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MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
GRUPO DE COMBATE
1ª Edição
2022
EB70-CI-11.440
EB70-CI-11.440
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
GRUPO DE COMBATE
1ª Edição
2022
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CAPÍTULO II - A ESQUADRA
2.1 Generalidades....................................................................................... 2-1
2.2 Cabo Comandante de Esquadra........................................................... 2-1
2.3 O soldado esclarecedor......................................................................... 2-2
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2.4 O granadeiro......................................................................................... 2-5
2.5 O atirador de lança-rojão...................................................................... 2-6
2.6 O soldado atirador da metralhadora leve da Esquadra......................... 2-6
2.7 O Atirador de precisão do GC............................................................... 2-7
2.8 Formações............................................................................................ 2-9
ANEXOS:
1.1 FINALIDADES
1.1.1 Este Caderno de Instrução (CI) aborda os princípios doutrinários do Grupo
de Combate (GC), missão, características, possibilidades, limitações, emprego,
capacidades, organização e maneabilidade.
1.1.2 O GC é a menor fração de combate da F Ter, pois possui a capacidade
mínima de manter o fogo, o movimento e o combate aproximado.
1.1.3 O GC integra vários Pelotões de Infantaria e Cavalaria, apresentando for-
mação similar, exceto nos GC Mec e Bld que possuem em sua organização a
adição de uma guarnição da viatura blindada e no GC de Selva, que terá o acrés-
cimo de um soldado padioleiro.
1.1.4 Desse modo, o GC é normalmente dotado de um efetivo de nove homens
para manter as capacidades de liderança (comando e controle), habilidade para
atirar e manobrar com suas esquadras, letalidade e resiliência.
1.1.5 A capacidade de comando e controle é facilitada pela iniciativa, e a lideran-
ça pelo exemplo do Cmt do GC nas ações de combate.
1.1.6 A capacidade para atirar e manobrar é decorrência do emprego das es-
quadras mantendo o apoio mútuo, a flexibilidade e a capacidade para manter o
fogo e movimento através do regime de tiro proporcionado pelas Metralhadoras
Leve (Mtr L), uso do Lançador de Granadas 40 mm (Lç Gr 40 mm) e adoção dos
acessórios óticos que aumentam a precisão do GC. O Lç Gr 40 mm acoplável ao
fuzil agregou mais flexibilidade e poder de fogo ao GC, pois o mesmo permite o
emprego de diversos tipos de munição letais e não letais que podem ser também
empregadas para quebrar janelas e explodir dentro de ambientes confinados,
arrombar portas, destruir estruturas de concreto ou contra veículos leves.
1.1.7 A letalidade do GC é decorrente da distribuição de funções com especiali-
dades para realizar tiros de precisão a médias distâncias, tiros com alta cadência
de tiro, tiros contra diversos, tiro de ameaça com o emprego de granadas de
40mm ao uso do L Roj AC e com as formas de obtenção de alvo com o uso dos
óticos e optrônicos do GC. Obtendo assim, uma alta capacidade ofensiva asso-
ciada a uma letalidade seletiva de acordo com a situação e ambiente operacional
devido ao tipo de armamento.
1.1.8 Possui ainda a capacidade de neutralizar ou destruir as armas AC do inimi-
go (posições de mísseis ou foguetes não guiados) ou, ainda, neutralizar elemen-
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tos operando/implantando Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI), garan-
tindo assim a continuidade do movimento das colunas e formações blindadas/
mecanizadas.
1.1.9 O conceito de resiliência do GC está ligado à capacidade de se manter
operacional mesmo com a perda de parte do efetivo e está diretamente relacio-
nada à letalidade.
1.1.10 Entretanto, dependendo da natureza das distintas unidades de Infantaria
e Cavalaria do Exército Brasileiro, os GC têm a sua missão condicionada pela
missão das próprias unidades a que pertençam, por exemplo: tropas Motoriza-
das, Leves, Paraquedistas, Aeromóveis, de Selva, Pantanal, de Montanha, Me-
canizadas, Blindadas etc.
1.1.11 Alguns dos fundamentos de combate são comuns entre as tropas de In-
fantaria e Cavalaria, sendo complementados com outros manuais, por exemplo:
MANUAL REFERÊNCIA
Operações EB20-MF 10.103
O Pelotão de Fuzileiros Mecanizado e sua maneabilidade EB70-CI-11.412
O Pelotão de Fuzileiro em área edificada EB70-CI-11.408
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1.3.2 O desempenho dessa fração depende de que os comandantes, em todos
os níveis, compreendam a situação, tomem decisões e combatam o inimigo para
cumprir a missão.
1.3.3 O combate aproximando ofensivo tem como objetivo tomar o terreno e
destruir o adversário.
1.3.4 O combate aproximando defensivo, por sua vez, nega uma área ao inimigo
e protege as forças amigas para as operações futuras.
1.3.5 Ambas formas constituem os tipos mais difíceis.
PRINCÍPIOS
Manobra tática Sempre buscar uma combinação do fogo eficaz com o movimento hábil.
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1.4.4.1 Manobra Tática
- É a maneira pela qual os grupos de combate aplicam o poder de combate. A
definição mais básica é a aplicação do fogo e movimento, sendo essa a principal
tática quando em combate aproximado, pois o fogo sem movimento não é deci-
sivo e o movimento sem o fogo é potencialmente desastroso.
1.4.4.2 Vantagem
- Deve se buscar todas as oportunidades para ganhar e manter uma vantagem
sobre o inimigo. No combate aproximando deve forçar ao inimigo a entrar em
situações insolúveis para derrotá-lo ou destruí-lo.
1.4.4.3 Combinação
- A combinação entre a aplicação do poder de combate, o emprego do fogo
disponível e a manobra tática permitirão explorar os pontos fracos do inimigo. A
compreensão de como realizar a combinação eficaz e eficiente valoriza a com-
petência tática. Sendo assim, os comandantes deverão conhecer as caracterís-
ticas das armas e munições utilizadas, ao empregar o efeito do fogo desejado,
bem como entender as capacidades e limitações de sua fração e das unidades
nas quais atua.
1.4.4.4 Tomada de Decisão Tática
1.4.4.4.1 É a capacidade de tomar decisões durante todas as fases do processo
operativo (planejar, preparar, executar e avaliar). Nesse contexto os comandan-
tes de GC exercitam o comando e controle para serem eficazes e eficientes
no cumprimento de sua missão. Onde a eficácia implica em realizar avaliações
precisas e decidir de forma oportuna para combater o inimigo. O controle com-
plementa o comando usando os meios mais eficientes disponíveis.
1.4.4.4.2 Os principais conceitos da tomada de decisão tática são decorrentes
do trabalho de comando de subunidades e escalões inferiores, das ações duran-
te o contato e do gerenciamento de riscos.
1.4.4.5 Liderança Individual
- Nas pequenas frações a Liderança Individual é composta de três conceitos
fundamentais:
a) a LIDERANÇA PELO EXEMPLO é expressa de forma simples ao ser a refe-
rência para os subordinados;
b) a AUTORIDADE é expressa na forma de agir; e
c) a MISSÃO PELA FINALIDADE é o entendimento do que se deve ser feito e
por que deve ser feito, cabendo “o como” ser feito ao subordinado.
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1.4.4.6 Poder de Combate
- A capacidade de gerar e aplicar o poder de combate é uma vantagem significa-
tiva para os GC. Essa vantagem é resultante do adestramento de seus integran-
tes, da organização das esquadras e dos GC.
1.4.4.7 Situação
- Deve-se ter o entendimento que cada situação de combate é única. Os co-
mandantes devem avaliar a situação com precisão e tomar a decisão sobre o
emprego correto e oportuno de sua fração. O ambiente operacional, a aplicação
dos princípios da guerra e o estado final desejado culminam com o combate
aproximando das pequenas frações. Os comandantes dessas frações devem
entender o propósito da missão e como as ações e decisões podem afetar o
resultado das operações.
1.4.5 A surpresa significa pegar o inimigo despreparado. Os comandantes em-
pregam continuamente medidas para impedir que o inimigo os surpreenda. Os
comandantes devem estar preocupados com a segurança.
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1.5.2.1 Inteligência
a) Conjunto de atividades, tarefas e sistemas inter-relacionados empregados
para assegurar a compreensão sobre o ambiente operacional, as ameaças, os
oponentes, o terreno e as Considerações Civis.
b) Inclui as tarefas associadas às atividades de Inteligência, Vigilância, Reco-
nhecimento e Aquisição de Alvos (IRVA).
1.5.2.2 Movimento e Manobra
a) Conjunto de atividades, tarefas e sistemas inter-relacionados, empregados
para deslocar forças, de modo a posicioná-las em situação de vantagem em re-
lação às ameaças. Conjunto de atividades, tarefas e sistemas inter-relacionados
que permitem o emprego coletivo e coordenado de fogos cinéticos, orgânicos da
Força ou conjuntos, integrados pelos processos de planejamento e coordenação
de fogos. Incluem tarefas associadas a sincronização dos efeitos desses tipos
de fogos com as outras funções de combate, com a finalidade de atingir os obje-
tivos operacionais e táticos
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1.6 CARACTERÍSTICAS DO COMBATE APROXIMADO
1.6.1 O combate aproximado é caracterizado pelo perigo, esforço físico e psico-
lógico, incerteza e acaso. Para combater desta forma é necessário ter coragem,
resistência física e mental, estamina e flexibilidade.
1.6.2 A coragem é a qualidade para enfrentar e superar o inimigo. É a virtude que
permite ao militar, através do raciocínio e autodisciplina, sobrepujar o medo e
combater o inimigo. Perigos reais ou potenciais são um aspecto sempre presen-
te no campo de batalha. A coragem física é necessária para lidar com os perigos
de combate. A coragem física é resultante do condicionamento mental que vem
de um adestramento exigente e motivos como orgulho pessoal, entusiasmo e
patriotismo. Já a coragem moral é a necessária para enfrentar as responsabili-
dades e fazer o que é necessário e correto.
1.6.3 Resistência física e mental são as aptidões necessárias para combater o
esforço físico e psicológico. A resistência física permite suportar as dificuldades
e executar as atividades mais extenuantes. A resistência mental permite a com-
preensão da natureza do combate e cumprir as ações na perspectiva correta.
1.6.4 Estamina mental é a aptidão para compreender a incerteza do combate,
fornecendo a capacidade de avaliar a situação e tomar decisões a partir dessa
compreensão.
1.6.5 A flexibilidade é uma capacidade necessária diante das incertezas do com-
bate aproximado, devendo ser trabalhada para que as pequenas frações se tor-
nem flexíveis, resolutas e capazes de continuar na ação apesar das incertezas
e do caos do combate.
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ções utilizam seus próprios procedimentos operacionais e julgam para determi-
nar o que é apropriado com base nos fatores da decisão.
1.7.5 Tática pode ser definida como a arte de dispor, movimentar e empregar as
frações em presença do inimigo ou durante o combate.
1.7.6 Técnicas são os métodos gerais ou detalhados empregados para execu-
tar as missões e funções designadas, especificamente os métodos de uso de
equipamento e pessoal. Também são os métodos empregados para executar as
ações táticas, descrevendo uma trilha a ser seguida e não um trilho fixo.
1.7.7 Procedimentos são os métodos padrão utilizados para executar e realizar
uma tarefa ou parte de uma tarefa. Por exemplo, o emprego correto de informes
operacionais para solicitar um apoio ou evacuação médica.
1.7.8 Termos e símbolos – o conhecimento dos termos e símbolos empregados
facilita o nível de comunicação entre os diversos escalões bem como o entendi-
mento comum.
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nados se sintam livres para relatar o que veem em cada situação.
1.9.2 A busca da consciência situacional é uma atribuição que reflete na ação de
todos os soldados nas atividades de coleta de inteligência entendendo seu papel
como coletor de informes de combate.
1.9.3 Uma forma eficiente de enraizar isso nas pequenas frações é a distribuição
dos EEI aos subordinados antes de cada missão ou questionar os mesmos du-
rante as inspeções pré-combate, ou ainda, com os debriefings e relatórios após
cada atividade.
1.9.4 Os fuzileiros devem observar ativamente os detalhes da área de operações
relatando aos comandantes aspectos observados relacionados aos EEI. Tam-
bém devem ser competentes em reportar experiências, percepção e julgamento
de forma concisa e clara. A fim de facilitar isso, os comandantes devem criar um
clima que permita a todos os soldados sentirem-se confortáveis para reportar
tudo o que viram e aconteceu durante as ações.
1.9.5 Todos os comandantes devem maximizar a capacidade dos soldados para
a inteligência de combate fazendo entender o papel que desempenham como
elementos de inteligência.
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efeito desejado.
1.10.5 Para aplicação da liderança tática existem três princípios fundamentais
que são a liderança pelo exemplo, a autoridade e a missão pela finalidade.
1.10.6 A liderança pelo exemplo é a constante busca ser um exemplo, saber o
que é preciso e fazer o necessário para ser um líder de sua fração. Ela decorre
do conhecimento, habilidades, atitudes, valores e experiência.
1.10.7 A autoridade é o poder delegado aos comandantes. Inclui a responsa-
bilidade sobre sua fração. Todos os comandantes em todos os níveis exercem
autoridade enquanto tomam decisões para cumprir a missão e liderar seus su-
bordinados.
1.10.7.1 Os comandantes das pequenas frações também desenvolvem a auto-
ridade pessoal que deriva de seus valores, atributos, personalidade, experiên-
cia, reputação, caráter, exemplo pessoal e acima de tudo competência técnica
e tática. Essa autoridade surge durante as missões e da confiança gerada no
decorrer as ações, sendo muitas vezes mais poderosa que a autoridade legal.
1.10.7.2 Os Comandantes possuem três responsabilidades principais. Eles são
responsáveis por realizar todas as missões atribuídas, pela saúde, bem-estar,
moral e disciplina de seus soldados e por manter e empregar os recursos de sua
força. Na maioria das vezes, essas responsabilidades não entram em conflito.
No entanto, a responsabilidade do comandante pela realização da missão pode
entrar em conflito com suas responsabilidades para com o soldado. Em um con-
flito irreconciliável entre os dois, incluindo o bem-estar do próprio comandante, o
cumprimento da missão deve vir em primeiro lugar. No entanto, os comandantes
devem entender que a perda excessiva de soldados e recursos pode inibir seve-
ramente sua capacidade de cumprir sua missão.
1.10.7.3 Os comandantes são responsáveis por suas próprias decisões e pelas
ações, realizações e fracassos de seus subordinados.
1.10.7.4 Os comandantes delegam autoridade para permitir que subordinados
cumpram suas obrigações e, quando necessário, decidam e ajam em nome de
seu comandante. Embora os líderes possam delegar autoridade, eles não po-
dem delegar responsabilidade pelo resultado das ações de seus subordinados.
Os subordinados são responsáveis perante seus comandantes pela maneira
como usam sua autoridade delegada.
1.10.7.5 Quando os Comandantes delegam autoridade, garantem que os su-
bordinados entendam os limites de sua autoridade ou sua liberdade de ação. A
liberdade de ação de um comandante inclui sua capacidade e responsabilidade
de tomar decisões sem a aprovação do superior. Iniciativa disciplinada de su-
bordinados só pode ocorrer quando a liberdade de ação é claramente definida.
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1.11 MISSÃO PELA FINALIDADE
1.11.1 A missão pela finalidade é a forma de conduzir de operações militares por
meio da execução descentralizada, com base nas ordens de operações para a
efetiva realização da missão. A missão pela finalidade bem executada resulta na
ação dos comandantes subordinados em todos os escalões que exercem inicia-
tiva disciplinada dentro da intenção do comandante de cumprir a missão. Requer
um ambiente de confiança e compreensão mútua
1.11.2 Um princípio fundamental da missão pela finalidade é a importância das
pessoas em relação à tecnologia e ao equipamento. Existem muitas variáveis,
obstáculos e oportunidades para os comandantes tentarem controlar tudo. Por-
tanto, a missão pela finalidade requer que os comandantes aprendam a pensar
e não o que pensar.
1.11.3 Ela reconhece que o subordinado é muitas vezes a única pessoa no ponto
de decisão que pode tomar uma decisão informada. Guiado pela intenção do
comandante, a missão e o conceito da operação, o comandante pode tomar a
decisão certa. Um segundo princípio fundamental da missão pela finalidade é
que, com a autoridade da liberdade de ação, a responsabilidade do comandante
subordinado é sempre cumprir sua missão.
1.11.4 Ordens de Operação que permitem aos subordinados a máxima liberdade
de planejamento e ação para realizar missões são uma técnica de liderança efi-
caz no cumprimento das missões. As ordens deixam o “como” realizar a missão
ao subordinado. Essa maneira de pensar enfatiza o domínio do comando em vez
do controle, proporcionando assim a iniciativa, a aceitação do risco e a rápida
tomada de oportunidades no campo de batalha. A missão pela finalidade é sinô-
nimo de liberdade de ação para o comandante executar sua missão da maneira
que preferir, em vez de receber instruções sobre como executá-la.
1.11.5 A execução da missão pela finalidade requer iniciativa, desenvoltura e
imaginação. A iniciativa deve ser disciplinada porque deve emanar de dentro do
conceito da operação, da intenção e propósito do comandante.
1.11.6 A iniciativa disciplinada significa que os subordinados são obrigados a
tomar decisões, coordenar com suas unidades adjacentes e determinar a me-
lhor maneira de realizar suas missões. Isso inclui assumir a responsabilidade de
decidir e iniciar ações independentes quando o conceito de operações não se
aplica mais ou quando uma oportunidade imprevista que leva a alcançar a inten-
ção do comandante se apresenta.
1.11.7 A quantidade de liberdade de ação concedida a seus subordinados é uma
decisão do comandante. Novos subordinados ou um ambiente incerto exigem
mais detalhes e direção, enquanto subordinados experientes, familiarizados com
o perfil da missão, geralmente precisam de menos detalhes e orientações.
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1.11.8 Para integrar e sincronizar todos os seus elementos, os comandantes
precisam fornecer a seus subordinados uma finalidade aninhada ou um foco co-
mum. A iniciativa, levada ao extremo, arrisca-se a uma perigosa perda de contro-
le. Para corrigir esse problema, os comandantes enfatizam aos subordinados a
importância da visualização no campo de batalha, bem como os procedimentos
de controles para realizar tarefas sempre que possível.
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adequada tomada de decisão, a capacidade de avaliar, decidir e liderar de forma
contínua as operações militares, garantindo a lógica subjacente ao processo de
tomada de decisão das ações durante o contato.
1.13.2 ATIVIDADES DE VISUALIZAR, DESCREVER E DIRIGIR
a) Visualizar a operação.
b) Descrever a visualização para os subordinados.
c) Dirigir os subordinados com ordens que tornam a visualização uma realidade.
1.13.3 Uma liderança eficaz no campo de batalha requer que o comandante veja
através da incerteza e do atrito da ação militar e articule claramente a missão.
Visualizar o campo de batalha é uma habilidade conceitual que requer que o
comandante imagine como realizar a missão com base nas informações que
recebe. A visualização requer raciocínio crítico e pensamento criativo. O racio-
cínio crítico ajuda a analisar e compreender a situação. O pensamento criativo
permite que o comandante mescle sua compreensão da situação com táticas,
técnicas, procedimentos além de POP estabelecidos para produzir uma solução
personalizada para seu problema tático.
1.13.4 Durante as operações, uma das principais responsabilidades do coman-
dante é desenvolver a visualização do campo de batalha. Quatro perguntas sim-
ples o ajudam a entender a missão:
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a) a onde devemos ir?
b) onde estamos agora?
c) como chegaremos lá?
d) o quê nos impede de chegar lá?
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- Sua comunicação, através das ordens com termos doutrinários comuns, con-
ceitos e símbolos, ajuda todos a entender o que deve ser feito e como cada
elemento contribui para o esforço.
1.13.7 Comandantes que se comunicam efetivamente normalmente pos-
suem capacidade de se expressar de forma falada, escrita e auditiva, conse-
guem persuadir seus subordinados e expressam pensamentos e ideias nítidas
para indivíduos e grupos.
1.13.8 Emitem ordens para direcionar as ações dos subordinados, que podem
ser orais ou escritas.
1.13.9 A forma de avaliar é através do monitoramento da situação por meio de
relatórios de subordinados e observação pessoal. A informação que eles rece-
bem é então avaliada em relação como a operação ou ação foi visualizada.
1.13.10 Os Comandantes tomam muitas decisões durante a execução. Algumas
estão planejadas e outras são imprevistas.
1.13.11 Mesmo quando as ações estejam progredindo satisfatoriamente, certas
tarefas críticas em andamento devem ser realizadas.
− Concentrar-se na ação decisiva.
− Garantir a segurança.
− Monitorar e ajustar as medidas de controle.
− Executar o controle dos fogos e do movimento.
− Monitorar ações de sustentação e logística.
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d) montagem das linhas de ação e jogo da guerra;
e) decisão.
f) emissão da O Op;
g) fiscalização; e
h) avaliação contínua.
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1.15.5 As ações no contato é uma ferramenta para tomar decisões enquanto sua
unidade está em contato. O processo auxilia na tomada de decisões, concorren-
do com a sua unidade e avaliando a situação.
1.15.6 A lógica de avaliar, decidir e liderar é o core do processo de tomada de
decisões nas ações no contato. À medida que o comandante avalia e desenvol-
ve a situação, ele avalia o que está acontecendo atualmente e sua relação com
o que deveria estar acontecendo.
1.15.7 Durante as operações, os comandantes utilizam as seguintes ações no
contato:
a) desdobrar e Informar;
b) esclarecer a Situação;
c) selecionar uma linha de ação; e
d) Informar o escalão superior.
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apropriadas para o momento e, no mais curto espaço de tempo, alertar o escalão
superior.
1.15.8.4 Enquanto isso ocorre, o comandante tem as seguintes tarefas prin-
cipais:
a) fixar o inimigo;
b) isolar o inimigo;
c) separar as forças inimigas umas das outras alcançando superioridade de fogo;
d) reportar para o escalão superior; e
e) Começar a “lutar” por informações - procurando ativamente e coletando-as.
1.15.8.5 Durante o trabalho de comando, os comandantes desenvolvem uma
visão de como a operação se desdobrará. Parte desse processo envolve antever
onde ele espera que a unidade entre em contato. Isso permite que pensar em
possíveis decisões com antecedência. Se o contato ocorrer conforme o espera-
do, o comandante passará pelo procedimento tomando as decisões conforme o
previsto e realizando pequenos ajustes, conforme necessário.
1.15.8.6 Independentemente de quão completa a visualização, sempre haverá
casos em que a fração faz contato inesperado com o inimigo. Nesse caso, é
essencial que sejam tomadas medidas de forma rápida e decisiva para retomar
a iniciativa.
- Para isso, é utilizado o informe de contato (AZUL 3):
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1.15.9.8 Se, após a avaliação inicial, o comandante ainda não tiver informa-
ções, ele poderá tentar um ou todos os itens a seguir para obter as infor-
mações necessárias:
a) reposicionar um subordinado (s) ou uma fração subordinada;
b) reconhecimento pelo fogo; e
c) solicitar informações de unidades adjacentes ou do escalão superior.
1.15.9.9 Mesmo após a tropa desdobrar e informar, antes mesmo de iniciar
o esclarecimento da situação para selecionar uma LA, o comandante poderá
emitir, ainda, uma Ordem Fragmentária para manobrar inicialmente.
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linha de ação selecionada) de atacar ou simplesmente manter o contato com o
inimigo deve ser tomada com a máxima rapidez possível.
1.15.10.2 Ao escolher uma linha de ação, o Cmt pode tomar uma decisão varian-
te ou de conduta.
1.15.10.3 A decisão (ou linha de ação) de desviar das resistências inimigas será
adotada quando autorizada pelo Esc Sp e deverá prever-se o emprego de ele-
mentos que serão deixados para manter o contato com inimigo, vigiando-o e
informando a sua atitude, até que o escalão superior (Esc Sp) tome suas provi-
dências e libere essa fração.
1.15.10.4 Se o Cmt não tem certeza, o mesmo continua a desenvolver a
situação e busca orientação do superior. Em geral, ele pode tomar as se-
guintes ações:
a) buscar a superioridade de fogos ou atacar;
b) estabelecer uma base de fogos para outra fração;
c) cessar ou interromper o contato;
d) defender; e
e) desbordar a posição do inimigo.
1.15.10.5 A ordem das linhas de ação listados anteriormente é relativa à
eficácia do fogo e à força da posição inimiga
a) Se o inimigo é uma força inferior, a unidade em contato deve ser capaz de
alcançar a superioridade do fogo e ainda ter elementos suficientes para conduzir
o movimento para atacar a força inimiga.
b) Se toda a unidade for necessária para obter e manter a superioridade do fogo,
a próxima L Aç possível é estabelecer uma base de fogo para que outro elemen-
to possa conduzir o movimento para atacar o inimigo.
c) Se a fração não puder alcançar a superioridade do fogo ou se não houver ou-
tro elemento para conduzir uma agressão, a unidade cessa o contato.
d) Se a unidade estiver engajada de forma decisiva e não puder romper o conta-
to, ela estabelecerá uma defesa até que a seja apoiada.
e) Em alguns casos, de acordo com os fatores da decisão, a fração poderá des-
bordar ou ignorar a posição do inimigo.
1.15.11 INFORMAR O ESCALÃO SUPERIOR
1.15.11.1 O Cmt deve transmitir ao Esc Sup os informes adicionais obtidos pelo
reconhecimento e a linha de ação selecionada para o prosseguimento da mis-
são. Devendo aguardar, então, a autorização para executá-la. O Esc Sup deve
estar plenamente informado sobre a situação pelo Cmt.
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1.15.11.2 Após a autorização, o Cmt GC dá a ordem indicando as instruções e
ordens que mudaram da ordem original e enfatiza outros itens que considera
essenciais.
1.15.11.3 Durante essa etapa, o comandante deve direcionar o engajamento.
Existem três aspectos fundamentais que precisam controlados sendo o fogo, o
movimento e propósito da fração. Esses controles podem ser um POP ou medi-
das de coordenação e controle impostas no momento, como ponto de referência
de alvos, linhas de engajamento, setores de tiro entre outros.
1.15.11.4 O GC poderá utilizar o mesmo formato de ordem fragmentária abrevia-
da para informar o escalão superior da situação e da linha de ação a ser adotada.
1.15.11.5 Em resumo as ações no contato serão, por exemplo:
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1.16.4 Riscos Táticos estão relacionados à ação do inimigo. Eles são melhor
identificados, e, consequentemente, controlados com maior eficácia através de
ação da Inteligência. Embora a incerteza e o risco sejam inerentes às ações
em combate, sua detecção e redução são essenciais para o sucesso tático. As
ações em que o inimigo pode utilizar da surpresa contra a nossa tropa são riscos
táticos típicos que devem ser assinalados na montagem das linhas de ação.
Mesmo as decisões de aceitação de certo grau de risco (por exemplo, economia
de meios numa frente onde o inimigo possa atacar ou uso de terreno restritivo
para deslocamento, podendo gerar atrasos) também devem ser medidas, ava-
liadas e controladas.
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1.16.9 A redução dos riscos nem sempre significa em incrementar o conheci-
mento sobre o inimigo. Uma L Aç flexível pode compensar parcialmente uma
carência de informações. Situações pouco claras podem requerer um aumento
da segurança, tamanho e número de unidades de segurança e o tamanho da
reserva.
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período; pelo uso habilidoso do terreno enquanto se movem (embarcadas ou
não); ao desembarcar para aumentar sua proteção; por meios de observação e
vigilância e através de apoio de fogo, de fogo supressivo e de ocultação. Sem-
pre, ao definir a hora e o local da batalha, deve proteger-se, então poderá fazê-lo
com o máximo poder de combate e com o importante elemento surpresa.
1.18.6 LIDERANÇA
- É o elemento mais importante do poder de combate. A liderança militar é um
processo pelo qual o comandante influencia outros a realizarem uma missão.
Os comandantes coordenam seus outros elementos do poder de combate e os
resultados de sua liderança competente e confiante se traduz na ação eficaz
de sua fração. Os líderes devem conhecer sua profissão, seus soldados e suas
ferramentas para o combate. Só os líderes que incorporam o ethos guerreiro
podem inspirar e condizer seus soldados para fazer tarefas difíceis condições
perigosas e estressante.
1.18.7 INFORMAÇÃO
- Reforça a liderança e amplia os efeitos da manobra, dos fogos e da prote-
ção em pontos decisivos. Os comandantes devem de ter acesso e adquirir uma
compreensão da situação tática mais ampla. Isso permite que os comandantes
desenvolvam planos que melhor incorporam os elementos do poder de combate
durante uma ação decisiva. Também permite ao comandante tomar decisões
cruciais, enquanto uma missão está em curso para aumentar a oportunidade
para o sucesso.
1.18.8 Os comandantes em todos os níveis usam muitas ferramentas para de-
senvolver e conduzir operações.
1.18.9 ALÉM DE USAR O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO ELES TAM-
BÉM EMPREGAM QUATRO AÇÕES ESSENCIAIS AO COMBATE:
a) localizar e identificar - a unidade deve encontrar o inimigo e fazer contato;
b) fixar/isolar - fixar o inimigo com fogo direto e indireto;
c) engajar - depois, passam a finalizar o inimigo com fogo e movimento dire-
cionado para um ponto vulnerável, a fim de combater para derrotar, destruir ou
capturar o inimigo; e
d) explorar - por fim, deve seguir com consolidação, reorganização e preparação
para continuar a missão ou receber uma nova missão.
1.18.10 LOCALIZAR E IDENTIFICAR O INIMIGO
- Nos níveis individual, de guarnição, de esquadra, até o pelotão, localizar o
inimigo está diretamente relacionado à aquisição de alvos. Aquisição de alvos
é o processo de procurar o inimigo e detectar sua presença, sua localização
atual e informar, confirmando a identidade do inimigo (não um amigo ou não-
-combatente)
1-29
EB70-CI-11.440
1.18.10.1 O método mais comum de aquisição de alvos é atribuir setores aos
elementos subordinados. Uma vez atribuídos, os soldados usam técnicas de
busca em seus setores para detectar alvos em potencial.
1.18.10.2 Existem muitas formas diferentes para localizar o inimigo:
a) outros elementos (soldados, guarnições, GC etc);
b) observadores avançados;
c) elementos de reconhecimento (exploradores, unidades de reconhecimento);
d) vetores aéreos; e
e) elementos de inteligência e forças especiais.
1.18.10.3 Localizar e identificar o inimigo consiste em encontrá-lo fisicamente
e determinar seu dispositivo, composição, capacidades, provável linha de ação e
vulnerabilidades. Todos esses pontos são importantes no processo de identifica-
ção. O comandante procura esclarecer a situação tanto quanto possível fora do
contato com o inimigo. Uma vez em contato, ele busca a informação que precisa
para tomar decisões.
1.18.10.4 Essa atividade básica compreende as ações destinadas a gerar o
entendimento da situação ou oponente (localizar, descrever e avaliar), criando
condições para que o Cmt Sup possa refinar a sua decisão com base em dados
mais atualizados possíveis.
1.18.10.5 O processo para localizar o inimigo começa muito antes de a unida-
de se mover pela linha de partida ou ocupar sua posição defensiva. Durante o
planejamento, a análise da missão é essencial para desenvolver um esquema
onde o inimigo está localizado, a provável linha de ação e a linha de ação mais
perigosa. Quando há pouca informação sobre o inimigo, uma análise detalhada
do terreno ajudará o líder a prever as ações do inimigo. Durante a preparação, o
comandante realiza o reconhecimento ou solicita de informação ao Esc Sup para
desenvolver o esquema mais completo de manobra do inimigo.
1.18.10.6 Durante a execução, a primeira prioridade da unidade é localizar o
inimigo antes que o inimigo o encontre. Isso envolve empregar boas cobertas
e abrigos, ocultação, camuflagem e simulação. Durante o movimento tático, a
unidade deve ter um plano de busca e observação que cubra toda a área de
influência. Além disso, o comandante toma medidas para detectar inimigos na
zona de ação de sua fração.
1.18.10.7 Uma vez localizado o comandante tem uma decisão a tomar. Na ofen-
siva, deve determinar se ele tem forças suficientes para fixar o inimigo ou se
deve estabelecer uma base de fogos para uma fração maior. Na defesa, deve
determinar se tem forças suficientes para destruir o dispositivo inimigo ou fixar o
inimigo até que seja empregado uma força maior.
1-30
EB70-CI-11.440
1.18.11 ISOLAR/FIXAR
1.18.11.1 Imediatamente depois de encontrar o inimigo, esse tem que ser fixado
no lugar. Fixar o inimigo é manter o mesmo em sua posição. Quando o inimigo
está fixado, o comandante pode manobrar para o ponto vulnerável do inimigo
sem o medo de ser atacado em um flanco exposto ou pelo reforço inimigo.
1.18.11.2 Fixar o inimigo normalmente consiste em uma das seguintes ta-
refas:
a) apoio pelo fogo;
b) ataque pelo fogo;
c) suprimir;
d) destruir; e
e) bloquear.
1.18.11.3 Quando o inimigo está fixado é afetado fisicamente e/ou psicolo-
gicamente. Os meios para realizar a fixação são:
a) letais;
b) não-letais; e
c) combinação deles.
1.18.11.4 A fixação é realizada em conjunto com o isolamento. “Isolar” significa
cortar o adversário das funções necessárias para ser eficaz. O isolamento tem
tanto um aspecto externo de cortar o apoio externo quanto à informação, e um
aspecto interno de cortar o apoio mútuo. Isolar o adversário também inclui impe-
dir qualquer rompimento do contato.
1.18.11.5 O isolamento externo impede que qualquer força inimiga fixada dei-
xe o combate, evitando que qualquer outra força inimiga reforce a força fixada.
Ações fora da área do objetivo impedem que forças inimigas entrem no engaja-
mento. O isolamento interno ocorre pela obtenção da superioridade de fogo que
impedindo o inimigo de se reposicionar e atuar sobre as nossas forças.
1.18.11.6 Isolar o objetivo é um ponto chave para facilitar o assalto e prevenir
danos. Isolar o objetivo também envolve a conquista do terreno dominante, para
que o inimigo não possa suprir, reforçar ou retirar as tropas.
1-31
EB70-CI-11.440
1.18.11.7 O inimigo é fixado quando seu movimento é interrompido, suas armas
são suprimidas e a capacidade de reagir com eficácia é interrompida.
1.18.11.8 Após o inimigo ser fixado, o comandante deve decidir. Na ofensiva,
deve determinar se ele tem forças suficientes para atacar o inimigo ou se ele
precisa solicitar reforço.
1.18.11.9 Na defesa, deve determinar se tem forças suficientes para contra-ata-
car ou se precisa solicitar uma força de contra-ataque.
1.18.12 ENGAJAR
1.18.12.1 Consiste em manobrar forças para realizar uma ação direta sobre o
oponente, de modo a atingir os objetivos da missão ou a comprometer a capaci-
dade operativa de tal forma que a obtenção das condições que caracterizam que
o Estado Final Desejado (EFD) torne-se irreversível.
1.18.12.2 Depois de identificar e fixar/isolar, o comandante engaja o ini-
migo. Na ofensiva, ele realiza o ataque; na defesa, é através da fixação e
do contra-ataque. Engajar o inimigo normalmente consiste em uma das
seguintes tarefas táticas:
a) limpar ou consolidar;
b) capturar; ou
c) destruir.
1.18.12.3 Limpar ou consolidar é missão tática que exige que a tropa remova e
elimine toda resistência inimiga dentro de uma área fixada.
1.18.13.4 Capturar é a missão tática em que uma área deva ser capturada com
a utilização da força.
1.18.13.5 Destruir é uma missão tática que faz com que o inimigo perca o poder
de combate.
1.18.13.6 É importante ter sempre uma ação planejada após finalizar o inimigo
para garantir que sejam explorados o prosseguimento das ações.
1.18.13.7 A falta de poder de combate suficiente no ponto decisivo ou du-
rante a consolidação coloca a fração em risco de contra-ataque. O combate
termina quando o inimigo:
a) não tem mais a capacidade física de lutar (o que significa que ele é destruído);
b) determinou que a destruição física é iminente; e
c) não acredita mais que ele pode resistir (o que significa que ele está em cho-
que).
1-32
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1.18.14 EXPLORAR
- É aproveitar as oportunidades criadas durante a execução das ações, com
vistas a conquistar determinado objetivo ou obter as condições que materializam
o estado final desejado.
1.18.14.1 Explorar oportunidades remete a ações eminentemente físicas, nor-
malmente requerendo a realização do fogo ou da manobra. Se realizadas de
forma oportuna, essas ações proporcionam vantagens imprevistas que podem
redundar, inclusive, no sucesso antecipado da campanha como um todo.
1.18.14.2 Envolve as ações que permitem que as frações passem de um comba-
te aproximado para a continuação da missão. Inclui a consolidação e reorganiza-
ção e a exploração do sucesso. A transição de uma situação de combate aproxi-
mando para um estado de alta prontidão é difícil. As tropas são mais vulneráveis
na conclusão do combate aproximado, e a liderança decisiva é absolutamente
essencial para fazer esta transição. Continuar o ataque ou contra-atacar pode
ser uma fase deliberada da operação (ficar em condições de ...). Também pode
ser uma decisão tomada pelo escalão superior com base em uma oportunidade.
1-33
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g) coronha ergonômica, passível de rebatimento, retração; e
h) alcance útil capaz de causar dano a um combatente, pelo menos, na faixa de
200 a 600 m.
