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MANUAL DE TREINAMENTO

DO SETOR DE UTILIDADES DA RPBC

Revisão 0

Componentes do André Gomes Martins - Operador I - DIPRO/SETUT


Grupo:
Evandro Braga da Silva - Eng. Processamento - DITEG/SEAPRO
Gerson Antonio Gomes - Operador I - DIPRO/SETUT
Lauridane Gerbi Azevedo - Aj. Administrativo - DITEG/EXP.
Luiz Carlos Palmarin Augusto - Operador I - DIPRO/SETUT
Regina Célia O. V.R. Moderno - Aj. Administrativo - DITEG/EXP.

C.C.:SEMOP/DOTEC - DIPRO/SETUT
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MANUAL DE TREINAMENTO DO 02/06/98


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BERNARDES

INDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1 Introdução 5
2 Sistema de Água e Ar 6
2.1 - Casa de Bombas do Rio Cubatão (CBRC) 6
2.1.1 - Descrição do Sistema de Captação 9
2.2 - Casa de Bomba de Incêndio (CBI) 14
2.3 - Sistema de Água da Serra (W-10) 15
2.3.1 - Descrição do Sistema de Captação de W-10 15
2.3.2 - Informações gerais 16
2.3.3 - Uso da W-10 17
2.4 - Estação de Tratamento de Água (ETA) 19
2.4.1 - Área 32 - Clarificação e Filtração 19
2.4.2 - Área 325 - Desmineralização 29
2.4.3 - Controle de processo 41
2.4.4 - Flexibilidade operacional 42
2.4.5 - Condições de projeto e operação 44
2.4.6 - Sistema de armazenamento 45
2.4.7 - Análises de Laboratório 47
2.5 - Estação de Tratamento de Despejos Industriais (ETDI) 52
2.5.1 - Finalidade 52
2.5.2 - Descrição geral do sistema 53
2.5.3 - Transferência de óleo 59
2.5.4 - Relação das fontes de alimentação dos sistemas W-4 e W-14 60
2.5.5 - Sistema de Águas Ácidas da RPBC 61
2.5.6 - Problemas comuns na ETDI 63
2.6 - Lagoas de Aeração 66
2.6.1 - O processo de lagoas aeradas 66
2.6.2 - Concepção do projeto da RPBC 66
2.6.3 - Lagoa de Equalização - LE 69

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2.6.4 - Lagoa de Equalização Aerada - LEA 70


2.6.5 - Lagoas de Mistura Completa - LMC1 / LMC2 71
2.6.6 - Lagoas Facultativas Aeradas - LFA1 / LFA2 72
2.6.7 - Sistema de dosagem de produto químico 73
2.6.8 - Aeradores 74
2.6.9 - Controle de Qualidade da água do ETDI e das Lagoas de
Aeração 75
2.7 - Torres de Resfriamento 81
2.7.1 - Introdução 81
2.7.2 - Parâmetros de controle 82
2.7.3 - Problemas com circuitos de resfriamento com recirculação
aberta 84
2.7.4 - Fatores que influenciam no condicionamento da água
circulante 86
2.7.5 - Controle de circuito de água de resfriamento 88
2.7.6 - Funcionamento da torre de resfriamento 88
2.7.7 - Inspeção 89
2.7.8 - Incêndio 91
2.7.9 - Materiais de construção 92
2.8 - Circuito Fechado de Água de Resfriamento de Máquinas (Área 41) 94
2.9 - Torre de Resfriamento K-2901 95
2.9.1 - Introdução 95
2.9.2 - Descrição do processo 97
2.9.3 - Observações 98
2.10- Torre de Resfriamento K-4301 101
2.11- Central de Ar Comprimido (CAC) 103
2.11.1- Descrição do sistema 103
2.12- Nitrogênio 105
2.12.1- Características gerais 105
2.12.2- Características da instalação 106
2.12.3- Operação 107

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3 Sistema de Vapor 108

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3.1 - Sistema de Geração 108


3.1.1 - Anéis de pressão 108
3.1.2 - Sistemas de controle 109
3.1.3 - Caldeira de V120 110
3.1.4 - Caldeiras de V42 111
3.1.5 - Caldeiras Recuperadoras 112
3.1.6 - Sistema de Combustíveis 112
3.1.7 - Desaeradores e Bombas de Água para caldeiras 114
3.1.8 - Sistema de condensados 116
3.1.9 - Tratamento de água interno 117
3.2 - Balanço Termoelétrico 118
3.3 - Precipitador Eletrostático 120
3.3.1 - Descrição e intertravamento 120
3.3.2 - Descarte de catalisador 121
4 Sistema Elétrico 122
4.1 - Características principais 122
4.2 - Geração própria 124
4.3 - Localização dos blocos 124
4.4 - Demandas contratadas 125
4.5 - Sistemas alimentados exclusivamente pela ELETROPAULO 125
4.6 - Fator de potência 125
4.7 - Influência dos turbogeradores no Balanço Termoelétrico 126
4.8 - Influência dos trafos A1, A2 e A3 no Balanço Termoelétrico 127
4.9 - Sistema de emergência 128
4.10- Procedimento Operacional para atendimento de emergência devido
a desligamento da ELETROPAULO ou problemas na CTE 129
4.11- Subestação C-84 130
5 Anexos 132
6 Questionário
7 Bibliografia 138

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1 - Introdução

É um transportador de energia, exemplo:


− ar comprimido - acionador de válvulas e ferramentas
− água
− nitrogênio-abafador, inertizador
− vapor
− energia elétrica

O sistema de óleo combustível ou de combustão, apesar de ser utilidade não é operado


pelo Setor de Utilidades, e sim pelas unidades de vácuo da refinaria.

O maior consumo de utilidade corresponde ao óleo combustível e ao gás combustível.

Numa refinaria, as utilidades não são consideradas atividades fins, mas são fundamentais
para a produção.

Quando se vai partir uma unidade, deve-se ter em mente que as utilidades são utilizadas
logo no início como a energia elétrica para a iluminação da obra da unidade.

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2 - Sistema de Água e Ar

2.1 - Casa de Bombas do Rio Cubatão (CBRC)

Em 1926, foi construída a Usina Henry Borden, que tinha uma vazão média de 75 m3/s e
pressão de 70kgf/cm2 na descarga da bomba. A mesma abastecia todo o polo industrial, sem
preocupações ambientais, a partir da Billings, em São Paulo, a 700m de altitude.

O rio Tietê, que está 30m abaixo da Billings, mandava a água para a Billings desde 1926. O
Tietê era um rio de lazer e com o passar do tempo passou a contaminar a Billings com a
redução de quantidade de oxigênio dissolvido, causando o mau cheiro via contaminação
anaeróbica.

Desde 1992, foi proibido o bombeamento do rio Tietê para a represa Billings, da ordem de
175 m3/s, pois a mancha anaeróbica estava contaminando a Billings. Consequentemente a
Billings passou a bombear pouca água para a Usina Henry Borden (somente o suficiente para a
SABESP), hoje na faixa de 3 a 4 m3/s. A possibilidade de negociação do turbinamento da
Henry Borden é feita via COTUR.

Foi enviado um projeto para ozoneizar a água do Tietê antes de bombear para a Billings,
ainda em andamento desde a partida da refinaria em 1955.

.
Rio Tietê
(Via Rio Pinheiros) Rio Grande

Represa de
Pedras Captação para
(Divisor de Águas) consumo

Água mais limpa

Água mais suja

Rodovia
Anchieta

Henry Borden

Figura 1
SIMPLIFICAÇÃO DA REPRESA BILLINGS

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A Represa Billings tem como objetivo:

− gerar energia

− controlar cheias

− reservar água para consumo humano

Antes de 1993, o bombeamento de água da Represa Billings para o Rio Cubatão tinha uma
vazão de 80 a 100 m3/s. A partir de 1993, como a Constituição de São Paulo proibiu que as
águas servidas, isto é, as águas já poluídas (como o Rio Tietê) fossem bombeadas para a
Billings, a vazão de água da Represa Billings para o Rio Cubatão passou a ser de 4 m3/s.

Antes de 1993, também se fazia a operação de chasse do Rio Cubatão, que consistia em
fechar todas as comportas da ponte de barragem do Rio Cubatão (PBRC) durante o período de
maré baixa e abrir totalmente e simultaneamente todas as comportas após o desnível estar
bem alto, removendo, assim, a areia e os detritos acumulados no fundo do rio, isto é, fazendo o
desassoreamento do Rio Cubatão.

Como uma vazão abaixo de 10 m3/s da Billings para o Rio Cubatão prejudica o
desassoreamento do rio, desde 1993 o Rio Cubatão está assoreando em frente a Estação de
Tratamento de Água (ETA) da SABESP e na Casa de Bombas do Rio Cubatão (CBRC). Esse
assoreamento dá-se em função de haver caminho preferencial na margem direita do rio, onde
está a ETA da SABESP, que faz com que haja mais necessidade de se dragar a CBRC com
mais frequência, além de haver um consumo maior da água que retorna do canal 2, que tem
uma temperatura mais alta.

O Rio Cubatão tem a água limpa e é totalmente consumida pela SABESP (Santos, São
Vicente, Cubatão e parte do Guarujá). A água consumidada pelas indústrias vem da Represa
Billings através da Usina Henry Borden da Eletropaulo; a água também é limpa pois o Rio Tietê
não é bombeado para a Billings.

A ETA da SABESP consome água do Rio Cubatão a uma vazão de 3 a 3,5 m3/s. Quando é
época de chuva o Rio Cubatão tem uma vazão de 10 m3/s, porém quando a época é de seca e
o rio tem uma vazão de 1 m3/s, a ETA da SABESP precisa completar a sua vazão de 3 a 3,5
m3/s com a água que vem da Billings.

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Henry Borden
(Eletropaulo)
Canal 2 Canal 1
(W-2) (W-2)
RPBC 3 m3/s
Barragem SANTISTA
de pedras DE PAPEL
CBRC FAFER

4 Bombas
Rio
m3/s
Cubatão

ETA da
população Barragem
SABESP
Cubatão de pedras
Ponte de Barragem
do rio Cubatão
3 a 3,5 m3/s (PBRC)

Figura 2
CAPTAÇÃO DE ÁGUA DO RIO CUBATÃO

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2.1.1 - Descrição do Sistema de Captação


A CBRC tem 5 bombas elétricas do tipo afogada que ficam abaixo do leito do Rio Cubatão;
quando o rio está com 1,5 m de nível, as bombas estão com 3,4 m de profundidade.

