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COMPLEXO ANEMUS

PLANO DE
GERENCIAMENTO
DE RESIDUOS
SÓLIDOS

CURRAIS NOVOS, 2022


PGRS – PROGRAMA DE GERECIAMENTO DE RESÍDUOS REVISÃO 01
SÓLIDOS
DATA
14/04/2022

SUMÁRIO

1.1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................................... 5

2. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 6

3. OBJETIVOS ............................................................................................................................. 7

3.1. OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 7


3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................................... 7
4. DESCRIÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................................ 8

5. JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................... 8

6. REQUISITOS LEGAIS ............................................................................................................... 9

7. DEFINIÇÕES ......................................................................................................................... 11

8. DEFINIÇÕES / LEI 12.305:2010 ............................................................................................ 12

9. ART. 21 / LEI 12.305:2010 ................................................................................................... 15

10. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES ................................................................................. 16

11. GERENCIAMENTO DE EFLUENTES ....................................................................................... 18

11.1. Sistema de Tratamento de Esgoto .......................................................................... 18


12. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS .......................................................................................... 25

12.1. Resíduos de Classe I – Perigosos ............................................................................. 25


12.2. Resíduos de Classe II – A - Não Inertes.................................................................... 26
12.3. Resíduos de Classe II – B – Inertes .......................................................................... 26
13. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................................................... 26

13.1. Redução na Fonte Geradora ................................................................................... 26


14. IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS POR CLASSES ........................... 27

15. SEGREGAÇÃO ...................................................................................................................... 31

16. ACONDICIONAMENTO ........................................................................................................ 31

17. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO ...................................................................................... 34

18. COLETA E TRANSPORTE ....................................................................................................... 34

19. REGISTRO, DOCUMENTOS E CERTIFICAÇÃO FINAL ............................................................. 36

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20. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...................................................................................................... 37

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TABELA
Tabela 1 – Identificação da empresa ...................................................................................... 5
Tabela 2 – Classificação dos resíduos. ................................................................................ 25
Tabela 3 – Caracterização dos resíduos das salas ADM .................................................. 27
Tabela 4 - Caracterização dos resíduos dos Vestiários, Banheiros, Área de vivência e
Refeitório.................................................................................................................................... 28
Tabela 5 - Caracterização dos resíduos do Ambulatório ................................................... 28
Tabela 6 - Caracterização dos resíduos da Oficina mecânica, tanque de combustível e
lavagem de veículos ................................................................................................................ 29
Tabela 7 - Caracterização dos resíduos da Central de concreto ..................................... 29
Tabela 8 - Caracterização dos resíduos do Almoxarifado ................................................. 30
Tabela 9 - Caracterização dos resíduos das Frentes de serviços ................................... 30
Tabela 10 - Identificação visual das cores dos recipientes. .............................................. 32
Tabela 11 - Tipos de recipientes............................................................................................ 33

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1.1. IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

Razão social: CNPJ:


W & M CONTRUÇOES E MONTAGENS LTDA 06.885.761/0001-54
Endereço: Município: UF:
Av. Professor João Machado, 2960 Natal RN
– Capim Macio
CEP: Telefone: E-mail:
59.078-340
Responsável pelo PGRS:
W & M CONTRUÇOES E MONTAGENS LTDA
Descrição da atividade:
Canteiro de obras no Parque Eólico Anemus
Tabela 1 – Identificação da empresa

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2. INTRODUÇÃO

A Lei n.º 12.305/2010 (Política Nacional dos Resíduos Sólidos) aborda


sobre os princípios, objetivos e instrumentos, como também as diretrizes
relativas à gestão integrada e ao gerenciamento dos resíduos sólidos,
apontando, sobretudo, responsabilidades do poder público e privado.

O artigo 25 da constituição estabelece que “o poder público, o setor


empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade das ações
voltadas para assegurar a observância da Política Nacional dos Resíduos
Sólidos e das diretrizes e demais determinações estabelecidas nesta Lei e em
seu regulamento”. Com base no exposto, este documento exibe o Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos do canteiro de obras do parque eólico
Anemus no município de Currais Novos e tem como objetivo identificar os tipos
de resíduos gerados pelas frentes de trabalho, como também determinar os
critérios de separação, coleta, armazenagem e transporte e consequentemente
a destinação final adequada.

O presente plano também apresenta a descrição do empreendimento, a


justificativa, os objetivos, a metodologia e as disposições a respeito do
gerenciamento dos resíduos, além da descrição da destinação dos resíduos e
das ações para implementação do PGRS no Parque Eólico Anemus em Currais
Novos.

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3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

Estabelecer os processos para a gestão de resíduos na fase de


construção das Centrais do Complexo Eólico Anemus Wind, para minimizar e
controlar os potenciais impactos ambientais.

3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

• Direcionar a segregação dos resíduos sólidos na origem;

• Definir diretrizes para controlar e reduzir riscos ao meio ambiente através


do correto manuseio, armazenamento e descarte de resíduos;

• Orientar para escolha das melhores práticas em termos de gestão de


resíduos;

• Orientar todos colaboradores que atuarem diretamente no manuseio de


resíduos comuns e perigosos para prevenir os riscos à saúde humana e
ao meio ambiente;

• Assegurar a ordem de prioridade estabelecida na Política Nacional de


Resíduos Sólidos, qual seja: não geração, redução, reutilização,
reciclagem, tratamento e disposição ambientalmente adequados;

• Cumprimento das legislações ambientais federal, estadual e municipal


vigentes quanto à correta e segura destinação ou disposição final de
resíduos, sobretudo os não inertes e perigosos.

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4. DESCRIÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O Parque Eólico Anemus Wind da 2W Energia, se localiza nas cidades de


Currais Novos e São Vicente, no estado do Rio Grande do Norte, dentro de uma
área de aproximadamente 3,7 mil hectares. O complexo é formado por 3 parques
eólicos, com um número de 33 aerogeradores, que juntos, terão a competência
de produzir perto de 139 MW.

EMPRESA: WM CONSTRUÇÃO E MONTAGENS LTDA.


ENDEREÇO: Av. Professor João Machado, 2960, Capim Macio – Natal - RN.
CEP: 59.078-340
C.N.P.J.: 06.885.761/0001-54

DADOS DA OBRA:

ESTABELECIMENTO: PARQUE EÓLICO ANEMUS I, II E III PARTICIPAÇÕES.