1.19.4 QUANTO AOS FUZIS EM CALIBRE 7,62
- Além do já conhecido Fuzil automático Leve (FAL), e sua versão com coronha
rebatível (Parafal), o IA2 7,62 possui as seguintes características:
a) calibre 7,62 mm;
b) peso 4,5kg;
c) comprimento de 85 cm (com coronha rebatida ou retraída) e de 110 cm (co-
ronha estendida);
e) utiliza dispositivo de mira holográfica;
f) tem carregador com capacidade para 20 cartuchos;
g) possui sistema de funcionamento automático, semiautomático;
h) coronha ergonômica, passível de rebatimento, retração; e
i) alcance útil, capaz de causar dano a um combatente, pelo menos, na faixa de
200 a 600 m.
1.19.5 A faca baioneta é uma arma destinada ao combate corpo a corpo.
1.19.6 A METRALHADORA DE MÃO DO TIPO “PORTÁTIL” E DE EMPREGO
INDIVIDUAL POSSUI AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS
a) calibre 9 mm Parabellum;
b) peso 3,1 kg;
c) comprimento de 45 cm (com coronha rebatida ou retraída) e de 75 cm (coro-
nha estendida);
d) utiliza dispositivo de mira holográfica;
e) tem carregador com capacidade para 30 cartuchos;
f) possui seletor de tiro ambidestro, com opção para os regimes de tiro semiauto-
mática, automático e automático com rajadas limitadas a 2 ou 3 tiros;
g) coronha ergonômica, passível de rebatimento, retração e alcance útil, capaz
de causar dano a um combatente, pelo menos a 50 m; e
h) é empregada nas Gu da Viaturas Blindadas.
1.19.7 A PISTOLA DE COMBATE DE PORTE E DE EMPREGO INDIVIDUAL
POSSUI AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS
a) calibre 9 mm Parabellum;
b) peso 1,3 kg; comprimento de 22 cm;
1-34
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c) tem carregador com capacidade para 15 cartuchos e alcance útil;
d) capaz de causar dano a um combatente, pelo menos a 50 m; e
f) é empregada para a defesa individual e ações em ambientes confinados.
1.19.8 GRANADAS
1.19.8.1 A Granada de mão é uma munição empregada como armamento contra
pessoal, particularmente as guarnições de armas que estejam protegidas dos
tiros de fuzil e aquém do alcance mínimo das granadas de bocal ou de lança
granadas. Podem ser ofensivas e defensivas.
1.19.8.2 A granada de bocal é uma munição empregada como armamento contra
viaturas blindadas, espaldões, edifícios e pessoal, tem um alcance maior que as
granadas de mão, podendo ser Antipessoal (AP) e Anticarro (AC).
1-36
EB70-CI-11.440
e casamatas. O Lança Rojão é um armamento anticarro, sem recuo, portátil, de
emprego coletivo que pode ser usado contra Vtr Leves, Vtr blindadas, constru-
ções e casamatas.
b) O Lç Rj é carregado por um soldado da esquadra, existindo 2 (dois) por GC.
O alcance útil, na faixa dos 300 m, tendo o alcance máximo em 2100 m. Lem-
brando também que é um tipo de armamento “descartável”, pois só é capaz de
executar um único disparo, tornando-se inservível após sua realização.
c) Possui as seguintes características:
1) calibre 84 mm;
2) pesa cerca de 6,8 kg, o peso da granada é de 1,8 kg;
3) comprimento de 1,0 m;
4) alcance útil de 300 m; e
5) penetra cerca de 400 mm em blindagens.
Fig 9 - Lç RJ AC
1-37
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- Os princípios que orientam o emprego das armas combinadas são os efeitos
complementares e o reforço de efeitos. Eles são separados e distintos, mas es-
tão presentes na maioria das situações.
1.21.3 Os comandantes geram efeitos complementares quando organizam jun-
tos elementos com características diferentes.
1.21.3.1 Efeitos complementares permitem que os comandantes protejam as
vulnerabilidades das forças amigas ou aumentem os efeitos no inimigo. Por
exemplo, eles podem combinar os efeitos de suas armas de fogo direto com os
de morteiros ou artilharia para produzir um efeito geral maior do que se cada um
fosse usado separadamente.
1.21.3.2 As combinações são criadas com base na compreensão dos pontos for-
tes e fracos de suas armas, nos diferentes ramos e serviços e nas tarefas táticas.
1-38
EB70-CI-11.440
- Quando o inimigo é fixado, o comandante se beneficia da liberdade de ação.
A segunda reação é simplesmente quando o inimigo toma uma ação. Onde de
acordo com a ação escolhida pelo inimigo podemos explorar essa vantagem.
1.21.5 Adotar uma abordagem de emprego de um tipo de arma pode levar a
resultados malsucedidos. Confiar em um tipo de arma, em um único tipo de
fração ou em uma única função tática, não apresenta ao inimigo um dilema.
Sem o efeito complementar, o inimigo é exposto a um problema que pode ser
resolvido com uma solução provável. Mesmo se aplicado em rápida sucessão
(sequencialmente), o inimigo só precisa escapar do problema em questão. Sem
um segundo ou terceiro estressor para prejudicar sua capacidade de tomar boas
decisões, o inimigo é capaz de reagir e permanecer no combate.
1.21.6 Gerar um reforço de efeito é quando combinam o efeito de capacidades
semelhantes. Um exemplo é um comandante de GC que reforça os efeitos da
Mtr L do GC com o fogo de fuzileiros. Isso é obtido empregando os elementos
de forma simultânea e/ou sincronizada para obter efeitos concentrados em um
único ponto.
a) O emprego simultâneo aumenta os efeitos de um elemento com o de outro.
b) O emprego sincronizado mantém o efeito desejado por mais tempo do que se
apenas um elemento fosse utilizado.
1.21.7 Os comandantes procuram apresentar ao inimigo um dilema. Há muitas
maneiras de fazer isso, incluindo combinações de armas, diferentes tipos de
frações, táticas e terreno.
1.21.8 Na figura a seguir, uma força de infantaria inimiga em movimento entra
em contato com uma força na defesa. Há uma troca de fogos diretos. O contato
com o fogo direto configura um problema para o qual existe uma solução.
1.21.8.1 A reação a esse contato é se cobrir e abrir fogo. Uma vez que a situação
se desenvolve, os efeitos diretos do fogo, por si só, tendem a diminuir à medida
que o inimigo busca cobertura e retorna o fogo direto.
1.21.8.2 Em vez de empregar o fogo direto, a força amiga realiza o fogo indireto.
Isso também representa um problema que pode ser resolvido com uma solução.
A reação ao fogo indireto é sair da zona batida por fogos (raio de explosão indi-
reto do fogo). Mais uma vez, à medida que a situação se desenvolve, os efeitos
indiretos do fogo, por si só, tendem a diminuir à medida que o inimigo da zona
batida por fogos.
1.21.9 Independentemente de quão letais sejam os efeitos do fogo direto ou do
fogo indireto, eles, por si só, apenas apresentam problemas que têm soluções,
pois seus efeitos tendem a diminuir. Suponha que a força amiga faça contato
usando sistemas de fogo direto e indireto. O que o inimigo pode fazer? Ele tem
um dilema - se ele se levanta, ele é engajado pelo fogo direto, mas se ele ficar
1-39
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parado, ele é impactado pelos fogos indiretos.
- O dilema do inimigo resulta dos efeitos complementares do fogo direto e indire-
to. Essa é a essência da guerra de armas combinadas.
1-40
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a) A sincronização desses três elementos cria uma situação complexa para o
inimigo.
b) A técnica de desenvolvimento da área de engajamento é projetada usando
isso como uma base. O desenvolvimento da área de engajamento combina os
efeitos complementares do fogo direto e indireto com os efeitos dos obstáculos
para produzir uma área de engajamento ou “zona de matar” para destruir as
forças inimigas.
1-41
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1-42
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CAPÍTULO II
A ESQUADRA
2.1 GENERALIDADES
2.1.1 A esquadra é organizada para combater em equipe, sendo o menor ele-
mento de combate do pelotão.
2.1.2 A esquadra é composta para ser uma unidade de fogo autônoma. O sol-
dado atirador da metralhadora leve da esquadra fornece uma base de fogos, o
soldado esclarecedor e atirador de precisão realiza fogos precisos em alvos pon-
tuais, o esclarecedor e granadeiro realiza fogos indiretos com uma variedade de
munições e o comandante da esquadra garante o comando e o controle através
da liderança pelo exemplo (faça o que faço).
2-1
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2.2.4 Nas tropas do tipo leve, o cabo comandante de esquadra desempenhará
também a função de granadeiro.
2-3
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Ao atingir a outra margem, o esclarecedor entra em posição para proteger a
passagem dos outros.
2.3.7.2 No caso de perder-se ou cair prisioneiro
a) Manter a calma, verificar a situação, procurar orientar-se com a bússola ou
com um dos processos já vistos.
b) não prestar nenhuma informação, certa ou errada, dar apenas o seu número
de identificação, nome e graduação.
c) sendo um vigia móvel, os princípios de conduta do vigia são aplicáveis para
o esclarecedor.
d) Pode ser um elemento altamente vulnerável à ação do inimigo, o esclarecedor
deve estar adestrado nas técnicas de progressão do terreno e observação.
2.3.7.3 Nos reconhecimentos – Inicialmente fazer um reconhecimento à distân-
cia, de uma posição abrigada, para verificar se o inimigo ocupa o terreno, depois,
se sua missão exigir, executa um reconhecimento mais aproximado, estudando
o terreno intermediário, para escolher o melhor modo de aproximar-se. Deve evi-
tar regiões de casario, povoados e grupos de árvores, a menos que sua missão
determine que se aproxime ou mesmo penetre nesses locais.
2.3.7.4 Casas e construções – O esclarecedor, agindo só, procura acercar-se
de uma casa o mais rápido e silenciosamente possível, de modo que chegue jun-
to a ela antes que os ocupantes percebam. Quando dois ou mais esclarecedores
operam juntos, um ou dois homens aproximam-se da casa enquanto os demais
mantém-se abrigados a certa distância, prontos para abrir fogo, se houver resis-
tência. A casa deve ser abordada pelo lado que não possua aberturas (janelas
ou portas) ou pelo de menor números de abertura. O esclarecedor deverá obser-
var os seguintes procedimentos ao abordar:
a) não tocar em nenhum objeto;
b) precaver-se contra armadilhas;
c) localizar pegadas; e
d) interpretar as pegadas.
2.3.7.5 Povoados – Os povoados ou outras localidades habitadas devem sem-
pre ser evitados, a não ser que a missão exija que o esclarecedor neles penetre,
devendo ter as mesmas precauções de abordagem de casas.
2.3.7.6 Bosques – O modo de aproximar-se de um grupo de árvores é o mesmo
de uma casa. Ao observar um bosque, o esclarecedor pode concluir pela pre-
sença do inimigo pelo movimento, pela fumaça, voo de pássaros ou pela fuga de
animais. A entrada num bosque deve ser feita com muita precaução.
- Quando os esclarecedores trabalham em duplas ou em grupo, um ou dois pe-
2-4
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netram ligeiramente no bosque, fazendo um pequeno reconhecimento apoiados
pelos que estão fora. Logo que verificar a ausência do inimigo na orla do bosque,
faz sinal para que os demais se aproximem e, a seguir, realizarão o reconheci-
mento no bosque, procurando não perderem a ligação entre si.
2.3.7.7 Tropas em movimento – As tropas em movimento podem ser observa-
das das elevações, das orlas dos bosques e outros pontos semelhantes, porém
o esclarecedor deve agir com muita cautela e atenção para não ser capturado
por patrulhas inimigas:
a) abrigar-se imediatamente;
b) ver sem ser visto; e
c) informar a presença e natureza do inimigo.
2.3.7.8 Caso o inimigo esteja a uma distância superior ao alcance útil das
armas, o esclarecedor deve:
a) abrigar-se;
b) localizar o inimigo;
c) informar; e
d) prosseguir.
2.4 O GRANADEIRO
2.4.1 É um soldado esclarecedor dotado com um dispositivo lança-granadas
acoplado ao fuzil para dar o suporte de fogo para a Esq ou o GC. Permitindo
o emprego de diversos tipos de munição, suas granadas podem ser também
empregadas para quebrar janelas e explodir dentro de ambientes fechados, ar-
rombar portas, destruir estruturas de concreto ou viaturas leves.
2.4.2 Realiza fogo indireto em torno de 350 m, de acordo com a possibilidade do
lançador de granadas.
2.4.3 Também recebe um setor de tiro que se sobrepõe aos setores de tiro dos
fuzileiros.
2.4.4 Faz o recobrimento dos ângulos mortos no setor da esquadra, especial-
mente, aqueles que não batidos pelas metralhadoras.
2.4.5 Além das atribuições de esclarecedor, o granadeiro tem como atribuições:
a) empregar o armamento de dotação, sendo capaz de realizar fogos diurnos
e noturnos; e
b) Identificar os diversos tipos de munição, os alcances, a finalidade de emprego
e as distâncias de segurança dos diversos tipos de granadas do lançador.
2-5
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2.5 O ATIRADOR DE LANÇA ROJÃO
2.5.1 É um soldado esclarecedor dotado com um Lç Rj para dar o suporte de
fogo AC ou outros alvos designados pelo Cmt GC.
2.5.2 Nas tropas mecanizadas e blindadas, com a necessidade de ser um bom
atirador e a possibilidade de conduzir o lança rojão embarcado, acumulará a
função com o Atirador de Precisão do GC, sendo que o Atirador da 2ª Esq será
o Atirador de Lç Rj, em prioridade, e o Atirador de Precisão do GC da 1ª Esq, em
2ª prioridade.
2.5.3 O Lç Rj tem seu emprego de acordo com o alcance de utilização.
2.5.4 ALÉM DAS ATRIBUIÇÕES DE ESCLARECEDOR TEM COMO ATRIBUI-
ÇÕES:
a) empregar o Lç Rj de dotação sendo capaz de realizar fogos diurnos e notur-
nos;
b) identificar os diversos tipos de alvo, os alcances, a finalidade de emprego e as
distâncias de segurança para a realização do disparo do Lç Rj;
c) operar e manobrar como fuzileiro, mas tem a responsabilidade adicional de
realizar a defesa AC contra alvos blindados ou outros designados pelos Cmt do
GC; e
d) conhecer as características, possibilidades e limitações das VB inimigas, a fim
de melhorar empregar seu armamento.
2-6
EB70-CI-11.440
e) preparar a posição de tiro e preencher o roteiro de tiro de seu armamento;
f) reportar de forma precisa e concisa tudo o que vê durante uma situação tática;
g) realizar o emprego de curativo e atividades de primeiros-socorros dentro de
seu nível de atuação;
h) ficar em condições de atuar como soldado atirador ou comandante de esqua-
dra; e
i) ter a compreensão da missão dois níveis acima (GC e Pel).
2-7
EB70-CI-11.440
seteiras, aberturas de casamatas, armas automáticas, a curta e média distância.
2.7.10 Também engaja alvos pontuais com prioridade para os comandantes ini-
migos, radioperadores, armas automáticas, armas AC e Lç Foguetes, outros ati-
radores ou conforme determinado pelo seu comandante.
2.7.11 Atua como a primeira linha de medidas ativas contra caçador, pois possui
maior capacidade de identificação de alvos.
2.7.12 Emprega um armamento de uso geral com uma luneta de maior alcance
e recebe o adestramento disponível dentro dos recursos da unidade.
2.7.13 Seu emprego dentro da esquadra aumenta a capacidade de busca de
alvos e consciência situacional permitindo realizar um fogo preciso ou orientar
um fogo de supressão pelo atirador da esquadra.
2.7.14 O equipamento empregado pelo Atirador de Precisão é um fuzil seme-
lhante ao dos fuzileiros, dotada com óticos de maior precisão. A ampliação ótica
da visão e o amplo campo de visão permitem que ele observe, detecte, identi-
fique, alcance e engaje alvos a uma distância maior que os outros elementos
da esquadra. Isso proporciona à esquadra/GC um acréscimo na consciência
situacional e uma maior letalidade seletiva. A utilização dos óticos aumenta a efi-
ciência nos primeiros disparos em alvos a distancias desconhecidas e aumenta
a capacidade de identificação de alvos em baixas condições de visibilidade.
2.7.15 Além do adestramento inerente ao desempenho da função de esclare-
cedor este militar requer um treinamento adicional para o desempenho dessa
função e na operação e manutenção dos óticos. Este treinamento, normalmente,
inclui:
a) técnica de colimação e correção em zero (clicagem) dos equipamentos óticos;
b) técnica de identificação de tropas e alvos;
c) técnica para estimar distância, vento e velocidade aproximada de um alvo
em movimento;
d) posições de tiro alternadas e não padronizadas;
e) tiro em alvos até 600 m;
f) técnica de tiro de combate aproximado;
g) técnica de busca e vasculhamento;
h) técnica de tiro noturno;
i) técnica de tiro em movimento; e
j) técnica de tiro em viaturas.
2.7.16 O atirador de precisão tem seu emprego como integrante do GC. Seja por
realizar fogos de precisão para engajar alvos dentro do maior alcance efetivo de
2-8
EB70-CI-11.440
seu armamento em todos os tipos de operação ou empregando sua letalidade
precisa e seletiva quando necessário.
2.7.17 Seu emprego reduz o risco de fratricídio, danos colaterais e baixas não
combatentes. É empregado de forma mais eficaz em situações nas quais seja
necessário um disparo preciso em relação a um grande volume de fogo.
2.7.18 EMPREGO DO ATDR PRCS GC:
a) em apoio ao GC durante as operações em áreas humanizadas onde existam
combatentes e não combatentes ou as regras de engajamento restrinjam o em-
prego de um maior volume de fogo;
b) engajamento a distância curtas e médias onde seja necessário, imediato ou
crítico um disparo de precisão;
c) situações em que o GC venha a confrontar atiradores inimigos ou irregulares
armados sendo usados como atiradores;
d) distúrbios envolvendo a presença de manifestantes armados misturado a não
combatentes;
e) elemento de cobertura e apoio à segurança na realização dos PBCE, PSE e
checkpoints, entre outros;
f) engajar alvos específicos identificados pelo comando enquadrante;
g) elemento de cobertura durante a aproximação e o assalto de um objetivo;
h) eliminar ameaças inesperadas dentro e nas proximidades do objetivo;
i) cobrir vias de acesso que incidem na posição do GC e escaneando o campo
de batalha procurando sinais do inimigo ou de um contra-ataque;
j) isolando pelo fogo uma área do objetivo;
k) bater obstáculos e outros pontos chaves com fogo de precisão;
l) realizar fogos contra alvos apenas parcialmente expostos ou expostos por cur-
tos períodos; pode fazer fogos em alvos muito pequenos, como seteiras, abertu-
ras de casamatas, armas automáticas, a curta e média distância; e
m) dar continuidade ao apoio de fogo durante o assalto quando por questões
de segurança ou proximidade, os fogos de artilharia, morteiro, lança granadas e
metralhadoras devam ser suspensos ou alongados.
2.8 FORMAÇÕES
2.8.1 As formações da esquadra referem-se às posições relativas dos soldados
durante a maneabilidade.
2.8.2 As formações de combate são compostas por duas variáveis: vista ou
perspectiva lateral, representado pela formação da linha; e profundidade, re-
2-9
EB70-CI-11.440
presentada pela formação da coluna. As vantagens atribuídas a qualquer uma
dessas variáveis são desvantagens para a outra. Os comandantes combinam os
elementos vista lateral e profundidade para determinar a melhor formação para
cada situação.
- Além da linha e coluna, existem outros cinco tipos de formações: em quadrado;
cunha, cunha invertida ou em V; losango ou diamante; e escalão.
2.8.3 Independentemente da formação que a esquadra emprega, cada soldado
deve saber sua localização na formação em relação aos outros integrantes da
esquadra, seu companheiro lateral e seu comandante. Cada soldado cobre um
setor de responsabilidade pela observação e fogo direto enquanto a esquadra
está em movimento.
2.8.4 Para garantir uma proteção integral os comandantes de esquadra devem
estar constantemente conscientes dos setores de sua esquadra e corrigi-los
conforme necessário.
2.8.5 As sete formações podem ser agrupadas em duas categorias: formações
com um elemento de tiro a frente e formações com mais de um elemento de
tiro a frente. As formações com mais de um elemento de tiro, como regra geral,
são melhores para obter superioridade de fogo à frente, mas são mais difíceis
de controlar. Por outro lado, as formações com apenas um elemento de tiro são
mais fáceis de controlar, mas não são tão úteis para alcançar superioridade de
fogo para a frente.
2.8.6 Os comandantes tentam manter a flexibilidade em suas formações deven-
do empregar de forma a reduzir os riscos associados à falta geral de flexibilidade.
2.8.7 DURANTE O COMBATE, OS SEGUINTES FATORES INFLUENCIAM AS
FORMAÇÕES
a) Situação.
b) Ação do inimigo.
c) Terreno.
d) Visibilidade.
e) Velocidade desejada.
f) Flexibilidade.
2.8.8 As distâncias e intervalos entre os homens normalmente é de cerca de 10
passos, porém as formações não são tão rígidas. Mais importante do que as dis-
tâncias ou posições dos homens é a correta utilização do terreno para progredir
e atirar.
2.8.9 O comandante da esquadra ajusta a formação da equipe conforme ne-
cessário enquanto a esquadra está em movimento. A distância entre os homens
2-10
EB70-CI-11.440
será determinada pela missão, pela natureza da ameaça, pela proximidade do
terreno e pela visibilidade. Como regra geral, a dispersão deve ser até o limite
de controle. Isso permite que uma área ampla seja coberta, dificulta a detecção
do movimento da esquadra e torna-os menos vulneráveis a ataques aéreos e
terrestres.
2.8.10 As esquadras raramente agem de forma independente. No entanto, se
assim o fizerem, quando estabelecerem o contato, vão adotar um dispositivo
defensivo para garantir a segurança.
2.8.11 EM LINHA
2-11
EB70-CI-11.440
c) dispersão; e
d) transição para a marcha do papagaio como base de fogo ou elemento do
assalto.
2.8.11.3 Desvantagens:
a) dificuldade de controle aumenta durante visibilidade limitada e em terreno
restritivo ou próximo;
b) difícil de designar um elemento de manobra;
c) flancos vulneráveis;
d) potencialmente lento; e
e) é de difícil controle e restringe a capacidade de manobra.
2.8.12 EM COLUNA
Fig 14 - Em cunha
2-13
EB70-CI-11.440
2.8.13.2 A cunha se desdobra, dependendo do terreno. As esquadras modificam
a cunha de acordo com o terreno, a visibilidade ou outros fatores que dificultam
o controle.
2.8.13.3 O intervalo entre os soldados na formação da cunha é normalmente de
10 m. O intervalo normal é reduzido para que todos os integrantes da esquadra
ainda possam ver o comandante da esquadra e vice-versa.
2.8.13.4 Os soldados ocupam suas posições quando se deslocam em terrenos
menos acidentados, onde o controle é mais fácil.
2.8.13.5 Nessa formação o comandante está na posição de liderança, com seus
homens escalonados à direita (ou à esquerda) e deixados para trás. As posições
podem variar, exceto para o comandante. Essa formação permite que o coman-
dante da esquadra dê o exemplo.
a) Quando ele se move para a direita, seus soldados também devem mover-se
para a direita.
b) Quando ele atira, seus soldados também disparam. Ao usar a técnica de li-
derança, por exemplo, é essencial que todos os soldados mantenham contato
visual com o comandante.
2.8.13.6 Emprego e características:
a) um elemento lidera o movimento, normalmente o comandante da esquadra,
com o restante da esquadra emparelhada ao lado e nos flancos;
b) usado quando a situação é incerta, inimigo é vaga;
c) formação básica da esquadra; e
d) os intervalos entre os homens são de 5 a 10 passos.
2.8.13.7 Vantagens:
a) permite excelente poder de fogo à frente e nos flancos, mesmo em visibilidade
reduzida e em terrenos restritivos;
b) fácil controle e rapidamente pode mudar de formação;
c) assegura observação, controle e capacidade de manobra; e
d) garante velocidade de progressão.
2.8.13.8 Desvantagens:
a) necessidade frequente de fazer a transição para a coluna em terreno restrito; e
b) reduz a velocidade de progressão mais pela busca de informes (vasculha-
mento) do que pela formação.
2-14
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2.8.14 EM CUNHA INVERTIDA OU FORMAÇÃO EM “V”
2-15
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b) reduz a velocidade de progressão pela busca de informes (vasculhamento) do
que pela formação.
2.8.15 EM QUADRADO
Fig 16 - Em quadrado.
2-16
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2.8.15.3 Desvantagens:
a) tem o comando e controle dificultado em situações de visibilidade reduzida ou
em terreno restritivo; e
b) reduz a velocidade de progressão pela busca de informes (vasculhamento) do
que pela formação.
2.8.16 EM LOSANGO OU DIAMANTE
2-17
EB70-CI-11.440
d) permite que o Cmt observe e controle o fogo e a manobra sem se engajar
prematuramente;
e) permite excelente poder de fogo à frente e nos flancos, mesmo em visibilida-
de reduzida e em terrenos restritivos;
f) fácil controle e rapidamente pode mudar de formação;
g) garante velocidade de progressão; e
h) observação em todas as direções.
2.8.16.3 Desvantagens:
a) necessidade frequente de fazer a transição para a coluna em terreno restrito; e
b) reduz a velocidade de progressão mais pela busca de informes (vasculha-
mento) que pela formação.
2.8.17 EM ESCALÃO
Fig 18 - Em escalão.
2-18
EB70-CI-11.440
c) usado para cobrir um flanco exposto; e
d) os intervalos entre os homens são de 5 a 10 passos.
2.8.17.2 Vantagens
− Permite grande poder de fogo à frente e nos flancos (direito e esquerdo).
2.8.17.3 Desvantagens:
a) é de difícil controle;
b) menor velocidade de progressão; e
c) vulnerável aos flancos opostos.
2-19
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2-20
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CAPÍTULO III
O GRUPO DE COMBATE MOTORIZADO, LEVE, AEROMÓVEL E
PARAQUEDISTA
3.1 GENERALIDADES
3.1.1 O Grupo de Combate (GC) é orgânico do Pelotão de Fuzileiros, da Com-
panhia de Fuzileiros, dos Batalhões de Infantaria Motorizado, Leve, Aeromóvel e
Paraquedista, e ainda das unidades de Cavalaria Paraquedista.
3.1.2 O GC é comandado por um 3º Sgt e organizado em duas esquadras.
3.1.2.1 Atribuições do Comandante de GC
3.1.2.1.1 O Cmt do GC é responsável pelo preparo e emprego de sua fração.
3.1.2.1.2 As esquadras empregam o armamento para poder atirar e manobrar.
Utilizam os fogos diretos, permitindo a liberdade de manobra do GC para cerrar
e destruir o inimigo. Esses fogos também podem fornecer apoio preciso contra
tropa inimiga, bunkers ou posições e destruir a infantaria inimiga durante o dia,
a noite ou nas condições de visibilidade limitada (fumaça, neblina, nevoeiro etc).
ORGANIZAÇÃO
3º Sgt Cmt
3-1
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* O E2 será o Atirador de Precisão do GC, podendo usar o Lç Roj de acordo com a situação.
* O E4 será o Atirador de Lç Roj, podendo atuar como Atirador de Precisão do GC de acordo com
a situação.
3-2
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o) checar o entendimento das missões recebidas através das ordens e briefings;
p) gerenciar as atividades logísticas de seu GC, informando a seu comandante
as suas necessidades de logísticas;
q) como comandante, deve dar o bom exemplo aos integrantes do grupo;
r) controlar o regime de tiro e distribuição de fogos de acordo com o planejamen-
to de fogos direto de seu pelotão;
s) manter a responsabilidade sobre os soldados e equipamentos; e
t) inspecionar a condição de soldados armas, roupas e equipamentos.
3-3
EB70-CI-11.440
somente dirá, em voz alta, a graduação e função, permanecendo na posição em
que se encontrar. É conveniente que o Cmt GC esteja em uma posição que lhe
permita observar toda fração.
3.4 FORMAÇÕES
3.4.1 GENERALIDADES
3.4.1.1 A formação, as distâncias e os intervalos a serem adotados são decor-
rentes dos fatores apresentados para as Esquadras. Normalmente as distâncias
serão de 10 passos entre os homens e de 20 a 50 m entre as Esquadras.
3.4.1.2 A primeira esquadra normalmente será a base nas formações (a exce-
ção será mediante ordem do Cmt GC ou se a situação tática impuser). Quando
estiver escalonado em profundidade, a base estará à frente. Caso esteja em
largura, a base estará à esquerda, tomando por referência a direção de progres-
são.
3.4.1.3 A adequada utilização do terreno e a divisão dos setores de observação
e tiro são mais importantes do que a rígida manutenção das distâncias entre os
homens. O Cmt de GC deve progredir em uma posição em que possa controlar
e melhor orientar os subordinados.
3.4.2 FORMATURA DO GRUPO DE COMBATE
Fig 19 - GC em Coluna
3-4
EB70-CI-11.440
3.4.2.1 Adotada nas atividades diárias do GC.
3.4.2.2 Os homens entrarão em forma em coluna por um ou por dois, à distância
de um braço.
3.4.3 EM COLUNA
Fig 20 - GC em Coluna
3-5
EB70-CI-11.440
b) é utilizada nos reconhecimentos e sempre que houver necessidade de uma
esquadra apoiar a outra durante o deslocamento;
c) oferece boa dispersão, bom controle, bom volume de fogos nos flancos e à
frente, grande flexibilidade e apoio mútuo entre as esquadras;
d) as esquadras adotarão a formação de cunha modificada sempre que possível,
apenas modificando-a temporariamente em função da situação;
e) o comandante da esquadra é o vértice da cunha, o que lhe permite servir de
base para os movimentos de esquadra, bem como proporcionar bom controle
sobre os homens; e
f) as distâncias entre os homens são de 10 passos e de 20 a 50 m entre as es-
quadras.
3-6
EB70-CI-11.440
d) As distâncias entre os homens são de 10 passos e o intervalo de 20 a 50 m
entre as esquadras.
a) Quando as restrições impostas pelo terreno não forem tão grandes que obri-
guem a adoção da formação em coluna, o GC poderá adotar a formação de
esquadras justapostas modificadas.
b) Nessa formação, as esquadras estarão justapostas, porém cada uma estará
em coluna. Essa formação também é chamada de “por esquadras justapostas
coluna por dois”.
3-7
EB70-CI-11.440
c) Essa formação é adotada quando o movimento é realizado em uma trilha larga
ou estrada. É comum o seu emprego na marcha para o combate a pé.
d) Apresenta como vantagem a rapidez e muito bom controle, pois facilita o em-
prego do fogo em ambos os flancos e permite rápida mudança para outras for-
mações.
e) Como desvantagem está a reduzida potência de fogo à frente.
3.4.7 EM LINHA
Fig 24 - GC em linha
3-8
EB70-CI-11.440
3.5.1.3 Ao realizar mudanças de frente e formação, o Cmt GC pode alterar a
base, a fim de evitar deslocamentos desnecessários ou cruzamento de esqua-
dras.
3.5.2 COMANDO PARA MUDANÇA DE FRENTE E FORMAÇÃO
3.6 DESLOCAMENTOS
3.6.1 Ao comando de “GRUPO, ATENÇÃO! MARCHE!”, o GC se deslocará em
passo normal. Se o comando for “GRUPO, ATENÇÃO! MARCHE-MARCHE”, o
GC se deslocará em acelerado.
3.6.2 No caso do comando de “GRUPO, ATENÇÃO! COMIGO!”, a velocidade de
deslocamento será a mesma do comandante de GC.
3.6.3 O GC poderá também se deslocar rastejando ao comando de “GRUPO,
ATENÇÃO! RASTEJAR!”, ou então, engatinhando ao comando de “GRUPO,
ATENÇÃO! ENGATINHAR!”.
3.7 ALTOS
- A fim de interromper o movimento do GC, o Cmt comandará “GRUPO, ATEN-
ÇÃO! ALTO!” ou “GRUPO, ATENÇÃO! DEITAR (AJOELHAR)!”. Os homens fa-
rão alto ou se deitarão (ajoelharão SFC) rapidamente, aproveitando o terreno e
abrigando-se frente às direções de onde possa partir qualquer ameaça.
3-9
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3.8 OBSERVAÇÃO E CONTROLE
3.8.1 As atividades de observação e controle sempre são realizadas, estando
condicionadas ao movimento do GC e à proximidade do inimigo.
3.8.2 MECANISMO PARA OBSERVAÇÃO EM MOVIMENTO
3.8.2.1 Manter a direção de movimento.
3.8.2.2 Não realizar paradas.
3.8.2.3 De acordo com o terreno, percorrer determinada distância observando
o setor designado e voltar-se para a direção de progressão nos intervalos das
observações.
3.8.3 EM MOVIMENTO E LONGE DO INIMIGO
3.8.3.1 Em princípio, nessa situação o GC se deslocará em coluna ou por esqua-
dra justaposta modificada.
3.8.3.2 A observação caberá ao Cmt GC e aos esclarecedores lançados à frente.
3.8.3.3 Os demais homens ampliarão a observação do grupo, buscando verificar
a presença de aviação, carros de combate e agentes QBN.
3.8.4 EM MOVIMENTO E PERTO DO INIMIGO
3.8.4.1 Cada homem recebe um setor de observação, cobrindo todas as dire-
ções.
3.8.4.2 O Cmt de GC não tem um setor fixo de observação, devendo fazê-lo em
todas as direções, além de controlar os homens.
3.8.4.3 Os Cmt de esquadra devem, além de observar o setor que lhes foi atribu-
ído, manter o contato visual com o Cmt GC.
3.8.4.4 A observação quanto à aviação, carros de combate e agentes QBN
será realizada por todos integrantes do GC.
3.8.5 DURANTE OS ALTOS
3.8.5.1 Cada homem recebe um setor de observação, cobrindo todas as dire-
ções.
3.8.5.2 O Cmt GC deve aproveitar a oportunidade para conferir a fração, poden-
do fazê-lo pela vista ou por meio do comando de “ENUNCIAR FUNÇÕES!”.
3-10
EB70-CI-11.440
3.9.2 Em consequência, o comandante deve-se preocupar com os deslocamen-
tos de sua fração, de modo a conservar, ao máximo, a integridade física de seus
homens para o momento decisivo.
3.9.3 A técnica de progressão escolhida depende, basicamente, da possibilidade
de atuação Ini (segurança) e da velocidade necessária ao movimento (rapidez).
- Existem três formas de progredir de acordo com a possibilidade de contato.
Em razão desses fatores, o GC poderá adotar uma das seguintes técnicas de
progressão:
3.9.4 É ideal que a esquadra que está realizando a cobertura mantenha o conta-
to visual com os elementos que executam os lanços. É recomendado que antes
de uma progressão por lanços, o Cmt emita uma ordem aos Cmt Esq levando
em consideração os seguintes aspectos:
a) direção e localização do inimigo (se conhecida);
b) posições da esquadra que farão a cobertura (base de fogos);
c) próxima posição protegida;
d) itinerário do lanço;
e) o que fazer após o lanço, quando chegar na posição;
f) qual sinal o elemento que realizou o lanço utiliza para informar que chegou e
está em condições e assumir a cobertura;
g) como receberá as próximas ordens; e
h) presença do vetor aéreo inimigo.
3.9.5 A segurança durante o movimento inclui todos os procedimentos executa-
dos para garantir a segurança e aumentar a capacidade de combate.
- A observação e o reconhecimento (vasculhando o terreno e procurando pelo
inimigo) sobre a localização, situação tática e o inimigo deverão ser constantes.
3-11
EB70-CI-11.440
3.9.6 Ao planejar o movimento, o Cmt deve considerar como o terreno afeta a
segurança e a trafegabilidade.
- Ele realizará o estudo do terreno e selecionará o melhor itinerário para o cum-
primento da missão, preferencialmente, com maior número de cobertas e abri-
gos. Ao mesmo tempo ele deverá considerar os outros fatores de decisão.
3.9.7 PROGRESSÃO CONTÍNUA
- A velocidade é o fator mais importante. Geralmente adotada nos movimentos
antes do contato com o inimigo.
3.9.8 PROGRESSÃO PROTEGIDA
a) A segurança é o fator mais importante, porém a velocidade deve ser man-
tida. Normalmente, o contato com o inimigo ainda não foi estabelecido.
b) O Cmt GC determinará a dispersão do grupo, de maneira que uma esquadra
não seja atingida pelo fogo dirigido a outra, e que proporcione apoio mútuo entre
elas.
c) Nessa situação, normalmente é adotada a formação por esquadras sucessi-
vas, e o Cmt GC se desloca próximo a esquadra da retaguarda.
3.9.9 PROGRESSÃO POR LANÇOS
3.9.9.1 Ao ser percebido pela observação inimiga ou receber fogos, o GC
progredirá por lanços.
a) O Cmt determinará as formações compatíveis com o terreno e adequadas à
situação. Uma esquadra deverá permanecer em posição abrigada realizando a
cobertura, apoiando o deslocamento da outra esquadra.
b) Quando essa atingir de 100 a 150 m à frente, fará alto e apoiará o desloca-
mento da esquadra que estava à retaguarda, até que essa ultrapasse de 100 a
150 m a sua frente, e assim sucessivamente.
c) Esse movimento também é chamado de “Marcha do Papagaio”. O Cmt GC
deslocar-se-á junto à esquadra de apoio, mudando de uma esquadra para outra
quando a que executa o lanço passar pela que está no apoio.
3.9.9.2 O elemento que cobre o lanço só deverá abrir fogo se for identificada a
presença do inimigo.
- O elemento que realiza o lanço deverá ter o cuidado de não entrar no setor de
tiro de quem o cobre, podendo ser utilizados pontos de referência de alvos (PRA)
para facilitar a coordenação e controle.
3.9.9.3 Durante a progressão por lanços, cada esquadra terá um setor o qual
deverá ser observado.
- O setor deve ser identificado como uma área específica ou por pontos de refe-
3-12
EB70-CI-11.440
rência ou usar o método relógio.
