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UNIVERSIDADE POSITIVO

CÉLIO JOSÉ CORDEIRO JÚNIOR

THIAGO KLÜPPEL STROBEL

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA PARA FINS NÃO


POTÁVEIS EM UM CONDOMÍNIO HORIZONTAL

Curitiba
2013
CÉLIO JOSÉ CORDEIRO JÚNIOR
THIAGO KLÜPPEL STROBEL

APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA PARA FINS NÃO POTÁVEIS


EM UM CONDOMÍNIO HORIZONTAL

Trabalho de Conclusão apresentado ao curso


de Engenharia Civil da Universidade Positivo
como parte dos requisitos para graduação.

Orientador: Profª. Drª. Karen do Amaral.

Curitiba
2013
SUMÁRIO

Sumário 3

LISTA DE FIGURAS 6

LISTA DE QUADROS 7

LISTA DE TABELAS 8

1 INTRODUÇÃO 10

2 OBJETIVOS 13

2.1 OBJETIVO GERAL 13

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 13

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 14

3.1 CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS FECHADOS 14

3.2 CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIOS 16

3.2 RELAÇÃO EXPANSÃO URBANA VERSUS DISPONIBILIDADE HÍDRICA 17

3.3 APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA 20

3.3.1 Estimativa de Demanda Residencial de Água 22

3.3.2 Legislações e Normas Vigentes 24

3.3.3 Legislação Federal 24

3.3.4 Legislação Municipal 27

3.3.5 Sistemas de Captação de Água de Chuva 27

3.4 DISPOSITIVOS E ACESSÓRIOS NECESSÁRIOS PARA CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA 28

3.4.1 Área de Contribuição 29

3.4.2 Calhas e condutores horizontais e verticais 30

3.4.3 Reservatório 32

3.4.4 Métodos de dimensionamento de Reservatório 33

4 MATERIAIS E MÉTODOS 41
4.1 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA
41

4.1.1 Determinação do Índice Pluviométrico 41

4.1.2 Escolha das Estações Pluviométricas 42

4.1.3 Análise e Coleta de Dados 42

4.1.4 Estabelecimento do Índice Pluviométrico 42

4.1.5 Determinação da Demanda de Água Potável e Não Potável 43

4.1.6 Dimensionamento do Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva 43

4.2 DETERMINAÇÃO DO CUSTO DE IMPLANTAÇÃO E TEMPO DE RETORNO 49

4.3 PRODUÇÃO DE LODO DA ETA PASSAÚNA 49

4.4 PROPOSTA DE ADIÇÃO DE ITENS À CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO 50

4.4.1 Itens Propostos para Aprovação de Projetos 50

5 RESULTADOS 52

5.1 LOCAL DE ESTUDO 52

5.2 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA 54

5.2.1 Escolha das Estações Pluviométricas 54

5.2.2 Análise e Coleta de Dados 56

5.2.3 Estabelecimento do Índice pluviométrico 58

5.2.4 Determinação da Demanda de Água Potável e Não Potável 58

5.2.5 Dimensionamento do Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva 59

6 REFERÊNCIAS 73

7 APÊNDICES 77

7.1 APÊNDICE 1 – Figura com localização Espacial das Estações Pluviométricas na região de
Curitiba 77

7.2 APÊNDICE 2 - Precipitações totais mensais da Estação Pluviométrica 2549075 78

7.3 APÊNDICE 3 - Precipitações totais mensais da Estação Pluviométrica 2549002 79

7.4 APÊNDICE 4 - Precipitações totais mensais da Estação Pluviométrica 2549006 80


7.5 APÊNDICE 5 – Ábaco para dimensionamento Condutor Vertical 82

7.6 APÊNDICE 6 - Precipitações Médias mensais das Estações Pluviométricas Estudadas 83

7.7 APÊNDICE 7 – Dimensionamento do Reservatório pelo método Azevedo Neto. Estação


2549075 84

7.8 APÊNDICE 8 – Dimensionamento do Reservatório pelo método Azevedo Neto Estação


2549002 85

7.9 APÊNDICE 9 – Dimensionamento do Reservatório pelo método Azevedo Neto Estação


2549006 86

7.10 APÊNDICE 10 - Questionário 87

7.11 APÊNDICE 11 – Cronograma de Atividades 92


LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – CICLO HIDROLÓGICO. 17

FIGURA 2 – REPRESENTAÇÃO ESPACIAL DO ÍNDICE DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA SEGUNDO


OS ESTADOS. 19

FIGURA 3 - ESQUEMA DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA. 28

FIGURA 4 - INDICAÇÃO PARA CÁLCULO DA ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO. 29

FIGURA 5 - ESQUEMA PARA INSTALAÇÃO DE CISTERNA COM BOMBEAMENTO. 33

FIGURA 6 - LOCALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO. 52

FIGURA 7 - ILUSTRAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO, CONDOMÍNIO HORIZONTAL. 53

FIGURA 8 - QUADRA POLIESPORTIVA DO CONDOMÍNIO. 54

FIGURA 9 - ACESSO DO CONDOMÍNIO. 54

FIGURA 10 - DIMENSÕES DA CALHA COLETORA 60

FIGURA 11 - LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS DE CURITIBA. 77

FIGURA 12 - ÁBACO UTILIZADO PARA DIMENSIONAMENTO DO CONDUTOR VERTICAL. 82


LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – VAZÃO NOS PONTOS NOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO CONFORME APARÊLHO SANITÁRIO E
PEÇA DE UTILIZAÇÃO 24

QUADRO 2 - CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS DOCES CONFORME CONAMA 357/05. 24

QUADRO 3 - CRITÉRIOS DE BALNEABILIDADE CONFORME CONAMA 274/00. 25

QUADRO 4 - DISTÂNCIAS DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS EM RELAÇÃO AO OBJETO DE ESTUDO. 55

QUADRO 5 - LISTA DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS DE CURITIBA. 56

QUADRO 6 - CARACTERÍSTICAS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA CURITIBA. 57

QUADRO 7 - CARACTERÍSTICAS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA CURITIBA. 57

QUADRO 8 - CARACTERÍSTICAS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA PRADO VELHO. 57

QUADRO 9 - CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 92


LISTA DE TABELAS

TABELA 1- PARÂMETOS DE ENGENHARIA DE CONSUMO EM ÁREAS INTERNAS DE UMA RESIDÊNCIA.


22

TABELA 2 - PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA DE CHUVA PARA USOS NÃO POTÁVEIS. 25

TABELA 3- PARÂMETRO DE QUALIDADE DE ÁGUA PARA REUSO 26

TABELA 4 COEFICIENTE DE RONOFF Erro! Indicador não definido.

TABELA 5 - COEFICIENTES DE RUGOSIDADE 31

TABELA 6 - CAPACIDADE DOS CONDUTORES HORIZONTAIS DE SEÇÃO CIRCULAR (VAZÃO EM L.min-132

TABELA 7 - EXEMPLO DE APRESENTAÇÃO DOS DADOS PLUVIOMÉTRICOS TRATADOS. 43

TABELA 9 - DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA NÃO POTÁVEL. Erro! Indicador não definido.

TABELA 10 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO RIPPL 62

TABELA 11 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO RIPPL 62

TABELA 12 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO DE RIPPL 63

TABELA 13 - PRECIPITAÇÕES TOTAIS MENSAIS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA 2549075 78

TABELA 14 - PRECIPITAÇÕES TOTAIS MENSAIS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA 2549002 79

TABELA 15 - PRECIPITAÇÕES TOTAIS MENSAIS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA 2549006 80

TABELA 16 - PRECIPITAÇÕES MÉDIAS MENSAIS DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS ESTUDADAS 83

TABELA 17 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO AZEVEDO NETO ESTAÇÃO


2549075 84

TABELA 18 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO AZEVEDO NETO ESTAÇÃO


2549002 85

TABELA 19 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO AZEVEDO NETO ESTAÇÃO


2549006 86
10

1 INTRODUÇÃO

A aparente concepção de que a água doce é abundante, é questionável à medida que dados
concretos mostram que somente 3% da água do planeta está disponível como água doce. Destes 3%,
aproximadamente 75% estão congeladas nas calotas polares e cerca de 10% estão reservados nos
aquíferos. Portanto, somente 15% dos 3% de água doce do planeta estão disponíveis (TUNDISI, 2003).

Mesmo dependendo da água para sobrevivência e para o desenvolvimento econômico, o


ser humano polui e degrada esse recurso, atingindo tanto as águas superficiais quanto as subterrâneas.
O despejo de resíduos líquidos e sólidos em rios, lagos e represas e a destruição das áreas alagadas e
das matas têm produzido contínua e sistemática deterioração e perdas extremamente elevadas em
quantidade e qualidade de água (TUNDISI, 2003).

Para a ONU (2013), um bilhão de pessoas tem acesso restrito a um abastecimento de água
que proporcione o suficiente para consumo, ou seja, uma fonte que possa fornecer 20 litros de água
por pessoa por dia a uma distância não superior a mil metros. Essas fontes incluem ligações
domésticas, fontes públicas, fossos, poços, nascentes protegidas e a coleta de águas pluviais.

O século XXI é considerado a “era urbana”, é previsto que dois terços da população mundial

vivam nas cidades até o ano de 2025. A concentração intensificada da população nas cidades e a

urbanização acentuada tornarão mais sérios e críticos o estado de escassez de água e inundação nas

cidades (GROUP RAINDROPS, 2002).

Como solução para os problemas dessa era, faz-se necessária a utilização de novas
alternativas para a produção de água. A reciclagem e o reuso deverão fazer parte de um programa de
substituição, com o objetivo de diminuir o consumo de água potável por água de chuva (TOMAZ, 2001).

O sistema de captação de águas pluviais é uma das alternativas para combater a escassez
de água e promover a conservação das águas dos mananciais. As águas pluviais são captadas e
armazenadas para um posterior consumo em usos não nobres como por exemplo rega de jardim,
lavagens de carro, etc. (COSTA et al., 2006).

Em Curitiba, as ocupações irregulares em áreas de mananciais ocorrem em larga escala,


sendo uma preocupação pertinente e que merece a devida atenção face aos problemas que podem
ser criados relativos a fatores ambientais, uma vez que, ocupações irregulares impedem o
planejamento adequado por parte do poder público, contribuindo para degradação do ambiente e
11

aumento da poluição, inclusive da água. Em contra-partida, existem algumas medidas de caráter


preventivo e corretivo da atual situação, podendo ser citadas, entre elas, o aproveitamento de águas
pluviais em residências, condomínios e indústrias de forma a minimizar a demanda per capita através
destes sistemas alternativos (GARCIAS & SANCHES, 2009).

Em países como Alemanha e Austrália, a captação de água de chuva é uma prática bastante
utilizada. Para permitir a captação de água de boa qualidade de maneira simples e eficiente, novos
sistemas vem sendo desenvolvidos (FERNANDES, 2009).

Na Alemanha, o aproveitamento de água de chuva é incentivado pelas autoridades públicas


com o financiamento das construções dos sistemas de captação de águas pluviais, incentivando a
economia de água potável com o objetivo de suprir futuras demandas e também conservar águas
subterrâneas que são utilizadas como fontes de recursos hídricos em muitas cidades do país, (GROUP
RAINDROPS, 2002).

O Japão é referência mundial no quesito aproveitamento de água de chuva, pois trata-se


de um dos países que mais utiliza a água de chuva. Pode-se citar com o exemplo a cidade de Tóquio,
onde regulamentos do governo obrigam que prédios que possuam área construída superior a 30.000
m², ou que utilize mais de 100 m³ por dia de água para fins não potáveis façam a reciclagem de chuva,
(TOMAZ, 2003).

Curitiba em 2003 aprovou a Lei Nº 10.785 que trata do Programa de Conservação e Uso
Racional de Água nas Edificações – PURAE. Esta lei tem como principal objetivo conscientizar a
população a respeito da importância da conservação da água (CURITIBA, 2003).

De acordo com artigo publicado no site da Engeplas, Engenharia de Reciclagem e Meio


Ambiente, o diretor do Controle de Edificações de Curitiba afirma que com a Lei Nº 10.785, àqueles
que apresentam projetos para obter a concessão de alvará para uma nova construção são obrigados a
assinar um termo de compromisso se responsabilizando pela instalação do sistema de coleta e
filtragem de água de chuva assim como as demais exigências da lei. A verificação do cumprimento da
lei é verificada ao final da obra, daí sim é liberado o Habite-se.

Ainda de acordo com o artigo, o diretor técnico de uma grande construtora (Baggio) da
região de Curitiba cita que a procura por informações sobre sistemas de coleta de águas pluviais
aumentou 20% na empresa no último ano. De acordo com ele, em um projeto de uma casa com 250
metros quadrados, a instalação de um sistema de reutilização da água da chuva acrescenta de 6% a
8% ao custo hidráulico da obra. Um estudo realizado por outra grande construtora da região (THÁ)
estima que há a possibilidade de suprir por oito meses do ano as descargas de vasos sanitários de um
condomínio com a água da chuva. (http://www.engeplas.com.br/produtos/pro_ver.asp?fcodi=8)
12

Na busca por um ciclo urbano da água sustentável, novas tecnologias de aproveitamento


de fontes alternativas de captação de água, novos e modernos dispositivos economizadores de água e
as técnicas de projeto de sistemas hidro sanitários assumem papel importante neste quesito.
Entretanto o comportamento humano surge como crucial na luta contra a escassez (GONÇALVES,
2006).

Apenas a mudança de filosofia, definida como a boa receptividade a uma nova concepção
de projetos sustentáveis e, de comportamento, que deve ser praticada pelo uso consciente da água
no dia a dia, podem equilibrar o quadro desfavorável e com perspectivas preocupantes de futuro,
ocasionado pela crescente demanda de água aliada a degradação desse recurso natural.
13

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar o aproveitamento da água da chuva para fins não potáveis em um condomínio


horizontal.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Dimensionar um sistema de captação ,armazenamento e distribuição de água de chuva

• Determinar o custo de implantação e manutenção do sistema, bem como o tempo de retorno


financeiro com a implantação do sistema;

• Avaliar a produção de lodo da ETA Passaúna considerando que o sistema de aproveitamento


da água seja utilizado em maior número nos condomínios horizontais.

• Propor medidas na convenção de condomínio que proporcionem o aproveitamento de água


de chuva de modo a garantir a economia de água potável e maneiras de incentivar tais práticas.
14

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS FECHADOS

A modalidade habitacional que consiste na união de inúmeros domicílios localizados na


mesma área fechada, denominados condomínios horizontais fechados, está em crescimento
constante, como é facilmente observado nas médias e grandes cidades brasileiras.

Segundo definição do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico (IPARDES) o


termo domicílio se refere ao local de moradia estruturalmente independente, constituído por um ou
mais cômodos, com entrada privativa. Os domicílios classificam-se como coletivo e particular (IPARDES
2011).

O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência de forma
definitiva (Código Civil Brasileiro, 2002).

Os condomínios horizontais, fechados por excelência, caracterizam-se por planos


urbanísticos de uso residencial resultantes da divisão de uma gleba em: unidades residenciais, áreas
de circulação, áreas verdes e de lazer privativas à comunidade que nele habita. As áreas comuns
internas são privadas e mantidas pelos moradores mediante o pagamento mensal de uma taxa
condominial. Cada unidade residencial é uma fração ideal do terreno, ou seja, há uma divisão das áreas
internas comuns proporcionais à área de cada unidade residencial. Em suma, todos os proprietários
são donos de uma área em comum, daí explica-se o termo condomínio (DACANAL e GUIMARÂES,
2005).

Sobre a classificação dos condomínios, Nisgoski (2007) afirma que, o conceito de alto,
médio e baixo padrão de um condomínio não está associado apenas ao valor de compra e venda do
imóvel, pois este valor pode variar de acordo com a localização e os serviços oferecidos aos moradores.

Ainda, segundo Zylberstayn (2006 apud Nisgoski 2007), as três palavras que definem o alto
luxo são segurança, lazer e serviços. Alto, médio e baixo padrão são classificados pela quantidade e
qualidade destes itens de infraestrutura e serviços oferecidos pelas construtoras.

As casas podem ser edificadas pelo construtor do condomínio, antes da venda de cada
unidade, o que chamam de “condomínios de casas prontas”, ou podem ser construídas pelos próprios
15

habitantes após a compra do “lote”, e neste caso denominam-se “condomínio de lotes” (DACANAL e
GUIMARÂES, 2005).

Maluf (2005 apud Nisgoski, 2007) diz que a propriedade comum deve ter seu uso e
destinação disciplinados por convenção de condomínio e pelo regimento interno onde deverá conter
os deveres e direitos de cada morador, proprietário ou inquilino.

O Art. 1.334 do Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/2002) prevê que a convenção coletiva
determinará, entre outros: “V - o regimento interno “. Neste item poderão ser inseridas exigências
para promover a economia de água. O Art. 1.334 ainda prevê “IV - as sanções a que estão sujeitos os
condôminos, ou possuidores”.

A modalidade de condomínios horizontais vem crescendo de forma consistente. Até


metade da década de 70 as principais modalidades habitacionais disponíveis à maioria dos brasileiros
nos médios e grandes centros eram as casas e apartamentos implantados em lotes urbanos
convencionais. A partir de então, o mercado imobiliário propôs novas opções de moradias, dentre as
quais, os condomínios horizontais fechados (SANTOS, 2003).

