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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO NORTE, CAMPUS NATAL – CENTRAL


DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DE RECURSOS NATURAIS
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

Alencar Abdon Barbosa


Camilla Figueredo de Lima
Fernanda Gracielly Santos da Silva
Joanejane Vincente

PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L) NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO


SFILARE

Natal/RN
2014
Alencar Abdon Barbosa
Camilla Figueredo de Lima
Fernanda Gracielly Santos da Silva
Joanejane Vincente

PRODUÇÃO MAIS LIMPA (P+L) NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO


SFILARE

Projeto Integrador apresentado às


disciplinas de Sustentabilidade Empresarial,
Tecnologia da Energia e Gestão de
Resíduos Sólidos, ministradas,
respectivamente, pelos professores Robson
Garcia, Augusto Fialho e Beldson Elias.

Natal/RN
2014
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 8
2 OBJETIVO 9
2.1 OBJETIVO GERAL 9
2.1 OBJETIVO ESPERÍFICO 9
3 REFERENCIAL TEÓRICO 9
3.1 PRODUÇÃO MAIS LIMPA 9
3.2 SETOR TEXTIL 10
3.3 SETOR DE CONFECÇÃO VERSUS MEIO AMBIENTE 10
4 METODOLOGIA 10
5 APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 11
6 DIAGNÓSTICO OPERACIONAL E AMBIENTAL DA
11
EMPRESA
6.1 LOCALIZAÇÃO E DADOS BÁSICOS 11
7 CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO 13
7.1 PRINCIPAIS PRODUTOS 13
7.2 PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS E INSUMOS CONSUMIDOS
13
NA INDÚSTRIA
7.3 CONSUMO DA MATÉRIA-PRIMA E INSUMOS 15
8 CONSUMO DOS RECURSOS NATURAIS E USO DE
18
MAQUINÁRIOS
8.1 CONSUMO DE ÁGUA 18
8.2 CONSUMO DE ENERGIA 18
8.3 PRINCIPAIS MAQUINÁRIOS 18
9 ASPECTOS ORGANIZACIONAIS 20
9.1 PROGRAMA DE QUALIDADE AMBIENTAL E SOCIAL 21
9.2 ASPECTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 22
9.3 ASPECTOS DE ATRATIVIDADE PARA CLIENTES 22
9.4 ADEQUAÇÃO AMBIENTAL 22
10 LAYOUT E FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO 23
10.1 LAYOUT 23
10.2 FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO 24
11 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS E
25
IMPACTOS AMBIENTAIS DO EMPREENDIMENTO
12 PROGRAMAS DA GESTÃO AMBIENTAL 27
12.1 EDUCAMB: EDUCAR PARA AMBIENTAR 27
12.2 ÁGUA: USE, NÃO ABUSE 29
12.2.1 Medidas de Controle 30
12.2.2 Investimentos 30
12.3 BEM ESTAR COM SEGURANÇA E SAÚDE 30
12.3.1 Medidas de Controle 31
12.3.2 Metas 31
12.3.3 Investimentos 31
12.4 LIGUE-SE: SUA ECONOMIA, NOSSA ENERGIA 32
12.4.1 Medidas de Controle 32
12.4.2 Metas 32
12.4.3 Investimentos 33
12.5 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS -
33
DIAGNÓSTICO
12.5.1 Metodologia 33
12.5.2 Atual Gerenciamento dos Resíduos Sólidos 34
12.5.3 Resíduos Identificados, Quantificados, Caracterizados e Classificados 35
12.5.4 Identificação dos Resíduos Gerados na Indústria 35
12.5.5 Registro fotográfico dos resíduos 36
12.5.6 Quantificação 36
12.5.7 Caracterização e Classificação dos Resíduos Sólidos 38
12.6.1 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 39
12.6.2 Siglas 39
12.6.3 Definições 39
12.6.4 Programas de Redução na Fonte Geradora 41
12.6.4.1 Programa de Treinamento para Gestão dos Resíduos Sólidos 41
12.6.4.2 Programa De Coleta Seletiva 41
12.6.4.3 Programa de Educação Ambiental 41
12.6.5 Segregação 41
12.6.6 Acondicionamento 42
12.6.7 Manuseio 44
12.6.8 Coleta 44
12.6.9 Transporte Interno 45
12.6.10 Armazenamento 45
12.6.11 Transporte Externo 46
12.6.12 Tratamento 47
12.6.13 Disposição Final 47
12.6.14 Layout da Disposição dos Coletores 47
12.6.15 Investimento 49
13 ORCAMENTO FINAL 49
14 CONCLUSÃO 50
REFERÊNCIAS 51
ANEXO A – MATRIZ DE INTERAÇÃO E SIGNIFICÂNCIA 54
5

RESUMO

O presente trabalho visa desenvolver e implementar a Produção mais Limpa (P+L),


ferramenta de otimização na produção e minimização de impactos ao ambiente na
Indústria de Confecções Sfilare, sendo a mesma localizada no bairro Capim macio, zona
sul de Natal-RN; a empresa produz quatro modelos de peças têxteis (camisa básica,
camisa polo feminina, camisa polo masculina e vestido polo) onde opera atualmente por
encomenda. Primeiramente, realizou-se o Diagnóstico Operacional Ambiental da
empresa (DOA), parte fundamental utilizada como referência para a produção deste
projeto de P+L, onde foi avaliado e elaborado, por meio de revisão bibliográfica, visita
in loco e registro fotográfico; localização e dados básicos da empresa, organograma,
principais matérias–primas e insumos, consumo de água e energia e maquinários
utilizados, aspectos organizacionais, programas de qualidade ambiental e social da
empresa, aspectos de saúde e segurança do trabalho e de atratividade para os clientes,
adequação ambiental, layout e fluxograma, identificação, avaliação de aspectos e
impactos ambientais verificados no empreendimento. A partir do diagnóstico realizado
foi proposto medidas de mitigação das problemáticas encontradas na empresa com o
intuito de minimizar perdas no processo produtivo de forma preventiva e reduzir os
danos gerados ao meio ambiente através de elaboração de planos e “Programas de
Gestão Ambiental”, dentre eles: Programa de Educação Ambiental, criação do
ECOTIME, Programa no controle do consumo de água, Programa de segurança do
trabalho, Programa no controle da redução de energia e o Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos (PNRS).

Palavras-chave: Produção mais Limpa (P+L), Indústria de confecções, Gestão


ambiental.
6

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 - Jornada de trabalho e horário de funcionamento. 12


Quadro 2 - Número de funcionários 12
Quadro 3 - Principais matérias-primas e insumos 13
Consumo das matérias-primas e insumos na confecção de
Quadro 4 - 15
vestido polo
Consumo das matérias-primas e insumos na confecção de
Quadro 5 - 15
camisa polo masculina e feminina
Consumo das matérias-primas e insumos na confecção de
Quadro 6 - 16
camisa básica
Quadro 7 - Custo e eficiência do emprego da matéria-prima. 17
Potência e tempo estimado de uso do maquinário da
Quadro 8 19
empresa
Quadro 9 - Forma de controle de dados e documentos 20
Quadro 10 - Adequação aos aspectos de saúde e segurança do trabalho 22
Quadro 11 - Aspectos de entrada e de saída do processo produtivo 25

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Investimentos para execução das propostas do programa
Quadro 12 - 30
Água
Custo benefício do uso de torneiras automáticas e descarga
Quadro 13 - 30
de acionamento duplo
Orçamento para o investimento proposto no programa
Quadro 14 - 31
Bem Estar.
Custo benefício da substituição de lampas fluorescentes
Quadro 15 - 33
por LED
Quadro 16 - Resíduos Identificados 35
Quadro 17 - Método de quantificação 36
Exposição da classificação e caracterização dos resíduos
Quadro 18 - 38
sólidos
Quadro 19 - Coletores específicos para o setor do corte 42
Quadro 20 - Coletores específicos para o setor de produção 43
Quadro 21 - Frequência, horário de coleta e varrição no térreo 44
Quadro 22 - Orçamento para execução das propostas do PGRS 45
Quadro 23 - Investimento final 48

Representação gráfica da quantidade de MP, custo e sua


Gráfico 1 - 17
eficiência.
Gráfico 2 - Valores do consumo de água março/14 a maio/14 18
Gráfico 3 - Valores do consumo de água março/14 a maio/14 18
Gráfico 4 - Consumo em kWh de maio/2013 a maio/2014 20
Gráfico 5 - Quantidade de resíduos gerado em cada setor 37
7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localização do empreendimento 12


Figura 2 - Organograma 12
Figura 3 - Vestido, camisa masculina e feminina polo 14
Figura 4 - Camisa básica 14
Figura 5 - Layout do Térreo 23
Figura 6 - Layout do primeiro andar 23
Figura 7 - Etapas do processo produtivo 24
Figura 8 - Logística atual dos Resíduos Sólidos 34
Figura 9 - Modelo para implantação da coleta seletiva 42
- Coletores de 90L, 30L e cortantes/perfurantes,
Figura 10 43
respectivamente
Figura 11 - Lixeira com pedal 44
Figura 12 - Contêiner plástico com rodas. 45
- Layout com proposta de abertura de acesso para
Figura 13 46
transporte externo dos resíduos.

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Figura 14 - Contêiner plástico com rodas 47
Figura 15 - Layout de disposição dos coletores no térreo 48
Figura 16 - Layout da disposição dos coletores do 1° Andar 48
8

1 INTRODUÇÃO

A Produção mais Limpa (P+L) é uma ferramenta no uso da gestão ambiental


para minimizar os impactos ao meio ambiente e otimizar a produção, tanto nos produtos
e serviços quanto no processo produtivo. Sendo de fácil utilização, a P+L não é uma
tecnologia “fim de tubo” onde todos os resíduos e impactos causados são remediados
mais ela visa prevenir através da minimização, não geração e reciclagem; dessa forma,
uma empresa diminuiria seu desperdício na fonte geradora e consequentemente
reduziria seus gastos para reparar os danos, além do empreendimento passar a ter uma
imagem diferenciada no setor econômico (SENAI, 2007).

Desse modo, foi elaborado Diagnóstico Operacional e Ambiental (DOA) da


Indústria de Confecção Sfilare com o objetivo de implementar uma produção mais
limpa no empreendimento, sendo assim, a P+L contribuiria para a redução dos resíduos
na fonte, otimização no processo produtivo, diminuição dos impactos ambientais,
conscientização ambiental dos funcionários e melhoria da imagem pública da empresa.

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Devido ser um empreendimento que gera bastante resíduos que podem ser reciclados e
faz um consumo elevado de energia no uso de maquinários; nota-se a importância da
implantação da P+L no setor têxtil para minimização dos resíduos na fonte e redução de
energia. Com isso, após realização do diagnóstico na empresa foi proposto melhorias
através de planos e programas de gestão ambiental.

Assim, esse projeto de implantação da P+L na empresa de confecções Sfilare


está dividido em: Resumo; Introdução; Objetivo geral; Objetivo específico; Referencial
teórico: produção mais limpa, setor têxtil, setor de confecção versus meio ambiente;
Metodologia; Apresentação do empreendimento; Diagnóstico Operacional e Ambiental
da empresa - DOA; localização e dados básicos, Características da produção; principais
produtos, principais matérias-primas e insumos consumidos na indústria, consumo da
matéria-prima e insumos; Consumo de água, energia e uso de maquinários (consumo
dos recursos naturais e uso de maquinários); Aspectos organizacionais, programa de
qualidade ambiental e social, aspectos de saúde e segurança do trabalho, aspectos de
atratividade para clientes, adequação ambiental; Layout e Fluxograma do processo
produtivo.

