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EB70-CI-11.

440

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

CADERNO DE INSTRUÇÃO
GRUPO DE COMBATE

1ª Edição
2022
EB70-CI-11.440
EB70-CI-11.440

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

CADERNO DE INSTRUÇÃO
GRUPO DE COMBATE

1ª Edição
2022
EB70-CI-11.440
EB70-CI-11.440

PORTARIA Nº 155 - COTER, DE 8 DE MARÇO DE 2022


EB: 64322.000453/2022-08

Aprova o Caderno de Instrução Grupo de


Combate (EB70-CI-11.440), 1ª Edição,
2022 e dá outras providências.

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso da


atribuição que lhe conferem os incisos II e XI do art. 10 do Regulamento do Comando
de Operações Terrestres (EB10-R-06.001), aprovado pela Portaria do Comandante
do Exército nº 914, de 24 de junho de 2019, e de acordo com o que estabelece os Art.
5º, 12º e 44º das Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do Exército
(EB10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército nº 770, de
7 de dezembro de 2011, e alteradas pela Portaria do Comandante do Exército nº
1.266, de 11 de dezembro de 2013, resolve:

Art. 1º Fica aprovado o Caderno de Instrução Grupo de Combate


(EB70- CI-11.440), 1ª Edição, 2022, que com esta baixa.

Art. 2º Fica revogado o Caderno de Instrução Grupo de Combate


(EB70- CI-11.440), Edição Experimental, 2020, aprovado pela Portaria Nº 132-
COTER, de 2 de outubro de 2020.

Art. 3º Esta portaria entrará em vigor e produzirá efeitos a partir


de 1º de abril de 2022.

Gen Ex MARCO ANTÔNIO FREIRE GOMES


Comandante de Operações Terrestres

(Publicada no Boletim do Exército nº 11 de 18 de março de 2022)


EB70-CI-11.440
EB70-CI-11.440

FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM)

NÚMERO ATO DE PÁGINAS


DATA
DE ORDEM APROVAÇÃO AFETADAS
EB70-CI-11.440
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ÍNDICE DOS ASSUNTOS
Pag

CAPÍTULO I - FUNDAMENTOS E CONCEITOS


1.1 Finalidades............................................................................................ 1-1
1.2 Fundamentos táticos do emprego......................................................... 1-2
1.3 O combate ofensivo e defensivo............................................................ 1-2
1.4 Ações básicas....................................................................................... 1-3
1.5 Funções de combate............................................................................ 1-5
1.6 Características do combate aproximado............................................... 1-9
1.7 Princípios de emprego........................................................................... 1-9
1.8 Habilidades individuais.......................................................................... 1-10
1.9 Cada soldado como um sensor............................................................. 1-11
1.10 Liderança Individual............................................................................ 1-12
1.11 Missão pela finalidade......................................................................... 1-14
1.12 Tomada de decisão tática.................................................................... 1-15
1.13 Conceitos de apoio............................................................................. 1-15
1.14 Trabalho de comando.......................................................................... 1-18
1.15 Ações no contato................................................................................. 1-19
1.16 Gerenciamento do risco...................................................................... 1-25
1.17 Análise pós ação................................................................................. 1-27
1.18 Poder de combate............................................................................... 1-27
1.19 Armas individuais................................................................................ 1-33
1.20 Armas coletivas................................................................................... 1-35
1.21 Emprego de armas combinadas.......................................................... 1-37

CAPÍTULO II - A ESQUADRA
2.1 Generalidades....................................................................................... 2-1
2.2 Cabo Comandante de Esquadra........................................................... 2-1
2.3 O soldado esclarecedor......................................................................... 2-2
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2.4 O granadeiro......................................................................................... 2-5
2.5 O atirador de lança-rojão...................................................................... 2-6
2.6 O soldado atirador da metralhadora leve da Esquadra......................... 2-6
2.7 O Atirador de precisão do GC............................................................... 2-7
2.8 Formações............................................................................................ 2-9

CAPÍTULO III - O GRUPO DE COMBATE MOTORIZADO, LEVE E PARA-


QUEDISTA
3.1 Generalidades...................................................................................... 3-1
3.2 Rodízio de funções............................................................................... 3-3
3.3 Enunciar funções.................................................................................. 3-3
3.4 Formações............................................................................................ 3-4
3.5 Mudanças de frente e formação............................................................ 3-8
3.6 Deslocamentos..................................................................................... 3-9
3.7 Altos...................................................................................................... 3-9
3.8 Observação e controle.......................................................................... 3-9
3.9 Técnicas de progressão........................................................................ 3-10
3.10 Movimento sob as vistas e fogos do inimigo....................................... 3-14
3.11 Entrada em posição............................................................................ 3-16
3.12 Manobras do GC................................................................................ 3-17
3.13 Conduta do GC................................................................................... 3-20

CAPÍTULO IV - O GRUPO DE COMBATE MECANIZADO


4.1 Generalidades...................................................................................... 4-1
4.2 Funções................................................................................................ 4-7
4.3 Rodízio de funções............................................................................... 4-11
4.4 Enunciar funções.................................................................................. 4-12
4.5 O GC embarcado.................................................................................. 4-12
4.6 Técnicas de embarque e desembarque da VBTP................................. 4-16
4.7 Técnicas de progressão embarcada..................................................... 4-23
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4.8 Técnicas de progressão embarcada e desembarcada simultaneamente
(combinado Fuz - VBTP) ........................................................................... 4-27
4.9 Manobra do GC Mec............................................................................ 4-29
4.10 Ações em áreas de risco..................................................................... 4-29
4.11 Medidas contra fratricídio.................................................................... 4-30
4.12 Maneabilidade a pé............................................................................. 4-30
4.13 Conduta do GC nas operações........................................................... 4-30

CAPÍTULO V - O GRUPO DE COMBATE BLINDADO


5.1 Generalidades....................................................................................... 5-1
5.2 Atribuições............................................................................................. 5-7
5.3 Rodízio de funções................................................................................ 5-11
5.4 Enunciar funções................................................................................... 5-11
5.5 O GC embarcado.................................................................................. 5-12
5.6 Técnicas de embarque e desembarque da VBTP.................................. 5-14
5.7 Técnicas de progressão embarcada..................................................... 5-20
5.8 Técnicas de progressão embarcada e desembarcada simultaneamente
(combinado Fuz-VBTP).............................................................................. 5-24
5.9 Ações em áreas de risco....................................................................... 5-25
5.10 Manobra do GC Bld............................................................................ 5-26
5.11 Medidas contra fratricídio.................................................................... 5-27
5.12 Maneabilidade a pé............................................................................. 5-27
5.13 Conduta do GC nas operações........................................................... 5-27

CAPÍTULO VI - O GRUPO DE COMBATE DE SELVA


6.1 Generalidades....................................................................................... 6-1
6.2 Organização, Atribuições, Equipamentos e Armamentos ..................... 6-1
6.3 Formações ........................................................................................... 6-4
6.4 Mudanças de Frente e Formação ......................................................... 6-7
6.5 Deslocamentos .................................................................................... 6-7
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6.6 Altos ................................................................................................... 6-8
6.7 Observação e Controle ....................................................................... 6-8
6.8 Progressão ......................................................................................... 6-8
6.9 Ações em Contato com o Inimigo ....................................................... 6-9
6.10 O GC de Selva na Marcha para o Combate ..................................... 6-9
6.11 O GC de Selva no Ataque ................................................................... 6-10
6.12 GC de Selva na Defensiva ................................................................. 6-11
6.13 O GC de Selva nas Operações Ribeirinhas ........................................ 6-12

CAPÍTULO VII - PLANEJAMENTO E CONTROLE DE FOGOS


7.1 Generalidades....................................................................................... 7-1
7.2 Planejamento de fogos diretos.............................................................. 7-2
7.3 Princípios do controle de fogos diretos.................................................. 7-2
7.4 Medidas de coordenação e controle dos fogos diretos.......................... 7-4
7.5 Diagramas de risco de superfície.......................................................... 7-24
7.6 Processo de engajamento..................................................................... 7-29
7.7 Área de engajamento (AE).................................................................... 7-38
7.8 As pequenas frações na área de engajamento...................................... 7-38
7.9 Conduta durante a área de engajamento.............................................. 7-47
7.10 Roteiros de tiro.................................................................................... 7-48
7.11 Planejamento e integração do apoio de fogo....................................... 7-49
7.12 Planejamento de fogos nas ações táticas........................................... 7-51
7.13 Execução dos fogos............................................................................ 7-58
7.14 Controle dos fogos.............................................................................. 7-60

CAPÍTULO VIII - LOGÍSTICA


8.1 Generalidades...................................................................................... 8-1
8.2 Técnica de ressuprimento..................................................................... 8-2
8.3 Manutenção.......................................................................................... 8-6
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8.4 Carga transportada............................................................................... 8-7
8.5 Logística de saúde................................................................................ 8-15
8.6 Mortos em ação...................................................................................... 8-18

ANEXOS:

ANEXO A - APRESTAMENTO DO GC MECANIZADO E DO GC BLINDADO


A.1 Conceito e Recomendações................................................................ A-1
A.2 Aprestamento da Vbtp Guarani............................................................ A-1
A.3 Aprestamento da Vbtp M113................................................................ A-6
A.4 Quanto aos Materiais Gerais............................................................... A-8
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CAPÍTULO I
FUNDAMENTOS E CONCEITOS

1.1 FINALIDADES
1.1.1 Este Caderno de Instrução (CI) aborda os princípios doutrinários do Grupo
de Combate (GC), missão, características, possibilidades, limitações, emprego,
capacidades, organização e maneabilidade.
1.1.2 O GC é a menor fração de combate da F Ter, pois possui a capacidade
mínima de manter o fogo, o movimento e o combate aproximado.
1.1.3 O GC integra vários Pelotões de Infantaria e Cavalaria, apresentando for-
mação similar, exceto nos GC Mec e Bld que possuem em sua organização a
adição de uma guarnição da viatura blindada e no GC de Selva, que terá o acrés-
cimo de um soldado padioleiro.
1.1.4 Desse modo, o GC é normalmente dotado de um efetivo de nove homens
para manter as capacidades de liderança (comando e controle), habilidade para
atirar e manobrar com suas esquadras, letalidade e resiliência.
1.1.5 A capacidade de comando e controle é facilitada pela iniciativa, e a lideran-
ça pelo exemplo do Cmt do GC nas ações de combate.
1.1.6 A capacidade para atirar e manobrar é decorrência do emprego das es-
quadras mantendo o apoio mútuo, a flexibilidade e a capacidade para manter o
fogo e movimento através do regime de tiro proporcionado pelas Metralhadoras
Leve (Mtr L), uso do Lançador de Granadas 40 mm (Lç Gr 40 mm) e adoção dos
acessórios óticos que aumentam a precisão do GC. O Lç Gr 40 mm acoplável ao
fuzil agregou mais flexibilidade e poder de fogo ao GC, pois o mesmo permite o
emprego de diversos tipos de munição letais e não letais que podem ser também
empregadas para quebrar janelas e explodir dentro de ambientes confinados,
arrombar portas, destruir estruturas de concreto ou contra veículos leves.
1.1.7 A letalidade do GC é decorrente da distribuição de funções com especiali-
dades para realizar tiros de precisão a médias distâncias, tiros com alta cadência
de tiro, tiros contra diversos, tiro de ameaça com o emprego de granadas de
40mm ao uso do L Roj AC e com as formas de obtenção de alvo com o uso dos
óticos e optrônicos do GC. Obtendo assim, uma alta capacidade ofensiva asso-
ciada a uma letalidade seletiva de acordo com a situação e ambiente operacional
devido ao tipo de armamento.
1.1.8 Possui ainda a capacidade de neutralizar ou destruir as armas AC do inimi-
go (posições de mísseis ou foguetes não guiados) ou, ainda, neutralizar elemen-

1-1
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tos operando/implantando Dispositivos Explosivos Improvisados (DEI), garan-
tindo assim a continuidade do movimento das colunas e formações blindadas/
mecanizadas.
1.1.9 O conceito de resiliência do GC está ligado à capacidade de se manter
operacional mesmo com a perda de parte do efetivo e está diretamente relacio-
nada à letalidade.
1.1.10 Entretanto, dependendo da natureza das distintas unidades de Infantaria
e Cavalaria do Exército Brasileiro, os GC têm a sua missão condicionada pela
missão das próprias unidades a que pertençam, por exemplo: tropas Motoriza-
das, Leves, Paraquedistas, Aeromóveis, de Selva, Pantanal, de Montanha, Me-
canizadas, Blindadas etc.
1.1.11 Alguns dos fundamentos de combate são comuns entre as tropas de In-
fantaria e Cavalaria, sendo complementados com outros manuais, por exemplo:

MANUAL REFERÊNCIA
Operações EB20-MF 10.103
O Pelotão de Fuzileiros Mecanizado e sua maneabilidade EB70-CI-11.412
O Pelotão de Fuzileiro em área edificada EB70-CI-11.408

Tab 1 - Exemplo de referências para informações adicionais

1.2 FUNDAMENTOS TÁTICOS DO EMPREGO


1.2.1 O principal papel do grupo de combate é o combate aproximado que pode
ocorrer em qualquer tipo de missão, em qualquer terreno ou ambiente.
1.2.2 O combate aproximado é caracterizado pela extrema violência e choque
fisiológico, sendo insensível e implacável. As dimensões são medidas em mins
ou m e as consequências são finais. Esse tipo de combate enfatiza todos os as-
pectos das características físicas e mentais da dimensão humana.
1.2.3 As tropas que devem atuar nesse tipo de combate necessitam de uma
seleção, adestramento e liderança adequados.
1.2.4 O correto emprego da combinação do fogo, movimento e liderança garan-
tem resultados decisivos.

1.3 O COMBATE OFENSIVO E DEFENSIVO


1.3.1 Os GC, normalmente, atuam no ponto decisivo do campo de batalha, ten-
do em vista que suas ações ocorrem no local em que todo o planejamento dos
escalões superiores encontra o inimigo no combate aproximado.

1-2
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1.3.2 O desempenho dessa fração depende de que os comandantes, em todos
os níveis, compreendam a situação, tomem decisões e combatam o inimigo para
cumprir a missão.
1.3.3 O combate aproximando ofensivo tem como objetivo tomar o terreno e
destruir o adversário.
1.3.4 O combate aproximando defensivo, por sua vez, nega uma área ao inimigo
e protege as forças amigas para as operações futuras.
1.3.5 Ambas formas constituem os tipos mais difíceis.

1.4 AÇÕES BÁSICAS


1.4.1 Seja atuando isolado ou como parte de uma força maior, o objetivo dos GC
permanece o mesmo: derrotar e destruir as forças inimigas e tomar o terreno.
1.4.2 Para atingir o estado final desejado deve-se ter a compreensão que essas
frações realizam as seguintes ações básicas: atirar, progredir e ocupar uma po-
sição.
1.4.3 No nível “pequenas frações” é importante fazer a distinção entre essas
ações básicas de atacar-movimentar-defender, das operações ofensivas e de-
fensivas de maior escala, sendo a diferença no grau de execução e não no tipo,
pois as pequenas frações, independentemente do tipo de operação ofensiva de
sua Unidade ou Grande Unidade, irão realizar essas ações básicas.
1.4.4 Para cumprir as ações básicas, sejam ofensivas ou defensivas, é neces-
sário ter o entendimento dos princípios fundamentais. A partir deles derivam as
táticas, técnicas e procedimentos (TTP) empregados durante as operações.

PRINCÍPIOS

Manobra tática Sempre buscar uma combinação do fogo eficaz com o movimento hábil.

Buscar todas as oportunidades para explorar seus pontos fortes e impedir


Vantagem
que o inimigo explore seus pontos fracos
O uso da combinação cria dilemas que fixam o inimigo, sobrecarregando
Combinação
sua capacidade de reagir enquanto protege suas fraquezas.
Tomada de O combate aproximando exige táticas flexíveis, decisões rápidas e mano-
decisão tática bras velozes para criar um ritmo que domine o inimigo
Liderança
A liderança dos comandantes nesse nível é frequentemente decisiva.
Individual
Poder de
É a capacidade que uma fração possui para combater.
Combate
Situação Cada situação é única e deve ser resolvida por seus próprios méritos.

Tab 2 - Princípios táticos

1-3
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1.4.4.1 Manobra Tática
- É a maneira pela qual os grupos de combate aplicam o poder de combate. A
definição mais básica é a aplicação do fogo e movimento, sendo essa a principal
tática quando em combate aproximado, pois o fogo sem movimento não é deci-
sivo e o movimento sem o fogo é potencialmente desastroso.
1.4.4.2 Vantagem
- Deve se buscar todas as oportunidades para ganhar e manter uma vantagem
sobre o inimigo. No combate aproximando deve forçar ao inimigo a entrar em
situações insolúveis para derrotá-lo ou destruí-lo.
1.4.4.3 Combinação
- A combinação entre a aplicação do poder de combate, o emprego do fogo
disponível e a manobra tática permitirão explorar os pontos fracos do inimigo. A
compreensão de como realizar a combinação eficaz e eficiente valoriza a com-
petência tática. Sendo assim, os comandantes deverão conhecer as caracterís-
ticas das armas e munições utilizadas, ao empregar o efeito do fogo desejado,
bem como entender as capacidades e limitações de sua fração e das unidades
nas quais atua.
1.4.4.4 Tomada de Decisão Tática
1.4.4.4.1 É a capacidade de tomar decisões durante todas as fases do processo
operativo (planejar, preparar, executar e avaliar). Nesse contexto os comandan-
tes de GC exercitam o comando e controle para serem eficazes e eficientes
no cumprimento de sua missão. Onde a eficácia implica em realizar avaliações
precisas e decidir de forma oportuna para combater o inimigo. O controle com-
plementa o comando usando os meios mais eficientes disponíveis.
1.4.4.4.2 Os principais conceitos da tomada de decisão tática são decorrentes
do trabalho de comando de subunidades e escalões inferiores, das ações duran-
te o contato e do gerenciamento de riscos.
1.4.4.5 Liderança Individual
- Nas pequenas frações a Liderança Individual é composta de três conceitos
fundamentais:
a) a LIDERANÇA PELO EXEMPLO é expressa de forma simples ao ser a refe-
rência para os subordinados;
b) a AUTORIDADE é expressa na forma de agir; e
c) a MISSÃO PELA FINALIDADE é o entendimento do que se deve ser feito e
por que deve ser feito, cabendo “o como” ser feito ao subordinado.
1-4
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1.4.4.6 Poder de Combate
- A capacidade de gerar e aplicar o poder de combate é uma vantagem significa-
tiva para os GC. Essa vantagem é resultante do adestramento de seus integran-
tes, da organização das esquadras e dos GC.
1.4.4.7 Situação
- Deve-se ter o entendimento que cada situação de combate é única. Os co-
mandantes devem avaliar a situação com precisão e tomar a decisão sobre o
emprego correto e oportuno de sua fração. O ambiente operacional, a aplicação
dos princípios da guerra e o estado final desejado culminam com o combate
aproximando das pequenas frações. Os comandantes dessas frações devem
entender o propósito da missão e como as ações e decisões podem afetar o
resultado das operações.
1.4.5 A surpresa significa pegar o inimigo despreparado. Os comandantes em-
pregam continuamente medidas para impedir que o inimigo os surpreenda. Os
comandantes devem estar preocupados com a segurança.

1.5 FUNÇÕES DE COMBATE


1.5.1 Uma função de combate é um conjunto de atividades e tarefas afins, além
dos sistemas empregados na sua execução (pessoas, organizações, informa-
ções e processos) unidos por um propósito comum que orientam os comandan-
tes no preparo e emprego dos meios para cumprir as missões e objetivos de
adestramento.
- As funções de combate são:
a) inteligência;
b) movimento e manobra;
c) fogos;
d) proteção;
e) logística; e
f) comando e controle.
1.5.2 Os comandantes visualizam, descrevem, dirigem e lideram as operações
e adestramentos em termos das funções de combate. A Fig a seguir ilustra os
elementos do poder de combate.

1-5
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Fig 1 - Elementos do poder de combate

1.5.2.1 Inteligência
a) Conjunto de atividades, tarefas e sistemas inter-relacionados empregados
para assegurar a compreensão sobre o ambiente operacional, as ameaças, os
oponentes, o terreno e as Considerações Civis.
b) Inclui as tarefas associadas às atividades de Inteligência, Vigilância, Reco-
nhecimento e Aquisição de Alvos (IRVA).
1.5.2.2 Movimento e Manobra
a) Conjunto de atividades, tarefas e sistemas inter-relacionados, empregados
para deslocar forças, de modo a posicioná-las em situação de vantagem em re-
lação às ameaças. Conjunto de atividades, tarefas e sistemas inter-relacionados
que permitem o emprego coletivo e coordenado de fogos cinéticos, orgânicos da
Força ou conjuntos, integrados pelos processos de planejamento e coordenação
de fogos. Incluem tarefas associadas a sincronização dos efeitos desses tipos
de fogos com as outras funções de combate, com a finalidade de atingir os obje-
tivos operacionais e táticos

1-6
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Fig 2 - Movimentos e manobra

b) “Movimento” é o deslocamento ordenado de forças visando o cumprimento de


uma missão, em condições nas quais não se prevê interferência do oponente.
c) “Manobra” é o deslocamento de uma tropa que esteja em contato ou que
tenha a previsão de contato com uma força oponente. Incluem as tarefas asso-
ciadas ao emprego de forças em combinação com o fogo direto ou potencial fogo
(manobra), projeção de força (movimento) e mobilidade e contra mobilidade.
d) O movimento e a manobra são os meios pelos quais os comandantes concen-
tram poder de combate para obter surpresa, efeitos psicológicos, impulsão, ação
da massa e domínio moral sobre o oponente.
1.5.2.3 Proteção
- Conjunto de atividades, tarefas e sistemas inter-relacionados empregados na
preservação da força, permitindo que os comandantes disponham do máximo
poder de combate para emprego. As tarefas permitem identificar, prevenir e mi-
tigar ameaças às forças e aos meios vitais para as operações, de modo a pre-
servar o poder de combate e a liberdade de ação. Permitem, também, preservar
populações civis. Incluem as seguintes tarefas: contra inteligência, defesa an-
tiaérea, defesa química, biológica, radiológica e nuclear, antiterrorismo, guerra
eletrônica, guerra cibernética, busca e salvamento e segurança de área.
1.5.2.4 Logística
- Conjunto de atividades, tarefas e sistemas inter-relacionados para prover apoio
e serviços, de modo a assegurar a liberdade de ação e proporcionar amplitude
1-7
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de alcance e de duração às operações. Engloba as áreas funcionais de apoio
ao material, apoio ao pessoal e apoio de saúde. Incluem as seguintes tarefas:
manutenção, transporte, suprimento, serviços de campanha, destruição de ex-
plosivos, recursos humanos, gestão financeira, serviço de saúde, assistência
religiosa, serviço postal e apoio de banda música.
1.5.2.5 Comando e Controle
a) Conjunto de atividades, tarefas e sistemas inter-relacionados que permitem
aos comandantes o exercício da autoridade e a direção das ações. A função
mescla a arte do comando com a ciência do controle. Incluem também os atu-
adores não cinéticos abrangidos pelas Operações de Informação. Todas as de-
mais funções de combate são integradas por meio do Comando e Controle.
b) O comando e controle têm duas partes, o comandante e o sistema de coman-
do e controle.
c) Os sistemas de informação incluem os sistemas de comunicações, de suporte
à inteligência e os sistemas de tecnologia de informação. Permitem ao coman-
dante atuar em qualquer lugar da área de operações.
1.5.3 PODER DE COMBATE
1.5.3.1 Poder de Combate é a capacidade de uma unidade combater. O principal
desafio dos comandantes no nível tático é dominar a arte de gerar e ampliar o
poder de combate em um ponto decisivo para realizar uma missão. Nesse nível,
o poder de combate apoia-se na eficiência operacional (nível adequado de ope-
racionalidade), no valor profissional do comandante e no valor moral da tropa.
1.5.3.2 Os comandantes empregam o processo de planejamento para gerar o
poder de combate. Conduzem as operações procurando localizar e identificar,
fixar/isolar, engajar e explorar para aplicar corretamente o poder de combate.
1.5.3.3 O “core” da capacidade combativa de uma unidade é composto por
três elementos: potência de fogo, mobilidade e proteção/segurança.
a) A potência de fogo consiste no emprego das armas para infligir baixas ao
oponente.
b) A mobilidade é a capacidade de se mover no campo de batalha, ditando a
velocidade, o ritmo e o posicionamento tático.
c) Inerente tanto à potência de fogo quanto à mobilidade está a necessidade de
proteção contra a potência de fogo e a mobilidade inimiga. Deve ser realizado
emprego das medidas de proteção e segurança para preservar a capacidade
de combate, negando a proteção do inimigo através da combinação criativa da
potência de fogo com a mobilidade.

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1.6 CARACTERÍSTICAS DO COMBATE APROXIMADO
1.6.1 O combate aproximado é caracterizado pelo perigo, esforço físico e psico-
lógico, incerteza e acaso. Para combater desta forma é necessário ter coragem,
resistência física e mental, estamina e flexibilidade.
1.6.2 A coragem é a qualidade para enfrentar e superar o inimigo. É a virtude que
permite ao militar, através do raciocínio e autodisciplina, sobrepujar o medo e
combater o inimigo. Perigos reais ou potenciais são um aspecto sempre presen-
te no campo de batalha. A coragem física é necessária para lidar com os perigos
de combate. A coragem física é resultante do condicionamento mental que vem
de um adestramento exigente e motivos como orgulho pessoal, entusiasmo e
patriotismo. Já a coragem moral é a necessária para enfrentar as responsabili-
dades e fazer o que é necessário e correto.
1.6.3 Resistência física e mental são as aptidões necessárias para combater o
esforço físico e psicológico. A resistência física permite suportar as dificuldades
e executar as atividades mais extenuantes. A resistência mental permite a com-
preensão da natureza do combate e cumprir as ações na perspectiva correta.
1.6.4 Estamina mental é a aptidão para compreender a incerteza do combate,
fornecendo a capacidade de avaliar a situação e tomar decisões a partir dessa
compreensão.
1.6.5 A flexibilidade é uma capacidade necessária diante das incertezas do com-
bate aproximado, devendo ser trabalhada para que as pequenas frações se tor-
nem flexíveis, resolutas e capazes de continuar na ação apesar das incertezas
e do caos do combate.

1.7 PRINCÍPIOS DE EMPREGO


1.7.1 O conhecimento dos princípios e fundamentos orientam as ações a serem
realizados para o cumprimento da missão. Os princípios de emprego das peque-
nas frações são compostos pelas táticas, técnicas e procedimentos (TTP), além
da terminologia e símbolos militares.
1.7.2 A forma de emprego das pequenas frações sofre evolução constante e se
adaptando continuamente ao combate moderno, entretanto os princípios funda-
mentais permanecem inalterados.
1.7.3 Os princípios são conceitos e fatos fundamentais subjacentes à condução
de tarefas e operações. Os princípios são gerais, flexíveis e se aplicam em todos
os níveis de comando.
1.7.4 Táticas, Técnicas e Procedimentos são as práticas geralmente aceitas e
usadas para conduzir ações. “Geralmente aceitas” porque não se aplicam da
mesma forma diante de todas as situações. Os comandantes das pequenas fra-

1-9
EB70-CI-11.440
ções utilizam seus próprios procedimentos operacionais e julgam para determi-
nar o que é apropriado com base nos fatores da decisão.
1.7.5 Tática pode ser definida como a arte de dispor, movimentar e empregar as
frações em presença do inimigo ou durante o combate.
1.7.6 Técnicas são os métodos gerais ou detalhados empregados para execu-
tar as missões e funções designadas, especificamente os métodos de uso de
equipamento e pessoal. Também são os métodos empregados para executar as
ações táticas, descrevendo uma trilha a ser seguida e não um trilho fixo.
1.7.7 Procedimentos são os métodos padrão utilizados para executar e realizar
uma tarefa ou parte de uma tarefa. Por exemplo, o emprego correto de informes
operacionais para solicitar um apoio ou evacuação médica.
1.7.8 Termos e símbolos – o conhecimento dos termos e símbolos empregados
facilita o nível de comunicação entre os diversos escalões bem como o entendi-
mento comum.

1.8 HABILIDADES INDIVIDUAIS


1.8.1 O soldado fuzileiro é o principal elemento do GC, devendo ser treinado em
todas as técnicas de combate individuais e coletivas e deve ser imbuído com to-
dos os valores, deveras e da ética militar. É um elemento vital na coleta de dados
de inteligência e de informações.
1.8.2 TODO COMBATENTE DEVE DOMINAR AS HABILIDADES INDIVIDUAIS
BÁSICAS
- A aplicação das habilidades individuais de forma coletiva reflete o poder de
combate nas pequenas frações.
1.8.2.1 Atirar - é a capacidade empregar o armamento com precisão. Todo militar
deve ter o conhecimento das características e possibilidades de seu armamento,
bem como do efeito causado pela munição. Esse conhecimento irá permitir um
consumo desnecessário de munição e danos colaterais.
1.8.2.2 Progredir – o movimento tático é inerente a todas as operações. O movi-
mento é multifacetado, variando nos meios como a progressão a pé, a progres-
são embarcada em viaturas, embarcações e aeronaves, bem como nos vários
ambientes como a selva, a caatinga, o pantanal, as áreas humanizadas etc.
a) Para o combatente, a progressão é fruto do emprego das técnicas de progres-
são individual, do entendimento das formações de combate e das técnicas de
progressão das pequenas frações permitindo desta forma a rápida evolução de
um movimento tático para a execução de uma manobra.
b) Para progredir é necessário saber realizar o estudo do terreno para poder
progredir e atirar com eficiência.
1-10
EB70-CI-11.440
c) Para realizar a progressão deve-se:
1) saber se orientar e navegar;
2) realizar o estudo do terreno procurando identificar os aspectos militares do
terreno (acrônimo OCOAO); e
3) identificar como integrar os aspectos relacionados aos fogos (diretos e indi-
retos) com o movimento tático.
1.8.2.3 Comunicar – a comunicação é base para se estabelecer a consciência
situacional nas pequenas frações, deve-se ter pleno conhecimento das técnicas
e procedimentos utilizados para a comunicação. A capacidade de comunicação
em informar o necessário para que se avalie a situação, tomar uma decisão e
direcionar as ações necessárias.
1.8.2.4 Sobreviver - todos devem ser capazes de sobreviver levando em conta
o inimigo, o ambiente e própria sobrevivência individual. Sobreviver é uma res-
ponsabilidade tanto pessoal como coletiva. A sobrevivência exige disciplina nas
atividades de rotina como manter a segurança do local, cuidar do seu material
e equipamento, manter o asseio corporal, e ainda, em lida com circunstâncias
extraordinárias com lidar com vítimas e ferimentos ou atuar em um ambiente
contaminado. Para isso devem conhecer as medidas de proteção e sobrevivên-
cia como se abrigar, proteger o material, o equipamento e as viaturas, bem como
construir abrigos.
1.8.2.5 Sustentar - é característica de se manter em todas as operações. Deve-
-se saber quais as necessidades logísticas para o recompletamento das dota-
ções de cada soldado antes das ações, bem como gerenciar a carga a ser indi-
vidual a ser transportada.
1.8.3 Cada soldado deve ter o Ethos do combatente referentes às atitudes, aos
valores, às crenças da profissão militar. Ele ecoa através do código de conduta
e reflete no compromisso altruísta do militar com o Brasil, com a missão, sua
unidade e seus companheiros.
1.8.4 Os valores da profissão militar são fundamentais para auxiliar os soldados
a tomar decisões corretas em qualquer lugar.
1.8.5 Os militares devem seguir sempre as diretrizes e regras emanadas de seus
comandantes no tocando ao direito internacional dos conflitos armados.

1.9 CADA SOLDADO COMO UM SENSOR


1.9.1 Cada militar também atua com um sensor, devendo saber observar ativa-
mente os detalhes relacionados aos EEI. Relatando de forma maneira e concisa
o que observou de acordo com sua experiência, nesse interim é de suma impor-
tância que os comandantes das pequenas frações permitam que seus subordi-

1-11
EB70-CI-11.440
nados se sintam livres para relatar o que veem em cada situação.
1.9.2 A busca da consciência situacional é uma atribuição que reflete na ação de
todos os soldados nas atividades de coleta de inteligência entendendo seu papel
como coletor de informes de combate.
1.9.3 Uma forma eficiente de enraizar isso nas pequenas frações é a distribuição
dos EEI aos subordinados antes de cada missão ou questionar os mesmos du-
rante as inspeções pré-combate, ou ainda, com os debriefings e relatórios após
cada atividade.
1.9.4 Os fuzileiros devem observar ativamente os detalhes da área de operações
relatando aos comandantes aspectos observados relacionados aos EEI. Tam-
bém devem ser competentes em reportar experiências, percepção e julgamento
de forma concisa e clara. A fim de facilitar isso, os comandantes devem criar um
clima que permita a todos os soldados sentirem-se confortáveis para reportar
tudo o que viram e aconteceu durante as ações.
1.9.5 Todos os comandantes devem maximizar a capacidade dos soldados para
a inteligência de combate fazendo entender o papel que desempenham como
elementos de inteligência.

1.10 LIDERANÇA INDIVIDUAL


1.10.1 A liderança tática é, em última instância, liderar soldados para cumprir a
missão. Ela influencia os subordinados ao fornecer propósito, direção e motiva-
ção para o cumprimento da missão.
a) O propósito se reflete no motivo para realizar aquela ação.
b) A direção se reflete na forma ou modo como irá ser cumprida a missão.
c) A motivação reflete na vontade para executar a missão.
1.10.2 Os comandantes empregam o comando e controle para influenciar os
subordinados a cumprirem a missão onde o comando é a autoridade que os
comandantes exercem sobre os subordinados em virtude da função. Já o con-
trole é a direção e orientação dos subordinados para garantir o cumprimento da
missão.
1.10.3 Liderar é a arte de exercer o comando e controle para influenciar e dirigir
os subordinados de forma a obter sua obediência voluntária, confiança, respei-
to, e cooperação leal. A liderança é o fator mais importante para o comando e
controle.
1.10.4 A liderança militar envolve uma combinação de caráter pessoal e com-
petência profissional com um viés para ação certa no momento oportuno para o

1-12
EB70-CI-11.440
efeito desejado.
1.10.5 Para aplicação da liderança tática existem três princípios fundamentais
que são a liderança pelo exemplo, a autoridade e a missão pela finalidade.
1.10.6 A liderança pelo exemplo é a constante busca ser um exemplo, saber o
que é preciso e fazer o necessário para ser um líder de sua fração. Ela decorre
do conhecimento, habilidades, atitudes, valores e experiência.
1.10.7 A autoridade é o poder delegado aos comandantes. Inclui a responsa-
bilidade sobre sua fração. Todos os comandantes em todos os níveis exercem
autoridade enquanto tomam decisões para cumprir a missão e liderar seus su-
bordinados.
1.10.7.1 Os comandantes das pequenas frações também desenvolvem a auto-
ridade pessoal que deriva de seus valores, atributos, personalidade, experiên-
cia, reputação, caráter, exemplo pessoal e acima de tudo competência técnica
e tática. Essa autoridade surge durante as missões e da confiança gerada no
decorrer as ações, sendo muitas vezes mais poderosa que a autoridade legal.
1.10.7.2 Os Comandantes possuem três responsabilidades principais. Eles são
responsáveis por realizar todas as missões atribuídas, pela saúde, bem-estar,
moral e disciplina de seus soldados e por manter e empregar os recursos de sua
força. Na maioria das vezes, essas responsabilidades não entram em conflito.
No entanto, a responsabilidade do comandante pela realização da missão pode
entrar em conflito com suas responsabilidades para com o soldado. Em um con-
flito irreconciliável entre os dois, incluindo o bem-estar do próprio comandante, o
cumprimento da missão deve vir em primeiro lugar. No entanto, os comandantes
devem entender que a perda excessiva de soldados e recursos pode inibir seve-
ramente sua capacidade de cumprir sua missão.
1.10.7.3 Os comandantes são responsáveis por suas próprias decisões e pelas
ações, realizações e fracassos de seus subordinados.
1.10.7.4 Os comandantes delegam autoridade para permitir que subordinados
cumpram suas obrigações e, quando necessário, decidam e ajam em nome de
seu comandante. Embora os líderes possam delegar autoridade, eles não po-
dem delegar responsabilidade pelo resultado das ações de seus subordinados.
Os subordinados são responsáveis perante seus comandantes pela maneira
como usam sua autoridade delegada.
1.10.7.5 Quando os Comandantes delegam autoridade, garantem que os su-
bordinados entendam os limites de sua autoridade ou sua liberdade de ação. A
liberdade de ação de um comandante inclui sua capacidade e responsabilidade
de tomar decisões sem a aprovação do superior. Iniciativa disciplinada de su-
bordinados só pode ocorrer quando a liberdade de ação é claramente definida.

1-13
EB70-CI-11.440
1.11 MISSÃO PELA FINALIDADE
1.11.1 A missão pela finalidade é a forma de conduzir de operações militares por
meio da execução descentralizada, com base nas ordens de operações para a
efetiva realização da missão. A missão pela finalidade bem executada resulta na
ação dos comandantes subordinados em todos os escalões que exercem inicia-
tiva disciplinada dentro da intenção do comandante de cumprir a missão. Requer
um ambiente de confiança e compreensão mútua
1.11.2 Um princípio fundamental da missão pela finalidade é a importância das
pessoas em relação à tecnologia e ao equipamento. Existem muitas variáveis,
obstáculos e oportunidades para os comandantes tentarem controlar tudo. Por-
tanto, a missão pela finalidade requer que os comandantes aprendam a pensar
e não o que pensar.
1.11.3 Ela reconhece que o subordinado é muitas vezes a única pessoa no ponto
de decisão que pode tomar uma decisão informada. Guiado pela intenção do
comandante, a missão e o conceito da operação, o comandante pode tomar a
decisão certa. Um segundo princípio fundamental da missão pela finalidade é
que, com a autoridade da liberdade de ação, a responsabilidade do comandante
subordinado é sempre cumprir sua missão.
1.11.4 Ordens de Operação que permitem aos subordinados a máxima liberdade
de planejamento e ação para realizar missões são uma técnica de liderança efi-
caz no cumprimento das missões. As ordens deixam o “como” realizar a missão
ao subordinado. Essa maneira de pensar enfatiza o domínio do comando em vez
do controle, proporcionando assim a iniciativa, a aceitação do risco e a rápida
tomada de oportunidades no campo de batalha. A missão pela finalidade é sinô-
nimo de liberdade de ação para o comandante executar sua missão da maneira
que preferir, em vez de receber instruções sobre como executá-la.
1.11.5 A execução da missão pela finalidade requer iniciativa, desenvoltura e
imaginação. A iniciativa deve ser disciplinada porque deve emanar de dentro do
conceito da operação, da intenção e propósito do comandante.
1.11.6 A iniciativa disciplinada significa que os subordinados são obrigados a
tomar decisões, coordenar com suas unidades adjacentes e determinar a me-
lhor maneira de realizar suas missões. Isso inclui assumir a responsabilidade de
decidir e iniciar ações independentes quando o conceito de operações não se
aplica mais ou quando uma oportunidade imprevista que leva a alcançar a inten-
ção do comandante se apresenta.
1.11.7 A quantidade de liberdade de ação concedida a seus subordinados é uma
decisão do comandante. Novos subordinados ou um ambiente incerto exigem
mais detalhes e direção, enquanto subordinados experientes, familiarizados com
o perfil da missão, geralmente precisam de menos detalhes e orientações.

1-14
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1.11.8 Para integrar e sincronizar todos os seus elementos, os comandantes
precisam fornecer a seus subordinados uma finalidade aninhada ou um foco co-
mum. A iniciativa, levada ao extremo, arrisca-se a uma perigosa perda de contro-
le. Para corrigir esse problema, os comandantes enfatizam aos subordinados a
importância da visualização no campo de batalha, bem como os procedimentos
de controles para realizar tarefas sempre que possível.

1.12 TOMADA DE DECISÃO TÁTICA


1.12.1 A tomada de decisão tática é uma das principais maneiras pelas quais os
comandantes influenciam os subordinados a cumprir sua missão (Fig 3).

Fig 3 - Processo de tomada de decisão

1.12.1.1 O trabalho de comando de subunidades e escalões inferiores é o pro-


cesso usado durante o planejamento e a preparação, e as ações de contato
durante a execução.
1.12.1.2 A ordem de operações é o método de dar ordens aos subordinados.
Durante todo esse processo de tomada de decisão, os comandantes avaliam
continuamente a situação e suas decisões usando os processos de gerencia-
mento de risco e Análise Pós-Ação (APA).
1.12.2 A tomada de decisão envolve não apenas saber como tomar decisões,
mas saber “se” decidir, “quando” decidir e “o que” decidir. Entendendo que, uma
vez implementados, alguns eventos são irrecuperáveis, os comandantes anteci-
pam e compreendem as atividades/tarefas e consequências que seguem suas
decisões.

1.13 CONCEITOS DE APOIO


1.13.1 Os métodos de tomada de decisão permitem que os comandantes pos-
sam visualizar, descrever e dirigir obtendo, assim, um entendimento do campo
de batalha durante o planejamento e a preparação. Permite ainda, além de uma

1-15
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adequada tomada de decisão, a capacidade de avaliar, decidir e liderar de forma
contínua as operações militares, garantindo a lógica subjacente ao processo de
tomada de decisão das ações durante o contato.
1.13.2 ATIVIDADES DE VISUALIZAR, DESCREVER E DIRIGIR

Fig 4 - Entender, visualizar, descrever e controlar

a) Visualizar a operação.
b) Descrever a visualização para os subordinados.
c) Dirigir os subordinados com ordens que tornam a visualização uma realidade.
1.13.3 Uma liderança eficaz no campo de batalha requer que o comandante veja
através da incerteza e do atrito da ação militar e articule claramente a missão.
Visualizar o campo de batalha é uma habilidade conceitual que requer que o
comandante imagine como realizar a missão com base nas informações que
recebe. A visualização requer raciocínio crítico e pensamento criativo. O racio-
cínio crítico ajuda a analisar e compreender a situação. O pensamento criativo
permite que o comandante mescle sua compreensão da situação com táticas,
técnicas, procedimentos além de POP estabelecidos para produzir uma solução
personalizada para seu problema tático.
1.13.4 Durante as operações, uma das principais responsabilidades do coman-
dante é desenvolver a visualização do campo de batalha. Quatro perguntas sim-
ples o ajudam a entender a missão:

1-16
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a) a onde devemos ir?
b) onde estamos agora?
c) como chegaremos lá?
d) o quê nos impede de chegar lá?

Fig 5 - Entendimento do campo de batalha

1.13.5 A visualização do campo de batalha do comandante é a base para tomar


decisões acertadas antes, durante e depois das operações. No entanto, é impor-
tante para o comandante saber quanta liberdade de ação ele tem em projetar
sua visualização.
1.13.5.1 Se a fração estiver conduzindo operações independentes, é provável
que ele tenha a liberdade de desenvolver plenamente sua visualização.
1.13.5.2 Se a missão do comandante envolve a realização de ações dentro de
um contexto de operações do escalão acima, ele tem menos liberdade para de-
senvolver sua visualização. De qualquer maneira, ele é sempre responsável por
entender a visualização do comandante superior.
1.13.6 Uma vez que os comandantes tenham o entendimento da situação e os
meios necessários para alcançar o objetivo, eles influenciam seus subordinados
descrevendo sua visualização.

1-17
EB70-CI-11.440
- Sua comunicação, através das ordens com termos doutrinários comuns, con-
ceitos e símbolos, ajuda todos a entender o que deve ser feito e como cada
elemento contribui para o esforço.
1.13.7 Comandantes que se comunicam efetivamente normalmente pos-
suem capacidade de se expressar de forma falada, escrita e auditiva, conse-
guem persuadir seus subordinados e expressam pensamentos e ideias nítidas
para indivíduos e grupos.
1.13.8 Emitem ordens para direcionar as ações dos subordinados, que podem
ser orais ou escritas.
1.13.9 A forma de avaliar é através do monitoramento da situação por meio de
relatórios de subordinados e observação pessoal. A informação que eles rece-
bem é então avaliada em relação como a operação ou ação foi visualizada.
1.13.10 Os Comandantes tomam muitas decisões durante a execução. Algumas
estão planejadas e outras são imprevistas.
1.13.11 Mesmo quando as ações estejam progredindo satisfatoriamente, certas
tarefas críticas em andamento devem ser realizadas.
− Concentrar-se na ação decisiva.
− Garantir a segurança.
− Monitorar e ajustar as medidas de controle.
− Executar o controle dos fogos e do movimento.
− Monitorar ações de sustentação e logística.

1.14 TRABALHO DE COMANDO


1.14.1 Trabalho de Comando é o ciclo de atividades realizadas pelos comandan-
tes de subunidades (SU) e escalões inferiores que têm início com o recebimento
da missão. Compreende a preparação da tropa, o planejamento, a execução e
a avaliação da operação.
1.14.2 É um processo dinâmico que obedece à mesma metodologia de solução
de problemas militares do Exame de Situação, guardado o nível de detalha-
mento adequado ao escalão. Nas subunidades, nos pelotões e nas pequenas
frações, todo o encargo de planejamento e execução é de seus comandantes.
1.14.3 A partir do recebimento da missão (ordem direta, ordem de alerta ou plano
do escalão superior), o planejamento obedece ao que se segue:
a) providências iniciais;
b) observação e planejamento do reconhecimento;
c) reconhecimento;

1-18
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d) montagem das linhas de ação e jogo da guerra;
e) decisão.
f) emissão da O Op;
g) fiscalização; e
h) avaliação contínua.

1.15 AÇÕES NO CONTATO


1.15.1 O contato ocorre quando qualquer elemento da unidade observa uma
atividade inimiga de pessoal ou viaturas; observe ou receba fogos diretos ou
indiretos; ou qualquer outra situação que exija uma ação ativa ou passiva por
parte da tropa.
1.15.2 A seguir será descrita uma possível sequência (do afastado para o pró-
ximo) da possibilidade de contato/ação adversária. Essas possibilidades estão
diretamente associadas às características e meios adversários e os procedimen-
tos a serem adotados pela tropa em determinado momento. São importantes
para a determinação da atitude/procedimentos a serem adotados por nossa tro-
pa em determinado momento, bem como o que o inimigo está realizando e com
que propósito.
a) Visual (Observação).
b) Fogos Indiretos.
c) Fogos Diretos.
d) Obstáculos.
e) Ataque Aéreo.
f) Ataque QBNR.
g) Reserva.
h) Guerra Eletrônica (a qualquer momento).
i) Civis.
1.15.3 As ações de contato envolvem uma série de ações de combate, muitas
vezes conduzidas simultaneamente, tomadas em contato com o inimigo para
desenvolver a situação.
1.15.4 Os comandantes empregam as ações no contato como uma técnica de
tomada de decisão quando em contato com o inimigo. Esse processo não deve
ser confundido com as técnicas de ação imediata (TAI). As TAI são as ações de
soldados individuais e pequenas frações quando eles entram em contato com o
inimigo.

1-19
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1.15.5 As ações no contato é uma ferramenta para tomar decisões enquanto sua
unidade está em contato. O processo auxilia na tomada de decisões, concorren-
do com a sua unidade e avaliando a situação.
1.15.6 A lógica de avaliar, decidir e liderar é o core do processo de tomada de
decisões nas ações no contato. À medida que o comandante avalia e desenvol-
ve a situação, ele avalia o que está acontecendo atualmente e sua relação com
o que deveria estar acontecendo.
1.15.7 Durante as operações, os comandantes utilizam as seguintes ações no
contato:
a) desdobrar e Informar;
b) esclarecer a Situação;
c) selecionar uma linha de ação; e
d) Informar o escalão superior.

Fig 6 - Formas de contato

1.15.8 DESDOBRAR E INFORMAR


1.15.8.1 Esse passo começa com o contato do inimigo.
1.15.8.2 A Fig a seguir detalha as formas de contato. Esse contato pode ser es-
perado ou inesperado.
1.15.8.3 Quando uma fração entra em contato, ela automaticamente responderá
conforme a situação. A fração que “detecta” ou “estabelece o contato” automa-
ticamente deverá agir conforme a situação, utilizando as técnicas de combate

1-20
EB70-CI-11.440
apropriadas para o momento e, no mais curto espaço de tempo, alertar o escalão
superior.
1.15.8.4 Enquanto isso ocorre, o comandante tem as seguintes tarefas prin-
cipais:
a) fixar o inimigo;
b) isolar o inimigo;
c) separar as forças inimigas umas das outras alcançando superioridade de fogo;
d) reportar para o escalão superior; e
e) Começar a “lutar” por informações - procurando ativamente e coletando-as.
1.15.8.5 Durante o trabalho de comando, os comandantes desenvolvem uma
visão de como a operação se desdobrará. Parte desse processo envolve antever
onde ele espera que a unidade entre em contato. Isso permite que pensar em
possíveis decisões com antecedência. Se o contato ocorrer conforme o espera-
do, o comandante passará pelo procedimento tomando as decisões conforme o
previsto e realizando pequenos ajustes, conforme necessário.
1.15.8.6 Independentemente de quão completa a visualização, sempre haverá
casos em que a fração faz contato inesperado com o inimigo. Nesse caso, é
essencial que sejam tomadas medidas de forma rápida e decisiva para retomar
a iniciativa.
- Para isso, é utilizado o informe de contato (AZUL 3):

SEQUÊNCIA INFORMAÇÃO EXEMPLO


Identificação de quem informa e o tipo de informe AÇO, AQUI CHIVUNK!
AZUL 3!
Linha 1 Transmissão de contato CONTATO!
2 Breve descrição do adversário CC
3 Direção Oeste. Câmbio!
Tab 3 - Informe de contado (AZUL 3)

1.15.9 ESCLARECER A SITUAÇÃO


1.15.9.1 Esse passo começa com o comandante esclarecendo e avaliando a
situação, a fim de desenvolver uma linha de ação.
1.15.9.2 O comandante reúne rapidamente as informações necessárias para to-
mar uma decisão sobre uma linha de ação. Faz isso através de reconhecimento
ou de reportes de subordinados.
1.15.9.3 No mínimo, é necessário confirmar a situação de sua fração e determi-
nar a situação do inimigo usando o acrônimo TALUTE (tamanho, atividade, loca-
lização, unidade, tempo e equipamento) e as capacidades do inimigo (defender,
1-21
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reforçar, atacar, retrair e retardar).
1.15.9.4 Durante essa análise, deve-se procurar uma vulnerabilidade inimiga
para explorar.
1.15.9.5 Após essas ações iniciais necessárias, o comandante deverá ava-
liar a situação que se vive e desenvolver uma solução para o problema. Ba-
sicamente, serão avaliados os fatores de decisão (MITeMeTe-C) utilizando
o “método abreviado”. Segue um exemplo desse estudo de situação:
a) Estudo do Terreno (OCOAO);
b) Avaliação do Inimigo (DiCoVAAPO);
c) Situação Própria;
d) Riscos;
e) Ponto Decisivo; e
f) Manobra – Apoios (de fogo direto, indireto e engenharia).
1.15.9.6 Para tanto, possivelmente será necessário realizar reconhecimentos
para determinar os EEI, principalmente quanto ao terreno e inimigo.
1.15.9.7 Como parte do desenvolvimento da situação, deve-se buscar uma
posição de vantagem para manobrar a tropa. Durante esse processo, o
comandante considera o seguinte:
a) se as posições inimigas têm apoio mútuo;
b) presença de obstáculos;
c) o tamanho da força inimiga que envolve a sua fração (a força inimiga é indi-
cada pelo número de armas automáticas inimigas, pela presença de veículos e
pelo emprego de fogo indireto);
d) um flanco vulnerável para a posição inimiga; e
e) um itinerário coberto e abrigado para o flanco da posição.

