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Évora
Outubro de 2003
“Este trabalho não inclui as observações e críticas do júri”
Aos meus Pais
ii
"A água é, provavelmente, o único recurso natural que tem que ver com todos os
"Não é possível melhorar a difícil situação dos pobres do mundo sem fazer alguma
recursos hídricos. Melhorar a utilização dos recursos hídricos é decisivo para todas as
iii
RESUMO
controlo local por montante, o controlo local por jusante e o controlo por jusante à
distância.
iterativo.
iv
ABSTRACT
It is presented a study of several automatic control modes for water delivery canals,
through the application of the hydraulic model CanalCAD. It is studied the local
upstream control, the local downstream control and distant downstream control.
The model CanalCAD is applied to the study of different control modes of the Canal
Condutor Geral de Macedo de Cavaleiros and of the Canal Loureiro – Monte Novo.
The model CanalCAD solves the unsteady flow Saint Venant's equations, that are
discretized and linearized using the Preissmann implicit scheme. The final system of
equations is solved through the Thomas algorithm or the double sweep method. The
The different control modes are compared and is defined the quality of response of the
types of control under study, relatively to the inflow variations and/or at the offtakes
level.
Key words: water distribution canal, automatic control, hydraulic simulation model,
v
AGRADECIMENTOS
para Obras, Barragens e Planeamento, S.A., pela sua colaboração e pelos elementos
Aos meus amigos, que de uma forma ou de outra contribuíram para a concretização do
Aos meus Pais, irmão e família, pelo apoio, motivação e por sempre acreditarem no
meu trabalho.
vi
Índice Pedro Silva
Índice Geral
1. INTRODUÇÃO 1
2. CONTROLO DE CANAIS 8
2.3.1. Definição 15
2.4.1. Definição 19
vii
4.2.4. Sifões 56
viii
distância
ix
Índice de figuras
Figura 2.6 – Resposta do controlo por montante às variações de caudal a jusante do trecho de canal 26
Figura 2.7 – Resposta do controlo por jusante com a profundidade de montante do trecho como
Figura 2.11 – Respostas dos modos P e PI a uma perturbação brusca de caudal, num controlo em
Figura 3.4 – Vista de jusante da soleira do tipo Neyrtec da bateria de módulos da admissão geral ao
CCG 41
Figura 3.5 – Vista de jusante do descarregador frontal tipo "bico de pato" BP9 42
secção transversal. 51
Figura 5.2 – Profundidades de escoamento a montante dos descarregadores tipo "bico de pato". 67
Figura 5.14 – Profundidades de escoamento no ponto de controlo mais a jusante das comportas
automáticas 78
Figura 5.18 – Hidrogramas nas comportas, para situação de controlo local por montante 81
Figura 5.19 – Profundidade de escoamento, para situação de controlo local por montante 81
Figura 5.20 – Hidrogramas nas comportas, para situação de controlo local por jusante 82
Figura 5.21 – Profundidade de escoamento, para situação de controlo local por jusante 82
xi
Figura 5.22 – Hidrogramas nas comportas, para situação de controlo por jusante à distância 83
Figura 5.23 – Profundidade de escoamento, para situação de controlo por jusante à distância 83
Figura 5.25 – Hidrogramas das tomadas de água do Canal Loureiro Monte Novo 85
Figura 5.26 – Interface do modelo para introdução do tipo e das variáveis de controlo. 86
Figura 5.33 – Simulação hidráulica do canal com controlo por montante com comportas
Figura 5.38 – Determinação dos tempos de resposta: variação de caudal de 3,0 m3/s para 1,5 m3/s
na admissão 99
Figura 5.40 – Determinação dos tempos de resposta: aberturas das comportas relativas à
propagação da variação de caudal de 3,0 m3/s para 1,5 m3/s na admissão 100
Figura 5.41 – Determinação dos tempos de resposta: variação de caudal de 1,5 m3/s para 3,0 m3/s
na admissão 102
Figura 5.43 – Determinação dos tempos de resposta: aberturas das comportas relativas à
103
propagação da variação de caudal de 1,5 m3/s para 3,0 m3/s na admissão
xii
Índice de tabelas
Tabela 3.1 – Localização dos descarregadores, das tomadas de água e caudal de dimensionamento
das mesmas 42
montante 70
Tabela 5.5 – Profundidades de referência, constantes de calibração e erros, controlo PI por jusante 75
Tabela 5.6 – Profundidades de referência, constantes de calibração e erros, controlo PI por jusante
à distância 78
Tabela 5.8 – Valores das profundidades controlada, na secção do sifão, erro e folga disponível na
Tabela 5.9 – Valores das profundidades controlada, na secção do sifão, erro e folga disponível na
Tabela 5.10 – Valores das profundidades controlada, na secção do sifão, erro e folga disponível na
Tabela 5.11 – Valores das profundidades controlada, na secção do sifão, erro e folga disponível na
Tabela 5.12 – Tempos de resposta do canal (horas) até à comporta automática nº1, para diferentes
Tabela 5.13 – Tempos de resposta do canal (horas) até à comporta automática nº4, para diferentes
Tabela 5.14 – Tempos de resposta do canal (horas) até à secção de jusante, para diferentes
98
decrementos de caudal na admissão.
xiii
Tabela 5.15 – Tempos de resposta do canal (horas) até à comporta automática nº1, para diferentes
Tabela 5.16 – Tempos de resposta do canal (horas) até à comporta automática nº4, para diferentes
Tabela 5.17 – Tempos de resposta do canal (horas) até à secção de jusante, para diferentes
xiv
1. INTRODUÇÃO
a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 2003 Ano Internacional da Água
Doce.
A água doce é, por si só, o elemento mais precioso da vida na Terra. É essencial para a
1400 x 106km3), apenas 2,5% é água doce (39 000 km3); desta, 79% estão
congelados em calotes glaciais. O resto existe no subsolo, 20%. O que implica que
apenas 1% da água doce se encontre à superfície, com um fácil acesso a para utilização
Humidade do
Ág u a Lagos
Solo
D o ce 52%
38%
2 .5 %
Rios
V apor na
1%
A tmos f era Á gua nos
8% Organis mos
V iv os
1%
Figura 1.1 – Distribuição da água no Globo Terrestre (adaptado do Plano Nacional da Água, 2001)
Por outro lado, os recursos hídricos disponíveis para novas utilizações são cada vez
apontam para um crescimento de cerca de 50% da população mundial até ao ano 2025,
problema da escassez da água, devido a uma sobre exploração dos referidos recursos, o
sustentável.
Cerca de 70% das reservas totais de água doce são utilizadas para a agricultura. A
extracção de águas subterrâneas por parte dos agricultores mundiais excede as taxas de
reposição natural em pelo menos 160 mil milhões de metros cúbicos por ano.1
cerca de um terço da água de rega, que em todo o mundo se conduz sobretudo através
1
Fonte: Departamento de Informação Pública da ONU, DPI/2293 C, Dezembro de 2002
modo a garantir uma distribuição flexível, mas eficiente e rigorosa, da água aos utentes.
global de rega. Na verdade, nos perímetros de rega com adução e distribuição com
1997)
controlo das redes de rega. A maioria dos perímetros existentes no País foram
É impreterível que, devido à concorrência por este recurso, a eficiência da sua utilização
pagador”que, só por si, irá fazer com que essa eficiência tenha de subir.
necessárias.
O controlo de canais pode ser definido como a “arte” de gerir os caudais afluentes, os
medíocre. A experiência prática dos gestores destes sistemas é insuficiente para permitir
qualidade reflecte-se, nomeadamente, nas más produções unitárias das culturas regadas
populações e indústria - está a determinar uma utilização mais eficiente e racional deste
dos caudais em circulação, fazendo com que os canais raramente funcionem em regime
permanente.
Estas novas formas de funcionamento dos canais exigem novos instrumentos de gestão,
distribuição, sobretudo nos sistemas em canal. Com efeito, para que um determinado
necessário que este tenha sido admitido ao canal com uma antecipação igual ao tempo
de resposta (Rijo e Almeida, 1995) da rede existente a montante. O caudal deverá ainda
distribuição de água em canal são, geralmente, pouco eficientes no uso da água. Isso
hidráulico.
dia, alternativas robustas para o controlo de canais de distribuição de água, com muitas
água.
execução das manobras dos órgãos de controlo dos caudais. O recurso à modelação
Este trabalho tem como objectivo geral a aplicação do modelo hidráulico CanalCAD ao
utilizadores.
AMIL, o controlo por montante com descarregadores do tipo “bico de pato”, o controlo
clássico por jusante com comportas AVIS e ainda três modos de controlo automático do
tipo Proporcional e Integral (PI): controlo local por montante, controlo local por jusante
intervalo de tempo necessário para que 90% da variação provocada no caudal fosse
organização do trabalho.
2. CONTROLO DE CANAIS
O controlo de canais tem por principal objectivo distribuir aos regantes2 a água
perdas.
abaixo dos respectivos valores de referência, os volumes derivados das tomadas laterais
(Brusa, 1994). De uma maneira geral, pode dizer-se que o objectivo do controlo do
órgãos de controlo de profundidade que, por norma, ocupam toda a secção transversal
2
Ou utentes em geral. Apesar de a grande maioria dos sistemas em canal nacionais terem sido
projectados para rega, na prática são, cada vez mais, canais de fins múltiplos, abastecendo indústrias e
populações. Tal também acontece no canal Loureiro – Monte Novo, em que o objectivo principal é
abastecer a cidade de Évora (albufeira de Monte Novo)
8
- Controlo por montante, cujas modificações no regime hidráulico são obtidas por
são obtidas por uma resposta automática dos controladores de jusante para
disponíveis em cada tomada em tempo útil. Além disso, é necessário manter os níveis
funcionamento da rede, evitar perdas e assegurar uma alimentação correcta das tomadas
água, é particularmente difícil de resolver no caso das redes de canais pelas seguintes
elevados;
- Por norma, as redes são muito ramificadas, por vezes malhadas, com muitas
fundamentais (Buyalski et al., 1991; Plusquellec et al., 1994): i) caudal a distribuir; ii)
caudal pode ser constante ou variar ao longo da campanha de rega. O calendário pode
ser rígido, com intervalos entre regas constantes ou não; ou flexível, de modo a permitir
da distribuição pode ser fixa para toda a campanha ou para cada rega, ou ser variável.
os graus de liberdade oferecidos aos regantes para organização das regas em termos dos
Rotação – o caudal, a frequência e a duração são fixados para toda a campanha de rega
uma vez que o módulo de rega é definido para o período de ponta, havendo tendência
É o método mais restritivo e com mais inconvenientes. É típico dos países menos
11
Caudal contínuo – o caudal pode ser constante ou variar ao longo da campanha, sendo
rega e a frequência é uma vez por ano. Muitas vezes há a necessidade de se transformar
o caudal contínuo em intermitente com valor suficiente para a realização das regas, o
que conduz à necessidade de instalação de reservatórios nas parcelas a regar, sendo este
Rotação com volume variável – a frequência é fixa, enquanto se pode variar o caudal
determinada parcela (Rijo, 1997b). É uma variante da rotação que permite ajustar o
único para toda a campanha de rega, pode ser estabelecido para cada mês ou semana.