Fonte: Pesquisa em campo (2014)


9

2 OBJETIVO
2.1 OBJETIVO GERAL
A implantação da Produção Mais Limpa (P+L) na indústria de confecção Sfilare
propõe a inovação no empreendimento, abrindo caminhos para mais um passo em
direção ao desenvolvimento econômico competitivo e sustentável. Os benefícios da
instauração da P+L não se restringe a própria indústria, mas a população e o meio
ambiente por meio da redução do uso dos recursos naturais e geração dos impactos
ambientais.
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
São objetivos fundamentais desse documento:
- Contribuir com o processo de implantação das técnicas de P+L na indústria de
Confecção Sfilare;
- Orientar para a gestão adequada dos resíduos de Confecção, levando em consideração
os aspectos sociais, tecnológicos e econômicos;

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


- Promover o uso de tecnologias de P+L, tendo por finalidade a prevenção e
minimização de resíduos na fonte;
- Caracterizar os tipos de resíduos gerados no setor da Confecção;
- Construir uma ferramenta de fácil consulta que contenha as medidas e tecnologias de
prevenção aplicáveis, minimizando o impacto dos rejeitos gerados sobre o meio
ambiente e apresentando formas de destino adequadas;
- Apresentar as vantagens de natureza técnica, ambiental e econômica que advêm da
aplicação das tecnologias e das medidas de prevenção e redução de resíduos de
Confecção;
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 PRODUÇÃO MAIS LIMPA
Como mais de 80% das empresas nacionais de confecção são de micro, pequeno
e médio portes, em que, muitas vezes, o maior fator de competitividade está na redução
dos custos operacionais, a P+L contribui com a redução de desperdícios e a
minimização dos impactos ambientais, além de propiciar ganhos econômicos através da
máxima utilização dos recursos (SENAI, 2007).
P+L significa a aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e
tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de
matérias-primas, água e energia, através da não-geração, minimização ou reciclagem de
resíduos gerados em um processo produtivo (SENAI)
A P+L pretende integrar os objetivos ambientais aos processos de produção, a
fim de reduzir os resíduos e as emissões em termos de quantidade e periculosidade. São
utilizadas várias estratégias visando a produção mais limpa e a minimização de resíduos
(SENAI).
10

3.2 SETOR TEXTIL


A Associação Brasileira das Indústrias Têxteis – ABIT (2003), afirma que o
valor da produção da cadeia têxtil e de confecção representa o equivalente a pouco mais
de 4% do PIB total brasileiro e de 17% da indústria de transformação. Emprega cerca de
1,5 milhão de trabalhadores, o que representa 1,7% da população economicamente ativa
do país e 16,9% do total dos trabalhadores alocados na indústria da transformação. Isso
faz dela a segunda maior empregadora formal deste aglomerado.
Os dados provam que a Indústria Têxtil e de Confecção mantém uma posição no
setor de grande significado para a dinâmica da economia do país, além de contribuir
com forte impacto social, visto que o perfil do trabalhador é constituído em sua maioria
por mulheres com baixo grau de instrução (SENAI, 2007)

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


3.3 SETOR DE CONFECÇÃO VERSUS MEIO AMBIENTE
A indústria tem despertado, nos últimos anos, o interesse nas questões
ambientais a partir das normas, legislações e resoluções que a obrigam se adequar.
Porém, a sociedade foi a principal responsável por essa evolução, visto que segundo o
SENAI (2007) “a expectativa da sociedade está voltada à melhoria das condições de
vida. Neste enfoque, as pressões sociais sobre as empresas estão cada vez mais fortes,
de tal forma que modificam o comportamento delas e, muitas vezes, determinam sua
extinção”.
Muitas indústrias tem adotado a P+L para mudar sua imagem perante a
população quanto a sua relação com o meio ambiente, evitando uma futura extinção do
mercado. Sabendo que, a P+L trabalha com ações preventivas e não corretivas
induzindo o empreendimento a adoção de medidas que melhorem a visão da empresa
perante a comunidade geral, gerando ao funcionário, circunvizinhança e cliente da
empresa confiança no serviço e produto ofertado. Essas ações preventivas englobam a
redução da quantidade de material usado nos produtos e serviços, o consumo e o custo
de energia, mudanças das matérias-primas para a inserção de um novo produto,
objetivando a diminuição dos riscos e impactos ambientais.

4 METODOLOGIA
Foi feita pesquisa documental, tanto a legislações, dentre elas a NBR
10004:2004, sites na internet, além de visitas in loco a empresa, colhendo informações
com os funcionários ou simplesmente observando como se dá o funcionamento das
atividades, de modo a adequar essa parte documental com a realidade da instituição,
obtendo harmonia, coerência e clareza sobre o estudo proposto. O presente trabalho faz
parte do Projeto Integrador com o tema da Produção mais Limpa (P+L) desenvolvido no
6° período do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental. Para a construção
11

desse trabalho foi usado o Diagnóstico Ambiental e Operacional (DOA) aplicando-o em


todos os setores, vejamos os pontos desenvolvidos:
• Localização e dados básicos da empresa;
• Principais produtos ou serviços oferecidos pela empresa;
• Principais matérias-primas e insumos consumidos na empresa,
• Consumo de água e energia;
• Principais maquinários utilizados na empresa;
• Identificação de programas de qualidade, ambiental e social;
• Aspectos sobre saúde e segurança de trabalho;
• Identificação de adequações ambientais;
• Elaboração de layout e de fluxogramas de processos produtivos da empresa

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Identificação e avaliação de aspectos e impactos ambientais da empresa;
• Identificação de oportunidades de melhoria;
• Plano de implantação das oportunidades;
• Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos;

Esse documento foi fundamental na coleta, organização e construção dos dados,


sabendo que os resultados foram expostos periodicamente em sala de aula.

5 APRESENTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
A indústria de confecção Sfilare há 5 anos no mercado iniciou trabalhando com
moda feminina e camisaria, abrindo uma loja com sua marca em um dos shopping de
Natal/RN, porém no ano de 2013 a confecção de camisaria se tornou mais atraente para
o empresário que decidiu deixar de produzir moda feminina, fechando assim a sua loja e
atualmente desenvolve 4 produtos trabalhando no regime de encomenda.

6 DIAGNÓSTICO OPERACIONAL E AMBIENTAL DA EMPRESA


6.1 LOCALIZAÇÃO E DADOS BÁSICOS
A indústria de confecção Sfilare está localizada na Rua Coronel Milton Freire,
N° 2934 e CEP 59.078-310, no bairro de Capim Macio na Zona Sul da cidade do Natal
(Figura 1), sua vizinhança é caracterizada como mista (residencial e comercial). O local
do empreendimento compreende aproximadamente uma área total de 352m² (térreo e 1°
andar), divida em 64m² de administração e 288m² de produção.
12

Figura 1: Localização do empreendimento.

Fonte: Adaptado da SEMURB (2009) e GOOGLE MAPS (2014).


Funciona de segunda á sexta (Quadro 1) e possui 69 funcionários distribuídos
nos setores da administração e produção (Quadro 2), e são distribuídos de acordo com o
organograma (Figura 2).
Quadro 1: Jornada de trabalho e horário de funcionamento.

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


JORNADA DE TRABALHO PRODUÇÃO ADMINISTRAÇÃO
Diária (hora/dia) 9h(seg-Qui) e 8h sex 9h(seg-Qui) e 8h sex
Mensal (dia/mês) 20 dias 20 dias
Anual 12 meses 12 meses
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
Quadro 2: Número de funcionários.
DESCRIÇÃO REGISTRADOS TEMPORÁRIO TEMPORÁRIO
Administração 1 2 3
Produção 63 - -
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
Figura 2: Organograma
DIRETOR

ADMINISTRADOR

RECURSOS HUMANOS

ENCARREGADA DA PRODUÇÃO

ENCARREGADA DO ENCARREGADA DA ENCARREGADA DA ENCARREGADA DA


CORTE PREPAÇÃO MONTAGEM FINALIZAÇÃO E
ACABAMENTO

FUNCIONÁRIOS

COSTUREIRA ASG MECÂNICO CROQUISTA MODELISTA

Fonte: Pesquisa em campo (2014)


13

7 CARACTERÍSTICAS DA PRODUÇÃO
7.1 PRINCIPAIS PRODUTOS
O empreendimento trabalha sob forma de encomenda, dispondo de 4 (quatro)
produtos:

Camisa Polo Camisa Polo Vestido Polo Camisa Básica


Masculina Feminina

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


7.2 PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS E INSUMOS CONSUMIDOS NA
INDÚSTRIA
Para a confecção desses produtos a empresa adquire inúmeras matérias-primas e
insumos que serão fundamentais nesse processo (Quadro 3), esses materiais ficam
acondicionados no almoxarifado da indústria.
Quadro 3: Principais matérias-primas e insumos.
Produtos Matérias-primas e insumos
Vestido Polo Entretela
Camisa Masculina e Feminina Polo Botões
Composição
Linhas
Fios
Etiquetas
Coton Forte
Tecido Plano
Camisa Básica Acanelado
Composição
Linhas
Fios
Etiquetas
Coton
Tecido Plano
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
Logo, para a confecção do vestido, camisa masculina e feminina polo (Figura 3)
é necessária um tipo de matéria prima e insumo diferente da produção de camisa básica
(Figura 4), como exposto no quadro acima gerando necessidades e adaptações diferentes
da produção.
14

Figura 3: Vestido, camisa masculina e feminina polo.

ENTRETELA

TECIDO PLANO
BOTÕES

COMPOSIÇÃO LINHAS

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


FIOS
COTON FORTE
ETIQUETA

Fonte: Pesquisa em campo (2014)

Figura 4: Camisa básica.