3.9.9.4 Os elementos que cobrem o lanço devem ter contato direto com os ele-
mentos que realizam o lanço (em muitos casos o contato será visual).
3.9.9.5 Existem dois tipos de lanços, os sucessivos e os alternados
3.9.9.5.1 Lanços Sucessivos:
- GRUPO, ATENÇÃO!
- POR ESQUADRAS!
- 1ª ESQUADRA ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- 2ª ESQUADRA ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- MARCHE – MARCHE!
3-15
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- GRUPO, ATENÇÃO!
- BASE A 1ª (ou 2ª) ESQUADRA!
- ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- HOMEM A HOMEM!
- MARCHE – MARCHE!
b) Caso o Cmt esquadra esteja em uma posição que não lhe proporcione perfeita
observação, poderá comandar “POR INICIATIVA!”, em vez de chamar nominal-
mente seus homens.
c) Nessa situação, os homens iniciarão sucessivamente os deslocamentos, de
acordo com o posicionamento no terreno e da esquerda para a direita. O Cmt
esquadra será o primeiro a progredir.
3.10.2.4 Homem a homem simultaneamente – o comando é emitido pelo Cmt
GC, que será o último a progredir, visto que permanecerá controlando o movi-
mento de toda a fração.
3-16
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3.12 MANOBRAS DO GC
3.12.1 Em combate, as frações enfrentam situações imprevistas, tais como con-
tato fortuito com inimigo, deparar-se com uma posição inimiga, campo de minas,
entre outros. Para reagir rapidamente a estes fatos novos, o Cmt GC deve ser
capaz de manobrar seu grupo.
3.12.2 A manobra é a base para empregar uma fração no campo de batalha.
A nível do GC, a manobra é o uso do movimento em combinação com o fogo
empregados para se obter uma posição de vantagem em relação ao inimigo e
facilitar o cumprimento da missão.
3.12.3 ELEMENTOS DA BASE DE FOGOS
3.12.3.1 A combinação fogo e movimento requer uma base de fogos. Alguns
elementos do GC permanecem em uma para fornecer a proteção dos elementos
que realizam os lanços. Quando possível, o elemento da base de fogos ocupa
posições que permita boas cobertas e abrigos, uma boa observação e campos
de tiro.
3.12.3.2 Uma vez em posição, o elemento de base de fogos realiza a observa-
ção do campo de batalha em busca de posições conhecidas ou suspeitas inimi-
gas e designa setores de tiro. Com isso, proporciona a confiança e a iniciativa
ao elemento que está realizando o lanço, mesmo que esteja sob observação e
fogo inimigo.
a) Sempre que possível, o local da base de fogos não deve ser descoberto pelo
inimigo antes da abertura dos fogos. Nessa posição, os elementos que apoiam
pelo fogo devem utilizar cadência máxima de fogos para neutralizar o inimigo.
3-17
EB70-CI-11.440
b) Quando o inimigo estiver neutralizado, a cadência do tiro pode ser reduzida,
embora a pressão deva seguir constante.
c) Se for o caso, o elemento de base fogos também pode utilizar o reconheci-
mento pelo fogo para identificar posições inimigas.
3.12.3.3 O Cmt GC determina, de acordo com sua análise do terreno, onde e
quando será estabelecida à base de fogos. Durante as ações no contato, ele
ajusta a manobra de acordo com a necessidade. A nível GC, uma esquadra
será a base de fogos. As posições dos elementos que apoiam pelo fogo devem,
sempre que possível, ser mais elevadas ou nos flancos do elemento que realiza
o lanço.
3.12.4 ELEMENTOS QUE REALIZAM O LANÇO
3.12.4.1 Manobrar é naturalmente perigoso. O armamento inimigo, o terre-
no desconhecido e outros fatores potencializam o risco. O elemento que realiza
o lanço deve aproveitar, ao máximo, as cobertas e abrigos que o terreno oferece.
Ao aplicar os princípios de correta utilização do terreno (utilizar as dobras do ter-
reno, evitar as cristas, buscar posições cobertas e abrigadas), a fração poderá
aumentar a segurança do lanço.
3.12.4.2 Todos os elementos envolvidos na manobra devem manter a segurança
em todas as direções e os soldados devem estar atentos aos seus setores de
observação por todo o tempo.
3.12.4.3 Os fatores de decisão ditam a distância percorrida em cada lanço, po-
rém os elementos do lanço nunca devem se mover além da distância que os
elementos da base de fogos podem atingir as posições inimigas (dois terços do
alcance útil do armamento de fogo direto). Tomando essa precaução o elemento
do lanço diminui a exposição aos fogos inimigos.
3.12.4.4 Em terrenos severamente restritos, o lanço será menor do que em áre-
as abertas. Os elementos do lanço devem se focar no objetivo final, que é a po-
sição de destino do lanço. Uma vez atingida, os elementos utilizam as vantagens
da posição para destruir o inimigo com fogos diretos e pelo assalto.
3.12.4.5 Os elementos que manobram, sempre que possível, cerram sobre as
posições inimigas selecionando itinerários curtos e que incidam pelos flancos.
- Quando as posições inimigas forem distantes, tanto os elementos que apoiam
pelo fogo quanto os elementos que manobram, devem executar lanços alternan-
do as funções.
3.12.5 A manobra a ser empregada em cada caso é decorrência do rápido estu-
do de situação do Cmt GC.
3.12.6 TIPOS DE MANOBRA DO GC
- Existem dois tipos de manobras para as quais o GC deve estar adestrado e
3-18
EB70-CI-11.440
apto a realizar em qualquer situação:
a) Manobra de Flanco; e
b) Manobra Frontal.
3.12.6.1 Manobra de Flanco
a) Nesse tipo de manobra o Cmt GC poderá atuar com todo o grupo ou com
apenas uma esquadra sobre um dos flancos do inimigo.
b) Para atuar como um todo é conveniente que não tenha sido percebido pelo
inimigo. Dessa forma, deslocar-se-á para atingir com todo o efetivo de seu grupo
um dos flancos do inimigo, que é, geralmente, a porção mais fraca daquele.
c) Caso o inimigo tenha localizado a posição do GC permanecerá uma esquadra
realizando base de fogos e cobrindo a progressão da outra, que incidirá em um
dos flancos do inimigo.
3.12.6.2 Manobra Frontal
a) Esse tipo de manobra deve ser evitado ou então ser empregado somente
quando o inimigo for muito fraco ou o terreno permitir.
b) O GC progredirá por lanços, utilizando criteriosamente o terreno e fazendo o
máximo emprego do fogo e movimento até que tenha condições de eliminar a
resistência inimiga.
c) Apresenta como desvantagens o alto consumo de munição e a possibilidade
de grande número de baixas.
3-19
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3.13 CONDUTA DO GC
3.13.1 NA OFENSIVA
a) Durante as ações ofensivas normalmente o GC atuará enquadrado como par-
te integrante de um pelotão. Nessas condições, o grupo irá atuar de acordo com
o dispositivo do pelotão.
b) Quando atuando de forma isolada, durante uma patrulha ou como GC ponta,
o GC pode realizar um ataque frontal, empregando o fogo e o movimento, ou
realizando uma das manobras do GC.
3.13.2 NO ASSALTO
3.13.2.1 O GC progredirá dentro da formação adequada até o mais próximo
possível do inimigo, utilizando o fogo e movimento.
3.13.2.2 O assalto será desencadeado assim que for alcançada a superioridade
de fogos local sobre o inimigo. A formação mais adequada para o assalto é a
formação em linha.
3-20
EB70-CI-11.440
3.13.2.3 Os homens avançam todo o tempo utilizando o terreno, aproveitando os
abrigos existentes, sem se expor desnecessariamente.
3.13.2.4 É grande o risco de desorganização neste momento, exigindo
rápida e agressiva ação de comando do Cmt GC, impulsionando e controlando
o grupo.
3.13.2.5 As armas serão conduzidas o tempo todo em posição de emprego ime-
diato e em condições de tiro. Os disparos apenas ocorrerão contra alvos identifi-
cados, evitando- se desperdício de munição com tiros a esmo.
3.13.2.6 Os homens devem realizar o controle da quantidade de tiros da-
dos. No momento de efetuar a troca de carregador abrigar-se-ão para efetuá-la.
3.13.2.7 Após ultrapassar a linha do objetivo, os homens iniciam imediatamente
os trabalhos de consolidação, que constam de reajuste do dispositivo, prepara-
ção de abrigos para homem deitado, divisão de setores de tiro e vasculhamento
das posições inimigas.
3.13.2.8 Mediante ordem, ocorre a reorganização. As atividades de reorgani-
zação consistem em redistribuição da munição, atendimento a feridos, consumo
de ração, e evacuação das baixas e prisioneiros de guerra (PG). A conduta com
os PG será definida pelo comandante de pelotão, de acordo com a ordem de
operações passada pelo comandante de companhia.
3.13.2.9 As atividades de consolidação têm prioridade sobre as atividades
de reorganização, e podem ocorrer simultaneamente, de acordo com a situação.
3.13.2.10 Durante o assalto o Cmt do GC raramente atira, porém se posiciona a
uma distância próxima das esquadras para assegurar a continuidade de fogos e
manter os GC em linha.
3.13.2.11 Durante o assalto o Cmt do GC deve garantir que os fogos de assalto
sejam os mais violentos e densos possível. Procurando não só destruir o inimigo
na posição bem como obter uma vantagem psicológica ao abalar a moral do
inimigo dentro da posição defensiva.
- Para que isto ocorra durante a realização dos fogos de assalto, os integrantes
devem realizar um disparo a cada dois ou três passos dados mantendo o fogo
na direção do avanço e visando as possíveis posições do inimigo no terreno
(pequenas dobras, tocas e pequenas cobertas e abrigos).
3.13.2.12 O grupo não se detém na orla anterior do objetivo e deve progredir até
a orla posterior do objetivo ou até a linha limite de progressão.
3.13.2.13 Além do emprego dos fuzis, as granadas de mão e o lançador de gra-
nadas são usados para cegar e destruir núcleos de resistência, localizados na
direção de progressão.
3-21
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3.13.3 NA TRANSPOSIÇÃO DE ZONAS BATIDAS POR FOGOS LONGÍNQUOS
- Quando o inimigo bate o terreno com fogos longínquos sejam fogos diretos
ou indiretos. O GC dispersa-se e lança-se através da zona batida por fogos,
transpondo-a na forma mais rápida possível.
3.13.4 NA DEFENSIVA
3.13.4.1 Na defensiva o Cmt do GC deve escolher a posição de seus homens
priorizando o posicionamento das Mtr L do GC.
3.13.4.2 As posições são escolhidas a fim de garantir um recobrimento entre os
setores de tiro e de forma a melhor aproveitar os campos de tiro.
3.13.4.3 De acordo com o tipo de operação defensiva, o comandante pode au-
mentar a distância entre as tocas para realizar um retardamento ou vigilância.
3.13.4.4 Durante a construção da posição deve-se buscar o máximo de
ocultação possível. As medidas a seguir podem ser tomadas para facilitar
essa ocultação:
a) permanecer na sombra sempre que possível;
b) utilizar galhos e folhas para modificar as silhuetas dos homens, armas e
equipamentos;
c) modificar o colorido das superfícies dando-lhes as tonalidades do ambiente;
d) ocultar objetos claros e brilhantes.
e) ocultar a terra retirada nos trabalhos de construção de tocas e espaldões;
f) modificar o contorno das tocas e espaldões, camuflando-os com meios natu-
rais;
g) estabelecer uma disciplina de disfarce para assegurar que as posições per-
manecem ocultas, principalmente com as seguintes considerações:
1) utilizar, se possível, caminhos, trilhas e estradas existentes. Caso seja ne-
cessário movimentar-se pelo campo, deve-se atentar para eliminar ou disfarçar
os vestígios desse movimento;
2) a terra fresca e os refugos devem ser enterrados ou escondidos. É neces-
sária uma fiscalização para que os refugos como, por exemplo, os restos de
ração não denunciem a localização da posição; e
3) os aspectos gerais do terreno devem ser modificados o mínimo possível.
3.13.4.5 Para a organização da posição defensiva o Cmt do GC conduz seus
homens até a posição. Os atiradores da esquadra são posicionados provisoria-
mente para bater o setor de tiro designado para todo o GC, e junto aos mesmos
é colocado um vigia. Antes dos inícios dos trabalhos de organização, o Cmt
determina que cada homem se deite no local onde serão construídas as tocas e
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EB70-CI-11.440
verifica os campos de observação e de tiro que cada toca oferece. Esse trabalho
permite identificar se nos limites dos setores de tiro há o recobrimento de fogos
e a existência de algum ângulo morto. Após essa verificação, são iniciados os
trabalhos na seguinte sequência:
a) limpeza dos campos de tiro;
b) localização do suprimento inicial de munição e escolha dos itinerários de res-
suprimento;
c) preparação dos roteiros de tiro, incluindo a avaliação de distância aos pontos
importantes no terreno e possíveis pontos de referência de alvo (PRA);
d) escolha e preparação da posição principal;
e) escolha e preparação das posições de muda e suplementar;
f) inspeção da posição para verificar de perto se a posição se acha coberta e
abrigada da observação terrestre e aérea; e
g) preparação dos roteiros do GC, em duas vias, mostrando as medidas de co-
ordenação e controle empregadas sendo uma via enviado ao Cmt do Pel e outra
ficando de posse do Cmt do GC.
3.13.4.6 Os fogos defensivos serão realizados de acordo com o processo
de engajamento, as distâncias e alcance dos armamentos. O início dos tiros das
armas do GC é desencadeado quando o inimigo atinge a distância de alcance
útil das armas, em torno de 600 m ou atinja determinado acidente no terreno ou
medida de coordenação e controle (linha de acionamento). Isso permite obter o
máximo de surpresa e evita a revelação prematura da posição defensiva.
- Durante os fogos de preparação do inimigo. O GC se abriga dentro das posi-
ções.
3.13.4.7 Na defensiva, a principal atribuição do Cmt do GC é controlar o tiro de
sua fração. Somente para a defesa aproximada que ele toma parte no combate
pelo fogo. Enquanto os Cmt de esquadra realizam fogos e controlam os fogos
da esquadra.
3.13.4.8 O controle do regime de tiro do GC vai aumentar a medida que o inimigo
se aproxima da nossa posição com a finalidade de causar o máximo de baixas
e deter o ataque antes que ele chegue à posição. Se o inimigo lançar o assalto
e penetrar na posição, deverá ser repelido pelo fogo, granadas e combate a
baioneta.
3.13.4.9 Caso o inimigo avance apoiado por elementos blindados, o principal
objetivo dos fogos do GC, exceto os Atiradores de Lç Roj, é abater a tropa a pé
ou homens expostos das escotilhas das viaturas. Enquanto os atiradores de Lç
Roj realizam fogos contra as viaturas blindadas.
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EB70-CI-11.440
3.13.4.10 Caso o inimigo avance somente com o emprego de viaturas blindadas
os fogos do GC deverão procurar engajar as partes sensíveis das viaturas pro-
curando degradar, ao máximo, o poder de combate. Devem realizar os fogos até
que sejam forçados a se abrigarem para fugir do esmagamento, retornando às
posições de tiro logo após a ultrapassagem dos carros e abrindo fogo contra a
tropa que se aproxima. Deve-se atentar para o caso de o assalto da infantaria
inimiga ser realizado após a posição defensiva, obrigando realizar os tiros no
interior da posição. Todo o esforço deve ser realizado para separar a infantaria
das viaturas blindadas.
3.13.4.11 Os Cmt GC buscam manter um regime de tiro garantindo que se man-
tenha a continuidade dos fogos de modo que os integrantes dentro das tocas
não estejam recarregando as armas ao mesmo tempo. Ao controlar e distribuir
os fogos, deve considerar:
a) o alcance das armas para engajar o inimigo;
b) designar os alvos prioritários procurando elencar em que disparar, quando
disparar e por quê;
c) engajar os alvos mais próximos e mais perigoso;
d) engajar do alvo mais furtivo para o menos furtivo;
e) mudar a direção dos fogos de acordo o planejamento do Pel ou de acordo
com a situação;
f) engajar a tropa a pé inimiga com fogos rasantes não mais do que 1 me-
tro (aproximadamente à altura da cintura) acima do solo. Ao atirar em terreno
nivelado ou uniformemente inclinado, pode-se obter um máximo de 600 m de
rasância; e
g) empregar o Lç Roj para engajar os flancos dos veículos inimigos.
3.13.4.12 Quando o inimigo se aproxima da linha de proteção final (LPF) o Cmt
GC deve, de acordo com o planejamento do Cmt Pel, iniciar os fogos de prote-
ção final realizando as ações.
a) As metralhadoras e as armas automáticas disparam na direção principal de
tiro ou LPF de acordo o planejamento. Elas fornecem um alto volume de fogo
preciso e letal contra as tropas a pé, causam um efeito limitado contra veícu-
los levemente blindados e fazem com que as guarnições das viaturas abertas
operem com eficácia reduzida. As metralhadoras são posicionadas de forma a
concentrar os fogos aonde pretendem destruir o inimigo, bater toda a frente do
pelotão, bater os obstáculos de proteção final e apoio as frações adjacentes.
b) O Lançador de granada é a arma de fogo indireto do Cmt GC. Ele a posiciona
para cobrir os ângulos mortos no setor do GC, especialmente os ângulos não
batidos pelas metralhadoras e ainda contra as tentativas inimigas de ultrapassar
3-24
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os obstáculos de proteção final. Também é atribuído um setor de tiro para ser
batido com fogos de fuzil. As granadas alto explosivas e de duplo propósito são
eficazes contra veículos levemente blindados.
c) o emprego das granadas de mão será realizado de acordo com a aproximação
do inimigo.
d) Todos os integrantes do GC deverão saber a direção principal de tiro. É uma
direção designada para cobrir uma área que forneça bons campos de tiro ou te-
nha uma via provável de aproximação. Ela também é usada para garantir apoio
mútuo a uma unidade adjacente.
e) Cada arma recebe um setor primário e secundário de tiro. Os setores de tiro
devem sobrepor-se uns aos outros e aos dos pelotões adjacentes.
f) Se necessário, o Cmt GC pode solicitar apoio de fogo indireto de acordo com
o planejamento de fogos do Cmt Pel.
3.13.4.13 O GC continuará a defender até que o inimigo seja repelido, ou seja
ordenado o seu retraimento.
3.13.4.14 A segurança deve ser mantida durante todas as ações defensivas com
o emprego de vigias e postos de escuta de acordo com o planejamento do Cmt
do Pel.
3.13.4.15 Os postos de vigia têm como finalidade dar o alerta oportuno em tem-
po útil. Estes postos ficam localizados no interior ou fora da posição de forma
a permitir o máximo de observação sobre as vias de acesso, oferecer coberta
e abrigos e possuir itinerário de retraimento. Os elementos de vigia não se en-
gajam em combate aproximado e deve estar munido de meios para alertar a
aproximação do inimigo.
3.13.4.16 Os postos de escuta também podem ser empregados quando a visibili-
dade for reduzida para alertar a tropa, em tempo oportuno, sobre a aproximação
do inimigo. Os elementos do posto de escuta devem ser substituídos com frequ-
ência para evitar que o cansaço diminua a eficiência do sistema de alerta, caso
não sejam possíveis, os postos podem ser ocupados em duplas permanecendo
ambos acordados para evitar surpresas.
3.13.4.17 O GC quando estiver compondo o Posto Avançado de Combate (PAC)
pode ter de ocupar postos de vigilância (P Vig) para retardar e desorganizar
inimigo e dar alerta oportuno de sua aproximação. O P Vig pode variar o efetivo
desde um GC até um Pel reforçado com outros elementos. Os P Vig organizam
núcleos de defesa priorizando a observação e os campos de tiro profundos.
Cada P Vig organiza a posição em uma frente que não prejudique o controle.
Caso seja necessário aumentar a frente a ser coberta, deve-se empregar P Vig
e de escuta para áreas passivas. Tão logo apareça um alvo compensador, os P
Vig procuram infligir o máximo de baixa ao inimigo empregando os fogos longín-
3-25
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quos. Via de regra, os P Vig, como todo o PAC, retraem antes de se engajarem
decisivamente.
3.13.4.18 Ainda o GC pode atuar realizando patrulhas de ligação entre as po-
sições defensivas, de vigilância para manter a ligação entre esses elementos
fixos. Normalmente essa patrulha pode ser realizada de 2 a 4 homens, sem um
horário fixo e por itinerários diferentes, a fim de evitar que o inimigo descubra o
sistema de patrulhas.
3.13.5 PRIORIDADE DO TRABALHO NA DEFESA
3.13.5.1 A prioridade do trabalho é uma lista de tarefas que o Cmt usa para con-
trolar o que é feito por quem e em que ordem na preparação da defesa. Essas
tarefas são normalmente determinadas pelo Cmt Pel.
3.13.5.2 O Cmt ajusta a prioridade do trabalho com base na consideração dos
fatores da decisão e na intenção do comandante. A prioridade normal do trabalho
é:
a) estabelecer segurança. No mínimo, cada GC deve ter um PV/PE à frente;
b) posicionar as metralhadoras das esquadras e atribuir setores de tiro;
c) verificar a posição de cada integrante do GC e atribuir setores de tiro;
d) estabelecer comunicações e sinal de alerta;
e) coordenar com os GC adjacentes. Cada GC coordena com o GC à esquerda
garantindo que todos os setores de fogo estão interligados e todos ângulos mor-
tos são batidos por fogos indiretos;
f) limpar campos de tiro. Cada posição limpa os setores de fogo;
g) preparar os roteiros das metralhadoras do GC. Cada metralhadora prepara
duas vias, sendo uma repassada ao Cmt GC;
h) preparar esboços e roteiro de tiro do GC. São preparadas duas vias e uma via
é enviada ao Cmt Pel. No mínimo, o esboço deve incluir:
1) os acidentes capitais do terreno dentro do setor do GC;
2) a posição individual de combate e os setores de tiro principais e secundá-
rios;
3) as posições das metralhadoras e a direção principal de tiro, linhas de
engajamento e de proteção final e outras medidas de controle de fogos;
4) a posição do Cmt GC, dos PE/PV e itinerário das patrulhas; e
5) a posição dos ângulos mortos, obstáculos e pontos de referência de alvos
dentro de seu setor.
i) preparar as posições de combate (construção das tocas);
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j) lançar minas e obstáculos;
k) estabelecer medidas de controle de fogos;
l) atribuir posições alternativas e suplementares;
m) melhorar posições de combate;
n) preparar posições alternativas e suplementares;
o) estabelecer um plano de descanso;
p) ensaiar o movimento de posições primárias para alternativas e suple-
mentares, engajamento de acordo com o planejamento de fogos, evacuação de
baixas; e
q) preparar os cachês adicionais de munições de acordo com o planejamento.
3.13.5.3 Conforme o tempo permitir, as posições serão continuamente melho-
radas.
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CAPÍTULO IV
O GRUPO DE COMBATE MECANIZADO
4.1 GENERALIDADES
4.1.1 O Grupo de Combate Mecanizado (GC) é orgânico do Pelotão de Fuzi-
leiros, da Companhia de Fuzileiros dos Batalhões de Infantaria Mecanizado e
ainda do Pelotão de Cavalaria Mecanizada.
4.1.2 O GC Mec tem a organização semelhante ao GC Mtz, Leve e Pqdt, sendo
acrescido de uma guarnição de viatura blindada.
4.1.3 A guarnição das VBTP (Gu VBTP) é formada pelo Cmt da VBTP, função
acumulativa com o Cmt do GC, Cb/Sd Atdr e Cb Mot. Esses militares possuem
treinamentos específicos para operarem todos os sistemas da VBTP.
- O GC Mec é dotado de uma VBTP de dotação das OM Mec, podendo atuar de
forma embarcada (elementos embarcados) ou desembarcada. Quando desem-
barcado, aplica os mesmos princípios preconizados para o GC Mtz, L e Pqdt com
o acréscimo da mobilidade, proteção blindada e apoio de fogo proporcionado
pelo armamento e por sua viatura orgânica.
4.1.4 O GC é comandado por um 3º Sgt e organizado em duas esquadras.
4.1.5 ALÉM DAS CARACTERÍSTICAS COMUM AO GC MTZ, LEVE E PQDT O
GC MEC AINDA POSSUI AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
4.1.5.1 Mobilidade
- Resultante da velocidade em estrada, da possibilidade de deslocamento atra-
vés campo, da capacidade de transposição de obstáculos e do raio de ação das
viaturas.
4.1.5.2 Poder de fogo
- Assegurada pelo seu armamento orgânico, as armas automáticas (metralhado-
ras pesadas), complementado com emprego do Sistema de Armas Remotamen-
te Controlado (SARC).
4.1.5.3 Proteção blindada
- Proporcionada pela blindagem, em grau relativo, das viaturas que resguardam
as guarnições contra os tiros de armas portáteis, minas terrestres, fragmentos de
granadas de morteiros e de artilharia.
4.1.5.4 Sistema de comunicações amplo e flexível
- Proporcionado particularmente pelos meios de comunicações de que é dotado,
que asseguram ligações rápidas e flexíveis com o escalão superior e com os
4-1
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elementos subordinados.
4.1.5.5 Flexibilidade
- Decorre da sua instrução peculiar, da sua estrutura organizacional e das ca-
racterísticas de seu material que lhe permitem operar embarcado ou desembar-
cado.
4.1.5.6 Letalidade
- Traduzida como a aptidão de destruição física fundamentada nas capacidades
militares terrestres. O GC pode combinar os efeitos dos fogos de seus GC e dos
fogos diretos das VBTP.
4.1.5.7 Sobrevivência
- A capacidade de sobrevivência da VBTP será obtida por meio de da operação
plena aliada às táticas, técnicas e procedimentos (TTP). As TTP devem incre-
mentar a capacidade de inteligência, reconhecimento, vigilância e de aquisição
de alvos aliado ao rápido processamento e difusão de informações e o correto
emprego do sistema de armas.
4.1.5.8 Sustentabilidade
- O GC pode operar por até 72 horas sem ressuprimento. Essa capacidade é
obtida pela dotação de suprimentos Classe (Cl) I, III e V acomodados na VBTP.
Visando as melhores condições de manutenção do meio (VBTP-MR) e o des-
canso do motorista, o pelotão normalmente poderá operar até 16 horas por dia.
4.1.5.9 Combate noturno ou em visibilidade reduzida
- Os Equipamentos de Visão Noturna (EVN), de dotação do GC, ampliam a
capacidade desse para realizar a vigilância, aquisição de alvos e reforçar o co-
mando e controle no período noturno. O EVN do motorista aliado à capacidade
de optrônica do sistema de armas permitem uma mobilidade em situações de
escuridão total, em todas as condições meteorológicas e em ambientes de visi-
bilidade reduzida.
4.1.6 ATUANDO COMO SEGURANÇA APROXIMADA
4.1.6.1 O GC Mec orgânico das tropas de cavalaria mecanizada possui também
a finalidade de realizar a segurança aproximada da Seção de Viatura Blindada
de Reconhecimento (Seç VBR ) do Pel C Mec.
4.1.6.2 Tal missão advém das limitações encontradas pela Seç VBR quanto à
realização de fogos a uma pequena distância, menos de 200 m.
4.1.6.3 Quando atuando juntos, VBR e GC, o binômio Carro de Combate (CC) e
Fuzileiros Blindados (Fuz Bld), potencializam suas possibilidades e minimizam
suas limitações, a Seç VBR proporciona ao Grupo de Combate maior poder de
fogo, enquanto, o GC proporciona à Seç VBR maior poder de combate aproxi-
mado.
4-2
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4.1.7 O GC MEC POSSUI AS SEGUINTES POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES:
a) participar de operações que exijam mobilidade tática, relativo poder de fogo,
proteção blindada e ação de choque;
b) participar de operações no amplo espectro, englobando as Operações Ofen-
sivas, Defensivas e de Cooperação e Coordenação com Agências;
c) executar, quando desembarcado, operações terrestres sob quaisquer condi-
ções meteorológicas e terreno restritivo para a Viatura Blindada (VB);
d) realizar contra-ataques;
e) operar em condições de visibilidade reduzida ou sob condições meteorológi-
cas adversas;
f) dispersar-se amplamente e reunir-se rapidamente quando embarcado;
g) integrar uma reserva móvel do escalão superior;
h) realizar transposição imediata de curso de água;
i) eliminar ou neutralizar tropa a pé e VB leves empregando o sistema de armas.
Além disso, pode ainda, pelo volume de fogo, degradar viaturas com maior pro-
teção blindada;
j) conquistar e manter o terreno;
k) combater com a tropa desmembrada em elementos desembarcados e ele-
mentos embarcados;
l) estabelecer pontos fortes para negar a posse ao Ini de determinada faixa do
terreno;
m) participar de operações de junção;
n) realizar tiros seletivos para eliminar ou neutralizar alvos compensadores, em
distâncias de até 500 m por meio de emprego dos atiradores de precisão do GC;
e
o) designar alvos para Viaturas Blindadas em apoio ou reforço.
4.1.8 O GC MEC APRESENTA AS SEGUINTES LIMITAÇÕES:
a) vulnerabilidade a ataques aéreos e armamento anticarro;
b) vulnerabilidade a minas anticarro, dispositivos explosivos improvisados e obs-
táculos naturais e artificiais;
c) limitada mobilidade fora de estrada, principalmente em terrenos montanhosos,
arenosos, pedregosos, cobertos e pantanosos;
d) vulnerabilidade a condições meteorológicas adversas, que reduzam a sua
mobilidade;
4-3
EB70-CI-11.440
e) necessidade de volumoso apoio logístico, particularmente dos suprimentos
de Cl III, V e IX;
f) reduzida velocidade de progressão quando desembarcado;
g) necessidade de rede rodoviária para apoio; e
h) manutenção permanente requerida pelo material.
4.1.9 O GC MEC PODE SER EMPREGADO COMO PARTE DE UM PEL INF
MEC, PEL C MEC OU INTEGRANDO UMA FORÇA-TAREFA (FT). DEVIDO ÀS
SUAS CARACTERÍSTICAS, AS AÇÕES PERMITEM:
4.1.9.1 Mover-se para uma posição de vantagem contra um Ini desprevenido.
4.1.9.2 Empregar fogos diretos e indiretos de forma rápida e seletiva.
4.1.9.3 Mover-se rapidamente e desembarcar para conquista e manutenção de
objetivos e eliminar o Ini.
4.1.9.4 Realizar as seguintes ações táticas:
a) Consolidar (limpar) uma área fixada, removendo e eliminando toda a
resistência inimiga, não requerendo a remoção completa do Ini, e ficando em
condições de prosseguir na missão;
b) assaltar uma posição defensiva;
c) participar de uma demonstração de força;
d) manter o terreno livre de ocupação inimiga. Geralmente é atribuída uma du-
ração, seja por fator do tempo ou por eventos. O GC assume o risco de engajar-
-se decisivamente. Não é necessária a presença física sobre a posição, sendo
admitida apenas a influência física (sistema de armas);
e) controlar o terreno mantendo a influência física sobre uma área específica
para evitar seu uso pelo inimigo ou para criar condições necessárias para outra
missão. Resulta da ocupação física ou da ação dos sistemas de armas;
f) seguir e assumir uma ação principalmente quando a fração que realizava a
ação perdeu a impulsão;
g) seguir e apoiar uma fração que realiza uma ação;
h) ligar-se com elementos de frações amigas;
i) ocupar determinada área (sem ação inimiga), controlando-a;
j) capturar uma área com a utilização da força;
k) apoiar pelo fogo direto a ação de outra fração, ocupando uma posição que
possa enfrentar o Ini;
l) proteger uma unidade, instalação ou área contra ação do Ini;
4-4
EB70-CI-11.440
m) retardar trocando espaço por tempo, desgastando e diminuindo a impulsão
do Ini, buscando não se engajar decisivamente, sem perder o contato;
n) detectar campos de minas;
o) abrir brechas em campos de minas;
p) realizar ataque embarcado ou desembarcado;
q) realizar patrulhamento a pé e mecanizado;
r) mobiliar PBCE, PBCVU e checkpoints;
s) ocupar um ponto forte; e
t) realizar pequenas ações de reconhecimento.
4.1.9.5 Durante as operações, a VBTP fornece apoio mútuo e proteção na exe-
cução de suas missões.
- Os soldados do GC garantem a segurança da VBTP quando parada, e a VBTP
proporciona mobilidade, proteção e uma base de fogos para o assalto dos fuzi-
leiros.
4.1.9.6 Quando em contato com o Ini, o GC Mec pode combater embar-
cado ou desembarcado de acordo com a situação tática. Para isso, pode utilizar
os fogos diretos e indiretos disponíveis e estabelecer uma base de fogos com as
esquadras e VBTP.
- Sempre que o exame de situação permitir, o GC deve atacar os pontos fracos
do Ini, o flanco e a retaguarda, e evitando atacá-lo frontalmente.
4.1.9.7 Os comandantes devem considerar o seguinte, em emprego tático
a) Os grupos em contato devem estabelecer um eficaz fogo supressivo para ga-
nhar superioridade de fogo antes de se movimentar para o flanco inimigo.
b) Se o GC não pode se mover sob os próprios fogos, o comandante deve soli-
citar apoio de fogo do Pel.
c) O GC deve obter superioridade de fogo e, em seguida, mover-se contra o
flanco da posição do inimigo.
d) Para ganhar a supressão imediata, as VBTP devem suprimir o inimigo, mover-
-se para um local de desembarque, se forem engajados em campo aberto, os
GC desembarcados constituirão uma base de fogos com o armamento orgânico.
O Cmt GC determina se o GC deve assaltar, fixar, fixar e apoiar ou desengajar.
4.1.9.8 O GC Mec combate como um todo de maneira organizada, podendo
atuar com elementos embarcados e desembarcados. O GC Mec poderá ser
empregado das seguintes formas:
a) GC embarcado:
4-5
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- Sempre que for possível, deverá ser a forma empregada, por oferecer as
características principais de uma tropa mecanizada, como proteção blindada,
mobilidade, ação de choque e relativo poder de fogo.
b) GC desembarcado com acompanhamento das VBTP:
- Esta forma deverá ser utilizada em situações especiais, quando a vulnera-
bilidade das VBTP for alta, como localidades, matas densas e passagens obri-
gatórias.
c) GC desembarcado como apoio das VBTP-MR:
- Deverá ser empregada durante operações ofensivas, quando o inimigo esti-
ver empregando Armto AC em grande quantidade ou houver grande vulnerabili-
dade às VBTP devido ao terreno ou possibilidades do inimigo. É quando a VBTP
é empregada como uma arma de apoio.
4.1.9.9 Durante o combate embarcado, o Cmt GC coordena o movimento da
VBTP. Quando o GC desembarca, o Atirador da VBTP assume o comando da
Vtr, passando a manobrar em apoio aos elementos desembarcados, conforme
diretrizes do Cmt GC/Pel.
4.1.9.10 Uma vez desembarcado, o GC Mec passa a empregar a maneabilidade
a pé usando as mesmas formações (coluna, linha ou cunha) e as técnicas de
movimento (contínua, alternada e protegida) de acordo com a situação tática.
ORGANIZAÇÃO
COMPOSIÇÃO REPRESENTAÇÃO
4-6
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Cb Cmt 1ª Esquadra
1ª Esquadra
Cb Cmt 2ª Esquadra
Sd 3º Esclarecedor e Granadeiro
2ª Esquadra
Cb Mot VBTP
Guarnição
da VBTP
Cb/Sd At VBTP (SARC)
* O E2 será o Atirador de Precisão do GC, podendo usar o Lç Roj de acordo com a situação.
* O E4 será o Atirador de Lç Roj, podendo atuar como Atirador de Precisão do GC de acordo com
a situação.
4.2 FUNÇÕES
4.2.1 Como comandante da VBTP, o Cmt do GC é responsável pelo emprego
total da VBTP e do armamento. O motorista opera a viatura durante todas as
condições, dia ou noite. Em direção à zona de ação, o motorista maneja o veícu-
lo através de todo o terreno e obstáculos para transportar com segurança a tropa
embarcada para o ponto de desembarque no campo de batalha.
4-7
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4.2.2 A guarnição da VBTP pode empregar o armamento para complementar a
base de fogo. Esses fogos diretos podem assegurar a liberdade de manobra do
GC para cerrar e destruir o inimigo. Esses fogos também podem fornecer apoio
de preciso contra tropa inimiga, bunkers ou posições e destruir a infantaria ini-
miga durante o dia, à noite ou nas condições de visibilidade limitada (fumaça,
neblina, nevoeiro...).
4.2.3 O GC e as VBTP fornecem proteção mútua durante a execução das mis-
sões. Os elementos desembarcados fornecem segurança para a VBTP, e a via-
tura fornece mobilidade, proteção e uma base de fogos para o ataque.
4.2.4 Ao atuar com elementos desembarcados, o elemento embarcado integrará
a manobra do GC e/ou Pel com base nos fatores da decisão.
4.2.5 Elemento embarcado: a VBTP, ao mover-se, geralmente se deslocará ou
ocupará uma posição de apoio de fogo para apoiar as manobras do elemento
desembarcado ou realizará uma manobra embarcada.
4.2.6 Cada VBTP-MR é guarnecida pelo At e Mot. A Gu é responsável pela segu-
rança da VBTP-MR quando o GC se encontra desembarcado.
4.2.7 Para melhorar a orientação e a busca de alvos pela guarnição da VBTP
é necessário que o posto do At esteja sempre guarnecido, pois os instrumentos
ópticos garantem melhores condições para desempenho das tarefas supracita-
das do que as escotilhas do Mot e Cmt.
4.2.8 OS GC AO ATUAREM COMO ELEMENTO DESEMBARCADO DEVEM
4.2.8.1 Atuar levantando alvos para as armas de apoio da viatura e posicionan-
do-a no terreno para melhor aproveitar as possibilidades.