CNPJ´s: 29.481.536/0001-58, 29.492.546/0001-99 e 38.350.307/0001-95.

ENDEREÇO: Estrada Tororó km 13, s/n Fazenda Queimadas, CEP: 59.380-000,


Currais Novos – RN.

5. JUSTIFICATIVA

O presente plano se justifica pela necessidade de implementar ações para


um melhor gerenciamento dos resíduos sólidos gerados durante os trabalhos na
construção do Parque Eólico Anemus. Essa iniciativa é importante, pois
direciona toda a atividade para um caminho ambientalmente com menos
impactos.

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6. REQUISITOS LEGAIS

ABNT NBR 12.235:1992 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos;


ABNT NBR 10.004:1987 - Resíduos sólidos classificação;
ABNT NBR 11.174:1989 - Armazenamento de resíduos classe II (não inertes) e
III (inertes);

ABNT NBR 7.501:2011 - Transporte Terrestre de produtos perigosos;


ABNT NBR 13.896:1997 – Normatiza a execução de aterros de resíduos não
perigosos;
ABNT NBR 13.221:2017 - Transporte de resíduos/procedimento;
ABNT NBR 12.810:1993 – Coleta de Resíduos de Serviço de Saúde; ABNT NBR
14001:2015 – Sistema de Gestão Ambiental;

ABNT NBR 7500:2004 - Transporte de resíduos perigosos;


ABNT NBR 7503:1983 - Ficha de emergência para transporte de cargas
perigosas;
ABNT NBR 7504:1983 - Envelope para transporte de cargas perigosas.
Características e dimensões;

ABNT NBR 13463:1995 - Coleta de resíduos sólidos;


ABNT NBR 7229:1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques
sépticos;

ABNT NBR 13969:1997 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento


complementar e disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e
operação;

ABNT NBR 9191:2008 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo –


Requisitos e métodos de ensaio;

ABNT NBR 11174:1990 – Armazenamento de Resíduo Não Perigoso;


Resolução CONAMA 307:2002: Alterada pela Resolução nº 448/12 (altera os
artigos 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e 11 e revoga os artigos 7º, 12 e 13); alterada pela

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Resolução nº 431/11 (alterados os incisos IxI e III do art. 3º) e Alterada pela
Resolução nº 348/04 (alterado o inciso IV do art. 3º);

Resolução CONAMA nº 09/1993 – Dispõe sobre o Inventário Nacional de


Resíduos Sólidos Industriais;

Resolução CONAMA n° 275, de 25 de abril de 2001 – Estabelece o código de


cores para os diferentes tipos de resíduos;

Resolução CONAMA 257:1999 - procedimento de reutilização, reciclagem,


tratamento ou disposição final ambientalmente adequado de pilhas e baterias;

Resolução CONAMA nº 258:1999 - Destinação final adequada dos pneumáticos


inservíveis. Resolução CONAMA nº 237/95 - Dispõe sobre licenciamento
ambiental;

Resolução CONAMA 313/02 - Dispõe sobre inventário dos resíduos sólidos


industriais;
Resolução CONAMA 430/2011 – Condições e padrões de lançamentos de
efluentes. Altera a Resolução do CONAMA 357/2005;

Resolução CONAMA n° 362, de 27 de junho de 2005 – Dispõe sobre destinação


final e rerrefino de óleo lubrificante;

Portaria ANP n° 125/1999 – Regulamenta a atividade de recolhimento, coleta e


destinação final do óleo lubrificante usado ou contaminado;

Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do


Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências;

Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 - Educação ambiental;


Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 - Política nacional de resíduos sólidos;
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007 - Política nacional do meio ambiente;
Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 - Lei de crimes ambientais;
Decreto-Lei nº 111/2001 de 6 de abril - Gestão dos pneus usados.

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7. DEFINIÇÕES

• Acondicionamento: colocação dos resíduos sólidos no interior de


recipientes apropriados e estanques, em regulares condições de higiene,
visando a sua posterior estocagem ou coleta;

• Armazenamento de Resíduo: contenção temporária de resíduos, em


área autorizada pelo órgão de controle ambiental, à espera de reciclagem,
recuperação, tratamento ou disposição final adequada, desde que atenda
às condições básicas de segurança;

• Armazenamento Temporário: ação de estocar temporariamente e de


forma segura os resíduos para reuso, reciclagem, recuperação,
tratamento ou disposição final;

• Central de Armazenamento: local destinado ao recebimento,


armazenamento temporário e triagem dos resíduos com características
potenciais de reciclagem;

• Caracterização de resíduos: processo que através da identificação e


determinação da composição química, das propriedades físico-químicas,
biológicas e toxicológicas dos resíduos, permite seu adequado
gerenciamento;

• Destinação: qualquer destino dado aos resíduos no sentido de


tratamento, destinação final ou outros que visem à finalização do
processo de gestão;

• Disposição final: disposição definitiva dos resíduos, de forma adequada


e observando a legislação e normas específicas;

• EPI: equipamento de proteção individual;


• Ficha de emergência para o transporte de produtos perigosos:
documento de apenas uma folha com os principais riscos do produto e as
providências essenciais a serem tomadas em caso de acidente;

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• Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas,


responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos
definidos nesta Resolução;

• Isolamento: conjunto de ações destinadas a impedir a propagação de um


acidente a outras regiões além daquela diretamente afetada pelo evento;

• PGRS: plano de gerenciamento de resíduos sólidos;


• Reciclagem: processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido
submetido à transformação;

8. DEFINIÇÕES / LEI 12.305:2010

Art. 3º: Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

I - Acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e


fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a
implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto;
II - Área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição,
regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos;
III - Área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela
disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis;
IV - Ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento
do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o
consumo e a disposição final;
V - Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados
conforme sua constituição ou composição;
VI - Controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à
sociedade informações e participação nos processos de formulação,
implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos
sólidos;
VII - Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que
inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o
aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos
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competentes do SISNAMA, do SNVS e do SUASA, entre elas a disposição final,


observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos
à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
VIII - Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de
rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a
evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos
ambientais adversos;
IX - Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito
público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades,
nelas incluído o consumo;
X - Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta
ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e
destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de
gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de
resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei;
XI - Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a
busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões
política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a
premissa do desenvolvimento sustentável;
XII - Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada;
XIII - Padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de
bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e
permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e
o atendimento das necessidades das gerações futuras;
XIV - Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve
a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com

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vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições


e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do SISNAMA e, se
couber, do SNVS e do SUASA;
XV - Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que
não a disposição final ambientalmente adequada;
XVI - Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado
resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se
procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido
ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou
em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;
XVII - Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos:
conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares
dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para
minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para
reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental
decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei;
XVIII - Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua
transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os
padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do SISNAMA e, se couber, do
SNVS e do SUASA;
XIX - Serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos:
conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei nº 11.445, de 2007.