Permite ter em conta as necessidades variáveis das culturas ao longo do ciclo produtivo.
Volume imposto – o volume de água é imposto para toda a campanha de rega (Rijo,
(Rijo, 1997b).
das distribuições nem nenhum controlo pela autoridade central. Nestas condições de
praticável. O equipamento que existe nas tomadas limita o caudal (Rijo, 1990).
Pedido com frequência acordada – à modalidade anterior junta uma nova restrição. A
1997b).
Acordo prévio com caudal limitado – o equipamento das tomadas impõe um limite
superior ao caudal a derivar, mas até esse limite ele pode variar. A frequência e a
duração das distribuições podem ser definidas em função das necessidades do regante.
A duração e a frequência das distribuições podem ser acordadas (sobretudo fora dos
períodos de ponta) mas o caudal é limitado pelo equipamento das tomadas (Rijo,
1997b).
13
Apesar de todos os grandes perímetros nacionais terem sido projectados para uma
distribuição por rotação (ou turno de rega) conforme assinalado, actualmente, a sua
exploração faz-se segundo uma modalidade muito próxima desta (Rijo, 1997b).
Acordo prévio com volume limitado – o caudal e a duração das distribuições são
estabelecidos por acordo para toda a campanha de rega, contudo, a frequência pode ser
acordados (Rijo, 1997b). Contudo, o caudal deverá permanecer constante para toda a
campanha.
Acordo prévio com caudal imposto – o caudal é imposto para toda a campanha de
rega pelo responsável, mas a duração e a frequência são definidas por acordo prévio
com a restrição daquela ser única para toda a campanha (Rijo, 1997b).
do caudal nas tomadas, de que é exemplo a distribuição por rotação (Deltour, 1992).
O controlo por jusante à distância permite alguma flexibilidade nas distribuições, mas
estas não podem ser muito bruscas nem muito intensas. Por esta razão, pode-se concluir
14
2.3.1. Definição
a) b)
Figura 2.1 - Sistema hidráulico. Representação esquemática (Fonte: Rijo, 1997 d).
hidráulico, sendo muitas vezes o resultado (da função g) obtido a partir das variáveis Z
Do mesmo modo, nem sempre o sistema de variáveis de entrada U pode ser aplicado
comandos elementares V (Figura 2.1.b) dos actuadores dos sistemas (por exemplo: em
15
várias: por exemplo uma equação f1 que transforme U em aberturas de comportas e uma
necessidades para a indústria podem ser traduzidas pelos caudais a garantir a cada
caudais a garantir a cada habitação e a cada agregado populacional. Por sua vez, as
caudais ou, de modo mais flexível, em termos de volumes de água a distribuir num
Os caudais são, contudo, mais difíceis de obter que as posições dos órgãos de controlo
ou as profundidades do escoamento.
livre ou as profundidades podem ser facilmente medidas nos canais. Por outro lado, a
alimentação das tomadas, a estabilidade das bermas dos canais, o combate às plantas
3
O nível de água é a cota da superfície livre e a profundidade é a distância medida na vertical desde a
superfície livre ao rasto. Assim, aquela é igual a esta adicionada da cota do rasto. No presente trabalho
atribui-se o mesmo significado aos dois conceitos.
16
sistema.
A profundidade Y a controlar pode ser a de montante Ym, (Figura 2.2.a), a de jusante Yj,
(Figura 2.2.b) ou uma intermédia Yin, (Figura 2.2.c) do trecho de canal controlado
transportar, havendo, contudo, situações em que se aceita uma pequena variação (Rijo,
1993).
constituição do volume de reserva v no trecho (que será máximo entre o volume de água
armazenado para Q=0 e o correspondente para o caudal máximo, Qmax, (Figura 2.2.a)).
dos consumos (Buyalski et al., 1991; Rijo, 1995). Determina, porém, a necessidade de
estabelecer canais “em cascata”, em que cada trecho de canal controlado é um patamar
de bermas horizontais.
4
Canais com secção transversal constante ao longo do percurso e rugosidade constante ao longo de cada
geratriz.
17
no mesmo trecho. Este tipo de controlo aparece como um compromisso entre os dois
reserva v (Figura 2.2.c) que é cerca de 25% (Rijo, 1997 c) do necessário ao controlo de
Ym (Figura 2.2.a).
Volumes - Neste caso, controla-se o volume de água acumulado no trecho. Este deve
embora de modo indirecto. Este pode ser estimado tendo em conta a geometria do
quando relacionadas com os caudais nas mesmas secções transversais e com o valor das
comporta V, directamente aplicável ao sistema (Figura 2.1.b). Esta conversão pode ser
2.4.1. Definição
19
referência (valores de referência das variáveis controladas Yr) (Malaterre, 1994; Paulo et
abertura de comportas).
hidráulico, que inicia o processo de controlo. Este permite obter o valor da(s)
Na malha aberta, as acções de controlo não dependem do estado real do sistema. Por
isso, este não necessita ser inspeccionado (por sensores) (Bolton, 1995; Buyalski et
al.,1991).
necessidades reais Ur, não são considerados para correcção das acções de controlo.
20
Ur
Up U
Controlador Actuador Processo Y
Yr
Figura 2.3. - Controlo em malha aberta dos escoamentos em canais (Fonte: Rijo, 1997 a).
O controlo em malha aberta é geralmente insuficiente para obter uma boa eficiência. As
perturbações ou necessidades reais Ur podem ser diferentes das previstas Up, não se
variável (Deltour, 1992), são exemplos de aplicação do controlo em malha aberta para
os caudais.
a jusante desse órgão. Não há uma relação directa entre os níveis de água e a posição do
órgão de controlo.
desvio (ou erro) e entre o valor das variáveis controladas Y (estado real do sistema, dado
pelos sensores), eventualmente depois de o seu valor ser filtrado (Yf, Figura 2.4.), e os
do escoamento observado.
Controlador
Yr e=(Yf-Yr)
Processador U
algoritmo Actuador
Comparador
Processo
Yf
Filtro
Y Ur
Figura 2.4. - Controlo em malha fechada dos escoamentos em canais (Fonte: Rijo, 1997 a).
22
variável controlada.
Os escoamentos em canais dão-se, quase sempre, em regime fluvial. Assim sendo, uma
profundidade numa determinada secção pode ser controlada por modificação do caudal
Paradoxalmente e por razões históricas, o primeiro tipo é conhecido por controlo por
O controlo em malha fechada por jusante é também um controlo em malha fechada para
os caudais, uma vez que é obtido por modificação do caudal no órgão de montante do
trecho. Esta é uma característica essencial deste tipo de controlo. Não necessita, por
O controlo em malha fechada por montante não permite, porém, o controlo dos caudais,
uma vez que usa o controlo da profundidade de jusante do trecho. Assim sendo, há a
malha fechada).
23
Q
Q
Figura 2.5. - Controlo em malha fechada para as profundidades no trecho de canal (Fonte: Rijo, 1997 b).
a sua maior ou menor capacidade de ajustamento às variações dos caudais nas tomadas,
incompatível com as alterações de caudal nas tomadas. Assim, tende a ser ineficiente
de água no trecho são de sinal oposto ao exigido pela lógica do seu funcionamento
24
Como se apresenta na Figura (2.6), uma variação de caudal na comporta a jusante (por
exemplo, por variação da procura) tende a provocar um escoamento variável com uma
quando o caudal que sai do trecho diminui (-∆Qs, Figura 2.6.a), há uma tendência para
efeito, o caudal do regime permanente inicial é maior que o do regime permanente final
(Qin>Qfin, Figura 2.6.a). O volume de água em excesso vai ter de sair do trecho,
Situação semelhante ocorre quando há um aumento do caudal que sai do trecho (+∆Qs,
Figura 2.6.b), mas com variações das profundidades em sentido contrário. Neste caso, o
volume de água diferencial necessário terá de ser fornecido por montante. Não o sendo,
(Rijo, 1995).
canal, as variações do caudal que entra (em R1) deverão ser, durante o regime
transitório, maiores que as variações de caudal a jusante (em R2), até se atingir o regime
As variações de caudal a montante podem ser muito mais intensas que as alterações da
procura a jusante, que deverão ser relativamente pequenas e graduais, de modo a evitar
oscilações excessivas das profundidades (Buyalski et al., 1991; Rijo, 1995). Pelas
25
razões assinaladas, as alterações de caudal nas tomadas são sempre muito mais difíceis
reserva "negativa" de água em cada trecho vai aumentar o tempo de resposta do sistema
(Rijo e Almeida, 1995), que pode ser definido, de modo simplificado, como o tempo
∆a
R1 R1 ∆a
R2 R2
Figura 2.6 - Resposta do controlo por montante às variações de caudal a jusante do trecho de canal
nacionais com redes em canal. Nestes casos, porém, os controladores usuais são do tipo
módulos).
ao trecho poderá ser alterado com a antecipação e o valor adequados. Esse é o objectivo
26
principal do controlo por jusante que visa controlar a profundidade de jusante do trecho
de canal.
montante do trecho (Figura 2.2.a), as superfícies livres evoluem em torno desse valor
Toda a variação de caudal a jusante vai originar uma alteração das profundidades no
trecho de sinal oposto. Uma diminuição do caudal a jusante (-∆Qs, Figura 2.7.a)
de água armazenado vai no sentido das profundidades exigidas pelo regime permanente
final. O mesmo acontece quando ocorre um aumento do caudal saído a jusante (+∆Qs,
Figura 2.7.b).
