados da população da
CENIBRA para encontrar marcadores moleculares ligados ou associados às
características de interesse (Rendimento de celulose, densidade básica,
resistência a ferrugem etc.) para utilização em seleção precoce de materiais
superiores no Programa de Melhoramento Genético de eucalipto.

b) Utilização da Seleção Precoce

Os programas de melhoramento genético e florestal se baseiam, numa primeira


etapa, na avaliação e seleção de genótipos superiores de espécies puras,
visando, posteriormente, utilizá-los para recombinação e para hibridação.
Seqüencialmente, testes de progênies puras e híbridas são instalados, visando
dar continuidade ao melhoramento das espécies puras e à obtenção de híbridos
superiores para utilização nos plantios comerciais. Geralmente as avaliações
silviculturais e tecnológicas destes materiais são efetuadas nas idades
estabelecidas como ideais para corte, 6 a 7 anos, no caso de utilização da
madeira para celulose. Este fato, aliado ao tempo requerido para avaliação,
clonagem/enxertia e florescimento das árvores para novos cruzamentos, faz com
que o tempo decorrido do cruzamento: a) até a obtenção de clones híbridos para
plantio seja, pelo menos, de 14 anos, e; b) para a obtenção de novas sementes
híbridas de cruzamentos recombinados de, no mínimo, 21 anos.
A seleção precoce visa reduzir estes prazos para 6 anos, no caso de
obtenção de híbridos, e para 9 anos, no caso de obtenção de novas sementes
híbridas, efetuando-se a avaliação das árvores aos 3 anos de idade, ao invés de 6
anos.

10.2. Manejo e Controle de Pragas Florestais

Na CENIBRA, em virtude de características ambientais da região e do modelo de


manejo das florestas, não tem ocorrido pragas florestais que promovam danos

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econômicos expressivos, com exceção das formigas cortadeiras. A manutenção da


população de pragas florestais abaixo do nível de dano econômico é fundamental para
garantir a produtividade dos plantios. Para isso é implementado o Manejo Integrado de
Pragas visando preservar os fatores de controle populacional, tendo-se como base o
respeito aos aspectos ecológicos, sociais e econômicos. O monitoramento das pragas
florestais esporádicas é feito pelos monitores florestais, que além de proteger o
patrimônio da empresa, auxiliam na detecção de eventuais focos de insetos praga.
Dessa forma, ao ser localizado um foco de inseto praga, o mesmo é monitorado até a
sua extinção ou, caso necessário, o seu combate, que somente ocorre ao se iniciarem os
danos econômicos. Nesta atividade são utilizados produtos biológicos, catação manual e,
em último caso, com uso de inseticida químico devidamente registrado no órgão
competente.
O controle de formigas cortadeiras, que é uma praga constante, no primeiro e
segundo ano de idade, é feito sistematicamente por equipes treinadas com o uso de
iscas formicidas granuladas à base de sulfluramida (P0437 v11 - Combate à Formiga),
exceto as regiões de baixada de Belo Oriente e Ipaba onde esses combates são feitos
até o terceiro ano).
Nas outras idades dos plantios, previamente, é feito o monitoramento de formigas
cortadeiras que, com o emprego de modelos estatísticos determina ou não a
necessidade de controle (P0581 v7 - Monitoramento de Formigas Cortadeiras).
A Empresa estabeleceu um Plano de Otimização do Uso de Defensivos Agrícolas,
que fornece as diretrizes para a condução e otimização do Manejo Integrado de Pragas,
Doenças e da Matocompetição. O Plano está arquivado no Departamento de
Planejamento e Pesquisa, área de Desenvolvimento (GGF-P).

10.3. Solos e Nutrição e Manejo Florestal

Na CENIBRA, o fator edáfico de produção representa um diferencial que pode


garantir tanto o aumento do potencial competitivo, em função dos significativos potenciais
de resposta do eucalipto a fertilizantes, associados às características físicas desses
solos extremamente favoráveis ao cultivo de florestas, como também pode levar a

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perdas desse potencial competitivo em função da elevada susceptibilidade à degradação


química e física.
Buscando formas de garantir a conservação desse recurso (com qualidade
satisfatória), a CENIBRA desenvolve vários trabalhos nas áreas de solo e de manejo. As
áreas de atuação e os respectivos objetivos são descritos abaixo:

 Levantamento e Classificação de Solos (conhecer as características do solo


que são de interesse para o cultivo do eucalipto, visando à definição de
unidades de manejo; uma unidade de manejo é formada pelo agrupamento
de áreas homogêneas quanto aos atributos clima, solo e relevo);
 Fertilidade e Nutrição (corrigir e manter a capacidade produtiva do solo
durante todo o processo de produção florestal);
 Conservação do Solo e da Água (definir medidas visando à conservação do
solo e o aumento da quantidade de água disponível no solo);
 Utilização de Modelos Baseados em Processos para a Estimativa da
Produtividade Florestal (entendimento e modelagem de todos os processos
envolvidos na produção florestal e simulação dos efeitos de variações
climáticas e edáficas sobre o crescimento do eucalipto);
 Climatologia (monitorar e disponibilizar informações climáticas das áreas de
atuação);
 Manejo da Matocompetição (otimização do uso de herbicidas e de outras
formas de controle de plantas infestantes);
 Manejo da Regeneração (desenvolvimento de técnicas de manejo que
possibilitem a condução de florestas pelo sistema de talhadia).
 Portanto, os trabalhos desenvolvidos nestas áreas têm como finalidade
potencializar a capacidade produtiva dos sítios e a manutenção de sua
qualidade, garantindo desse modo a sustentabilidade do processo de
produção de madeira na CENIBRA.

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10.4. Qualidade da Madeira

Com objetivo de suportar a seleção de materiais genéticos com foco na relação


Floresta / Indústria / Cliente, ou seja, produzir madeira atendendo não somente os
aspectos silviculturais, mas também, garantindo o melhor desempenho no
processamento industrial e a produção de polpa adequada às demandas dos clientes, a
empresa possui um laboratório na área de Pesquisa Florestal, para realização de
análises básicas, como: densidade da madeira, constituintes químicos e rendimento de
celulose.
A padronização das análises está descrita nos Procedimentos P0379 v5
(Determinação de Umidade e das Densidades: a granel, básica e aparente da madeira,
cavacos e da casca da madeira) e P0316 v5 (Cozimento em Laboratório).
A CENIBRA introduziu como tecnologia de avaliação da qualidade da madeira, a
introspecção com radiação infravermelha. Uma forma mais rápida, barata e com
amostragem não destrutiva das árvores. Dessa forma, evitando o longo e dispendioso
processo de utilização de química úmida, além de proporcionar o aumento da
capacidade de análise no programa.

10.5. Produção Científica

A CENIBRA desenvolve, incentiva e apóia trabalhos de pesquisa científica que


tenham como referência suas atividades de planejamento, práticas operacionais e de
cuidados ambientais. Abaixo, está a produção científica proporcionada pela atuação
direta ou indireta da CENIBRA em sua área de influência:

10.5.1. Trabalhos publicados em periódico estrangeiro

1. MORALES, N.E.; ZANÚNCIO, J.C.; PRATISSOLI, D. & FABRES, A.F. Fluctuación


poblacional de Scolytidae en reflorestamientos de Eucalyptus grandis Hill e Maiden, en
Antonio Dias, MG, Brasil. Revista de Biologia Tropical. 48 (1): 101-107,2000.

2. MEDEIROS, R.S.; RAMALHO, F.S.; LEMOS, W.P.; ZANÚNCIO, J.C. Age-


dependent fecundity and life-fertility tables for Podisus nigrispinus (Dallas) (Het:
Pentatomidac). Journal of Applied Entomology. 124 (7-8): 319-324, 2000.

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3. MURTA, A. F. ; KER, F.T.O. ; COSTA, D.B. ; ESPÍRITO-SANTO, M.M. ; FARIA,


M.L. . Efeitos de Remanescentes de Mata Atlântica no Controle Biológico de Euselasia
apisaon (Dahman) (Lepidoptera: Riodinidae) por Trichogramma maxacalii (Voegelé e
Pointel) (Hymenoptera: Trichogrammatidae). Neotropical Entomology (Impresso) , v. 2,
p. 229-232, 2008.

4. OLIVEIRA, H.N.; ZANÚNCIO, J.C.; PRATISSOLI, D. & CRUZ, I. Parasitism rate


and viability of Trichogramma maxacali (Hym.: Trichogrammatidae), parasitoid of the
Eucalyptus defoliator Euselasia apisaon (Lep. Riodinidae), on eggs of Anagasta
kuehniella (Lep.: Pyralidae). Forest Ecology and Management 130 (1-3); 1-6. 2000.

5. REIS, Marcelo de Almeida ; ZANETTI, R. ; SCOLFORO, José Roberto Soares ;


FERREIRA, Maria Zélia ; ZANUNCIO, José C . Sampling of leaf-cutting ant nests
(Hymenoptera: Formicidae) in eucalyptus plantations using quadrant and Prodan
methods. Sociobiology, v. 50, p. 21-29, 2008.

6. ZANETTI, R. ; ZANUNCIO, José C . Monitoramento de formigas cortadeiras em


florestas cultivadas no Brasil. Manejo Integrado de Plagas y Agroecología, v. 75, p. 91-
92, 2006.

7. ZANÚNCIO, J.C.; NASCIMENTO. E.C.; GARCIA, J.F.; ZANÚNCIO,T.V. Major


lepidopterous defoliators of eucalypt, in the Soutreast Brasil. Forest Ecology and
Management 65 (1): 53-63. 1994.

8. ZANÚNCIO, T.V.; ZANÚNCIO, J.C.; MIRANDA, M.M.M. & MEDEIROS, A.G.B.


Effect of plantation age on diversity and population fluctuation of Lepidoptera collected in
Eucalyptus plantations in Brazil. Foresty Ecology and Management 108: 91-98. 1998.

10.5.2. Trabalhos publicados em revistas brasileiras

1. AMARAL, G.; NEVES, J.C.L.; KER, J.C.; LEITE, F.P. NOVAIS, R.F.
Disponibilidade de água e características físicas de diferentes classes de solos cultivados
com eucalipto na zona metalúrgica mineira. XIII Reunião brasileira de manejo e
conservação do solo e da água. (CD - resumo expandido) . Ilhéus, 2000.

2. AMARAL, G.; KER, J.C.; NEVES, J.C.L.; LEITE, F.P. NOVAIS, R.F. Produção de
biomassa de eucalipto e avaliação da reserva de nutrientes de diferentes classes de
solos cultivados com eucalipto na zona metalúrgica mineira. XIII Reunião brasileira de
manejo e conservação do solo e da água. (CD - resumo expandido). Ilhéus, 2000.

3. BUFALINO, Lina ; BIAGIOTTI, G ; MAGALHAES, J. F. S. ; ZANETTI, R. ;


CALEGÁRIO, Natalino . ESTIMATIVA DO NÍVEL DE DANO ECONÔMICO DE
FORMIGAS CORTADEIRAS HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM EUCALIPTAIS DA
CENIBRA. In: XX Congresso de Iniciação Cientifica da UFLA, 2007, Lavras. Resumos do
XX Congresso de Iniciação Cientifica da UFLA, 2007. p. sn.

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4. DALL´OGLIO, O.T.; ZANÚNCIO, J.C.; AZEVEDO, C.O. & MEDEIROS, A.G.B.


Survey of the Hymenoptera parasitoids in Eucalyptus grandis plantation and in a native
vegetation area in Ipaba, State of MInas Gerais, Brazil. An Soc. Entomol. Brasil 29 (3):
583-588. 2000.

5. DIAS JUNIOR, M.S.; LEITE, F.P.; WINTER, M.E. & PIRES, J.V.G. Avaliação
quantitativa da sustentabilidade da estrutura de um Latossolo Vermelho Amarelo
cultivado com eucalipto na região de Peçanha – MG. XXVIII Congresso Bras. C. Solo.
Londrina, 2001.

6. DIAS JUNIOR, M.S.; LEITE, F.P.; WINTER, M.E. & PIRES, J.V.G. Avaliação
quantitativa da sustentabilidade da estrutura de um latossolo vermelho amarelo cultivado
com eucalipto na região de Peçanha - MG. XXVIII Congresso Brasileiro de Ciência do
Solo. Londrina, 2001.

7. FÁBIO, P. R. J.. Plano de amostragem de formigas cortadeiras em reflorestamento


da Cenibra. 2003. 22f. Trabalho de conclusão de Curso (Graduação e Engenharia
Florestal) – Universidade Federal de Lavras. Orientador: Ronald Zanetti Bonetti Filho.
Palavras-Chave: Formigas cortadeiras; Amostragem.

8. FIRME, D. J., LANA, J. M., SOUZA, A. L. Corredores ecológicos e plantações


florestais em regiões de topografia montanhosa. 3º Congresso Brasileiro de
Desenvolvimento Sustentável para a Indústria de Base Florestal e de Geração de
Energia. Madeira 2006. Pg. 11-13.

9. LANA, J. M., FIRME, D. J., SOUZA, A. L. O papel do setor florestal na formação


de corredores ecológicos. Congresso Mineiro de Biodiversidade - COMBIO. Belo
Horizonte, 2006.

10. LEITE, F.P.; BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F.; SANS, L.M.A & FABRES, A.S.
Relações hídricas em povoamento de eucalipto com diferentes densidades
populacionais. R. Bras. Ci. Solo, 23:9-16, Viçosa, 1999

11. LEITE, F.P.; BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F. & FABRES, A.S. Acúmulo e
distribuição de nutrientes em Eucalyptus grandis sob diferentes densidades
populacionais. R. Bras. Ci. Solo, 22:419-426, Viçosa, 1998

12. LEITE, F.P.; BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F.; SANS, L.M.A & FABRES, A.S.
Crescimento de Eucalyptus grandis em diferentes densidades populacionais. Rev.
Árvore,21(3):313-321,Viçosa, 1997

13. LEITE, F.P.; BARROS, N.F.; SANS, L.M.A & FABRES, A.S. Regime hídrico do
Solo sob povoamento de Eucalipto, floresta nativa e pastagem, na região de Guanhães-
MG. Rev. Árvore, 21(4):455-462, Viçosa, 1997.

14. MACHADO, F.J.J.; CAMPOS, W.O.; CAPITANI, L.R. Caracterização da madeira


de Eucalyptus pilularis e estudos para produção de celulose kraft. Rev. Árvore, 12
(2):111-122, 1988.

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15. MENDONÇA, L. A.; ZANETTI, R.; SILVA, A. S.; SANTOS, A.; ZANUNCIO, J. C. ;
MEDEIROS, A. G. B.. Eficiência e análise econômica de combate à Atta spp. com
termonebulização. In: XVI SIMPÓSIO DE MIRMECOLOGIA, 2003, Florianópolis.
Resumo do XVI Simpósio de Mirmecologia. Florianópolis, SC: UFSC, 2003. v. 1, p.525-
526. Palavras-chave: Formigas cortadeiras; Controle de pragas; Custos de combate;
Termonebulização.

16. MOURA, Diogo Faustini, ALFENAS, Acelino Couto, PICOLI, Edgard Augusto
Toledo, LAIA, Marcelo Luiz, CRUZ, Cosme Damião, FONSECA, Sebastião Machado,
FERNANDES, David. Estudo da divergência genética entre clones de Eucalyptus
através da técnica de marcadores RAPD. In: X SIMPÓSIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA,
2000, Viçosa. Anais. 2000. p.93-93.

17. MENDONÇA, L. A.; SILVA, A. S.; ZANETTI, R.; RIZENTAL, M. S.. Estimativa do
formato ótimo de parcelas para amostragem de sauveiros (Hymenoptera: Formicidae) em
eucaliptais de Celulose Nipo-Brasileira S.A. – CENIBRA, em Belo Oriente, MG. In: XX
CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 2004, Gramado, Anais do XX
Congresso Brasileiro de Entomologia. 2004. p. 454-454. Palavras-Chave: Formigas
cortadeiras; Eucalipto; Monitoramento.

18. MORALES, N.E.; ZANÚNCIO, J.C.; MARQUES, E.N. & PRATISSOLI, D. Índices
populacionais de besouros Scolytidae em reflorestamentos de Eucalyptus grandis W. Hill
ex Maiden no município de Antonio Dias, Minas Gerais. Revista Árvore 23 (3): 359-363.
1999.

19. NOVAIS, R.F.; BARROS, N.F.; LEITE, F.P. & VILLANI, E.M.A. Avaliação da
eficiência do fosfato de Norte Carolina. 2214-2216. Resumo expandido Vol.IV. XXV
Congresso Bras. C. Solo. Viçosa, 1995.

20. NOVAIS, R.F.; BARROS, N.F.; FIRME, D.J.; LEITE, F.P. & VILLANI, E.M.A.
Eficiência agronômica de escórias de siderurgia. 2282-2284. Resumo expandido Vol.IV.
XXV Congresso Bras. C. Solo. Viçosa, 1995.

21. PEREIRA, J.M.M; ZANÚNCIO, J.C. SCHOEREDER, J.H. & SANTOS, G.P.
Agrupamento de oito povoamentos florestais em relação à fauna de lepidópteros
daninhos ao eucalipto, através de análise dos agrupamentos. Revista Brasileira de
Entomologia 39 (3): 647-652.1995.