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9. ART. 21 / LEI 12.305:2010

Art. 21. O plano de gerenciamento de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo


mínimo:
I – Descrição do empreendimento ou atividade;
II – Diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a
origem, o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos
ambientais a eles relacionados;
III – observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA, do SNVS
e do SUASA e, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos
sólidos:
a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos
sólidos;
b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do
gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;
IV – Identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros
geradores;
V – Ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de
gerenciamento incorreto ou acidentes;
VI – Metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos
sólidos e, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA, do
SNVS e do SUASA, à reutilização e reciclagem;
VII – se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos, na forma do art. 31;
VIII – medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos
sólidos;
IX – Periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da
respectiva licença de operação a cargo dos órgãos do SISNAMA.

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10. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES

Para a execução deste plano deverá ser feita a responsabilidade e atribuição


de cada profissional:

GERÊNCIA DA OBRA
Atuação: Canteiro
• Conhecer as condicionantes ambientais, no que diz respeito à geração e
controle dos resíduos, conforme Autorização de Supressão Vegetal (ASV)
e Licença de Instalação (LI) emitida pelo Órgão Ambiental;
• Apoiar o setor de SMS e produção no bom andamento das atividades de
campo, respeitando as condicionantes ambientais da ASV e LI;
• Autorizar a contratação de empresa para coleta, transporte e destinação
final dos resíduos, provenientes das baias de resíduos, localizadas no
canteiro de obras e alojamento.

ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO
Atuação: Canteiro e Frentes de Serviço
• Responsável por apoiar as frentes de serviços, dando apoio e condições
de trabalho, como: banheiros químicos, tendas, água potável, coletores
nas frentes de serviço;
• Responsável por atendimento das condicionantes ambientais da
Autorização de Supressão Vegetal e Licença de Instalação no que diz
respeito à geração e controle dos resíduos;
• Responsável por colocar máquinas aptas para o trabalho nas frentes de
serviços;
• Conhecer a adoção de coleta seletiva na obra;
• Garantir as frentes de serviços organizadas e limpas;
• Contribuir para minimização de resíduos nas frentes de trabalho, como
por exemplo: redução de desperdício de concreto nas bases dos
aerogeradores;

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• Informar a abertura de novas frentes de serviços com antecedência para


o setor de meio ambiente se organizar para dimensionar equipe e verificar
os insumos necessários para o correto gerenciamento de resíduos nas
frentes de serviços.

ANALISTA / TÉCNICO DE MEIO AMBIENTE

Atuação: Canteiro e Frentes de Serviço

• Responsável pelo monitoramento e controle da atividade de coleta de


resíduos;
• Responsável pelo controle de fumaça preta das máquinas movidas à
diesel;
• Treinar em campo, mensalmente, ou sempre que for necessário, os
colaboradores na coleta seletiva, responsabilidade de cada um neste
processo, processos de coleta de resíduos, destino final adequado, ações
para diminuir a quantidade de resíduos, segregação dos resíduos, entre
outros;

• Fiscalização em campo sobre as condições de armazenamento e


segregação dos resíduos;
• Treinamento dos envolvidos na atividade em Análise Preliminar de
Impactos Ambientais – API e diretrizes ambientais nesta atividade;
• Realizar DSMS ou palestras informativas, periodicamente, sobre a
importância do gerenciamento de resíduos;
• Realizar integração de meio ambiente para os colaboradores
terceirizados e Cortez para liberação das atividades de coleta, nas frentes
de serviços e nas baias de resíduos.
• Controle de resíduos através de planilha mensal e anual de resíduos;
• Emissão de manifestos de resíduos para saída de resíduos da obra;
• Elaboração do Relatório Mensal de Resíduos Sólidos e Efluentes, junto
com o Engenheiro de Meio Ambiente;

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• Verificação do controle de segregação dos resíduos nas frentes de


serviços e baias de resíduos;
• Verificação em campo da necessidade de mais coletores nas frentes de
serviços;
• Verificação do bom funcionamento da ETE dos canteiros de obras.

TÉCNICO / ANALISTA DE QUALIDADE

Atuação: Canteiro

• Responsável pelo arquivamento das licenças ambientais;

• Controle de documentos referente à atividade de supressão vegetal:


treinamentos, programas, Instruções de Trabalho, Procedimentos
específicos, entre outros.

AJUDANTES DE MEIO AMBIENTE

Atuação: Frente de Serviço

• Responsável pela execução de coleta seletiva nas frentes de serviços e


baias de resíduos;
• Atender todas as normas de segurança, meio ambiente e saúde
ocupacional de sua atividade;
• Usar todos os EPI’s referente à sua atividade.

11. GERENCIAMENTO DE EFLUENTES

11.1. Sistema de Tratamento de Esgoto

ÁGUAS PLUVIAIS
A água da chuva oriunda de áreas limpas é encaminhada pelo sistema de
drenagem superficial até o corpo d´água mais próximo sem a necessidade
de tratamento.
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EFLUENTES DA PRODUÇÃO DE CONCRETO


Efluentes da produção de concreto serão coletados em um tanque de
decantação para permitir a deposição dos sólidos como resíduo inerte, com
posterior reutilização da água para atividades secundárias, tal como, por
exemplo, a umidificação das vias de acesso às instalações do canteiro de
obras.

