MANUAL DE:

CONVIVÊNCIA
PACÍFICA EM
Condomínio

DE ESTÁ
DA CI
SI O
ER D

DIREITO
V
E
I
UN

SÁ

TU
RM 0 24
A DE 2
01
Como criar um ambiente harmonioso
02
Orientações para evitar conflitos em um
condomínio
03
Gráfico de maiores problemas em
condomínio
04
Maneiras de se lidar com conflitos
05
Convivência harmoniosa na vizinhança

06
Principais métodos de resolução de conflitos

07
Características e atitudes de um bom vizinho

08
Responsabilidades e obrigações do síndico

09
Orientações para o síndico intervir de
maneira eficaz em desentendimentos

SUMÁRIO
10
Diferença entre convenção de condomínio e
regimento interno

11
Mediação em condomínio

12
O papel da mediação e conciliação na
resolução de conflitos condominiais
 COMO CRIAR
UM AMBIENTE
HARMONIOSO

Convivência em condomínio:
Aplicações Práticas
Quando se mora em condomínio, aprendemos o
quão necessário é pensarmos no próximo e como
nossas atitudes e ações irão interferir de forma
direta ou indireta na vida de outros moradores.
Você já parou para pensar na importância de
valorizar e se conectar com seus vizinhos? muitas
vezes, com a correria do dia a dia, acabamos nos
isolando e perdendo a oportunidade de conhecer
as pessoas que moram ao nosso redor. Mas será isso
realmente saudável? será que não estamos
perdendo grande benefícios ao não nos
relacionarmos com nossos vizinhos?

O regimento interno A vida em condomínio oferece uma série de

ajuda a entender melhor benefícios, como a comodidade, a segurança e
acesso a áreas de lazer. No entanto, essa
as regras do convivência em proximidades também pode trazer
condomínio, e evita desafios. Um ambiente tenso e conflituoso prejudica
a qualidade de vida dos moradores, ao passo que
transtornos e situações -
um ambiente harmônico e respeitoso contribui para
problemáticas, de o bem-estar de todos, e a qualidade da convivência
natureza crítica ou débil em condomínio impacta diretamente na qualidade
de vida dos moradores.
- que poderiam vir a
acontecer se tais Um ambiente pacífico e amigável favorece o
conforto , enquanto um ambiente tenso e cheio de
normas não existissem. conflitos contribui para o estresse e a insatisfação,
além disso, um bom ambiente de convivência ajuda
a valorizar o condomínio, tornando-o mais atraente
para possíveis compradores ou inquilinos. Para se
obter uma convivência harmoniosa em um
condomínio depende de uma série de fatores, como
uma boa comunicação entre os moradores, regras

pág 1
claras e justas, e a promoção de atividades
que favoreçam a interação entre os vizinhos,
não podendo esquecer, do papel de avultada
importância que o síndico tem nesse contexto,
pois são responsáveis por mediar conflitos,
aplicar as regras e promover ações que
melhorem a convivência no condomínio.
A comunicação é um elemento chave para a
convivência harmoniosa em qualquer
comunidade. Isso se aplica também aos
condomínios, pois uma boa comunicação
permite que os moradores expressem sua
preocupações, sugestões e reclamações de
maneira clara e respeitosa, e para isso, é
importante que o síndico estabeleça canais
de comunicação eficientes e esteja sempre
aberto ao diálogo, utilizando como seu aliado
as regras claras e justas que são fundamentais
para evitar conflitos que geralmente ocorrem.
Tendo o síndico a responsabilidade de
garantir que todos os moradores estejam
cientes das regras do condomínio e que elas
sejam aplicadas de maneira justa e imparcial.
As regras bem definidas e equitativas ajudam
a criar um ambiente saudável e agradável a
todos.
Portanto, faça da convivência harmoniosa a
meta do seu condomínio!
Transforme a experiência de morar em
comunidade em uma jornada de crescimento
e enriquecimento mútuo.
ORIENTAÇÕES
PARA EVITAR
CONFLITOS
EM UM
CONDOMÍNIO
Os condomínios se tornaram cada vez mais
comuns no Brasil e no mundo, já que eles
oferecem segurança, lazer e tranquilidade
tudo no mesmo lugar.
pág 2
Esta modalidade é muito comum entre as
famílias grandes e que possuem filho, isso
ocorre principalmente pela sensação de
segurança que eles oferecem. Mas, não é
apenas tranquilidade que eles oferecem, é
preciso ter paciência para ter uma boa
relação com os vizinhos e demais moradores
do condomínio principalmente em áreas
comuns. Mas, calma!
Bom, mas evitar conflitos nos condomínios não
é tão fácil quanto parece, é preciso ter bom
senso e paciência. Afinal, a convivência entre
mais pessoas tende a ser um pouquinho mais
desafiadora. Por isso, pense muito bem antes
de realizar uma atitude, se coloque no lugar
dessa pessoa e veja o que ira achar. Esse é o
primeiro passo para não ter estresse durante o
dia a dia, além disso, estabeleça regras com
seus filhos se tiver, como por exemplo com
relação a barulhos fora do horário permitido
e bagunça nas áreas comuns do condomínio,
estacionamento, elevador e etc.
Silêncio depois do horário para
evitar conflitos em um condomínio
Assim como em qualquer lugar de convívio
comum, o silêncio no horário de descanso
deve ser respeitado e seguido por todos os
moradores da casa ou apartamento. Caso
alguém desrespeite poderá estar sujeito a
multa no valor de um salário mínimo. Por isso,
respeite o horário de descanso e mantenha
silêncio, certamente é o ponto principal para
evitar brigas entre vizinhos.
Caso tenha criança pequenas, ensine a elas
os horários de descanso e respeito. Porém,
dependendo da idade, não é sempre possível
ensinar e pedir para evitar gritos. Por isso,
mantenha uma rotina bem elaborada para
acalmar eles depois das 21horas. Aqui, evite
discussões e brigas desnecessárias, e caso
goste de escutar músicas ou assistir TV,
mantenha o volume moderado e caso
incomode o do vizinho informe a portaria ou
ao síndico do condomínio. Todos devem se
atentar as regras do condomínio, para não
serem penalizados posteriormente.
 Esta regra básica pode evitar muitas
discussões e desentendimentos, por isso,
procure seguir e colocar em prática com
sua família.
Respeite a velocidade permitida
Dentro dos condomínios fechados em grande
parte do Brasil existe uma velocidade
permitida para os carros e motos para evitar
acidentes. Este ponto é fundamental, uma vez
que é fácil ver crianças andando sozinhas e
brincando na rua, e estacionamento. Por isso,
mantenha sempre a velocidade e olhe para os
lados com muita atenção. Este ponto também
ajuda a evitar discussões, é uma coisa simples
e que pode ser evitada.
Caso não saiba o limite de velocidade do seu
condomínio, muitas vezes já sinalizado,
procure se informar com o síndico e notifique
as visitas também. Se por acaso ver alguém
desrespeitando essas regras, comunique o
síndico para ajudar a evitar acidentes e
manter tudo em ordem.
Respeito com os vizinhos para evitar
conflitos em um condomínio
O respeito é fundamental para manter um
bom relacionamento, seja entre a família ou
com vizinhos. Por isso, se coloque sempre no
lugar do próximo para poder realizar a
melhor atitude. Caso veja alguém
descumprindo as regras, procure não brigar,
apenas comunique o setor responsável para
tentar em primeiro lugar utilizar a condominial e pela
comunicação para tentar solucionar o
problema da melhor maneira possível, sem ser
necessário causar complicações. Não
esquente a cabeça com detalhes para
aproveitar todos os espaços e as atrações
que um condomínio fechado oferece aos seus
moradores.
Em tempos de pandemia, sempre foi
necessário respeitar o distanciamento social
inclusive em residência condominial, as regras
de segurança e prevenção ao qual foram bem
definidas. O que nesse período ao qual foi
bastante complicado, ajudou a evitar conflitos
entre os moradores, visto que era uma questão
de saúde pública e que merecia e até em
muitos casos ainda hoje - pois o vírus ainda
não foi exterminado por completo - a
atenção de todos, não esquecendo inclusive
de familiares e visitantes, pois as regras são
definidas para evitar conflito.
Vantagens dos condomínios
Como vimos e sabemos, morar em condomínio
fechado requer muita paciência para seguir
todas as regras de convivência. Mas, esta
modalidade possui muitas vantagens também,
permite mais tranquilidade para as crianças,
mais interação com os vizinhos, garagem com
manutenção preventiva e segurança, que
fazem toda a diferença no dia a dia de uma
pessoa que tem a vida corrida, garantindo a
estabilidade em partes que afetam e interfere
diretamente.
A experiencia é totalmente diferente de
quem não reside em um prédio ou condomínio
de casa que necessita de atenção em várias
partes, tomando o tempo e trazendo
preocupações a mais.
Os condomínios
geralmente são regidos
pelo regulamento
interno, convenção
Legislação Federal,
Estadual e Municipal em
vigor, especialmente
quanto ás disposições
do Código Civil (Lei
4.591/64, Lei
10.406/2002, Lei
10.931/04 e alterações
posteriores).
pág 3
 GRÁFICO DE MAIORES
PROBLEMAS EM
CONDOMÍNIO
A B O R D A G E M
A P R E S E N T A D A