Isso ocorreu após a Lei 4.591 de Dezembro de 1964, que instituiu os Condomínios
Horizontais. O surgimento da lei ocorreu pela pressão social, que tinha como principal anseio a
legalização dos condomínios já existentes desde meados da década de 20 e, até então irregulares
(SOARES, 1999).

Ainda segundo Soares (1999), a modalidade de condomínio permitida anteriormente era


relativa ao Decreto 5.481 de Junho de 1928 e fazia referência apenas a prédios de dois ou mais
pavimentos.

Em Curitiba, os Condomínios dominam a região oeste da cidade. Grandes lotes favorecem


a instalação desse tipo de imóvel em bairros como Santa Felicidade, Campo Comprido, Cascatinha, São
João, São Braz e Santo Inácio. Destaca-se que 62,9% dos terrenos dessa região têm mais de 500 metros
quadrados e 40,4% deles são superiores a 750 metros quadrados. Essa grande área é a principal
característica dos imóveis desta região no município de Curitiba (GAZETA DO POVO, 2009).
16

3.2 CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIOS

Esta categoria habitacional submete-se a uma organização e estruturas específicas, ou seja,


um regime jurídico próprio. A propriedade horizontal possui estrutura própria que diferencia-se de
outros institutos jurídicos tradicionais, trata-se de um novo direito real, resultante da combinação de
direitos reais preexistentes. (LOPES, 2000).

Ainda segundo LOPES (2000), é por essa razão que faz-se necessária a criação de uma
norma para reger problemas internos, criando-se a figura da Convenção de Condomínio, a qual tem
caráter estatutário e institucional e suas definições atingem diretamente não só os moradores, os quais
podem ser denominados signatários da mesma, bem como aqueles que ingressam eventualmente no
universo do condomínio, como funcionários, amigos, familiares e convidados dos moradores,
prestadores de serviço, dentre outros.

Por essas razões, a convenção é de interesse de todos os condôminos e, portanto, deve


representar a vontade de várias pessoas, sobrepondo-se ao interesse pessoal, como constata-se nos
artigos que compõe a Lei de Condomínio, nº 4.591/1964. BRASIL que dispõe sobre o condomínio em
edificações e as incorporações imobiliárias.

Em janeiro de 2003, entrou em vigor o novo Código Civil (Lei Federal n° 10.406/2002),
redigido no ano anterior e que trouxe novas e predominantes interpretações sobre as disposições da
lei anterior, no caso a Lei de Condomínio de 1964 com seus 27 artigos. Tais disposições do novo Código
Civil compõem os Artigos 1.331 a 1.358 (SECOVI, sem data)

Entretanto, a Lei 4.591/1964 continua válida para os assuntos que o novo Código Civil de
2003 não abrange, principalmente no que tange ao direito a propriedade, procedimentos para
convocar e realizar assembleias, questões relativas à despesas de condomínio, dentre outros assuntos.

Por sua vez, o Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/2002) cria novas disposições dando a
devida atenção a questões como a diferenciação de áreas comuns de privativas, diversas mudanças
relacionadas a multas em várias categorias, como inadimplência, multa por comportamento anti-social
e descumprimento de normas. Há também alterações técnicas como no caso do Artigo 1.349 que
dispõe sobre a quantidade de condôminos necessários para destituir um síndico, passando dos 2/3 da
Lei 4.591/1964 para a maioria absoluta, no caso metade mais um, de acordo com o novo Código Civil.
17

3.2 RELAÇÃO EXPANSÃO URBANA VERSUS DISPONIBILIDADE HÍDRICA

A água pode ser encontrada na atmosfera sob a forma de vapor, partículas líquidas, ou
ainda em gelo e neve e está distribuída na atmosfera, na superfície da terra e no subsolo.

De acordo com Pinto et al. (1974) é pela evaporação que se mantém o ciclo hidrológico.
Destaca-se a importância de apresentar os valores aproximados, obtidos para os Estados Unidos
referentes às proporções das principais fases do movimento da água. Do volume total que atinge o
solo, cerca de 25% alcançam os oceanos na forma de escoamento superficial, enquanto que 75%
retornam à atmosfera por evaporação. Destes, 40% irão precipitar-se diretamente sobre os oceanos,
e 35% novamente sobre o continente, e somando-se à contribuição 65% resultantes da evaporação
das grandes massa líquidas, para completar o ciclo.

A figura 1 apresenta o ciclo hidrológico, onde após precipitada parte desta água infiltra no
solo abastecendo os lençóis freáticos e rios, parte evapora formando novas nuvens e parte escoa
superficialmente descarregando em mares e outros rios.

FIGURA 1 – CICLO HIDROLÓGICO.


FONTE: Pinto et al. 1998

Coêlho (2001), a respeito do crescimento populacional na Terra, cita que com o avanço da
tecnologia, da medicina e do conhecimento humano nas diversas áreas a população tem crescido de
forma extraordinária. No ano 1000 da era cristã a população era de 310 milhões de habitantes, em
18

1500 éramos 500 milhões de habitantes, em 1900 um bilhão e 260 milhões de habitantes. Em 1950, a
população era de dois bilhões e 250 milhões de habitantes, ou seja em 50 anos duplicamos a
população. Em 1999 alcançamos seis bilhões de habitantes e em 2011 a marca de sete bilhões já foi
atingida. Estima-se para o ano de 2050 uma população de aproximadamente 9 bilhões de habitantes.
A taxa de evolução populacional está em franco crescimento e muitas vezes de forma desordenada,
principalmente nos grandes centros urbanos.

Ainda segundo dados da Organização das Nações Unidas, (ONU), mensalmente, países em
desenvolvimento recebem cerca de 5 milhões de novos residentes. Não é, portanto, tarefa simples
garantir que todos recebam água em qualidade e quantidade suficientes. Este problema se agrava
pelas constantes necessidades de ampliação de infraestrutura de abastecimento, ou ainda pelas
incertezas climáticas e a sucessão de eventos críticos extremos como cheias e estiagens (ANA, 2012).

No âmbito mundial, a disponibilidade de água nos mostra a realidade alarmante, de que


ela é um bem finito e que não é um recurso abundante, ou seja, deve-se prezar pela manutenção,
qualidade dos recursos hídricos disponíveis. Desta forma é importante a conscientização das pessoas
para que todos participem para a preservação dos nossos recursos hídricos, pois Coêlho (2001) se
refere à necessidade da preservação destes recursos para que as populações atuais e futuras não
recebam como herança a falta de água.

Toda esta problemática não se limita apenas à preservação e conservação dos recursos
hídricos. É importante destacar a necessidade do uso eficiente da água que inclui toda medida que
reduza a quantidade de água que se utiliza em qualquer atividade, e que favoreça a manutenção e a
melhoria da qualidade da água, (COÊLHO, 2001).

Para a Agência Nacional de Águas (ANA), no âmbito nacional esta realidade não é diferente,
apesar do Brasil possuir cerca de 12% da água doce superficial disponível na Terra, há uma distribuição
territorial natural bastante desigual desses recursos. Cerca de 45% da extensão territorial do pais
concentra 81% da disponibilidade hídrica.

O Brasil tem características históricas relativas a sua colonização e ocupação que explicam
a aparente contradição entre abrigar uma das maiores reservas de água do planeta e ainda assim sofrer
com problemas de escassez. Hoje 84% da população brasileira vivem nas cidades onde a oferta de água
é mais desfavorável.

Tomaz (2001), destaca o fato de que 68,5% dos recursos hídricos do Brasil estão na região
Norte, enquanto que o Nordeste apresenta 3,3%, Sudeste 6,0%, Sul 6,5% e Centro-Oeste 15,7%. O
interessante é que apesar da região norte possuir 68,5% da nossa água doce, possui somente 6,83%
da população, enquanto que o Nordeste tem 28,94%, a região Sudeste 42,73%, o Sul 15,07% e o
19

Centro-Oeste 6,43%. Portanto, o Brasil tem bastante água mas a mesma não está distribuída de forma
uniforme.

A realidade nacional é bastante alarmante quando se entra no mérito das companhias de


abastecimento de água. Os índices de perda apresentam valores bastante significativos. Segundo
dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, SINIS (2010), o índice médio nacional
de perdas nas redes de distribuição de água é de 35,9%. Destaca-se o fato deste ser o menor índice
nos últimos 16 anos. Ainda segundo o SINIS, tais índices estão diretamente associados à qualidade da
infraestrutura e da gestão dos sistemas. Para explicar este fato, algumas hipóteses podem ser
levantadas, tais como falhas na detecção de vazamentos, redes de distribuição funcionando com
pressões muito altas, elevados problemas na qualidade da operação dos sistemas, dificuldade no
controle das ligações clandestinas e na aferição/calibração dos hidrômetros, ausência de programa de
monitoramento de perdas, dentre outras hipóteses.

A figura 2 apresenta a distribuição espacial do índice de perdas na distribuição de água


segundo os estados brasileiros.

FIGURA 2 – REPRESENTAÇÃO ESPACIAL DO ÍNDICE DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA SEGUNDO


OS ESTADOS.
FONTE: SINIS, 2010.

Comparando com outros países, Coêlho (2001) apresenta as perdas em algumas cidades do
mundo, tais como Frankfurt com perdas na ordem de 4,81%, Hamburgo com 5,67% de perdas e ainda
Gronnigen com 5,30% de perdas.
20

Segundo o Censo 2010, o Paraná possui 10,44 milhões de habitantes, distribuídos em 399
municípios, em sua maior parte inserido na região hidrográfica do Paraná. Dos municípios que são
abastecidos exclusivamente por mananciais superficiais, 22% concentram-se nas porções leste e sul
do estado. Já os que são abastecidos somente por mananciais subterrâneos somam 56 % dos
municípios e outros 22% são abastecidos de forma mista (ANA, 2012). É importante destacar que o
Paraná apresenta uma das menores taxas de perdas na distribuição de água, algo na ordem de 32,4%,
em 2010, SINIS (2010).

O Sistema de abastecimento de água da Região Metropolitana de Curitiba é composto por


quatro sistemas produtores: Sistema Iguaçu, Iraí, Passaúna e Miringuava. Apresenta índice de
atendimento de água igual a 100% e índice de perdas de 38,1% dentro da média estadual que varia de
30 a 40%.

O jornal Gazeta do Povo publicou reportagem afirmando que de acordo com a Organização
das Nações Unidas (ONU), uma pessoa precisa de 110 litros de água tratada por dia para satisfazer,
com conforto, suas necessidades básicas de consumo e higiene. No entanto, entre as dez maiores
cidades do Paraná, em três delas o gasto per capita está acima do índice recomendado. Informações
da Companhia de Saneamento do Paraná, mostram que Londrina, Maringá e Curitiba, nesta ordem,
são os municípios mais gastadores de água, com taxas de consumo médio domiciliar per capita de
121,79, 121,60 e 115,61 litros ao dia, respectivamente. Os valores referem-se ao período entre julho
de 2010 e julho de 2011.

(http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1164092&tit=Campeas-do-
desperdicio-de-agua)

Diante de todas as questões que envolvem a água, onde se estima que a população mundial
atinja a casa de 9 bilhões de habitantes em 2050 e os desafios de garantir que todos recebam água em
qualidade e quantidade suficientes, se faz necessário a utilização de novos meios de aproveitamento
de água de modo a minimizar os impactos causados por toda a problemática envolvendo a água.

3.3 APROVEITAMENTO DE ÁGUA DA CHUVA

A chuva, em grande parte da Região Sul e no caso específico do Estado do Paraná, é uma
fonte de água facilmente obtida. Aproveitar a água da chuva será uma das medidas contra o
21

racionamento. Então, pode-se dizer que esse aproveitamento é uma alternativa para evitar a crise da
água no mundo (GROUP RAINDROPS, 2002).

TOMAZ (2007) define água de chuva como sendo aquela que é coletada nos telhados
inclinados ou planos onde não haja passagem de pessoas ou veículos. Cita ainda que não se deve
utilizar o termo reuso de água de chuva, ou reaproveitamento, para o aproveitamento de água de
chuva, dado que o termo reuso é utilizado para casos onde a água já foi utilizada pelo homem para a
lavagem das mãos, bacias sanitárias, lavagem de roupas e banhos. E o termo reaproveitamento
semelhantemente ao reuso, também não se aplica, pois indica que a água da chuva já foi utilizada.

A questão da disponibilidade de água para consumo humano torna-se a cada dia que passa
mais crítica. Com o aumento da população, o aumento da disponibilidade e manutenção da qualidade
da água para saciar esse aumento, contrasta com o paradoxo relativo à problemática enfrentada na
conservação e uso adequado dos recursos hídricos, diretamente afetados pela ocupação humana
desordenada em áreas de mananciais. Diante deste fato, faz-se necessária a busca por novas
alternativas na obtenção deste recurso, sendo uma delas, o aproveitamento de água de chuva.

TOMAZ (2007) afirma que os motivos que decidem pela utilização da água da chuva ou não,
são os seguintes:

• Conscientização e sensibilidade da necessidade da conservação da água;

• Regiões com disponibilidade hídrica inferior a 1200m³.hab.⁻¹ Ano⁻¹;

• Elevadas tarifas de água das concessionárias de públicas;

• Retorno de investimento (Payback) muito rápido;

• Instabilidade do fornecimento de água pública;

• Exigência de lei específica;

• Regiões onde a estiagem é maior que 5 meses por ano;

• Regiões onde o índice de aridez seja menor ou igual a 0,50.

Para SAUTCHÚK (2004), o aproveitamento da água de chuva apresenta alguns aspectos


positivos, onde se destaca a diminuição do consumo de água potável, desonerando as companhias de
saneamento no quesito fornecimento de água potável e também o fato da edificação em questão
promover a diminuição do problema de possíveis enchentes.

Para FENDRICH & OLIYNIK (2002), a tecnologia para operar um sistema de utilização
de águas pluviais deve integrar as seguintes técnicas:
22

1. Coleta das águas pluviais dos telhados, coberturas, marquises, etc;


2. Armazenamento das águas pluviais em reservatórios;
3. Verificação da qualidade das águas pluviais;
4. Abastecimento local pelo uso das águas pluviais;
5. Drenagem do excesso das águas pluviais provocado pelas chuvas intensas;
6. Águas pluviais complementares às do abastecimento público das cidades, em épocas
de estiagem (emergências);
7. Eliminação da água coletada no início das chuvas.

No Paraná, a detenção de águas pluviais tem seus primeiros passos dados em 1982, no
estudo pioneiro realizado no reservatório de detenção das águas pluviais na cidade de Planaltina do
Paraná, com capacidade máxima de 9.700m³.

3.3.1 Estimativa de Demanda Residencial de Água

Tomaz (2000, apud May,2004) cita que a água para consumo humano pode ser distinguida
da seguinte forma:

• Água potável onde poderá ser utilizada para beber, preparação de alimentos e higiene pessoal;
• Água não potável, utilizada para irrigação, lavagem de jardins e veículos e descarga de vasos
sanitários.

A tabela 1 apresenta parâmetros de engenharia para consumo interno de uma residência e seus
principais usos.

TABELA 1- PARÂMETOS DE ENGENHARIA DE CONSUMO EM ÁREAS INTERNAS DE UMA RESIDÊNCIA.


PARÂMETROS
USO INTERNO UNIDADE
INFERIOR SUPERIOR MAIS PROVÁVEL
Gasto mensal m³.pessoa⁻¹.mês⁻¹ 3 5 4
Número de pessoas na casa Pessoa 2 5 3,5
Descarga na bacia sanitária Descarga.pessoa⁻¹.dia⁻¹ 4 6 5
Volume de descarga da bacia sanitária Litros.descarga⁻¹ 6,8 18 9
Vazamento da bacia sanitária Percentagem 0 30 9
Frequência de banho Banho.pessoa⁻¹.dia⁻¹ 0 1 1
Duração de banho Minutos 5 15 7,3
Vazão dos chuveiros Litros.segundo⁻¹ 0,08 0,3 0,15
Uso de Banheira Banho.pessoa⁻¹.dia⁻¹ 0 0,2 0,1
Volume de água da banheira Litros.banho⁻¹ 113 189 113
Máquina de lavar pratos Carga.pessoa⁻¹.dia⁻¹ 0,1 0,3 0,1
23

Volume de água de máquina de lavar pratos Litro.ciclo⁻¹ 18 70 18


Máquina de lavar roupas Carga.pessoa⁻¹.dia⁻¹ 0,2 0,37 0,37
Volume de água de máquina de lavar roupas Litro.ciclo⁻¹ 108 189 108
Torneira da cozinha Minuto.pessoa⁻¹.dia⁻¹ 0,5 4 4
Vazão de água da torneira da cozinha Litros.segundo⁻¹ 0,126 0,189 0,15
Torneira do banheiro Minuto.pessoa⁻¹.dia⁻¹ 0,5 4 4
Vazão de água da torneira da cozinha Litros.segundo⁻¹ 0,126 0,189 0,15
Fonte: Adaptado de TOMAZ (2007)

Já a tabela 2 apresenta parâmetros de engenharia para consumo externo de uma


residência.

