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PROFISSIONAL:
O GUIA
DEFINITIVO
PAULO CHAVES
SÍNDICO
PROFISSIONAL:
O GUIA
DEFINITIVO
Este guia contém informações compiladas e
organizadas sobre como são as ações, dia a dia,
trabalho, legislação e todas as atividades que
envolvem a carreira de síndico profissional. Tais
informações são frutos de minha experiência e
conceitos formados, bem como amparadas na
legislação vigente. Embora acredite que todo o
método abordado tenha a mais alta efetividade,
não podemos nos responsabilizar por eventuais
omissões que porventura não venham a se
adequar particularmente às suas necessidades,
sendo necessário ajustar este guia de acordo
com sua situação e necessidade no momento.
DIREITOS
AUTORAIS:
Todos os direitos sobre este livro são
reservados. Não é permitido a
cópia/reprodução de todo ou parte de
seu conteúdo, ficando o infrator sujeito
às penalidades da legislação.
SOBRE O
AUTOR:
Graduado em Comunicação Social, Jornalismo, pós em Marketing e Síndico
por vocação, atuando nesta área há mais de 10 anos.
Paulo Chaves.
SUMÁRIO
01 Síndico Morador x Síndico Profissional.................... 06
02 Papel do Síndico no Condomínio............................. 12
03 Regra de Ouro do Síndico Profissional......................18
04 Mercado: Quanto Ganha o Síndico Profissional........20
05 Condôminos – Relacionamento e Empatia............... 23
06 Legislação................................................................. 27
07 Assembleias.............................................................. 33
08 Gestão do Condomínio............................................. 37
09 Multas........................................................................ 41
10 Inadimplência............................................................ 43
11 Principais Conflitos................................................... 45
12 Corpo Diretivo.......................................................... 50
13 Funcionários: CLT ou Terceirizados?....................... 52
14 Evolução Constante do Síndico............................... 54
15 Administradora: Parceiro Fundamental.................... 56
01
SÍNDICO
MORADOR X
SÍNDICO
PROFISSIONAL
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Introdução: o que é o síndico?
Síndico é a pessoa eleita por membros de um condomínio cujo qual irá zelar
pelos interesses de todos.
O síndico pode ser morador, profissional ou não, ou pode ser um terceiro que
não necessariamente seja proprietário ou resida no condomínio.
Esperamos que este material lhe seja de grande ajuda nessa sua jornada.
Sintetizamos muito conhecimento aqui e priorizamos as coisas práticas, que
realmente farão diferença para você, no dia a dia de seu trabalho.
Abraços,
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Diferenças entre sindico profissional e síndico morador:
A tarefa de sindico não é nada fácil e existem diferenças entre o profissional e o morador
que podem ser cruciais para o bom funcionamento do condomínio.
O Síndico Profissional ocupa o cargo como um executivo. Dificilmente ele trabalhará para
algum condomínio sem o respaldo de uma administradora de condomínios.
Diferentemente do síndico morador, o sindico profissional não faz outra coisa na vida.
Apenas trabalha para as edificações e se aprimora, ele investe em sua capacitação.
DINHEIRO:
O sindico profissional jamais toca no dinheiro do edifício. Não recebe nem paga. Apenas
autoriza pagamentos que são feitos pela administradora.
Esta atitude deixa a gestão muito mais transparente e confiável. Deixe a administradora
receber, pagar e gerar os balancetes. Muito mais tranquilidade, agilidade e autoridade em
seu trabalho.
O resultado muitas vezes se traduz em atrasos de contas, gestão mal feita, balancetes
errados e, em vários casos, até mesmo apropriação indevida de recursos.
ORÇAMENTOS E MELHORIAS:
Por ser um profissional dedicado, ele consegue gerar orçamentos muito mais precisos e
de acordo com a realidade de cada condomínio, bem como contratar e gerenciar de perto
o trabalho e entrega dos serviços e bens contratados.
O Sindico Morador tem que dividir o seu tempo para estas tarefas e normalmente não
terá a mesma eficiência, seja no momento de realizar os orçamentos seja no momento de
acompanhar as execuções ou entregas.
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RELACIONAMENTO E APLICAÇÃO DAS REGRAS:
Mais um ponto para o sindico profissional: ele é neutro e tomará uma decisão
imparcial imediatamente.
O sindico morador pode ter dificuldade com isso por questões de amizade ou
até inimizade, gerando desconforto e desconfiança por parte dos moradores,
bem como promovendo uma cultura de não seguimento das diretrizes.
Por outro lado, é também mais simples para os próprios moradores também
cobrarem os deveres do síndico onde a recíproca é verdadeira. Muitas vezes
os próprios moradores têm dificuldades de fiscalizar o trabalho do síndico pelas
mesmas questões abordadas acima.
Sindico profissional age rápido, traz economia, não deixa seu patrimônio
desvalorizar (valorizar é meio difícil), não lida com dinheiro, não paga, não
recebe nem fica de “blábláblá” com ninguém.
MANUTENÇÕES:
O síndico morador tem mais uma vez que dividir seu tempo em busca destes
profissionais e normalmente tem dificuldades para acompanhar as execuções,
gerando muitas vezes retrabalhos, atrasos e até prejuízos.
ASSEMBLÉIAS:
O sindico profissional não fica convocando assembleias para tudo. Ele faz o
que tem que fazer, verificando sempre preço e qualidade. Assembleias são
convocadas para questões urgentes ou que envolvam valores de maior monta.