22. PICOLI, Edgard Augusto Toledo, ALFENAS, Acelino Couto, LAIA, Marcelo Luiz,
DIAS, Luiz Antônio Santos, FONSECA, Sebastião Machado, FERNANDES David.
Divergência genética entre clones de Eucalyptus uruphylla por meio da análise de RAPD.
In: 46º CONGRESSO NACIONAL DE GENÉTICA, 2000, Águas de Lindóia/SP. Genetics
and Molecular Biology. 2000. v.23. p.481-481.

23. REIS, Marcelo de Almeida ; ZANETTI, R. ; VIQUE, B. ; MEDEIROS, Alex G B .


Rendimento operacional de dois métodos de amostragem de formigas cortadeiras em
eucaliptais em região de cerrado e de Mata Atlântica. In: XVIII Simposio de
Mirmecologia, 2007, Sao Paulo. Resumos do XVIII Simpósio de Mirmecologia. Sao

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Paulo, 2007. p. sn.

24. REIS, M. A.; ZANETTI, R.; SCOLFORO, J. R.; FERREIRA, M. Z.. Amostragem de
formigas cortadeiras (Hymenoptera: Formicidae) pelos métodos de quadrantes e de
prodan em eucaliptais da Mata Atlântica. XVII Simpósio de Mirmecologia, 2005.

25. REIS, M. A.; ZANETTI, R.; SCOLFORO, J. R. FERREIRA, M. Z..


Desenvolvimentoe validação de um plano de amostragem de formigas cortadeiras em
eucaliptais pelo método de transectos em faixa. XVII Simpósio de Mirmecologia, 2005.

26. REIS, M. A.; ZANETTI, R.; SCOLFORO, J. R.; FERREIRA, M. Z.. Distribuição
espacial e tamanhho ótimo de parcelas para amostragem de formigueiros em eucaliptais
da Cenibra XVII Simpósio de Mirmecologia, 2005.

27. REIS, Marcelo de Almeida ; ZANETTI, R. ; ZANUNCIO, José C ; MEDEIROS,


Alex G B . Optimum sample unit size for sampling of leaf-cutting ant nests in eucalyptus
plantations in the Atlantic forest region, Brazil. Environmental Entomology, 2007.

28. REIS, Marcelo de Almeida ; ZANETTI, R. ; SCOLFORO, José Roberto Soares ;


FERREIRA, Maria Zélia ; ZANUNCIO, José C . Sampling of leaf-cutting ant nests
(Hymenoptera: Formicidae) in eucalyptus plantations using quadrant and Prodan
methods. Sociobiology, v. 50, p. 21-29, 2008.

29. REIS, M. A.; ZANETTI, R.; SCOFORO, J. R. S.; FERREIRA, M. Z.. Amostragem
de formigas cortadeiras em eucaliptais pelos métodos de transectos em faixa e em linha.
Neotropical Entomology, 2005 (Submetidos).

30. REIS, M. A.; ZANETTI, R..Distribuição espacial e tamanho ótimo de parcelas para
amostragem de formigueiros em eucaliptais da Cenibra. Revista Árvore, 2005
(Submetidos).

31. REIS, M. A.; ZANETTI, R.; SCOFORO, J. R. S.; FERREIRA, M. Z.; ZANUNCIO, J.
C.. Uso do método de quadrantes para amostragem de formigas cortadeiras
(Hymenoptera: Formicidae) em eucaliptais. PAB, 2005 (Submetidos).

32. RIZENTAL, M. S.; SILVA, A. S.; MENDONÇA, L. A.; ZANETTI, R.. Estimativa da
distância ótima entre transectos para amostragem de formigas cortadeiras
(Hymenoptera: Formicidae) em reflorestamentos da Cenibra, em Belo Oriente, MG. In:
XX CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 2004, Gramado. Anais do XX
Congresso Brasileiro de Entomologia. 2004. p 451-451. Palavras-Chave: Sauveiros;
Eucalipto; Amostragem; Transectos; Monitoramento.

33. SANTOS, A.; ZANETTI, R.; REIS, M. A.; CARVALHO; G. A.. Plano de
Amostragem de Sauveiros (Hymenhptera: Formicidade) pelo método de quadrantes em
eucaliptais da Cenibra. In: XVIII CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFLA,
2005, Lavras. Resumos do XVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA. Lavras,
MG: Editora UFLA, 2005. v. 1, p.238-238. Palavras-Chave: Amostragem; Eucaliptais;
Formigas Cortadeiras; Métodos de Quadrantes.

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34. SANTOS, G.P.; ZANÚNCIO, T.V.; ZANÚNCIO, J.C. & MEDEIROS, A. G. B.


Biologia de Stenalcidia grosica (Lepdoptera: Geometridae) em folhas de Eucalyprus
urophylla e aspectos de sua ocorrência e controle. Revista Brasileira de Entomologia 41
(2/4): 229-232, 1998.

35. SANTOS, A.; ZANETTI, R.; CARVALHO, G. A.; MENDONÇA, L. A.. Tamanho
ótimo de parcelas para amostragem de formigas cortadeiras (Hymenoptera: Formicidae)
em eucaliptais da Cenibra. In: XVIII CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA
UFLA, 2005, Lavras. Resumo do XVIII Congresso de Iniciação Científica da UFLA.
Lavras, MG: Editora UFLA, 2004. Palavras-Chave: Formigas cortadeiras, Distribuição
Espacial; Eucalipto; Saúva.

36. SANTOS, A.. Planos de Amostragem de sauveiros em eucaliptais. 2005. 32f.


Iniciação Científica (Graduando em Engenharia Florestal) – Unieversidade Federal de
Lavras, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador:
Ronald Zanetti Bonetti Filho. Palavras-Chave: Amostragem; Formigas cortadeiras.

37. SANTOS, Alexandre dos ; ZANETTI, R. ; ZANUNCIO, José C ; MENDONÇA,


Lúcia Aparecida ; SILVA, Alan Souza ; MEDEIROS, Alex G B . Eficiência e custo de
combate a ninhos de Atta spp. (Hymenoptera: Formicidae) com termonebulização.
CERNE (UFL), v. 13, p. 23-27, 2007.

38. SILVA, G.G.C.; NEVES, J.C.L.; ALVARES, V.H.V.; LEITE, F.P. Diagnose
nutricional do eucalipto pelo DRIS, m-dris e CND. XXVIII Congresso Brasileiro de
Ciência do Solo. Londrina, 2001.

39. SILVA, G.G.C.; NEVES, J.C.L.; ALVARES, V.H.V.; LEITE, F.P. Diagnose
nutricional do eucalipto pelo DRIS, M-DRIS e CND. XXVIII Congresso Bras. C. Solo.
Londrina, 2001.

40. SILVA, Tatianne Gizelle Marques ; ZANETTI, R. ; LOUZADA, J. N. C. ; LACAU, S.


; Lacau, L.S.R . Efeitos de práticas silviculturais sobre a composição da comunidade de
formigas de serapilheira de eucaliptais, numa região de Mata Atlântica, MG. In: XVIII
Simposio de Mirmecologia, 2007, Sao Paulo. Resumos do XVIII Simposio de
Mirmecologia, 2007. p. sn.

41. SILVA, Tatianne Gizelle Marques ; ZANETTI, R. ; LOUZADA, J. N. C. ; LACAU, S.


; Lacau, L.S.R . Tempo de resiliência das comunidades de formigas de serapilheira em
eucaliptais tratados com herbicida e formicida, numa região de Mata Atlântica, MG. In:
XVIII Simposio de Mirmecologia, 2007, Sao Paulo. Resumos do XVIII Simpósio de
Mirmecologia, 2007. p. sn.

42. TEIXEIRA, U. R.; ZANETTI, R.; REZENDE, A. M. P.; Software para gerenciamento
de manejo de formigas cortadeiras. In: XVI CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
DA UFLA, 2003, Lavras. Resumo do XVI Congresso de Iniciação Científica da UFLA,
Lavras, MG: Editora UFLA, 2003. v. 1, p. 192-192. Palavras-Chave: Formigas
cortadeiras; software, manejo integrado de pragas.

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43. TEIXEIRA, U. R.; ZANETTI, R.; RESENDE, A. M. P.. Desenvolvimento de


coletores de dados para o software MIPFor. In: XVII CONGRESSO DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA DA UFLA, 2004, Lavras. Resumos do XVII Congresso de Iniciação
Científica da UFLA. 2004. Palavras-Chave: Software; Formigas cortadeiras.

44. ZANETTI, R.; ZANUNCIO, J. C.. Planos de Amostragem e tomada de decisão em


programas de manejo integrado de formigas cortadeiras (Hymenoptera: Formicidae) em
reflorestamentos. In: XX CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 2004,
Gramado. Anais do XX Congresso de Entomologia. 2004. p. 152-152. Palavras-Chave:
Formigas-cortadeiras; Dano econômico; Amostragem.

45. ZANETTI, R.; ZANUNCIO, J. C.; NUNES, A. J. M.; MEDEIROS, A. G. B.; SILVA,
A. S.. Combate sistemático de formigas cortadeiras com iscas granuladas, em eucaliptais
com cultivo mínimo. Revista Árvore, Viçosa, MG v. 27, n. 3, p. 387-392, 2003. Palavras-
Chave: Formigas cortadeiras; Controle de pragas; Eucaliptais; Isca formicida.

46. ZANETTI, R.. Causas de não-carregamento e de devolução de isca formicida


granulada usadas no combate à formigas cortadeiras em reflorestamento da Cenibra -
Celulose Nipo-Brasileira S.A.. 1999. Palavras-Chave: Formigas-Cortadeiras; controle de
pragas.

47. ZANETTI, R. . Monitoramento de formigas cortadeiras (Hymenoptera: Formicidae)


em florestas cultivadas. In: XVIII Simpósio de Mirmecologia, 2007, Sao Paulo. Resumos
do XVIII Simposio de Mirmecologia, 2007. p. sn.

48. ZANETTI, R. ; ZANUNCIO, José C . Monitoramento de formigas cortadeiras em


florestas cultivadas no Brasil. Manejo Integrado de Plagas y Agroecología, v. 75, p. 91-
92, 2006.

49. ZANETTI, R. ; ZANUNCIO, José C ; SILVA, Alan Souza ; MENDONÇA, Lúcia


Aparecida ; MATTOS, Jorge Olavo Souza ; RIZENTAL, Muriel Santos . Eficiência de
produtos termonebulígenos no controle de Atta laevigata (Hymenoptera: Formicidae) em
plantio de eucalipto. Ciência e Agrotecnologia, 2007.

50. ZANUNCIO, J.C.; FAGUNDES, M.; ZANÚNCIO, T. V. & MEDEIROS, A. G. B..


Principais lepidópteros pragas primárias e secundárias, de Eucalyptus grandis, na região
de Guanhães, MInas Gerais, durante o período de junho de 1989 a maio de 1990.
Cientifica 20 (1): 145-155, 1992.

51. ZANÚNCIO, T.V. ZANUNCIO, J.C. ZANETTI, R. & CAMPOS, W.O. Flutuação
populacional de lepidópteros em plantios de eucalipto na região de Nova Era, Minas
Gerais. Ciência e Prática 19 (2): 183-194. 1995.

52. ZANÚNCIO, J.C.; TORRES, J.B.; BORSSATTO, I. & CAMPOS, W.O. Ciclo
biológico de Bradsia coprophila (Lintner) (Diptera: Sciaridae) em estacas de Eucalyptus
grandis (Myrtaceae). Revista Brasileira de Entomologia 40 (2): 197-199.1996.

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53. ZANÚNCIO, T.V.; ZANÚNCIO, J.C.; FREITAS, M.F.; ALVES, J.B. & PEREIRA,
J.F. Influência da temperatura e precipitação pluvial nos lepidópteros associados a
eucaliptoculrua na região de Belo Oriente, Minas Gerais. Revista Ceres 40 (229): 288-
296. 1993.

54. ZANÚNCIO, J.C.; SANTOS, G.P.; ZANÚNCIO, T.V. & SMITH, M.R.B.
Levantamento e flutuação populacional de lepidópteros associados à eucaliptocultura: VI
– Região de Belo Oriente, Minas Gerais. Pesquisa Agropecuária Brasileira 28 (10): 1121-
1127.1993.

55. ZANUNCIO, J.C.; FREITAS, M.F.; ALVES, J.B.; ZANUNCIO, T.V.; CAPITANI, L.R.
Influência da temperatura e precipitação pluviométirca nos lepdópteros associados ao
eucalipto: I - região de Belo Oriente, Minas Gerais, junho de 1986 a maio de 1989
(apresentado no 6º Congresso Florestal - 1990 e publicado na Revista Árvore).

56. ZANUNCIO, J.C.; ALVES, J.B.; SANTOS, G.P.; ZANUNCIO, T.V.; CAMPOS,
W.O. Levantamento e flutuação populacional de lepidópteros associados à
eucaliptocultura: VI - região de Belo Oriente - Minas Gerais. Junho de 1987 a maio de
1988 (apresentado no 6º Congresso Florestal - 1990 e publicado na Revista Árvore).

57. ZANUNCIO, J.C.; FAGUNDES, M.; ANJOS N. dos ; ZANUNCIO, T.V.;


MEDEIROS, A.G.B. Levantamento e flutuação populacional de lepidópteros associados à
eucaliptocultura: V - região de Belo Oriente - Minas Gerais. Junho de 1986 a maio de
1987 (apresentado no 6º Congresso Florestal - 1990 e publicado na Revista Árvore).

10.5.3. Principais trabalhos elaborados em conjunto

1. Estudos da mandíbula, glândula mandibular e trato digestivo de formigas do gênero


Acromyrmex, com visas à determinação de castas (Formicidae, Myrmicinae) (trabalho
desenvolvido elo Prof. Flávio Henrique Caetano – Departamento de Biologia da UNESP,
Rio Claro – SP). Não houve aplicação prática.

2. Determinação do índice de vingamento de sauveiros (Trabalho realizado em


Guanhães, em 1982. ). Não houve aplicação prática.

3. Participação do PCMIP (Programa Cooperativo de Monitoramento de Insetos


Praga) de 1989 a 1992. Este trbalho começou a CENIBRA/UFV, sendo que o IPEF
coordenou por esse período. A partir de 1992 houve o rompimento com IPEF e a cenibra
continuou o programa com a UFV. A aplicação prática são subsídios para tomada de
decisão. Em caso de surto, treinamento de pessoal para detecção de focos, montagem
de entomoteca, conhecimento das espécies de insetos praga que ocorrem nas áreas de
abrangência da empresa.

4. Levantamento das espécies de formigas quenquéns em reflorestamento. Trabalho


realizado na regional Rio Doce. A aplicação prática foi o conhecimento da descrição de
três espécies de Acromyrmex e uma de Sericmyrmex o que ajuda na hora do combate.

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5. Criação massal do coleóptero Canthon sp. Este coleóptero é inimigo natural de


tanajuras. As coletas foram realizadas em Guanhães e a criação na ESALQ-USP. (O
trabalho não foi concluído e não houve aplicação prática.

6. Dinâmica de frações de boro, cobre, ferro manganês e zinco em solos de Minas


Gerais e a sustentabilidade da produção de eucalipto.

10.5.4. Teses de Doutorado

1. BRAGA, Francisco de Assis. Uso de análise discriminante na identificação de


características ambientais determinantes da capacidade produtiva de povoamentos de
eucalipto. Outubro/1997

2. DALL´OGLIO, Onice Terezinha. Heterogeneidade da vegetação vs. controle


biológico natural de insetos desfolhadores em eucalipto (em andamento).

3. FERREIRA, Gilvan Barbosa. Dinâmica de frações de boro, cobre, ferro, manganês e


zinco em solos de minas gerais e a sustentabilidade da produção de eucalipto (em
andamento).

4. LEITE, Fernando Palha, Relações nutricionais e alterações de características


químicas de solos da região do Vale do Rio Doce pelo cultivo do eucalipto. Março/2001.

5. MENDONÇA, L. A.. Métodos de amostragem de formigas cortadeiras em


reflorestamentos. Tese (Doutorado em Agronomia (Entomologia)) – Universidade Federal
de Lavras. 2003.

6. RIBEIRO, Genésio Tâmara. Ocorrência e caracterização de Phoracanta


semipunctata em eucalipto (em andamento).

7. REIS, M. A.. Avaliação da qualidade do combate monitorado de formigas cortadeiras


em reflorestamentos da CENIBRA. Tese (Doutorado em Agronomia (Entomologia)) –
Universidade Federal de Lavras. 2005.

8. RODRIGUES, Emanuela Forestieri do Gama. Carmo e nitrogênio da biomassa


microbiana do solo e da serapilheira de povoamentos de eucalipto. Outubro 1997.

9. SANFUENTES, Eugênio Alfredo. Caracterização de isolados, flutuação populacional


e controle biológico de Rhizoctonia em jardim clonal de Eucalyptus. 2000. Tese
(Agronomia (Fitopatologia)) - Fundação Universidade Federal de Viçosa.

10. SILVA, A. S. Determinação de nível de dano econômico de formigas cortadeiras em


reflorestamentos da CENIBRA. Tese (Doutorado em Agronomia (Entomologia)) –
Universidade Federal de Lavras. 2003.