TECIDO PLANO ACANELADO

COMPOSIÇÃO

LINHAS

COTON
FIOS
ETIQUETA

Fonte: Pesquisa em campo (2014)


15

7.3 CONSUMO DA MATÉRIA-PRIMA E INSUMOS


O consumo das matérias-primas e insumos é particular em cada produto, vestido
polo (Quadro 4), camisa polo masculina e feminina (Quadro 5) e camisa básica (Quadro
6), para tanto, foi realizado o cálculo a partir de 100 unidades de modo amostral, sendo
mais útil para o empresário, visto que trabalha sob regime de encomenda. Os cálculos
foram feitos a partir da entrada da matéria-prima ou insumo em cada etapa do processo.
Quadro 4: Consumo das matérias-primas e insumos na confecção de vestido polo
CONSUMO DE MATÉRIA-PRIMA E INSUMOS NA CONFECÇÃO DE 100
UNIDADES DE VESTIDO POLO
Matéria- Características Consumo de matéria-prima e/ou insumo
Prima e Etapa do Consumo Dia Mês Ano Unidades
Insumos Processo do Produto
Coton Forte Corte 130 cm 130 2600 31200 m
Tecido Plano Corte 25 cm 250 500 6000 m
Entretela Corte m²
Etiquetas Corte 1 unid 100 2000 2400 unid

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Composição Montagem 1 unid 100 2000 2400 unid
Fios Preparação * 20 400 4800 Tubos
Linhas Montagem * 10 200 2400 Tubos
Finalização
Botões Finalização 3 unid 300 6000 7200 unid
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
Quadro 5: Consumo das matérias-primas e insumos na confecção de camisa polo
masculina e feminina.
CONSUMO DE MATÉRIA-PRIMA E INSUMOS NA CONFECÇÃO DE 100
CAMISAS POLO FEMININA/MASCULINA
Matéria- Características Consumo de matéria-prima e/ou insumo
Prima e Etapa do Preço Dia Mês Ano Unidade
Insumo Processo Unitário (m,m²)
Coton Forte Corte 120 cm 120 2400 28800 m
Tecido Plano Corte 25 cm 250 500 6000 m
Entretela Corte unid
Etiqueta Corte 1 100 2000 2400 unid
Composição Montagem 1 100 2000 2400 unid
Fios Preparação * 10 400 4800 Rolos
Montagem
Finalização
inhas Preparação * 20 200 2400 Rolos
Montagem
Finalização
Botões Finalização 3 unid 300 6000 7200 unid
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
16

Quadro 6: Consumo das matérias-primas e insumos na confecção de camisa básica


CONSUMO DE MATÉRIA-PRIMA E INSUMOS NA CONFECÇÃO DE 100
CAMISAS BÁSICAS
Matéria- Características Consumo da matéria-prima e/ou insumo
Prima e Etapa do Processo Consumo Dia Mês Ano Unidade
Insumo do
Produto
Coton Corte 120 cm 120 2400 28800 m
Tecido Plano Corte 25 cm 250 500 6000 m
Composição Montagem 1 unid 540 10800 118800 unid
Etiqueta Montagem 1 unid 540 10800 118800 unid
Fio Preparação * 10 200 2200 Rolos
Montagem
Finalização
Linha Preparação * 20 400 4400 Rolos

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Montagem
Finalização
Acanelado Montagem 41 cm 41 820 9840 m
Fonte: Pesquisa em campo (2014)

Para o empresário esse cálculo é importante, visto que auxilia no controle desses
materiais no almoxarifado, como também no momento da aquisição de novas matérias-
primas e insumos, sendo uma ferramenta de controle quanto ao gasto dos materiais,
investimentos financeiros e otimização do espaço disponível no almoxarifado evitando
a compra desnecessária de materiais que irão apenas ocupar espaço ou perder a
qualidade; como as linhas e fios que guardadas por muito tempo perdem a resistência
quebrando com facilidade no momento da costura, como também na peça
confeccionada.
Logo, percebeu-se importante o cálculo do custo da matéria-prima (MP) para
verificação da eficiência empregada no uso do tecido coton na produção. Os produtos
analisados foram: camisa polo masculina, vestido polo e camisa básica; levando em
consideração a quantidade de MP empregada, o custo dessa MP, o custo do resíduos
gerado, a quantidade de produto produzido. O quadro ainda considera o preço de venda,
custo total e o custo de armazenamento, transporte e disposição dos resíduos gerados,
entretanto os resíduos gerados pela indústria são doados impossibilitando o
preenchimento total do quadro, bem como a sua consideração na eficiência do processo
produtivo (Quadro 7). A partir do quadro foi possível a elaboração de gráficos que faz
um comparativo entre os critérios analisados (Gráfico 1)
17

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Quadro 7: Custo e eficiência do emprego da matéria-prima,

A B C D E F G H I J L
Quantid Custo Custo Quanti Custo Preço Ganho Custo Custo Quantid Eficiência
ade MP MP Total dade venda com resíduo total ade emprego
MP Resídu venda relacion resíduo produto MP
o de ado à produzi
resíduos MP do
PRODUTO UNID RESÍDUOS kg/dia R$/Kg R$ kg/dia R$/kg R$/kg R$ R$/kg kg kg %
Polo 480 Tecido Coton 106,26 33 3506,58 18,26 X X X 602,58 X 88 82
Masculina
Básica 216 Tecido Coton 52,64 33 1737,12 10,64 X X X 351,12 X 42 79
Vestido 624 Tecido Coton 153,275 33 5058,07 30,435 X X X 1004,35 X 122,84 80
Fonte: Pesquisa em Campo (2014)
Gráfico 1: Representação gráfica da quantidade de MP, custo e sua eficiência.

Quantidade de MP x Quantidade
Custo total MP x Custo resíduo Quantidade MP x Eficiência
de resíduos
Quantidde MP (kg/dia) Custo Total MP (R$) Custo resíduo (R$/Kg) Quantidade MP (Kg/dia)
Quantidade de Resíduos (Kg/dia)
Eficiência emprego da MP (%)
153,275 5058,075

106,26 3506,58 153,275


106,26
1737,12 82 79 80
52,64 52,64
30,435 1004,355
18,26 602,58 351,12
10,64

Polo Masculina Básica Vestido Polo Masculina Básica Vestido Polo Masculina Básica Vestido
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
18

8 CONSUMO DOS RECURSOS NATURAIS E USO DE MAQUINÁRIOS


8.1 CONSUMO DE ÁGUA
O consumo de água na empresa se faz pelo uso da rede pública, Companhia de
Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), sendo utilizada nos banheiros e
cozinha, para higiene e consumo dos funcionários. No período amostral de março 2014
a maio 2014 o gasto médio foi de R$ 262,15 (Gráfico 2), considerado elevado, visto
que, a empresa não faz uso da água em seu processo produtivo.
Gráfico 2: Valores do consumo de água março/14 a maio/14

Março R$ 322,05

Abril R$ 195,07

Maio R$ 269,33

0 100 200 300 400

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Fonte: Pesquisa em campo (2014)
8.2 CONSUMO DE ENERGIA
A energia elétrica é adquirida através da rede pública, Companhia de Energética
do Rio Grande do Norte (COSERN), sendo utilizada em toda a totalidade da empresa, a
eletricidade engrena todos os processos desde a criação até o acabamento do produto. A
média de consumo no período amostral de maio 2013 a maio 2014 foi de R$ 1746,17
totalizando R$ 27.938,76. No período amostral de março 2014 a maio 2014 o consumo
médio foi R$ 1.741,25(Gráfico 3).
Gráfico 3: Valores do consumo de energia elétrica mar/2014 a maio/2014

3000

2000
R$ 2044,82
R$ 1587,41 R$ 1591,52 1000

Março Abril Maio

Fonte: Pesquisa em campo (2014)


8.3 PRINCIPAIS MAQUINÁRIOS
Os valores são correlatos sabendo que todo o maquinário da empresa usa de
energia elétrica (Quadro 9), funcionando cerca de 9h diária com eficiência, visto que
passa por manutenção periódica, assim consumindo no período de maio 2013 a maio
2014 cerca de 3207,42 kWh (Gráfico 4), além das lâmpadas instaladas que são todas
fluorescentes sejam de tubo ou compacta.
19

Quadro 8: Potência e tempo estimado de uso do maquinário da empresa


Unid Nome do Maquinário Etapa do Energia Elétrica
Processo que o Potência Tempo estimado
Maquinário (W) de utilização por
Pertence dia (h)
2 Impressora Criação e Risco 80 W 9h
2 Monitor Criação e Risco 80 W 9h
2 CPU Criação e Risco 60 W 9h
2 Estabilizador Criação e Risco - 9h
2 Lâmpadas Fluorescente Criação e Risco 15 W 9h
Compacta
8 Lâmpadas Fluorescente Almoxarifado 40 W 9h
Tubulares
2 Lâmpadas Fluorescente Almoxarifado 15 W 9h
Compacta
1 Bobinadora de Linha Almoxarifado - 1h/Semana
2 Máquina de corte MRB35 Corte - 4h

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


2 Máquina de corte MRB50 Corte - 4h
1 Balança Corte - Esporadicamente
1 Ferro de Passar Corte 1300 W 9h
1 Etiquetador (Vapor) Corte 9000 W 9h
1 Etiquetador Corte 500 W 9h
1 Etiquetador Corte 2000 W 9h
24 Lâmpadas Fluorescente Corte 40 W 9h
Tubulares
8 Lâmpadas Fluorescente Corte 15 W 9h
Compacta
17 Lâmpadas Fluorescente Preparação 15 W 9h
Compacta
1 Overlok Preparação 2200 W 9h
13 Reta Preparação 550 W 9h
1 Interlok Preparação 2200 W 9h
1 Ferro Preparação 1300 W 9h
1 Goleira Preparação 2200 W 9h
1 Passa Reta no Sentilo Preparação 550 W 9h
24 Lâmpadas Fluorescente Montagem 40 W 9h
Tubulares
13 Lâmpadas Fluorescente Montagem 15 W 9h
Compacta
4 Overlok Montagem 2200 W 9h
16 Reta Montagem 550 W 9h
7 Interlok Montagem 2200 W 9h
2 Ferro Montagem 1300 W 9h
2 Goleira Montagem 2200 W 9h
2 Ventiladores Montagem 45 W 9h
1 Máquina de Cortar Viés Montagem - 9h
20

1 Ventiladores Finalização 45 W 9h
1 Caseado Finalização 750 W 9h
1 Prega Botões Finalização 750 W 9h
1 Travete Finalização 550 W 9h
1 Goleira Finalização 2200 W 9h
3 Reta Finalização 550 W 9h
1 De Braço Finalização 2200 W 9h
1 Ventiladores Acabamento 45 W 9h
2 Ferro Acabamento 1300 W 9h
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
Gráfico 4: Consumo em kWh de maio/2013 a maio/2014
4500 3820
4000
3500 3107 3016 3290 3137 3060
2761 2765 2652 2704 2597 2845 2735
3000
2500
kWh

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


2000
1500
1000
500
0

Fonte: Pesquisa em campo (2014)


9 ASPECTOS ORGANIZACIONAIS

Um momento importante do diagnostico é a verificação das questões


organizacionais da empresa, analisa o modo como se comporta no controle dos seus
dados. Foi analisada a existência e funcionamento do programa de qualidade ambiental,
os aspectos de segurança e saúde do trabalho, adequação ambiental e aspectos de
atratividade para clientes.
Quadro 9: Forma de controle de dados e documentos
FORMAS DE CONTROLE
“De Cabeça” Manuais Informatizados Nenhum
Controle de Controle de Estoque de Produto Dosagem de
Estoque de qualidade nas Final Substancias
Matérias-primas e compras Químicas - Pintura
Insumos
Planejamento do Incentivos a Desenvolvimento Manutenção de
uso de materiais Funcionários de Produtos Máquinas
Gestão do Processo Pedidos de Disposição de
Mercadorias resíduos
Distribuição de Tratamento de
21

Mercadorias efluentes

Segurança do Emissões
Trabalho Atmosféricas e
ruídos
Gasto de Energia
Salários Propaganda/Imagem
Controle de Custos Gastos sociais
Fonte: Pesquisa em campo (2014)

9.1 PROGRAMA DE QUALIDADE AMBIENTAL E SOCIAL

Implementando e funcionando

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


• Substituição de lâmpadas comuns por outras mais econômicas;
• A Empresa possui um plano de cargos e salários para os funcionários;
• A Empresa adota Programas de Capacitação Pessoal (SEBRAE);
• A Empresa possui programas de benefícios adicionais para os
funcionários;