60
50
40
30
20
10
0
ão
s

m
un

lh

ge
aç
ru
om

ra
tim
Ba

ga
sc

es

na
ea

e
sd
Ár

ga
ai

Va
im
An

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

Informações gráficas
retiradas da pesquisa
realizada pelo
Instituto de Pesquisa
Condominial (IPC)
pág 4
MANEIRAS DE SE LIDAR COM
CONFLITOS
Parte geral de conflitos em condomínio
Como já mencionado viver em condomínio
pode trazer muitos benefícios, mas também
pode levar a conflitos entre moradores. Por
questões relacionadas a barulho, vagas de
estacionamento, animais de estimação ou
despesas comuns, os conflitos podem surgir e
impactar negativamente a qualidade de vida
de todos os envolvidos. No entanto, é possível
lidar com essas situações de forma eficaz e
promover uma convivência harmoniosa.
Uma comunidade aberta e respeitosa é a
base para a resolução pacífica de conflitos
em condomínios. Encoraje os moradores a
expressarem suas preocupações de forma
calma e construtiva, e incentive o diálogo
entre as partes envolvidas. Lembre-se de que
a escuta ativa é fundamental para
compreender os diferentes pontos de vista e
encontrar soluções que atendam a todos.
Regras claras e objetivas ajudam a prevenir
conflitos e fornecem um guia para a
convivência harmoniosa no condomínio.
Certifique-se de que as regras estejam bem
definidas no regimento interno e na
convenção condominial, e que sejam
comunicadas de maneira eficaz a todos os
moradores.
Quando as expectativas são claras, é mais
fácil evitar mal-entendidos e
desentendimentos. Em caso de conflitos mais
complexo, é recomendável buscar a
mediação e conciliação com alternativas
para a resolução de disputas. Um mediador
imparcial pode ajudar as partes envolvidas a
identificar interesses comuns, explorar opções
de resolução e chegar a um acordo
mutuamente satisfatório. Atendendo inclusive
um dos pedidos mais recorrentes a questão do
respeito a privacidade e ao espaço dos
vizinhos. Um fato mencionado extremamente
essencial para uma convivência harmoniosa
em condomínios. Incentive os moradores a
considerarem o impacto de suas ações no
bem-estar dos outros e a adotarem
comportamentos que contribuam para um
ambiente tranquilo e respeitoso. Isso inclui
evitar ruídos excessivos, respeitar os horários
de silêncio e manter a organização das áreas
comuns.
Em situações que os conflitos persistirem ou
não podem ser resolvidos de forma amigável,
é importante envolver o conselho. Eles podem
ajudar a mediar o conflito e tomar medidas
para restaurar a harmonia no ambiente.
pág 5
CONVIVÊNCIA HARMONIOSA
NA VIZINHANÇA
Mitos e verdades de manter uma ligação com
outro condôminos
Já falamos sobre os conflitos e as soluções
que se pode aplicar dentro de um condomínio,
mas é importante cada morador ver os demais
de uma maneira mais próxima, porque de
certo modo, indiretamente vivem-se dentro de
uma comunidade ao qual precisa de respeito
entre todos e não abster-se de suas
responsabilidades em cumprir as regras do
regimento interno e ter sensibilidade para
diversos acontecimentos, pois com o diálogo
se consegue resolver mais de 50% de tais
problemas que envolvam aos condôminos.
Deve-se observar em mais de um preambulo
quando falamos a respeito de convivência.
Diversas pessoas geralmente não mantém
uma ligação com os vizinhos de seu
prédio/condomínio, e muita das vezes nem se
quer sabe identificar quem reside ao outro
lado de sua parede, mantendo-se mais
isolado, e observando dados de pesquisa
sobre convivência e contato direto entre
vizinhos podemos dizer que é muito
significativo se ter tal contato e conviver todos
em harmonia. Quando se tem uma vizinhança
harmônica o número de conflitos cai
drasticamente pois um conhece o outro de
maneira mais íntima e tem uma ligação,
instaurando assim um bom clima na vizinhança
entre os moradores.

MITO VERDADE

Valorizar a vizinhança fortalece os laços

Valorizar a vizinhança é uma comunitários, promove um senso de
perda de tempo pertencimento e melhora a qualidade de
vida de todos.

Conectar-se com a vizinhança cria um

Conectar-se com a vizinhança é ambiente mais seguro, onde as pessoas
invasivo conhecem e podem ajudar umas ás outras
em momentos de necessidade.

Conhecer os vizinhos pode levar a

Não há benefícios em conhecer amizades duradouras, oportunidades de
os vizinhos networking e apoio mútuo em situações
cotidianas.