EFLUENTES OLEOSOS
Os efluentes oleosos coletados das operações de manutenção de
veículos e máquinas (óleos lubrificantes e hidráulicos) deverão ser
encaminhados para o canteiro de obras central, onde serão contidos em
embalagens apropriadas, para posterior encaminhamento para empresas
especializadas em re-refino.
Os combustíveis e produtos perigosos deverão ser armazenados em
reservatórios apropriados, em locais de piso impermeabilizado, isolados da
rede de drenagem e com barreiras de contenção. Estes locais deverão estar
devidamente sinalizados, e os dispositivos de armazenamento não deverão
ter drenos, com exceção de dispositivos que escoem para outra área de
contenção ou reservatório, onde todo o derramamento acidental possa ser
contido.
Para o transporte rodoviário às empresas de reciclagem, recuperação,
tratamento e/ou disposição final, os efluentes líquidos oleosos deverão ser
encaminhados através de empresas responsáveis, devidamente licenciadas.
Todas as empresas envolvidas nestes processos deverão estar habilitadas
ambientalmente para os serviços contratados e com suas respectivas
licenças ambientais dentro do prazo de validade.

EFLUENTES SANITÁRIOS
A geração de esgoto é inerente à presença humana, e os locais e
empreendimentos que abrigam populações consideráveis devem ter especial
atenção ao tratamento e destinação deste material, pois apresenta potencial
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para alterar as características naturais da área que o recebe (solo, água


superficial ou subterrânea).
O esgoto sanitário comum possui esta propriedade derivada das
concentrações relativamente elevadas de carga orgânica e elementos
considerados nutrientes, como nitrogênio e potássio. Este conjunto de
características favorece a proliferação de microorganismos no meio, podendo
reduzir a concentração de oxigênio em água, propiciar condições para o
processo de eutrofização, alterar padrões de balneabilidade, favorecer a
população de microorganismos patogênicos, dentre outras situações como a
simples alteração de odor, cor e outras propriedades físico-químicas do meio.
A Cortez Engenharia gerencia os efluentes líquidos gerados obedecendo
à Resolução CONAMA 430/2011 “Condições e padrões de lançamento de
efluentes”, na qual altera a Resolução do CONAMA 357/2005 e PBA’s.
O sistema de condução de efluentes deve garantir a não diluição de
efluentes por mistura com fontes quaisquer de água (ex. águas pluviais). Para
tanto, o sistema de drenagem do projeto deve ser independente do sistema
que conduzem efluentes e os dois sistemas não devem se juntar em nenhum
momento.
Para o planejamento do sistema de tratamento de esgoto será levado em
consideração o volume a ser gerado e características do efluente. O
dimensionado será feito de forma a atender o número máximo de
trabalhadores e em conformidade com as normas NBR 7229 e NBR 13969.
Os efluentes domésticos gerados no canteiro de obras central deverão ser
acondicionados em Tanque Selado ou Tanque Estanque, onde o esgoto
sanitário ficará armazenado até atingir a capacidade limite para coleta e
destinação final.
A coleta e transporte se dará por empresa limpa-fossa devidamente
licenciada pelo órgão ambiental competente.
A área de estrutura do Tanque de Armazenamento de Efluente deve ser
ventilada, com acesso adequado e controlado. Em caso de tanque aéreo, o

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reservatório deve estar sobre base impermeável na qual impeça a lixiviação


e percolação de substâncias no solo.
Deverão ser realizadas análises trimestrais dos efluentes para avaliação
da eficiência do processo de tratamento final e, uma vez comprovada a
eficiência do tratamento em questão, a água tratada pela ETE.
Serão feitas análises trimestrais destes efluentes, em laboratório
certificado, de modo a verificar o atendimento aos padrões estabelecidos na
Resolução acima citada, por laboratório credenciado e habilitado. Dentre os
parâmetros possíveis, obrigatoriamente deverão ser analisados os seguintes:
• Eficiência de remoção
• Carga orgânica (diária/mensal)
• DBO
• DQO
• Coliformes termotolerantes
• Coliformes totais
• PH
• Temperatura
• Nitrogênio Total (IFC)
• Fósforo total (IFC)
• Óleos e graxas
• Sólidos suspensos (total).

Em caso de extravasamento dos efluentes sanitários, deverá ser feita a


contenção, a sucção do efluente vazado (caso aplicável), mitigado e
recolhido o solo, armazenando-o em local isolado, deixando secar, para
posterior reuso na obra. Este item será mais bem descrito no Plano de
Respostas à Emergências.

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EFLUENTE SANITÁRIO QUÍMICO


Serão utilizados sanitários químicos nas frentes de serviços, observando
os requisitos legais para sua utilização e o dimensionamento do número de
sanitários deve seguir o estabelecido na NR-18.
A higienização dos banheiros químicos será feita de segunda à sábado e
o recolhimento dos efluentes deve ocorrer, no máximo, quando o nível do
tanque de dejetos atingir 2/3 (dois terços) da sua capacidade.
Esta higienização consiste em limpeza de todo interior do sanitário e os
profissionais, que executarem tal tarefa devem utilizar os EPI’s adequados e
possuir treinamento específico. Os produtos químicos usados na limpeza e
higienização dos banheiros químicos, serão dispostos junto com as FISPQ.
A limpeza e higienização serão feitas por empresa licenciada e os efluentes
destinados para tratamento de esgoto do Canteiro de obras onde será feito o
restante do tratamento químico e biológico, para posterior despejo nos corpos
hídricos, sem riscos de contaminação e/ou poluição dos mesmos.
Os sanitários químicos devem possuir, no mínimo, os seguintes itens:
• Mictório (quando aplicável);
• Saboneteira com sabão em gel;
• Porta-papel toalha;
• Suporte para papel higiênico;
• Assento com tampa a ser dotado de cuba intermediária;
• Bomba de descarga;
• Porta com fechadura de indicação de uso;
• Respiro;
• Identificação de usuário, segundo o uso masculino e feminino.

O check list dos banheiros químicos será feito mediante formulário


específico, sendo registrado nas frentes de serviços (nos banheiros
químicos) como no canteiro de obras (setor de meio ambiente). Sempre que
o caminhão coletor de efluentes dos banheiros químicos chegar em sua
capacidade e for destinar os mesmos, será elaborado MTR (Manifesto de

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Transporte de Resíduos), controlando a geração, transporte e destinação


final deste tipo de resíduo.