Não Implementado

• Programa de Eficiência Energética;


• Certificação ISO 9001;
• Certificação ISO 14001;

Teria Interesse em implementar

• Programa 5S;
• Otimização das práticas de limpeza e manutenção;
• Programa de estruturação de layout;
• Programa de Controle na compra matérias primas;
• Ferramentas de controle de processo;
• A Empresa adota algum modelo de relatório de sustentabilidade ou
sustentabilidade;
• A Empresa possui algum procedimento para avaliar a conduta ambiental
e social dos fornecedores e/ou prestadores de serviços;
• A Empresa tem projetos de investimentos ou parcerias para o
desenvolvimento social local;
22

9.2 ASPECTOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO


Quadro 10: Adequação aos aspectos de saúde e segurança do trabalho
POSSUI NÃO POSSUI
Condições adequadas de trabalho para Programa de Prevenção de Riscos
empregados (saúde e segurança Ambientais (PPRA)
ocupacionais mínimas)
Dispõe de fornecimento e treinamento Programa de Controle Médico de Saúde
para uso de EPI’s e EPC’s (equipamentos Ocupacional (PCMSO)
de proteção individual e Coletiva) OBS.: Terceirizada

Fonte: Pesquisa em campo (2014)


9.3 ASPECTOS DE ATRATIVIDADE PARA CLIENTES

Muito • Qualidade dos produtos


Importante • Qualidade dos serviços

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


• Preço dos produtos
Importante • Adequação ambiental

Pouco • Variedade
Importante

Fonte: Pesquisa em campo (2014)


9.4 ADEQUAÇÃO AMBIENTAL

Tramitação Possui

Licença Alvará
Ambiental Prefeitura

Habite-se Corpo
de Bombeiros

Fonte: Pesquisa em campo (2014)


23

10 LAYOUT E FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO


10.1 LAYOUT
A indústria é composta por dois andares (Térreo e primeiro andar), no térreo
(Figura 5) está alocada a administração (recepção e escritórios), criação e risco,
almoxarifado, corte, banheiro (masculino e feminino) e cozinha.
Figura 5: Layout do Térreo

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Fonte: Adaptado de Floorplanner e elaboração dados da pesquisa em campo (2014)
No primeiro andar está o setor de produção composto pela preparação,
montagem, finalização e acabamento (Figura 6).
Figura 6: Layout do primeiro andar

Acabamento
Finalização Montagem
Preparação

Fonte: Adaptado de Floorplanner e elaboração dados da pesquisa em campo (2014)


24

10.2 FLUXOGRAMA DO PROCESSO PRODUTIVO


Figura 7: Etapas do processo produtivo

INÍCIO

NÃO
CRIAÇÃO

APROVAÇÃO SIM
DO MODELO

RISCO

IMPRESSÃO

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


CORTE

BORDADO SERIGRAFIA

ETIQUETAGEM
ENTRETELAGEM

ALMOXARIFADO

PREPARAÇÃO

MONTAGEM

FINALIZAÇÃO

ACABAMENTO

DISTRIBUIÇÃO

CLIENTE

FIM

Fonte: Pesquisa em campo (2014)


25

11 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS


DO EMPREENDIMENTO
Quadro 11: Aspectos de entrada e de saída do processo produtivo
Aspectos de Entrada Processo Aspectos de Saídas
Criação Risco Ergonômico, Postura Inadequada
dos Funcionários
Consumo de Papel Criação Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Energia Criação ...
Consumo de Energia Almoxarifado ...
Consumo de Materiais- Almoxarifado Geração de Resíduos Sólidos
primas
Almoxarifado Risco de Acidente, Arranjo Inadequado,
Inalação de Poeira do Algodão (Risco a
Saúde Humana - Bissinose)
Almoxarifado Geração de Ruído (Risco a Saúde
Humana)

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Almoxarifado Postura Inadequada dos Funcionários
(Risco Ergonômico)
Corte Uso inadequados dos EPI's (Risco de
Acidente)
Consumo de Energia Corte ...
Consumo de Coton forte Corte Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Coton Corte Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Entreleta Corte Risco de Acidente, Geração de Resíduos
Sólidos, calor e vapores.
Consumo de Etiquetas Corte Risco de Acidente, Geração de Resíduos
Sólidos, calor e vapores.
Consumo de Papel Corte Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Tecido Plano Corte Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Água (Ferro Corte Geração de vapores. Risco de Acidentes
de Passar)
Consumo de Água Corte Geração de Resíduos Sólidos
Corte Inalação de Poeira do Algodão (Risco a
Saúde Humana - Bissinose)
Corte Geração de Ruído (Risco a Saúde
Humana)
Corte Falta de treinamento aos Funcionários
(Risco de Acidente)
Corte Distribuição Irregular do Maquinário
(Risco de Acidente)
Corte Postura Inadequada dos Funcionários
(Risco Ergonômico)
Consumo de Energia Preparação ...
Beneficiamento da Preparação Risco de Acidente, Geração de Resíduos
Entreleta Sólidos, calor e vapores.
26

Preparação Geração de Resíduos Sólidos (Consumo


de tecido gerado no processo de corte)
Consumo de Linha Preparação Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Fio Preparação Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Agulhas Preparação Geração de Resíduos Perfurocortantes e
Risco de Acidente
Consumo de óleo Preparação Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Água (Ferro Preparação Geração de vapores. Risco de Acidentes
de Passar)
Consumo de Copo Preparação Geração de Resíduos Sólidos
Descartáveis
Preparação Inalação de Poeira do Algodão (Risco a
Saúde Humana - Bissinose)
Preparação Geração de Ruído (Risco a Saúde
Humana)
Preparação Postura Inadequada dos Funcionários
(Risco Ergonômico)

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Consumo de Energia Montagem ...
Montagem Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Linha Montagem Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Fio Montagem Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de óleo Montagem Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Copo Montagem Geração de Resíduos Sólidos
Descartáveis
Consumo de Água (Ferro Montagem Geração de vapores. Risco de Acidentes
de Passar)
Consumo de Agulhas Montagem Geração de Resíduos Perfurocortantes e
Risco de Acidente
Montagem Inalação de Poeira do Algodão (Risco a
Saúde Humana - Bissinose)
Montagem Geração de Ruído (Risco a Saúde
Humana)
Montagem Postura Inadequada dos Funcionários
(Risco Ergonômico)
Consumo de Energia Finalização ...
Finalização Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Linha Finalização Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Fio Finalização Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de óleo Finalização ...
Consumo de Copo Finalização Geração de Resíduos Sólidos
Descartáveis
Consumo de Água Finalização Geração de Resíduos Sólidos
Consumo de Agulhas Finalização Geração de Resíduos Perfurocortantes e
Risco de Acidente
Consumo de Embalagens Finalização Geração de Resíduos Sólidos
Plásticas
27

Consumo de Água (Ferro Finalização Geração de vapores. Risco de Acidentes


de Passar)
Finalização Inalação de Poeira do Algodão (Risco a
Saúde Humana - Bissinose)
Finalização Geração de Ruído (Risco a Saúde
Humana)
Finalização Postura Inadequada dos Funcionários
(Risco Ergonômico)
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
12 PROGRAMAS DA GESTÃO AMBIENTAL
Os programas foram elaborados a partir dos aspectos ambientais com maior
valor de significância. Para identificar esses aspectos foi aplicada a Matriz de interação
e significância (ANEXO A). Ainda, foram elaboradas logotipos que auxiliarão no
trabalho de sensibilização dos funcionários.

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


12.1 EDUCAMB: EDUCAR PARA AMBIENTAR

O programa EducAmb Educar para


Ambientar é uma ferramenta importante
que está presente na Educação
Ambiental (EA) fundamentada pelo Art.
1º da Lei 9.795 Política Nacional de
Educação Ambiental (PNEA) que define
“Processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à
sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL, 1999). A partir do seu
28

conceito percebe-se a importância de trabalhar essa ferramenta em qualquer vertente da


sociedade e na Indústria Sfilare não é diferente, pois será a base para o desenvolvimento
e sucesso de todos os programas presentes na Produção Mais Limpa (P+L).
O objetivo do EducAmb é proporcionar a todos da indústria conhecimentos, valores,
habilidades, experiências que causem a sensibilização socioambiental e mudanças de
atitudes; na busca de construir o processo de coletividade, onde a comunicação tenha
uma proposta educadora, conseguindo manter o ambiente equilibrado. Mantendo como
objetivos específicos:

 Proporcionar a melhoria das condições de vida e de trabalho dos funcionários;


 Passar as informações inerentes aos programas para que os funcionários atuem
na transformação da realidade ambiental;
 Incentivar o desenvolvimento do senso de responsabilidade, a partir da
contribuição e participação ativa de todos na prevenção e solução de problemas
socioambientais.

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


EducAmb deve atender a todos os setores da
indústria inserindo, incentivando e atraindo
todos os funcionários a alcançar o objetivo
ambiental da empresa, por isso a importância
da criação do ECOTIME que será responsável
em passar a todos os funcionários a
metodologia desenvolvida pelos programas
ambientais. É o ECOTIME que faz a P+L
acontecer na empresa por serem os
multiplicadores de ideias.
Para a formação do ECOTIME é importante identificar os funcionários que são
capazes de fazer parte desse time, os mesmos escolhidos devem ter conhecimento
aprofundado da indústria ou serem responsáveis por áreas importantes dentro dela, para
formação do ECOTIME da indústria Sfilare deve ser escolhido dois ou três
funcionários; escolhido o ECOTIME deve-se apontar o coordenador dessa equipe que
tem como responsabilidade de manter a direção da empresa informada sobre o
desenvolvimento das atividades.
O ECOTIME será responsável pelo desenvolvimento e aplicação dos programas
estimulando a participação de todos por meio de atividades coletivas que desenvolvam
o contato direto com a natureza como a promoção do DIA PELO E PARA O MEIO
AMBIENTE onde poderão visitar parques estaduais e fazer trilhas para sensibiliza-los
por meio do contato com os serviços oferecidos pela natureza. Essas atividades podem e
devem diversificar, a fim de atingir o máximo de pessoas possíveis de modo a promover
seu engajamento na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente.
29

Para tanto, o ECOTIME concentrará seus esforços na realização de palestras,


trilhas ecológicas, atividades lúdicas (gincanas), entre outras atividades que promova a
sensibilização de todos. As palestras devem passar o conhecimento sistêmico da P+L
com focos nos principais temas abordados pelos programas da empresa para todos,
levando-os a participarem. Como por exemplo:

 Gestão de energia
 Gestão de água
 Gestão de Resíduos (os R’s, Coleta Seletiva, Resíduos Perigosos, etc.)
 Consumo Sustentável
 Conservação de recursos naturais

As atividades da EA desenvolvidas pelos programas de consumo de água,


consumo de energia, Gestão de Resíduos Sólidos e Segurança no Trabalho estão
totalmente ligadas ao EducAmb, por isso o ECOTIME será o principal responsável pelo