TABELA 2 - PARÂMETOS DE ENGENHARIA DE CONSUMO EM ÁREAS EXTERNAS DE UMA RESIDÊNCIA

USO EXTERNO UNIDADE UNIDADES


Casas com piscina Porcentagem 0,1
Gramado ou jardim Litros.dia⁻¹.(m²)⁻¹ 2
Lavagem de carros Litros.lavagem⁻¹.carro⁻¹ 150
Frequência de lavagem de carros Lavagem.mês⁻¹ 4
Mangueira de jardim 1/2" x 20m Litros.dia⁻¹ 50
Manutenção de piscina Litros.dia⁻¹.(m²)⁻¹ 3
Perdas por evaporação em piscina Litros.dia⁻¹.(m²)⁻¹ 5,75
Reenchimento de Piscina Anos 10
Tamanho da casa m² 30 a 450
Tamanho do lote m² 125 a 750
Fonte: Adaptado de TOMAZ (2007)

A NBR 5626/98 estabelece exigências e recomendações relativas ao projeto, execução e


manutenção da instalação predial de água fria. Trata fundamentalmente a respeito dos princípios de
bom desempenho da instalação e da garantia de potabilidade da água no caso de instalação de água
potável. O Quadro 1 apresenta vazões de dimensionamento em função do aparelho sanitário e peça
de utilização.

Vazão de projeto
Aparelho sanitário Peça de utilização
(L.s-1)
Caixa de água 0,15
Banheira
Válvula de descarga 1,70
Bebedouro Registro de pressão 0,30
Bidê Misturador (água fria) 0,10
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,10
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,20
Lavadora de pratos ou roupas Registro de pressão 0,10
Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,30
Com sifão integrado Válvula de descarga 0,15
Mictório cerâmico Caixa de gordura, registro de pressão, ou válvula 0,50
Sem sifão integrado
de descarga para mictório 0,15

Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 0,15 por metro de
calha
24

Torneira ou misturador (água fria) 0,25


Pia
Torneira elétrica 0,10
Tanque Torneira 0,25
Torneira de jardim ou lavagem geral Torneira 0,20
QUADRO 1 – VAZÃO NOS PONTOS NOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO CONFORME APARÊLHO SANITÁRIO E PEÇA DE
UTILIZAÇÃO
FONTE: Adaptado da NBR 5626/98

3.3.2 Legislações e Normas Vigentes

No Brasil ainda não existe uma legislação específica para aproveitamento de água de chuva
que tenha como objetivo estabelecer padrões de qualidade que esta água deva atender para os seus
diferentes usos. Desta forma torna-se necessário adotar a legislação vigente, mesmo que em caráter
temporário.

3.3.3 Legislação Federal

De acordo com a Seção 1 CONAMA Nº3574/05 as águas doces são classificadas como
mostra o Quadro 2.

CATEGORIA PADRÃO
Ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; à proteção
das comunidades aquáticas; à recreação de contato primário, tais como natação, esqui
Classe 1 aquático e mergulho; à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas
que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de
película; e à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
Ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; à proteção
das comunidades aquáticas; à recreação de contato primário, tais como natação, esqui
Classe 2 aquático e mergulho; à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins,
campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e à
aquicultura e à atividade de pesca.
Ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado;
Classe 3 à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; à pesca amadora; à
recreação de contato secundário; e à dessedentação de animais.
Classe 4 À navegação; e à harmonia paisagística.
QUADRO 2 - CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS DOCES CONFORME CONAMA 357/05.
FONTE: CONAMA 357/05
25

A resolução do CONAMA Nº274/00 estabelece padrões de balneabilidade para as águas


brasileiras. Segundo o Art. 2º as águas doces, salobras e salinas destinadas a balneabilidade (contato
primário) serão avaliadas e classificadas como própria e imprópria, e conforme o § 1º ainda do Art. 2º,
as águas que são consideradas próprias serão classificadas conforme o Quadro 3.

CATEGORIA PADRÃO
Quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em
cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no
Excelente
máximo, 250 coliformes fecais (termotolerantes) ou 200 Escherichia coli ou 25
enterococos por l00 mililitros
Quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em cada uma das cinco semanas
anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no
Muito Boa
máximo, 500 coliformes fecais (termotolerantes) ou 400 Escherichia coli ou 50
enterococos por 100 mililitros
Quando em 80% ou mais de um conjunto de amostras obtidas em
cada uma das cinco semanas anteriores, colhidas no mesmo local, houver, no
Satisfatória
máximo 1.000 coliformes fecais (termotolerantes) ou 800 Escherichia coli ou 100
enterococos por 100 mililitros.
QUADRO 3 - CRITÉRIOS DE BALNEABILIDADE CONFORME CONAMA 274/00.
FONTE: CONAMA 274/00.

Outros padrões de qualidade da água da chuva que poderão ser adotados são a NBR
13.969/97 Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes
líquidos – Projeto, Construção e Operação, onde o item 5.6 é citado que “ o esgoto tratado deve ser
reutilizado para fins que exigem qualidade de água não potável, mas sanitariamente segura, tais como
irrigação dos jardins, lavagem dos pisos e dos veículos automotivos, na descarga dos vasos sanitários,
na manutenção paisagística dos lagos e canais com água, na irrigação dos campos agrícolas e pastagens
etc.”

A NBR 15527/07 Água de Chuva – Aproveitamento de Coberturas em áreas urbanas para


fins não potáveis – fornece requisitos para o aproveitamento de água de chuva de cobertura em áreas
urbanas para fins não potáveis, como: descarga em bacias sanitárias, irrigação de gramados e plantas
ornamentais, lavagem de veículos, limpeza de calçadas e ruas, limpeza de pátios, espelhos d’água e
usos industriais, conforme dados constates na Tabela 3.

TABELA 2 - PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA DE CHUVA PARA USOS NÃO POTÁVEIS.


PARÂMETRO ANÁLISE VALOR
Coliformes totais Semestral Ausência em 100 mL
Coliformes termotolerantes Semestral Ausência em 100 mL
Cloro residual livre Mensal 0,5 a 3,0 mg/L
26

Turbidez Mensal < 2,0 uT para usos menos restritivos e < 5,0 uT
Cor aparente Mensal < 15 uT
pH Mensal 6,0 a 8,0 no caso de tubulações de aço carbono ou galvanizado
FONTE: NBR 15.527/2007

A norma NBR 5626/98 estabelece exigências e recomendações relativas ao projeto,


execução e manutenção da instalação predial de água fria. A NBR 10844/89 fixa exigências e critérios
necessários aos projetos das instalações de drenagem de águas pluviais, visando a garantir níveis
aceitáveis de funcionalidade, segurança, higiene, conforto, durabilidade e economia.

Além das normas e portarias citadas anteriormente, é possível adotar como referência na
questão do aproveitamento de água da chuva, a publicação Conservação e Reuso da Água de Chuva
em Edificações, realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA), Superintendência de Conservação de
Água no Solo (SAS/ANA), Federação das Indústrias do Estado de são Paulo (FIESP), Sindicato da
indústria da Construção do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e Comitê de Meio Ambiente do
SindusCon-SP (COMASP), como observado na Tabela 4.

TABELA 3- PARÂMETRO DE QUALIDADE DE ÁGUA PARA REUSO


PARÂMETRO UNIDADE CLASSE 1 CLASSE 2 CLASSE 3 CLASSE 4
Coliformes Fecais NMP.100 ml-1 Não Detectáveis ≤ 1000 ≤ 200/100 -
pH - 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 5,0 - 8,3
Cor uH ≤ 10 - < 30 -
Turbidez UT ≤2 - <5 -
Odor e aparência - Não Detectáveis Não desagradáveis - -
Óleos e Graxas mg . L-1 Não Detectáveis ≤ 1,0 - -
DBO² mg . L-1 ≤ 10 ≤ 30 < 20 -
DQO mg . L-1 - - - 75
Compostos Orgânicos Voláteis - Ausentes Ausentes - -
Nitrato mg . L-1 ≤ 10 - - -
Nitrogêncio Amoniacal mg . L-1 ≤ 20 - - -
Nitrito mg . L-1 ≤1 - - -
Nitrogênio total mg . L-1 - - 5 - 30 -
Fosforo total mg . L-1 ≤ 0,1 - - -
Sólido Suspenso Total mg . L-1 ≤5 ≤ 30 < 20 5000
Sólido dissolvido total mg . L-1 ≤ 500 - - 1000
Cloretos mg . L-1 - - - 600
Dureza mg . L-1 - - - 850
Alcalinidade mg . L-1 - - - 500
Sulfatos mg . L-1 - - - 680
FONTE: - Manual Conservação e Reuso da água em Edificações (ANA et al 2005)
27

3.3.4 Legislação Municipal

O município de Curitiba aprovou a Lei n° 10.785 de 18 de dezembro de 2003 que trata do


Programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações – PURAE. Esta lei objetiva instruir
medidas que promovam o uso racional de água, utilizando fontes alternativas para captação de água
e conscientizando o usuário a respeito da importância da conservação da mesma. O artigo 5° da lei
ainda prevê que as novas edificações utilizem aparelhos e dispositivos que promovam a economia de
água e, nos casos de apartamentos, os hidrômetros de medição de água deverão ser individuais.

Fazem parte das ações de utilização de fontes alternativas a captação, armazenamento, e


a utilização de água proveniente das chuvas e águas servidas, onde estas sejam aproveitadas para fins
não potáveis como consta no artigo 7° da mesma Lei. Podendo citar: Rega de jardins e hortas, lavagem
de roupas, lavagem de veículos, calçadas e pisos. CURITIBA. Lei n° 10.785, de 18 de dezembro de 2003.

3.3.5 Sistemas de Captação de Água de Chuva

Mazer (2010) afirma que de maneira geral, um sistema de captação de água de chuva
consiste em armazenar a água de chuva que primeiramente cai sobre o telhado ou lajes das edificações
e escoa até um reservatório de acumulação por meio de calhas, condutores horizontais e verticais
passando por equipamentos de filtragem e descarte de impurezas. Eventualmente alguns sistemas
podem ser dotados de sistema de descarte das primeiras águas da chuva. Após armazenada, a água e
bombeada para um segundo reservatório (elevado), de onde a água é distribuída por condutores
exclusivos até o seu destino final.

A figura 3 apresenta um esquema do funcionamento de um sistema de aproveitamento de


água de chuva onde a chuva precipitada na área de captação é direcionada até a calha coletora, em
seguida a água segue para o condutor vertical e o condutor horizontal até o reservatório de água. As
normas NBR 5626/98 e NBR 10844/89 fornecem os requisitos para o aproveitamento de água de chuva
nas áreas urbanas para fins não potáveis.
28

FIGURA 3 - ESQUEMA DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA.


FONTE: O autor

3.4 DISPOSITIVOS E ACESSÓRIOS NECESSÁRIOS PARA CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA


CHUVA

Tomaz (2007) cita que algumas definições são importantes para o entendimento do
aproveitamento de água de chuva, são elas:

• Água não potável: é a água que não atende a portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde.

• Calhas e condutores horizontais e verticais: devem atender a NBR 10844/89 e são


dimensionadas para atender vazões de pico para determinado tempo de retorno especificado.

• Reservatório Intermediário: local onde a água de chuva deverá ser armazenada para posterior
utilização

• Área de Captação: Área em metros quadrados projetadas na horizontal da superfície onde a


água é captada

• Coeficiente runoff (C) ou escoamento superficial: Coeficiente que representa a relação entre
volume total escoado e volume total precipitado variando conforme superfície, conforme
tabela 5.
29

Material Telhado Coeficiente runoff


Telhas Cerâmicas 0,8 a 0,9
Telhas Esmaltadas 0,9 a 0,95
Telhas corrugadas de metal 0,8 a 0,9
Cimento amianto 0,8 a 0,9
Plástico, pvc 0,9 a 0,95

3.4.1 Área de Contribuição

A NBR 10844/89 define que área de contribuição é a soma das áreas das superfícies que
interceptam a chuva e a conduz até determinado ponto da instalação. A norma ainda diz que para o
cálculo da área de contribuição deve-se utilizar a equação 2.

 h (2)
Ac =  a + .b
 2

FIGURA 4 - INDICAÇÃO PARA CÁLCULO DA ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO.


FONTE: Adaptado da NBR 10.844/1989

Já para o cálculo da vazão de projeto a mesma norma preconiza a utilização da equação 3.

I .A (3)
Q=
60
30

Onde:

Q = Vazão de projeto, em L/min;

I = Intensidade pluviométrica, em mm/h;

A = Área de contribuição, em m².

Para Fendrich (2003, apud Mazer 2010) o cálculo da intensidade de precipitação máxima
de acordo com o tempo de retorno, para a região de Curitiba, deve ser através da equação atualizada
mostrada a seguir:

5.726 ,64 .T r
0 ,159 (4)
i=
(t + 41) 1,041

Onde:

i = intensidade de precipitação máxima média (mm/h);

t = tempo de duração da chuva (min);

Tr = tempo de recorrência (anos).

A norma NBR 10844/89 ainda diz que o período de retorno deve ser fixado segundo as
características da área a ser drenada, obedecendo ao estabelecido a seguir:

T = 1 ano, para áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser tolerados;

T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços;

T = 25 anos, para coberturas e áreas onde empoçamento ou extravasamento não possa ser tolerado.

3.4.2 Calhas e condutores horizontais e verticais

CALHAS

Calhas são canais que recebem as águas provenientes do telhado, terraços ou similares e
as conduzem a um ponto de destino

NBR 10844 (1989).


31

Ainda segundo a NBR 10844/89 o dimensionamento das calhas deve ser realizado pela
equação de Manning-Strickler, indicada a seguir:

S (5)
Q=K .Rh 2 / 3 .i 1 / 2
n

Onde:

Q =Vazão de projeto, em L.min⁻¹

S =área da seção molhada, em m²

n = coeficiente de rugosidade (Ver Tabela 3)

R h= raio hidráulico, em m

P = perímetro molhado, em m

i = declividade da calha, em m/m

K = 60.000

A NBR 10844/89 também cita os coeficientes de rugosidade a serem adotados conforme o


material utilizado. Os coeficientes estão apresentados na tabela 5.

TABELA 4 - COEFICIENTES DE RUGOSIDADE


Material n
Plásticos, fibrocimento, aço, metais não-ferrosos 0,011
Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida 0,012
Cerâmica, concreto não-alisado 0,013
Alvenaria de tijolos não-revestida 0,015
FONTE: Adaptado da NBR 10844/89

CONDUTORES VERTICAIS

Condutores verticais são tubulações verticais que recebem as águas das calhas e as
conduzem a parte inferir do edifício NBR 10844 (1989).

Para o correto dimensionamento dos condutores verticais é necessário a utilização do


ábaco, mostrado no apêndice 5, segundo a mesma norma.

CONDUTORES HORIZONTAIS

Condutores horizontais são dispositivos, canais ou tubulações, responsáveis por conduzir


as águas pluviais até locais permitidos pelos dispositivos legais NBR 10844 (1989).
32

O dimensionamento do diâmetro do condutor horizontal é determinado em função da


declividade e da vazão utilizando a tabela 6.

TABELA 5 - CAPACIDADE DOS CONDUTORES HORIZONTAIS DE SEÇÃO CIRCULAR (VAZÃO EM L.min-1


n=0,011
Diâmetro interno
(mm) 0,50% 1,00% 2,00% 4,00%

50 32 45 64 90
75 95 133 188 267
100 204 207 405 575
125 370 521 735 1040
150 602 847 1190 1690
200 1300 1300 1820 2570
250 2350 3310 4660 6620
300 3820 5380 7590 10800
FONTE: Adaptado da NBR 10844/89

3.4.3 Reservatório

O reservatório deverá ser coberto com tampa de inspeção e ser dotado de extravasor para
o caso de ocorrer excesso de água no interior do reservatório. O reservatório deverá possuir unidade
se recalque e no fundo um sistema de drenagem para proporcionar eventuais manutenções
(FENDRICH 2002, apud MAZER 2010).

O reservatório inferior deverá ser concebido para permitir sua efetiva operação e
manutenção de forma simples e econômica. Deve-se ainda ser executado dentro de compartimento
próprio. O compartimento deve ser dotado de drenagem por gravidade, ou bombeamento, sendo que,
neste caso, a bomba hidráulica deve ser instalada em poço adequado e dotada de sistema elétrico que
adverte em casos de falha no funcionamento na bomba NBR 5626 (1998).
33

FIGURA 5 - ESQUEMA PARA INSTALAÇÃO DE CISTERNA COM BOMBEAMENTO.


FONTE:

A figura 5 apresenta o corte esquemático de uma cisterna dotada de sistema de


bombeamento. A água da chuva é conduzida por meio de uma tubulação horizontal até o filtro,
onde sólidos em suspensão serão retidos. Em seguida a água filtrada será direcionada até a
cisterna. A entrada da tubulação se dá pela parte superior e em seguida segue para o fundo da
cisterna até o freio d’água. O nível de água será controlado por um sistema de boia, onde em caso
de excesso de água, esta será direcionada para um extravasor e em seguida até o sistema de
drenagem de águas pluviais do condomínio. O sistema de bombeamento está localizado fora da
cisterna, facilitando possíveis manutenções. Sua instalação é necessária para conduzir a água do
interior da cisterna até o reservatório superior.