Cada bomba tem uma vazão de 1 m3/s e operam a 3 kgf/cm2g. Em geral operam 3
bombas.

Das 5 bombas, 3 são alimentadas pela Eletropaulo e 2 são alimentadas pela CTE.

bomba

rio

1,5 m

3,4 m

Figura 3
CAPTAÇÃO DO RIO CUBATÃO

A água proveniente do Rio Cubatão, após passar pelo septo transversal, onde deixa
depositada a maior parte do material em suspensão, vai para o poço das bombas, que é o
sistema de captação de água da RPBC composto por um conjunto de 5 bombas,
denominadas J-341A/B/C/D/E.

Cada bomba de poço, trabalhando afogada possui na descarga uma rotoválvula.


Basicamente, a rotoválvula é um conjunto composto por uma válvula do tipo plug (de 30")
acionada por sistema de engrenagem que recebe comando de um pistão de força acionada
hidraulicamente por um sistema de óleo pressurizado.

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Em situações normais, o nível mínimo permitido no Rio Cubatão e que não traz problemas
à captação das bombas da ULTRA-I (FAFER) é de 1,70m na CBRC ou 1,50m na PBRC. Em
épocas de prolongadas estiagens, o nível do Rio Cubatão deve ser suficiente para atender a
eventuais solicitações da SABESP, quando oficialmente for solicitado à RPBC.

O sistema de W-1 é composto por duas redes distintas que se interligam em vários pontos
(figura 4) e tem a possibilidade de ser alimentado parcialmente em situações extremamente
críticas pelo sistema W-7 de água de incêndio (J-517A/B/C).

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Figura 4
FLUXOGRAMA SIMPLIFICADO DO SISTEMA DE W-1

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Tabela 1
Distribuição de consumo máximo de W-1

SETOR UNIDADE VAZÃO W1 W-1


(m3/h) Velha Nova

SETUT ETA 1.500 X X

SETUT Área 41 1.000 X

SETUT Turbo gerador 1 900 X

SETUT Turbo Geradores 3 e 4 3.000 X

SETUT M-1509 700 X

Subtotal 7.100 - -

SEDIL UC 3.200 X X

SEDIL UV 1.500 X X

SECRA URA 1.100 X X

SEDIL UN 1.100 X X

SEDIL UPF 1.300 X

SEDIL UP 900 X X

Subtotal 9.100 - -

Total - 16.200 - -

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Figura 5
ESQUEMA ELÉTRICO SIMPLIFICADO DA SUBESTAÇÃO C-15

TF A3
88/4,16KV ∼ G5
15/20MVA

G506

G503
B 101
TFA1
88/4,16KV
4,68MVA

A 116 A103

SEA1

A 112 A 106
A 114 A 101
JUMPER

PROTEÇÃO ESPECIAL
P/ AS LINHAS AÉREAS

50
600/5

50

C1506 C1515
C1510
C1502

C150
8

J341A J341B J517B J341C J341D J341E J517


C

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2.2 - Casa de Bombas de Incêndio (CBI)

Localizadas a oeste das bombas de W-1 (J-341), estão 3 bombas de incêndio da refinaria
que são acionadas em emergência.São elas:

J-517AT ⇒ Acionada a turbina a vapor V-42


J-517BM ⇒ Acionada a motor (Eletropaulo)
J-517CM ⇒ Acionada a motor (CTE)
Todas elas debitam na linha de incêndio (W-7) na saída da CBRC, alimentando toda a
refinaria.

Existe uma interligação com a W-1 na CBRC, que normalmente fica fechada e é utilizada
no caso de emergência na CBRC com as J-341.

A operação das bombas também é de responsabilidade do operador da CBRC, sendo que


as acionadas a motor têm partida remota via SESEMA, podendo estes acionarem à distância.
Normalmente, é solicitada a operação das bombas aos operadores. Em emergências, são
acionadas remotamente.

Quando estão paradas (situação normal), a W-7 fica pressurizada pela W-1 via interligação
existente (válvulas de retenção) na esquina das ruas "E” com "J".

O sistema de W-7 corresponde à água do Rio Cubatão a 12 kgf/cm2g, enquanto a W-1


corresponde à água do Rio Cubatão a 3 kgf/cm2g.

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2.3 - Sistema de Água da Serra (W-10)

2.3.1 - Descrição do Sistema de Captação de W-10.


É o conjunto de reservatórios junto à Serra do Mar que recebe corrente de água doce
formada por pequenas nascentes. A água da serra ou Córrego das Pedras, como era
anteriormente chamada, pode represar até 18.000 m3 de água e consiste basicamente de três
reservatórios:

− Norte ou de Captação, onde chega a água que vem pelo córrego;


− Intermediário, onde se represa a maior quantidade de água, podendo por ali extravasar ou
drenar os excessos, encaminhando-os ao Rio Perequê; e
− Sul ou Final, onde se tem a régua de indicação do nível do reservatório e a caixa de
válvula para o encaminhamento de água por uma tubulação de 24".

O bloqueio do sistema só é feito em situações especiais: por índice pluviométrico de


caráter calamitoso, por manutenção na tubulação de 24" ou por longo período de chuvas na
região.

Comunicando o reservatório "Norte" (chegada) com a adutora de 24" há uma tubulação de


16", o que possibilita injetarmos a água que vem do Córrego das Pedras diretamente no
sistema, evitando-se a passagem pela água estocada nos reservatórios Intermediários e Sul.
Este alinhamento é sempre feito quando a qualidade (turbidez) da água que chega no
reservatório Norte é melhor que a água na represa Sul. Essa derivação deve ser fechada, e
assim mantida, sempre que:

− A vazão da água do Córrego das Pedras que chega ao reservatório Norte for pequena.

− Quando se iniciarem períodos de fortes chuvas, o que faz aumentar a turbidez da água.

Quando o nível da represa baixa a menos de 3,00m, deve-se reduzir o consumo de W-10
na ETA.

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2.3.2 - Informações Gerais.


a) Nível mínimo mantido - 3,00 metros.
b) Nível de transbordamento - 3,90 metros
c) Sem comportas.
d) Consumo permitido - 500m3/h. Autorização de consumo de água do "Rio das Pedras"
concedida à RPBC em 1982 pelo DAEE, que é órgão do Estado de São Paulo que
controla e normaliza o uso e consumo de águas das bacias hidrográficas do Estado.
e) Proteção contra fortes chuvas devido às condições em que se encontrava a Serra do
Mar, com sua vegetação prejudicada pelo excesso de poluição atmosférica, e em
face a uma violenta enxurrada ocorrida em 1985 que trouxe sérios transtornos às
represas e riscos graves para a área de tanques vizinha, a RPBC resolveu construir
gabiões ao longo do "Córrego das Pedras". A barreira vai de um lado ao outro do
córrego e é composta por cubos de pequenas pedras formadas por telas de arame
revestidas de plástico.
Os cubos de pedras, ou ensecadeiras, são arranjados uns sobre os outros, formando as
barreiras. Estas barreiras, nove ao todo, reduzem a velocidade das águas, possuem réguas
que indicam a altura da lâmina d'água, filtram a água e formam pequenas lagoas a montante
de cada uma.

Além da construção de gabiões foi construído um muro do lado direito do reservatório


Norte, criando-se uma área para segurar detritos e muretas que protegerão a área de tanques
vizinha às represas.

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2.3.3 - Uso da W-10.


A figura 6 mostra um fluxograma simplificado do sistema W-10. Os principais locais de uso
são:

a) Na estação desmineralizadora da ETA ( área 325)


É a principal função da W-10 devido à baixa salinidade, o que faz aumentar
consideravelmente a campanha das colunas de leitos de resinas da A-325, com a
consequente economia gerada.
b) Sistema de clarificação da ETA
Neste sistema é usado o excesso de W-10 com turbidez alta, diminuindo-se o
consumo do Rio Cubatão.
c) Sistema de água clarificada (P-3203)
É usado o excesso de W-10 com turbidez baixa, inferior à da W-13.
d) Sistema W-7
Caso ocorra uma emergência tal que o SESEMA solicite a abertura do duplo bloqueio
na interligação da W-7 como a W-10 na extremidade final da adutora de 24", todos os
consumos devem ser parados, dando-se prioridade para o atendimento do SESEMA.
e) Reservatório do SESEMA
Poderá ser usado em caso de necessidade.

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Figura 6
ESQUEMA SIMPLIFICADO DOS RESERVATÓRIOS DE W-10

RESERVATÓRIO DE W-10
NÍVEL (m) Vol. (m3)
0,5 1.000
1,0 2.400
1,5 4.300 PARA O RIO PEREQUÊ
2,0 8.500
2,5 12.600
3,0 14.900
3,5 16.500
3,9 18.000

ACESSO PARA
MÁQUINA RÉGUA DE
NÍVEL

DRENO

ÁREA PARA DETRITOS

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2.4 - Estação de Tratamento de Água (ETA)

Está dividida em duas grandes áreas:


− Área 32 - Clarificação e Filtração
− Área 325 - Desmineralização

2.4.1 - Área 32 - Clarificação e Filtração

2.4.1.1 - Objetivo

O principal objetivo da Estação de Tratamento de Água é remover as impurezas da água,


sejam elas solúveis ou insolúveis.

As impurezas insolúveis são removidas por decantação ou clarificação. As impurezas


solúveis são removidas na desmineralização antes de enviar a água para as caldeiras.

Na ETA da refinaria também foi instalado um sistema de nitrogênio em 1988.

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2.4.1.2 - Química de clarificação

As águas turvas têm partículas coloidais, com mesma carga elétrica e diâmetros muito
pequenos, que não conseguem decantar e são geralmente silicatos.

O solo é composto por partículas de silicatos fraturados que geralmente geram polos na
superfície e no centro do cristal do silicato.

Para as indústrias a água turva pode agregar microorganismos e colóides de metais


pesados. Se a água tem turbidez quer dizer que a água tem material sólido que vai decantar
em algum lugar da indústria.

Em Cubatão e no Brasil em geral, os colóides têm carga elétrica negativa na superfície.