Neste tipo de controlo por jusante, o volume em forma de cunha compreendido entre os
abaixamentos dos consumos nas tomadas ou para alimentar estas quando há subidas
daqueles. O tempo de resposta é nulo, porque cada trecho funciona como reservatório
intercalar. Por isso, esta lógica é a que responde de modo mais eficiente às variações
nível da distribuição.
27
∆a ∆a
R1 R1
R2 R2
Figura 2.7. - Resposta do controlo por jusante com a profundidade de montante do trecho como variável
canal com bermas horizontais, o que determina volumes de obra elevados, sobretudo
do trecho de canal.
regulação por montante com controlo local. A superfície livre evolui entre o caudal
Este tipo de controlo foi desenvolvido de modo a permitir a distribuição de água a partir
economicamente o controlo local por jusante (Rijo, 1990) e para reduzir o tempo de
28
compatíveis com o perfil do canal e capazes de assegurar uma resposta, tão rápida
(Clemmens & Replogle, 1989). Aumentos exagerados, quer da rapidez de actuação dos
do sistema, mas aumentam os riscos de instabilidade locais (em cada trecho) ou gerais
5
Numa outra variante deste tipo de controlo, a variável controlada é uma profundidade intermédia do
trecho de canal imediatamente a jusante do controlador (Figura 2.2.c). O sistema BIVAL (Rijo, 1993) é
exemplo deste tipo de controlo.
29
Estas decisões são tomadas a intervalos regulares, tendo por base a informação
O filtro serve para filtrar as entradas Y, antes de irem ao comparador (Figura 2.4.).
devidas ao vento e/ou para diminuir os movimentos das comportas (Buyalski et al.
1991). Hoje em dia, serve, na maioria das vezes, para controlar a estabilidade do sistema
usados, que eram hidráulicos, estes últimos são, habitualmente, do tipo numérico
(Rogers et al.,1995).
referência das variáveis controladas. O modo como eles operam é designado por modo
30
1995). No caso da malha fechada, este é o modo como o controlador elabora o sinal de
Os modos de controlo mais usuais em canais são: o proporcional (P); o integral (I); o
derivativo (D). Estes modos são, muitas vezes, combinados, de modo a tirar partido das
Modo proporcional (P) – Este modo de controlo usa uma relação fixa e linear entre o
observado e.
Pr = K p .e (2.1)
A variável controlada pode variar entre o seu valor de referência (quando e=0 e Pr=0) e
et al.,1995) será tanto menor quanto maior for a constante ou ganho proporcional Kp. O
mesmo é dizer que, quanto maior for o ganho, maior será o ajustamento do órgão de
31
saída pelo erro seria um segmento recta com uma inclinação Kp dentro da banda
100 (2.2)
Kp =
Banda proporcional
é também um degrau (Figura 2.8.b). Isto acontece quando se está dentro da banda
proporcional.
aplicação deste modo de controlo há, por isso, um compromisso entre estabilidade e
Este modo, sendo atractivo pela sua simplicidade, só pode ser aplicado quando seja
al.,1995).
32
a) b)
Banda
proporcional
0
Erro Tempo
Saída do Saída do
controlador controlador
Tempo
Erro
Modo integral (I) - Este modo de controlo responde tendo em conta os valores de e nos
T
Pr = K i ∫ edt
0
(2.3)
A Figura (2.9), mostra o que acontece quando o erro tem a forma de um degrau. Nesta
33
0
Erro Tempo
Saída do
controlador
Tempo
T
Pr = K p e + K i ∫ edt
0
(2.4)
chamada brusca de caudal (Goussard, 1993). A variável controlada é, nos dois casos, a
profundidade de jusante do trecho. Na figura, o desvio final e que tenderia a existir com
34
integral.
0
Erro Tempo
Tempo
pedido
Tempo
Figura 2.11 – Respostas dos modos P e PI a uma perturbação brusca de caudal, num controlo em malha
35
negativo – abaixo de Yr). Daqui resulta que, quando essa taxa for nula, não haverá
nenhuma acção de controlo, apesar de e poder ser significativo. Por isso, este modo de
Como tem em conta a velocidade com que a variável controlada se está a aproximar ou
a afastar do seu valor de referência, este modo usa-se muito em sistemas de controlo
de
Pr = K d . (2.5)
dt
A Figura (2.12) mostra o que acontece quando existe um erro em rampa. O controlo
derivativo, logo que apareça o sinal de erro, pode determinar uma saída de valor elevado
já que esta é proporcional à taxa de variação do erro e não deste propriamente dito. Isto
pode determinar uma grande acção correctiva antes que um grande valor do erro ocorra.
Pelo contrário e conforme assinalado, não haverá nenhuma acção de correcção desde
36
Erro
Tempo
Saída do
controlador
Tempo
Modo proporcional, integral e derivativo (PID) – Este modo associa as vantagens dos
T
de
Pr = K p e + K i ∫ edt + K d (2.6)
0 dt
Kp, Ki e Kd são definidos para cada trecho. O seu estabelecimento tem em conta o
podem ser usados na sua definição (Bolton, 1995; Rogers et al., 1995). O mais usado é
o método iterativo (Bolton, 1995; Rogers et al., 1995). Neste método, começa por se
arbitrar um valor inicial para Kp, analisando-se os resultados obtidos pelo controlo. Em
seguida, faz-se variar o valor de Kp até obter a melhor resposta possível do controlo.
procedimento iterativo para obter o ganho integral Ki, de forma a reduzir o erro residual
37
38
Beneficia uma área aproximada de 5 300 ha, tendo como base o potencial hídrico
do Azibo, única origem de água do sistema, por uma estação de bombagem que eleva os
caudais necessários do pé-de-barragem para o Canal Condutor Geral (CCG) e por este
de Cavaleiros e de Cortiços. Este canal tem origem num reservatório de regulação para
onde os caudais necessários são elevados pela estação de bombagem situada junto ao
talude de jusante da barragem (IHERA & COBA, 1999a). Toda a água usada é elevada
nesta estação.
na Figura (3.2), com 0,97 a 1,04 m de largura, espaldas inclinadas a 1:1 e altura entre
39
Figura 3.2 – Secções tipo do CCG (Fonte: IHERA & COBA, 1999b).
coeficiente de Manning Strickler actual estimado em 71,4 m1/3.s-1 (IHERA & COBA,
igual a 0,30 m/km e está dimensionado para um caudal máximo de 2,55m3.s-1, contudo
o caudal máximo de funcionamento actual é de 1,28 m3.s-1 (caudal que perfaz o caudal
reservatório de regulação por quatro módulos tipo Neyrpic da classe C1 de 2 500 l.s-1
soleira delgada do tipo “bico de pato” (Figura 3.5), descarregadores em labirinto com
40
cotas de superfície livre de referência a montante das tomadas de água para a rede
Figura 3.3 – Vista de montante da bateria de módulos da admissão geral ao CCG (Fonte: IHERA &
COBA, 2000).
Figura 3.4 – Vista de jusante da soleira do tipo Neyrtec da bateria de módulos da admissão geral ao CCG
(Fonte: IHERA & COBA, 2000).
41
Figura 3.5 – Vista de jusante do descarregador frontal tipo “bico de pato” BP9 (Fonte: IHERA & COBA,
2000).
As tomadas de água para a rede secundária, do tipo orifício controlado por adufa para
Tabela 3.1 – Localização dos descarregadores, das tomadas de água e caudal de dimensionamento das
mesmas (IHERA & COBA, 1999b).
Descarregador
Tomadas de água Localização Caudal
Bico de pato (BP)
(designação) (km + m) (m3.s-1)
(designação)
-- T1 0 + 00 0.048
BP1 -- 1 + 694 --
BP2 T2 3 + 430 0.056
BP3 T3 5 + 080 0.137
BP4 T4 6 + 900 0.088
BP5 T5 8 + 360 0.084
BP6 -- 10 + 026 --
BP7 -- 10 + 808 --
BP8 -- 12 + 527 --
BP9 -- 14 + 186 --
BP10 T6(76.1 + 76.2) 15 + 846 0.211
BP11 -- 17 + 479 --
-- T7/T7A 19 + 099 0.656
Total 1.280
42
hidrográfica do rio Degebe, por sua vez inserida na região hidrográfica do Guadiana,
Subsistema tem como objectivos utilizar a água da Albufeira de Alqueva para regar
para consumo humano e industrial nos concelhos de Évora, Viana do Alentejo, Alvito,
Bloco do Alto Alentejo. A partir da Albufeira do Loureiro partem dois canais que a
43
ligam para sul à albufeira do Alvito (Bloco do Baixo Alentejo) e para norte à albufeira
O canal Loureiro - Monte Novo, irá ligar as albufeiras de Loureiro (a construir) e Monte
Novo (já a funcionar, com o objectivo principal de abastecer a cidade de Évora). Para
alem do reforço da Albufeira de Monte Novo, o canal terá como outro grande utilizador
conduta fechada (sifão), sendo projectado para um caudal máximo de 9,411 m3.s-1. Está
44
Secção
Secção Trapezoidal Conduta Comportas
Rectangular
Comprimento
Trecho Reach Largura Largura
altura Taludes altura Diâmetro largura altura
do Rasto do Rasto Nº
(m) (m) (m) (h:v) (m) (m) (mm) (m) (m)
C1 2474,00 2,2 2,1 1,5:1 - - - - - -
C2 352,00 - - - 5 2,3 - - - -
Pool 1 S2 307,00 - - - - - 2500 - - -
C3 549,00 - - - 5 2,3 - - - -
ER2 - - - - - - - 2 2,5 2,1
S3 415,00 - - - - - 2500 - - -
C4 222,00 2,2 2,1 1,5:1 - - - - - -
C5 468,00 - - - 5 2,3 - - - -
Pool 2 C6 575,00 2,2 2,1 1,5:1 - - - - - -
C7 491,00 - - - 5 2,3 - - - -
C8 503,00 2,2 2,1 1,5:1 - - - - - -
ER3 - - - - - - - 2 2,5 2,1
S4 296,00 - - - - - 2500 - - -
Pool 3 C9a 4275,82 2,2 2,1 1,5:1 - - - - - -
ER4 - - - - - - - 2 2,5 2,1
C9b 3134,18 2,2 2,1 1,5:1 - - - - - -
Pool 4 C10 1454,00 1,8 1,9 1,5:1 - - - - - -
ER5 - - - - - - - 2 1,8 1,9
S5 3278,00 - - - - - 2500 - - -
Pool 5 C11 1176,00 1,8 1,9 1,5:1 - - - - - -
ER6 - - - - - - - 2 1,4 1,5
S6 799,00 - - - - - 1800 - - -
Pool 6 C12 799,00 1,4 1,5 1,5:1 - - - - - -
ER7 - - - - - - - 2 1,4 1,5
S7 968,00 - - - - - 1600 - - -
Pool 7 C13 600,00 1,4 1,5 1,5:1 - - - - - -
ER8 - - - - - - - 1 20 1,2
3 -1
posição (km+m) Caudal dimensionamento (m s )
45
regime variável, desenvolvidos conjuntamente pelo IID (Imperial Irrigation District), pelo
ITRC (Irrigation Training and Research Center) dos Estados Unidos da América e pelo
(Anexo AI.1).