Muitas iniciativas em utilizar as águas pluviais para os consumos não potáveis da população
estão em andamento no país. Leis, decretos, planos diretores de drenagem urbana e normas técnicas
apontam para que, cada vez mais, o Aproveitamento de Água de Chuva seja adotado. No entanto, as
atuais recomendações técnicas para tais medidas são um tanto divergentes, no que diz respeito ao
dimensionamento do reservatório para armazenamento da água coletada (DORNELLES et al., 2010).

3.4.4 Métodos de dimensionamento de Reservatório

MÉTODO DE RIPPLL

Para determinar a capacidade de um reservatório, alguns métodos têm como base o


Período Crítico, ou seja, de pouca chuva, utilizam e identificam sequência de dados onde a demanda é
maior que a produção. Um exemplo deste método é o de Rippl (ANNECCHINI, 2005).

GARCEZ (1974, apud PROSAB, 2006) diz que o método de Rippl é utilizado para calcular o
volume de armazenamento necessário para que se possa garantir uma vazão regularizada e constante,
durante o período em que haja estiagem crítica.

Neste caso podem ser usadas séries históricas mensais ou diárias (NBR 15527/07).
34

A equação utilizada para o método de Rippl é a seguinte:

S(t ) = D(t ) − Q(t ) (6)

Q(t) = C x precipitação da chuva (t) x área de captação

V = Σ S(t), somente para valores S(t) > 0

Sendo que: Σ S(t) < Σ Q(t)

Onde:

S(t) é o volume do reservatório no tempo t;

Q(t) é o volume de chuva aproveitável no tempo t;

D(t) é a demanda de consumo no tempo t;

V é o volume do reservatório;

C é o coeficiente de escoamento superficial.

MÉTODO AZEVEDO NETO

Este método utiliza a precipitação anual relacionada com a quantidade de meses com
pouca ou nenhuma chuva. O volume do reservatório é definido como 4,2% do produto entre o volume
de chuva coletada e número de meses com pouca ou nenhuma chuva, identificando o volume de água
aproveitável como sendo o volume de água do reservatório (FONTANELA, 2010).

O Volume de chuva é obtido pela seguinte equação:

V = 0 , 0042 . P . A.T (7)

P é o valor numérico da precipitação média anual, expresso em milímetros (mm);

T é o valor numérico do número de meses de pouca chuva ou seca;

A é o valor numérico da área de coleta em projeção, expresso em metros quadrados (m²);

V é o valor numérico do volume de água aproveitável e o volume de água do reservatório, expresso


em litros (L).
35

3.4.5 Sistema de Recalque e distribuição de Água não Potável

ESTIMATIVA DO CONSUMO DIÁRIO

O consumo diário de uma residência de alto padrão é de 250L.hab-1.dia-1, (SANEPAR, 2010).

Reali et al. (2002) afirma que para a estimativa do consumo diário em uma residência deve-
se multiplicar o número de pessoas residentes pelo consumo de água por habitante dia, como mostra
a equação a seguir.

CD = N . P (7)

Onde:

CD é o consumo diário em L.hab-1.dia-1;

N é o número de moradores da residência;

P é o valor de consumo de água em L.hab-1.dia-1;

SISTEMA DE RECALQUE

Segundo Reali et al. (2002), a vazão de recalque deve ser de 15 a 20% do consumo diário
de uma residência expressa em metro cúbico por hora, mostrada na equação a seguir.

Qh = X .CD (7)

Onde:

Qh é vazão horária de recalque em m³.s-1;

X é a porcentagem do consumo diário de residência;

CD é o consumo diário em L.hab-1.dia-1;

Reali et al. (2002) cita ainda que o tempo de operação diária de uma bomba e dada pela
razão do consumo diário de água e a vazão horária, mostrada na equação a seguir.
36

CD (7)
Hf =
Qh

Onde:

Hf é o tempo de funcionamento diário da bomba de recalque em horas;

CD é o consumo diário de água em L.s-1;

Qh é vazão horária de recalque em L.s-1;

Um sistema de recalque consiste no bombeamento de água de um reservatório inferior


para um reservatório superior (NBR 5626/98).

Azevedo Neto et al. (1998) afirma que as bombas devem ser abrigadas em locais
apropriados, isoladas de forma a não produzir ruídos excessivos. Devem ainda possuir ventilação e ser
suficientemente espaçadas para possibilitar sua movimentação e ou manutenção. Um sistema de
recalque deve possuir no mínimo 2 conjuntos elevatórios, sendo um reserva do outro.

Zocoler et al. (2004) afirma que para um sistema de recalque cuja operação não se dá de
forma contínua, o diâmetro econômico pode ser determinado pela equação de Forchheimer, mostrada
a seguir:

D = 1, 3 .Qr 1/ 2
.T 1 / 4 (7)

Onde:

D é o diâmetro da tubulação;

T é o número de horas diárias de funcionamento da bomba dividido por 24 horas;

Qr é a vazão de recalque m³/s.

A (NBR 5626/98) cita que as tubulações devem ser dimensionadas de modo que a
velocidade da água, em qualquer trecho de tubulação, não atinja valores superiores a 3 m/s. Esta
mesma norma não faz menção à velocidade mínima.

NETO et al (1998) cita que as tubulações não se constituem apenas de trechos retilíneos e
de mesmo diâmetro. Usualmente incluem peças especiais e conexões que, pela forma e disposições
elevam a turbulência provocando atritos e causando o choque entre partículas dando origem a perda
de carga. São classificadas como perdas contínuas e perdas localizadas.
37

NETO et al (1998) ainda afirma que para tubulações de pequenos diâmetros as perdas de
carga continuas são determinadas através da fórmula de Fair-Whipple-Hsiato apresentada a seguir:

j = 0 , 571
Q / 55 ,934 . D 2 , 714 (8)

Onde:

j é a perda de carga contínua na tubulação em m/m;

Q é a vazão de projeto em m³/s;

D é o diâmetro da tubulação de recalque em m;

Azevedo Neto et al. (1998) também cita que todas as perdas localizadas podem ser
expressas por:

V2 (8)
Hf = K.
2g

Onde:

Hf é a perda de carga localizada em m;

K constante relativa às conexões utilizadas;

V é a velocidade de escoamento na tubulação em m.s-1;

g é a aceleração da gravidade m.s-1


38

A seguir é apresentada a tabela com os valores aproximados de K.

TABELA 6 - VALORES DOS COEFICIENTES K EM FUNÇÃO DE CADA CONEXÃO


Valores Aproximados de K (Perda de Carga Localizada)
Conexão K Conexão K
Ampliação Gradual 0,30 Junção 0,40
Bocais 2,75 Medidor Venturini 2,50
Comporta aberta 1,00 Redução Gradual 0,15
Controlador de vazão 2,50 Registro de ângulo aberto 5,00
Cotovelo 90 º 0,90 Registro de gaveta aberto 0,20
Cotovelo 45º 0,40 Registro de globo aberto 10,00
Crivo 0,75 Saída de canalização 1,00
Curva 90º 0,40 TÊ, passagem direta 0,60
Curva 45º 0,20 TÊ, saída de lado 1,30
Curva 22 1/2º 0,10 TÊ, saída bilateral 1,80
Entrada normal em canalização 0,50 Válvula-de-pé 1,75
Entrada de Borda 1,00 Válvula de retenção 2,50
Existência de pequena derivação 0,03 Velocidade 1,00
FONTE: VERIFICAR A FONTE.

RAMAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

A (NBR 5626/98) afirma que por razões de economia é usual estabelecer como provável,
uma demanda simultânea menor que do que a máxima possível. Esta demanda simultânea pode ser
estimada pelo método dos pesos elaborado a partir da experiência acumulada na observação de
instalações hidráulicas similares.

Este método estabelece empiricamente pesos relativos a vazões de projeto e é dado pela
equação a seguir:

Q = 0,3 ΣP (7)

Onde:

Q é a vazão estimada na seção considerada, em litros por segundo;

∑P é a somatória dos pesos relativos de todas as peças de utilização alimentadas pela tubulação
considerada;

A seguir está apresentada a tabela com os pesos relativos em função de cada aparelho
sanitário e ou peça de utilização.
39

TABELA 7- VAZÃO NOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO CONFORME APARELHO SANITÁRIO E PEÇA DE UTILIZAÇÃO
Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função do aparelho sanitário e da peça de utilização
Vazão de Peso
Aparelho sanitário Peça de utilização
projeto (L.s-1) relativo
Caixa de descarga 0,15 0,3
Bacia sanitária
Válvula de descarga 1,7 32
Banheira Misturador (água fria) 0,3 1
Bebedouro Registro de pressão 0,1 0,1
Bidê Misturador (água fria) 0,1 0,1
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,2 0,4
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,1 0,1
Lavadora de pratos ou roupas Registro de pressão 0,3 1
Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3
Com sifão integrado Válvula de descarga 0,5 2,8
Mictório cerâmico Caixa de descarga, registro de pressão ou
Sem sifão integrado 0,15 0,3
válvula de descarga para mictório

0,15 por metro


Mictório tipo calha Caixa de descarga, registro de pressão 0,3
de calha
Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7
Pia
Torneira elétrica 0,1 0,1
Tanque Torneira 0,25 0,7
Torneira de jardim ou lavagem geral Torneira 0,1 0,4
FONTE: Adaptado da NBR 5626/98

3.5 ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA

(RICHTER e NETO, 1991) afirmam que muitos imaginam que a água é uma substância
simples. Por se tratar de excelente solvente, ninguém, até hoje pode vê-la em estado 100% pura.
Ainda, mesmo sem impurezas, quimicamente sabe-se que a água é a mistura de 33 substâncias
distintas.

As impurezas encontradas nas águas na sua forma natural são inúmeras, várias delas
inócuas, destas, poucas desejáveis e algumas extremamente nocivas à saúde, dentre elas podemos
encontrar vírus, bactérias, parasitos, substâncias tóxicas e, até mesmo elementos radioativos (RICHTER
e NETO, 1991).

Richter (2001) cita que não é uma prática atual a destinação dos resíduos de uma estação
de tratamento de água em cursos de águas próximos a estação, sendo frequente que a própria fonte
que abastece a estação receba estes resíduos.

Desta forma se faz necessário o tratamento deste lodo e sua correta destinação.
40

3.5.1 Tratamento e destinação de Lodo de ETA

Richter, (2001) diz que o tratamento de lodo de uma estação de tratamento ode água tem
como principal objetivo a remoção de água para concentrar os sólidos e desta forma reduzir o volume
de lodo.
41

4 MATERIAIS E MÉTODOS

A metodologia para o desenvolvimento deste trabalho foi embasada em uma revisão


bibliográfica de modo a adquirir conhecimento teórico necessário para compreender a situação, assim
como a legislação vigente, abrangendo artigos, leis, normas, resoluções, documentos, citações e
dissertações, de autores especialistas em Gestão de Recursos Hídricos, Meio Ambiente,
Desenvolvimento e Economia, entre outros.

A realização deste trabalho abrangeu os seguintes passos:

• Dimensionamento do Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva;

• Determinação do custo de implantação e Tempo de retorno;

• Avaliação das consequências junto a Companhia de Abastecimento de Água com o


Aproveitamento de Água de Chuva.

• Proposição de itens na Convenção de Condomínio visando a implementação de um sistema de


reaproveitamento de água de chuva, promovendo o incentivo de práticas sustentáveis.

4.1 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E


APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA

Para o dimensionamento do sistema de aproveitamento de água de chuva das residências


para fins não potáveis foram adotadas metodologias com base nas prescrições da norma NBR 15527
(ABNT, 2007) para o dimensionamento do reservatório de acumulação e da NBR 10844 (ABNT, 1989)
para área de contribuição dos telhados para Captação de Água de Chuva.

4.1.1 Determinação do Índice Pluviométrico

Nesta etapa foram desenvolvidos os estudos para o estabelecimento do regime


pluviométrico, traduzidos pelos histogramas de precipitações, mínimas, médias e máximas mensais e
totais anuais.
42

A metodologia adotada preconizou a seguinte sequência de atividades:

• Escolha das Estações Pluviométricas localizadas no município de Curitiba;

• Análise e Coleta de Dados;

• Estabelecimento do Índice Pluviométrico.

4.1.2 Escolha das Estações Pluviométricas

Com o auxílio da ferramenta Hidroweb, da Agência Nacional de Águas (ANA 2013), foi
possível localizar as estações pluviométricas para a determinação dos índices pluviométricos. Adotou-
se como parâmetro para a escolha das Estações Pluviométricas, as que apresentaram as menores
distâncias até o objeto de estudo, estivessem situadas dentro dos limites do município de Curitiba, e
que apresentassem, no período de operação, séries históricas ininterruptas de 30 anos ou mais.

4.1.3 Análise e Coleta de Dados

Entende-se que um posto de medição de chuvas tem como principal objetivo obter uma
série ininterrupta de precipitações ao longo dos anos. Neste caso, poderá ocorrer existência de
períodos sem informação ou falhas nas observações, devido a problemas com o aparelho e/ou com o
operador do posto. Desta forma as estações selecionadas conforme item 3.1.1 foram analisadas com
o objetivo de verificar a ocorrência de falhas.

4.1.4 Estabelecimento do Índice Pluviométrico

O índice pluviométrico foi estabelecido observando as séries históricas das estações


selecionadas.

Os dados foram processados da seguinte forma:

A série histórica da Estação foi analisada para verificação da ocorrência de falhas, em


seguida, com o auxílio do software Excell, os dados foram ordenados de forma que as colunas
apresentassem os meses de observação que compreenderam o período de janeiro a dezembro de cada
43

ano e nas linhas foram apresentados os anos, compreendendo todos os anos de observação. Como se
observa na Tabela 7.

TABELA 8 - EXEMPLO DE APRESENTAÇÃO DOS DADOS PLUVIOMÉTRICOS TRATADOS.


Precipitações (mm)
Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1982 36,1 230,8 55,6 36,1 63,9 240,9 106,0 41,4 18,6 191,7 249,7 141,1
1983 204,7 64,3 89,1 156,7 307,8 218,4 262,4 5,1 235,8 77,3 43,2 221,3
FONTE: 1 - O autor.

Com estes dados ordenados foi possível determinar as precipitações médias mensais e
médias anuais.

4.1.5 Determinação da Demanda de Água Potável e Não Potável

Para esta etapa do trabalho foi necessário fazer uma pesquisa de campo onde um
questionário (apêndice 10) foi aplicado de modo a determinar as principais fontes de consumo de água
potável e não potável, assim como a verificação da aceitação em relação ao aproveitamento de água
de chuva.

Após a aplicação deste questionário, dados relevantes à determinação das fontes de


consumo de água foram filtrados e, com base nas normas técnicas determinou-se, de forma
aproximada, o consumo de água não potável por residência.

4.1.6 Dimensionamento do Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva

O dimensionamento do sistema de aproveitamento de água de chuva seguiu os seguintes passos:

• Determinação da área de coleta de água de chuva;

• Dimensionamento das calhas coletoras;

• Dimensionamento dos condutores verticais e horizontais;

• Dimensionamento do reservatório de água de chuva;

• Dimensionamento do sistema de recalque de água para o reservatório superior;

• Dimensionamento dos ramais de distribuição de água de chuva.


44

Para o dimensionamento da calha e condutores utilizou-se a norma NBR 10844/89. Já para


o dimensionamento do reservatório foram utilizados dois métodos, Rippl e Azvedo Neto, ambos
recomendados pela NBR 15527/07.

ÁREA DE COLETA DE ÁGUA DE CHUVA

O projeto arquitetônico foi analisado de forma a determinar a área de coleta de água de


chuva, em seguida com a utilização da equação (x) foi determinada a área efetiva de coleta de água de
chuva.

CALHA COLETORA.

Pela área calculada a intensidade de precipitação máxima foi determinada pela equação
atualizada de Fendrich, para a região de Curitiba, equação (4). Em seguida para determinar a vazão de
projeto foi utilizada a equação (3). A vazão de projeto foi comparada com a capacidade da calha que
foi determinada pela equação de Manning-Strickler, equação (5), esta comparação foi necessária para
a verificação da capacidade da calha coletora.

COLETOR VERTICAL

Após a determinação da vazão de projeto, foi necessário dimensionar os coletores verticais


e horizontais para suportar a vazão calculada. Para tal, utilizou-se o ábaco apresentado no apêndice 5.
Neste ábaco o eixo das abscissas apresenta vazões em litros por minuto e no eixo das ordenadas
apresenta diâmetros em milímetros, desta forma duas verificações foram necessárias. A primeira
verificação foi feita com a localização da vazão de projeto determinada anteriormente no eixo das
abscissas, uma linha foi projetada paralela ao eixo das ordenadas até interceptar a linha pontilhada
referente ao comprimento da tubulação, projetou-se esta intersecção no eixo das ordenadas e assim
se determinou-se o diâmetro da tubulação. A segunda verificação semelhantemente a anterior
consistiu em localizar a vazão de projeto determinada no eixo das abscissas, projetou-se uma linha
paralela ao eixo das ordenadas até interceptar a linha cheia, referente à altura da lâmina liquida na
calha, em seguida projetou-se esta intersecção até o eixo das ordenadas e assim foi determinado o
diâmetro da tubulação. Das duas verificações adotou-se o maior diâmetro determinado. Vale lembrar
que o menor diâmetro deve ser de 75mm.
45

COLETOR HORIZONTAL

Para o dimensionamento do condutor horizontal adotou-se a mesma vazão determinada


para o dimensionamento do condutor vertical. Foi adotada uma declividade de 0,5% e coeficiente
n=0,011. Com estes dados e a tabela 6 foi possível estabelecer o diâmetro do condutor horizontal.