SEQUÊNCIA INFORMAÇÃO EXEMPLO


AÇO, AQUI CHIVUNK!
* Identificação de quem informa e o tipo de informe
AZUL 1!
Aplicação da TALUTE
-
Elementos Observação
Linha 1 Tamanho Inclui pessoal, viaturas Três CC
Inclui o que o adversário está
Atividade Em deslocamento
realizando

Tab 4 - Informe de detecção (AZUL 1)

1-22
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SEQUÊNCIA INFORMAÇÃO EXEMPLO


Localização do adversário (pontos
Localização cardiais, processo do relógio, medidas Às 12h
de coordenação, coordenadas etc.)
(continuação) Unidade Inclui qualquer informação do inimigo 3º Esqd
Linha 1 Indica a hora da observação da
Tempo Há 5 mins
atividade
Descrição ou identificação do Com tanques
Equipamento
equipamento associado à atividade auxiliares
Linha 2 Ação executada ou proposta de ação Emprego do AT-4
Linha 3 Autenticação (se for solicitada)

Tab 4 - Informe de detecção (AZUL 1) (continuação)

1.15.9.8 Se, após a avaliação inicial, o comandante ainda não tiver informa-
ções, ele poderá tentar um ou todos os itens a seguir para obter as infor-
mações necessárias:
a) reposicionar um subordinado (s) ou uma fração subordinada;
b) reconhecimento pelo fogo; e
c) solicitar informações de unidades adjacentes ou do escalão superior.
1.15.9.9 Mesmo após a tropa desdobrar e informar, antes mesmo de iniciar
o esclarecimento da situação para selecionar uma LA, o comandante poderá
emitir, ainda, uma Ordem Fragmentária para manobrar inicialmente.

SEQUÊNCIA INFORMAÇÃO EXEMPLO


1 Identificação de quem emite a ordem Atenção CHIVUNK – O Frag!

S Visto 2 CC às 12 ocupando posição de


2 Situação do oponente
tiro
3 Situação da própria força Estou 200 m a norte P Ct 3
4 I Intenção (missão) Estabelecer segurança
5 V Unidades Vizinhas Nenhuma
Alfa ECD engajar PRA 4, Bravo manter-
6 E Execução se na posição, Charlie ECD bater com
fogos posição inimiga

Tab 5 - Ordem Fragmentária Abreviada

1.15.10 SELECIONAR UMA LINHA DE AÇÃO


1.15.10.1 Após os dois passos, o Cmt deve selecionar uma linha de ação com-
patível com a situação, visando o prosseguimento da missão. Uma decisão (ou

1-23
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linha de ação selecionada) de atacar ou simplesmente manter o contato com o
inimigo deve ser tomada com a máxima rapidez possível.
1.15.10.2 Ao escolher uma linha de ação, o Cmt pode tomar uma decisão varian-
te ou de conduta.
1.15.10.3 A decisão (ou linha de ação) de desviar das resistências inimigas será
adotada quando autorizada pelo Esc Sp e deverá prever-se o emprego de ele-
mentos que serão deixados para manter o contato com inimigo, vigiando-o e
informando a sua atitude, até que o escalão superior (Esc Sp) tome suas provi-
dências e libere essa fração.
1.15.10.4 Se o Cmt não tem certeza, o mesmo continua a desenvolver a
situação e busca orientação do superior. Em geral, ele pode tomar as se-
guintes ações:
a) buscar a superioridade de fogos ou atacar;
b) estabelecer uma base de fogos para outra fração;
c) cessar ou interromper o contato;
d) defender; e
e) desbordar a posição do inimigo.
1.15.10.5 A ordem das linhas de ação listados anteriormente é relativa à
eficácia do fogo e à força da posição inimiga
a) Se o inimigo é uma força inferior, a unidade em contato deve ser capaz de
alcançar a superioridade do fogo e ainda ter elementos suficientes para conduzir
o movimento para atacar a força inimiga.
b) Se toda a unidade for necessária para obter e manter a superioridade do fogo,
a próxima L Aç possível é estabelecer uma base de fogo para que outro elemen-
to possa conduzir o movimento para atacar o inimigo.
c) Se a fração não puder alcançar a superioridade do fogo ou se não houver ou-
tro elemento para conduzir uma agressão, a unidade cessa o contato.
d) Se a unidade estiver engajada de forma decisiva e não puder romper o conta-
to, ela estabelecerá uma defesa até que a seja apoiada.
e) Em alguns casos, de acordo com os fatores da decisão, a fração poderá des-
bordar ou ignorar a posição do inimigo.
1.15.11 INFORMAR O ESCALÃO SUPERIOR
1.15.11.1 O Cmt deve transmitir ao Esc Sup os informes adicionais obtidos pelo
reconhecimento e a linha de ação selecionada para o prosseguimento da mis-
são. Devendo aguardar, então, a autorização para executá-la. O Esc Sup deve
estar plenamente informado sobre a situação pelo Cmt.

1-24
EB70-CI-11.440
1.15.11.2 Após a autorização, o Cmt GC dá a ordem indicando as instruções e
ordens que mudaram da ordem original e enfatiza outros itens que considera
essenciais.
1.15.11.3 Durante essa etapa, o comandante deve direcionar o engajamento.
Existem três aspectos fundamentais que precisam controlados sendo o fogo, o
movimento e propósito da fração. Esses controles podem ser um POP ou medi-
das de coordenação e controle impostas no momento, como ponto de referência
de alvos, linhas de engajamento, setores de tiro entre outros.
1.15.11.4 O GC poderá utilizar o mesmo formato de ordem fragmentária abrevia-
da para informar o escalão superior da situação e da linha de ação a ser adotada.
1.15.11.5 Em resumo as ações no contato serão, por exemplo:

- Utilizar a técnica de combate apropriada.


- AZUL 3
a) Desdobrar e Informar
- AZUL 1
- Ordem Fragmentária Abreviada (SFC)
b) Esclarecer a Situação - Fatores de Decisão
c) Selecionar uma Linha de Ação ...
d) Informar o escalão superior - O Frag

Tab 6 - Acrônimo DESI

1.16 GERENCIAMENTO DO RISCO


1.16.1 Gerenciamento de risco é o processo que os comandantes usam para
avaliar e controlar o risco. Existem dois tipos de risco associados a qualquer
ação de combate: riscos acidentais e táticos.
1.16.2 A identificação do risco de fratricídio deve ser uma preocupação constante
em todos os escalões, tanto durante o planejamento quanto durante a execução
da operação. Os riscos identificados devem ser comunicados claramente à ca-
deia de comando, de forma que os mesmos possam ser minimizados.
1.16.3 Riscos Acidentais são aqueles inerentes à atividade militar, mas que não
necessariamente advêm da ação inimiga. Eles estão presentes nos deslocamen-
tos e manobras, nas ações de nossa tropa (ensaios) e nos aspectos ambientais
(terreno acidentado, altas temperaturas, deslizamentos, etc). Sua identificação
precoce permitirá, inicialmente, a definição e exposição de medidas de controle
a serem considerados na confecção das linhas de ação. São medidas comuns
de mitigação de risco acidental aquelas relacionadas à Prevenção ao Fratricídio
e à redução dos efeitos das operações continuadas sobre o combatente.

1-25
EB70-CI-11.440
1.16.4 Riscos Táticos estão relacionados à ação do inimigo. Eles são melhor
identificados, e, consequentemente, controlados com maior eficácia através de
ação da Inteligência. Embora a incerteza e o risco sejam inerentes às ações
em combate, sua detecção e redução são essenciais para o sucesso tático. As
ações em que o inimigo pode utilizar da surpresa contra a nossa tropa são riscos
táticos típicos que devem ser assinalados na montagem das linhas de ação.
Mesmo as decisões de aceitação de certo grau de risco (por exemplo, economia
de meios numa frente onde o inimigo possa atacar ou uso de terreno restritivo
para deslocamento, podendo gerar atrasos) também devem ser medidas, ava-
liadas e controladas.

Fig 7 - Mitigação de riscos

1.16.5 Incorporar medidas de redução de riscos (tático ou acidental) dentro de


uma L Aç também constitui flexibilidade.
1.16.6 O objetivo é minimizá-los ou mitigá-los a níveis aceitáveis. Os quatro
questionamentos a seguir ajudarão a identificar riscos para a fração e a missão:
a) Qual a ação do inimigo?
b) Qual é a deficiência do nosso poder de combate?
c) Qual são os elementos que multiplicam o poder de combate disponível, se
houver, para reduzir o risco?
d) Esses riscos são aceitáveis ou inaceitáveis?
1.16.7 A incerteza e o risco são inerentes às operações militares. O planejamen-
to é uma ferramenta para minimizar os riscos, ajudando a reduzi-los, aproveitan-
do as oportunidades do campo de batalha.
1.16.8 Durante o planejamento, os comandantes devem buscar minimizar os ris-
cos, identificando os riscos potenciais para a realização da operação e avaliando
a probabilidade e severidade de cada risco.

1-26
EB70-CI-11.440
1.16.9 A redução dos riscos nem sempre significa em incrementar o conheci-
mento sobre o inimigo. Uma L Aç flexível pode compensar parcialmente uma
carência de informações. Situações pouco claras podem requerer um aumento
da segurança, tamanho e número de unidades de segurança e o tamanho da
reserva.

1.17 ANÁLISE PÓS AÇÃO


1.17.1 Uma Análise Pós Ação (APA) é uma avaliação realizada após um evento
ou atividade principal que permite aos participantes aprenderem o que acon-
teceu e por que algo aconteceu e, mais importante, como melhorar através da
mudança. Essa discussão profissional permite que os subordinados e seus co-
mandantes entendam por que as coisas aconteceram durante a progressão de
uma operação e aprendam com essa experiência. Esse aprendizado é o que
permite que as frações se adaptem ao seu ambiente operacional.
1.17.2 A APA não precisa ser executada no final da atividade. Em vez disso, ele
pode ser executado após cada evento identificável (ou sempre que possível)
como um processo de aprendizado.
1.17.3 Os comandantes são responsáveis por adestrar suas frações. A APA é
uma das principais ferramentas usadas para isso. Ele faz isso fornecendo fee-
dback, que deve ser direto e no local. Cada vez que uma ação incorreta é ob-
servada, ela deve ser corrigida imediatamente para que não interfira nas tarefas
futuras. Durante grandes eventos ou atividades, nem sempre é fácil perceber as
deficiências operacionais. Uma APA deve ser planejada no final de cada ativi-
dade ou evento. Ao fazê-lo, o feedback pode ser fornecido, as lições podem ser
aprendidas, ideias e sugestões podem ser geradas para garantir que a próxima
missão ou atividade será melhorada

1.18 PODER DE COMBATE


1.18.1 Poder de combate é a capacidade de uma unidade combater. Os coman-
dantes desenvolvem operações e atribuem as missões às respectivas Unidades.
Essas, por sua vez, atribuem missões aos seus elementos subordinados como
parte de suas operações. Essa cadeia de eventos continua até que o pelotão e
o GC recebam suas missões.
1.18.2 ELEMENTOS DO PODER DE COMBATE
a) Movimento e Manobra;
b) Fogos;
c) Proteção;
d) Liderança; e
e) Informação.
1-27
EB70-CI-11.440
1.18.3 MOVIMENTO E MANOBRA
- O movimento é caracterizado pelo o emprego de forças no campo de bata-
lha através do movimento em combinação com o fogo ou o fogo potencial para
alcançar uma posição de vantagem em relação ao inimigo, a fim de cumprir a
missão. O GC se movimenta para ganhar uma posição de vantagem sobre o ini-
migo e/ou manter essa vantagem. A Manobra, devidamente apoiada por fogos,
permite que a tropa cerrar e destruir o inimigo através do emassamento adequa-
do de poder de combate no ponto decisivo
1.18.4 FOGOS
- É a quantidade de fogo de que uma posição, unidade ou sistema de armas
pode entregar. O Fogo destrói ou suprime o inimigo em suas posições, enganar
o inimigo e apoio a manobra. Sem fogos de apoio eficazes, a tropa não pode
manobrar. Antes de tentar manobrar, as frações devem estabelecer uma base
de fogo.
1.18.4.1 Uma base de fogo é a colocação do fogo em uma posição para reduzir
ou eliminar a capacidade do inimigo para interferir na própria manobra ou de
uma força inimiga. Uma única arma ou grupo de sistemas de armas pode forne-
cer uma base de fogos, mas uma base de fogos realizada por um GC ou Gp Ap
obtém um efeito desejado pelo período necessário de forma mais eficaz.
1.18.4.2 Os comandantes devem saber como controlar, emassar e combinar o
fogo com a manobra. Eles devem identificar os alvos mais críticos rapidamente,
direcionando os fogos em cima deles, assegurando que o volume de fogos seja
suficiente para impedir que o consiga utilizar seus fogos de forma eficaz e para
evitar que o pelotão gaste munição sem necessidade.
1.18.5 PROTEÇÃO
- É a preservação do potencial de uma força de combate, que então poderá ser
aplicada com força máxima no momento e lugar decisivo. Os GC e Pel nunca
devem permitir que o inimigo para adquira uma vantagem inesperada. Os pelo-
tões e suas frações devem tomar medidas ativas e passivas para se protegerem
da surpresa, da observação, da detecção, da interferência, da espionagem, da
sabotagem ou contratempo. A proteção inclui duas considerações básicas: pro-
teção do soldado, seu equipamento e ações contra o poder de combate inimigo.
1.18.5.1 A primeira envolve técnicas de manutenção para manter o pelotão e
seus grupos como uma força de combate eficaz. Inclui manter os soldados sau-
dáveis para manter a moral através de higiene pessoal, condicionamento físico
e outros planos. Também inclui manter o equipamento em boas condições de
funcionamento além de fornecer e proteger os suprimentos.
1.18.5.2 A segunda ação envolve a segurança, a dispersão, o disfarce, a ca-
muflagem, enganar e suprimir as armas inimigas. As pequenas frações obtêm
proteção ao preparar suas posições de defesa quando paradas por qualquer

1-28
EB70-CI-11.440
período; pelo uso habilidoso do terreno enquanto se movem (embarcadas ou
não); ao desembarcar para aumentar sua proteção; por meios de observação e
vigilância e através de apoio de fogo, de fogo supressivo e de ocultação. Sem-
pre, ao definir a hora e o local da batalha, deve proteger-se, então poderá fazê-lo
com o máximo poder de combate e com o importante elemento surpresa.
1.18.6 LIDERANÇA
- É o elemento mais importante do poder de combate. A liderança militar é um
processo pelo qual o comandante influencia outros a realizarem uma missão.
Os comandantes coordenam seus outros elementos do poder de combate e os
resultados de sua liderança competente e confiante se traduz na ação eficaz
de sua fração. Os líderes devem conhecer sua profissão, seus soldados e suas
ferramentas para o combate. Só os líderes que incorporam o ethos guerreiro
podem inspirar e condizer seus soldados para fazer tarefas difíceis condições
perigosas e estressante.
1.18.7 INFORMAÇÃO
- Reforça a liderança e amplia os efeitos da manobra, dos fogos e da prote-
ção em pontos decisivos. Os comandantes devem de ter acesso e adquirir uma
compreensão da situação tática mais ampla. Isso permite que os comandantes
desenvolvam planos que melhor incorporam os elementos do poder de combate
durante uma ação decisiva. Também permite ao comandante tomar decisões
cruciais, enquanto uma missão está em curso para aumentar a oportunidade
para o sucesso.
1.18.8 Os comandantes em todos os níveis usam muitas ferramentas para de-
senvolver e conduzir operações.
1.18.9 ALÉM DE USAR O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO ELES TAM-
BÉM EMPREGAM QUATRO AÇÕES ESSENCIAIS AO COMBATE:
a) localizar e identificar - a unidade deve encontrar o inimigo e fazer contato;
b) fixar/isolar - fixar o inimigo com fogo direto e indireto;
c) engajar - depois, passam a finalizar o inimigo com fogo e movimento dire-
cionado para um ponto vulnerável, a fim de combater para derrotar, destruir ou
capturar o inimigo; e
d) explorar - por fim, deve seguir com consolidação, reorganização e preparação
para continuar a missão ou receber uma nova missão.
1.18.10 LOCALIZAR E IDENTIFICAR O INIMIGO
- Nos níveis individual, de guarnição, de esquadra, até o pelotão, localizar o
inimigo está diretamente relacionado à aquisição de alvos. Aquisição de alvos
é o processo de procurar o inimigo e detectar sua presença, sua localização
atual e informar, confirmando a identidade do inimigo (não um amigo ou não-
-combatente)

1-29
EB70-CI-11.440
1.18.10.1 O método mais comum de aquisição de alvos é atribuir setores aos
elementos subordinados. Uma vez atribuídos, os soldados usam técnicas de
busca em seus setores para detectar alvos em potencial.
1.18.10.2 Existem muitas formas diferentes para localizar o inimigo:
a) outros elementos (soldados, guarnições, GC etc);
b) observadores avançados;
c) elementos de reconhecimento (exploradores, unidades de reconhecimento);
d) vetores aéreos; e
e) elementos de inteligência e forças especiais.
1.18.10.3 Localizar e identificar o inimigo consiste em encontrá-lo fisicamente
e determinar seu dispositivo, composição, capacidades, provável linha de ação e
vulnerabilidades. Todos esses pontos são importantes no processo de identifica-
ção. O comandante procura esclarecer a situação tanto quanto possível fora do
contato com o inimigo. Uma vez em contato, ele busca a informação que precisa
para tomar decisões.
1.18.10.4 Essa atividade básica compreende as ações destinadas a gerar o
entendimento da situação ou oponente (localizar, descrever e avaliar), criando
condições para que o Cmt Sup possa refinar a sua decisão com base em dados
mais atualizados possíveis.
1.18.10.5 O processo para localizar o inimigo começa muito antes de a unida-
de se mover pela linha de partida ou ocupar sua posição defensiva. Durante o
planejamento, a análise da missão é essencial para desenvolver um esquema
onde o inimigo está localizado, a provável linha de ação e a linha de ação mais
perigosa. Quando há pouca informação sobre o inimigo, uma análise detalhada
do terreno ajudará o líder a prever as ações do inimigo. Durante a preparação, o
comandante realiza o reconhecimento ou solicita de informação ao Esc Sup para
desenvolver o esquema mais completo de manobra do inimigo.
1.18.10.6 Durante a execução, a primeira prioridade da unidade é localizar o
inimigo antes que o inimigo o encontre. Isso envolve empregar boas cobertas
e abrigos, ocultação, camuflagem e simulação. Durante o movimento tático, a
unidade deve ter um plano de busca e observação que cubra toda a área de
influência. Além disso, o comandante toma medidas para detectar inimigos na
zona de ação de sua fração.
1.18.10.7 Uma vez localizado o comandante tem uma decisão a tomar. Na ofen-
siva, deve determinar se ele tem forças suficientes para fixar o inimigo ou se
deve estabelecer uma base de fogos para uma fração maior. Na defesa, deve
determinar se tem forças suficientes para destruir o dispositivo inimigo ou fixar o
inimigo até que seja empregado uma força maior.

1-30
EB70-CI-11.440
1.18.11 ISOLAR/FIXAR

- Isolar/fixar o oponente é negar-lhe a possibilidade de ampliar o seu poder de


combate, interditando o seu apoio externo e a possibilidade de receber reforços
ou comprometendo a sua capacidade logística. Consiste, também, em limitar
a sua capacidade de exercer influência sobre áreas específicas. O isolamento/
fixação retira do oponente a capacidade de ditar o curso dos eventos no nível
tático, impedindo que mantenha a iniciativa.

1.18.11.1 Imediatamente depois de encontrar o inimigo, esse tem que ser fixado
no lugar. Fixar o inimigo é manter o mesmo em sua posição. Quando o inimigo
está fixado, o comandante pode manobrar para o ponto vulnerável do inimigo
sem o medo de ser atacado em um flanco exposto ou pelo reforço inimigo.
1.18.11.2 Fixar o inimigo normalmente consiste em uma das seguintes ta-
refas:
a) apoio pelo fogo;
b) ataque pelo fogo;
c) suprimir;
d) destruir; e
e) bloquear.
1.18.11.3 Quando o inimigo está fixado é afetado fisicamente e/ou psicolo-
gicamente. Os meios para realizar a fixação são:
a) letais;
b) não-letais; e
c) combinação deles.
1.18.11.4 A fixação é realizada em conjunto com o isolamento. “Isolar” significa
cortar o adversário das funções necessárias para ser eficaz. O isolamento tem
tanto um aspecto externo de cortar o apoio externo quanto à informação, e um
aspecto interno de cortar o apoio mútuo. Isolar o adversário também inclui impe-
dir qualquer rompimento do contato.
1.18.11.5 O isolamento externo impede que qualquer força inimiga fixada dei-
xe o combate, evitando que qualquer outra força inimiga reforce a força fixada.
Ações fora da área do objetivo impedem que forças inimigas entrem no engaja-
mento. O isolamento interno ocorre pela obtenção da superioridade de fogo que
impedindo o inimigo de se reposicionar e atuar sobre as nossas forças.
1.18.11.6 Isolar o objetivo é um ponto chave para facilitar o assalto e prevenir
danos. Isolar o objetivo também envolve a conquista do terreno dominante, para
que o inimigo não possa suprir, reforçar ou retirar as tropas.

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1.18.11.7 O inimigo é fixado quando seu movimento é interrompido, suas armas
são suprimidas e a capacidade de reagir com eficácia é interrompida.
1.18.11.8 Após o inimigo ser fixado, o comandante deve decidir. Na ofensiva,
deve determinar se ele tem forças suficientes para atacar o inimigo ou se ele
precisa solicitar reforço.
1.18.11.9 Na defesa, deve determinar se tem forças suficientes para contra-ata-
car ou se precisa solicitar uma força de contra-ataque.
1.18.12 ENGAJAR
1.18.12.1 Consiste em manobrar forças para realizar uma ação direta sobre o
oponente, de modo a atingir os objetivos da missão ou a comprometer a capaci-
dade operativa de tal forma que a obtenção das condições que caracterizam que
o Estado Final Desejado (EFD) torne-se irreversível.
1.18.12.2 Depois de identificar e fixar/isolar, o comandante engaja o ini-
migo. Na ofensiva, ele realiza o ataque; na defesa, é através da fixação e
do contra-ataque. Engajar o inimigo normalmente consiste em uma das
seguintes tarefas táticas:
a) limpar ou consolidar;
b) capturar; ou
c) destruir.
1.18.12.3 Limpar ou consolidar é missão tática que exige que a tropa remova e
elimine toda resistência inimiga dentro de uma área fixada.
1.18.13.4 Capturar é a missão tática em que uma área deva ser capturada com
a utilização da força.
1.18.13.5 Destruir é uma missão tática que faz com que o inimigo perca o poder
de combate.
1.18.13.6 É importante ter sempre uma ação planejada após finalizar o inimigo
para garantir que sejam explorados o prosseguimento das ações.
1.18.13.7 A falta de poder de combate suficiente no ponto decisivo ou du-
rante a consolidação coloca a fração em risco de contra-ataque. O combate
termina quando o inimigo:
a) não tem mais a capacidade física de lutar (o que significa que ele é destruído);
b) determinou que a destruição física é iminente; e
c) não acredita mais que ele pode resistir (o que significa que ele está em cho-
que).

1-32
EB70-CI-11.440
1.18.14 EXPLORAR
- É aproveitar as oportunidades criadas durante a execução das ações, com
vistas a conquistar determinado objetivo ou obter as condições que materializam
o estado final desejado.
1.18.14.1 Explorar oportunidades remete a ações eminentemente físicas, nor-
malmente requerendo a realização do fogo ou da manobra. Se realizadas de
forma oportuna, essas ações proporcionam vantagens imprevistas que podem
redundar, inclusive, no sucesso antecipado da campanha como um todo.
1.18.14.2 Envolve as ações que permitem que as frações passem de um comba-
te aproximado para a continuação da missão. Inclui a consolidação e reorganiza-
ção e a exploração do sucesso. A transição de uma situação de combate aproxi-
mando para um estado de alta prontidão é difícil. As tropas são mais vulneráveis
na conclusão do combate aproximado, e a liderança decisiva é absolutamente
essencial para fazer esta transição. Continuar o ataque ou contra-atacar pode
ser uma fase deliberada da operação (ficar em condições de ...). Também pode
ser uma decisão tomada pelo escalão superior com base em uma oportunidade.

1.19 ARMAS INDIVIDUAIS


1.19.1 O armamento individual compreende fuzis, baionetas, metralhadoras de
mão, e pistolas e munições lançadas com efeito individual (granadas de mão e
de bocal).
1.19.2 O fuzil é a principal arma individual para o combate aproximado. Em vir-
tude de seu alcance, facilidade de manejo e peso, é bem apropriado para ser
utilizado em todos os tipos de combate. É utilizado para destruir ou fixar a tropa a
pé inimiga, garantindo o fogo direto e aproximado para os integrantes do pelotão
dotados desse armamento. É um armamento leve com o cano curto que garante
ao combatente a capacidade de atuar dentro do ambiente urbano e é capaz de
engajar alvos rapidamente. Pode ser equipado com: lançador de granadas, mira
holográfica, faca baioneta, luneta para tiro de precisão etc.
1.19.3 O FUZIL IA2 5,56 POSSUI AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS
a) calibre 5,56 mm;
b) peso 3,4kg;
c) comprimento de 70 cm (com coronha rebatida ou retraída) e de 90 cm (com
coronha não rebatida, mas retraída e sem baioneta);
d) utiliza dispositivo de mira holográfica;
e) tem carregador com capacidade para 30 cartuchos;
f) sistema de funcionamento automático e semiautomático;

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EB70-CI-11.440
g) coronha ergonômica, passível de rebatimento, retração; e
h) alcance útil capaz de causar dano a um combatente, pelo menos, na faixa de
200 a 600 m.
1.19.4 QUANTO AOS FUZIS EM CALIBRE 7,62
- Além do já conhecido Fuzil automático Leve (FAL), e sua versão com coronha
rebatível (Parafal), o IA2 7,62 possui as seguintes características:
a) calibre 7,62 mm;
b) peso 4,5kg;
c) comprimento de 85 cm (com coronha rebatida ou retraída) e de 110 cm (co-
ronha estendida);
e) utiliza dispositivo de mira holográfica;
f) tem carregador com capacidade para 20 cartuchos;
g) possui sistema de funcionamento automático, semiautomático;
h) coronha ergonômica, passível de rebatimento, retração; e
i) alcance útil, capaz de causar dano a um combatente, pelo menos, na faixa de
200 a 600 m.
1.19.5 A faca baioneta é uma arma destinada ao combate corpo a corpo.
1.19.6 A METRALHADORA DE MÃO DO TIPO “PORTÁTIL” E DE EMPREGO
INDIVIDUAL POSSUI AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS
a) calibre 9 mm Parabellum;
b) peso 3,1 kg;
c) comprimento de 45 cm (com coronha rebatida ou retraída) e de 75 cm (coro-
nha estendida);
d) utiliza dispositivo de mira holográfica;
e) tem carregador com capacidade para 30 cartuchos;
f) possui seletor de tiro ambidestro, com opção para os regimes de tiro semiauto-
mática, automático e automático com rajadas limitadas a 2 ou 3 tiros;
g) coronha ergonômica, passível de rebatimento, retração e alcance útil, capaz
de causar dano a um combatente, pelo menos a 50 m; e
h) é empregada nas Gu da Viaturas Blindadas.
1.19.7 A PISTOLA DE COMBATE DE PORTE E DE EMPREGO INDIVIDUAL
POSSUI AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS
a) calibre 9 mm Parabellum;
b) peso 1,3 kg; comprimento de 22 cm;

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EB70-CI-11.440
c) tem carregador com capacidade para 15 cartuchos e alcance útil;
d) capaz de causar dano a um combatente, pelo menos a 50 m; e
f) é empregada para a defesa individual e ações em ambientes confinados.
1.19.8 GRANADAS
1.19.8.1 A Granada de mão é uma munição empregada como armamento contra
pessoal, particularmente as guarnições de armas que estejam protegidas dos
tiros de fuzil e aquém do alcance mínimo das granadas de bocal ou de lança
granadas. Podem ser ofensivas e defensivas.
1.19.8.2 A granada de bocal é uma munição empregada como armamento contra
viaturas blindadas, espaldões, edifícios e pessoal, tem um alcance maior que as
granadas de mão, podendo ser Antipessoal (AP) e Anticarro (AC).

1.20 ARMAS COLETIVAS


1.20.1 Os armamentos coletivos orgânicos do GC são a metralhadora leve, o
lança-rojão e o lançador de granada (acoplável ou não ao fuzil).
1.20.2 METRALHADORA LEVE
1.20.2.1 A Metralhadora leve é empregada para ser a base do poder de fogo da
Esquadra e do GC. Tem como missão dar apoio de fogo, de modo contínuo e
sustentado, as ações ofensivas, principalmente durante no combate aproximado
e na realização do assalto, bem como será responsável pelos fogos de proteção
final, nas ações defensivas, além de ser o principal meio a ser empregado para
arma bater a “zona de matar” nas ações de patrulha e tendo em vista seu peso
pode acompanhar a progressão dos demais homens da esquadra e dos GC.
1.20.2.2 Diferentemente das Metralhadoras Médias, as Metralhadoras Leves
são armas de emprego individual, ou seja, não precisam de uma guarnição de
dois ou mais homens para colocá-la em regime de funcionamento com aprovei-
tamento máximo, o que é uma de suas grandes vantagens, haja vista que quanto
menor for uma guarnição a operar uma arma, menor a chance de ser detectada,
menor a possibilidade de ter sua operacionalidade reduzida pela incapacitação
de seus operadores e maior a mobilidade no terreno e flexibilidade de emprego.
1.20.2.3 É caracterizada pelo baixo peso da arma em si e de sua munição, que
geralmente é a mesma empregada pelo Fuzil de Assalto dos demais integrantes
do Grupo de Combate, e pelas dimensões reduzidas quando comparada a uma
Metralhadora Média, o que permite uma maior agilidade no combate aproximan-
do, nos combates em selva, nos combates urbanos e no embarque e desembar-
que de viaturas, possibilitando ao At Mtr L acompanhar sua fração em condições
de prestar o apoio imediato.
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1.20.2.4 Características da Mtr MINIMI:
a) calibre 7,62 mm padrão OTAN, pesando 8,8 kg.
b) O cano possui comprimento de 422 mm.
c) A cadência de tiro é de 800 tpm, alimentada por fita de elos e alcance efetivo
de 1000m.
d) A versão Minimi Para possui uma coronha retrátil e um cano encurtado para
330 mm, tornando-a a arma mais compacta e fácil de transportar em ambientes
apertados como o interior das aeronaves e blindados.
1.20.2.5 A Mtr MINIMI é empregada:

Fig 8 - Mtr MINIMI 762 MK3 Para

a) para complementar os fogos dos fuzis, mediante concentrações rápidas sobre


grupos inimigos, revelados ou suspeitos às pequenas e médias distâncias;
b) para a proteção dos flancos; e
c) para reforçar os fogos das metralhadoras médias e pesadas.
1.20.3 LANÇADOR DE GRANADAS
- O Lançador de Granadas (Lç Gr) 40 mm é acoplado ao fuzil. É utilizado para
o suporte de fogo da Esq ou do GC. Esse acessório possui diversos tipos de
munição e suas granadas podem ser empregadas para quebrar janelas e ex-
plodir dentro de ambientes confinados, arrombar portas, destruir estruturas de
concreto ou contra veículos leves. O Lç Gr as seguintes características: calibre
40 x 46 mm e cadência de tiro de 5 a 7 Tpm; alcance máximo de 400 m, alcance
útil de 150 m.
1.20.4 LANÇA ROJÃO
a) O Lança Rojão (Lç Rj) é um armamento anticarro, sem recuo, portátil, de em-
prego coletivo que pode ser usado contra Vtr Leves, Vtr blindadas, construções

1-36
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e casamatas. O Lança Rojão é um armamento anticarro, sem recuo, portátil, de
emprego coletivo que pode ser usado contra Vtr Leves, Vtr blindadas, constru-
ções e casamatas.
b) O Lç Rj é carregado por um soldado da esquadra, existindo 2 (dois) por GC.
O alcance útil, na faixa dos 300 m, tendo o alcance máximo em 2100 m. Lem-
brando também que é um tipo de armamento “descartável”, pois só é capaz de
executar um único disparo, tornando-se inservível após sua realização.
c) Possui as seguintes características:
1) calibre 84 mm;
2) pesa cerca de 6,8 kg, o peso da granada é de 1,8 kg;
3) comprimento de 1,0 m;
4) alcance útil de 300 m; e
5) penetra cerca de 400 mm em blindagens.

Fig 9 - Lç RJ AC

1.20.5 Além das armas citadas anteriormente, a metralhadora pesada (Mtr P) é


montada sobre reparos tripulados ou remotamente controlados e pode ser usada
contra pessoal, viaturas, aeronaves etc. Pode utilizar vários tipos de munições
(perfurante, explosiva, traçante, incendiária e perfurante), ser empregada tanto
como arma antiaérea e terrestre. Seu alcance máximo alcança os 6900 m, tendo
como alcance útil os 1830 m e o alcance de utilização de 900 m.

1.21 EMPREGO DE ARMAS COMBINADAS


1.21.1 O emprego de armas combinadas na execução das ações é a aplicação
sincronizada e dos elementos do poder de combate para atingir um efeito maior
do que se tais elementos fossem utilizados de forma separada ou sucessiva.
1.21.2 Esse método é baseado no conceito de pontos fortes e fracos. Todas
as armas e táticas têm pontos fortes e fracos, vantagens e desvantagens. En-
tendendo isso, os comandantes usam o poder das combinações para proteger
suas fraquezas enquanto usam seus pontos fortes para gerar um dilema para o
inimigo.

1-37
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- Os princípios que orientam o emprego das armas combinadas são os efeitos
complementares e o reforço de efeitos. Eles são separados e distintos, mas es-
tão presentes na maioria das situações.
1.21.3 Os comandantes geram efeitos complementares quando organizam jun-
tos elementos com características diferentes.
1.21.3.1 Efeitos complementares permitem que os comandantes protejam as
vulnerabilidades das forças amigas ou aumentem os efeitos no inimigo. Por
exemplo, eles podem combinar os efeitos de suas armas de fogo direto com os
de morteiros ou artilharia para produzir um efeito geral maior do que se cada um
fosse usado separadamente.
1.21.3.2 As combinações são criadas com base na compreensão dos pontos for-
tes e fracos de suas armas, nos diferentes ramos e serviços e nas tarefas táticas.

Fig 10 - Efeitos complementares

1.21.4 Um dilema é uma situação em que é apresentada ao inimigo duas ou


mais alternativas ruins. Um problema é uma situação em que o inimigo é apre-
sentado apenas com uma alternativa. As combinações criativas permitem que os
comandantes criem dilemas para o inimigo. Quando esse dilema se apresenta o
inimigo, tem duas reações. A primeira reação é não saber o que fazer enquanto
tenta decidir qual linha de ação irá decidir. Esse efeito é comumente chamado
de “fixar”.

1-38
EB70-CI-11.440
- Quando o inimigo é fixado, o comandante se beneficia da liberdade de ação.
A segunda reação é simplesmente quando o inimigo toma uma ação. Onde de
acordo com a ação escolhida pelo inimigo podemos explorar essa vantagem.
1.21.5 Adotar uma abordagem de emprego de um tipo de arma pode levar a
resultados malsucedidos. Confiar em um tipo de arma, em um único tipo de
fração ou em uma única função tática, não apresenta ao inimigo um dilema.
Sem o efeito complementar, o inimigo é exposto a um problema que pode ser
resolvido com uma solução provável. Mesmo se aplicado em rápida sucessão
(sequencialmente), o inimigo só precisa escapar do problema em questão. Sem
um segundo ou terceiro estressor para prejudicar sua capacidade de tomar boas
decisões, o inimigo é capaz de reagir e permanecer no combate.
1.21.6 Gerar um reforço de efeito é quando combinam o efeito de capacidades
semelhantes. Um exemplo é um comandante de GC que reforça os efeitos da
Mtr L do GC com o fogo de fuzileiros. Isso é obtido empregando os elementos
de forma simultânea e/ou sincronizada para obter efeitos concentrados em um
único ponto.
a) O emprego simultâneo aumenta os efeitos de um elemento com o de outro.
b) O emprego sincronizado mantém o efeito desejado por mais tempo do que se
apenas um elemento fosse utilizado.
1.21.7 Os comandantes procuram apresentar ao inimigo um dilema. Há muitas
maneiras de fazer isso, incluindo combinações de armas, diferentes tipos de
frações, táticas e terreno.
1.21.8 Na figura a seguir, uma força de infantaria inimiga em movimento entra
em contato com uma força na defesa. Há uma troca de fogos diretos. O contato
com o fogo direto configura um problema para o qual existe uma solução.
1.21.8.1 A reação a esse contato é se cobrir e abrir fogo. Uma vez que a situação
se desenvolve, os efeitos diretos do fogo, por si só, tendem a diminuir à medida
que o inimigo busca cobertura e retorna o fogo direto.
1.21.8.2 Em vez de empregar o fogo direto, a força amiga realiza o fogo indireto.
Isso também representa um problema que pode ser resolvido com uma solução.
A reação ao fogo indireto é sair da zona batida por fogos (raio de explosão indi-
reto do fogo). Mais uma vez, à medida que a situação se desenvolve, os efeitos
indiretos do fogo, por si só, tendem a diminuir à medida que o inimigo da zona
batida por fogos.
1.21.9 Independentemente de quão letais sejam os efeitos do fogo direto ou do
fogo indireto, eles, por si só, apenas apresentam problemas que têm soluções,
pois seus efeitos tendem a diminuir. Suponha que a força amiga faça contato
usando sistemas de fogo direto e indireto. O que o inimigo pode fazer? Ele tem
um dilema - se ele se levanta, ele é engajado pelo fogo direto, mas se ele ficar

1-39
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parado, ele é impactado pelos fogos indiretos.
- O dilema do inimigo resulta dos efeitos complementares do fogo direto e indire-
to. Essa é a essência da guerra de armas combinadas.

Fig 11 - Exemplo de problema versus dilema

1.21.10 Para aumentar a eficácia deve-se procurar combinar efeitos comple-


mentares para reforçar os seus efeitos. Podemos também observar o emprego
de um obstáculo para deter o inimigo. Os efeitos do obstáculo reforçam os efei-
tos do fogo direto e indireto.

1-40
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a) A sincronização desses três elementos cria uma situação complexa para o
inimigo.
b) A técnica de desenvolvimento da área de engajamento é projetada usando
isso como uma base. O desenvolvimento da área de engajamento combina os
efeitos complementares do fogo direto e indireto com os efeitos dos obstáculos
para produzir uma área de engajamento ou “zona de matar” para destruir as
forças inimigas.

1-41
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1-42
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CAPÍTULO II
A ESQUADRA

2.1 GENERALIDADES
2.1.1 A esquadra é organizada para combater em equipe, sendo o menor ele-
mento de combate do pelotão.
2.1.2 A esquadra é composta para ser uma unidade de fogo autônoma. O sol-
dado atirador da metralhadora leve da esquadra fornece uma base de fogos, o
soldado esclarecedor e atirador de precisão realiza fogos precisos em alvos pon-
tuais, o esclarecedor e granadeiro realiza fogos indiretos com uma variedade de
munições e o comandante da esquadra garante o comando e o controle através
da liderança pelo exemplo (faça o que faço).

2.2 CABO COMANDANTE DE ESQUADRA


2.2.1 É o responsável por sua esquadra, comandando pelo exemplo.
2.2.2 Nas situações do combate aproximado deve cumprir sua missão usando
da iniciativa e pela finalidade.
2.2.3 TEM COMO ATRIBUIÇÕES:
a) comandar a esquadra GC, emitindo os comandos necessários e oportunos
que o conduzam ao cumprimento da missão;
b) empregar e controlar a Esquadra, conduzindo o tiro e a manobra dessa fra-
ção, de acordo com a orientação do Cmt do GC e do Cmt Pel;
c) impulsionar suas esquadras na ofensiva;
d) controlar a manobra, posicionamento do pessoal e mecanismo de execução
dos fogos da esquadra;
e) coordenar os fogos de sua esquadra, bem como o fogo do Lança Rojão Anti-
carro (Lç Rj AC) de acordo com orientação do Cmt do GC;
f) ser o substituto eventual do Cmt GC;
g) auxiliar o Cmt do GC nas atividades de instrução, disciplina, controle, empre-
go tático, adestramento, manutenção e bem-estar de seu GC;
h) conduzir, além de seu material de dotação, parte da munição necessária para
outros elementos do GC; e
i) ter a compreensão da missão dois níveis acima (GC e Pel).

2-1
EB70-CI-11.440
2.2.4 Nas tropas do tipo leve, o cabo comandante de esquadra desempenhará
também a função de granadeiro.

2.3 O SOLDADO ESCLARECEDOR


2.3.1 O soldado esclarecedor é o elemento que fornece informações sobre o
terreno que vai ser percorrido e que, ao mesmo tempo, protege a esquadra no
caso de encontro com o inimigo, a fim de que a Esq possa adotar um dispositivo
de combate.
2.3.2 O esclarecedor é empenhado em pequenas missões de reconhecimento.
Tanto pode ser um elemento destacado à frente ou nos flancos de uma tropa
que se desloca, a fim de ir reconhecendo o itinerário de deslocamento, bem
como pode ser um combatente com a missão de reconhecer determinado trecho
do terreno. Portanto, o esclarecedor nada mais é do que um vigia que muda
constantemente seu posto de observação. Geralmente os esclarecedores são
empregados aos pares ou por “cangas”.
2.3.3 Todos os soldados devam ser capazes de exercer as funções de esclare-
cedor, para isso é necessário ter excepcional aptidão no manuseio e emprego do
armamento, na utilização do terreno para progredir e observar, e na capacidade
de informar com exatidão e presteza o resultado de suas observações.
2.3.4 Devem ser dotados de iniciativa e bom preparo físico, além de visão e
audição perfeitas.
2.3.5 O soldado esclarecedor poderá desempenhar também a função de atirador
de precisão do GC, granadeiro ou atirador de Lç Rj.
2.3.6 O ESCLARECEDOR TEM COMO ATRIBUIÇÕES:
a) cumprir as ordens emanadas dos Cmt GC e Esquadra;
b) receber a instrução individual, porém seu adestramento deve ser voltado para
o combate coletivo, em que a eficiência do grupo é o fator mais importante;
c) empregar seu armamento de dotação sendo capaz de realizar fogos diurnos
e noturnos;
d) empregar todas as armas da esquadra, bem como as granadas e L Rj AC;
e) progredir ocupando corretamente as cobertas e abrigos;
f) empregar os equipamentos de visão noturna de dotação;
g) ser capaz de atuar como membro de equipe de abertura de brecha, lançamen-
to de minas, condução de prisioneiro de guerra, busca, apreensão e demolição;
h) reportar de forma precisa e concisa tudo o que vê durante uma situação tática;
i) realizar o emprego de curativo e atividades de primeiro-socorros dentro de seu
2-2
EB70-CI-11.440
nível de atuação;
j) ficar em condições de assumir como soldado atirador ou comandante de es-
quadra; e
k) ter a compreensão da missão dois níveis acima (GC e Pel).
2.3.7 CONDUTA DOS ESCLARECEDORES EM SITUAÇÕES DIVERSAS
2.3.7.1 Nos deslocamentos
a) O esclarecedor deve sempre agir na suposição de que está sendo observado,
e, por isso, deve valer-se das técnicas da correta utilização do terreno para pro-
gredir, observar, abrigar-se etc.
b) Deve levar consigo somente o imprescindível. O peso excessivo causa fadiga
prematura, influência na agilidade, na capacidade de atirar, no grau de prontidão
e na mobilidade do soldado que são as capacidades básicas para sobrevivência
e sucesso de qualquer operação.
c) O esclarecedor evita espantar as aves e outros animais, cujo voo ou corrida
passa denunciar a sua presença. Caso isto aconteça, deve permanecer imóvel
e ocultar-se por algum tempo.
d) Principalmente quando age sozinho, o esclarecedor não deve afastar-
-se demasiadamente da fração que o lançou, a fim de não perder o contato.
Quando for necessário um deslocamento, o esclarecedor pode receber um rádio
portátil.
e) As condições de má visibilidade (escuridão, neblina etc.) devem ser apro-
-veitadas para ocultar os movimentos.
f) Atuando nas proximidades do inimigo, uma dupla de esclarecedores deve agir
de forma que um elemento proteja o deslocamento do outro, em laços sucessi-
vos ou alternados.
g) Nos terrenos cobertos de macega alta, plantações de milho ou vegetação
semelhante, deve aproveitar-se da agitação da folhagem feita pelo vento, para
progredir sem despertar a atenção do inimigo.
h) Deve evitar, por todos os meios, deixar rastros, quando percorrer um terreno
no qual o inimigo possa atuar.
i) Quando houver possibilidade de o inimigo ter observado o seu deslocamento,
o esclarecedor deve utilizar, no regresso as posições amigas, um itinerário dife-
rente do empregado na ida.
j) Para atravessar um caminho, estrada ou riacho o esclarecedor deve procurar
uma posição na sombra ou em uma curva e atravessar o mais rapidamente pos-
sível. Quando os esclarecedores trabalham em uma dupla ou em um grupo, um
ou dois atravessam, enquanto os demais fazem a segurança da margem inicial.

2-3
EB70-CI-11.440
Ao atingir a outra margem, o esclarecedor entra em posição para proteger a
passagem dos outros.
2.3.7.2 No caso de perder-se ou cair prisioneiro
a) Manter a calma, verificar a situação, procurar orientar-se com a bússola ou
com um dos processos já vistos.
b) não prestar nenhuma informação, certa ou errada, dar apenas o seu número
de identificação, nome e graduação.
c) sendo um vigia móvel, os princípios de conduta do vigia são aplicáveis para
o esclarecedor.
d) Pode ser um elemento altamente vulnerável à ação do inimigo, o esclarecedor
deve estar adestrado nas técnicas de progressão do terreno e observação.
2.3.7.3 Nos reconhecimentos – Inicialmente fazer um reconhecimento à distân-
cia, de uma posição abrigada, para verificar se o inimigo ocupa o terreno, depois,
se sua missão exigir, executa um reconhecimento mais aproximado, estudando
o terreno intermediário, para escolher o melhor modo de aproximar-se. Deve evi-
tar regiões de casario, povoados e grupos de árvores, a menos que sua missão
determine que se aproxime ou mesmo penetre nesses locais.
2.3.7.4 Casas e construções – O esclarecedor, agindo só, procura acercar-se
de uma casa o mais rápido e silenciosamente possível, de modo que chegue jun-
to a ela antes que os ocupantes percebam. Quando dois ou mais esclarecedores
operam juntos, um ou dois homens aproximam-se da casa enquanto os demais
mantém-se abrigados a certa distância, prontos para abrir fogo, se houver resis-
tência. A casa deve ser abordada pelo lado que não possua aberturas (janelas
ou portas) ou pelo de menor números de abertura. O esclarecedor deverá obser-
var os seguintes procedimentos ao abordar:
a) não tocar em nenhum objeto;
b) precaver-se contra armadilhas;
c) localizar pegadas; e
d) interpretar as pegadas.
2.3.7.5 Povoados – Os povoados ou outras localidades habitadas devem sem-
pre ser evitados, a não ser que a missão exija que o esclarecedor neles penetre,
devendo ter as mesmas precauções de abordagem de casas.
2.3.7.6 Bosques – O modo de aproximar-se de um grupo de árvores é o mesmo
de uma casa. Ao observar um bosque, o esclarecedor pode concluir pela pre-
sença do inimigo pelo movimento, pela fumaça, voo de pássaros ou pela fuga de
animais. A entrada num bosque deve ser feita com muita precaução.
- Quando os esclarecedores trabalham em duplas ou em grupo, um ou dois pe-

2-4
EB70-CI-11.440
netram ligeiramente no bosque, fazendo um pequeno reconhecimento apoiados
pelos que estão fora. Logo que verificar a ausência do inimigo na orla do bosque,
faz sinal para que os demais se aproximem e, a seguir, realizarão o reconheci-
mento no bosque, procurando não perderem a ligação entre si.
2.3.7.7 Tropas em movimento – As tropas em movimento podem ser observa-
das das elevações, das orlas dos bosques e outros pontos semelhantes, porém
o esclarecedor deve agir com muita cautela e atenção para não ser capturado
por patrulhas inimigas:
a) abrigar-se imediatamente;
b) ver sem ser visto; e
c) informar a presença e natureza do inimigo.
2.3.7.8 Caso o inimigo esteja a uma distância superior ao alcance útil das
armas, o esclarecedor deve:
a) abrigar-se;
b) localizar o inimigo;
c) informar; e
d) prosseguir.

2.4 O GRANADEIRO
2.4.1 É um soldado esclarecedor dotado com um dispositivo lança-granadas
acoplado ao fuzil para dar o suporte de fogo para a Esq ou o GC. Permitindo
o emprego de diversos tipos de munição, suas granadas podem ser também
empregadas para quebrar janelas e explodir dentro de ambientes fechados, ar-
rombar portas, destruir estruturas de concreto ou viaturas leves.
2.4.2 Realiza fogo indireto em torno de 350 m, de acordo com a possibilidade do
lançador de granadas.
2.4.3 Também recebe um setor de tiro que se sobrepõe aos setores de tiro dos
fuzileiros.
2.4.4 Faz o recobrimento dos ângulos mortos no setor da esquadra, especial-
mente, aqueles que não batidos pelas metralhadoras.
2.4.5 Além das atribuições de esclarecedor, o granadeiro tem como atribuições:
a) empregar o armamento de dotação, sendo capaz de realizar fogos diurnos
e noturnos; e
b) Identificar os diversos tipos de munição, os alcances, a finalidade de emprego
e as distâncias de segurança dos diversos tipos de granadas do lançador.

2-5
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2.5 O ATIRADOR DE LANÇA ROJÃO
2.5.1 É um soldado esclarecedor dotado com um Lç Rj para dar o suporte de
fogo AC ou outros alvos designados pelo Cmt GC.
2.5.2 Nas tropas mecanizadas e blindadas, com a necessidade de ser um bom
atirador e a possibilidade de conduzir o lança rojão embarcado, acumulará a
função com o Atirador de Precisão do GC, sendo que o Atirador da 2ª Esq será
o Atirador de Lç Rj, em prioridade, e o Atirador de Precisão do GC da 1ª Esq, em
2ª prioridade.
2.5.3 O Lç Rj tem seu emprego de acordo com o alcance de utilização.
2.5.4 ALÉM DAS ATRIBUIÇÕES DE ESCLARECEDOR TEM COMO ATRIBUI-
ÇÕES:
a) empregar o Lç Rj de dotação sendo capaz de realizar fogos diurnos e notur-
nos;
b) identificar os diversos tipos de alvo, os alcances, a finalidade de emprego e as
distâncias de segurança para a realização do disparo do Lç Rj;
c) operar e manobrar como fuzileiro, mas tem a responsabilidade adicional de
realizar a defesa AC contra alvos blindados ou outros designados pelos Cmt do
GC; e
d) conhecer as características, possibilidades e limitações das VB inimigas, a fim
de melhorar empregar seu armamento.

2.6 O SOLDADO ATIRADOR DA METRALHADORA LEVE DA ESQUADRA


2.6.1 O soldado atirador da metralhadora leve da esquadra (Sd Atdr Mtr L Esq) é
o elemento que fornece fogos de supressão e base de fogos contra tropa a pé,
peças de metralhadora, armas AC e posições fortificadas para permitir o movi-
mento dos outros elementos da esquadra ou do GC.
2.6.2 Normalmente é um o soldado com maior experiência na esquadra.
2.6.3 ATRIBUIÇÕES
a) Cumprir as ordens emanadas dos Cmt GC e Esquadra;
b) receber a instrução individual, porém o adestramento deve ser voltado para o
combate coletivo, em que a eficiência do grupo é o fator mais importante;
c) conduzir e operar as Mtr L, identificando e realizando os fogos sobre os alvos
determinados;
d) realizar fogos de supressão e base de fogos contra tropa a pé, peças de me-
tralhadoras, armas AC e posições fortificadas;

2-6
EB70-CI-11.440
e) preparar a posição de tiro e preencher o roteiro de tiro de seu armamento;
f) reportar de forma precisa e concisa tudo o que vê durante uma situação tática;
g) realizar o emprego de curativo e atividades de primeiros-socorros dentro de
seu nível de atuação;
h) ficar em condições de atuar como soldado atirador ou comandante de esqua-
dra; e
i) ter a compreensão da missão dois níveis acima (GC e Pel).