EFLUENTES OLEOSOS
Nas áreas de manutenção de máquinas, lavagem de veículos e tanque de
abastecimento, no Canteiro de Obras, serão confeccionados pisos
impermeáveis, canaletas e caixas separadoras de água e óleo (conforme
projetos), onde os óleos e graxas tendem a flutuar (menor densidade que a
água), sendo direcionado para um coletor específico (laranja, Classe I), onde
junto com o óleo usado (queimado) será acondicionado em baia de resíduos
perigosos e encaminhado por empresa especializada e licenciada para
realização de re-refino.
A água proveniente desta separação, gerada através de águas pluviais
e/ou da lavagem de veículos, poderá ser reutilizada na umidificação da brita
e/ou de acessos, mediante prévia análise e aprovação dos parâmetros físico-
químicos, feita trimestralmente por laboratório credenciado. Serão feitas
inspeções semanais nas caixas separadoras de água e óleo, de forma a
verificar a eficiência do armazenamento e evitar possíveis transbordamentos
do líquido.
Os equipamentos potencialmente poluidores (tanque de combustível,
gerador, refletor, compressor, entre outros) serão dispostos com bacia de
contenção, de modo a conter 100% do volume máximo provável de
derramamento.
Haverá manutenções corretivas nas frentes de serviços, somente quando
o transporte das máquinas e equipamentos para a oficina no canteiro de
obras for inviável, ou seja, quando os mesmos apresentarem riscos no
transporte. Esta prática excepcional, será tratada com todas as ações de
proteção do solo, curso d’água e flora, cuja situação de acidente ambiental
será seguida as recomendações contidas no PAE.
Em caso de derramamento de óleo nas frentes de serviços, canteiros e
alojamento, será mitigado, conforme Plano de Respostas à Emergências.

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Os funcionários envolvidos nestas atividades serão, constantemente,


treinados com uma Análise Preliminar de Impactos Ambientais, onde serão
passados todos os impactos ambientais da presente atividade.
Os resíduos provenientes destas atividades são os Resíduos Classe I
(Perigosos), podendo ser gerados Resíduos Não Recicláveis, tendo como
coletores de cor laranja e cinza, sendo os mesmos separados dos resíduos
recicláveis para não haver contaminação, inviabilizando sua reciclagem e
reuso.

EFLUENTES PROVENIENTE DE LAVAGEM DAS BETONEIRAS


Será construído dique de lavagem para caminhões betoneiras, de forma
a retirar o excesso de concreto dos mesmos, sendo proibida a circulação de
caminhões com restos em seu interior ou a disposição de resíduos de
concreto na área de influência direta da obra.
Neste dique serão feitas estruturas para decantação dos efluentes
oriundos da lavagem dos caminhões betoneiras, buscando-se a separação
dos sólidos para disposição como resíduos sólidos inertes e, reutilização da
água para umidificação da brita para produção de concreto e/ou umidificação
do acesso do canteiro de obras, auxiliando na redução de emissão de
particulados.
Esta água será reutilizada através de bombeamento nas próprias caixas
de decantação, onde o controle será feito mediante volume das mesmas
(comprimento x altura x largura), sendo medido em m³ ou litros, uma vez que
a densidade da água é igual a 1 g/cm³.
O concreto gerado e separado (inerte) do dique de lavagem será retirado
sempre no dia seguinte de sua introdução no mesmo. O mesmo poderá ser
reaproveitado no reaterro das bases, terraplenagem e/ou doado para
comunidades locais, para construção de alicerces e/ou aterro das
residências. Este controle será feito mediante cubagem das caçambas
(utilizada no transporte destes resíduos) e registrado em planilha mensal de
resíduos, mediante elaboração de Manifestos de Resíduos Sólidos.

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12. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

De acordo com ABNT NBR 10004, os resíduos podem ser classificados


quanto à sua natureza física, composição química, riscos potenciais ao meio
ambiente devido a sua periculosidade, origem, e a possibilidade de reciclagem.

Secos
Quanto a natureza física
Molhados
Matéria orgânica
Quanto a composição química
Matéria inorgânica
Resíduos classe I - Perigosos
Quanto aos riscos potenciais ao meio Resíduos classe II – Não perigosos
ambiente Resíduos classe IIA – Não inertes
Resíduos classe IIB – Inertes
Doméstico, Comercial, Público, Serviços
de Saúde, Resíduos Especiais, Pilhas e
Baterias, Lâmpadas Fluorescentes,
Óleos Lubrificantes, Pneus, Embalagens
Quanto a origem
de Agrotóxicos, Radioativos, Construção
Civil / Entulho industrial, Portos,
Aeroportos e Terminais Rodoviários e
Ferroviários, Agrícola.
Tabela 2 – Classificação dos resíduos.

12.1. Resíduos de Classe I – Perigosos

A classe I de resíduos perigosos apresentam as seguintes características:


inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. São
exemplos de resíduos perigosos: tintas e seus recipientes, embalagens de
agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas fluorescentes,
materiais de saúde, eletrônicos junto com os seus componentes, EPI´s
contaminados e etc.

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12.2. Resíduos de Classe II – A - Não Inertes

Os resíduos classe II A também são chamados de não inertes, o que quer


dizer que possuem baixa periculosidade, mas ao mesmo tempo possuem a
capacidade de reagir quimicamente em alguns meios, ou seja, são aqueles que
possuem propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou
solubilidade em água. Fazem parte desse grupo os resíduos orgânicos, gessos,
restos de madeira, materiais têxteis.

12.3. Resíduos de Classe II – B – Inertes

O grupo dos inertes, que possuem baixa capacidade de reação, podem


ser dispostos em aterros sanitários ou reciclados, pois não sofrem qualquer tipo
de alteração em sua composição com o passar do tempo. Exemplo de resíduos:
entulhos, sucata de ferro e aço.

13. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

13.1. Redução na Fonte Geradora

O empreendimento tem como característica a construção civil e


terraplenagem, onde são gerados diversos tipos de resíduos passíveis de
reaproveitamento/reciclagem e materiais que podem ser mais bem
aproveitados, de forma que reduzam a geração de resíduos.
As atividades que geram maior quantidade de resíduos são: Concretagem
e armação de base, execução de estacas e refeitório.
Desta forma, abaixo são elencadas as principais ações que a Cortez
Engenharia irá tomar no empreendimento:
• Buscar junto ao setor de compras fazer uma avaliação do processo
de aquisição de material/insumo para obra, priorizando materiais
que reduzam os impactos ambientais, tais como: papel reciclado,

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equipamentos potencialmente poluidores com bacia de contenção,


entre outros;
• Reaproveitar resíduos que se encontram nas baias ou em locais
específicos para confecção de outros materiais: sucata metálica
usada para fazer estruturas de concreto para armação de bases,
papel para rascunho, entre outros;
• Realizar coleta seletiva nas frentes de serviços, através de
coletores plásticos e/ou de metal, de 20 a 240 litros, devidamente
pintados e identificados, de forma a evitar que os resíduos sejam
misturados e, portanto, inviáveis para a reciclagem ou
reaproveitamento na obra;
• Realização de treinamentos de coleta seletiva e de integração para
os colaboradores.

14. IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE GERAÇÃO DE


RESÍDUOS POR CLASSES

Salas ADM
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
Tipos de NBR10004/04 Conama Descrição do resíduo
resíduos gerados Classe 307/2002 gerado
Papel/Papelão II A B Papel ofício, notas fiscais
Copos descartáveis, sacos e
Plástico II B B
embalagens plásticas
Metal II B B Embalagens de metal, clips
Papéis de bala e embalagem
Não reciclável II A C de produtos diversos, papel
engordurado, lixo de varrição
Cartucho de Recipientes portadores de
I D
impressora/Toner tinta para impressão
Pilhas e Baterias I - Pilhas e baterias usadas
Lâmpadas I - Lâmpadas fluorescentes
Tabela 3 – Caracterização dos resíduos das salas ADM

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Vestiários, Banheiros, Área de vivência e Refeitório


CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
Tipos de NBR10004/04 Conama Descrição do resíduo
resíduos gerados Classe 307/2002 gerado
Papel/Papelão II A B Papel ofício, notas fiscais
Copos descartáveis, sacos e
Plástico II B B
embalagens plásticas
Metal II B B Embalagens de metal, clips
Papéis de bala e embalagem
Não reciclável II A C de produtos diversos, papel
engordurado, lixo de varrição
Sobras de alimento, borra de
Orgânico II A B
café, casca de frutas
Lâmpadas I - Lâmpadas fluorescentes
Efluente proveniente dos
Efluente II A C
banheiros e vestiários
Tabela 4 - Caracterização dos resíduos dos Vestiários, Banheiros, Área de vivência e Refeitório

Ambulatório
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
Tipos de NBR10004/04 Conama Descrição do resíduo
resíduos gerados Classe 307/2002 gerado
Papel/Papelão II A B Papel ofício, notas fiscais
Copos descartáveis, sacos e
Plástico II B B
embalagens plásticas
Recipientes de vidro
Vidro II B B
(remédio)
Papéis de bala e embalagem
Não reciclável II A C de produtos diversos, papel
engordurado, lixo de varrição
Resíduos serviços Agulhas, seringas, algodão,
I -
de saúde gaze e luvas
Lâmpadas I - Lâmpadas fluorescentes
Tabela 5 - Caracterização dos resíduos do Ambulatório

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Oficina mecânica, tanque de combustível e lavagem de veículos


CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
Tipos de NBR10004/04 Conama Descrição do resíduo
resíduos
Classe 307/2002 gerado
gerados
Trapos, papeis, epi’s
Resíduo perigoso I D
contaminados, filtro de ar
Óleo hidráulico, lubrificantes,
Resíduo perigoso I D
fluido de freio e graxas
Resíduo perigoso I D Latas de óleo, graxas, etc.
Papeis de bala e embalagem
de produtos diversos,
Não reciclável II A C protetores auriculares, luvas,
botas e fardas sem
contaminação, lixo de varrição
Pilhas e baterias Pilhas alcalinas e baterias de
I -
elétricas veículos e máquinas
Pneus de caminhões,
Pneus II A - veículos, betoneiras e
máquinas
Tabela 6 - Caracterização dos resíduos da Oficina mecânica, tanque de combustível e lavagem de
veículos

Central de concreto
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
Tipos de NBR10004/04 Conama Descrição do resíduo
resíduos gerados Classe 307/2002 gerado
Papel ofício, embalagens de
PAPEL/PAPELÃO II A B
papel/papelão
Copos recicláveis, sacos e
PLÁSTICO II B B
embalagens plásticas
METAL II B B Embalagens de metal, clips
Papéis de bala e embalagem
NÃO RECICLÁVEL II A C de produtos diversos, lixo de
varrição
Sobras de concreto, pedras,
ENTULHO II B A
areia
LÂMPADAS I - Lâmpadas fluorescentes
Efluente proveniente da
EFLUENTE II A C
lavagem das betoneiras
Tabela 7 - Caracterização dos resíduos da Central de concreto

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Almoxarifado
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
Tipos de NBR10004/04 Conama Descrição do resíduo
resíduos gerados Classe 307/2002 gerado
Papel ofício, embalagem de
Papel/Papelão II A B
papelão, jornal
Sacos e embalagens
Plástico II B B
plásticas
Embalagens de metal, clips,
Metal II B B
grampos
Papéis de bala e embalagem
Não reciclável II A C de produtos diversos, papel
engordurado, lixo de varrição
Cartucho de Toner para impressora e
I D
impressora/Toner cartuchos
Embalagem de produtos
Resíduo perigoso I -
químicos
Lâmpadas I - Lâmpadas fluorescentes
Tabela 8 - Caracterização dos resíduos do Almoxarifado

Frentes de serviços
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS
Tipos de NBR10004/04 Conama Descrição do resíduo
resíduos
Classe 307/2002 gerado
gerados
Restos de madeira, formas e
Madeira II A B
pó de serra
Sobras de concreto, pedra,
Entulho II B A areia, saibro, resíduos
gerados de escavações
Gesso II B B Sobras de gesso
Metal II B B Sobras de ferro, vergalhão
Saco de gelo, embalagens
Plástico II B B
plásticas, garrafas pet
Embalagem de papelão,
Papel/papelão II A B
papel ofício
Copos descartáveis os (não
reciclável), guardanapos
Não reciclável II A C engordurados, papel toalha e
higiênico (banheiros
químicos)
Lâmpadas I - Lâmpadas fluorescentes
Tabela 9 - Caracterização dos resíduos das Frentes de serviços