RESERVATÓRIO

A norma atual sugere, ente outros, que o reservatório de água seja dimensionado pelos
métodos de Rippl e Azevedo Neto.

Método de Rippl

Para o método de Rippl no trabalho em estudo, foi utilizada uma série de precipitação
mensal, sem desconsiderar a primeira chuva de lavagem do telhado, entende-se que desta forma o
dimensionamento do reservatório estará a favor da segurança. Para o coeficiente de escoamento
utilizou-se o valor de 0,8. Para a área de captação será adotada a calculada em função do projeto
arquitetônico. Serão avaliados os reservatórios para cada uma das estações selecionadas.

Método Azevedo Neto

A metodologia aplicada para o método Azevedo Neto tem como principal característica a
utilização da quantidade de meses de pouca ou nenhuma chuva. Esta variável não é utilizada por
nenhum outro método indicado pela NBR 15527/07. O dimensionamento do reservatório pelo
método Azevedo Neto foi feito utilizando a precipitação média anual de todo o período de observação
de todas as três estações pluviométricas selecionadas. Para área de contribuição adotou-se o valor de
110m². Para os meses de pouca ou nenhuma chuva adotou-se como parâmetro as precipitações onde
os valores sejam inferiores ou iguais a 40mm no mês.
46

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE RECALQUE

Com a finalidade de determinar os componentes do sistema de recalque que transportará


a água do reservatório inferior ao o superior foi adotado o seguinte procedimento. Primeiramente
estabeleceu-se o consumo médio diário de água de chuva dividindo-se o valor determinado com a
utilização do questionário apêndice (), por 30 dias. Em seguida com a utilização da equação () foi
determinada a vazão horária do sistema e com a utilização da equação (x) determinou-se o diâmetro
da tubulação de recalque. Nesta etapa também foi determinado o tempo de operação diária da
bomba, pela equação ().

Com o diâmetro de recalque determinado o passo seguinte foi levantar a extensão da


tubulação de recalque que se inicia na bomba e finaliza no reservatório superior. Com o percurso da
tubulação já definido, em seguida foi possível verificar as conexões e válvulas que compõe o recalque.
Em função do projeto arquitetônico utilizado foi possível estabelecer o desnível geométrico, ou seja, a
diferença da cota altimétrica do nível de água no reservatório superior e a cota altimétrica de fundo
do reservatório de aproveitamento de água de chuva. Este procedimento se faz necessário para que
se possa determinar a altura manométrica que é a soma do desnível geométrico e das perdas de carga
distribuídas e localizadas, e posterior escolha da bomba de recalque.

DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

Para o projeto da distribuições dos ramais de utilização de água de chuva, primeiramente


foram identificados e quantificados o número de pontos e aparelhos sanitários que fariam uso da água
de chuva como ilustrado a seguir.
47

FIGURA 6 - PLANTA COM A IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA NO PAVIMENTO SUPERIOR
FONTE: O Autor
48

FIGURA 7 - PLANTA COM A IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA NO PAVIMENTO
INFERIOR.
FONTE: O Autor

O passo seguinte foi distribuir a tubulação de alimentação dos sub-ramais onde os trechos
foram numerados até a chegada nos sub ramais de forma a se obter a relação entre o trecho
dimensionado e a quantidade de aparelhos atendidos por este trecho. O desenhos com a
representação dos trechos numerados é apresentado no apêndice ().

Ao passo em que se definia a quantidade de aparelhos atendidas pelos trechos, ocorreu a


somatória dos seus pesos. Em seguida, com o auxílio do ábaco, apêndice (x) determinava-se o diâmetro
da tubulação. O mesmo procedimento foi adotado para o dimensionamento dos diâmetros dos sub-
ramais.
49

4.2 DETERMINAÇÃO DO CUSTO DE IMPLANTAÇÃO E TEMPO DE RETORNO

Para calcular o tempo de retorno de um investimento, primeiramente deve-se reconhecer


o total do capital a ser investido. Desta forma, após o dimensionamento do sistema, será realizado um
estudo para determinar o custo de implantação do projeto. Serão levantados os quantitativos dos
materiais e serão realizados orçamentos com no mínimo três empresas especializadas.

Com os valores do consumo médio de água potável e não potável será aplicada a tarifa
utilizada pela companhia local de abastecimento de água. Assim será possível estimar o fluxo de caixa
mensal para o sistema e então determinar o tempo de retorno do investimento.

Após o dimensionamento do sistema de aproveitamento de água de chuva, será possível


estimar a quantidade de água potável a ser economizada. A partir daí, uma pesquisa junto a Empresa
de Abastecimento de Água será feito para determinar o impacto que o aproveitamento de água de
chuva trará.

4.3 CÁLCULO APROXIMADO DA POSSÍVEL REDUÇÃO DE LODO DA ETA


PASSAÚNA COM O APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA

Com o aproveitamento de água de chuva, foi feita uma estimativa da redução da produção
de lodo na ETA Passaúna. Para tanto considerou-se que o sistema de aproveitamento de água de chuva
foi utilizado por um número maior de condomínios horizontais. O procedimento adotado consiste em
quantificar o número de residências de mesmo padrão do condomínio em estudo localizadas nos
bairros Butiatuvinha, Santa Felicidade, Campo Comprido, Cascatinha, São João, São Braz e Santo Inácio.
A escolha destes bairros se deu pois segundo a literatura são nestes que esta modalidade de moradias
apresenta maior crescimento. A determinação do número de residências foi feita por meio da
utilização do Google Earth, onde primeiramente foram localizados os bairros em questão, em seguida
foram identificados os condomínios e assim ocorreu a contagem do número de residências de cada
condomínio. O passo seguinte consistiu em realizar uma pesquisa junto a concessionária de água e
esgoto local para obtenção de informações respeito da produção atual de lodo na ETA Passaúna.
50

4.4 PROPOSTA DE ADIÇÃO DE ITENS À CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO

Com base nos resultados obtidos para o reaproveitamento de água de chuva no


condomínio, serão identificados itens a serem adicionados à Convenção de Condomínio, instrumento
legal adequado para normatizar questões relativas aos padrões construtivos e conduta dos
condôminos, através do qual a implementação do uso contínuo de água captada da chuva para
determinados fins, através do sistema de captação e armazenamento projetado especificamente para
isso, será implementado.

Desse modo, para a análise realizada no Condomínio Reserva Allameda no Bairro Butiatuvinha
em Curitiba, propõe-se a adição à Convenção de Condomínio já existente, no item “Aprovação de
Projetos” e sub-item “Especificações às Edificações” a inclusão de seis exigências que efetivariam a

implementação desse projeto.

4.4.1 Itens Propostos para Aprovação de Projetos

a) O Proprietário tem ciência da proposta de sustentabilidade relacionada ao uso da água


que o Condomínio adotou desde sua concepção, de modo que aceita construir sua
residência dentro dos parâmetros mínimos estabelecidos para efetivamente viabilizar
o uso contínuo de água captada da chuva.
b) São de responsabilidade do Proprietário do sub lote e responsável técnico da obra a
construção de reservatório de água independente, cujo projeto e descrição serão
fornecidos ao proprietário, contendo especificações com relação à capacidade padrão
em cada residência e a área de telhado que deverá ser disponibilizada para captação
da água de chuva.
c) São de responsabilidade do Proprietário do sublote e responsável técnico da obra, a
construção de sistema de encanamentos específicos para que a água do reservatório
de chuva seja direcionada a todos os vasos sanitários da residência e demais pontos
especificados. Sendo essa a forma padrão de utilização podendo ser alterada
manualmente para uso da água da Companhia local de abastecimento de água, em
caso de falta da água de chuva no reservatório.
d) Um número mínimo de 03 (três) torneiras deverá ser locado na casa com o intuito de
utilização da água de chuva captada. Sendo obrigatório 01 (uma) delas próximo à
51

garagem, 01 (uma) no quintal da casa, preferencialmente na maior porção gramada


ou maior porção permeável da casa e, 01 (uma) a critério do Proprietário.
e) Para uma área pavimentada ou calçada na residência, contínua ou interrompida por
até 3 metros, que totalize área igual ou superior a 30% da área total calçada ou
pavimentada da residência, deverá existir uma torneira para aproveitamento da água
de chuva captada.
f) Havendo sistema de irrigação automático para o jardim na residência, é obrigatório o
uso pelo mesmo da água de chuva captada, devendo ser essa a água prioritariamente
utilizada para esse fim, sendo alternado o uso para água de outras fontes somente no
caso de escassez.
52

5 RESULTADOS

Este item apresentará os resultados obtidos por este trabalho. Deverá, ainda, abordar
separadamente discussões pertinentes às soluções apresentadas e dificuldades encontradas.

5.1 LOCAL DE ESTUDO

O Condomínio Reserva Allameda é um condomínio horizontal residencial localizado no


município de Curitiba, na Rua Domingos Gulin, 111, Bairro Butiatuvinha, região vizinha ao bairro de
Santa Felicidade. Suas coordenadas geométricas são: Latitude 25°23'24.11"S e Longitude
49°20'48.82"O. A figura 6 mostra a localização do objeto de estudo.

FIGURA 8 - LOCALIZAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO.


FONTE: Google Earth

O empreendimento foi oficialmente lançado em 2010 e ainda possui terrenos vagos. A área
total é de 40.038,98 m² e os 39 lotes que compõe o condomínio possuem áreas que variam de 543,76
53

m² a 862,59 m² de área privativa, tendo como área média aproximadamente 600,00 m². Alguns
moradores adquiriram mais de uma unidade, portanto, a expectativa é que o número final de casas
fique em torno de 25 a 30 casas.

A implantação do condomínio e subdivisão dos lotes pode ser observada na 7, a seguir.

FIGURA 9 - ILUSTRAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO OBJETO DE ESTUDO, CONDOMÍNIO HORIZONTAL.

Pode-se destacar algumas características do local, como:

• O Condomínio é 100% murado;

• Há um bosque preservado na parte norte do local, onde encontra-se um fundo de vale. A


separação para os lotes que fazem divisa com esse bosque é feita por telas;

• A rua interna e calçadas foram feitas com Paver Figura 9

• São elementos constituintes das áreas comuns do condomínio:

Portaria, salão de festas, salão de jogos, playground Infantil, quadra Poliesportiva Figura 8 e
academia ao ar-livre
54

FIGURA 10 - ACESSO DO CONDOMÍNIO. FIGURA 11 - QUADRA POLIESPORTIVA DO


FONTE: O autor CONDOMÍNIO.
FONTE: O autor.

Alguns dos parâmetros da Lei de Zoneamento de Curitiba para o local, situado em uma ZUC II – Zona
de Urbanização Consolidada da APA do Passaúna são os seguintes:

1) Coeficiente de Aproveitamento – 1,0


2) Taxa de Ocupação – 50%
3) Taxa de Permeabilidade – 25%
4) Densidade Máxima – 10 habitações/Ha de área bruta.

Por meio destes parâmetros é possível estimar a área de captação de chuva.

5.2 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE


CHUVA

5.2.1 Escolha das Estações Pluviométricas

Com o auxílio da ferramenta Hidroweb, da Agência Nacional de Águas (ANA 2013), foram
observadas, na região de Curitiba, um total de 17 Estações Pluviométricas. De acordo com a sua
localização geográfica (latitude e longitude) foram localizadas no Google Earth e assim determinadas
às distâncias, em linha reta, das referidas estações até o objeto do estudo. As distâncias das estações,
estão apresentadas no quadro 4 e a localização espacial das estações e do objeto de estudo estão
apresentadas na figura 11, apêndice 1.
55

Estações Pluviométricas do Município de Curitiba


Estação Código Nome Distância (m)
1 2549078 PASSAUNA SANTA FELICIDADE 1545,00

2 2549094 CAMPO COMPRIDO - SE 4959,00

3 2549002 CURITIBA 5566,00

4 2549126 UNIVERSIDADE POSITIVO 6649,00

5 2549129 JUSANTE PARQUE SÃO LOURENÇO 8138,00

6 2549127 SANTA QUITÉRIA 8566,00

7 2549006 CURITIBA 9387,00

8 2549101 CURITIBA 9387,00

9 2549068 CURITIBA 9789,30

10 2549074 CURITIBA - VILA IZABEL 11362,00

11 2549075 PRADO VELHO - UCP 11797,00

12 2549087 CAPTAÇÃO IRAÍ 16204,00

13 2549086 CAPTAÇÃO IGUAÇU BR-277 18515,00

14 2549125 ETE - SANEPAR 19189,00

15 2549018 CURITIBA -

16 2549092 UMBARA - SE -

17 2549131 CURITIBA -
QUADRO 4 - DISTÂNCIAS DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS EM RELAÇÃO AO OBJETO DE ESTUDO.
FONTE: O autor.

As estações Curitiba (2549018), Umbará–SE (2549092) e Curitiba (2549131), foram


desconsideradas, pois não satisfazem a um dos critérios adotados.
56

5.2.2 Análise e Coleta de Dados

Ainda com o auxílio da Ferramenta Hidroweb, da Agência Nacional de Águas (ANA 2013),
todas as 14 estações restantes foram analisadas isoladamente de forma a obter o período de
observações, detalhado no Quadro 5.

Estações Pluviométricas do Município de Curitiba

Estação Código Nome Período de Observações

1 2549002 CURITIBA 01/06/1941 01/01/1980


2 2549006 CURITIBA 01/01/1900 01/02/2011
3 2549068 CURITIBA - -
4 2549074 CURITIBA - VILA IZABEL 01/01/1975 01/08/1997
5 2549075 PRADO VELHO - UCP 01/04/1981 01/12/1997
6 2549078 PASSAUNA SANTA FELICIDADE 01/10/1984 01/12/1997
7 2549086 CAPTAÇÃO IGUAÇU BR-277 01/01/2002 01/01/2008
8 2549087 CAPTAÇÃO IRAÍ 01/01/2002 01/05/2008
9 2549094 CAMPO COMPRIDO - SE 01/02/1992 01/10/2000
10 2549101 CURITIBA - -
11 2549125 ETE - SANEPAR 01/01/2002 01/05/2008
12 2549126 UNIVERSIDADE POSITIVO 01/04/2000 01/09/2011
13 2549127 SANTA QUITÉRIA 01/12/2004 01/05/2007
14 2549129 JUSANTE PARQUE SÃO LOURENÇO 01/07/2006 01/05/2007
QUADRO 5 - LISTA DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS DE CURITIBA.
FONTE: Adaptado da Hidroweb.

As Estações Pluviométricas Curitiba (2549068) e Curitiba (2549101) não apresentaram série


histórica alguma e as demais que apresentaram período de observação inferior a 30 anos e também
foram descartadas. Restando desta forma, três estações.

As três estações restantes foram, desta vez, analisadas para verificação da consistência de
dados. Pois segundo PINTO et al (1974), antes do processamento dos dados há a necessidade de que
algumas verificações quanto à consistência de destes dados sejam feitas. Tais como falha nos dados.

Das referidas estações a única a apresentar dados sem falhas em todo o período de
observação foi a Estação Pluviométrica Prado Velho (2549075). Entretanto, apesar das outras duas
estações CURITIBA (2549002) e CURITIBA (2549006) apresentarem falhas no período total de operação
da estação, foi possível extrair uma série histórica de 30 anos sem falhas devido longo tempo de
operação destas estações.
57

As características de cada estação selecionada estão apresentadas nos quadros a seguir:

CURITIBA
Código 2549002
Nome CURITIBA
Bacia RIO PARANÁ (6)
Sub-bacia RIOS PARANÁ, IGUAÇU E OUTROS (65)
Rio -
Estado PARANÁ
Município CURITIBA
Responsável ANA
Operadora ANA
Latitude -25:25:0
Longitude -49:18:0
Altitude (m) 945
QUADRO 6 - CARACTERÍSTICAS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA CURITIBA.
FONTE: http://hidroweb.ana.gov.br/Estacao.asp?Codigo=2549002

CURITIBA
Código 2549006
Nome CURITIBA
Bacia RIO PARANÁ (6)
Sub-bacia RIOS PARANÁ, IGUAÇU E OUTROS (65)
Rio -
Estado PARANÁ
Município CURITIBA
Responsável ANA
Operadora AGUASPARANÁ
Latitude -25:26:0
Longitude -49:16:0
Altitude (m) 924
QUADRO 7 - CARACTERÍSTICAS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA CURITIBA.
FONTE: http://hidroweb.ana.gov.br/Estacao.asp?Codigo=2549006

PRADO VELHO - UCP (02549075)


Código 2549075
Nome PRADO VELHO - UCP
Bacia RIO PARANÁ (6)
Sub bacia RIOS PARANÁ, IGUAÇU E OUTROS (65)
Estado PARANÁ
Município CURITIBA
Responsável ANA
Operadora AGUASPARANÁ
Latitude -25:27:0
Longitude -49:15:0
Altitude (m) 884
QUADRO 8 - CARACTERÍSTICAS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA PRADO VELHO.
FONTE:http://hidroweb.ana.gov.br/Estacao.asp?Codigo=2549075
58

5.2.3 Estabelecimento do Índice pluviométrico

As séries históricas das estações Prado Velho (2549075), CURITIBA (2549002) e CURITIBA
(2549006) foram analisadas e não se verificaram ausência de dados no período de observação. Em
seguida, com o auxílio do software Excell, os dados forma ordenados onde as colunas apresentam os
meses de observação que compreendem o período de janeiro a dezembro de cada ano e as linhas
apresentam todos anos de observação. Estes resultados estão apresentados nos apêndices 2, 3 e 4.