constituídos por vários trechos, cada um deles limitado a jusante por uma estrutura de
do tipo “bico de pato”. Para além das estruturas de controlo, o modelo admite ainda as
O modelo pode igualmente ser utilizado como uma ferramenta de gestão e operação de
canais (ou sistemas de canais) de distribuição de água em tempo real, permitindo efectuar a
46
Com a utilização deste modelo, pode-se seleccionar, com um elevado grau de segurança,
uma solução técnica viável e eficaz para o controlo e regulação de canais, avaliar situações
automáticas), bem como de controlo automatizado (controladores digitais do tipo PI, PID
ou outro).
simular, bem como a definição dos hidrogramas quer de alimentação do canal quer das
tomadas de água.
comportas automáticas do tipo AMIL (regulação por montante) e AVIS (regulação por
jusante), o utilizador tem a possibilidade de, caso não pretenda efectuar a simulação
47
controlador do tipo PID, em que o utilizador terá de desenvolver a sub rotina de controlo;
dilatação ou, ao invés, entradas de água de carácter contínuo no canal, podem ser tidas em
Para que a simulação hidráulica seja possível, o utilizador tem que definir as características
vários troços, cada um deles com geometria homogénea. Os trechos são definidos de modo
a que no seu final exista sempre uma estrutura hidráulica de controlo da cota da superfície
livre (na secção de jusante, na de montante ou numa secção intermédia do canal) (Figura
4.1).
49
gráficos e quadros (Figura 4.4 e 4.5), bem como o conjunto de ficheiros ASCII de
pelo canal e de saída nas tomadas de água, volumes de água, profundidades de escoamento
e posições da/s comporta/s durante a simulação, bem como as curvas de regolfo ao longo
Os resultados da simulação podem ser convertidos num ficheiro de texto com extensão txt e
posteriormente editados numa folha de cálculo, o que permite um melhor tratamento e uma
50
Figura 4.4 - Resultados do modelo hidráulico CanalCAD - hidrograma de profundidades numa secção
transversal.
diferenças finitas, que permite descentrar a diferença na molécula de cálculo (Cunge et al,
51
Figura 4.5 - Resultados do modelo hidráulico CanalCAD- caudais, profundidades e aberturas de comportas
em secções pré-definidas.
baseadas nas equações completas unidimensionais de St. Venant (equações S-V) que se
deduzem no Anexo II. No modelo CanalCAD, estas equações são expressas na seguinte
∂Q ∂ Q 2 ∂y ∂ Q2 (4.1)
+ + gS + gSJ + (1 − γ ) = 0
∂t ∂x S ∂x ∂x S
52
∂y 1 ∂Q (4.2)
+ +q=0
∂t B ∂x
em que:
O coeficiente γ tem o valor unitário nos trechos de canal em que há conservação da secção
transversal e nas transições graduais convergentes (perda de carga singular nula) e o valor
53
Esta aproximação numérica origina um sistema de duas equações não lineares entre
curva de vazão) gera um sistema de equações não lineares, cuja resolução define os caudais
Este sistema de equações não lineares, não pode ser resolvido analiticamente. Para a sua
As equações S-V não se podem aplicar quando ocorre uma descontinuidade acentuada na
aos descarregadores. Nessas singularidades, as duas equações S-V são substituídas por duas
54
sistema (condições de fronteira interna) são também linearizadas na forma (4.3) e (4.4) e
Thomas ou do duplo varrimento (Cunge et al., 1980; Mahmood & Yevjevich, 1975).
O modelo de cálculo utiliza uma técnica implícita linear de quatro pontos. Este método
proporciona uma resolução rápida, suficiente rigor, capacidade para simular os fenómenos
relativamente elevados, razões que têm decidido a sua escolha. A resolução numérica é
baseada na malha de cálculo, no plano (x,t). Duas secções de cálculo consecutivas, xi e xi+1,
estabilizado recorrendo às equações básicas (4.3) e (4.4). Para isso, o modelo trata cada
conhecer os caudais que entram e saem de cada trecho (nas tomadas do trecho e/ou na
secção de jusante) e uma profundidade de referência no trecho para esse instante. No final,
obter-se-á uma sequência de curvas de regolfo ao longo do canal, uma para cada trecho,
simulação inicial.
55
As tomadas de água são referenciadas ao nível de cada trecho. Para o caso estudado, são
definidas como pontos de derivação ou de saída de caudal lateral, com uma definição do
tipo hidrograma.
4.2.4. Sifões
secção rectangular ou circular, tendo para isso que se introduzir a localização da estrutura, o
como os coeficientes de perda de carga singular, que multiplicados pela altura cinética
entrada e saída.
finito, funcionando em pressão, que faz a ligação entre duas secções de canal. Na
perda de carga contínua, e as perdas de carga à entrada à saída e noutras singulares. Este é
dinâmica:
v2 v2
y + us
us 2 g
= y + ds +
L dQ 1 2
+
ds 2 g gA dt 2 g
αv + β v − v 2
ds
( )
4.5
Em que yus e yds são as cotas da superfície livre a montante e a jusante, respectivamente; vus
56
comportas, associadas ou não. Ocupam, por norma, toda a secção transversal e separam os
diferentes trechos de canal. No presente caso, cada estrutura é constituída por duas
instaladas numa transição tipo. A excepção será a situada na secção terminal do canal, que
y jus − p <
2
( ymon − p ) , (4.8)
3
(controlo local por jusante) são representadas no modelo como secções com cotas de
jusante da estrutura).
referência yref, corresponde, por norma, à profundidade uniforme para o caudal máximo em
circulação (Qmax), admitindo-se que possa diminuir um valor d (“décrément”) até ao caudal
No caso das comportas AVIS, o valor de referência yref corresponde à profundidade para o
caudal nulo, admitindo-se que possa diminuir também um valor d, agora até à profundidade
Fluide, 1981).
O valor real da cota da superfície livre (y), dentro do intervalo de variação admissível, será
58
y = y ref − d (4.9)
Q
y = y ref − d , (4.10)
Qmax
Q j + ∆Q
y j + ∆y = y ref − d , (4.11)
Qmax
continuidade Qi = Qi+1 aparecem sob a forma (4.3) e (4.4) no modelo. As secções i e i+1
Este tipo de comportas segue as mesmas equações que as manuais, distinguem-se destas
através do tipo de operação da comporta, que é, neste caso, automática, para manter um
determinado nível (ou cota da superfície livre) de referência. Em qualquer dos casos, o
no modelo hidráulico.
59
Nas comportas planas verticais, para o caso do escoamento livre, a equação de vazão usada
é a seguinte:
Q = µε Ba 2 g (y mon − y ref ) −
a
+ Ql , (4.12)
2
No presente caso foram desenvolvidos controladores digitais do tipo PI, (Figura 4.6).
água, uma vez que o termo derivativo é muito difícil de calibrar e, por outro lado,
Anexo (AI.2).
61
modelo CanalCAD.
introduzidas, ao terminal, pelo utilizador, são quatro: alpha, rkc, taui e ginit que são
comporta.
A determinação com sucesso das constantes de calibração Kp, e Ki (rkc e taui), das
de Montante:
gate".
• O valor de alpha é igual para todas as comportas. E não foi mudado durante
o processo de afinação.
erro residual.
jusante).
Jusante:
• O valor de alpha é igual para todas as comportas. E não foi mudado durante
o processo de afinação.
erro residual.
comportas.
• O valor de alpha é igual para todas as comportas. E não foi mudado durante
o processo de afinação.
• Execução da simulação.
Se a escolha de Kp, e Ki, for boa, o nível a montante deverá permanecer fixo
valores óptimos produzirão o nível mais estável com o menor erro e menor
movimento da comporta.
64
escolha dos ganhos de controlo foi a melhor, há que proceder a uma correcta avaliação
do erro. Para atingir esse objectivo, foram observados os desvios da altura de água no
regime permanente, ou seja, 6:50h, 13:50h, 20:50h; 3:50h, 11:50h no CCG de Macedo
Novo.
Neste trabalho considera-se que quando o desvio é para valores superiores à referência o
É no entanto de referir que, para a escolha dos ganhos de controlo, há que ter em
situação que nos tempos de observação apresente erro mínimo, mas em que esse valor
65
simulação de 36h, com uma admissão ao canal de 0,64 m3s-1 das 0:00h às 7:00h; 0,96
m3s-1 das 7:00 às 14:00h; 0,64 m3s-1 das 14:00h às 21:00h; 0,32 m3s-1 das 21:00h às
4:00h e 0,64 m3s-1 das 4:00h às 12:00h, ou seja, variação de 50% - 75% - 50% - 25% -
1,2
1,0
Caudal (m s )
0,8
3 -1
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
de soleira delgada, em que se pode observar como estes mantêm uma profundidade de
66
1,40
1,35
Profundidades (m)
1,30
1,25
1,20
1,15
0:00
1:40
3:20
5:00
6:40
8:20
10:00
11:40
13:20
15:00
16:40
18:20
20:00
21:40
23:20
1:00
2:40
4:20
6:00
7:40
9:20
11:00
Tempo (hh:mm)
Figura 5.3 – Profundidade de escoamento a montante dos descarregadores tipo “bico de pato”.