Assim, joga-se na água um produto com carga positiva que possa neutralizar as cargas
negativas dos colóides com o objetivo de decantar. Além disso, este produto tem que promover
uma aglutinação dos colóides para facilitar a decantação.

Geralmente usa-se hidróxido de alumínio na forma de sulfato de alumínio Al2(SO4)3 que na


água forma hidróxido de alumínio Al(OH)3, que é insolúvel, ramificado, parece um floco de
algodão, tem grande volume específico e as cargas elétricas positivas se concentram na
superfície da partícula.

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FLOCO DE HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO

Al(OH)3

Partícula coloidal

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O Al(OH)3 atrai o colóide e o retém, via força de atração. Esse floco formado se aglomera
com outros flocos idênticos, é pesado e é capaz de decantar.

Como o Al(OH)3 é anfótero, isto é, pode agir como ácido ou como base,é preciso adicionar
ou não um álcali (Na2CO3 ou NaOH) para neutralizar o ácido sulfúrico gerado na hidrólise do
Al2(SO4)3.

Geralmente, quando se adiciona Al2(SO4)3 na água pode ir junto Na2CO3.

As principais reações que ocorrem são:

Al2(SO4)3 + 6H2O 2 Al(OH)3 + 3 H2SO4 5 < pH< 8

Al(OH)3 + NaOH NaAlO2 + 2 H2O pH > 8


floco

2 Al(OH)3 + 3 H2SO4 Al2(SO4)3 = 6 H2O pH < 5


floco

Na água do rio Cubatão W-1 não precisa, mas na água da serra W-10 é necessário
adicionar barrilha para evitar o abaixamento do pH da água.

Quanto mais chuva, mais turva a água fica, mais colóide tem na água e mais Al2(SO4)3 se
adiciona. Assim, adiciona-se mais barrilha quando chove.

Na RPBC, o pH ideal de clarificação é próximo de 6 pois para pH abaixo de 5 não forma o


floco e para pH acima de 8 o floco se dissolve.

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2.4.1.3 - Sistema de Água do Rio Cubatão - W-1


A água de W-1 tem as seguintes características:

− é pouco turva;

− tem cargas negativas na superfície;

− tem baixa turbidez, pois vem de uma represa que tem tempo de residência alto para
decantar;

− tem mais cor que a água da serra W-10; a cor é mais intensa devido à presença de
material em decomposição, vindo de restos vegetais.

− tem teor de sais da ordem de 70 a 80 ppm de CaCO3 (o carbonato de cálcio CaCO3 é o


padrão de medição de deposição ou dissolução de água, além de ter um peso molecula
igual a 100).

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2.4.1.4 - Sistema de Água da Serra


A água de W-10 tem as seguintes características:

− é cristalina, tem poucos sais dissolvidos e poucos sólidos em suspensão, logo tem
salinidade baixa e excelente, da ordem de 20 a 25 ppm de CaCO3.

− tem turbidez igual a 1, que é uma turbidez mais baixa que a turbidez da saída do
clarificador;

− é sazonal, pois depende da chuva, quando chove turva rapidamente;

− tem flexibilidade de ser jogada no clarificador da ETA;

− tem alto teor de sílica e sílica coloidal (a sílica coloidal não é reativa), que não são retidas
na desmineralizadora e pode dar problemas nas caldeiras. Um alto teor de sílica na água,
no mínimo, aumenta a drenagem das caldeiras para remover a sílica.

A refinaria consome de 1300 a 1400 m3/h de W-1 e W-10, onde a proporção de consumo
correspondente é de 1000 a 1100 m3/h de W-1 e 300 a 500 m3/h de W-10.

2.4.1.5 - Estação de Tratamento de Água (ETA)


Da CBRC saem 2 adutoras:

− W-1 velha com 1,5 m de diâmetro;

− W-1 nova com 1,0 m de diâmetro.

As W-1 velha e nova têm interligação entre si e também com a W-7. Normalmente a W-7
mantém-se pressurizada pela W-1.

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As W-1 velha e nova subdividem-se em:

Figura 8
DISTRIBUIÇÃO DAS W-1 VELHA E NOVA

CBRC

AX

S/E A-1 ETA


FAFER
W-1 nova W-1 velha

UC
TGs
UP

UV
A-41
UPF
UTG

H2

ar condicionado da URA

A A-41 vai usar W-1 a cada parada da K-4301.

Na Estação de Tratamento de Água (ETA) as W-1 nova e velha juntam-se, entram numa
válvula de controle de nível do tanque de água clarificada P-3203 e vão para o P-3213.
Pretende-se substituir a válvula de controle por uma turbina hidráulica com gerador para
aproveitar essa energia.

O P-3213 é uma caixa de distribuição que faz a distribuição da água para os clarificadores.
No P-3213 injeta-se:

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a) sulfato de alumínio: Al2(SO4)3:

É o agente floculante.

b) cloro Cl2:

É oxidante de ferro, manganês e matéria orgânica no clarificador. Tem a finalidade de


evitar a formação de algas nos clarificadores e nos tanques de água clarificada.

c) barrilha:

É alcalinizante. Pode-se adicionar ou não para manter o pH da água próximo de 6 para


haver a formação do flóculo de Al(OH)3.

Do P-3213 a água vai para os clarificadores P-212, P-3201 e P-3202, que têm o objetivo de
remover a turbidez, isto é, sólidos de Al(OH)3 e sujeira do rio.

Os sólidos serão devolvidos para o Rio Cubatão ou encaminhados para a ETDI. Pela lei do
Conselho Nacional do Meio Ambiente, CONAMA 20, o teor de sólidos não pode ser maior que
1 ml/l no cone de Inhoff para ser mandado de volta ao Rio Cubatão. Normalmente, 70% do
material sólido é devolvido ao rio.

Dos clarificadores a água vai para o tanque de água clarificada P-3203, onde pode haver
injeção de NaOH com o objetivo de corrigir o pH. Mantém-se o pH entre 7 e 8 com a adição de
soda para evitar a corrosão das linhas, que se caracteriza por dar muito ferro nas torres de
resfriamento.

Do P-3203 a água clarificada W-13 passa pelas bombas J-3201 A/B/C para os
consimidores, que são:

− torres de resfriamento;
− TG-5;
− PAFs (preaquecedor de ar para os fornos);
− ar condicionado da UC.
Há 3 pontos principais de amostragem no sistema de clarificação:

a) W-1 antes da válvula de controle

− pH;
− turbidez.
b) clarificadores

− pH;
− turbidez.

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c) W-13 após o tanque de água clarificada

− pH;

− turbidez.

− cloro - verifica se há cloro livre para evitar a formação de alga no clarificador; assim,
procura-se manter 0,5 ppm de cloro livre.

2.4.1.6 - Principais Equipamentos da ETA


São eles:

− uma caixa de chegada de água bruta (P-3213);

− um clarificador Pulsator (P-212);

− dois clarificadores turbo-ionen (P-3201 e P-3202);

− um tanque de água clarificada (P-3203);

− um tanque de água filtrada para lavagem dos filtros à pressão (P-3212);

− doze filtros de areia à pressão (O-707A/F e O-717A/F);

− um sistema de preparação e dosagem de reagentes para coagulação;

− Um sistema de cloração;
− Um conjunto de bombas centrífugas (J-3201A/B/C para W-13 e J-345C, J-351 e J-
3261A/B para W-8);
− Um sistema de tubulação para entrada e saída de água da área de interconexão dos
equipamentos;
− Um sistema de instrumentação e controle;
− Uma casa de química.

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Figura 9

PREPARO DE SOLUÇÕES

P-3208 P-3209
P-3206 P-3207 P-3204 P-3205

K-3212 K-3213
K-3211

CARBONATO DE SÓDIO- 6% J-3204


SULFATO DE J-3202A/B
J-3203A/B ALUMÍNIO SULFATO DE
3% ALUMÍNIO
3%

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Figura 10
SIMPLIFICAÇÃO DA CLARIFICAÇÃO E FILTRAÇÃO

UTILIZAÇÃO NA ETA
W-1 NOVA
FILTROS
SULFATO DE ALUMÍNIO O-717A/F
LC
SOLUÇÃO DE CLORO
LC FILTROS
BARRILHA O-707A/F

CLARIFICADORES
CAIXA DE ÁGUA DE
DISTRIBUIÇÃO TANQUE ÁGUA LAVAGEM W-8
P-212 P-3201 P-3202 CLARIFICADA DOS
P-3213
P-3203 FILTROS
AMOSTRAGEM
P-212

J-346A/B

AMOSTRAGEM

J-351
W-1 VELHA
J-3261A/B
J-345C ÁGUA CLARIFICADA PARA REPOSIÇÃO DAS TORRES

W-13

J-3201A/B/C

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2.4.2 - Área 325- Desmineralização


2.4.2.1 - Descrição da Estação de Tratamento de Água (Área 325)
Instalação de desmineralização integrada por três cadeias complementadas produzidas por
dois tanques de armazenamento de água desmineralizada e um sistema de regeneração das
colunas de intercâmbio iônico, com a finalidade de fornecer água desmineralizada para os
desaeradores localizados na CTE e na Caldeira de CO.

A instalação de desmineralização consiste basicamente dos seguintes sistemas e


equipamentos:

a) Dois filtros de areia por gravidade (P-3250A/B).


b) Um reservatório de água filtrada (P-3251).
c) Dois filtros de carvão ativado (descloradores) (O-3250A/B).
d) Três unidades de intercâmbio catiônico (O-3251A/B/C)
e) Duas torres descarbonatadoras (O-3252A/B).
f) Um tanque de água descarbonatada ou decationizada (P-3252).
g) Três unidades de intercâmbio aniônico (O-3253A/B/C).
h) Três unidades de leitos mistos (O-3254A/B/C).
i) Uma unidade de trampa de resina (0-3255).
j) Dois tanques de água desmineralizada (P-3253 e P-3258).
k) Um sistema de regeneração ácida.
l) Um sistema de regeneração alcalina.
m)Um sistema de neutralização de efluentes ácidos.
n) Um sistema de instrumentação e controle.
o) Um sistema geral de bombeio.
p) Um sistema de tubulações para entrada e saída de água da área de interconexão dos
equipamentos.
q) Um painel de comando.

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2.4.2.2 - Descrição do Processo Empregado


Para obtenção de água desmineralizada, utiliza-se três cadeias de desmineralização em
paralelo, integrada cada uma por:

− Uma unidade de intercâmbio catiônico (fortemente ácida).