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


funcionamento de todos. Portanto o ECOTIME será responsável:
 Toda e qualquer decisão relacionada ao funcionamento da P+L;
 Fixação de todos os adesivos de sensibilização;
 Criação, impressão e fixação dos identificadores dos coletores;
 Fiscalização do real e eficiente funcionamento dos programas.
Portanto esse programa necessita da participação de todos, da alta direção aos
funcionários, para que se alcance com sucesso o objetivo inicial no que concerne à
execução das ações do EducAmb. Os ganhos da EA são válidos para toda a sociedade,
pois as pessoas mais sensíveis à questão ambiental têm atitudes de conservar mais o
meio nos quais estão inseridos, bem como, participam disseminando a importância de se
atuar de modo sustentável para com os recursos.
12.2 ÁGUA: USE, NÃO ABUSE

A água na empresa é necessária para o consumo de


todo o seu quadro funcional seja para higiene ou
para beber, mesmo não estando presente no
processo produtivo o seu consumo se mostrou
significativo na matriz de interação nos levando a
crer que ocorre em grande parte devido à falta de
consciência e controle, dessa maneira é necessária à
implantação de algumas mediadas de controle e
economia, como também o uso da Educação Ambiental no processo de sensibilização.
Para incentivar a participação de todos os funcionários de inicio frisamos a
importância de se estabelecer metas, logo propomos a redução do consumo de água em
5% em três meses de sua implantação.
30

12.2.1 Medidas de Controle


 Troca das descargas para a com acionamento duplo objetivando gerar maior
economia;
 Torneiras com fechamento automático para lavar as mãos nos banheiros;
 Adesivos conscientes nos setores (banheiro, cozinha e bebedouros) como
desligar a torneira após o uso, não desperdiçar água do copo, usar a descarga com
consciência;
 Programa de conscientização com os funcionários através de educação ambiental
com palestras e outros meios comunicativos;
12.2.2 Investimentos
Quadro 12: Investimentos para execução das propostas do programa Água.
MATERIAIS QUANTIDADE PREÇO PREÇO
UNITÁRIO (R$) TOTAL (R$)
Vasos Sanitário com 2 240,00 480,00
Acionamento Duplo

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Torneiras Automáticas 2 130,00 260,00
TOTAL 740,00
Fonte: Loja virtual Leroy Merlin (2014)
A economia das torneiras automáticas pode chegar a até 70 % de acordo com
JATOBÁ (2013) da mesma maneira se considera uma redução de 50% até 75% nas
descargas de seleção de acionamento duplo, em comparativo a mecanismos
convencionais (LEITE, 2014). Considerando uma economia de 70%, podemos
acreditar no seguinte cenário com a implantação do programa (Quadro 13).
Quadro 13: Custo benefício do uso de torneiras automáticas e descarga de acionamento
duplo
TIPOS GASTO MENSAL GASTO ANUAL
(MÉDIA EM R$) (MÉDIA EM R$)
Métodos convencionais 262,15 3.145,8
Implantação do programa 78,65 943,8
(70%)
Fonte: Loja virtual Leroy Merlin (2014)
12.3 BEM ESTAR COM SEGURANÇA E SAÚDE
Constataram-se na empresa ocorrências
indevidas quanto às normas
regulamentares: NR 17 (Ergonomia),
NR 7 (Programa de Controle Médico de
Saúde), NR 4 (Serviços Especializados
em Engenharia e Segurança do
Trabalho) e NR 15 (Atividades e
Operações Insalubres). O
31

empreendimento possui alguns Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e


Equipamento de Proteção Coletiva (EPC), mas nem sempre os funcionários fazem uso,
o que acarreta problemas a saúde. É preciso também atenção àqueles que trabalham e
mantem uma única posição durante o expediente, ou seja, é essencial que implante
ginástica laboral ao quadro funcional visando o bem estar e consequentemente uma
produção eficiente e qualitativa.

12.3.1 Medidas de Controle


 Implantação na entrada da empresa de todos os equipamentos de proteção
individual e coletivo (EPI’s e EPC’s)
 Tornar consciente a ideia do uso dos meios para um trabalho seguro através de
palestras, cartazes e outros meios de comunicação;
 Implantação da ginástica laboral três vezes por semana para todos os
funcionários;
 Setor de recursos humanos (RH) manter e instaurar pesquisas comportamentais

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


para reaver a situação dos funcionários quanto a aprovação e reclamações quanto ao
programa Bem Estar;
 CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) fazer o controle e
fiscalização árdua do uso de EPI’s e medidas de segurança com os funcionários;
12.3.2 Metas
 Erradicar as reclamações dos funcionários com relatórios opinativos individuais;
 Reduzir a zero acidentes de trabalho ou doenças relacionados;
 Investir na compra de materiais para estoque e sua manutenção para quando
necessário estarem disposto a todos;
12.3.3 Investimentos
Quadro 14: Orçamento para o investimento proposto no programa Bem Estar.
PREÇO PREÇO
MATERIAIS QUANTIDADE UNITÁRIO TOTAL
(R$) (R$)
Protetor auricular 70 0,49 34,3
Máscaras descartáveis
70 2,15 150,5
dobráveis facial
Botas PVC preta 4 25,00 100,00
Luvas de proteção resistente a
4 80,00 320,00
corte aço flex
Aula ginástica laboral 12 100,00 1200,00
TOTAL 1804,30
Fonte: Loja virtual EPI Brasil (2014)
32

12.4 LIGUE-SE: SUA ECONOMIA, NOSSA ENERGIA

Tratando-se de uma empresa que consome


bastante energia na produção de peças
têxteis, pois utiliza inúmeras máquinas em
sua fabricação; o programa visa
conscientizar os funcionários da empresa na
redução de energia elétrica bem como
efetuar manutenção periódica quanto ao uso
e desgaste do maquinário nos setores de
corte, preparação, montagem, acabamento e

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


finalização; além de substituir lâmpadas fluorescentes por lâmpadas LED que diminuem
o consumo de energia e são sustentáveis e econômicas.

12.4.1 Medidas de Controle

 Manutenção de maquinário. Os setores de preparação, montagem, finalização e


acabamento apresentam alto consumo de energia elétrica; visto que é o local
onde se localizam o maior quantitativo de máquinas, desse modo seria
necessário realizar manutenção dos equipamentos quanto ao seu período de uso
e a sua possível troca.

 Utilizar lâmpadas LED em substituição às fluorescentes compactas e tubulares


em todos os setores da empresa.

 Conscientização dos funcionários quanto ao Ligar/Desligar máquinas, aparelhos


e lâmpadas quando não estão sendo utilizados adotando-se adesivos conscientes
em todos os setores da empresa.

12.4.2 Metas

 Reduzir o consumo de energia através da conscientização dos funcionários;

 Substituir lâmpadas fluorescentes por lâmpadas com LED para reduzir o


consumo diário de energia em 50%;

 Otimizar o maquinário, se necessário, substituir para obter melhor


funcionamento e menos gasto em energia.
33

12.4.3 Investimentos

Quadro 15: Custo benefício da substituição de lampas fluorescentes por LED

Tipos Investiment Quantidade Investimento Potência Consum Gasto


o Unitário (unid.) Inicial (R$) (KW) o diário anual
(R$) de 9 h (R$)
(KW/h)
Lâmpada
fluorescente 10,00 42 420,00 0,015 5,67 2.503,87
compacta
15W
Lâmpada
fluorescente 5,90 56 330,40 0,04 20,16 8.902,65
tubular 40 W

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Lâmpada
LED 50,00 42 2.100,00 0,01 3,78 1.669,24
compacta
10W
Lâmpada
LED 50,00 56 2.800,00 0,018 9,07 4.005,31
Tubular 18
W
INVESTIMENTO TOTAL NA AQUISIÇÃO DE LÂMPADA LED 5.702,00
Fonte: Planeta sustentável (2014)

Para embasamento dos cálculos realizados foi considerado 1 kW/h custa


atualmente R$ 1,84.

O investimento inicial para uma lâmpada LED seria de elevado custo visto que
seu preço no mercado ser mais elevado em comparação às lâmpadas fluorescentes;
entretanto a vida útil de uma lâmpada fluorescente equivale a 8 mil horas (1 ano = 8,64
mil horas) ou seja, todas as lâmpadas fluorescentes da empresa teriam durabilidade de
aproximadamente 1 ano. Enquanto que a lâmpada LED tem vida útil de 25 mil horas (3
anos = 25,92 mil horas); portanto, teria uma durabilidade três vezes maior.

12.5 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - DIAGNÓSTICO


12.5.1 Metodologia
Para a elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) na
Indústria de confecção Sfilare a metodologia foi dividida em duas fases: o diagnóstico
das condições atuais de gerenciamento dos resíduos e posteriormente a elaboração do
PGRS a partir dos dados levantados na fase de diagnóstico.
34

• Verifica a fonte geradora, como também, os tipos e quantidades de


resíduos produzidos e forma de disposição final. Etapa importante,
Diagnóstico pois forneceu informações aplicáveis no gerenciamento prático desses
résiduos.
Atual

• Organiza os passos necessários para gerenciar com eficiência os


resíduos sólidos produzidos na Indústria Sfilare.
PGRS

12.5.2 Atual Gerenciamento dos Resíduos Sólidos


Atualmente a indústria Sfilare não tem instaurada a pratica a coleta seletiva, logo
boa parte dos seus resíduos são destinados ao aterro sanitário (Figura 8), mesmo
possuindo um grande potencial para a reutilização ou reciclagem através da sua

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


comercialização. A única medida praticada pela indústria para minimizar esse impacto
ambiental negativo é a doação do trapo (sobras de tecido do processo do corte) que
representa 36,35% de todo resíduo gerado.
Figura 8: Logística atual dos Resíduos Sólidos

LOGISTICA ATUAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

ADMINISTRATRIVO ALMOXARIFADO CORTE PRODUÇÃO COZINH BANHEIRO


A

GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PAPEL, PLÁSTICO, APARA DE TECIDO, REBABA


DAS MÁQUINAS, AGULHAS, ALFINETES, LINHAS,
FIOS, DESCARTÁVEIS, RESÍDUOS ORGÂNICO, TRAPO (RETALHOS DE TECIDO)
CONES DE LINHA, TUBETES (PLÁSTICO E
PAPELÃO), CAIXAS DE PAPELÃO, PALETES,
REJEITO (BANHEIRO), ÓLEO LUBRIFICANTE, EPIs
USADOS E LÂMPADAS.