1,2
1,0
Caudal (m 3s-1)
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
67
inversa, em que ocorre diminuição do caudal de 0,96 para 0,64 m3s-1, o regime
Quando ocorre diminuição do caudal de 0,64 para 0,32 m3s-1, o regime permanente
e 12. No aumento do caudal de 0,32 para 0,64 m3s-1, o regime permanente estabelece-se
tipo AMIL, em que se pode observar como estas mantêm uma altura de referência a
1,45
1,40
Profundidades (m)
1,35
1,30
1,25
1,20
1,15
1,10
1,05
1,00
0,95
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
1,2
1,0
Caudal (m s )
0,8
3 -1
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,2
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
69
Quando ocorre diminuição do caudal de 0,64 para 0,32 m3s-1, o regime permanente
na comporta 12. No aumento do caudal de 0,32 para 0,64 m3s-1, o regime permanente
12.
Tabela 5.2 – Profundidades de referência, constantes de calibração e erros, controlo PI por montante
70
Da análise dos resultados pode-se observar como estas mantêm uma altura de referência
1,45
1,35
Profundidade (m)
1,25
1,15
1,05
0,95
0,85
0,75
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
Co mpo rta 1 Co mpo rta 2 Co mpo rta 3 Co mpo rta 4 Co mpo rta 5 Co mpo rta 6 Co mpo rta 7 Co mpo rta 8
Co mpo rta 9 Co mpo rta 10 Co mpo rta 11 Co mpo rta 12
0,15
0,10
0,05
desvio (m)
0,00
-0,05
-0,10
-0,15
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
Co mpo rta 1 Co mpo rta 2 Co mpo rta 3 Co mpo rta 4 Co mpo rta 5 Co mpo rta 6 Co mpo rta 7
Co mpo rta 8 Co mpo rta 9 Co mpo rta 10 Co mpo rta 11 Co mpo rta 12 M argem erro sup M argem erro inf
71
Caudal escoado
1,6
1,4
Caudal (m s )
1,2
3 -1
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
0,64 para 0,96 m3s-1, o regime permanente só se estabelece ao fim de 1:20h na comporta
Quando ocorre diminuição do caudal de 0,64 para 0,32 m3s-1, o regime permanente
na comporta 12. No aumento do caudal de 0,32 para 0,64 m3s-1, o regime permanente
12.
canal, pois este regula-se em função da solicitação imposta pelo consumo das tomadas
72
de água. Desta forma, para se poder trabalhar com cenários semelhantes, seguiu-se um
período de simulação de 36h, com um consumo nas tomadas de 50% das 0:00h às
7:00h; 75% das 7:00 às 14:00h; 50% das 14:00h às 21:00h; 25% das 21:00h às 4:00h e
50% das 4:00h às 11:00h, em função do caudal máximo de cada tomada. (Tabela 5.3).
tipo AVIS, em que se pode observar como estas mantêm a profundidade de referência a
73
1,8
1,6
Profundidades (m)
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
1,0
0,9
0,8
Caudal (m s )
3 -1
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
74
O controlo por jusante com comportas AVIS responde de forma automática, instantânea
observa-se que os caudais na secção de jusante são nulos (não aparece o hidrograma do
trecho 12), o que significa que aí as perdas de água são igualmente nulas.
igualar a respectiva profundidade de referência para cada comporta (Tabela 5.5). Após a
citada tabela.
Tabela 5.5 - Profundidades de referência, constantes de calibração e erros, controlo PI por jusante
75
referência a jusante (Figuras 5.11 e Figura 5.12), não havendo galgamento do canal. Na
1,2
1,0
Profundidade (m)
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
0,3
0,2
0,1
desvio (m)
0,0
-0,1
-0,2
-0,3
-0,4
-0,5
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
76
1,6
1,4
1,2
Caudal (m s )
3 -1
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
Como pode ser comprovado pelas figuras anteriores, o escoamento neste tipo de
controlo tende a ser estável, isto é, sem variações bruscas quer de caudal (Figura 5.13)
quer das profundidades de escoamento (Figura 5.11). Mas para se atingir esta
desvio, um pouco maior (que a situação de controlo local por montante), em relação à
77
Tabela 5.6 - Profundidades de referência, constantes de calibração e erros, controlo PI por jusante à
distância
referência a jusante (Figura 5.14), o respectivo erro (Figura 5.15) que não origina
1,6
1,4
Profundidade (m)
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
Figura 5.14 – Profundidade de escoamento no ponto de controlo mais a jusante das comportas automáticas
78
0,15
0,10
0,05
desvio (m)
0,00
-0,05
-0,10
-0,15
-0,20
-0,25
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
Tempo (hh:mm)
1,6
1,4
1,2
Caudal (m s )
3 -1
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
O escoamento neste tipo de controlo tende a ser estável, isto é, sem variações bruscas
Figura (5.16), observa-se que os caudais da secção de jusante (comporta 12) não são
nulos, o que significa que as perdas de água não são nulas, como na situação de
79
Uma vez definidos os controladores PI, nos pontos anteriores, neste ponto faz-se uma
breve analise dos controladores para cenários diferentes dos usados para as respectivas
de 24h, com uma admissão ao canal de 1,28 m3s-1 das 8:00h às 17:00h, considerando o
0,7
0,6
Caudal (m3s-1)
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
0:00
3:00
6:00
9:00
12:00
15:00
18:00
21:00
Tempo (hh:mm)
80
Caudal escoado
1,4
1,2
Caudal (m s )
3 -1
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
0:50
1:40
2:30
3:20
4:10
5:00
5:50
6:40
7:30
8:20
9:10
10:00
10:50
11:40
12:30
13:20
14:10
15:00
15:50
16:40
17:30
18:20
19:10
20:00
20:50
21:40
22:30
23:20
Tempo (hh:mm)
Figura 5.18 – Hidrogramas nas comportas, para situação de controlo local por montante
1,45
1,35
Profundidade (m)
1,25
1,15
1,05
0,95
0,85
0,75
0:00
0:50
1:40
2:30
3:20
4:10
5:00
5:50
6:40
7:30
8:20
9:10
10:00
10:50
11:40
12:30
13:20
14:10
15:00
15:50
16:40
17:30
18:20
19:10
20:00
20:50
21:40
22:30
23:20
Tempo (hh:mm)
Co mpo rta 1 Co mpo rta 2 Co mpo rta 3 Co mpo rta 4 Co mpo rta 5 Co mpo rta 6 Co mpo rta 7 Co mpo rta 8
Co mpo rta 9 Co mpo rta 10 Co mpo rta 11 Co mpo rta 12
Figura 5.169 – Profundidade de escoamento, para situação de controlo local por montante
81
1,8
1,6
1,4
Caudal (m s )
3 -1
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
0:50
1:40
2:30
3:20
4:10
5:00
5:50
6:40
7:30
8:20
9:10
10:00
10:50
11:40
12:30
13:20
14:10
15:00
15:50
16:40
17:30
18:20
19:10
20:00
20:50
21:40
22:30
23:20
Tempo (hh:mm)
Figura 5.170 – Hidrogramas nas comportas, para situação de controlo local por jusante
1,4
1,2
Profundidade (m)
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
0:50
1:40
2:30
3:20
4:10
5:00
5:50
6:40
7:30
8:20
9:10
10:00
10:50
11:40
12:30
13:20
14:10
15:00
15:50
16:40
17:30
18:20
19:10
20:00
20:50
21:40
22:30
23:20
Tempo (hh:mm)
Figura 5.21 – Profundidade de escoamento, para situação de controlo local por jusante
82
1,8
1,6
1,4
Caudal (m s )
3 -1
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
0:50
1:40
2:30
3:20
4:10
5:00
5:50
6:40
7:30
8:20
9:10
10:00
10:50
11:40
12:30
13:20
14:10
15:00
15:50
16:40
17:30
18:20
19:10
20:00
20:50
21:40
22:30
23:20
Tempo (hh:mm)
Figura 5.22 – Hidrogramas nas comportas, para situação de controlo por jusante à distância
1,8
1,6
Profundidade (m)
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
0:50
1:40
2:30
3:20
4:10
5:00
5:50
6:40
7:30
8:20
9:10
10:00
10:50
11:40
12:30
13:20
14:10
15:00
15:50
16:40
17:30
18:20
19:10
20:00
20:50
21:40
22:30
23:20
Tempo (hh:mm)
Figura 5.23 – Profundidade de escoamento, para situação de controlo por jusante à distância
83
Nos cenários de simulação, foi considerado um período total de 40h, com uma admissão
ao canal de 2,823 m3s-1 entre as 0:00h e as 7:00h, de 5,646 m3s-1 entre as 7:00h e as
14:00h, de 8,0 m3s-1 entre as 14:00h e as 21:00h, de 5,646 m3s-1 entre as 21:00h e as
84
durante todo o período de simulação; tomada 2 – 0,9 m3s-1 durante todo o período de
simulação; tomada 3: 0,2 m3s-1 entre as 0:00h e as 10:00h, de 2,6 m3s-1 entre as 10:00h e
3,00
2,50
2,00
Caudal (m s )
3 -1
1,50
1,00
0,50
0,00
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
17:20
18:40
20:00
21:20
22:40
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
Tempo (hh:mm)
Figura 5.25 - Hidrogramas das tomadas de água do Canal Loureiro Monte Novo
cenário apresentado, não poderia funcionar nas mesmas condições das restantes, sob
85
Figura 5.26 - Interface do modelo para introdução do tipo e das variáveis de controlo.
admissão, quer ao nível das tomadas de água, através de menu específico. O modelo
86
montante da comporta 4.