SEGURANÇA:
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Mais algumas diferenças sintetizadas:
SÍNDICO MORADOR:
SÍNDICO PROFISSIONAL:
Estas informações se tornam muito valiosos para você, Síndico Profissional, que
quer demonstrar a seus futuros clientes as vantagens em contratar seus serviços e
a você, Morador, que deseja implantar o modelo de terceirização do síndico em
seu condomínio.
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02
PAPEL DO
SÍNDICO NO
CONDOMÍNIO
12
Muito se diz sobre o que o síndico deve, pode, não deve ou não pode fazer. Quais são
suas responsabilidades e atribuições.
Buscamos na LEGISLAÇÃO estas respostas para você. Qualquer coisa fora do que está
no Código Civil deve ser descartada.
Segue abaixo as atribuições dos síndicos na forma da Lei, em seu Artigo 1348:
13
São também atribuições dos síndicos aquelas determinadas por regras ou
normas internas, tais como:
14
O QUE FAZER AO ASSUMIR:
Separamos aqui, de forma direta, alguns itens que devem ser observados e
avaliados quando assumir um novo condomínio ou mesmo o seu próprio, no caso
de síndico morador.
Bombeiros (AVCB);
estão em dia;
junto à prefeitura;
comuns;
mais imediatos;
- Verificar situação de piscinas, quadras, espaços gourmet e demais
áreas comuns.
15
O QUE FAZER AO ASSUMIR:
16
O QUE FAZER AO ASSUMIR:
CONSIDERAÇÕES:
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03
REGRA DE
OURO DO
SÍNDICO
PROFISSIONAL
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Apesar de já termos mencionado acima, resolvemos dar ênfase à este assunto pois isso fará toda
a diferença para você, que quer seguir carreira e ser reconhecido por seus clientes.
Isto posto, compete a nós, síndicos profissionais honestos, mudar este cenário na prática.
Ao propor seus serviços a um novo condomínio, a primeira coisa que deve deixar claro: NÃO
TOCO EM DINHEIRO DO CONDOMÍNIO.
Colocando tais serviços nas mãos de Administradoras sérias, você como síndico pode focar no
que realmente importa para os condôminos e deixar o trabalho mecânico e burocrático para as
Administradoras.
Portanto, Síndico Profissional obrigatoriamente, para desenvolver bem suas funções, precisa do
respaldo de uma BOA Administradora de Condomínios.
- Pagamento de contas;
- Administração de pessoal;
- Recebimento de contas;
- Emissão de boletos;
- Conciliação bancária;
- Prestação de contas;
- Cobrança de inadimplentes;
- Administração de benefícios;
- Obrigações fiscais e tributárias;
- Serviços de despachante;
- Balancetes.
Por isso é tão importante esta parceria, pois você concentra suas energias nas melhorias e
atenção aos seus condôminos, se tornando um profissional muito mais dedicado e reconhecido.
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04
MERCADO:
QUANTO GANHA O
SÍNDICO
PROFISSIONAL
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Em um condomínio normalmente o Síndico Morador possui uma remuneração e/ou isenção da
taxa de condomínio, isso varia muito e cada convenção tem a sua norma.
No caso dos Síndicos Profissionais a forma de remuneração já é bem diferente e pode ser muito
diversa. Como não existe uma tabela com piso de remuneração, deve-se levar em consideração
os itens de um condomínio que irão impactar no tempo que você terá para se dedicar ao trabalho
em cada cliente.
Existem várias maneiras de cobrar pelos serviços de síndico profissional mas listamos algumas
mais utilizadas no mercado para você:
TAXA PRÉ-DEFINIDA:
Muitos síndicos tem uma taxa pré-definida, criando “pacotes” de planos de pagamento.
Este é um tipo de cobrança mais abstrato e é muito utilizado por síndico mais experientes, que já
possuem um bom tempo no mercado e estão mais segmentados. Não costuma ser uma prática
para Síndicos iniciantes.
A cobrança é realizada por um valor fixo por unidades. Normalmente este valor gira em tono de
R$ 25,00 a R$ 40,00 por apartamento.
Deve-se levar em conta que, condomínios com muitas unidades, podem gerar um valor muito
discrepante de remuneração nesta modalidade.
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COBRANÇA POR ITENS DE LAZER:
Por exemplo, piscinas e saunas requerem muita atenção, cuidado e manutenção, o que irão se
traduzir em maior parcela de ocupação de suas horas de trabalho e visitas locais.
O ideal é definir um valor médio de horas que isso levará de seu tempo.
Ex.: calcular 1 hora por semana para cada item de lazer. Definir o seu valor de hora de trabalho
com base em seus custos e quanto quer ganhar (teremos mais adiante uma tabela de formação
de preços de horas).
É a maneira mais utilizada hoje em dia. Normalmente estipula-se um valor de x salários mínimos
com base no número de unidades, áreas comuns, necessidade de obras, inadimplência, etc..
Ex.: o valor de mercado para um edifício padrão, de 40 unidades, com salão de festas, sem
piscina, gira em torno de dois a três salários mínimos o que, nos dias atuais, seria algo por volta
de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00.
Com isso cada vez mais comum síndico com ganhos superiores a R$ 30.000,00 por mês! Pode
pesquisar, você vai encontrar muita coisa sobre estas remunerações pela internet.
CONTRATO:
Fundamental mesmo é definir um bom contrato, claro e bem construído. Para isso sugerimos
fortemente a busca de um parceiro jurídico.
Cada contrato em cada condomínio pode ser negociado e pode incluir itens como:
- Férias do síndico;
- 13º salário;
- Multa rescisória;
- Tempo de trabalho;
- Visitas semanais;
CONCORRENTES:
É muito importante conhecer os concorrentes de sua região e ver o que estão oferecendo e como
estão trabalhando.