4.2.8.2 Após o desembarque, os fuzileiros apoiam e são apoiados pela VBTP.
Normalmente os elementos desembarcados serão comandados pelo Cmt GC, e
os elementos embarcados comandados pelo Atirador da VBTP ou, eventualmen-
te, por um Cmt Esquadra caso permaneça embarcado.
Obs: os fuzileiros são responsáveis pela utilização dos meios de apoio da VBTP
tanto desembarcados quanto embarcados.
4.2.9 AS ATRIBUIÇÕES DO SARGENTO COMANDANTE DO GRUPO DE
COMBATE MECANIZADO SÃO SEMELHANTES ÀS DO COMANDANTE DE
GRUPO DE COMBATE MTZ, L E PQDT:
a) Comandar o GC, emitindo os comandos necessários e oportunos que o con-
duzam ao cumprimento da missão.
b) Empregar e controlar o GC, conduzindo o tiro e a manobra da fração.
c) Impulsionar as esquadras na ofensiva.
d) Selecionar as posições dos homens na defensiva.
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e) Supervisionar as atividades de manutenção do grupo.
f) Conduzir os tiros de artilharia e morteiros na zona de ação em que atua, quan-
do for necessário.
g) Coordenar as atividades de manutenção do GC para que esteja em condições
de emprego.
h) Designar objetivos.
i) Designar alvos para os At L Roj AT-4 de acordo com estudo de situação.
j) Distribuir setores de tiro e observação para os comandantes das esquadras.
k) Ser responsável pela orientação e navegação do GC.
l) Ser o responsável pela instrução, disciplina, controle, emprego tático, ades-
tramento e bem-estar de seus comandados para obtenção e manutenção das
capacidades necessárias ao combate, mantendo elementos em condições de
realizar o rodizio de funções.
m) Ser o responsável pelas comunicações do GC com o pelotão, informando os
reportes quando necessários.
n) Confeccionar a documentação referente à fração.
o) Checar a entendimento das missões recebidas através das ordens e briefings.
p) Gerenciar as atividades logísticas do GC, informando ao comandante as ne-
cessidades de logísticas.
q) Como comandante, dar o bom exemplo aos integrantes do Grupo.
r) Controlar o regime de tiro e distribuição de fogos de acordo com o planejamen-
to de fogos direto do pelotão.
s) Manter a responsabilidade sobre os soldados e equipamentos.
t) Inspecionar a condição de soldados armas, roupas e equipamentos.
4.2.9.1 Entretanto, também são acrescidas as seguintes atribuições para o
desempenho da função de Comandante da VBTP
a) O Cmt GC também desempenha a função de Cmt da VBTP-MR, quando
embarcado. O Cmt VBTP é uma função essencial para o correto emprego da
Viatura Blindada e aproveitamento máximo de todas as potencialidades como
uma plataforma de combate. Os Cmt GC são os comandantes de suas VBTP-
-MR podendo delegar essa função ao desembarcar.
b) Quando embarcado, auxilia o motorista na navegação da viatura e o atirador
na busca de alvos.
c) Opera o sistema de comando e controla (rádio ou GCB) da VBTP, podendo
delegar essa atribuição a outro militar.
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d) Realiza observação do campo de batalha, busca de alvos e comandos de tiro.
e) É o principal responsável pelo controle da manutenção dos sistemas de armas
e da VBTP.
f) Quando embarcado ocupa preferencialmente a estação do Cmt do carro, po-
dendo ainda ocupar a estação do atirador ou o assento mais próximo à escotilha
de desembarque.
g) Conduzir sua VBTP-MR, designando itinerários, locais de parada e de desem-
barque.
h) Distribuir os setores de tiro e observação para o para o atirador da VBTP-MR
e para os comandantes de esquadra.
i) É o responsável pelas comunicações do GC com o pelotão.
j) Designar os militares necessários para realizar o balizamento da VBTP-MR
por ocasião da condução em locais de espaço restrito.
k) Conduzir os tiros de artilharia e morteiros na zona de ação em que atuar,
quando for necessário.
l) Confeccionar a documentação referente à fração.
4.2.10 AS ATRIBUIÇÕES DO CABO COMANDANTE DE ESQUADRA DO GRU-
PO DE COMBATE MECANIZADO SÃO SEMELHANTES ÀS DO CB CMT ESQ
DE GC MTZ, L E PQDT, ACRESCIDAS DAS SEGUINTES ATRIBUIÇÕES
a) Orientar a esquadra na observação e engajamento de alvos inimigos no setor
de responsabilidade, quando operando embarcado com escotilhas abertas.
b) O Cb Cmt Esq que ocupar o assento mais próximo à rampa deve verificar se
existe algum objeto ou até mesmo parte do corpo de algum integrante do GC
que interfira no fechamento ou abertura da rampa, para evitar danos ao pessoal
e/ou ao material.
c) Em caso de emergência deve estar em condições de conduzir a VBTP-MR
para uma posição segura.
d) Eventualmente, conforme ordem do Cmt Pel, poderá assumir a função de
Cmt VBTP-MR quando o GC estiver desembarcado, desde que seja habilitado
a operar a viatura.
4.2.11 ATRIBUIÇÕES DO CABO MOTORISTA
a) Conduzir a VBTP sob orientação dos Cmt VBTP quando esses estiverem em-
barcados auxiliando na navegação e observando o terreno.
b) Conhecer todas as possibilidades e limitações da viatura em relação a obstá-
culos naturais e artificiais com os quais pode se deparar.
c) Durante a progressão embarcada, deve conhecer as principais técnicas de
4-10
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progressão visando a segurança dos elementos embarcados e da própria VBTP.
d) Também auxiliar na detecção de ameaças e alvos compensadores, bem como
nos locais de onde provém disparos contra a tropa.
e) Dirigir a VBTP sob o controle do Cmt da VBTP.
f) Ser o responsável pelo acondicionamento e apronto do material da VBTP.
g) Seguir os procedimentos de condução de acordo com o terreno e tenta
selecionar posições de desenfiamento.
h) Também auxiliar na detecção de alvos e observando disparos.
i) Auxiliar na navegação através do monitoramento leituras de hodômetro e
observando terreno.
j) Ser o responsável principal pela execução da manutenção do operador (1º
Esc) da VBTP.
k) Executar a manutenção do chassi e trens de rolamento de responsabilida-
de do usuário (1º Escalão), conforme manual técnico e determinações do Cmt
VBTP;
4.2.12 ATRIBUIÇÕES DO ATIRADOR DA VBTP
a) Operar o sistema de armas da VBTP, sendo o responsável pela busca, de-
tecção, reconhecimento, identificação e engajamento de alvos que sejam poten-
ciais ameaças à VBTP e aos elementos desembarcados.
b) Fazer a busca, detecção e engajamento de fogos sobre alvos sob o comando
do Cmt da VBTP.
c) Estar em condições de apoiar pelo fogo o desembarque do GC e con-
feccionar toda a documentação de tiro.
d) Ser o principal responsável pela manutenção relativa ao operador do sistemas
de armas e também auxiliar o Mot na manutenção da VBTP.
e) Comandar a VBTP quando estiverem embarcados somente ele e o Mot.
f) Auxiliar na navegação da VBTP quando estiverem embarcados somente ele
e o Mot.
g) Fazer a segurança da VBTP quando o GC desembarcar.
h) Manter o contato visual com o GC sempre que possível.
4-11
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4.3.2 O Cb Mot e os 3º esclarecedor devem estar em condições de operar o ar-
mamento da VBTP e o sistema de comando e controle da VBTP.
4.3.3 O Cb At da VBTP deve estar em condições de conduzir a VBTP.
4.3.4 Além dos atiradores e motoristas, todos os integrantes do GC devem
ser habilitados, de forma básica, a dirigir a VBTP-MR e utilizar o armamento
coletivo.
4.3.5 Os Sd Esclarecedores devem estar em condições de assumir o comando
da esquadra e a missão dos Sd Atiradores, operando em boas condições as Mtr
L do GC.
4.3.6 Os Sd Atiradores devem estar em condições de desempenhar as funções
dos Sd Esclarecedores.
4.5 O GC EMBARCADO
4.5.1 Quando o GC Mec se desloca deve estar permanentemente preparado
para combater de dentro das VBTP com escotilhas abertas. Isso significa que o
4-12
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Cmt do GC deve organizar seus homens nas VBTP de forma a serem capazes
de observar e atirar enquanto se deslocam. Para a segurança orgânica dos mi-
litares:
a) todos devem estar com os cintos de cinco pontas afivelados (presos), espe-
cialmente os militares mais próximos da rampa, a fim de evitar que seus cintos
fiquem presos durante o fechamento da VBTP;
b) o militar que estiver na escotilha também deverá estar com o cinto especial
afivelado; e
c) o Cb Cmt Esq que estiver como operador da rampa (ou o militar designado
para isso) deve se certificar de que não há nada que possa ficar preso ou esma-
gado durante o fechamento da rampa.
4.5.2 Para cada homem deve ser designado um setor de tiro e observação.
4.5.3 Para a observação antiaérea, pode ser escalado um militar para esta mis-
são, entretanto, todos são responsáveis dentro do setor designado.
4-13
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4.5.4 Os Cmt GC devem situar-se em uma posição onde possam observar o
deslocamento do seu Pel.
4.5.5 O GC atuará sempre que possível embarcado, aproveitando desta forma
todas as vantagens que a VBTP lhe oferece.
4.5.6 A progressão embarcada possibilita ao GC o uso das capacidades das
VBTP, obtendo assim melhorias consideráveis de observação, identificação e
detecção noturna e diurna, comando e controle e relativa proteção blindada.
4.5.7 Com isso, fornece aos fuzileiros melhores condições de aproximação até
uma posição vantajosa no terreno ou mesmo próxima ao objetivo.
4.5.8 DECISÃO SOBRE A OCUPAÇÃO DAS ESCOTILHAS
a) De acordo com os fatores da decisão, o Cmt poderá dar ordem aos comanda-
dos para ocuparem as escotilhas.
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b) Nessa situação o sistema de armas da VBTP não estará operando na plenitu-
de de suas capacidades.
c) Ao decidir entre abrir ou fechar as escotilhas, o comandante deverá considerar
as seguintes vantagens e desvantagens:
1. Maior amplitude na
observação do terreno em até
1. Limitação no emprego
1000 m.
do sistema de armas da VB.
2. Possibilita o maior
Abertas 2. Menor proteção blindada
emprego dos armamentos
para os integrantes da VBTP.
individuais.
3. Maior exposição da VBTP.
3. Melhor observação das
reais posições das VBTP.
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pode decidir deixar um At Esqd e um At Lç Roj AT-4 na equipe embarcada. Nes-
sa situação deverá ser designado um Cmt dessa equipe, já que o Cmt do GC,
geralmente, estará com os elementos desembarcados.
c) Execução: “Embarcar!”
4.6.10.2 Execução
a) Ao comando de “preparar para embarcar”, os militares recolhem o mate-
rial e equipamento que conduzem e se deslocam para a parte traseira da VBTP.
b) Ao comando de “embarcar”, as esquadras podem embarcar das seguintes
formas:
1) simultânea;
2) sucessiva;
3) alternada; e
4) homem a homem.
c) Após o embarque, os militares mais próximos da rampa se certificam de que
nada atrapalhará o fechamento da mesma.
d) Após isso, informam ao Cmt VBTP que a rampa pode ser fechada e esse
ordena o fechamento.
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4.6.11 DESEMBARQUE EM VIATURA PARADA
4.6.11.1 Exemplo de comando
a) Advertência: “Grupo atenção!”
b) Comando propriamente dito: “Preparar para desembarcar!”
c) Tipo de resistência inimiga: “Posição AC!”
d) Direção do inimigo: “Duas horas!”
e) Execução: “Desembarcar!”
4.6.11.2 Execução
a) Ao chegar à posição de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista
para que abra a rampa.
b) Ao comando de “preparar para desembarcar”, os militares se preparam para
o desembarque conforme o planejamento.
c) Ao comando de “desembarcar”, as esquadras podem desembarcar das se-
guintes formas: simultânea, sucessiva, alternada ou homem a homem.
d) Após o desembarque, os elementos embarcados se certificam que podem
fechar a rampa e em seguida executam a ação.
4.6.12 EMBARQUE EM MOVIMENTO
4.6.12.1 A fração deverá embarcar pela rampa com a viatura em movimento
quando estiver sob fogos e não houver uma posição abrigada ou pelo menos
coberta.
4.6.12.2 Exemplo de comando
a) Advertência: “Grupo atenção!”
b) Comando propriamente dito: “Preparar para embarcar!”
c) Execução: “Embarcar!”
4.6.12.3 Execução
a) O Cmt da fração realiza o contato com os elementos embarcados e manda
baixar a rampa.
b) O motorista abaixa a rampa e diminui a velocidade.
c) Ao comando de “Preparar para embarcar!”, os militares recolhem todo material
e se deslocam em direção à VBTP.
d) Ao comando de “Embarcar!”!, as duas esquadras embarcam na viatura ao
mesmo tempo.
e) A distância entre os militares será de 10 a 15 m, a fim de que o homem da
4-18
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frente libere a rampa para o seguinte. Cada fuzileiro que embarcar deve ajudar
o próximo.
4.6.13 DESEMBARQUE EM MOVIMENTO
4.6.13.1 O desembarque com a viatura em movimento só é realizado em situa-
ção de risco de permanecer embarcado (ameaça de arma AC inimiga etc) e não
haja uma posição abrigada para o desembarque parado da VBTP. É realizado
pela rampa e pode ser utilizar dois processos:
a) Por esquadras intercaladas; e
b) por esquadras sucessivas.
4.6.13.2 Por esquadras intercaladas
- É utilizado quando o comandante deseja posicionar as frações (grupo ou es-
quadras) em uma mesma região do terreno.
4.6.13.2.1 Exemplo de comando
a) Advertência: “Grupo, atenção!”
b) Comando propriamente dito: “Preparar para desembarcar!”
c) Processo de Desembarque: “Por esquadras intercaladas!”
d) Tipo de resistência inimiga: “CC INIMIGO!”
e) Direção do Ini: “10 horas!”
f) Execução: “Desembarcar!”
4.6.13.2.2 Execução
a) Ao chegar à região de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista para
que abra a rampa.
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4.6.13.3.2 Execução
a) Ao chegar à região de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista para
que abra a rampa.
b) Ao comando de “preparar para desembarcar”, os militares se preparam para
o desembarque conforme planejamento.
c) Ao comando de “desembarcar”, as esquadras desembarcam uma por vez.
d) Após o desembarque, os elementos embarcados se certificam que podem
fechar a rampa e em seguida executam a ação.
4.6.14 ABRIR E FECHAR AS ESCOTILHAS
4.6.14.1 Quando embarcados, durante a progressão do GC, após analisar os
fatores da decisão, o Cmt Pel poderá dar ordem aos Cmt VBTP para que abram
4-22
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as escotilhas da tropa e posicionem militares para a segurança e observação.
- Da mesma forma, o fechamento das escotilhas poderá ser ordenado. Todos os
militares deverão ser capazes de operar todas as escotilhas.
4.6.14.2 Exemplo de comando
a) Advertência: “Grupo, atenção!”
b) Comando propriamente dito: “Abrir/fechar escotilhas!”
4.6.14.3 Execução
− Para a abertura das escotilhas, os militares responsáveis, conforme NGA dos
integrantes da VBTP, deverão realizar a ação e posicionar os armamentos nos
setores de tiro já designados pelo Cmt VBTP. Para o fechamento, os militares
que ocupam as escotilhas executam a ação.
Progressão
Remoto Bom Mínima Boa Mínima
Contínua
Progressão Pouco
Mínimo Boa Lenta Boa
Protegida Provável
Progressão
Iminente Máximo Máxima Muito lenta Máxima
por Lanços
4-24
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segurança em todas as direções.
4.7.9 PROGRESSÃO PROTEGIDA
4.7.9.1 O GC, embarcado na VTP, se desloca em coluna enquadrado no Pel,
separado lateralmente com intervalos que variam de acordo com os fatores da
decisão, normalmente entre 50 a 100m entre as viaturas. O contato visual entre
as VBTP deve ser mantido. Durante essa progressão, caso o contato com o
inimigo seja estabelecido, todos os fuzileiros devem ficar em condições de res-
ponder ao fogo imediatamente.
4.7.9.2 Nesta técnica de progressão a VBTP do GC se desloca de forma contí-
nua por um itinerário coberto e abrigado que lhe proporcione proteção da obser-
vação e fogos diretos inimigos. Enquanto uma outra VBTP a retaguarda se move
com velocidade variável, provendo uma contínua cobertura, mantendo o contato
com a VBTO da frente e parando periodicamente para realizar observações. A
VBTP da retaguarda fica perto o suficiente para prover uma base fogos imediata
e manobrar para apoiar e, longe o suficiente para ter liberdade de manobra em
caso do inimigo engajar a VBTP da frente.
4.7.10 PROGRESSÃO POR LANÇOS
4.7.10.1 Quando o GC progride por lanços, a VBTP do GC executa o lanço
enquanto outra viatura realiza a cobertura a partir de uma posição abrigada. Os
elementos que fazem a cobertura do o lanço deve ser capaz de, se for o caso,
apoiar pelo fogo ou até mesmo manobrar em apoio ao elemento que realiza o
lanço. O elemento que cobre o lanço só deverá abrir fogo se for identificada a
presença do inimigo. O elemento que realiza o lanço deverá ter o cuidado de não
entrar na linha de fogo de quem o cobre.
4.7.10.2 Durante a progressão por lanços, cada GC terá um setor o qual deverá
ser observado. O setor deve ser identificado como uma área específica ou por
pontos de referência ou usar o método relógio.
4.7.10.3 Caso seja necessária a cobertura pelo fogo, esta poderá ser feita pelo
fogo da VBTO ou, se for o caso, o Cmt pode dar ordem para que os fuzileiros de-
sembarquem e também realizem o apoio pelo fogo à VBTP que realiza o lanço.
4.7.10.4 Se o local de destino da VBTP que realiza o lanço for uma área aberta,
ao ocupar o local, os fuzileiros devem desembarcar para estabelecer a segu-
rança. Tão logo a VBTP que realizou o lanço tenha estabelecido a segurança, o
elemento que faz a cobertura deslocar-se-á à frente, repetindo o processo.
4.7.10.5 Existem dois tipos de lanços
a) Lanços sucessivos; e
b) lanços alternados.
4-25
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4.7.10.5.1 Lanços Sucessivos
a) Inicia-se o estudo dessa técnica considerando que a primeira VBTP esteja
ocupando uma posição coberta e abrigada ao longo do terreno, tendo as viaturas
da seção, designado os setores de tiro para as VBTP e realizado a observação
do terreno à frente.
4-29
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Batalha. O termo “área de risco” refere-se a qualquer região do itinerário onde
o terreno poderá expor o GC à observação do inimigo, fogos ou ambos. Como
exemplo, pode-se citar grandes áreas abertas, autoestradas, trilhas, pontes e
cursos d’água. Se possível, o Cmt deverá evitar estas áreas. Naturalmente, a
travessia de uma área de risco deve ser feita o mais rápido e cuidadosa possível.
Durante o planejamento o Cmt estabelece medidas de coordenação e controle
antes e depois da área de risco.
4.10.2 TRAVESSIA DE GRANDES ÁREAS ABERTAS
4.10.2.1 Se o tempo e o terreno permitirem, o GC deverá desembarcar e reco-
nhecer o itinerário a ser percorrido pelas VBTP. Após isso, estabelecerá a segu-
rança na região mais distante, ou seja, do outro lado da área de risco e aguardar
a chegada da viatura. Porém a distância entre as posições cobertas e abrigadas
podem tornar o emprego da infantaria desembarcada impraticável. Se o tem-
po restrito impedir que o GC realize o procedimento desembarcado, então este
poderá transpor embarcado, utilizando a progressão protegida ou por lanços,
desde que seja apoiado por outro elemento do Pel.
4.10.2.2 Geralmente áreas abertas possuem limitadas posições cobertas e abri-
gadas, e nesta situação, o Cmt GC deverá considerar os fatores da decisão para
a possibilidade de emprego de fogos diretos e indiretos enquanto o GC progride.
Além disso, poderão ser utilizados fogos fumígenos para proporcionar cobertura.
4.12 MANEABILIDADE A PÉ
4.12.1 O objetivo da maneabilidade desembarcada é permitir o emprego do fogo
e da manobra no âmbito do GC. A maneabilidade do GC quando desembarcado
será a mesma do GC Mtz, L e Pqdt.
4.12.2 O Cmt Pel deve atentar para a realização da maneabilidade desembarca-
da contando com o apoio de fogo dos sistemas de armas das VBTP.
4-32
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e manter o GC em linha.
4.13.4.18 Durante o assalto, o Cmt do GC deve garantir que os fogos de assalto
sejam os mais violentos e densos possíveis, procurando destruir o inimigo na
posição, bem como obter uma vantagem psicológica ao abalar a moral do inimi-
go dentro da posição defensiva. Para que isso ocorra, durante a realização dos
fogos de assalto os integrantes devem realizar um disparo a cada dois ou três
passos dados mantendo o fogo na direção do avanço e visando as possíveis
posições do inimigo no terreno (pequenas dobras, tocas e pequenas cobertas e
abrigos).
4.13.4.19 O grupo não se detém na orla anterior do objetivo e deve progredir até
a orla posterior do objetivo ou até a linha limite de progressão.
4.13.4.20 Além do emprego dos fuzis, as granadas de mão e o lançador de gra-
nadas são usados para cegar e destruir núcleos de resistência, localizados na
direção de progressão.
4.13.5 NA TRANSPOSIÇÃO DE ZONAS BATIDAS POR FOGOS LONGÍNQUOS
4.13.5.1 Quando embarcado o Cmt GC ordena o fechamento das escotilhas e
procura evadir da zona batidas por fogos empregando a VBTP.
4.13.5.2 Se estiver desembarcado, o GC se dispersa e se lança através da zona
batida por fogos, transpondo-a na forma mais rápida possível.
4.13.6 NA DEFENSIVA
4.13.6.1 Na defensiva o Cmt do GC deve escolher a posição da VBTP e dos
homens, priorizando o posicionamento das VBTP e das Mtr L do GC.
4.13.6.2 A posições são escolhidas a fim de garantir um recobrimento entre os
setores de tiro e de forma a melhor aproveitar os campos de tiro.
4.13.6.3 As VBTP normalmente ocupam primeiro uma posição de desenfiamen-
to e, quando da presença do inimigo, ocupam uma posição de tiro.
4.13.6.4 De acordo com o tipo de operação defensiva o comandante pode em-
pregar aumentar a distância entre as tocas para realizar um retardamento ou
vigilância. Nesta situação, o GC passar a ocupar a crista topográfica, visando
engajar o inimigo o mais longe possível e facilitar o desengajamento próprio.
4.13.6.5 A conduta do GC na defensiva tem início quando a observação sobre o
inimigo é suficiente para permitir a execução de fogos ajustados. À medida que
o inimigo avança, ele é submetido a um volume crescente de fogos.
4.13.6.6 Deve ser evitado atirar com o armamento que não possui alcance sufi-
ciente para atingir o objetivo. O engajamento é realizado de acordo com o avan-
ço do inimigo.
4.13.6.7 Durante a construção da posição, deve-se buscar o máximo de ocultação
possível. As medidas a seguir podem ser tomadas para facilitar essa ocultação.
4-33
EB70-CI-11.440
4.13.6.8 Permanecer na sombra sempre que possível;
4.13.6.9 Utilizar galhos e folhas para modificar as silhuetas dos homens, armas
e equipamentos;
4.13.6.10 Modificar o colorido das superfícies dando-lhes as tonalidades do am-
biente;
4.13.6.11 Ocultar objetos claros e brilhantes.
4.13.6.12 Ocultar a terra retirada nos trabalhos de construção de tocas e espal-
dões. Modificar o contorno das tocas e espaldões, camuflando os com meios
naturais;
4.13.6.13 Estabelecer uma disciplina de disfarce para assegurar de que as
posições permanecem ocultas. Principalmente com as seguintes conside-
rações:
a) utilizar, se possível, caminhos, trilhas e estradas existentes. Caso seja ne-
cessário movimentar pelo campo, deve-se atentar para eliminar ou disfarçar os
vestígios desse movimento;
b) a terra fresca e os refugos devem ser enterrados ou escondidos. É necessária
uma fiscalização para que os refugos, como por exemplo, os restos de ração,
não denunciem a localização da posição; e
c) os aspectos gerais do terreno devem ser modificados o mínimo possível.
4.13.6.14 Para a organização da posição defensiva, o Cmt do GC conduz os
homens até a posição. Os atiradores da esquadra são posicionados provisoria-
mente para bater o setor de tiro designado para todo o GC, e junto aos mesmos
é colocado um vigia. Antes dos inícios dos trabalhos de organização, o Cmt
determina que cada homem deite-se no local onde serão construída as tocas e
verifica os campos de observação e de tiro que cada toca oferece. Este trabalho
permite identificar se nos limites dos setores de tiro há o recobrimento de fogos
e a existência de algum ângulo morto. Após esta verificação, são iniciados os
trabalhos na seguinte sequência:
a) estabelecer a segurança;
b) assegurar as Com fio entre o GC e a VBTP;
c) fiscalizar o funcionamento do seu PV/PE;
d) posicionar VBTP e a posição das tocas do GC e outros meios recebidos.
A VBTP, geralmente, ocupa diferentes posições para atirar. Para cada posição
ocupada deve haver um caminho desenfiado para as Vtr chegarem à posição
de embarque. Será mais difícil encontrar caminhos desenfiados para as VBTP
devido ao tamanho.
e) limpeza dos campos de tiro;
4-34
EB70-CI-11.440
f) localização do ponto do suprimento inicial de munição e escolha dos itinerários
de ressuprimento;
g) preparação dos roteiros de tiro, incluindo a avaliação de distância aos
pontos importante no terreno, possíveis pontos de referência de alvo (PRA);
h) escolha e preparação da posição principal;
i) escolha e preparação das posições de muda e suplementar;
j) identificar a posição de embarque, se necessário. Devendo lembrar que a
VBTP desloca-se mais rápido que o GC e tem maior proteção contra o fogo
inimigo;
k) inspeção da posição para verificar de perto se a posição se acha coberta e
abrigada da observação terrestre e aérea;
l) preparação dos roteiros do GC em duas vias, mostrando as medidas de coor-
denação e controle empregadas sendo uma via enviado ao Cmt do Pel e outra
ficando de posse do Cmt do GC;
m) transmitir informações adicionais e mudanças no plano;
n) confeccionar um plano de alerta e segurança do GC;
o) reconhecer posições de muda e suplementares e caminhos desenfiados;
p) designar áreas de latrina do GC;
q) mobiliar PO e operar;
r) descanso e higiene pessoal; e
s) fiscalizar todas as atividades.
4.13.6.15 O Atirador da VBTP e o Motorista devem
a) Estabelecer a segurança da VBTP;
b) confeccionar o roteiro de tiro da VBTP;
c) estabelecer Com fio;
d) estocar na VBTP, munição, ração , água e material de manutenção;
e) realizar a manutenção da VBTP e do armamento;
f) balizar as posições de desenfiamento com, no mínimo, três estacas, sendo
uma estaca colocada à frente da VBTP, centralizada, alinhada com a Mtr. 50.
Essa estaca deverá ser suficientemente grande para que o Mot possa vê-la. As
outras duas estacas serão postas à esquerda da VBTP. Ainda poderão ser uti-
lizados dispositivos luminosos nas estacas para facilitar a observação noturna;
g) reconhecer caminhos para posições de muda e suplementares;
h) camuflar a VBTP;
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i) limpar os rastros da VBTP; e
j) observar o seu setor.
4.13.6.16 Os fogos defensivos irão ser realizados de acordo com o processo
de engajamento, as distâncias e alcance dos armamentos. O início dos tiros
das armas de maior alcance do GC é desencadeado quando o inimigo atinge a
distância de alcance útil das armas, em torno de 600 m, ou atinge determinado
acidente no terreno ou medida de coordenação e controle (linha de acionamen-
to). Isso permite obter o máximo de surpresa e evita a revelação prematura da
posição defensiva.
- Durante os fogos de preparação do inimigo o GC abrigar-se-á dentro das po-
sições.
4.13.6.17 Na defensiva, a principal atribuição do Cmt do GC é controlar o tiro da
fração. Somente para a defesa aproximada que ele toma parte no combate pelo
fogo. Enquanto os Cmt de esquadra realizam fogos e controlam os fogos de sua
esquadra.
4.13.6.18 O controle do regime de tiro do GC aumentará à medida que o inimigo
se aproxima da P Def, com a finalidade de causar o máximo de baixas e deter o
ataque antes que ele chegue à posição. Se o inimigo lançar o assalto e penetrar
na posição, deverá ser repelido pelo fogo, granadas e combate à baioneta.
4.13.6.19 Caso o inimigo avance apoiado por elementos blindados o principal
objetivo dos fogos do GC, exceto os Atiradores de Lç Rj, é abater a tropa a pé ou
homens expostos das escotilhas nas viaturas, enquanto os atiradores de Lç Rj
realizam fogos contra as viaturas blindadas.
4.13.6.20 Caso o inimigo avance somente com o emprego de viaturas blindadas
os fogos do GC deverão procurar engajar as partes sensíveis das viaturas pro-
curando degradar ao máximo o poder de combate. Devem realizar os fogos até
que sejam forçados a se abrigarem para fugir do esmagamento, retornando às
posições de tiro logo após a ultrapassagem dos carros e abrindo fogo contra a
tropa que se aproxima. Deve-se atentar para o caso de o assalto da infantaria
inimiga ser realizado após a posição defensiva, obrigando realizar os tiros no
interior da posição.
- Todo o esforço deve ser realizado para separar a infantaria das viaturas blin-
dadas.
4.13.6.21 A segurança deve ser mantida durante todas as ações defensivas com
o emprego de vigias e postos de escuta de acordo com o planejamento do Cmt
do Pel.
4.13.6.22 Os postos de vigia têm como finalidade dar o alerta oportuno em tem-
po útil. Esses postos ficam localizados no interior ou fora da posição de forma
a permitir o máximo de observação sobre as vias de acesso, oferecer coberta
4-36
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e abrigos e possuir itinerário de retraimento. Os elementos de vigia não se en-
gajam em combate aproximado e deve estar munido de meios para alertar a
aproximação do inimigo.
4.13.6.23 Os postos de escuta também podem ser empregados quando a visi-
bilidade for reduzida, para alertar a tropa, em tempo oportuno, da aproximação
do inimigo. Os elementos do posto de escuta devem ser substituídos com frequ-
ência para evitar que o cansaço diminua a eficiência do sistema de alerta, caso
não sejam possíveis, os postos podem ser ocupados em duplas permanecendo
ambos acordados para evitar surpresas.
4.13.6.24 O GC, quando estiver compondo o Posto Avançado de Combate
(PAC), poderá ter que ocupar postos de vigilância com a missão de retardar e
desorganizar inimigo e dar um alerta oportuno de sua aproximação.
a) O posto de vigilância pode variar o efetivo desde um GC até um Pel reforçado
com outros elementos.
b) Os postos de vigilância organizam os núcleos de defesa priorizando a obser-
vação e os campos de tiro profundos.
c) Cada posto de vigilância organiza a posição em uma frente que não prejudi-
que o controle.
d) Caso seja necessário aumentar a frente a ser coberta, deve-se empregar
posto de vigia e de escuta para áreas passivas.
e) Tão logo apareça um alvo compensador os postos de vigilância procuram
infligir o máximo de baixa ao inimigo empregando os fogos longínquos. Via de
regra, os postos de vigilância, como todo o PAC, retraem antes de engajarem-se
decisivamente.
4.13.6.25 O GC pode atuar realizando patrulhas de ligação entre as posições
defensivas e de vigilância, para manter a ligação entre esses elementos fixos.
Normalmente essa patrulha pode ser realizada com efetivo de 2 a 4 homens,
sem um horário fixo e por itinerários diferentes, a fim de evitar que o inimigo
descubra o sistema de patrulhas.
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CAPÍTULO V
O GRUPO DE COMBATE BLINDADO
5.1 GENERALIDADES
5.1.1 O Grupo de Combate Blindado (GC) é orgânico do Pelotão de Fuzilei-
ros Blindado, da Companhia de Fuzileiros Blindada dos Batalhões de Infantaria
Blindado e ainda dos Pelotões de Blindados dos Regimentos de Cavalaria
Blindado.
5.1.2 O GC Bld tem a organização semelhante aos demais GC, sendo acrescido
de uma guarnição de viatura blindada.
5.1.3 A guarnição das VBTP (Gu VBTP) é formada pelo Cmt da VBTP, função
acumulativa com o Cmt do GC, Cb/Sd Atdr e Cb Mot. Esses militares possuem
treinamentos específicos para operarem todos os sistemas da VBTP.
- O GC Bld é dotado de uma VBTP de dotação das OM Bld, podendo vir a atuar
de forma embarcada (elementos embarcados) ou desembarcada (elementos de-
sembarcados). Quando desembarcado, aplica os mesmos princípios preconiza-
dos para o GC Mtz, L e Pqdt com o acréscimo da mobilidade, proteção blindada
e apoio de fogo proporcionado pelo armamento e pela viatura orgânica.
5.1.4 O GC é comandado por um 3º Sgt e é organizado em duas esquadras.
5.1.5 ALÉM DAS CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS GC MTZ, LEVE E PQDT,
O GC BLD AINDA POSSUI AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS
5.1.5.1 Mobilidade
- Resultante da velocidade em estrada, da possibilidade de deslocamento
através campo, da capacidade de transposição de obstáculos e do raio de ação
de suas viaturas.
5.1.5.2 Poder de fogo
- Assegurada pelo armamento orgânico, as armas automáticas (metralhadoras
pesadas).
5.1.5.3 Proteção blindada
- Proporcionada pela blindagem, em grau relativo, das viaturas que resguardam
as guarnições contra os tiros de armas portáteis, minas terrestres, fragmentos de
granadas de morteiros e de artilharia.
5.1.5.4 Sistema de comunicações amplo e flexível
- Proporcionado, particularmente, pelos meios de comunicações de que é dota-
do, que asseguram ligações rápidas e flexíveis com o escalão superior e com os
5-1
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elementos subordinados.
5.1.5.5 Flexibilidade
- Decorre da instrução peculiar, da estrutura organizacional e das características
do material, que lhe permitem operar embarcado ou desembarcado.
5.1.5.6 Letalidade
- Traduzida como a aptidão de destruição física fundamentada nas capacidades
militares terrestres. O GC pode combinar os efeitos dos fogos do GC e dos fogos
diretos das VBTP.
5.1.5.7 Sobrevivência
a) A capacidade de sobrevivência da VBTP será obtida por meio da operação
plena aliada às Táticas, às Técnicas e aos Procedimentos (TTP).
b) As TTP devem incrementar a capacidade de inteligência, reconhecimento,
vigilância e de aquisição de alvos aliados ao rápido processamento e difusão de
informações e o correto emprego do sistema de armas.
5.1.5.8 Sustentabilidade
a) O GC pode operar por até 72 horas sem ressuprimento. Essa capacidade é
obtida pela dotação de suprimentos Classe (Cl) I, III e V acomodados na VBTP.
b) Visando as melhores condições de manutenção do meio (VBTP) e o descanso
do motorista, o pelotão normalmente poderá operar até 16 horas por dia.
5.1.5.9 Combate noturno ou em visibilidade reduzida
a) Os Equipamentos de Visão Noturna (EVN), de dotação do GC, ampliam a
capacidade para realizar a vigilância, aquisição de alvos e reforçar o comando e
controle no período noturno.
b) O EVN do motorista permite uma mobilidade em situações de escuridão total,
em todas as condições meteorológicas e em ambientes de visibilidade degrada-
das.
5.1.6 O GC Bld é um dos elementos que executam o binômio Carro de Com-
bate (CC) e Fuzileiros Blindados (Fuz Bld), potencializando as possibilidades e
minimizando as limitações, onde o CC proporciona ao Grupo de Combate maior
poder de fogo, enquanto o GC proporciona ao CC maior poder de combate apro-
ximado.
5.1.7 POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DO GC BLD
a) Participar de operações que exijam alta mobilidade tática, relativo poder de
fogo, proteção blindada e ação de choque.
b) Participar de operações no amplo espectro, englobando as operações Ofensi-
vas, Defensivas, de Pacificação e de Cooperação e Coordenação com Agências.
5-2
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c) Executar, quando desembarcado, operações terrestres sob quaisquer condi-
ções meteorológicas e terreno restritivo para a Viatura Blindada (VB).
d) Realizar contra-ataques.
e) Operar em condições de visibilidade reduzida ou sob condições meteorológi-
cas adversas.
f) Dispersar-se amplamente e reunir-se rapidamente quando embarcado.
g) Integrar uma reserva móvel do escalão superior.
h) Realizar transposição imediata de curso de água.
i) Eliminar ou neutralizar tropa a pé e VB leves empregando o sistema de armas.
Além disso, pode ainda, pelo volume de fogo, degradar viaturas com maior pro-
teção blindada.
j) Conquistar e manter o terreno.
k) Combater com a tropa desmembrada em elementos desembarcados e ele-
mentos embarcados.
l) Estabelecer pontos fortes para negar a posse ao Ini de determinada faixa do
terreno.
m) Participar de operações de junção.
n) Realizar tiros seletivos para eliminar ou neutralizar alvos compensadores, em
distâncias de até 500 m, por meio de emprego dos atiradores de precisão do GC.
o) Designar alvos para Viaturas Blindadas em apoio ou reforço.