A vizinhança pode influenciar a qualidade

A vizinhança não tem influência
de vida, o acesso a serviços e a sensação
na vida individual
de segurança de cada indivíduo.

pág 6
 1
Negociação
Tenta chegar em um acordo mutuamente
satisfatório através de diálogo e
negociação. Propõe que se pergunte por
que o outro tem determinada opinião ou
posição e considere por que ele não
adota outra possibilidade. Explique seus
interesses claramente. Discuta esses
interesses juntos, buscando a solução
desejada ao invés do que focar em um
evento passado.
2 3
mediação
A mediação condominial pode ser
necessária para diversas partes
envolvidas na gestão dos conflitos entre
os condôminos, entre o condomínio e o
condômino, entre o condomínio e
terceirizados, entre seus colaboradores.
Além disso, as ferramentas da mediação
os auxiliam também na comunicação
com os condôminos, na realização de
reuniões e assembleias e na tomada de
decisões.
PRINCIPAIS
MÉTODOS DE
RESOLUÇÃO
DE
CONFLITOS
4 M É T O D O S
conciliação
Processo semelhante a mediação, mas
com o objetivo de chegar a um acordo
mais rápido, é um método usado para
solucionar desavenças mais simples, ou
restritas, tendo um conciliador ativo,
neutro e imparcial a lide. É um método
célere, eficaz, econômico, pacífico e
justo, na medida em que as próprias
partes entram em comum acordo, não
havendo perdedor, além do
reestabelecimento das relações sociais.
Arbitrágem
Processo em que as partes submetem o
conflito a um árbitro ou painel de
árbitros, que tomará uma decisão final e
vinculante. O árbitro substitui a vontade
das partes, decidindo a pendência
através da confiança que as partes
depositaram, por meio de uma eleição
direta feita em uma cláusula de
compromisso. O árbitro é equipado por
lei ao juiz. Portanto, na arbitrágem é uma
heterocomposição.
pág 7
CARACTERÍSTICAS E
ATITUDES DE UM BOM
VIZINHO
Especificações
1. O que significa ser um bom vizinho?
Ser um bom vizinho significa ser uma pessoa
amigável, respeitosa e solidária com aqueles
que vivem ao seu redor. É importante lembrar
que a convivência em condomínio exige uma
postura de colaboração e empatia.
2. Quais as principais atitudes de um bom
vizinho?
Entre as principais atitudes de um bom vizinho
estão: cumprimentar os moradores, manter sua
fachada limpa, evitar barulhos excessivos,
respeitar as regras do condomínio, ajudar em
situações de emergência e participar das
reuniões.
3. Como lidar com vizinhos barulhentos?
Caso haja vizinhos barulhentos, o ideal é
conversar com eles e tentar chegar a um
acordo pacífico. Se isso não resolver o
problema, é possível acionar a polícia ou o
síndico do prédio para mediar a situação.
4. Como ajudar vizinhos idosos ou com
necessidades especiais?
Uma boa forma de ajudar vizinhos idosos ou
com necessidades especiais é oferecer ajuda
para fazer compras, levar o lixo para fora ou
realizar pequenos reparos em casa. Além
disso, é importante estar disponível para
conversar e oferecer companhia.
5. Como lida com conflitos entre vizinhos?
Caso aja conflitos entre vizinhos, o ideal é
tentar resolver a situação por meio do diálogo
e da mediação. Se isso não for possível, é
plausível recorrer a órgãos competentes como
o síndico do prédio ou a justiça.
6. Como lidar com animais de estimação no
condomínio?
Para lidar com animais de estimação no
pág 8
condomínio, é importante respeitar as regras
do prédio e manter os animais sob controle. É
fundamental recolher as fezes dos animais na
rua próximo ou dentro do condomínio, e evitar
que eles causem incômodo aos vizinhos.
7. Como incentivar a solidariedade no
condomínio?
Para incentivar a solidariedade no
condomínio, é importante criar redes de apoio
entre os moradores da rua e realizar
atividades que promovam bem-estar coletivo.
Além disso, é fundamental estar sempre
disposto e na medida do possível disponível
para ajudar aqueles que precisam.
8. Como cultivar uma convivência
harmoniosa no condomínio?
Para cultivar uma convivência harmoniosa em
condomínio, é fundamental respeitar
diferenças entre os moradores da rua e
valorizar o diálogo e a colaboração mútua.
Além disso, é importante estar sempre aberto
ao aprendizado e a construção de relações
saudáveis.
9. Como incentivar a participações dos
moradores em atividades comunitárias?
Para incentivar a participação os moradores
em atividades comunitárias, é importante criar
eventos que sejam interessantes e relevantes
para todos os públicos. Além disso, é
fundamental divulgar as atitudes com
antecedência e criar um ambiente acolhedor
e inclusivo.
RESPONSABILIDADES E
OBRIGAÇÕES DO SÍNDICO
Lidando com pessoas e conflitos
O síndico é responsável por uma série de
obrigações no dia a dia de um condomínio.
Não é apenas a pessoa para reclamar do
barulho de vizinho, do cachorro latindo ou do
carro que travou sua vaga. A função do
síndico vai bem além disso.
Apesar de suas obrigações estarem definidas
no art. 1348 do Código Civil, muitos, inclusive
síndicos, têm dúvidas sobre sua função ou
quais são as responsabilidades e obrigações
do síndico.
O que é um síndico?
O síndico é a pessoa que diante de qualquer
processo(judicial ou não), representa os
interesses dos moradores. É o administrador
do condomínio escolhido em assembleia para
cuidar do patrimônio e dos interesses e
direitos coletivos no condomínio. A condomínio, praticando, em juízo ou fora dele,
administração de condomínio possui
demandas do dia a dia iguais ou até mais
complicadas do que em uma empresa, nesse
sentido é um engano pensar que a função do
síndico é figurativa.
Quem pode ser síndico?
O síndico pode ser um condômino do prédio
(síndico natural) ou uma pessoa especializada
em administrar condomínios, o síndico
profissional (prestador de serviços). Vale
ressaltar que o síndico precisa ser eleito em
assembleia pelos condôminos e o seu mandato
é de, no máximo 2 anos, com possibilidade de
reeleição, segundo o Código Civil. Contudo, é
importante você consultar a convenção do
condomínio e ver se há algum ponto
específico para a escolha do síndico.
Até mesmo quando há uma administradora de
condomínios cuidando das atividades
administrativas, não exclui a função do
síndico. este é obrigatório para o condomínio
ser reconhecido legalmente.
Qual a função do síndico?
Conforme disposto no Art. 1.348 do Código
Civil a principal função do síndico de um
condomínio é representar o condomínio (ativa
e passivamente). Além disso, é o administrador
responsável por toda a gestão do condomínio.
Isso inclui obrigações e deveres na
administração condominial para manter o
equilíbrio financeiro, ordem, segurança e
limpeza.
9 funções do síndico que estão no Código
Civil - Lei 10.406/02, Lei 10.406, de 10 de
janeiro de 2002
1.Convocar a assembleia dos condôminos;
2.Representar, ativa e passivamente, o
os atos necessários à defesa dos interesses
comuns;
3.Dar imediato conhecimento à assembleia
da existência de procedimento judicial ou
administrativo, e de interesses do condomínio;
4.Cumprir e fazer cumprir a convenção, o
regimento interno e as determinações da
assembleia.
5.Diligenciar a conservação e a guarda das
partes comuns e zelar pela prestação dos
serviços que interessem aos possuidores;
6.Elaborar o orçamento da receita e da
despesa relativa a cada ano;
7.Cobrar dos condôminos as suas
contribuições, bem como impor e cobrar as
multas devidas;
8.Prestar contas as assembleias, anualmente e
quando exigidas;
9.Realizar o seguro da edificação.
Mesmo assim, isso não deixa muito claro o
que um síndico faz na prática. Nem mesmo
quais as suas atividades e obrigações.
pág 9
 A gestão condominial exige que o síndico