A sugestão é solicitar visitas e propostas de concorrentes para que você possa analisar a postura,
o tipo de proposta, valores, benefícios, e tudo o mais que pode te fazer crescer e melhorar.
Analisar os pontos fortes e fracos de seus concorrentes pode definir o seu negócio.
De posse destas informações, procure sempre fazer melhor que os concorrentes, agregando
benefícios que os diferenciarão dos demais sem, é claro, afetar sua qualidade e remuneração.
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05
CONDÔMINOS:
RELACIONAMENTO
E EMPATIA
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CONSTRUIR CONFIANÇA:
Construir uma boa relação de confiança é algo fundamental para seu bom exercício como síndico.
Para isso é importante ter sempre em mãos documentos relativos às atividades do condomínio
para demonstrar sempre que necessário, de forma organizada e sucinta.
GESTÃO COMPARTILHADA:
POSICIONAMENTO:
Situações adversas serão muito comuns por parte de moradores naturalmente opositores,
implicantes e muitas vezes antissociais. Manter uma postura equilibrada é uma das chaves de
sucesso e confiança.
Alimentar discussões, boatos e revidar provocações apenas denigre sua imagem e passa a
sensação de instabilidade emocional. Não leve estas questões para o lado pessoal pois, lidar com
pessoas é muito complicado, cada ser é um universo com suas dores, seus desejos, seus medos
e suas glórias.
Mostre-se sempre firme e austero a este tipo de situação, mostrando que tais atitudes não podem
ter vida em sua gestão. Quando em situação vexatória ou de embaraço possuir uma forma mais
grave, o ideal é procurar a autoridade policial e registar boletim de ocorrência para posteriormente
acionar a Justiça para reparos de danos morais, por exemplo.
Estas atitudes lhe credenciarão a ter autoridade sobre sua gestão e ficará bem claro a todos que
você não está a passeio e muito menos para intrigas.
Dica importante: mesmo que tenha um condômino que “não vai com a sua cara”, lembre-se de
que ele também é um condômino e deve receber toda a atenção e serviços como qualquer outro.
Não misture nunca assuntos pessoais com os profissionais. Esta separação é um grande sinal de
maturidade e profissionalismo.
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MORADORES ANTISSOCIAIS:
Acontece que em muitos casos alguns moradores extrapolam o limite do bom senso, da
convivência e do respeito, chegando a ficar antissociais.
Comportamentos como som em alto volume, festas rotineiras, barulhos propositais dentro dos
apartamentos, agressões verbais, etc.., podem configurar um morador como antissocial.
Tais ações podem fazer com que o morador perca o direito de posse do bem. Isso mesmo! Um
proprietário pode ser expulso de seu condomínio por comportamento antissocial!
Existem meios legais em que o morador antissocial perca o direito de posse da unidade, sem
perder o direito de propriedade, ou seja, ele não poderia usufruir de seu apartamento, morando
nele mas não perderia o bem e poderia alugar, vender ou emprestar.
Para isso seria necessário que ¾ dos condôminos votassem a favor do ensejo.
Queremos mostrar que para tudo existe uma maneira legal e correta para chegar às soluções,
sem se envolver pessoalmente ou de maneira destemperada em situações adversas.
CONSTRUINDO EMPATIA:
A primeira impressão nem sempre é a que fica mas, considere, que em muitas situações pode ser
a única.
A empatia é criada logo nos primeiros contatos. Mostre-se sempre um a pessoa aberta e,
principalmente: ESCUTE MAIS DO QUE FALE.
As pessoas tendem a se simpatizar mais com outras pessoas que as escutam. O ser humano
naturalmente tem a necessidade de ser ouvido portanto, se você olha diretamente a seus
interlocutores, com atenção e os escuta, até o final da conclusão do que querem dizer, você tende
a ser mais empático.
Procure não interromper as pessoas enquanto elas estiverem falando e muito menos tentar
adivinhar o que elas vão dizer no meio de sua frase. Ações como esta tendem a lhe mostrar como
uma pessoa que não está interessada no que a outra quer dizer e isso gera ANTIPATIA.
SEJA UM LIDER
Um bom líder antes de tudo, serve aos liderados. Promova interações entre os condôminos e
corpo diretivo; Conheça o perfil de cada um e, se possível, limitações e potencialidades; Essencial
ter o “jogo de cintura” para sair de situações adversas, sendo o mais político possível. Tenha
cuidado para que uns não se sintam mais privilegiados do que outros.
Lembre-se: cada pessoa é um universo e tem necessidades e potencialidades diferentes das suas
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AÇÕES PARA CRIAR EMPATIA:
Seja curioso:
Para ser altamente empático é fundamental desafiar seus preconceitos. Costumo dizer que o ideal
é formar o “pós conceito”. Não caia em conversas de condôminos que lhe “informem” sobre
outros, principalmente coisas do tipo: “Olha, cuidado com a fulana do 202, ela é muito chata”.
Conforme mencionamos anteriormente: escutar mais do que falar. Entenda seus condôminos,
ouça suas dores, suas questões, escute abertamente, assim eles sentirão que você está
realmente presente.
Tente compreender o estado emocional e as necessidades de seu interlocutor. Isso vai trará
segurança a você e à pessoa, no momento em que for sua vez de se colocar.
Tolerância:
A tolerância social provém da empatia com os adversários. Escute-os, mesmo que não concorde
com eles. Analise sua opinião, mesmo que não concorde. Se tiver abertura para externar, opine
também de forma gentil.