2,00
1,80
Profundidades (m)
1,60
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
17:20
18:40
20:00
21:20
22:40
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
Tempo (hh:mm)
87
2,00
1,80
Profundidades (m)
1,60
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0:00
1:10
2:20
3:30
4:40
5:50
7:00
8:10
9:20
10:30
11:40
12:50
14:00
15:10
16:20
17:30
18:40
19:50
21:00
22:10
23:20
0:30
1:40
2:50
4:00
5:10
6:20
7:30
8:40
9:50
11:00
12:10
13:20
14:30
15:40
Tempo (hh:mm)
2,50
2,00
Profundidades (m)
1,50
1,00
0,50
0,00
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
17:20
18:40
20:00
21:20
22:40
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
Tempo (hh:mm)
88
2,00
1,80
1,60
Profundidades (m)
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
17:20
18:40
20:00
21:20
22:40
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
Tempo (hh:mm)
Posição da comporta
1,80
1,60
Profundidades (m)
1,40
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
17:20
18:40
20:00
21:20
22:40
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
Tempo (hh:mm)
89
1,40
1,20
Profundidades (m)
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
17:20
18:40
20:00
21:20
22:40
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
Tempo
Figura 5.33 – Simulação hidráulica do canal com controlo por montante com comportas automáticas com
90
0,06
0,04
0,02
desvio (m)
0,00
-0,02
-0,04
-0,06
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
17:20
18:40
20:00
21:20
22:40
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
Tempo (hh:mm)
desvio referência
91
9,0
8,0
7,0
Caudal (m s )
3 -1
6,0
5,0
4,0
3,0
2,0
1,0
0,0
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
17:20
18:40
20:00
21:20
22:40
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
Tempo (hh:mm)
comport a 1 comport a 2 comport a 3 comport a 4 comporta 5 comporta 6 admissão
0,10
0,05
desvio (m)
0,00
-0,05
-0,10
-0,15
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
16:00
17:20
18:40
20:00
21:20
22:40
0:00
1:20
2:40
4:00
5:20
6:40
8:00
9:20
10:40
12:00
13:20
14:40
Comport a 1 Comporta 2 Comporta 3 Comporta 4 Comporta 5 Comporta 6 M argem sup M argem inf
instalados a uma cota superior à cota de referência dos troços. Tendo isto em atenção,
92
O Canal Loureiro – Monte Novo é um canal que apresenta folgas muito pequenas,
previsível envelhecimento.
cada um dos quatro troços de canal considerados circula o respectivo caudal máximo
(9,41 m3/s, 6,54 m3/s, 5,64 m3/s e 3,18 m3/s) e na hipótese de o coeficiente de Manning-
Strickler ser 65 m1/3/s. Como é visível, as folgas do canal ao nível dos sifões de ferra
automática associados a cada uma das comportas é mínima, sendo o caso mais
funcionamento.
sendo provável que seja atingido só após uma degradação muito acentuada do canal.
calibração dos controladores digitais que, lembre-se, foi efectuada para a hipótese do
Tabela 5.8 – Valores das profundidades controlada, na secção do sifão, erro e folga disponível na secção
do sifão associado à comporta (caudais de projecto e k= 65 m1/3/s )
Tabela 5.9 – Valores das profundidades controlada, na secção do sifão, erro e folga disponível na secção
do sifão associado à comporta (caudais de projecto e k= 60 m1/3/s )
94
Tabela 5.10 – Valores das profundidades controlada, na secção do sifão, erro e folga disponível na secção
do sifão associado à comporta (50% caudais de projecto e k= 65 m1/3/s )
Tabela 5.11 – Valores das profundidades controlada, na secção do sifão, erro e folga disponível na secção
do sifão associado à comporta (50% caudais de projecto e k= 60 m1/3/s )
para diferentes cenários de funcionamento. Para isso, foram feitas simulações com
com patamares de 4, 7 e 10 horas, com uma variação de 0,5 m3s-1, caudais máximos de
o caudal máximo de cada simulação foi imposto pelo caudal de dimensionamento dos
troços de canal abrangidos. Para que não ocorressem problemas de galgamento do canal
95
Como o modelo estava calibrado para apresentar resultados dos tempos de cálculo, de
Os tempos de resposta obtidos são referidos às comportas automáticas nº1, nº4 e ainda à
Nas Tabelas (5.12), (5.13) e (5.14) apresentam-se os valores obtidos para o caso dos
Nas Tabelas (5.15), (5.16) e (5.17) apresentam-se os valores obtidos para o caso dos
amplitude. Veja-se, por exemplo, a resposta do canal até à comporta automática nº1 a
96
uma variação de 9,0 m3/s para 1,0 m3/s na admissão (Tabela 5.12) ou ainda até à
• o canal é muito rápido; na pior das hipóteses, o tempo de resposta máximo para todo o
canal será de 2,667 horas; tal deve-se à existência dos seis sifões, alguns de grande
comprimento;
• até à comporta automática nº1, pode falar-se num tempo médio de resposta do canal
hidráulico.
Tabela 5.12 – Tempos de resposta do canal (horas) até à comporta automática nº1, para diferentes
decrementos de caudal na admissão.
97
Tabela 5.13 – Tempos de resposta do canal (horas) até à comporta automática nº4, para diferentes
decrementos de caudal na admissão.
Tabela 5.14 – Tempos de resposta do canal (horas) até à secção de jusante, para diferentes decrementos
de caudal na admissão.
Tempos de resposta no
descarregador "bico de pato" (h)
Caudal Decrementos de
base caudal (m3s-1)
3 -1
(m s ) -0,5 -1,0 -1,5 -2,0
3,0 2,667 2,500 2,333 2,167
2,5 2,333 2,167 2,167 -
2,0 2,167 2,000 - -
1,5 2,000 - - -
Na Figura (5.38) apresenta-se a variação de caudal na admissão de 3,0 m3/s para 1,5
m3/s usada para a correspondente obtenção dos tempos de resposta. A Figura (5.39)
para as três secções em análise: comporta automática nº1, comporta automática nº4 e
aberturas das diferentes comportas obtidas pelo modelo para esta simulação.
98
Hidrograma de admissão
3,5
3,0
Caudal m3 s-1
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0:00
0:40
1:20
2:00
2:40
3:20
4:00
4:40
5:20
6:00
6:40
7:20
8:00
8:40
9:20
10:00
10:40
11:20
12:00
12:40
13:20
14:00
14:40
15:20
16:00
16:40
17:20
18:00
18:40
19:20
20:00
20:40
21:20
22:00
22:40
23:20
Tempo
admissão
Figura 5.38 – Determinação dos tempos de resposta: variação de caudal de 3,0 m3/s para 1,5 m3/s na
admissão
Caudal escoado
4,5
4,0
3,5
Caudal m 3s-1
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0:00
0:40
1:20
2:00
2:40
3:20
4:00
4:40
5:20
6:00
6:40
7:20
8:00
8:40
9:20
10:00
10:40
11:20
12:00
12:40
13:20
14:00
14:40
15:20
16:00
16:40
17:20
18:00
18:40
19:20
20:00
20:40
21:20
22:00
22:40
23:20
Tempo
comporta 1 comporta 4 bico de pato
99
1,2
1,0
0,8
(m)
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
0:40
1:20
2:00
2:40
3:20
4:00
4:40
5:20
6:00
6:40
7:20
8:00
8:40
9:20
10:00
10:40
11:20
12:00
12:40
13:20
14:00
14:40
15:20
16:00
16:40
17:20
18:00
18:40
19:20
20:00
20:40
21:20
22:00
22:40
23:20
Tempo
comporta 1 comporta 2 comporta 3 comporta 4 comporta 5 comporta 6
Figura 5.40 – Determinação dos tempos de resposta: aberturas das comportas relativas à propagação da
variação de caudal de 3,0 m3/s para 1,5 m3/s na admissão
Tabela 5.15 – Tempos de resposta do canal (horas) até à comporta automática nº1, para diferentes
incrementos de caudal na admissão.
100
Tabela 5.16 – Tempos de resposta do canal (horas) até à comporta automática nº4, para diferentes
incrementos de caudal na admissão.
Tabela 5.17 – Tempos de resposta do canal (horas) até à secção de jusante, para diferentes incrementos
de caudal na admissão.
Tempos de resposta no
descarregador "bico de pato" (h)
Caudal Incrementos de caudal
base (m3s-1)
(m3s-1) +0,5 +1,0 +1,5 +2,0
1,0 1,833 1,833 2,000 2,167
1,5 2,000 2,167 2,167 -
2,0 2,167 2,500 - -
2,5 2,500 - - -
Nas Figura (5.41) apresenta-se a variação de caudal na admissão de 1,5 m3/s para 3,0
m3/s usada para a correspondente obtenção dos tempos de resposta. A Figura (5.42)
para as três secções em análise: comporta automática nº1, comporta automática nº4 e
aberturas das diferentes comportas obtidas pelo modelo para esta simulação.
101
Hidrograma de admissão
3,5
3,0
Caudal m3 s-1
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0:00
0:40
1:20
2:00
2:40
3:20
4:00
4:40
5:20
6:00
6:40
7:20
8:00
8:40
9:20
10:00
10:40
11:20
12:00
12:40
13:20
14:00
14:40
15:20
16:00
16:40
17:20
18:00
18:40
19:20
20:00
20:40
21:20
22:00
22:40
23:20
Tempo
admissão
Figura 5.41 – Determinação dos tempos de resposta: variação de caudal de 1,5 m3/s para 3,0 m3/s
na admissão
Caudal escoado
4,0
3,5
3,0
Caudal m 3s-1
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
0:00
0:40
1:20
2:00
2:40
3:20
4:00
4:40
5:20
6:00
6:40
7:20
8:00
8:40
9:20
10:00
10:40
11:20
12:00
12:40
13:20
14:00
14:40
15:20
16:00
16:40
17:20
18:00
18:40
19:20
20:00
20:40
21:20
22:00
22:40
23:20
Tempo
comporta 1 comporta 4 bico de pato
102
1,0
0,8
(m)
0,6
0,4
0,2
0,0
0:00
0:40
1:20
2:00
2:40
3:20
4:00
4:40
5:20
6:00
6:40
7:20
8:00
8:40
9:20
10:00
10:40
11:20
12:00
12:40
13:20
14:00
14:40
15:20
16:00
16:40
17:20
18:00
18:40
19:20
20:00
20:40
21:20
22:00
22:40
23:20
Tempo
comporta 1 comporta 2 comporta 3 comporta 4 comporta 5 comporta 6
Figura 5.43 – Determinação dos tempos de resposta: aberturas das comportas relativas à propagação da
variação de caudal de 1,5 m3/s para 3,0 m3/s na admissão
103
objectivos do estudo.