cumpra certas obrigações e tenha um papel
importante. Por isso, já existem diversos cursos
de síndico para capacitar e formar aqueles
que querem administrar o condomínio com
excelência.
Papel do síndico no condomínio
Enquanto administrador do condomínio, o
síndico desempenha seu papel como se fosse
o gestor de uma empresa, faz contratações e
pagamentos de funcionários, cuida do
recebimento das cotas do condomínio, zela
pela manutenção predial, é o mediador de
conflitos entre condôminos e decide pela
contratação de empresas terceirizadas.
Repare que as responsabilidades do síndico
não se resume ao ato de representar o
condomínio.
Quais as responsabilidades do síndico?
Saber as responsabilidades da função do
síndico do condomínio é importante não só
para quem pretender assumir este cargo, os
condôminos que só reclamam podem respeitar
e colaborar muito mais se soubessem o quanto
de obrigações um síndico tem.
1.Ser o representante do condomínio
É o síndico que assume a responsabilidade
civil e criminal pelo condomínio. Conforme
disposto no Código Civil, artigo 1.348, é
função do síndico “representar, ativa e
passivamente, o condomínio”. Portanto, a
atuação ou omissão diante de algo sob sua
responsabilidade pode levá-lo a ser
responsabilizado pelo prejuízo causado ao
condomínio e seus moradores, conforme
previsto no Código Civil.
2.Evitar inadimplências
Inadimplência é algo que assombra qualquer
síndico na administração de um condomínio. É
um dos principais problemas quando o assunto
é falta de dinheiro para cumprir as
obrigações financeiras, o síndico é AVCB, laudos, tudo deve estar organizado e
responsável por acompanhar as contas e
cuidar para que a inadimplência não deixe o
condomínio no vermelho, pois mesmo quando
não é possível resolver de maneira pacífica, é
responsabilidade do síndico buscar medidas
legais possíveis e cabíveis para cobrar os
inadimplentes.
pág 10
Sabemos que é importante evitar meios
jurídicos ao máximo, a fim de manter um clima
de bom convívio, contudo, existem casos em
que essa é a única alternativa.
3.Cuidar da segurança e prevenir acidentes
Muitas pessoas decidem morar em
condomínio por serem locais seguros e
harmoniosos, que oferecem tranquilidade e
comodidade, mas existem obrigações e
responsabilidades para manter o local
protegido e seguro para os moradores. Além
da segurança, a prevenção de acidentes
também é um assunto que o síndico deve
cuidar. Áreas mal conservadas, se transformam
em perigo potencial.
4.Manter em dia as contas do condomínio
Aqui a função do síndico não é nada fácil
para garantir que as contas do condomínio
esteja em dia. Além das cobranças aos
condôminos, o síndico tem a responsabilidade
de realizar os pagamentos aos funcionários,
prestadores de serviços, seguros, impostos,
taxas ou contribuições municipais, estaduais
ou federais.
Neste ponto, muitos síndicos decidem
contratar uma administradora de condomínios
para cuidar da gestão condominial, sobretudo
em condomínios grandes ou comerciais onde
há muita demanda administrativa financeira.
5.Cuidar da documentação
A gestão dos documentos na administração
do condomínio também são de
responsabilidade do síndico. Principalmente
os documentos que demonstrem a
transparência do seu trabalho. Não somente
para quando chegar a hora da prestação de
contas, tudo deve estar organizado e
disponível mensalmente na pasta do
condomínio, assim é possível fiscalizar e
acompanhar o seu trabalho.
Lembrando que não é só por questões
financeiras. As licenças, os impostos, seguros,
acessível quando for solicitado. Neste ponto a
tecnologia contribuiu muito. Um bom exemplo
é o App/portal da Habitacional que foi
desenvolvido para colaborar com o síndico na
gestão do condomínio. Além disso, permite aos
condôminos o acesso à pasta do condomínio.
6.Organizar reuniões
O síndico é o responsável por organizar
reuniões deliberativas e informativas, sendo
necessário ao menos uma assembleia por ano
a fim de escutar as reivindicações dos
condôminos.
Obrigações do síndico
A administração de condomínios possui
questões específicas que dão ao síndico
certas obrigações, que se não forem
cumpridas, trará ao síndico muita dor de
cabeça e, até, problemas judiciais.
Quais são os deveres de um síndico?
Prestar contas;
Intermediar conflitos, pelo menos até
aonde sua função e o regulamento interno
dizem respeito.
Ser imparcial nas decisões de conflitos;
Seguir o que está no regimento interno e
convenção do condomínio;
Respeitar o quórum das votações em
assembleia;
Executar as obras aprovadas;
Não deixar o condomínio sem seguro;
Não expor os condôminos;
Contratar, demitir e orientar funcionários
no que se refere às sua funções;
Dar conhecimento a todos de qualquer
problema que coloque em risco a
integridade física, financeira ou jurídica;
Com tantas responsabilidades e obrigações
o síndico deveria ser remunerado?
Qual é o valor do salário de um síndico?
Por enquanto o cargo de síndico não é uma
profissão regulamentada que dá a ele direitos
trabalhistas. Os condomínios tem autonomia
para decidirem em assembleia como
remunerar essa função, de modo geral, quem
for morador e exercer atribuições de síndico,
pode ficar isento de pagamento de sua conta
condominial, como forma de compensar suas
atividades nessa função. Mas há também
condomínios que determinam um valor para
quem assumir a função de síndico, mas isso
depende do tamanho, do perfil e da decisão
dos condôminos em assembleia.
Quais são os poderes do síndico?
Paira sobre o síndico um certo poder à
frente das decisões. Quem manda no síndico?
Calma, isso é só uma provocação. Estamos nos
referindo ao que está previsto no regimento
interno e convenção do condomínio, fora
desse contexto, o que o síndico pode ou não
fazer sempre estará amparado pelo Código
Civil.
1. a) Primeiro, o síndico pode “transferir a
outrem, total ou parcialmente, os poderes
de representação ou funções
administrativas, mediante aprovação da
assembleia, salvo disposição em contrário
da convenção”.
Em outras palavras, ele pode propor que
uma administradora de condomínio o ajude
nas tarefas administrativas, da mesma forma, o
condomínio pode decidir ter um profissional,
entretanto não anula a presença de um
síndico natural no condomínio. Outra coisa
que o síndico pode decidir sozinho é a
contratação de profissionais para realizar
obras urgentes, sem que precise de
aprovação em assembleia.
O Código Civil ampara isso:
Em caso de obras urgentes de baixo custo,
o síndico pode seguir com elas
normalmente;
Em caso de obras urgentes de alto custo, o
síndico pode seguir com elas, mas deve
convocar assembleia para prestar contas
e esclarecimentos aos condôminos.
1. b) Ele também pode entrar em uma
unidade em caso de urgência e
emergência. Por exemplo, vazamento de
gás ou água, princípios de incêndio,
pedidos de ajuda, entre outras situações
emergenciais. Nesses casos, o ideal é que
o síndico esteja acompanhado de policiais
ou bombeiros além de outras testemunhas
que possam atestar a necessidade de
entrada ou do risco iminente à segurança
de terceiros.
Em seguida, sempre que necessário deverá
ser registrado o Boletim de Ocorrência e o
morador deverá ser comunicado, por escrito,
quando do seu regresso.
1. c) Se necessário e urgente, o síndico pode
usar o fundo de reserva do condomínio.
Entretanto, é importante ressaltar que esse
valor deve ser devolvido ao fundo tão logo
a situação financeira do condomínio
normalize.
pág 11
ORIENTAÇÕES PARA O
SÍNDICO INTERVIR DE
MANEIRA EFICAZ EM
DESINTENDIMENTOS
D E S E M P E N H O D O P A P E L
C R U C I A L D O S Í N D I C O