2.7 ATIRADOR DE PRECISÃO DO GC


2.7.1 O atirador de precisão (Atdr Prcs) GC tem a missão de preencher o espaço
existente entre 300 m que é a distância útil máxima do fuzil comum, e a distância
do tiro dos caçadores, que com os modernos calibres, dá-se a partir de 600 m.
Para cumprir a missão, utiliza o fuzil IA2 7,62 mm, diferente dos outros esclare-
cedores, que utilizam o fuzil IA2 5,56 mm.
2.7.2 Nas OM Bld e Mec, normalmente, tendo em vista a sua perícia para o tiro,
acumula a função com o Atirador de Lança Rojão, sendo que o Atirador da 1ª
Esquadra fica como Atirador de Precisão do GC, em prioridade, e o Atirador de
Precisão do GC da 2ª esquadra, em 2ª prioridade.
2.7.3 É treinado para engajar alvos de 300 a 500 m. Ele opera e manobra como
fuzileiro, mas tem a responsabilidade adicional de engajar alvos até 500 m com
tiros eficazes e precisos.
2.7.4 É um membro vital do próprio grupo de combate e não um caçador do GC.
Não possui equipamento nem treinamento para engajar alvos distantes com pre-
cisão enquanto opera individualmente ou em uma pequena equipe.
2.7.5 Atua em proveito da sua fração sob as ordens do comandante de GC ou
Pelotão.
2.7.6 Deve ser escolhido pela elevada habilidade no tiro, maturidade, confiabili-
dade, correto julgamento das situações e experiência.
2.7.7 Deve também ter o perfeito entendimento de sua missão dentro de sua fra-
ção, ciente de que além das peculiaridades de sua função, ele tem as mesmas
atribuições que os outros membros do GC.
2.7.8 Tem como principal missão eliminar pessoal inimigo e outros atiradores ou
caçadores inimigos que possam atuar contra a tropa, também podem auxiliar o
seu GC ou Pelotão no direcionamento de fogos e ainda servir como ferramenta
de coleta de dados e informações.
2.7.9 Particularmente eficaz contra alvos apenas parcialmente expostos ou ex-
postos por curtos períodos; pode fazer fogos em alvos muito pequenos, como

2-7
EB70-CI-11.440
seteiras, aberturas de casamatas, armas automáticas, a curta e média distância.
2.7.10 Também engaja alvos pontuais com prioridade para os comandantes ini-
migos, radioperadores, armas automáticas, armas AC e Lç Foguetes, outros ati-
radores ou conforme determinado pelo seu comandante.
2.7.11 Atua como a primeira linha de medidas ativas contra caçador, pois possui
maior capacidade de identificação de alvos.
2.7.12 Emprega um armamento de uso geral com uma luneta de maior alcance
e recebe o adestramento disponível dentro dos recursos da unidade.
2.7.13 Seu emprego dentro da esquadra aumenta a capacidade de busca de
alvos e consciência situacional permitindo realizar um fogo preciso ou orientar
um fogo de supressão pelo atirador da esquadra.
2.7.14 O equipamento empregado pelo Atirador de Precisão é um fuzil seme-
lhante ao dos fuzileiros, dotada com óticos de maior precisão. A ampliação ótica
da visão e o amplo campo de visão permitem que ele observe, detecte, identi-
fique, alcance e engaje alvos a uma distância maior que os outros elementos
da esquadra. Isso proporciona à esquadra/GC um acréscimo na consciência
situacional e uma maior letalidade seletiva. A utilização dos óticos aumenta a efi-
ciência nos primeiros disparos em alvos a distancias desconhecidas e aumenta
a capacidade de identificação de alvos em baixas condições de visibilidade.
2.7.15 Além do adestramento inerente ao desempenho da função de esclare-
cedor este militar requer um treinamento adicional para o desempenho dessa
função e na operação e manutenção dos óticos. Este treinamento, normalmente,
inclui:
a) técnica de colimação e correção em zero (clicagem) dos equipamentos óticos;
b) técnica de identificação de tropas e alvos;
c) técnica para estimar distância, vento e velocidade aproximada de um alvo
em movimento;
d) posições de tiro alternadas e não padronizadas;
e) tiro em alvos até 600 m;
f) técnica de tiro de combate aproximado;
g) técnica de busca e vasculhamento;
h) técnica de tiro noturno;
i) técnica de tiro em movimento; e
j) técnica de tiro em viaturas.
2.7.16 O atirador de precisão tem seu emprego como integrante do GC. Seja por
realizar fogos de precisão para engajar alvos dentro do maior alcance efetivo de
2-8
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seu armamento em todos os tipos de operação ou empregando sua letalidade
precisa e seletiva quando necessário.
2.7.17 Seu emprego reduz o risco de fratricídio, danos colaterais e baixas não
combatentes. É empregado de forma mais eficaz em situações nas quais seja
necessário um disparo preciso em relação a um grande volume de fogo.
2.7.18 EMPREGO DO ATDR PRCS GC:
a) em apoio ao GC durante as operações em áreas humanizadas onde existam
combatentes e não combatentes ou as regras de engajamento restrinjam o em-
prego de um maior volume de fogo;
b) engajamento a distância curtas e médias onde seja necessário, imediato ou
crítico um disparo de precisão;
c) situações em que o GC venha a confrontar atiradores inimigos ou irregulares
armados sendo usados como atiradores;
d) distúrbios envolvendo a presença de manifestantes armados misturado a não
combatentes;
e) elemento de cobertura e apoio à segurança na realização dos PBCE, PSE e
checkpoints, entre outros;
f) engajar alvos específicos identificados pelo comando enquadrante;
g) elemento de cobertura durante a aproximação e o assalto de um objetivo;
h) eliminar ameaças inesperadas dentro e nas proximidades do objetivo;
i) cobrir vias de acesso que incidem na posição do GC e escaneando o campo
de batalha procurando sinais do inimigo ou de um contra-ataque;
j) isolando pelo fogo uma área do objetivo;
k) bater obstáculos e outros pontos chaves com fogo de precisão;
l) realizar fogos contra alvos apenas parcialmente expostos ou expostos por cur-
tos períodos; pode fazer fogos em alvos muito pequenos, como seteiras, abertu-
ras de casamatas, armas automáticas, a curta e média distância; e
m) dar continuidade ao apoio de fogo durante o assalto quando por questões
de segurança ou proximidade, os fogos de artilharia, morteiro, lança granadas e
metralhadoras devam ser suspensos ou alongados.

2.8 FORMAÇÕES
2.8.1 As formações da esquadra referem-se às posições relativas dos soldados
durante a maneabilidade.
2.8.2 As formações de combate são compostas por duas variáveis: vista ou
perspectiva lateral, representado pela formação da linha; e profundidade, re-
2-9
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presentada pela formação da coluna. As vantagens atribuídas a qualquer uma
dessas variáveis são desvantagens para a outra. Os comandantes combinam os
elementos vista lateral e profundidade para determinar a melhor formação para
cada situação.
- Além da linha e coluna, existem outros cinco tipos de formações: em quadrado;
cunha, cunha invertida ou em V; losango ou diamante; e escalão.
2.8.3 Independentemente da formação que a esquadra emprega, cada soldado
deve saber sua localização na formação em relação aos outros integrantes da
esquadra, seu companheiro lateral e seu comandante. Cada soldado cobre um
setor de responsabilidade pela observação e fogo direto enquanto a esquadra
está em movimento.
2.8.4 Para garantir uma proteção integral os comandantes de esquadra devem
estar constantemente conscientes dos setores de sua esquadra e corrigi-los
conforme necessário.
2.8.5 As sete formações podem ser agrupadas em duas categorias: formações
com um elemento de tiro a frente e formações com mais de um elemento de
tiro a frente. As formações com mais de um elemento de tiro, como regra geral,
são melhores para obter superioridade de fogo à frente, mas são mais difíceis
de controlar. Por outro lado, as formações com apenas um elemento de tiro são
mais fáceis de controlar, mas não são tão úteis para alcançar superioridade de
fogo para a frente.
2.8.6 Os comandantes tentam manter a flexibilidade em suas formações deven-
do empregar de forma a reduzir os riscos associados à falta geral de flexibilidade.
2.8.7 DURANTE O COMBATE, OS SEGUINTES FATORES INFLUENCIAM AS
FORMAÇÕES
a) Situação.
b) Ação do inimigo.
c) Terreno.
d) Visibilidade.
e) Velocidade desejada.
f) Flexibilidade.
2.8.8 As distâncias e intervalos entre os homens normalmente é de cerca de 10
passos, porém as formações não são tão rígidas. Mais importante do que as dis-
tâncias ou posições dos homens é a correta utilização do terreno para progredir
e atirar.
2.8.9 O comandante da esquadra ajusta a formação da equipe conforme ne-
cessário enquanto a esquadra está em movimento. A distância entre os homens

2-10
EB70-CI-11.440
será determinada pela missão, pela natureza da ameaça, pela proximidade do
terreno e pela visibilidade. Como regra geral, a dispersão deve ser até o limite
de controle. Isso permite que uma área ampla seja coberta, dificulta a detecção
do movimento da esquadra e torna-os menos vulneráveis a ataques aéreos e
terrestres.
2.8.10 As esquadras raramente agem de forma independente. No entanto, se
assim o fizerem, quando estabelecerem o contato, vão adotar um dispositivo
defensivo para garantir a segurança.
2.8.11 EM LINHA

Fig 12 - Esquadra em linha

2.8.11.1 Emprego e características:


a) todos os elementos dispostos em linha;
b) cada integrante deve limpar seu próprio itinerário para frente;
c) um elemento é designado como base para outros integrantes da esquadra;
d) formação utilizada para transposição de cristas, estradas ou locais de passa-
gem obrigatória sujeitos ao fogo e observação do inimigo; e
e) os intervalos entre os homens são de 5 a 10 passos.
2.8.11.2 Vantagens:
a) apresenta como vantagem a máxima potência de fogo e observação à frente,
sendo, por isso, a formação mais adequada para o assalto;
b) limpeza de uma área grande;

2-11
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c) dispersão; e
d) transição para a marcha do papagaio como base de fogo ou elemento do
assalto.
2.8.11.3 Desvantagens:
a) dificuldade de controle aumenta durante visibilidade limitada e em terreno
restritivo ou próximo;
b) difícil de designar um elemento de manobra;
c) flancos vulneráveis;
d) potencialmente lento; e
e) é de difícil controle e restringe a capacidade de manobra.
2.8.12 EM COLUNA

Fig 13 - Esquadra em coluna

2.8.12.1 Essa formação é mais usada em terrenos restritivos, como dentro de


um prédio; vegetação densa; visibilidade limitada; e assim por diante. A distância
entre os soldados na coluna muda devido a restrições da situação, especialmen-
te quando em operações urbanas.
2.8.12.2 Emprego e características:
a) é utilizada em marchas (estradas) durante visibilidade restrita ou quando pas-
sar por regiões fechadas ou matosas; e
2-12
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b) Os intervalos entre os homens são de 5 a 10 passos.
2.8.12.3 Vantagens:
a) essa formação amplifica o controle;
b) proporciona boa segurança;
c) permite máximo poder de fogo nos flancos; e
d) essa formação permite a mudança rápida para outras formações.
2.8.12.4 Desvantagens:
a) proporciona pouco poder de fogo à frente
b) proporciona pouca dispersão;
c) limitada capacidade de limpeza; e
d) a profundidade da coluna torna um bom alvo para ataques aéreos aproxima-
dos e uma zona batida de metralhadora.
2.8.13 EM CUNHA

Fig 14 - Em cunha

2.8.13.1 A cunha é a formação básica da esquadra

2-13
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2.8.13.2 A cunha se desdobra, dependendo do terreno. As esquadras modificam
a cunha de acordo com o terreno, a visibilidade ou outros fatores que dificultam
o controle.
2.8.13.3 O intervalo entre os soldados na formação da cunha é normalmente de
10 m. O intervalo normal é reduzido para que todos os integrantes da esquadra
ainda possam ver o comandante da esquadra e vice-versa.
2.8.13.4 Os soldados ocupam suas posições quando se deslocam em terrenos
menos acidentados, onde o controle é mais fácil.
2.8.13.5 Nessa formação o comandante está na posição de liderança, com seus
homens escalonados à direita (ou à esquerda) e deixados para trás. As posições
podem variar, exceto para o comandante. Essa formação permite que o coman-
dante da esquadra dê o exemplo.
a) Quando ele se move para a direita, seus soldados também devem mover-se
para a direita.
b) Quando ele atira, seus soldados também disparam. Ao usar a técnica de li-
derança, por exemplo, é essencial que todos os soldados mantenham contato
visual com o comandante.
2.8.13.6 Emprego e características:
a) um elemento lidera o movimento, normalmente o comandante da esquadra,
com o restante da esquadra emparelhada ao lado e nos flancos;
b) usado quando a situação é incerta, inimigo é vaga;
c) formação básica da esquadra; e
d) os intervalos entre os homens são de 5 a 10 passos.
2.8.13.7 Vantagens:
a) permite excelente poder de fogo à frente e nos flancos, mesmo em visibilidade
reduzida e em terrenos restritivos;
b) fácil controle e rapidamente pode mudar de formação;
c) assegura observação, controle e capacidade de manobra; e
d) garante velocidade de progressão.
2.8.13.8 Desvantagens:
a) necessidade frequente de fazer a transição para a coluna em terreno restrito; e
b) reduz a velocidade de progressão mais pela busca de informes (vasculha-
mento) do que pela formação.

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2.8.14 EM CUNHA INVERTIDA OU FORMAÇÃO EM “V”

Fig 15 - Em cunha invertida ou formação em “V”

2.8.14.1 Emprego e características:


a) dois elementos de tiro a frente;
b) o restante da esquadra se move entre os dois elementos a frente;
c) empregada quando o contato para frente é esperado; e
d) os intervalos entre os homens são de 5 a 10 passos.
2.8.14.2 Vantagens:
a) Assegura a observação, controle e capacidade de manobra;
b) garante velocidade de progressão;
c) boa potência de fogo à frente, bom controle, boa flexibilidade e boa dispersão; e
d) permite que o Cmt observe e controle o fogo e a manobra sem se engajar
prematuramente.
2.8.14.3 Desvantagens:
a) tem o comando e controle dificultado em situações de visibilidade reduzida ou
em terreno restritivo; e

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b) reduz a velocidade de progressão pela busca de informes (vasculhamento) do
que pela formação.
2.8.15 EM QUADRADO

Fig 16 - Em quadrado.

2.8.15.1 Emprego e características:


a) dois elementos de tiro a frente;
b) o restante da esquadra se move à retaguarda dos elementos à frente;
c) maior segurança em todas as direções;
d) empregada em becos e corredores; e
e) os intervalos entre os homens são de 5 a 10 passos.
2.8.15.2 Vantagens:
a) assegura a observação, controle e capacidade de manobra;
b) garante velocidade de progressão;
c) boa potência de fogo à frente, bom controle, boa flexibilidade e boa dispersão; e
d) permite que o Cmt observe e controle o fogo e a manobra sem se engajar
prematuramente.

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2.8.15.3 Desvantagens:
a) tem o comando e controle dificultado em situações de visibilidade reduzida ou
em terreno restritivo; e
b) reduz a velocidade de progressão pela busca de informes (vasculhamento) do
que pela formação.
2.8.16 EM LOSANGO OU DIAMANTE

Fig 17 - Em losango ou diamante.

2.8.16.1 Emprego e características


a) semelhante à formação de cunha;
b) formação adequada quando se desloca sozinha, em terreno amplo e sob pos-
sibilidade de atuação do inimigo; e
c) os intervalos entre os homens são de 5 a 10 passos.
2.8.16.2 Vantagens
a) assegura a observação, controle e capacidade de manobra;
b) garante velocidade de progressão;
c) boa potência de fogo à frente, bom controle, boa flexibilidade e boa dispersão;

2-17
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d) permite que o Cmt observe e controle o fogo e a manobra sem se engajar
prematuramente;
e) permite excelente poder de fogo à frente e nos flancos, mesmo em visibilida-
de reduzida e em terrenos restritivos;
f) fácil controle e rapidamente pode mudar de formação;
g) garante velocidade de progressão; e
h) observação em todas as direções.
2.8.16.3 Desvantagens:
a) necessidade frequente de fazer a transição para a coluna em terreno restrito; e
b) reduz a velocidade de progressão mais pela busca de informes (vasculha-
mento) que pela formação.
2.8.17 EM ESCALÃO

Fig 18 - Em escalão.

2.8.17.1 Emprego e características:


a) a esquadra se desdobra diagonalmente para a esquerda ou para a direita;
b) observação e fogo para a frente e um flanco;

2-18
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c) usado para cobrir um flanco exposto; e
d) os intervalos entre os homens são de 5 a 10 passos.
2.8.17.2 Vantagens
− Permite grande poder de fogo à frente e nos flancos (direito e esquerdo).
2.8.17.3 Desvantagens:
a) é de difícil controle;
b) menor velocidade de progressão; e
c) vulnerável aos flancos opostos.

2-19
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2-20
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CAPÍTULO III
O GRUPO DE COMBATE MOTORIZADO, LEVE, AEROMÓVEL E
PARAQUEDISTA

3.1 GENERALIDADES
3.1.1 O Grupo de Combate (GC) é orgânico do Pelotão de Fuzileiros, da Com-
panhia de Fuzileiros, dos Batalhões de Infantaria Motorizado, Leve, Aeromóvel e
Paraquedista, e ainda das unidades de Cavalaria Paraquedista.
3.1.2 O GC é comandado por um 3º Sgt e organizado em duas esquadras.
3.1.2.1 Atribuições do Comandante de GC
3.1.2.1.1 O Cmt do GC é responsável pelo preparo e emprego de sua fração.
3.1.2.1.2 As esquadras empregam o armamento para poder atirar e manobrar.
Utilizam os fogos diretos, permitindo a liberdade de manobra do GC para cerrar
e destruir o inimigo. Esses fogos também podem fornecer apoio preciso contra
tropa inimiga, bunkers ou posições e destruir a infantaria inimiga durante o dia,
a noite ou nas condições de visibilidade limitada (fumaça, neblina, nevoeiro etc).
ORGANIZAÇÃO

GC das OM Inf GC das OM Cav


COMPOSIÇÃO REPRESENTAÇÃO

3º Sgt Cmt

Cb Cmt 1ª Esquadra e Granadeiro (Lç Gr)

Sd 1º Esclarecedor Atirador de Lç Roj


1ª Esquadra
Sd 2º Esclarecedor e Atirador de Precisão do GC*

Sd Atirador Metralhadora Leve da 1ª Esquadra

Tab 7 - Organograma e composição do Grupo de Combate

3-1
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Cb Cmt 2ª Esquadra e Granadeiro

Sd 3º Esclarecedor e Atirador de Lç Roj


2ª Esquadra
Sd 4º Esclarecedor e Atirador de Lç Roj e Atdr Prcs GC

Sd Atirador Metralhadora Leve da 2ª Esquadra

* O E2 será o Atirador de Precisão do GC, podendo usar o Lç Roj de acordo com a situação.
* O E4 será o Atirador de Lç Roj, podendo atuar como Atirador de Precisão do GC de acordo com
a situação.

Tab 7 - Organograma e composição do Grupo de Combate (continuação)

3.1.2.4 As atribuições do Sargento Comandante do Grupo de Combate são:


a) comandar o GC, emitindo os comandos que o conduzam ao cumprimento da
missão;
b) empregar e controlar o GC, conduzindo o tiro e a manobra da fração;
c) impulsionar as esquadras na ofensiva;
d) selecionar as posições dos homens na defensiva;
e) supervisionar as atividades de manutenção do grupo;
f) conduzir os tiros de artilharia e morteiros na zona de ação em que atua, quan-
do for necessário;
g) coordenar as atividades de manutenção do GC para que esteja em condições
de emprego;
h) designar objetivos;
i) designar alvos para seus At L Roj AC de acordo com estudo de situação;
j) distribuir setores de tiro e observação para os comandantes das esquadras;
k) ser o responsável pela orientação e navegação de seu GC;
l) ser o responsável pela instrução, disciplina, controle, emprego tático, adestra-
mento e bem-estar dos comandados para obtenção e manutenção das capaci-
dades necessárias ao combate, mantendo-os em condições de realizar o rodízio
de funções;
m) ser o responsável pelas comunicações do GC com o pelotão, informando os
reportes quando necessários;
n) confeccionar a documentação referente à fração;

3-2
EB70-CI-11.440
o) checar o entendimento das missões recebidas através das ordens e briefings;
p) gerenciar as atividades logísticas de seu GC, informando a seu comandante
as suas necessidades de logísticas;
q) como comandante, deve dar o bom exemplo aos integrantes do grupo;
r) controlar o regime de tiro e distribuição de fogos de acordo com o planejamen-
to de fogos direto de seu pelotão;
s) manter a responsabilidade sobre os soldados e equipamentos; e
t) inspecionar a condição de soldados armas, roupas e equipamentos.

3.2 RODÍZIO DE FUNÇÕES


3.2.1 Os Cb Cmt Esq devem estar em condições de assumir o comando do GC
e de operar o Lç Roj AC.
3.2.2 Os Sd Esclarecedores devem estar em condições de assumir o comando
da esquadra e a missão dos Sd Atiradores, operando em boas condições as Mtr
L do GC.
3.2.3 Os Sd Atiradores devem estar em condições de desempenhar as funções
dos Sd Esclarecedores.

3.3 ENUNCIAR FUNÇÕES


3.3.1 O comando de enunciar funções tem a finalidade de verificar se todos os
homens estão presentes e cientes da função que irão desempenhar no exercício
ou ação de combate, bem como verificar eventuais faltas ou baixas na fração. É
empregado nas seguintes situações:
a) antes de um exercício;
b) após movimentos que dispersem o GC;
c) após exercícios ou ações de combate;
d) após efetuado rodízio de funções; e
e) antes e depois de um deslocamento aéreo, no caso dos GC Leve e Paraque-
dista.
3.3.2 EXECUÇÃO
- Ao comando de “GRUPO ATENÇÃO! ENUNCIAR FUNÇÕES!”, cada homem,
a partir do Cmt GC, inclusive, tomará a posição de sentido, levantará energica-
mente o braço direito com a mão espalmada e voltada para frente e dirá sua gra-
duação e função em voz alta. Caso o GC esteja desdobrado no terreno, o militar

3-3
EB70-CI-11.440
somente dirá, em voz alta, a graduação e função, permanecendo na posição em
que se encontrar. É conveniente que o Cmt GC esteja em uma posição que lhe
permita observar toda fração.

3.4 FORMAÇÕES
3.4.1 GENERALIDADES
3.4.1.1 A formação, as distâncias e os intervalos a serem adotados são decor-
rentes dos fatores apresentados para as Esquadras. Normalmente as distâncias
serão de 10 passos entre os homens e de 20 a 50 m entre as Esquadras.
3.4.1.2 A primeira esquadra normalmente será a base nas formações (a exce-
ção será mediante ordem do Cmt GC ou se a situação tática impuser). Quando
estiver escalonado em profundidade, a base estará à frente. Caso esteja em
largura, a base estará à esquerda, tomando por referência a direção de progres-
são.
3.4.1.3 A adequada utilização do terreno e a divisão dos setores de observação
e tiro são mais importantes do que a rígida manutenção das distâncias entre os
homens. O Cmt de GC deve progredir em uma posição em que possa controlar
e melhor orientar os subordinados.
3.4.2 FORMATURA DO GRUPO DE COMBATE

Fig 19 - GC em Coluna

3-4
EB70-CI-11.440
3.4.2.1 Adotada nas atividades diárias do GC.
3.4.2.2 Os homens entrarão em forma em coluna por um ou por dois, à distância
de um braço.
3.4.3 EM COLUNA

Fig 20 - GC em Coluna

a) formação adotada para o movimento em terrenos restritivos (vegetação den-


sa, região montanhosa, entre outros) ou em situações de visibilidade reduzida
(escuridão, nevoeiro, entre outros;
b) apresenta, como vantagens, fácil controle e rapidez de progressão;
c) como desvantagens, proporciona pouca dispersão e mínimo poder de fogo à
frente;
d) as esquadras adotarão, obrigatoriamente, a formação em coluna; e
e) as distâncias entre os homens são de 10 passos e de 20 m entre as esqua-
dras. Porém, elas podem ser reduzidas em função da limitação da visibilidade.
3.4.4 POR ESQUADRAS SUCESSIVAS:
a) é a formação que o GC normalmente adota. Assim que os fatores que de-
terminaram outra formação tiverem cessado, o GC retornará à formação por
esquadras sucessivas;

3-5
EB70-CI-11.440
b) é utilizada nos reconhecimentos e sempre que houver necessidade de uma
esquadra apoiar a outra durante o deslocamento;
c) oferece boa dispersão, bom controle, bom volume de fogos nos flancos e à
frente, grande flexibilidade e apoio mútuo entre as esquadras;
d) as esquadras adotarão a formação de cunha modificada sempre que possível,
apenas modificando-a temporariamente em função da situação;
e) o comandante da esquadra é o vértice da cunha, o que lhe permite servir de
base para os movimentos de esquadra, bem como proporcionar bom controle
sobre os homens; e
f) as distâncias entre os homens são de 10 passos e de 20 a 50 m entre as es-
quadras.

Fig 21 - GC por esquadras sucessivas

3.4.5 POR ESQUADRAS JUSTAPOSTAS


a) Formação adotada para progressão quando a localização do inimigo for co-
nhecida e se desejar bom volume de fogos à frente.
b) Proporciona bom grau de controle, segurança à frente e nos flancos e grande
volume de fogo à frente.
c) As esquadras adotarão a formação em cunha modificada.

3-6
EB70-CI-11.440
d) As distâncias entre os homens são de 10 passos e o intervalo de 20 a 50 m
entre as esquadras.

Fig 22 - GC por esquadras justapostas

3.4.6 POR ESQUADRAS JUSTAPOSTAS MODIFICADAS

Fig 23 - GC por esquadras justapostas modificadas

a) Quando as restrições impostas pelo terreno não forem tão grandes que obri-
guem a adoção da formação em coluna, o GC poderá adotar a formação de
esquadras justapostas modificadas.
b) Nessa formação, as esquadras estarão justapostas, porém cada uma estará
em coluna. Essa formação também é chamada de “por esquadras justapostas
coluna por dois”.
3-7
EB70-CI-11.440
c) Essa formação é adotada quando o movimento é realizado em uma trilha larga
ou estrada. É comum o seu emprego na marcha para o combate a pé.
d) Apresenta como vantagem a rapidez e muito bom controle, pois facilita o em-
prego do fogo em ambos os flancos e permite rápida mudança para outras for-
mações.
e) Como desvantagem está a reduzida potência de fogo à frente.
3.4.7 EM LINHA

Fig 24 - GC em linha

a) Formação utilizada para transposição de cristas, estradas ou locais de passa-


gem obrigatória sujeitos ao fogo e à observação do inimigo.
b) As esquadras devem adotar obrigatoriamente a formação em linha.
c) Apresenta como vantagem a máxima potência de fogo à frente, sendo, por
isso, a formação mais adequada para o assalto.
d) Como desvantagem, verifica-se que o controle é muito difícil.
e) Os intervalos entre os homens são de 10 passos.

3.5 MUDANÇAS DE FRENTE E FORMAÇÃO


3.5.1 GENERALIDADES
3.5.1.1 O GC não interrompe o movimento se o comando para mudança de fren-
te e formação for emitido com o grupo em deslocamento. Da mesma forma, se
estiver parado, continuará nessa situação após a execução.
3.5.1.2 Os comandantes de esquadra não repetem o comando emitido pelo Cmt
GC. Poderão, em alguns casos, emitir comandos para adotar formações ade-
quadas ao dispositivo imposto pelo comandante do grupo.

3-8
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3.5.1.3 Ao realizar mudanças de frente e formação, o Cmt GC pode alterar a
base, a fim de evitar deslocamentos desnecessários ou cruzamento de esqua-
dras.
3.5.2 COMANDO PARA MUDANÇA DE FRENTE E FORMAÇÃO

Advertência GRUPO, ATENÇÃO!

BASE (Esquadra base)

Comando propriamente dito FRENTE (ou DIREÇÃO)


FORMAÇÃO
DISTÂNCIAS E INTERVALOS

Execução MARCHE (ou MARCHE-MARCHE)

Tab 8 - Comando para mudança de frente e formação

3.5.3 A sequência do comando para mudança de frente e formação deve sempre


ser seguida. Caso algum item do comando não sofra alteração em um comando
subsequente, esse não precisa ser mencionado. Sempre constará do comando
a advertência, item ou itens do comando que foram alterados e a execução.

3.6 DESLOCAMENTOS
3.6.1 Ao comando de “GRUPO, ATENÇÃO! MARCHE!”, o GC se deslocará em
passo normal. Se o comando for “GRUPO, ATENÇÃO! MARCHE-MARCHE”, o
GC se deslocará em acelerado.
3.6.2 No caso do comando de “GRUPO, ATENÇÃO! COMIGO!”, a velocidade de
deslocamento será a mesma do comandante de GC.
3.6.3 O GC poderá também se deslocar rastejando ao comando de “GRUPO,
ATENÇÃO! RASTEJAR!”, ou então, engatinhando ao comando de “GRUPO,
ATENÇÃO! ENGATINHAR!”.

3.7 ALTOS
- A fim de interromper o movimento do GC, o Cmt comandará “GRUPO, ATEN-
ÇÃO! ALTO!” ou “GRUPO, ATENÇÃO! DEITAR (AJOELHAR)!”. Os homens fa-
rão alto ou se deitarão (ajoelharão SFC) rapidamente, aproveitando o terreno e
abrigando-se frente às direções de onde possa partir qualquer ameaça.

3-9
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3.8 OBSERVAÇÃO E CONTROLE
3.8.1 As atividades de observação e controle sempre são realizadas, estando
condicionadas ao movimento do GC e à proximidade do inimigo.
3.8.2 MECANISMO PARA OBSERVAÇÃO EM MOVIMENTO
3.8.2.1 Manter a direção de movimento.
3.8.2.2 Não realizar paradas.
3.8.2.3 De acordo com o terreno, percorrer determinada distância observando
o setor designado e voltar-se para a direção de progressão nos intervalos das
observações.
3.8.3 EM MOVIMENTO E LONGE DO INIMIGO
3.8.3.1 Em princípio, nessa situação o GC se deslocará em coluna ou por esqua-
dra justaposta modificada.
3.8.3.2 A observação caberá ao Cmt GC e aos esclarecedores lançados à frente.
3.8.3.3 Os demais homens ampliarão a observação do grupo, buscando verificar
a presença de aviação, carros de combate e agentes QBN.
3.8.4 EM MOVIMENTO E PERTO DO INIMIGO
3.8.4.1 Cada homem recebe um setor de observação, cobrindo todas as dire-
ções.
3.8.4.2 O Cmt de GC não tem um setor fixo de observação, devendo fazê-lo em
todas as direções, além de controlar os homens.
3.8.4.3 Os Cmt de esquadra devem, além de observar o setor que lhes foi atribu-
ído, manter o contato visual com o Cmt GC.
3.8.4.4 A observação quanto à aviação, carros de combate e agentes QBN
será realizada por todos integrantes do GC.
3.8.5 DURANTE OS ALTOS
3.8.5.1 Cada homem recebe um setor de observação, cobrindo todas as dire-
ções.
3.8.5.2 O Cmt GC deve aproveitar a oportunidade para conferir a fração, poden-
do fazê-lo pela vista ou por meio do comando de “ENUNCIAR FUNÇÕES!”.

3.9 TÉCNICAS DE PROGRESSÃO


3.9.1 O GC progride combinando o fogo e o movimento a fim de cerrar sobre o
inimigo para destruí-lo ou capturá-lo por meio do combate aproximado.

3-10
EB70-CI-11.440
3.9.2 Em consequência, o comandante deve-se preocupar com os deslocamen-
tos de sua fração, de modo a conservar, ao máximo, a integridade física de seus
homens para o momento decisivo.
3.9.3 A técnica de progressão escolhida depende, basicamente, da possibilidade
de atuação Ini (segurança) e da velocidade necessária ao movimento (rapidez).
- Existem três formas de progredir de acordo com a possibilidade de contato.
Em razão desses fatores, o GC poderá adotar uma das seguintes técnicas de
progressão:

TÉCNICA DE POSSIBILI- CARACTERÍSTICAS


PROGRES- DADE DE
SÃO CONTATO
CONTROLE DISPERSÃO VELOCIDADE SEGURANÇA
Progressão
Remoto Bom Mínima Boa Mínima
Contínua
Progressão Pouco
Mínimo Boa Lenta Boa
Protegida provável
Progressão
Iminente Máximo Máxima Muito lenta Máxima
por Lanços

Tab 9 - Técnicas de progressão

3.9.4 É ideal que a esquadra que está realizando a cobertura mantenha o conta-
to visual com os elementos que executam os lanços. É recomendado que antes
de uma progressão por lanços, o Cmt emita uma ordem aos Cmt Esq levando
em consideração os seguintes aspectos:
a) direção e localização do inimigo (se conhecida);
b) posições da esquadra que farão a cobertura (base de fogos);
c) próxima posição protegida;
d) itinerário do lanço;
e) o que fazer após o lanço, quando chegar na posição;
f) qual sinal o elemento que realizou o lanço utiliza para informar que chegou e
está em condições e assumir a cobertura;
g) como receberá as próximas ordens; e
h) presença do vetor aéreo inimigo.
3.9.5 A segurança durante o movimento inclui todos os procedimentos executa-
dos para garantir a segurança e aumentar a capacidade de combate.
- A observação e o reconhecimento (vasculhando o terreno e procurando pelo
inimigo) sobre a localização, situação tática e o inimigo deverão ser constantes.

3-11
EB70-CI-11.440
3.9.6 Ao planejar o movimento, o Cmt deve considerar como o terreno afeta a
segurança e a trafegabilidade.
- Ele realizará o estudo do terreno e selecionará o melhor itinerário para o cum-
primento da missão, preferencialmente, com maior número de cobertas e abri-
gos. Ao mesmo tempo ele deverá considerar os outros fatores de decisão.
3.9.7 PROGRESSÃO CONTÍNUA
- A velocidade é o fator mais importante. Geralmente adotada nos movimentos
antes do contato com o inimigo.
3.9.8 PROGRESSÃO PROTEGIDA
a) A segurança é o fator mais importante, porém a velocidade deve ser man-
tida. Normalmente, o contato com o inimigo ainda não foi estabelecido.
b) O Cmt GC determinará a dispersão do grupo, de maneira que uma esquadra
não seja atingida pelo fogo dirigido a outra, e que proporcione apoio mútuo entre
elas.
c) Nessa situação, normalmente é adotada a formação por esquadras sucessi-
vas, e o Cmt GC se desloca próximo a esquadra da retaguarda.
3.9.9 PROGRESSÃO POR LANÇOS
3.9.9.1 Ao ser percebido pela observação inimiga ou receber fogos, o GC
progredirá por lanços.
a) O Cmt determinará as formações compatíveis com o terreno e adequadas à
situação. Uma esquadra deverá permanecer em posição abrigada realizando a
cobertura, apoiando o deslocamento da outra esquadra.
b) Quando essa atingir de 100 a 150 m à frente, fará alto e apoiará o desloca-
mento da esquadra que estava à retaguarda, até que essa ultrapasse de 100 a
150 m a sua frente, e assim sucessivamente.
c) Esse movimento também é chamado de “Marcha do Papagaio”. O Cmt GC
deslocar-se-á junto à esquadra de apoio, mudando de uma esquadra para outra
quando a que executa o lanço passar pela que está no apoio.
3.9.9.2 O elemento que cobre o lanço só deverá abrir fogo se for identificada a
presença do inimigo.
- O elemento que realiza o lanço deverá ter o cuidado de não entrar no setor de
tiro de quem o cobre, podendo ser utilizados pontos de referência de alvos (PRA)
para facilitar a coordenação e controle.
3.9.9.3 Durante a progressão por lanços, cada esquadra terá um setor o qual
deverá ser observado.
- O setor deve ser identificado como uma área específica ou por pontos de refe-

3-12
EB70-CI-11.440
rência ou usar o método relógio.
3.9.9.4 Os elementos que cobrem o lanço devem ter contato direto com os ele-
mentos que realizam o lanço (em muitos casos o contato será visual).
3.9.9.5 Existem dois tipos de lanços, os sucessivos e os alternados
3.9.9.5.1 Lanços Sucessivos:

Fig 25 - GC em progressão por lanços sucessivos

a) Inicia-se o estudo dessa técnica considerando que a primeira esquadra es-


teja ocupando uma posição coberta e abrigada ao longo do terreno, tendo o
Cmt da 1ª Esquadra posicionado seus soldados, designado os setores de tiro e
realizado a observação do terreno à frente.
b) Não havendo indícios de atuação inimiga ou com o inimigo sendo suprimido
pelo fogo, é chamada a 2ª esquadra que se posiciona em um local próximo à
1ª esquadra e troca as informações necessárias. Quando a 2ª esquadra estiver
em condições de observar e apoiar pelo fogo, a 1ª esquadra avança. Quando
a 1ª esquadra atinge a posição, o processo é sucessivamente reiniciado. Esse
processo é mais lento que o processo por lanços alternados, entretanto é mais
seguro.
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3.9.9.5.2 Lanços Alternados
a) Considerando a situação inicial idêntica à do item anterior, o Cmt posiciona
as esquadras, designa setores de tiro e observa o compartimento do terreno à
frente de sua posição.
b) Não tendo observado indícios de atividade inimiga ou fixando o inimigo pelo
fogo, chama a 2ª esquadra, que inicia o movimento, passa pela posição da pri-
meira 1ª esquadra, troca as informações necessárias e prossegue para ocupar
uma posição mais à frente no terreno, protegida pela 1ª esquadra.
c) Ao atingir a próxima posição, a 2ª esquadra ocupa o terreno, observa e sinali-
za para que a 1ª esquadra avance, reiniciando o processo.
d) O lanço alternado é mais rápido que o lanço sucessivo, entretanto é menos
seguro.

Fig 26 - GC em progressão por lanços alternados

3.10 MOVIMENTO SOB AS VISTAS E FOGOS DO INIMIGO


3.10.1 GENERALIDADES
3.10.1.1 Ao perceber a possibilidade de atuação do inimigo, o GC adotará a for-
mação que melhor possibilite observar, fugir às vistas do inimigo e progredir em
segurança, além de ficar em condições de atuar rapidamente.
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3.10.1.2 Para tanto, o Cmt GC comandará “GRUPO, ATENÇÃO! PREPARAR
PARA O COMBATE!”. Os homens verificarão se as armas estão carregadas e
travadas, conduzindo-as de maneira que permita rápida utilização.
3.10.1.3 O GC progredirá por lanços se estiver sob vistas e fogos. Os lanços
podem ser executados por todo o grupo, por esquadras ou homem a homem, e
no passo acelerado, normal, rastejo ou engatinhando. Cabe ao Cmt GC definir a
forma e o passo com que o grupo se deslocará.
3.10.1.4 O lanço termina ao se atingir o ponto ou linha determinado ou ao co-
mando de “ALTO!” ou “DEITAR!”. Imediatamente o homem irá ocultar-se e abri-
gar-se, aproveitando ao máximo o terreno.
3.10.2 COMANDOS PARA A PROGRESSÃO
3.10.2.1 Todo o grupo – o comando é emitido somente pelo Cmt GC e
todos os integrantes do grupo executam o lanço ao mesmo tempo.

- GRUPO, ATENÇÃO! PREPARAR PARA PARTIR!


- ATÉ “TAL PONTO” (ou LINHA)!
- TODO O GRUPO!
- MARCHE – MARCHE!

3.10.2.2 Esquadra por esquadra – o comando é emitido inicialmente pelo Cmt


GC.

- GRUPO, ATENÇÃO!
- POR ESQUADRAS!
- 1ª ESQUADRA ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- 2ª ESQUADRA ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- MARCHE – MARCHE!

- Em seguida, os Cmt Esquadras emitirão o comando para as esquadras, na


sequência estabelecida pelo Cmt GC, partindo junto com suas esquadras.

- 1ª (ou 2ª) ESQUADRA, ATENÇÃO! PREPARA PARA PARTIR!


- ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- TODA ESQUADRA!
- MARCHE – MARCHE (ou COMIGO!)!

3.10.2.3 Homem a homem sucessivamente – o comando é emitido inicialmen-


te pelo Cmt GC que, após emitir o comando, realizará seu lanço individualmente.

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- GRUPO, ATENÇÃO!
- BASE A 1ª (ou 2ª) ESQUADRA!
- ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- HOMEM A HOMEM!
- MARCHE – MARCHE!

a) Em seguida, os Cmt Esquadras emitirão o comando para suas esquadras, na


sequência estabelecida pelo Cmt GC.

- 1ª (ou 2ª) ESQUADRA, ATENÇÃO! PREPARAR PARA PARTIR!


- ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- HOMEM A HOMEM!
- AO MEU COMANDO!
- FULANO! MARCHE – MARCHE!

b) Caso o Cmt esquadra esteja em uma posição que não lhe proporcione perfeita
observação, poderá comandar “POR INICIATIVA!”, em vez de chamar nominal-
mente seus homens.
c) Nessa situação, os homens iniciarão sucessivamente os deslocamentos, de
acordo com o posicionamento no terreno e da esquerda para a direita. O Cmt
esquadra será o primeiro a progredir.
3.10.2.4 Homem a homem simultaneamente – o comando é emitido pelo Cmt
GC, que será o último a progredir, visto que permanecerá controlando o movi-
mento de toda a fração.

- GRUPO, ATENÇÃO! PREPARAR PARA PARTIR!


- SIMULTANEAMENTE!
- ATÉ TAL PONTO (ou LINHA)!
- HOMEM A HOMEM!
- AO MEU COMANDO!
- TAIS HOMENS! MARCHE – MARCHE!

3.11 ENTRADA EM POSIÇÃO


3.11.1 MEDIANTE ORDEM – ao receber ordem para entrar em posição ou se a
situação exigir, o Cmt GC colocará o grupo em posição. O comando deve abor-
dar os seguintes aspectos:

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- Advertência (GRUPO, ATENÇÃO!)


- Locais das esquadras e dos atiradores das esquadras
- Direção geral dos fogos
- Execução (EM POSIÇÃO!)

3.11.2 POR INTERFERÊNCIA DO INIMIGO – estando o GC em movimento, ao


receber fogos, o Cmt ou qualquer homem que tenha percebido ou localizado
a direção ou origem dos tiros informará – “FOGO DE TAL PONTO!”; imediata-
mente todos integrantes do grupo abrigar-se-ão independente de ordem. Após
rápido estudo de situação, o Cmt GC determinará o local de entrada em posição,
emitindo o comando previsto no subparágrafo a. Realizar esta tomada de posi-
ção homem a homem sucessivamente proporcionará mais segurança ao grupo.
Após ocupar a posição, o grupo poderá executar os fogos, caso seja necessário.

3.12 MANOBRAS DO GC
3.12.1 Em combate, as frações enfrentam situações imprevistas, tais como con-
tato fortuito com inimigo, deparar-se com uma posição inimiga, campo de minas,
entre outros. Para reagir rapidamente a estes fatos novos, o Cmt GC deve ser
capaz de manobrar seu grupo.
3.12.2 A manobra é a base para empregar uma fração no campo de batalha.
A nível do GC, a manobra é o uso do movimento em combinação com o fogo
empregados para se obter uma posição de vantagem em relação ao inimigo e
facilitar o cumprimento da missão.
3.12.3 ELEMENTOS DA BASE DE FOGOS
3.12.3.1 A combinação fogo e movimento requer uma base de fogos. Alguns
elementos do GC permanecem em uma para fornecer a proteção dos elementos
que realizam os lanços. Quando possível, o elemento da base de fogos ocupa
posições que permita boas cobertas e abrigos, uma boa observação e campos
de tiro.
3.12.3.2 Uma vez em posição, o elemento de base de fogos realiza a observa-
ção do campo de batalha em busca de posições conhecidas ou suspeitas inimi-
gas e designa setores de tiro. Com isso, proporciona a confiança e a iniciativa
ao elemento que está realizando o lanço, mesmo que esteja sob observação e
fogo inimigo.
a) Sempre que possível, o local da base de fogos não deve ser descoberto pelo
inimigo antes da abertura dos fogos. Nessa posição, os elementos que apoiam
pelo fogo devem utilizar cadência máxima de fogos para neutralizar o inimigo.

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b) Quando o inimigo estiver neutralizado, a cadência do tiro pode ser reduzida,
embora a pressão deva seguir constante.
c) Se for o caso, o elemento de base fogos também pode utilizar o reconheci-
mento pelo fogo para identificar posições inimigas.
3.12.3.3 O Cmt GC determina, de acordo com sua análise do terreno, onde e
quando será estabelecida à base de fogos. Durante as ações no contato, ele
ajusta a manobra de acordo com a necessidade. A nível GC, uma esquadra
será a base de fogos. As posições dos elementos que apoiam pelo fogo devem,
sempre que possível, ser mais elevadas ou nos flancos do elemento que realiza
o lanço.
3.12.4 ELEMENTOS QUE REALIZAM O LANÇO
3.12.4.1 Manobrar é naturalmente perigoso. O armamento inimigo, o terre-
no desconhecido e outros fatores potencializam o risco. O elemento que realiza
o lanço deve aproveitar, ao máximo, as cobertas e abrigos que o terreno oferece.
Ao aplicar os princípios de correta utilização do terreno (utilizar as dobras do ter-
reno, evitar as cristas, buscar posições cobertas e abrigadas), a fração poderá
aumentar a segurança do lanço.
3.12.4.2 Todos os elementos envolvidos na manobra devem manter a segurança
em todas as direções e os soldados devem estar atentos aos seus setores de
observação por todo o tempo.
3.12.4.3 Os fatores de decisão ditam a distância percorrida em cada lanço, po-
rém os elementos do lanço nunca devem se mover além da distância que os
elementos da base de fogos podem atingir as posições inimigas (dois terços do
alcance útil do armamento de fogo direto). Tomando essa precaução o elemento
do lanço diminui a exposição aos fogos inimigos.
3.12.4.4 Em terrenos severamente restritos, o lanço será menor do que em áre-
as abertas. Os elementos do lanço devem se focar no objetivo final, que é a po-
sição de destino do lanço. Uma vez atingida, os elementos utilizam as vantagens
da posição para destruir o inimigo com fogos diretos e pelo assalto.
3.12.4.5 Os elementos que manobram, sempre que possível, cerram sobre as
posições inimigas selecionando itinerários curtos e que incidam pelos flancos.
- Quando as posições inimigas forem distantes, tanto os elementos que apoiam
pelo fogo quanto os elementos que manobram, devem executar lanços alternan-
do as funções.
3.12.5 A manobra a ser empregada em cada caso é decorrência do rápido estu-
do de situação do Cmt GC.
3.12.6 TIPOS DE MANOBRA DO GC
- Existem dois tipos de manobras para as quais o GC deve estar adestrado e

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apto a realizar em qualquer situação:
a) Manobra de Flanco; e
b) Manobra Frontal.
3.12.6.1 Manobra de Flanco

Fig 27 - Todo GC em manobra de flanco e em manobra de esquadra pelo flanco

a) Nesse tipo de manobra o Cmt GC poderá atuar com todo o grupo ou com
apenas uma esquadra sobre um dos flancos do inimigo.
b) Para atuar como um todo é conveniente que não tenha sido percebido pelo
inimigo. Dessa forma, deslocar-se-á para atingir com todo o efetivo de seu grupo
um dos flancos do inimigo, que é, geralmente, a porção mais fraca daquele.
c) Caso o inimigo tenha localizado a posição do GC permanecerá uma esquadra
realizando base de fogos e cobrindo a progressão da outra, que incidirá em um
dos flancos do inimigo.
3.12.6.2 Manobra Frontal
a) Esse tipo de manobra deve ser evitado ou então ser empregado somente
quando o inimigo for muito fraco ou o terreno permitir.
b) O GC progredirá por lanços, utilizando criteriosamente o terreno e fazendo o
máximo emprego do fogo e movimento até que tenha condições de eliminar a
resistência inimiga.
c) Apresenta como desvantagens o alto consumo de munição e a possibilidade
de grande número de baixas.

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Fig 28 - GC em manobra frontal

3.13 CONDUTA DO GC
3.13.1 NA OFENSIVA
a) Durante as ações ofensivas normalmente o GC atuará enquadrado como par-
te integrante de um pelotão. Nessas condições, o grupo irá atuar de acordo com
o dispositivo do pelotão.
b) Quando atuando de forma isolada, durante uma patrulha ou como GC ponta,
o GC pode realizar um ataque frontal, empregando o fogo e o movimento, ou
realizando uma das manobras do GC.
3.13.2 NO ASSALTO
3.13.2.1 O GC progredirá dentro da formação adequada até o mais próximo
possível do inimigo, utilizando o fogo e movimento.
3.13.2.2 O assalto será desencadeado assim que for alcançada a superioridade
de fogos local sobre o inimigo. A formação mais adequada para o assalto é a
formação em linha.

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3.13.2.3 Os homens avançam todo o tempo utilizando o terreno, aproveitando os
abrigos existentes, sem se expor desnecessariamente.
3.13.2.4 É grande o risco de desorganização neste momento, exigindo
rápida e agressiva ação de comando do Cmt GC, impulsionando e controlando
o grupo.
3.13.2.5 As armas serão conduzidas o tempo todo em posição de emprego ime-
diato e em condições de tiro. Os disparos apenas ocorrerão contra alvos identifi-
cados, evitando- se desperdício de munição com tiros a esmo.
3.13.2.6 Os homens devem realizar o controle da quantidade de tiros da-
dos. No momento de efetuar a troca de carregador abrigar-se-ão para efetuá-la.
3.13.2.7 Após ultrapassar a linha do objetivo, os homens iniciam imediatamente
os trabalhos de consolidação, que constam de reajuste do dispositivo, prepara-
ção de abrigos para homem deitado, divisão de setores de tiro e vasculhamento
das posições inimigas.
3.13.2.8 Mediante ordem, ocorre a reorganização. As atividades de reorgani-
zação consistem em redistribuição da munição, atendimento a feridos, consumo
de ração, e evacuação das baixas e prisioneiros de guerra (PG). A conduta com
os PG será definida pelo comandante de pelotão, de acordo com a ordem de
operações passada pelo comandante de companhia.
3.13.2.9 As atividades de consolidação têm prioridade sobre as atividades
de reorganização, e podem ocorrer simultaneamente, de acordo com a situação.
3.13.2.10 Durante o assalto o Cmt do GC raramente atira, porém se posiciona a
uma distância próxima das esquadras para assegurar a continuidade de fogos e
manter os GC em linha.
3.13.2.11 Durante o assalto o Cmt do GC deve garantir que os fogos de assalto
sejam os mais violentos e densos possível. Procurando não só destruir o inimigo
na posição bem como obter uma vantagem psicológica ao abalar a moral do
inimigo dentro da posição defensiva.
- Para que isto ocorra durante a realização dos fogos de assalto, os integrantes
devem realizar um disparo a cada dois ou três passos dados mantendo o fogo
na direção do avanço e visando as possíveis posições do inimigo no terreno
(pequenas dobras, tocas e pequenas cobertas e abrigos).
3.13.2.12 O grupo não se detém na orla anterior do objetivo e deve progredir até
a orla posterior do objetivo ou até a linha limite de progressão.
3.13.2.13 Além do emprego dos fuzis, as granadas de mão e o lançador de gra-
nadas são usados para cegar e destruir núcleos de resistência, localizados na
direção de progressão.