Embora, não fizesse parte dos objectivos do presente trabalho uma avaliação ao modelo
resultados emitidos pelo modelo, para que estes permitam uma análise mais rigorosa.
controlo local por montante, pode-se concluir que o canal com descarregadores “bico de
variação dos volumes de água em cada trecho de canal ter o mesmo sinal e das lógicas
mais rápida do canal e, por isso, uma mais fácil variação de caudal nas tomadas ou uma
com valores baixos de caudal (25% do caudal máximo) o regime permanente tem
dificuldade em ser atingido quando este se encontra equipado com comportadas AVIS,
comportas automáticas com controlador do tipo PI e controlo local por montante e não
Pela análise dos cenários de simulação utilizados no Canal Loureiro – Monte Novo,
• O canal é muito rápido; na pior das hipóteses, o tempo de resposta máximo para
todo o canal será de 2,667 horas; tal deve-se à existência dos seis sifões, alguns
de grande comprimento;
hidráulico.
após uma degradação muito acentuada do canal, haverá necessidade de proceder a uma
nova calibração dos controladores digitais que, foi efectuada para a hipótese do
hidrograma na admissão. O canal com este tipo de controlo não tem capacidade
105
• O controlo por jusante à distância, pode ser utilizado em canais construídos para
dizer que é uma lógica de controlo ideal para a distribuição com acordo prévio.
106
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
107
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Indie.
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108
Pescas.
de Lisboa.
109
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variáveis controladas em redes com superfície livre. In: Proc. 3.º Simpósio de
• Plusquellec, H., Burt, C. & Wolter, H.W.; (1994); – Modern water control in
Irrigation: Concepts, issues and applications; World Bank Technical Paper n.º
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• Rijo, M. & Honrado, J.; (2001); - Controlo de um Canal de Rega com Recurso à
• Rijo, M.; (1990); – Modelação matemática de uma rede de rega com comando
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• Rogers, D.C. et al; (1995); - Canal Systems Automation Manual. Vol. II; Bureau
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Tuning. 2.nd Ed.; Instrument Society of America, Research Triangle Park; North
Carolina.
Régulation dans les Canaux ; In: Proceedings of the 8th Congress of the ICID
• Burt, C.M.; (1987); – Overview of canal control concepts. In: Proceedings of the
pp. 81-109.
• Chapra, S.C.; Canale, R.P.; (1998); - Numerical Methods for Engineers, Third
Edition; McGraw-Hill
• Cunge, J.A. & Woolhiser, D.A.; (1975); – Irrigation Systems. In: Unsteady Flow
DSHA/DAPAH
• Framji, K.K. & Verdier, J. ; (1978) ; – Etat de l’art. N.º1: Irrigation, drainage et
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• Franklin, G.F., Powell, J.D. & Workman, M.L.; (1990); – Digital control of
• Gichuki, F.N., Walter, W.R. & Merkley, G.P.; (1990); – Transient hydraulic
• Jain, S.C.; (2001); - Open-Channel Flow; John Wiley & Sons, INC; New York.
• Kraatz, D.B. & Mahajan, I.K.; (1975); – Small Hydraulic Structures; Irrigation
115
Editora
• Oliveira, P.M. & Cunha, J.B.; (2002); - Estruturas de Controlo com Controlador
116
• Rogers, D.C. & Goussard, J.; (1998); - Canal Control Algorithms Currently in
Use; Journal of Irrigation and Drainage and Engineering. Vol. 124, n.º 1, p. 11-
15; January/February.
Técnica de Lisboa.
117
Anexo I
Modelo CanalCAD
118
119
c*********************************************************************
c PEDRO-I.FOR *
c*********************************************************************
c
subroutine custom(ichk,keyp,regcon,chknam,gtpos,setpt,
1 hour,gatht,q,value,
2 yus1,yus2,yus3,yus4,yus5,yds1,yds2,yds3,yds4,yds5,
2 yset,
3 elus1,elus2,elus3,elus4,elus5,elds1,elds2,elds3,elds4,elds5,
4 elset,
5 dtreg)
c
character*15 chknam
c
dimension regcon(20)
c
c CanalCAD - User-defined regulation algorithms
c
c*********************************************************************
c *
c USER RESPONSIBILITY: LOAD 'value' BEFORE ANY RETURN *
c *
c DO NOT use i/o unit numbers 5, 6, 9, 10, 15, 20, 21, 22 *
c *
c DO NOT create named commons using names: CALC; A; AIDEN; IFICH; *
c INDEX; IGEN; IOPT; FOPT; ICOD; REG; BEG; CONGES; ATOVAR *
c *
c DO NOT change the argument list. *
c *
c And have a nice day ........ *
c *
c*********************************************************************
c
c ichk = check (usually pool) number
c chknam = 15-character check name assigned in ccd;
c (CanalCAD allows upper case only)
c keyp = setpoint position number (-1 to -5 upstream;
c (+1 to +5 downstream)
c regcon = list of 20 regulation constants assigned in ccd;
c S.I. units (if applicable);
c gtpos = current gate position, ft (if applicable);
c yset = current value of water-surface elevation
c at setpoint position, ft;
c setpt = current value of setpoint target, ft;
c hour = current time in decimal hours;
120
rz = elds5
rz = elset
rz = dtreg
c
c----------------------------------------------------------------------
c
if (chknam .eq. 'PID') then
c
c -- regcon(1) = alpha; filter adjustment
c regcon(2) = rkc; proportional gain
c regcon(3) = taui; integral time constant
c regcon(4) = ginit; initial gate open
c regcon(10) = pvprev; prev process variable
c regcon(11) = stprev; prev setpoint
c regcon(12) = eprev; prev error
c regcon(13) = esum; sum of error
regcon(11) = sp
eprev = regcon(12)
e = pv - sp
regcon(12) = e
esum = regcon(13) + e
regcon(13) = esum
initg = regcon(4)*3.28084
c -- PI control law, velocity form
c deltag = rkc * (e - eprev) + rkc / taui * e
c -- PI control law, position form
g = initg + rkc * e + rkc / taui * esum
deltag = g - gtpos
c -- condition output
c -- check full close and full open
if ((deltag+gtpos) .lt. 0.) then
deltag = -gtpos
else if ((gtpos + deltag) .gt. yus1-elus1) then
deltag = yus1-elus1-gtpos
end if
c -- check gate speed
if (abs(deltag) .gt. .25) then
if (deltag .gt. 0.) then
value = .25
else
value = -.25
end if
else
value = deltag
end if
end if
c
c----------------------------------------------------------------------
else
c
write(*,*) 'Fatal error in .for subroutine. Check name ',
1 chknam,' not recognized.'
write(*,*) 'Verify consistency of assigned',
2 ' checknames and expected names programmed in .for subroutine.'
stop 0001
c
endif
c----------------------------------------------------------------------
return
end
123
Anexo II
Equações de Saint-Venant
124
profundidades). O cálculo destas variáveis pode ser efectuado através das equações de
125
126
O caudal que entra no volume de controlo é a soma do caudal Q que entra pela secção
∫∫ ρ ⋅ V ⋅ dS = − ρ ⋅ (Q − q ⋅ dx )
entrada
(AII.1)
∂Q
∫∫ ρ ⋅ V ⋅ dS = ρ ⋅ Q + ∂x ⋅ ∂x
saida
(AII.2)
em que:
∂Q
, representa a variação do caudal no volume de controlo ao longo da distância. O
∂x
127
d ∂ ( ρ ⋅ S ⋅ dx )
⋅ ∫∫∫ ρ ⋅ d∀ = (AII.3)
dt ∂t
∂ ( ρ ⋅ S ⋅ dx ) ∂Q
− ρ ⋅ (Q − q ⋅ dx ) + ρ ⋅ Q + ⋅ dx = 0 (AII.4)
∂t ∂x
Assumindo que a densidade do fluido ρ é constante, a equação (AII.4) pode ser dividida
∂S ∂Q
+q+ =0 (AII.5)
∂t ∂x
∂y 1 ∂Q
+ +q=0
∂t b ∂x
∂P
F= em que: F é a força; P a quantidade de movimento; t o tempo. Pode ser escrita
∂t
d
∑ F = dt ⋅ ∫∫∫V ⋅ ρ ⋅ d∀ + ∫∫V ⋅ ρ ⋅ V ⋅ dA (AII.6)
128
A equação anterior mostra que o somatório das forças aplicadas na massa de fluido
referido volume. As forças que actuam sobre o fluido contido no volume de controlo
são: Fg, força gravitica; Ff , força de atrito com o fundo e laterais do volume de controlo;
volúmico pelo volume do fluido pelo seno do ângulo que o fundo faz com a horizontal.