5.1.8 O GC BLD APRESENTA AS SEGUINTES LIMITAÇÕES:
a) vulnerabilidade a ataques aéreos e armamento anticarro;
b) vulnerabilidade a minas anticarro, dispositivos explosivos improvisados e obs-
táculos naturais e artificiais;
c) limitada mobilidade fora de estrada, principalmente em terrenos montanhosos,
arenosos, pedregosos, cobertos e pantanosos;
d) vulnerabilidade a condições meteorológicas adversas, que reduzem a mobi-
lidade;
e) necessidade de volumoso apoio logístico, particularmente dos suprimentos
de Cl III, V e IX;
f) reduzida velocidade de progressão quando desembarcado;
g) necessidade de rede rodoviária para apoio; e
h) manutenção permanente requerida pelo material.
5-3
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5.1.9 O GC BLD PODE SER EMPREGADO COMO PARTE DE UMA PEL FUZ
BLD OU INTEGRANDO UMA FORÇA-TAREFA (FT)
- Devido às suas características suas ações permitem:
5.1.9.1 Mover-se para uma posição de vantagem contra um Ini desprevenido.
5.1.9.2 Empregar fogos diretos e indiretos de forma rápida e seletiva.
5.1.9.3 Mover-se rapidamente e desembarcar para conquista e manutenção de
objetivos e eliminar o Ini.
5.1.9.4 Realizar as seguintes ações táticas:
a) consolidar (limpar) uma área fixada, removendo e eliminando toda a resistên-
cia inimiga, não requerendo a remoção completa do Ini e ficando em condições
de prosseguir na missão;
b) assaltar uma posição defensiva;
c) participar de uma demonstração de força;
d) manter o terreno livre de ocupação inimiga. Geralmente é atribuída uma du-
ração, seja por fator do tempo ou por eventos. O GC assume o risco de engajar-
-se decisivamente. Não é necessária a presença física sobre a posição, sendo
admitida apenas a influência física (sistema de armas);
e) controlar o terreno mantendo a influência física sobre uma área específica
para evitar o uso pelo inimigo ou para criar condições necessárias para outra
missão. Resulta da ocupação física ou da ação dos sistemas de armas;
f) seguir e assumir uma ação principalmente quando a fração que realizava a
ação perdeu a impulsão;
g) seguir e apoiar uma fração que realiza uma ação;
h) ligar-se com elementos de frações amigas;
i) ocupar determinada área (sem ação inimiga), controlando-a;
j) capturar uma área com a utilização da força;
k) apoiar pelo fogo direto a ação de outra fração ocupando uma posição que
possa enfrentar o Ini;
l) proteger uma unidade, instalação ou área contra ação do Ini;
m) retardar trocando espaço por tempo, desgastando e diminuindo a impulsão
do Ini, buscando não se engajar decisivamente, sem perder o contato.
n) detectar campos de minas;
o) abrir brechas em campos de minas;
p) realizar ataques embarcado ou desembarcado;
q) realizar patrulhamento a pé e mecanizado;
5-4
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r) mobiliar PBCE, PBCVU e checkpoints;
s) ocupar um ponto forte; e
t) realizar pequenas ações de reconhecimento.
5.1.9.5 Durante as operações, a VBTP fornece apoio mútuo e proteção na exe-
cução das missões. Os soldados do GC garantem a segurança da VBTP quando
parada, e a VBTP proporciona mobilidade, proteção e uma base de fogos para
o assalto dos fuzileiros.
5.1.9.6 Quando em contato com o Ini, o GC Bld pode combater em-
barcado ou desembarcado de acordo com a situação tática:
a) Para isso, pode utilizar os fogos diretos e indiretos disponíveis e estabelecer
uma base de fogos com as esquadras e VBTP.
b) Sempre que o exame de situação permitir, o GC deve atacar os pontos fracos
do Ini, o flanco e a retaguarda, evitando atacá-lo frontalmente.
5.1.9.7 Os comandantes devem considerar o seguinte em emprego tático
a) Os grupos em contato devem estabelecer um eficaz fogo supressivo para ga-
nhar superioridade de fogo antes de se movimentar para o flanco inimigo.
b) Se o GC não puder se mover sob seus próprios fogos, o comandante deve
solicitar apoio de fogo do Pel.
c) O GC deve obter superioridade de fogos e, em seguida, mover-se contra o
flanco da posição do inimigo.
d) Para ganhar a supressão imediata, as VBTP devem submeter o inimigo pelo
fogo e mover-se para um local de desembarque.
e) Se forem engajados em campo aberto, os GC desembarcados constituirão
uma base de fogos com o armamento orgânico.
f) O Cmt GC determinará se o GC deve assaltar, fixar, fixar e apoiar ou desen-
gajar.
5.1.9.8 O GC Bld combate como um todo de maneira organizada, podendo
atuar com elementos embarcados e desembarcados.
- O GC Bld poderá ser empregado das seguintes formas:
a) GC embarcado:
- Sempre que for possível deverá ser a forma empregada, por oferecer as
características principais de uma tropa mecanizada, como proteção blindada,
mobilidade, ação de choque e relativo poder de fogo.
b) GC desembarcado com acompanhamento das VBTP:
- Essa forma deverá ser utilizada em situações especiais, quando a vulnera-
bilidade das VBTP for alta, como localidades, matas densas e passagens obri-
5-5
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gatórias.
c) GC desembarcado como apoio das VBTP:
1) deverá ser empregada durante operações ofensivas, quando o inimigo es-
tiver empregando Armto AC em grande quantidade ou houver grande vulnerabi-
lidade as VBTP, devido ao terreno ou possibilidades do inimigo.
2) é a forma de emprego no qual a VBTP é empregada como uma arma de
apoio.
5.1.9.9 Durante o combate embarcado, o Cmt do GC coordena o movimento da
VBTP.
- Quando o GC desembarcar, o Atirador da VBTP assume o comando da VBTP,
passando a manobrar as VBTP em apoio aos elementos desembarcados, con-
forme as diretrizes do Cmt GC/Pel.
5.1.9.10 Uma vez desembarcado, o GC Bld passa a empregar a maneabilidade
a pé usando as mesmas formações (coluna, linha ou cunha) e as técnicas de
movimento (contínua, alternada e protegida) de acordo com a situação tática.
ORGANIZAÇÃO
Cb Cmt 1ª Esquadra
5-6
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Cb Cmt 2ª Esquadra
Sd 3º Esclarecedor e Granadeiro
2ª Esquadra
Sd 4º Esclarecedor e Atirador de Lç Rj e Atdr Prcs GC*
Cb Mot VBTP
Guarnição
da VBTP
Cb/Sd At VBTP (SARC)
5.2 ATRIBUIÇÕES
5.2.1 O Cmt do GC, como comandante da VBTP, é responsável para o emprego
total da VBTP e do armamento.
- O motorista opera a viatura durante todas as condições de dia ou noite. Em
direção à zona de ação, o motorista maneja o veículo através de todo o terreno e
obstáculos para transportar com segurança a tropa embarcada para o ponto de
desembarque no campo de batalha.
5.2.2 A guarnição da VBTP pode empregar o armamento para complementar a
base de fogos. Esses fogos diretos podem assegurar a liberdade de manobra do
GC para cerrar e destruir o inimigo.
- Esses fogos também podem fornecer apoio de preciso contra tropa inimiga,
bunkers ou posições e destruir a infantaria inimiga durante o dia, a noite ou nas
condições de visibilidade limitada (fumaça, neblina, nevoeiro...).
5.2.3 O GC e as VBTP fornecem proteção mútua durante a execução das mis-
sões. Os elementos desembarcados fornecem segurança para a VBTP, e a via-
tura fornece mobilidade, proteção e uma base de fogos para o ataque.
5.2.4 Ao atuar com elementos desembarcados, o elemento embarcado vai inte-
grar a manobra do GC e/ou Pel com base nos fatores da decisão.
5-7
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5.2.5 Elemento embarcado: geralmente, ao mover-se a VBTP, os integrantes
embarcados deslocar-se-ão ou ocuparão uma posição de apoio de fogo para
apoiar as manobras do elemento desembarcado ou realizar uma manobra em-
barcada.
5.2.6 Cada VBTP é guarnecida pelo At e Mot. A Gu é responsável pela seguran-
ça da VBTP quando o GC encontrar-se desembarcado.
5.2.7 Para melhorar a orientação e a busca de alvos pela guarnição da
VBTP é necessário que o posto do At esteja sempre guarnecido, pois os ins-
trumentos ópticos garantem melhores condições para desempenho das tarefas
supracitadas do que as escotilhas do Mot e Cmt.
5.2.8 O GC AO ATUAR COMO ELEMENTO DESEMBARCADO DEVE:
5.2.8.1 Atuar levantando alvos para as armas de apoio da viatura e posicionan-
do-a no terreno para melhor aproveitar suas possibilidades. Após o desembar-
que os fuzileiros apoiam e são apoiados pela VBTP.
5.2.8.2 Normalmente os elementos desembarcados serão comandados pelo
Cmt GC, e os elementos embarcados comandados pelo Atirador da VBTP ou
eventualmente por um Cmt Esquadra caso permaneçam embarcados.
- Os fuzileiros são responsáveis pela utilização dos meios de apoio da VBTP
tanto desembarcados como embarcados.
5.2.9 AS ATRIBUIÇÕES DO SARGENTO COMANDANTE DO GC BLD SÃO
SEMELHANTES ÀS DO COMANDANTE DE GRUPO DE COMBATE MTZ, L E
PQDT
- Comandar o GC, emitindo os comandos necessários e oportunos que o
conduzam ao cumprimento da missão.
- Empregar e controlar o GC, conduzindo o tiro e a manobra da fração.
- Impulsionar as esquadras na ofensiva.
- Selecionar as posições dos homens na defensiva.
- Supervisionar as atividades de manutenção do grupo.
- Conduzir os tiros de artilharia e morteiros na zona de ação em que atua, quan-
do for necessário.
- Coordenar as atividades de manutenção do GC para que esteja em condições
de emprego.
- Designar objetivos.
- Designar alvos para os At L Roj AT-4 de acordo com estudo de situação.
- Distribuir setores de tiro e observação para os comandantes das esquadras.
5-8
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- Ser o responsável pela orientação e navegação do GC.
- Ser o responsável pela instrução, disciplina, controle, emprego tático, adestra-
mento e bem-estar dos comandados para obtenção e manutenção das capaci-
dades necessárias ao combate, mantendo elementos em condições de realizar
o rodízio de funções.
- Ser o responsável pelas comunicações do GC com o pelotão, informando os
reportes quando necessários.
- Confeccionar a documentação referente à fração.
- Checar a entendimento das missões recebidas através das ordens e briefings.
- Gerenciar as atividades logísticas do GC, informando ao comandante às ne-
cessidades de logísticas.
- Como comandante dar o bom exemplo aos integrantes do Grupo.
- Controlar o regime de tiro e distribuição de fogos de acordo com o planejamen-
to de fogos direto do pelotão.
- Manter a responsabilidade sobre os soldados e equipamentos.
- Inspecionar a condição de soldados armas, roupas e equipamentos.
5.2.9.1 Entretanto, também são acrescidas as seguintes atribuições para o
desempenho da função de Comandante da VBTP
− Cmt GC: também desempenha a função de Cmt da VBTP, quando embarcado.
O Cmt VBTP é uma função essencial para o correto emprego da Viatura Blinda-
da e aproveitamento máximo de todas as potencialidades como uma plataforma
de combate. Os Cmt GC são os comandantes das VBTP podendo delegar essa
função ao desembarcar.
− Quando embarcado auxilia o motorista na navegação da viatura e o atirador
na busca de alvos.
− Opera o sistema de comando e controla (rádio ou GCB) da VBTP, podendo
delegar essa atribuição a outro militar.
− Realiza observação do campo de batalha, busca de alvos e comandos de tiro.
− É o principal responsável pelo controle da manutenção dos sistemas de armas
e da VBTP.
− Quando embarcado ocupa, preferencialmente, a estação do Cmt do carro, po-
dendo ainda ocupar a estação do atirador ou o assento mais próximo à escotilha
de desembarque.
− Conduzir a VBTP, designando itinerários, locais de parada e de desembarque.
− Distribuir os setores de tiro e observação para o para o atirador da VBTP e para
5-9
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os comandantes de esquadra.
− Designar os militares necessários para realizar o balizamento da VBTP, por
ocasião da condução em locais de espaço restrito.
− Conduzir os tiros de artilharia e morteiros na zona de ação em que atuar, quan-
do for necessário.
− Confeccionar a documentação referente à fração.
5.2.10 AS ATRIBUIÇÕES DO CMT DE ESQUADRA QUANDO EMBARCADO
a) O Cb Cmt Esq que ocupar o assento mais próximo à rampa deve verificar se
existe algum objeto ou até mesmo parte do corpo de algum integrante do GC
que interfira no fechamento ou abertura da rampa para evitar danos ao pessoal
e/ou ao material.
b) Em caso de emergência deve estar em condições de conduzir a VBTP para
uma posição segura.
c) Eventualmente, conforme ordem do Cmt Pel, poderá assumir a função de Cmt
VBTP quando o GC estiver desembarcado, desde que seja habilitado.
5.2.11 AS ATRIBUIÇÕES DO CABO/SOLDADO MOTORISTA
- Conduzir a VBTP sob orientação do Cmt VBTP quando esse estiver embarca-
do, auxiliando na navegação e observando o terreno.
- Conhecer todas as possibilidades e limitações da viatura em relação à obstá-
culos naturais e artificiais com os quais pode se deparar.
- Durante a progressão embarcada deve conhecer as principais técnicas de pro-
gressão visando a segurança dos elementos embarcados e da própria VBTP.
- Auxiliar na detecção de ameaças e alvos compensadores, bem como locais de
onde provém disparos contra a tropa.
- Dirigir a VBTP sob o controle do Cmt da VBTP.
- Ser o responsável pelo acondicionamento e apronto do material da VBTP.
- Seguir os procedimentos de condução de acordo com o terreno e tenta
selecionar posições de desenfiamento.
- Auxiliar na detecção de alvos e observando disparos.
- Auxiliar na navegação através do monitoramento leituras de hodôm e
observando terreno.
- Ser o principal responsável pela execução da manutenção do operador (1º Esc)
da VBTP.
5-10
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5.2.12 AS ATRIBUIÇÕES DO ATIRADOR DA VBTP
- Operar o sistema de armas da VBTP e é responsável pela busca, detecção,
reconhecimento, identificação e engajamento de alvos que são potenciais ame-
aças à VBTP e aos elementos desembarcados.
- Fazer a busca, detecção e engajamento de fogos sobre alvos sob o comando
do Cmt da VBTP.
- Estar em condições de apoiar pelo fogo o desembarque do GC e confeccionar
toda a documentação de tiro.
- É o principal responsável pela manutenção relativa ao operador do sistemas de
armas e também auxilia o Mot na manutenção da VBTP.
- Comandar a VBTP quando estiverem embarcados somente ele e o Mot.
- Auxiliar na navegação da VBTP quando estiverem embarcados somente ele e
o Mot.
- Fazer a segurança da VBTP quando o GC desembarca.
- Manter o contato visual com seu Grupo sempre que possível.
5.5 O GC EMBARCADO
5.5.1 Quando o GC Bld desloca, ele deve estar permanentemente preparado
para combater de dentro das VBTP com escotilhas abertas. Isso significa que
Cmt do GC devem organizar os homens nas VBTP de forma a serem capazes
de observar e atirar enquanto se deslocam.
5.5.2 Para cada homem deve ser designado um setor de tiro e observação.
5.5.3 Para a observação antiaérea, pode ser escalado um militar para esta mis-
são, entretanto, todos são responsáveis dentro do setor designado.
5.5.4 Os Cmt GC devem em uma posição onde possam observar o deslocamen-
to do Pel.
5.5.5 Em algumas situações, quando da necessidade de vencer resistências,
obstáculos e outros, o GC poderá compor duas equipes: Equipe embarcada e
Equipe desembarcada.
5.5.6 A equipe embarcada será homens que atuarão nas viaturas, enquanto a
equipe desembarcada atuará em situações que exijam o combate a pé.
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situação os atiradores de Lç Rj devem ficar atentos, pois alvos blindados podem
surgir repentinamente. Caso exista uma ameaça, o comandante da fração deve
indicar sua direção.
5.6.8 Os comandos de embarcar e desembarcar poderão ser emitidos a voz, por
rádio e/ou gestos e sinais convencionados.
5.6.9 EMBARQUE EM VIATURA PARADA
5.6.9.1 Exemplo de comando
− Advertência: “Grupo atenção!”
− Comando propriamente dito: “Preparar para embarcar!”
− Execução: “Embarcar!”
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5.6.9.2 Execução
a) Ao comando de “Preparar para embarcar!”, os militares recolhem o material e
equipamento que conduzem e se deslocam para a parte traseira da VBTP.
b) Ao comando de “Embarcar!”, as esquadras podem embarcar das seguintes
formas: simultânea, sucessiva, alternada ou homem a homem.
c) Após o embarque, os militares mais próximos da rampa certificam-se que
nada atrapalhará o fechamento dela. Após isso, informam ao Cmt VBTP que a
rampa pode ser fechada e este ordena o fechamento.
5.6.10 DESEMBARQUE EM VIATURA PARADA
5.6.10.1 Exemplo de comando:
− Advertência: “Grupo, atenção!”
− Comando propriamente dito: “Preparar para desembarcar!”
− Tipo de resistência inimiga: “Posição AC!”
− Direção do inimigo: “Duas horas!”
− Execução: “Desembarcar!”
5.6.10.2 Execução
a) Ao chegar à posição de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista
para que abra a rampa.
b) Ao comando de “Preparar para desembarcar!”, os militares se preparam para
o desembarque conforme o planejamento.
c) Ao comando de “desembarcar”, as esquadras podem desembarcar das se-
guintes formas: simultânea, sucessiva, alternada ou homem a homem.
d) Após o desembarque, os elementos embarcados se certificam que podem
fechar a rampa e, em seguida, executam a ação.
5.6.11 EMBARQUE EM MOVIMENTO
5.6.11.1 A fração deverá embarcar pela rampa com a viatura em movimento
quando estiver sob fogos e não houver uma posição abrigada ou pelo menos
coberta.
5.6.11.2 Exemplo de comando
− Advertência: “Grupo, atenção!”
− Comando propriamente dito: “Preparar para embarcar!”
− Execução: “Embarcar!”
5.6.11.3 Execução
a) O Cmt da fração realiza o contato com os elementos embarcados e manda
baixar a rampa.
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b) O motorista abaixa a rampa e diminui a velocidade.
c) Ao comando de “Preparar para embarcar”, os militares recolhem todo o mate-
rial e se deslocam em direção à VBTP.
d) Ao comando de “Embarcar”, as duas esquadras embarcam na viatura ao mes-
mo tempo.
e) A distância entre os militares deve ser de 10 a 15 m, a fim de que o homem da
frente libere a rampa para o seguinte. Cada fuzileiro que embarcar deve ajudar
o próximo.
5.6.12 DESEMBARQUE EM MOVIMENTO
5.6.12.1 O desembarque com a viatura em movimento somente é realizado
quando houver risco da fração permanecer embarcada e não houver uma posi-
ção abrigada para a VBTP.
5.6.12.2 É realizado pela rampa e pode ser ter dois processos
a) Por esquadras intercaladas; e
b) por esquadras sucessivas.
5.6.13 POR ESQUADRAS INTERCALADAS: é utilizado quando o comandante
deseja posicionar as frações (grupo ou esquadras) em uma mesma região do
terreno.
5.6.13.2 Execução
a) Ao chegar à região de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista para
que abra a rampa.
b) Ao comando de “Preparar para desembarcar!”, os militares se preparam
para o desembarque conforme planejamento.
c) Ao comando de “Desembarcar!”, as esquadras desembarcam de forma inter-
calada sendo um militar de cada esquadra por vez.
d) Após o desembarque, os elementos embarcados se certificam que podem
fechar a rampa e, em seguida, executam a ação.
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5.6.14 POR ESQUADRAS SUCESSIVAS: é utilizado quando o comandante de-
seja dispersar as frações (grupo ou esquadras) em pontos diferentes.
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5.6.14.1 Exemplo de comando
− Advertência: “Grupo, atenção!”
− Comando propriamente dito: “Preparar para desembarcar!”
− Processo de Desembarque: “Por Esq sucessivas!”
− Tipo de Resistência Ini: “CC INIMIGO!”
− Direção do Ini: “02 horas!”
−Execução: Desembarcar!”
5.6.14.2 Execução
a) Ao chegar à região de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista para
que abra a rampa.
b) Ao comando de “Preparar para desembarcar”, os militares se preparam
para o desembarque conforme planejamento.
c) Ao comando de “Desembarcar!”, as esquadras desembarcam uma por vez.
Após o desembarque, os elementos embarcados se certificam que podem fe-
char a rampa e, em seguida, executam a ação.
5.6.15 ABRIR E FECHAR AS ESCOTILHAS
5.6.15.1 Quando embarcados, durante a progressão do GC, após analisar os
fatores da decisão, o Cmt Pel poderá dar ordem aos Cmt VBTP para que abram
as escotilhas da tropa e posicionem militares para a segurança e observação. Da
mesma forma, o fechamento das escotilhas poderá ser ordenado.
- Todos os militares deverão ser capazes de operar todas as escotilhas.
5.6.15.2 Exemplo de comando
− Advertência: “Grupo, atenção!”
− Comando propriamente dito: “Abrir/fechar escotilhas!”
5.6.15.3 Execução
- Para a abertura das escotilhas, os militares responsáveis, conforme NGA dos
integrantes da VBTP, deverão realizar a ação e posicionar os armamentos nos
setores de tiro já designados pelo Cmt VBTP. Para o fechamento, os militares
que ocupam as escotilhas executam a ação.
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5.7.2 Na progressão embarcada os GC Bld, poderão ser empregadas de forma
a mobiliar uma seção composta a duas viaturas blindadas.
5.7.3 Formações táticas são relativamente fixas, as técnicas de progressão, não.
A distância entre as viaturas do Pel ou a distância do lanço de cada viatura ou
seção, em relação à viatura ou seção que realizará a cobertura varia de acordo
com o terreno e a situação tática.
5.7.4 A técnica de progressão escolhida depende, basicamente, da possibilidade
de atuação do inimigo (segurança) e da velocidade necessária ao movimento
(rapidez). Existem três formas de progredir ditadas conforme a possibilidade de
contato:
Progressão
Remoto Bom Mínima Boa Mínima
Contínua
Progressão Pouco
Mínimo Boa Lenta Boa
Protegida Provável
Progressão
Iminente Máximo Máxima Muito lenta Máxima
por Lanços
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g) como receberá as próximas ordens.
5.7.7 SEGURANÇA DURANTE O MOVIMENTO
5.7.7.1 A segurança durante o movimento inclui todos os procedimentos execu-
tados pelo GC para garantir a segurança e aumentar a capacidade de combate.
Informações sobre a localização, situação tática e o inimigo deverão ser informa-
das ao Cmt Pel por via rádio e/ou pelo Gerenciador de Campo de Batalha (GCB).
Porém nada substitui a observação e o reconhecimento (observando o terreno,
e procurando pelo inimigo).
5.7.7.2 Terreno
- Quando planejar o movimento, o Cmt GC deve considerar como o terreno afeta
a segurança. O Cmt GC deve realizar o estudo do terreno dentro da zona de
ação e selecionará o melhor itinerário para o cumprimento da missão, prefe-
rencialmente com maior número de cobertas e abrigos. Ao mesmo tempo, ele
deverá considerar os outros fatores de decisão.
5.7.7.3 Disciplina de Luzes
- Se os soldados precisarem de uma quantidade maior de luz do que um EVN
com infravermelho, ele pode utilizar outras fontes de luz infravermelha. No en-
tanto, essa combinação deverá garantir a luz necessária com o mínimo de risco
de detecção por parte do inimigo.
5.7.8 PROGRESSÃO CONTÍNUA
5.7.8.1 O GC se desloca em coluna enquadrado no Pel, separado lateralmente
com intervalos que variam de acordo com os fatores da decisão, normalmente
entre 50 a 100 m entre as viaturas. As armas são orientadas para estabelecer
segurança em todas as direções.
5.7.9 PROGRESSÃO PROTEGIDA
5.7.9.1 O GC, embarcado em sua VTP, se desloca em coluna enquadrado no
Pel, separado lateralmente com intervalos que variam de acordo com os fatores
da decisão, normalmente entre 50 a 100 m entre as viaturas. O contato visual
entre as VBTP deve ser mantido. Durante essa progressão, caso o contato com
o inimigo seja estabelecido, todos os fuzileiros devem ficar em condições de
responder ao fogo imediatamente.
5.7.9.2 Nesta técnica de progressão a VBTP do GC se desloca de forma contí-
nua por um itinerário coberto e abrigado que lhe proporcione proteção da obser-
vação e fogos diretos inimigos. Enquanto uma outra VBTP a retaguarda se move
com velocidade variável, provendo uma contínua cobertura, mantendo o contato
com a VBTO da frente e parando periodicamente para realizar observações. A
VBTP da retaguarda fica perto o suficiente para prover uma base fogos imediata
e manobrar para apoiar e, longe o suficiente para ter liberdade de manobra em
5-22
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caso do inimigo engajar a VBTP da frente.
5.7.10 PROGRESSÃO POR LANÇOS
5.7.11 Quando o GC progride por lanços, a VBTP do GC executa o lanço en-
quanto outra viatura realiza a cobertura a partir de uma posição abrigada. Os
elementos que fazem a cobertura do o lanço deve ser capaz de, se for o caso,
apoiar pelo fogo ou até mesmo manobrar em apoio ao elemento que realiza o
lanço. O elemento que cobre o lanço só deverá abrir fogo se for identificada a
presença do inimigo. O elemento que realiza o lanço deverá ter o cuidado de não
entrar na linha de fogo de quem o cobre.
5.7.12 Durante a progressão por lanços, cada GC terá um setor o qual deverá
ser observado. O setor deve ser identificado como uma área específica ou por
pontos de referência ou usar o método relógio.
5.7.13 Caso seja necessária a cobertura pelo fogo, esta poderá ser feita pelo
fogo da VBTO ou se for o caso, o Cmt pode dar ordem para que os fuzileiros
desembarquem e realizem o apoio pelo fogo à VBTP que realiza o lanço.
5.7.14 Se o local de destino da VBTP que realiza o lanço for uma área aberta, ao
ocupar o local, os fuzileiros devem desembarcar para estabelecer a segurança.
Tão logo a VBTP que realizou o lanço tenha estabelecido a segurança, o ele-
mento que faz sua cobertura se deslocará à frente, repetindo o processo.
- Existem dois tipos de lanços, os sucessivos e os alternados.
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b) Não havendo indícios de atuação inimiga, é chamada a segunda VBTP, que
se posiciona em um local próximo à primeira VBTP e troca as informações ne-
cessárias.
c) Quando a segunda VBTP estiver em condições de observar e apoiar pelo
fogo, a primeira VBTP prossegue para o próximo compartimento do terreno.
d) Quando a primeira VBTP atinge a posição, o processo é reiniciado. Esse
processo é mais lento que o processo por lanços alternados, entretanto é mais
seguro.
5.7.14.2 Lanços Alternados
a) Considerando a situação inicial idêntica à do item anterior, o Cmt posiciona as
viaturas e observa o compartimento do terreno à frente da posição.
b) Não tendo observado indícios de atividade inimiga, chama a segunda VBTP,
que inicia o movimento, passa pela posição da primeira VBTP, troca as informa-
ções necessárias e prossegue para ocupar uma posição no próximo comparti-
mento do terreno, protegida pela primeira VBTP. Ao atingir a próxima posição,
a segunda VBTP ocupa o terreno, observa e sinaliza para que a primeira VBTP
avance, reiniciando o processo.
c) O lanço alternado é mais rápido que o lanço sucessivo, entretanto é menos
seguro.
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a) Porém, a distância entre as posições cobertas e abrigadas podem tornar o
emprego da infantaria desembarcada impraticável.
b) Se o tempo restrito impedir que o GC realize o procedimento desembarcado,
esse poderá transpor embarcado, utilizando a progressão protegida ou por lan-
ços, desde que seja apoiado por outro elemento de seu Pel.
5.9.2.2 Geralmente áreas abertas possuem limitadas posições cobertas e
abrigadas e nessa situação, o Cmt GC deverá considerar os fatores da de-
cisão para a possibilidade de emprego de fogos diretos e indiretos enquan-
to o GC progride.
- Além disso, poderão ser utilizados fogos fumígenos para proporcionar cober-
tura.
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5.10.1 As manobras do GC Bld serão semelhantes às do GC a pé considerando
o apoio de fogo proporcionado pela VBTP.
5.10.2 O emprego da VBTP poderá estar ao comando do Cmt do GC ou sendo
empregado como uma seção em apoio ao Pel. Nesse caso, o GC participará
enquadrado na manobra de seu Pel.
5.12 MANEABILIDADE A PÉ
5.12.1 O objetivo da maneabilidade desembarcada é permitir o emprego do fogo
e da manobra no âmbito do GC. A maneabilidade do GC, quando desembarca-
do, será a mesma do GC Mtz, L e Pqdt. O Cmt Pel deve atentar para a realização
da maneabilidade desembarcada contando com o apoio de fogo dos sistemas
de armas das VBTP.
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5.13.5 NA TRANSPOSIÇÃO DE ZONAS BATIDAS POR FOGOS LONGÍNQUOS
5.13.5.1 Quando embarcado, o Cmt GC ordena o fechamento das escotilhas e
procura evadir da zona batidas por fogos empregando a VBTP.
5.13.5.2 Se estiver desembarcado, o GC se dispersa e lança-se através da zona
batida por fogos, transpondo-a na forma mais rápida possível.
5.13.6 NA DEFENSIVA
5.13.6.1 Na defensiva o Cmt do GC deve escolher a posição da VBTP e dos
homens priorizando o posicionamento das VBTP e das Mtr L do GC.
5.13.6.2 As posições são escolhidas a fim de garantir um recobrimento entre os
setores de tiro e de forma a melhor aproveitar os campos de tiro.
5.13.6.3 As VBTP normalmente ocupam primeiro uma posição de desenfiamento
e, quando da presença do inimigo, ocupam uma posição de tiro.
5.13.6.4 De acordo com o tipo de operação defensiva, o comandante pode em-
pregar aumentar a distância entre as tocas para realizar um retardamento ou
vigilância. Nesta situação, o GC passará a ocupar a crista topográfica, visando
engajar o inimigo o mais longe possível e facilitar o desengajamento próprio.
5.13.6.5 A conduta do GC na defensiva tem início quando a observação sobre o
inimigo é suficiente para permitir a execução de fogos ajustados. À medida que
o inimigo avança, ele é submetido a um volume crescente de fogos.
5.13.6.6 Deve ser evitado atirar com o armamento que não possui alcance sufi-
ciente para atingir o objetivo. O engajamento é realizado de acordo com o avan-
ço do inimigo.
5.13.6.7 Durante a construção da posição deve-se buscar o máximo de
ocultação possível. As medidas a seguir podem ser tomadas para facilitar essa
ocultação:
5.13.6.8 Permanecer na sombra sempre que possível;
5.13.6.9 Utilizar galhos e folhas para modificar as silhuetas dos homens, armas
e equipamentos;
5.13.6.10 Modificar o colorido das superfícies dando-lhes as tonalidades do am-
biente;
5.13.6.11 Ocultar objetos claros e brilhantes.
5.13.6.12 Ocultar a terra retirada nos trabalhos de construção de tocas e espal-
dões. Modificar o contorno das tocas e espaldões, camuflando-os com meios
naturais;
5.13.6.13 Estabelecer uma disciplina de disfarce para assegurar de que as
posições permanecem ocultas, principalmente com as seguintes conside-
rações
5-30
EB70-CI-11.440
a) Utilizar, se possível, caminhos, trilhas e estradas existentes. Caso seja ne-
cessário movimentar pelo campo, deve-se atentar para eliminar ou disfarçar os
vestígios desse movimento.
b) A terra fresca e os refugos devem ser enterrados ou escondidos. É necessária
uma fiscalização para que os refugos, como por exemplo, os restos de ração,
não denunciem a localização da posição.
c) Os aspectos gerais do terreno devem ser modificados o mínimo possível.
5.13.6.14 Para a organização da posição defensiva, o Cmt do GC conduz os
homens até a posição. Os atiradores da esquadra são posicionados provisoria-
mente para bater o setor de tiro designado para todo o GC, e junto aos mesmos
é colocado um vigia. Antes dos inícios dos trabalhos de organização, o Cmt
determina que cada homem se deite no local onde serão construídas as tocas e
verifica os campos de observação e de tiro que cada toca oferece. Esse trabalho
permite identificar se nos limites dos setores de tiro há o recobrimento de fogos
e a existência de algum ângulo morto. Após essa verificação são iniciados os
trabalhos na seguinte sequência:
− estabelecer a segurança;
− assegurar as Com fio entre o seu GC e sua VBTP;
− fiscalizar o funcionamento do PV/PE Posicionar VBTP e a posição das tocas
do GC e outros meios recebidos. A VBTP, geralmente, ocupa diferentes posições
para atirar. Para cada posição ocupada deve haver um caminho desenfiado para
as Vtr chegarem à posição de embarque. Será mais difícil encontrar caminhos
desenfiados para as VBTP devido ao tamanho;
− limpeza dos campos de tiro;
− localização do suprimento inicial de munição e escolha dos itinerários
de ressuprimento;
− preparação dos roteiros de tiro, incluindo a avaliação de distância aos
pontos importantes no terreno, possíveis pontos de referência de alvo (PRA);
− escolha e preparação da posição principal;
− escolha e preparação das posições de muda e suplementar;
− identificar a posição de embarque se necessário. Devendo lembrar que a VBTP
desloca-se mais rápido que o GC e tem maior proteção contra o fogo inimigo;
− inspeção da posição para verificar de perto se a posição se acha coberta e
abrigada da observação terrestre e aérea;
− preparação dos roteiros do GC em duas vias, mostrando as medidas de coor-
denação e controle empregadas, sendo uma via enviado ao Cmt do Pel e outra
ficando de posse do Cmt do GC;
5-31
EB70-CI-11.440
− transmitir informações adicionais e mudanças no plano;
− confeccionar um plano de alerta e segurança do GC;
− reconhecer posições de muda e suplementares e caminhos desenfiados;
− designar áreas de latrina do GC;
− mobiliar PO e operar;
− descanso e higiene pessoal; e
− fiscalizar todas as atividades.
5.13.6.15 Atirador da VBTP e o Motorista devem:
− estabelecer a segurança da VBTP;
− confeccionar o roteiro de tiro da VBTP;
− estabelecer Com fio;
− estocar na VBTP, munição, ração , água e material de manutenção
− realizar a manutenção da VBTP e do armamento;
− balizar as posições de desenfiamento com no mínimo 3 estacas, sendo (uma)
estaca será colocada à frente da VBTP, centralizada, alinhada com a Mtr. 50.
Essa estaca deverá ser o suficientemente grande para que o Mot possa vê-la. As
outras 02(duas) estacas serão postas à esquerda da VBTP. Ainda poderão ser
utilizados dispositivos luminosos nas estacas para facilitar a observação noturna.
− reconhecer caminhos para posições de muda e suplementares;
− camuflar a VBTP;
− limpar os rastros da VBTP; e
− observar o seu setor.
5.13.6.16 Os fogos defensivos irão ser realizados de acordo com o proces-
so de engajamento, as distâncias e alcance dos armamentos. O início dos tiros
das armas de maior alcance do GC é desencadeado quando o inimigo atinge a
distância de alcance útil das armas, em torno de 600 m ou atinja determinado
acidente no terreno ou medida de coordenação e controle (linha de acionamen-
to). Isso permite obter o máximo de surpresa e evite a revelação prematura da
posição defensiva. Durante os fogos de preparação do inimigo. O GC se abriga
dentro das posições.
5.13.6.17 Na defensiva, a principal atribuição do Cmt do GC é controlar o tiro
da fração. Somente para a defesa aproximada que ele toma parte no combate
pelo fogo. Enquanto os Cmt de esquadra realizam fogos e controlam os fogos
da esquadra.
5-32
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5.13.6.18 O controle do regime de tiro do GC aumentará à medida que o inimigo
se aproxima da P Def, com a finalidade de causar o máximo de baixas e deter o
ataque antes que ele chegue à posição. Se o inimigo lançar o assalto e penetrar
na posição, deverá ser repelido pelo fogo, granadas e combate à baioneta.
5.13.6.19 Caso o inimigo avance apoiado por elementos blindados o principal
objetivo dos fogos do GC, exceto os Atiradores de Lç Rj, é abater a tropa a pé ou
homens expostos nas escotilhas das viaturas, enquanto os atiradores de Lç Rj
realizam fogos contra as viaturas blindadas.
5.13.6.20 Caso o inimigo avance somente com o emprego de viaturas blindadas
os fogos do GC deverão procurar engajar as partes sensíveis das viaturas pro-
curando degradar, ao máximo, o poder de combate. Devem realizar os fogos até
que sejam forçados a se abrigarem para fugir ao esmagamento, retornando às
posições de tiro logo após a ultrapassagem dos carros e abrindo fogo contra a
tropa que se aproxima. Deve-se atentar para o caso de o assalto da infantaria
inimiga ser realizado após a posição defensiva obrigando realizar os tiros no
interior da posição. Todo o esforço deve ser realizado para separar a infantaria
das viaturas blindadas.
5.13.6.21 A segurança deve ser mantida durante todas as ações defensivas com
o emprego de vigias e postos de escuta de acordo com o planejamento do Cmt
do Pel.
5.13.6.22 Os postos de vigia têm como finalidade dar o alerta oportuno em tem-
po útil. Estes postos ficam localizados no interior ou fora da posição de forma
a permitir o máximo de observação sobre as vias de acesso, oferecer coberta
e abrigos e possuir itinerário de retraimento. Os elementos de vigia não se en-
gajam em combate aproximado e deve estar munido de meios para alertar a
aproximação do inimigo.