− Uma unidade de intercâmbio aniônico (stratabed).
− Uma unidade de leitos mistos.
É comum para as três cadeias, a instalação, antes das colunas catiônicas, de dois filtros
decloradores, e depois destes, duas torres descarbonatadoras.

A água filtrada que alimenta a área 325, possui cloro livre, o qual ataca as resinas de
intercâmbio catiônico, destruindo paulatinamente sua estrutura reticular, perdendo assim
resistência mecânica.

Este fenômeno ocasiona o abrandamento das esferas e aumenta notavelmente a perda de


carga através do leito.

Para evitar tais problemas, a água passa através dos filtros de carvão ativado, nas quais o
cloro é transformado em ácido clorídrico, perdendo assim agressividade.

O ácido clorídrico combina-se com os bicarbonatos existentes, formando cloretos e ácido


carbônico. Esta operação denomina-se descloração.

A água desclorada passa através dos leitos de resinas de intercâmbio catiônico do tipo
fortemente ácido, aonde os cátions são eliminados e substituídos por hidrogênio,
transformando-se em sais dos ácidos correspondentes.

Para regeneração da unidade intercâmbio catiônico utiliza-se ácido sulfúrico, de maneira


progressiva em concentração de 2% e 5%.

A passagem desta solução realiza-se em contra-corrente.

Para eliminar o CO2, da água decationizada, utilizam-se torres desgaseificadoras.

A eliminação de CO2, mediante estas unidades baseia-se na baixa solubilidade do CO2, na


água e seu fácil desprendimento quando a superfície de contato água-ar é grande.

Se além disso, o ar é renovado continuamente, evitando na interface sua saturação com o


CO2, a eliminação se efetuará com maior rapidez.

Para conseguir as condições anteriores, a água se faz cair dentro das torres sobre um leito
de anéis Rasching e o ar é renovado mediante a utilização de um ventilador que produz uma
corrente de ar de baixo para cima em contra-corrente com a água descarbonatada.

A porcentagem de CO2 eliminada depende fundamentalmente do tempo de contato da


água com ar e da temperatura da água. Em nosso caso, as torres foram calculadas para obter
um máximo de 3,5ppm de CO2 residual a 55oC.
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A água tratada pelo processo descrito é passada posteriormente através dos leitos de
resina de intercâmbio aniônico para eliminar os ânions dos ácidos formados.

Para isto, emprega-se um sistema denominado “Stratabed” que consiste na utilização de


resinas fortes e debilmente básicas numa mesma coluna.

A debilmente básica deposita-se na parte superior e a fortemente básica na parte inferior.

Devido a que a água passa de cima para baixo, a primeira resina retém os ânions dos
ácidos fortes (clorídrico, sulfúrico e nítrico), passando os ânions fracos (sílica e carbônico) que
são retirados pela outra resina.

As vantagens deste método são os seguintes:

As resinas debilmente básicas, regeneram-se com maior eficiência que as fortemente


básicas.

Isto faz com que a soda cáustica necessária para eliminar os ânions fortes seja menor que
a empregada quando utiliza-se uma resina fortemente básica somente.

Além disso, as resinas debilmente básicas têm maior resistência ao envenenamento por
parte de matéria orgânica, o que faz que estas protejam as resinas fortemente básicas, que
são mais sensíveis a este fenômeno.

Para poder utilizar um leito duplo obtendo-se um menor consumo de soda cáustica e uma
qualidade de água comparável com a conseguida com um só leito de resina fortemente básica,
é necessário que as duas não se misturem e se encontrem separadas em duas camadas
estratificadas.

Isto é possível de obter-se porque, devido às resinas fracas possuirem densidade menores
do que as resinas forres, estarão sempre na parte superior do leito e, portanto, trabalharão
como se estivessem em colunas anteriores.

O leite estratificado de resinas regenera-se com uma solução a 4% de hidróxido de sódio,


em contra-corrente. Este tipo de regeneração, além de diminuir a fuga, diminui o consumo de
soda, já que a resina debilmente básica regenera-se com excesso de soda empregado na
regeneração da fortemente básica.

A fim de remover completamente a sílica, utiliza-se uma solução de soda a 35% C, já que
de outra forma corre-se o perigo de que a sílica não removida se transforme em ácido sílico
coloidal, difícil de eliminar e que dá origem a fugas de sílica, durante a passagem de água.

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A fim de deionizar totalmente a água produzida pelas colunas aniônicas passamos através
de unidades de leitos mistos.

O leito de resina desta coluna consiste em uma mistura de resina fortemente básica e
fortemente ácida, que elimina praticamente todas as impurezas da água. Nenhum outro
sistema industrial produz água com a qualidade que produzem os leitos mistos.

Esta qualidade é independente da que apresenta a água de entrada pela qual os leitos
mistos servem como elementos de polimento final, e de segurança já que podem absorver
qualquer escape anormal de sais das unidades de intercâmbio catiônico ou aniônico.

Para regenerar os leitos mistos é necessário separar as resinas, o que se consegue


facilmente, já que a resina fortemente básica é mais leve que a fortemente ácida. A
regeneração da primeira se faz com solução a 5% de hidróxido de sódio e a segunda com
ácido sulfúrico a 5%.

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2.4.2.3 - Características da água desmineralizada


São:

− pH - instável, entre 6,0 e 7,5.


− Dureza zero
− Sílica < ou = 0,02ppm de SiO2
− Condutividade < ou = 0,2 us
− Vazão média 450m3/h

2.4.2.4 - Câmara de equipartição


A água produzida pelos clarificadores existentes alimenta uma câmara de partição
localizada no extremo sul do tanque P-3203 de água clarificada existente.

Esta câmara tem por objetivo repartir a água clarificada aos filtros de gravidade e/ou
alimentar o tanque P-3203.

Com tal fim foi instalada uma válvula reguladora de vazão (LIC-3250-V), que tem por fim
alimentar aos filtros com as necessidades do consumo, indicadas pelo nível do tanque de água
filtrada P-3251.

Na câmara de partição foram instaladas duas comportas de acionamento manual para o


bloqueio da válvula reguladora (LIC-3250-V) e, além disso, foi previsto um by-pass com sua
correspondente comporta de acionamento manual.

Logo abaixo da válvula LIC-3250-V, encontra-se uma câmara onde parte uma tubulação de
30”, a que alimenta a canaleta de entrada aos filtros.

A água da represa, por apresentar menor salinidade, alimenta a A-325, onde é


desmineralizada e usada como água de caldeira. É indispensável que a água da caldeira seja
isenta de dureza e sais minerais, evitando problemas de corrosão, não só na caldeira, como
nas turbinas que serão acionadas por este vapor.

Devido ao aparecimento de sílica coloidal nas caldeiras, a água da represa W-10 é


clarificada antes da filtragem independente da sua turbidez.

Após isso, a água é filtrada para evitar as partículas em suspensão reduzam o tempo de
campanha das resinas de troca iônica.

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2.4.2.5 - Filtração
A instalação consta basicamente de uma câmara onde se encontra a válvula reguladora e
os vertedores, dois filtros duplos de areia (P-3250-A/B), um reservatório de água filtrada (P-
3251), equipamento de bombeio, compressores para lavagem e um sistema de instrumentação
e controle.

A água ingressa por gravidade em uma canaleta que alimenta os dois filtros (P-3250-A/B)
através de vertedouros com o fim de conseguir uma equipartição da vazão.

Logo abaixo destes vertedouros localizam-se as comportas de bloqueio (KC-3250/51-V1 e


V2), acionadas pneumaticamente por um pistão, o qual é comandado do painel de controle
mediante as válvulas solenóides (KC-3250/51-S1 e S2).

Cada filtro tem uma saída de água filtrada a que se encontra conectada ao reservatório de
água filtrada (P-3251).

a) Filtros P-3250A/B

Cada um dos dois filtros duplos empregados consiste num tanque retangular de concreto,
dividido por meio de um falso fundo, do mesmo material que suporta ao leito de areia.

Este falso fundo tem aspersores de material plástico de canalarga, uniformemente


distribuídos em toda a sua área, que permite a passagem de água e ar durante a lavagem,
porém impede a fuga de areia.

O leito filtrante está constituído por uma camada de areia de 75cm de altura, de tamanho
nominal 0,95mm.

Esta areia é de maior granulometria e uniformidade que a empregada nos filtros


convencionais, e permite efetuar a lavagem com água e ar.

As vantagens que se obtém utilizando a areia de 0,95mm são as seguintes:

− Utilização de menos água de lavagem que no outro caso;


− Ciclo operativo de maior duração, a igualdade de perda de carga máxima, qualidade da
água a filtrar e velocidade de filtração;
− Condições mais favoráveis para que não ocorra perda de areia, durante as lavagens.
A lavagem efetua-se por meio das bombas J-3250A/B, que succionam da bacia de água
filtrada, ingressando a água por um conduto de 16”, conectado a outro central, que divide cada
filtro em uma unidade dupla.

A água de lavagem passa através do leito filtrante, de baixo para cima e vai para a
drenagem por intermédio das três canaletas localizadas em sua parte superior (uma central e
duas laterais).

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O ar de lavagem é provido por um dos compressores (V-3252A/B) e ingressa nesse


mesmo conduto central de concreto por intermédio das tubulações correspondentes de 10” de
diâmetro.

− Vazão de projeto de cada filtro = 400m3/h


− Velocidade máxima de filtragem = 8,16m/h

b) Reservatório de Água Filtrada


O reservatório de água filtrada consiste num tanque retangular de concreto, localizado
abaixo dos filtros, permitindo que a água ingresse por gravidade ao mesmo

− Volume útil = 750m3

c) Bombas de Água Filtrada e Compressores


As bombas encontram-se em uma sala de bombas para a alimentação dos seguintes
pontos de utilização:

− J-3250A/B: Água filtrada para alimentação da cadeia de desmineralização. Vazão normal


de cada bomba= 530m3/h
− V-3252A/B: Compressor de ar para lavagem dos filtros. Vazão de cada
compressor= 2.400m3/h
− J-3250A/B: Água filtrada para lavagem dos filtros de gravidade (P-3250A/B)

2.4.2.6 - Desmineralização
a) Filtros de Carvão Ativado
São duas unidades O-3250A/B, de fluxo duplo que trabalham em paralelo.