1 2

Comunicar-se scute ambas as

partes

O síndico deve estar aberto à É fundamental ouvir todas as partes

comunicação com todas as partes envolvidas de forma imparcial e
envolvidas e incentivar os moradores objetiva. Entenda as perspectivas e
e funcionários a relatar os problemas preocupações dos moradores e
e preocupações diretamente ao funcionários antes de tomar qualquer
síndico ou ao conselho do medida.
condomínio.

3 4

Mantenha a Conhecer as regras

neutralidade do condomínio

O síndico deve manter uma postura O síndico deve estar familiarizado

neutra e imparcial ao lidar com
conflitos e não tomar partido antes
de entender completamente a
situação, a legislação vigente e as
regras do condomínio.
com as regras e regulamentos do
condomínio. Isso ajudará a
determinar se o conflito está
relacionado a uma violação das
regras e como lidar com ela de
acordo com a convenção.

pág 12
5 6
Procure uma Tome medidas
mediação apropriadas

Em muitos casos, é aconselhável Dependendo da gravidade do

buscar uma solução amigável por conflito e das situações, o síndico
meio de mediação. Um mediador pode precisar tomar medidas
imparcial pode ajudar a facilitar a corretivas. Isso pode envolver
comunicação e a negociação entre advertências formais, multas ou até
as partes. mesmo a rescisão de contratos de
funcionários, se necessário.

7 8

Eduque os Mantenha
envolvidos registros

O síndico pode promover a Mantenha um registro detalhado de

educação e a conscientização entre
os moradores e funcionários sobre as
regras e diretrizes do condomínio,
bem como sobre a importância do
respeito mútuo.
todos os incidentes e ações tomadas
para documentar o processo de
resolução de conflitos. Isso pode ser
útil caso seja necessário recorrer a
medidas legais.

9 10
Busque orientação
jurídica
Em casos complexos ou de grande
gravidade, o síndico pode solicitar
orientação jurídica para garantir que
todas as ações sejam apresentadas
em conformidade com a lei.
Promova a
prevenção de
conflitos
Além de lidar com os conflitos
quando surgirem, o síndico pode
trabalhar proativamente para
promover um ambiente harmonioso
no condomínio, incentivando a
comunicação eficaz e a resolução de
problemas antes que se agravem.

pág 13
DIFERENÇA
ENTRE
CONVENÇÃO
DE
CONDOMÍNIO
E REGIMENTO
INTERNO
Ambos são documentos necessários para
estabelecer as regras internas e garantir a
harmonia na convivência entre as diversas
pessoas que compartilham os mesmos espaços
para seus negócios - nos casos dos
condomínios comerciais -, ou moradia e lazer
Vejamos alguns exemplos que fazem parte
- nos condomínios residenciais.
de uma convenção:

Para melhor entendimento, um exemplo

A descriminalização e individualização de
prático: a convenção do condomínio está
todas as unidades condominiais de
para os proprietários das unidades
propriedade exclusiva, delimitadas uma
condominiais como a Constituição Federal
das outras e das partes comuns;
está para cada cidadão brasileiro, ou seja, é
O fim que as unidades se destinam, ou
neste documento que devem constar
seja, se o fim estabelecido for para
detalhadamente todas as regras internas
moradia, o proprietário não pode abrir ali
sobre as condutas dos condôminos. Para isto,
o seu escritório de trabalho, por exemplo;
pode haver um modelo comum para todos os
As quotas proporcionais que cabem a
condomínios, porém cada um deles deve
cada unidade e a forma de pagamento
redigir a sua própria convenção. Isto é feito
das contribuições que vão atender ás
no período em que as unidades começam a
despesas ordinárias e extraordinárias do
ser entregues a seus proprietários, muitas
condomínio. Inclui-se aí o fundo de reserva
vezes entregues pela construtora ou
que, como o nome já diz, trata-se de uma
incorporadora.
reserva financeira que vai ser formada ao
longo dos meses para uma reforma
Afinal, poque é fundamental um condomínio
emergencial, por exemplo;
ter a sua convenção?
A determinação da fração (metragem
Inicialmente, muitas pessoas acham que este
proporcional) ideal atribuída a cada
documento é fácil de ser redigido e acabam
unidade, relativamente ao terreno e áreas
por encontrar modelos na internet, todavia,
comuns;
pode-se dizer que jamais um leigo jurídico
A forma da administração;
poderá substituir a figura de um advogado!
A competência das assembleias, o modo
Noutro giro, os escritórios de administração
como será realizada a convocação e o
de condomínios também estão devidamente
quórum que será exigido para a
preparados para a redação da convenção.
deliberações;

pág 14
 As sansões a que estão sujeitos os
condomínios e/ou proprietários, caso haja
alguma infração (multas);
O Regimento Interno (RI) - e aqui está a
diferença trazida no início do texto. O
Regimento Interno deve fazer parte da
convenção e não ao contrário.
Noutro giro, importante salientar que a
convenção não pode reunir qualquer aspecto
que contrarie as leis municipais, estaduais e
federais, haja vista que estas legislações são
soberanas, ou seja, uma vez redigidos o
documento, ele é aprovado, tornando-se
obrigatório para todos.
Ademais, a convenção somente é Qual a sansão (punição) para quem infringir
considerada “aprovada” com as assinaturas
dos titulares de 2/3 das frações ideais do
condomínio.
A figura do Regimento Interno
Este documento é um dos recursos para
garantir a ordem e a harmonia nos
condomínios. Desta forma, é por meio dele
que se evitam e se resolvem os eventuais
conflitos, desentendimentos e mal-entendidos.
O Regimento Interno também é decidido
pelos próprios condôminos e aprovado com
maioria simples, ou seja, 50% mais um. Ele faz
parte da convenção registrada em cartório!
Assim, na medida em que a convenção
contém aspectos essenciais e específicos, o
regimento interno complementa com a
regularização das questões complexas que
permeiam o dia a dia e o relacionamento
entre todos os envolvidos.
Nesse sentido, o regimento interno deve ser
elaborado de forma a se antecipar aos
problemas polêmicos, haja vista que estipular
oficialmente os deveres e direitos dos
condôminos é uma forma de proteger todas as
partes.
O que será permitido? O que será proibido?
Como será a utilização das áreas comuns?
as regras internas? Todas as respostas dessas
indagações devem estar no regimento interno.
Por fim, a elaboração do regimento interno
do condomínio deverá ser realizada com todo
cuidado e profissionalismo, podendo até
demorar a sua confecção todavia, por conter
temas complexos, a melhor maneira de o
síndico e o condomínio evitarem problemas
futuros é fazendo um documento
personalizado e bem redigido.
pág 15
MEDIAÇÃO EM
CONDOMÍNIO
01.
O QUE É MEDIAÇÃO CONDOMINIAL?
Como um reflexo da sociedade, o condomínio conta com diversa opiniões e crenças diferentes
entre os moradores em muitos casos, essas diferenças acabam por ser as principais razões para
a criação e desdobramento de conflitos entre moradores, funcionário e mesmo o síndico.