ATERRO SANITÁRIO DOAÇÃO

Fonte: Pesquisa em campo (2014)


35

12.5.3 RESÍDUOS IDENTIFICADOS, QUANTIFICADOS, CARACTERIZADOS E


CLASSIFICADOS
12.5.4 Identificação dos Resíduos Gerados na Indústria
Quadro 16: Resíduos Identificados
SETORES DA INDÚSTRIA PRINCIPAIS TIPOS IDENTIFICADOS
SFILARE
Escritório - Papel
- Embalagens Plásticas
- Lâmpadas
Almoxarifado - Papel
- Plástico
- Papelão
- Lâmpadas
Corte - Trapo
- Papel
- Plástico
- Lâminas
- Etiquetas

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


- Tubetes (Plástico e papelão)
- Alfinetes
- Retalhos de tecido
- Aparas de tecido
- Lâmpadas
Produção - Fio
- Linha
- Cones de linha
- Tecido (Coton, tecido plano, entretela)
- Agulhas
- Alfinetes
- Copos descartáveis
- Embalagens Plásticas
- Botões
- Papel
- Rebarba da máquina
- Embalagens de balas
- Lenços
- Embalagens de medicamentos (comprimidos)
- Lâmpadas
Cozinha - Resto de alimento (feijão, arroz, macarrão, carne,
frangos, verduras, frutas)
- Embalagens longa vida (sucos, achocolatado e leite)
- Embalagem PET (Refrigerantes) e Iorgut
- Filme plástico
- Latas de bebidas
- Embalagem de alumínio de marmitex
- Embalagem de biscoito
- Lâmpadas
Banheiro - Papel higiênico
- Absorvente
- Lâmpadas
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
36

12.5.5 Registro fotográfico dos resíduos

Fonte: Pesquisa em Campo (2014)

12.5.6 Quantificação
A quantificação dos resíduos sólidos foi realizada a partir da sua pesagem em
uma semana (seg-sex) no intervalo de 11 a 15 de agosto de 2014. A metodologia

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


aplicada foi a pesagem por setor e tipo do resíduo, visto que o empreendimento não
disponibiliza de espaço para a realização do método do quarteamento.
Quadro 17: Método de quantificação
Empresa SFILARE
SETOR/DIA Resíduos Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Resultado
DA SEMANA da
Semana
(Kg)
Escritório Papel 0,5 0,5 0,5 0,25 0,25 2
Plástico 0 0 0 0,25 0 0,25
Almoxarifado Papel 0 0 0 0 0 0
Plástico 0 2 0 0 0,75 2,75
Tecido 0 0 0 0 0 0
Corte Papel 3,5 2 5,5 1,5 3,125 15,625
Plástico 0,72 0,28 1 0,25 0,56 2,81
Tecido 8,28 3,22 6 1,5 4,7 15,7
Trapo 7,65 11,035 5,415 42,344 47,183 113,627
Linha de Papel 0,5 0,5 0,5 0,25 0,125 1,995
Produção Plástico 1 1 1 1 0,75 4,75
Tecido 5,5 5,5 5,5 7,5 7,5 31,5
Cozinha Orgânico 3,5 5,9 4,5 1,75 3,91 19,56
Inorgânico 1,5 2,6 2 0,75 1,71 8,56
Banheiro Rejeito 2 0,5 0,5 1,5 0,5 5
Lâmpadas Perigoso 1 1 1 2 1
Total 34,65 35,035 32,415 58,844 71,063 232,007
Média Anual 2.784,08

Fonte: pesquisa em campo (2014)


37

A identificação e quantificação dos resíduos geraram dados estatísticos que nos


mostram, por meio de gráfico (Gráfico 5), quais os principais resíduos gerados, como
também, o setor que gera a maior quantidade de resíduo. Sendo o setor de corte o maior
gerador de resíduos, concluímos ainda que a 85% dos resíduos da indústria são
recicláveis devendo trazer retorno financeiro a empresa na comercialização.
Gráfico 5: Quantidade de resíduos gerado em cada setor.

Resíduos de cozinha e Principais Resíduos


banheiro(Kg/semana) Gerados (Kg/semana)
160,827
19,56
8,56 5 19,62 10,56

Orgânico Inorgânico Rejeito Papel Plástico Tecido

Administrativo Almoxarifado

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


(Kg/semana) (Kg/semana)
2,75
2

0,25 0 0

Papel Plástico Papel Plástico Tecido

Corte (Kg/semana) Linha de Produção


113,627
(Kg/semana)
31,5

15,625 15,7
2,81
1,995 4,75
Papel Plástico Aparas de Trapo
Tecido Papel Plástico Rebarba

Cozinha (Kg/semana) Banheiro (Kg/semana)


5
19,56

8,56

Orgânico Inorgânico Rejeito

Fonte: Pesquisa em campo (2014)


38

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


12.5.7 Caracterização e Classificação dos Resíduos Sólidos
Quadro 18: Exposição da classificação e caracterização dos resíduos sólidos

RESÍDUOS TIPO CLASSIFICAÇÃO POTENCIAL DE LEGENDA


NBR RECICLAGEM (1)
10.004 e ANVISA
S L G M R 306/2004
1 2 3 (1)Potencial de
Sólido Líquido Gasoso Misto Reciclável reciclagem:
Retalhos de tecido X X II A X
Aparas de tecido X X II A X 1 = Não reciclável
EPIs usados X X II A X
Rebarbas de máquina X II A X 2 = É reciclável,
mas não existe
Sobras do café da manhã, almoço e X II A X
mercado
lanche
Cones de linha X X II B X 3 = É reciclável e
Óleo Lubrificante X I X existe mercado
Papel (Risco para o corte) X X II A X
Embalagens Plásticas X X II A X
Resíduos perfurocortantes (agulhas, X Grupo E X
alfinetes e lâminas)
Copos descartáveis X X II B X
Tubetes (Papelão) X X II A X
Tubetes (Plástico Polimerizado) X X II B X
Caixas de Papelão X X II A X
Paletes X X II B X
Rejeito (Banheiro) X II A X
Lâmpadas X X I X
Fonte: Adaptado de SENAI (2001)
39

12.6.1 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


O Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos (PGRS) envolve os
procedimentos e técnicas que certificam
o processo de coleta, manuseio,
armazenamento, transporte e disposição
final sejam geridos adequadamente,
com o mínimo de riscos para os seres
humanos e para o meio ambiente. O
principal objetivo do PGRS é redução,
reutilização, reciclagem, a geração de
resíduos sólidos, como também, a instauração e funcionamento da Coleta Seletiva, já
que garante a segregação e reciclagem dos RS, por meio dos seus próprios funcionários.
O PGRS da indústria Sfilare visa à oportunidade de manejo sustentável para

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


garantir o controle ambiental, proteção e melhoria da qualidade ambiental, como
também a obtenção de retorno financeiro a partir da comercialização dos resíduos
recicláveis.
12.6.2 Siglas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
EPI – Equipamento de Proteção Individual
NBR – Norma Brasileira
RS – Resíduos Sólidos
PGRS – Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
12.6.2 Definições
ABNT NBR 10004/2004 - Resíduos sólidos - Classificação: foi elaborada pela
Comissão de Estudo Especial Temporária de Resíduos Sólidos (ABNT/CEET–
00:001.34). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 08 de
30.08.2002, com o número Projeto NBR 10004.
ATERRO SANITÁRIO – Técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo,
sem causar danos à saúde pública e à sua segurança minimizando os impactos
ambientais, método este que utiliza os princípios de engenharia (impermeabilização do
solo, cercamento, ausência de catadores, sistema de drenagem de gases, águas pluviais e
lixiviado) para confinar os resíduos e rejeitos à menor área possível e reduzi-los ao
menor volume permissível, cobrindo-o com uma camada de terra na conclusão de cada
jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessário.
DISPOSIÇÃO FINAL: dispor o resíduo de forma definitiva em área apropriada.
40

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: é todo dispositivo ou produto, de


uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a proteção contra riscos capazes de
ameaçar a sua segurança e a sua saúde.
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS: Processo de segregação, acondicionamento,
coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos
gerados, observando-se as normas de proteção ao meio ambiente.
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: Documento integrante
do processo de licenciamento ambiental que descreve as diversas etapas do processo de
gerenciamento de resíduos.
RECICLAGEM: Reaproveitamento dos materiais reutilizáveis que foram lançados no
lixo, para transformação dos mesmos em novos produtos.
RESÍDUOS CLASSE I - PERIGOSOS: aqueles que apresentam periculosidade
(característica apresentada por um resíduos que, em função das suas propriedades
físicas, químicas ou infecto contagiosas, podem apresentar: risco à saúde publica,
provocando mortalidade, incidências de doenças ou acentuando seus índices; riscos ao

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada) ou apresentam
inflamabilidade; corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenecidade ou constam
nos anexos A (Resíduos perigosos de fontes não específicas) e B (Resíduos perigosos de
fontes específicas) da NBR ISO 10004/2004.
RESÍDUOS CLASSE II - NÃO PERIGOSOS
RESÍDUO CLASSE II A - NÃO INERTES: aqueles que não se enquadram nas
classificações de resíduos Classe I – perigosos ou Classe II B – inertes. Estes resíduos
podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou
solubilidade em água.
RESÍDUO CLASSE II B - INERTES: Quaisquer resíduo que, quando amostrados de
forma representativa, segundo a norma NBR 10007 (Amostragem de resíduos sólidos),
e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, à
temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006 (Procedimentos para obtenção de
extrato solubilizado de resíduo sólido0, não tiverem nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água,
excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G (Padrões para
ensaio de solubilização) da NBR ISO 10004/2004.
SEGREGAÇÃO: Operação de separação dos resíduos sólidos, conforme classificação.
TRATAMENTO DE RESÍDUOS – Processo pelo qual se altera as características,
composição ou propriedade para tornar aceitável a disposição final.
RECICLAGEM: reuso ou recuperação de resíduos ou de seus constituintes por
terceiros, diminuindo assim a quantidade de resíduos lançados no meio ambiente;
TRANSPORTE INTERNO: recolher os resíduos que foram devidamente
acondicionados nas áreas onde foram gerados, e transportá-los, até a área de
Armazenagem;
41

TRANSPORTE EXTERNO: recolher os resíduos armazenados temporariamente e


transportá-los, por áreas externas à empresa, até os locais de tratamento ou disposição
final;

12.6.4 Programas de Redução na Fonte Geradora


12.6.4.1 Programa de Treinamento para Gestão dos Resíduos Sólidos
O treinamento é importante para o desenvolvimento do PGRS, pois a cada
modificação é necessária à apresentação e discussão com os funcionários, por meio de
palestras e/ou oficinas de trabalho com o gestor ambiental (técnico responsável pela
elaboração) para que os objetivos do PGRS sejam atendidos. Com isso, espera-se o real
funcionamento do PGRS reduzindo os impactos ambientais gerados pela atividade
industrial desenvolvida.
Para uma gestão dos RS eficaz, que considere a segurança do trabalhador, é
importante a realização de treinamentos para a equipe envolvida no manejo dos resíduos
de forma anual, como também, para os demais funcionários de acordo com a

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


necessidade observada. Os cursos deverão ser ministrados pelo responsável técnico do
PGRS ou por outro profissional com formação na área ambiental, o técnico contratado
deverá realizar treinamento de noções de meio ambiente para todos os empregados, a
cada ano, com duração de mínima de 04(quatro) horas/aula.
Propostas de treinamento para os funcionários que trabalham com o manejo dos
resíduos: gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos e manejo dos resíduos perigosos.
12.6.4.2 Programa De Coleta Seletiva
A coleta seletiva é uma proposta excelente para a indústria, pois trás retorno
financeiro por meio da venda dos resíduos recicláveis que representa 85% dos resíduos
gerados na empresa.
12.6.4.2 Programa De Educação Ambiental
Para o real funcionamento da coleta seletiva dos resíduos é necessário um
trabalho de sensibilização com o uso da Educação Ambiental (EA) como ferramenta,
partindo da alta direção aos funcionários.
A EA deve ser trabalhada a partir de mensagens e lembretes que orientem e
incentivem os funcionários a participar da coleta seletiva. Além dos treinamentos que
trabalharão claramente a EA com a informação e fixação dos procedimentos
possibilitando o excelente funcionamento da coleta.
12.6.5 Segregação
É responsabilidade de todos os funcionários separar os Resíduos Sólidos
Recicláveis (RSR) gerados, atendendo as normas implantadas na empresa.
Quanto aos resíduos perigosos (lâmpadas e embalagens de óleos lubrificantes) o
mecânico, funcionário responsável pelo manejo e troca, se responsabilizará de segregar
na fonte geradora.
42