Caso as ideias, opiniões e costumes não lhes forem pertinentes, apenas ignore-as e siga a sua
vida. No mínimo você ouviu com atenção e, mesmo que o interlocutor seja um adversário ou
opositor, ele te terá respeito.
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06
LEGISLAÇÃO,
NORMAS E
DIREITO
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INTRODUÇÃO ÀS LEGILAÇÕES E NOMAS DO DIREITO CONDOMINIAL
Neste capítulo traremos a você disposições do Código Civil sobre condomínios, de forma a lhe
nortear para eventuais ações.
Obviamente é apenas um norte, uma informação para que você, síndico, tenha o mínimo de
respaldo para tratar com seus condôminos.
Questões jurídicas devem sempre ser tratadas por advogados especializados. Não queremos aqui
orientar ações e muito menos dirimir um trabalho jurídico. Nossa intenção é apenas compilar o
conjunto de leis que está disponível no Código Civil e facilitar o trabalho do síndico a ter ciência
dos mesmos.
Um dos princípios de excelência do Síndico está em seguir a lei. Nada mais do que isso. Está na
lei, faça. Não está na lei, não faça.
Abaixa a íntegra do Código Civil Brasileiro com as disposições sobre condomínios separadas por
tópicos de modo a facilitar sua pesquisa. Este capítulo será muito eficiente para dirimir dúvidas
entre você, síndico, e os condôminos, sobre qualquer assunto do condomínio.
DEFINIÇÃO DE CONDOMÍNIO:
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são
propriedade comum dos condôminos.
REGISTRO DE CONDOMÍNIO
Art. 1.332. Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no
Cartório de Registro de Imóveis, devendo constar daquele ato, além do disposto em lei especial:
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CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO
Art. 1.333. A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de,
no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os titulares de
direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou detenção. Parágrafo
único. Para ser oponível contra terceiros, a convenção do condomínio deverá ser registrada no
Cartório de Registro de Imóveis.
Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no Art. 1.332 e das que os interessados houverem por
bem estipular, a convenção determinará:
I - a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender
às despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio;
II - sua forma de administração;
III - a competência das assembleias, forma de sua convocação e quórum exigido para as
deliberações;
IV - as sanções a que estão sujeitos os condôminos, ou possuidores;
V - o regimento interno. § 1o A convenção poderá ser feita por escritura pública ou por
instrumento particular. § 2o São equiparados aos proprietários, para os fins deste artigo, salvo
disposição em contrário, os promitentes compradores e os cessionários de direitos relativos às
unidades autônomas.
DIREITOS DO CONDÔMINO
DEVERES DO CONDÔMINO
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MULTAS, INFRAÇÕES, INADIMPLÊNCIA
Art. 1337. O condômino, ou possuidor, que não cumpre reiteradamente com os seus deveres
perante o condomínio poderá, por deliberação de três quartos dos condôminos restantes, ser
constrangido a pagar multa correspondente até ao quíntuplo do valor atribuído à contribuição para
as despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a reiteração, independentemente
das perdas e danos que se apurem.
Parágrafo único. O condômino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento antissocial,
gerar incompatibilidade de convivência com os demais condôminos ou possuidores, poderá ser
constrangido a pagar multa correspondente ao décuplo do valor atribuído à contribuição para as
despesas condominiais, até ulterior deliberação da assembleia.
VAGAS
Art. 1.338. Resolvendo o condômino alugar área no abrigo para veículos, preferir-se-á, em
condições iguais, qualquer dos condôminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores.
ÁREAS COMUNS
Art. 1.339. Os direitos de cada condômino às partes comuns são inseparáveis de sua propriedade
exclusiva; são também inseparáveis das frações ideais correspondentes as unidades imobiliárias,
com as suas partes acessórias.
OBRAS EM CONDOMÍNIOS
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Art. 1.342. A realização de obras, em partes comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes
facilitar ou aumentar a utilização, depende da aprovação de dois terços dos votos dos
condôminos, não sendo permitidas construções, nas partes comuns, suscetíveis de prejudicar a
utilização, por qualquer dos condôminos, das partes próprias, ou comuns.
Art. 1.343. A construção de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro edifício, destinado a
conter novas unidades imobiliárias, depende da aprovação da unanimidade dos condôminos.
DÍVIDAS
SEGURO
Art. 1.346. É obrigatório o seguro de toda a edificação contra o risco de incêndio ou destruição,
total ou parcial.
ELEIÇÃO SINDICO
Art. 1.347. A assembleia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar o
condomínio, por prazo não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se.
FUNÇÕES DO SINDICO
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DESTITUIÇÃO DO SÍNDICO
ASSEMBLÉIAS
Art. 1.350. Convocará o síndico, anualmente, reunião da assembleia dos condôminos, na forma
prevista na convenção, a fim de aprovar o orçamento das despesas, as contribuições dos
condôminos e a prestação de contas, e eventualmente eleger lhe o substituto e alterar o
regimento interno.
Art. 1.351. Depende da aprovação de 2/3 (dois terços) dos votos dos condôminos a alteração da
convenção; a mudança da destinação do edifício, ou da unidade imobiliária, depende da
aprovação pela unanimidade dos condôminos. (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)
Art. 1.352. Salvo quando exigido quórum especial, as deliberações da assembleia serão tomadas,
em primeira convocação, por maioria de votos dos condôminos presentes que representem pelo
menos metade das frações ideais.
Parágrafo único. Os votos serão proporcionais às frações ideais no solo e nas outras partes
comuns pertencentes a cada condômino, salvo disposição diversa da convenção de constituição
do condomínio.