5.2.4 Determinação da Demanda de Água Potável e Não Potável

Para a determinação da demanda de água um questionário (apêndice 10) foi aplicado. É


importante ressaltar que foi tentado aplicar o questionário somente no condomínio, objeto de estudo,
entretanto isso não foi possível devido ao número reduzido de moradores que aceitaram responder o
questionário. A alternativa encontrada para se obter uma amostra aceitável foi aplicar o questionário
em outros condomínios com o cuidado de se observar o mesmo padrão de residênias. O resultado do
questionário está resumido na tabela 9, assim como a estimativa de demanda de água não potável.

TABELA 9- DETERMINAÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA NÃO POTÁVEL.

RESUMO DO QUESTIONÁRIO
Ítem ud. ud. ud. ud. ud. ud. ud. ud. ud. ud.
Quantidade de Moradores 6,0 4,0 5,0 4,0 6,0 7,0 7,0 5,0 5,0 4,0
Volume utilizado por válvula de descarga (m3.mês-1) 8,1 5,4 6,8 5,4 8,1 9,5 9,5 6,8 6,8 5,4
Frequência de rega de jardim (mês) 0,0 8,0 2,0 0,5 12,0 0,0 4,0 4,0 0,0 8,0
Forma de lavagem -- M M M M -- M M -- M
Tempo médio de rega do jardim (min.) 0,0 10,0 10,0 20,0 10,0 0,0 10,0 10,0 0,0 10,0
Volume utilizado para rega do jardim (m3.mês-1) 0,0 1,0 0,2 0,1 1,4 0,0 0,5 0,5 0,0 1,0
Quantidade de carros 3,0 3,0 2,0 2,0 5,0 3,0 2,0 3,0 3,0 4,0
Frequência de lavagem dos carros (mês) 2,0 2,0 2,0 0,0 4,0 0,0 0,0 2,0 0,0 0,0
Volume utilizado para lavagem dos carros (m3.mês-1) 0,9 0,9 0,6 0,0 3,0 0,0 0,0 0,9 0,0 0,0
Frequência lavagem das calçadas (mês) 1,0 0,5 0,5 4,0 4,0 2,0 2,0 4,0 8,0 4,0
Forma de lavagem M M M M M M M M M M
Tempo médio de lavagem das calçadas (min.) 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Volume utilizado para lavagem das calçadas (m3.mês-1) 0,1 0,1 0,1 0,5 0,5 0,2 0,2 0,5 1,0 0,5

Volume Total 9,1 7,3 7,7 6,0 13,0 9,7 10,2 8,6 7,7 6,8

FONTE: O autor.
Obs.: M – Mangueira; A – Automatizado de rega de jardim
59

Através de uma média ponderada admitiu-se que a demanda de água não potável é igual a
8,90 m3.mês-1

5.2.5 Dimensionamento do Sistema de Aproveitamento de Água de Chuva

ÁREA DE COLETA DE ÁGUA DE CHUVA

A área do telhado responsável pela coleta de água é igual a 110m² e está ilustrada na figura
a seguir.

FIGURA1312-ÁREA
Figura - ÁREA DE
DE CAPTAÇÃO
CAPTAÇÃO DE
DE ÁGUA
ÁGUA DE
DE CHUVA
CHUVA
FONTE: O AUTOR
Autor
60

CALHA

Os parâmetros utilizados para o dimensionamento da calha coletora foram os seguintes:

• Área de cobertura (A): 110m²;

• Tempo de retorno (T): 5 anos;

• Duração da chuva (t): 5 minutos;

Primeiramente foi determinada a intensidade de chuva para a região de Curitiba,


apresentada a seguir.

i = 137,43 L.min-1

Em seguida com a intensidade de chuva calculada foi possível estabelecer a vazão de


projeto em função da área de contribuição, mostrada a seguir:

Q = 251,95 L.min-1

Para o cálculo da capacidade da calha foram adotados os seguintes parâmetros.

• Coeficiente K: 60000;
• Largura da calha: 0,15m;
• Altura da lâmina de água: 0,06m;
• Borda livre: 0,04m
• Declividade: 0,5%
• Área molhada (S): 0,0090m²
• Coeficiente de rugosidade (n): 0,0011

Em seguida pela equação de Manning-Strickler, determinou-se a capacidade da calha.

Q = 359,03 L.min-1

Como a capacidade suportada pela calha é maior que a vazão de projeto, serão adotadas
as seguintes dimensões para a calha coletora:

FIGURA 14 - DIMENSÕES DA CALHA COLETORA


FONTE: O autor.
61

CONDUTOR VERTICAL

Pela vazão de projeto calculada, igual a 251,95 L.m-1 e com a utilização do ábaco,
apresentado no apêndice 5 foi possível determinar o diâmetro do condutor vertical, igual a 75mm,
diâmetro mínimo recomendado pela NBR 10844/89.

CONDUTOR VERTICAL

Para o dimensionamento do condutor horizontal foi utilizada a mesma vazão de projeto,


251,95 L.m-1, pois não há contribuição de água no seu trajeto. Em função da vazão de projeto, da
declividade do condutor e utilizando a tabela 6 determinou-se um diâmetro igual a 125mm.

RESERVATÓRIO

Conforme preconiza a NBR 15527/07, dentre outros, os métodos Azevedo neto e Rippl
foram utilizados para o dimensionamento do reservatório.

Para o método de Rippl foi utilizada uma série de precipitação mensal, e não foram
consideradas as primeiras chuvas, de lavagem do telhado. Para o coeficiente de escoamento foi
utilizado o valor de 0,8 e para a área de captação será arbitrado o valor de 110m², este procedimento
foi necessário devido à dificuldade de acesso ao condomínio para que fossem efetuadas as medidas
das áreas dos telhados. Porém após o resultado do questionário aplicado foi possível deduzir que
nenhuma das casas possui área de cobertura inferior a 175m².
62

A seguir estão apresentadas as tabelas com o dimensionamento do reservatório pelo


método.

TABELA 10 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO RIPPL


Estação Curitiba - 2549006
Diferença entre
Precipitação Demanda Área de Volume Volume do
Coeficiente demanda e
Meses Média Mensal mensal Coleta Aproveitável Reservatório
de runoff volume de
(mm) (m³) (m²) (m³) (m³)
chuva (m³)
Janeiro 187,79 8,90 110,00 0,80 16,53 -7,63 -7,63
Fevereiro 155,10 8,90 110,00 0,80 13,65 -4,75 -4,75
Março 122,76 8,90 110,00 0,80 10,80 -1,90 -1,90
Abril 78,39 8,90 110,00 0,80 6,90 2,00 2,00
Maio 91,75 8,90 110,00 0,80 8,07 0,83 2,83
Junho 102,18 8,90 110,00 0,80 8,99 -0,09 2,74
Julho 79,13 8,90 110,00 0,80 6,96 1,94 4,67
Agosto 78,87 8,90 110,00 0,80 6,94 1,96 6,63
Setembro 116,45 8,90 110,00 0,80 10,25 -1,35 5,28
Outubro 130,45 8,90 110,00 0,80 11,48 -2,58 2,70
Novembro 114,05 8,90 110,00 0,80 10,04 -1,14 1,57
Dezembro 148,68 8,90 110,00 0,80 13,08 -4,18 -2,62
Total 1405,60 106,80 - - 123,69 - -
FONTE: O autor.
Obs.: Dimensionamento utilizando os dados da Estação Pluviométrica Curitiba.

TABELA 11 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO RIPPL


Estação Curitiba - 2549002
Demanda Área de Diferença entre
Precipitação Volume Volume do
mensal Coleta Coeficiente demanda e
Meses Média Mensal Aproveitável Reservatório
de runoff volume de
(mm) (m³) (m²) (m³) (m³)
chuva (m³)
Janeiro 191,15 8,90 110,00 0,80 16,82 -7,92 -7,92
Fevereiro 163,35 8,90 110,00 0,80 14,37 -5,47 -5,47
Março 123,05 8,90 110,00 0,80 10,83 -1,93 -1,93
Abril 75,29 8,90 110,00 0,80 6,63 2,27 2,27
Maio 76,24 8,90 110,00 0,80 6,71 2,19 4,47
Junho 101,02 8,90 110,00 0,80 8,89 0,01 4,48
Julho 80,78 8,90 110,00 0,80 7,11 1,79 6,27
Agosto 60,08 8,90 110,00 0,80 5,29 3,61 9,88
Setembro 108,05 8,90 110,00 0,80 9,51 -0,61 9,27
Outubro 128,91 8,90 110,00 0,80 11,34 -2,44 6,83
Novembro 100,37 8,90 110,00 0,80 8,83 0,07 6,89
Dezembro 146,49 8,90 110,00 0,80 12,89 -3,99 2,90
Total 1354,78 106,80 - - 119,22 - -
FONTE: O autor
Obs.: Dimensionamento utilizando os dados da Estação Pluviométrica Curitiba
63

TABELA 12 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO DE RIPPL


Estação Curitiba - 2549075
Demanda Área de Diferença entre
Precipitação Volume Volume do
mensal Coleta Coeficiente demanda e
Meses Média Mensal Aproveitável Reservatório
de runoff volume de
(mm) (m³) (m²) (m³) (m³)
chuva (m³)
Janeiro 196,72 8,90 110,00 0,80 17,31 -8,41 -8,41
Fevereiro 162,58 8,90 110,00 0,80 14,31 -5,41 -5,41
Março 135,28 8,90 110,00 0,80 11,90 -3,00 -3,00
Abril 89,91 8,90 110,00 0,80 7,91 0,99 0,99
Maio 103,13 8,90 110,00 0,80 9,08 -0,18 0,81
Junho 91,10 8,90 110,00 0,80 8,02 0,88 1,70
Julho 102,82 8,90 110,00 0,80 9,05 -0,15 1,55
Agosto 76,92 8,90 110,00 0,80 6,77 2,13 3,68
Setembro 138,31 8,90 110,00 0,80 12,17 -3,27 0,41
Outubro 139,34 8,90 110,00 0,80 12,26 -3,36 -2,95
Novembro 113,10 8,90 110,00 0,80 9,95 -1,05 -4,01
Dezembro 149,12 8,90 110,00 0,80 13,12 -4,22 -8,23
Total 1498,33 106,80 - - 131,85 - -
FONTE: O autor
Obs.: Dimensionamento utilizando os dados da Estação Pluviométrica Pra do Velho

Ressalta-se o fato de que foram dimensionados os reservatórios para as três estações


pluviométricas selecionadas.

A metodologia aplicada para o método Azevedo Neto tem como principal característica a
utilização da quantidade de meses de pouca ou nenhuma chuva. Esta variável não é utilizada por
nenhum outro método indicado pela NBR 15527/07.

O dimensionamento do reservatório pelo método Azevedo Neto foi feito utilizando a média
anual de todo o período de observação de todas as três estações pluviométricas selecionadas
apresentadas no apêndice 6. Para área de contribuição dotou-se o valor de 110m². Nos meses de pouca
ou nenhuma chuva foi adotado como parâmetro precipitações onde os valores fossem inferiores ou
iguais a 40mm no mês.

Os resultados do dimensionamento do reservatório pelo método Azevedo Neto estão


apresentados no apêndices 7, 8 e 9.
64

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE RECALQUE

Primeiramente determinou-se o consumo médio diário de água de chuva igual a 297 L.d-1.

Para o volume do reservatório superior foi adotado o volume de 1,00m. Este valor foi
atribuído por dois motivos, o primeiro é que se trata de um produto facilmente encontrado no
mercado e o outro é pela questão do projeto arquitetônico, pois para o local destinado ao reservatório
superior possui pouco espaço sendo que neste mesmo projeto já está definido que haverá três
reservatórios de 1,00m³ cada para água potável. Com o consumo médio diário foi determinado a vazão
de recalque horária, valor igual a 59,40 L.h-1.

Em seguida foi calculada o tempo de operação diária da bomba de recalque, que foi de 5
horas.

O valor encontrado para o diâmetro foi de 3,56mm e não se trata de um diâmetro


comercial. Este valor se deu em função da vazão atribuída, que se refere apenas ao aproveitamento
de água de chuva. Desta forma adotou-se o diâmetro comercial de 25mm. A (NBR 5626/98) menciona
que a velocidade máxima para a tubulação é de 3,00 m/s, porém a mesma norma não faz menção à
velocidade mínima, sendo assim entende-se que não há nenhum impedimento para a utilização de um
diâmetro de 25mm ou 0,025m.

Em seguida estabeleceu-se a extensão do recalque, medida a partir da bomba até o


reservatório superior, o valor medido foi de 29,50m. Com a extensão do recalque e o valor da vazão
de recalque e a utilização da equação (x) determinou-se a perda de carga distribuída, igual a 0,00015
m, multiplicando-se este valor pela extensão do recalque obtém-se a perda de carga distribuída total
igual a 0,0045m.

Após verificou-se a quantidade de conexões e válvulas que compõe o recalque e seus


respectivos coeficientes K, e determinou-se a perda localizada total.

Conexões do sistema de recalque


Perda de carga
Conexão Quantidade K Σ Velocidade (m.s-1)
localizada (m)
Curva 90° 5 0,9 4,5 0,00026
Curva 45° 2 0,4 0,8 0,00005
Válvula de Retenção 1 2,5 2,5 0,00014
0,0336
Válvula Gaveta 2 0,2 0,4 0,00002
Entrada de tubulação 1 0,5 0,5 0,00003
Saída de Tubulação 1 1 1 0,00006
Total 0,00056
TABELA 13-PERDA DE CARGA LOCALIZADA TOTAL DO RECALQUE
FONTE: O Autor
65

Finalmente com a definição do desnível geométrico, medido no projeto arquitetônica, igual


a 9,30m foi possível obter a altura manométrica total. Somando-se 9,30m + 0,0020m + 0,00056m,
totalizou-se 9,302m.

Desta forma a bomba de recalque deverá atender a uma vazão de 0,0000165m3.s-1 ou 59,40
L.h-1, altura manométrica de 9,302m.c.a. e faixa de operação de 5 horas diárias.

DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA

A seguir é apresentada a tabela com o dimensionamento dos ramais de distribuição de água


de chuva e verificação das velocidades.

TRECHO Peça San. Quantidade Peso ∑ Pesos Q (L.s-1) DN (mm) Velocidade (m/s)
Vaso San. 9 32 288
T1 Tanque 1 0,7 0,7 5,13 60 1,81
Torn. Jardim 9 0,4 3,6
Vaso San. 4 32 128
T2 Tanque 1 0,7 0,7 3,41 50 1,74
Torn. Jardim 2 0,4 0,8
T3 Vaso San. 1 32 32 1,70 32 2,11
Vaso San. 3 32 96
T4 Tanque 1 0,7 0,7 2,96 50 1,51
Torn. Jardim 2 0,4 0,8
Vaso San. 2 32 64
T5 Tanque 1 0,7 0,7 2,43 40 1,93
Torn. Jardim 2 0,4 0,8
Vaso San. 2 32 64
T6 2,41 40 1,92
Torn. Jardim 2 0,4 0,8
T7 Vaso San. 2 32 64 2,40 40 1,91
T8 Torn. Jardim 9 0,4 3,6 0,57 25 1,16
Vaso San. 5 32 160
T9 3,83 50 1,95
Torn. Jardim 7 0,4 2,8
Vaso San. 1 32 32
T10 1,72 32 2,14
Torn. Jardim 2 0,4 0,8
Vaso San. 4 32 128
T11 3,42 50 1,74
Torn. Jardim 5 0,4 2
Vaso San. 3 32 96
T12 2,97 50 1,51
Torn. Jardim 5 0,4 2
Vaso San. 1 32 32
T13 1,71 32 2,12
Torn. Jardim 1 0,4 0,4
Vaso San. 2 32 64
T14 2,43 40 1,93
Torn. Jardim 4 0,4 1,6
T15 Vaso San. 2 32 64 2,40 40 1,91
T16 Torn. Jardim 4 0,4 1,6 0,38 25 0,77
66

A seguir é apresentada a tabela com o dimensionamento dos sub-ramais de


aproveitamento de água de chuva e as velocidades referentes a cada trecho.