Consiste em vasos cilíndricos com fundos toriesféricos, construídos em chapa de aço


revestido inteiramente de resina epoxi.

Cada vaso tem 3.300mm de diâmetro interno e 3.000mm de altura cilíndrica.

A entrada de água realiza-se simultaneamente, pela parte superior, através de uma placa
defletora e pela parte inferior, por meio de um distribuidor ramificado que consiste numa
câmara de aço protegida com resina.

A saída de água desclorada realiza-se através de um coletor ramificado central situado na


altura média do leito de carvão.

O coletor consiste em um tubo central de PVC, no qual encontram-se rosqueados ramais


laterais de PVC.
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Este ramais levam rosqueados na sua parte superior e inferior, aspersores ranhurados de
poliestireno que permitem a passagem da água e retém o carvão ativado.

Cada filtro tem uma carga de 9.600 litros de carvão ativado, com uma granulometria de 12
x 20 mesh.

O carvão ativado apoia-se sobre um leito suporte de areia, de granulometria decrescente,


que impede a fuga das partículas de carvão.

As tubulações dos filtros, são de aço e as válvulas são do tipo gaveta de acionamento
manual.
− Vazão normal de cada unidade = 225m3/h

b) Unidades de Intercâmbio Catiônico


São três unidades (O-3251A/B/C) que trabalham e paralelo. Consistem em vaso cilíndricos,
ácida, marca Dowex HCR-5, sendo a altura do leito de resina de 2.300mm.
− Vazão normal de cada unidade = 150m3/h

c) Sistema de Descarbonatação
O sistema de descarbonatação consta de torres descarbonatadoras (O-3252A/B), um
reservatório para água descarbonatada (P-3252), dois ventiladores centrífugos (V-3250A/B)
para o reclame da água descarbonatada para as colunas intercambiadoras de ânions.

As torres descarbonatadoras (O-3252A/B) são duas unidades que trabalham em paralelo.


Consistem em tanques de forma prismática e secção quadrada de 3.100mm de lado e
3.000mm de altura reta, construídos em concreto e revestidos internamente com tinta epoxi.

Cada uma destas unidades contém 16,25m3 de recheio de anéis Rasching de PVC de
38mm x 38mm com uma altura de recheio de 1.700mm e 1,9m3 de anéis Rasching de PVC de
75mm x 75mm com uma altura de recheio de 200mm como eliminador de arrasto, sendo a
altura total de recheio de 1.900mm.
− Vazão normal de cada unidade = 320m3/h
As duas torres são providas de um distribuidor superior para o ingresso de água e uma
grelha de madeira para suporte dos anéis Rasching.

A água descarbonatada ingressa através de um selo hidráulico a um tanque (P-3252) de


100m3 de capacidade, construído em concreto e protegido internamente com tinta epoxi.

Deste tanque succionam as bombas J-3252A/B (vazão normal de cada bomba= 530m3/h)
que recalcam a água descarbonatada para as colunas de intercâmbio aniônico e leitos mistos.

d) Unidades de Intercâmbio Catiônico


São três unidades O-3253A/B/C, que consistem em vasos cilíndricos construtivamente
similares às unidades de intercâmbio catiônico.
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Cada coluna tem um diâmetro de 3.600mm e uma altura cilíndrica de 4.000mm.

Cada uma destas unidades contém 12.000 l. de resina fracamente básica macroreticular,
com uma altura de 1.200mm e 8.000 l. de resina fortemente básica, com uma altura do leito de
850mm.

Ambas somam o volume de 20.000 l. por coluna, com o qual a altura do leito resulta em
2050mm. (Marca Bayer MP65/CA9223).

Ambas as colunas estão providas de distribuidor superior, intermediário. para saída da


solução regenerante, falso fundo, purga automática de ar, bocas de visita, visores indicadores
de posição de resina, conexões flangeadas e revestimento interior de ebonite.

− Vazão normal de cada unidade = 150m3/h

e) Unidades de Leitos Mistos


São três unidades, O-3254A/B/C que trabalham em paralelo.Consistem em vasos
cilíndricos, com fundos toriesféricos, construídos em chapa de aço revestido internamente de
ebonite.

Cada vaso tem 2.100mm de diâmetro interno de 3.000mm de altura cilíndrica.

A entrada de água realiza-se pela parte superior, através de uma placa defletora. A saída
de água deionizada efetua-se pela parte inferior através de um falso fundo, provido de
aspersores que permitem a saída de água, porém impedem a fuga de resina.

Um distribuidor na parte superior da coluna permite a entrada da solução de soda e um


distribuidor intermediário permite a saída das soluções de ácido e soda. As colunas estão
providas de bocas de visita, visores para observação da resina e conexões flangeadas para as
tubulações.

O ar que pode chegar a acumular-se na parte superior da coluna é eliminado por meio de
um purgador automático, constituído por uma válvula com flutuador projetada especialmente.
As tubulações são de aço revestidas internamente com ebonite e as válvulas são de diafragma
de neoprene e do tipo borboleta, com acionamento pneumático com corpo em ferro fundido e
revestidas internamente de ebonite. Em cada leito misto há um volume de 2.800 l. de resina
fortemente ácida, com uma altura do leito de 840mm e 2000 l. de resina fortemente básica,
com uma altura do leito de 590mm.

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Ambas as resinas somam o volume de 4800 l. por coluna, com o qual a altura do leito
resulta em 1430mm (IONAC-AFP-100).

− Vazão normal de cada unidade = 150m3/h

f) Tanques de Água Desmineralizada e Sistema de Bombeio


A água totalmente desmineralizada que sai das unidades de leitos mistos é enviada aos
tanques P-3253/P-3258 por meio de tubulação, passando previamente através da trampa de
resina (O-3255).

Dos tanques P-3253/P-3258 as bombas J-3253A/B/C recalcam a água desmineralizada


para o consumo, por meio da tubulação (W-8-285-32-12”-Ax). O tanque de água
desmineralizada (P-3258) é do tipo cilíndrico vertical, com fundo chato apoiado em base de
concreto e teto fixo-cônico, construído em chapa de aço carbono e revestido internamente com
resina éster vinílica.

Tem uma capacidade útil de 7.000m3, sendo suas dimensões gerais de 24.850mm de
diâmetro e 14.700mm de altura cilíndrica.

Está provido de escada helicoidal de acesso ao teto, bocas de visita, porta de limpeza,
indicado de nível por bóia com régua de medição externa e transmissão de nível para sala de
controle, conexões de entrada e saída de água, suspiro, ladrão e drenagem.

O tanque de água desmineralizada (P-3253) é do tipo cilíndrico vertical, com fundo chato e
teto cônico, construído em chapa de aço carbono, revestido internamente com tinta epoxi. Ele
tem uma capacidade útil de 1.500m3, sendo suas dimensões gerais de 15.000mm de diâmetro
e 8.500mm de altura cilíndrica. Está provido de bocas de visita, indicador de nível e as
correspondentes conexões de entrada e saída de água, suspiro, ladrão e drenagem.

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2.4.2.7 - Química da Desmineralização


A desmineralização é feita com resinas (plásticos) ativadas por:

− R-SO3H- íons sulfônicos (com hidrogênio) - 24.000 litros


- resinas catiônicas

− RNH2OH- íons aminas (com hidroxilas) - resinas aniônicas


- três vezes mais cara que a catiônica
- 20000 litros

Supomos que na água haja NaCl:


- -
Cl + R - H+ + Na+ → R - Na+ + H+ + Cl
pH neutro pH ácido (2,5 a 3,5)

H2CO3 → H2O + CO2

Jogando a água com ar em contra-corrente (torre descarbonatadora) na torre de extração


vai se diminuir a salinidade da água, no caso de usarmos a resina aniônica. Só então ela segue
para desmineralização (resina aniônica)=

-
R - OH + H+ + Cl → R -- Cl + H+ + OH

Para regenerar as resinas é feita a adição de:


-
− NaOH - para resina aniônica - aumentar OH
− H2SO4 - para resina catiônica - aumentar H+

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Figura 11
SIMPLIFICAÇÃO DA DESMINERALIZAÇÃO

R E P R E S A W -1 0

T U R B ID E Z M U IT O E L E V A D A (> 6 0 )

T U R B ID E Z EN TR E 5 E 60 P -3 2 1 3

T U R B ID E Z B A IX A (< 1 )
T U R B ID E Z
5
P -2 1 2

F IL T R O S
P -3 2 5 0 A /B

TA N Q U E Á G U A
F IL T R A D A
P -3 2 5 1

D ESC LO -
R A D O R
O -3 2 5 0
A /B

J -3 2 5 1 A /B

TO R R E
D ESC A R B O N A TA D O R A .
O -3 2 5 2 A /B
C A TEXER S
A N EXER S O -3 2 5 1
R E S E R V A T Ó R IO
O -3 2 5 3 A /B /C
Á G U A D ESC A R B O N A TA D A
A /B /C P -3 2 5 2

J -3 2 5 2 A /B

L E IT O
M IS T O
O -3 2 5 4
A /B /C

TA N Q U E Á G U A
TR A M PA D E D E S M IIN E R A L IZ A D A
R E S IN A P -3 2 5 3 /5 8
O -3 2 5 5

C A SA
D E
J -3 2 5 3 B /C
FO R Ç A

VA PO R S3 VA PO R S2
J -3 2 5 3 A

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2.4.3 - Controle de Processo


a) Principais controles da A-32
− O nível do tanque de água clarificada controle a vazão de entrada de água bruta.
− O nível do tanque de água de lavagem dos filtros controla a vazão de água clarificada e
filtrada que vai para este tanque ao invés de seguir para as unidades.
− A purga de lama dos clarificadores é programada em uma unidade de programação.

b) Principais controles da A-325
− O nível da água nos filtros é controlado por válvulas borboletas nas saídas dos filtros.
Estas válvulas se abrem à medida que aumenta a perda de carga no leito devido ao
acúmulo de partículas.
− Durante a regeneração das resinas catiônicas a vazão de água desclorada é mantida
constante por controle de pressão na tubulação de saída geral de água desclorada.
− Durante a regeneração das resinas aniônicas e dos leitos mistos a vazão de água
descarbonatada é mantida constante por controle de pressão na tubulação de saída de
água descarbonatada.