5.13.6.23 Os postos de escuta também podem ser empregados quando a visi-
bilidade for reduzida, para alertar a tropa, em tempo oportuno, da aproximação
do inimigo. Os elementos do posto de escuta devem ser substituídos com frequ-
ência, para evitar que o cansaço diminua a eficiência do sistema de alerta, caso
não sejam possíveis, os postos podem ser ocupados em duplas permanecendo
ambos acordados para evitar surpresas.
5.13.6.24 O GC quando estiver compondo o Posto Avançado de Combate (PAC)
pode ter de ocupar postos de vigilância com a missão de retardar e desorganizar
inimigo e dar um alerta oportuno da aproximação. O posto de vigilância pode
variar o efetivo desde um GC até um Pel reforçado com outros elementos. Os
postos de vigilância organizam os núcleos de defesa priorizando a observação
e os campos de tiro profundos. Cada posto de vigilância organiza a posição em
uma frente que não prejudique o controle. Caso seja necessário aumentar a fren-
te a ser coberta deve-se empregar posto de vigia e de escuta para áreas passi-
vas. Tão logo apareça um alvo compensador os postos de vigilância procuram
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infligir o máximo de baixa ao inimigo empregando os fogos longínquos. Via de
regra, os postos de vigilância, como todo o PAC, retraem antes de se engajarem
decisivamente.
5.13.6.25 Ainda, o GC pode atuar realizando patrulhas de ligação entre as po-
sições defensivas e de vigilância, para manter a ligação entre esses elemen-
tos fixos. Normalmente essa patrulha pode ser realizada com efetivo de 2 a 4
homens, sem um horário fixo e por itinerários diferentes, a fim de evitar que o
inimigo descubra o sistema de patrulhas.
5-34
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CAPÍTULO VI
O GRUPO DE COMBATE DE SELVA
6.1 GENERALIDADES
6.1.1 O Grupo de Combate (GC) de Selva é orgânico do Pelotão de Fuzileiros
de Selva (Pel Fuz Sl), da Companhia de Fuzileiros de Selva (Cia Fuz Sl), dos
Batalhões de Infantaria de Selva (BIS).
6.1.2 O GC é comandado por um 3º Sgt, organizado em duas esquadras (sendo
estas comandadas por Cb), e integrado, ainda, por um Atendente. De acordo
com a situação poderá haver um Rádio Operador.
6.1.3 O GC de selva deve possuir capacidade de atuar tanto no interior da sel-
va, como em comunidades, centros urbanos e acidentes capitais, pois estes
representam importantes objetivos do combate na selva. Por isso o GC de selva
deve possuir, no mínimo, capacidades semelhantes aos GC de natureza Mtz, L
e Pqdt.
COMPOSIÇÃO REPRESENTAÇÃO
3º Sgt Cmt
Atendente
Tab 16 - Organização
6-1
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Sd 1º Esclarecedor e Atirador de Lç Rj
1ª
Esquadra
Sd 2º Esclarecedor e At Prcs
Sd 3º Esclarecedor e Atirador de Lç Rj
2ª
Esquadra
Sd 4º Esclarecedor e At Prcs
6-2
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2) Quanto à documentação:
(a) miniaturizar, codificar (SFC) impermeabilizar, e manter preparadas para
destruição o extrato da IEComElt e o Diagrama da Rede Rádio (DRR);
(b) preparar-se intelectualmente e em material para o emprego das IECo-
mElt (criptografia, código de mensagens pré-estabelecidas etc);
(c) conhecer as senhas, contrasenhas, sinais de reconhecimento e indica-
tivos;
(d) conhecer as prescrições rádio, as frequências principal e alternativas;
3) Quanto à procedimentos:
(a) conhecer os horários previstos para o estabelecimento de ligações com
o escalão superior;
(b) acionar o comandante para realizá-las;
(c) agir como mensageiro, conforme determinação do Cmt enquadrante; e
(d) quando o GC estiver atuando isolado, poderá exercer a função de HO-
MEM-HORA, principalmente durante a Ação no Obj.
b) Conduzirá o Fuzil IA2 5,56.
6.2.2.3 Do Atendente
a) Atribuições:
1) conduzir o kit 1º Socorros do GC:
- material de 1° Socorros padronizado;
- outros materiais hospitalares necessários (todo o material deverá estar
devidamente impermeabilizado e protegido);
2) prestar socorro aos militares feridos no âmbito do GC;
3) confeccionar macas improvisadas para evacuação de feridos, SFC;
4) assessorar o Cmt GC quanto ao estado sanitário da tropa;
5) atentar para as medidas de contra-rastreamento da fração; e
6) estabelecer ligação com o ponto de atendimento de saúde mais próximo.
b) Armamento
1) conduzirá somente a Pistola; e
2) conforme a situação (GC em atuação isolada, grave risco de confronto com
o inimigo etc) e Mdt O poderá receber outro(s) armamentos em complemento ou
substituição à pistola.
6.2.2.4 Do Cb Cmt Esq
a) Atribuições: semelhantes às dos GC Mtz, L e Pqdt.
b) Conduzirão Fuzil IA2 5,56, pistola e Lç Gr 40 mm.
6-3
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6.2.2.5 Dos Esclarecedores
a) Atribuições: as atribuições dos esclarecedores são semelhantes aos militares
dos GC Mtz, L e Pqdt.
b) Os Armt de dotação serão os seguintes:
1) 1° e 3º Esclarecedor: Fuzil IA2 5,56 e e Lç Rj;
2) 2° e 4º Esclarecedor: Fuzil IA2 7,62 com bipé, luneta de precisão e binó-
culo; e
3) Os esclarecedores poderão conduzir, ainda, Espingarda Cal 12.
6.2.2.6 Dos Atiradores
a) Atribuições: as atribuições dos atiradores são semelhantes às dos GC Mtz,
L e Pqdt.
b) Conduzirão a pistola e o Fz Mtr MINIMI 7,62 MK3 PARA com luneta.
6.3 FORMAÇÕES
6.3.1 NA ORDEM: GC NA FORMATURA E GC EM COLUNA
6-4
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6.3.2 POR ESQUADRAS JUSTAPOSTAS
6-5
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6.3.4 POR ESQUADRAS SUCESSIVAS
6.3.5 EM LINHA
- Conforme a situação tática, e/ou de visibilidade, poderá haver a troca das
posições dos seguintes militares: Cb Cmt 1ª Esquadra (1), pelo Sd 1º Esclarece-
dor e Atirador de Lç Rj (E1), e do Cb Cmt 2º Esquadra e Granadeiro (2), pelo
Sd 3º Esclarecedor e Atirador de Lç Rj (E3). Tal medida poderá criar melhores
posições, aos Cmt Esq, para o controle e a coordenação de suas respectivas
frações e possibilitar aos Sd Esc melhores campos de visão e tiro nos desloca-
mentos nessa formação.
6-6
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Fig 49 - Em linha
6.3.6 Caso o GC esteja atuando com Radio Operador este deverá permanecer
próximo ao Cmt GC, ou fora da ação em segurança, em condições de realizar o
contato rádio com o escalão superior.
6.3.7 QUADRO EXPLICATIVO DAS FORMAÇÕES:
- boa dispersão;
- ações de reconhecimento de: clarei- - relativo controle;
Esquadras ras, áreas de plantio e casario; - bom volume de fogo à frente e nos
Sucessivas - quando há necessidade de apoio flancos;
entre as esquadras. - apoio mútuo e boa segurança à
frente.
- bom volume de fogo em todas as
- quando se deseja segurança em
Esquadras direções.
todas as direções;
Justapostas - relativo controle;
- na aproximação do objetivo.
- boa dispersão;
- transposição de estradas e zonas
batidas por fogos; - Difícil controle;
Em linha
- é a formação mais adequada para o - máxima potência de fogo à frente.
assalto.
- rapidez e muito bom controle, pois
- em caráter excepcional, estradas ou
Esquadras facilita o emprego do fogo em ambos
quando as restrições impostas pelo
Justapostas os flancos e permite rápida mudança
terreno não obrigarem a adoção da
modificadas para outras formações; e
formação em coluna
- reduzida potência de fogo à frente
6-7
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6.4 MUDANÇAS DE FRENTE E FORMAÇÃO
6.4.1 No interior da selva as mudanças de direção devem ser indicadas através
de um método claro e prático, que evite desorientações, podendo ser, por exem-
plo, azimute, método do relógio, através de pontos notáveis no terreno etc.
6.4.2 Podem ser utilizados sinais e gestos convencionados para comandar as
mudanças de formação.
6.5 DESLOCAMENTOS
6.5.1 Quando não estiver no interior da Selva o GC utilizará os mesmos procedi-
mentos que um GC de natureza Leve.
6.5.2 No interior da selva o deslocamento ocorrerá, em geral, na formação colu-
na por um, devido à dificuldade de progredir nesse terreno específico.
6.5.3 Para manter o sigilo do deslocamento, os comandos deverão ser dados
através de sinais e gestos convencionados.
6.6 ALTOS
6.6.1 A fim de interromper o movimento do GC, o Cmt comandará “GRUPO,
ATENÇÃO! ALTO!” ou “GRUPO, ATENÇÃO! DEITAR (AJOELHAR)!”.
6.6.2 Os militares farão alto ou se deitarão (ajoelharão SFC) rapidamente, apro-
veitando o terreno e abrigando-se frente às direções de onde possa partir qual-
quer ameaça.
6.6.3 O GC sempre deverá manter a segurança em todas as direções.
6.6.4 Para isso é indicado a realização de um alto guardado, porém, de acordo
com a situação podem ser utilizadas outras formações.
6.6.5 A fim de manter o controle da distância percorrida, poderá ser escalado um
militar para a contagem de passo simples.
6.8 PROGRESSÃO
6.8.1 A progressão no interior da selva, costuma ser lenta devido à dificuldade do
terreno e a necessidade de manutenção do sigilo.
6.8.2 Em geral, até se atingir a posição de assalto será priorizado sigilo. A forma
de progressão escolhida deverá levar isso em consideração.
6.8.3 PODERÃO SER UTILIZADAS TÉCNICAS DE PROGRESSÃO SEME-
LHANTES ÀS DO GC MTZ, L, PQDT, COM ALGUMAS RESSALVAS:
6.8.3.1 As distâncias entre os homens no interior da selva serão reduzidas, de
forma que mantenham contato visual.
6.8.3.2 A distância dos lanços das esquadras será de até 20 metros, quando em
ambiente de selva.
6-9
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6.9.2.2 2ª Situação: o GC deverá abrir fogo contra o inimigo, e dependendo da
situação o Cmt pode decidir por eliminá-lo ou romper o contato.
6.9.2.3 3ª Situação: uma esquadra deverá se aferrar na posição e realizar base
de fogos, enquanto a outra manobra para atacar o inimigo.
6.9.3 QUADRO EXPLICATIVO DAS TÉCNICAS DE AÇÃO IMEDIATA
simples
vasculhamento. - Vantagem de colocar a ameaça sob
- Quando o combate é fogo cruzado.
favorável. - Desdobrar a fração em linha, estabe-
- Quando não é incon- lecer uma base de fogos com um dos
veniente ter a presença flancos para, em seguida, manobrar o
do GC identificada. outro flanco sobre um dos flancos do
oponente.
- A princípio, definidas
para exfiltrações.
- Empregada contra ameaças em
movimento.
- Presença do GC ainda não foi iden-
tificada.
6-10
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para um objetivo de
manobra.
maior valor.
- Típicas de infiltrações. - Manter o dispositivo em coluna, de-
sencadear fogo frontal com os homens
- Quando o combate posicionados na vanguarda e iniciar um
se apresenta desfa- rodízio para retaguarda.
vorável (poder relativo
de combate reduzido, Desengajamen- - Proporciona uma resposta “mecânica”
baixos níveis de mu- to em cascata mais rápida e uma maior facilidade de
nição, existência de controle.
feridos etc) - Proporciona menor capacidade de
manobra e menor volume de fogo
frontal.
- A fração é surpreendida por um Atq
de flanco simples.
Desengajamen-
- Mesmo procedimento de desenga-
AMEAÇA DE FLANCO
to em cascata
lateral jamento em cascata, difere no fato de
direcionar os fogos da fração para o
flanco ameaçado.
- A fração é surpreendida por um Atq
de flanco simples.
Processo tradi- - Adequada para grandes formações,
cional maiores efetivos ou formações mais
dispersas no terreno (maior distância
entre os homens).
6-11
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AMEAÇA DE FLANCO
orientada para outro - De difícil coordenação.
objetivo específico ou
DEFENSIVAS
para um objetivo de
maior valor. - Engajamentos que são absolutamente
desfavoráveis ao GC.
- Típicas de infiltrações.
- Quando o combate - Dispersão dos homens para posterior
se apresenta desfa- Dispersão e reorganização em um local previamen-
vorável (poder relativo reorganização te definido (P Reo).
de combate reduzido,
- A Fração deve dispor de um sinal códi-
baixos níveis de mu-
nição, existência de go predefinido para o comando de dis-
feridos etc) persar (granada fumígena, apitos etc)
6-12
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6.10.2.6 O grupo deverá estar adestrado nas TAI padronizadas, para que possua
vantagem caso entre em contato com o inimigo.
6.10.3 O GC COMO EQUIPE DE NAVEGAÇÃO
6.10.3.1 O Cmt GC deverá fazer o estudo prévio do itinerário e realizar a prepa-
ração da Carta.
6.10.3.2 Após concluir esta fase, o comandante do grupo constitui a sua equi-
pe de navegação com homem-ponto, homem-passo (mínimo de dois), homem-
bússola, operador de GPS, etc. O comandante do grupo será o homem-carta.
6.10.3.3 Nos deslocamentos na selva, deverá ser priorizada a técnica do azimu-
te-distância, devido a dificuldade de se orientar utilizando somente a carta.
6.10.3.4 Para facilitar a navegação, utilizará um Quadro Auxiliar de Navegação
(QAN).
6-13
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uma esquadra para outra quando a que executa o lanço passar pela que está
no apoio.
6.11.8 O elemento que cobre o lanço só deverá abrir fogo se for identificada a
presença do inimigo. O elemento que realiza o lanço deverá ter o cuidado de
não entrar no setor de tiro de quem o cobre, podendo ser utilizados pontos de
referência de alvos (PRA) para facilitar a coordenação e controle.
6.11.9 Em caso de vegetação e terreno convencional o GC de selva poderá em-
pregar as mesmas condutas e técnicas dos demais tipos de GC.
6-14
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6.12.5 Poderá compor também a segurança afastada, mobiliando Postos de Vi-
gilância, posicionados de 100 a 300 m da Área de Defesa Avançada.
6.12.6 CONDUTA DO CMT GC NA PREPARAÇÃO DA POSIÇÃO
6.12.6.1 Reconhecer a posição a ser ocupada pelo GC.
6.12.6.2 Determinar a posição das tocas, os setores de tiro e os procedimentos
de cada militar.
- Os integrantes do GC deverão preparar seus abrigos e limpar seus campos de
tiro.
- Os atiradores deverão estar posicionados nas extremidades, de forma que as
metralhadoras do GC estejam cruzando fogos ao centro da posição.
6.12.6.3 Poderão ser preparadas armadilhas à frente da posição defensiva, nos
acessos (trilhas etc), nos intervalos e em outros pontos (SFC e conforme o pla-
nejamento do Cmt Pel).
6.12.6.4 Por fim o Cmt GC deverá fazer um croqui da posição, indicando os se-
tores de tiro e a localização das armadilhas.
6-15
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6.12.7.2 Os granadeiros deverão apoiar todo o setor do GC com fogos indiretos.
6.12.7.3 Durante a noite é interessante a utilização de equipamentos de visão
noturna, e optrônicos, para aumentar a precisão dos fogos e evitar confusões
devido a passagem de animais ou de aliados.
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Legenda: P = piloto
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6.13.3.2 Os Processos de deslocamento fluvial são:
a) Contínuo:
6-18
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c) Por Lanços Sucessivos:
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6.13.4.2 As esquadras de um grupo ponta devem atuar em conjunto, observando
o princípio do apoio mútuo.
6.13.4.3 A distância máxima entre as embarcações e a margem mais próxima,
deve ser a do alcance útil dos fuzis.
6.13.4.4 A embarcação que se deslocar mais à frente, cumprirá as missões de
esclarecimento e não deverá estar alinhada ou encolunada com a outra.
6.13.4.5 O comandante do grupo desloca-se junto com a embarcação mais à
retaguarda, para melhor empregar sua fração.
6.13.4.6 Uma eficiente ação de patrulhamento e vasculhamento do terreno adja-
cente ao rio, simultaneamente com a ação fluvial, dificultará a atuação do inimigo
sobre a aquavia.
6.13.5 O GC COMO FLANCOGUARDA NA MARCHA PARA O CMB FLU
6.13.5.1 Quando houver eixos fluviais paralelos, torna-se necessário o emprego
de flancoguardas fluviais para impedir a ação inimiga nos flancos e na retaguar-
da.
6.13.5.2 As flancoguardas serão de valor mínimo GC SI e serão lançados se-
guindo os mesmos princípios de emprego do grupo ponta.
6.13.5.3 Poderá ser utilizada ainda quando a largura do Rio for muito grande, de
acordo com Estudo de Situação do Esc Sup.
6.13.6 O GC NO PATRULHAMENTO FLUVIAL
6.13.6.1 O patrulhamento fluvial consiste na realização de ações de patru-
lha em áreas ribeirinhas, a fim de:
a) manter o controle das margens das aquavias;
b) estabelecer e manter o controle das aquavias;
c) manter o tráfego fluvial para tropas amigas;
d) negar ao inimigo, o uso de aquavias; e
e) controlar a população ribeirinha e obter informes.
6.13.6.2 Vantagens e desvantagens do patrulhamento fluvial:
6.13.6.2.1 Vantagens:
a) permite desenvolver maior velocidade do que as patrulhas a pé, obtendo,
assim, maior raio de ação;
b) aumento da capacidade de carga e
c) em consequência, aumento do poder de combate; e
d) proporciona menor desgaste físico aos homens.
6-20
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6.13.6.2.2 Desvantagens:
a) o movimento da patrulha fica sujeito aos cursos d’água existentes;
b) maior vulnerabilidade às vistas e fogos do inimigo situado às margens; e
c) maior vulnerabilidade à atuação aérea do inimigo.
6.13.6.3 Nas demais operações o GC fará parte de um dos grupos designados
para a missão, de acordo com planejamento do escalão enquadrante.
6-21
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6-22
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CAPÍTULO VII
PLANEJAMENTO E CONTROLE DE FOGOS
7.1 GENERALIDADES
7.1.1 O planejamento de fogos é o processo contínuo de seleção de alvos nos
quais os fogos são pré-planejados para apoiar uma fase do conceito de opera-
ção. O planejamento de fogos é realizado concomitantemente com o plane-
jamento da manobra em todos os níveis. Os comandantes conduzem o plane-
jamento de fogos para suprimir, isolar, obscurecer, neutralizar, destruir, enganar
ou destruir alvos conhecidos, prováveis ou suspeitos e para apoiar as ações do
elemento de manobra. Os fogos são planejados para todas as fases de uma
operação. Os fogos diretos são os principais meios pelos quais as missões e
ações táticas são cumpridas.
7.1.2 O planejamento começa assim que o comandante recebe a missão. Uma
vez iniciado, o planejamento de fogos continua durante a conclusão da opera-
ção. O principal objetivo do planejamento de fogos é desenvolver como o fogo
deve ser concentrado, distribuído e controlado para melhor apoiar o conceito de
operação.
7.1.3 FOGOS EM ALVOS DE OPORTUNIDADE E EM ALVOS PLANEJADOS
7.1.3.1 Os alvos de oportunidade não são planejados com antecedência, mas
são engajados na forma em que se apresentem, de acordo com os critérios e as
regras de engajamento estabelecidos.
7.1.3.2 Os alvos planejados são aqueles levantados durante a fase de planeja-
mento, embora a execução possa variar. O nível do planejamento influencia o
tempo de execução dos fogos.
7.1.4 Para ser eficaz, os fogos devem ser integrados e sincronizados no tempo,
espaço e finalidade, em todo o conceito de operação. Integração significa que
todos os meios disponíveis são planejados e utilizados em toda a operação.
Sincronização significa que esses meios são sequenciados no tempo, espaço e
finalidade de uma maneira ideal, produzindo efeitos complementares e reforça-
dores para a manobra.
7.1.5 No nível tático, os fogos diretos são os recursos que adicionados ao mo-
vimento geram as capacidades às forças terrestres que manobram em contato
com o inimigo.
7.1.6 Os fogos diretos caracterizam-se pela tempestividade com que pos-
sam ser desencadeados, pela diversidade de direções concomitantes onde pos-
sam ser empregados e pela variedade de efeitos que podem provocar.
7-1
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7.1.7 Desta forma, os comandantes táticos devem planejá-los adequadamente,
a fim de assegurarem que a missão seja cumprida e as intenções sejam segui-
das.
7-2
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mitir a passagem de uma força blindada por um fosso ou curso d’água, permite
que essa força empregue os meios de maior poder de fogo na sequência do
engajamento. As ameaças técnicas são sistemas inimigos de maior letalidade
em relação à força amiga considerada. Nem sempre a ameaça tecnicamente
mais letal será o principal sistema de armas do inimigo. Por exemplo, um míssil
anticarro ou mesmo um carro de combate inimigo podem ser as ameaças mais
letais contra nossos carros de combate. Esses sistemas não serão as ameaças
mais letais contra nossos fuzileiros desembarcados, numa determinada situa-
ção em que fogos de metralhadora ou de lançadores automáticos de granadas
seriam mais eficazes. Dessa forma, o planejamento de fogos e o processo de
engajamento devem estar orientados para os Alvos de Alta Prioridade, por meio
das Prioridades de Engajamento estabelecidas para cada sistema de armas.
7.3.2.3 Evitar múltiplos engajamentos sobre o mesmo alvo: deve-se ter em
mente que os engajamentos têm os seguintes elementos escassos: tempo e
munição. Assim, quando uma determinada força realiza múltiplos engajamentos
num mesmo alvo, outros poderão não ser engajados, representando ameaças
à missão ou àquela força. Portanto, deve-se haver um planejamento dos fogos,
bem como um adequado processo de engajamento para garantir que todos os
fogos sejam distribuídos de acordo com as ameaças apresentadas e que os
responsáveis por os desencadear tenham condições de fazê-lo.
7.3.2.4 Empregar o armamento mais adequado ao alvo: o emprego do arma-
mento mais adequado aumenta a probabilidade da rápida destruição ou neutra-
lização do alvo, economizando tempo e munição. Para empregar o armamento
mais adequado ao alvo, os comandantes devem levar em consideração os ar-
mamentos e munições disponíveis e as condições dos alvos, como tipo, natu-
reza, valor ou quantidade, distância, exposição e as capacidades em termos de
potência de fogo e proteção. Além disso, devem considerar quais efeitos atingir
sobre os alvos.
7.3.2.5 Minimizar a exposição ao inimigo ou ameaças: o engajamento com
fogos diretos requer visada direta para ambos os contendores. Quanto menos
exposta uma determinada força, menores são as possibilidades de o inimigo
detectar e identificar nossas posições e valor, planejar a distribuição dos fogos
e, sobretudo, para realizá-los. Para tanto, deve-se adotar medidas que vão da
organização do terreno ao planejamento dos fogos diretos, por exemplo, deter-
minando que apenas parte das frações faça a busca de alvos e selecionando
quando possível uma técnica de engajamento que exponha apenas parte da
força de cada vez, como a técnica de fogos alternados.
7.3.2.6 Evitar o fratricídio e danos colaterais: todos devem ser proativos na
prevenção ao fratricídio e aos danos colaterais. A proficiência na identificação
de sistemas, como blindados e aeronaves; o uso de sinais de reconhecimento
e a consciência situacional são medidas eficazes nesse sentido, principalmente
no desenrolar do processo de engajamento. Por outro lado, no que tange ao
7-3
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planejamento dos fogos diretos, medidas como as regras de engajamento, as
prescrições dos fogos, os níveis de prontidão dos armamentos e a reorientação
dos fogos, com base nos diagramas de risco de superfície são fundamentais
para evitar o fratricídio e os danos colaterais.
7.3.2.7 Planejar para situações de visibilidade extremamente reduzida: em-
bora um ou mais contendores possam ter capacidades de combater em situações
de visibilidade reduzida, como nos períodos noturnos, os comandantes devem
planejar para situações de visibilidade extremamente reduzidas, como as acen-
tuadas por uso de fumígenos, por neblina ou durante tempestades. Situações
como essas são requeridas especialmente pelas forças que desejam reduzir as
capacidades originais dos contendores para potencializar as suas ou ao menos
equilibrar o combate. A adoção posições de tiro alternativas mais próximas dos
pontos onde o engajamento é esperado e a prescrição do uso de meios ativos de
iluminação (luz visível ou infravermelha) são exemplos de medidas para operar
em situações de visibilidade extremamente reduzida.
7.3.2.8 Planejar para situações de capacidades degradadas: a degrada-
ção das capacidades pela perda de parte dos meios e/ou por danos de uma
força que lhe tire parte das capacidades, como a possibilidade de empregar
determinado armamento, de engajar em movimento, de se comunicar etc. Dada
a impossibilidade de prever todas as degradações possíveis, os comandantes
planejam as missões na plenitude das capacidades e desenvolvem planos al-
ternativos baseados nas degradações mais prováveis que a força possa sofrer.
7-4
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medidas de coordenação e controle tanto mais detalhadas quanto menores fo-
rem os graus de adestramento e maturidade dos subordinados.
7.4.5 Deve-se ter em mente que as medidas de coordenação e controle dos fo-
gos não devem ser determinadas apenas durante o planejamento da manobra.
Novas medidas podem ser determinadas no curso da operação considerando a
possibilidade de os escalões subordinados receberem e compreenderem pelos
meios disponíveis e com oportunidade.
7.4.6 Há dois tipos de medidas de coordenação e controle dos fogos dire-
tos, as baseadas no terreno e as baseadas no inimigo ou ameaça.
7.4.7 MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE BASEADAS NO TERRE-
NO
- Os comandantes podem empregar as seguintes medidas de coordenação
e controle baseadas no terreno quando planejam orientar os fogos em pontos,
linhas ou áreas do terreno ao invés de elementos específicos da força inimiga:
7.4.7.1 Pontos limites/de coordenação: pontos nítidos naturais ou artificiais
dispostos no terreno que balizam os limites de atuação de cada fração ou arma-
mento. Nestes pontos os fogos são coordenados entre as frações adjacentes.
São medidas restritivas impostas pelo escalão superior.
7.4.7.2 Limites: balizam as regiões de atuação de cada fração. São estabeleci-
dos nas adjacências de linhas nítidas no terreno.
7.4.7.3 Ponto de Referência de Alvo (PRA)
7-5
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a) São pontos facilmente identificados no terreno, preexistentes (entroncamen-
tos, cumes etc.) ou criados (painéis, sinalizadores, fumaça, veículos em chamas
etc.), que servem para orientar os fogos.
b) Sempre que possível, os PRA devem ser vistos por todos a quem interessa,
tanto sem auxílio de dispositivos de visão noturna quanto com auxílio destes,
sejam de intensificação de luz residual, sejam termais. Os PRA podem ser iden-
tificados por números ou letras.
7.4.7.4 Direção de Tiro: a direção de tiro é uma medida para orientar os fogos
para uma determinada região, particularmente importante quando o tempo para
fornecer a orientação aos subordinados, é escasso ou a determinação de outras
medidas de referência é impraticável, também estabelece a direção principal
para o emprego do armamento visando ampliar a eficácia e reduzir riscos de
fratricídio.
- Para designação da direção de tiro os comandantes podem usar os seguintes
processos:
a) do PRA mais próximo;
b) do relógio;
c) dos eixos cardinais;
d) do traçante; e
e) do designador laser.
7.4.7.5 Área de Engajamento (AE)
7-6
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a) É uma área no curso de uma via de acesso onde o comandante visualiza
emassar os efeitos dos fogos para destruir o inimigo, criando uma grande zona
de matar.
b) É uma medida de coordenação e controle eminentemente empregada nas
ações estáticas.
c) A amplitude e profundidade da área de engajamento dependem da área onde
a tropa está desdobrada e dos alcances dos armamentos, limitados pelas linhas
de intervisibilidade gerados pelas feições do terreno.
d) Normalmente os comandantes dividem a área de engajamento em setores ou
quadrantes sob responsabilidade dos subordinados. As áreas de engajamento
podem ser identificadas por nomes.
7.4.7.6 Setor de Tiro
7-7
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tiro para, entre outras coisas, prevenir o fratricídio e os danos colaterais.
c) Os setores de tiro podem ser determinados com base nos PRA, pelo processo
do relógio ou por meio de quadrantes.
d) Na determinação dos setores, os comandantes devem levar em consideração
as capacidades de observação e de engajamento dos meios, tanto em profundi-
dade quanto em amplitude, ou seja, é conveniente que os meios assistidos por
dispositivos de observação e pontaria com grande magnificação e capazes de
engajar a longa distância recebam setores mais distantes (tais como os SARC,
caçadores ,..). E, se possível mais estreitos, enquanto os meios menos capazes
de engajar alvos distantes, como os fuzileiros, devem receber os setores mais
próximos e amplos.
e) Designados para os núcleos da defesa que atuarão na orla da AE e para as
armas de apoio.
f) São estabelecidos um setor principal e um secundário, a ser empregado me-
diante ordem. Ângulos horizontais onde se atribui a responsabilidade de execu-
ção da observação e desencadeamento de fogos, aliado a outras medidas de
coordenação.
7-8
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7.4.7.7 Posição de ataque pelo fogo (P Atq F): Visando empregar o máximo
volume de fogos para bater o inimigo no interior da AE, a utilização do poder de
fogo da reserva, principalmente dos carros, não pode ser relegada. Deve ser
prevista uma posição a partir da qual a reserva ou as frações possam atacar pelo
fogo o inimigo que penetrou na AE, cooperando com sua destruição.
7.4.7.8 Posições de bloqueio (P Bloq): é um ponto selecionado no terreno que
visa barrar uma via de acesso ou via terrestre. A P Bloq deverá ser compatível
com as dimensões da via que visa bloquear e devendo ser ocupada ou não,
conforme ordem do Cmt tático.
TIPOS DE P BLOQ
Posição Localização Visa Barrar Quem Autoriza Ocupar
Principal Núcleo Inicial Pel VA Pcp Cmt Pel
Muda Núcleo Inicial Pel VA Pcp Cmt Seção
Suplementar Núcleo Inicial ou não VA Secundária Cmt FT SU
Subsequente Núcleo Subsequente Prosseguimento da VA Pcp Cmt FT U
Tab 19 - Posição de bloqueio
7-10
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7.4.7.10 Tela código ou grid: a tela código é uma medida de coordenação e
controle em que se sobrepõe quadrículas sobre uma determinada região para
geração de referências. Essas quadrículas geralmente são amarradas em refe-
rências da carta ou, preferencialmente, do terreno e podem ter medidas padroni-
zadas ou serem dimensionadas de acordo com feições do terreno.
a) Um exemplo típico de emprego de uma tela código é em ambiente urbano, em
que as quadrículas são definidas pelos quarteirões (A, B, C, D, E, F, G e H) e as
edificações recebem códigos (1, 2, 3 etc.) que facilitem a identificação e desig-
nação. Nesse caso, NGA podem ser estabelecidas para adicionar informações e
facilitar da identificação e designação dos alvos.
b) No exemplo a seguir, está representada uma NGA em que o ponto específico
onde o alvo se encontra foi designado pela informação de que face da edificação
e em que abertura (janela, porta etc) encontrava-se o alvo. Neste caso, valendo-
-se de letras para designar a coluna e números para designar o andar.
7-11
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didas de coordenação e controle dos fogos diretos de determinados elementos
quando eventos predeterminados acontecerem. O acionamento pode ser desen-
cadeado pela própria força que a ultrapassa e que terá os fogos mudados, ou
pode ser por elementos amigos ou por inimigos, oportunidades em que outros
elementos mudarão os fogos.
b) As linhas de acionamento são as principais medidas de coordenação e contro-
le empregadas para obter a sincronização dos fogos com a manobra, prevenindo
o fratricídio. As linhas de acionamento são traçadas e identificadas como linhas
de controle.
7.4.7.11.1 Linha de Engajamento Máximo (LEM)
a) É uma linha no terreno que baliza o alcance efetivamente útil de determinado
armamento em função das limitações impostas pelas linhas de intervisibilidade.
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o alvo mais à esquerda da posição ou formação inimiga, enquanto os demais
engajam os alvos correspondentes com o elemento à direita engajando o alvo
mais à direita do inimigo.
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b) Nesse caso, os comandantes devem designar ou ter como Normas Gerais e
Ação, quem engaja os alvos mais próximos e quem engaja os mais distantes.
a) A orientação dos fogos por meio do dispositivo dos alvos é o equivalente dos
quadrantes, mas baseado no inimigo. É indicada quando o dispositivo ou forma-
ção inimiga está concentrado e o uso das medidas de coordenação e controle
baseadas no terreno é inadequado.
b) Divide-se o dispositivo ou formação inimiga em quatro, de modo a definir as
porções direita e esquerda, curta e longa.
c) Desse modo, podem ser designados alvos aos elementos subordinados em
apenas um quadrante (por exemplo: ENGAJE ESQUERDA-LONGO DO DISPO-
7-18
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SITIVO) ou em mais de um (por exemplo, ENGAJE CURTO DO DISPOSITIVO).
7.4.8.3 Regras de Engajamento
- As regras de engajamento, estabelecidas desde os mais altos escalões com
base no ordenamento jurídico nacional e internacional definem as circunstâncias
e limitações sob as quais o engajamento pode ser realizado.
7.4.8.4 Critérios de engajamento e desengajamento
a) São condições específicas que, quando atingidas, orientam o início dos fogos
ou a suspensão e retraimento.
b) Essas circunstâncias podem ser representadas por eventos relacionados às
forças amigas ou inimigas, normalmente esperados que ocorram em uma área
ou linha de acionamento, como por exemplo, a passagem de certa força inimiga
por uma região, a destruição de 2 carros de combate etc.
7.4.8.5 Técnicas de Engajamento
a) As técnicas de engajamento são medidas de coordenação e controle relacio-
nadas ao modo visualizado para obter determinados efeitos sobre os alvos.
b) Além dos efeitos desejados, as considerações de munição disponível para o
engajamento, bem como o tempo em que manterá os alvos sob efeitos dos fogos
são determinantes na escolha da técnica de engajamento. São elas:
7.4.8.5.1 Fogo concentrado
a) É executado contra um alvo específico, como uma viatura ou uma fortificação.
Quando o comandante a escolhe, determina que todos os sistemas de armas
considerados engajem o mesmo alvo até a destruição ou o tempo de supressão
expire.
b) O desencadeamento do fogo concentrado a partir de várias posições dis-
persas aumenta a chance de destruição do alvo, não apenas pelo volume dos
fogos, mas também pela possibilidade de atingi-lo nas partes mais vulneráveis.
7.4.8.5.2 Engajamento de área
- O engajamento de área é executado contra alvos dispersos em uma área, em
conjunção com outras medidas de coordenação e controle, técnicas de engaja-
mento ou mesmo por meio de diferentes modos de tiro, como os tiros livres com
e sem ceifa, tiros com ceifa em profundidade, com ceifa oblíqua e tiros ceifantes.
7.4.8.5.3 Fogo simultâneo
a) É a técnica em que todos os sistemas de armas considerados realizam fogos
ao mesmo tempo. Como consequência, é a técnica de engajamento que desen-
cadeia o maior número de fogos ao mesmo tempo, mas tem menor capacidade
7-19
EB70-CI-11.440
de manter os alvos sob fogos por longo período.
b) Por exemplo, um grupo de exploradores, dotado de 4 metralhadoras, ten-
do 2000 car 7,62 mm cada, pode desencadear simultaneamente rajadas curtas
(cerca de 5 tiros por rajada com cerca de 4 seg de intervalo) por cerca de 30 min
até ficar sem munição para prosseguir no combate.
c) O engajamento simultâneo é empregado quando se deseja emassar os efeitos
dos fogos sobre determinados alvos rapidamente, quando se pretende ganhar a
superioridade sobre os fogos do inimigo ou quando a intenção é aumentar a pro-
babilidade de acerto nos alvos de armamentos de baixa expectativa de impacto.
7.4.8.5.4 Fogo Alternado
a) É a técnica de engajamento em que pares de frações subordinadas (Pel, Gp,
Seç CC, Pç Mtr etc.) alternam-se na realização dos fogos.
b) Em consequência, essa técnica emassa menos fogos nos alvos ao mesmo
tempo, mas pode sustentar os fogos por mais tempo, quando comparada ao
engajamento simultâneo.
c) Essa técnica também permite reduzir a exposição da força ao inimigo e o força
a mudar constantemente a pontaria dos sistemas de armas.
7.4.8.5.5 Fogo Observado
a) É a técnica em que um ou mais elementos observam os alvos engajados por
outros elementos.
b) É particularmente empregada contra alvos distantes, de modo que a avaliação
dos impactos pelo elemento que engaja o alvo é prejudicada e não permite pre-
cisar se o alvo foi ou não eficazmente atingido.
c) Essa técnica ajuda a evitar múltiplos engajamentos de um mesmo alvo, neste
caso pelo mesmo sistema de armas ou fração.
d) Isso pode acontecer especialmente em situações como em que um carro de
combate inimigo é alvejado por uma munição APFSDS e não entre em chamas,
por não atingir combustível ou o compartimento de munição do alvo, mas que
fique neutralizado.
e) Os elementos que observam os fogos, de acordo com o planejamento do co-
mandante, também podem ficar em condições de reengajar os alvos no caso dos
fogos dos que engajam não causarem os efeitos esperados sobre os mesmos.