TRECHO Peça San. Quantidade Peso ∑ Pesos Q (L.s-1) DN (mm) Velocidade (m/s)
T4A Vaso San. 1 32 32 1,70 32 2,11
T5A Tanque 1 0,7 0,7 0,25 20 0,80
T7A Vaso San. 1 32 32 1,70 32 2,11
T7B Vaso San. 1 32 32 1,70 32 2,11
T8A Torn. Jardim 3 0,4 1,2 0,33 20 1,05
T8B Torn. Jardim 3 0,4 1,2 0,33 20 1,05
T10A Torn. Jardim 1 0,4 0,4 0,19 15 1,07
Vaso San. 1 32
T10B 32,40 1,71 32 2,12
Torn. Jardim 1 0,4
T10C Vaso San. 1 32 32 1,70 32 2,11
T10D Torn. Jardim 1 0,4 0,4 0,19 15 1,07
T11A Vaso San. 1 32 32 1,70 32 2,11
T13A Vaso San. 1 32 32 1,70 32 2,11
T13B Torn. Jardim 1 0,4 0,4 0,19 15 1,07
T15A Vaso San. 1 32 32 1,70 32 2,11
T15B Vaso San. 1 32 32 1,70 32 2,11
T16A Torn. Jardim 1 0,4 0,4 0,19 15 1,07
T16B Torn. Jardim 3 0,4 1,2 0,33 20 1,05
T16C Torn. Jardim 1 0,4 0,4 0,19 15 1,07
T16D Torn. Jardim 2 0,4 0,8 0,27 20 0,85
T16E Torn. Jardim 1 0,4 0,4 0,19 15 1,07

5.3 REDUÇÃO DE LODO DA ETA PASSAÚNA COM O APROVEITAMENTO DE


ÁGUA DE CHUVA

Para esta etapa do trabalho, com a utilização do Google Earth foram identificados os bairros
Butiatuvinha, Santa Felicidade, Campo Comprido, Cascatinha, São João, São Braz e Santo Inácio. No
apêndice (xx) está apresentada a distribuição espacial dos bairros no município de Curitiba. Em seguida
em cada bairro foram identificados e quantificados os condomínios localizados em cada um dos bairros
assim como as unidades residenciais em cada um dos condomínios.

A tabelas a seguir apresenta a quantidade de condomínios e a quantidade de residências


em cada um dos condomínios.
67

Bairro Condomínio Unidades Residenciais

1 15
2 9
3 2
4 8
5 14
6 6
7 59
8 38
9 20
10 19
Sta. Felicidade 11 40
12 10
13 9
14 10
15 8
16 6
17 7
18 10
19 4
20 20
21 14
Total 328

Bairro Condomínio Unidades Residenciais

70 37
71 10
Cascatinha
72 16
73 10
Total 73

Bairro Condomínio Unidades Residenciais

20 73
21 14
22 21
23 40
24 23
Campo Comprido 25 16
26 11
27 20
28 9
29 37
30 14
68

31 5
32 13
33 19
34 12
35 24
36 0
37 21
38 6
39 59
40 11
41 43
42 51
43 24
44 40
45 19
46 50
47 25
48 35
49 26
50 19
Total 780

Bairro Condomínio Unidades Residenciais

60 36
61 39
62 27
63 20
Butiatuvinha
64 17
65 17
66 21
67 14
Total 191

Bairro Condomínio Unidades Residenciais

80 35
81 72
82 46
São João 83 16
84 25
85 66
86 23
Total 283
69

Bairro Condomínio Unidades Residenciais

100 21
Sto. Inácio 101 17
102 22
Total 60

O total de residências computadas foi de 1715 unidades.

Na sequência realizou-se uma pesquisa junto a companhia de Saneamento de água e


esgoto para identificar a quantidade de lodo gerado na ETA Passaúna. Os valores informados foram:

• Prod. mensal de água tratada: 4.030.000 m³/mês

• Prod. mensal de Lodo: 3.300 kg/dia sólido seco, estimado 16 ton./dia a 20 %

Com estes valores foi possível determinar a quantidade de lodo gerado por m³ de água
produzida pela ETA, apresentada na tabela a seguir:

Produção de Lodo

Produção Mensal de Água Produção de Lodo (kg/mês a 20 %) Produção Lodo (kg/m³)


(m³)
4.030.000 496.000 0,123

Em seguida, tendo o total de lodo produzida por m³ de água produzida pela ETA e o valor
do volume de água de chuva determinado para cada residência uqe foi de 4,72m³ x mês-1, é possível
determinar a quantidade de lodo que a ETA deixaria de produzir no caso do aproveitamento de água
de chuva. A estimativa foi calculada para um horizonte de 20 anos e apresentada na tabela a seguir:

Emissão de Lodo da ETA


Consumo Consumo Lodo mês
Produção Lodo para
médio de Água Número de médio de por Lodo Mês
Lodo 20 anos
não Potável Residências Água não Residência Total (kg)
(kg/m³) (ton.)
(m³/mês) Potável (m³) (kg)
0,123 7,42 1715,0 12725,3 0,9 11613,9 2787,33
70
71
72
73

6 REFERÊNCIAS

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Águas Pluviais: NBR 10.844. Rio de Janeiro, 1989.

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77

7 APÊNDICES

7.1 APÊNDICE 1 – Figura com localização Espacial das Estações Pluviométricas na


região de Curitiba

FIGURA 15 - LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS DE CURITIBA.


FONTE: Google Earth
78

7.2 APÊNDICE 2 - Precipitações totais mensais da Estação Pluviométrica 2549075

TABELA 14 - PRECIPITAÇÕES TOTAIS MENSAIS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA 2549075


Precipitações Totais Mensais (mm)
Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1982 36,1 230,8 55,6 36,1 63,9 240,9 106,0 41,4 18,6 191,7 249,7 141,1
1983 204,7 64,3 89,1 156,7 307,8 218,4 262,4 5,1 235,8 77,3 43,2 221,3
1984 111,5 22,3 192,0 121,2 150,2 145,7 51,6 193,6 118,3 41,3 164,8 128,0
1985 33,7 132,9 64,6 98,3 17,1 37,6 27,8 7,3 126,2 55,0 45,4 88,6
1986 227,9 129,2 123,1 85,0 84,1 12,2 36,1 116,1 59,5 99,2 184,7 264,2
1987 120,5 213,5 26,0 130,0 283,8 112,6 41,4 53,7 87,7 121,0 59,0 141,2
1988 120,1 125,6 133,2 99,1 276,1 75,4 19,6 1,9 75,9 101,5 28,8 176,3
1989 304,6 122,8 59,2 154,8 103,2 47,7 130,5 37,5 144,9 85,8 76,4 139,1
1990 288,3 105,3 214,1 165,0 88,8 88,1 236,9 142,5 116,0 145,1 163,3 82,8
1991 136,7 137,0 188,5 51,0 49,9 131,7 1,6 69,2 38,1 167,5 56,5 163,8
1992 108,5 157,8 172,0 17,3 292,2 26,0 154,0 150,0 70,1 63,4 115,4 54,8
1993 249,6 191,2 125,5 87,3 169,9 80,7 110,6 27,4 360,5 178,3 91,8 119,6
1994 274,9 161,6 56,1 77,0 90,4 100,5 124,0 3,4 5,0 139,4 149,9 164,0
1995 423,5 120,9 126,0 63,6 37,4 104,7 102,1 65,3 152,6 149,9 82,4 150,2
1996 246,0 243,8 238,7 27,0 2,4 113,3 95,9 79,4 192,6 177,1 168,3 233,5
1997 370,0 260,6 60,5 16,5 54,3 144,6 45,6 105,9 159,8 209,4 245,2 160,2
1998 131,5 181,4 313,6 112,6 33,2 93,8 133,8 267,8 369,0 203,2 14,1 108,8
1999 303,6 374,6 120,6 62,8 57,4 64,2 141,2 12,6 116,2 105,4 70,2 120,0
2000 100,0 126,7 119,6 11,4 21,8 121,2 72,0 73,4 223,4 149,6 139,0 163,9
2001 131,0 376,4 171,8 78,8 180,2 104,2 175,8 46,4 48,6 238,0 132,6 135,4
2002 225,8 186,6 69,2 100,0 106,2 25,6 41,6 104,2 179,2 116,6 170,4 162,1
2003 208,4 141,4 233,2 63,2 10,8 98,0 138,4 10,8 158,4 71,3 154,0 204,0
2004 141,6 57,2 218,6 120,0 117,4 69,5 42,2 18,2 53,0 154,0 58,0 163,4
2005 108,4 82,0 62,8 121,6 87,7 83,6 136,4 144,4 327,2 230,2 82,3 30,2
2006 159,2 175,4 151,2 13,0 13,0 34,4 45,4 39,2 185,6 52,9 134,8 126,4
2007 203,4 119,8 128,0 120,0 194,0 0,0 93,4 12,8 89,4 140,2 108,6 168,6
2008 133,4 67,0 188,8 137,8 45,4 111,0 27,4 94,8 36,2 218,6 54,4 60,4
2009 141,6 111,2 79,6 52,2 28,2 60,3 216,2 71,8 284,6 148,4 196,4 156,4
2010 346,8 132,2 205,8 195,6 97,6 84,8 120,2 47,4 50,6 152,8 88,6 333,6
2011 310,2 325,8 71,4 119,4 29,4 102,2 154,4 264,2 66,4 196,0 64,8 111,8
FONTE: O autor
79

7.3 APÊNDICE 3 - Precipitações totais mensais da Estação Pluviométrica 2549002

TABELA 15 - PRECIPITAÇÕES TOTAIS MENSAIS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA 2549002


Precipitações totais mensais (mm)
Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1942 221,9 133,0 84,8 59,3 36,3 120,1 123,9 28,8 92,0 42,1 55,0 131,2
1943 296,9 157,8 80,4 28,1 56,9 74,5 47,7 61,7 96,7 148,1 50,2 76,8
1944 294,3 174,6 108,5 47,8 1,7 52,2 19,8 52,9 32,1 94,8 166,1 47,4
1945 134,2 192,9 131,4 50,1 35,7 129,5 123,0 20,8 89,7 155,0 35,0 122,6
1946 226,3 380,3 114,4 34,4 73,8 77,0 147,7 84,0 71,3 171,8 107,5 184,9
1947 188,1 360,5 40,5 48,2 79,5 99,1 94,5 67,3 252,0 104,3 58,2 192,1
1948 213,2 134,8 139,3 53,3 114,9 2,1 156,9 145,7 66,8 121,7 45,2 74,1
1949 147,8 51,1 272,2 102,2 19,4 100,7 36,0 87,7 73,5 69,1 63,4 177,5
1950 192,5 133,4 192,5 53,1 52,8 41,5 51,5 13,2 137,4 181,5 177,1 172,4
1951 134,2 179,7 134,4 67,4 37,3 63,9 8,0 8,4 33,6 242,7 109,2 118,7
1952 164,3 220,2 97,0 42,4 16,9 205,2 31,0 22,7 199,6 128,4 161,2 114,1
1953 169,9 139,0 119,8 69,0 96,7 18,6 97,8 54,4 68,6 76,8 91,6 141,8
1954 319,3 96,6 147,2 121,3 302,1 80,6 104,2 42,4 125,8 92,0 23,1 206,5
1955 149,3 102,2 195,9 54,0 98,0 199,4 157,8 61,8 72,8 42,5 65,5 145,2
1956 165,2 108,1 89,6 121,7 118,0 75,2 49,2 60,8 67,6 100,3 23,2 154,9
1957 333,1 130,9 149,0 56,2 15,1 150,5 325,0 188,2 258,6 168,8 73,8 212,5
1958 134,4 204,7 111,0 124,5 104,1 54,8 20,3 56,3 145,7 133,8 134,0 111,0
1959 208,2 120,9 44,5 120,8 70,1 54,8 14,2 63,6 76,8 79,6 48,2 49,3
1960 200,2 180,1 165,5 140,3 133,9 93,7 63,0 163,0 93,5 111,5 109,7 145,2
1961 65,8 198,8 136,2 105,3 51,5 167,5 12,5 18,1 207,3 109,4 215,3 172,6
1962 57,6 132,9 162,1 49,6 30,3 45,1 53,2 47,3 104,2 224,0 72,0 69,1
1963 302,4 203,2 75,6 22,8 10,5 24,1 23,3 69,6 116,2 165,0 201,3 158,7
1964 33,5 178,1 121,8 63,5 35,0 286,4 74,9 66,3 163,8 78,6 72,8 77,6
1965 174,4 136,9 83,8 179,9 162,4 47,6 215,7 93,6 83,7 130,6 142,7 252,8
1966 135,8 186,8 92,9 121,2 76,5 80,2 42,3 69,5 87,5 216,4 53,9 246,8
1967 114,9 179,5 154,0 7,1 16,8 150,1 58,5 20,6 79,8 88,1 158,9 145,6
1968 328,0 54,4 99,4 74,6 45,5 19,5 5,7 52,7 38,2 278,2 156,4 127,8
1969 158,3 195,7 110,7 75,8 91,0 125,1 90,9 8,8 82,3 132,7 188,4 107,9
1970 231,1 141,5 144,4 67,3 114,7 275,1 66,9 31,4 119,0 113,8 115,1 323,5
1971 239,5 91,9 92,7 97,5 189,8 116,5 108,0 40,7 105,4 65,7 37,0 134,0
1972 402,5 241,7 125,8 74,5 27,9 62,5 107,1 130,3 240,6 105,4 99,5 183,5
1973 250,0 125,1 218,2 132,0 74,5 107,2 99,5 134,7 122,9 117,2 95,6 67,7
1974 154,4 116,8 122,9 81,2 26,0 122,1 82,0 69,6 114,8 133,2 111,9 163,6
1975 162,3 204,7 84,0 37,6 49,3 48,3 68,0 25,9 52,5 163,8 77,3 51,0
1976 148,0 47,4 51,7 23,0 50,8 23,0 28,5 28,9 35,5 42,5 44,0 35,5
1977 90,6 49,0 109,5 32,5 28,0 25,0 96,0 55,5 26,0 111,0 43,5 98,0
1978 134,0 34,8 107,4 9,0 68,0 42,0 61,0 81,0 101,0 44,3 159,9 50,3
1979 172,6 93,8 22,8 79,0 198,0 24,1 42,3 59,6 124,6 217,0 68,4 74,2
FONTE: O autor
80

7.4 APÊNDICE 4 - Precipitações totais mensais da Estação Pluviométrica 2549006

TABELA 16 - PRECIPITAÇÕES TOTAIS MENSAIS DA ESTAÇÃO PLUVIOMÉTRICA 2549006


Precipitações Totais Mensais (mm)
Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1922 367,5 132,5 173,7 64,9 102,5 112,6 21,3 111,6 102,7 164,7 130,8 138,3
1923 221,6 68,7 144,8 59,5 139,3 155,6 60,8 43,8 147,0 83,3 56,9 163,2
1924 95,3 98,0 105,4 36,2 202,1 54,2 16,5 2,4 83,6 26,4 107,7 74,6
1925 200,8 92,5 64,3 71,0 174,3 128,9 26,0 17,1 111,4 192,9 177,0 151,8
1926 337,6 41,1 74,2 127,3 110,2 234,1 149,1 107,2 143,5 43,6 55,1 109,5
1927 206,6 104,8 144,8 93,1 45,1 214,4 31,5 85,6 176,9 129,1 97,3 164,0
1928 151,2 142,8 157,8 60,1 58,7 150,4 130,1 84,2 72,9 107,3 169,9 148,3
1929 237,9 114,7 84,4 33,1 175,8 102,4 29,5 197,8 91,9 180,2 91,0 67,3
1930 148,5 222,0 22,2 21,3 44,2 16,1 128,5 114,7 17,9 192,9 67,2 208,8
1931 202,0 244,9 65,5 128,1 107,7 167,2 110,2 58,6 143,8 120,6 126,1 157,4
1932 157,5 205,0 125,4 160,7 46,7 112,8 18,4 112,4 90,7 102,4 208,5 172,9
1933 53,1 229,7 26,3 72,7 24,9 37,3 29,2 17,2 71,1 117,3 56,5 59,9
1934 225,9 203,1 56,2 73,1 21,4 76,9 39,9 33,9 65,4 152,1 96,2 258,2
1935 88,0 82,7 217,9 48,2 16,8 65,3 164,8 104,2 300,1 306,5 68,7 135,1
1936 218,8 51,5 123,7 50,1 73,2 38,9 31,0 238,3 185,4 98,7 141,7 115,2
1937 205,2 79,7 167,6 95,7 88,2 35,2 40,1 88,7 112,2 214,0 222,1 65,2
1938 240,0 126,5 57,2 143,2 197,1 128,5 90,4 91,7 102,4 181,0 87,9 202,9
1939 221,2 194,4 95,3 78,7 112,9 74,0 38,0 61,7 126,9 56,9 226,0 127,5
1940 198,6 106,8 93,1 68,7 77,4 38,1 37,9 125,5 60,9 87,3 75,8 161,2
1941 145,3 182,1 125,3 41,7 160,1 40,1 62,0 61,7 164,4 65,2 118,9 151,3
1942 230,1 137,5 86,1 65,7 41,8 124,1 124,2 20,2 96,1 40,8 49,7 128,9
1943 234,0 161,1 94,9 32,3 66,4 73,2 52,7 67,6 98,6 148,4 54,9 143,7
1944 273,5 180,8 130,0 41,7 38,9 62,9 24,1 60,8 31,9 103,8 177,2 51,4
1945 138,7 210,5 128,8 54,5 41,5 140,4 129,5 22,5 88,8 158,0 39,5 121,9
1946 249,5 421,7 118,5 29,5 70,3 86,1 77,4 102,6 72,0 174,8 109,6 188,2
1947 211,7 354,3 38,3 45,0 81,6 90,1 97,1 69,5 262,8 101,5 59,8 197,1
1948 221,0 166,6 130,0 53,9 115,2 2,6 160,8 166,7 70,3 120,4 45,4 88,2
1949 158,9 70,0 236,0 105,1 28,3 97,8 36,9 92,3 66,8 64,6 88,9 188,3
1950 185,4 135,4 226,1 45,4 52,5 42,8 53,0 22,0 138,2 176,4 170,2 222,5
1951 146,6 194,8 117,1 59,8 44,8 76,0 12,7 14,6 33,1 268,4 106,4 115,9
1952 176,3 217,9 107,3 23,5 21,3 212,1 36,5 22,6 178,5 123,4 151,9 115,1
1953 206,7 150,2 131,8 68,8 108,7 20,8 107,6 65,2 73,1 83,9 88,8 162,9
1954 373,0 136,0 139,0 130,4 297,3 81,8 93,9 44,4 142,9 99,2 22,8 169,3
1955 119,7 105,8 219,0 68,3 105,2 226,9 176,4 67,6 74,0 53,7 74,4 171,0
1956 168,0 97,6 106,5 119,9 122,3 91,1 57,5 59,9 70,2 95,6 21,4 186,5
1957 324,9 130,0 157,5 70,4 14,8 167,1 347,5 208,2 292,7 188,0 79,1 185,0
1958 167,5 239,1 116,6 63,5 102,9 57,0 27,5 64,8 177,6 144,2 146,4 124,8
1959 226,9 188,7 71,7 171,8 86,3 65,5 14,4 77,1 97,5 82,7 60,6 61,3
FONTE: O autor
81