11. SILVEIRA, Silvaldo Felipe. Etiologia e controle da mela de estacas e da queima de


folhas de eucalipto, causadas por Rhizoctonia spp. 1996. Tese (Agronomia

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(Fitopatologia)) - Fundação Universidade Federal de Viçosa.

10.5.5. Teses de Mestrado

1. AMARAL, Gilmar do, Influência de características químicas e físicas de cinco


diferentes solos da zona metalúrgica mineira na produtividade do eucalipto.Julho/1999.

2. ALVES, A.P. Índices faunísticos de alguns lepidópteros em florestas de Eucalytpus


grandis Hill. ex Maiden (Myrtaceae). Viçosa, UFV, 77P. 1992.

3. BRAGA Daniele de Lima Braga. Respostas da comunidade de formigas


(Hymenoptera: Formicidae) ao ecótone eucalipto-floresta secundária em três paisagens
de Minas Gerais. 2008. 0 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia Aplicada) - Universidade
Federal de Lavras, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

4. CALEGÁRIO, N. Parâmetros florísticos e fitossociológicos da regeneração natural


de espécies arbóreas nativas no sub-bosque de povoamentos de Eucalyptus, no
município de Belo Oriente, MG.. 1993. 0 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) -
Universidade Federal de Viçosa, CNPq.

5. COELHO, Lisias. Variabilidade fisiológica de Puccinia psidii winter-ferrugem do


eucalipto. 1988. Dissertação (Agronomia (Fitopatologia) - Fundação Universidade
Federal de Viçosa.

6. CONCEIÇÃO, M.F. Análise comparativa da fauna de lepídopteros desfolhadores em


povoamento de eucalipto em três regiões do estado de Minas Gerais. Viçosa – UFV. 62p.
1992.

7. DALL´OGLIO, Onice Terezinha. Análise faunística de Lepidoptera e de


Hymenoptera parasitóides em um transecto eucaliptal-mata nativa em Ipaba-MG Viçosa,
UFV. 60p. 1999.

8. FARIAS, N.E. Estudos populacionais de Scolytidae em reflorestamento de


Eucalyptus grandis Hill Ex Maiden, em Antônio Dias – MG – UFV, 54p. 1996.

9. GATTO, Alcides, Manejo do solo em áreas de refoma de floresta de eucalipto e


seus reflexos na produtividade. Junho/2000.

10. GONÇALVES, Rivadalve Coelho. Iscas para quantificação de Cylindrocladium spp.


no solo e flutuação da densidade de inoculo do patógeno em jardim clonal de Eucalyptus
spp. 1999. Dissertação (Agronomia (Fitopatologia) – Fundação Universidade Federal de
Viçosa.

11. IMBELONI-HOSKEN, C. Análise da fauna de lepidópteros-praga em Eucalyptus


grandis em duas regiões do Vale do Rio Doce, Minas Gerais. Viçosa – UFV, 100 P. 1994.

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12. LANA, J. M.Ecologia da Paisagem da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce, Estado
de Minas Gerais. Universidade Federal de Viçosa – Dissertação de Mestrado, 2006.

13. LAZARI, Marceli Fernandes. Dinâmaica de nitrogênio e indicadores microbiológicos


da qualidade do solo sob florestas de eucalipto. (concluída – 2001)

14. LEITE, Fernando Palha. Crescimento, relações hídricas, nutricionais e lumínicas em


povoamento de Eucalyptus grandis em diferentes densidades populacionais. Julho 1996.

15. MARQUES, T. Avaliação da qualidade ambiental dos reflorestamentos da


CENIBRA. Dissertação (Mestrado em Entomologia) – Universidade Federal de Lavras.
2005.

16. MOREIRA, M.A.B. Patogenicidade de Beauveria bassiana (Balsamo) Vuillemin a


Bombyx mori (Lepidoptera: Bombycidae). Viçosa – UFV, 61 P. 1994.

17. Participação no prêmio FINEP de Inovação Tecnológica na categoria Processo com


o Projeto “Encapsulamento de microorganismos para a produção de biopesticidas”.
Inovação Tecnológica, Processo 2000. Sebrae/MG.

18. PEREIRA, R.C. Espécies de formigas cortadeiras em plantações de eucalipto –


Relação com fatores ambientais e consumo foliar. VIÇOSA – MG.

19. REIS, M. A. Estudo de métodos aleatório e de distâncias para a amostragem de


formigas cortadeiras em eucaliptais. Dissertação (Mestrado em Agronomia
(Entomologia)) – Universidade Federal de Lavras. 2005.

20. RIBEIRO, G.T. Flutuação populacional de Sarsina violascens (Lepidoptera:


Lymantriidae), no período de cinco anos, em Eucalyptus spp., em quatro regiões do
Brasil – Viçosa, UFV.

21. SACRAMENTO, Olivio Bahia do. Fluxo de água em povoamentos de eucalipto na


região do Rio Doce (em andamento).

22. SANTOS, Adriana Reatto dos. Caracterização mineralógica e avaliação da reserva


de alguns nutrientes, em solos sob eucalipto, da região do Vale do Rio Doce. 1993.

23. SANTOS, Mário Lúcio dos. Crescimento e acúmulo de nutrientes em povoamento


em função da fertilização com N e K (concluída - 2001).

24. SARAIVA, R.S. Estrutura da fauna de Lepidoptera e de Hymenoptera em área de


vegetação nativa e plantios de Eucalyptus grandis, em áreas da CENIBRA – Viçosa –
UFV, 73P. 1997.

25. SILVA, Gualter Guenther Costa da. Diagnose do estado nutricional de florestas de
eucalipto pela metodologia M-DRIS. (concluída - 2001).

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26. SKORUPA, Alba Lúcia Araújo. Acúmulo e decomposição da manta orgânica em


uma sequência de idades de plantações de eucalipto, na região do médio Rio Doce - MG
(em andamento).

27. TONELO, K. C. Análise hidroambiental da bacia hidrográfica da Cachoeira das


Pombas. Dissertação de Mestrado. Viçosa - UFV. 2005.

28. ZAUZA, Edival Angelo Valverde. Influência da cobertura morta da redução de


inoculo de Rhizoctonia e Cylindrocladium em jardim clonal de Eucalyptus. 2000.
Dissertação (Agronomia (Fitopatologia) – Fundação Universidade Federal de Viçosa.

10.5.6. Projetos de Pesquisa em Andamento

1. Título: Avaliação da qualidade do combate monitorado de formigas cortadeiras em


eucaliptais da Cenibra.
Objetivos: Avaliar a qualidade do monitoramento, do combate e da eficiÊncia do combate
de formigas cortadeiras de diferentes planos de amostragem utilizados em
reflorestamentos; Avaliar o efeito do material genético cultivado e da vegetação nativa
em eucaliptais.
Integrantes: Ronald Zanetti Bonetti Filho (Responsável); Marcelo Almeida Reis.

2. Título: Avaliação da qualidade dos reflorestamentos da Celulose Nipo-Brasileira S. A.


(Cenibra)
Objetivos: Fazer o levantamento da diversidade de formigas nos talhões cultivados e em
fragmentos de vegetação nativa da empresa; Verificar o efeito da fragmentação florestal
sobre a diversidade desses organismos; verificar a relação entre os parâmetros
estruturais dos talhões e dos fragmentos de vegetação nativa e a diversidade de
formigas; avaliar o grau de preservação dos talhões e dos fragmentos de vegetação
nativa da empresa e monitorar sua evolução no tempo; propor técnicas que minimizem
perdas de biodiversidade local.
Integrantes: Ronald Zanetti Bonetti Filho (Responsável); Tatiane Marques e Douglas
Armando.

3. Título: Estimativa do Crescimento externo de sauveiros (Hymenoptera: Formicidae)


em eucaliptais da Cenibra.
Objetivos: Desenvolver equações de crescimento externo de sauveiros de Atta sexdens
rubropilosa e Atta laevigata em eucaliptais de duas regiões da Cenibra.
Integrantes: Ronald Zanetti Bonetti Filho (Responsável); Alexandre dos Santos e Marcelo
Almeida Reis.

4. Título: Avaliação da eficiência de cupinicidas na Celulose Nipo-Brasileira S.A. –


CENIBRA.
Objetivos: Avaliar a eficiência de inseticidas para a proteção de mudas contra cupins.
Integrantes: Ronald Zanetti Bonetti Filho (Responsável); Alan Souza-Silva.

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5. Título: Plano de amostragem seqüencial de formigas cortadeiras em reflorestamentos


da Cenibra.
Objetivos: Ajustar o plano de amostragem seqüencial para formigas cortadeiras em
reflorestamentos da Cenibra; determinar a distribuição espacial dos formigueiros;
determinar a forma e o tamanho ótimo de parcelas; desenvolver o plano de amostragem
seqüencial; avaliar a precisão e o custo do plano; ajustar o melhor modelo em uma área
piloto; e aplicar o midelo testado em toda a área da empresa; elaborar o sistema de
monitoramento de formigas cortadeiras com amostragem seqüencial.
Integrantes: Ronald Zanetti Bonetti Filho (Responsável); Lucia Aparecida Mendonça.

6. Título: Amostragem de formigas cortadeiras em eucaliptais pelo método de


quadrantes.
Objetivos: Determinar a distribuição espacial dos formigueiros; determinar a distância e o
cumprimento ótimo dos transectos; desenvolver o plano de amostragem pelo método de
quadrantes; avaliar a precisão e o custo do plano.
Integrantes: Ronald Zanetti Bonetti Filho (Responsável); Alexandre dos Santos, Jose
Roberto Soares Scolforo e Marcelo de Almeida Reis.

7. Título: Programa de manejo integrado de formigas cortadeiras em reflorestamentos.


Objetivos: Desenvolver um plano de amostragem de formigas cortadeiras em
reflorestamentos, para reutilização em programas de combate monitorado dessa praga;
verificar a relação entre a densidade e o tamanho dos ninhos de Atta spp. e a produção
de madeira de Eucalyptus spp.; estimar o nível de dano econômico de formigas
cortadeiras em eucaliptais; determinar o efeito da idade e espécie de eucalipto e da
vegetação nativa circundante sobre as populações dessa praga e sobre os custos de
combate; e desenvolver um software para o gerenciamento das atividades de combate
dessa praga, buscando propor alternativas para seu manejo integrado em plantios
homogêneos de eucalipto.
Integrantes: Ronald Zanetti Bonetti Filho (Responsável); Marcelo Almeida Reis, Alan
Souza-Silva, Alexandre dos Santos, Antonio Maria Pereira de Rezende, José Roberto
Soares Scolforo, Ulisses Rezende Teixeira.

8. Título: Impacto ambiental do manejo de plantas daninhas em áreas de cultivo de


eucalipto: identificação florística, uso de herbicidas e qualidade do solo.
Objetivos: Etudar a população de plantas daninhas e sua dinâmica ao longo do ciclo de
cultivo do eucalipto manejado com uso do herbicida glyphosate; Criar um banco de
dados das espécies daninhas presentes na área e estudar a biologia (fisiologia, anatomia
vegetal, propagação, características competitivas, etc) das principais espécies problema;
Avaliar a interligação da pré-identificação das plantas daninhas para a correta indicação
das doses de glyphosate a serem usadas; Avaliar a faixa de controle das plantas
daninhas a ser controlada na linha de cultivo do eucalipto e os efeitos dessa prática
sobre a matéria orgânica e as características físicas do solo; Investigar, por meio de
bioensaios, a ação de herbicidas pré-emergentes em solos com diferentes teores de
matéria orgânica e de argila; Avaliar o potencial de lixiviação e de persistência do
isoxaflutole e oxyfluorfen em diferentes solos; Avaliar a atividade microbiana de solos
florestais submetidos à aplicação de oxyfluorfen, sulfentrazone e isoxaflutole; Avaliar os
efeitos da aplicação de herbicidas na colonização radicular de fungos micorrízicos em
eucalipto; Estudar os efeitos da aplicação de herbicidas usados em eucalipto sobre as

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bactérias solubilizadoras de fosfatos; Ajustar doses de glyphosate necessárias para o


controle de plantas sob diferentes níveis de sombreamento; Avaliar a segurança na
aplicação de herbicidas em eucalipto em turmas de trabalhadores recém treinadas no
curso exigido por lei na Norma Regulamentaria no 31.
Responsável: Leonardo Tuffi – UFMG

9. Título: Programa de Manejo de Cupins em Eucaliptais da CENIBRA.


Objetivos: Desenvolver planos de amostragem convencional e geoestatistico para
monitorar cupins de mudas, usando iscas atrativas; Fazer o inventário das espécies de
cupins em áreas cultivadas com eucalipto e correlacionar com as coletadas em isca
atrativa; Verificar o efeito do fipronil sobre a diversidade de cupins em eucaliptais;
Estimar o nível de dano econômico de cupins em sistema de combate preventivo;
Desenvolver um módulo para gerenciar o programa de monitoramento de cupins com
iscas atrativas no MIPFor 3.1.
Responsáveis: Ronald Zanetti e Alexandre Santos - UFLA

10. Título: Criação massal do parasitóide Trichogramma maxacalii, em hospedeiro


alternativo, para controle de Euselasia apisaon (Lepidoptera: Riodinidae) em cultivos de
eucalipto da CENIBRA.
Objetivo: Estabelecer criação massal de Trichogramma maxacalii (Hymenoptera :
Trichogramatidae) para controle de Euselasia apisaon (Lepidoptera: Riodinidae).
Responsável: Tania Santos – UNILESTE MG

11. Título: Biologia de Heilipodus sp. (Coleoptera: Curculionidae: Hylobiini) e seu


impacto na cultura do eucalipto
Objetivos: Estudar a distribuição espacial de Heilipodus naevulus nas áreas de plantio de
eucalipto; Avaliar a evolução do ataque de H. naevulus ao longo do tempo; Avaliar o
efeito da poda corretiva como técnica de recuperação de árvores de eucalipto atacadas
por H. naevulus.
Responsáveis: Norivaldo dos Anjos e Carlos Matrangollo – UFV.

12. Título: Projeto cooperativo de monitoramento e manejo de pragas exóticas em


florestas de eucalipto.
Objetivos: Monitorar as três pragas exóticas do eucalipto: psilídeo-de-concha Glycaspis
brimblecombei (Hemiptera: Psyllidae) e percevejo bronzeado Thaumastocoris peregrinus
(Hemiptera: Thaumastocoridae) em plantações de eucalipto; Manter criação e liberação
dos inimigos naturais do psilídeo-de-concha: parasitóide Psyllaephagus bliteus e do
percevejo predador Atopozelus opsimus; Realizar levantamentos de campo para
detecção de possíveis inimigos naturais do percevejo bronzeado; Avaliar inseticidas
biológicos à base de fungos entomopatogênicos para controle do psilídeo-de-concha e
do percevejo bronzeado.

13. Título: Melhoria do minijardim clonal com utilização de preparos homeopáticos.

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Objetivo: Avaliar o comportamento do minijardim clonal diante da aplicação dos


preparados homeopáticos. Com este estudo será possível identificar o preparado
homeopático que atende a individualidade do minijardim. Esta homeopatia age de forma
sistêmica no minijardim, e sua atuação poderá ser observada de várias formas. O
convívio do minijardim com as moléstias será diferenciado, as respostas positivas ao
manejo homeopático serão observadas além da infestação do oídio.
Responsável: Carlos Wilcken – UNESP/IPEF

11. GESTÃO DO MATERIAL GENÉTICO

Na CENIBRA, a utilização de mudas clonadas teve início em 1990, e até o ano de


2000 a Empresa utilizou em pequenas proporções mudas provenientes de sementes.
Com o uso dos clones nos plantios comerciais, iniciou-se a preocupação com a
diversidade biológica entre os materiais plantados comercialmente, fato este que não
acontecia com o uso de sementes.
A diversidade encontrada nos plantios por semente tinha como principal vantagem
uma estabilidade ecológica, porém num mercado competitivo seria impossível uma
empresa sobreviver se não absorvesse as novas tecnologias disponíveis, em especial a
clonagem ou estaquia. De forma a assegurar a sustentabilidade econômica, ambiental e
social do empreendimento, a Empresa se preocupa com o número de clones a serem
utilizados, diferenças genéticas entre os clones, tamanho das unidades de manejo e
distribuição dos clones nas unidades de manejo.
Assim, para a recomendação de clones para o plantio comercial é importante o
conhecimento do grau de parentesco entre eles, informação essa que pode ser obtida de
duas formas: uma através do próprio histórico do clone (família e origem); e outra através
do uso de ferramentas da biologia molecular, como por exemplo, o estudo baseado em
marcadores moleculares.
Antes de um determinado clone ser recomendado para uma região específica,
este passa por uma série de testes experimentais, nos quais foram testados sua
adaptação, resistência a pragas e doenças, comportamento silvicultural e tecnológico.
Como ocorre com a maioria dos seres vivos, o eucalipto interage com o meio ambiente, e
assim é de se esperar que um clone seja indicado para uma região e não para outra, o
que pode ser constatado nas indicações de plantio dentro das áreas da CENIBRA. Tal
interação material genético x ambiente é vantajoso em dois aspectos, um no que se

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refere à questão da diversidade e outra na especificidade e consequentemente a


otimização do processo produtivo.
Em função da grande heterogeneidade edafoclimática (solo, água e clima) e
topográfica das áreas da Empresa, esta é dividida em regiões, regionais, projetos e
talhões. Para a divisão das áreas da Empresa em regionais e regiões, são utilizados
diversos fatores, tais como tipos de solos, fertilidade natural, potencial produtivo,
interação do material genético com o ambiente, além do clima. Os fatores que mais
contribuem para diferenças em produtividade e adaptação do material genético são os
das condições edafoclimáticas. Portanto, agruparam-se as áreas em duas regiões:
região baixa e região alta, assim denominadas com base na altitude.
Refinando-se um pouco mais o critério para indicação de clones, as áreas altas e
baixas estão também divididas de acordo com os escritórios regionais a que pertencem
(Nova Era, Rio Doce e Guanhães), que também possuem especificidades
edafoclimáticas.
Atualmente o talhão é a menor unidade de manejo, e a recomendação para
plantios comerciais é realizada considerando-se tal unidade, tendo-se o cuidado para
não se recomendar um mesmo clone para talhões vizinhos. Assim, sabendo-se que em
média os talhões apresentam uma área de 26 ha, e que quando o talhão é muito grande
(superior a 50 ha) geralmente planta-se mais de um clone por talhão. Na Empresa não
são encontradas áreas contínuas extensas com um mesmo clone, o que em parte
garante uma boa diversidade da composição florestal.