Muitas vezes, esses conflitos que começaram pequenos na área comum dos condomínios,
tomam grandes proporções e leva a medidas judiciais sem necessidade e envolvem mais
pessoas. esse tipo de situação, além de atrapalhar a boa convivência no condomínio, toma
muito tempo e dinheiro de todos os envolvidos, e isso inclui o síndico. Para evitar esse tipo de
situação, muitos síndicos vêm optando pela contratação e implementação da mediação de
conflitos para a solução pacífica de desentendimentos e problemas

02.
O QUE É A MEDIAÇÃO
DE CONFLITOS?
A mediação condominial é um método
adequado de resolução de conflitos
extrajudicial, que consiste em uma
negociação conduzida por um um mediador
imparcial e capacitado, que auxilia as partes
a retomarem o diálogo, identificarem
interesses e necessidades comuns e, através
de um método convencional, encontrarem uma
solução satisfatória para ambos.
A mediação condominial tem como
fundamentos a comunicação, a cooperação, o
sigilo, a confidencialidade, a autonomia da
vontade das partes e a boa-fé. o mediador
tem como objetivo estabelecer um diálogo
respeitoso e produtivo entre os mediados,
buscando um entendimento mútuo e a
construção, por eles próprios, de uma solução
consensual. Dessa forma, se diferencia da
judicialização, que é baseada na disputa
entre as partes.
03.
QUANDO A MEDIAÇÃO
É NECESSÁRIA?
A mediação condominial pode ser
necessária para diversas partes envolvidas na
gestão condominial. Para os síndicos, as
ferramentas da mediação podem ser úteis na
gestão dos conflitos entre os condôminos,
entre o condomínio e o condômino, entre o
condomínio e terceirizadas, entre seus
colaboradores. Além disso, na realização de
reuniões e assembleias e na tomada de
decisões. Os síndicos podem utilizar a
mediação condominial na sua prática de
gestão condominial de diversas formas. Um
exemplo é a utilização da mediação para
solucionar conflitos já instaurados, e onde a
escalada do mesmo possa vir a culminar em
violência e ser necessária a interferência da
polícia ou abertura no processo judicial. Outro
exemplo, é a utilização das ferramentas da
mediação preventivamente, através da
realização de reuniões periódicas com os
condôminos para identificação antecipada
de possíveis problemas, e busca de soluções
satisfatórias e preventivas de conflitos futuros.

pág 16
04.
pela mediação condominial.

Em situações de conflitos entre os

QUAIS AS VANTAGENS
DA MEDIAÇÃO
CONDOMINIAL?
São muitas as vantagens da mediação
condominial. Em primeiro lugar, a mediação é
mais célere e menos custosa do que um
processo judicial. Além disso, a mediação foca
na preservação do relacionamento e diálogo
entre as partes, que na maioria das vezes,
precisam conviver no mesmo ambiente. Por
fim, a mediação permite as partes
encontrarem uma solução específica e
satisfatória para o conflito, o que muita das
vezes, não seria possível em uma decisão
judicial.
Qualquer condomínio pode se beneficiar da
mediação, independentemente de sua
posição no conflito. A mediação condominial
pode ser utilizada para solucionar diversos
tipos de conflitos, como a questão
relacionada a barulho, desavenças, vagas de
garagem, animais de estimação, convivência
em áreas comuns, infiltrações, obras
inadimplências, entre outros. Qualquer
condomínio pode se beneficiar da mediação,
independentemente de sua posição no
conflito. A mediação também pode ser
utilizada preventivamente, evitando que os
conflitos se transformem em processos judiciais
intermináveis.
As administradoras de condomínios também
podem se beneficiar da mediação
condominial, uma vez que a solução de
conflitos de forma mais rápida e mais
eficiente contribui para a satisfação dos
clientes e para a redução de custos com
processos judiciais. Além disso, a mediação se
torna uma ferramenta útil para a melhoria do
relacionamento entre a administradora,
condomínio e os condôminos na fidelização
dos clientes, além de agregar valor à imagem
da empresa
Os terceirizados que prestam serviços no
condomínio também podem ser beneficiados
terceirizados e os condôminos ou entre os
terceirizados e a administração do
condomínio, a mediação pode ser uma
alternativa para a solução mais adequada e
eficiente do conflito, evitando a rescisão do
contrato de prestação de serviços e
preservando o relacionamento entre as
partes.
Desse modo, fica evidente o quanto a
mediação se torna útil na gestão condominial,
na convivência dos condôminos e na
construção de uma cultura mais colaborativa
dentro do condomínio.
05.
O QUE DIZ A LEI?
A legislação brasileira prevê a mediação
condominial como uma foma de solução de
conflitos, sendo regulamentada pela Lei de
Mediação (Lei n°13.140/2015) e pela Lei de
Condomínios (Lei n°4.591/1964). A mediação
condominial deve ser realizada por mediador
autônomo, ou que esteja vinculado a alguma
Câmara de mediação, ou seja o mediador
não vai decidir nem julgar quem está certo ou
errado, mas sim vai fazer com que os próprios
envolvidos cheguem a um consenso. A
mediação é um espaço de conversa assistido,
flexível, confidencial e informal, que não tem a
rigidez de uma audiência, por exemplo. As
partes participam de forma ativa na
mediação e podem estar acompanhadas de
seus advogados.
São realizadas reuniões com os envolvidos e,
alcançado o acordo, é redigido pelos
advogados um termo extrajudicial, que deve
ser assinado pelas partes. se não houver
cumprimento espontâneo, o título poderá ser
executado judicialmente forçando o
cumprimento dos termos acordados.

