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João Vitor Viana - Jornalista

Tema: É possível exercer a sustentabilidade onde moramos?


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Nunca se ouviu falar tanto em sustentabilidade como nos últimos tempos. O curioso é
perceber que mesmo com o acesso cada vez mais facilitado às informações, o nível de
apropriação das práticas e ações sustentáveis em nosso dia a dia ainda é muito baixo.

Existe uma frase muito utilizada quando se fala em sustentabilidade que é a seguinte:
“Pensar globalmente, agir localmente”. Trocando em miúdos, e de maneira mais
simples, podemos dizer que significa que cada um tem que fazer sua parte.

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Sustentabilidade além do que se fala
Muitas vezes, ao escutarmos a palavra sustentabilidade, alguns padrões de imagem
surgem em nossa mente: animais? plantas? resíduos? reciclagem? Se você se
identificou com alguma das opções, não se preocupe: você não está errado! No
entanto, para que realmente, possamos ser agentes transformadores, nos valendo de
condutas sustentáveis, é necessário entender que este conceito tem uma aplicação
muito mais ampla, do que costumeiramente entendemos.
Durante muito tempo, fomos sugestionados a pensar que sustentabilidade seria coisa
para o governo, para empresas, afinal de contas, essas “coisas de recursos e escassez”
passam longe da minha rotina. Certo? Errado.
A contribuição individual é tão significativa e gera um efeito dominó quando pensamos
em todos aqueles que estão em nossa esfera de contato. Se eu atuo no mundo, o meu
limite de contribuição deve começar pelos espaços que frequento...minha casa, meu
condomínio, meu trabalho. O seu agir no mundo influência uma serie de pessoas que
vai desde de amigos a vizinhos, passando pelos familiares, conhecidos, clientes, enfim,
toda a nossa rede de relacionamento.
A sua casa é seu primeiro contato com o mundo, é o espaço onde, primeiramente,
nossos comportamentos deveriam ser repensados. Poderia aqui listar 5, 10, 15 coisas
que deixam o lugar onde moramos mais sustentável, mas o primeiro movimento deve
ser o interno: o meu pensamento se expressa no mundo por minhas ações!
Quando pensamos em sustentabilidade como uma forma mais próspera de se
relacionar com o mundo fica mais palpável vivenciá-la em mais aspectos do nosso
cotidiano.
Para vivenciar a sustentabilidade de fato e nos entendermos como parte deste cenário
a primeira coisa a que devemos nos atentar é ao nosso mindset, o nosso modelo
mental, isto é, a nossa mentalidade. Enquanto nos colocarmos como credores, e não
como sujeitos atuantes, que devem ser comprometer com o bem-estar coletivo, a
sustentabilidade não passará de um clichê, modinha.
Reciclar o seu lixo é importante, mas repensar o seu consumo é ainda maior, faz mais
sentido. Cooperação é algo comum em seu dia a dia? Afinal de contas, pouco vale
conservar jardins, plantar árvores e lutar pelo direito dos animais se meu senso de
colaboração é fraquíssimo. Como você se relaciona com a sua vizinhança? Como você
utiliza os espaços públicos? E o trânsito? O quanto contribui para que ele se torne
ainda mais conflituoso? Você respeita as diferenças?
A nossa civilidade deve ser indicador da nossa postura sustentável. Devemos ter
consciência que a nossa ação (positiva ou negativa) impacta o mundo, mundo este que
se amplia à medida que me educo para a vida.

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