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3.13.3 NA TRANSPOSIÇÃO DE ZONAS BATIDAS POR FOGOS LONGÍNQUOS
- Quando o inimigo bate o terreno com fogos longínquos sejam fogos diretos
ou indiretos. O GC dispersa-se e lança-se através da zona batida por fogos,
transpondo-a na forma mais rápida possível.
3.13.4 NA DEFENSIVA
3.13.4.1 Na defensiva o Cmt do GC deve escolher a posição de seus homens
priorizando o posicionamento das Mtr L do GC.
3.13.4.2 As posições são escolhidas a fim de garantir um recobrimento entre os
setores de tiro e de forma a melhor aproveitar os campos de tiro.
3.13.4.3 De acordo com o tipo de operação defensiva, o comandante pode au-
mentar a distância entre as tocas para realizar um retardamento ou vigilância.
3.13.4.4 Durante a construção da posição deve-se buscar o máximo de
ocultação possível. As medidas a seguir podem ser tomadas para facilitar
essa ocultação:
a) permanecer na sombra sempre que possível;
b) utilizar galhos e folhas para modificar as silhuetas dos homens, armas e
equipamentos;
c) modificar o colorido das superfícies dando-lhes as tonalidades do ambiente;
d) ocultar objetos claros e brilhantes.
e) ocultar a terra retirada nos trabalhos de construção de tocas e espaldões;
f) modificar o contorno das tocas e espaldões, camuflando-os com meios natu-
rais;
g) estabelecer uma disciplina de disfarce para assegurar que as posições per-
manecem ocultas, principalmente com as seguintes considerações:
1) utilizar, se possível, caminhos, trilhas e estradas existentes. Caso seja ne-
cessário movimentar-se pelo campo, deve-se atentar para eliminar ou disfarçar
os vestígios desse movimento;
2) a terra fresca e os refugos devem ser enterrados ou escondidos. É neces-
sária uma fiscalização para que os refugos como, por exemplo, os restos de
ração não denunciem a localização da posição; e
3) os aspectos gerais do terreno devem ser modificados o mínimo possível.
3.13.4.5 Para a organização da posição defensiva o Cmt do GC conduz seus
homens até a posição. Os atiradores da esquadra são posicionados provisoria-
mente para bater o setor de tiro designado para todo o GC, e junto aos mesmos
é colocado um vigia. Antes dos inícios dos trabalhos de organização, o Cmt
determina que cada homem se deite no local onde serão construídas as tocas e
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verifica os campos de observação e de tiro que cada toca oferece. Esse trabalho
permite identificar se nos limites dos setores de tiro há o recobrimento de fogos
e a existência de algum ângulo morto. Após essa verificação, são iniciados os
trabalhos na seguinte sequência:
a) limpeza dos campos de tiro;
b) localização do suprimento inicial de munição e escolha dos itinerários de res-
suprimento;
c) preparação dos roteiros de tiro, incluindo a avaliação de distância aos pontos
importantes no terreno e possíveis pontos de referência de alvo (PRA);
d) escolha e preparação da posição principal;
e) escolha e preparação das posições de muda e suplementar;
f) inspeção da posição para verificar de perto se a posição se acha coberta e
abrigada da observação terrestre e aérea; e
g) preparação dos roteiros do GC, em duas vias, mostrando as medidas de co-
ordenação e controle empregadas sendo uma via enviado ao Cmt do Pel e outra
ficando de posse do Cmt do GC.
3.13.4.6 Os fogos defensivos serão realizados de acordo com o processo
de engajamento, as distâncias e alcance dos armamentos. O início dos tiros das
armas do GC é desencadeado quando o inimigo atinge a distância de alcance
útil das armas, em torno de 600 m ou atinja determinado acidente no terreno ou
medida de coordenação e controle (linha de acionamento). Isso permite obter o
máximo de surpresa e evita a revelação prematura da posição defensiva.
- Durante os fogos de preparação do inimigo. O GC se abriga dentro das posi-
ções.
3.13.4.7 Na defensiva, a principal atribuição do Cmt do GC é controlar o tiro de
sua fração. Somente para a defesa aproximada que ele toma parte no combate
pelo fogo. Enquanto os Cmt de esquadra realizam fogos e controlam os fogos
da esquadra.
3.13.4.8 O controle do regime de tiro do GC vai aumentar a medida que o inimigo
se aproxima da nossa posição com a finalidade de causar o máximo de baixas
e deter o ataque antes que ele chegue à posição. Se o inimigo lançar o assalto
e penetrar na posição, deverá ser repelido pelo fogo, granadas e combate a
baioneta.
3.13.4.9 Caso o inimigo avance apoiado por elementos blindados, o principal
objetivo dos fogos do GC, exceto os Atiradores de Lç Roj, é abater a tropa a pé
ou homens expostos das escotilhas das viaturas. Enquanto os atiradores de Lç
Roj realizam fogos contra as viaturas blindadas.

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3.13.4.10 Caso o inimigo avance somente com o emprego de viaturas blindadas
os fogos do GC deverão procurar engajar as partes sensíveis das viaturas pro-
curando degradar, ao máximo, o poder de combate. Devem realizar os fogos até
que sejam forçados a se abrigarem para fugir do esmagamento, retornando às
posições de tiro logo após a ultrapassagem dos carros e abrindo fogo contra a
tropa que se aproxima. Deve-se atentar para o caso de o assalto da infantaria
inimiga ser realizado após a posição defensiva, obrigando realizar os tiros no
interior da posição. Todo o esforço deve ser realizado para separar a infantaria
das viaturas blindadas.
3.13.4.11 Os Cmt GC buscam manter um regime de tiro garantindo que se man-
tenha a continuidade dos fogos de modo que os integrantes dentro das tocas
não estejam recarregando as armas ao mesmo tempo. Ao controlar e distribuir
os fogos, deve considerar:
a) o alcance das armas para engajar o inimigo;
b) designar os alvos prioritários procurando elencar em que disparar, quando
disparar e por quê;
c) engajar os alvos mais próximos e mais perigoso;
d) engajar do alvo mais furtivo para o menos furtivo;
e) mudar a direção dos fogos de acordo o planejamento do Pel ou de acordo
com a situação;
f) engajar a tropa a pé inimiga com fogos rasantes não mais do que 1 me-
tro (aproximadamente à altura da cintura) acima do solo. Ao atirar em terreno
nivelado ou uniformemente inclinado, pode-se obter um máximo de 600 m de
rasância; e
g) empregar o Lç Roj para engajar os flancos dos veículos inimigos.
3.13.4.12 Quando o inimigo se aproxima da linha de proteção final (LPF) o Cmt
GC deve, de acordo com o planejamento do Cmt Pel, iniciar os fogos de prote-
ção final realizando as ações.
a) As metralhadoras e as armas automáticas disparam na direção principal de
tiro ou LPF de acordo o planejamento. Elas fornecem um alto volume de fogo
preciso e letal contra as tropas a pé, causam um efeito limitado contra veícu-
los levemente blindados e fazem com que as guarnições das viaturas abertas
operem com eficácia reduzida. As metralhadoras são posicionadas de forma a
concentrar os fogos aonde pretendem destruir o inimigo, bater toda a frente do
pelotão, bater os obstáculos de proteção final e apoio as frações adjacentes.
b) O Lançador de granada é a arma de fogo indireto do Cmt GC. Ele a posiciona
para cobrir os ângulos mortos no setor do GC, especialmente os ângulos não
batidos pelas metralhadoras e ainda contra as tentativas inimigas de ultrapassar

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os obstáculos de proteção final. Também é atribuído um setor de tiro para ser
batido com fogos de fuzil. As granadas alto explosivas e de duplo propósito são
eficazes contra veículos levemente blindados.
c) o emprego das granadas de mão será realizado de acordo com a aproximação
do inimigo.
d) Todos os integrantes do GC deverão saber a direção principal de tiro. É uma
direção designada para cobrir uma área que forneça bons campos de tiro ou te-
nha uma via provável de aproximação. Ela também é usada para garantir apoio
mútuo a uma unidade adjacente.
e) Cada arma recebe um setor primário e secundário de tiro. Os setores de tiro
devem sobrepor-se uns aos outros e aos dos pelotões adjacentes.
f) Se necessário, o Cmt GC pode solicitar apoio de fogo indireto de acordo com
o planejamento de fogos do Cmt Pel.
3.13.4.13 O GC continuará a defender até que o inimigo seja repelido, ou seja
ordenado o seu retraimento.
3.13.4.14 A segurança deve ser mantida durante todas as ações defensivas com
o emprego de vigias e postos de escuta de acordo com o planejamento do Cmt
do Pel.
3.13.4.15 Os postos de vigia têm como finalidade dar o alerta oportuno em tem-
po útil. Estes postos ficam localizados no interior ou fora da posição de forma
a permitir o máximo de observação sobre as vias de acesso, oferecer coberta
e abrigos e possuir itinerário de retraimento. Os elementos de vigia não se en-
gajam em combate aproximado e deve estar munido de meios para alertar a
aproximação do inimigo.
3.13.4.16 Os postos de escuta também podem ser empregados quando a visibili-
dade for reduzida para alertar a tropa, em tempo oportuno, sobre a aproximação
do inimigo. Os elementos do posto de escuta devem ser substituídos com frequ-
ência para evitar que o cansaço diminua a eficiência do sistema de alerta, caso
não sejam possíveis, os postos podem ser ocupados em duplas permanecendo
ambos acordados para evitar surpresas.
3.13.4.17 O GC quando estiver compondo o Posto Avançado de Combate (PAC)
pode ter de ocupar postos de vigilância (P Vig) para retardar e desorganizar
inimigo e dar alerta oportuno de sua aproximação. O P Vig pode variar o efetivo
desde um GC até um Pel reforçado com outros elementos. Os P Vig organizam
núcleos de defesa priorizando a observação e os campos de tiro profundos.
Cada P Vig organiza a posição em uma frente que não prejudique o controle.
Caso seja necessário aumentar a frente a ser coberta, deve-se empregar P Vig
e de escuta para áreas passivas. Tão logo apareça um alvo compensador, os P
Vig procuram infligir o máximo de baixa ao inimigo empregando os fogos longín-

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quos. Via de regra, os P Vig, como todo o PAC, retraem antes de se engajarem
decisivamente.
3.13.4.18 Ainda o GC pode atuar realizando patrulhas de ligação entre as po-
sições defensivas, de vigilância para manter a ligação entre esses elementos
fixos. Normalmente essa patrulha pode ser realizada de 2 a 4 homens, sem um
horário fixo e por itinerários diferentes, a fim de evitar que o inimigo descubra o
sistema de patrulhas.
3.13.5 PRIORIDADE DO TRABALHO NA DEFESA
3.13.5.1 A prioridade do trabalho é uma lista de tarefas que o Cmt usa para con-
trolar o que é feito por quem e em que ordem na preparação da defesa. Essas
tarefas são normalmente determinadas pelo Cmt Pel.
3.13.5.2 O Cmt ajusta a prioridade do trabalho com base na consideração dos
fatores da decisão e na intenção do comandante. A prioridade normal do trabalho
é:
a) estabelecer segurança. No mínimo, cada GC deve ter um PV/PE à frente;
b) posicionar as metralhadoras das esquadras e atribuir setores de tiro;
c) verificar a posição de cada integrante do GC e atribuir setores de tiro;
d) estabelecer comunicações e sinal de alerta;
e) coordenar com os GC adjacentes. Cada GC coordena com o GC à esquerda
garantindo que todos os setores de fogo estão interligados e todos ângulos mor-
tos são batidos por fogos indiretos;
f) limpar campos de tiro. Cada posição limpa os setores de fogo;
g) preparar os roteiros das metralhadoras do GC. Cada metralhadora prepara
duas vias, sendo uma repassada ao Cmt GC;
h) preparar esboços e roteiro de tiro do GC. São preparadas duas vias e uma via
é enviada ao Cmt Pel. No mínimo, o esboço deve incluir:
1) os acidentes capitais do terreno dentro do setor do GC;
2) a posição individual de combate e os setores de tiro principais e secundá-
rios;
3) as posições das metralhadoras e a direção principal de tiro, linhas de
engajamento e de proteção final e outras medidas de controle de fogos;
4) a posição do Cmt GC, dos PE/PV e itinerário das patrulhas; e
5) a posição dos ângulos mortos, obstáculos e pontos de referência de alvos
dentro de seu setor.
i) preparar as posições de combate (construção das tocas);

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j) lançar minas e obstáculos;
k) estabelecer medidas de controle de fogos;
l) atribuir posições alternativas e suplementares;
m) melhorar posições de combate;
n) preparar posições alternativas e suplementares;
o) estabelecer um plano de descanso;
p) ensaiar o movimento de posições primárias para alternativas e suple-
mentares, engajamento de acordo com o planejamento de fogos, evacuação de
baixas; e
q) preparar os cachês adicionais de munições de acordo com o planejamento.
3.13.5.3 Conforme o tempo permitir, as posições serão continuamente melho-
radas.

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CAPÍTULO IV
O GRUPO DE COMBATE MECANIZADO

4.1 GENERALIDADES
4.1.1 O Grupo de Combate Mecanizado (GC) é orgânico do Pelotão de Fuzi-
leiros, da Companhia de Fuzileiros dos Batalhões de Infantaria Mecanizado e
ainda do Pelotão de Cavalaria Mecanizada.
4.1.2 O GC Mec tem a organização semelhante ao GC Mtz, Leve e Pqdt, sendo
acrescido de uma guarnição de viatura blindada.
4.1.3 A guarnição das VBTP (Gu VBTP) é formada pelo Cmt da VBTP, função
acumulativa com o Cmt do GC, Cb/Sd Atdr e Cb Mot. Esses militares possuem
treinamentos específicos para operarem todos os sistemas da VBTP.
- O GC Mec é dotado de uma VBTP de dotação das OM Mec, podendo atuar de
forma embarcada (elementos embarcados) ou desembarcada. Quando desem-
barcado, aplica os mesmos princípios preconizados para o GC Mtz, L e Pqdt com
o acréscimo da mobilidade, proteção blindada e apoio de fogo proporcionado
pelo armamento e por sua viatura orgânica.
4.1.4 O GC é comandado por um 3º Sgt e organizado em duas esquadras.
4.1.5 ALÉM DAS CARACTERÍSTICAS COMUM AO GC MTZ, LEVE E PQDT O
GC MEC AINDA POSSUI AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:
4.1.5.1 Mobilidade
- Resultante da velocidade em estrada, da possibilidade de deslocamento atra-
vés campo, da capacidade de transposição de obstáculos e do raio de ação das
viaturas.
4.1.5.2 Poder de fogo
- Assegurada pelo seu armamento orgânico, as armas automáticas (metralhado-
ras pesadas), complementado com emprego do Sistema de Armas Remotamen-
te Controlado (SARC).
4.1.5.3 Proteção blindada
- Proporcionada pela blindagem, em grau relativo, das viaturas que resguardam
as guarnições contra os tiros de armas portáteis, minas terrestres, fragmentos de
granadas de morteiros e de artilharia.
4.1.5.4 Sistema de comunicações amplo e flexível
- Proporcionado particularmente pelos meios de comunicações de que é dotado,
que asseguram ligações rápidas e flexíveis com o escalão superior e com os

4-1
EB70-CI-11.440
elementos subordinados.
4.1.5.5 Flexibilidade
- Decorre da sua instrução peculiar, da sua estrutura organizacional e das ca-
racterísticas de seu material que lhe permitem operar embarcado ou desembar-
cado.
4.1.5.6 Letalidade
- Traduzida como a aptidão de destruição física fundamentada nas capacidades
militares terrestres. O GC pode combinar os efeitos dos fogos de seus GC e dos
fogos diretos das VBTP.
4.1.5.7 Sobrevivência
- A capacidade de sobrevivência da VBTP será obtida por meio de da operação
plena aliada às táticas, técnicas e procedimentos (TTP). As TTP devem incre-
mentar a capacidade de inteligência, reconhecimento, vigilância e de aquisição
de alvos aliado ao rápido processamento e difusão de informações e o correto
emprego do sistema de armas.
4.1.5.8 Sustentabilidade
- O GC pode operar por até 72 horas sem ressuprimento. Essa capacidade é
obtida pela dotação de suprimentos Classe (Cl) I, III e V acomodados na VBTP.
Visando as melhores condições de manutenção do meio (VBTP-MR) e o des-
canso do motorista, o pelotão normalmente poderá operar até 16 horas por dia.
4.1.5.9 Combate noturno ou em visibilidade reduzida
- Os Equipamentos de Visão Noturna (EVN), de dotação do GC, ampliam a
capacidade desse para realizar a vigilância, aquisição de alvos e reforçar o co-
mando e controle no período noturno. O EVN do motorista aliado à capacidade
de optrônica do sistema de armas permitem uma mobilidade em situações de
escuridão total, em todas as condições meteorológicas e em ambientes de visi-
bilidade reduzida.
4.1.6 ATUANDO COMO SEGURANÇA APROXIMADA
4.1.6.1 O GC Mec orgânico das tropas de cavalaria mecanizada possui também
a finalidade de realizar a segurança aproximada da Seção de Viatura Blindada
de Reconhecimento (Seç VBR ) do Pel C Mec.
4.1.6.2 Tal missão advém das limitações encontradas pela Seç VBR quanto à
realização de fogos a uma pequena distância, menos de 200 m.
4.1.6.3 Quando atuando juntos, VBR e GC, o binômio Carro de Combate (CC) e
Fuzileiros Blindados (Fuz Bld), potencializam suas possibilidades e minimizam
suas limitações, a Seç VBR proporciona ao Grupo de Combate maior poder de
fogo, enquanto, o GC proporciona à Seç VBR maior poder de combate aproxi-
mado.

4-2
EB70-CI-11.440
4.1.7 O GC MEC POSSUI AS SEGUINTES POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES:
a) participar de operações que exijam mobilidade tática, relativo poder de fogo,
proteção blindada e ação de choque;
b) participar de operações no amplo espectro, englobando as Operações Ofen-
sivas, Defensivas e de Cooperação e Coordenação com Agências;
c) executar, quando desembarcado, operações terrestres sob quaisquer condi-
ções meteorológicas e terreno restritivo para a Viatura Blindada (VB);
d) realizar contra-ataques;
e) operar em condições de visibilidade reduzida ou sob condições meteorológi-
cas adversas;
f) dispersar-se amplamente e reunir-se rapidamente quando embarcado;
g) integrar uma reserva móvel do escalão superior;
h) realizar transposição imediata de curso de água;
i) eliminar ou neutralizar tropa a pé e VB leves empregando o sistema de armas.
Além disso, pode ainda, pelo volume de fogo, degradar viaturas com maior pro-
teção blindada;
j) conquistar e manter o terreno;
k) combater com a tropa desmembrada em elementos desembarcados e ele-
mentos embarcados;
l) estabelecer pontos fortes para negar a posse ao Ini de determinada faixa do
terreno;
m) participar de operações de junção;
n) realizar tiros seletivos para eliminar ou neutralizar alvos compensadores, em
distâncias de até 500 m por meio de emprego dos atiradores de precisão do GC;
e
o) designar alvos para Viaturas Blindadas em apoio ou reforço.
4.1.8 O GC MEC APRESENTA AS SEGUINTES LIMITAÇÕES:
a) vulnerabilidade a ataques aéreos e armamento anticarro;
b) vulnerabilidade a minas anticarro, dispositivos explosivos improvisados e obs-
táculos naturais e artificiais;
c) limitada mobilidade fora de estrada, principalmente em terrenos montanhosos,
arenosos, pedregosos, cobertos e pantanosos;
d) vulnerabilidade a condições meteorológicas adversas, que reduzam a sua
mobilidade;

4-3
EB70-CI-11.440
e) necessidade de volumoso apoio logístico, particularmente dos suprimentos
de Cl III, V e IX;
f) reduzida velocidade de progressão quando desembarcado;
g) necessidade de rede rodoviária para apoio; e
h) manutenção permanente requerida pelo material.
4.1.9 O GC MEC PODE SER EMPREGADO COMO PARTE DE UM PEL INF
MEC, PEL C MEC OU INTEGRANDO UMA FORÇA-TAREFA (FT). DEVIDO ÀS
SUAS CARACTERÍSTICAS, AS AÇÕES PERMITEM:
4.1.9.1 Mover-se para uma posição de vantagem contra um Ini desprevenido.
4.1.9.2 Empregar fogos diretos e indiretos de forma rápida e seletiva.
4.1.9.3 Mover-se rapidamente e desembarcar para conquista e manutenção de
objetivos e eliminar o Ini.
4.1.9.4 Realizar as seguintes ações táticas:
a) Consolidar (limpar) uma área fixada, removendo e eliminando toda a
resistência inimiga, não requerendo a remoção completa do Ini, e ficando em
condições de prosseguir na missão;
b) assaltar uma posição defensiva;
c) participar de uma demonstração de força;
d) manter o terreno livre de ocupação inimiga. Geralmente é atribuída uma du-
ração, seja por fator do tempo ou por eventos. O GC assume o risco de engajar-
-se decisivamente. Não é necessária a presença física sobre a posição, sendo
admitida apenas a influência física (sistema de armas);
e) controlar o terreno mantendo a influência física sobre uma área específica
para evitar seu uso pelo inimigo ou para criar condições necessárias para outra
missão. Resulta da ocupação física ou da ação dos sistemas de armas;
f) seguir e assumir uma ação principalmente quando a fração que realizava a
ação perdeu a impulsão;
g) seguir e apoiar uma fração que realiza uma ação;
h) ligar-se com elementos de frações amigas;
i) ocupar determinada área (sem ação inimiga), controlando-a;
j) capturar uma área com a utilização da força;
k) apoiar pelo fogo direto a ação de outra fração, ocupando uma posição que
possa enfrentar o Ini;
l) proteger uma unidade, instalação ou área contra ação do Ini;

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EB70-CI-11.440
m) retardar trocando espaço por tempo, desgastando e diminuindo a impulsão
do Ini, buscando não se engajar decisivamente, sem perder o contato;
n) detectar campos de minas;
o) abrir brechas em campos de minas;
p) realizar ataque embarcado ou desembarcado;
q) realizar patrulhamento a pé e mecanizado;
r) mobiliar PBCE, PBCVU e checkpoints;
s) ocupar um ponto forte; e
t) realizar pequenas ações de reconhecimento.
4.1.9.5 Durante as operações, a VBTP fornece apoio mútuo e proteção na exe-
cução de suas missões.
- Os soldados do GC garantem a segurança da VBTP quando parada, e a VBTP
proporciona mobilidade, proteção e uma base de fogos para o assalto dos fuzi-
leiros.
4.1.9.6 Quando em contato com o Ini, o GC Mec pode combater embar-
cado ou desembarcado de acordo com a situação tática. Para isso, pode utilizar
os fogos diretos e indiretos disponíveis e estabelecer uma base de fogos com as
esquadras e VBTP.
- Sempre que o exame de situação permitir, o GC deve atacar os pontos fracos
do Ini, o flanco e a retaguarda, e evitando atacá-lo frontalmente.
4.1.9.7 Os comandantes devem considerar o seguinte, em emprego tático
a) Os grupos em contato devem estabelecer um eficaz fogo supressivo para ga-
nhar superioridade de fogo antes de se movimentar para o flanco inimigo.
b) Se o GC não pode se mover sob os próprios fogos, o comandante deve soli-
citar apoio de fogo do Pel.
c) O GC deve obter superioridade de fogo e, em seguida, mover-se contra o
flanco da posição do inimigo.
d) Para ganhar a supressão imediata, as VBTP devem suprimir o inimigo, mover-
-se para um local de desembarque, se forem engajados em campo aberto, os
GC desembarcados constituirão uma base de fogos com o armamento orgânico.
O Cmt GC determina se o GC deve assaltar, fixar, fixar e apoiar ou desengajar.
4.1.9.8 O GC Mec combate como um todo de maneira organizada, podendo
atuar com elementos embarcados e desembarcados. O GC Mec poderá ser
empregado das seguintes formas:
a) GC embarcado:

4-5
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- Sempre que for possível, deverá ser a forma empregada, por oferecer as
características principais de uma tropa mecanizada, como proteção blindada,
mobilidade, ação de choque e relativo poder de fogo.
b) GC desembarcado com acompanhamento das VBTP:
- Esta forma deverá ser utilizada em situações especiais, quando a vulnera-
bilidade das VBTP for alta, como localidades, matas densas e passagens obri-
gatórias.
c) GC desembarcado como apoio das VBTP-MR:
- Deverá ser empregada durante operações ofensivas, quando o inimigo esti-
ver empregando Armto AC em grande quantidade ou houver grande vulnerabili-
dade às VBTP devido ao terreno ou possibilidades do inimigo. É quando a VBTP
é empregada como uma arma de apoio.
4.1.9.9 Durante o combate embarcado, o Cmt GC coordena o movimento da
VBTP. Quando o GC desembarca, o Atirador da VBTP assume o comando da
Vtr, passando a manobrar em apoio aos elementos desembarcados, conforme
diretrizes do Cmt GC/Pel.
4.1.9.10 Uma vez desembarcado, o GC Mec passa a empregar a maneabilidade
a pé usando as mesmas formações (coluna, linha ou cunha) e as técnicas de
movimento (contínua, alternada e protegida) de acordo com a situação tática.

ORGANIZAÇÃO

GC das OM Inf Mec GC das OM C Mec

COMPOSIÇÃO REPRESENTAÇÃO

3º Sgt Cmt (também é o Cmt da VBTP)

Tab 10 - Organograma e composição do Grupo de Combate Mec

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Cb Cmt 1ª Esquadra

Sd 1º Esclarecedor e Granadeiro (Lç Gr)

1ª Esquadra

Sd 2º Esclarecedor e Atirador de Precisão do GC

Sd Atirador de Metralhadora Leve da 1ª Esquadra

Cb Cmt 2ª Esquadra

Sd 3º Esclarecedor e Granadeiro

2ª Esquadra

Sd 4º Esclarecedor e Atirador de Lç Rj e Atdr Prcs GC*

Sd Atirador Metralhadora Leve da 2ª Esquadra

Cb Mot VBTP
Guarnição
da VBTP
Cb/Sd At VBTP (SARC)

* O E2 será o Atirador de Precisão do GC, podendo usar o Lç Roj de acordo com a situação.
* O E4 será o Atirador de Lç Roj, podendo atuar como Atirador de Precisão do GC de acordo com
a situação.

Tab 10 - Organograma e composição do Grupo de Combate Mec (continuação)

4.2 FUNÇÕES
4.2.1 Como comandante da VBTP, o Cmt do GC é responsável pelo emprego
total da VBTP e do armamento. O motorista opera a viatura durante todas as
condições, dia ou noite. Em direção à zona de ação, o motorista maneja o veícu-
lo através de todo o terreno e obstáculos para transportar com segurança a tropa
embarcada para o ponto de desembarque no campo de batalha.

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4.2.2 A guarnição da VBTP pode empregar o armamento para complementar a
base de fogo. Esses fogos diretos podem assegurar a liberdade de manobra do
GC para cerrar e destruir o inimigo. Esses fogos também podem fornecer apoio
de preciso contra tropa inimiga, bunkers ou posições e destruir a infantaria ini-
miga durante o dia, à noite ou nas condições de visibilidade limitada (fumaça,
neblina, nevoeiro...).
4.2.3 O GC e as VBTP fornecem proteção mútua durante a execução das mis-
sões. Os elementos desembarcados fornecem segurança para a VBTP, e a via-
tura fornece mobilidade, proteção e uma base de fogos para o ataque.
4.2.4 Ao atuar com elementos desembarcados, o elemento embarcado integrará
a manobra do GC e/ou Pel com base nos fatores da decisão.
4.2.5 Elemento embarcado: a VBTP, ao mover-se, geralmente se deslocará ou
ocupará uma posição de apoio de fogo para apoiar as manobras do elemento
desembarcado ou realizará uma manobra embarcada.
4.2.6 Cada VBTP-MR é guarnecida pelo At e Mot. A Gu é responsável pela segu-
rança da VBTP-MR quando o GC se encontra desembarcado.
4.2.7 Para melhorar a orientação e a busca de alvos pela guarnição da VBTP
é necessário que o posto do At esteja sempre guarnecido, pois os instrumentos
ópticos garantem melhores condições para desempenho das tarefas supracita-
das do que as escotilhas do Mot e Cmt.
4.2.8 OS GC AO ATUAREM COMO ELEMENTO DESEMBARCADO DEVEM
4.2.8.1 Atuar levantando alvos para as armas de apoio da viatura e posicionan-
do-a no terreno para melhor aproveitar as possibilidades.
4.2.8.2 Após o desembarque, os fuzileiros apoiam e são apoiados pela VBTP.
Normalmente os elementos desembarcados serão comandados pelo Cmt GC, e
os elementos embarcados comandados pelo Atirador da VBTP ou, eventualmen-
te, por um Cmt Esquadra caso permaneça embarcado.
Obs: os fuzileiros são responsáveis pela utilização dos meios de apoio da VBTP
tanto desembarcados quanto embarcados.
4.2.9 AS ATRIBUIÇÕES DO SARGENTO COMANDANTE DO GRUPO DE
COMBATE MECANIZADO SÃO SEMELHANTES ÀS DO COMANDANTE DE
GRUPO DE COMBATE MTZ, L E PQDT:
a) Comandar o GC, emitindo os comandos necessários e oportunos que o con-
duzam ao cumprimento da missão.
b) Empregar e controlar o GC, conduzindo o tiro e a manobra da fração.
c) Impulsionar as esquadras na ofensiva.
d) Selecionar as posições dos homens na defensiva.

4-8
EB70-CI-11.440
e) Supervisionar as atividades de manutenção do grupo.
f) Conduzir os tiros de artilharia e morteiros na zona de ação em que atua, quan-
do for necessário.
g) Coordenar as atividades de manutenção do GC para que esteja em condições
de emprego.
h) Designar objetivos.
i) Designar alvos para os At L Roj AT-4 de acordo com estudo de situação.
j) Distribuir setores de tiro e observação para os comandantes das esquadras.
k) Ser responsável pela orientação e navegação do GC.
l) Ser o responsável pela instrução, disciplina, controle, emprego tático, ades-
tramento e bem-estar de seus comandados para obtenção e manutenção das
capacidades necessárias ao combate, mantendo elementos em condições de
realizar o rodizio de funções.
m) Ser o responsável pelas comunicações do GC com o pelotão, informando os
reportes quando necessários.
n) Confeccionar a documentação referente à fração.
o) Checar a entendimento das missões recebidas através das ordens e briefings.
p) Gerenciar as atividades logísticas do GC, informando ao comandante as ne-
cessidades de logísticas.
q) Como comandante, dar o bom exemplo aos integrantes do Grupo.
r) Controlar o regime de tiro e distribuição de fogos de acordo com o planejamen-
to de fogos direto do pelotão.
s) Manter a responsabilidade sobre os soldados e equipamentos.
t) Inspecionar a condição de soldados armas, roupas e equipamentos.
4.2.9.1 Entretanto, também são acrescidas as seguintes atribuições para o
desempenho da função de Comandante da VBTP
a) O Cmt GC também desempenha a função de Cmt da VBTP-MR, quando
embarcado. O Cmt VBTP é uma função essencial para o correto emprego da
Viatura Blindada e aproveitamento máximo de todas as potencialidades como
uma plataforma de combate. Os Cmt GC são os comandantes de suas VBTP-
-MR podendo delegar essa função ao desembarcar.
b) Quando embarcado, auxilia o motorista na navegação da viatura e o atirador
na busca de alvos.
c) Opera o sistema de comando e controla (rádio ou GCB) da VBTP, podendo
delegar essa atribuição a outro militar.
4-9
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d) Realiza observação do campo de batalha, busca de alvos e comandos de tiro.
e) É o principal responsável pelo controle da manutenção dos sistemas de armas
e da VBTP.
f) Quando embarcado ocupa preferencialmente a estação do Cmt do carro, po-
dendo ainda ocupar a estação do atirador ou o assento mais próximo à escotilha
de desembarque.
g) Conduzir sua VBTP-MR, designando itinerários, locais de parada e de desem-
barque.
h) Distribuir os setores de tiro e observação para o para o atirador da VBTP-MR
e para os comandantes de esquadra.
i) É o responsável pelas comunicações do GC com o pelotão.
j) Designar os militares necessários para realizar o balizamento da VBTP-MR
por ocasião da condução em locais de espaço restrito.
k) Conduzir os tiros de artilharia e morteiros na zona de ação em que atuar,
quando for necessário.
l) Confeccionar a documentação referente à fração.
4.2.10 AS ATRIBUIÇÕES DO CABO COMANDANTE DE ESQUADRA DO GRU-
PO DE COMBATE MECANIZADO SÃO SEMELHANTES ÀS DO CB CMT ESQ
DE GC MTZ, L E PQDT, ACRESCIDAS DAS SEGUINTES ATRIBUIÇÕES
a) Orientar a esquadra na observação e engajamento de alvos inimigos no setor
de responsabilidade, quando operando embarcado com escotilhas abertas.
b) O Cb Cmt Esq que ocupar o assento mais próximo à rampa deve verificar se
existe algum objeto ou até mesmo parte do corpo de algum integrante do GC
que interfira no fechamento ou abertura da rampa, para evitar danos ao pessoal
e/ou ao material.
c) Em caso de emergência deve estar em condições de conduzir a VBTP-MR
para uma posição segura.
d) Eventualmente, conforme ordem do Cmt Pel, poderá assumir a função de
Cmt VBTP-MR quando o GC estiver desembarcado, desde que seja habilitado
a operar a viatura.
4.2.11 ATRIBUIÇÕES DO CABO MOTORISTA
a) Conduzir a VBTP sob orientação dos Cmt VBTP quando esses estiverem em-
barcados auxiliando na navegação e observando o terreno.
b) Conhecer todas as possibilidades e limitações da viatura em relação a obstá-
culos naturais e artificiais com os quais pode se deparar.
c) Durante a progressão embarcada, deve conhecer as principais técnicas de
4-10
EB70-CI-11.440
progressão visando a segurança dos elementos embarcados e da própria VBTP.
d) Também auxiliar na detecção de ameaças e alvos compensadores, bem como
nos locais de onde provém disparos contra a tropa.
e) Dirigir a VBTP sob o controle do Cmt da VBTP.
f) Ser o responsável pelo acondicionamento e apronto do material da VBTP.
g) Seguir os procedimentos de condução de acordo com o terreno e tenta
selecionar posições de desenfiamento.
h) Também auxiliar na detecção de alvos e observando disparos.
i) Auxiliar na navegação através do monitoramento leituras de hodômetro e
observando terreno.
j) Ser o responsável principal pela execução da manutenção do operador (1º
Esc) da VBTP.
k) Executar a manutenção do chassi e trens de rolamento de responsabilida-
de do usuário (1º Escalão), conforme manual técnico e determinações do Cmt
VBTP;
4.2.12 ATRIBUIÇÕES DO ATIRADOR DA VBTP
a) Operar o sistema de armas da VBTP, sendo o responsável pela busca, de-
tecção, reconhecimento, identificação e engajamento de alvos que sejam poten-
ciais ameaças à VBTP e aos elementos desembarcados.
b) Fazer a busca, detecção e engajamento de fogos sobre alvos sob o comando
do Cmt da VBTP.
c) Estar em condições de apoiar pelo fogo o desembarque do GC e con-
feccionar toda a documentação de tiro.
d) Ser o principal responsável pela manutenção relativa ao operador do sistemas
de armas e também auxiliar o Mot na manutenção da VBTP.
e) Comandar a VBTP quando estiverem embarcados somente ele e o Mot.
f) Auxiliar na navegação da VBTP quando estiverem embarcados somente ele
e o Mot.
g) Fazer a segurança da VBTP quando o GC desembarcar.
h) Manter o contato visual com o GC sempre que possível.

4.3 RODÍZIO DE FUNÇÕES


4.3.1 Os Cb Cmt Esq devem estar em condições de assumir o comando do GC,
de operar o Lç Rj e ainda em caso de emergência de conduzir a VBTP-MR para
uma posição segura.

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4.3.2 O Cb Mot e os 3º esclarecedor devem estar em condições de operar o ar-
mamento da VBTP e o sistema de comando e controle da VBTP.
4.3.3 O Cb At da VBTP deve estar em condições de conduzir a VBTP.
4.3.4 Além dos atiradores e motoristas, todos os integrantes do GC devem
ser habilitados, de forma básica, a dirigir a VBTP-MR e utilizar o armamento
coletivo.
4.3.5 Os Sd Esclarecedores devem estar em condições de assumir o comando
da esquadra e a missão dos Sd Atiradores, operando em boas condições as Mtr
L do GC.
4.3.6 Os Sd Atiradores devem estar em condições de desempenhar as funções
dos Sd Esclarecedores.

4.4 ENUNCIAR FUNÇÕES


4.4.1 O comando de enunciar funções tem a finalidade de verificar se todos os
homens estão presentes e cientes da função que irão desempenhar no exercício
ou ação de combate, bem como verificar eventuais faltas ou baixas na fração. É
empregado nas seguintes situações:
a) antes de um exercício;
b) após movimentos que dispersem o GC;
c) após exercícios ou ações de combate; e
d) após efetuado rodízio de funções.
4.4.2 EXECUÇÃO – ao comando de “GRUPO ATENÇÃO! ENUNCIAR FUN-
ÇÕES!”, cada homem, na sequência mostrada na Tab 10, a partir do Cmt GC
inclusive, tomará a posição de sentido, levantará energicamente o braço direito
com a mão espalmada e voltada para frente e dirá sua graduação e função, em
voz alta. Caso o GC esteja desdobrado no terreno, o militar somente dirá, em
voz alta, a graduação e função, permanecendo na posição em que se encontrar.
É conveniente que o Cmt GC esteja em uma posição que lhe permita observar
toda a fração.
4.4.3 Nos casos em que a guarnição também estiver desembarcada, o cabo
motorista e o soldado atirador da VBTP enunciarão funções nessa ordem logo
após a 2ª esquadra acabar de fazê-lo.

4.5 O GC EMBARCADO
4.5.1 Quando o GC Mec se desloca deve estar permanentemente preparado
para combater de dentro das VBTP com escotilhas abertas. Isso significa que o

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Cmt do GC deve organizar seus homens nas VBTP de forma a serem capazes
de observar e atirar enquanto se deslocam. Para a segurança orgânica dos mi-
litares:
a) todos devem estar com os cintos de cinco pontas afivelados (presos), espe-
cialmente os militares mais próximos da rampa, a fim de evitar que seus cintos
fiquem presos durante o fechamento da VBTP;
b) o militar que estiver na escotilha também deverá estar com o cinto especial
afivelado; e
c) o Cb Cmt Esq que estiver como operador da rampa (ou o militar designado
para isso) deve se certificar de que não há nada que possa ficar preso ou esma-
gado durante o fechamento da rampa.

Fig 29 - Exemplo de ocupação da VBTP GUARANI e URUTU pelos integrantes do GC

4.5.2 Para cada homem deve ser designado um setor de tiro e observação.
4.5.3 Para a observação antiaérea, pode ser escalado um militar para esta mis-
são, entretanto, todos são responsáveis dentro do setor designado.

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4.5.4 Os Cmt GC devem situar-se em uma posição onde possam observar o
deslocamento do seu Pel.
4.5.5 O GC atuará sempre que possível embarcado, aproveitando desta forma
todas as vantagens que a VBTP lhe oferece.
4.5.6 A progressão embarcada possibilita ao GC o uso das capacidades das
VBTP, obtendo assim melhorias consideráveis de observação, identificação e
detecção noturna e diurna, comando e controle e relativa proteção blindada.

Fig 30 - Exemplo de divisão de setores de tiro/observação no Urutu e Guarani (escotilhado)

Fig 31 - Exemplo de divisão de setores de tiro/observação no Urutu e Guarani (escotilha aberta)

4.5.7 Com isso, fornece aos fuzileiros melhores condições de aproximação até
uma posição vantajosa no terreno ou mesmo próxima ao objetivo.
4.5.8 DECISÃO SOBRE A OCUPAÇÃO DAS ESCOTILHAS
a) De acordo com os fatores da decisão, o Cmt poderá dar ordem aos comanda-
dos para ocuparem as escotilhas.

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b) Nessa situação o sistema de armas da VBTP não estará operando na plenitu-
de de suas capacidades.
c) Ao decidir entre abrir ou fechar as escotilhas, o comandante deverá considerar
as seguintes vantagens e desvantagens:

ESCOTILHAS VANTAGENS DESVANTAGENS

1. Maior proteção blindada


para os integrantes da
VBTP.
2. Uso integral das
capacidades do Armamento
da VBTP: 1. Campos de observação
a. visão ampliada diurna e limitados ao do SARC e
noturna, inclusive com visão periscópios do Cmt VBTP e
Fechadas termal; Mot.
b. Tiro estabilizado; 2. Dificuldade no controle das
c. Cálculo de distâncias reais posições das VBTP.
através do telêmetro;
d. Maior capacidade de
detecção, reconhecimento e
identificação de alvos através
dos optrônicos.

1. Maior amplitude na
observação do terreno em até
1. Limitação no emprego
1000 m.
do sistema de armas da VB.
2. Possibilita o maior
Abertas 2. Menor proteção blindada
emprego dos armamentos
para os integrantes da VBTP.
individuais.
3. Maior exposição da VBTP.
3. Melhor observação das
reais posições das VBTP.

Tab 11 - Comparativo entre escotilhas abertas e fechadas

4.5.9 EM ALGUMAS SITUAÇÕES, QUANDO DA NECESSIDADE DE VENCER


RESISTÊNCIAS, OBSTÁCULOS E OUTROS, O GC PODERÁ COMPOR DUAS
EQUIPES
a) Equipe embarcada; e
b) Equipe desembarcada.
4.5.9.1 A equipe embarcada consiste nos homens que atuarão nas viaturas, en-
quanto que a equipe desembarcada atuará em situações que exijam o combate
a pé.
4.5.9.2 Além da Gu da VBTP, outros membros do GC podem ser designados
para a equipe embarcada de acordo com a situação, por exemplo o Cmt do GC

4-15
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pode decidir deixar um At Esqd e um At Lç Roj AT-4 na equipe embarcada. Nes-
sa situação deverá ser designado um Cmt dessa equipe, já que o Cmt do GC,
geralmente, estará com os elementos desembarcados.

4.6 TÉCNICAS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DA VBTP


4.6.1 PRINCÍPIOS GERAIS
4.6.2 A integridade tática entre as esquadras deve ser, dentro do possível, man-
tida, para que o controle seja facilitado ao desembarcar. Cada esquadra ocupa
um lado da VBTP.
4.6.3 O local e a sequência de embarque e desembarque são uma decisão
do comandante da fração conforme o exame de situação, baseado nos fatores
da decisão.
4.6.4 De acordo com a situação tática, para facilitar o controle e a segurança
durante o embarque e o desembarque dos integrantes do GC, os Cmt Esq e os
Sd Atdr poderão ocupar as escotilhas do compartimento da tropa, do lado res-
pectivo de suas esquadras.
4.6.5 O embarque e o desembarque serão feitos pela rampa. No caso da VBTP-
-MR GUARANI a escotilha de emergência da rampa só deve ser empregada em
último caso, quando não for possível abrir a rampa e de preferência apenas para
o desembarque. Todos os militares deverão ser capazes de operar a rampa em
modo de emergência.
4.6.6 Para as ações de embarque e desembarque, o Cb Mot e o Cb Atdr SARC
se manterão embarcados.
4.6.7 O GC realizará o embarque e o desembarque com a viatura parada nos
casos de deslocamentos administrativos ou em combate, desde que longe do
inimigo, em posição abrigada ou no mínimo coberta.
4.6.8 Conforme o planejamento ou quando for necessário o desembarque, a
fração deverá levar os meios necessários para o cumprimento da missão. Nessa
situação os atiradores de Lç Rj devem ficar atentos, pois alvos blindados podem
surgir repentinamente. Caso exista uma ameaça, o comandante da fração deve
indicar sua direção.
4.6.9 Os comandos de embarcar e desembarcar poderão ser emitidos a voz por
rádio e/ou gestos e sinais convencionados.
4.6.10 EMBARQUE EM VIATURA PARADA
4.6.10.1 Exemplo de comando:
a) Advertência: “Grupo, atenção!”
b) Comando propriamente dito: “Preparar para embarcar!”
4-16
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c) Execução: “Embarcar!”
4.6.10.2 Execução
a) Ao comando de “preparar para embarcar”, os militares recolhem o mate-
rial e equipamento que conduzem e se deslocam para a parte traseira da VBTP.
b) Ao comando de “embarcar”, as esquadras podem embarcar das seguintes
formas:
1) simultânea;
2) sucessiva;
3) alternada; e
4) homem a homem.
c) Após o embarque, os militares mais próximos da rampa se certificam de que
nada atrapalhará o fechamento da mesma.
d) Após isso, informam ao Cmt VBTP que a rampa pode ser fechada e esse
ordena o fechamento.

Fig 32 - Exemplo de embarque pelos integrantes do GC

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4.6.11 DESEMBARQUE EM VIATURA PARADA
4.6.11.1 Exemplo de comando
a) Advertência: “Grupo atenção!”
b) Comando propriamente dito: “Preparar para desembarcar!”
c) Tipo de resistência inimiga: “Posição AC!”
d) Direção do inimigo: “Duas horas!”
e) Execução: “Desembarcar!”
4.6.11.2 Execução
a) Ao chegar à posição de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista
para que abra a rampa.
b) Ao comando de “preparar para desembarcar”, os militares se preparam para
o desembarque conforme o planejamento.
c) Ao comando de “desembarcar”, as esquadras podem desembarcar das se-
guintes formas: simultânea, sucessiva, alternada ou homem a homem.
d) Após o desembarque, os elementos embarcados se certificam que podem
fechar a rampa e em seguida executam a ação.
4.6.12 EMBARQUE EM MOVIMENTO
4.6.12.1 A fração deverá embarcar pela rampa com a viatura em movimento
quando estiver sob fogos e não houver uma posição abrigada ou pelo menos
coberta.
4.6.12.2 Exemplo de comando
a) Advertência: “Grupo atenção!”
b) Comando propriamente dito: “Preparar para embarcar!”
c) Execução: “Embarcar!”
4.6.12.3 Execução
a) O Cmt da fração realiza o contato com os elementos embarcados e manda
baixar a rampa.
b) O motorista abaixa a rampa e diminui a velocidade.
c) Ao comando de “Preparar para embarcar!”, os militares recolhem todo material
e se deslocam em direção à VBTP.
d) Ao comando de “Embarcar!”!, as duas esquadras embarcam na viatura ao
mesmo tempo.
e) A distância entre os militares será de 10 a 15 m, a fim de que o homem da

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frente libere a rampa para o seguinte. Cada fuzileiro que embarcar deve ajudar
o próximo.
4.6.13 DESEMBARQUE EM MOVIMENTO
4.6.13.1 O desembarque com a viatura em movimento só é realizado em situa-
ção de risco de permanecer embarcado (ameaça de arma AC inimiga etc) e não
haja uma posição abrigada para o desembarque parado da VBTP. É realizado
pela rampa e pode ser utilizar dois processos:
a) Por esquadras intercaladas; e
b) por esquadras sucessivas.
4.6.13.2 Por esquadras intercaladas
- É utilizado quando o comandante deseja posicionar as frações (grupo ou es-
quadras) em uma mesma região do terreno.
4.6.13.2.1 Exemplo de comando
a) Advertência: “Grupo, atenção!”
b) Comando propriamente dito: “Preparar para desembarcar!”
c) Processo de Desembarque: “Por esquadras intercaladas!”
d) Tipo de resistência inimiga: “CC INIMIGO!”
e) Direção do Ini: “10 horas!”
f) Execução: “Desembarcar!”
4.6.13.2.2 Execução
a) Ao chegar à região de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista para
que abra a rampa.

b) Ao comando de “Preparar para desembarcar!”, os militares se preparam para


o desembarque conforme planejamento.

c) Ao comando de “desembarcar”, as esquadras desembarcam de forma interca-


lada sendo um militar de cada esquadra por vez.

d) Após o desembarque, os elementos embarcados se certificam que podem


fechar a rampa e, em seguida, executam a ação.

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Fig 33 - Exemplo de desembarque por esquadras intercaladas

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Fig 34 - Exemplo de designação da direção do inimigo antes do desembarque

4.6.13.3 Por esquadras sucessivas


- É utilizado quando o comandante deseja dispersar as frações (grupo ou esqua-
dras) em pontos diferentes.
4.6.13.3.1 Exemplo de comando
a) Advertência: “Grupo, atenção!”
b) Comando propriamente dito: “Preparar para desembarcar!”
c) Processo de Desembarque: “Por Esq sucessivas!”
d) Tipo de Resistência Ini: “CC INIMIGO!”
e) Direção do Ini: “2 horas!”
f) Execução: “Desembarcar!”

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Fig 35 - Exemplo de desembarque por esquadras sucessivas

4.6.13.3.2 Execução
a) Ao chegar à região de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista para
que abra a rampa.
b) Ao comando de “preparar para desembarcar”, os militares se preparam para
o desembarque conforme planejamento.
c) Ao comando de “desembarcar”, as esquadras desembarcam uma por vez.
d) Após o desembarque, os elementos embarcados se certificam que podem
fechar a rampa e em seguida executam a ação.
4.6.14 ABRIR E FECHAR AS ESCOTILHAS
4.6.14.1 Quando embarcados, durante a progressão do GC, após analisar os
fatores da decisão, o Cmt Pel poderá dar ordem aos Cmt VBTP para que abram
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as escotilhas da tropa e posicionem militares para a segurança e observação.
- Da mesma forma, o fechamento das escotilhas poderá ser ordenado. Todos os
militares deverão ser capazes de operar todas as escotilhas.
4.6.14.2 Exemplo de comando
a) Advertência: “Grupo, atenção!”
b) Comando propriamente dito: “Abrir/fechar escotilhas!”
4.6.14.3 Execução
− Para a abertura das escotilhas, os militares responsáveis, conforme NGA dos
integrantes da VBTP, deverão realizar a ação e posicionar os armamentos nos
setores de tiro já designados pelo Cmt VBTP. Para o fechamento, os militares
que ocupam as escotilhas executam a ação.

4.7 TÉCNICAS DE PROGRESSÃO EMBARCADA


4.7.1 O GC deve progredir com a máxima segurança possível, a fim de expor o
mínimo de meios.
4.7.2 Na progressão embarcada os GC Mec, poderão ser empregadas de forma
a mobiliar uma seção composta a duas viaturas blindadas.
4.7.3 Formações táticas são relativamente fixas, as técnicas de progressão, não.
A distância entre as viaturas do Pel ou a distância do lanço de cada viatura ou
seção, em relação à viatura ou seção que realizará a cobertura varia de acordo
com o terreno e a situação tática.
4.7.4 A técnica de progressão escolhida depende, basicamente da possibilidade
de atuação do inimigo (segurança) e da velocidade necessária ao movimento
(rapidez).
- Existem três formas de progredir ditadas conforme a possibilidade de contato:
TÉCNICA DE POSSIBILI- CARACTERÍSTICAS
PROGRES- DADE DE
SÃO CONTATO CONTROLE DISPERSÃO VELOCIDADE SEGURANÇA

Progressão
Remoto Bom Mínima Boa Mínima
Contínua
Progressão Pouco
Mínimo Boa Lenta Boa
Protegida Provável
Progressão
Iminente Máximo Máxima Muito lenta Máxima
por Lanços

Tab 12 - Relação entre a técnica de progressão e possibilidade de contato

4.7.5 A progressão contínua e a progressão protegida se diferem somente na


distância entre as viaturas que lideram o movimento e as outras viaturas. Du-
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rante a progressão por lanços, o Pel ou GC espera o contato com o inimigo e
está preparado para responder ao fogo, imediatamente. Enquanto uma seção
estabelece uma posição de observação, a outra se move para outra posição.
4.7.6 CONSIDERAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO
4.7.6.1 É ideal que a viatura ou seção que está realizando a cobertura mantenha
o contato visual com os elementos que executam os lanços.
4.7.6.2 É recomendado que antes de uma progressão por lanços, o Cmt GC
considere os seguintes aspectos:
a) direção e localização do inimigo (se conhecida);
b) posições dos elementos que farão a cobertura;
c) próxima posição protegida;
d) rota do lanço;
e) o que fazer após o lanço quando chegar na posição;
f) qual sinal para informar que chegou e está em condições e assumir a cober-
tura; e
g) como receberá as próximas ordens.
4.7.7 SEGURANÇA DURANTE O MOVIMENTO
4.7.7.1 Generalidades: a segurança durante o movimento inclui todos os pro-
cedimentos executados pelo GC para garantir a segurança e aumentar a capa-
cidade de combate. Informações sobre a sua localização, a situação tática e o
inimigo deverão ser informadas ao Cmt Pel por via rádio e/ou pelo Gerenciador
de Campo de Batalha (GCB). Porém nada substitui a observação e o reconheci-
mento (observando o terreno, e procurando pelo inimigo).
4.7.7.2 Terreno: quando planejar o movimento, o Cmt GC deve considerar como
o terreno afeta a segurança. O Cmt GC deve realizar o estudo do terreno dentro
de sua zona de ação e selecionará o melhor itinerário para o cumprimento da
missão, preferencialmente com maior número de cobertas e abrigos. Ao mesmo
tempo, ele deverá considerar os outros fatores de decisão.
4.7.7.3 Disciplina de Luzes: Se os soldados precisarem de uma quantidade
maior de luz do que um EVN com infravermelho, ele pode utilizar outras fontes
de luz infravermelha. No entanto, essa combinação deverá garantir a luz neces-
sária com o mínimo de risco de detecção por parte do inimigo.
4.7.8 PROGRESSÃO CONTÍNUA
4.7.8.1 O GC se desloca em coluna enquadrado no Pel, separado lateralmente
com intervalos que variam de acordo com os fatores da decisão, normalmente
entre 50 a 100 m entre as viaturas. As armas são orientadas para estabelecer

4-24
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segurança em todas as direções.
4.7.9 PROGRESSÃO PROTEGIDA
4.7.9.1 O GC, embarcado na VTP, se desloca em coluna enquadrado no Pel,
separado lateralmente com intervalos que variam de acordo com os fatores da
decisão, normalmente entre 50 a 100m entre as viaturas. O contato visual entre
as VBTP deve ser mantido. Durante essa progressão, caso o contato com o
inimigo seja estabelecido, todos os fuzileiros devem ficar em condições de res-
ponder ao fogo imediatamente.
4.7.9.2 Nesta técnica de progressão a VBTP do GC se desloca de forma contí-
nua por um itinerário coberto e abrigado que lhe proporcione proteção da obser-
vação e fogos diretos inimigos. Enquanto uma outra VBTP a retaguarda se move
com velocidade variável, provendo uma contínua cobertura, mantendo o contato
com a VBTO da frente e parando periodicamente para realizar observações. A
VBTP da retaguarda fica perto o suficiente para prover uma base fogos imediata
e manobrar para apoiar e, longe o suficiente para ter liberdade de manobra em
caso do inimigo engajar a VBTP da frente.
4.7.10 PROGRESSÃO POR LANÇOS
4.7.10.1 Quando o GC progride por lanços, a VBTP do GC executa o lanço
enquanto outra viatura realiza a cobertura a partir de uma posição abrigada. Os
elementos que fazem a cobertura do o lanço deve ser capaz de, se for o caso,
apoiar pelo fogo ou até mesmo manobrar em apoio ao elemento que realiza o
lanço. O elemento que cobre o lanço só deverá abrir fogo se for identificada a
presença do inimigo. O elemento que realiza o lanço deverá ter o cuidado de não
entrar na linha de fogo de quem o cobre.
4.7.10.2 Durante a progressão por lanços, cada GC terá um setor o qual deverá
ser observado. O setor deve ser identificado como uma área específica ou por
pontos de referência ou usar o método relógio.
4.7.10.3 Caso seja necessária a cobertura pelo fogo, esta poderá ser feita pelo
fogo da VBTO ou, se for o caso, o Cmt pode dar ordem para que os fuzileiros de-
sembarquem e também realizem o apoio pelo fogo à VBTP que realiza o lanço.
4.7.10.4 Se o local de destino da VBTP que realiza o lanço for uma área aberta,
ao ocupar o local, os fuzileiros devem desembarcar para estabelecer a segu-
rança. Tão logo a VBTP que realizou o lanço tenha estabelecido a segurança, o
elemento que faz a cobertura deslocar-se-á à frente, repetindo o processo.
4.7.10.5 Existem dois tipos de lanços
a) Lanços sucessivos; e
b) lanços alternados.