pág 17
O PAPEL DA MEDIAÇÃO E
CONCILIAÇÃO NA
RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
CONDOMINIAIS
É possível inserir na convenção do condomínio a
previsão de mediação e de arbitragem para
resolução de disputas envolvendo os
condôminos.
Vivemos em uma nova era - a de
condomínios de chácaras, casas, prédios,
torres e edifícios. Os condomínios de baixo,
médio e alto padrão. O fato é que houve uma
grande ascensão na aquisição de moradia em
condomínios, por diversos tipos de famílias,
que buscam comodidade, segurança, conforto
e lazer. Contudo os limites dos condôminos se
inserem nas regras de convivência, no
cumprimento do regimento interno, entre
outras convenções que são elaboradas em sua
maioria pelos próprios moradores.
É possível de antever a ocorrência de
conflitos. Em sua maioria, a causa é a falta e
ou a falha de comunicação. E a primeira
pessoa que pode assumir um papel importante
na solução quando do surgimento do conflito
nos condomínios é o síndico, já que cabe a
este a difícil missão de identificar os reais
interesses e necessidades dos moradores e
não basear-se simplesmente nas posições -
aparência do problema/real motivo - dos
conflitos gerados. É o que tem ocorrido, por
exemplo, dentro dos condomínios. Um
levantamento feito pela ABADI, Associação
Brasileira de Administradores de Imóveis,
estima que o número de reclamações entre
vizinhos triplicou desde o mês de março de
2020, quando iniciou o período de isolamento
social. Isso porque são locais de intensa
convivência, que nos trazem grandes desafios.
E há queixas de toda ordem, sendo uma das
principais a relacionada aos barulhos
provocados pelos moradores.
pág 18
O fato é que os conflitos existentes nos
condomínios devem ser tratados
imediatamente, de forma pacífica para que a
convivência entre os vizinhos continue
harmônica. O síndico pode ter condições de
entender as questões e, sem deixar de
observar as regras dispostas em convenção,
ajudar na busca de opções de solução.
Ocorre que esse papel nem sempre é fácil de
desempenhar, pelo fato dos condôminos
simplesmente não estarem abertos, no
primeiro momento, para a comunicação e nem
dispositivos na busca de opções de solução.
Ademais nem sempre os condôminos
conseguem buscar opções de solução por
meio de negociação direta entre elas sem
usar uma ajuda profissional. Quando isso
ocorre é chegado o momento de buscarem o
auxílio de outros métodos de resolução,
disponíveis ainda no âmbito extrajudicial,
como, por exemplo, a mediação.
É notável o grande volume de questões
condominiais que são encaminhadas ao poder
judiciário. Entretanto, nem sempre direcionar
esses conflitos ao Estado é a melhor opção
para resolver a controvérsia, conflitos estes,
que só quem está vivenciando o momento
conhece. As sentenças proferidas pelo poder
judiciário, muitas das vezes podem não sanar
conflito, já os acordos elaborados pelas
partes possuem um resultado mais satisfatório,
pois foram as partes que o construíram. Muitos
desses conflitos, a resolução é possível através
de mediação e arbitragem.
 A mediação é, em suma, uma negociação
facilitada por um terceiro neutro, imparcial,
que utiliza técnicas específicas para os
participantes colocarem seus pontos de vista
na sessão e após todos avaliam as opções
expostas juntos, construindo o acordo, ou seja,
auxilia na busca eficaz da resolução do
problema de maneira rápida e muito mais
econômica.
Nesse contexto um dos principais desafios do
mediador e conciliador é a identificação das
questões a serem resolvidas. O que pode
parecer simples em um primeiro momento, se
torna algo bastante complexo na medida em
que o mediador não identifica apenas as
questões externas ou externalizadas, e sim o
que está implícito, buscando que as partes
compreendam o ponto de vista um do outro.
Os condomínios que buscam a mediação e
arbitragem para viabilizar a resolução
pacífica dos problemas, otimizam seus
recursos financeiros minimizando os conflitos,
contribuindo para o aperfeiçoamento do
processo de vivência em comunidade.
A habilidade de saber conviver nunca se
mostrou tão necessária dentro das nossas
casas e comunidades. A maior convivência em
determinados ambientes imposta de maneira
surpreendente nestes tempos de crise e
pandemia escancarou e exponenciou diversas
situações e problemas que, antes, pareciam
de menor expressão. Se a questão a ser
resolvida é o barulho, o cerne do problema
pode não se limitar apenas a esta questão,
mas pode envolver fatores como modo de
vida, hábitos, diferenças culturais, filhos,
trabalho em casa, dentre tantos outros. O
mediador, imparcial e devidamente
capacitado, é capaz de analisar o ambiente
e acessar os fatores determinantes, ajudando
a criar um cenário propício para a construção
de soluções.
Ao longo dos anos, a mediação tem se
firmado como método capaz de trazer
inúmeras vantagens aos que dela se utilizam.
Um dos benefícios é a eficácia dos acordos
que são realizados, visto que quase todos são
cumpridos, porque as próprias pessoas que
estão inseridas no conflito participaram da
construção da solução, o que gera
compromisso para implementação de uma
maneira natural, bem como, a economia de
tempo, pois os problemas podem ser
resolvidos em apenas uma ou algumas sessões
de meditação, que duram poucas horas, e a
redução de custos, já que se costuma
conhecer previamente os valores que serão
despendidos, sem surpresas.
Vale destacar que, caso a meditação não
atinja o objetivo desejado, as pessoas ainda
podem utilizar outro método de resolução
extrajudicial de conflitos que é a arbitragem,
no qual um árbitro, especialista na questão
que está sendo tratada, vai decidir a solução
para o caso concreto, porque as partes não
conseguiram elas mesmas chegarem a uma
decisão. Note-se que o Supremo Tribunal de
Justiça já decidiu inclusive que é possível
inserir a previsão na convenção do
condomínio de utilização de cláusulas de
mediação e de arbitragem para a resolução
de disputas envolvendo os condôminos,
evitando que tais assuntos sejam levados para
o Poder judiciário, onde dificilmente os
envolvidos encontrarão uma solução em prazo
razoável.
Importante ressaltar que uma mediação séria,
com profissionais capacitados e ambientes
adequados, possibilita o tratamento de
divergências como ocorrências naturais, com
confidencialidade e tendo como foco a
preservação dos relacionamentos. Para
aqueles que entendem que sua paz e seu
tempo não tem preço, esse parece ser o
melhor caminho. Portanto, cabe aos
condomínios e condôminos avaliarem a
situação e inserirem “Cláusula Compromissória
na Convenção do Condomínio”, que preveja a
solução de conflitos por mediação ao invés de
vias judiciais. É importante que a cláusula
preveja a participação de ambas as partes.
Necessário, também, que exista a figura de um
mediador dentro da administradora,
geralmente, essa função fica a cargo de um
profissional de direito, psicólogo, assistente
social ou até mesmo de recursos humanos
sendo possível, ainda, contratar um
profissional externo para exercer essa função.
Promover a mediação de conflitos traz
benefícios para todas partes do ecossistema
condominial.
pág 19
01.
BENEFÍCIOS DA
MEDIAÇÃO
Benefício para a administradora e gestão:
Cumprir o papel social de preservação da
boa relação dentro do condomínio,
garantindo assim a eficácia da sua
administração; Melhorar o convívio entre os
moradores; Aumenta o índice de satisfação do
cliente com o apoio, o cliente se sente
acolhido, protegido e amparado pela
administração.
Benefícios para os condôminos: Obter suporte
na resolução de problemas; Ter a mediação
feita por profissionais isento de parcialidade,
preservando o interesse de ambas as partes;
Mais rapidez na resolução do problema;
Menor desgaste físico, psicológico e
financeiro.
Cabe ao mediador e ou conciliador se reunir
com as partes quantas vezes forem
necessárias, em conjunto ou separadamente. É
primordial que cada encontro facilite a
criação de um ambiente propício para a
negociação. Quando a gestão do condomínio
assume esse papel, os benefícios são uma via
de mão dupla, para a própria administração
e para os condôminos.
02.
ASPECTO
IMPORTANTE
Ninguém é obrigado a participar de uma
mediação. É necessário que todas as partes
envolvidas sejam voluntárias e aceitem a
mediação para que a mesma ocorra.
Fica a critério das partes envolvidas a
presença de advogado. Vale ressaltar que a
presença de alguém do meio jurídico é
sempre bem-vinda nas mediações para
esclarecer eventuais dúvidas jurídicas.
pág 20
03.
PILARES NA
MEDIAÇÃO
Em primeiro lugar, é importante que o
mediador seja um terceiro, isento de
parcialidade sobre o caso. O objetivo
primordial da mediação de conflitos é
facilitar o diálogo entre os moradores, para
que eles cheguem a uma resolução do
problema o mais rápido possível;
Com a mediação é possível evitar que a
situação conflitante acarrete uma ação
judicial.
04.
COMO OBTER
SUCESSO NA
MEDIAÇÃO DE
CONFLITOS
Há uma série de boas práticas que podem ser
adotadas para obter sucesso na mediação de
conflitos.
Princípios da Comunicação Não Violenta
(CNV). A CNV é uma técnica que estimula a
relação de cooperação entre as pessoas. Ela
visa criar um diálogo empático, em que ambas
as partes respeitem o outro que expressa uma
opinião contrária. Para que ela aconteça, é
preciso observar o outro, avaliar e respeitar os
seus sentimentos, respeitar as suas
necessidades e fazer pedidos ao invés de
ordens. Quando esses princípios são
respeitados mutuamente, existe uma
“comunicação não violenta na mediação de
conflitos”.
Estreitar os relacionamentos por canais
digitais, aqui é feita uma mediação
preventiva, evitando levar qualquer votação
ou discussão para meios presenciais, busca-se
estreitar os canais digitais, principalmente por
meio de aplicativos para que a comunicação
seja feita de forma digital e discreta.
Diminuindo, assim, consideravelmente a contra, o conciliador pode mediar todas as
incidência de conflitos presenciais que
geralmente ocorrem em assembleias
condominiais.
Treinamento dos síndicos e funcionários com
técnicas de mediação. Quando a
administração de condomínios opta por fazer
a mediação de conflitos, é importante
oferecer treinamento a um funcionário que
cumprirá o papel de mediador.
Para evitar a necessidade de recorrer ao
judiciário, a tratativa dos casos deve ser feita
antes que eles escalem. Para isso, é de bom
grado que a administradora auxilie na
capacitação de síndicos e colaboradores
para resolver os problemas preliminarmente. É
preciso que o mediador trate cada caso de
forma impessoal e imparcial, a fim de resolver
os conflitos da melhor maneira para ambas as
partes.
Recorrer à ajuda externa, caso necessário.
Quando o caso chegar extremos, o mediador
precisa ser alguém isento de parcialidade. Um
síndico pode não ser a melhor opção, já que
ele também é vizinho e pode ter interesses
pessoais envolvidos na situação. Caso seja
relevante, é permitido recorrer à ajuda
externa, com assessoria jurídica, se necessário
para oferecer apoio e suporte aos
condôminos envolvidos. Prevenir é sempre o
melhor caminho.
O mais importante é evitar que os conflitos
ganhem proporções maiores do que deveriam.
na sua participação, a administradora pode
atuar de maneira preventiva, priorizando
melhorar a relação entre as partes
discordantes. Quando um morador descumpre
diversas vezes o regulamento interno que
prevê a proibição de barulho após
determinado horário, o mediador de conflitos
pode entrar no cenário para instruir e orientar
esse morador antes que algum outro vizinho
inicie uma discussão.
Outra situação é quando há possibilidade de
realizar alguma mudança estrutural no
condomínio. Caso surja o assunto de criar um
espaço para animais de estimação, em que
alguns moradores sejam a favor e outros
partes até chegar a um consenso.
Ações como essas previnem problemas e
discussões futuras dentro do condomínio.
Mediar sempre será melhor que litigar.
Por fim, promover a mediação de conflitos
traz benefícios para todas as partes do
ecossistema condominial.
05.
SUSTENTABILIDADE A
LONGO PRAZO
A implementação efetiva de práticas de
conciliação e mediação contribui para a
sustentabilidade a longo prazo do
condomínio, criando uma comunidade mais
resiliente e coesa. A conciliação e mediação
de conflitos em condomínios representam uma
abordagem eficaz para promover uma
convivência pacífica e efetiva entre os
moradores. Ao incorporar práticas de
resolução de conflitos no cotidiano, é possível
criar um ambiente onde os desentendimentos
são abordados de maneira construtiva,
preservando a harmonia e fortalecendo os
laços comunitários.
A implementação bem-sucedida de
estratégias de conciliação e mediação requer
o comprometimento de toda a comunidade
condominial, desde os moradores até a
administração. Ao investir na criação de uma
cultura que valoriza a resolução pacífica de
conflitos, os condomínios podem se tornar não
apenas lugares para morar, mas verdadeiras
comunidades onde a convivência é pautada
pelo respeito mútuo e pela busca constante
pela harmonia.
pág 21
 UMA
CONVIVÊNCIA
HARMONIOSA
EM
CONDOMÍNIO,
SÃO PARA
TODOS