Continuação da Tabela 15
Precipitações Totais Mensais (mm)
1960 202,2 193,8 123,9 142,1 143,6 102,0 60,9 167,1 96,3 126,2 135,3 136,4
1961 118,1 210,0 147,9 168,9 56,6 177,0 12,1 22,6 219,9 121,0 255,5 173,2
1962 85,2 188,7 157,3 49,0 34,7 48,7 51,8 89,4 113,8 217,1 71,3 60,1
1963 301,3 182,2 106,0 13,3 10,3 27,0 21,7 53,7 122,7 196,4 213,8 165,5
1964 42,1 187,6 119,0 69,3 35,8 312,7 79,7 79,1 158,7 94,2 72,9 74,8
1965 198,6 148,2 92,5 196,9 150,1 52,5 206,7 91,0 79,3 131,4 132,4 273,8
1966 116,7 197,4 86,8 151,2 76,5 81,2 43,3 77,4 97,3 236,5 43,3 226,1
1967 125,4 183,4 193,9 7,8 18,0 162,6 65,7 25,4 77,5 110,6 166,4 150,6
1968 339,1 75,6 105,4 77,5 43,4 15,9 7,1 66,2 41,9 150,9 98,2 90,1
1969 149,6 237,2 65,9 130,2 115,7 121,0 90,2 14,7 117,7 149,2 311,3 111,7
1970 171,6 164,2 206,5 79,1 120,5 282,9 54,4 37,6 134,7 133,6 46,2 281,7
1971 236,9 143,7 108,4 121,3 177,9 85,4 73,9 25,6 71,2 69,5 62,0 133,0
1972 364,0 272,8 177,1 87,4 15,8 42,0 117,6 139,4 223,5 156,0 102,0 173,3
1973 195,5 119,0 179,2 0,0 71,7 195,6 171,5 164,6 133,6 94,6 87,9 98,3
1974 143,3 146,6 143,9 89,0 22,0 136,6 80,9 62,9 88,7 125,1 123,5 144,3
1975 106,2 182,5 118,1 49,8 60,4 75,2 105,9 125,1 154,7 224,9 181,9 152,6
1976 254,7 95,3 176,0 62,9 132,2 75,3 99,8 140,4 105,7 113,1 101,6 123,5
1977 195,7 159,0 288,8 69,3 17,0 56,4 58,4 61,9 52,5 204,0 150,5 160,2
1978 116,7 34,8 107,4 7,7 81,8 55,6 107,7 102,4 137,1 84,2 173,4 46,6
1979 134,7 94,3 44,9 64,2 231,1 17,9 66,1 49,6 152,2 202,1 134,4 107,9
1980 114,4 133,5 175,7 86,6 25,8 87,1 199,3 113,3 172,3 77,4 51,6 314,6
1981 161,6 28,3 63,0 72,1 43,8 17,2 25,4 57,2 70,8 126,0 136,9 145,1
1982 20,9 279,1 68,4 43,3 69,8 250,1 117,1 56,8 19,0 226,3 258,9 199,6
1983 267,8 77,2 107,8 148,8 330,7 227,0 264,6 5,2 239,1 79,1 45,8 199,6
1984 118,7 12,9 222,1 118,6 140,3 154,0 50,1 195,1 106,7 47,0 168,8 145,6
1985 45,3 165,0 66,9 81,9 22,2 39,0 27,2 7,8 121,4 61,3 49,1 78,4
1986 244,9 105,0 142,1 78,7 92,2 26,3 35,0 116,1 56,3 89,6 169,1 208,9
1987 88,0 198,0 27,0 129,8 296,8 118,5 43,9 51,2 85,1 111,9 54,9 182,9
FONTE: O autor
82

7.5 APÊNDICE 5 – Ábaco para dimensionamento Condutor Vertical

FIGURA 16 - ÁBACO UTILIZADO PARA DIMENSIONAMENTO DO CONDUTOR VERTICAL.


FONTE: Adaptado da NBR 10844/89
83

7.6 APÊNDICE 6 - Precipitações Médias mensais das Estações Pluviométricas


Estudadas

TABELA 17 - PRECIPITAÇÕES MÉDIAS MENSAIS DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS ESTUDADAS


Estações Pluviométricas
Estação 2549075 Estação 2549002 Estação 2549006
196,72 191,15 187,79
162,58 163,35 155,10
135,28 123,05 122,76
89,81 75,29 78,39
103,13 76,24 91,75
91,10 101,02 102,18
102,82 80,78 79,13
76,92 60,08 78,87
138,31 108,05 116,45
139,34 128,91 130,45
113,10 100,37 114,05
149,12 146,49 148,68
FONTE: O autor
84

7.7 APÊNDICE 7 – Dimensionamento do Reservatório pelo método Azevedo Neto.


Estação 2549075

TABELA 18 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO AZEVEDO NETO ESTAÇÃO 2549075


Estação 2549075

Ano Média Anual (mm) Mês de pouca chuva Volume (m³)

1982 117,66 3 1,8


1983 157,18 1 0,8
1984 120,04 1 0,6
1985 61,21 5 1,5
1986 118,44 2 1,2
1987 115,87 1 0,6
1988 102,79 3 1,6
1989 117,21 1 0,6
1990 153,02 0 0,0
1991 99,29 2 1,0
1992 115,12 2 1,2
1993 149,37 1 0,8
1994 112,18 2 1,1
1995 131,55 1 0,7
1996 151,50 2 1,5
1997 152,72 1 0,8
1998 163,57 2 1,6
1999 129,07 1 0,7
2000 110,17 2 1,1
2001 151,60 0 0,0
2002 123,96 1 0,6
2003 124,33 2 1,3
2004 101,09 1 0,5
2005 124,73 1 0,6
2006 94,21 4 1,9
2007 114,85 2 1,2
2008 97,93 2 1,0
2009 128,91 1 0,6
2010 154,67 0 0,0
2011 151,33 1 0,8
FONTE: O autor
85

7.8 APÊNDICE 8 – Dimensionamento do Reservatório pelo método Azevedo Neto


Estação 2549002

TABELA 19 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO AZEVEDO NETO ESTAÇÃO 2549002


Estação 2549002

Ano Média Anual (mm) Mês de pouca chuva Volume (m³)

1942 94,03 2 0,9


1943 97,98 1 0,5
1944 91,02 3 1,4
1945 101,66 3 1,5
1946 139,45 1 0,7
1947 132,03 0 0,0
1948 105,67 1 0,5
1949 100,05 2 1,0
1950 116,57 1 0,6
1951 94,79 4 1,9
1952 116,92 3 1,8
1953 95,33 1 0,5
1954 138,43 1 0,7
1955 112,03 0 0,0
1956 94,48 1 0,5
1957 171,81 1 0,9
1958 111,22 1 0,6
1959 79,25 1 0,4
1960 133,30 0 0,0
1961 121,69 2 1,2
1962 87,28 1 0,4
1963 114,39 4 2,3
1964 104,36 2 1,1
1965 142,01 0 0,0
1966 117,48 0 0,0
1967 97,82 3 1,5
1968 106,70 3 1,6
1969 113,97 1 0,6
1970 145,32 1 0,7
1971 109,89 1 0,6
1972 150,11 1 0,8
1973 128,72 0 0,0
1974 108,21 1 0,5
1975 85,39 2 0,9
1976 46,57 6 1,4
1977 63,72 4 1,3
1978 74,39 2 0,7
1979 98,03 2 1,0
FONTE: O autor
86

7.9 APÊNDICE 9 – Dimensionamento do Reservatório pelo método Azevedo Neto


Estação 2549006

TABELA 20 - DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO PELO MÉTODO AZEVEDO NETO ESTAÇÃO 2549006


Estação 2549006
Média Anual Mês de pouca Média Anual Mês de pouca
Ano Volume (m³) Ano Volume (m³)
(mm) chuva (mm) chuva

1922 135,26 1 0,7 1955 121,83 0 0,0


1923 112,04 0 0,0 1956 99,71 1 0,5
1924 75,20 4 1,5 1957 180,43 1 0,9
1925 117,33 2 1,2 1958 119,33 1 0,6
1926 127,71 0 0,0 1959 100,38 1 0,5
1927 124,43 1 0,6 1960 135,82 0 0,0
1928 119,48 0 0,0 1961 140,23 2 1,4
1929 117,17 2 1,2 1962 97,26 1 0,5
1930 100,36 4 2,0 1963 117,83 4 2,4
1931 136,01 0 0,0 1964 110,49 1 0,6
1932 126,12 1 0,6 1965 146,12 0 0,0
1933 66,27 5 1,7 1966 119,48 0 0,0
1934 108,53 3 1,6 1967 107,27 3 1,6
1935 133,19 1 0,7 1968 92,61 2 0,9
1936 113,87 2 1,1 1969 134,53 1 0,7
1937 117,82 1 0,6 1970 142,75 1 0,7
1938 137,40 0 0,0 1971 109,07 1 0,5
1939 117,79 1 0,6 1972 155,91 1 0,8
1940 94,28 2 1,0 1973 125,96 1 0,6
1941 109,84 0 0,0 1974 108,90 1 0,5
1942 95,43 1 0,5 1975 128,11 0 0,0
1943 102,32 1 0,5 1976 123,38 0 0,0
1944 98,08 3 1,5 1977 122,81 1 0,6
1945 106,22 2 1,1 1978 87,95 2 0,9
1946 141,68 1 0,7 1979 108,28 1 0,5
1947 134,07 1 0,7 1980 129,30 1 0,7
1948 111,76 1 0,6 1981 78,95 3 1,2
1949 102,83 2 1,0 1982 134,11 2 1,4
1950 122,49 1 0,6 1983 166,06 1 0,8
1951 99,18 3 1,5 1984 123,33 1 0,6
1952 115,53 4 2,3 1985 63,79 4 1,3
1953 105,71 1 0,5 1986 113,68 2 1,1
1954 144,17 1 0,7 1987 115,67 1 0,6
FONTE: O autor
87

7.10 APÊNDICE 10 - Questionário

UNIVERSIDADE POSITIVO
Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Civil
Título: APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA PARA FINS NÃO POTÁVEIS EM CONDOMÍNIOS
HORIZONTAIS
Alunos: Célio José Cordeiro Júnior e Thiago Klüppel Strobel

1. Á água é um bem essencial a vida humana, porém finito. Você acredita que futuramente
teremos problemas com a falta de abastecimento de água?

( ) Sim
( ) Não
( ) Não me preocupo com isso

2. Você tem informações a respeito de Aproveitamento da Água da Chuva?

( ) Sim ( ) Não

3. A água de chuva para fins não potáveis, é uma alternativa bastante eficiente para a redução
da utilização de água potável, como lavagem de automóveis, rega de jardins, descarga de vasos
sanitários entre outros. Você utilizaria a água da chuva para esses fins?

( ) Sim Para: ( ) Rega de Jardim


( ) Lavagem de Automóveis
( ) Bacias Sanitárias
( ) Limpeza e Arrumação da
( ) Outras:___________________

( ) Talvez Pois: ( ) Perigo de Contaminação


( ) Não tenho conhecimento
( ) Não haverá retorno Financeiro
( ) Dificuldade de Captação
88

( ) Falta de Incentivo
( ) Falta de Interesse
( ) Não Pois: ( ) Perigo de Contaminação
( ) Não tenho conhecimento
( ) Dificuldade de Captação
( ) Falta de Incentivo
( ) Falta de Interesse

4. Em caso de Resposta positiva na questão 3, continue

4.1 Qual a quantidade de Banheiros e ou lavabos na sua Residência?


[ ] banheiros

4.2 Em relação à Bacia Sanitária.


Quantidade de banheiros que utilizam válvula de descarga:
[ ] banheiros
Quantidade de banheiros que utilizam Caixa acoplada:
[ ] banheiros

4.3 Em relação à Chuveiros e Duchas.


Quantidade de banheiros que possuem chuveiros ou duchas:
[ ] banheiros

4.4 Com que frequência o Jardim é regado?


( ) Minha residência não tem Jardim
( ) Uma vez ao dia
( ) Uma vez na semana
( ) Duas vezes na Semana
( ) Uma vez a cada quinze dias
( ) Duas vezes a cada quinze dias
( ) Outros: ________

4.5 De que forma ocorre a rega do jardim?


( ) Balde
( ) Mangueira
( ) Maquina tipo “wap”
89

( ) Sistema automatizado de rega de Jardim


4.6 Em média, qual a duração da rega do jardim?
( ) Menos que 20 minutos
( ) Entre 20 e 40 minutos
( ) Mais que 40 minutos
( ) Outros: ________

4.7 Qual o volume da caixa d’Água da residência?

___________ litros

( ) Não sei informar

4.8 Sua residência possui reserva para incêndio?


( ) Sim
( ) Não
( ) Não sei informar

4.9 Sua residência possui piscina?


( ) Sim
___________ litros
( ) Não
( ) Não sei informar

4.10 Sua residência possui máquina de lavar roupas? Quantas?


( )1
( )2
( ) Outros: ________
4.10.1 Quantas vezes ela é utilizada por semana?
( )1
( )2
( ) Outros: ________
90

4.11 Sua residência possui máquina de lavar louças? Quantas?


( )1
( )2
( ) Outros: ________
4.11.1 Quantas vezes ela é utilizada por semana?
( )1
( )2
( ) Outros: ________

4.12 Qual a quantidade de automóveis há na residência?


[ ] Automóveis

4.13 Os automóveis são lavados na residência?


( ) Sim
( ) Não

4.14 Quantas vezes os automóveis são lavados durante o mês?


Frequência: ______

4.15 Com que frequência a calçada é lavada?


( ) A calçada não é lavada
( ) Uma vez ao dia
( ) Uma vez na semana
( ) Duas vezes na semana
( ) Uma vez a cada quinze dias
( ) Duas vezes a cada quinze dias

4.16 Em média, qual a duração da lavagem da calçada?


( ) Menos que 20 minutos
( ) Entre 20 e 40 minutos
( ) Mais que 40 minutos
( ) Outros: ________

4.17 Qual a área aproximada da sua residência?


91

___________ m²
( ) Não sei informar

4.18 Quantos pavimentos possui a sua residência?


___________
( ) Não sei informar

4.19 Quantas pessoas moram na residência?


[ ]

4.20 Sua residência possui empregado(a) doméstico(a) ou diarista?


Empregado(a) doméstico(a)
( ) Sim
( ) Não
Quantos: ________

Diarista
( ) Sim
( ) Não
Quantos: ________

4.21 Caso sua residência tenha empregado(a) doméstico(a). Ele(a) dorme no


emprego?
( ) Sim
92

7.11 APÊNDICE 11 – Cronograma de Atividades

2013
Cronograma do Projeto de Pesquisa
Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

Revisão da Bibliografia

Seleção e Descrição da Área de Estudo

Caracterização da Área de Estudo

Compilação e sistematização dos


dados e informações
Análise e Conclusão dos Estudos de
Caracterização da Área de Estudo
Entrega da proposta da monografia e
termo de compromisso
Entrega de pré-projeto para
Qualificação

Entrega da defesa da monografia

QUADRO 9 - CRONOGRAMA DE ATIVIDADES


FONTE: O autor

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