12.6.6 Acondicionamento

Tem como objetivo evitar acidentes e proliferação de vetores, minimizar o


impacto visual e olfativo, reduzir a heterogeneidade dos resíduos no caso da coleta
seletiva e facilita a realização da etapa da coleta.
O acondicionamento dos Resíduos Sólidos (RS) seguirá uma medida que tem
como objetivo minimizar os custos da implementação. A segregação do RS adotará a
seguinte divisão RECICLÁVEL e NÃO RECICLÁVEL, reduzindo o número de
coletores, como também, simplificando a separação para os funcionários. Para
padronizar o coletor será adotado sacola AZUL para o resíduo RECICLÁVEL e
PRETA (Figura 9) para o resíduo NÃO RECICLÁVEL, visto que cada coletor terá
afixado um papel com o símbolo correspondente para facilitar a identificação (Figura
9).
Figura 9:Modelo para implantação da coleta seletiva

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Fonte: Arquivo pessoal do autor

No setor de corte os principais resíduos gerados são aparas de tecido, papel e


plástico. Logo, o uso de 2 coletores com volume de 90 L cada, sendo um para as aparas
de tecido e o outro para o papel, já para o plástico usar um coletor com o o volume de
30 L (Quadro 19). A intenção desses coletores é que se adequem ao processo de corte
podendo pecorrer todo o setor conforme a necessidade da destinação do resíduo. Para o
acondicionamento das lâminas o coletor de para resíduos perfurocortantes com o
volume de 7 L (Figura 10).
Quadro 19: Coletores específicos para o setor do corte
SETOR RESÍDUOS COLETOR QUANTIDADE
Corte Papel 90 L 1
Aparas de Tecido 90 L 1
Plático 30 L 1
Lâminas 7L 1
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
43

Figura 10: Coletores de 90L, 30L e cortantes/perfurantes, respectivamente.

Fonte: Castronaves (2014)

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


No setor de produção os principais resíduos gerados são aparas de tecido e
rebarbas de máquina, cones de linha, resíduo perfurocortante (agulhas e alfinetes),
copos descartáveis, fio e linha. Então, a alternativa para o bom funcionamento da coleta
seletiva é a substituição das sacolas pretas para as sacolas azuis nos cestos de cada
máquina de costura e a adoção da caixa de resíduo perfurocortante (Figura 10) para o
acondicionamento das agulhas e alfinetes inservíveis (Quadro 20).
Quadro 20: Coletores específicos para o setor de produção.
SETOR RESÍDUO COLETOR QUANTIDADE
Produção Aparas de tecido, Uso da sacola azul X
rebabas de máquinas, fio nos cestos de cada
e linha máquina de costura
Cones de linha 50 L 1
Resíduo perfurante 7L 1
(agulhas e alfinetes)
Copos descartáveis Uso da sacola azul 2
para o coletor que
já existe.
Papel 30 L 1
Fonte: pesquisa de campo (2014)
Na cozinha são gerados prinpalmente resíduos orgânico e recicláveis
contaminado, com isso é essencial o uso de coletores de pedal, volume de 13,5 L, para
evitar a proliferação de vetores (Figura 11) utilizando as sacolas anteriormente citada,
como na Figura 9 acima.
44

Figura 11: Lixeira com pedal

Fonte: Castronaves (2014)

Para a destinação ambientalmente adequada e reaproveitamento dos resíduos


orgânicos gerados na cozinha é sugerido a doação para criadouros de animais como
galinhas e porcos.

12.6.7 Manuseio

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Os funcionários que trabalham diretamente no manejo do RS deverão está
munidos dos equipamentos de proteção individual (EPIs) relacionados a seguir, em
atendimento à Norma Regulamentadora NR-6, da Portaria Nº 3.214, de 8 de junho de
1978.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS)
Avental de PVC longo
Luvas em borracha nitrílica reforçada
Óculos de proteção ampla visão
Respirador semi-facial descartável contra vapores orgânicos
Botas de borracha cano médio, com solado antiderrapante

12.6.8 Coleta
A coleta deve acontecer sob conhecimento de todos os funcionários e de modo a
manter os coletores esvaziados, para isso é necessária a contratação de mais um
funcionário Auxiliar de Serviços Gerais (ASG). Cada ASG ficará responsável por um
andar (Quadro 22 e 23).
Quadro 21: Frequência, horário de coleta e varrição no térreo
SETOR FREQUÊNCIA HORÁRIOS HORÁRIOS FUNCIONÁRIO
(Térreo) DIÁRIA DE COLETA DE (Cargo)
VARRIÇÃO
Administração 1 15:30 h 7:00 h
e almoxarifado
Auxiliar de
Cozinha 2 11:00 h 8:00 h
Serviços Gerais
15:00 h 13:00 h
(ASG)
Banheiro 2 10:00 h 10:00 h
16:00 h 16:00 h
45

Corte 2 9:00 h 9:00 h


14:00 h 14:00 h
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
Quadro 22: Frequência, horário de coleta e varrição no 1° Andar
SETOR (1° FREQUÊNCIA HORÁRIOS HORÁRIOS DE FUNCIONÁRIO
Andar) DIÁRIA DE VARRIÇÃO (Cargo)
COLETA
Produção 3 9:00 h 7:00 h Auxiliar de
13:00 h 11:00 h Serviços Gerais
16:00 h 14:00 h (ASG)
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
É obrigatório o uso de EPI para os funcionários envolvidos no manuseio do RS e
os mesmos devem passar por treinamento para desenvolver a atividade.

12.6.9 Transporte Interno

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


O transporte interno propomos a aquisição de 1 (um) coletor de 120L com rodas
(Figura 12) para o setor de produção facilitando o processo de esvaziamento dos
coletores entre as máquinas de costura.
Figura 12: Contêiner plástico com rodas.

Fonte: Castronaves (2014)

Os resíduos ficarão acondicionados nesse contêiner até o momento da sua decida


para o local de armazenamento.

12.6.10 Armazenamento
O armazenamento é a contenção temporária de resíduos em área com uso
específico para tal fim, constituída de cobertura, isolamento com tela e piso
impermeável. O objetivo desse ambiente é prevenir contra o transbordamento de RS e
de chorume, assim como contra o escape de odores indesejáveis. A indústria possuis
dois resíduos perigosos (lâmpadas e embalagens de óleo lubrificante) para as lâmpadas
propomos o armazenamento em um armário suspenso, já que não possui muito espaço;
46

as embalagens de óleo devem ser guardadas em um pequeno recipiente com tampa e


armazenada no mesmo armário, em um espaço separado, esse acondicionamento tem
como objetivo prevenir contra a contaminação do solo e do risco a saúde humana. Os
dois devem ser destinados a empresas que façam a disposição ambientalmente
adequada.
Como a indústria Sfilare não dispõe de uma área para o armazenamento que
facilite a coleta e transporte externo, a mesma utilizará de 3 (três) bombonas com
volume de 200L (cada). O número de bombonas foi calculado a partir do volume dos
resíduos quantificados na etapa de diagnóstico. Logo, 2 (duas) bombonas serão de cor
azul e 1 (uma) terá a cor preta, seguindo as orientações de cores iniciais. As bombonas
devem permanecer tampadas/vedadas em todo momento, elas deverão ser
permanentemente limpas e higienizadas. É obrigatório o uso de EPI para os
funcionários envolvidos no manuseio do RS.
O local deve ser sinalizado, para que todos os funcionários identifiquem como
sendo de armazenamento de resíduos, as bombonas devem ser colocadas sobre a
calçada para evitar o contato direto com o solo e é necessária a construção de uma

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


cobertura para evitar o contato direto do sol e chuva. Ainda propomos a abertura de uma
acesso para o transporte externo dos resíduos (Figura 13).
Figura 13: Layout com proposta de abertura de acesso para transporte externo dos
resíduos.

Fonte: Adaptado de Floorplanner e elaboração dados da pesquisa em campo (2014)

12.6.11 Transporte Externo


O transporte externo dos resíduos da indústria Sfilare será dividido pelo tipo de
resíduo:
Recicláveis: será transportado no contêiner (Figura 14) para a parte exterior da indústria
onde deverá ser levado pela empresa que está adquirindo os resíduos.
Resíduo Orgânico: sendo a quantidade irrisória, esse material será transportado no
contêiner (Figura 14) para a parte exterior da empresa na segunda, quarta e sexta dias
que a Prefeitura Municipal do Natal recolhe os resíduos nesse bairro.
47

Rejeito: será recolhido pela Prefeitura Municipal do Natal/RN.


Os funcionários envolvidos com as operações de manuseio de RS utilizarão EPI
em caráter obrigatório.
Figura 14: Contêiner plástico com rodas.

Fonte: Castronaves (2014)

Como identificado na fase de diagnóstico a indústria não possui acesso facilitado

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


para o transporte externo dos resíduos, com isso é interessante a abertura de um acesso
na lateral (Figura 13) onde são armazenados os RS para que os funcionários que
trabalham no manuseio façam o transporte desses resíduos sem a necessidade de
transitar no meio da indústria com o uso do contêiner da Figura 14.

12.6.12 Tratamento
Os resíduos recicláveis serão vendidos a uma empresa do ramo, onde serão
segregados e enviados a destinação ambientalmente correta. Os resíduos perigosos serão
segregados e enviados para empresas especializadas para tratamento ou enviados para
áreas especificamente licenciadas para a atividade.

12.6.13 Disposição Final


A disposição final do rejeito será o recolhimento pela Prefeitura Municipal do
Natal, onde a mesma deverá dispor no aterro sanitário Braseco em Ceará Mirin.

12.6.14 Layout da disposição dos coletores


Esse layout apresenta a disposição dos coletores dentro dos setores da indústria
como também o local de armazenamento temporário desses resíduos (Figura 15 e 16).

Coletor de resíduo perfurocortante (7 L)

Bombonas para o armazenamento de resíduos recicláveis (200 L)

Bombonas para o armazenamento de rejeito (200 L)

Coletores de resíduos recicláveis (30 e 50 L)


48

Coletores de resíduos recicláveis

Coletores de rejeito

Contêiner para transporte externo e interno dos resíduos (120 L)

Figura 15: Layout de disposição dos coletores no térreo

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Fonte: Adaptado de Floorplanner e elaboração dados da pesquisa em campo (2014)

Figura 16: Layout da disposição dos coletores do 1° Andar

Fonte: Adaptado de Floorplanner e elaboração dados da pesquisa em campo (2014)


49

12.6.15 Investimento
Quadro 23: Orçamento para execução das propostas do PGRS
MATERIAIS QUANTIDADE VOLUME PREÇO PREÇO
UNITÁRIO TOTAL
(R$) (R$)
Coletor de resíduos 2 7L 4,20 8,40
cortante e perfurante
Balde 2 30 L 21,00 42,00
Lixeira Pratica com pedal 3 90 L 115,00 345,00
e rodas
Lixeira com pedal 2 13,5 L 29,50 59,00
Bombonas 3 200 L 50,00 150,00
TOTAL 604,4

13 ORÇAMENTO FINAL

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


O orçamento final é o cálculo dos investimentos de todos os programas e
propostas apresentadas nesse trabalho.