Quadro 22 - Distribuição e área dos talhões por Regional


Quantidade (nº) Área (ha)
Regional
Projetos Talhões Mínimo Máximo Médio
Rio Doce 94 1.578 0,13 125,28 28,47
Guanhães 161 1.476 0,15 118,85 24,18
Nova Era 181 2.153 0,15 113,89 22,65
TOTAL 436 5.207 0,13 125,28 24,85
Fonte: GGF-O

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12. GESTÃO DA QUALIDADE FLORESTAL

Desde 1998 a CENIBRA gerencia seus programas de qualidade florestal através da


série ISO (Organization International for Standardization) - 9000. A adoção de controles
de qualidade de processo nas operações florestais permite que cada uma delas seja
mensurada e monitorada "in loco", por meio de procedimentos específicos, formulários
de controle, gráficos seqüenciais e demais métodos de acompanhamento, permitindo a
adoção de ações preventivas e corretivas ao longo de todo o processo e possibilitando
que os desvios ocorridos na realização de cada uma das operações possam ser
gerenciados e controlados de forma adequada. Atualmente, o controle de qualidade de
processo das operações florestais é realizado pelas Empresas Prestadoras de Serviços
ou pela CENIBRA, dependendo da natureza da operação. Regularmente, são realizadas
visitas a campo objetivando discutir melhorias no processo florestal, sendo também
realizadas auditorias nas operações controladas.
O principal objetivo da realização de controles de processo nas operações de
Silvicultura e Viveiro é garantir que as recomendações técnicas feitas pela área de
pesquisa e desenvolvimento sejam atendidas no que se refere aos aspectos como
produção de mudas, adubações, manejo florestal, preparo de solo e espaçamento de
plantio, entre outras. Nas operações de Colheita, como corte, baldeio, traçamento,
destopamento e carregamento, o maior objetivo é maximizar o aproveitamento da
madeira disponível nos talhões, também seguindo critérios preestabelecidos.
As operações que possuem controle de qualidade (controle estatístico de processo
ou monitoramento qualitativo) no momento da realização são apresentadas no Quadro
23.

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Quadro 23 - Itens de Controle da Qualidade

Operação Itens de Controle


 Temperatura de água de desinfecção
Produção de Mudas

 Seleção de tubetes
 Coleta de brotos
 Estaqueamento
 Seleções na fase de crescimento
 Expedição
 Aplicação de herbicida
 Aplicação de adubo
Operações Silviculturais

 Alinhamento / Marcação
 Coveamento
 Plantio
 Subsolagem
 Combate à formiga
 Monitoramento da matocompetição
 Utilização de insumos e devolução de embalagens utilizadas
 Corte
Operações de Colheita e

 Desgalhamento
Transporte Florestal

 Destopamento
 Baldeio
 Traçamento
 Carregamento
 Verificação de cargas na estrada
 Verificação de pilhas na estrada

13. MEIO AMBIENTE

Com o reconhecimento, na Política do Sistema Integrado de Gestão, do


desenvolvimento sustentável como uma das bases para as suas atividades de produção
de madeira e celulose, a CENIBRA desenvolve uma série de ações no sentido de
promover a proteção dos recursos naturais existentes em sua área de atuação, bem
como a conscientização ambiental de seus trabalhadores e das comunidades.

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Com práticas operacionais referenciadas em procedimentos no contexto das normas


ISO 9001-2008 e 14001-2004, e com a adoção de um intenso programa de
monitoramento e melhoria dos recursos naturais, a Empresa garante a prevenção e a
minimização dos impactos ambientais decorrentes de suas atividades, além da proteção
do patrimônio natural existente nas áreas de reservas e de preservação permanente, que
correspondem em cerca de 40% de sua área total.
A identificação dos aspectos e impactos ambientais significativos, no levantamento e
análise dos aspectos e impactos ambientais e dos perigos e riscos ocupacionais (P0508
v11); o estabelecimento dos Objetivos e Metas do Sistema da Qualidade (P0419 v17); a
Execução e Gerenciamento de auditorias internas (P0417 v19); e o Controle de
documentos do sistema integrado de gestão (P0509 v11) compõem o conjunto de
referências e ações que garantem que o cultivo e a colheita do eucalipto sejam
desenvolvidos de forma ambientalmente saudável e que o desempenho ambiental da
Empresa esteja em contínuo processo de melhoria.
De forma a elaborar e conduzir projetos específicos de caracterização da
biodiversidade, manejo dos recursos naturais, monitoramentos, relação institucional com
as comunidades e educação ambiental, a Empresa criou, em 2000, um departamento
específico para o trato destas questões, a Superintendência Florestal – Meio Ambiente
(SPF-M); em 2007, dentro do programa de reestruturação organizacional, esta
coordenação foi transferida para a ASMIF – Assessoria de Meio Ambiente Industrial e
Florestal. Em 2008, após uma nova reestruturação, a área foi renomeada para
Departamento de Meio Ambiente e Qualidade – DEMAQ. A seguir são apresentadas as
linhas de ação do DEMAQ relativas ao processo florestal, e suas diretrizes, de forma a
garantir a sustentabilidade do empreendimento, interagindo com todos os seguimentos
produtivos e interfaces externas, inserindo as variáveis ambientais em toda cadeia
produtiva, assegurando uma convivência harmoniosa com o meio ambiente.

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13.1. Monitoramentos

Diretrizes:
 Promover estudos e investigações de modo a identificar tendências de
impactos na fauna, flora e água oriundos das atividades florestais, provendo
dados e conhecimentos que subsidiem ações preventivas e mitigadoras;
 Mapear e classificar sítios de relevante valor ambiental, histórico, arqueológico
e cultural nas áreas de atuação da empresa. Promover a recuperação dos
passivos;
 Promover parcerias com instituições de pesquisa, universidades e ONGs, para
enriquecer a base de conhecimento sobre os ecossistemas nas áreas de
atuação da empresa.

13.2. Atividades Operacionais

13.2.1. Recuperação Ambiental

Diretrizes:
 Mapear e classificar os passivos ambientais nas áreas de atuação da empresa
e definir estratégias de atuação;
 Prover a Empresa de mecanismos legais e estratégias operacionais para:
remoção de eucalipto em áreas de preservação permanente e reserva legal,
manejo da paisagem às margens de vias públicas e proximidades de
assentamentos urbanos, revegetação de áreas de alto valor ecológico e
reversão de processos erosivos.

13.2.2. Controle Ambiental

Diretriz:
 Desenvolver e implementar processos de acompanhamento das atividades
florestais e apoio às áreas operacionais nas tomadas de decisão, de modo a
garantir a melhoria contínua dos processos sob a ótica ambiental.

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13.2.3. Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN Fazenda Macedônia

Diretrizes:
 Desenvolver trabalhos de conservação da biodiversidade e estudos biológicos;
 Incentivar e promover a visitação à RPPN da comunidade local e dos
empregados, de acordo com a política ambiental da CENIBRA.

13.2.4. Participação em Comitês e Conselhos

Diretriz:
 Representar a CENIBRA em comitês de bacias hidrográficas, conselhos de
defesa de meio ambiente e outros afins.

13.2.5. Legislação

Diretriz:
 Participar de estudos e atuar junto à área jurídica da CENIBRA de modo a
garantir que o manejo florestal respeite todas as leis nacionais e locais, bem
como exigências administrativas.

13.3. Educação e Comunicação Ambiental

Política:
Desenvolver um processo de educação ambiental em consonância com as políticas da
qualidade da Empresa, que seja executado de forma sistemática e integrado ao processo
florestal; mudando paradigmas referentes à cultura do eucalipto, promovendo a
consciência ambiental e colaborando para o exercício da cidadania.
Diretrizes:
 Promover a sensibilização e a conscientização ambiental do público interno
envolvido nas atividades operacionais do processo florestal;
 Elaborar e implementar processos de comunicação visando capacitar
multiplicadores internos para demonstrar ao público externo o
comprometimento da Empresa com o desenvolvimento sustentável;

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 Informar e conscientizar os gerentes, coordenadores, supervisores e


monitores, bem como os administradores dos serviços terceirizados, sobre os
principais assuntos inerentes a cada regional, no que se refere à fauna, flora e
recursos hídricos.
 Estabelecer mecanismos corporativos de integração entre a Empresa e seus
confrontantes e participantes do programa de Fomento Florestal.
 Manter um mecanismo de comunicação (CENIBRA Móvel) que leve às
comunidades informações sobre o manejo florestal e os projetos sociais e
ambientais desenvolvidas pela CENIBRA;
 Promover a educação ambiental, por meio da formação de multiplicadores na
rede pública de ensino, como ferramenta para a mudança de comportamento
das pessoas com relação às questões de cidadania e meio ambiente; e
 Proporcionar o estreitamento da relação CENIBRA: Comunidade, criando
oportunidades para que a comunidade conheça o processo florestal, o
industrial e a importância econômica e ambiental dessas atividades;

Cada linha de ação, com base nas suas respectivas diretrizes, dá origem a
programas e atividades que são desenvolvidas pelas áreas operacionais e de apoio da
CENIBRA, por prestadores de serviços, além de parcerias estabelecidas com
organizações não-governamentais e de pesquisa e extensão. A seguir estão descritos os
principais programas desenvolvidos e seus objetivos (Quadro 24).

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Quadro 24 – Descrição das Linhas de Ação e Programas ambientais desenvolvidos no


Departamento de Meio Ambiente e Qualidade - DEMAQ.
PROGRAMA
LINHA DE
AÇÃO

DESCRIÇÃO / OBJETIVOS

O programa de monitoramento, numa fase inicial, consistiu de levantamentos de


entomofauna, avifauna, mastofauna, ictiofauna e herpetofauna, utilizando-se de
convênios e contratação de serviços de Universidades e institutos de pesquisas.
Elegeu-se como bioindicadores as aves e os mamíferos de médio e grande porte,
sendo que o trabalho de monitoramento está a cargo da MANEJO Instituto de
1. Fauna

Pesquisas e Consultoria Ambiental Ltda. O trabalho de campo ocorre em pontos


representativos das diferentes regionais de atuação da CENIBRA. Estes estudos vêm
demonstrando a alta riqueza e diversidade biológica existente nas áreas preservadas
pela CENIBRA, onde são encontradas diversas espécies raras, endêmicas e
ameaçadas de extinção. Relatórios parciais estão à disposição dos interessados no
A. MONITORAMENTOS

Departamento de Meio Ambiente e Qualidade.

O programa de monitoramento contemplou, numa primeira etapa, a classificação e


mapeamento das áreas de reserva legal e de preservação permanente com relação
aos estágios de sucessão ecológica, tamanho e estrutura dos fragmentos, localização,
presença ou não de eucaliptos junto à vegetação nativa. A segunda etapa contemplou
a estimativa de parâmetros florísticos e fitossociológicos. Atualmente estas
informações estão sendo incorporadas e ou avaliadas no projeto de corredores
2. Flora

ecológicos. Os levantamentos florísticos e fitossociológicos estão sendo realizados em


três eco-regiões de atuação da Empresa, nas regionais Ipaba, Nova Era (Cocais) e
Guanhães. Tais levantamentos estão sendo conduzidos pelo Departamento de
Engenharia Florestal da UFV e deverão ser repetidos no máximo a cada 5 (cinco)
anos. Estes estudos constituem a principal base de planejamento da conservação dos
remanescentes florestais nativos situados nas áreas da CENIBRA. Relatórios parciais
estão à disposição dos interessados no Departamento de Meio Ambiente e Qualidade.

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PROGRAMA
LINHA DE
AÇÃO

DESCRIÇÃO / OBJETIVOS

O programa de monitoramento dos recursos hídricos consiste na identificação e


quantificação dos principais impactos das atividades do manejo florestal nos recursos
hídricos superficiais, e assim obter informações confiáveis para auxiliar na tomada de
decisões do manejo que busquem a mitigação dos impactos. São avaliados 10 (dez)
A. MONITORAMENTOS (cont.)

ambientes lóticos (córregos), sendo 3 (três) controles, fora das áreas da Cenibra. São
3. Recursos Hídricos

avaliados 5 (cinco) ambientes lênticos (lagos), sendo 3 (três) controles, fora das áreas
da Cenibra. Os resultados obtidos apontam uma qualidade de água, dos
reflorestamentos com eucalipto, intermediária, sendo superior à água das bacias das
pastagens e inferior às águas de ambientes naturais. As maiores perturbações
ocorrem durante a colheita florestal. A discussão dos resultados com a equipe
operacional da Empresa tem contribuído para a conscientização e mudança de atitude
quanto ao respeito aos recursos hídricos. O programa é conduzido em parceria com o
Unileste - Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, e para o período de 2002 a
2006, relatórios parciais estão à disposição dos interessados no Departamento de
Meio Ambiente e Qualidade.
1. Reabilitação de áreas de Reserva Legal e de

Anualmente, a Empresa desenvolve ações visando à reabilitação de áreas de reserva


B. RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

legal e de preservação permanente. Grande parte dessas áreas, no passado, era


ocupada com pastagem ou com eucalipto. A partir do PTEAS, envolvendo as áreas de
Preservação Permanente

meio ambiente e operacionais, define-se os locais prioritários para reabilitação; estas


ações envolvem o plantio de mudas de essências nativas e o manejo da vegetação
existente, com a eliminação de ervas daninhas, gramíneas invasoras e cipós; são
também realizadas adubações e retirada de eucaliptos eventualmente presentes
nestas áreas. Dentre os resultados mais expressivos, cita-se a recuperação de 35 km
de margem do rio Doce. As mudas de nativas são produzidas em parceria com o
Instituto Estadual de Florestas, e selecionadas para plantio com base nos
levantamentos florísticos e fitossociológicos realizados nas áreas de CENIBRA.

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PROGRAMA
LINHA DE
AÇÃO

DESCRIÇÃO / OBJETIVOS

Visa desenvolver e implementar, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa,


um modelo de interligação dos fragmentos de vegetação nativa, compatíveis com as
peculiaridades da CENIBRA. O modelo leva em consideração a rede de drenagem
2. Corredores Ecológicos

natural da paisagem, que deverá ser o eixo mestre do corredor onde os fragmentos
deverão ser conectados. A fase de concepção do modelo, bem como a avaliação do
B. RECUPERAÇÃO AMBIENTAL (cont.)

status atual foi concluída em 2004. Este projeto demonstra que as áreas preservadas
pela CENIBRA apresentam alta conectividade, permitindo a circulação da fauna
silvestre e grande eficiência para conservação de espécies raras, endêmicas e
ameaçadas de extinção. As demais áreas preservadas vêm sendo conectadas tendo
como base as diretrizes deste projeto, acrescidas das observações do Planejamento
Técnico Econômico Ambiental e Social - PTEAS.

Desenvolvido desde 1990 na RPPN Fazenda Macedônia, município de Ipaba, o


3. Reintrodução da Fauna

programa visa a recomposição ambiental através da reintrodução de aves silvestres


ameaçadas de extinção. Iniciado com o mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii), o
Silvestre

programa já contemplou a reintrodução de outras 6 espécies (capoeira, jaó, jacutinga,


macuco, inhambuaçu e jacuaçu). Os monitoramentos deste projeto indicam que estas
espécies estão reproduzindo e povoando as matas nativas da região, sendo a
Fazenda Macedônia uma importante fonte de biodiversidade.
C. EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Todo empregado recém-admitido, temporário, fixo ou estagiário é conscientizado com


1. Treinamento introdutório e

relação às normas de segurança e cuidados com o meio ambiente. A coleta seletiva


de lixo, os trabalhos de monitoramento e melhorias implementadas à fauna, flora,
AMBIENTAL

reciclagem

água, são repassados em palestras e em visitas de campo. A consciência do papel


desempenhado por cada empregado na proteção ao meio ambiente, o atendimento à
legislação e outros aspectos, são enfatizados nos treinamentos programados e
registrados pelo Departamento de Recursos Humanos (DERHU). Ocorre uma
reciclagem periódica destes treinamentos.