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4.7.10.5.1 Lanços Sucessivos
a) Inicia-se o estudo dessa técnica considerando que a primeira VBTP esteja
ocupando uma posição coberta e abrigada ao longo do terreno, tendo as viaturas
da seção, designado os setores de tiro para as VBTP e realizado a observação
do terreno à frente.

Fig 36 - Exemplo de lanços sucessivos

b) Não havendo indícios de atuação inimiga, é chamada a segunda VBTP, que


se posiciona em um local próximo à primeira VBTP e troca as informações ne-
cessárias.
c) Quando a segunda VBTP estiver em condições de observar e apoiar pelo
fogo, a primeira VBTP prossegue para o próximo compartimento do terreno.
d) Quando a primeira VBTP atinge a posição, o processo é reiniciado.
e) Esse processo é mais lento que o processo por lanços alternados, entretanto
é mais seguro.
4.7.10.5.2 Lanços Alternados
a) Considerando a situação inicial idêntica à do item anterior, o Cmt posiciona
as viaturas e observa o compartimento do terreno à frente da posição. Não ten-
do observado indícios de atividade inimiga, chama a segunda VBTP, que inicia
o movimento, passa pela posição da primeira VBTP, troca as informações ne-
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cessárias e prossegue para ocupar uma posição no próximo compartimento do
terreno, protegida pela primeira VBTP.
b) Ao atingir a próxima posição, a segunda VBTP ocupa o terreno, observa e
sinaliza para que a primeira VBTP avance, reiniciando o processo. O lanço alter-
nado é mais rápido que o lanço sucessivo, entretanto é menos seguro.

Fig 37 - Exemplo de lanços alternados

4.8 TÉCNICAS DE PROGRESSÃO EMBARCADA E DESEMBARCADA SI-


MULTANEAMENTE (COMBINADO FUZ-VBTP)
4.8.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
- O GC pode progredir com os fuzileiros desembarcados simultaneamente com
a VBTP fornecendo suporte e apoio mútuo. Normalmente é realizado em áreas
humanizadas. A seguir serão apresentadas algumas considerações para esta
técnica em áreas rurais e urbanas.
4.8.1.1 Em ambiente rural o comandante de GC pode empregar:
a) o GC e/ou esquadra desembarcado(s) apoiando a progressão da VBTP;
b) a VBTP à frente apoiando a progressão do GC ou de uma esquadra desem-
4-27
EB70-CI-11.440
barcados;
c) o GC e/ou esquadra acompanhado a VBTP; e
d) elementos embarcados vigiando áreas elevadas e aproximação aérea.
4.8.1.2 As vantagens de usar a tropa desembarcada são:
a) aumentar a segurança local e da VBTP.
b) rápida resposta em caso de emboscada; e
c) rápida transição para uma manobra
4.8.1.3 As desvantagens de usar a tropa desembarcada são:
a) o movimento é mais lento;
b) aumento do risco para o fuzileiro a pé; e
c) necessidade de revezamento do elemento a pé para deslocamentos longos;
4.8.1.4 Necessidade de embarcar na viatura se for necessário aumentar a
velocidade.
a) Ao se deslocar em uma área urbana, os GC usam variações das técnicas de
progressão continua, protegida e por lanços.
b) As VBTP podem estar se deslocando protegida atras dos elementos a pé em
deslocamento por lanças.
c) As viaturas exigem que os fuzileiros desembarquem para fornecer a seguran-
ça aproximanda. Os GC e as esquadras podem se delsocar em o terreno restrito
ou aproveitar a cobertura disponível da VBTP.
4.8.1.5 Os Cmt devem estar cientes do aspecto tridimensional do terreno urbano.
4.8.1.6 Os elementos a pé são vulneráveis ao emprego de caçadores inimigos e
todos devem conhecer as técnicas contra caçador.
4.8.1.7 Para mais detalhes da técnica de progressão de fuzileiros em área edi-
ficada, consultar as publicações EB70-CI-11.408 (O Pelotão de Fuzileiros no
Combate em Área Edificada) e EB70-CI-11.434 (Técnicas, Táticas e Procedi-
mentos (TTP) em Operações Urbanas).
4.8.2 MANEABILIDADE A PÉ
a) O objetivo da maneabilidade desembarcada é permitir o emprego do fogo e
da manobra no âmbito do GC.
b) A maneabilidade do GC quando desembarcado será a mesma do GC Mtz, L
e Pqdt.
c) O Cmt Pel deve atentar para a realização da maneabilidade desembarcada
contando com o apoio de fogo dos sistemas de armas das VBTP.
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4.9 MANOBRA DO GC MEC
4.9.1 As manobras do GC Mec serão semelhantes às do GC a pé, considerando
o apoio de fogo proporcionado pela VBTP.

Fig 38 - Exemplo de Manobra Frontal e de Flanco com o apoio da VBTP.

4.9.2 O emprego da VBTP poderá estar ao comando do Cmt do GC ou sendo


empregado como uma seção em apoio ao Pel. Neste caso o GC participará en-
quadrado na manobra do Pel.

4.10 AÇÕES EM ÁREAS DE RISCO


4.10.1 IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO
- Após realizar a análise do terreno a ser percorrido, o Cmt deverá identificar as
áreas de risco. O Cmt, por ocasião do planejamento do itinerário a ser percor-
rido, deverá marcar as áreas de risco na carta e no Gerenciador de Campo de

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Batalha. O termo “área de risco” refere-se a qualquer região do itinerário onde
o terreno poderá expor o GC à observação do inimigo, fogos ou ambos. Como
exemplo, pode-se citar grandes áreas abertas, autoestradas, trilhas, pontes e
cursos d’água. Se possível, o Cmt deverá evitar estas áreas. Naturalmente, a
travessia de uma área de risco deve ser feita o mais rápido e cuidadosa possível.
Durante o planejamento o Cmt estabelece medidas de coordenação e controle
antes e depois da área de risco.
4.10.2 TRAVESSIA DE GRANDES ÁREAS ABERTAS
4.10.2.1 Se o tempo e o terreno permitirem, o GC deverá desembarcar e reco-
nhecer o itinerário a ser percorrido pelas VBTP. Após isso, estabelecerá a segu-
rança na região mais distante, ou seja, do outro lado da área de risco e aguardar
a chegada da viatura. Porém a distância entre as posições cobertas e abrigadas
podem tornar o emprego da infantaria desembarcada impraticável. Se o tem-
po restrito impedir que o GC realize o procedimento desembarcado, então este
poderá transpor embarcado, utilizando a progressão protegida ou por lanços,
desde que seja apoiado por outro elemento do Pel.
4.10.2.2 Geralmente áreas abertas possuem limitadas posições cobertas e abri-
gadas, e nesta situação, o Cmt GC deverá considerar os fatores da decisão para
a possibilidade de emprego de fogos diretos e indiretos enquanto o GC progride.
Além disso, poderão ser utilizados fogos fumígenos para proporcionar cobertura.

4.11 MEDIDAS CONTRA FRATRICÍDIO


- Quando o GC Mec iniciar um lanço coberto pelas VBTP, essas devem conhecer
a posição e o itinerário por onde serão executados os lanços. Essa medida evita
que os fuzileiros sejam engajados pelos disparos realizados pelas VBTP. Deve-
-se observar que os elementos que manobram não devem entrar na linha de tiro.
Se isso ocorrer, o fogo deve ser suspenso ou mudado de direção.

4.12 MANEABILIDADE A PÉ
4.12.1 O objetivo da maneabilidade desembarcada é permitir o emprego do fogo
e da manobra no âmbito do GC. A maneabilidade do GC quando desembarcado
será a mesma do GC Mtz, L e Pqdt.
4.12.2 O Cmt Pel deve atentar para a realização da maneabilidade desembarca-
da contando com o apoio de fogo dos sistemas de armas das VBTP.

4.13 CONDUTA DO GC NAS OPERAÇÔES


4.13.1 NA OFENSIVA
4.13.2 Durante as ações ofensivas normalmente o GC Mec atuará enquadrado
como parte integrante de um pelotão. Nessas condições, o grupo irá atuar de
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acordo com o dispositivo do pelotão.
4.13.3 Quando atuando de forma isolada, durante ou uma patrulha ou como
GC ponta, o GC Mec pode realizar as ações embarcadas ou desembarcadas.
Usando o apoio de fogo da VBTP para realizar ataques empregando o fogo e o
movimento realizando uma das manobras do GC.
4.13.4 NO ASSALTO
4.13.4.1 No assalto, sempre que possível, a destruição do inimigo deverá ser
feita pelo fogo.
- O apoio de fogo da VBTP deverá ser empregado. Isto reduzirá a exposição dos
homens e conservará os integrantes do GC.
4.13.4.2 Se a destruição não for possível somente pelo fogo, um assalto desem-
barcado será previsto.
4.13.4.3 Se o inimigo oferecer uma leve ou média resistência, deverá ser feita
uma tentativa de localizar um ponto fraco no dispositivo.
4.13.4.4 Assalto embarcado deverá ser executado somente quando a resistên-
cia inimiga for fraca.
− Esse tipo de assalto deverá ser coordenado com fogos indiretos que não de-
verão por em perigo a VBTP.
4.13.4.5 As situações que forçam o desembarque durante o assalto são:
a) antes da posição defensiva inimiga quando os fogos inimigos, principalmente
o fogo anticarro ou o terreno não permitem o avanço;
b) em cima da posição inimiga para impedi-los de atirar na VBTP pela retaguar-
da; e
c) após as posições inimigas quando não há possibilidade de ser atingido
pela retaguarda.
4.13.4.6 O assalto desembarcado poderá ocorrer:
a) com o apoio da VBTP progredindo junto com o GC;
b) com a VBTP em base de fogos e o GC a pé;
c) com a VBTP por uma via de acesso ao GC; e
d) por outra via de acesso, normalmente, enquadrado na manobra do Pel.
4.13.4.7 A VBTP, ao servir de base de fogos, deverá buscar uma posição que
evite ser descoberta pelo inimigo antes da abertura dos fogos. Nesta posição
deverá:
a) Utilizar cadência máxima de fogos para neutralizar o inimigo;
b) quando o inimigo estiver neutralizado, a cadência do tiro será diminuída. Em-
bora a pressão sobre o inimigo seja constante;
4-31
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c) quando o grupo que manobra chegar próximo ao objetivo, a cadência de tiro
deverá ser aumentada para forçar o inimigo a se manter aferrado ao terreno.
Isso permite o elemento que manobra chegar próximo ao inimigo sem que este
tenha tempo para a reação;
d) quando iniciar o assalto ou por sinal, o elemento que apoia pelo fogo cessa ou
muda a direção de tiro. Deve-se ter o cuidado para que os elementos que ma-
nobram não entrem na linha de tiro. Se isso ocorrer, o fogo deverá ser suspenso
ou mudado de direção; e
e) A VBTP deverá procurar posições, sempre que possível, mais elevadas ou
nos flancos do elemento que manobra.
4.13.4.8 No assalto desembarcado o GC progredirá dentro da formação adequa-
da até o mais próximo possível do inimigo, utilizando o fogo, inclusive da VBTP,
e movimento.
4.13.4.9 O assalto será desencadeado assim que for alcançada a superioridade
de fogos local sobre o inimigo. A formação mais adequada para o assalto é a
formação em linha.
4.13.4.10 Os homens avançam todo o tempo utilizando o terreno, aproveitando
os abrigos existentes, sem se expor desnecessariamente.
4.13.4.11 É grande o risco de desorganização neste momento, exigindo
rápida e agressiva ação de comando do Cmt GC, impulsionando e controlando
o grupo.
4.13.4.12 As armas serão conduzidas o tempo todo em posição de emprego
imediato e em condições de tiro. Os disparos apenas ocorrerão contra alvos
identificados, evitando- se desperdício de munição com tiros a esmo.
4.13.4.13 Os homens devem realizar o controle da quantidade de tiros dados. No
momento de efetuar a troca de carregador abrigar-se-ão para efetuá-la.
4.13.4.14 Após ultrapassar a linha do objetivo, os homens iniciam imediatamente
os trabalhos de consolidação, que constam de reajuste do dispositivo, prepara-
ção de abrigos para homem deitado, divisão de setores de tiro e vasculhamento
das posições inimigas.
4.13.4.15 Mediante ordem, ocorre a reorganização. As atividades de reorgani-
zação consistem em redistribuição da munição, atendimento a feridos, consumo
de ração e evacuação das baixas e prisioneiros de guerra (PG). A conduta com
os PG será definida pelo comandante de pelotão, de acordo com a ordem de
operações passada pelo comandante de companhia.
4.13.4.16 As atividades de consolidação têm prioridade sobre as atividades de
reorganização, e podem ocorrer simultaneamente, de acordo com a situação.
4.13.4.17 Durante o assalto, o Cmt do GC raramente atira, porém se posiciona
a uma distância próxima das esquadras para assegurar a continuidade de fogos

4-32
EB70-CI-11.440
e manter o GC em linha.
4.13.4.18 Durante o assalto, o Cmt do GC deve garantir que os fogos de assalto
sejam os mais violentos e densos possíveis, procurando destruir o inimigo na
posição, bem como obter uma vantagem psicológica ao abalar a moral do inimi-
go dentro da posição defensiva. Para que isso ocorra, durante a realização dos
fogos de assalto os integrantes devem realizar um disparo a cada dois ou três
passos dados mantendo o fogo na direção do avanço e visando as possíveis
posições do inimigo no terreno (pequenas dobras, tocas e pequenas cobertas e
abrigos).
4.13.4.19 O grupo não se detém na orla anterior do objetivo e deve progredir até
a orla posterior do objetivo ou até a linha limite de progressão.
4.13.4.20 Além do emprego dos fuzis, as granadas de mão e o lançador de gra-
nadas são usados para cegar e destruir núcleos de resistência, localizados na
direção de progressão.
4.13.5 NA TRANSPOSIÇÃO DE ZONAS BATIDAS POR FOGOS LONGÍNQUOS
4.13.5.1 Quando embarcado o Cmt GC ordena o fechamento das escotilhas e
procura evadir da zona batidas por fogos empregando a VBTP.
4.13.5.2 Se estiver desembarcado, o GC se dispersa e se lança através da zona
batida por fogos, transpondo-a na forma mais rápida possível.
4.13.6 NA DEFENSIVA
4.13.6.1 Na defensiva o Cmt do GC deve escolher a posição da VBTP e dos
homens, priorizando o posicionamento das VBTP e das Mtr L do GC.
4.13.6.2 A posições são escolhidas a fim de garantir um recobrimento entre os
setores de tiro e de forma a melhor aproveitar os campos de tiro.
4.13.6.3 As VBTP normalmente ocupam primeiro uma posição de desenfiamen-
to e, quando da presença do inimigo, ocupam uma posição de tiro.
4.13.6.4 De acordo com o tipo de operação defensiva o comandante pode em-
pregar aumentar a distância entre as tocas para realizar um retardamento ou
vigilância. Nesta situação, o GC passar a ocupar a crista topográfica, visando
engajar o inimigo o mais longe possível e facilitar o desengajamento próprio.
4.13.6.5 A conduta do GC na defensiva tem início quando a observação sobre o
inimigo é suficiente para permitir a execução de fogos ajustados. À medida que
o inimigo avança, ele é submetido a um volume crescente de fogos.
4.13.6.6 Deve ser evitado atirar com o armamento que não possui alcance sufi-
ciente para atingir o objetivo. O engajamento é realizado de acordo com o avan-
ço do inimigo.
4.13.6.7 Durante a construção da posição, deve-se buscar o máximo de ocultação
possível. As medidas a seguir podem ser tomadas para facilitar essa ocultação.

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4.13.6.8 Permanecer na sombra sempre que possível;
4.13.6.9 Utilizar galhos e folhas para modificar as silhuetas dos homens, armas
e equipamentos;
4.13.6.10 Modificar o colorido das superfícies dando-lhes as tonalidades do am-
biente;
4.13.6.11 Ocultar objetos claros e brilhantes.
4.13.6.12 Ocultar a terra retirada nos trabalhos de construção de tocas e espal-
dões. Modificar o contorno das tocas e espaldões, camuflando os com meios
naturais;
4.13.6.13 Estabelecer uma disciplina de disfarce para assegurar de que as
posições permanecem ocultas. Principalmente com as seguintes conside-
rações:
a) utilizar, se possível, caminhos, trilhas e estradas existentes. Caso seja ne-
cessário movimentar pelo campo, deve-se atentar para eliminar ou disfarçar os
vestígios desse movimento;
b) a terra fresca e os refugos devem ser enterrados ou escondidos. É necessária
uma fiscalização para que os refugos, como por exemplo, os restos de ração,
não denunciem a localização da posição; e
c) os aspectos gerais do terreno devem ser modificados o mínimo possível.
4.13.6.14 Para a organização da posição defensiva, o Cmt do GC conduz os
homens até a posição. Os atiradores da esquadra são posicionados provisoria-
mente para bater o setor de tiro designado para todo o GC, e junto aos mesmos
é colocado um vigia. Antes dos inícios dos trabalhos de organização, o Cmt
determina que cada homem deite-se no local onde serão construída as tocas e
verifica os campos de observação e de tiro que cada toca oferece. Este trabalho
permite identificar se nos limites dos setores de tiro há o recobrimento de fogos
e a existência de algum ângulo morto. Após esta verificação, são iniciados os
trabalhos na seguinte sequência:
a) estabelecer a segurança;
b) assegurar as Com fio entre o GC e a VBTP;
c) fiscalizar o funcionamento do seu PV/PE;
d) posicionar VBTP e a posição das tocas do GC e outros meios recebidos.
A VBTP, geralmente, ocupa diferentes posições para atirar. Para cada posição
ocupada deve haver um caminho desenfiado para as Vtr chegarem à posição
de embarque. Será mais difícil encontrar caminhos desenfiados para as VBTP
devido ao tamanho.
e) limpeza dos campos de tiro;

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f) localização do ponto do suprimento inicial de munição e escolha dos itinerários
de ressuprimento;
g) preparação dos roteiros de tiro, incluindo a avaliação de distância aos
pontos importante no terreno, possíveis pontos de referência de alvo (PRA);
h) escolha e preparação da posição principal;
i) escolha e preparação das posições de muda e suplementar;
j) identificar a posição de embarque, se necessário. Devendo lembrar que a
VBTP desloca-se mais rápido que o GC e tem maior proteção contra o fogo
inimigo;
k) inspeção da posição para verificar de perto se a posição se acha coberta e
abrigada da observação terrestre e aérea;
l) preparação dos roteiros do GC em duas vias, mostrando as medidas de coor-
denação e controle empregadas sendo uma via enviado ao Cmt do Pel e outra
ficando de posse do Cmt do GC;
m) transmitir informações adicionais e mudanças no plano;
n) confeccionar um plano de alerta e segurança do GC;
o) reconhecer posições de muda e suplementares e caminhos desenfiados;
p) designar áreas de latrina do GC;
q) mobiliar PO e operar;
r) descanso e higiene pessoal; e
s) fiscalizar todas as atividades.
4.13.6.15 O Atirador da VBTP e o Motorista devem
a) Estabelecer a segurança da VBTP;
b) confeccionar o roteiro de tiro da VBTP;
c) estabelecer Com fio;
d) estocar na VBTP, munição, ração , água e material de manutenção;
e) realizar a manutenção da VBTP e do armamento;
f) balizar as posições de desenfiamento com, no mínimo, três estacas, sendo
uma estaca colocada à frente da VBTP, centralizada, alinhada com a Mtr. 50.
Essa estaca deverá ser suficientemente grande para que o Mot possa vê-la. As
outras duas estacas serão postas à esquerda da VBTP. Ainda poderão ser uti-
lizados dispositivos luminosos nas estacas para facilitar a observação noturna;
g) reconhecer caminhos para posições de muda e suplementares;
h) camuflar a VBTP;

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i) limpar os rastros da VBTP; e
j) observar o seu setor.
4.13.6.16 Os fogos defensivos irão ser realizados de acordo com o processo
de engajamento, as distâncias e alcance dos armamentos. O início dos tiros
das armas de maior alcance do GC é desencadeado quando o inimigo atinge a
distância de alcance útil das armas, em torno de 600 m, ou atinge determinado
acidente no terreno ou medida de coordenação e controle (linha de acionamen-
to). Isso permite obter o máximo de surpresa e evita a revelação prematura da
posição defensiva.
- Durante os fogos de preparação do inimigo o GC abrigar-se-á dentro das po-
sições.
4.13.6.17 Na defensiva, a principal atribuição do Cmt do GC é controlar o tiro da
fração. Somente para a defesa aproximada que ele toma parte no combate pelo
fogo. Enquanto os Cmt de esquadra realizam fogos e controlam os fogos de sua
esquadra.
4.13.6.18 O controle do regime de tiro do GC aumentará à medida que o inimigo
se aproxima da P Def, com a finalidade de causar o máximo de baixas e deter o
ataque antes que ele chegue à posição. Se o inimigo lançar o assalto e penetrar
na posição, deverá ser repelido pelo fogo, granadas e combate à baioneta.
4.13.6.19 Caso o inimigo avance apoiado por elementos blindados o principal
objetivo dos fogos do GC, exceto os Atiradores de Lç Rj, é abater a tropa a pé ou
homens expostos das escotilhas nas viaturas, enquanto os atiradores de Lç Rj
realizam fogos contra as viaturas blindadas.
4.13.6.20 Caso o inimigo avance somente com o emprego de viaturas blindadas
os fogos do GC deverão procurar engajar as partes sensíveis das viaturas pro-
curando degradar ao máximo o poder de combate. Devem realizar os fogos até
que sejam forçados a se abrigarem para fugir do esmagamento, retornando às
posições de tiro logo após a ultrapassagem dos carros e abrindo fogo contra a
tropa que se aproxima. Deve-se atentar para o caso de o assalto da infantaria
inimiga ser realizado após a posição defensiva, obrigando realizar os tiros no
interior da posição.
- Todo o esforço deve ser realizado para separar a infantaria das viaturas blin-
dadas.
4.13.6.21 A segurança deve ser mantida durante todas as ações defensivas com
o emprego de vigias e postos de escuta de acordo com o planejamento do Cmt
do Pel.
4.13.6.22 Os postos de vigia têm como finalidade dar o alerta oportuno em tem-
po útil. Esses postos ficam localizados no interior ou fora da posição de forma
a permitir o máximo de observação sobre as vias de acesso, oferecer coberta

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e abrigos e possuir itinerário de retraimento. Os elementos de vigia não se en-
gajam em combate aproximado e deve estar munido de meios para alertar a
aproximação do inimigo.
4.13.6.23 Os postos de escuta também podem ser empregados quando a visi-
bilidade for reduzida, para alertar a tropa, em tempo oportuno, da aproximação
do inimigo. Os elementos do posto de escuta devem ser substituídos com frequ-
ência para evitar que o cansaço diminua a eficiência do sistema de alerta, caso
não sejam possíveis, os postos podem ser ocupados em duplas permanecendo
ambos acordados para evitar surpresas.
4.13.6.24 O GC, quando estiver compondo o Posto Avançado de Combate
(PAC), poderá ter que ocupar postos de vigilância com a missão de retardar e
desorganizar inimigo e dar um alerta oportuno de sua aproximação.
a) O posto de vigilância pode variar o efetivo desde um GC até um Pel reforçado
com outros elementos.
b) Os postos de vigilância organizam os núcleos de defesa priorizando a obser-
vação e os campos de tiro profundos.
c) Cada posto de vigilância organiza a posição em uma frente que não prejudi-
que o controle.
d) Caso seja necessário aumentar a frente a ser coberta, deve-se empregar
posto de vigia e de escuta para áreas passivas.
e) Tão logo apareça um alvo compensador os postos de vigilância procuram
infligir o máximo de baixa ao inimigo empregando os fogos longínquos. Via de
regra, os postos de vigilância, como todo o PAC, retraem antes de engajarem-se
decisivamente.
4.13.6.25 O GC pode atuar realizando patrulhas de ligação entre as posições
defensivas e de vigilância, para manter a ligação entre esses elementos fixos.
Normalmente essa patrulha pode ser realizada com efetivo de 2 a 4 homens,
sem um horário fixo e por itinerários diferentes, a fim de evitar que o inimigo
descubra o sistema de patrulhas.

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CAPÍTULO V
O GRUPO DE COMBATE BLINDADO

5.1 GENERALIDADES
5.1.1 O Grupo de Combate Blindado (GC) é orgânico do Pelotão de Fuzilei-
ros Blindado, da Companhia de Fuzileiros Blindada dos Batalhões de Infantaria
Blindado e ainda dos Pelotões de Blindados dos Regimentos de Cavalaria
Blindado.
5.1.2 O GC Bld tem a organização semelhante aos demais GC, sendo acrescido
de uma guarnição de viatura blindada.
5.1.3 A guarnição das VBTP (Gu VBTP) é formada pelo Cmt da VBTP, função
acumulativa com o Cmt do GC, Cb/Sd Atdr e Cb Mot. Esses militares possuem
treinamentos específicos para operarem todos os sistemas da VBTP.
- O GC Bld é dotado de uma VBTP de dotação das OM Bld, podendo vir a atuar
de forma embarcada (elementos embarcados) ou desembarcada (elementos de-
sembarcados). Quando desembarcado, aplica os mesmos princípios preconiza-
dos para o GC Mtz, L e Pqdt com o acréscimo da mobilidade, proteção blindada
e apoio de fogo proporcionado pelo armamento e pela viatura orgânica.
5.1.4 O GC é comandado por um 3º Sgt e é organizado em duas esquadras.
5.1.5 ALÉM DAS CARACTERÍSTICAS COMUNS AOS GC MTZ, LEVE E PQDT,
O GC BLD AINDA POSSUI AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS
5.1.5.1 Mobilidade
- Resultante da velocidade em estrada, da possibilidade de deslocamento
através campo, da capacidade de transposição de obstáculos e do raio de ação
de suas viaturas.
5.1.5.2 Poder de fogo
- Assegurada pelo armamento orgânico, as armas automáticas (metralhadoras
pesadas).
5.1.5.3 Proteção blindada
- Proporcionada pela blindagem, em grau relativo, das viaturas que resguardam
as guarnições contra os tiros de armas portáteis, minas terrestres, fragmentos de
granadas de morteiros e de artilharia.
5.1.5.4 Sistema de comunicações amplo e flexível
- Proporcionado, particularmente, pelos meios de comunicações de que é dota-
do, que asseguram ligações rápidas e flexíveis com o escalão superior e com os

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elementos subordinados.
5.1.5.5 Flexibilidade
- Decorre da instrução peculiar, da estrutura organizacional e das características
do material, que lhe permitem operar embarcado ou desembarcado.
5.1.5.6 Letalidade
- Traduzida como a aptidão de destruição física fundamentada nas capacidades
militares terrestres. O GC pode combinar os efeitos dos fogos do GC e dos fogos
diretos das VBTP.
5.1.5.7 Sobrevivência
a) A capacidade de sobrevivência da VBTP será obtida por meio da operação
plena aliada às Táticas, às Técnicas e aos Procedimentos (TTP).
b) As TTP devem incrementar a capacidade de inteligência, reconhecimento,
vigilância e de aquisição de alvos aliados ao rápido processamento e difusão de
informações e o correto emprego do sistema de armas.
5.1.5.8 Sustentabilidade
a) O GC pode operar por até 72 horas sem ressuprimento. Essa capacidade é
obtida pela dotação de suprimentos Classe (Cl) I, III e V acomodados na VBTP.
b) Visando as melhores condições de manutenção do meio (VBTP) e o descanso
do motorista, o pelotão normalmente poderá operar até 16 horas por dia.
5.1.5.9 Combate noturno ou em visibilidade reduzida
a) Os Equipamentos de Visão Noturna (EVN), de dotação do GC, ampliam a
capacidade para realizar a vigilância, aquisição de alvos e reforçar o comando e
controle no período noturno.
b) O EVN do motorista permite uma mobilidade em situações de escuridão total,
em todas as condições meteorológicas e em ambientes de visibilidade degrada-
das.
5.1.6 O GC Bld é um dos elementos que executam o binômio Carro de Com-
bate (CC) e Fuzileiros Blindados (Fuz Bld), potencializando as possibilidades e
minimizando as limitações, onde o CC proporciona ao Grupo de Combate maior
poder de fogo, enquanto o GC proporciona ao CC maior poder de combate apro-
ximado.
5.1.7 POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DO GC BLD
a) Participar de operações que exijam alta mobilidade tática, relativo poder de
fogo, proteção blindada e ação de choque.
b) Participar de operações no amplo espectro, englobando as operações Ofensi-
vas, Defensivas, de Pacificação e de Cooperação e Coordenação com Agências.
5-2
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c) Executar, quando desembarcado, operações terrestres sob quaisquer condi-
ções meteorológicas e terreno restritivo para a Viatura Blindada (VB).
d) Realizar contra-ataques.
e) Operar em condições de visibilidade reduzida ou sob condições meteorológi-
cas adversas.
f) Dispersar-se amplamente e reunir-se rapidamente quando embarcado.
g) Integrar uma reserva móvel do escalão superior.
h) Realizar transposição imediata de curso de água.
i) Eliminar ou neutralizar tropa a pé e VB leves empregando o sistema de armas.
Além disso, pode ainda, pelo volume de fogo, degradar viaturas com maior pro-
teção blindada.
j) Conquistar e manter o terreno.
k) Combater com a tropa desmembrada em elementos desembarcados e ele-
mentos embarcados.
l) Estabelecer pontos fortes para negar a posse ao Ini de determinada faixa do
terreno.
m) Participar de operações de junção.
n) Realizar tiros seletivos para eliminar ou neutralizar alvos compensadores, em
distâncias de até 500 m, por meio de emprego dos atiradores de precisão do GC.
o) Designar alvos para Viaturas Blindadas em apoio ou reforço.
5.1.8 O GC BLD APRESENTA AS SEGUINTES LIMITAÇÕES:
a) vulnerabilidade a ataques aéreos e armamento anticarro;
b) vulnerabilidade a minas anticarro, dispositivos explosivos improvisados e obs-
táculos naturais e artificiais;
c) limitada mobilidade fora de estrada, principalmente em terrenos montanhosos,
arenosos, pedregosos, cobertos e pantanosos;
d) vulnerabilidade a condições meteorológicas adversas, que reduzem a mobi-
lidade;
e) necessidade de volumoso apoio logístico, particularmente dos suprimentos
de Cl III, V e IX;
f) reduzida velocidade de progressão quando desembarcado;
g) necessidade de rede rodoviária para apoio; e
h) manutenção permanente requerida pelo material.

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5.1.9 O GC BLD PODE SER EMPREGADO COMO PARTE DE UMA PEL FUZ
BLD OU INTEGRANDO UMA FORÇA-TAREFA (FT)
- Devido às suas características suas ações permitem:
5.1.9.1 Mover-se para uma posição de vantagem contra um Ini desprevenido.
5.1.9.2 Empregar fogos diretos e indiretos de forma rápida e seletiva.
5.1.9.3 Mover-se rapidamente e desembarcar para conquista e manutenção de
objetivos e eliminar o Ini.
5.1.9.4 Realizar as seguintes ações táticas:
a) consolidar (limpar) uma área fixada, removendo e eliminando toda a resistên-
cia inimiga, não requerendo a remoção completa do Ini e ficando em condições
de prosseguir na missão;
b) assaltar uma posição defensiva;
c) participar de uma demonstração de força;
d) manter o terreno livre de ocupação inimiga. Geralmente é atribuída uma du-
ração, seja por fator do tempo ou por eventos. O GC assume o risco de engajar-
-se decisivamente. Não é necessária a presença física sobre a posição, sendo
admitida apenas a influência física (sistema de armas);
e) controlar o terreno mantendo a influência física sobre uma área específica
para evitar o uso pelo inimigo ou para criar condições necessárias para outra
missão. Resulta da ocupação física ou da ação dos sistemas de armas;
f) seguir e assumir uma ação principalmente quando a fração que realizava a
ação perdeu a impulsão;
g) seguir e apoiar uma fração que realiza uma ação;
h) ligar-se com elementos de frações amigas;
i) ocupar determinada área (sem ação inimiga), controlando-a;
j) capturar uma área com a utilização da força;
k) apoiar pelo fogo direto a ação de outra fração ocupando uma posição que
possa enfrentar o Ini;
l) proteger uma unidade, instalação ou área contra ação do Ini;
m) retardar trocando espaço por tempo, desgastando e diminuindo a impulsão
do Ini, buscando não se engajar decisivamente, sem perder o contato.
n) detectar campos de minas;
o) abrir brechas em campos de minas;
p) realizar ataques embarcado ou desembarcado;
q) realizar patrulhamento a pé e mecanizado;

5-4
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r) mobiliar PBCE, PBCVU e checkpoints;
s) ocupar um ponto forte; e
t) realizar pequenas ações de reconhecimento.
5.1.9.5 Durante as operações, a VBTP fornece apoio mútuo e proteção na exe-
cução das missões. Os soldados do GC garantem a segurança da VBTP quando
parada, e a VBTP proporciona mobilidade, proteção e uma base de fogos para
o assalto dos fuzileiros.
5.1.9.6 Quando em contato com o Ini, o GC Bld pode combater em-
barcado ou desembarcado de acordo com a situação tática:
a) Para isso, pode utilizar os fogos diretos e indiretos disponíveis e estabelecer
uma base de fogos com as esquadras e VBTP.
b) Sempre que o exame de situação permitir, o GC deve atacar os pontos fracos
do Ini, o flanco e a retaguarda, evitando atacá-lo frontalmente.
5.1.9.7 Os comandantes devem considerar o seguinte em emprego tático
a) Os grupos em contato devem estabelecer um eficaz fogo supressivo para ga-
nhar superioridade de fogo antes de se movimentar para o flanco inimigo.
b) Se o GC não puder se mover sob seus próprios fogos, o comandante deve
solicitar apoio de fogo do Pel.
c) O GC deve obter superioridade de fogos e, em seguida, mover-se contra o
flanco da posição do inimigo.
d) Para ganhar a supressão imediata, as VBTP devem submeter o inimigo pelo
fogo e mover-se para um local de desembarque.
e) Se forem engajados em campo aberto, os GC desembarcados constituirão
uma base de fogos com o armamento orgânico.
f) O Cmt GC determinará se o GC deve assaltar, fixar, fixar e apoiar ou desen-
gajar.
5.1.9.8 O GC Bld combate como um todo de maneira organizada, podendo
atuar com elementos embarcados e desembarcados.
- O GC Bld poderá ser empregado das seguintes formas:
a) GC embarcado:
- Sempre que for possível deverá ser a forma empregada, por oferecer as
características principais de uma tropa mecanizada, como proteção blindada,
mobilidade, ação de choque e relativo poder de fogo.
b) GC desembarcado com acompanhamento das VBTP:
- Essa forma deverá ser utilizada em situações especiais, quando a vulnera-
bilidade das VBTP for alta, como localidades, matas densas e passagens obri-

5-5
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gatórias.
c) GC desembarcado como apoio das VBTP:
1) deverá ser empregada durante operações ofensivas, quando o inimigo es-
tiver empregando Armto AC em grande quantidade ou houver grande vulnerabi-
lidade as VBTP, devido ao terreno ou possibilidades do inimigo.
2) é a forma de emprego no qual a VBTP é empregada como uma arma de
apoio.
5.1.9.9 Durante o combate embarcado, o Cmt do GC coordena o movimento da
VBTP.
- Quando o GC desembarcar, o Atirador da VBTP assume o comando da VBTP,
passando a manobrar as VBTP em apoio aos elementos desembarcados, con-
forme as diretrizes do Cmt GC/Pel.
5.1.9.10 Uma vez desembarcado, o GC Bld passa a empregar a maneabilidade
a pé usando as mesmas formações (coluna, linha ou cunha) e as técnicas de
movimento (contínua, alternada e protegida) de acordo com a situação tática.

ORGANIZAÇÃO

GC das OM Inf Bld GC das OM Cav Bld


COMPOSIÇÃO REPRESENTAÇÃO

3º Sgt Cmt (também é o Cmt da VBTP)

Cb Cmt 1ª Esquadra

Sd 1º Esclarecedor e Granadeiro (Lç Gr)


1ª Esquadra

Sd 2º Esclarecedor e Atirador de Precisão do GC*

Sd Atirador Metralhadora Leve da 1ª Esquadra

Tab 13 - Organograma e composição do Grupo de Combate

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Cb Cmt 2ª Esquadra

Sd 3º Esclarecedor e Granadeiro
2ª Esquadra
Sd 4º Esclarecedor e Atirador de Lç Rj e Atdr Prcs GC*

Sd Atirador Metralhadora Leve da 2ª Esquadra

Cb Mot VBTP
Guarnição
da VBTP
Cb/Sd At VBTP (SARC)

* O E2 será o Atirador de Precisão do GC, podendo usar o Lç Rj de acordo com a situação.


* O E4 será o Atirador de Lç Rj podendo atuar como Atirador de Precisão do GC de acordo com
a situação

Tab 13 - Organograma e composição do Grupo de Combate (continuação)

5.2 ATRIBUIÇÕES
5.2.1 O Cmt do GC, como comandante da VBTP, é responsável para o emprego
total da VBTP e do armamento.
- O motorista opera a viatura durante todas as condições de dia ou noite. Em
direção à zona de ação, o motorista maneja o veículo através de todo o terreno e
obstáculos para transportar com segurança a tropa embarcada para o ponto de
desembarque no campo de batalha.
5.2.2 A guarnição da VBTP pode empregar o armamento para complementar a
base de fogos. Esses fogos diretos podem assegurar a liberdade de manobra do
GC para cerrar e destruir o inimigo.
- Esses fogos também podem fornecer apoio de preciso contra tropa inimiga,
bunkers ou posições e destruir a infantaria inimiga durante o dia, a noite ou nas
condições de visibilidade limitada (fumaça, neblina, nevoeiro...).
5.2.3 O GC e as VBTP fornecem proteção mútua durante a execução das mis-
sões. Os elementos desembarcados fornecem segurança para a VBTP, e a via-
tura fornece mobilidade, proteção e uma base de fogos para o ataque.
5.2.4 Ao atuar com elementos desembarcados, o elemento embarcado vai inte-
grar a manobra do GC e/ou Pel com base nos fatores da decisão.

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5.2.5 Elemento embarcado: geralmente, ao mover-se a VBTP, os integrantes
embarcados deslocar-se-ão ou ocuparão uma posição de apoio de fogo para
apoiar as manobras do elemento desembarcado ou realizar uma manobra em-
barcada.
5.2.6 Cada VBTP é guarnecida pelo At e Mot. A Gu é responsável pela seguran-
ça da VBTP quando o GC encontrar-se desembarcado.
5.2.7 Para melhorar a orientação e a busca de alvos pela guarnição da
VBTP é necessário que o posto do At esteja sempre guarnecido, pois os ins-
trumentos ópticos garantem melhores condições para desempenho das tarefas
supracitadas do que as escotilhas do Mot e Cmt.
5.2.8 O GC AO ATUAR COMO ELEMENTO DESEMBARCADO DEVE:
5.2.8.1 Atuar levantando alvos para as armas de apoio da viatura e posicionan-
do-a no terreno para melhor aproveitar suas possibilidades. Após o desembar-
que os fuzileiros apoiam e são apoiados pela VBTP.
5.2.8.2 Normalmente os elementos desembarcados serão comandados pelo
Cmt GC, e os elementos embarcados comandados pelo Atirador da VBTP ou
eventualmente por um Cmt Esquadra caso permaneçam embarcados.
- Os fuzileiros são responsáveis pela utilização dos meios de apoio da VBTP
tanto desembarcados como embarcados.
5.2.9 AS ATRIBUIÇÕES DO SARGENTO COMANDANTE DO GC BLD SÃO
SEMELHANTES ÀS DO COMANDANTE DE GRUPO DE COMBATE MTZ, L E
PQDT
- Comandar o GC, emitindo os comandos necessários e oportunos que o
conduzam ao cumprimento da missão.
- Empregar e controlar o GC, conduzindo o tiro e a manobra da fração.
- Impulsionar as esquadras na ofensiva.
- Selecionar as posições dos homens na defensiva.
- Supervisionar as atividades de manutenção do grupo.
- Conduzir os tiros de artilharia e morteiros na zona de ação em que atua, quan-
do for necessário.
- Coordenar as atividades de manutenção do GC para que esteja em condições
de emprego.
- Designar objetivos.
- Designar alvos para os At L Roj AT-4 de acordo com estudo de situação.
- Distribuir setores de tiro e observação para os comandantes das esquadras.

5-8
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- Ser o responsável pela orientação e navegação do GC.
- Ser o responsável pela instrução, disciplina, controle, emprego tático, adestra-
mento e bem-estar dos comandados para obtenção e manutenção das capaci-
dades necessárias ao combate, mantendo elementos em condições de realizar
o rodízio de funções.
- Ser o responsável pelas comunicações do GC com o pelotão, informando os
reportes quando necessários.
- Confeccionar a documentação referente à fração.
- Checar a entendimento das missões recebidas através das ordens e briefings.
- Gerenciar as atividades logísticas do GC, informando ao comandante às ne-
cessidades de logísticas.
- Como comandante dar o bom exemplo aos integrantes do Grupo.
- Controlar o regime de tiro e distribuição de fogos de acordo com o planejamen-
to de fogos direto do pelotão.
- Manter a responsabilidade sobre os soldados e equipamentos.
- Inspecionar a condição de soldados armas, roupas e equipamentos.
5.2.9.1 Entretanto, também são acrescidas as seguintes atribuições para o
desempenho da função de Comandante da VBTP
− Cmt GC: também desempenha a função de Cmt da VBTP, quando embarcado.
O Cmt VBTP é uma função essencial para o correto emprego da Viatura Blinda-
da e aproveitamento máximo de todas as potencialidades como uma plataforma
de combate. Os Cmt GC são os comandantes das VBTP podendo delegar essa
função ao desembarcar.
− Quando embarcado auxilia o motorista na navegação da viatura e o atirador
na busca de alvos.
− Opera o sistema de comando e controla (rádio ou GCB) da VBTP, podendo
delegar essa atribuição a outro militar.
− Realiza observação do campo de batalha, busca de alvos e comandos de tiro.
− É o principal responsável pelo controle da manutenção dos sistemas de armas
e da VBTP.
− Quando embarcado ocupa, preferencialmente, a estação do Cmt do carro, po-
dendo ainda ocupar a estação do atirador ou o assento mais próximo à escotilha
de desembarque.
− Conduzir a VBTP, designando itinerários, locais de parada e de desembarque.
− Distribuir os setores de tiro e observação para o para o atirador da VBTP e para

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os comandantes de esquadra.
− Designar os militares necessários para realizar o balizamento da VBTP, por
ocasião da condução em locais de espaço restrito.
− Conduzir os tiros de artilharia e morteiros na zona de ação em que atuar, quan-
do for necessário.
− Confeccionar a documentação referente à fração.
5.2.10 AS ATRIBUIÇÕES DO CMT DE ESQUADRA QUANDO EMBARCADO
a) O Cb Cmt Esq que ocupar o assento mais próximo à rampa deve verificar se
existe algum objeto ou até mesmo parte do corpo de algum integrante do GC
que interfira no fechamento ou abertura da rampa para evitar danos ao pessoal
e/ou ao material.
b) Em caso de emergência deve estar em condições de conduzir a VBTP para
uma posição segura.
c) Eventualmente, conforme ordem do Cmt Pel, poderá assumir a função de Cmt
VBTP quando o GC estiver desembarcado, desde que seja habilitado.
5.2.11 AS ATRIBUIÇÕES DO CABO/SOLDADO MOTORISTA
- Conduzir a VBTP sob orientação do Cmt VBTP quando esse estiver embarca-
do, auxiliando na navegação e observando o terreno.
- Conhecer todas as possibilidades e limitações da viatura em relação à obstá-
culos naturais e artificiais com os quais pode se deparar.
- Durante a progressão embarcada deve conhecer as principais técnicas de pro-
gressão visando a segurança dos elementos embarcados e da própria VBTP.
- Auxiliar na detecção de ameaças e alvos compensadores, bem como locais de
onde provém disparos contra a tropa.
- Dirigir a VBTP sob o controle do Cmt da VBTP.
- Ser o responsável pelo acondicionamento e apronto do material da VBTP.
- Seguir os procedimentos de condução de acordo com o terreno e tenta
selecionar posições de desenfiamento.
- Auxiliar na detecção de alvos e observando disparos.
- Auxiliar na navegação através do monitoramento leituras de hodôm e
observando terreno.
- Ser o principal responsável pela execução da manutenção do operador (1º Esc)
da VBTP.

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5.2.12 AS ATRIBUIÇÕES DO ATIRADOR DA VBTP
- Operar o sistema de armas da VBTP e é responsável pela busca, detecção,
reconhecimento, identificação e engajamento de alvos que são potenciais ame-
aças à VBTP e aos elementos desembarcados.
- Fazer a busca, detecção e engajamento de fogos sobre alvos sob o comando
do Cmt da VBTP.
- Estar em condições de apoiar pelo fogo o desembarque do GC e confeccionar
toda a documentação de tiro.
- É o principal responsável pela manutenção relativa ao operador do sistemas de
armas e também auxilia o Mot na manutenção da VBTP.
- Comandar a VBTP quando estiverem embarcados somente ele e o Mot.
- Auxiliar na navegação da VBTP quando estiverem embarcados somente ele e
o Mot.
- Fazer a segurança da VBTP quando o GC desembarca.
- Manter o contato visual com seu Grupo sempre que possível.

5.3 RODÍZIO DE FUNÇÕES


5.3.1 Os Cb Cmt Esq devem estar em condições de assumir o comando do GC,
de operar o Lç Rj e ainda, em caso de emergência, de conduzir a VBTP para
uma posição segura.
5.3.2 O Cb Mot e os 3º esclarecedor devem estar em condições de operar o ar-
mamento da VBTP e o sistema de comando e controle da VBTP.
5.3.3 O Cb At da VBTP deve estar em condições de conduzir a VBTP.
5.3.4 Além dos atiradores e motoristas, todos os integrantes do GC devem
ser habilitados, de forma básica, a dirigir a VBTP e utilizar o armamento coletivo.
5.3.5 Os Sd Esclarecedores devem estar em condições de assumir o comando
da esquadra e a missão dos Sd Atiradores, operando em boas condições as Mtr
L do GC.
5.3.6 Os Sd Atiradores devem estar em condições de desempenhar as funções
dos Sd Esclarecedores.

5.4 ENUNCIAR FUNÇÕES


5.4.1 O comando de enunciar funções tem a finalidade de verificar se todos os
homens estão presentes e cientes da função que irão desempenhar no exercício
ou ação de combate, bem como verificar eventuais faltas ou baixas na fração.
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- É empregado nas seguintes situações:
5.4.1.1 Antes de um exercício.
5.4.1.2 Após movimentos que dispersem o GC.
5.4.1.3 Após exercícios ou ações de combate.
5.4.1.4 Após efetuado rodízio de funções.
5.4.1.5 Antes e depois de um deslocamento aéreo, no caso dos GC Leve e Pa-
raquedista
5.4.2 Execução – ao comando de “GRUPO ATENÇÃO! ENUNCIAR FUNÇÕES!”,
cada homem, na sequência mostrada na Tab 13 , a partir do Cmt GC inclusive,
tomará a posição de sentido, levantará energicamente o braço direito com a mão
espalmada e voltada para frente e dirá a graduação e função em voz alta.
a) Caso o GC esteja desdobrado no terreno, o militar somente dirá, em voz alta,
a graduação e função, permanecendo na posição em que se encontrar.
b) É conveniente que o Cmt GC esteja em uma posição que lhe permita observar
toda a fração.
5.4.3 Nos casos em que a guarnição também estiver desembarcada, o cabo
motorista e o soldado atirador da Mtr .50 enunciarão funções, nesta ordem, logo
após a 2ª esquadra acabar de fazê-lo.

5.5 O GC EMBARCADO
5.5.1 Quando o GC Bld desloca, ele deve estar permanentemente preparado
para combater de dentro das VBTP com escotilhas abertas. Isso significa que
Cmt do GC devem organizar os homens nas VBTP de forma a serem capazes
de observar e atirar enquanto se deslocam.
5.5.2 Para cada homem deve ser designado um setor de tiro e observação.
5.5.3 Para a observação antiaérea, pode ser escalado um militar para esta mis-
são, entretanto, todos são responsáveis dentro do setor designado.
5.5.4 Os Cmt GC devem em uma posição onde possam observar o deslocamen-
to do Pel.
5.5.5 Em algumas situações, quando da necessidade de vencer resistências,
obstáculos e outros, o GC poderá compor duas equipes: Equipe embarcada e
Equipe desembarcada.
5.5.6 A equipe embarcada será homens que atuarão nas viaturas, enquanto a
equipe desembarcada atuará em situações que exijam o combate a pé.