7.4.8.5.6 Fogo Sequencial
a) É a técnica em que elementos de uma fração engajam o mesmo alvo ou área
um após o outro em uma sequência preestabelecida.
7-20
EB70-CI-11.440
b) É a técnica que garante o maior tempo de duração dos fogos sobre os alvos,
mas que emassa menos fogos simultaneamente.
c) Essa técnica também permite economizar munição e pode auxiliar o desen-
cadeamento dos fogos pelos demais elementos, corrigindo os fogos de quem
acabou de atirar, como no caso de um atirador de AT-4 que tenha errado o alvo,
informando ao próximo atirador a alça errada que havia considerado no tiro.
7.4.8.4 Tempo de supressão
a) É um período durante o qual um comandante planeja manter elementos inimi-
gos específicos incapacitados de realizar fogos eficazes contra elementos ami-
gos.
b) Esse período depende essencialmente da estimativa do tempo em que uma
força apoiada leva para manobrar.
c) A supressão por tempo pode ser empregada junto com outra técnica de en-
gajamento.
7.4.8.5 Reconhecimento pelo Fogo
a) É uma técnica que visa engajar posições suspeitas do inimigo para que este
responda aos fogos e com isso facilite o trabalho de esclarecimento da situação
do inimigo, pela identificação da localização, número e tipos de sistemas de
armas.
b) Normalmente, para evitar a exposição desnecessária, os comandantes deter-
minam que apenas parte dos elementos execute o reconhecimento pelo fogo.
7.4.9 REGIME DE TIRO
a) O regime de tiro de armas automáticas deve ser estabelecido para regularizar
o consumo de munição, evitando o gasto desnecessário por conta do descontro-
le e, consequentemente, o comprometimento da capacidade de combater.
b) O regime de tiro a escolher depende da quantidade de munição disponível,
do volume de fogos esperado, da quantidade estimada para consumo no enga-
jamento considerado, do tempo estimado do engajamento, da técnica de enga-
jamento a ser empregada e da expectativa do próximo recebimento de munição.
c) Os comandantes podem estabelecer regimes de tiro lento, normal, acelerado
e rápido, conforme as características descritas a seguir.
7.4.9.1 Valendo-se dos fatores da decisão deve-se estabelecer o regime de
utilização dos armamentos visando a manutenção dos níveis em todas as
fases da missão, por exemplo, a Mtr L do GC
a) Máximo de tiros sem necessidade de ressuprimento do cofre de assalto = 250
tiros.
7-21
EB70-CI-11.440
b) Cadência máxima = aproximadamente 200 tiros por 30 seg.
c) Velocidade de progressão = 0,6 Km/h.
7.4.9.2 Com base nesses dados estimados, se uma Mtr L do GC combater a
0,6 Km/h na cadência de tiro máxima, após 30 min de combate teria apoia-
do o avanço da tropa aproximadamente 10 m e não teria munição de pronto
emprego, havendo necessidade de sair de combate temporariamente para
ressuprir o cofre e/ou trocar o cano da Mtr L.
- Esse exemplo visa mostrar que o controle de munição deve ser uma constante
preocupação do Cmt tático durante o planejamento das fases da operação.
7.4.9.3 Regime de tiro de Mtr .50
Inquietação e
Lento 10 -15 seg 5a7 20 a 30 3 a 5 min
neutralização
Apenas
Manter
se hou-
Normal 5 -10 seg 5a7 30 a 40 2,5 a 3 min superioridade
ver mal
de fogos
funciona-
mento
Obter
1,5 a 2,5
Acelerado 2 - 4 seg 5a7 40 a 80 superioridade
min
de fogos
Em
10 a 13
Rápido Não há - 450-550 1 min momentos
seg
críticos
Alcance
6900 m
Máximo
7-22
EB70-CI-11.440
Manter
Normal 4 - 5 seg 6a9 100 1 min 10 min superioridade
de fogos
Obter
Acelerado 2 - 3 seg 10 a 13 200 30 seg 2 min superioridade
de fogos
Em
10 a 13
Rápido Não há - 450-550 1 min momentos
seg
críticos
- Sobre reparo 1800 m
Alcance
- Sobre bipé: 900 m para área
efetivo
- Rasância 600 m
Alcance
3800 m
Máximo
Tab 22 - Regime de tiro de Mtr 7,62 mm (continuação)
7-23
EB70-CI-11.440
de áreas de influência onde os fogos devam ser controlados são os principais
determinantes na escolha da prescrição de fogos a ser adotada.
7.4.10.1 Fogo livre
- Liberdade para engajar qualquer alvo que não seja identificado como amigo;
7.4.10.2 Fogo restrito
- Liberdade para engajar apenas alvos que sejam positivamente identificados
como inimigos;
7.4.10.3 Fogo condicionado
- Liberdade para apenas responder a fogos recebidos ou quando recebam or-
dem para engajar;
7.4.10.4 Cessar fogos
- Todos os fogos devem ser interrompidos e nenhum elemento tem autorização
para desencadear fogos.
7-24
EB70-CI-11.440
(Fz e Mtr) e outro para lançador automático de granadas.
7.5.7 ZONAS DE IMPACTOS DOS DRS
a) Zona de dispersão: é a zona onde há expectativa de ocorrerem impactos
diretos de projéteis disparados numa determinada direção (direção arma-alvo).
b) Zona de ricochetes: é a zona para onde projéteis disparados numa determi-
nada direção (arma-alvo) podem ser desviados como ricochetes.
c) Zona de estilhaços: é a zona onde há probabilidade de estilhaços de projéteis
ou granadas explosivas disparadas numa determinada direção (arma-alvo) atin-
girem pessoas ou objetos após a explosão.
7.5.8 PARÂMETROS PARA REPRESENTAÇÃO DAS DIMENSÕES DE CADA
ZONA
7.5.8.1 Distância X - Distância máxima, na linha arma-alvo, que um determinado
projétil ou granada atinge;
7.5.8.2 Distância Y - Distância máxima onde o projétil conserva energia suficien-
te para sofrer ricochetes.
7.5.8.3 Distância W - Distância em relação aos limites laterais da zona de dis-
persão, que define a área de ricochetes. É traçada paralelamente à esquerda e
à direta desses limites e cruzam os eixos definidos pelos ângulos de deflexão P
e Q.
7.5.8.4 Distância mínima - Distância mínima em relação ao alvo para empre-
go em segurança do lançador automático de granadas.
7.5.8.5 Ângulos de dispersão (P) - São os ângulos traçados, a partir da posição
do armamento, à esquerda e à direta da direção arma-alvo que determinam a
zona de dispersão.
7.5.8.6 Ângulo de deflexão inicial (Q) - É o ângulo traçado, a partir da posição
do armamento, à esquerda e à direta dos limites laterais da área de dispersão,
até atingir as retas da distância W, determinando a zona de ricochetes.
7.5.8.7 Ângulo de deflexão terminal (R) - É o ângulo traçado, a partir da dis-
tância máxima onde o projétil conserva energia suficiente para sofrer ricochetes
(Distância Y), à esquerda e à direta dos limites laterais da área de dispersão, até
atingir as retas da distância W, determinando a zona de ricochetes.
7.5.8.8 Área A - Porção da área de estilhaços paralelamente à direita e esquerda
da área de ricochetes (aplicável apenas quando for empregada munição explo-
siva).
7.5.8.9 Área B - Porção da área de estilhaços paralelamente além das áreas
de impactos e de ricochetes, traçada a partir da Distância X (aplicável apenas
7-25
EB70-CI-11.440
quando for empregada munição explosiva).
7.5.8.10 Área F - Área de risco de efeitos secundários do armamento (sopro,
onda de choque etc.).
ÂNGULO ÂNGULO DE
DIST DIST ÁREA ÁREA
ARMAMENTO DE DISPER- DEFLEXÃO ÁREA F
MIN X A B
SÃO (P) (Q)
7-26
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Fz e Mtr
5.300 m 5100m 5° 45° 45° 1500 m
7,62mm
Fz e Mtr
3.500 m 2000m 5° 35° 25° 350 m
5,56mm
7-27
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ÂNGULO ÂNGULO
DIST DIST DIST ÂNGULO DE
DE DE- DE DE- DIST ÁREA ÁREA
ARMT DISPERSÃO
MIN X Y FLEXÃO FLEXÃO (W) A B
(P)
(Q) (R)
Lç Gr
310 2100 1250 470
40 10° 60° 30° 310 m 310 m
m m m m
mm
7-28
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7-29
EB70-CI-11.440
7.6.6 DETECÇÃO
7.6.6.1 A primeira fase do processo de engajamento é a detecção. Essa fase
contempla a busca de potenciais alvos ou monitoramento do campo de batalha
e a detecção propriamente dita. A detecção caracteriza-se pela visualização de
algo (força ou meio) em determinado local, embora não se possa determinar a
natureza, o tipo, valor ou quantidade e hostilidade.
7.6.6.2 A adequada designação de áreas de responsabilidades, de elementos
e frações responsáveis, de turnos de responsabilidade, aliado ao emprego de
procedimentos corretos e ao emprego de dispositivos de vigilância e observação
que potencializem as capacidades de busca de alvos da tropa são fundamentais.
7.6.6.3 Os comandantes designam áreas de responsabilidade por meio de medi-
das de coordenação e controle dos fogos como os setores de tiro e os quadran-
tes. Da mesma forma, designam os turnos de modo a promover a ininterrupta
observação do terreno.
7.6.6.4 A tropa, por sua vez, pode executar ou combinar os seguintes pro-
cedimentos para a busca de alvos, em função dos fatores da decisão
7.6.6.4.1 Busca rápida: caracteriza-se pela observação de amplas faixas longitu-
dinais da área de responsabilidade, do próximo para o afastado e vice-versa até
a completa observação da área.
7-30
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7-31
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7-32
EB70-CI-11.440
d) Para a busca em edificações em ambiente urbano deve-se considerar a ca-
racterística tridimensional do terreno, a proximidade e a probabilidade de o ini-
migo utilizar-se de quaisquer das numerosas cobertas e abrigos. Desse modo, a
busca consiste em escanear as edificações horizontal ou verticalmente, respec-
tivamente nas linhas ou colunas de aberturas (janelas, portas, varandas etc.).
7.6.6.4.3 Busca detalhada: é o procedimento de busca em que elementos ou
frações detêm-se na observação detalhada de determinados pontos da área
de responsabilidade devido à complexidade do terreno nestes pontos (áreas
edificadas, bosques etc.), à probabilidade ou à iminência do contato com o
inimigo.
7-33
EB70-CI-11.440
7-34
EB70-CI-11.440
dos alvos) ou 4 AML-90 NO 3º QUADRANTE! (no caso de haver a identificação).
7.6.7.7 Normalmente as NGA devem estabelecer como o reporte deve ser
feito
- Normalmente, a natureza das ameaças pode ser classificada como:
a) Aeronave: compreendendo os vetores aéreos tripulados e remotamente pi-
lotados, exceto os mísseis, foguetes e projéteis. Normalmente reportado como
“AERONAVE!”.
b) Carros de combate: representando apenas os CC de lagartas, cujas blinda-
gens e armamentos os distingue como as ameaças técnicas mais letais para
nossos meios blindados. Normalmente reportado como CARRO!
c) Blindados: englobando as VBTP, VBR, VBC Fuz, VBC Eng, VBC OAP, VBE,
entre outras viaturas blindadas, de rodas ou de lagartas, e que pelas caracterís-
ticas são mais vulneráveis aos fogos diretos, embora apresentem graus distintos
de ameaça às forças, podendo inclusive serem considerados como as maiores
ameaças técnica e/ou táticas., Normalmente reportado como “BLINDADO!”
d) Viaturas: englobam as viaturas de rodas não blindadas, como as VTNE, VTL
etc. Normalmente reportado como “VIATURA!”.
e) Tropa: envolve os elementos a pé, sejam pelotões de fuzileiros, grupos de
combate, seções, turmas ou peças de metralhadoras, anticarro, de morteiro etc.
Normalmente reportado como “TROPA!”
f) Civis: são a população, agentes de ONG, agentes de órgãos governamentais
etc. cuja hostilidade é classificada como não-combatente. Normalmente repor-
tado como CIVIS!
7.6.7.8 O emprego de meios de marcação para identificação em combate, como
painéis, faixas, placas etc., sejam nas viaturas sejam nos uniformes da tropa,
que permitam a discriminação das forças amigas é extremamente importante.
Convém que esses meios não comprometam a camuflagem e que possam ser
vistos pelos meios de observação disponíveis à tropa considerada como, por
exemplo, pelos termais dos sistemas de armas.
7.6.8 DECISÃO
7.6.8.1 A decisão é a fase em que ocorre a correlação entre o planejamento dos
fogos e a real situação das forças amigas e inimigas.
7.6.8.2 Essa situação evoluiu substancialmente desde a apresentação do inimi-
go, em virtude do engajamento entre ambas as forças.
7.6.8.3 Para os comandantes, nessa fase o esforço está em compreender
a situação para orientar os fogos dos elementos subordinados sobre ele-
mentos inimigos, de modo que os efeitos sejam taticamente os mais sig-
nificativos sobre estes inimigos. Dessa forma, os comandantes visualizam
7-35
EB70-CI-11.440
cronologicamente as capacidades que pretende degradar, neutralizar ou
destruir das forças inimigas, como:
− realizar a abertura de brechas nas barreiras das forças amigas;
− engajar com fogos diretos anticarro de longo alcance;
− realizar a autodefesa antiaérea;
− engajar com fogos indiretos ajustados;
− engajar com fogos diretos anticarro de curto alcance;
− progredir ou retrair protegido em viaturas blindadas;
− realizar o combate aproximado abrigado; e
− realizar o combate aproximado assaltando a posição.
7.6.8.4 As frações, por sua vez, em consonância com o planejamento dos fogos
e com os alvos recebidos após o estabelecimento do contato, no decorrer do
combate, empreendem as seguintes atividades na fase de decisão do processo
de engajamento:
7.6.8.5 Caso recebam múltiplos alvos (parte ou totalidade dos alvos dentro
do setor ou quadrante, na designada direção de tiro etc.), que ocorre nor-
malmente nos escalões pelotão, seção e grupo
a) Considerar os princípios do controle dos fogos;
b) Considerar o planejamento dos fogos ou ordens fragmentárias que tenha re-
cebido (técnica de engajamento, prioridades de engajamento, regras de enga-
jamento etc.); e
c) Decidir pela maneira como realizar o engajamento, detalhando ou não as me-
didas de coordenação e controle recebidas.
7.6.8.6 Caso recebam apenas um alvo, que ocorre normalmente nas fra-
ções turma, peça, guarnição
a) Identificar corretamente o alvo recebido; e
b) Empregar a técnica de tiro correspondente ao sistema de armas, o que nor-
malmente envolve a obtenção da distância do alvo para determinação da eleva-
ção (alça) do armamento e a seleção da munição apropriada ao alvo.
7.6.9 ENGAJAMENTO
7.6.9.1 A fase do engajamento, propriamente dita, é a realização dos disparos,
no nível individual e pequenas frações e dos fogos como um todo da força amiga
considerada. Dessa forma, como nos níveis mais elevados, o ciclo do processo
de engajamento é mais lento, ocorre que as pequenas frações e indivíduos nor-
malmente realizarão sucessivos engajamentos antes de receberem novos alvos,
7-36
EB70-CI-11.440
frutos da decisão do escalão superior.
7.6.9.2 O engajamento é desencadeado a partir da emissão dos comandos de
tiro ou ordem fragmentária, os quais também devem ser claros e concisos.
- Independentemente de ser comando de tiro ou O Frag, convém não repetir as
informações ou medidas de coordenação e controle que não tenham sido altera-
dos em relação aos comandos ou ordens anteriores.
7.6.10 AVALIAÇÃO
7.6.10.1 É a última fase do processo de engajamento e é caracterizada pela
verificação dos efeitos causados sobre o inimigo e da situação das frações e
sistemas de armas da força amiga. Obviamente que os fogos indiretos, os obs-
táculos, entre outros elementos no combate comporão o contexto da avaliação.
7.6.10.2 O resultado da avaliação visa a nortear decisões para alterações na
manobra e nos fogos. Essas alterações podem ser a mudança para posições
alternativas, a progressão ou retraimento, o redirecionamento dos fogos para
outros alvos, ou mesmo para cessar os fogos.
7.6.10.3 Da mesma forma que nas demais fases, as atividades de avaliação são
distintas nos níveis dos comandantes em relação ao das pequenas frações que
realizam o engajamento propriamente dito.
7.6.10.4 Enquanto para os comandantes a avaliação consiste em manter a cons-
ciência situacional para determinar ou não a reorientação dos fogos dos elemen-
tos subordinados, as pequenas frações ocupam-se de observar se os disparos
causaram os efeitos nos respectivos alvos engajados para concluir pelo reenga-
jamento do mesmo alvo ou mudança para outro alvo.
7.6.10.5 A tarefa dos comandantes de manter a consciência situacional consiste
em observar toda a área de responsabilidade ou ocupar-se de consolidar todos
os reportes recebidos dos subordinados (quando não têm condições de obser-
var toda a área de responsabilidade). Para isso, quando não têm condições de
observar toda a área, convém que os comandantes subordinados reportem a
situação periodicamente, informando a situação das próprias frações e os efeitos
causados no inimigo, sempre que possível, valendo-se das medidas de coorde-
nação e controle baseadas no terreno para permitir a visualização pelos coman-
dantes. Essa fase, para os comandantes, pode confundir-se com as fases de
detecção, identificação e decisão no curso do engajamento.
7.6.10.6 Por sua vez, a tarefa das pequenas frações de observar os efeitos de
dos disparos envolve o conhecimento do efeito esperado que muitas vezes não
é a destruição do alvo e a observação dos disparos propriamente dita.
7.6.10.7 Quando os efeitos esperados não são exclusivamente a destruição dos
alvos inimigos, mas admite-se a degradação das capacidades como a mobilida-
de, normalmente a tropa pode mudar os alvos, evitando o múltiplo engajamento
7-37
EB70-CI-11.440
dos mesmos.
- Dessa forma, mais alvos podem ser engajados no mesmo intervalo de tempo.
7.6.10.8 Na avaliação dos efeitos sobre alvos singulares (viatura, indivíduo
etc.), pode-se classificar os efeitos em perda da mobilidade, perda do po-
der de fogo, perda da mobilidade e poder de fogo e destruição:
a) A perda de mobilidade é caracterizada pela incapacidade de um determinado
alvo mover-se pelos próprios meios, embora retenha a capacidade de empregar
os armamentos.
b) A perda de poder de fogo é caracterizada pela incapacidade de um alvo em-
pregar o sistema de armas embora tenha condições de mover-se.
c) A perda de mobilidade e do poder de fogo é aquela que torna os alvos incapa-
citados para combater.
d) Por sua vez, a destruição ocorre quando além da mobilidade e poder de fogo,
todos os equipamentos e guarnição embarcados são destruídos. Cada tipo de
efeito sobre os alvos apresenta indícios particulares, tais como:
7.6.10.8.1 Perda de mobilidade
a) O alvo cessa o movimento ou não, se anteriormente parado, não se movi-
menta em situação que sugeria mover-se (retrair, abrigar-se etc). Normalmente,
quando o impacto ocorre sobre o conjunto de força de uma viatura, podem ser
vistas chamas e fumaça, embora não haja a perda do poder de fogo ou a des-
truição do alvo.
b) A percepção dos indícios é mais difícil quando o impacto ocorre nos trens de
rolamento, pois quando o engajamento é a longa distância, a observação do
dano nesses trens é impraticável.
7.6.10.8.2 Perda de poder de fogo
- O alvo para de disparar ou não reponde aos fogos, após ser impactado, quando
o revide era esperado. Muitas vezes, quando o compartimento de combate de
uma viatura é atingido e dependendo da munição que o atingiu, a percepção dos
indícios é extremamente difícil, pois pode não haver chamas ou explosões se-
cundárias neste compartimento, havendo apenas a incapacitação da guarnição
ou sistemas internos.
7.6.10.8.3 Perda de mobilidade e poder de fogo
- O alvo cessa o movimento e os fogos, não se movimenta, não responde aos
fogos, ou a guarnição abandona a viatura.
7.6.10.8.4 Destruição
- Viaturas explodem, entram em chamas ou explosões secundárias acontecem,
fortificações ou edificações colapsam e indivíduos notoriamente falecem.
7-38
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7.7 ÁREA DE ENGAJAMENTO (AE)
7.7.1 Área de engajamento (AE) é uma área específica onde se visa coordenar
fogos com a intenção de otimizar os efeitos sobre o inimigo, minimizando efeitos
colaterais.
7.7.2 Em escalões Unidade ou SU é a região selecionada pelo defensor ou ata-
cante, onde se pretende canalizar o movimento da tropa inimiga restringindo a
mobilidade com obstáculos naturais e/ou artificiais, engajando-a pelo fogo ajus-
tado, simultâneo e concentrado de todas as armas.
7.7.3 Tem a finalidade de causar o máximo de destruição, especialmente nos
blindados inimigos, e de provocar o choque mental e físico pela violência, sur-
presa e letalidade dos fogos aplicados, donde se conclui que deve ser forte em
armas AC, preferencialmente com alcance superior a 2 km, visando desgastar o
inimigo ao longo da progressão.
- Cabe ressaltar que em distâncias inferiores a 700 m o inimigo já encontrar-se-á
nas proximidades das barreiras de proteção imediata, em uma defensiva, impe-
dindo substancialmente a capacidade de coordenação de fogos.
7.7.4 A área de engajamento deve possuir dimensões compatíveis com a força
inimiga a ser destruída e a eficácia das armas integrantes dos núcleos de defesa.
- No escalão SU, normalmente o valor do inimigo na área de engajamento cor-
responde ao escalão de ataque ou até todas as peças de manobra de uma U
inimiga.
7.7.5 Apesar de todas as frações poderem receber responsabilidade por áreas
de engajamento, normalmente uma Unidade (Btl/Rgt) prioriza uma área especí-
fica mais favorável à destruição do inimigo, concentrando os meios de engenha-
ria, particularmente para realização de trabalhos de contra-mobilidade.
7-39
EB70-CI-11.440
quando possível; e tirar conclusões quanto aos aspectos militares do terreno
(obstáculos, observação e campos de tiro, cobertas e abrigos, acidentes capitais
e vias de acesso - OCOAV). É necessário identificar as vias de acesso favorá-
veis ao inimigo, considerando o processo de integração do terreno, condições
meteorológicas e inimigo (PITCIC).
7.8.1.2 Reconhecimento inicial
a) Os comandantes realizam um reconhecimento inicial considerando a perspec-
tiva do inimigo ao longo de cada via de acesso dentro da zona de ação, setor
sobre a responsabilidade ou para toda área de engajamento.
b) Durante o reconhecimento confirmam no terreno, o ponto decisivo identificado
pelo seu Cmt, incluindo os locais que propiciam uma maior vantagem sobre o ini-
migo, o aproveitamento dos obstáculos naturais e os pontos de estrangulamento
que restringem o movimento para a frente. O terreno na AE deve maximizar o
emassamento de fogos, permitir: o melhor aproveitamento dos obstáculos natu-
rais, a distribuição dos fogos, a dispersão e a proteção dos elementos no núcleo
de defesa do pelotão incluindo os elementos de apoio.
c) O Cmt deve identificar, por meio de estudo, quais as vias de acesso irão per-
mitir o avanço coberto e abrigado do inimigo, permitindo-lhe manter o seu ritmo,
a fim de tomar as medidas necessárias sobre essas vias de acesso e deve ava-
liar os corredores de mobilidade laterais (rotas) que são adjacentes a cada via
de acesso.
7.8.2 DETERMINAR A L AÇ DO INIMIGO
7.8.2.1 Com base no conhecimento a respeito da matriz doutrinária do inimigo,
bem como da situação corrente, a visualização da manobra facilita a compre-
ensão e projeção do desdobramento das frações no decorrer do engajamento.
- Desse modo, é possível identificar e localizar os alvos altamente compensado-
res e o ponto decisivo do inimigo.
7.8.2.2 Ao analisar o Inimigo e sua L Aç o estudo será facilitado ao obter
as informações mais cedo possível junto com o Cmt do Esc Sup. Algumas
questões servem para auxiliar a visualização da manobra do inimigo:
− Como o inimigo deve estruturar o ataque?
− Como o inimigo deve empregar os meios de reconhecimento?
− Onde e como o inimigo deve mudar formações e ou estabelecer posições de
base de fogos?
− Onde, quando, como e com quais meios o inimigo deve realizar o assalto ou
abertura de brecha?
7-40
EB70-CI-11.440
− Onde e quando o inimigo deve avançar elementos em 2° escalão?
− Quais as velocidades de progressão esperadas das forças inimigas?
− Quais reações o inimigo deve ter face às nossas ações?
− Com que velocidade se espera que ele avance?
− Onde e como ele deve ser dissociado?
− Onde e como ele deve ser destruído?
7.8.3 DETERMINAR ONDE DESTRUIR O INIMIGO
7.8.3.1 Como parte do trabalho de comando, o comandante de pelotão deve
determinar onde o inimigo vai emassar o poder de combate para realizar o pro-
pósito.
a) Uma vez visualizado o esquema de manobra do inimigo, identificados e lo-
calizados os alvos altamente compensadores e o ponto decisivo, pode-se de-
terminar onde destruí-lo em função das capacidades dos sistemas de armas e
obstáculos disponíveis. Nessa fase, uma consideração extremamente importan-
te deve ser a respeito da expectativa de destruição que cada sistema de armas
pode causar nas forças inimigas, que geralmente é inversamente proporcional à
distância que essas forças se encontram dos sistemas de armas.
b) Uma ferramenta interessante para essa consideração é adoção de uma tabela
contendo os sistemas de armas e respectivos percentuais de destruição por dis-
tância dos alvos como premissas, quando possível, atualizadas por experimen-
tações e dados de combate.
c) De posse dessas premissas, pode-se realizar o planejamento propriamente
dito dos fogos diretos, visualizando a degradação de ambas forças no desenrolar
do engajamento para determinar basicamente quem, quando e como desenca-
dear os fogos (“Sinfonia da Destruição”).
AT - 4 - - - - - 50% Tiro/Vtr
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apoio.
b) Normalmente este ponto de entrada é marcado por um proeminente PRA que
todos os elementos do pelotão possam engajar com as armas de fogo direto.
c) Isso permite que o comandante identifique onde o pelotão irá envolver as
forças inimigas ao longo de toda profundidade da área de engajamento. Além
disso, o comandante deve:
7.8.3.2 Identificar o PRA que corresponde a possível L Aç do inimigo, permitindo
que a fração identifique onde iniciará engajar o inimigo ao longo de toda área de
engajamento.
7.8.3.3 Identificar a localização exata de cada PRA.
7.8.3.4 Determinar como os sistemas de armas poderão concentrar fogos em
cada PRA para atingir o proposito pretendido.
7.8.3.5 Determinar qual GC/Esquadra pode realizar fogos em cada PRA.
7.8.3.6 Desenvolver um plano de fogo direto que se concentra em cada PRA.
7.8.3.7 Para o lançamento dos PRA, deve levar em conta o uso do termal para
garantir a visibilidade adequada sob condições variadas, incluindo visibilidade
reduzida e a luz do dia.
7.8.3.8 Prever planos alternativos visando a manutenção da flexibilidade.
7.8.3.9 Estabelecer as medidas de coordenação e controle, tanto para o dia
quanto para a noite.
7.8.3.10 Assegurar que os PRA sejam claramente visíveis e adequadamente
locados em função do alcance do armamento a ser utilizado.
7.8.3.11 Planejar linhas de acionamento (gatilhos) para o engajamento dos alvos
previstos.
7.8.4 PLANEJAR E INTEGRAR OS OBSTÁCULOS
7.8.4.1 O comandante deve integrar os obstáculos táticos com o plano de
fogo direto, tendo em conta a intenção de cada obstáculo
a) A nível de SU, a intenção do obstáculo consiste na finalidade do obstáculo, o
efeito desejado e a localização.
b) Um pelotão deve ter uma tarefa clara e objetiva para locar corretamente um
obstáculo tático. A SU ou U normalmente designará o propósito do obstáculo
tático.
c) A finalidade influenciará muitos aspectos da operação, da seleção e locação
dos obstáculos e da real conduta da defesa.
d) Uma vez que o obstáculo tático tenha sido lançado, o comandante de pelotão
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deve informar a localização e as passagens no obstáculo para o comandante da
SU. Isso garante que o comandante da SU possa integrar os obstáculos com os
planos de fogo direto e indireto, refinando o desenvolvimento área de engaja-
mento da SU.
7.8.4.2 Os obstáculos no interior de uma área de engajamento servem para
bloquear, canalizar, dissociar ou fixar forças inimigas e potencializar o efei-
to dos fogos
a) Os efeitos dos obstáculos sobre o inimigo dependem do terreno e da disponi-
bilidade de tempo e meios para o lançamento.
b) O planejamento e dos obstáculos deve ser feito em coordenação com os ele-
mentos de engenharia, para isso, deve-se:
1) Identificar a intenção dos obstáculos a serem dispostos;
2) selecionar e demarcar os tipos e locais para estabelecimento dos obstácu-
los;
3) assegurar que todos os obstáculos sejam cobertos por fogos diretos; e
4) determinar responsabilidades para estabelecer ou apoiar o estabelecimen-
to de cada obstáculo.
7.8.5 POSICIONANDO O PELOTÃO E OS SISTEMAS DE ARMAS
7.8.5.1 Para posicionar o pelotão e efetivamente os sistemas de armas, os co-
mandantes devem saber as características, capacidades e limitações desses
sistemas, bem como os efeitos do terreno e as táticas usadas pelo inimigo.
7.8.5.2 Os comandantes de pelotão devem posicionar as armas onde elas este-
jam protegidas, possam evitar a detecção e possam surpreender o inimigo com
fogo preciso e letal.
7.8.5.3 Para posicionar os sistemas de armas, o comandante de pelotão deve
saber onde ele pretende destruir o inimigo e o efeito que ele quer atingir com
aquele sistema de armas.
7.8.5.4 Também deve considerar
- Selecionar no terreno as posições defensivas.
- Realizar o reconhecimento das posições.
- Andar pela área de engajamento para confirmar que as posições selecionadas
são taticamente vantajosas e confirmar as posições selecionadas.
- Estabelecer os limites entre cada grupo e os setores de tiro.
- Estabelecer as posições das VBTP e os setores de tiro.
- Estabelecer as posições das Mtr e armas de apoio em reforço e os setores de
tiro.
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- Estabelecer a linha de proteção final.
- Desenvolver o plano de fogos direto que atinja a finalidade do pelotão:
- Garantir que as posições defensivas não entrem em conflito com as posições
das unidades adjacentes e efetivamente garantam o apoio mútuo.
- Selecionar as posições principal, alternativa e complementar para atingirem o
efeito desejado para cada PRA.
- Garantir que os Cmt de GC posicionem as frações e sistemas de armas (Mtr L,
Atdr Prcs GC e Lç Gr) de maneira que consigam cobrir efetivamente cada PRA.
- Inspecionar todas as posições.
- Quando possível, selecionar a posição de cada VBTP, enquanto ocupam as
posições de tiro na área de engajamento. Usar a perspectiva do inimigo permite
que o comandante de pelotão avalie a capacidade de sobrevivência das posi-
ções.
7.8.6 PLANEJAR E INTEGRAR OS FOGOS INDIRETOS
- O planejamento dos fogos indiretos, devendo os comandantes considerar as
seguintes particularidades:
a) Determinar a finalidade de fogos se o comandante da SU não já o fez.
b) Determinar onde o efeito será melhor alcançado se o comandante da SU não
o fez.
c) Estabelecer o plano de observação com redundância para cada alvo. Esta
observação inclui o comandante de pelotão, bem como os elementos dos grupos
(como os comandantes de esquadra) com responsabilidade de apoio de fogo.
d) Estabelecer os gatilhos com base na velocidade de avanço do inimigo.
e) Locar os pedidos de tiro com auxílio de GPS e equipamentos de navegação.
f) Locar os pedidos de tiro assegurando a cobertura de obstáculos.
g) Locar as concentrações de Artilharia e Morteiro.
h) Identificar no terreno os ângulos mortos que possam ser batidos pelos lança-
dores de granada e planejar o emprego do mesmo, lançando no roteiro de tiro.
i) Estabelecer critérios para o desencadeamento dos fogos como, por exemplo,
a passagem do inimigo por uma linha de acionamento.
j) Levantar os Fogos de Proteção Final, dos armamentos indiretos.
7.8.7 PLANEJAR OS FOGOS DE PROTEÇÃO FINAL
7.8.7.1 Estabelecer responsabilidade de observação para os fogos indiretos,
para o pedido e para a correção dos fogos, que muitas vezes não se restringe
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aos Observadores Avançados.
7.8.7.2 Estabelecer critérios para o desencadeamento dos fogos como, por
exemplo, a passagem do inimigo por uma linha de acionamento.
7.8.8 PLANEJAR E INTEGRAR OS FOGOS DIRETOS E POSICIONAR OS SIS-
TEMAS DE ARMAS
a) Podem ser planejadas posições principais, de muda, suplementares e subse-
quentes para as frações e sistemas de armas. As diferentes posições devem ser
ocupadas em momentos específicos no decorrer do engajamento, seja de acor-
do com o planejamento inicial, seja em situações de conduta. O planejamento
dos fogos pode ser feito por meio da prescrição das medidas de coordenação e
controle para as fases DETECÇÃO, DECISÃO e ENGAJAMENTO, bem como
de parâm de AVALIAÇÃO, considerando a “Sinfonia da Destruição”.
b) Nas guarnições de peças e viaturas blindadas, é recomendada a transcrição
do planejamento dos fogos diretos emitidos pelos comandantes em esboços e
roteiros, conforme anexo “N”, que contenham as medidas de coordenação às
quais essas guarnições devem obedecer, bem como das existentes na área de
interesse a fim de atender às possíveis condutas. Dessa forma, pode-se prever,
por exemplo:
7.8.8.1 Para a DETECÇÃO – setores, quadrantes etc., para que os elementos
subordinados façam a busca de alvos no interior da AE.
7.8.8.2 Para a DECISÃO – prioridades ou regras de engajamento, critérios de
engajamento e desengajamento, prescrições de fogos e eventos nas diferentes
linhas de acionamento que orientam ou redirecionam os fogos.
7.8.8.3 Para o ENGAJAMENTO – técnicas de engajamento, regimes de tiro,
setores ou direções de tiro.
7.8.8.4 Para a AVALIAÇÃO – se os alvos devem ser destruídos ou sofrer perda
de mobilidade e ou de poder de fogo.
7.8.9 ENSAIO E SINCRONIZAÇÃO DA ÁREA DE ENGAJAMENTO
7.8.9.1 O objetivo do ensaio e da sincronização é garantir que cada comandante
de grupo e cada soldado compreenda o plano e esteja preparado para cobrir as
áreas ou setores de responsabilidades com fogos diretos e indiretos.
7.8.9.2 Normalmente o pelotão vai participar num ensaio/sincronização de área
do engajamento a nível da SU.
7.8.9.3 O comandante da companhia tem várias opções para a realização de
um ensaio, mas a sincronização das armas combinadas produz a compreensão
mais detalhada do plano. Uma técnica que o pelotão pode usar para o ensaio é
o ensaio completo. Na defesa, o comandante de pelotão pode utilizar o Sgt Adj e
os GC para realizar um movimento através da área de engajamento para retratar
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a força inimiga atacante, enquanto o comandante do pelotão e comandantes de
GC ensaiam o combate das posições defensivas do pelotão. O ensaio/sincroni-
zação deve abranger:
− acolhimento de elementos de segurança;
− passagens entre os obstáculos para acolhimento do PAC.
− como será feito o fechamento das passagens.
− fechamento de trilhas e brechas nos obstáculos;
− movimento das posições cobertas e/ou abrigadas para as posições principais;
− critérios de engajamento (LEM, linha de acionamento etc.) e comandos de tiro
para o desencadeamento inicial dos fogos;
− mudança dos fogos (linhas de acionamento, comandos de tiro e/ou O Frag);
− avaliação dos efeitos dos fogos e sistemas de armas sobre o inimigo;
− reporte (transmissão) de relatório de situação ou de eventos críticos;
− mudança para posições de muda, suplementares ou subsequentes;
− ressuprimento e/ou nivelamento interno de munição;
− critérios de desengajamento;
− identificação das rotas de retraimento e de contra-ataque;
− redistribuição e ressuprimento de Classe V; e
− evacuação dos feridos e de viaturas.
7.8.9.4 Quando conduzindo o ensaio, o comandante de pelotão deve coordenar
o ensaio de pelotão com a SU para garantir que os ensaios dos outros pelotões
não sejam planejados para a mesma hora e local. A coordenação conduz a uma
utilização mais eficiente do tempo de planejamento e preparação para todas as
frações da SU. Ele também vai eliminar o perigo de erros de identificação de
forças amigas na área de ensaio.