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PROGRAMA
LINHA DE
AÇÃO

DESCRIÇÃO / OBJETIVOS
2. Semana do Meio

Anualmente, em comemoração à Semana do Meio Ambiente, a Empresa desenvolve


Ambiente

uma série de atividades procurando envolver tanto o público interno quanto o externo.
Estas atividades visam desenvolver nas pessoas a consciência da necessidade da
preservação do meio ambiente, bem como estimular a reflexão sobre tópicos ligados à
agenda ambiental.

Unidade móvel de integração com a comunidade, equipado com recursos


3. CENIBRA Móvel

áudiovisuais, informações sobre o meio ambiente, a cultura do eucalipto e dos


programas sócio-ambientais desenvolvidos pela Empresa.
C. EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO AMBIENTAL (cont.)

A Unidade participa de eventos nas comunidades, tais como feiras e exposições


agropecuárias, cavalgadas, datas cívicas e religiosas, eventos estudantis, além dos
programas corporativos de educação e comunicação ambiental (Escola de Vida,
Portas Abertas, Vizinho Legal, Semana do Meio Ambiente).

Visa estabelecer um mecanismo corporativo de integração entre a Empresa e seus


vizinhos proprietários de terras e participantes do Programa Fazendeiro Florestal;
4. Vizinho Legal

todos os vizinhos são cadastrados em um sistema informatizado, onde são registrados


dados sobre a propriedade e sobre as atividades econômicas e sociais desenvolvidas
pelos proprietários.
Anualmente, são realizados encontros por região, onde são apresentadas
informações sobre o incêndio florestal, legislação e meio ambiente, dentre outras. O
principal aspecto do encontro é o conhecimento recíproco dos técnicos da CENIBRA e
vizinhos, iniciando-se uma troca de informações e uma maior aproximação.

As Unidades de Integração Empresa-Comunidade são baseadas na estruturação de


centros de educação ambiental e vivência em comunidades da área de atuação da
Empresa. Local onde a comunidade pode ser ouvida e pode encaminhar suas
5. UNIECO

observações pertinentes ao plano de manejo. Nestes centros são desenvolvidos


programas corporativos de educação ambiental, além de oferecer à comunidade uma
infra-estrutura educacional (recursos audiovisuais, biblioteca, videoteca, salas de
estudo, etc.). A Empresa possui 4 Unidades em funcionamento: Fazenda Macedônia
(Ipaba), Guanhães, Peçanha e Lagoa São José (Nova Era), esta última em parceria
com o governo municipal.

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PROGRAMA
LINHA DE
AÇÃO

DESCRIÇÃO / OBJETIVOS

Visa estreitar o relacionamento com a comunidade (escolas, associações,


6. Portas Abertas

organizações não-governamentais, órgãos de controle, clubes de serviço, parceiros,


etc), criando oportunidades para que a Empresa demonstre as implicações
ambientais, sociais e econômicas de um projeto de base florestal.
Desenvolvido desde 2002, o projeto prevê a realização de visitas à unidade fabril,
viveiro florestal, RPPN Fazenda Macedônia e projetos florestais de propriedade da
Empresa.
C. EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO AMBIENTAL (cont.)

Desenvolvido em parceria com o Centro Universitário do Leste de Minas Gerais


7. Cinema Comentado:

(Unileste-MG), o projeto tem como objetivo contribuir para a formação de uma


consciência crítica nas comunidades, empregados e familiares e prestadores de
Na Estrada

serviços, com relação às questões sociais e ambientais. A partir da exibição de obras


cinematográficas, o projeto busca estimular a discussão e reflexão sobre temas
diversos relacionados ao dia-a-dia das comunidades.
A escolha dos filmes é feita a partir de visitas às escolas, quando são identificadas as
temáticas de maior interesse e urgência por parte das comunidades. Logo após as
exibições, são realizadas discussões conduzidas pelos coordenadores do projeto.

o
É um programa de conscientização ambiental realizado com os professores do 1 ao
o
5 ano das séries iniciais das escolas localizadas nos municípios onde a empresa
atua. Os trabalhos são desenvolvidos em parceria com a ONG Fundação Relictos,
entidade ambientalista sediada no município de Ipatinga–MG e as Superintendências
Regionais de Ensino – Pólo Vale do Aço.
8. Escola de Vida

O projeto tem como objetivos principais: discutir e desenvolver em conjunto com os


professores, conceitos sobre meio ambiente e métodos de sensibilização e divulgação
junto às crianças; incentivar a melhoria do meio ambiente nas escolas e seus
arredores; incentivar a criação das “Escolinhas de Vida”, grupos de crianças para
realização de projetos ambientais; fazer com que os participantes do programa sejam
multiplicadores do exercício da cidadania; aprimorar a integração entre as
comunidades e a empresa.
O projeto é desenvolvido sob a forma de seminários e visita técnica, com carga
horária total de 48 horas de capacitação, distribuídas em seis módulos de 08 horas.

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14. PROTEÇÃO FLORESTAL

14.1. Prevenção e Controle de Incêndios Florestais

A CENIBRA possui um sistema de Prevenção e Controle de Incêndios Florestais


(PO 341 v8), com a adoção de técnicas e recursos que maximiza a eficiência e incorpora
permanentemente novas técnicas visando à redução da ocorrência de incêndios
florestais que possam provocar danos ao patrimônio florestal e ecológico da Empresa.
A prioridade do sistema é voltada para as ações preventivas e todo o trabalho é
realizado pela integração dos esforços dos setores técnicos, operacionais e
administrativos da Empresa. As linhas de atuação são as seguintes:

 Campanhas e Atividades Educativas

As datas de comemorações e eventos como Exposições Agropecuárias, Semana


Florestal, Semana do Meio Ambiente são realizadas campanhas educativas de
Prevenção de Incêndios Florestais nos municípios localizados na área de influência
da CENIBRA, com a divulgação de mensagens, palestras, filmes e material educativo
aos participantes. Nos períodos mais secos, de maior risco de incêndios (junho a
outubro), intensifica-se a distribuição de material educativo.

Anualmente são realizadas reuniões e contatos pessoais com o maior número de


confrontantes possíveis onde, além do material educativo com mensagens
prevencionistas, são discutidos aspectos gerais sobre o uso e controle do fogo. Em
alguns casos, quando os confrontantes necessitam realizar queimadas como prática
agrícola, a CENIBRA desloca equipes especializadas para a área com o objetivo de
auxiliar e treinar os produtores, evitando acidentes que possam afetar os plantios
comerciais e as áreas de vegetação nativa.

Também anualmente, são realizadas campanhas educativas nas escolas rurais da


região, onde são distribuídas cartilhas sobre o tema.

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 Treinamento e Capacitação

Regularmente são realizados treinamentos práticos e teóricos em prevenção e


controle de incêndios florestais, com o objetivo de capacitar o corpo técnico e
operacional da empresa. O objetivo deste treinamento é o de evitar ocorrência de
incêndios e aumentar a rapidez de mobilização de pessoal quando os mesmos
ocorrem.

 Identificação de Riscos

Em caráter permanente, são catalogadas as ocorrências e aspectos gerais das áreas


da Empresa, para a determinação de locais sujeitos a maiores riscos de ocorrência
de incêndios florestais.
As informações catalogadas são:

 Regiões, dias e horários de maior ocorrência;


 Causas das ocorrências;
 Duração e período de ocorrência;
 Dados climatológicos;
 Tipo de terreno, topografia.

 Manutenção de Aceiros

Atenção especial é dada na orientação que envolve a construção e manutenção de


aceiros, para a prevenção de incêndios florestais.

 Detecção de Incêndios

A CENIBRA conta com 24 torres e 6 pontos de observação e vigilância de


incêndios, instaladas em suas áreas e entorno, localizadas em pontos estratégicos,
todas equipadas com sistema de rádio-comunicação que possibilitam a cobertura de
mais de 90% da área total da empresa.

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Nos blocos menores, não cobertos pelas torres, a vigilância é exercida por
patrulhamento terrestre com carros equipadas com aparelhos portáteis de rádio-
comunicação.

 Brigadas de Incêndios Florestais

Existem na Empresa diversas brigadas de controle de incêndios florestais


compostos por 1 líder e 08 a 12 empregados cada uma. As brigadas são formadas
por empregados que são especialmente treinados e em caso de ocorrência de focos
de incêndio são os primeiros a serem arregimentados, com condições de chegar até
o local no menor tempo possível.

 Equipamentos Exclusivos para Controle de Incêndios

Em locais estratégicos e pré-determinados, de conhecimento dos funcionários,


são mantidas caixas de ferramentas e equipamentos de uso exclusivo no controle de
incêndios florestais. Este material é composto de bombas costais, enxadas, pás,
foices, abafadores, lanternas e outros, para equipar as brigadas e empregados. Nas
ocorrências maiores são utilizados caminhões pipas, tratores agrícolas, motosserras
e outros equipamentos auxiliares.

 Estações Climatológicas

Atualmente encontram-se em operações 9 (nove) estações climatológicas com o


objetivo principal de determinar e informar as diversas áreas da empresa, os índices
de risco de incêndios. Estas informações são de grande importância na prevenção de
incêndios, uma vez que, permitem o planejamento das ações e do nível de
mobilização nos diversos períodos.

 Rádio - Comunicação

O sistema de rádio comunicação é o principal instrumento para a mobilização das


equipes e repasse de orientações na hora dos combates. Atualmente estão

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instaladas e em operação 302 estações de rádio dos tipos fixa, móvel e portátil. Três
repetidoras possibilitam comunicações em VHF entre fontes com distância de até 50
km. As estações fixas são distribuídas estrategicamente; permitindo ao patrulhamento
terrestre alcançá-la com facilidade e transmitir qualquer ocorrência anormal.

14.2. Proteção Patrimonial e Acesso da Comunidade às Áreas da Empresa

A CENIBRA possui um procedimento onde se define os usos predatórios e não


predatórios da Unidade de Manejo Florestal. Atividades, tais como, a catação de lenha
para a cocção de alimentos, folha de palmeira para artesanato, dentre outros produtos e
serviços da floresta são contemplados neste procedimento.
O controle de atividades ilegais ou predatórias, eventualmente exercidas nas
unidades de manejo da CENIBRA, tais como roubo de madeira nativa e de eucalipto,
caça de animais silvestres, pesca sem autorização e invasão de áreas, se dá através de
um sistema de vigilância composto por monitores próprios motorizados, vigilância
terceirizada, e convênios estabelecidos com o órgão de segurança estadual (Polícia
Ambiental) (P0445 v7 - Sistemática de Plantão na Área Florestal da CENIBRA).
A pesca é controlada com a emissão de uma autorização, que é obtida desde que
o requerente apresente o documento pertinente emitido pelo Instituto Estadual de
Florestas (carteira de pescador). No período da piracema a pesca é proibida e as áreas
da Empresa são fiscalizadas pelos monitores ou vigilantes e pela Polícia Militar
Ambiental.
Com base no princípio da precaução, e com a orientação de especialistas em
ecossistemas aquáticos, a empresa adotou a política de não permitir a pesca em corpos
d’água lacustres com menos de 10 ha de superfície de lâmina d’água. Esta decisão será
revista assim que existam evidências técnicas e científicas com relação à capacidade de
suporte daqueles ecossistemas, no que diz respeito à pesca.

15. POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS

O planejamento Empresarial de Recursos Humanos é um processo dinâmico de


administração da organização humana, em interação com as expectativas do negócio da

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Empresa. A área de Recursos Humanos contribui com os objetivos organizacionais à


medida que oferece à direção, política para captar, manter, substituir, desenvolver e
antever as necessidades dos empregados, promovendo sua motivação, elevando a
organização aos mais altos padrões de qualidade.
Abaixo estão descritos os principais itens da Política de Recursos Humanos da
Empresa.

15.1. Recrutamento e Seleção e Remuneração

Privilegia o recrutamento interno que tem como objetivo a valorização do


empregado proporcionando-lhe ascensão profissional. Quando não é possível o
aproveitamento interno, a Empresa utiliza seu banco de dados onde são cadastrados os
currículos dos diversos profissionais disponíveis, priorizando os candidatos da região e
considerando o portador de necessidades especiais.
As premissas de remuneração são concebidas com o objetivo de recompensar e
manter as pessoas motivadas, remunerando-as em valores reais de mercado por meio
de uma política altamente competitiva (M 0004). A Empresa desenvolve uma relação
amistosa com os sindicatos de trabalhadores.

15.2. Segurança e Saúde Ocupacional

Zelar pela integridade física e saúde dos empregados é o objetivo das áreas de
Segurança e Medicina Ocupacional da CENIBRA, que aplicam as melhores práticas de
reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ocupacionais e de acidentes.
Disponibiliza durante o exame periódico de saúde avaliações médicas e exames que vão
muito além do exigido pela legislação. Trabalhar a prevenção é a meta permanente da
empresa, razão pela qual as áreas promovem, permanentemente, campanhas
educativas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais que possam afetar a vida
profissional e familiar dos empregados. Realizam periodicamente, com equipe
multidisciplinar, auditoria integrada em todas as empresas prestadoras de serviços, para
verificação do cumprimento das legislações trabalhista e previdenciária, procedimentos e
normas internos.

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15.3. Benefícios

Assistência à Saúde - A CENIBRA oferece aos seus empregados e dependentes,


assistência à saúde por meio de um plano de autogestão, com uma rede credenciada
arrojada e qualificada, permitindo aos usuários toda a assistência: hospitalar, médica,
odontológica, farmacêutica, ótica, funerária, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia,
psiquiatria e medicina alternativa.

Além da assistência à saúde e toda parte legal, a Empresa oferece ainda


benefícios complementares tais como: previdência privada, seguro de vida em grupo,
transporte, alimentação, reembolso educacional, reembolso de idiomas e outros.

15.4. Treinamento, Desenvolvimento e Qualidade de Vida

Na CENIBRA, as atividades de treinamento e desenvolvimento são oferecidas


com o objetivo de garantir a manutenção e a continuidade do processo de melhorias. As
atividades são oferecidas a todos os empregados, atendendo às suas necessidades
operacionais e de desenvolvimento, para que a capacidade adquirida seja aplicada no
trabalho. Para o cumprimento do planejamento, a empresa investe anualmente em
treinamento, reciclagens, formação escolar formal, especializações e idiomas, seguindo
procedimentos operacionais de Gestão de Educação Formal, de Idioma e Treinamento e
Desenvolvimento (P0614 v3 - Procedimento para Gestão de Cursos de Idioma, P0615 v5
- Procedimento para Gestão de Educação Formal).
Para assegurar que os atuais e novos empregados, permanentes ou temporários
e os estagiários, passem pelo processo de conscientização ambiental e de qualidade,
saúde e segurança, é planejado a realização mensal de uma atividade de treinamento ou
reuniões internas, sobre o assunto com vistas na política integrada de gestão, diretrizes e
normas da empresa.
Cabe aos administradores de contratos assegurarem que os empregados das
empresas prestadores de serviços, tenham treinamento para conscientização ambiental,
de saúde e segurança, no decorrer do prazo de permanência nas instalações da
CENIBRA, adaptando o escopo deste treinamento às características dos serviços
prestados por cada empresa contratada à CENIBRA.

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O Departamento de Recursos Humanos oferece outros projetos que visam à


melhoria da qualidade de vida dos empregados como: Semana de Bem com a Vida,
Semana da Saúde, Semana da Cultura, Projeto Cegonha, Projeto Integração
Família/Empresa, Planejamento Econômico Familiar, Projeto Adolescer, Projeto Nutrição
Ecologia e Educação Alimentar, Coral, Projeto Viva Vida – Preparação para
Aposentadoria, Projeto Mais Saúde, Projeto – AMA – Acompanhamento para melhor do
afastado, Yoga no horário de trabalho, Corridas nas dependências da fábrica e
participação em eventos externos, Massagem expressa e Convênios com academias.

16. ASPECTOS SOCIAIS - INSTITUTO CENIBRA

A Política do Sistema Integrado de Gestão da CENIBRA estabelece o compromisso


da manutenção do diálogo permanente com clientes, fornecedores, empregados,
comunidades e demais partes interessadas. A comunicação com as partes interessadas
no processo florestal é feita corporativamente pelas áreas de Comunicação, Meio
Ambiente e Relações com a Comunidade (Instituto CENIBRA). Existe um procedimento
para o tratamento das comunicações recebidas (questionamentos, reclamações,
solicitações, dentre outros), que estabelece o fluxo de ações visando à resposta às
comunicações (PO552 v8 – Comunicação com Partes Interessadas). Pedidos
específicos por doações, de qualquer natureza, são avaliados pelo Instituto CENIBRA,
que emite parecer e aciona as áreas internas pertinentes.