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2.4.4 - Flexibilidade Operacional


A unidade apresenta uma grande flexibilidade, o que permite que problemas em sistemas
primários ou problemas na água, por exemplo, possam ser contornados (Figura 12).

Linha 1 - W-1 de emergência - Qualquer problema que haja; como parada dos
clarificadores, essa linha permite que a água bruta seja mandada para o tanque de água
clarificada ou diretamente para a linha de W-13 (água clarificada para reposição das torres).

Existe também a possibilidade de W-8, ou, em último caso W-1, por falta de W-10 (água de
represa) alimenta a desmineralização.

Esses procedimentos vão implicar numa queda de qualidade da água obtida, tanto a
filtrada como a desmineralizada, mas evitam a parada da unidade.

Linha 2 - Essa linha torna possível a alimentação do clarificador P-212 quando a turbidez
da água de represa for um pouco alta (> 5 JTU).

O clarificador P-212 é o único que tem um alinhamento para receber os produtos químicos
sem ter que para isso se mistura com a água bruta que vai para os outros clarificadores. Tem
também na saída possibilidade de ir para os filtros de desmineralizadora desviando-se do
tanque de água clarificada P-3203.

Linha 3 - Quando por algum motivo a água da represa estiver com a turbidez
extremamente elevada ela deve ser tratada na caixa de chegada junto com a água bruta.

Linha 4 - É usada para que o excesso de W-10 não seja desperdiçado. No entanto, é
necessário que a turbidez esteja abaixo da turbidez da água clarificada para não causar
prejuízos.

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FIGURA 12
FLEXIBILIDADE OPERACIONAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

CARBONATO DE CÁLCIO 6%

SOLUÇÃO DE CLORO W10

SULFATO DE ALUMÍNIO 12%

UTILIZAÇÃO NA ETA
3 4 FILTROS
O-717A/F

2
FILTROS
CLARIFICADORES O-707A/F
AUXILIAR
PRODUTOS DE FLOCULAÇÃO
QUÍMICOS
ÁGUA DE
TANQUE ÁGUA LAVAGEM
CAIXA DE CHEGADA P-212 P-3201 P-3202 CLARIFICADA DOS
P-3213
P-3203 FILTROS
P-212
J-346A/B

J-345A/B/C
J-351

ÁGUA CLARIFICADA PARA REPOSIÇÃO DAS TORRES

1 J-3201A/B/C

W1 DE EMERGÊNCIA

P-3250A/B

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2.4.5 - Condições de Projeto e Operação


Atualmente a A-32 e a A-325 estão operando com vazão inferior a de projeto embora
atendendo plenamente as necessidades da refinaria devido à folga no projeto. A tabela abaixo
ilustra a diferença entre as vazões de projeto e as do dia 23.06.88 (um dia típico representativo
da média mensal).

Vazões de Projeto m3/h


W-1 Água Bruta 2500
W-13 Água Clarificada 1560
W-8 Água Clarificada e Filtrada 470
Água de Lavagem de Filtro e Drenagem 470

A A-325 está desmineralizando 375 m3/h enquanto sua capacidade nominal é de 530m3/h
que é a vazão de bombeio de um equipamento a outro, sendo que os filtros, descloradores,
descarbonatadora e leitos de resina tem capacidade superior aos 530m3/h e função de paradas
e manutenção destes equipamentos.

Neste caso, deve-se levar em consideração que, normalmente, sempre tem um leito que
está sendo regenerado e dois em operação.

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2.4.6 - Sistema de Armazenamento


a) Sistema de Armazenamento e Dosagem Äcido Sulfúrico
O ácido sulfúrico concentrado a 98% é bombeado desde o caminhão-tanque, até o tanque
P-3254 pela bomba J-3256. Deste tanque se alimentam as bombas dosadoras de ácido das
unidades de intercâmbio catiônica (J-3254A/B), e das unidades de leito misto (J-3259A/B).
A vazão das referidas bombas é regulada manualmente no campo.
As bombas entram e saem de funcionamento automaticamente quando começa e termina
a operação da passagem de ácido, sempre que a vazão da água de diluição seja correta.
O ácido concentrado mistura-se com a água de diluição nos misturadores (K-3250 e K-
3251).

b) Sistema de Armazenamento e Dosagem de Soda Cáustica


A solução a 48% é bombeada desde o caminhão-tanque ao tanque P-3255, pela bomba J-
3258.

O tanque de soda a 48% (P-3255) alimenta as bombas dosadoras (J-3255A/B), para


regenerar as unidades de intercâmbio aniônico e, as J-3259A/B para leitos mistos.

A soda a 48% mistura-se com água de diluição nos misturadores (K-3252 e K-3253).

c) Sistema de Regeneração das Unidades Catiônicas


O sistema de regeneração consta de:

− Um tanque de armazenagem do ácido (P-3254), de volume útil 94m3, forma cilíndrica


vertical, construído em chapa de aço carbono.
− Duas bombas dosadoras de ácido concentrado (J-3254A/B) (uma de reserva), marca
OMEL da série NSP, do tipo diafragma, sendo este de teflon e o cabeçote de Carpenter
20.

d) Sistema de Regeneração das Unidades Aniônicas


O sistema de regeneração das unidades aniônicas, consta de :

− Um tanque de armazenamento (P-3255). É um tanque cilíndrico vertical, construído em


aço carbono, revestido internamente com tinta epoxi e possui 74m3 de capacidade.
− Duas bombas dosadoras de soda cáustica concentrada (J-3255A/B), marca OMEL, com
diafragma de teflon e cabeçotes de aço inoxidável AISI-316.
− Um misturador tangencial (K-3252), para diluição da soda cáustica a 4%. O misturador é

e) Sistema de Regeneração das Unidades dos Leitos Mistos


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O sistema de regeneração possui os mesmos tanques de ácido e soda mencionados nos


itens anteriores, respectivamente.

Além disso, consta de duas bombas dosadoras de ácido sulfúrico e soda cáustica (J-
3259A/B) de diafragma, tipo Duplex, com regulação independente, marca OMEL, com
diafragma de teflon e cabeçote de Carpenter 20.

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2.4.7 - Análises de Laboratório


As análises abaixo descritas são feitas no laboratório da ETA.

a) W-1: pH e Turbidez
Como essa água ainda não sofreu tratamento, não tem sentido estipular-se uma faixa de
valores para o seu controle. Na verdade, essas análises são feitas uma vez por turno para
que se possa ter a vazão apropriada de sulfato de alumínio e de barrilha para obtenção do pH
ideal para coagulação e a vazão de cloro para oxidação das matérias orgânicas que dificultam
a clarificação.

Logo, essa dosagem é função da W-1 de entrada

b) W-13
São feitas análises de pH, turbidez e cloro livre uma vez por turno.

O pH da W-13 é consequência do pH ideal de floculação em função das condições da W-


1. O valor é em torno de 6.7. A análise da turbidez tem por objetivo verificar se está sendo
obtida W-13 com turbidez acima de 4,0 MTU o que causaria incrustações na linha.

Para manter o pH na faixa de 7,0 a 7,5 (levemente alcalino) dosa-se NaOH na P-3203.

O cloro livre deve ser mantido na faixa de 0,5 - 1,0ppm. O limite inferior garante que as
matérias orgânicas foram oxidadas e que não haverá desenvolvimento de algas e
microorganismos nos equipamentos, bem como nas redes de distribuição. O limite superior
garante um pH adequado para clarificação e evita problemas nas resinas de troca iônica.

Como pode se observar, todos esses valores dependem de um controle na água de


entrada.

c) W-8
São feitas análises de pH e turbidez na mesma frequência que as demais.

O pH da W-8 deve ser levemente alcalino 7,0 - 7,5 minimizando os problemas de corrosão.

A turbidez é controlada para evitar-se problemas de incrustação, entupimento das resinas e


arraste de impurezas e sólidos na caldeira.

Mais uma vez, como não há controle nessa etapa, esses valores são consequência do
tratamento da W-1.

Pode-se comprovar, então, a importância do tratamento da W-1, que deveria ser feito nas
melhores condições possíveis.

d) W-10
É feita análise de pH e turbidez antes dos filtros P-3250A/B e turbidez após a filtração.

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Essa água filtrada é usada na desmineralização, logo deve apresentar uma turbidez baixa
para evitar danos à resina e arraste de sólidos e impurezas para a caldeira. Como essa água é
proveniente da represa, a turbidez deve ser ajustada na unidade.

Filtros muito sujos, com perda de carga elevada favorecerão a passagem de impurezas
para água.

Se a W-10 estiver turva ela deve ser clarificada antes. E em casos extremos de turbidez
muito elevada ela será tratada junto com a W-1.

e) WD ou água desmineralizada
Em vários pontos do processo de desmineralização são feitas análises que têm por objetivo
fornecer no final uma água desmineralizada e condições de ir para o sistema de alimentação
das caldeiras, cujas características são:

− CO2 - 1 ppm
A presença de CO2 torna a água ácida causando problemas de corrosão.
− SiO2 < 0,02ppm
Altas concentrações de sílica favorecem a precipitação e consequentemente a incrustação
nos tubos da caldeira. Além disso, a altas pressões ela vaporiza e passa para o vapor indo
incrustar nas palhetas da turbina.

− Condutividade < 0,4 µs / cm


Valores altos de condutividade significam concentrações elevadas de sólidos dissolvidos na
água, que causam problemas de incrustações na caldeira.

− Dureza < 0,17 (ppm CaCO3)


Dureza elevada equivale a presença de sais de cálcio e magnésio que são altamente
incrustantes provocando o aparecimento de “laranjas” e posterior rompimento dos tubos da
caldeira.

− pH= 6,8 → para se evitar problemas de corrosão.


Durante o processo de desmineralização os parâmetros devem ser ajustados de forma a se
obter a água desmineralizada nas condições desejadas. A água, é então analisada em vários
pontos; a saber:

e.1) Água Desclorada


O cloro livre ataca as resinas de troca catiônica destruindo a sua estrutura reticular,
fazendo com que esta perca resistência mecânica.

Nesta água são feitas as seguintes análises: pH, dureza, cálcio, magnésio, alcalinidade
total, sulfato e cloreto.