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15. SEGREGAÇÃO

A segregação dos resíduos tem por objetivo minimizar a quantidade e


periculosidade dos resíduos em geral; facilitar o uso de tecnologias mais
adequadas aos diferentes tipos de resíduos, e melhorar a viabilidade técnico-
econômica do tratamento e disposição final.
Os resíduos segregados são dispostos em recipiente adequado,
sinalizado, de modo a evitar acidentes e contaminação ou poluição ao meio
ambiente até o nível indicado para o descarte.
Os resíduos sãos dispostos em recipientes de coleta seletivas
disponibilizados em cada ambiente, frente de serviço e pátio do canteiro de obra.
Em seguida são recolhidos e levados para as baias até a destinação final, que
será realizada mensalmente ou de acordo com a necessidade da obra,
registrada através de manifesto de resíduos emitido pela Cortez ou pela empresa
contratada, sendo realizada pela empresa adequada para a atividade e
acompanhada pelo QSMS.
Esta prática contribui de duas formas com o meio ambiente: os resíduos
segregados serão destinados à reciclagem/reaproveitamento, reduzindo a carga
nos aterros sanitários e utilizamos menos matéria prima para a produção de
novos produtos.

16. ACONDICIONAMENTO

Dependendo da finalidade, os dispositivos são utilizados na maioria do


caso para o manejo interno dos resíduos.
A identificação visual (cores) dos recipientes para coleta seletiva segue o
definido pela resolução CONAMA 275/01, sendo:

COLETOR TIPO DE RESÍDUO EXEMPLO


Todos os tipos de papéis e
papelão secos como: sobra de
AZUL impressão, embalagens de
PAPEL / PAPELÃO
produtos não perigosos e não
contaminados, Jornal, revista,
papel de fax, saco de papel,

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caixas em geral, papel branco e


colorido, envelope, cartaz.
Embalagens de refrigerante,
margarina, alimentos e outros
VERMELHO
PLÁSTICO sem contaminação, copo
plástico, tubos, sacos plásticos
em geral.
Embalagens, garrafas, copos,
VERDE frascos de remédios
VIDRO
descontaminados, vidros
coloridos.
Montagem, manutenção e
desmontagens de
equipamentos, peças,
estruturas, tubos e chapas de
cobre, alumínio, ferro e outros
AMARELO
METAIS metais recicláveis. Lata de
alumínio, sucatas, ferragem, fio
elétrico sem capa, resto de
solda / ponta de eletrodo,
grampo, embalagens sem
contaminação.
Escoras, formas, embalagens,
PRETO
MADEIRA protetores, pallets e sobras
diversas.
Todos os resíduos Classe I
como: borras químicas, oleosas,
todos os materiais descartados
contaminados com matéria-
LARANJA prima, produtos químicos ou
RESÍDUOS CONTAMINADOS
óleo usado, borras de tinta etc.,
estopa, trapo, areia, serragem,
pincéis e embalagens
contaminados com produtos
químicos
Todos os materiais utilizados
em serviços ambulatoriais, tais
BRANCO
SERVIÇO DE SAÚDE como: gases, esparadrapo,
luvas cirúrgicas, algodão,
seringas, ampolas, etc.
Sobras de alimentos, folhas,
MARROM
ORGÂNICO cascas de frutas e legumes e
similares
Papel (plastificado,
sujo/engordurado, sanitário,
CINZA
NÃO RECICLÁVEIS etc.), EPI usado, isopor,
borracha, varrição, filtro de
condicionador de ar.
Tabela 10 - Identificação visual das cores dos recipientes.

DISPOSITIVO DESCRIÇÃO ACESSÓRIOS UTILIZADOS


Recipientes plásticos e/ou
metálicos, com capacidade 1-Sacos de ráfia
para 240, 200 e 50 litros, 2-Sacos de lixo preto
Bombonas normalmente produzido para 3-Adesivos de sinalização e
conter substâncias líquidas. cores específicas com a
Depois de corretamente CONAMA 275/2001
lavado e extraída sua parte

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superior, será utilizado como


dispositivo para coleta.
Bombonas sinalizadas e
Recipiente plástico com
revestidas internamente por
Cestos capacidade para 10, 15 e/ou
saco de Ráfia ou sacos
20 litros.
plásticos.
Geralmente construída em
alvenaria, com dimensões
1-Adesivos de sinalização
diversas, adapta-se às
2-Plaquetas para fixação dos
Baias Necessidades e condições
adesivos de sinalização (em
de armazenamento do
alguns casos)
resíduo e ao espaço
disponível em obra.
Recipiente metálico com
Recomendável o uso de
Caçambas estacionárias capacidade volumétrica de 5,
dispositivo de cobertura.
23 e 38 m³
Tabela 11 - Tipos de recipientes.

A escolha da maneira mais adequada de se acondicionar resíduos


depende das características destes e do tipo de destinação a ser dada. A
escolha visa privilegiar alternativas que facilitem o manuseio e reduzam a
quantidade e volume de embalagens necessárias, sem comprometer as
condições de segurança.

A utilização de recipientes adequados para o acondicionamento dos


resíduos, sua correta identificação e armazenamento seguro de modo a evitar
danos ambientais, devem estar de acordo com a norma ABNT NBR 11174.

As tarefas de limpeza estão ligadas ao momento da geração dos


resíduos, à realização simultânea da coleta e triagem e à varrição dos
ambientes. Os resíduos gerados na frente de serviço são recolhidos, o
encarregado é responsável pelo recolhimento e transporte até a central de
resíduos localizada no canteiro de obra.

Todos os resíduos, classe I, são acondicionados em embalagens


estanques e fechados, os recipientes estão em conformidade com a norma
ABNT NBR 12235. Os recipientes para armazenamento do resíduo estão em
bom estado de conservação, são resistentes ao contato com o material e às
condições climáticas, considerando o tempo de armazenamento, e são
armazenados em locais onde proporcione uma boa organização.
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17. ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO

Os resíduos das classes A, B e C são armazenados, em baias de resíduos


(conforme anexo), separadamente dos resíduos classe D, para que não haja
possibilidade da mistura entre eles e resulte numa possível reclassificação das
classes A, B e C para classe D.