Fg = ρ ⋅ g ⋅ A ⋅ dx ⋅ sin θ ≈ ρ ⋅ g ⋅ A ⋅ S 0 ⋅ dx (AII.7)
A força de atrito causada pelo esforço transverso ao longo do fundo e lados do volume
− τ 0 ⋅ P ⋅ dx (AII.8)
τ0 = γ ⋅ R⋅ J (AII.9)
129
γ = ρ⋅g (AII.10)
S
R= (AII.11)
P
S
τ0 = ρ ⋅ g ⋅ ⋅J (AII.12)
P
F f = − ρ ⋅ g ⋅ S ⋅ J ⋅ dx (AII.13)
do canal:
V2 Q2
Ec = = (AII.14)
2⋅ g 2⋅ g ⋅S2
Fe = − ρ ⋅ g ⋅ S ⋅ S e ⋅ dx (AII.15)
130
seguinte expressão:
2
Q
∂
K S
Se = e ⋅ (AII.16)
2⋅ g ∂x
contracções;
Fw = τ w ⋅ b ⋅ dx (AII.17)
− ρ ⋅ C f ⋅ Vr ⋅ Vr
τw = (AII.18)
2
Q
U= (AII.19)
S
131
calculada por:
Q
Vr = − Vw ⋅ cos(ϖ ) (AII.20)
S
− ρ ⋅ C f ⋅ Vr ⋅ Vr
Fw = ⋅ b ⋅ dx (AII.21)
2
chamando:
C f ⋅ Vr ⋅ Vr
Wf = (AII.22)
2
resulta:
Fw = −W f ⋅ ρ ⋅ b ⋅ dx (AII.23)
determinada por:
F p = F pm − F pj + F pl (AII.24)
132
controlo;
hidrostática:
ρ ⋅ g ⋅ ( y − w) (AII.25)
ρ ⋅ g ⋅ ( y − w) ⋅ b ⋅ dw (AII.26)
dada por:
F pm = ∫ ρ ⋅ g ⋅ ( y − w) ⋅ b ⋅ dw (AII.27)
0
∂F pm
F pj = F pm + ⋅ dx (AII.28)
∂x
133
∂F pm y
∂y
y
∂b
= ∫ ρ ⋅ g ⋅ ⋅ b ⋅ dw + ∫ ρ ⋅ g ⋅ ( y − w) ⋅ ⋅ dw (AII.29)
∂x 0
∂x 0
∂x
∂F pm ∂y
y
∂b
= ρ⋅g⋅ + ∫ ρ ⋅ g ⋅ ( y − w) ⋅ ⋅ dw (AII.30)
∂x ∂x 0 ∂x
S = ∫ b ⋅ dw (AII.31)
0
∂b
está relacionada com a variação da largura do canal: é dada por:
∂x
y ∂b
F pl = ∫ ρ ⋅ g ⋅ ( y − w) ⋅ ⋅ dw ⋅ dx (AII.32)
0 ∂x
∂F pm
F p = F pm − F pm + ⋅ dx + F pl (AII.33)
∂x
∂F pm
Fp = − ⋅ dx + F pb (AII.34)
∂x
∂y
Fp = − ρ ⋅ g ⋅ S ⋅ ⋅ dx (AII.35)
∂x
134
O somatório das forças actuantes no fluido contido no volume de controlo, é dada por:
∑ F = ρ ⋅ g ⋅ S ⋅ i ⋅ dx − ρ ⋅ g ⋅ S ⋅ J ⋅ dx − ρ ⋅ g ⋅ S ⋅ S e ⋅ dx
∂y (AII.36)
− W f ⋅ B ⋅ ρ ⋅ dx − ρ ⋅ g ⋅ S ⋅ ⋅ dx
dx
Os dois termos do lado direito da equação (AII.36), 2ª lei de Newton escrita na forma do
− ρ ⋅ (Q + q ⋅ dx ) (AII.37)
[− ρ ⋅ (Q + q ⋅ dx )] ⋅ V ⋅ β (AII.38)
transversal:
1
V ⋅ A ∫∫
β= ⋅ v 2 ⋅ dS
2
(AII.39)
Segundo Chow (1988) e Henderson (1966), os valores de β variam entre 1,01 para
∫∫V ⋅ ρ ⋅ V ⋅ dS = − ρ ⋅ (β ⋅ V ⋅ Q + β ⋅ v
entrada
x ⋅ q ⋅ dx ) (AII.40)
135
∂ (β ⋅ V ⋅ Q )
∫∫ V ⋅ ρ ⋅ V ⋅ dS = ρ ⋅ β ⋅ V ⋅ Q +
saida
∂x
⋅ dx
(AII.41)
∂ (β ⋅ V ⋅ Q )
∫∫V ⋅ ρ ⋅ V ⋅ dS = − ρ ⋅ [β ⋅ V ⋅ Q + β ⋅ v
sup .
x ⋅ q ⋅ dx ] + ρ ⋅ β ⋅ V ⋅ Q +
∂x
⋅ dx (AII.42)
simplificando:
∂ (β ⋅ V ⋅ Q )
∫∫V ⋅ ρ ⋅ V ⋅ dS = − ρ ⋅ β ⋅ v x ⋅q −
∂x ⋅ dx (AII.43)
ρ ⋅ S ⋅ dx ⋅ V ⇔ ρ ⋅ Q ⋅ dx (AII.44)
ordem ao tempo é:
d ∂Q
⋅ ∫∫∫V ⋅ ρ ⋅ d∀ = ρ ⋅ ⋅ dx (AII.45)
dt ∂t
ρ ⋅ g ⋅ S ⋅ i ⋅ dx − ρ ⋅ g ⋅ S ⋅ J ⋅ dx − ρ ⋅ g ⋅ S ⋅ S e ⋅ dx − W f ⋅ b ⋅ ρ ⋅ dx
∂y ∂ (β ⋅ V ⋅ Q ) ∂Q (AII.46)
− ρ ⋅g⋅S ⋅ ⋅ dx = − ρ ⋅ β ⋅ v x − ⋅ dx + ρ ⋅ ⋅ dt
∂x ∂x ∂t
136
Q
Dividindo toda a equação por: ρ ⋅ dx e substituindo V por:
S
Q2
∂ β ⋅
∂Q S ∂y
+ + g ⋅ S ⋅ − i + J + Se − β ⋅ q ⋅ vx + W f ⋅ β = 0 (AII.48)
∂t ∂x ∂x
∂Q ∂ Q 2 ∂y
+ ⋅ + g ⋅ S ⋅ − g ⋅ S ⋅ (i − J ) = 0 (AII.49)
∂t ∂x S ∂x
movimento (AII.49).
1 ∂Q
⋅ representa a aceleração local, que descreve a variação da
S ∂t
ordem ao tempo;
1 ∂ Q2
⋅ ⋅ representa a aceleração convectiva e descreve a variação da
S ∂x S
137
∂y
g⋅ representa a diferença das resultantes das pressões hidrostáticas
∂x
fundo do canal;
Fica:
∂Q ∂ Q 2 ∂y
+ ⋅ + g ⋅ S ⋅ − g ⋅ S ⋅ i + g ⋅ S ⋅ J = 0 (AII.50)
∂t ∂x S ∂x
se:
∂ Q2
− g ⋅ S ⋅ i = (1 − γ ) ,
∂x S
∂Q ∂ Q 2 ∂y ∂ Q2
+ + gS + gSJ + (1 − γ ) =0
∂t ∂x S ∂x ∂x S
138
Anexo III
Métodos Numéricos
139
Z 1 + z1 e na secção 2 é Z 2 + z 2 .
As aproximações das derivadas pelo método das diferenças finitas são formadas como
0,5 ≤ θ ≤ 1 .
140
θ
F ( x, t ) = [(F2 + f 2 ) + (F1 + f1 )] + 1 − θ [F2 + F1 ] (AIII.1)
2 2
141
θ
Q ( x, t ) = [(Q2 + q 2 ) + (Q1 + q1 )] + 1 − θ [Q2 + Q1 ] (AIII.2)
2 2
∂F
≈
( ) (
Fxt22 − Fxt21 + Fxt12 − Fxt11 ) (AIII.4)
∂t 2∆t
Caso geral
malha rectangular ∆x e ∆t. Escrevem-se as equações num ponto M do plano (x,t) situado
142
Figura AIII.4 – Malha tempo-espaço utilizada nas interpolações por diferenças finitas (Fonte: Baume et
al., 2000).
interligadas pelas duas equações lineares [A2.4] e [A2.5]. Tem-se, portanto, 2(n-1)
equações lineares com ∆Q e ∆Z. As duas equações que faltam para a resolução do
sistema provêm das condições de fronteira de jusante e montante, que são linearizadas
R1 ⋅ ∆Q1 + S1 ⋅ ∆Z 1 = T1
R1 = 1 ; S1 = 0 e T1 = Q(t + ∆t ) − Q(t )
∆Q
=α ; R' n = 1 ; S ' n = −α ; T'n = 0
∆Z
143
Tem que se resolver um sistema linear com 2n equações. Em vez de inverter a matriz
DEN ⋅ ∆Qi = (B11 ⋅ A22 − B21 ⋅ A12 )∆Q j + (B12 ⋅ A22 − B22 ⋅ A12 )∆Z j + B13 ⋅ A22 − A23 ⋅ A12
DEN ⋅ ∆Z i = (B21 ⋅ A11 − B11 ⋅ A21 )∆Q j + (B22 ⋅ A11 − B12 ⋅ A21 )∆Z j + B23 ⋅ A11 − A13 ⋅ A21
∆Qi = A ⋅ ∆Q j + B ⋅ ∆Z j + C
(AIII.5)
∆Z i = D ⋅ ∆Q j + E ⋅ ∆Z j + F
R1 S1 ∆Q1 T1
1 -D1 E1 ∆Z1 F1
1 -A1 -B1 . ∆Q2 = C1
1 -D2 -E2 ∆Z2 F2
1 -A2 -B2 ∆Q3 C2
R’3 S’3 ∆Z3 T’3
144
R1 S1 ∆Q1 T1
1 -D1 E1 ∆Z1 F1
R2 S2 . ∆Q2 = C1
1 -D2 -E2 ∆Z2 F2
R3 S3 ∆Q3 C2
R’3 S’3 ∆Z3 T’3
Ri ⋅ ∆Qi + S i ⋅ ∆Z i = Ti
Ri ⋅ (Ai ⋅ ∆Q j + Bi ⋅ ∆Z j + C i ) + S i ⋅ (Di ⋅ ∆Q j + Ei ⋅ ∆Z j + Fi ) = Ti
com: R ' j = Ri ⋅ Ai + S i ⋅ Di
S ' j = Ri ⋅ Bi + S i ⋅ Ei
T ' j = Ti − Ri ⋅ C i − S i ⋅ Ei
Os coeficientes R ' j , S ' j e T ' j são normalizados, para evitar a propagação numérica do
R' j
erro. Rj = etc...
2 2
R' j + S ' j
Tem-se, assim:
R j ⋅ ∆Q j + S j ⋅ ∆Z j = T j
145
Tn ⋅ S ' n − Sn ⋅ T ' n
∆Qn =
Rn ⋅ S ' n − Sn ⋅ R' n
Tn ⋅ R' n − Rn ⋅ T ' n
∆Zn =
Sn ⋅ R' n − Rn ⋅ S ' n
Segundo varrimento:
∆Z i = Di ⋅ ∆Q j + Ei ⋅ ∆Z j + Fi
Ti − S i ⋅ ∆Z i (AIII.6)
∆Qi = Ri
146