 A Empresa possui um programa de apoio às comunidades dos 53 municípios


onde atua, primando pelo processo de desenvolvimento humano e sustentável,
criando espaços de discussões, de reflexões, e articulação de organizações
comunitárias produtivas e institucionais através: do Fortalecimento do Tecido
Social - buscando a qualificação das comunidades, através de suas organizações
representativas, para ocuparem os atuais espaços de discussão e formulação de
políticas públicas; Fortalecimento Institucional – Fortalecimento das
Administrações, Câmaras de Vereadores e Conselhos Setoriais para uma democracia
mais participativa, e uma melhoria no atendimento ao cidadão; Fortalecimento da

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Economia Local/Regional - Definição e redefinição dos eixos econômicos,


articulação dos atores tendo como referência, a análise das cadeias produtivas, a
construção de redes e alianças estratégicas de micro e pequenos empreendedores,
para se inserirem competitivamente na economia.

Para sistematicidade de suas atividades o Instituto CENIBRA formata suas ações


programas e projetos conforme quadro 18. Com o objetivo de fomentar um
desenvolvimento sustentável conceituado como processo de mudança social e de
elevação das oportunidades das comunidades, compatibilizando, no tempo e no espaço,
o crescimento e a eficiência econômica, a conservação ambiental, a qualidade de vida e
a equidade social, participando de um claro compromisso com o futuro e a solidariedade
entre gerações é que, em 2003, a CENIBRA criou o Instituto CENIBRA que hoje vive
momentos de maturidade e de grande atuação, tendo como diretrizes as definições a
seguir:

16.1. Missão

Promover ações de apoio à cidadania, ao bem-estar coletivo, ao desenvolvimento


social, ao crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida da população das
comunidades inseridas na área de atuação e de abrangência da CENIBRA, Empresas
Controladas e Coligadas.

16.2. Princípios

 Desenvolver ações que tenham como objetivo o desenvolvimento social e


econômico, por meio de programas de geração de emprego e renda, de educação e
de proteção ao meio ambiente.
 Apoiar iniciativas autênticas e legítimas das comunidades inseridas na base
territorial de atuação e de abrangência da CENIBRA, Empresas Controladas e
Coligadas;
 Priorizar iniciativas de organizações não-governamentais, devidamente
registradas e de representação legítima.

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16.3. Estratégia

 Promover o diálogo constante e manter canais de comunicação permanente com


a população das comunidades, com o objetivo de valorizar e aprimorar as relações
dos diversos segmentos da sociedade dos municípios de atuação e abrangência;
 Interagir positivamente com organizações governamentais e não-governamentais,
especialmente nos projetos e ações que tenham afinidade com a Missão e os
Princípios do Instituto;
 Integrar os fornecedores de bens e serviços, os clientes e os empregados, como
parceiros e co-responsáveis pela execução da política das empresas instituidoras na
relação com a comunidade;
 Identificar e ampliar sinergias e atuar como agente catalisador de projetos e ações
para benefício da população dos municípios de atuação e abrangência;
 Estabelecer parcerias com organizações governamentais e não-governamentais
para realização de projetos e ações que promovam o desenvolvimento regional;
 Estimular a participação voluntária dos empregados em projetos e ações do
Instituto.

Municípios de atuação:

 Municípios onde a CENIBRA, Empresas Controladas e Coligadas possuem


atividades.

Municípios de abrangência:

 Municípios situados próximos aos de atuação e que de alguma forma participam


da vida das empresas instituidoras.

13.4. Áreas Temáticas de Atuação

Pelas características, pela dispersão geográfica e pela predominância de comunidades


rurais, o Instituto atua nos seguintes pontos:

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Cultura

 Apoiar a realização de espetáculos culturais e manifestações da cultura regional;


 Apoiar exposições culturais e agropecuárias;
 Apoiar a preservação da memória cultural e do patrimônio histórico;
 Apoiar melhoria da qualidade e da infra-estrutura de bibliotecas e outros
equipamentos culturais.

Saúde

 Apoiar ações, campanhas educativas e de conscientização;

 Apoiar iniciativas de melhoria da infra-estrutura.

Educação

 Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino na rede pública, apoiando na


infra-estrutura, qualificação profissional e na distribuição de material escolar.

Esporte e Lazer

 Apoiar eventos locais e regionais;

 Programa Esporte e Lazer nas comunidades, em parceria com Prefeituras,


organizações de sociedade civil, Governo do Estado, e o Governo Federal.

Meio Ambiente

 Apoiar iniciativas locais de organizações não-governamentais e governamentais;


 Apoiar eventos;
 Divulgar iniciativas bem sucedidas da CENIBRA, do Instituto CENIBRA, das
organizações não-governamentais e governamentais;
 Celebrar acordos e parcerias com organizações não-governamentais e
governamentais objetivando desenvolvimento de ações comuns com vistas à
proteção e educação ambiental.

Promoção Social e Geração de Riquezas

 Apoiar iniciativas locais de organizações não-governamentais e governamentais;

 Ampliar os projetos de parceria agrícola, apícola e outros;


 Apoiar iniciativas locais que resultem na geração de trabalho e renda;

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 Agir como interlocutor junto a agentes financeiros públicos e privados, na busca


de crédito para iniciativas comunitárias locais;

 Celebrar acordos e parcerias com organizações não-governamentais e


governamentais objetivando desenvolvimento de ações comuns com vistas à
geração de renda.

Emergências/Contingências

 Agir sempre que possível, em conjunto com o poder público, no atendimento de


emergências em situações de calamidade pública.

Quadro 25 - Programas Sociais

ÁREA
PROGRAMÁTICA PROGRAMA PROJETOS

Objetivo: Contribuir para a aglutinação de grupos, entidades, instituições ou


Relacionamentos

indivíduos, promovendo o intercâmbio entre si, mediando e facilitando as


gestões dos processos participativos das comunidades, juntamente com o
Rede de

Instituto CENIBRA.

Em 2009, foram realizadas 60 visitas aos diversos segmentos sociais tais como
escolas, APAE’s, prefeituras, creches e reuniões na comunidade e participação
Cultura

de eventos nas comunidades, contribuindo assim para o fortalecimento da


relação da empresa com suas comunidades de abrangência e atuação.

Objetivo: Identificar os talentos artísticos nos municípios da área de atuação da


Projeto Talo

empresa, para compor a Rede de Relacionamentos Estratégicos no seu aspecto


cultural, viabilizando divulgação, parcerias e apoio.

Durante o ano de 2009 houve a identificação de novos talentos/escritores para


agrupar aos 30 já identificados e cadastrados.

Objetivo: Mobilizar as comunidades da área de atuação para a busca da


cidadania e a busca de qualidade de vida, por meio de ações de saúde,
educação, cidadania e lazer
Ação e Cidadania

O Projeto Ação e Cidadania, desenvolvido em parceria com os Clubes de Lions,


Saúde

Secretaria de Estado de Defesa Social, Prefeituras e Organizações


Comunitárias, completou, em 2008, 49 etapas, alcançando, desde sua
implantação em 2001, 197.700 mil atendimentos nas áreas de saúde, lazer e
emissão de documentos.

No ano de 2009 foram realizadas várias ações, porém com apoio de empresas
prestadoras de serviço, Organizações da Sociedade Civil, o poder Público
Municipal e voluntários das comunidades.

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Objetivo: Promover a saúde bucal de crianças, jovens e adultos moradores da


comunidade de Ipaba do Paraíso.

Odontologia Social
Em 2001 a CENIBRA implantou, na comunidade de Ipaba do Paraíso (situada
entre a fábrica e o aeroporto da Usiminas), município de Santana do Paraíso, o
Projeto Odontologia Social, para atendimento à população carente priorizando a
faixa etária escolar e regularmente matriculada, além de atendimento
emergencial a adultos. A população infantil está controlada e com índice de
cárie zero. Palestras para as crianças e atendimento a adultos já mostraram
resultados satisfatórios.

Em 2009 foram realizados 1683 atendimentos., com uma média de 140


procedimentos mês.
Educação de Jovens e Adultos –

Objetivo: Promover a Inclusão Social e Construção de Cidadania por meio do


acesso a educação para jovens e adultos com ensino fundamental e médio.

Lançado em agosto de 2004 com a modalidade do TELECURSO 2000, em


parceria com Serviço Social da Indústria – SESI.
EJA

O Instituto CENIBRA se responsabiliza pelo fornecimento de todo o material


didático e pelas despesas referentes ao pagamento dos instrutores.

O Projeto que atualmente atende a comunidade de Cocais das Estrelas, Antônio


Dias, contemplou em 2009 60 pessoas que quando na faixa regular de suas
vidas, por diversos fatores, não tiveram a oportunidade de concluir seus
estudos.
Educação

Objetivo: O projeto que, desde sua criação, em 1995, tinha como foco a
distribuição de material escolar, passou a ter como premissa a contribuição para
a melhoria das condições da infra-estrutura da rede escolar pública (área rural).
Assim o projeto passou a contemplar ampliação e reforma de instalações,
Mutirão da educação

fornecimento de material esportivo, equipamentos, móveis e livros para


bibliotecas e parquinhos construídos em madeira de eucalipto tratado.
.

Minimizar a carência de recursos do sistema de ensino na região e permitir à


CENIBRA integrar-se sempre mais às comunidades e ser reconhecida como
parte efetiva delas, é o principal objetivo do projeto.

Em 2009, o Projeto Mutirão da Educação atendeu 83 escolas, disponibilizando


parquinhos construídos com madeira de eucalipto tratado como forma de
contribuir para o lazer e entretenimento das crianças, proporcionando momentos
de integração e socialização entre as crianças.

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Objetivo: Minimizar a carência de recursos do sistema de ensino na região e

Inclusão Digital – Salinha de


permitir à CENIBRA integrar-se sempre mais às comunidades e ser reconhecida
como parte efetiva delas.

Em dezembro de 1991, com equipamentos disponibilizados pela área de

Informática
informática da empresa e doados a comunidades dos Municípios no entorno da
fábrica, iniciou-se um projeto para inserção de jovens e adultos no mundo da
informática. Em parceria com Escolas, Igrejas, Prefeituras e Associações
Comunitárias, deram-se a criação de salinhas de informática possibilitando um
aprendizado gratuito.
Em 2009 aconteceram formaturas nas comunidades com participação dos
Assistentes Sociais. São 64 escolinhas montadas em diversos municípios de
atuação.

Objetivo: Fortalecer o segmento produtivo da apicultura, mediando encontros,


discussões e fomentando a melhoria da produção e escoamento do mel.
Permitir, por meio de contratos de parceria com as associações de apicultores,
o acesso às áreas de plantios de eucalipto e florestas nativas, para instalação
de apiários.

Em uma parceria com Associações de Apicultores das regiões Leste e


Metalúrgica de Minas Gerais, a Empresa, por meio de contratos de parceria
rural, cede áreas de plantio e florestas nativas para uso de apicultores da
região, possibilitando a criação de novos postos de trabalho, além de assegurar
a permanência do homem no campo. Esta parceria oferece inúmeros benefícios
ambientais, na medida em que fazem dos apicultores parceiros da CENIBRA na
Promoção Social e Geração de Riquezas

fiscalização das áreas contra incêndios florestais, caça e pesca predatórias. A


parte da produção que cabe à Empresa é repassada a instituições assistenciais
da região.
Parceria com Apicultores

Mantêm contrato com 8 associações, beneficiando aproximadamente 500


famílias. Associação de Apicultores de Virginópolis - APIVIR, Associações de
Apicultores de Sabinópolis – APISSABI, Associação de Apicultores de São João
Evangelista - APIS, Cooperativa dos Produtores de Mel e Derivados de Santa
Bárbara – COOPERMEL, Associação Regional de Apicultores e Exportadores
do Vale do Aço – AAPIVALE, Associação de Apicultores de São Domingos do
Prata – AAPISPRATA, Associação do Apicultores de Antônio Dias – ASAAD,
Associação Apícola do Médio Piracicaba – APIMEL.

Esta iniciativa recebe apoio técnico da EMATER-Empresa de Assistência


Técnica e Extensão Rural do Estado Minas Gerais, totalizando e beneficiando
aproximadamente 500 famílias.

Em 2009 realizou-se em parceria com o SEBRAE projeto junto a AAPIVALE,


com objetivo de ampliar a exportação de mel, consolidando os mercados da
Alemanha e Estados Unidos além de trabalhar a comercialização do mel
fracionado no mercado do Vale do Aço em Minas Gerais por meio da produção
e da melhoria da qualidade do mel.

Dentro do escopo do Projeto no mês de agosto realizou-se em Ipatinga-MG o


Seminário Apicultura Integrada e Sustentável.

No mês de outubro apoiamos a realização do II Seminário Apícola do Médio


Piracicaba, evento este realizado pela Associação Apícola do Médio Piracicaba
- APIMEL

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Objetivo: Fortalecer o segmento produtivo da Agricultura Familiar nos


municípios onde a CENIBRA atua;

É um projeto criado para beneficiar famílias e gerar novas alternativas de


trabalho e fixação do homem no campo, por meio da cessão de áreas para
cultivo de grãos e hortaliças e apoio na organização, desenvolvendo ações para
fortalecimento deste segmento. A empresa tem atualmente 4 projetos que
atende cerca de 300 famílias de pequenos produtores rurais.

É um projeto estratégico no que diz respeito à proposta de Desenvolvimento


Social Integrado e Sustentável, fomentando o manejo e diversificação da
alimentação e geração de renda das famílias, além de proporcionar a interação
entre diversos parceiros como: poder público, iniciativa privada e sociedade civil
organizada.

Ao longo do ano de 2009, várias encontros e reuniões foram realizados para


acompanhamento das atividades, tanto com os agricultores, quanto com os
parceiros dos projetos, objetivando sempre proporcionar ao final de cada safra
Promoção Social e Geração de Riquezas

maior quantidade e qualidade para estas centenas de famílias que fazem do


trabalho no campo a garantia de melhores condições de vida.

Santa Marta - desenvolvido desde o ano 2000, junto ao Sindicato dos


Trabalhadores Rurais e Prefeitura Municipal de Ipaba, em área de 63,37 ha, em
Agricultura Familiar

localidade denominada Fazenda Santa Marta. Cerca de 121 famílias, em um


total aproximado de 400 pessoas, são beneficiadas por meio do plantio de grãos
e hortaliças

Praia da Missa - parceria agrícola empreendida há cerca de vinte anos pela


CENIBRA em conjunto com a Prefeitura Municipal de Belo Oriente. Uma área
de 100 ha, localizada às margens do Rio Santo Antônio, é disponibilizada pela
empresa a cerca de 100 famílias de trabalhadores rurais do município para o
cultivo de lavouras de milho e feijão.

Bom Jesus da Boa Vista – O projeto contempla diretamente 12 famílias e duas


entidades sendo a Creche e o Conselho Comunitário com repasse dos 10% da
produção local. Acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos
agricultores trabalhando a importância do associativismo para o
desenvolvimento local sustentável.

Marco Cem: Iniciado em abril de 1999 numa área de 37,68 ha cedida pela
CENIBRA às margens do Rio Doce, próximo à Ipaba do Paraíso, município de
Santana do Paraíso, em parceria com a AMIP- Associação dos Moradores de
Ipaba do Paraíso.
Esse projeto beneficia 84 famílias com o cultivo de milho e feijão.

Nota: Em todos os projetos os 10% da produção que cabe à CENIBRA são


repassados a instituições assistenciais, ampliando ainda mais o alcance social
do projeto.

Os projetos contam também com o apoio técnico da EMATER-Empresa de


Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado Minas Gerais.

O projeto gera alternativas de trabalho e fixação do homem no campo.

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Objetivo: O Grupo de Voluntários foi criado com a finalidade de estimular a


participação dos empregados nos projetos e ações sociais da empresa,
desenvolvidos pelo Instituto CENIBRA e teve início com o Mutirão da Educação
em 2001. O crescimento do grupo tem sido visível com participações em
diversas ações nas comunidades e como exemplo temos o Dia do Voluntariado
Voluntariado
e o Grupo Mentes Solidárias criado através do CCQ Social da empresa.

Conscientização, mudança de atitudes e doações de materiais de construção,


alimentos, calçados, brinquedos, material de higiene e limpeza e valores em
espécie, tem possibilitado atender a várias entidades assistenciais.

Em 2009 foram ministradas palestras nas comunidades da Regional Rio Doce


voltadas para o meio ambiente. As ações foram realizadas em parceria com
Organizações da Sociedade Civil, o poder Público Municipal e voluntários das
comunidades.

Objetivo: O Objetivo do projeto é fortalecer a atuação das mulheres que


desempenham liderança na vida familiar e comunitária atuando como agentes
de proteção social e canalizadoras do desenvolvimento de sua comunidade,
bem como, serem referenciais, para multiplicação de informações sobre a
empresa CENIBRA.

No ano de 2005, iniciou-se a abordagem às mulheres por meio da Associação


de Moradores de Ipaba do Paraíso – AMIP e da Secretaria de Desenvolvimento
Social da Prefeitura Municipal. Devido conflito nestas duas esferas institucionais
Mulher de Fibra

a mobilização do grupo de mulheres ficou fragilizada. Em 2006, ampliou-se o


processo de aproximação e sensibilização das mulheres, através das mães de
alunos da escola, bem como de mães atendidas pelo Programa Saúde da
Família – PSF, operacionalizado por agentes de saúde da Prefeitura Municipal.
A proposta se sedimentou, havendo a participação de 50 mulheres de Ipaba do
Paraíso, município de Santana do Paraíso.