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Fig 38 - Exemplo de ocupação da VBTP pelos integrantes do GC

5.5.7 Além da Gu da VBTP, outros membros do GC podem ser designados para


a equipe embarcada, de acordo com a situação. Por exemplo, O Cmt do GC
decide deixar um At Esqd e um At Lç Roj AT-4 na equipe embarcada. Nessa
situação deverá ser designado um Cmt desta equipe, já que o Cmt do GC,
geralmente, estará com os elementos desembarcados.
5.5.8 O GC atuará sempre que possível embarcado, aproveitando desta forma
todas as vantagens que a VBTP lhe oferece.
5.5.9 A progressão embarcada possibilita ao GC o uso das capacidades das
VBTP obtendo assim melhorias consideráveis de observação, identificação e
detecção noturna e diurna, comando e controle e relativa proteção blindada.
5.5.10 Com isso, fornece aos fuzileiros melhores condições de aproximação até
uma posição vantajosa no terreno ou mesmo próxima ao objetivo. De acordo com
os fatores da decisão, o Cmt poderá dar ordem aos comandados para ocuparem
as escotilhas. Nessa situação o sistema de armas da VBTP não operará na
plenitude das capacidades.
- Ao decidir entre abrir ou fechar as escotilhas, o comandante terá as seguintes
vantagens e desvantagens:

5-13
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ESCOTILHAS VANTAGENS DESVANTAGENS


1. Maior proteção blindada 1. Campos de observação limi-
para os integrantes da VBTP. tados aos periscópios do Cmt
2. Neste caso, a observação se VBTP, At e Mot.
restringe à que é feita, através 2. Dificuldade no controle
dos periscópios, pelo motorista das reais posições das VBTP.
Fechadas e pelo Cmt da VBTP (Cmt
Pel, Adj ou Cmt GC), o qual,
para tanto, ocupa o lugar do
At Mtr. 50. Cada carro recebe
um setor de observação que
coincide com o setor de tiro da
sua Mtr .50.
1. Maior amplitude na observa- 1. Menor proteção blindada
ção do terreno em até 1000 m. para os integrantes da VBTP.
2. Possibilita o maior empre- 2. Maior exposição da VBTP.
Abertas go dos armamentos individu-
ais.
3. Melhor observação das re-
ais posições das VBTP.

Tab 14 - Comparativo entre escotilhas abertas e fechadas

5.6 TÉCNICAS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DA VBTP


5.6.1 PRINCÍPIOS GERAIS
5.6.2 A integridade tática entre as esquadras deve ser, dentro do possível, man-
tida, a fim de que o controle, ao desembarcar, seja facilitado. Cada esquadra
ocupa um lado da VBTP.
5.6.3 O local e a sequência de embarque e desembarque são uma decisão
do comandante da fração conforme o exame de situação, baseado nos fatores
da decisão.
5.6.4 De acordo com a situação tática, para facilitar o controle e a segurança
durante o embarque e o desembarque dos integrantes do GC, os Cmt Esq e os
Sd Atdr poderão ocupar as escotilhas do compartimento da tropa, do lado res-
pectivo de suas esquadras.
5.6.5 Para o embarque e desembarque, o Cb Mot e o Atdr VBTP ficarão embar-
cados.
5.6.6 O GC realizará o embarque e o desembarque com a viatura parada nos
casos de deslocamentos administrativos ou em combate, desde que longe do
inimigo, em posição abrigada ou no mínimo coberta.
5.6.7 Conforme o planejamento ou quando for necessário o desembarque, a
fração deverá levar os meios necessários para o cumprimento da missão. Nesta

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situação os atiradores de Lç Rj devem ficar atentos, pois alvos blindados podem
surgir repentinamente. Caso exista uma ameaça, o comandante da fração deve
indicar sua direção.
5.6.8 Os comandos de embarcar e desembarcar poderão ser emitidos a voz, por
rádio e/ou gestos e sinais convencionados.
5.6.9 EMBARQUE EM VIATURA PARADA
5.6.9.1 Exemplo de comando
− Advertência: “Grupo atenção!”
− Comando propriamente dito: “Preparar para embarcar!”
− Execução: “Embarcar!”

Fig 39 - Exemplo de embarque pelos integrantes do GC

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5.6.9.2 Execução
a) Ao comando de “Preparar para embarcar!”, os militares recolhem o material e
equipamento que conduzem e se deslocam para a parte traseira da VBTP.
b) Ao comando de “Embarcar!”, as esquadras podem embarcar das seguintes
formas: simultânea, sucessiva, alternada ou homem a homem.
c) Após o embarque, os militares mais próximos da rampa certificam-se que
nada atrapalhará o fechamento dela. Após isso, informam ao Cmt VBTP que a
rampa pode ser fechada e este ordena o fechamento.
5.6.10 DESEMBARQUE EM VIATURA PARADA
5.6.10.1 Exemplo de comando:
− Advertência: “Grupo, atenção!”
− Comando propriamente dito: “Preparar para desembarcar!”
− Tipo de resistência inimiga: “Posição AC!”
− Direção do inimigo: “Duas horas!”
− Execução: “Desembarcar!”
5.6.10.2 Execução
a) Ao chegar à posição de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista
para que abra a rampa.
b) Ao comando de “Preparar para desembarcar!”, os militares se preparam para
o desembarque conforme o planejamento.
c) Ao comando de “desembarcar”, as esquadras podem desembarcar das se-
guintes formas: simultânea, sucessiva, alternada ou homem a homem.
d) Após o desembarque, os elementos embarcados se certificam que podem
fechar a rampa e, em seguida, executam a ação.
5.6.11 EMBARQUE EM MOVIMENTO
5.6.11.1 A fração deverá embarcar pela rampa com a viatura em movimento
quando estiver sob fogos e não houver uma posição abrigada ou pelo menos
coberta.
5.6.11.2 Exemplo de comando
− Advertência: “Grupo, atenção!”
− Comando propriamente dito: “Preparar para embarcar!”
− Execução: “Embarcar!”
5.6.11.3 Execução
a) O Cmt da fração realiza o contato com os elementos embarcados e manda
baixar a rampa.
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b) O motorista abaixa a rampa e diminui a velocidade.
c) Ao comando de “Preparar para embarcar”, os militares recolhem todo o mate-
rial e se deslocam em direção à VBTP.
d) Ao comando de “Embarcar”, as duas esquadras embarcam na viatura ao mes-
mo tempo.
e) A distância entre os militares deve ser de 10 a 15 m, a fim de que o homem da
frente libere a rampa para o seguinte. Cada fuzileiro que embarcar deve ajudar
o próximo.
5.6.12 DESEMBARQUE EM MOVIMENTO
5.6.12.1 O desembarque com a viatura em movimento somente é realizado
quando houver risco da fração permanecer embarcada e não houver uma posi-
ção abrigada para a VBTP.
5.6.12.2 É realizado pela rampa e pode ser ter dois processos
a) Por esquadras intercaladas; e
b) por esquadras sucessivas.
5.6.13 POR ESQUADRAS INTERCALADAS: é utilizado quando o comandante
deseja posicionar as frações (grupo ou esquadras) em uma mesma região do
terreno.

Fig 40 - Exemplo de desembarque por esquadras intercaladas

5.6.13.1 Exemplo de comando


− Advertência: “Grupo, atenção!
− Comando propriamente dito: “Preparar para desembarcar!”
− Processo de Desembarque: “Por esquadras intercaladas!”
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− Tipo de resistência inimiga: “CC INIMIGO!”
− Direção do Ini: “10 horas!”
− Execução: “Desembarcar!”

Fig 41 - Exemplo de designação da direção do inimigo antes do desembarque

5.6.13.2 Execução
a) Ao chegar à região de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista para
que abra a rampa.
b) Ao comando de “Preparar para desembarcar!”, os militares se preparam
para o desembarque conforme planejamento.
c) Ao comando de “Desembarcar!”, as esquadras desembarcam de forma inter-
calada sendo um militar de cada esquadra por vez.
d) Após o desembarque, os elementos embarcados se certificam que podem
fechar a rampa e, em seguida, executam a ação.

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5.6.14 POR ESQUADRAS SUCESSIVAS: é utilizado quando o comandante de-
seja dispersar as frações (grupo ou esquadras) em pontos diferentes.

Fig 42 - Exemplo de desembarque por esquadras sucessivas

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5.6.14.1 Exemplo de comando
− Advertência: “Grupo, atenção!”
− Comando propriamente dito: “Preparar para desembarcar!”
− Processo de Desembarque: “Por Esq sucessivas!”
− Tipo de Resistência Ini: “CC INIMIGO!”
− Direção do Ini: “02 horas!”
−Execução: Desembarcar!”
5.6.14.2 Execução
a) Ao chegar à região de desembarque, o Cmt VBTP dá ordem ao motorista para
que abra a rampa.
b) Ao comando de “Preparar para desembarcar”, os militares se preparam
para o desembarque conforme planejamento.
c) Ao comando de “Desembarcar!”, as esquadras desembarcam uma por vez.
Após o desembarque, os elementos embarcados se certificam que podem fe-
char a rampa e, em seguida, executam a ação.
5.6.15 ABRIR E FECHAR AS ESCOTILHAS
5.6.15.1 Quando embarcados, durante a progressão do GC, após analisar os
fatores da decisão, o Cmt Pel poderá dar ordem aos Cmt VBTP para que abram
as escotilhas da tropa e posicionem militares para a segurança e observação. Da
mesma forma, o fechamento das escotilhas poderá ser ordenado.
- Todos os militares deverão ser capazes de operar todas as escotilhas.
5.6.15.2 Exemplo de comando
− Advertência: “Grupo, atenção!”
− Comando propriamente dito: “Abrir/fechar escotilhas!”
5.6.15.3 Execução
- Para a abertura das escotilhas, os militares responsáveis, conforme NGA dos
integrantes da VBTP, deverão realizar a ação e posicionar os armamentos nos
setores de tiro já designados pelo Cmt VBTP. Para o fechamento, os militares
que ocupam as escotilhas executam a ação.

5.7 TÉCNICAS DE PROGRESSÃO EMBARCADA


5.7.1 O GC deve progredir com a máxima segurança possível, a fim de expor o
mínimo dos meios.

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5.7.2 Na progressão embarcada os GC Bld, poderão ser empregadas de forma
a mobiliar uma seção composta a duas viaturas blindadas.
5.7.3 Formações táticas são relativamente fixas, as técnicas de progressão, não.
A distância entre as viaturas do Pel ou a distância do lanço de cada viatura ou
seção, em relação à viatura ou seção que realizará a cobertura varia de acordo
com o terreno e a situação tática.
5.7.4 A técnica de progressão escolhida depende, basicamente, da possibilidade
de atuação do inimigo (segurança) e da velocidade necessária ao movimento
(rapidez). Existem três formas de progredir ditadas conforme a possibilidade de
contato:

TÉCNICA DE POSSIBILI- CARACTERÍSTICAS


PROGRES- DADE DE
SÃO CONTATO CONTROLE DISPERSÃO VELOCIDADE SEGURANÇA

Progressão
Remoto Bom Mínima Boa Mínima
Contínua
Progressão Pouco
Mínimo Boa Lenta Boa
Protegida Provável
Progressão
Iminente Máximo Máxima Muito lenta Máxima
por Lanços

Tab 15 - Relação entre a técnica de progressão e possibilidade de contato

5.7.5 A progressão contínua e a progressão protegida se diferem somente na


distância entre as viaturas que lideram o movimento e as outras viaturas. Duran-
te a progressão por lanços, o Pel ou GC espera o contato com o inimigo e está
preparado para responder ao fogo, imediatamente. Enquanto uma seção esta-
belece uma posição de observação a outra se move para outra posição.
5.7.6 CONSIDERAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO
5.7.6.1 É ideal que a viatura ou seção que está realizando a cobertura mantenha
o contato visual com os elementos que executam os lanços. É recomendado
que antes de uma progressão por lanços, o Cmt GC considere os seguintes
aspectos:
a) direção e localização do inimigo (se conhecida);
b) posições dos elementos que farão a cobertura;
c) próxima posição protegida;
d) rota do lanço;
e) o que fazer após o lanço quando chegar na posição;
f) qual sinal para informar que chegou e está em condições e assumir a cober-
tura; e

5-21
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g) como receberá as próximas ordens.
5.7.7 SEGURANÇA DURANTE O MOVIMENTO
5.7.7.1 A segurança durante o movimento inclui todos os procedimentos execu-
tados pelo GC para garantir a segurança e aumentar a capacidade de combate.
Informações sobre a localização, situação tática e o inimigo deverão ser informa-
das ao Cmt Pel por via rádio e/ou pelo Gerenciador de Campo de Batalha (GCB).
Porém nada substitui a observação e o reconhecimento (observando o terreno,
e procurando pelo inimigo).
5.7.7.2 Terreno
- Quando planejar o movimento, o Cmt GC deve considerar como o terreno afeta
a segurança. O Cmt GC deve realizar o estudo do terreno dentro da zona de
ação e selecionará o melhor itinerário para o cumprimento da missão, prefe-
rencialmente com maior número de cobertas e abrigos. Ao mesmo tempo, ele
deverá considerar os outros fatores de decisão.
5.7.7.3 Disciplina de Luzes
- Se os soldados precisarem de uma quantidade maior de luz do que um EVN
com infravermelho, ele pode utilizar outras fontes de luz infravermelha. No en-
tanto, essa combinação deverá garantir a luz necessária com o mínimo de risco
de detecção por parte do inimigo.
5.7.8 PROGRESSÃO CONTÍNUA
5.7.8.1 O GC se desloca em coluna enquadrado no Pel, separado lateralmente
com intervalos que variam de acordo com os fatores da decisão, normalmente
entre 50 a 100 m entre as viaturas. As armas são orientadas para estabelecer
segurança em todas as direções.
5.7.9 PROGRESSÃO PROTEGIDA
5.7.9.1 O GC, embarcado em sua VTP, se desloca em coluna enquadrado no
Pel, separado lateralmente com intervalos que variam de acordo com os fatores
da decisão, normalmente entre 50 a 100 m entre as viaturas. O contato visual
entre as VBTP deve ser mantido. Durante essa progressão, caso o contato com
o inimigo seja estabelecido, todos os fuzileiros devem ficar em condições de
responder ao fogo imediatamente.
5.7.9.2 Nesta técnica de progressão a VBTP do GC se desloca de forma contí-
nua por um itinerário coberto e abrigado que lhe proporcione proteção da obser-
vação e fogos diretos inimigos. Enquanto uma outra VBTP a retaguarda se move
com velocidade variável, provendo uma contínua cobertura, mantendo o contato
com a VBTO da frente e parando periodicamente para realizar observações. A
VBTP da retaguarda fica perto o suficiente para prover uma base fogos imediata
e manobrar para apoiar e, longe o suficiente para ter liberdade de manobra em

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caso do inimigo engajar a VBTP da frente.
5.7.10 PROGRESSÃO POR LANÇOS
5.7.11 Quando o GC progride por lanços, a VBTP do GC executa o lanço en-
quanto outra viatura realiza a cobertura a partir de uma posição abrigada. Os
elementos que fazem a cobertura do o lanço deve ser capaz de, se for o caso,
apoiar pelo fogo ou até mesmo manobrar em apoio ao elemento que realiza o
lanço. O elemento que cobre o lanço só deverá abrir fogo se for identificada a
presença do inimigo. O elemento que realiza o lanço deverá ter o cuidado de não
entrar na linha de fogo de quem o cobre.
5.7.12 Durante a progressão por lanços, cada GC terá um setor o qual deverá
ser observado. O setor deve ser identificado como uma área específica ou por
pontos de referência ou usar o método relógio.
5.7.13 Caso seja necessária a cobertura pelo fogo, esta poderá ser feita pelo
fogo da VBTO ou se for o caso, o Cmt pode dar ordem para que os fuzileiros
desembarquem e realizem o apoio pelo fogo à VBTP que realiza o lanço.
5.7.14 Se o local de destino da VBTP que realiza o lanço for uma área aberta, ao
ocupar o local, os fuzileiros devem desembarcar para estabelecer a segurança.
Tão logo a VBTP que realizou o lanço tenha estabelecido a segurança, o ele-
mento que faz sua cobertura se deslocará à frente, repetindo o processo.
- Existem dois tipos de lanços, os sucessivos e os alternados.

Fig 43 - Exemplo de lanços alternados e sucessivos

5.7.14.1 Lanços Sucessivos


a) Inicia-se o estudo dessa técnica considerando que a primeira VBTP esteja
ocupando uma posição coberta e abrigada ao longo do terreno, tendo as viaturas
da seção, designado os setores de tiro para as VBTP e realizado a observação
do terreno à frente.

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b) Não havendo indícios de atuação inimiga, é chamada a segunda VBTP, que
se posiciona em um local próximo à primeira VBTP e troca as informações ne-
cessárias.
c) Quando a segunda VBTP estiver em condições de observar e apoiar pelo
fogo, a primeira VBTP prossegue para o próximo compartimento do terreno.
d) Quando a primeira VBTP atinge a posição, o processo é reiniciado. Esse
processo é mais lento que o processo por lanços alternados, entretanto é mais
seguro.
5.7.14.2 Lanços Alternados
a) Considerando a situação inicial idêntica à do item anterior, o Cmt posiciona as
viaturas e observa o compartimento do terreno à frente da posição.
b) Não tendo observado indícios de atividade inimiga, chama a segunda VBTP,
que inicia o movimento, passa pela posição da primeira VBTP, troca as informa-
ções necessárias e prossegue para ocupar uma posição no próximo comparti-
mento do terreno, protegida pela primeira VBTP. Ao atingir a próxima posição,
a segunda VBTP ocupa o terreno, observa e sinaliza para que a primeira VBTP
avance, reiniciando o processo.
c) O lanço alternado é mais rápido que o lanço sucessivo, entretanto é menos
seguro.

5.8 TÉCNICAS DE PROGRESSÃO EMBARCADA E DESEMBARCADA SI-


MULTANEAMENTE (COMBINADO FUZ-VBTP)
- O GC pode progredir com os fuzileiros desembarcados simultaneamente com
a VBTP fornecendo suporte e apoio mútuo. Normalmente é realizado em áreas
humanizadas.
5.8.1 EM AMBIENTE RURAL O COMANDANTE DE GC PODE EMPREGAR
a) o GC e/ou esquadra desembarcados apoiando a progressão da VBTP;
b) a VBTP a frente apoiando a progressão do GC ou de uma esquadra desem-
barcados;
c) o GC e/ou esquadra acompanhado a VBTP; e
d) Elementos embarcados vigiando áreas elevadas e aproximação aérea.
5.8.2 VANTAGENS DE USAR A TROPA DESEMBARCADA
− Aumentar o segurança local e da VBTP.
− Rápida resposta em caso de emboscada.
− Rápida transição para uma manobra.
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5.8.3 DESVANTAGENS DE USAR A TROPA DESEMBARCADA
− O movimento é mais lento.
− Aumento do risco para o fuzileiro a pé.
− Necessidade de revezamento do elemento a pé para deslocamentos longos.
5.8.4 NECESSIDADE DE EMBARCAR NA VIATURA SE FOR NECESSÁRIO
AUMENTAR A VELOCIDADE
a) Ao se deslocar em uma área urbana, os GC usam variações das técnicas de
progressão continua, protegida e por lanças.
b) As VBTP podem estar se deslocando protegidas atrás dos elementos a pé em
deslocamento por lanços.
c) As viaturas exigem que os fuzileiros desembarquem para fornecer a seguran-
ça aproximada.
d) Os GC e as esquadras podem se deslocar em o terreno restrito ou aproveitar
a cobertura disponível da VBTP.
5.8.5 Os Cmt devem estar cientes do aspecto tridimensional do terreno urbano.
5.8.6 Os elementos a pé são vulneráveis ao emprego de caçadores inimigos e
todos devem conhecer as técnicas contra caçador.

5.9 AÇÕES EM ÁREAS DE RISCO


5.9.1 APÓS REALIZAR A ANÁLISE DO TERRENO A SER PERCORRIDO, O
CMT DEVERÁ IDENTIFICAR AS ÁREAS DE RISCO
- O Cmt, por ocasião do planejamento do itinerário a ser percorrido deverá mar-
car as áreas de risco na carta e no Gerenciador de Campo de Batalha. O termo
“área de risco” refere-se a qualquer região do itinerário onde o terreno poderá
expor o GC à observação do inimigo, fogos ou ambos. Como exemplo, pode-se
citar grandes áreas abertas, autoestradas, trilhas, pontes e cursos d’água. Se
possível, o Cmt deverá evitar estas áreas. Naturalmente, a travessia de uma
área de risco deve ser feita o mais rápido e cuidadosa possível. Durante o plane-
jamento o Cmt estabelecerá medidas de coordenação e controle antes e depois
da área de risco.
5.9.2 TRAVESSIA DE GRANDES ÁREAS ABERTAS
5.9.2.1 Se o tempo e o terreno permitirem, o GC desembarcará e reconhe-
cerá o itinerário a ser percorrido pelas VBTP, estabelecerá a segurança na
região mais distante, ou seja, do outro lado da área de risco e aguardará a
chegada da viatura.

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a) Porém, a distância entre as posições cobertas e abrigadas podem tornar o
emprego da infantaria desembarcada impraticável.
b) Se o tempo restrito impedir que o GC realize o procedimento desembarcado,
esse poderá transpor embarcado, utilizando a progressão protegida ou por lan-
ços, desde que seja apoiado por outro elemento de seu Pel.
5.9.2.2 Geralmente áreas abertas possuem limitadas posições cobertas e
abrigadas e nessa situação, o Cmt GC deverá considerar os fatores da de-
cisão para a possibilidade de emprego de fogos diretos e indiretos enquan-
to o GC progride.
- Além disso, poderão ser utilizados fogos fumígenos para proporcionar cober-
tura.

5.10 MANOBRA DO GC BLD

Fig 44 - Exemplo de Manobra Frontal e de Flanco com o apoio da VBTP

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5.10.1 As manobras do GC Bld serão semelhantes às do GC a pé considerando
o apoio de fogo proporcionado pela VBTP.
5.10.2 O emprego da VBTP poderá estar ao comando do Cmt do GC ou sendo
empregado como uma seção em apoio ao Pel. Nesse caso, o GC participará
enquadrado na manobra de seu Pel.

5.11 MEDIDAS CONTRA FRATRICÍDIO


- Quando o GC Bld iniciar um lanço coberto pelas VBTP, essas devem conhecer
a posição e o itinerário por onde serão executados os lanços. Essa medida evita
que os fuzileiros sejam engajados pelos disparos realizados pelas VBTP. Deve-
-se observar que os elementos que manobram não devem entrar na linha de tiro.
Se isso ocorrer, o fogo deve ser suspenso ou mudado de direção.

5.12 MANEABILIDADE A PÉ
5.12.1 O objetivo da maneabilidade desembarcada é permitir o emprego do fogo
e da manobra no âmbito do GC. A maneabilidade do GC, quando desembarca-
do, será a mesma do GC Mtz, L e Pqdt. O Cmt Pel deve atentar para a realização
da maneabilidade desembarcada contando com o apoio de fogo dos sistemas
de armas das VBTP.

5.13 CONDUTA DO GC NAS OPERAÇÔES


5.13.1 NA OFENSIVA
5.13.2 Durante as ações ofensivas normalmente o GC Mec atuará enquadrado
como parte integrante de um pelotão. Nessas condições, o grupo irá atuar de
acordo com o dispositivo do pelotão.
5.13.3 Quando atuando de forma isolada, durante ou uma patrulha ou como pon-
ta, o GC Mec pode realizar as ações embarcadas ou desembarcadas. Usando o
apoio de fogo da VBTP para realizar ataques empregando o fogo e o movimento
realizando uma das manobras do GC.
5.13.4 NO ASSALTO
5.13.4.1 No assalto, sempre que possível, a destruição do inimigo deverá ser
feita pelo fogo. O apoio de fogo da VBTP deverá ser empregado. Isso reduzirá a
exposição dos homens e conservará os integrantes do GC.
5.13.4.2 Se a destruição não for possível somente pelo fogo, um assalto desem-
barcado será previsto.
5.13.4.3 Se o inimigo oferecer uma leve ou média resistência, deverá ser feita
uma tentativa de localizar um ponto fraco no dispositivo.
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EB70-CI-11.440
5.13.4.4 Assalto embarcado deverá ser executado somente quando a resis-
tência inimiga for fraca.
− Esse tipo de assalto deverá ser coordenado com fogos indiretos que não de-
verão por em perigo a VBTP.
5.13.4.5 Situações que forçam o desembarque durante o assalto
a) Antes da posição defensiva inimiga quando os fogos inimigos, principalmente
o fogo anticarro ou o terreno não permitem o avanço.
b) Em cima da posição inimiga para impedi-los de atirar na VBTP pela retaguar-
da.
c) Após as posições inimigas quando não há possibilidade de ser atingido pela
retaguarda.
5.13.4.6 O assalto desembarcado poderá ocorrer
− Com o apoio da VBTP progredindo junto com o GC.
− Com a VBTP em base de fogos e o GC a pé.
− Com a VBTP por uma via de acesso ao GC. Por outra, normalmente, enqua-
drado na manobra do Pel.
5.13.4.7 A VBTP, ao servir de base de fogos, deverá buscar uma posição
que evite ser descoberta pelo inimigo antes da abertura dos fogos
a) Utilizar cadência máxima de fogos para neutralizar o inimigo.
b) Quando o inimigo estiver neutralizado, a cadência do tiro será diminuída. Em-
bora a pressão sobre o inimigo seja constante.
c) Quando o grupo que manobra chegar próximo ao objetivo, a cadência de tiro
deverá ser aumentada para forçar o inimigo a manter-se aferrado ao terreno. Isto
permite o elemento que manobra chegar próximo ao inimigo sem que este tenha
tempo para a reação.
d) Quando iniciar o assalto ou por sinal, o elemento que apoia pelo fogo cessa
ou muda a direção de tiro. Deve-se ter o cuidado para que os elementos que ma-
nobram não entrem na linha de tiro. Se isto ocorrer, o fogo deverá ser suspenso
ou mudado de direção.
e) A VBTP deverá procurar posições, sempre que possível, mais elevadas ou
nos flancos do elemento que manobra.
5.13.4.8 No assalto desembarcado o GC progredirá dentro da formação adequa-
da até o mais próximo possível do inimigo, utilizando o fogo, inclusive da VBTP,
e movimento.
5.13.4.9 O assalto será desencadeado assim que for alcançada a superioridade
de fogos local sobre o inimigo. A formação mais adequada para o assalto é a
5-28
EB70-CI-11.440
formação em linha.
5.13.4.10 Os homens avançam todo o tempo utilizando o terreno, aproveitando
os abrigos existentes, sem se expor desnecessariamente.
5.13.4.11 É grande o risco de desorganização neste momento, exigindo rápida e
agressiva ação de comando do Cmt GC, impulsionando e controlando o grupo.
5.13.4.12 As armas serão conduzidas o tempo todo em posição de emprego
imediato e em condições de tiro. Os disparos apenas ocorrerão contra alvos
identificados, evitando- se desperdício de munição com tiros a esmo.
5.13.4.13 Os homens devem realizar o controle da quantidade de tiros dados. No
momento de efetuar a troca de carregador abrigar-se-ão para efetuá-la.
5.13.4.14 Após ultrapassar a linha do objetivo, os homens iniciam imediatamente
os trabalhos de consolidação, que constam de reajuste do dispositivo, prepara-
ção de abrigos para homem deitado, divisão de setores de tiro e vasculhamento
das posições inimigas.
5.13.4.15 Mediante ordem, ocorre a reorganização. As atividades de reorgani-
zação consistem em redistribuição da munição, atendimento a feridos, consumo
de ração, e evacuação das baixas e prisioneiros de guerra (PG). A conduta com
os PG será definida pelo comandante de pelotão, de acordo com a ordem de
operações passada pelo comandante de companhia.
5.13.4.16 As atividades de consolidação têm prioridade sobre as atividades
de reorganização e podem ocorrer simultaneamente de acordo com a situação.
5.13.4.17 Durante o assalto o Cmt do GC raramente atira, porém se posiciona a
uma distância próxima das esquadras para assegurar a continuidade de fogos e
manter os GC em linha.
5.13.4.18 Durante o assalto o Cmt do GC deve garantir que os fogos de assalto
sejam os mais violentos e densos possíveis, procurando destruir o inimigo na
posição bem como obter uma vantagem psicológica ao abalar a moral do inimigo
dentro da posição defensiva. Para que isto ocorra durante a realização dos fogos
de assalto, os integrantes devem realizar um disparo a cada dois ou três passos
dados mantendo o fogo na direção do avanço e visando as possíveis posições
do inimigo no terreno (pequenas dobras, tocas e pequenas cobertas e abrigos).
5.13.4.19 O grupo não se detém na orla anterior do objetivo e deve progredir até
a orla posterior do objetivo ou até a linha limite de progressão.
5.13.4.20 Além do emprego dos fuzis, as granadas de mão e o lançador de gra-
nadas são usados para cegar e destruir núcleos de resistência, localizados na
direção de progressão.

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EB70-CI-11.440
5.13.5 NA TRANSPOSIÇÃO DE ZONAS BATIDAS POR FOGOS LONGÍNQUOS
5.13.5.1 Quando embarcado, o Cmt GC ordena o fechamento das escotilhas e
procura evadir da zona batidas por fogos empregando a VBTP.
5.13.5.2 Se estiver desembarcado, o GC se dispersa e lança-se através da zona
batida por fogos, transpondo-a na forma mais rápida possível.
5.13.6 NA DEFENSIVA
5.13.6.1 Na defensiva o Cmt do GC deve escolher a posição da VBTP e dos
homens priorizando o posicionamento das VBTP e das Mtr L do GC.
5.13.6.2 As posições são escolhidas a fim de garantir um recobrimento entre os
setores de tiro e de forma a melhor aproveitar os campos de tiro.
5.13.6.3 As VBTP normalmente ocupam primeiro uma posição de desenfiamento
e, quando da presença do inimigo, ocupam uma posição de tiro.
5.13.6.4 De acordo com o tipo de operação defensiva, o comandante pode em-
pregar aumentar a distância entre as tocas para realizar um retardamento ou
vigilância. Nesta situação, o GC passará a ocupar a crista topográfica, visando
engajar o inimigo o mais longe possível e facilitar o desengajamento próprio.
5.13.6.5 A conduta do GC na defensiva tem início quando a observação sobre o
inimigo é suficiente para permitir a execução de fogos ajustados. À medida que
o inimigo avança, ele é submetido a um volume crescente de fogos.
5.13.6.6 Deve ser evitado atirar com o armamento que não possui alcance sufi-
ciente para atingir o objetivo. O engajamento é realizado de acordo com o avan-
ço do inimigo.
5.13.6.7 Durante a construção da posição deve-se buscar o máximo de
ocultação possível. As medidas a seguir podem ser tomadas para facilitar essa
ocultação:
5.13.6.8 Permanecer na sombra sempre que possível;
5.13.6.9 Utilizar galhos e folhas para modificar as silhuetas dos homens, armas
e equipamentos;
5.13.6.10 Modificar o colorido das superfícies dando-lhes as tonalidades do am-
biente;
5.13.6.11 Ocultar objetos claros e brilhantes.
5.13.6.12 Ocultar a terra retirada nos trabalhos de construção de tocas e espal-
dões. Modificar o contorno das tocas e espaldões, camuflando-os com meios
naturais;
5.13.6.13 Estabelecer uma disciplina de disfarce para assegurar de que as
posições permanecem ocultas, principalmente com as seguintes conside-
rações

5-30
EB70-CI-11.440
a) Utilizar, se possível, caminhos, trilhas e estradas existentes. Caso seja ne-
cessário movimentar pelo campo, deve-se atentar para eliminar ou disfarçar os
vestígios desse movimento.
b) A terra fresca e os refugos devem ser enterrados ou escondidos. É necessária
uma fiscalização para que os refugos, como por exemplo, os restos de ração,
não denunciem a localização da posição.
c) Os aspectos gerais do terreno devem ser modificados o mínimo possível.
5.13.6.14 Para a organização da posição defensiva, o Cmt do GC conduz os
homens até a posição. Os atiradores da esquadra são posicionados provisoria-
mente para bater o setor de tiro designado para todo o GC, e junto aos mesmos
é colocado um vigia. Antes dos inícios dos trabalhos de organização, o Cmt
determina que cada homem se deite no local onde serão construídas as tocas e
verifica os campos de observação e de tiro que cada toca oferece. Esse trabalho
permite identificar se nos limites dos setores de tiro há o recobrimento de fogos
e a existência de algum ângulo morto. Após essa verificação são iniciados os
trabalhos na seguinte sequência:
− estabelecer a segurança;
− assegurar as Com fio entre o seu GC e sua VBTP;
− fiscalizar o funcionamento do PV/PE Posicionar VBTP e a posição das tocas
do GC e outros meios recebidos. A VBTP, geralmente, ocupa diferentes posições
para atirar. Para cada posição ocupada deve haver um caminho desenfiado para
as Vtr chegarem à posição de embarque. Será mais difícil encontrar caminhos
desenfiados para as VBTP devido ao tamanho;
− limpeza dos campos de tiro;
− localização do suprimento inicial de munição e escolha dos itinerários
de ressuprimento;
− preparação dos roteiros de tiro, incluindo a avaliação de distância aos
pontos importantes no terreno, possíveis pontos de referência de alvo (PRA);
− escolha e preparação da posição principal;
− escolha e preparação das posições de muda e suplementar;
− identificar a posição de embarque se necessário. Devendo lembrar que a VBTP
desloca-se mais rápido que o GC e tem maior proteção contra o fogo inimigo;
− inspeção da posição para verificar de perto se a posição se acha coberta e
abrigada da observação terrestre e aérea;
− preparação dos roteiros do GC em duas vias, mostrando as medidas de coor-
denação e controle empregadas, sendo uma via enviado ao Cmt do Pel e outra
ficando de posse do Cmt do GC;

5-31
EB70-CI-11.440
− transmitir informações adicionais e mudanças no plano;
− confeccionar um plano de alerta e segurança do GC;
− reconhecer posições de muda e suplementares e caminhos desenfiados;
− designar áreas de latrina do GC;
− mobiliar PO e operar;
− descanso e higiene pessoal; e
− fiscalizar todas as atividades.
5.13.6.15 Atirador da VBTP e o Motorista devem:
− estabelecer a segurança da VBTP;
− confeccionar o roteiro de tiro da VBTP;
− estabelecer Com fio;
− estocar na VBTP, munição, ração , água e material de manutenção
− realizar a manutenção da VBTP e do armamento;
− balizar as posições de desenfiamento com no mínimo 3 estacas, sendo (uma)
estaca será colocada à frente da VBTP, centralizada, alinhada com a Mtr. 50.
Essa estaca deverá ser o suficientemente grande para que o Mot possa vê-la. As
outras 02(duas) estacas serão postas à esquerda da VBTP. Ainda poderão ser
utilizados dispositivos luminosos nas estacas para facilitar a observação noturna.
− reconhecer caminhos para posições de muda e suplementares;
− camuflar a VBTP;
− limpar os rastros da VBTP; e
− observar o seu setor.
5.13.6.16 Os fogos defensivos irão ser realizados de acordo com o proces-
so de engajamento, as distâncias e alcance dos armamentos. O início dos tiros
das armas de maior alcance do GC é desencadeado quando o inimigo atinge a
distância de alcance útil das armas, em torno de 600 m ou atinja determinado
acidente no terreno ou medida de coordenação e controle (linha de acionamen-
to). Isso permite obter o máximo de surpresa e evite a revelação prematura da
posição defensiva. Durante os fogos de preparação do inimigo. O GC se abriga
dentro das posições.
5.13.6.17 Na defensiva, a principal atribuição do Cmt do GC é controlar o tiro
da fração. Somente para a defesa aproximada que ele toma parte no combate
pelo fogo. Enquanto os Cmt de esquadra realizam fogos e controlam os fogos
da esquadra.

5-32
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5.13.6.18 O controle do regime de tiro do GC aumentará à medida que o inimigo
se aproxima da P Def, com a finalidade de causar o máximo de baixas e deter o
ataque antes que ele chegue à posição. Se o inimigo lançar o assalto e penetrar
na posição, deverá ser repelido pelo fogo, granadas e combate à baioneta.
5.13.6.19 Caso o inimigo avance apoiado por elementos blindados o principal
objetivo dos fogos do GC, exceto os Atiradores de Lç Rj, é abater a tropa a pé ou
homens expostos nas escotilhas das viaturas, enquanto os atiradores de Lç Rj
realizam fogos contra as viaturas blindadas.
5.13.6.20 Caso o inimigo avance somente com o emprego de viaturas blindadas
os fogos do GC deverão procurar engajar as partes sensíveis das viaturas pro-
curando degradar, ao máximo, o poder de combate. Devem realizar os fogos até
que sejam forçados a se abrigarem para fugir ao esmagamento, retornando às
posições de tiro logo após a ultrapassagem dos carros e abrindo fogo contra a
tropa que se aproxima. Deve-se atentar para o caso de o assalto da infantaria
inimiga ser realizado após a posição defensiva obrigando realizar os tiros no
interior da posição. Todo o esforço deve ser realizado para separar a infantaria
das viaturas blindadas.
5.13.6.21 A segurança deve ser mantida durante todas as ações defensivas com
o emprego de vigias e postos de escuta de acordo com o planejamento do Cmt
do Pel.
5.13.6.22 Os postos de vigia têm como finalidade dar o alerta oportuno em tem-
po útil. Estes postos ficam localizados no interior ou fora da posição de forma
a permitir o máximo de observação sobre as vias de acesso, oferecer coberta
e abrigos e possuir itinerário de retraimento. Os elementos de vigia não se en-
gajam em combate aproximado e deve estar munido de meios para alertar a
aproximação do inimigo.
5.13.6.23 Os postos de escuta também podem ser empregados quando a visi-
bilidade for reduzida, para alertar a tropa, em tempo oportuno, da aproximação
do inimigo. Os elementos do posto de escuta devem ser substituídos com frequ-
ência, para evitar que o cansaço diminua a eficiência do sistema de alerta, caso
não sejam possíveis, os postos podem ser ocupados em duplas permanecendo
ambos acordados para evitar surpresas.
5.13.6.24 O GC quando estiver compondo o Posto Avançado de Combate (PAC)
pode ter de ocupar postos de vigilância com a missão de retardar e desorganizar
inimigo e dar um alerta oportuno da aproximação. O posto de vigilância pode
variar o efetivo desde um GC até um Pel reforçado com outros elementos. Os
postos de vigilância organizam os núcleos de defesa priorizando a observação
e os campos de tiro profundos. Cada posto de vigilância organiza a posição em
uma frente que não prejudique o controle. Caso seja necessário aumentar a fren-
te a ser coberta deve-se empregar posto de vigia e de escuta para áreas passi-
vas. Tão logo apareça um alvo compensador os postos de vigilância procuram

5-33
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infligir o máximo de baixa ao inimigo empregando os fogos longínquos. Via de
regra, os postos de vigilância, como todo o PAC, retraem antes de se engajarem
decisivamente.
5.13.6.25 Ainda, o GC pode atuar realizando patrulhas de ligação entre as po-
sições defensivas e de vigilância, para manter a ligação entre esses elemen-
tos fixos. Normalmente essa patrulha pode ser realizada com efetivo de 2 a 4
homens, sem um horário fixo e por itinerários diferentes, a fim de evitar que o
inimigo descubra o sistema de patrulhas.

5-34
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CAPÍTULO VI
O GRUPO DE COMBATE DE SELVA

6.1 GENERALIDADES
6.1.1 O Grupo de Combate (GC) de Selva é orgânico do Pelotão de Fuzileiros
de Selva (Pel Fuz Sl), da Companhia de Fuzileiros de Selva (Cia Fuz Sl), dos
Batalhões de Infantaria de Selva (BIS).
6.1.2 O GC é comandado por um 3º Sgt, organizado em duas esquadras (sendo
estas comandadas por Cb), e integrado, ainda, por um Atendente. De acordo
com a situação poderá haver um Rádio Operador.
6.1.3 O GC de selva deve possuir capacidade de atuar tanto no interior da sel-
va, como em comunidades, centros urbanos e acidentes capitais, pois estes
representam importantes objetivos do combate na selva. Por isso o GC de selva
deve possuir, no mínimo, capacidades semelhantes aos GC de natureza Mtz, L
e Pqdt.

6.2 ORGANIZAÇÃO, ATRIBUIÇÕES, EQUIPAMENTOS E ARMAMENTOS


6.2.1 ORGANIZAÇÃO

COMPOSIÇÃO REPRESENTAÇÃO

3º Sgt Cmt

Rádio operador (*)

Atendente

Tab 16 - Organização
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Cb Cmt 1ª Esquadra e Granadeiro

Sd 1º Esclarecedor e Atirador de Lç Rj

Esquadra
Sd 2º Esclarecedor e At Prcs

Sd Atirador Metralhadora Leve da 1ª Esquadra

Cb Cmt 2ª Esquadra e Granadeiro

Sd 3º Esclarecedor e Atirador de Lç Rj

Esquadra
Sd 4º Esclarecedor e At Prcs

Sd Atirador Metralhadora Leve da 2ª Esquadra

Tab 16 - Organização (continuação)

(*) Em caso de atuação isolada do GC.

6.2.2 ATRIBUIÇÕES, EQUIPAMENTOS E ARMAMENTOS


6.2.2.1 Do Cmt GC
a) Atribuições: as atribuições do Cmt GC são semelhantes às do Cmt do GC Mtz,
L e Pqdt.
b) Conduzirá o Fuzil IA2 5,56, pistola e demais equipamentos e dispositivos de
C2.
6.2.2.2 Do Rádio Operador
a) Atribuições
1) Quanto ao equipamento:
(a) Conduzir o equipamento rádio de comunicação com o escalão superior;
(b) pré-sintonizar e checar o funcionamento do equipamento rádio;
(c) limitar o combinado e impermeabilizar este, o rádio e a(s) caixa(s) de
bateria reserva;
(d) preparar e conduzir antenas improvisadas (SFC);
(e) controlar a distribuição das baterias reservas do seu equipamento rádio;

6-2
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2) Quanto à documentação:
(a) miniaturizar, codificar (SFC) impermeabilizar, e manter preparadas para
destruição o extrato da IEComElt e o Diagrama da Rede Rádio (DRR);
(b) preparar-se intelectualmente e em material para o emprego das IECo-
mElt (criptografia, código de mensagens pré-estabelecidas etc);
(c) conhecer as senhas, contrasenhas, sinais de reconhecimento e indica-
tivos;
(d) conhecer as prescrições rádio, as frequências principal e alternativas;
3) Quanto à procedimentos:
(a) conhecer os horários previstos para o estabelecimento de ligações com
o escalão superior;
(b) acionar o comandante para realizá-las;
(c) agir como mensageiro, conforme determinação do Cmt enquadrante; e
(d) quando o GC estiver atuando isolado, poderá exercer a função de HO-
MEM-HORA, principalmente durante a Ação no Obj.
b) Conduzirá o Fuzil IA2 5,56.
6.2.2.3 Do Atendente
a) Atribuições:
1) conduzir o kit 1º Socorros do GC:
- material de 1° Socorros padronizado;
- outros materiais hospitalares necessários (todo o material deverá estar
devidamente impermeabilizado e protegido);
2) prestar socorro aos militares feridos no âmbito do GC;
3) confeccionar macas improvisadas para evacuação de feridos, SFC;
4) assessorar o Cmt GC quanto ao estado sanitário da tropa;
5) atentar para as medidas de contra-rastreamento da fração; e
6) estabelecer ligação com o ponto de atendimento de saúde mais próximo.
b) Armamento
1) conduzirá somente a Pistola; e
2) conforme a situação (GC em atuação isolada, grave risco de confronto com
o inimigo etc) e Mdt O poderá receber outro(s) armamentos em complemento ou
substituição à pistola.
6.2.2.4 Do Cb Cmt Esq
a) Atribuições: semelhantes às dos GC Mtz, L e Pqdt.
b) Conduzirão Fuzil IA2 5,56, pistola e Lç Gr 40 mm.
6-3
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6.2.2.5 Dos Esclarecedores
a) Atribuições: as atribuições dos esclarecedores são semelhantes aos militares
dos GC Mtz, L e Pqdt.
b) Os Armt de dotação serão os seguintes:
1) 1° e 3º Esclarecedor: Fuzil IA2 5,56 e e Lç Rj;
2) 2° e 4º Esclarecedor: Fuzil IA2 7,62 com bipé, luneta de precisão e binó-
culo; e
3) Os esclarecedores poderão conduzir, ainda, Espingarda Cal 12.
6.2.2.6 Dos Atiradores
a) Atribuições: as atribuições dos atiradores são semelhantes às dos GC Mtz,
L e Pqdt.
b) Conduzirão a pistola e o Fz Mtr MINIMI 7,62 MK3 PARA com luneta.

6.3 FORMAÇÕES
6.3.1 NA ORDEM: GC NA FORMATURA E GC EM COLUNA

Fig 45 – Formatura do GC (Esq) e GC em coluna (Dir)

6-4
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6.3.2 POR ESQUADRAS JUSTAPOSTAS

Fig 46 - Esquadras justapostas

- Conforme a situação tática, e/ou de visibilidade, poderá haver a troca das


posições dos seguintes militares: Cb Cmt 1ª Esquadra (1), pelo Sd 1º Esclarece-
dor e Atirador de Lç Rj (E1), e do Cb Cmt 2º Esquadra e Granadeiro (2), pelo
Sd 3º Esclarecedor e Atirador de Lç Rj (E3). Tal medida poderá criar melhores
posições, aos Cmt Esq, para o controle e a coordenação de suas respectivas
frações e possibilitar aos Sd Esc melhores campos de visão e tiro nos desloca-
mentos nessa formação.
6.3.3 POR ESQUADRAS JUSTAPOSTAS MODIFICADAS

Fig 47 - Esquadras justapostas modificadas

6-5
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6.3.4 POR ESQUADRAS SUCESSIVAS

Fig 48 - Esquadras Sucessivas

6.3.5 EM LINHA
- Conforme a situação tática, e/ou de visibilidade, poderá haver a troca das
posições dos seguintes militares: Cb Cmt 1ª Esquadra (1), pelo Sd 1º Esclarece-
dor e Atirador de Lç Rj (E1), e do Cb Cmt 2º Esquadra e Granadeiro (2), pelo
Sd 3º Esclarecedor e Atirador de Lç Rj (E3). Tal medida poderá criar melhores
posições, aos Cmt Esq, para o controle e a coordenação de suas respectivas
frações e possibilitar aos Sd Esc melhores campos de visão e tiro nos desloca-
mentos nessa formação.

6-6
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Fig 49 - Em linha

6.3.6 Caso o GC esteja atuando com Radio Operador este deverá permanecer
próximo ao Cmt GC, ou fora da ação em segurança, em condições de realizar o
contato rádio com o escalão superior.
6.3.7 QUADRO EXPLICATIVO DAS FORMAÇÕES:

FORMAÇÃO EMPREGO CARACTERÍSTICAS

- interior da selva; - grande facilidade de controle e rapidez


Coluna - locais de passagem estreita ou em de movimento;
condições de pouca visibilidade. - limitada potência fogo à frente

- boa dispersão;
- ações de reconhecimento de: clarei- - relativo controle;
Esquadras ras, áreas de plantio e casario; - bom volume de fogo à frente e nos
Sucessivas - quando há necessidade de apoio flancos;
entre as esquadras. - apoio mútuo e boa segurança à
frente.
- bom volume de fogo em todas as
- quando se deseja segurança em
Esquadras direções.
todas as direções;
Justapostas - relativo controle;
- na aproximação do objetivo.
- boa dispersão;
- transposição de estradas e zonas
batidas por fogos; - Difícil controle;
Em linha
- é a formação mais adequada para o - máxima potência de fogo à frente.
assalto.
- rapidez e muito bom controle, pois
- em caráter excepcional, estradas ou
Esquadras facilita o emprego do fogo em ambos
quando as restrições impostas pelo
Justapostas os flancos e permite rápida mudança
terreno não obrigarem a adoção da
modificadas para outras formações; e
formação em coluna
- reduzida potência de fogo à frente

Tab 17 - quadro explicativo

6-7
EB70-CI-11.440
6.4 MUDANÇAS DE FRENTE E FORMAÇÃO
6.4.1 No interior da selva as mudanças de direção devem ser indicadas através
de um método claro e prático, que evite desorientações, podendo ser, por exem-
plo, azimute, método do relógio, através de pontos notáveis no terreno etc.
6.4.2 Podem ser utilizados sinais e gestos convencionados para comandar as
mudanças de formação.

6.5 DESLOCAMENTOS
6.5.1 Quando não estiver no interior da Selva o GC utilizará os mesmos procedi-
mentos que um GC de natureza Leve.
6.5.2 No interior da selva o deslocamento ocorrerá, em geral, na formação colu-
na por um, devido à dificuldade de progredir nesse terreno específico.
6.5.3 Para manter o sigilo do deslocamento, os comandos deverão ser dados
através de sinais e gestos convencionados.

6.6 ALTOS
6.6.1 A fim de interromper o movimento do GC, o Cmt comandará “GRUPO,
ATENÇÃO! ALTO!” ou “GRUPO, ATENÇÃO! DEITAR (AJOELHAR)!”.
6.6.2 Os militares farão alto ou se deitarão (ajoelharão SFC) rapidamente, apro-
veitando o terreno e abrigando-se frente às direções de onde possa partir qual-
quer ameaça.
6.6.3 O GC sempre deverá manter a segurança em todas as direções.
6.6.4 Para isso é indicado a realização de um alto guardado, porém, de acordo
com a situação podem ser utilizadas outras formações.
6.6.5 A fim de manter o controle da distância percorrida, poderá ser escalado um
militar para a contagem de passo simples.

6.7 OBSERVAÇÃO E CONTROLE


6.7.1 MECANISMO PARA OBSERVAÇÃO EM MOVIMENTO
- Da mesma forma que o GC Mtz, L e Pqdt.
6.7.2 EM MOVIMENTO E LONGE DO INIMIGO
6.7.2.1 O GC se deslocará em coluna por um.
6.7.2.2 Os esclarecedores e o Cmt GC são os principais responsáveis pela ob-
servação, porém todos os homens terão um setor de responsabilidade.
6-8
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6.7.3 EM MOVIMENTO E PRÓXIMO DO INIMIGO
6.7.3.1 Se possível deve se distribuir os setores de observação entre todos os
integrantes do GC.
6.7.3.2 Nem sempre é possível dispor a fração de forma que todos observem o
inimigo, nesse caso os esclarecedores e o Cmt GC deverão observar o inimigo.
6.7.4 DURANTE OS ALTOS
6.7.4.1 Assim como os GC de natureza Mtz, L e Pqdt, a observação deverá ser
feita em todas as direções.
6.7.4.2 Nesse momento a fração deve ser conferida, preferencialmente pela vis-
ta ou outra forma que se mantenha o sigilo.

6.8 PROGRESSÃO
6.8.1 A progressão no interior da selva, costuma ser lenta devido à dificuldade do
terreno e a necessidade de manutenção do sigilo.
6.8.2 Em geral, até se atingir a posição de assalto será priorizado sigilo. A forma
de progressão escolhida deverá levar isso em consideração.
6.8.3 PODERÃO SER UTILIZADAS TÉCNICAS DE PROGRESSÃO SEME-
LHANTES ÀS DO GC MTZ, L, PQDT, COM ALGUMAS RESSALVAS:
6.8.3.1 As distâncias entre os homens no interior da selva serão reduzidas, de
forma que mantenham contato visual.
6.8.3.2 A distância dos lanços das esquadras será de até 20 metros, quando em
ambiente de selva.

6.9 AÇÕES EM CONTATO COM O INIMIGO


6.9.1 Ao entrar em contato com o inimigo o GC deverá executar uma das Técni-
cas de Ação Imediata (TAI) padronizadas.
6.9.2 As técnicas estarão enquadradas em uma das seguintes situações: O GC
observa o inimigo antes, o GC e o inimigo se observam simultaneamente, ou o
inimigo localiza o GC antes.
6.9.2.1 1ª Situação: o GC deverá se camuflar e aguardar a passagem do inimi-
go. Poderá realizar uma emboscada, ou apenas se manter camuflado, evitando
quebra do sigilo.

6-9
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6.9.2.2 2ª Situação: o GC deverá abrir fogo contra o inimigo, e dependendo da
situação o Cmt pode decidir por eliminá-lo ou romper o contato.
6.9.2.3 3ª Situação: uma esquadra deverá se aferrar na posição e realizar base
de fogos, enquanto a outra manobra para atacar o inimigo.
6.9.3 QUADRO EXPLICATIVO DAS TÉCNICAS DE AÇÃO IMEDIATA

TAI CONDICIONANTE MODALIDADE OBSERVAÇÕES

- Desdobramento da fração em linha,


seguindo de um avanço (assalto) por
lanços.
Assalto frontal - Proporciona grande capacidade de
manobra.
- Desencadeada com ou sem a quebra
do sigilo (presença do GC identificada).