Art. 1.353. Em segunda convocação, a assembleia poderá deliberar por maioria dos votos dos
presentes, salvo quando exigido quórum especial.
Art. 1.354. A assembleia não poderá deliberar se todos os condôminos não forem convocados
para a reunião.
Art. 1.355. assembleias extraordinárias poderão ser convocadas pelo síndico ou por um quarto
dos condôminos.
Art. 1.356. Poderá haver no condomínio um conselho fiscal, composto de três membros, eleitos
pela assembleia, por prazo não superior a dois anos, ao qual compete dar parecer sobre as
contas do síndico.
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07
ASSEMBLEIAS
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REUNIÃO DE CONDOMINIO.... DOR DE CABEÇA?
Conduzir uma reunião de condomínio pode ser mais simples do que você pensa, se tiver uma boa
organização e objetividade.
Contudo pode ser igualmente complexa e desagradável, caso não consiga fluir os temos
pertinentes.
Infelizmente muitos moradores deixam para destilar suas insatisfações para reuniões de
condomínio, com temas muitas vezes alheios aos tópicos abordados.
Por isso daremos algumas dicas de como chamar e conduzir bem as assembleias.
CONVOCANDO:
Para convocar uma assembleia, o síndico deve emitir uma notificação em local público, no quadro
de avisos, elevadores e por e-mail.
A administradora pode te ajudar nisso. Envie uma solicitação e eles tratarão de comunicar a
todos.
Deve estar explícito que tratarão APENAS dos assuntos das pautas. Novas demandas levantadas
durante a reunião devem ser assunto para outra assembleia.
Além da pauta da reunião envie também, sempre que possível, materiais sobre o que será tratado
para que os condôminos possam já estar munidos e chegarem mais preparados. Assim eles terão
também uma sensação maior de participação e organização.
A responsabilidade pela condução da assembleia é do síndico. Contudo ele pode contar com
apoio de moradores nomeando um PRESIDENTE e um SECRETÁRIO de mesa.
O PRESIDENTE ira conduzir os moradores e cuidar para que a reunião se mantenha focada na
Pauta.
O presidente deve sempre lembrar a todos sobre o assunto inicial e tentar coibir temas fora da
questão.
Ele também deve registrar falas e assuntos relevantes que estejam relacionados à pauta da
reunião.
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CONDUZINDO UMA ASSEMBLEIA:
Frequentemente acontece de alguns moradores mais exaltados partirem para agressões verbais e
até às vias de fato.
É muito importante o síndico e o presidente perceberem tais situações antes de que elas tomem
proporções maiores e já tentar com bastante conversa, não “dar corda” para os esquentadinhos.
Sempre trazê-los para dentro da pauta em questão e colocar o bem comum como prioridade.
Por isso, ao perceber acusações pessoais e outras situações, procure fazer com que os
envolvidos participem da solução. Peça a eles, no momento do calor, uma sugestão do que cada
um acha que deveria ser feito. Anote tudo e informe que irá tratar disso com urgência.
TIPOS DE ASSEMBLEIAS:
Assembleis podem ser convocadas para os mais variados fins. Porém existem algumas que são
padrão e até obrigatórias por lei.
ELEIÇÃO: assembleia que visa eleger o síndico, subsíndico e/ou corpo diretivo. A eleição é feita
por votação verbal e normalmente não dura mais do que 10 minutos.
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PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA: depois de eleito o síndico pode convocar uma reunião para
apresentar a previsão orçamentária. Hoje em dia as administradoras já enviam por e-mail a todos
os condôminos e muitas vezes nem é necessário. Contudo pode ser uma boa prática para gerar
transparência e principalmente aprovação forma do corpo diretivo.
EXTRAORDINÁRIAS:
Podem ser convocadas a qualquer momento pelo síndico ou mesmo por ¼ dos moradores para
tratar de assuntos diversos e de interesse comunitário.
Dicas:
Podem aparecer aqueles moradores que sempre questionam tudo. Questionam coisas já votadas
e aprovadas, questionam coisas fora do foco, questionam, questionam e questionam mas muitas
vezes não participam das decisões em assembleias.
Para estes, sempre que levantarem objeções, se dirija aos outros moradores e faça uma votação
para entender se devem ou não tratar deste assunto em outra pauta.
Esta é uma boa ferramenta para você utilizar. Sempre que um assunto te apertar e principalmente
não for uma questão da maioria, mas sim questões pessoais, jogue em votação para os
moradores. A comunidade decidindo ficará muito melhor para todos.
É importante que os moradores não fiquem sem um retorno, sem uma resposta sua sobre suas
demandas.
O presidente da mesa é o responsável, entre outras coisas, pela ordem da reunião. Caso a
tranquilidade e a ordem sejam perturbados, o presidente pode encerrar os trabalhos e agendar
outra assembleia.
Após a reunião a ATA deve estar redigida e pronta para ser homologada em cartório. A
administradora pode fazer isso para você.
Fique atento que cada convenção trata o prazo máximo para envio da ATA aos moradores, não
estoure este prazo.
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08
GESTÃO DO
CONDOMÍNIO
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PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA:
Uma das obrigações de todo o síndico é apresentar a Previsão Orçamentária para o ano
subsequente ao seu mandato.
A boa notícia: a administradora de condomínios fará isso por você numa boa!
Entretanto, a obrigação de cobrar a previsão é sua. Bem como auditar, conferir e fazê-la se
cumprir quando autorizada pelos moradores.
Com base na previsão, o síndico irá controlar se as despesas e receitas estão sendo
acompanhadas e dentro da média.