Quadro 24: Investimento final

PROGRANAS INVESTIMENTO (R$)


Água: use, não abuse 740,00
Bem estar com saúde e segurança 1804,30
Ligue-se: sua economia nossa energia 5702,00
PGRS 604,40
TOTAL 8.850,70
Fonte: Pesquisa em campo (2014)
50

CONCLUSÃO

Com o diagnóstico operacional e ambiental (DOA) da empresa foram reunidas


problemáticas que são pertinentes à indústria em estudo, foram elencadas e
desenvolvidos a identificação e avaliação dos aspectos ambientais e por conseguinte
seus impactos ambientais e a todo seu quadro funcional, através dos fluxogramas de
entradas e saídas e análise do processo produtivo, visitas in loco, registro fotográfico,
observação do consumo dos recursos naturais e de matéria prima, geração de resíduos,
obtendo possíveis melhorias para a empresa.

Diante dessa questão a proposta da P+L deste documento apresenta por meio de
programas, a ênfase de ações que coordenam a direção para uma produção com mais
eficiência e eficácia em todos seus aspectos a contar da compra de material até sua
destinação final, assegurando lucro econômico para empresa e beneficiando o meio
ambiente através da exemplar participação do empreendimento e de todos os seus

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


funcionários para a sustentabilidade do meio ambiente. A estima da implantação das
propostas permanece em questão para ser acolhida para que dessa maneira se
proporcione uma melhoria significativa como demonstrado durante os estudos
especificados.

Enfim, a apuração da realidade da indústria possibilitou que a aprendizagem do


gestor ambiental fosse praticada evidenciando o papel e a importância do profissional
no mercado sugerindo e objetivando tornar o meio ambiente realmente sustentável.
51

REFERÊNCIAS

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CLASSIFICAÇÃO. ABNT NBR 10004, 2004. Disponível em:
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52

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54

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


ANEXO A – MATRIZ DE INTERAÇÃO E SIGNIFICÂNCIA

IMPACTOS

0-Sim 4-
Contaminação do solo e/ou águas

Incômodo a partes interessadas

I = (Sv+Ab) x P

Existe Requisito Legal? 0-Não 5-Sim


Uso de Recursos Naturais

Contaminação das águas

Resultado (somatória) R= I+RL+MC


Contaminação do ar

Sim, mas não atende 6-Não


Número da operação / etapa

subterrâneas

Probabilidade (P)

Priorização
Importância do Impacto
Descrição do Aspecto

Existe Medida de Controle?


Entradas Saídas Abrangência

Severidade (Sv)

Consumo de Papel 1 3 3 12 0 6 18 --
Consumo de Energia 1 3 3 12 0 6 18 --
Criação
Risco Ergonômico, Postura Inadequada dos Funcionários 1 3 3 5 6 14 --
Geração de Resíduos Sólidos 1 3 3 12 5 6 23 X
Consumo de Energia 1 3 3 12 0 6 18 --
Consumo de Matérias-primas 1 3 3 12 0 6 18 --
Geração de Resíduos Sólidos 1 3 3 12 5 6 23 X
Almoxarifado Risco de Acidente, Arranjo Inadequado, Inalação de Poeira do Algodão (Risco a Saúde Humana -
2 3 6 5 6 17 --
Bissinose)

Geração de Ruído (Risco a Saúde Humana) 1 3 3 5 6 14 --


Postura Inadequada dos Funcionários (Risco Ergonômico) 1 3 3 5 6 14 --
Corte Consumo de Energia 2 3 3 15 0 6 21 X
55

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Consumo de Coton forte 4 3 2 14 0 0 14 --
Consumo de Coton 4 3 2 14 0 0 14 --
Consumo de Entreleta 2 3 2 10 0 0 10 --
Consumo de Etiquetas 4 2 2 12 0 6 18 --
Consumo de Papel 3 3 3 18 0 6 24 X
Consumo de Tecido Plano 2 3 2 10 0 6 16 --
Consumo de Água (Ferro de Passar) 1 3 2 8 5 6 19 --
Consumo de Água 1 3 2 8 5 6 19 --
Uso inadequados dos EPI's (Risco de Acidente) 1 2 2 5 4 11 --

Geração dos Resíduos Sólidos (Plástico) 2 2 4 5 6 15 --

Geração dos Resíduos Sólidos (Trapo) 3 2 6 5 6 17 --


Geração de Resíduos Sólidos (Papel) 3 3 2 12 5 6 23 X
Risco de acidente, calor e vapores. 1 2 2 5 6 13 --
Inalação de Poeira do Algodão (Risco a Saúde Humana - Bissinose) 2 3 6 5 6 17 --
Geração de Ruído (Risco a Saúde Humana) 3 3 6 5 6 17 --
Falta de treinamento aos Funcionários (Risco de Acidente) 2 2 4 5 6 15 --
Distribuição Irregular do Máquinário (Risco de Acidente) 3 2 6 5 6 17 --
Postura Inadequada dos Funcionários (Risco Ergonômico) 1 2 2 5 6 13 --
Consumo de Energia 2 3 3 15 0 6 21 X
Beneficiamento da Entreleta 1 2 2 6 0 6 12 --
Consumo de Linha 3 3 2 12 0 6 18 --
Preparação Consumo de Fio 3 3 2 12 0 6 18 --
Consumo de Agulhas 3 3 2 12 0 6 18 --
Consumo de óleo 1 3 2 8 5 6 19 --
Consumo de Água (Ferro de Passar) 1 3 2 8 5 6 19 --
56

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Geração de Resíduos Sólidos (Consumo de tecido gerado no processo de corte) 2 3 2 10 5 6 21 X
Geração de Resíduos Perfurocortantes 1 3 2 8 5 6 19 --
Geração de vapores. Risco de Acidentes 1 2 2 5 6 13 --
Inalação de Poeira do Algodão (Risco a Saúde Humana - Bissinose) 2 3 6 5 6 17 --
Geração de Ruído (Risco a Saúde Humana) 3 2 6 5 6 17 --
Postura Inadequada dos Funcionários (Risco Ergonômico) 1 2 2 5 6 13 --
Consumo de Energia 3 3 3 18 0 6 24 X
Consumo de Linha 2 3 2 10 0 6 16 --
Consumo de Fio 2 3 2 10 0 6 16 --
Consumo de óleo 1 3 2 8 5 6 19 --
Consumo de Copo Descartáveis 3 3 2 12 0 6 18 --
Consumo de Água (Ferro de Passar) 1 3 2 8 5 6 19 --
Consumo de Água 4 3 2 14 5 6 25 --
Montagem
Consumo de Agulhas 2 3 2 10 0 6 16 --
Geração de Resíduos Sólidos 1 3 2 8 5 6 19 --
Geração de vapores. Risco de Acidentes 1 2 2 5 6 13 --
Geração de Resíduos Perfurocortantes 1 2 2 5 6 13 --
Inalação de Poeira do Algodão (Risco a Saúde Humana - Bissinose) 2 2 4 5 6 15 --
Geração de Ruído (Risco a Saúde Humana) 2 2 4 5 6 15 --
Postura Inadequada dos Funcionários (Risco Ergonômico) 1 2 2 5 6 13 --
Consumo de Energia 2 3 3 15 0 6 21 X
Consumo de Linha 2 3 2 10 0 6 16 --
Consumo de Fio 2 3 2 10 0 6 16 --
Finalização
Consumo de óleo 1 3 2 8 5 6 19 --
Consumo de Água 2 3 2 10 5 6 21 X
Consumo de Agulhas 2 3 2 10 0 6 16 --
57

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


Geração de Resíduos Sólidos 2 3 2 10 5 6 21 X
Geração de Resíduos Perfurocortantes 1 2 2 5 6 13 --
Inalação de Poeira do Algodão (Risco a Saúde Humana - Bissinose) 2 2 4 5 6 15 --
Geração de Ruído (Risco a Saúde Humana) 2 2 4 5 6 15 --
Postura Inadequada dos Funcionários (Risco Ergonômico) 1 2 2 5 6 13 --
Consumo de Embalagens Plásticas 3 3 2 12 0 6 18 --
Consumo de Água (Ferro de Passar) 1 3 2 8 5 6 19 --
Acabamento Geração de Resíduos Sólidos 2 3 2 10 5 6 21 X
Geração de vapores. Risco de Acidentes 1 2 2 5 6 13 --
Postura Inadequada dos Funcionários (Risco Ergonômico) 1 2 2 5 6 13 --

LEGENDA: *Sv = Severidade para aspectos de saída: Baixa = 1; Média = 2; Alta = 3.


Etapa: é o nome do processo produtivo e/ou nome de um setor da organização. **A = Abrangência dos impactos:
Descrição de um aspecto ambiental (consumo de água, consumo de energia, Pontual (dentro de um setor da organização) = 1;
geração de resíduos sólidos): colocar os aspectos de entrada e de saída do Local (circunvizinhança da organização) = 2;
fluxograma. Global (limites municipais, estaduais, continentais) = 3.
IMPACTOS Probabilidade de ocorrência do aspecto:
*Sv = Severidade para aspectos de entrada (Matérias primas e auxiliares): Baixo (raramente) = 1;
Até 25% de consumo total = 1; Médio (frequentemente: semanal, quinzenal, mensal) = 2;
26 a 50% do consumo total = 2; Alto (ininterruptamente) = 3.
51 a 75% do consumo total = 3; Requisito legal: existe algum requisito legal? Não = 0; Sim = 5
> 76% do consumo total = 4. Medida de Controle: existe alguma medida de controle?
*Sv = Severidade para aspectos de entrada (Insumos): Sim, é eficaz e/ou atende a lesgilação = 0;
- Produtos perigosos: Até 30% de consumo total = 2; 31 a 60% do consumo total = Sim, mas não é eficaz e/ou não atende a lesgilação = 3;
3; 61 a 100% do consumo total = 4 não = 6.
- Produto não perigoso: 0 a 30% do consumo total = 1; 31 a 60% do consumo total Resultado: R = I + RL + MC
= 2; 61 a 100% do consumo total = 3
Fonte: Adaptado de SÁNCHEZ (2008)
58

PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO SFILARE


ANEXO A – MATRIZ DE INTERAÇÃO DE SIGNIFICÂNCIA (continuação)

ASPECTOS AMBIENTAIS MEDIDAS DE CONTROLE REQUISITOS LEGAIS


Lei 6.938/1981; Lei 12.305/2010; NBR
Geração de resíduos sólidos Não possui
10004/2004
Risco Ergonômico, Postura Inadequada dos Não possui
NR 17
Funcionários
Risco de Acidente, Arranjo Inadequado, Não possui
Inalação de Poeira do Algodão (Risco a Saúde NR 4, NR 7
Humana - Bissinose)
Geração de ruído Não possui NR 15
Não possui Lei 6.938/1981; Lei 9.433/1997; Conama
Consumo de água
430/2011;
Não possui Res. CONAMA 362/2005; Lei 6.938/1981;
Consumo de óleo lubrificante
Lei 12.305/2010; NBR 10004/2004
Instalação do software de controle
Consumo de Matéria-prima Não possui
do risco
Uso de EPI's no momento do
Uso inadequados dos EPI's (Risco de Acidente) Não possui
corte (alguns funcionários)

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