- Empregado quando o poder relativo


de combate do oponente impede um
assalto frontal.
- Quando buscado o
- Preferencialmente contra uma ame-
contato com o inimigo
aça estática.
com a finalidade de
subjugá-lo (eliminar e/ - Apresenta grande dificuldade de co-
ou capturar). Assalto frontal com ordenação, particularmente em áreas
manobra de flanco de selva (fratricídio).
- Típicas de missões de
OFENSIVAS

simples
vasculhamento. - Vantagem de colocar a ameaça sob
- Quando o combate é fogo cruzado.
favorável. - Desdobrar a fração em linha, estabe-
- Quando não é incon- lecer uma base de fogos com um dos
veniente ter a presença flancos para, em seguida, manobrar o
do GC identificada. outro flanco sobre um dos flancos do
oponente.
- A princípio, definidas
para exfiltrações.
- Empregada contra ameaças em
movimento.
- Presença do GC ainda não foi iden-
tificada.

Emboscada - Abandonar o Itn de progressão ado-


fortuita tando um dispositivo de flanqueamento
simples.
- Mesmos preceitos de qualquer em-
boscada com as restrições impostas
pela inexistência de tempo de prepa-
ração.

Tab 18 - quadro explicativo

6-10
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TAI CONDICIONANTE MODALIDADE OBSERVAÇÕES


- Presença do GC ainda não fora
identificada.
1. Ameaça em movimento:
a. Aproximadamente na mesma
direção e sentido de nosso desloca-
mento: a fração para, “congela”, se
Desbordamento
abriga e aguarda a ameaça se afastar.
da ameaça
b. Rota de colisão: a fração para,
abandona lateralmente seu Itn (pelo
menos 10 m) e se abriga.
2. Ameaça estática: após identificar a
ameaça, altera seu itinerário de des-
locamento.
AMEAÇA FRONTAL

- Desdobramento da fração em linha,


- Quando é inconve- seguido de lanços alternados (“marcha
niente ter a presença do papagaio”) para a retaguarda.
do GC identificada. Desbordamento
- Empregada contra uma ameaça fixa,
- Quando a missão está e desengaja-
momentaneamente parada ou em
orientada para outro mento
movimento.
objetivo específico ou
- Proporciona grande capacidade de
DEFENSIVAS

para um objetivo de
manobra.
maior valor.
- Típicas de infiltrações. - Manter o dispositivo em coluna, de-
sencadear fogo frontal com os homens
- Quando o combate posicionados na vanguarda e iniciar um
se apresenta desfa- rodízio para retaguarda.
vorável (poder relativo
de combate reduzido, Desengajamen- - Proporciona uma resposta “mecânica”
baixos níveis de mu- to em cascata mais rápida e uma maior facilidade de
nição, existência de controle.
feridos etc) - Proporciona menor capacidade de
manobra e menor volume de fogo
frontal.
- A fração é surpreendida por um Atq
de flanco simples.
Desengajamen-
- Mesmo procedimento de desenga-
AMEAÇA DE FLANCO

to em cascata
lateral jamento em cascata, difere no fato de
direcionar os fogos da fração para o
flanco ameaçado.
- A fração é surpreendida por um Atq
de flanco simples.
Processo tradi- - Adequada para grandes formações,
cional maiores efetivos ou formações mais
dispersas no terreno (maior distância
entre os homens).

Tab 18 - quadro explicativo (continuação)

6-11
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TAI CONDICIONANTE MODALIDADE OBSERVAÇÕES

- Quando é inconve- (continuação)


niente ter a presença
do GC identificada. Processo tradi- - Para pequenos efetivos apresenta
cional eficiência questionável.
- Quando a missão está

AMEAÇA DE FLANCO
orientada para outro - De difícil coordenação.
objetivo específico ou
DEFENSIVAS

para um objetivo de
maior valor. - Engajamentos que são absolutamente
desfavoráveis ao GC.
- Típicas de infiltrações.
- Quando o combate - Dispersão dos homens para posterior
se apresenta desfa- Dispersão e reorganização em um local previamen-
vorável (poder relativo reorganização te definido (P Reo).
de combate reduzido,
- A Fração deve dispor de um sinal códi-
baixos níveis de mu-
nição, existência de go predefinido para o comando de dis-
feridos etc) persar (granada fumígena, apitos etc)

Tab 18 - quadro explicativo (continuação)

6.10 O GC DE SELVA NA MARCHA PARA O COMBATE


6.10.1 Na marcha para o combate o GC poderá estar enquadrado no pelotão,
ou destacado como GC ponta. Quando enquadrado poderá ser ainda O Grupo
responsável pela navegação.
6.10.2 O GC PONTA NA MARCHA ATRAVÉS SELVA
6.10.2.1 O GC de selva, como ponta, proporciona segurança à equipe de nave-
gação e marcha à frente da companhia a uma distância de 30m a 50m.
6.10.2.2 Como a selva permite o perfeito ocultamento, os elementos do GC de
selva ponta devem vasculhar todos os possíveis esconderijos, a fim de descobrir
a presença de grupos inimigos. Deverá, ainda, observar a copa das árvores,
para detectar a presença de franco-atiradores inimigos.
6.10.2.3 Durante o deslocamento, o cuidado com emboscadas e franco-atirado-
res inimigos será́ uma preocupação constante do comandante do grupo.
- A fim de evitar estas ações sobre a tropa, o Cmt GC de selva distribui setores
de observação a todos os componentes do GC.
6.10.2.4 Em caso de ação do inimigo sobre o grupo, evitar a sua excessiva
dispersão. Em seguida, após localizar a direção dos fogos inimigos, conduzir a
reação do grupo.
6.10.2.5 Em todos os altos, o grupo ponta instala postos avançados, a fim de
cooperar com a proteção da companhia contra possíveis ataques de surpresa.

6-12
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6.10.2.6 O grupo deverá estar adestrado nas TAI padronizadas, para que possua
vantagem caso entre em contato com o inimigo.
6.10.3 O GC COMO EQUIPE DE NAVEGAÇÃO
6.10.3.1 O Cmt GC deverá fazer o estudo prévio do itinerário e realizar a prepa-
ração da Carta.
6.10.3.2 Após concluir esta fase, o comandante do grupo constitui a sua equi-
pe de navegação com homem-ponto, homem-passo (mínimo de dois), homem-
bússola, operador de GPS, etc. O comandante do grupo será o homem-carta.
6.10.3.3 Nos deslocamentos na selva, deverá ser priorizada a técnica do azimu-
te-distância, devido a dificuldade de se orientar utilizando somente a carta.
6.10.3.4 Para facilitar a navegação, utilizará um Quadro Auxiliar de Navegação
(QAN).

6.10.3.5 Poderá ainda, escalar um militar a fim de determinar a distância


percorrida através de passo simples.

6.11 O GC DE SELVA NO ATAQUE


6.11.1 Geralmente atuará enquadrado no pelotão.
6.11.2 O Cmt GC deverá conduzir seu grupo até a LP, e posicioná-lo para o
Ataque.
6.11.3 O ataque poderá ser realizado em local aberto, portanto as formações
utilizadas provavelmente serão em linha ou por esquadras justapostas.
6.11.4 Para manter o sigilo da ação pode ser realizado o assalto por inundação,
no qual os militares sairão em coluna da selva, e conforme cheguem no local
aberto irão dispersar tomando o dispositivo mais adequado.
6.11.5 Caso o terreno exija, ou o GC seja percebido pela observação inimiga,
recebendo fogos eficazes, poderá progredir por lanços. O Cmt determinará as
formações compatíveis com o terreno e adequadas à situação.
6.11.6 Durante a progressão por lanços, cada esquadra terá um setor que de-
verá ser observado. O setor deve ser identificado como uma área específica, ou
por pontos de referência, ou usar o método do relógio.
6.11.7 Para os lanços por esquadra, uma deverá permanecer em posição abriga-
da realizando a cobertura, apoiando o deslocamento da outra esquadra. Quan-
do essa estiver ao lado ou atingir distância de observação à frente, fará alto e
apoiará o deslocamento da outra esquadra, e assim sucessivamente. O Cmt
GC normalmente deslocar-se-á junto à esquadra de apoio, podendo mudar de

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uma esquadra para outra quando a que executa o lanço passar pela que está
no apoio.
6.11.8 O elemento que cobre o lanço só deverá abrir fogo se for identificada a
presença do inimigo. O elemento que realiza o lanço deverá ter o cuidado de
não entrar no setor de tiro de quem o cobre, podendo ser utilizados pontos de
referência de alvos (PRA) para facilitar a coordenação e controle.
6.11.9 Em caso de vegetação e terreno convencional o GC de selva poderá em-
pregar as mesmas condutas e técnicas dos demais tipos de GC.

6.12 GC DE SELVA NA DEFENSIVA


6.12.1 Normalmente estará enquadrado no pelotão/SU.
6.12.2 Poderá receber um setor como responsabilidade em uma defesa circular,
ou ocupar o dispositivo em linha.

Fig 50 - Defesa circular

6.12.3 No interior da Selva a distância entre as tocas duplas será de 10 m (ou


visual, conforme a vegetação e o terreno) e o GC ocupará uma frente de apro-
ximadamente 50 m.
6.12.4 O GC deverá mobiliar os PV/PE, compondo a segurança aproximada da
posição.

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6.12.5 Poderá compor também a segurança afastada, mobiliando Postos de Vi-
gilância, posicionados de 100 a 300 m da Área de Defesa Avançada.
6.12.6 CONDUTA DO CMT GC NA PREPARAÇÃO DA POSIÇÃO
6.12.6.1 Reconhecer a posição a ser ocupada pelo GC.
6.12.6.2 Determinar a posição das tocas, os setores de tiro e os procedimentos
de cada militar.
- Os integrantes do GC deverão preparar seus abrigos e limpar seus campos de
tiro.
- Os atiradores deverão estar posicionados nas extremidades, de forma que as
metralhadoras do GC estejam cruzando fogos ao centro da posição.
6.12.6.3 Poderão ser preparadas armadilhas à frente da posição defensiva, nos
acessos (trilhas etc), nos intervalos e em outros pontos (SFC e conforme o pla-
nejamento do Cmt Pel).
6.12.6.4 Por fim o Cmt GC deverá fazer um croqui da posição, indicando os se-
tores de tiro e a localização das armadilhas.

Fig 51 - Exemplo de croqui da posição

6.12.7 CONDUTA DO GC DURANTE O ATAQUE INIMIGO


6.12.7.1 A abertura dos fogos, normalmente, obedecerá ao comando do Cmt
GC, conforme o inimigo esteja no alcance das armas.

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6.12.7.2 Os granadeiros deverão apoiar todo o setor do GC com fogos indiretos.
6.12.7.3 Durante a noite é interessante a utilização de equipamentos de visão
noturna, e optrônicos, para aumentar a precisão dos fogos e evitar confusões
devido a passagem de animais ou de aliados.

6.13 O GC DE SELVA NAS OPERAÇÕES RIBEIRINHAS


6.13.1 MEDIDAS DE SEGURANÇA:
- Ao adentrar as embarcações atentar para as medidas de segurança:
a) uso dos coletes salva-vidas;
b) uso da amarração de soltura rápida no coturno e nas mochilas;
c) amarração do material no fundo da embarcação;
d) completa impermeabilização do material dentro da mochila;
e) rapidez no desembarque e eficácia dos tiros de embarcação;
f) consumo de combustível, condução de remos e peças sobressalentes do mo-
tor; e
g) os fuzis deverão estar ancorados na embarcação, ou conduzidos em bando-
leira. Porém nunca as duas situações ao mesmo tempo.
6.13.2 POSSÍVEIS MISSÕES NAS OPERAÇÕES RIBEIRINHAS:
a) ponta de vanguarda na marcha para o combate fluvial;
b) flancoguarda fluvial;
c) patrulhamento fluvial;
d) parte da força de desembarque ribeirinho (enquadrado no pelotão);
e) ação terrestre com bloqueio fluvial (enquadrado no pelotão);
f) ação fluvial com bloqueio terrestre (enquadrado no pelotão); e
g) posto de bloqueio e controle fluvial (enquadrado no pelotão).
6.13.3 PROCESSOS DE DESLOCAMENTO FLUVIAL
6.13.3.1 O GC poderá se deslocar em uma Embarcação Patrulha Grupo (EPG)
ou em duas Embarcações Patrulha Esquadra (EPE).

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Fig 52 - Exemplo de Embarcação Patrulha Grupo (EPG)

Legenda: P = piloto

Fig 53 – Exemplo de Embarcações Patrulha Esquadra (EPE)

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6.13.3.2 Os Processos de deslocamento fluvial são:
a) Contínuo:

Fig 54 - Deslocamento contínuo

b) Por lanços Alternados:

Fig 55 - Lanços alternados

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c) Por Lanços Sucessivos:

Fig 56 - Lanços sucessivos

6.13.3.3 As formas de progressão serão utilizadas de acordo com a probabilida-


de de contato com o inimigo.

PROGRESSÃO CTT COM INI VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO

Contínua Remoto Alta

Lanços Alternados Pouco Provável Média

Lanços Sucessivos Iminente Lenta

Tab 18 - Formas de progressão

6.13.3.4 O deslocamento poderá ser feito ainda empregando motores ou a remo.


Os motores permitem uma maior velocidade, e descanso da tropa, porém preju-
dicam o sigilo. O deslocamento a remo contribui com o sigilo, porém é mais lento
e desgasta a tropa.
6.13.4 O GC COMO PONTA NA MARCHA PARA O CMB FLU
6.13.4.1 O GC Sl, como ponta, deve guardar uma distância que permita manter o
contato visual com a embarcação base de Pel (Esc Rec Fluv) e entre as demais
embarcações (do grupo e do pelotão).

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6.13.4.2 As esquadras de um grupo ponta devem atuar em conjunto, observando
o princípio do apoio mútuo.
6.13.4.3 A distância máxima entre as embarcações e a margem mais próxima,
deve ser a do alcance útil dos fuzis.
6.13.4.4 A embarcação que se deslocar mais à frente, cumprirá as missões de
esclarecimento e não deverá estar alinhada ou encolunada com a outra.
6.13.4.5 O comandante do grupo desloca-se junto com a embarcação mais à
retaguarda, para melhor empregar sua fração.
6.13.4.6 Uma eficiente ação de patrulhamento e vasculhamento do terreno adja-
cente ao rio, simultaneamente com a ação fluvial, dificultará a atuação do inimigo
sobre a aquavia.
6.13.5 O GC COMO FLANCOGUARDA NA MARCHA PARA O CMB FLU
6.13.5.1 Quando houver eixos fluviais paralelos, torna-se necessário o emprego
de flancoguardas fluviais para impedir a ação inimiga nos flancos e na retaguar-
da.
6.13.5.2 As flancoguardas serão de valor mínimo GC SI e serão lançados se-
guindo os mesmos princípios de emprego do grupo ponta.
6.13.5.3 Poderá ser utilizada ainda quando a largura do Rio for muito grande, de
acordo com Estudo de Situação do Esc Sup.
6.13.6 O GC NO PATRULHAMENTO FLUVIAL
6.13.6.1 O patrulhamento fluvial consiste na realização de ações de patru-
lha em áreas ribeirinhas, a fim de:
a) manter o controle das margens das aquavias;
b) estabelecer e manter o controle das aquavias;
c) manter o tráfego fluvial para tropas amigas;
d) negar ao inimigo, o uso de aquavias; e
e) controlar a população ribeirinha e obter informes.
6.13.6.2 Vantagens e desvantagens do patrulhamento fluvial:
6.13.6.2.1 Vantagens:
a) permite desenvolver maior velocidade do que as patrulhas a pé, obtendo,
assim, maior raio de ação;
b) aumento da capacidade de carga e
c) em consequência, aumento do poder de combate; e
d) proporciona menor desgaste físico aos homens.

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6.13.6.2.2 Desvantagens:
a) o movimento da patrulha fica sujeito aos cursos d’água existentes;
b) maior vulnerabilidade às vistas e fogos do inimigo situado às margens; e
c) maior vulnerabilidade à atuação aérea do inimigo.
6.13.6.3 Nas demais operações o GC fará parte de um dos grupos designados
para a missão, de acordo com planejamento do escalão enquadrante.

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CAPÍTULO VII
PLANEJAMENTO E CONTROLE DE FOGOS

7.1 GENERALIDADES
7.1.1 O planejamento de fogos é o processo contínuo de seleção de alvos nos
quais os fogos são pré-planejados para apoiar uma fase do conceito de opera-
ção. O planejamento de fogos é realizado concomitantemente com o plane-
jamento da manobra em todos os níveis. Os comandantes conduzem o plane-
jamento de fogos para suprimir, isolar, obscurecer, neutralizar, destruir, enganar
ou destruir alvos conhecidos, prováveis ou suspeitos e para apoiar as ações do
elemento de manobra. Os fogos são planejados para todas as fases de uma
operação. Os fogos diretos são os principais meios pelos quais as missões e
ações táticas são cumpridas.
7.1.2 O planejamento começa assim que o comandante recebe a missão. Uma
vez iniciado, o planejamento de fogos continua durante a conclusão da opera-
ção. O principal objetivo do planejamento de fogos é desenvolver como o fogo
deve ser concentrado, distribuído e controlado para melhor apoiar o conceito de
operação.
7.1.3 FOGOS EM ALVOS DE OPORTUNIDADE E EM ALVOS PLANEJADOS
7.1.3.1 Os alvos de oportunidade não são planejados com antecedência, mas
são engajados na forma em que se apresentem, de acordo com os critérios e as
regras de engajamento estabelecidos.
7.1.3.2 Os alvos planejados são aqueles levantados durante a fase de planeja-
mento, embora a execução possa variar. O nível do planejamento influencia o
tempo de execução dos fogos.
7.1.4 Para ser eficaz, os fogos devem ser integrados e sincronizados no tempo,
espaço e finalidade, em todo o conceito de operação. Integração significa que
todos os meios disponíveis são planejados e utilizados em toda a operação.
Sincronização significa que esses meios são sequenciados no tempo, espaço e
finalidade de uma maneira ideal, produzindo efeitos complementares e reforça-
dores para a manobra.
7.1.5 No nível tático, os fogos diretos são os recursos que adicionados ao mo-
vimento geram as capacidades às forças terrestres que manobram em contato
com o inimigo.
7.1.6 Os fogos diretos caracterizam-se pela tempestividade com que pos-
sam ser desencadeados, pela diversidade de direções concomitantes onde pos-
sam ser empregados e pela variedade de efeitos que podem provocar.

7-1
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7.1.7 Desta forma, os comandantes táticos devem planejá-los adequadamente,
a fim de assegurarem que a missão seja cumprida e as intenções sejam segui-
das.

7.2 PLANEJAMENTO DE FOGOS DIRETOS


7.2.1 O planejamento dos fogos diretos ocorre durante a elaboração das linhas
de ação dos comandantes táticos, concomitantemente com o planejamento do
apoio de fogo e dos demais apoios como em mobilidade, contra-mobilidade e
proteção.
7.2.2 O planejamento dos fogos diretos visa garantir a eficácia dos fogos diretos,
de acordo com a manobra planejada, de modo a obter os melhores resultados
no emprego dos armamentos disponíveis contra o ponto decisivo da operação,
evitando o fratricídio e os danos colaterais.
7.2.3 Devido a fatores como as distâncias para as tropas amigas adjacentes,
zonas de ação e áreas de influência, quanto menor o escalão considerado, tanto
maior será a necessidade de coordenação e controle dos fogos diretos. Dessa
forma, nos escalões Unidade e inferiores, o planejamento da manobra deve ser
complementado pelo planejamento dos fogos diretos.

7.3 PRINCÍPIOS DO CONTROLE DE FOGOS DIRETOS


7.3.1 A eficácia dos fogos diretos depende da rápida aquisição dos alvos e emas-
samento dos efeitos dos fogos. Para isso os comandantes e os subordinados
devem conhecer e aplicar os princípios do controle de fogo.
7.3.2 Esses princípios não visam a restringir a liberdade de ação da tropa, mas
sim auxiliar o cumprimento da missão em qualquer engajamento, permitindo-a
obter alvos e realizar fogos antes do inimigo.
7.3.2.1 Emassar os efeitos dos fogos: a obtenção de efeitos decisivos é impro-
vável quando o desencadeamento dos fogos é aleatório. O emassamento con-
siste em concentrar os fogos das frações em determinados pontos críticos, como
determinados sistemas ou frações inimigas, para distribuir os efeitos. Emassar
os fogos não significa, por exemplo, desencadear 13 tiros contra um alvo inimigo
e sim desencadear sobre 13 alvos inimigos ao mesmo tempo.
7.3.2.2 Destruir primeiro a maior ameaça: as ameaças à força que cumpre a
missão podem ser categorizadas em ameaças táticas e técnicas. As ameaças
táticas são sistemas inimigos que embora não tenham por si só grande letali-
dade, podem permitir que as forças inimigas explorem as capacidades a partir
desse sistema. Pode-se citar, como exemplo, uma Viatura Blindada Especial
Lançadora de Ponte que praticamente não tem poder de fogo, mas que ao per-

7-2
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mitir a passagem de uma força blindada por um fosso ou curso d’água, permite
que essa força empregue os meios de maior poder de fogo na sequência do
engajamento. As ameaças técnicas são sistemas inimigos de maior letalidade
em relação à força amiga considerada. Nem sempre a ameaça tecnicamente
mais letal será o principal sistema de armas do inimigo. Por exemplo, um míssil
anticarro ou mesmo um carro de combate inimigo podem ser as ameaças mais
letais contra nossos carros de combate. Esses sistemas não serão as ameaças
mais letais contra nossos fuzileiros desembarcados, numa determinada situa-
ção em que fogos de metralhadora ou de lançadores automáticos de granadas
seriam mais eficazes. Dessa forma, o planejamento de fogos e o processo de
engajamento devem estar orientados para os Alvos de Alta Prioridade, por meio
das Prioridades de Engajamento estabelecidas para cada sistema de armas.
7.3.2.3 Evitar múltiplos engajamentos sobre o mesmo alvo: deve-se ter em
mente que os engajamentos têm os seguintes elementos escassos: tempo e
munição. Assim, quando uma determinada força realiza múltiplos engajamentos
num mesmo alvo, outros poderão não ser engajados, representando ameaças
à missão ou àquela força. Portanto, deve-se haver um planejamento dos fogos,
bem como um adequado processo de engajamento para garantir que todos os
fogos sejam distribuídos de acordo com as ameaças apresentadas e que os
responsáveis por os desencadear tenham condições de fazê-lo.
7.3.2.4 Empregar o armamento mais adequado ao alvo: o emprego do arma-
mento mais adequado aumenta a probabilidade da rápida destruição ou neutra-
lização do alvo, economizando tempo e munição. Para empregar o armamento
mais adequado ao alvo, os comandantes devem levar em consideração os ar-
mamentos e munições disponíveis e as condições dos alvos, como tipo, natu-
reza, valor ou quantidade, distância, exposição e as capacidades em termos de
potência de fogo e proteção. Além disso, devem considerar quais efeitos atingir
sobre os alvos.
7.3.2.5 Minimizar a exposição ao inimigo ou ameaças: o engajamento com
fogos diretos requer visada direta para ambos os contendores. Quanto menos
exposta uma determinada força, menores são as possibilidades de o inimigo
detectar e identificar nossas posições e valor, planejar a distribuição dos fogos
e, sobretudo, para realizá-los. Para tanto, deve-se adotar medidas que vão da
organização do terreno ao planejamento dos fogos diretos, por exemplo, deter-
minando que apenas parte das frações faça a busca de alvos e selecionando
quando possível uma técnica de engajamento que exponha apenas parte da
força de cada vez, como a técnica de fogos alternados.
7.3.2.6 Evitar o fratricídio e danos colaterais: todos devem ser proativos na
prevenção ao fratricídio e aos danos colaterais. A proficiência na identificação
de sistemas, como blindados e aeronaves; o uso de sinais de reconhecimento
e a consciência situacional são medidas eficazes nesse sentido, principalmente
no desenrolar do processo de engajamento. Por outro lado, no que tange ao

7-3
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planejamento dos fogos diretos, medidas como as regras de engajamento, as
prescrições dos fogos, os níveis de prontidão dos armamentos e a reorientação
dos fogos, com base nos diagramas de risco de superfície são fundamentais
para evitar o fratricídio e os danos colaterais.
7.3.2.7 Planejar para situações de visibilidade extremamente reduzida: em-
bora um ou mais contendores possam ter capacidades de combater em situações
de visibilidade reduzida, como nos períodos noturnos, os comandantes devem
planejar para situações de visibilidade extremamente reduzidas, como as acen-
tuadas por uso de fumígenos, por neblina ou durante tempestades. Situações
como essas são requeridas especialmente pelas forças que desejam reduzir as
capacidades originais dos contendores para potencializar as suas ou ao menos
equilibrar o combate. A adoção posições de tiro alternativas mais próximas dos
pontos onde o engajamento é esperado e a prescrição do uso de meios ativos de
iluminação (luz visível ou infravermelha) são exemplos de medidas para operar
em situações de visibilidade extremamente reduzida.
7.3.2.8 Planejar para situações de capacidades degradadas: a degrada-
ção das capacidades pela perda de parte dos meios e/ou por danos de uma
força que lhe tire parte das capacidades, como a possibilidade de empregar
determinado armamento, de engajar em movimento, de se comunicar etc. Dada
a impossibilidade de prever todas as degradações possíveis, os comandantes
planejam as missões na plenitude das capacidades e desenvolvem planos al-
ternativos baseados nas degradações mais prováveis que a força possa sofrer.

7.4 MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE DOS FOGOS DIRETOS


7.4.1 As medidas de coordenação e controle dos fogos diretos são os meios pe-
los quais os comandantes controlam os fogos para o cumprimento das missões,
aplicando os princípios anteriormente citados, particularmente em sincronia com
as medidas de coordenação e controle ligadas ao movimento, no contexto da
manobra.
7.4.2 Elas permitem a rápida obtenção de alvos, orientação dos fogos das fra-
ções e distribuição dos efeitos, bem como a reorientação dos fogos e redistribui-
ção dos efeitos no desenrolar do engajamento.
7.4.3 Dificilmente a adoção de apenas uma medida de coordenação e controle
dos fogos diretos será suficiente, sendo necessário combinar algumas delas em
cada fase da manobra.
7.4.4 Em que pese a concepção contemporânea de que o conhecimento das
intenções dos comandantes deva ser a principal medida a orientar as ações dos
subordinados, cabe aos comandantes ponderarem o grau de adestramento e
maturidade dos subordinados. Dessa forma, os comandantes podem determinar

7-4
EB70-CI-11.440
medidas de coordenação e controle tanto mais detalhadas quanto menores fo-
rem os graus de adestramento e maturidade dos subordinados.
7.4.5 Deve-se ter em mente que as medidas de coordenação e controle dos fo-
gos não devem ser determinadas apenas durante o planejamento da manobra.
Novas medidas podem ser determinadas no curso da operação considerando a
possibilidade de os escalões subordinados receberem e compreenderem pelos
meios disponíveis e com oportunidade.
7.4.6 Há dois tipos de medidas de coordenação e controle dos fogos dire-
tos, as baseadas no terreno e as baseadas no inimigo ou ameaça.
7.4.7 MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE BASEADAS NO TERRE-
NO
- Os comandantes podem empregar as seguintes medidas de coordenação
e controle baseadas no terreno quando planejam orientar os fogos em pontos,
linhas ou áreas do terreno ao invés de elementos específicos da força inimiga:
7.4.7.1 Pontos limites/de coordenação: pontos nítidos naturais ou artificiais
dispostos no terreno que balizam os limites de atuação de cada fração ou arma-
mento. Nestes pontos os fogos são coordenados entre as frações adjacentes.
São medidas restritivas impostas pelo escalão superior.
7.4.7.2 Limites: balizam as regiões de atuação de cada fração. São estabeleci-
dos nas adjacências de linhas nítidas no terreno.
7.4.7.3 Ponto de Referência de Alvo (PRA)

Fig 57 - Exemplos de Pontos de Referência de Alvos

7-5
EB70-CI-11.440
a) São pontos facilmente identificados no terreno, preexistentes (entroncamen-
tos, cumes etc.) ou criados (painéis, sinalizadores, fumaça, veículos em chamas
etc.), que servem para orientar os fogos.
b) Sempre que possível, os PRA devem ser vistos por todos a quem interessa,
tanto sem auxílio de dispositivos de visão noturna quanto com auxílio destes,
sejam de intensificação de luz residual, sejam termais. Os PRA podem ser iden-
tificados por números ou letras.
7.4.7.4 Direção de Tiro: a direção de tiro é uma medida para orientar os fogos
para uma determinada região, particularmente importante quando o tempo para
fornecer a orientação aos subordinados, é escasso ou a determinação de outras
medidas de referência é impraticável, também estabelece a direção principal
para o emprego do armamento visando ampliar a eficácia e reduzir riscos de
fratricídio.
- Para designação da direção de tiro os comandantes podem usar os seguintes
processos:
a) do PRA mais próximo;
b) do relógio;
c) dos eixos cardinais;
d) do traçante; e
e) do designador laser.
7.4.7.5 Área de Engajamento (AE)

Fig 58 - Exemplo de Área de Engajamento

7-6
EB70-CI-11.440
a) É uma área no curso de uma via de acesso onde o comandante visualiza
emassar os efeitos dos fogos para destruir o inimigo, criando uma grande zona
de matar.
b) É uma medida de coordenação e controle eminentemente empregada nas
ações estáticas.
c) A amplitude e profundidade da área de engajamento dependem da área onde
a tropa está desdobrada e dos alcances dos armamentos, limitados pelas linhas
de intervisibilidade gerados pelas feições do terreno.
d) Normalmente os comandantes dividem a área de engajamento em setores ou
quadrantes sob responsabilidade dos subordinados. As áreas de engajamento
podem ser identificadas por nomes.
7.4.7.6 Setor de Tiro

Fig 59 - Exemplo de setor de tiro

a) São áreas de responsabilidade eficazes para garantir a completa cobertura da


zona de ação de uma determinada força, seja para a busca de alvos, seja para
o desencadeamento dos fogos.
b) No decorrer do engajamento, é comum o redimensionamento dos setores de

7-7
EB70-CI-11.440
tiro para, entre outras coisas, prevenir o fratricídio e os danos colaterais.
c) Os setores de tiro podem ser determinados com base nos PRA, pelo processo
do relógio ou por meio de quadrantes.
d) Na determinação dos setores, os comandantes devem levar em consideração
as capacidades de observação e de engajamento dos meios, tanto em profundi-
dade quanto em amplitude, ou seja, é conveniente que os meios assistidos por
dispositivos de observação e pontaria com grande magnificação e capazes de
engajar a longa distância recebam setores mais distantes (tais como os SARC,
caçadores ,..). E, se possível mais estreitos, enquanto os meios menos capazes
de engajar alvos distantes, como os fuzileiros, devem receber os setores mais
próximos e amplos.
e) Designados para os núcleos da defesa que atuarão na orla da AE e para as
armas de apoio.
f) São estabelecidos um setor principal e um secundário, a ser empregado me-
diante ordem. Ângulos horizontais onde se atribui a responsabilidade de execu-
ção da observação e desencadeamento de fogos, aliado a outras medidas de
coordenação.

Fig 60 - Exemplo de setor de tiro

7-8
EB70-CI-11.440
7.4.7.7 Posição de ataque pelo fogo (P Atq F): Visando empregar o máximo
volume de fogos para bater o inimigo no interior da AE, a utilização do poder de
fogo da reserva, principalmente dos carros, não pode ser relegada. Deve ser
prevista uma posição a partir da qual a reserva ou as frações possam atacar pelo
fogo o inimigo que penetrou na AE, cooperando com sua destruição.
7.4.7.8 Posições de bloqueio (P Bloq): é um ponto selecionado no terreno que
visa barrar uma via de acesso ou via terrestre. A P Bloq deverá ser compatível
com as dimensões da via que visa bloquear e devendo ser ocupada ou não,
conforme ordem do Cmt tático.
TIPOS DE P BLOQ
Posição Localização Visa Barrar Quem Autoriza Ocupar
Principal Núcleo Inicial Pel VA Pcp Cmt Pel
Muda Núcleo Inicial Pel VA Pcp Cmt Seção
Suplementar Núcleo Inicial ou não VA Secundária Cmt FT SU
Subsequente Núcleo Subsequente Prosseguimento da VA Pcp Cmt FT U
Tab 19 - Posição de bloqueio

Fig 61 - Distribuição de posições de bloqueio

Fig 62 - Distribuição de posições de bloqueio


7-9
EB70-CI-11.440
7.4.7.9 Quadrantes: são subdivisões de uma área por meio da superposição
de duas linhas imaginárias perpendiculares. Os quadrantes baseados no terre-
no têm a interseção dessas linhas imaginárias locadas sobre pontos nítidos do
terreno, como os PRA. Os quadrantes também podem ser estabelecidos sobre
a força amiga em progressão. Neste caso, deve-se designar qual elemento do
dispositivo será a referência central. Como as frações subordinadas normalmen-
te estão dispersas no terreno, ao menos lateralmente, o que causa paralaxe (di-
ferença de visada de um ponto ou área entre elementos posicionados em locais
distintos), é necessário definir a direção da linha que divide os quadrantes dos
lados direito e esquerdo. Para tanto, pode-se usar, por exemplo, a direção geral
de progressão, quando em movimento, ou determinar outro ponto de referência
que balize a direção dessa linha. Os quadrantes podem ser nomeados utilizando
convenções como Q1, Q2, Q3, e Q4, para esquerdo-longo, direito-longo, esquer-
do-curto e direito-curto, respectivamente.

Fig 63 - Quadrantes baseados no terreno e na própria força

Fig 64 - Visão esquemática das medidas de coordenação em uma área de engajamento

7-10
EB70-CI-11.440
7.4.7.10 Tela código ou grid: a tela código é uma medida de coordenação e
controle em que se sobrepõe quadrículas sobre uma determinada região para
geração de referências. Essas quadrículas geralmente são amarradas em refe-
rências da carta ou, preferencialmente, do terreno e podem ter medidas padroni-
zadas ou serem dimensionadas de acordo com feições do terreno.
a) Um exemplo típico de emprego de uma tela código é em ambiente urbano, em
que as quadrículas são definidas pelos quarteirões (A, B, C, D, E, F, G e H) e as
edificações recebem códigos (1, 2, 3 etc.) que facilitem a identificação e desig-
nação. Nesse caso, NGA podem ser estabelecidas para adicionar informações e
facilitar da identificação e designação dos alvos.
b) No exemplo a seguir, está representada uma NGA em que o ponto específico
onde o alvo se encontra foi designado pela informação de que face da edificação
e em que abertura (janela, porta etc) encontrava-se o alvo. Neste caso, valendo-
-se de letras para designar a coluna e números para designar o andar.

Fig 65 - Exemplo de tela código em ambiente urbano

7.4.7.11 Linhas de Acionamento


a) São espécies de linhas de controle com finalidade específica de mudar as me-

7-11
EB70-CI-11.440
didas de coordenação e controle dos fogos diretos de determinados elementos
quando eventos predeterminados acontecerem. O acionamento pode ser desen-
cadeado pela própria força que a ultrapassa e que terá os fogos mudados, ou
pode ser por elementos amigos ou por inimigos, oportunidades em que outros
elementos mudarão os fogos.
b) As linhas de acionamento são as principais medidas de coordenação e contro-
le empregadas para obter a sincronização dos fogos com a manobra, prevenindo
o fratricídio. As linhas de acionamento são traçadas e identificadas como linhas
de controle.
7.4.7.11.1 Linha de Engajamento Máximo (LEM)
a) É uma linha no terreno que baliza o alcance efetivamente útil de determinado
armamento em função das limitações impostas pelas linhas de intervisibilidade.

Fig 66 - Exemplos de Linhas de Engajamento Máximo e relação com alvo

b) Feições do terreno como elevações, vegetação, construções, entre outras


normalmente proporcionam cobertas e abrigos ao inimigo e impedem o emprego
dos armamentos em alcances máximos.
c) As LEM podem ser empregadas para determinar a partir de onde determina-
das forças ou armamentos possam iniciar os fogos de modo a prevenir desper-
dício de munição e reduzir a exposição ao inimigo ou para determinar o limite
longo de setores de busca de alvos.
d) O traçado da LEM deve ser normalmente associada aos ângulos mortos. Se
não houver limitações de linha de visão, a LEM é desenhada ao longo do ponto
mais distante no esboço da posição ou o alcance máximo efetivo para o sistema
de armas.

7-12
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Fig 67 - Exemplos de Linhas de Intervisibilidade

7.4.7.11.2 Linha de Restrição de Fogos (Linha de Coordenação de Fogos)


- É uma linha a partir da qual o engajamento é proibido sem coordenação. Ela
pode ser determinada quando um comandante não pretende delimitar zonas
de ação por meio de limites, mas deseja restringir os fogos para prevenção ao
fratricídio contra elementos adjacentes, como no caso de uma fração que realiza
base de fogos em proveito de outra fração que manobra.
7.4.7.11.3 Linha de Proteção Final (LPF)
a) É uma linha estabelecida numa região imediatamente à frente de uma posi-
ção onde uma força estática está estabelecida e onde o assalto inimigo deve
ser detido ou repelido pelos fogos de proteção final com o apoio dos obstáculos
de proteção local e de barragens de morteiro ou artilharia. Esses, por sua vez,
são fogos planejados numa determinada direção, com técnica de engajamento
e regime de tiro apropriado e são desencadeados a pedido ou a comando do
elemento que está na iminência de sofrer um assalto.

7-13
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Fig 68 - Linha de proteção final

b) Os fogos de proteção final são rasantes e flanqueantes, caracterizado princi-


palmente pelo emprego das Mtr, constituindo-se numa barreira à progressão do
inimigo.
c) Pequena ceifa em profundidade pode ser executada para colocar fogos efica-
zes ao longo de toda a LPF.
d) O estabelecimento de uma LPF durante o planejamento deve levar em conta
particularmente as capacidades dos armamentos da força, a disponibilidade de
7-14
EB70-CI-11.440
munição e o grau de certeza quanto à manobra inimiga, como por exemplo, onde
o inimigo pretende abrir uma brecha nas barreiras para iniciar o assalto.
7.4.7.12 Prioridade de engajamento dos fogos
a) Deve ser realizada uma hierarquização na seleção da arma a ser empregada,
considerando a natureza e localização do alvo inimigo, alcance eficaz das armas
e o efeito desejado.
b) O estabelecimento de prioridades de engajamento assegura:
1) o emprego do armamento mais adequado aos alvos;
2) a orientação dos fogos dos subordinados; e
3) a priorização dos alvos de alta prioridade.
c) Em função das capacidades dos armamentos disponíveis e da ameaça con-
siderada, os comandantes podem definir prioridades para cada armamento ou
fração, particularmente sobre os alvos altamente compensadores do inimigo.
d) No caso de haver mais de uma fração com o mesmo sistema de armas, o
comandante pode determinar prioridades diferentes para cada uma, de modo a
orientar os fogos e com isso prevenir o múltiplo engajamento dos mesmos alvos,
por exemplo:

− Nos fogos de proteção final ou direção principal de tiro, se for sinalizado


para isso.
− Em grupos de cinco ou mais no setor de tiro primário (do mais distante
Atiradores de ao mais próximo).
Metralhadora Média
(MAG) − Em armas automáticas sejam Mtr Me, Mtr L ou AAC.
− Em grupos de cinco ou mais no setor secundário.
− Em veículos não blindados.
− Nos fogos de proteção final ou direção principal de tiro, se for sinalizado
para isso.
− Em grupos de cinco ou mais no setor de tiro primário (do mais distante
ao mais próximo).
Atirador da VBTP
− Em armas automáticas sejam Mtr Me, Mtr L ou AAC.
− Em grupos de cinco ou mais no setor secundário.
− Em veículos não blindados ou com blindagem leve.
− Nos fogos de proteção final ou direção principal de tiro, se for sinalizado
para isso.
Atiradores de Mtr L
− Em grupos de cinco ou mais no setor primário (do mais distante ao mais
(Minimi)
próximo).
− Em soldados no setor de tiro.

Tab 20 - Prioridade de engajamento dos fogos

7-15
EB70-CI-11.440

− Em veículos blindados leves em setor de tiro.


− Em grupos de três ou mais em setor de tiro.
− Em grupos de três ou mais no setor secundário.
Atirador Lç Gr − Em Sniper e Atiradores dotados com fuzil com luneta no setor.
− Nos ângulos mortos no setor de tiro e se ocupado pelo inimigo.
− Em outros alvos conforme indicado pelo Cmt GC ou Cmt Pel (Granada
iluminativas, granadas fumígenas etc.).
− Em comandantes de fração ou portando rádio;
− Em Sniper e Atiradores dotados com fuzil e com luneta no setor;
Atirador de Precisão − Em armas automáticas sejam Mtr Me, Mtr L ou AAC;
do GC − Em elementos descotilhados em Viaturas;
− Em pontos sensíveis das viaturas como periscópios e optrônicos; e
− Em outros alvos conforme indicado pelo Cmt GC ou Cmt Pel
− Nos setores de tiro primário e secundário.
− Engajar do mais próximo para o mais afastado, começando no flanco e
trabalhando em direção ao centro.
Soldado fuzileiro
− Cmt Esq/GC/Pel inimigo
− Rd Op
− Tropa em geral.

Tab 20 - Prioridade de engajamento dos fogos (continuação)

7.4.8 MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE BASEADAS NO INIMIGO


OU AMEAÇA
- Os comandantes podem empregar as seguintes medidas de coordenação e
controle baseadas no inimigo ou ameaça quando visualizam orientar os fogos
dos subordinados sobre inimigos específicos ao invés de um ponto ou área do
terreno:
7.4.8.1 Feixe dos Fogos
a) É uma medida para distribuir alvos semelhantes ao mesmo tempo a mais de
um elemento de uma dada força, considerando o dispositivo desta força.
b) Em virtude da simplicidade, o emprego é bastante adequado, particularmente
quando não se dispõe de tempo ou outras referências para orientar os fogos dos
elementos subordinados, particularmente no decorrer do engajamento.
c) Os feixes de fogos são mais empregados no nível pelotão.
7.4.8.1.1 Feixe Frontal
a) Os comandantes podem distribuir os fogos em feixe frontal quando os alvos
estão dispostos paralelamente em relação à fração.
b) O feixe frontal é aquele em que o elemento à esquerda do dispositivo engaja

7-16
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o alvo mais à esquerda da posição ou formação inimiga, enquanto os demais
engajam os alvos correspondentes com o elemento à direita engajando o alvo
mais à direita do inimigo.

Fig 69 - Feixe frontal

7.4.8.1.2 Feixe Cruzado


a) O feixe cruzado é o inverso do frontal, de modo que elementos à esquerda
do dispositivo engajam à direita do inimigo enquanto os da direita do dispositivo
engajam os alvos à esquerda da posição ou formação inimiga.

Fig 70 - Feixe cruzado

b) Esse tipo de feixe é particularmente importante quando pequenas feições do


terreno impedem o fogo frontal ou quando se deseja engajar o inimigo em diago-
nal, como por exemplo, para atingir carros de combate inimigo em pontos onde
a blindagem é mais vulnerável.
7.4.8.1.3 Feixe em profundidade
a) O feixe em profundidade pode ser empregado quando o inimigo se apresenta
perpendicularmente em relação ao dispositivo dos subordinados.

7-17
EB70-CI-11.440
b) Nesse caso, os comandantes devem designar ou ter como Normas Gerais e
Ação, quem engaja os alvos mais próximos e quem engaja os mais distantes.

Fig 71 - Feixe em profundidade

7.4.8.2 Dispositivo dos Alvos

Fig 72 - Dispositivo dos alvos

a) A orientação dos fogos por meio do dispositivo dos alvos é o equivalente dos
quadrantes, mas baseado no inimigo. É indicada quando o dispositivo ou forma-
ção inimiga está concentrado e o uso das medidas de coordenação e controle
baseadas no terreno é inadequado.
b) Divide-se o dispositivo ou formação inimiga em quatro, de modo a definir as
porções direita e esquerda, curta e longa.
c) Desse modo, podem ser designados alvos aos elementos subordinados em
apenas um quadrante (por exemplo: ENGAJE ESQUERDA-LONGO DO DISPO-
7-18
EB70-CI-11.440
SITIVO) ou em mais de um (por exemplo, ENGAJE CURTO DO DISPOSITIVO).
7.4.8.3 Regras de Engajamento
- As regras de engajamento, estabelecidas desde os mais altos escalões com
base no ordenamento jurídico nacional e internacional definem as circunstâncias
e limitações sob as quais o engajamento pode ser realizado.
7.4.8.4 Critérios de engajamento e desengajamento
a) São condições específicas que, quando atingidas, orientam o início dos fogos
ou a suspensão e retraimento.
b) Essas circunstâncias podem ser representadas por eventos relacionados às
forças amigas ou inimigas, normalmente esperados que ocorram em uma área
ou linha de acionamento, como por exemplo, a passagem de certa força inimiga
por uma região, a destruição de 2 carros de combate etc.
7.4.8.5 Técnicas de Engajamento
a) As técnicas de engajamento são medidas de coordenação e controle relacio-
nadas ao modo visualizado para obter determinados efeitos sobre os alvos.
b) Além dos efeitos desejados, as considerações de munição disponível para o
engajamento, bem como o tempo em que manterá os alvos sob efeitos dos fogos
são determinantes na escolha da técnica de engajamento. São elas:
7.4.8.5.1 Fogo concentrado
a) É executado contra um alvo específico, como uma viatura ou uma fortificação.
Quando o comandante a escolhe, determina que todos os sistemas de armas
considerados engajem o mesmo alvo até a destruição ou o tempo de supressão
expire.
b) O desencadeamento do fogo concentrado a partir de várias posições dis-
persas aumenta a chance de destruição do alvo, não apenas pelo volume dos
fogos, mas também pela possibilidade de atingi-lo nas partes mais vulneráveis.
7.4.8.5.2 Engajamento de área
- O engajamento de área é executado contra alvos dispersos em uma área, em
conjunção com outras medidas de coordenação e controle, técnicas de engaja-
mento ou mesmo por meio de diferentes modos de tiro, como os tiros livres com
e sem ceifa, tiros com ceifa em profundidade, com ceifa oblíqua e tiros ceifantes.
7.4.8.5.3 Fogo simultâneo
a) É a técnica em que todos os sistemas de armas considerados realizam fogos
ao mesmo tempo. Como consequência, é a técnica de engajamento que desen-
cadeia o maior número de fogos ao mesmo tempo, mas tem menor capacidade

7-19
EB70-CI-11.440
de manter os alvos sob fogos por longo período.
b) Por exemplo, um grupo de exploradores, dotado de 4 metralhadoras, ten-
do 2000 car 7,62 mm cada, pode desencadear simultaneamente rajadas curtas
(cerca de 5 tiros por rajada com cerca de 4 seg de intervalo) por cerca de 30 min
até ficar sem munição para prosseguir no combate.
c) O engajamento simultâneo é empregado quando se deseja emassar os efeitos
dos fogos sobre determinados alvos rapidamente, quando se pretende ganhar a
superioridade sobre os fogos do inimigo ou quando a intenção é aumentar a pro-
babilidade de acerto nos alvos de armamentos de baixa expectativa de impacto.
7.4.8.5.4 Fogo Alternado
a) É a técnica de engajamento em que pares de frações subordinadas (Pel, Gp,
Seç CC, Pç Mtr etc.) alternam-se na realização dos fogos.
b) Em consequência, essa técnica emassa menos fogos nos alvos ao mesmo
tempo, mas pode sustentar os fogos por mais tempo, quando comparada ao
engajamento simultâneo.
c) Essa técnica também permite reduzir a exposição da força ao inimigo e o força
a mudar constantemente a pontaria dos sistemas de armas.
7.4.8.5.5 Fogo Observado
a) É a técnica em que um ou mais elementos observam os alvos engajados por
outros elementos.
b) É particularmente empregada contra alvos distantes, de modo que a avaliação
dos impactos pelo elemento que engaja o alvo é prejudicada e não permite pre-
cisar se o alvo foi ou não eficazmente atingido.
c) Essa técnica ajuda a evitar múltiplos engajamentos de um mesmo alvo, neste
caso pelo mesmo sistema de armas ou fração.
d) Isso pode acontecer especialmente em situações como em que um carro de
combate inimigo é alvejado por uma munição APFSDS e não entre em chamas,
por não atingir combustível ou o compartimento de munição do alvo, mas que
fique neutralizado.
e) Os elementos que observam os fogos, de acordo com o planejamento do co-
mandante, também podem ficar em condições de reengajar os alvos no caso dos
fogos dos que engajam não causarem os efeitos esperados sobre os mesmos.
7.4.8.5.6 Fogo Sequencial
a) É a técnica em que elementos de uma fração engajam o mesmo alvo ou área
um após o outro em uma sequência preestabelecida.