O síndico deve apresentar ao conselho fiscal a previsão orçamentária no início e no fim de cada
ano;
Através da previsão de receitas e despesas é que o síndico terá condições de determinar qual o
valor do condomínio;
A previsão orçamentária deve ser aprovada pelos moradores em assembleia para este fim e a
aprovação deve ser registrada em ATA.
O CAIXA do condomínio é onde fica disponível o dinheiro para pagar as contas e receber as
receias.
Fluxo de Caixa é a movimentação financeira do caixa ou seja, é quando você saberá que tem
saldo em caixa, as datas de recebimento e as datas de pagamento das contas.
Entender o fluxo de caixa, ou seja, entender quando entram as despesas e quando entram as
receitas, permitirá negociar datas de pagamentos de despesas com fornecedores para APÓS o
recebimento das receitas, evitando que o saldo das contas fique negativo gerando custos de juros
bancários e outras taxas indesejadas.
Quem vai planejar o fluxo de caixa para você? Isso mesmo, a ADMINISTRADORA!
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BALANCETE:
A ADMINISTRADORA vai cuidar do balancete e das divulgações do mesmo. Seja por e-mail ou
no próprio boleto dos moradores.
O balancete vai informar aos moradores tudo que foi pago e tudo que foi recebido pelo
condomínio e eles terão a chance de acompanhar de perto toda a gestão das contas, gerando
confiança e credibilidade para o síndico.
Apesar de a administradora pagar e receber tudo, o síndico continua sendo o responsável legal
pelas contas do condomínio.
Portanto, fique em cima da administradora e confira tudo certinho para não ter problemas.
FUNDO DE RESERVA:
Sua função é manter um saldo para questões emergenciais, não previstas no Orçamento do
condomínio para um determinado período.
A ideia é garantir que o condomínio tenha condições financeiras de arcar com gastos imprevistos.
Obs.: o inquilino NÃO PAGA fundo de reserva. Este fundo é despesa obrigatória de proprietários.
Mais um detalhe: a Administradora vai te ajudar a mensurar o melhor valor para o fundo de
reserva, de acordo com as necessidades de cada condomínio.
É muito comum termos mais de um tipo de fundo de reserva, separados para finalidades
diferentes:
Fundo de reserva;
Fundo de obras;
Fundo de emergências;
Fundo de melhorias;
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COMPRAS, COTAÇÕES E SERVIÇOS:
Ela que vai realizar as cotações de produtos e serviços que o síndico indicar necessários ao
condomínio.
Você síndico, não precisará ficar mais ligando, visitando lojas, pegando orçamentos para
determinar os menores preços e condições.
Valores de maior monta, devem ser autorizados pelo conselho fiscal e moradores em assembleia.
Valores para manutenções de emergência não necessitam de aprovação mas devem ser
apresentados posteriormente ao conselho para prestação de contas.
DICA ESPECIAL:
Sempre conte com a administradora para realizar compras, cotações e demais itens de
suprimentos ao condomínio.
O síndico tem seu pró-labore e deve seguir com ele. A administradora compra e paga e o bom
síndico fica isento de problemas.
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MULTAS
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MULTAS E OUTRAS PENALIDADES:
Qualquer morador que infringir qualquer regra estipulada no Regimento Interno ou Convenção do
condomínio estará sujeito a multas e outras penalidades previstas também as própria Convenção
e Regimento Interno.
Contudo, é sempre importante iniciar pelo diálogo. Tente primeiramente conversar com o infrator e
às vezes enviar uma notificação simples;
Neste diálogo ou notificação, alerte sobre as regras e principalmente ao incômodo que foi gerado.
Dê uma nova cópia do Regimento ao infrator e frise bem com ele que as regras são para a boa
convivência e harmonia do condomínio e que reincidências não poderão ser toleradas.
Registre sempre os fatos ocorridos e envie à administradora, que irá lançar no livro de ocorrências
do edifício. Assim, estas ocorrências poderão servir como base de prova para situações
recorrentes posteriores.
Em caso de reincidência, o valor da multa pode ser dobrado e pode chegar ao valor máximo de 5
vezes o preço da taxa de condomínio.
É muito importante ter provas das infrações. Peça aos reclamantes que formalizem as
reclamações manuscritas de preferência, que utilizem gravações em áudio ou vídeo, fotos e
coletar maior número de testemunhos.
Com estas provas, fica cada vez mais difícil uma multa ser contestada e, caso o infrator se recuse
a pagar, a multa pode ser protestada em cartório e até ajuizada legalmente.
- Excesso de barulho;
- Ocupação irregular de vagas de garagem;
- Deixar portas externas abertas;
- Animais de estimação fora das áreas específicas;
- Sujeira de animais e outras deixadas em áreas comuns;
- Desrespeito a funcionários do edifício;
- Danos ao patrimônio e qualquer outra razão prevista na Convenção.
A multa é uma ferramenta muito eficaz para que o síndico possa coibir problemas de convivência
no condomínio;
É fundamental o síndico ter um bom conhecimento da Convenção para tomar atitudes corretas e
rápidas.
O bom senso é importante para aplicação de multas, porém o bem comum é soberano.
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INADIMPLÊNCIA
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QUANDO PODE SER CONSIDERADO INADIMPLENTE?
A partir deste dia, a taxa já está sujeita a multas e juros e também poderá ser protestada de
acordo com o que estiver estipulado em convenção. Na falta desta, de acordo com o Código Civil.
O inadimplente perde o direito de votar em assembleias, além de ter que arcar com as custas
judiciais caso a taxa de condomínio seja cobrada em juízo.
A justiça pode inclusive solicitar a penhora dos bens do inadimplente para que cubra o valor
devido.