7.8.10 PRIORIDADES DE TRABALHO DO COMANDANTE DO GRUPO
a) Estabelecer segurança local posicionando as esquadras, as metralhadoras
leves e designando os setores de tiro.
b) Garantir que a comunicação a fio seja estabelecida (se disponível).
c) Estabelecer uma posição de vigilância e observação com rota de retraimento.
d) Estabelecer um plano de contingência e retraimento com os elementos que
mobíliam o PV/PEC com azimutes e para a localização atual e condutas.
e) Elaborar um esboço do setor e roteiro de tiro do GC e envie uma cópia para o
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Comandante do pelotão.
f) Inspecionar a posição. Verifique os setores de tiro, o entendimento dos roteiros
de tiro, a existência de ângulos mortos entrando em cada posição (toca) e verifi-
car a possibilidade de bater esse ângulo morto por fogo indireto ou pelo lançador
de granada.
g) Coordenar com o GC à esquerda e à direita e unidades adjacentes (SFC) para
garantir a sobreposição de setores de tiro do último homem de cada lado.
h) Os soldados devem começar a cavar depois que o Cmt de GC verificar a
posição.
i) Passar informações adicionais e alterações nos planos.
j) Supervisionar as equipes de lançamentos de fios e construção de barreiras.
k) Dar ordem de advertência para missões planejadas de patrulha.
l) Verificar os sinais de alerta e o plano de segurança.
m) Verificar as posições alternativas e suplementares, rotas e plano de contra-
-ataque com o Cmt do Pel.
n) Designar áreas de latrina do GC.
o) Checar o entendimento da missão e ordens recebidas.
p) Estabelecer a rotina de descanso, manutenção e higiene pessoal.
q) Supervisionar e refinar a montagem da posição.
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7.9.2.6 Que as metralhadoras têm a seguinte prioridade de alvo:
− fogos de proteção final;
− engajar do alvo mais próximos/ letal para o menos letal/ mais afastado.
− grupos a pé no setor principal;
− guarnição de Armas Inimigas (AC, Mtr, Mrt etc);
− elementos a pé no setor secundário; e
− veículos de comando e controle não blindados.
7.9.2.7 Que os Granadeiros cobrem os ângulos mortos e tem como priori-
dade
− Engajar do alvo mais próximos/letal para o menos letal/mais afastado.
− Veículos blindados leves.
− Grupos de três ou mais no setor primário.
− Grupos de três ou mais no setor secundário.
7.9.2.8 Ao desencadear os fogos de proteção final, as seguintes ações
ocorrem simultaneamente
a) As Mtr e as armas automáticas atiram na direção principal de tiro ou na linha
de proteção final, conforme o planejado.
b) Os outros integrantes disparam na direção principal de tiro conforme desig-
nado pelo Cmt.
c) Os Lç Gr são empregados para bater os ângulos mortos ou contra as tentati-
vas inimigas de transpor os obstáculos de proteção final.
d) Todos devem ficar em condições fazer emprego das granadas de mão. As
ações defensivas ocorrerão até que o inimigo seja repelido, ou seja ordenado o
retraimento.
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avaliar o setor e, se necessário, atualizar o roteiro.
a) O roteiro de tiro também auxilia na substituição de elementos da fração ou do
próprio pelotão.
b) Para preparar um roteiro de tiro, o atirador soldado, o atirador da VBTP e o
grupo de apoio deve saber o seguinte:
1) Setores de tiro.
2) Pontos de Referência Alvo (PRA).
3) Ângulos mortos.
4) Linha de engajamento máximo.
7.10.4 ROTEIRO DE GRUPO E DE PELOTÃO
7.10.4.1 Os comandantes de GC e do Gp Ap preparam o roteiro do GC con-
feccionado em duas vias: uma para ele e outra para o comandante.
a) Após o recebimento o comandante de pelotão identifica as lacunas e outras
falhas e faz os ajustes conforme o necessário.
b) Uma vez que o comandante aprove os roteiros dos grupos, ele preparará o
roteiro do pelotão.
7.10.4.2 Os comandantes devem desenhar o croqui dos roteiros o mais
perto da escala quanto possível.
- Após o Cmt Pel preparar o roteiro (incluindo a lista de alvos para fogo direito e
indireto), uma cópia é enviada ao Cmt da SU, outra fica com o comandante do
elemento embarcado (normalmente o Adj) e outra cópia fica com o Cmt Pel.
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7.11.4 A artilharia e os morteiros passarão a realizar fogos para limitar e isolar a
penetração inimiga, dentro da AE.
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7.11.5 DEVEM SER INTEGRADOS OS FOGOS INDIRETOS NO INTERIOR DA
AE, OBSERVANDO:
a) seleção de quando e contra que alvos serão empregados a Art e os morteiros;
b) alocação das armas de tiro curvo, considerando o alcance, nucleamento da
posição e a coordenação do espaço aéreo;
c) assegurar que foram planejados fogos à frente, no interior e na orla da área;
das posições;
d) os observadores devem ver os alvos e as linhas de acionamento.
7.11.6 Um aspecto relevante na coordenação do apoio de fogo é a necessidade
de uma estrita coordenação do uso do espaço aéreo.
- Isso permitirá a perfeita integração do uso dos helicópteros de ataque (pode-
rosas armas anticarro) e das aeronaves da F Ae, não conflitando com os fogos
das armas de tiro indireto.
7.11.7 Se a Unidade dispuser de carros de combate, estes podem aprofundar a
defesa anticarro no limite posterior da área, ocupando posições de ataque pelo
fogo.
- Deve ser verificado se as linhas de acionamento estão posicionadas de forma
compatível com a velocidade de progressão prevista para o inimigo e com o
alcance dos armamentos.
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b) Nas ações de segurança, os fogos diretos são empregados a partir das posi-
ções de bloqueio.
c) Por sua vez, nas operações ofensivas, as situações estáticas ocorrem quando
da constituição de base fogos para apoiar a manobra de determinados elemen-
tos e na consolidação e reorganização de uma força após a conquista de um
objetivo.
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7.12.2 FOGOS EM AÇÕES DINÂMICAS
7.12.2.1 Ações táticas dinâmicas que ensejam engajamento ocorrem principal-
mente nas operações ofensivas, embora também aconteçam durante as ope-
rações defensivas e ações comuns às operações básicas, como nos contra-
-ataques, retardamento entre posições e combates de encontro.
7.12.2.2 Enquanto nas ações estáticas as possibilidades de observar o terreno,
realizar reconhecimentos, preparar posições e ensaiar o engajamento planejado
são maiores, nas ações táticas dinâmicas essas possibilidades são limitadas.
No entanto, essa limitação não significa que não se possa e deva realizar o
planejamento dos fogos diretos, deixando que o engajamento aconteça quase
que espontaneamente, de acordo com a iniciativa dos elementos subordinados.
7.12.2.3 No planejamento das ações táticas dinâmicas, além das medi-
das de coordenação e controle dos fogos, ressaltam de importância as medidas
relativas à manobra, como as zonas de ação, os eixos de progressão, as dire-
ções de ataque, as posições de base de fogos, os objetivos e as linhas limites
de avanço.
7.12.2.4 O planejamento do engajamento em ações dinâmicas requer a sincro-
nização do fogo e do movimento. Essa sincronização normalmente é facilitada
pelo faseamento da ação seja pelo conveniente emprego de linhas de controle
ou de acionamento, seja por estabelecimento de outras coordenações que bali-
zem o momento em que os fogos sofrerão mudanças.
7.12.2.5 Nas ações ofensivas as armas são empregadas com base das dis-
tâncias de segurança predeterminada dos elementos de manobra. Quando em-
pregada de forma eficaz, os fogos proporcionam proteção às forças amigas à
medida que avançam e atacam um objetivo. Eles também permitem que nossas
forças se aproximem com o mínimo de baixas e impedem que a defesa inimi-
ga observe e contra-ataque, forçando-o a se proteger. O objetivo geral dos do
planejamento de fogos ofensivos é permitir que a o avanço contínuo da força
atacante.
7.12.2.6 Por exemplo, considere uma operação na qual um pelotão assalta uma
posição inimiga. À medida que os elementos de manobra se aproximam das
linhas de controle designadas em direção ao objetivo, o Cmt solicita o apoio de
fogo de acordo o planejado. Os elementos responsáveis pela observação e con-
dução dos fogos indiretos realizam o acompanhamento da progressão da tropa
atacante e ajusta o plano de fogos durante a execução de acordo como o avanço
de nossas forças.
7.12.2.7 Conforme a fração continua o movimento em direção ao objetivo, o
primeiro sistema de armas engaja os alvos, mantendo os fogos nos alvos até
que a unidade se aproxime da linha de controle que corresponda à distância de
segurança para tipo ou calibre de apoio.
7.12.2.8 Para manter o volume de fogos constante sobre os alvos, o próximo sis-
7-56
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tema de armas começa a disparar antes que o sistema de armas anterior cesse
ou transfira os fogos. Isso garante que não haja interrupção de fogos, permitindo
que o avanço das forças amigas continue até que se permita o engajamento
pelos fogos diretos.
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7.13 EXECUÇÃO DOS FOGOS
7.13.1 É o final do processo de engajamento através da execução do comando
de tiro pelo Cmt GC.
7.13.2 Tem início com a designação de alvos que normalmente no campo de
batalha, não são facilmente identificáveis, mas são designados com precisão
e simplicidade com a utilização dos métodos de designação anteriormente
explicados.
7.13.3 DISTRIBUIÇÃO DOS FOGOS
7.13.3.1 Durante o combate é necessário que o GC atue como equipe, no
controle e distribuição dos fogos dos componentes; desta forma, o grupo obterá
um melhor aproveitamento dos fogos e reduzirá consideravelmente o desperdício
de munição.
7.13.3.2 O GC deve buscar o máximo volume de fogos. Isto é possível
concentrando os fogos do grupo em um alvo determinado pelo comandante.
Sempre que possível os fogos deverão ser conduzidos pelo Cmt GC. Nas
situações de combate aproximado, os homens atirarão sobre os alvos que lhes
surgirem, sem a necessidade de ordem do Cmt GC. Em qualquer situação, o
emprego das granadas 40 mm e do Lç Rj ocorrerá mediante ordem do Cmt GC.
7.13.3.3 Distribuição dos fogos com objetivo em largura
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− O Cmt define as extremidades e o centro do alvo com o emprego de PRA,
processo do relógio entre outros.
− A esquadra que estiver à esquerda bate a porção esquerda do alvo. Da mesma
forma, a que estiver à direita bate a porção direita do alvo.
− As Mtr L atiram em toda frente da esquadra com rajadas curtas de 3 a 5 tiros.
− Os Cmt Esquadra atiram dentro do setor da esquadra, onde julgarem mais
conveniente.
7.13.3.4 Objetivo em profundidade
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− O Cmt define a frente, centro e retaguarda do objetivo.
− A esquadra da esquerda atira na metade anterior do objetivo, e a esquadra da
direita na metade posterior.
− As Mtl L atiram na porção central do objetivo com rajadas curtas de três tiros.
− Os Cmt esquadra atiram dentro do setor da esquadra, onde julgarem mais
conveniente.
− Caso o objetivo seja tropa se deslocando e, após receber fogos, ela se
desdobre em largura, deve-se proceder como no caso anterior.
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- Execução.
7.14.4 OS INTEGRANTES DO GC NÃO REPETEM OS COMANDOS QUE
FOREM DADOS, CUMPRINDO IMEDIATAMENTE AS ORDENS EMITIDAS
PELO CMT GC
7.14.4.1 Advertência – Tem a finalidade de deixar os homens alertas para
receberem instruções. O Cmt GC pode alertar todo grupo ou parte dele, como
apenas uma esquadra, os granadeiros, atiradores ou o E2 e E4 que conduzem
os AT4. Pode ser usado algum sinal visual ou sonoro por contato pessoal ou por
qualquer outro meio preestabelecido.
7.14.4.2 Direção – O Cmt GC indica a direção geral do alvo, ou a localização
exata, se for possível. Define as extremidades e o centro dos alvos que estiverem
dispostos em largura ou profundidade. Existem algumas maneiras de dar a
direção ao alvo tal como:
− Processo de designação de alvo;
− Processo do relógio;
− Emprego de munição traçante na direção do alvo; e
− Emprego do PRA ou características do terreno facilmente reconhecíveis. Ele
dá a direção geral antes de dar o ponto de referência.
7.14.4.3 Distância – Será expressa em metros e enunciada por algarismos. É
fundamental que os homens registrem no armamento a alça equivalente.
7.14.4.4 Natureza do alvo – Descrição sumária do alvo. Sendo nítido, não
precisa ser realizada.
7.14.4.5 Condições de execução – Definição de quem vai atirar, quantos tiros
e quando executará os fogos. Se os homens que forem atirar são os mesmos
que foram alertados, este aspecto não precisa ser repetido. Também pode dizer
o tipo e quantidade de munição para disparar e a cadência de tiro.
7.14.4.6 Execução – Ordem para o início dos disparos. Pode ser empregado
um comando oral, um som ou um sinal visual. Se for necessário controlar o
momento exato dos disparos, ele emprega “AO MEU COMANDO!” (faz uma
pausa até que todos estejam prontos para começar a disparar). Quando ele quer
começar a atirar após a conclusão do comando de tiro, ele emprega o comando
“FOGO!”.
7.14.5 EXEMPLOS DE COMANDOS DE TIRO
a) GRUPO, ATENÇÃO!
- UMA HORA!
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- DOIS - CINCO – ZERO!
- ARMA AUTOMÁTICA!
- CINCO TIROS! ATIRADORES DEZ TIROS!
- AO MEU COMANDO!
- FOGO!
b) 4º ESCLARECEDOR ATENÇÃO!
- DIREITA, CORTE DE ESTRADA!
- DOIS – ZERO – ZERO!
- CARRO DE COMBATE!
- QUANDO PRONTO, FOGO!
7.14.6 Os comandos de tiro, em princípio, devem conter todos os elementos. No
entanto, eles não precisam ser formais; dependendo do grau de adestramento
do GC e da criatividade do Cmt, qualquer processo é válido desde que cumpra
a finalidade. Um exemplo de comando informal pode ser:
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CAPÍTULO VIII
LOGÍSTICA
8.1 GENERALIDADES
8.1.1 Os Pel não dispõem de uma fração específica para as atividades logísticas
empregando, desta forma, alguns elementos ou um GC como um todo para a
execução dessas atividades, tais como o remuniciamento, evacuação de feridos,
dentre outras.
8.1.2 A logística nas pequenas frações é realizada através do recebimento de
um pacote logístico com base em fatores da missão ou das estimativas do pla-
nejamento.
8.1.3 ATRIBUIÇÕES DOS CMT GC
a) Têm a responsabilidade de providenciar os primeiros socorros aos seus su-
bordinados, evacuar os feridos o mais rapidamente possível e providenciar a
identificação dos mortos da fração;
b) devem permanecer a par do nível de munição da fração e providenciar a tem-
po os pedidos de munição ao Cmt Pel ou Adj Pel. Ademais, devem coordenar
o remanejamento da munição após as ações, levando em conta a mescla de
calibres existente no GC;
c) devem ter perfeito conhecimento, também, do estado do material e do arma-
mento e solicitar o recompletamento da dotação logo que possível, esclarecendo
se o material foi perdido, destruído ou encontra-se em mau estado;
e) solicitam o suprimento de água sempre que necessário e, em operações
defensivas, calculam e requisitam o material de fortificação necessário para a
organização do núcleo de defesa; e
f) no tocante às atividades de pessoal, os Cmt GC devem dar especial atenção à
manutenção da disciplina e moral da tropa, além do controle de efetivos.
g) Em todas essas atividades são auxiliados pelos respectivos Cmt Esq.
8.1.4 Normalmente o GC é empregado pelo Cmt Pel para auxiliar no ressupri-
mentos dos pelotões de acordo com as técnicas de ressuprimento ou de entrega
de suprimento.
8.1.5 Qualquer que seja a técnica de ressuprimento empregada, os Cmt devem
garantir a segurança. Isso envolve segurança no ponto de reabastecimento e o
rodízio de pessoal para garantir a os níveis de segurança e prontidão em caso
8-1
EB70-CI-11.440
de ataque.
8.1.6 Os GC/Pel aproveitam o retorno das viaturas do ressuprimento para eva-
cuar feridos, equipamentos danificados, excesso de munição, resíduos e outros
para a retaguarda.
- Durante cada ressuprimento, o Cmt Pel/GC deve planejar a evacuação de itens
em excesso, reduzindo a necessidade de enterrar, camuflar ou descartar mate-
rial desnecessário.
8-2
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8.2.3.1 A Seç Cmdo deslocar-se-á para a posição de um Pel, por vez, passando
à retaguarda do mesmo, não expondo a silhueta na crista da elevação. As Vtr,
após pequenos deslocamentos, irão ressurprir os Pel/GC dos itens necessários.
Os itens de ressuprimento mais rápido (Cl I, II e VIII, por exemplo) serão ofere-
cidos primeiro.
8.2.3.2 Nas operações, quando o contato com o inimigo é iminente, o método de
reabastecimento em posição pode ser necessário para assegurar que suprimen-
tos adequados estejam disponíveis.
- Esse método exige que as frações recebam o suprimento na posição. O GC/
Pel normalmente fornece um guia para garantir que os suprimentos sejam distri-
buídos primeiro para a posição mais crítica.
8.2.3.3 A SU antecipa suprimentos, equipamentos ou ambos para posições
de combate ou quando os Pel estiverem ocupando mais de uma Z Reu.
Essa técnica é usada
− Quando existe uma necessidade imediata ou de emergência.
− Para reabastecer uma classe de suprimento.
− Porque permite que os integrantes do GC/Pel permaneçam na posição.
8.2.3.4 Se os veículos do PACLOG não puderem se mover perto das posições
do GC, os membros do GC podem precisar ajudar o pessoal da Seç Cmdo para
deslocar os suprimentos e equipamentos para frente.
8.2.3.5 Um Pel, após o outro, será atendido com cuidado, para que não se des-
cuide da vigilância dos setores. A Seç Cmdo será atendida por último, liberando
as viaturas do PACLOG para o retorno à ATE.
8.2.3.6 Este processo fica restrito à existência de acessos às posições com as
Vtr do PACLOG.
8.2.4 RESSUPRIMENTO FORA DA POSIÇÃO
8.2.4.1 Neste caso, A Seç Cmdo montará uma “linha de servir”, na qual as es-
quadras, os GC ou viaturas passarão para realizar o ressuprimento. Dependen-
do do terreno disponível, poderá ser formada uma coluna de Vtr do PACLOG,
de forma que os GC/Vtr dos Pel passem duas a duas nas laterais do comboio,
realizando o transbordo dos Sup, agilizando o processo.
8.2.4.2 Nessa técnica, quando a pé, o GC ou parte do GC deixa as posições de
combate para realizar o ressuprimento e retorna à posição.
8.2.4.3 Toda a Seç Cmdo trabalhará para atender às frações e auxiliar as guar-
nições.
8-3
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8.2.4.4 Os Grupos, esquadras ou seções dos pelotões realizarão o ressuprimen-
to de um em um, até que os Pel sejam atendidos nas necessidades. A Seç Cmdo
será a última, liberando o comboio do PACLOG para o retorno.
8.2.4.5 Este tipo de ressuprimento é empregado quando o contato não é prová-
vel e para suprir uma ou mais classes de suprimento.
8.2.4.6 A sequência de cada fração seve ser coordenada para otimizar o tempo
para o ressuprimento.
8-4
EB70-CI-11.440
chês. Essas medidas incluem a seleção de posições cobertas e ocultas e a esca-
vação nas posições preposicionadas. O Cmt Pel deve ter um plano de remoção
e destruição para impedir que o inimigo capture suprimentos preposicionados.
8.2.5.4 Durante as operações ofensivas, a SU pode destacar caminhão com
suprimentos numa posição mais adiantada em relação à AT. Normalmente se a
expectativa de um consumo muito alto de munição. Desta forma, permite que os
pelotões reabasteçam rapidamente durante a consolidação ou nas ações sem
contato com o inimigo.
8.2.5.5 Deverá ser levado em consideração a existência de populações civis na
área e o apoio aos elementos em combate.
8.2.5.6 O suprimento que não for consumido, normalmente, será perdido e deve-
rá haver um plano de destruição do mesmo.
8.2.5.7 A Seç Cmdo poderá ser encarregada de se deslocar para a área do
suprimento preposicionado e organizar a distribuição e condução ao final do
ressuprimento.
8.2.5.8 O local do suprimento preposicionado será reconhecido durante os pre-
parativos para ocupação de nova posição de retardamento.
8.2.5.9 Embora esse método seja usado com frequência durante operações de-
fensivas para posicionar suprimentos e equipamentos em posições subsequen-
tes, ele pode ser igualmente eficaz em outras operações como um cache.
8.2.5.10 Um cache é um ponto de suprimento preposicionado e oculto
8-5
EB70-CI-11.440
- Que pode:
a) Pode ser configurado para uma missão ou contingência específica.
b) Pode ser usado efetivamente por pelotões e esquadrões para reduzir a carga
do soldado.
c) Pode estar acima ou abaixo do solo.
8.2.5.11 Um cache acima do solo é mais fácil de usar, mas mais provável de ser
encontrado pelo inimigo, civilizações ou animais.
8.2.6 ENTREGA DO SUPRIMENTO AO MAIS ANTIGO DA FRAÇÃO
8.2.6.1 Normalmente as viaturas deslocar-se-ão até o local de entrega do
ressuprimento, e aquela fração será suprida como um todo.
8.2.6.2 A situação tática pode impedir que todos os componentes de uma fração
estejam presentes no momento do ressuprimento, impondo a entrega dos itens
necessários aos ausentes ao mais antigo da fração ou da Viatura, no local do
ressuprimento.
8.2.6.3 Pode ocorrer de GC/Viatura não poder se deslocar para o local do ressu-
primento. Isso irá impor ao Cmt que envie parte da fração ao local do ressupri-
mento para apanhar os itens necessários.
8.2.6.4 Não importando qual seja o caso, a Seç Cmdo realizará o controle do
que é necessário a cada GC/Viatura e o que já foi entregue, com ênfase para
Sup Cl III e V. O Sgte auxiliará o Enc Mat concentrando as atenções no Sup Cl I.
8.2.6.5 A passagem das Vtr pelo ressuprimento também será usada para que as
Eqp Mnt realizem uma verificação das necessidades de manutenção e anotem
8-6
EB70-CI-11.440
os pedidos de peças e produtos necessários à Mnt de Vtr e armamentos e equi-
pamentos. Os pedidos serão encaminhados pelo pessoal do PACLOG ao Pel
Mnt para serem entregues no próximo PACLOG.
8.3 MANUTENÇÃO
8.3.1 A manutenção adequada é a chave para manter o equipamento e o mate-
rial em boas condições. Inclui inspeção, teste, manutenção, reparo, requisição,
recuperação e evacuação.
8.3.2 Todos os soldados devem entender como manter os armamentos e equi-
pamentos individuais. Sendo encarregados da realização da manutenção de
primeiro escalão. A manutenção de segundo escalão só pode ser realizada por
mecânicos especializados e requer ferramental específico.
8.3.3 O Cmt do GC/Pel deve entender a manutenção de cada equipamento na
fração, devem manter um procedimento operacional padrão com os períodos de
manutenção (pelo menos uma vez por dia em campanha) além de manter uma
fiscalização constante nos padrões de manutenção.
8.3.4 Todo material que for danificado ou estiver em pane deve ser evacuado
para a ATSU, onde será examinado pelos mecânicos da subunidade.
8.3.5 O material salvado, definido como o material utilizado por nossas forças
que seja encontrado em situação de abandono na área de operações, e o mate-
rial capturado do inimigo devem ser prontamente evacuados para a ATSU.
8-7
EB70-CI-11.440
8.4.5 O sucesso e a sobrevivência nas operações das pequenas frações exigem
que os soldados mantenham essas capacidades. Quando o soldado não con-
segue se mover com furtividade, agilidade e vigilância, a fração está em risco.
8.4.6 Quando a carga excede 45% de seu peso corporal, a habilidade funcional
cai rapidamente e as chances de se tornar uma vítima aumentam.
8.4.7 Frequentemente, os soldados excedem o peso recomendado devido à
combinação de equipamento de proteção, armas, munição e outros itens neces-
sários para a missão.
8.4.8 Os comandantes devem estar cientes de como o excesso de peso au-
menta os riscos e afeta a eficácia da unidade. Com o aumento das cargas, os
soldados ficam fatigados mais rapidamente, a velocidade diminui e a mobilidade
é degradada.
a) Os Cmt devem decidir qual equipamento é necessário para os soldados car-
regarem, fazendo todo o possível para reduzir a carga dos soldados sempre que
possível.
b) Durante as operações, os Cmt devem monitorar os soldados para garantir que
as cargas não afetem negativamente o desempenho.
8.4.9 FARDO ABERTO
8.4.9.1 Diz respeito a todo equipamento conduzido preso ao cinto de cam-
panha e ao suspensório de cada militar.
a) É, basicamente, composto de coldre, cantil, porta-cantil, caneco, porta-car-
regadores (de fuzil/pistola), faca, facão de mato (terçado) e porta-bússola, por
exemplo.
b) Outros equipamentos podem ser acondicionados ao fardo aberto, dependen-
do da missão e do ambiente operacional.
8.4.9.2 O suspensório pode ser substituído pelo colete tático. Ele é um equipa-
mento ajustável ao corpo do combatente, capaz de acondicionar materiais (ma-
terial de anotação, bússola, carregadores de fuzil e/ou de pistola, por exemplo),
deixando-os ao alcance das mãos sem qualquer esforço.
8.4.10 FARDO DE ASSALTO
8.4.10.1 Inclui o equipamento, material e suprimento essencial para garantir a
capacidade de combate e sobrevivência em operações de combate imediato.
8.4.10.2 Quando possível, o fardo de assalto de um soldado não deve exceder
30% do peso corporal. Alguns itens serão adicionados ou excluídos com base na
missão ou outros fatores.
- O fardo de assalto, normalmente, é composto de acordo com a tabela a seguir:
8-8
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8-9
TABELA DE CÁLCULO
8-10
Cmt GC Cmt E1 e Gr E2 At Pc At Mtr L Cmt E3 e Gr E4 (Lç At Mtr L Cb Mot At VB
Esqd Esqd Rj)
Função Material Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps
Máscara contra
0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25
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gases
Bornal Máscara 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25
Bornal de Perna 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35
Mochila de
0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95
assalto
Colete tático 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70
Placa Balística
Prot e Trnp 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40
(peso médio)
Capacete peso
1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48
(peso médio)
Coldre 0,80 1 0,80 1 0,80 0,00 0,00 0,00 1 0,80 0,00 0,00 0,00 1 0,80 1 0,80
Porta Carr Pst 0,15 1 0,15 1 0,15 0,00 0,00 1 0,15 1 0,15 0,00 0,00 0,00 1 0,15 1 0,15
Porta
0,15 5 0,75 5 0,75 5 0,75 5 0,75 0,00 5 0,75 5 0,75 5 0,75 5 0,75 5 0,75 5 0,75
Carregador Fz
Porta Kit SOS 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10
Computador
0,35 1 0,35 1 0,35 0,00 0,00 0,00 1 0,35 0,00 0,00 0,00 1 0,35 0,00
Tático
Visor Tático 0,15 1 0,15 1 0,15 0,00 0,00 0,00 1 0,15 0,00 0,00 0,00 1 0,15 0,00
Combinado de
C2 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 0,00
Cabeça
Rádio Gp I (TTP
0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 0,00
1440 IMBEL)
Bateria 0,20 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 0,00
Rç AE 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38
Sobrev
Hidratação 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50
Fz IA2 7,62 4,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Fz IA2 5,56 3,50 1 3,50 1 3,50 1 3,50 1 3,50 0,00 1 3,50 1 3,50 1 3,50 0,00 0,00 1 3,50
Armto Pistola 1,30 1 1,30 1 1,30 0,00 0,00 0,00 1 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sub Mtr M 3,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1 3,50 0,00
Mtr L Minimi 5,56 7,50 0,00 0,00 0,00 0,00 1 7,50 0,00 0,00 0,00 1 7,50 0,00 0,00
Lç Gr 1,50 0,00 0,00 1 1,50 0,00 0,00 0,00 1 1,50 0,00 0,00 0,00 0,00
Carregador Aço Car 5,56 0,25 11 2,75 11 2,75 11 2,75 11 2,75 0,00 11 2,75 11 2,75 11 2,75 0,00 0,00 0,00
Car 556 (peso médio) 0,01 330 4,01 330 4,01 330 4,01 330 4,01 600 7,29 330 4,01 330 4,01 330 4,01 600 7,29 0,00 0,00
Gr M Of 0,60 2 1,20 2 1,20 2 1,20 2 1,20 1 0,60 2 1,20 2 1,20 2 1,20 1 0,60 2 1,20 2 1,20
Mun Gr M Def 0,80 2 1,60 2 1,60 2 1,60 2 1,60 1 0,80 2 1,60 2 1,60 2 1,60 1 0,80 2 1,60 2 1,60
Gr 40 mm ,060 0,00 0 0,00 8 4,80 0 0,00 0,00 0,00 8 4,80 0 0,00 0,00 0,00 0,00
Car 9 mm 0,01 45 0,56 45 0,56 0,00 0,00 0,00 45 0,56 0,00 0,00 0,00 90 1,12 0,00
Lç Rj AT 84 6,80 0,00 0,00 0,00 1 6,80 0,00 0,00 0,00 1 6,80 0,00 0,00 0,00
Luneta At Pc GC 1,20 0,00 0,00 0,00 1 1,20 0,00 0,00 0,00 1 1,20 0,00 0,00 0,00
Mira Visada Rádia 0,40 1 0,40 1 0,40 1 0,40 0,00 1 1,00 1 0,40 1 0,40 0,00 1 0,40 1 0,40 1 0,40
Obs
Apontador laser 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20
Lanterna 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15
Soma 29,94 29,94 32,93 34,23 29,77 29,94 32,93 34,23 29,77 22,44 19,76
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8.4.11 FARDO DE COMBATE (MOCHILA)
8.4.11.1 Inclui os itens necessários que garantem a marcha de aproximação que
são necessários para operações estendidas. Estes são descartados em uma
posição antes ou em contato com o inimigo.
8.4.11.2 Será transportada pelo combatente a pé com o mínimo de peso e de
volume, de tal modo que não embarace a mobilidade em ação. A mochila deve
ser a maneira mais prática e cômoda para transportar o material específico que
deverá ser levado para cumprir a missão recebida.
8.4.11.3 Alguns itens podem ser adicionados ou excluídos de acordo com
a missão tais como:
− ração operacional;
− água adicional;
− material de higiene e banho;
− poncho;
− ferramenta de sapa;
− munição adicional/coletiva;
− conjunto de estacionamento individual, quando necessário; e
− outros.
8.4.12 FARDO DE BAGAGEM
8.4.12.1 Destina-se ao transporte do material individual que o militar necessitará
em campanha. Excluem-se, evidentemente, os artigos que, por força da missão,
o combatente conduzirá o fardo de combate (mochila).
8.4.12.2 O fardo de bagagem deverá ser utilizado para transportar somente o
mínimo necessário ao conforto do homem em campanha.
8.4.13 TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO DE CARGA
− Com base na situação e nos fatores da decisão o Cmt decide o que será trans-
portado no fardo de combate e no fardo de assalto.
− Os combatentes distribuem a carga pelo fardo de assalto (colete) de forma
equilibrada.
− Nada deverá ser transportado na parte da frente do colete que impeça os sol-
dados de tomarem posições de tiro.
− A material coletivo deve ser distribuído entre todos.
− O material pesado deve ser revezado entre os soldados.
− Deve ser planejado o local para abandono do fardo de combate (Z Reu, AT, P
Ass ...).
8-14
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− Deve-se considerar levar menos rações para operações curtas.
− Enquanto estiver carregando mochilas, deve-se usar água e rações transpor-
tadas no fardo de combate.
− A ração de emergência deverá ser transportada no fardo de assalto para ga-
rantir a sobrevivência imediata sem o fardo de combate.
− Os itens coletivos ao carregamento de todos deverão estar localizados no
mesmo lugar, seja no fardo de assalto ou no fardo de combate.
8-15
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7.5.6 Quando um homem é ferido, o companheiro mais próximo deve prestar-lhe
de imediato os primeiros socorros. O Cmt de GC informa ao Adj Pel que passa
a coordenar a evacuação desse elemento até o Ponto de Concentração de Feri-
dos (PCF), seja caminhando (ferimentos leves), seja transportado por elementos
da fração, do pelotão reserva ou pelos padioleiros da turma de evacuação da
subunidade.
7.5.7 Para qualquer militar evacuado deve-se ter um controle de material que
permanece com a vítima e o que permanece na fração. O armamento e o equi-
pamento da vítima podem ser retidos pelo pelotão, redistribuídos conforme apro-
priado (munição, comida, água, equipamento especial) ou evacuados para os
trens da SU. As metralhadoras leves, os lançadores de granada e outras armas
especiais são redistribuídos pela fração.
8.5.8 UM PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DEVE INCLUIR
− Deveres e responsabilidades do pessoal no planejamento e execução da eva-
cuação de vítimas, onde o emprego do sistema de duplas ou “cangas” facilitam
a distribuição de responsabilidades dentro da esquadra.
− Prioridades de evacuação.
− Provisões para recuperação e salvaguarda de armas, munições e equipamen-
tos.
− Conhecimento da localização dos pontos de concentração de feridos, normal-
mente informado no parágrafo 4º das ordens de operação.
− Procedimentos e responsabilidades pela evacuação médica.
− Planejamento de outros meios de transporte não médicos para evacuação, em
caso de necessidade.
− Procedimentos para tratar e evacuar PG e vítimas civis.
− Redes de comunicação para solicitações de evacuação.
− Situações em que a evacuação começará e os combatentes poderão ajudar
na coleta e evacuação. Isso impede que o poder de combate seja desviado da
missão.
8.5.9 Os Cmt GC devem estar preparados para tratar e evacuar as baixas. De-
vem entender o plano de evacuação de vítimas e começar imediatamente a
executá-lo quando ocorrerem baixas. O tratamento de vítimas graves significa
estabilizar a vítima até que ela possa ser evacuada.
8.5.10 Caso necessário, qualquer meio pode ser empregado para evacuar uma
vítima.
8.5.11 Pelo menos um soldado por GC deve ser treinado como um socorrista de
combate para ajudar o ajudante a tratar e evacuar os feridos. Eles fornecem tra-
8-16
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tamento inicial até que o pessoal de saúde trate os feridos, mas somente depois
que as tarefas primárias de combate estejam completas.
8.5.12 O tratamento de baixas normalmente começa na conclusão da atividade,
durante a reorganização do pelotão. As baixas são tratadas onde caem (ou sob
cobertura e ocultação próximas) pela própria vítima, um amigo, um ajudante
ou um socorrista de combate. Eles são então evacuados por macas ou meios
improvisados para o ponto de evacuação do pelotão. Esse ponto é escolhido
pelo Cmt Pel, conforme necessário. Ao selecionar o ponto de evacuação, o Cmt
deve considerar a cobertura, a ocultação, a segurança e o espaço para tratar as
vítimas, o acesso à rota e o acesso aéreo.
8.5.13 CATEGORIAS DE TRATAMENTO DE VÍTIMAS
- Os mortos em combate não são concentrados ou evacuados para esse ponto
de evacuação. À medida que as vítimas são coletadas, elas são triadas (sepa-
radas) para tratamento. O objetivo é dar o melhor apoio ao maior número de
feridos. As categorias de tratamento de vítimas são:
8.5.13.1 Prioridade I-Urgente
- É atribuída a casos de emergência que devem ser evacuados o mais rapida-
mente possível e no prazo máximo de duas horas, a fim de salvar a vida, os
membros ou a visão; para prevenir complicações de doença séria; ou para evitar
incapacidade permanente.
8.5.13.2 Prioridade IA-Urgente-Cirúrgica
a) É atribuído a pacientes que devam receber uma intervenção cirúrgica a frente
para salvar suas vidas e estabilizá-los para posterior evacuação.
b) Em Prioridade I e IA (1ª prioridade) as vítimas deverão ser marcadas com
algum material identificador (cartões, fichas, fitas...) na cor vermelha.
8.5.13.3 2º Prioridade Prioritária II
a) É atribuído a pessoal doente e ferido que requer cuidados médicos imediatos.
A precedência é usada quando o tratamento especial não está disponível local-
mente e o indivíduo sofrerá dor ou incapacidade desnecessárias (tornando-se
precedente URGENTE) se não for evacuado dentro de quatro horas.
b) Nesse caso as vítimas deverão ser marcadas com algum material identifica-
dor (cartões, fichas, fitas...) na cor amarela.
8.5.13.4 Prioridade III-Rotina
a) É atribuída a pessoal doente e ferido que necessite de evacuação, mas cuja
condição não deverá deteriorar-se significativamente.
b) Os doentes e feridos nesta categoria devem ser evacuados dentro de 24
horas. Nesse caso as vítimas deverão ser marcadas com algum material identi-
8-17
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ficador (cartões, fichas, fitas...) na cor verde.
8.5.13.5 Prioridade IV (sem prioridade)
a) É atribuída a pacientes para os quais a evacuação por veículo médico é uma
questão de conveniência médica e não de necessidade.
b) Nesse caso as vítimas deverão ser marcadas com algum material identifica-
dor (cartões, fichas, fitas...) na cor preta.
8.5.14 No ponto de concentração de feridos, o cabo atendente, da turma de
evacuação, revisa os primeiros socorros e, se necessário, prepara o ferido para
a evacuação até o posto de socorro do batalhão, onde receberá atendimento
médico.
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ANEXO A
APRESTAMENTO DO GC MECANIZADO E DO GC BLINDADO
A-1
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A-2
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A-3
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A-4
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A-5
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a) 7 Fuzis;
b) 2 Metralhadoras médias;
c) 11 Fardos de combate;
d) 2 At4;
e) 1 Mtr.50;
f) 900 munições de .50 enfitadas (1 cofre de 100 na Mtr e 8 cofres acondicionados no comparti-
mento da tropa
g) 1 kit de conversão do Armt;
h) 1 enfitadeira;
i) 1 kit de ferramental da Vtr;
j) 2 fitas para manobra de força;
k) 2 antenas; e
l) 4 headset.
A-6
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A-7
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A-8
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