No decorrer do ano de 2009 várias atividades foram desenvolvidas para melhor


atender as comunidades de Ipaba do Paraíso. Dentre elas destacam-se: o
convite para atender as escolas do município de Santana do Paraíso com o
lanche. Um apoio do Governo Estadual para adquirir equipamentos. Receberam
o Título de Utilidade Pública Estadual.

O projeto conta com a parceria da empresa Fitness Sports, Lazer e Consultoria


Ltda, prestadora de serviços da CENIBRA e do Instituto CENIBRA.

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Objetivo: Apoiar o fortalecimento institucional dos Conselhos Municipais do


Direito da Criança e do Adolescente, criando uma aliança estratégica visando o
comprometimento de instituições parceiras para o fortalecimento das
organizações constituídas pela sociedade civil organizada e dos Conselhos
Municipais garantindo que essa aliança estratégica tenha anos de empenho,
firmeza e constância de propósito em prol do desenvolvimento comunitário.

O Projeto Conselho Eficaz cujo objetivo é o fortalecimento dos Conselhos


Municipais dos Direitos das Crianças e do Adolescente – CMDCA foi realmente
Projeto Conselho Eficaz

formalizado em 2007 com o seu lançamento. Para realização das oficinas de


capacitação, foram firmadas parcerias com a Associação Beneficente Ágape –
ABA, Centro Universitário do Leste Mineiro – UNILESTE, Conselho Estadual da
Criança e do Adolescente – CEDCA, Fórum de Organização dos Conselhos de
Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente - FOCON Leste Mineiro e o
Governo de Minas.
Promoção Social e Geração de Riquezas

O Projeto conta com recursos oriundos da dedução de 6% do Imposto de Renda


devido pelos empregados da CENIBRA, para o Fundo Estadual da Infância e
Adolescência – FIA. Na empresa, foram realizadas 2 campanhas de
sensibilização, com apresentações artísticas de organizações que tem como
público alvo a criança e o adolescente, além das campanhas realizadas nas
regionais, alcançando também o público externo dos municípios de Coronel
Fabriciano, Guanhães e Nova Era.

Em 2009 aconteceram várias visitas nos municípios, conferências, reuniões,


cursos de capacitações, encontros regionais, envolvendo 988 pessoas entre
agentes públicos e sociais, conselheiros, estudantes e profissionais diversos.
Foram aprovados e executados, com recursos do Fundo Estadual, 4 projetos de
entidades e atendidas diretamente 600 crianças e adolescentes.

Objetivo: Contribuir para o Desenvolvimento Local, Integrado e Sustentável,


estimulando iniciativas em processos participativos, em diferentes setores da
comunidade, apoiando, gerando e implementando programas projetos com
potencial para replicabilidade. Além disso, fomentando o fortalecimento
organizacional das instituições de cada município onde a CENIBRA atua, em
uma perspectiva de desenvolvimento humano e sustentável.

O Instituto CENIBRA, cumprindo seu papel de mediador, fomenta a participação


GRIDI

de outros potenciais parceiros, atuantes na região para discutir e criar propostas


conjuntas de acordo com o grupo de trabalho e com a realidade local.

No ano de 2009 na Regional Nova Era, foram realizadas visitas ao grupo de


artesãs da comunidade do Alfié, para conhecimento do avanço do grupo, das
atividades realizadas e se houve novas parcerias.

No município de Antonio Dias, foi realizada visita para conhecimento e


identificação do grupo de artesões das Chapeleiras.
Contingências
Emergências/

Atendimento a solicitações em geral.

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17. ANEXO

Quadro 26 – Relação de Áreas certificadas da Cenibra – ÁREAS PRÓPRIAS

Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Guanhães Virginópolis Água Branca 248,02 374,61
Guanhães Virginópolis Alexandrino 279,38 471,6
Guanhães Virginópolis Bem-Te-Vi 553,23 797,24
Guanhães Virginópolis Boa Sorte 85,9 181,12
Guanhães Virginópolis Boa Vista 155,22 314,57
Guanhães Virginópolis Bom Jardim 222,35 404,48
Guanhães Virginópolis Borges 176,01 282,22
Guanhães Virginópolis Brejaúba 88,44 234,62
Guanhães Virginópolis Homero 198,65 278,72
Guanhães Virginópolis Jacutinga 146,66 187,5
Guanhães Virginópolis Córrego das Pedras 317,64 518,4
Guanhães Virginópolis Canjerana 80,01 161,22
Guanhães Virginópolis Caraúna 150,42 226,25
Guanhães Virginópolis Cardeal 141,55 212,38
Guanhães Virginópolis Carona 197,47 304,64
Guanhães Virginópolis Cataquinho 483,56 684,68
Guanhães Virginópolis Chalé 146 426,48
Guanhães Virginópolis Córrego das Almas 186,12 483,29
Guanhães Virginópolis Cristais 368,85 534,39
Guanhães Virginópolis Darcy 163,66 377,16
Guanhães Virginópolis Dionísios 475,81 809,23
Guanhães Virginópolis Divinolândia 347,15 567,07
Guanhães Virginópolis Donatos 311,53 554,71
Guanhães Virginópolis Escola 41,57 117,01
Guanhães Virginópolis Gaivotas 198,49 301,27
Guanhães Virginópolis Gamelinha 86,11 173,56
Guanhães Virginópolis Garajau I 95,93 202,44
Guanhães Virginópolis Garajau II 136,64 210,5
Guanhães Virginópolis Germana 70,26 130,84
Guanhães Virginópolis Godinho 726,39 963,61
Guanhães Virginópolis Gravatá 208,68 404,71
Guanhães Virginópolis Grota 84,47 122,57
Guanhães Virginópolis Guará 83,6 123,64
Guanhães Virginópolis Horácio 239,67 347,28
Guanhães Virginópolis J. Leôncio 121,02 185,66
Guanhães Virginópolis Jacú 24,43 47,21
Guanhães Virginópolis Jacutinga I 213,6 302,62
Guanhães Virginópolis Jacutinga II 766,12 1.140,73
Guanhães Virginópolis Jandáia 42,11 73,24
Guanhães Virginópolis Lontra 36,37 53,51
Guanhães Virginópolis Macuco Queixada 381,74 791,02
Guanhães Virginópolis Madeira I 237,87 375,64
Guanhães Virginópolis Matuzalém 148,14 219,13

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Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Guanhães Virginópolis Nascimento 121,76 184,23
Guanhães Virginópolis Oliveira 188,66 275,95
Guanhães Virginópolis Palmital 38,42 60,71
Guanhães Virginópolis Pantanal 98,59 174,13
Guanhães Virginópolis Pavão 595,63 920,23
Guanhães Virginópolis Quirinos 107,01 174,54
Guanhães Virginópolis Raizada 62,26 115,07
Guanhães Virginópolis Rufinos 95,17 166,74
Guanhães Virginópolis Sabiá 86,36 130,55
Guanhães Virginópolis Santa Cruz 173,22 246,07
Guanhães Virginópolis Santa Rita I 408,13 569,23
Guanhães Virginópolis Santana 53,95 83,26
Guanhães Virginópolis Santo Antônio 27,79 45,36
Guanhães Virginópolis São Leonardo I 555,77 755,64
Guanhães Virginópolis São Leonardo II 146,57 206,61
Guanhães Virginópolis São Pedro 244,59 470,09
Guanhães Virginópolis Sapucaia 213,21 343,75
Guanhães Virginópolis Serra Negra 418,55 610,77
Guanhães Virginópolis Serra Negra II 43,34 92,4
Guanhães Virginópolis Soalheiro 68,67 87,28
Guanhães Virginópolis Santa Rita II 138,39 194,12
Guanhães Virginópolis Taquaraçu 42,79 115,95
Guanhães Virginópolis Travessia 78,04 130,94
Guanhães Virginópolis Tronqueira 109,05 180,1
Guanhães Virginópolis Virginópolis 750,89 1.198,17
Guanhães Virginópolis Santa Rita III 48,92 108,14
Guanhães Virginópolis São Leonardo III 515,22 826,07
Guanhães Virginópolis Do Barro 52,13 97,59
Guanhães Virginópolis Lorena 16,67 101,52
Guanhães Virginópolis Córrego São Pedro 176,02 446,23
Guanhães Virginópolis Samóra 112,06 235,08
Guanhães Virginópolis Indaiá 18,9 115,1
Guanhães Sabinópolis Água Rasa 132,86 779,25
Guanhães Sabinópolis Candeias 530,06 1.297,44
Guanhães Sabinópolis Coqueiro 293,06 1.259,78
Guanhães Sabinópolis Correntinho I 916,01 1.516,83
Guanhães Sabinópolis Correntinho II 85,08 174,49
Guanhães Sabinópolis Manguinha 56,93 132,79
Guanhães Sabinópolis Paraguá 198,91 599,87
Guanhães Sabinópolis Rio Guanhães 262,54 1.214,98
Guanhães Sabinópolis Serra do Macuco 106,58 325,74
Guanhães Sabinópolis Bom Jardim I 0 882,99
Guanhães Sabinópolis Vargem do Machado 0 981,79
Guanhães Sabinópolis Carranca 121,42 236,57
Guanhães Sabinópolis Córrego Dantas 211,61 398,3
Guanhães Sabinópolis Bonito 185,59 424
Guanhães Sabinópolis Pitanga 263,23 817,03
Guanhães Sabinópolis Barreiras 311,63 560,19

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Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Guanhães Sabinópolis Cachoeira das Pombas 466,38 1.200,36
Guanhães Sabinópolis Moreira 41,88 177,53
Guanhães Sabinópolis Penhora I 507,1 1.015,56
Guanhães Sabinópolis Penhora II 231,82 538,67
Guanhães Sabinópolis Quartel 400,51 1.341,13
Guanhães Sabinópolis Três Morros 149,47 489,09
Guanhães Sabinópolis Conquista Berto 201,53 563,05
Guanhães Sabinópolis Aeroporto I 326,92 548,02
Guanhães Sabinópolis Amância 451,7 691,59
Guanhães Sabinópolis Anta 66,5 226,43
Guanhães Sabinópolis Arara 28,33 64,63
Guanhães Sabinópolis Aroeira 38,05 94,2
Guanhães Sabinópolis Babilônia 931,56 1.506,75
Guanhães Sabinópolis Babilônia II 206,9 558,75
Guanhães Sabinópolis Barcelona 816,1 1.502,77
Guanhães Sabinópolis Barroso 143,84 273,84
Guanhães Sabinópolis Cachoeira Alegre 255,63 396,28
Guanhães Sabinópolis Colibri 147,85 350,54
Guanhães Sabinópolis Colibri II 38,63 81,8
Guanhães Sabinópolis Córrego dos Dias 73,14 129,05
Guanhães Sabinópolis Córrego Frio 105,74 170,17
Guanhães Sabinópolis Córrego Frio II 141,15 391,91
Guanhães Sabinópolis Córrego Raso 0 72,3
Guanhães Sabinópolis Corrente Canoa I 349,25 646,36
Guanhães Sabinópolis Corrente Canoa II 196,3 300,36
Guanhães Sabinópolis Grota Do Mono 84,54 195,6
Guanhães Sabinópolis Guaxo 27,51 51,8
Guanhães Sabinópolis Imbaúba 145,28 385,87
Guanhães Sabinópolis Inhambú 209,42 439,71
Guanhães Sabinópolis Jambreiro 1.309,43 1.856,29
Guanhães Sabinópolis Jambreiro II 256,07 414,8
Guanhães Sabinópolis Lajeado 84,45 161,7
Guanhães Sabinópolis Lagoa Grande I 227,44 391,89
Guanhães Sabinópolis Lagoa Grande II 807,67 1.303,77
Guanhães Sabinópolis Lobeira 37,36 64,79
Guanhães Sabinópolis Panorama 195,15 486,49
Guanhães Sabinópolis Pica-Pau 290,83 591,59
Guanhães Sabinópolis Primavera 133,63 274,68
Guanhães Sabinópolis Remi 11,24 43,03
Guanhães Sabinópolis São João Evangelista I 457,33 796,41
Guanhães Sabinópolis São João Evangelista II 410,06 656,55
Guanhães Sabinópolis Sabinópolis I 205,28 295,79
Guanhães Sabinópolis Sabinópolis II 151,11 256,22
Guanhães Sabinópolis Sabinópolis III 678,5 996,76
Guanhães Sabinópolis Sabinópolis IV 112,08 158,54
Guanhães Sabinópolis Sabinópolis V 79,76 121,56
Guanhães Sabinópolis Sabinópolis VI 222,64 336,75
Guanhães Sabinópolis Sabinópolis VII 97,15 178,67

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Departamento de Meio Ambiente e Qualidade - DEMAQ

Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Guanhães Sabinópolis Santinho 90,22 151,16
Guanhães Sabinópolis Sobrado 269,93 602,99
Guanhães Sabinópolis Tucano 30,37 63,46
Guanhães Sabinópolis Aeroporto II 134,74 227,55
Guanhães Sabinópolis Corrente Canoa Carvalho 950,83 1.521,60
Guanhães Sabinópolis Corrente Canoa Gercy 187,81 327,68
Guanhães Sabinópolis Corrente Canoa Adelino 113,19 160,68
Guanhães Sabinópolis Lagoa e Costa 167,57 383,79
Nova Era Santa Bárbara Abertura 270,48 491,1
Nova Era Santa Bárbara Abre Campo 467,95 1.036,42
Nova Era Santa Bárbara Agregado 228,7 419,77
Nova Era Santa Bárbara Bamba 439,79 746,21
Nova Era Santa Bárbara Barro Branco 66,93 102,95
Nova Era Santa Bárbara Boa Noite 137 267,35
Nova Era Santa Bárbara Brumadinho 169,73 463,08
Nova Era Santa Bárbara Cachoeira 432,58 1.005,20
Nova Era Santa Bárbara Mato Virgem 27,93 42,55
Nova Era Santa Bárbara Caldeireiro 279,41 457,04
Nova Era Santa Bárbara Carlos Hosken 110,4 201,28
Nova Era Santa Bárbara Carmo 18,84 68,78
Nova Era Santa Bárbara Cascapau 159,62 388,19
Nova Era Santa Bárbara Cascata 134,01 272,25
Nova Era Santa Bárbara Catas Altas I 207,97 342,82
Nova Era Santa Bárbara Catas Altas II 766,07 1.077,56
Nova Era Santa Bárbara Cidreira 17,79 36,74
Nova Era Santa Bárbara Cume I 153,7 271,19
Nova Era Santa Bárbara Cume II 95,69 226,03
Nova Era Santa Bárbara Cururu I 482,79 917,04
Nova Era Santa Bárbara Chapadão 280,53 988,03
Nova Era Santa Bárbara Egas I 410,01 731,68
Nova Era Santa Bárbara Engenho 259,98 432,89
Nova Era Santa Bárbara Engenho Da Serra 7,99 12,04
Nova Era Santa Bárbara Favas 58,67 160,24
Nova Era Santa Bárbara Florália 594,07 1.192,23
Nova Era Santa Bárbara Gaspar II 515,44 1.122,59
Nova Era Santa Bárbara Gongo Soco 242,43 532,57
Nova Era Santa Bárbara Irmãos Ferreira 268,82 469,39
Nova Era Santa Bárbara Jacutinga 262,86 541,36
Nova Era Santa Bárbara Jararaca II 56,41 71,34
Nova Era Santa Bárbara Jararaca I 97,09 146,54
Nova Era Santa Bárbara Catas Altas III 113,45 188,31
Nova Era Santa Bárbara Cuiabá 22,75 35,63
Nova Era Santa Bárbara Itajuru 71,37 128,83
Nova Era Santa Bárbara Marieta 80,55 164,73
Nova Era Santa Bárbara Mato Grosso 41,03 103,27
Nova Era Santa Bárbara Ouro Fino 260,36 592,79
Nova Era Santa Bárbara Paciência 388,36 525,2
Nova Era Santa Bárbara Paiol 220,74 427,67

148
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Departamento de Meio Ambiente e Qualidade - DEMAQ

Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Nova Era Santa Bárbara Paraíso 203,27 350,15
Nova Era Santa Bárbara Passa Dez 238,16 484,74
Nova Era Santa Bárbara Perobas 329,11 654,48
Nova Era Santa Bárbara Petí 527,08 895,48
Nova Era Santa Bárbara Placa 1.059,79 1.873,11
Nova Era Santa Bárbara Serra do Pinho 79 154,1
Nova Era Santa Bárbara Socorro 287,47 501,66
Nova Era Santa Bárbara Teixeiras 60,64 115,29
Nova Era Santa Bárbara Togó 30,07 77,37
Nova Era Santa Bárbara Valéria I 875,78 1.184,09
Nova Era Santa Bárbara Valéria II 689,99 1.032,35
Nova Era Santa Bárbara Vargem Alegre 575,4 1.090,02
Nova Era Santa Bárbara Varginha 202,29 324,68
Nova Era Santa Bárbara Ventura 253,86 399,71
Nova Era Santa Bárbara Ponte Coronel 282,07 573
Nova Era Santa Bárbara Curral De Pedra 415,21 1.135,38
Nova Era Santa Bárbara Itapagi 352,72 881,04
Nova Era Santa Bárbara Maravilha 562,28 1.107,55
Nova Era Santa Bárbara Renovação 196,46 420,15
Nova Era Santa Bárbara Cururu II 271,95 470,79
Nova Era Santa Bárbara Gaspar I 588,13 975,01
Nova Era Santa Bárbara Gaspar III 403,35 751,44
Nova Era Santa Bárbara Pau Mulato 0 502,95
Nova Era Santa Bárbara Egas II 615 1.139,15
Nova Era Santa Bárbara Catas Altas IV 190,51 273,29
Nova Era Santa Bárbara Gasparzinho 291,28 576,85
Nova Era Piracicaba Água Limpa 94,62 161,18
Nova Era Piracicaba Alfié 612,57 937,27
Nova Era Piracicaba Bicudos II 35,9 67,3
Nova Era Piracicaba Boa Esperança 57,45 141,6
Nova Era Piracicaba Bom Retiro 628,71 1.438,52
Nova Era Piracicaba Morro Agudo 572,08 1.002,80
Nova Era Piracicaba Conquista 64,94 100,5
Nova Era Piracicaba Curió 90,3 134,05
Nova Era Piracicaba Do Carvão 0 136,51
Nova Era Piracicaba Domingues 222,71 359,68
Nova Era Piracicaba Monges 101,81 523,08
Nova Era Piracicaba Alfié II 97,44 248,89
Nova Era Piracicaba Canavial 43,32 76,42
Nova Era Piracicaba Cascavel 76,46 127,07
Nova Era Piracicaba Montanha II 67,11 129,94
Nova Era Piracicaba Morro Da Cela 172,15 281,06
Nova Era Piracicaba Prequeté 74,3 266,01
Nova Era Piracicaba Retiro 46,61 77,63
Nova Era Piracicaba Riacho dos Portéis 421,55 854,98
Nova Era Piracicaba Serra 96,5 206,05
Nova Era Piracicaba Tijuco Preto 111,78 203,41
Nova Era Piracicaba Tio Patinhas 90,65 188,66

149
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Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Nova Era Piracicaba Turvo 150,03 342,89
Nova Era Piracicaba Serrinha 131,62 402,92
Nova Era Piracicaba Duas Barras 243,28 452,19
Nova Era Piracicaba Estiva 283,26 551,42
Nova Era Piracicaba J. Pereira 377,75 694,47
Nova Era Piracicaba Morro Do Chapéu 739,86 1.543,63
Nova Era Piracicaba Mucuri 211,24 513,23
Nova Era Piracicaba Ribeirão São José 116,85 300,53
Nova Era Piracicaba São José das Mandiocas 127,27 340,47
Nova Era Piracicaba Berilo 84,02 181,78
Nova Era Piracicaba Cabral 487,11 1.064,13
Nova Era Piracicaba Capoeirana 489,93 1.021,56
Nova Era Piracicaba Cordobrês 141,66 275,57
Nova Era Piracicaba Esmeralda 211,18 631,4
Nova Era Piracicaba Fagundes 348,42 1.155,99
Nova Era Piracicaba Liberdade 306,51 985,65
Nova Era Piracicaba Morro Do São Pedro 88,11 187,48
Nova Era Piracicaba Palmeiras I 274,87 551,22
Nova Era Piracicaba Paulistas 153,19 284,45
Nova Era Piracicaba Pedra Furada 185,26 632,29
Nova Era Piracicaba Piçarrão I 499,2 1.061,90
Nova Era Piracicaba Piçarrão II 80,45 139,96
Nova Era Piracicaba Ribeiro 118,81 206,01
Nova Era Piracicaba Santeiro 67,81 130,44
Nova Era Piracicaba Santo Antônio 222,72 511,27
Nova Era Piracicaba Sertão 150,08 315,93
Nova Era Piracicaba Tijuqueiro 141,73 320,73
Nova Era Piracicaba Beraldo 0 751,54
Nova Era Cocais Achado 257,2 663,33
Nova Era Cocais Barra Grande 152,4 288,88
Nova Era Cocais Barrinha 225,15 330,64
Nova Era Cocais Bocaina 196,4 481,43
Nova Era Cocais Cocais dos Arrudas II 842,36 1.683,27
Nova Era Cocais Caladão 275,77 894,39
Nova Era Cocais Córrego Perdido 56,08 94,85
Nova Era Cocais Córrego do Vieira 26,19 51,14
Nova Era Cocais Cubas 97,49 230,32
Nova Era Cocais Cumeeira 440,13 849,38
Nova Era Cocais Dutatu 100,49 181,22
Nova Era Cocais Gamela 136,55 271,91
Nova Era Cocais Ipanema 562,59 1.142,76
Nova Era Cocais São Joaquim 39,39 132,33
Nova Era Cocais Nova Estrela 63,2 119,6
Nova Era Cocais Córrego dos Machados 458,34 1.048,59
Nova Era Cocais Ribeirão Grande 709,62 1.258,37
Nova Era Cocais Fernandes 558,14 961,9
Nova Era Cocais Ribeirão Grande II 543,63 1.039,07
Nova Era Cocais São José 419,6 981,87

150
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Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Nova Era Cocais Soveno 218,95 419,81
Nova Era Cocais Taquaraçu 162,42 338,75
Nova Era Cocais Timirim 30,11 61,46
Nova Era Cocais Travessão 33,24 163,32
Nova Era Cocais Vitória 29,5 69,05
Nova Era Cocais Pinhão 633,8 988,15
Nova Era Cocais Mongais 572,77 806,96
Nova Era Cocais Trindade 505,22 841,09
Nova Era Cocais Baratinha 391,19 1.185,50
Nova Era Cocais Caladão II 120,48 456,39
Nova Era Cocais Alto Da Pedra 205,17 479,03
Nova Era Cocais Arrastão 132,95 290,88
Nova Era Cocais Baião 428 1.005,27
Nova Era Cocais Barbosão I 424,74 618,28
Nova Era Cocais Barbosão II 278,36 976,1
Nova Era Cocais Barbosão III 273,95 706,37
Nova Era Cocais Barbosão IV 132,29 311,29
Nova Era Cocais Cachoeira Alta 349,04 627,52
Nova Era Cocais Capelinha 524 916,06
Nova Era Cocais Central 324,2 663,08
Nova Era Cocais Cocais das Estrelas 711,9 1.176,41
Nova Era Cocais Córrego do Taquaral 130,88 233,48
Nova Era Cocais Cuité 419,22 832,61
Nova Era Cocais Fundão II 344 831,43
Nova Era Cocais Garajau e Peixe 236,13 520,63
Nova Era Cocais Garajau e Peixe III 115,39 223,02
Nova Era Cocais Heraldo 225,65 373,05
Nova Era Cocais Jatobá I 765,81 1.318,50
Nova Era Cocais Jatobá II 342,32 715,98
Nova Era Cocais Jatobá III 249,34 471,03
Nova Era Cocais Lagoa Dourada 158,97 400,53
Nova Era Cocais Lambatu 214,13 477,12
Nova Era Cocais Mirante 628,61 1.424,37
Nova Era Cocais Morro Do Cuité 157,66 321,39
Nova Era Cocais Olaria 693,91 1.231,40
Nova Era Cocais Peão 465,37 909,14
Nova Era Cocais Pedra Branca 232,12 616,05
Nova Era Cocais Pessoa 116,77 351,75
Nova Era Cocais Retalhado 129,67 301
Nova Era Cocais Santa Clara 198,54 420,42
Nova Era Cocais Santa Juliana 199,26 439,26
Nova Era Cocais Tabueiro 44,15 115,91
Nova Era Cocais Tambu 202,83 320,43
Nova Era Cocais Taquaral 256,61 465,38
Nova Era Cocais Vai e Volta 160,63 263,6
Nova Era Cocais Vale do Sabiá 306,13 537,28
Rio Doce Belo Oriente Batinga 231,81 678,67
Rio Doce Belo Oriente Diamantino 0 59,05

151
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Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Rio Doce Belo Oriente Água Suja 1.320,46 2.122,40
Rio Doce Belo Oriente Aviação 179,43 345,45
Rio Doce Belo Oriente Bagre 275,85 451,06
Rio Doce Belo Oriente Boleira 52,08 93,8
Rio Doce Belo Oriente Brauninha 533,56 884
Rio Doce Belo Oriente Cajá 1.164,86 2.067,66
Rio Doce Belo Oriente Canta Galo 438,47 661,66
Rio Doce Belo Oriente Felicina 228,43 429,61
Rio Doce Belo Oriente Resplendor 78,93 149,53
Rio Doce Belo Oriente Santa Cruz 100,47 156,82
Rio Doce Belo Oriente São Sebastião do Baixio 57,68 97,76
Rio Doce Belo Oriente Córrego Fundo 185 349
Rio Doce Belo Oriente Sabiá 189,88 370,52
Rio Doce Belo Oriente Vista Alegre 169,98 284,91
Rio Doce Belo Oriente Boa Vista III 891,91 1.547,86
Rio Doce Belo Oriente Córrego Parado 60 99,18
Rio Doce Belo Oriente Boa Vista IV 896,63 1.420,99
Rio Doce Belo Oriente Volta Redonda 185,32 311,59
Rio Doce Belo Oriente Córrego da Coruja 215,2 382,13
Rio Doce Belo Oriente Córrego Grande 217,13 601,2
Rio Doce Belo Oriente Córrego Saião 30,67 58,53
Rio Doce Belo Oriente Fábrica 649,38 1.529,90
Rio Doce Belo Oriente Grilo 134,92 307,81
Rio Doce Belo Oriente Macedinho 108,99 313,07
Rio Doce Belo Oriente Muquirana 15,33 48,44
Rio Doce Belo Oriente Rio Corrente 82,84 162,58
Rio Doce Belo Oriente Simião 193,95 521,8
Rio Doce Belo Oriente Tamanduá 1.001,31 1.582,08
Rio Doce Belo Oriente Córrego Do Brejo 856,32 1.226,17
Rio Doce Belo Oriente Marcocem 508,65 771,35
Rio Doce Belo Oriente Goiabal 820,07 1.160,18
Rio Doce Belo Oriente Marola 701,62 1.213,94
Rio Doce Belo Oriente Sorós 535,5 867,8
Rio Doce Belo Oriente Lagoa Da Prata 641,25 1.135,55
Rio Doce Belo Oriente Garrafinha 528 807,78
Rio Doce Belo Oriente Ipabinha 834,42 1.339,72
Rio Doce Belo Oriente Trevo 402,12 735,81
Rio Doce Belo Oriente Caxambu 874,05 1.551,57
Rio Doce Belo Oriente Milagre 629,55 1.194,28
Rio Doce Belo Oriente Garapa 837,48 1.403,20
Rio Doce Belo Oriente Baixada do Cajá 125,72 276,44
Rio Doce Belo Oriente Bião 263,35 488,44
Rio Doce Belo Oriente Furquilha 315,71 567,68
Rio Doce Belo Oriente Coqueria 1.072,79 1.473,59
Rio Doce Belo Oriente Limeira 114,36 942,84
Rio Doce Belo Oriente Serraria 567,09 1.046,36
Rio Doce Belo Oriente Viturino 154,33 397,35
Rio Doce Belo Oriente Córrego Preto 752,83 1.531,70

152
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Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Rio Doce Belo Oriente Cascalheira 0 216,43
Rio Doce Belo Oriente Água Preta 75,76 154,52
Rio Doce Belo Oriente Barretinha 165,41 300,66
Rio Doce Belo Oriente Barroada 98,93 224,36
Rio Doce Belo Oriente Coió 192,1 295,2
Rio Doce Belo Oriente Córrego do Caeté 37,17 60,74
Rio Doce Belo Oriente Esperança 147,91 304,72
Rio Doce Belo Oriente Funil 67,91 172,15
Rio Doce Belo Oriente Januária 48,92 168,94
Rio Doce Belo Oriente Minervino 79,34 171,6
Rio Doce Belo Oriente Nadir 107,48 272,24
Rio Doce Belo Oriente Piedade 113,74 191,96
Rio Doce Belo Oriente Pompéu 597,44 948,39
Rio Doce Belo Oriente Renascença 107,01 179,81
Rio Doce Belo Oriente Rubro Negro 524,61 950,47
Rio Doce Belo Oriente São Francisco 112,46 195,18
Rio Doce Belo Oriente São Mateus 35,27 59,58
Rio Doce Belo Oriente Varão 282,48 454,78
Rio Doce Belo Oriente Vargem Grande 206,22 307,36
Rio Doce Ipaba Macedônia 1.006,50 2.640,19
Rio Doce Ipaba Rio Doce 820,12 1.412,63
Rio Doce Ipaba Cumbuca 194,03 429,69
Rio Doce Ipaba Rio Branco 763,94 1.723,13
Rio Doce Ipaba São Lourenço 470,81 1.088,45
Rio Doce Ipaba Lagoa Bonita 1.016,34 1.860,80
Rio Doce Ipaba Lagoa Perdida 968,87 1.471,02
Rio Doce Ipaba Lagoa do Piau 456,41 1.394,46
Rio Doce Ipaba Boachá 790,14 1.775,53
Rio Doce Ipaba Ipaba 683,66 1.087,69
Rio Doce Ipaba Beira Rio 1.210,81 2.246,23
Rio Doce Ipaba Vale Verde 328,61 443,06
Rio Doce Ipaba Lagoa Silvana 542,05 694,52
Rio Doce Ipaba Ribeirão do Boi 711,31 1.380,34
Rio Doce Ipaba Lagoa Nova 618,6 1.426,10
Rio Doce Ipaba Cordeiros 677,66 1.701,33
Rio Doce Ipaba Córrego Novo 399,22 1.369,94
Rio Doce Ipaba Lagoa Cristal 1.242,53 1.961,20
Rio Doce Ipaba Lagoa Hortência 1.497,33 2.122,68
Rio Doce Ipaba Lagoa Tiririca 1.073,46 1.804,50
Rio Doce Ipaba Lagoa das Piabas 1.673,29 2.521,14
Rio Doce Ipaba Lagoa Do Jacinto 1.065,28 1.799,15
Rio Doce Ipaba Lagoa Redonda 684,76 1.271,80
Rio Doce Ipaba Lagoa do Brito 964,36 1.646,74
Total 126079,32 243567,11

153
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Quadro 27 – Relação de Áreas certificadas da Cenibra – ÁREAS ARRENDADAS

Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Guanhães Virginópolis Fazenda Cristais 90,27 99,36
Guanhães Virginópolis Fazenda Souto 97,8 107,77
Guanhães Virginópolis Fazenda Fábrica 190,03 208,14
Guanhães Virginópolis Fazenda Aricanga 177,33 214,68
Guanhães Virginópolis Fazenda Barro Amarelo 38,55 75,38
Guanhães Virginópolis Fazenda Estiva I 47,4 228,6
Guanhães Sabinópolis Fazenda Grota dos Gonçalves 51,57 56,27
Guanhães Sabinópolis Fazenda Retiro das Pinheiras 79,37 87,23
Rio Doce Belo Oriente Fazenda Recanto do Presídio 452,24 588
Total 1224,56 1665,43

Quadro 28 – Relação de Áreas não certificadas da Cenibra – ÁREAS PRÓPRIAS

Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Guanhães Virginópolis Carapina 100,5 324,9
Guanhães Virginópolis Três Barras 518,13 830,85
Guanhães Virginópolis Bidias 223,41 388,48
Guanhães Virginópolis Ribeirão Água Branca 93,24 224,14
Guanhães Virginópolis Nossa Senhora da Penha 123,11 186,13
Guanhães Virginópolis Conquista dos Alves 48,09 97,99
Guanhães Virginópolis Vida Nova 57,27 134,99
Guanhães Virginópolis Córrego dos Cardosos 0 75,96
Guanhães Virginópolis Ribeirão do Bugre 0 426,17
Guanhães Virginópolis Ribeirão do Mono 0 589,49
Guanhães Virginópolis Seabra 0 362,59
Guanhães Virginópolis Pantana 59,25 338,65
Guanhães Virginópolis Escadinha 0 342,46
Guanhães Sabinópolis Rio Barreiras 0 914,6
Guanhães Sabinópolis Portão 0 220,77
Guanhães Sabinópolis Córrego do Itimirim III 0 245,99
Guanhães Sabinópolis Córrego do Itimirim II 0 374,04
Guanhães Sabinópolis Córrego do Itimirim I 0 376,53
Guanhães Sabinópolis Panelão 0 335,65
Guanhães Sabinópolis Oliveiros 0 419,85
Nova Era Santa Bárbara Serra do Gongo 398,76 1.105,14
Nova Era Piracicaba Cachoeira Santa Maria 0 102,02
Nova Era Piracicaba Córrego Campinas 0 50,96
Nova Era Piracicaba Alemão 0 163,57
Nova Era Piracicaba Alemãozinho 0 182,3
Nova Era Piracicaba Córrego do Caboclo 0 203,32
Nova Era Cocais Igrejinha 10,61 186,39
Rio Doce Belo Oriente Córrego Preto II 0 397,67
Rio Doce Belo Oriente Figueirinha 140,48 587
Rio Doce Belo Oriente Pintassilgo 54,77 93,25
Total 1827,62 10281,85

154
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Quadro 29 – Relação de Áreas não certificadas da Cenibra – ÁREAS ARRENDADAS

Regional Região Projeto Área Plantada Área Total


Guanhães Sabinópolis Fazenda Taquaral 255,5 269,04

155

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