A sanção máxima pode ser inclusive a penhora do imóvel. Pode ser determinado o leilão do
mesmo para cobrir os débitos com o condomínio.
O inadimplente não pode ser exposto publicamente da dívida com seu nome no quadro de avisos
por exemplo.
Envios de avisos de vencimento por e-mail ou SMS. Administradoras podem fazer isso.
Não permitir inadimplências altas, acima de 60 dias. Acionar a administradora para realizar
cobrança extrajudicial a partir do 30º dia de atraso.
Solicitar algum tipo de acordo com o inadimplente e que o mesmo o cumpra corretamente.
Não havendo acordo, iniciar procedimentos de ação judicial. Solicitar ao departamento jurídico da
administradora para entrar com ação na justiça solicitando os recebimentos.
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PRINCIPAIS
CONFLITOS
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Cano, Carro, Cachorro e Criança: os 4 “C” de todo condomínio
Por isso o síndico é fundamental para deixar bem claro a todos onde se inicia e onde terminam os
direitos de todos. Bem como de seus deveres.
Bom senso na convivência é sempre o ideal. O direito de um termina onde começa o direito do
outro.
Paciência, educação, gentileza e delicadeza são regras básicas para se viver em harmonia.
Quase todo tipo de irregularidade está previsto nas convenções. Quando alguma específica não
possuir, vale o que está no Código Civil.
- Buzinas;
- Excesso de velocidade.
O Condomínio deve ter regras claras para o uso da garagem ou estacionamento e suas
responsabilidades e estas regras devem estar explícitas a todos, seja em placas ou comunicados.
Limite de velocidade, tamanho das vagas, responsabilidades por avarias, quem pode usar, dentre
outros itens, devem estar claros no regimento interno ou convenção e todos deve ter uma cópia.
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Cano, Carro, Cachorro e Criança: os 4 “C” de todo condomínio
Muitas vezes os problemas persistirão. A solução é sempre pelo diálogo. Procure o morador
infrator e converse com ele, numa boa, apontando os problemas.
Persistindo as irregularidades, inicia-se a aplicação de multas (por isso que as regras devem estar
bem claras no regimento e bem divulgadas).
Caso o infrator ainda não pague as multas, realizar a cobrança judicial com protesto do título,
gerando negativação do nome do infrator, caso permitido pelo Novo Código Civil Brasileiro.
A maior questão com cachorros é o barulho. Em condomínios aparecerem animais de raças muito
barulhentas por natureza.
Oura questão que passa mais pela falta de bom senso: quem ama cachorros pensa que TODOS
devem amá-los também... O que está longe de ser verdade
Sendo assim, os deixam soltos nas áreas comuns e invariavelmente acabam deixando fezes ou
urina nestes espaços que são de todos.
Outra questão é com relação à segurança: temor por um ataque por estar solto, sem guia.
Mais uma vez, esta questão também passar por definição e divulgação maciça das regras.
Barulho;
Uso das áreas comuns;
Higiene das áreas comuns;
Elevadores;
Uso de guias;
Locais de circulação
Responsabilidades em caso de ataques do animal bem como contra o animal;
Demais situações pertinentes de cada local.
Lembrando que o Condomínio não pode proibir a permanência destes animais e nem definir as
raças permitidas na edificação.
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Cano, Carro, Cachorro e Criança: os 4 “C” de todo condomínio
CACHORROS – SOLUÇÕES:
Se porventura o animal continuar incomodando por barulho, higiene, segurança ou de forma que
quebre as regras do condomínio, pode-se aplicar advertências e multas ao condômino.
Dependendo do nível do problema, pode ser ordenado que o animal seja removido do condomínio
sim.
Talvez uma das questões mais delicada dos condomínios. Crianças são tudo de bom e parecem
ter uma energia inesgotável! Tudo e qualquer coisa pode virar brincadeira.
A partir daí podem surgir problemas entre moradores, principalmente para aqueles que não têm
filhos.
Mais uma vez a solução passa pela definição, divulgação e cumprimento das regras.
Muito cuidado: nunca sugira punições aos pequenos. Afinal estão sendo apenas crianças. Os pais
devem tratar disso com eles.
Diálogo sempre. Vá com calma e sutileza. O mais importante é o você, síndico, proporcionar um
ambiente de SEGURANÇA para as crianças.
Qualquer transgressão recorrente de regras, formalize junto aos reclamantes um documento para
a administradora. A mesma irá cuidar da geração e cobrança de advertências e multas aos
infratores.
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Cano, Carro, Cachorro e Criança: os 4 “C” de todo condomínio
Vazamentos são uma tremenda dor de cabeça para todos! Quando um vazamento atinge
moradores então, aí tudo vira uma complicação maior ainda.
Problemas de encanamento são muitas vezes confusos e pode-se levar bastante tempo para um
técnico chegar a um diagnóstico.
O seu foco será: minimizar os transtornos e tentar descobrir de onde vem o problema.
Normalmente, estes problemas vem de duas fontes: encanamento geral do condomínio (vertical)
ou em unidade específica (horizontal).
Sendo um problema do condomínio (vertical), TODOS os moradores DEVEM arcar com os custos
de reparo. Ou seja, o condomínio paga.
O sindico pode tomar a frente e resolver tudo se o morador nada fizer. O condomínio paga e
depois lança no boleto de taxa condominial seguinte.
Tudo deve ser informado ao morador com advertências e avisos. Carta com AR ou pessoalmente
com duas ou mais testemunhas.
O sindico deve ter à sua disposição todas as cópias das plantas para intervir rapidamente e com
mais precisão.