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Não é feita a análise de cloro livre nem na entrada nem na saída, pois esse valor era
geralmente nulo porque a eficiência de descloração é alta. O que faz com que um desclorador
seja tirado de operação é o aumento da perda de carga devido às impurezas da água que vão
se depositando nos leitos superior e inferior, causando uma redução na vazão de água.

e.2)Água Descationizada
É feita análise da acidez mineral que é o teor de acidez resultante da troca de ions H+ da
resina catiônica com os cátions dos sais minerais dissolvidos na água.

Se estiver sendo desmineralizada a W-10, a acidez mineral deve estar em torno de 20ppm.
No caso de ser uma mistura de W-10 com W-13, esta acidez deve estar em torno de 40ppm.
Um valor de 64ppm é aceito quando a água usada é W-13.

Quando esse valor vai diminuindo significa que a capacidade de troca da resina está se
reduzindo, sendo necessário esgotar as colunas.

No fim do ciclo da resina, o valor da acidez mineral livre diminui. No entanto, como o valor
da acidez mineral livre é função do total de sais dissolvidos no afluente, este não é um bom
parâmetro de avaliação. Assim, podem ocorrer casos em que a acidez mineral esteja
praticamente constante, mas que esteja sendo necessária a regeneração.

Uma maneira de se identificar esta necessidade é pelo aumento da condutividade no


anexer. Acontecendo isto é necessário ainda identificar o catexer que está esgotado, o que é
feito por tentativa (geralmente é o de maior tempo de campanha). Tira-se um catexer de
operação e observa-se se a condutividade caiu. Em caso positivo, conclui-se que este era o
catexer esgotado. Caso contrário, testa-se o outro catexer.

A análises de pH e dureza não são mais feitas, pois conclui-se que esses valores eram os
mesmos obtidos para a água na saída da descarbonatadora; ou seja, a descarbonatação não
afeta nem o pH nem a dureza.

e.3) Água Descarbonatada


É analisado o pH e a dureza total.

O pH é baixo devido à presença de ácidos minerais.

A dureza já deve ter sido removida nos leitos catiônicos devido à troca dos íons H+ pelos
Ca++ e Mg++, mas só é medida depois da descarbonatação.

e.4) Água Desanionizada


São analisadas:

− Sílica (1ppm sílica) - 0,83ppm CaCO3


− Condutividade - até 25 µs/cm
− pH
Valores altos de condutividade significam que o anexer deve ser esgotado.

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e.5) Água Desmineralizada


É analisada a água na saída do leito misto e também a que é armazenada no tanque de
água desmineralizada P-3253/58 já que este recebe água dos leitos que estiveram operando.

As análises feitas são condutividade, pH e sílica para a água efluente do leito misto. Para o
P-3253/58, além dessas análises é feita a dureza também.

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FIGURA 13
SIMPLIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE CAPTAÇÃO E TRATAMENTO DE ÁGUA

S IS T E M A W - 1 0 C APTAÇ Ã O S IS T E M A W - 1

R IO CUBATÃO
C Ó R R EG O D A S PED R A S E .T .A
(E S T A Ç Ã O D E
TR ATAM EN TO
IN T E R L IG A Ç Ã O C .B .I.
D 'Á G U A ) C .B .R .C .
C O M W -1 J -5 1 7 A /B /C
R E S E R V A T Ó R IO IN T E R L IG A Ç Õ E S
N O R TE W -1 0 E W -1 3

P -3 2 1 3

R E S E R V A T Ó R IO
IN T E R M E D IÁ R IO

P -2 1 2 P -3 2 0 1 -0 2 TO R R ES D E
R E S F R IA M E N T O

R E S E R V A T Ó R IO
SU L W -1 3
J -3 2 0 1 A /B /
P -3 2 0 3 P -3 2 1 2

J -3 4 5 C
O -7 0 7 A /F S IS T E M A W -7
J -3 5 1
O -7 1 7 A /F U N ID A D E S D E
R E S E R V A T Ó R IO D O J -3 2 6 1 A /B
P R O C E S S O /C T E
SESEM A
J - 3 5 1 /J - 3 4 5 C /J - 3 2 6 1 A /B

J A R D IM D A S T H U IA S
P -3 2 5 0 A /B
C .T .E .
W -8 U N ID A D E S D E
PR O C ESSO
IN T E R L IG A Ç Õ E S
PETR O C O Q U E
W -8
P -3 2 5 1
LAVAG EM
D E
F IL T R O S W -8 S E R V IÇ O
J -3 4 6 A /

LAVAG EM
D E
F IL T R O S

J -3 2 5 1 A /B J -3 2 5 0 A /B

O -8 9

E
O -3 2 5 2 P -3 2 5 8
IN T E R L IG A Ç Ã O O -3 2 5 0 O -3 2 5 1 O -3 2 5 3 O -3 2 5 4
A /B O -3 2 5 5
C O M W -7 A /B A /B /C A /B /C A /B /C
P -3 2 5 3
P -3 2 5 2
IN T E R L IG A Ç Ã O
W -1 O U W -1 3
J -3 2 5 2 A /B W D
C .T .E .
C O

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2.5 - Estação de Tratamento de Despejos Industriais (ETDI)


2.5.1 - Finalidade
A ETDI tem por finalidade receber as águas oleosas da rede W-4 e contaminadas da rede
W-14 da RPBC, separando o óleo da água, devolvendo-o aos tanques de slop do SETRAE, e
encaminhando as águas ainda contaminadas para tratamento biológico nas Lagoas de
Aeração.

A rede de W4, basicamente recolhe as drenagens das unidades de processo e seus pátios
de bombas e da central termoelétrica. A rede de W-14 das áreas de tanques, onde são
recolhidas as drenagens dos tanques e seus diques de contenção e das unidades de coque, de
onde podem ser arrastados finos de coque.

Dessa forma, consideramos o sistema W4 como o de “águas oleosas” e o sistema W-14


como o de “águas contaminadas”.

Os sistemas W4 e W-14, além de óleo emulsionado com a água, ainda trazem para a
ETDI, sólidos suspensos. A W4 chega à estação por uma tubulação de concreto de 44” e a W-
14 por duas tubulações de 48” cada uma, também de concreto.

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2.5.2 - Descrição Geral do Sistema


2.5.2.1 - Relação dos Equipamentos com suas Funções Básicas
a) Tanques
− CP-1 - Caixa distribuidora de fluxos (ETDI I / II)
− P-3901 - Caixa distribuidora de fluxo (W4)
− P-3902 - Caixa distribuidora de fluxo (W-14)
− P-3903A/B - Pré-separadores de óleo (tipo API)
− P-3904 - Desativado
− P-3905B - Pré-separador de óleo (tipo API)
− P-3905A - Tanque Pulmão
− P-3906 - Poço de Aspiração das J-3902ABC
− P-3906A - Poço do Dreno Automático do P-3905B
− P-3907 - Canal de entrada ou primário do CPI P-3908
− P-3908 - Separador de óleo CPI (placas corrugadas)
− P-3908A - Poço de sucção de óleo das J-3903A/B
− P-3909 - Poço de óleo recuperado pelo rolo raspador
− P-3910 - Poço de sucção das J-3918 ABC (água para o trat biológico)
− P-3911A/B - Tanques para armazenamento de borras
− P-3912 - Caixas de água potável (W3)
− P-3914 - Tanque pulmão de óleo recuperado nos API P-3903A/B e P-
3905B
− P-3915 - Tanque de águas contaminadas
− P-3916 - Tanque Pulmão
− P-3917 - Tanque de sucção das J-3916A/B
− P-3918 - Tanque de sucção das J-3921A/B
− óleo recuperado nos API P-3921A/B
− P-3919 - Poço de águas da UGAV /ARSUL
− P-3920A/B - Tanques de óleo recuperado para envio ao SETRAE, via
sistema de SLOP
− P-3921A/B - Pré-separadores de óleo (Tipo API)
− Caixa 407 - W4
− Caixa 607 - W-14

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b) Bombas
− J-3902A/B/C - Elevatórias de águas para o CPI P-3908 (tipo parafuso)
− J-3903 - Transferem óleo recuperado do P-3908 e rolo raspador para os
P-3920A/B
− J-3904A/B/C/D - Bombas móveis de diversas aplicações
− J-3908 - Água potável
− J-3909 - Bomba móvel de diversas aplicações
− J-3910A/B - Transferem óleo do P-3914 para o P-3920 A/B ou SETRAE (a
motor)
− J-3910D - Transfere óleo do P-3914 para os P-3920A/B ou SETRAE
(alternativa a vapor ou ar).
− J-3912A/B/C - Bombas de lubrificação das J-3902A/B/C
− J-3912A/B - Transferem o óleo recuperado dos P-3920A/B para o SETRAE,
via sistema de SLOP.
− J-3914 - Transfere óleo do P-3914 para o P-3920A/B
− (alternativa a vapor)
− J-3915A/B/C/D/E - Transferem água do P-3915 para o P-3916
− J-3916A/B - Transferem água do P-3917 para as Lagoas de Aeração
− J-3918A/B/C - Transferem água do P-3910 para as Lagoas de Aeração
− J-3919 - Transfere água da câmara de sucção das J-3915 para a câmara
de entrada no P-3915
− J-3921A/B - Transferem óleo recuperado do P-3918 para os P-3920A/B
− J-3922 - Bomba de poço - móvel, de várias aplicações

c) Pontes Raspadoras
− T-3901A/B - Espumam o óleo da superfície dos pré-separadores
− T-3902A/B - Idem para os P-3921A/B

d) Aquecedores
− M-3901 - Aquecedor do P-3918
− M-3902 - Aquecedor do P-3909
− M-3903 - Aquecedor do P-3914

e) Rolo raspador
- Coleta óleo sobrenadante da superfície do canal P-3907, por agregação e raspagem

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2.5.2.2 - Descrição
A W-4 e a W-14 chegam à estação e são recebidas na caixa distribuidora de fluxo CP-1. Um
sistema de três adufas localizadas no P-3915 e duas adufas na própria CP-1, permitem a
distribuição dos fluxos de W4 e W-14, conforme as seguintes opções operacionais:

a) W-4 e W-14 alinhadas para o P-3915


b) W-4 alinhada para o P-3901 e W-14 para o P-3915
c) W-4 para o P-3901 e W-14 para o P-3902
d) W-4 para o P-3915 e W-14 para o P-3902.
A opção “a” significa que as W-4 e W-14 passam pelo P-3915, onde numa primeira câmara
há uma grade para retenção de sólidos grosseiros e um jogo de telas finas removíveis. O
tanque P-3915 será descrito posteriormente. Dessa primeira câmara sai uma tubulação de 20”
que encaminha as águas para os pré-separadores P-3921A/B.