É um direito de
todos serem
ouvidos e
respeitados,
inclusive em suas
residências
pág22
CONVIVÊNCIA
PASSÍFICA EM
CONDOMÍNIO
viver em condomínio

Viver pacificamente em um condomínio requer

paciência e conhecimento dos direitos e
deveres de cada morador.

Lidar com conflitos em condomínios requer paciência, compreensão e

habilidades de comunicação eficazes. Ao promover uma cultura de
respeito, diálogo aberto e colaboração, é possível resolver conflitos de
forma construtiva e promover uma convivência harmoniosa entre os
moradores. Lembre-se sempre de que a tolerância, o comprometimento
e o respeito mútuo são essenciais para criar um ambiente condominial
onde todos se sintam bem-vindos e valorizados.

Todos devem atentar-se as regras do regimento interno, saber ser

paciente, e flexível com possíveis situações que possam a vir acontecer,
pois independentemente de qualquer situação, utiliza-se os métodos de
resoluções de conflitos e se tenta chegar a uma solução justa e
imparcial ao qual será favorável para ambas as partes, de uma
maneira mais rápida, sem muita dor de cabeça e sem demorar tanto
para se chegar a solução. Deixando bem claro que ambas as partes
deverão estar de acordo com o resultado.

Podemos concluir com o pensamento que quanto mais cooperação

obtiver, melhor será a convivência e menos conflitos surgirão, se cada
um respeitar ao outro e as regras e condições impostas, dificilmente
estarão em alguma situação problemática. Este manual foi
desenvolvido para auxiliar aos condôminos a viverem de maneira
pacífica e tranquila, sem problemas e conflitos que altera todo um
ambiente condominial
 GRUPO DE
ESTUDANTES
DE DIREITO
Alunos estudantes de
Direito da universitária
Estácio de Sá

DE ESTÁ
DA CI
SI O
ER D

DIREITO
V
E
I
UN

SÁ

TU
RM 0 24
A DE 2