Todo local de armazenamento de resíduos perigosos, ou não, é


identificado, sinalizado e protegido, evitando a entrada de pessoas não
autorizadas, assim como também são projetados, construídos, operados e
mantidos de modo a minimizar e controlar a ocorrência de fogo, explosão ou de
qualquer liberação de contaminantes para água, ar ou solo, conforme as normas
da ABNT, NBR 12235 e NBR 11174.

Os resíduos perigosos e não perigosos serão armazenados em áreas


cobertas, com piso impermeável, bacia de contenção e dotada de equipamentos
de combate a incêndio.

É feita a identificação e avaliação dos aspectos, impactos, perigos e riscos


das áreas de armazenamento temporário.

De acordo com a Resolução CONAMA n° 283/01 cabe aos


estabelecimentos geradores de resíduos de saúde o tratamento e a disposição
final desses resíduos de acordo com as diretrizes estabelecidas, sendo assim
armazenados de acordo com as normas em local apropriado, recipiente lacrado,
transportado e encaminhados para empresas licenciadas e aptas a aplicar o
tratamento.

18. COLETA E TRANSPORTE

A coleta interna (nas frentes de serviços) será feita diariamente pela


equipe de meio ambiente e/ou através do apoio da produção, através de carro
aberto e destinado para baias de resíduos, sendo direcionado cada tipo de
resíduo para sua respectiva baia.

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A coleta para destinação externa será feita por empresa licenciada e


habilitada, mediante demanda, não podendo deixar que os resíduos ultrapassem
a capacidade das baias, sendo destinados para locais ambientalmente corretos
e licenciados, dependendo do tipo de resíduo.

Os resíduos serão destinados, a fim de não armazenar mais de 100 m³ de


resíduos não perigosos e não mais de 20 m³ de resíduos perigosos. Se esta
quantidade não for ultrapassada, não poderá ficar armazenado por um período
superior a 3 meses para resíduos perigosos e 6 meses para resíduos não
perigosos.

Todos os transportes pesados e leves, utilizados para transporte dos


resíduos gerados deverão estar identificados com o nome da empresa
proprietária, sendo indispensável que estejam em bom estado de manutenção.

As caçambas devem ser dotadas de cobertura, evitando a disseminação


de poeira sobre o ar e/ou evitando riscos de acidentes provenientes de possíveis
queda do material transportado.

Quando se tratar de resíduos perigosos está em total conformidade com


as normas técnicas aplicáveis (NBR 7500/2007, NBR 7503/2007, NBR
13221/2008) e legislação pertinentes.

Quando houver necessidade de transporte entre diferentes estados da


federação, requisitar autorização de todos os órgãos ambientais estaduais e ou
municipais envolvidos, quando aplicável.

Além dos outros documentos legais exigidos para transporte de resíduos,


o transporte somente pode ser realizado com a emissão do Manifesto de
Transporte de Resíduos (MTR), ou documento estadual equivalente. O MTR é
assinado pelos responsáveis pela geração, transporte e recepção dos resíduos
e retornar assinado para arquivo, finalizando o ciclo. Este é o documento
comprobatório de que o resíduo foi entregue ao seu destino, conforme
contratado.

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PGRS – PROGRAMA DE GERECIAMENTO DE RESÍDUOS REVISÃO 01
SÓLIDOS
DATA
14/04/2022

É atribuição específica dos operários capacitados a responsabilidade pela


coleta dos resíduos nos pavimentos do canteiro de obra. Eles ficam com a
responsabilidade de trocar os sacos com resíduos contidos nas bombonas por
sacos vazios, e, em seguida, de transportar os sacos com os resíduos até os
locais de acondicionamento final.

As recomendações para transporte interno de cada tipo de resíduo do qual


foram excluídos alguns resíduos que precisam de acondicionamento final
imediatamente após a coleta.

19. REGISTRO, DOCUMENTOS E CERTIFICAÇÃO FINAL

Os registros produzidos têm como objetivo o rastreamento das atividades


envolvidas na gestão dos resíduos, desde sua geração até a disposição final.
Todos os registros gerados do processo de gerenciamento de resíduos sólidos
da WM CONSTRUÇÕES E MONTAGENS são consolidados no Indicador de
Gerenciamento de resíduos.

Toda a documentação relativa ao Gerenciamento de Resíduos é de fácil


acesso e prontamente recuperável e disponível. Os registros de resíduos são
guardados juntamente com toda documentação da obra e os de classe D
indefinidamente, mesmo após o término ou encerramento das atividades da
unidade operacional que o produziu, devendo ainda, permanecerem arquivados
e atualizados, quando aplicável, os seguintes documentos:

• Licenças Ambientais das empresas contratadas para o transporte,


tratamento e disposição final;
• Manifestos de Transporte de Resíduos;
• Certificados de tratamento e disposição final;

• Relatórios de auditorias, internas e em fornecedores de serviços


de transporte, tratamento e disposição final;

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PGRS – PROGRAMA DE GERECIAMENTO DE RESÍDUOS REVISÃO 01
SÓLIDOS
DATA
14/04/2022

• Relatórios das estatísticas mensais de resíduos gerados, abatidos


e armazenados, assim como análise crítica da minimização.

20. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A W&M Construções e Montagens realizará entre seus colaboradores e


também com a comunidade campanhas de conscientização ambiental, para uma
melhor compreensão dos impactos e suas ações compensatórias e mitigadoras,
fazendo lembrar os cuidados que devem ser tomados em relação aos resíduos
gerados na obra, bem como as práticas que deverão ser adotadas para a
efetivação do processo de coleta seletiva. Nas campanhas, poderão ser
utilizados todo tipo de instrumento para uma eficiente conscientização do
pessoal, entre esses instrumentos poderão ser usados os
Panfletos/Cartazes/Folders/Comunicações Internas/etc, esses instrumentos
indicarão os vários tipos de resíduos que são produzidos nas frentes de trabalho
e no canteiro de obra bem como sua disposição adequada.

Currais Novos, 14/04/2022

Edwilliam Sabino de Sousa


Técnico em Meio Ambiente

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