O ideal é que cada morador tenha cópias das plantas, o que não acontece na maioria das vezes.
Considerações:
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CORPO
DIRETIVO
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O QUE É CORPO DIRETIVO EM UM CONDOMÍNIO:
Subsíndico:
O papel do subsíndico é atuar apenas na ausência do síndico. Nesta, ele tem todas as obrigações
do síndico titular.
Sua função deve estar discriminada na convenção do condomínio, pois o Código Civil não trata
desta função.
Conselho fiscal:
O condomínio pode eleger por assembleia um conselho fiscal cuja a função será de conferir e
auditar a gestão do síndico.
O conselho pode ser obrigatório ou não, a depender da convenção do condomínio. Nela estará
disposto a formação do conselho, o prazo de mandato e a função de cada integrante.
É interessante o síndico delegar e demandar tarefas aos membros do conselho para apoiá-lo em
sua gestão, dividindo assim a carga dos trabalhos e obrigações rotineiras.
Este tipo de atitude ajuda e muito no ambiente colaborativo e proporciona mais harmonia, respeito
e transparência a todos.
Responsabilidades:
O conselho fiscal orienta a aprovação ou não das contas para que a assembleia homologue.
Eles irão te auxiliar muito na maioria das vezes. Eles darão a sensação de segurança que os
moradores precisam e que é extremamente benéfica a você, síndico profissional ou não.
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FUNCIONÁRIO:
CLT OU
TERCEIRIZADO
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É MELHOR A CONTRATAÇÃO DIRETA OU A TERCEIRIZAÇÃO?
Posso dizer que em 95% das vezes a terceirização te trará maiores benefícios como síndico
profissional.
Mas cuidado: o condomínio é corresponsável. Por isso escolha bem a empresa de terceirização
de mão de obra e cobre SEMPRE os comprovantes de pagamento de impostos e Certidões
Negativas de Débitos com INSS e Receita Federal.
Outra praticidade de uma empresa terceirizada é o fato de poder utilizar de vários outros serviços
sob demanda, tudo com a mesma empresa, sem precisar fazer cotações e orçamentos.
São eles:
- Jardinagem;
- Segurança;
- Portaria;
- Limpeza de caixas d´água;
- Limpeza de caixas de gordura;
- Zeladoria;
Para o síndico profissional, uma boa empresa de Terceirização de Mão de Obra é um parceiro de
grande valor.
O único porém é que o valor final pago pelos funcionários pode sair mais caro. Contudo é preciso
analisar o todo, o custo x benefício. Nesta análise a terceirização é muito mais vantajosa, sem
sombra de dúvidas!
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EVOLUÇÃO DO
SÍNDICO
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EVOLUÇÃO CONSTANTE DO SÍNDICO
Os condomínios se tornaram opção de moradia de boa parte das pessoas no Brasil e no mundo,
especialmente em centros urbanos. Com isso veio um grande desafio exigindo o estabelecimento
de deveres e regras de convivência para manter a boa harmonia nesta comunidade.
O síndico, como agente principal deste mercado, precisa se atualizar cada vez mais para ter
condições de gerir, aplicar as regras e manter estas boas relações em condomínios.
São diversas as maneiras como o síndico pode se manter atualizado. A principal delas é através
de cursos e oficinas.
Existem empresas sérias no mercado que fornecem a formação adequada através de cursos
online e presenciais. É muito importante pesquisar a autoridade e a idoneidade dos cursos e dos
professores.
Nestas feiras você terá acesso a serviços e novas técnicas de gestão. A cada ano muita coisa
muda. Então procure as feiras e palestras em sua cidade ou mesmo em outras e participe de
todas que puder, pelo menos uma vez por ano.
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ADMINISTRADORA:
PARCEIRO
FUNDAMENTAL
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O síndico é figura fundamental em qualquer condomínio. No entanto, sua função não se limita
apenas a zelar pela estrutura da edificação. A administração exige uma série de atributos e
responsabilidades muitas vezes alheias ao conhecimento do próprio síndico.
A administradora é que entende bem do assunto e certamente é a melhor solução para auxiliar a
gestão do síndico.
Com uma administradora, o síndico consegue trabalhar de forma muito mais transparente e com
muito mais tranquilidade.
A administradora faz toda a parte burocrática para você. Ela fará os balancetes, registros de atas,
aplicação de multas, cobrança de taxas de condomínio, renovação de seguros, compra de
produtos e serviços, tudo isso com critérios e profissionais especializados.
Possuem também equipe técnica especializada para manutenções dos condomínios. Elas
possuem cadastro de fornecedores de serviços elétricos, hidráulicos, de elevadores, limpeza,
seguros e todo o staff necessário para o bom funcionamento da edificação.
Contratar uma administradora de condomínio sem sombra de dúvidas é a melhor solução para
simplificar e tornar a rotina do síndico mais fácil.
Por isso é fundamental contar com uma empresa profissional e capacitada para atender em todos
os quesitos técnicos, legais e administrativos.
Busque na internet por empresas que possuam boa reputação. Veja em sites como
ReclameAqui.com. Consulte processos judiciais contra as possíveis empresas que você está
cotando. Peça referências de pelo menos 5 clientes.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Primeiramente quero agradecer pela confiança e estamos à disposição para tirar dúvidas e ajudar
na sua gestão.
A intenção deste livro é ajudar e transferir o conhecimento para que o mercado fique cada vez
melhor.
Este e-book traz o básico de maneira estruturada e te garanto: já trás mais informações do que
muito curso pago por aí!
contato@eusindicoprofissional.com.br
Abraços,
Paulo Chaves
Síndico Profissional
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