O óleo é separado e coletado por flautas, caindo no P-3918, de onde, por intermédio das J-
3921A/B é bombeado para os P-3920A/B.

A água pode ser encaminhada diretamente às Lagoas de Aeração, bombeada pelas J-


3916A/B, ou seguir o caminho preferencial que é o poço de sução, P-3906, das J-3902A/B/C,
bombas elevatórias, tipo parafuso, que transferem as águas para o separador CPI P-3908,
passando por um rolo raspador, para recolhimento de óleo. Esse óleo e o óleo recolhido nas
flautas das 33 células (caixas de placas corrugadas), é encaminhado ao P-3908A, e dali,
bombeado pelas J-3903A/B para os P-3920A/B. A água, por gravidade, segue para o P-3910, e
, através das J-3918A/B/C é enviada para as lagoas de aeração.

A opção “b”, que é a normalmente usada, faz com que a W-14 siga os caminhos já
descritos, e a W4 seja encaminhada para a caixa distribuidora de fluxo P-3901. A W4, nessa
caixa, passa por uma grade fixa para retenção de sólidos grosseiros e por um sistema de telas
finas. Em seguida, a W4 entra nos pré-separadores P-3903A/B, que normalmente operam em
paralelo.

O óleo coletado nas flautas dos pré-separadores é encaminhado por gravidade, ao tanque
pulmão de óleo, P-3914. desse pulmão, o óleo é bombeado para os P-3920A/B, ou até mesmo
para os tanques de slop do SETRAE.

A água, segue por gravidade para o canal P-3906, juntando-se com a água oriunda da W-
14, em direção do separador CPI P-3908, seguindo caminhos já descritos.

A opção “c” é usada normalmente, quando se faz necessário a retirada de operação dos
pré-separadores P-3921A/B.

A W-4 segue os caminhos descritos na opção “b” e a W-14 é encaminhada para a caixa
distribuidora de fluxo P-3902.

A manobra consiste em abrir o bloqueio motorizado na entrada do P-3902, abrir uma das
adufas da CP-1 e fechar as adufas no P-3915. Em seguida abrir o bloqueio na entrada do
P-3902 e abrir a segunda adufa na CP-1.
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No P-3902 a W-14 passa por uma grade para retenção de sólidos grosseiros e é
encaminhada por uma tubulação de 20” ao pré-separador P-3905-B, após passar por uma tela
fina, removível, instalada na entrada dessa tubulação.

O óleo recolhido por flautas é encaminhado ao tanque pulmão P-3914 e a água para o
poço de sucção das bombas parafuso J-3902A/B/C. Em seguida, o óleo e a água seguem
caminhos já descritos.

A opção “d” é usada apenas quando se faz necessário a manutenção de limpeza nos P-
3901/03A/B. A W-4 segue os caminhos descritos na opção “a” e a W-14, os descritos na opção
“c”.

Como vimos, todas as variáveis operacionais, em condições normais de trabalho, levam o


óleo separado da água para os tanques P-3920A/B, e dos mesmos, para o sistema de slop da
refinaria. A água é enviada ao tratamento biológico, às Lagoas de Aeração e delas, para o rio
Cubatão.

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2.5.2.3 - Circuito ideal de trabalho


− CP-1 - Mantêm-se fechadas as adufas
− P-3915 - Mantêm-se abertas as adufas de admissão de W-14 e fechada
a adufa de admissão de W4.
− P-3921A/B - Mantêm-se abertas as três comportas, operando, assim, em
paralelo, os dois pré-separadores
− P-3901 - Mantém-se aberto o bloqueio da linha de entrada (40”).
− P-3903A/B - Mantem-se abertas as comportas dos dois pré-separadores,
operando, assim, em paralelo.
A W-14 encaminhada ao P-3915 passa pelo sistema de grades e telas, para filtra os sólidos
em suspensão, e se dirige à pré-câmara dos P-3921A/B por uma tubulação de 20” onde uma
placa de orifício limita a vazão em 700m3/h e imediatamente após há um bloqueio manual tipo
gaveta. Uma derivação de 8” com válvula tipo borboleta, que sai da linha de 20”, antes do
orifício limitador de vazão, possibilita o aumento da vazão para os separadores em até
300m3/h. Os P-3921A/B devem operar em paralelo, para isso, as adufas das pré-câmaras
trabalham totalmente abertas.

Em cada separador está instalada uma ponte raspadora, que ocupa a largura do tanque e
faz trajeto d ida e volta sobre trilhos em velocidade uniforme. São equipamentos dotados de
duas lâminas, sendo uma na superfície, a escumadora, que conduz o óleo e sólidos para as
flautas secundárias do separador. No fundo do tanque, a segunda lâmina, a raspadora, conduz
o lodo para as caixas coletoras de lama.O óleo coletado nos tubos escumadores, que se
convencionou chamar de “flautas”, escoa par a caixa de óleo recuperado P-3918, onde está
instalado um aquecedor a vapor com a finalidade de se manter a temperatura do óleo em torno
de 50 oC. Esse óleo deve ser enviado aos tanques metálicos P-3020A/B, de onde será
transferido para os tanques de slop do SETRAE.

A água transborda pelos vertedouros de saída dos separadores, entrando na caixa P-3917
via adufas, podendo ser bombeada pela J-3916A/B para tratamento biológico, ou encaminhar-
se ao poço de aspiração P-3906 das J-3902A/B/C.

Elevada ao canal primário, P-3907, a água passa por um rolo raspador, onde, por
agregamento, algum óleo é recuperado e encaminhado via P-3909 à caixa P-3908A.

A água adentra ao CPI P-3908, encaminhando-se as 33 células passando-se por


vertedouros ajustáveis. Em cada célula há uma flauta na parte posterior, para cada coleta de
óleo que sobe pelas placas corrugadas por coalescência. O óleo escoa das flautas para uma
tubulação suficientemente desnivelada encaminhando-o à caixa P-3908A. As J-3903A/B,
transferem o óleo para os tanques P-3920A/B.

A água que sai de cada célula, flui por vertedor para um canal no centro do separador e é
encaminhada por gravidade ao P-3910, e daí, transferida pelas J-3918A/B/C ao tratamento
biológico.

2.5.2.4 - Captação de óleo pelo pescador de óleo do P-3916.

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No tanque pulmão P-3916 está instalado um sistema de sucção flutuante com a finalidade de
recuperar o óleo sobrenadante. este pescador de óleo sai pelo bocal de 4” na base do tanque e
envia o óleo coletado para o tanque P-3918. A tubulação se junta com a tubulação de
coleta de óleo das flautas primárias dos P-3921A/B.

Devido a construção do tanque P-3916, que não foi contemplado com uma escada de
acesso ao seu topo não há como ser naturalmente visualizado o pescador flutuante

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2.5.3 - Transferência de óleo


Todo o óleo recuperado na ETDI é encaminhado aos tanques do SETRAE que armazenam
slop para posterior reprocessamento.

Para que se faça transferências de óleo para o SETRAE é de fundamental importância que
se tenha como meta a eliminação total da água do slop a ser transferido. o sistema de slop da
refinaria é constituído de 5 tanques, sendo que:

− estão situados na área oeste os P-109 P-110 com capacidade de armazenar 3.200m3 cada
um.
− na área leste situam-se os P-101 U/V/W com capacidade de armazenar 19.000m3 cada um.
Em levantamento recente da geração de slop da refinaria foi constatado que de um total de
440m3/d, a ETDI, quando as condições dos sistemas W-4 e W-14 são consideradas normais, é
responsável por 130m3/d.

Quanto menor a quantidade de slop gerado, melhor será a produção da refinaria pois
menor será a quantidade de slop injetado nas cargas das unidade de destilação, melhorando o
desempenho das dessalgadoras.

À ETDI, como “fim da linha”, cabe o dever de eliminar toda a água que for possível do óleo
(slop) que recuperou antes de devolvê-lo ao SETRAE

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2.5.4 - Relação das fontes de alimentação dos sistemas W4 e W-14


a) Sistema W-4 (águas oleosas)
− Equipamentos e pátio de bombas das unidades de processo:
− URA -URC - UFCC (óleo combustível/pátio interno)
− UP - UB - UTG - UVV
− UC - Área de vácuo e pré-fracionamento.
− UV, UN e águas ácidas (N-2550)
− UCP-I (ao sul da unidade)
− UMIST (desativada) e parte da faixa da Eletropaulo
− Equipamentos e pátios dos sistemas de óleo combustível e RV da CTE (Central
Termoelétrica).
− Torres de refrigeração: K-4301 e K-2901.
SEDEP (laboratório/descarte de amostras)
− áreas de tancagem:
− Pátio de bombas junto ao P-34 na ARLE
− Pátio de bombas da ARNO
− Pátio de bombas das UASF/UMIST (desativadas).
b) Sistema W-14 (águas contaminadas)
− Tancagem - (drenagem de tanques e bacias dos diques)
− Área Norte, área Sul (exceto esferas).
− Área leste e Área oeste.
− Unidades de Processo:
− UVV (canaleta do lado oeste)
− UFCC (junto a K-2801) e sistema de águas ácidas (N-2413/N-2414)
− UN (ao sul)
− UCP-I/vácuo da UC (a oeste)
− UGAV
− UCP-II
− UASF (faixa da Eletropaulo) desativada
− Lavagem Química (pátio de lavagem de equipamentos)
− Aterros: ATC/ATP
− P-2001 (ARLE) via J-518

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− Torre de refrigeração K-2801 (UFCC)


2.5.5 - Sistema de Águas Ácidas da RPBC
As águas ácidas podem seguir os destinos:

− água da UCPII − da N-8406 na UCPII para W-14 ou


− da UCP II para o P-104D, que vai para a N-2413, que envia para a
dessalgadora
− água da UCPI − vai para a N-2413 e em seguida para as dessalgadoras
− água das Unidades de Destilação Atmosférica e a Vácuo − vai para a UTAA, que envia para
as dessalgadoras quando a N-2413 não estiver operando.
− água da PSG − vai para a UTAA, que envia para as dessalgadoras quando a N-2413 não
estiver operando.
− água da UFCC − vai para a N-2413.

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