7-20
EB70-CI-11.440
b) É a técnica que garante o maior tempo de duração dos fogos sobre os alvos,
mas que emassa menos fogos simultaneamente.
c) Essa técnica também permite economizar munição e pode auxiliar o desen-
cadeamento dos fogos pelos demais elementos, corrigindo os fogos de quem
acabou de atirar, como no caso de um atirador de AT-4 que tenha errado o alvo,
informando ao próximo atirador a alça errada que havia considerado no tiro.
7.4.8.4 Tempo de supressão
a) É um período durante o qual um comandante planeja manter elementos inimi-
gos específicos incapacitados de realizar fogos eficazes contra elementos ami-
gos.
b) Esse período depende essencialmente da estimativa do tempo em que uma
força apoiada leva para manobrar.
c) A supressão por tempo pode ser empregada junto com outra técnica de en-
gajamento.
7.4.8.5 Reconhecimento pelo Fogo
a) É uma técnica que visa engajar posições suspeitas do inimigo para que este
responda aos fogos e com isso facilite o trabalho de esclarecimento da situação
do inimigo, pela identificação da localização, número e tipos de sistemas de
armas.
b) Normalmente, para evitar a exposição desnecessária, os comandantes deter-
minam que apenas parte dos elementos execute o reconhecimento pelo fogo.
7.4.9 REGIME DE TIRO
a) O regime de tiro de armas automáticas deve ser estabelecido para regularizar
o consumo de munição, evitando o gasto desnecessário por conta do descontro-
le e, consequentemente, o comprometimento da capacidade de combater.
b) O regime de tiro a escolher depende da quantidade de munição disponível,
do volume de fogos esperado, da quantidade estimada para consumo no enga-
jamento considerado, do tempo estimado do engajamento, da técnica de enga-
jamento a ser empregada e da expectativa do próximo recebimento de munição.
c) Os comandantes podem estabelecer regimes de tiro lento, normal, acelerado
e rápido, conforme as características descritas a seguir.
7.4.9.1 Valendo-se dos fatores da decisão deve-se estabelecer o regime de
utilização dos armamentos visando a manutenção dos níveis em todas as
fases da missão, por exemplo, a Mtr L do GC
a) Máximo de tiros sem necessidade de ressuprimento do cofre de assalto = 250
tiros.
7-21
EB70-CI-11.440
b) Cadência máxima = aproximadamente 200 tiros por 30 seg.
c) Velocidade de progressão = 0,6 Km/h.
7.4.9.2 Com base nesses dados estimados, se uma Mtr L do GC combater a
0,6 Km/h na cadência de tiro máxima, após 30 min de combate teria apoia-
do o avanço da tropa aproximadamente 10 m e não teria munição de pronto
emprego, havendo necessidade de sair de combate temporariamente para
ressuprir o cofre e/ou trocar o cano da Mtr L.
- Esse exemplo visa mostrar que o controle de munição deve ser uma constante
preocupação do Cmt tático durante o planejamento das fases da operação.
7.4.9.3 Regime de tiro de Mtr .50

RAJADAS CADÊNCIA DURAÇÃO TROCA FINALIDADE


REGIME
INTERVALO DISPAROS (TPM) 100 TIROS DE CANO TÁTICA

Inquietação e
Lento 10 -15 seg 5a7 20 a 30 3 a 5 min
neutralização
Apenas
Manter
se hou-
Normal 5 -10 seg 5a7 30 a 40 2,5 a 3 min superioridade
ver mal
de fogos
funciona-
mento
Obter
1,5 a 2,5
Acelerado 2 - 4 seg 5a7 40 a 80 superioridade
min
de fogos

Em
10 a 13
Rápido Não há - 450-550 1 min momentos
seg
críticos

Alcance - Sobre reparo 1800 m


efetivo - Rasância 700 m

Alcance
6900 m
Máximo

Tab 21 - Regime de tiro de Mtr .50

7.4.9.4 Regime de tiro de Mtr 7,62 mm


RAJADAS CADÊNCIA DURAÇÃO TROCA FINALIDADE
REGIME
INTERVALO DISPAROS (TPM) 100 TIROS DE CANO TÁTICA
Inquietação e
Lento 10 seg 6a9 50 2 min -
neutralização

Tab 22 - Regime de tiro de Mtr 7,62 mm

7-22
EB70-CI-11.440

Manter
Normal 4 - 5 seg 6a9 100 1 min 10 min superioridade
de fogos
Obter
Acelerado 2 - 3 seg 10 a 13 200 30 seg 2 min superioridade
de fogos
Em
10 a 13
Rápido Não há - 450-550 1 min momentos
seg
críticos
- Sobre reparo 1800 m
Alcance
- Sobre bipé: 900 m para área
efetivo
- Rasância 600 m
Alcance
3800 m
Máximo
Tab 22 - Regime de tiro de Mtr 7,62 mm (continuação)

7.4.9.5 Regime de tiro de Mtr 5,56mm


RAJADAS CADÊNCIA DURAÇÃO TROCA FINALIDADE
REGIME
INTERVALO DISPAROS (TPM) 100 TIROS DE CANO TÁTICA
Inquietação e
Lento 10 seg 6a9 50 2 min -
neutralização
Manter
Normal 4 seg 6a9 100 1 min - superioridade
de fogos
Obter
Acelerado 2 seg 10 a 13 200 30 seg 2 min superioridade
de fogos
Em
Rápido Não há - 650-850 7 a 10 seg 1 min momentos
críticos
- Sobre bipé 600m para ponto e 800 m para área
Alcance
- Sobre reparo: 1.000 m para área
efetivo
- Rasância: 600 m
Alcance
3600 m
Máximo

Tab 23 - Regime de tiro de Mtr 5,56 mm

7.4.10 PRESCRIÇÃO DOS FOGOS


- A prescrição de fogos é uma medida de coordenação e controle fundamental à
prevenção do fratricídio e aos danos colaterais. É uma medida que relaciona o
grau de liberdade para emprego do armamento com a identificação dos alvos. A
posição relativa entre as forças amigas, como em substituições, e a existência

7-23
EB70-CI-11.440
de áreas de influência onde os fogos devam ser controlados são os principais
determinantes na escolha da prescrição de fogos a ser adotada.
7.4.10.1 Fogo livre
- Liberdade para engajar qualquer alvo que não seja identificado como amigo;
7.4.10.2 Fogo restrito
- Liberdade para engajar apenas alvos que sejam positivamente identificados
como inimigos;
7.4.10.3 Fogo condicionado
- Liberdade para apenas responder a fogos recebidos ou quando recebam or-
dem para engajar;
7.4.10.4 Cessar fogos
- Todos os fogos devem ser interrompidos e nenhum elemento tem autorização
para desencadear fogos.

7.5 DIAGRAMAS DE RISCO DE SUPERFÍCIE


7.5.1 Diagramas de Risco de Superfície (DRS) ou Zonas de Risco de Superfície
são polígonos imaginários, traçados no plano horizontal a partir da posição de
um sistema de armas de tiro direto e representam as áreas de risco de um ou
mais projéteis ou fragmentos de granadas atingirem objetos diferentes do alvo.
7.5.2 Os DRS são equivalentes aos Desvios Padrão em Alcance (DPA) dos ar-
mamentos de tiro indireto.
7.5.3 Os DRS são referências úteis aos comandantes na determinação dos se-
tores, direções de tiro etc, dos subordinados, bem como na determinação do
momento para o redirecionamento dos fogos em função da manobra de elemen-
tos amigos. Dessa forma, é conveniente que os comandantes táticos tracem ou
imprimam em transparência tamanho A4, os DRS dos armamentos em escala
1:50000, a fim de utilizá-los nos planejamentos.
7.5.4 Os DRS têm dimensões variáveis, em função do armamento e da munição
empregados, bem como do tipo de material de anteparo dos projéteis.
7.5.5 Alguns DRS são acrescidos de áreas de risco ao redor de determinados
armamentos onde os efeitos secundários do disparo do armamento (sopro, onda
de choque da balística intermediária etc.) podem causar danos a pessoas desa-
brigadas.
7.5.6 Existem diferentes formatos de DRS. Nessa seção serão apresentados
três tipos de DRS, sendo um para os canhões (carros de combate, viaturas blin-
dadas e CSR), outro para as armas automáticas de munição de energia cinética

7-24
EB70-CI-11.440
(Fz e Mtr) e outro para lançador automático de granadas.
7.5.7 ZONAS DE IMPACTOS DOS DRS
a) Zona de dispersão: é a zona onde há expectativa de ocorrerem impactos
diretos de projéteis disparados numa determinada direção (direção arma-alvo).
b) Zona de ricochetes: é a zona para onde projéteis disparados numa determi-
nada direção (arma-alvo) podem ser desviados como ricochetes.
c) Zona de estilhaços: é a zona onde há probabilidade de estilhaços de projéteis
ou granadas explosivas disparadas numa determinada direção (arma-alvo) atin-
girem pessoas ou objetos após a explosão.
7.5.8 PARÂMETROS PARA REPRESENTAÇÃO DAS DIMENSÕES DE CADA
ZONA
7.5.8.1 Distância X - Distância máxima, na linha arma-alvo, que um determinado
projétil ou granada atinge;
7.5.8.2 Distância Y - Distância máxima onde o projétil conserva energia suficien-
te para sofrer ricochetes.
7.5.8.3 Distância W - Distância em relação aos limites laterais da zona de dis-
persão, que define a área de ricochetes. É traçada paralelamente à esquerda e
à direta desses limites e cruzam os eixos definidos pelos ângulos de deflexão P
e Q.
7.5.8.4 Distância mínima - Distância mínima em relação ao alvo para empre-
go em segurança do lançador automático de granadas.
7.5.8.5 Ângulos de dispersão (P) - São os ângulos traçados, a partir da posição
do armamento, à esquerda e à direta da direção arma-alvo que determinam a
zona de dispersão.
7.5.8.6 Ângulo de deflexão inicial (Q) - É o ângulo traçado, a partir da posição
do armamento, à esquerda e à direta dos limites laterais da área de dispersão,
até atingir as retas da distância W, determinando a zona de ricochetes.
7.5.8.7 Ângulo de deflexão terminal (R) - É o ângulo traçado, a partir da dis-
tância máxima onde o projétil conserva energia suficiente para sofrer ricochetes
(Distância Y), à esquerda e à direta dos limites laterais da área de dispersão, até
atingir as retas da distância W, determinando a zona de ricochetes.
7.5.8.8 Área A - Porção da área de estilhaços paralelamente à direita e esquerda
da área de ricochetes (aplicável apenas quando for empregada munição explo-
siva).
7.5.8.9 Área B - Porção da área de estilhaços paralelamente além das áreas
de impactos e de ricochetes, traçada a partir da Distância X (aplicável apenas

7-25
EB70-CI-11.440
quando for empregada munição explosiva).
7.5.8.10 Área F - Área de risco de efeitos secundários do armamento (sopro,
onda de choque etc.).

Fig 73 - DRS para canhão

ÂNGULO ÂNGULO DE
DIST DIST ÁREA ÁREA
ARMAMENTO DE DISPER- DEFLEXÃO ÁREA F
MIN X A B
SÃO (P) (Q)

Canhão 105 2.600


- 5° 10° 615 m 615 m -
mm m

CSR 84 mm, 2.100 Cone de 90º


50 m 5° 13° 250 m 500 m
AT-4 e ALAC m
Área de risco
CSR 84 mm 250 3.200 5m
5° 38° 400 m 400 m
Carl Gustav m m

Tab 24 - Esboço dos DRS para canhão

7-26
EB70-CI-11.440

Fig 74 - DRS para Mtr

ÂNGULO ÂNGULO ÂNGULO


DISTÂNCIA DISTÂNCIA DE DIS- DE DE- DE DE- DISTÂN-
ARMAMENTO
X Y PERSÃO FLEXÃO FLEXÃO CIA (W)
(P) (Q) (R)

Mtr .50 6.500 m 5200m 5° 40° 60° 1700 m

Fz e Mtr
5.300 m 5100m 5° 45° 45° 1500 m
7,62mm
Fz e Mtr
3.500 m 2000m 5° 35° 25° 350 m
5,56mm

Tab 25 - Esboço dos DRS para metralhadora

7-27
EB70-CI-11.440

Fig 75 - DRS para Lç Gr

ÂNGULO ÂNGULO
DIST DIST DIST ÂNGULO DE
DE DE- DE DE- DIST ÁREA ÁREA
ARMT DISPERSÃO
MIN X Y FLEXÃO FLEXÃO (W) A B
(P)
(Q) (R)
Lç Gr
310 2100 1250 470
40 10° 60° 30° 310 m 310 m
m m m m
mm

Tab 26 - Esboço dos DRS para lançador automático de granadas

7.5.9 Normalmente, em combate, as frações ocupam porções do terreno com


vários sistemas de armas. Dessa forma, deve-se considerar que a área de risco
será a superposição dos DRS cujas linhas arma-alvo estejam dispostas perpen-
dicularmente bem como cruzadas em relação à posição da fração considerada,
conforme exemplo a seguir:

7-28
EB70-CI-11.440

Fig 76 - Exemplos de área de risco de uma posição de tiro

7.6 PROCESSO DE ENGAJAMENTO


7.6.1 O Processo de Engajamento é um processo cíclico que visa otimizar
o desencadeamento dos fogos diretos. A eficácia dos fogos está diretamente
relacionada à brevidade e eficiência com que as etapas do processo são
atingidas.
7.6.2 Cada fase, embora possa suceder às anteriores em frações de segundos,
representa cronologicamente as etapas entre a busca pelos alvos até a avaliação
dos efeitos dos fogos desencadeados para reorientar o engajamento.
7.6.3 O processo é aplicável desde o nível subunidade até o nível elementar
de guarnições, peças e indivíduos isolados. No entanto, o processo é tanto mais
rápido e repetitivo quanto menor for o escalão.
7.6.4 Nos níveis subunidade e pelotão os comandantes aplicam o processo
para orientar os fogos e distribuir os efeitos sobre o inimigo. Dessa forma,
normalmente estão mais ocupados em obter a consciência situacional e emitir
ordens para coordenar e controlar os fogos, à medida que o engajamento se
desenvolve e a situação evolui.
7.6.5 Por sua vez, nos níveis mais elementares, como seções, grupos, turmas,
peças e indivíduos, o processo visa ao desencadeamento das técnicas de tiro
dos respectivos sistemas de armas, a fim de cumprir o planejamento de fogos e
as ordens recebidas dos comandantes.

7-29
EB70-CI-11.440

Fig 77 - Processo de Engajamento

7.6.6 DETECÇÃO
7.6.6.1 A primeira fase do processo de engajamento é a detecção. Essa fase
contempla a busca de potenciais alvos ou monitoramento do campo de batalha
e a detecção propriamente dita. A detecção caracteriza-se pela visualização de
algo (força ou meio) em determinado local, embora não se possa determinar a
natureza, o tipo, valor ou quantidade e hostilidade.
7.6.6.2 A adequada designação de áreas de responsabilidades, de elementos
e frações responsáveis, de turnos de responsabilidade, aliado ao emprego de
procedimentos corretos e ao emprego de dispositivos de vigilância e observação
que potencializem as capacidades de busca de alvos da tropa são fundamentais.
7.6.6.3 Os comandantes designam áreas de responsabilidade por meio de medi-
das de coordenação e controle dos fogos como os setores de tiro e os quadran-
tes. Da mesma forma, designam os turnos de modo a promover a ininterrupta
observação do terreno.
7.6.6.4 A tropa, por sua vez, pode executar ou combinar os seguintes pro-
cedimentos para a busca de alvos, em função dos fatores da decisão
7.6.6.4.1 Busca rápida: caracteriza-se pela observação de amplas faixas longitu-
dinais da área de responsabilidade, do próximo para o afastado e vice-versa até
a completa observação da área.

7-30
EB70-CI-11.440

Fig 78 - Busca rápida

7.6.6.4.2 Busca lenta


a) É o procedimento de busca de alvos em que os elementos observam a área
de sua responsabilidade por sucessivas linhas transversais da área de respon-
sabilidade, detendo-se mais tempo no percurso visual de uma ou mais faixas a
fim de prevenir a não detecção oportuna das ameaças.
b) É comum o uso deste procedimento com ênfase na linha de crista e do hori-
zonte, nas ações estáticas e dinâmicas, respectivamente, em particular quando
as faixas mais próximas já foram observadas e não foram detectadas ameaças.
c) Nas ações dinâmicas, em especial durante o aclive em elevações por tropas
blindadas dotadas de sistemas de observação e pontaria com grande magnifi-
cação, convém que a busca seja restrita apenas à linha do horizonte, mas que
os elementos cubram todo setor de responsabilidade rapidamente para permitir
a detecção do inimigo prematuramente, considerando que, nesSe caso, o com-
bate será aproximado.

7-31
EB70-CI-11.440

Fig 79a - Busca lenta

Fig 79b - Busca lenta em ambiente urbano

7-32
EB70-CI-11.440
d) Para a busca em edificações em ambiente urbano deve-se considerar a ca-
racterística tridimensional do terreno, a proximidade e a probabilidade de o ini-
migo utilizar-se de quaisquer das numerosas cobertas e abrigos. Desse modo, a
busca consiste em escanear as edificações horizontal ou verticalmente, respec-
tivamente nas linhas ou colunas de aberturas (janelas, portas, varandas etc.).
7.6.6.4.3 Busca detalhada: é o procedimento de busca em que elementos ou
frações detêm-se na observação detalhada de determinados pontos da área
de responsabilidade devido à complexidade do terreno nestes pontos (áreas
edificadas, bosques etc.), à probabilidade ou à iminência do contato com o
inimigo.

Fig 80 - Busca detalhada

7.6.6.4.4 Busca aérea: caracteriza-se pela observação da faixa acima da linha


do horizonte e visa detectar ameaças aéreas. Aeronaves geralmente atuam em
pares, salvo as remotamente pilotadas em missões de reconhecimento. Dessa
forma, ao detectar uma aeronave, deve-se reforçar o esforço de busca na espera
de ao menos outra aeronave. Missões de ataque ar-solo podem ser cumpridas
por 1 a 4 pares de aeronaves. É importante também considerar a possibilidade
de o inimigo empregar aeronaves mistas, como uma seção de reconhecimento
e outra de ataque.

7-33
EB70-CI-11.440

Fig 81 - Busca aérea

- Quando as ameaças são detectadas, a tropa deve reportar aos comandantes


e ao restante da tropa, de modo a garantir a consciência situacional de todos.
Para isso, é fundamental que as mensagens sejam claras e concisas, informan-
do ao menos o local onde foram detectadas as ameaças e, sempre que possível,
utilizando como referência medidas de coordenação e controle que sejam de
conhecimento dos demais, por exemplo: CONTATO! TROPA NO PRA 2!
7.6.7 IDENTIFICAÇÃO
7.6.7.1 A segunda fase do processo é a identificação. Nessa fase, os poten-
ciais alvos detectados são reconhecidos e identificados, por meio da observação
atenta das características e elementos de distinção próprios dos alvos.
7.6.7.2 O reconhecimento ocorre quando se pode determinar o valor ou quan-
tidade e a natureza do potencial alvo (tropa a pé, viatura, blindado, carro de
combate etc.), sem que seja possível saber o tipo (VBC CC AMX-30, AML-90,
por exemplo) e a hostilidade (inimigo, amigo ou não-combatente).
7.6.7.3 Por sua vez, a identificação propriamente dita, ocorre quando se pode
determinar o tipo e a hostilidade dos alvos. Deve-se evitar ao máximo desenca-
dear fogos sobre alvos não positivamente identificados como inimigos.
7.6.7.4 A rapidez com que os alvos são identificados é determinante para a tem-
pestividade do engajamento, permitindo o desencadeamento dos fogos, devida-
mente distribuídos, antes do inimigo.
7.6.7.5 Para isso, além da rápida detecção, convém que a tropa seja adestrada
na identificação de meios (blindados, aeronaves etc.).
7.6.7.6 Quando a identificação ocorre instantaneamente após a detecção, con-
vém que o reporte seja então mais preciso, como por exemplo: “CONTATO! 4
BLINDADOS NO 3° QUADRANTE!” (no caso de haver apenas reconhecimento

7-34
EB70-CI-11.440
dos alvos) ou 4 AML-90 NO 3º QUADRANTE! (no caso de haver a identificação).
7.6.7.7 Normalmente as NGA devem estabelecer como o reporte deve ser
feito
- Normalmente, a natureza das ameaças pode ser classificada como:
a) Aeronave: compreendendo os vetores aéreos tripulados e remotamente pi-
lotados, exceto os mísseis, foguetes e projéteis. Normalmente reportado como
“AERONAVE!”.
b) Carros de combate: representando apenas os CC de lagartas, cujas blinda-
gens e armamentos os distingue como as ameaças técnicas mais letais para
nossos meios blindados. Normalmente reportado como CARRO!
c) Blindados: englobando as VBTP, VBR, VBC Fuz, VBC Eng, VBC OAP, VBE,
entre outras viaturas blindadas, de rodas ou de lagartas, e que pelas caracterís-
ticas são mais vulneráveis aos fogos diretos, embora apresentem graus distintos
de ameaça às forças, podendo inclusive serem considerados como as maiores
ameaças técnica e/ou táticas., Normalmente reportado como “BLINDADO!”
d) Viaturas: englobam as viaturas de rodas não blindadas, como as VTNE, VTL
etc. Normalmente reportado como “VIATURA!”.
e) Tropa: envolve os elementos a pé, sejam pelotões de fuzileiros, grupos de
combate, seções, turmas ou peças de metralhadoras, anticarro, de morteiro etc.
Normalmente reportado como “TROPA!”
f) Civis: são a população, agentes de ONG, agentes de órgãos governamentais
etc. cuja hostilidade é classificada como não-combatente. Normalmente repor-
tado como CIVIS!
7.6.7.8 O emprego de meios de marcação para identificação em combate, como
painéis, faixas, placas etc., sejam nas viaturas sejam nos uniformes da tropa,
que permitam a discriminação das forças amigas é extremamente importante.
Convém que esses meios não comprometam a camuflagem e que possam ser
vistos pelos meios de observação disponíveis à tropa considerada como, por
exemplo, pelos termais dos sistemas de armas.
7.6.8 DECISÃO
7.6.8.1 A decisão é a fase em que ocorre a correlação entre o planejamento dos
fogos e a real situação das forças amigas e inimigas.
7.6.8.2 Essa situação evoluiu substancialmente desde a apresentação do inimi-
go, em virtude do engajamento entre ambas as forças.
7.6.8.3 Para os comandantes, nessa fase o esforço está em compreender
a situação para orientar os fogos dos elementos subordinados sobre ele-
mentos inimigos, de modo que os efeitos sejam taticamente os mais sig-
nificativos sobre estes inimigos. Dessa forma, os comandantes visualizam
7-35
EB70-CI-11.440
cronologicamente as capacidades que pretende degradar, neutralizar ou
destruir das forças inimigas, como:
− realizar a abertura de brechas nas barreiras das forças amigas;
− engajar com fogos diretos anticarro de longo alcance;
− realizar a autodefesa antiaérea;
− engajar com fogos indiretos ajustados;
− engajar com fogos diretos anticarro de curto alcance;
− progredir ou retrair protegido em viaturas blindadas;
− realizar o combate aproximado abrigado; e
− realizar o combate aproximado assaltando a posição.
7.6.8.4 As frações, por sua vez, em consonância com o planejamento dos fogos
e com os alvos recebidos após o estabelecimento do contato, no decorrer do
combate, empreendem as seguintes atividades na fase de decisão do processo
de engajamento:
7.6.8.5 Caso recebam múltiplos alvos (parte ou totalidade dos alvos dentro
do setor ou quadrante, na designada direção de tiro etc.), que ocorre nor-
malmente nos escalões pelotão, seção e grupo
a) Considerar os princípios do controle dos fogos;
b) Considerar o planejamento dos fogos ou ordens fragmentárias que tenha re-
cebido (técnica de engajamento, prioridades de engajamento, regras de enga-
jamento etc.); e
c) Decidir pela maneira como realizar o engajamento, detalhando ou não as me-
didas de coordenação e controle recebidas.
7.6.8.6 Caso recebam apenas um alvo, que ocorre normalmente nas fra-
ções turma, peça, guarnição
a) Identificar corretamente o alvo recebido; e
b) Empregar a técnica de tiro correspondente ao sistema de armas, o que nor-
malmente envolve a obtenção da distância do alvo para determinação da eleva-
ção (alça) do armamento e a seleção da munição apropriada ao alvo.
7.6.9 ENGAJAMENTO
7.6.9.1 A fase do engajamento, propriamente dita, é a realização dos disparos,
no nível individual e pequenas frações e dos fogos como um todo da força amiga
considerada. Dessa forma, como nos níveis mais elevados, o ciclo do processo
de engajamento é mais lento, ocorre que as pequenas frações e indivíduos nor-
malmente realizarão sucessivos engajamentos antes de receberem novos alvos,

7-36
EB70-CI-11.440
frutos da decisão do escalão superior.
7.6.9.2 O engajamento é desencadeado a partir da emissão dos comandos de
tiro ou ordem fragmentária, os quais também devem ser claros e concisos.
- Independentemente de ser comando de tiro ou O Frag, convém não repetir as
informações ou medidas de coordenação e controle que não tenham sido altera-
dos em relação aos comandos ou ordens anteriores.
7.6.10 AVALIAÇÃO
7.6.10.1 É a última fase do processo de engajamento e é caracterizada pela
verificação dos efeitos causados sobre o inimigo e da situação das frações e
sistemas de armas da força amiga. Obviamente que os fogos indiretos, os obs-
táculos, entre outros elementos no combate comporão o contexto da avaliação.
7.6.10.2 O resultado da avaliação visa a nortear decisões para alterações na
manobra e nos fogos. Essas alterações podem ser a mudança para posições
alternativas, a progressão ou retraimento, o redirecionamento dos fogos para
outros alvos, ou mesmo para cessar os fogos.
7.6.10.3 Da mesma forma que nas demais fases, as atividades de avaliação são
distintas nos níveis dos comandantes em relação ao das pequenas frações que
realizam o engajamento propriamente dito.
7.6.10.4 Enquanto para os comandantes a avaliação consiste em manter a cons-
ciência situacional para determinar ou não a reorientação dos fogos dos elemen-
tos subordinados, as pequenas frações ocupam-se de observar se os disparos
causaram os efeitos nos respectivos alvos engajados para concluir pelo reenga-
jamento do mesmo alvo ou mudança para outro alvo.
7.6.10.5 A tarefa dos comandantes de manter a consciência situacional consiste
em observar toda a área de responsabilidade ou ocupar-se de consolidar todos
os reportes recebidos dos subordinados (quando não têm condições de obser-
var toda a área de responsabilidade). Para isso, quando não têm condições de
observar toda a área, convém que os comandantes subordinados reportem a
situação periodicamente, informando a situação das próprias frações e os efeitos
causados no inimigo, sempre que possível, valendo-se das medidas de coorde-
nação e controle baseadas no terreno para permitir a visualização pelos coman-
dantes. Essa fase, para os comandantes, pode confundir-se com as fases de
detecção, identificação e decisão no curso do engajamento.
7.6.10.6 Por sua vez, a tarefa das pequenas frações de observar os efeitos de
dos disparos envolve o conhecimento do efeito esperado que muitas vezes não
é a destruição do alvo e a observação dos disparos propriamente dita.
7.6.10.7 Quando os efeitos esperados não são exclusivamente a destruição dos
alvos inimigos, mas admite-se a degradação das capacidades como a mobilida-
de, normalmente a tropa pode mudar os alvos, evitando o múltiplo engajamento

7-37
EB70-CI-11.440
dos mesmos.
- Dessa forma, mais alvos podem ser engajados no mesmo intervalo de tempo.
7.6.10.8 Na avaliação dos efeitos sobre alvos singulares (viatura, indivíduo
etc.), pode-se classificar os efeitos em perda da mobilidade, perda do po-
der de fogo, perda da mobilidade e poder de fogo e destruição:
a) A perda de mobilidade é caracterizada pela incapacidade de um determinado
alvo mover-se pelos próprios meios, embora retenha a capacidade de empregar
os armamentos.
b) A perda de poder de fogo é caracterizada pela incapacidade de um alvo em-
pregar o sistema de armas embora tenha condições de mover-se.
c) A perda de mobilidade e do poder de fogo é aquela que torna os alvos incapa-
citados para combater.
d) Por sua vez, a destruição ocorre quando além da mobilidade e poder de fogo,
todos os equipamentos e guarnição embarcados são destruídos. Cada tipo de
efeito sobre os alvos apresenta indícios particulares, tais como:
7.6.10.8.1 Perda de mobilidade
a) O alvo cessa o movimento ou não, se anteriormente parado, não se movi-
menta em situação que sugeria mover-se (retrair, abrigar-se etc). Normalmente,
quando o impacto ocorre sobre o conjunto de força de uma viatura, podem ser
vistas chamas e fumaça, embora não haja a perda do poder de fogo ou a des-
truição do alvo.
b) A percepção dos indícios é mais difícil quando o impacto ocorre nos trens de
rolamento, pois quando o engajamento é a longa distância, a observação do
dano nesses trens é impraticável.
7.6.10.8.2 Perda de poder de fogo
- O alvo para de disparar ou não reponde aos fogos, após ser impactado, quando
o revide era esperado. Muitas vezes, quando o compartimento de combate de
uma viatura é atingido e dependendo da munição que o atingiu, a percepção dos
indícios é extremamente difícil, pois pode não haver chamas ou explosões se-
cundárias neste compartimento, havendo apenas a incapacitação da guarnição
ou sistemas internos.
7.6.10.8.3 Perda de mobilidade e poder de fogo
- O alvo cessa o movimento e os fogos, não se movimenta, não responde aos
fogos, ou a guarnição abandona a viatura.
7.6.10.8.4 Destruição
- Viaturas explodem, entram em chamas ou explosões secundárias acontecem,
fortificações ou edificações colapsam e indivíduos notoriamente falecem.
7-38
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7.7 ÁREA DE ENGAJAMENTO (AE)
7.7.1 Área de engajamento (AE) é uma área específica onde se visa coordenar
fogos com a intenção de otimizar os efeitos sobre o inimigo, minimizando efeitos
colaterais.
7.7.2 Em escalões Unidade ou SU é a região selecionada pelo defensor ou ata-
cante, onde se pretende canalizar o movimento da tropa inimiga restringindo a
mobilidade com obstáculos naturais e/ou artificiais, engajando-a pelo fogo ajus-
tado, simultâneo e concentrado de todas as armas.
7.7.3 Tem a finalidade de causar o máximo de destruição, especialmente nos
blindados inimigos, e de provocar o choque mental e físico pela violência, sur-
presa e letalidade dos fogos aplicados, donde se conclui que deve ser forte em
armas AC, preferencialmente com alcance superior a 2 km, visando desgastar o
inimigo ao longo da progressão.
- Cabe ressaltar que em distâncias inferiores a 700 m o inimigo já encontrar-se-á
nas proximidades das barreiras de proteção imediata, em uma defensiva, impe-
dindo substancialmente a capacidade de coordenação de fogos.
7.7.4 A área de engajamento deve possuir dimensões compatíveis com a força
inimiga a ser destruída e a eficácia das armas integrantes dos núcleos de defesa.
- No escalão SU, normalmente o valor do inimigo na área de engajamento cor-
responde ao escalão de ataque ou até todas as peças de manobra de uma U
inimiga.
7.7.5 Apesar de todas as frações poderem receber responsabilidade por áreas
de engajamento, normalmente uma Unidade (Btl/Rgt) prioriza uma área especí-
fica mais favorável à destruição do inimigo, concentrando os meios de engenha-
ria, particularmente para realização de trabalhos de contra-mobilidade.

7.8 AS PEQUENAS FRAÇÕES NA ÁREA DE ENGAJAMENTO


7.8.1 A nível das pequenas frações, o desenvolvimento de uma área de engaja-
mento continua a ser uma função complexa que exige planejamento paralelo e
preparação para realizar as tarefas atribuídas.
- Apesar desta complexidade, o desenvolvimento de área de engajamento se as-
semelha a uma grande emboscada. Os comandantes usam um conjunto proce-
dimentos padronizados. Começando com uma avaliação dos fatores da decisão
(MITM-TC), o processo de desenvolvimento de uma AE abrange as seguintes
etapas:
7.8.1.1 Identificar as possíveis vias de acesso do inimigo
- Para isso, convém realizar reconhecimentos a partir da perspectiva do inimigo,

7-39
EB70-CI-11.440
quando possível; e tirar conclusões quanto aos aspectos militares do terreno
(obstáculos, observação e campos de tiro, cobertas e abrigos, acidentes capitais
e vias de acesso - OCOAV). É necessário identificar as vias de acesso favorá-
veis ao inimigo, considerando o processo de integração do terreno, condições
meteorológicas e inimigo (PITCIC).
7.8.1.2 Reconhecimento inicial
a) Os comandantes realizam um reconhecimento inicial considerando a perspec-
tiva do inimigo ao longo de cada via de acesso dentro da zona de ação, setor
sobre a responsabilidade ou para toda área de engajamento.
b) Durante o reconhecimento confirmam no terreno, o ponto decisivo identificado
pelo seu Cmt, incluindo os locais que propiciam uma maior vantagem sobre o ini-
migo, o aproveitamento dos obstáculos naturais e os pontos de estrangulamento
que restringem o movimento para a frente. O terreno na AE deve maximizar o
emassamento de fogos, permitir: o melhor aproveitamento dos obstáculos natu-
rais, a distribuição dos fogos, a dispersão e a proteção dos elementos no núcleo
de defesa do pelotão incluindo os elementos de apoio.
c) O Cmt deve identificar, por meio de estudo, quais as vias de acesso irão per-
mitir o avanço coberto e abrigado do inimigo, permitindo-lhe manter o seu ritmo,
a fim de tomar as medidas necessárias sobre essas vias de acesso e deve ava-
liar os corredores de mobilidade laterais (rotas) que são adjacentes a cada via
de acesso.
7.8.2 DETERMINAR A L AÇ DO INIMIGO
7.8.2.1 Com base no conhecimento a respeito da matriz doutrinária do inimigo,
bem como da situação corrente, a visualização da manobra facilita a compre-
ensão e projeção do desdobramento das frações no decorrer do engajamento.
- Desse modo, é possível identificar e localizar os alvos altamente compensado-
res e o ponto decisivo do inimigo.
7.8.2.2 Ao analisar o Inimigo e sua L Aç o estudo será facilitado ao obter
as informações mais cedo possível junto com o Cmt do Esc Sup. Algumas
questões servem para auxiliar a visualização da manobra do inimigo:
− Como o inimigo deve estruturar o ataque?
− Como o inimigo deve empregar os meios de reconhecimento?
− Onde e como o inimigo deve mudar formações e ou estabelecer posições de
base de fogos?
− Onde, quando, como e com quais meios o inimigo deve realizar o assalto ou
abertura de brecha?

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− Onde e quando o inimigo deve avançar elementos em 2° escalão?
− Quais as velocidades de progressão esperadas das forças inimigas?
− Quais reações o inimigo deve ter face às nossas ações?
− Com que velocidade se espera que ele avance?
− Onde e como ele deve ser dissociado?
− Onde e como ele deve ser destruído?
7.8.3 DETERMINAR ONDE DESTRUIR O INIMIGO
7.8.3.1 Como parte do trabalho de comando, o comandante de pelotão deve
determinar onde o inimigo vai emassar o poder de combate para realizar o pro-
pósito.
a) Uma vez visualizado o esquema de manobra do inimigo, identificados e lo-
calizados os alvos altamente compensadores e o ponto decisivo, pode-se de-
terminar onde destruí-lo em função das capacidades dos sistemas de armas e
obstáculos disponíveis. Nessa fase, uma consideração extremamente importan-
te deve ser a respeito da expectativa de destruição que cada sistema de armas
pode causar nas forças inimigas, que geralmente é inversamente proporcional à
distância que essas forças se encontram dos sistemas de armas.
b) Uma ferramenta interessante para essa consideração é adoção de uma tabela
contendo os sistemas de armas e respectivos percentuais de destruição por dis-
tância dos alvos como premissas, quando possível, atualizadas por experimen-
tações e dados de combate.
c) De posse dessas premissas, pode-se realizar o planejamento propriamente
dito dos fogos diretos, visualizando a degradação de ambas forças no desenrolar
do engajamento para determinar basicamente quem, quando e como desenca-
dear os fogos (“Sinfonia da Destruição”).

3 KM A 2,5 KM 2 KM A 1,5 KM 1 KM A 0,5 KM


ARMTO OBSERVAÇÃO
2,5 KM A 2 KM 1,5 KM A 1 KM 0,5 KM A 0 KM

Can 105 mm 25% 50% 60% 70% 85% 90% Tiro/Vtr

Msl AC - 25% 50% 70% 85% - Tiro/Vtr

Mtr .50 - - - 12,5% 25% 50% 50 Tir/Gp Tr a pé

Mtr 7,62 mm - - - - 25% 50% 50 Tir/Gp Tr a pé

AT - 4 - - - - - 50% Tiro/Vtr

Tab 27 - Exemplo de premissa da expectativa de destruição

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Fig 82 - Sinfonia da destruição

a) Para determinar o local para a destruição do inimigo (AE), deve-se identificar


o terreno que maximiza o emassamento e melhor aproveita os obstáculos natu-
rais, os fogos, a dispersão e a proteção dos núcleos de defesa e das armas de

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apoio.
b) Normalmente este ponto de entrada é marcado por um proeminente PRA que
todos os elementos do pelotão possam engajar com as armas de fogo direto.
c) Isso permite que o comandante identifique onde o pelotão irá envolver as
forças inimigas ao longo de toda profundidade da área de engajamento. Além
disso, o comandante deve:
7.8.3.2 Identificar o PRA que corresponde a possível L Aç do inimigo, permitindo
que a fração identifique onde iniciará engajar o inimigo ao longo de toda área de
engajamento.
7.8.3.3 Identificar a localização exata de cada PRA.
7.8.3.4 Determinar como os sistemas de armas poderão concentrar fogos em
cada PRA para atingir o proposito pretendido.
7.8.3.5 Determinar qual GC/Esquadra pode realizar fogos em cada PRA.
7.8.3.6 Desenvolver um plano de fogo direto que se concentra em cada PRA.
7.8.3.7 Para o lançamento dos PRA, deve levar em conta o uso do termal para
garantir a visibilidade adequada sob condições variadas, incluindo visibilidade
reduzida e a luz do dia.
7.8.3.8 Prever planos alternativos visando a manutenção da flexibilidade.
7.8.3.9 Estabelecer as medidas de coordenação e controle, tanto para o dia
quanto para a noite.
7.8.3.10 Assegurar que os PRA sejam claramente visíveis e adequadamente
locados em função do alcance do armamento a ser utilizado.
7.8.3.11 Planejar linhas de acionamento (gatilhos) para o engajamento dos alvos
previstos.
7.8.4 PLANEJAR E INTEGRAR OS OBSTÁCULOS
7.8.4.1 O comandante deve integrar os obstáculos táticos com o plano de
fogo direto, tendo em conta a intenção de cada obstáculo
a) A nível de SU, a intenção do obstáculo consiste na finalidade do obstáculo, o
efeito desejado e a localização.
b) Um pelotão deve ter uma tarefa clara e objetiva para locar corretamente um
obstáculo tático. A SU ou U normalmente designará o propósito do obstáculo
tático.
c) A finalidade influenciará muitos aspectos da operação, da seleção e locação
dos obstáculos e da real conduta da defesa.
d) Uma vez que o obstáculo tático tenha sido lançado, o comandante de pelotão

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deve informar a localização e as passagens no obstáculo para o comandante da
SU. Isso garante que o comandante da SU possa integrar os obstáculos com os
planos de fogo direto e indireto, refinando o desenvolvimento área de engaja-
mento da SU.
7.8.4.2 Os obstáculos no interior de uma área de engajamento servem para
bloquear, canalizar, dissociar ou fixar forças inimigas e potencializar o efei-
to dos fogos
a) Os efeitos dos obstáculos sobre o inimigo dependem do terreno e da disponi-
bilidade de tempo e meios para o lançamento.
b) O planejamento e dos obstáculos deve ser feito em coordenação com os ele-
mentos de engenharia, para isso, deve-se:
1) Identificar a intenção dos obstáculos a serem dispostos;
2) selecionar e demarcar os tipos e locais para estabelecimento dos obstácu-
los;
3) assegurar que todos os obstáculos sejam cobertos por fogos diretos; e
4) determinar responsabilidades para estabelecer ou apoiar o estabelecimen-
to de cada obstáculo.
7.8.5 POSICIONANDO O PELOTÃO E OS SISTEMAS DE ARMAS
7.8.5.1 Para posicionar o pelotão e efetivamente os sistemas de armas, os co-
mandantes devem saber as características, capacidades e limitações desses
sistemas, bem como os efeitos do terreno e as táticas usadas pelo inimigo.
7.8.5.2 Os comandantes de pelotão devem posicionar as armas onde elas este-
jam protegidas, possam evitar a detecção e possam surpreender o inimigo com
fogo preciso e letal.
7.8.5.3 Para posicionar os sistemas de armas, o comandante de pelotão deve
saber onde ele pretende destruir o inimigo e o efeito que ele quer atingir com
aquele sistema de armas.
7.8.5.4 Também deve considerar
- Selecionar no terreno as posições defensivas.
- Realizar o reconhecimento das posições.
- Andar pela área de engajamento para confirmar que as posições selecionadas
são taticamente vantajosas e confirmar as posições selecionadas.
- Estabelecer os limites entre cada grupo e os setores de tiro.
- Estabelecer as posições das VBTP e os setores de tiro.
- Estabelecer as posições das Mtr e armas de apoio em reforço e os setores de
tiro.

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- Estabelecer a linha de proteção final.
- Desenvolver o plano de fogos direto que atinja a finalidade do pelotão:
- Garantir que as posições defensivas não entrem em conflito com as posições
das unidades adjacentes e efetivamente garantam o apoio mútuo.
- Selecionar as posições principal, alternativa e complementar para atingirem o
efeito desejado para cada PRA.
- Garantir que os Cmt de GC posicionem as frações e sistemas de armas (Mtr L,
Atdr Prcs GC e Lç Gr) de maneira que consigam cobrir efetivamente cada PRA.
- Inspecionar todas as posições.
- Quando possível, selecionar a posição de cada VBTP, enquanto ocupam as
posições de tiro na área de engajamento. Usar a perspectiva do inimigo permite
que o comandante de pelotão avalie a capacidade de sobrevivência das posi-
ções.
7.8.6 PLANEJAR E INTEGRAR OS FOGOS INDIRETOS
- O planejamento dos fogos indiretos, devendo os comandantes considerar as
seguintes particularidades:
a) Determinar a finalidade de fogos se o comandante da SU não já o fez.
b) Determinar onde o efeito será melhor alcançado se o comandante da SU não
o fez.
c) Estabelecer o plano de observação com redundância para cada alvo. Esta
observação inclui o comandante de pelotão, bem como os elementos dos grupos
(como os comandantes de esquadra) com responsabilidade de apoio de fogo.
d) Estabelecer os gatilhos com base na velocidade de avanço do inimigo.
e) Locar os pedidos de tiro com auxílio de GPS e equipamentos de navegação.
f) Locar os pedidos de tiro assegurando a cobertura de obstáculos.
g) Locar as concentrações de Artilharia e Morteiro.
h) Identificar no terreno os ângulos mortos que possam ser batidos pelos lança-
dores de granada e planejar o emprego do mesmo, lançando no roteiro de tiro.
i) Estabelecer critérios para o desencadeamento dos fogos como, por exemplo,
a passagem do inimigo por uma linha de acionamento.
j) Levantar os Fogos de Proteção Final, dos armamentos indiretos.
7.8.7 PLANEJAR OS FOGOS DE PROTEÇÃO FINAL
7.8.7.1 Estabelecer responsabilidade de observação para os fogos indiretos,
para o pedido e para a correção dos fogos, que muitas vezes não se restringe

7-45
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aos Observadores Avançados.
7.8.7.2 Estabelecer critérios para o desencadeamento dos fogos como, por
exemplo, a passagem do inimigo por uma linha de acionamento.
7.8.8 PLANEJAR E INTEGRAR OS FOGOS DIRETOS E POSICIONAR OS SIS-
TEMAS DE ARMAS
a) Podem ser planejadas posições principais, de muda, suplementares e subse-
quentes para as frações e sistemas de armas. As diferentes posições devem ser
ocupadas em momentos específicos no decorrer do engajamento, seja de acor-
do com o planejamento inicial, seja em situações de conduta. O planejamento
dos fogos pode ser feito por meio da prescrição das medidas de coordenação e
controle para as fases DETECÇÃO, DECISÃO e ENGAJAMENTO, bem como
de parâm de AVALIAÇÃO, considerando a “Sinfonia da Destruição”.
b) Nas guarnições de peças e viaturas blindadas, é recomendada a transcrição
do planejamento dos fogos diretos emitidos pelos comandantes em esboços e
roteiros, conforme anexo “N”, que contenham as medidas de coordenação às
quais essas guarnições devem obedecer, bem como das existentes na área de
interesse a fim de atender às possíveis condutas. Dessa forma, pode-se prever,
por exemplo:
7.8.8.1 Para a DETECÇÃO – setores, quadrantes etc., para que os elementos
subordinados façam a busca de alvos no interior da AE.
7.8.8.2 Para a DECISÃO – prioridades ou regras de engajamento, critérios de
engajamento e desengajamento, prescrições de fogos e eventos nas diferentes
linhas de acionamento que orientam ou redirecionam os fogos.
7.8.8.3 Para o ENGAJAMENTO – técnicas de engajamento, regimes de tiro,
setores ou direções de tiro.
7.8.8.4 Para a AVALIAÇÃO – se os alvos devem ser destruídos ou sofrer perda
de mobilidade e ou de poder de fogo.
7.8.9 ENSAIO E SINCRONIZAÇÃO DA ÁREA DE ENGAJAMENTO
7.8.9.1 O objetivo do ensaio e da sincronização é garantir que cada comandante
de grupo e cada soldado compreenda o plano e esteja preparado para cobrir as
áreas ou setores de responsabilidades com fogos diretos e indiretos.
7.8.9.2 Normalmente o pelotão vai participar num ensaio/sincronização de área
do engajamento a nível da SU.
7.8.9.3 O comandante da companhia tem várias opções para a realização de
um ensaio, mas a sincronização das armas combinadas produz a compreensão
mais detalhada do plano. Uma técnica que o pelotão pode usar para o ensaio é
o ensaio completo. Na defesa, o comandante de pelotão pode utilizar o Sgt Adj e
os GC para realizar um movimento através da área de engajamento para retratar

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a força inimiga atacante, enquanto o comandante do pelotão e comandantes de
GC ensaiam o combate das posições defensivas do pelotão. O ensaio/sincroni-
zação deve abranger:
− acolhimento de elementos de segurança;
− passagens entre os obstáculos para acolhimento do PAC.
− como será feito o fechamento das passagens.
− fechamento de trilhas e brechas nos obstáculos;
− movimento das posições cobertas e/ou abrigadas para as posições principais;
− critérios de engajamento (LEM, linha de acionamento etc.) e comandos de tiro
para o desencadeamento inicial dos fogos;
− mudança dos fogos (linhas de acionamento, comandos de tiro e/ou O Frag);
− avaliação dos efeitos dos fogos e sistemas de armas sobre o inimigo;
− reporte (transmissão) de relatório de situação ou de eventos críticos;
− mudança para posições de muda, suplementares ou subsequentes;
− ressuprimento e/ou nivelamento interno de munição;
− critérios de desengajamento;
− identificação das rotas de retraimento e de contra-ataque;
− redistribuição e ressuprimento de Classe V; e
− evacuação dos feridos e de viaturas.
7.8.9.4 Quando conduzindo o ensaio, o comandante de pelotão deve coordenar
o ensaio de pelotão com a SU para garantir que os ensaios dos outros pelotões
não sejam planejados para a mesma hora e local. A coordenação conduz a uma
utilização mais eficiente do tempo de planejamento e preparação para todas as
frações da SU. Ele também vai eliminar o perigo de erros de identificação de
forças amigas na área de ensaio.
7.8.10 PRIORIDADES DE TRABALHO DO COMANDANTE DO GRUPO
a) Estabelecer segurança local posicionando as esquadras, as metralhadoras
leves e designando os setores de tiro.
b) Garantir que a comunicação a fio seja estabelecida (se disponível).
c) Estabelecer uma posição de vigilância e observação com rota de retraimento.
d) Estabelecer um plano de contingência e retraimento com os elementos que
mobíliam o PV/PEC com azimutes e para a localização atual e condutas.
e) Elaborar um esboço do setor e roteiro de tiro do GC e envie uma cópia para o

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Comandante do pelotão.
f) Inspecionar a posição. Verifique os setores de tiro, o entendimento dos roteiros
de tiro, a existência de ângulos mortos entrando em cada posição (toca) e verifi-
car a possibilidade de bater esse ângulo morto por fogo indireto ou pelo lançador
de granada.
g) Coordenar com o GC à esquerda e à direita e unidades adjacentes (SFC) para
garantir a sobreposição de setores de tiro do último homem de cada lado.
h) Os soldados devem começar a cavar depois que o Cmt de GC verificar a
posição.
i) Passar informações adicionais e alterações nos planos.
j) Supervisionar as equipes de lançamentos de fios e construção de barreiras.
k) Dar ordem de advertência para missões planejadas de patrulha.
l) Verificar os sinais de alerta e o plano de segurança.
m) Verificar as posições alternativas e suplementares, rotas e plano de contra-
-ataque com o Cmt do Pel.
n) Designar áreas de latrina do GC.
o) Checar o entendimento da missão e ordens recebidas.
p) Estabelecer a rotina de descanso, manutenção e higiene pessoal.
q) Supervisionar e refinar a montagem da posição.

7.9 CONDUTA DURANTE A ÁREA DE ENGAJAMENTO


7.9.1 Os Cmt GC empregam as esquadras de forma a obter um regime de fogo
das posições fazendo com que as esquadras disparem as armas de modo que
ambas não estejam recarregando ao mesmo tempo.
7.9.2 AO REALIZAR O CONTROLE E DISTRIBUIÇÃO DE FOGOS DEVE CON-
SIDERAR
7.9.2.1 O alcance e a distância do inimigo.
7.9.2.2 Alvos de alta prioridade e de alto valor (em que atirar, quanto atirar e por
que).
7.9.2.3 Engajar do alvo mais próximos/letal para o menos letal/mais afastado.
7.9.2.4 Empregar a rasância e flanqueamento obtido principalmente com as Mtr L.
7.9.2.5 Empregar as armas e munições AC nos flancos das VB inimigas.

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7.9.2.6 Que as metralhadoras têm a seguinte prioridade de alvo:
− fogos de proteção final;
− engajar do alvo mais próximos/ letal para o menos letal/ mais afastado.
− grupos a pé no setor principal;
− guarnição de Armas Inimigas (AC, Mtr, Mrt etc);
− elementos a pé no setor secundário; e
− veículos de comando e controle não blindados.
7.9.2.7 Que os Granadeiros cobrem os ângulos mortos e tem como priori-
dade
− Engajar do alvo mais próximos/letal para o menos letal/mais afastado.
− Veículos blindados leves.
− Grupos de três ou mais no setor primário.
− Grupos de três ou mais no setor secundário.
7.9.2.8 Ao desencadear os fogos de proteção final, as seguintes ações
ocorrem simultaneamente
a) As Mtr e as armas automáticas atiram na direção principal de tiro ou na linha
de proteção final, conforme o planejado.
b) Os outros integrantes disparam na direção principal de tiro conforme desig-
nado pelo Cmt.
c) Os Lç Gr são empregados para bater os ângulos mortos ou contra as tentati-
vas inimigas de transpor os obstáculos de proteção final.
d) Todos devem ficar em condições fazer emprego das granadas de mão. As
ações defensivas ocorrerão até que o inimigo seja repelido, ou seja ordenado o
retraimento.

7.10 ROTEIROS DE TIRO


7.10.1 O roteiro de tiro é um esboço do setor de fogo atribuído a uma arma de
fogo direto. O roteiro auxilia no planejamento, controle de fogos e auxilia as
VBTP, o grupo de apoio e os atiradores do GC na aquisição de alvos durante a
visibilidade reduzida.
7.10.2 Os roteiros mostram as possíveis áreas de alvo e as características do
terreno em relação a uma posição de tiro.
7.10.3 Se possível, todos os elementos devem caminhar no setor de tiro para
identifica-lo no terreno o setor e preencher o roteiro de tiro, e continuamente

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avaliar o setor e, se necessário, atualizar o roteiro.
a) O roteiro de tiro também auxilia na substituição de elementos da fração ou do
próprio pelotão.
b) Para preparar um roteiro de tiro, o atirador soldado, o atirador da VBTP e o
grupo de apoio deve saber o seguinte:
1) Setores de tiro.
2) Pontos de Referência Alvo (PRA).
3) Ângulos mortos.
4) Linha de engajamento máximo.
7.10.4 ROTEIRO DE GRUPO E DE PELOTÃO
7.10.4.1 Os comandantes de GC e do Gp Ap preparam o roteiro do GC con-
feccionado em duas vias: uma para ele e outra para o comandante.
a) Após o recebimento o comandante de pelotão identifica as lacunas e outras
falhas e faz os ajustes conforme o necessário.
b) Uma vez que o comandante aprove os roteiros dos grupos, ele preparará o
roteiro do pelotão.
7.10.4.2 Os comandantes devem desenhar o croqui dos roteiros o mais
perto da escala quanto possível.
- Após o Cmt Pel preparar o roteiro (incluindo a lista de alvos para fogo direito e
indireto), uma cópia é enviada ao Cmt da SU, outra fica com o comandante do
elemento embarcado (normalmente o Adj) e outra cópia fica com o Cmt Pel.

7.11 PLANEJAMENTO E INTEGRAÇÃO DO APOIO DE FOGO


7.11.1 Os fogos de artilharia, de morteiro, dos helicópteros de ataque e das ae-
ronaves da força aérea (F Ae) serão empregados sempre que possível dentro da
disponibilidade e da prioridade.
7.11.2 Deve ser evitado o emprego prematuro de todas armas posicionadas na
AE, negando ao inimigo o conhecimento da real intenção do defensor naquela
região.
7.11.3 Normalmente, os grupos de concentração de artilharia e os fogos de mor-
teiro serão desencadeados, caracterizando o início do ataque pelo fogo, quando
o inimigo estiver na AE, a fim de desorganizar os sistemas operacionais, princi-
palmente o comando e controle. A situação criada permitirá o desencadeamento
eficiente dos fogos diretos.

7-50
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7.11.4 A artilharia e os morteiros passarão a realizar fogos para limitar e isolar a
penetração inimiga, dentro da AE.

Fig 83 - Visão esquemática da integração dos sistemas operacionais em uma AE de Unidade à


frente da posição defensiva
Legenda - Efeitos dos Obstáculos:
A – Canalização
B – Dissociação
C – Fixação
D – Bloqueio
E - Lançamento de munição FASCAM para interdição da AE e bloqueio do movimento inimigo
F - Barragens de Mrt e Art visando interdição da AE

G - Posição de ataque pelo fogo, ocupada pelas frações de carro

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7.11.5 DEVEM SER INTEGRADOS OS FOGOS INDIRETOS NO INTERIOR DA
AE, OBSERVANDO:
a) seleção de quando e contra que alvos serão empregados a Art e os morteiros;
b) alocação das armas de tiro curvo, considerando o alcance, nucleamento da
posição e a coordenação do espaço aéreo;
c) assegurar que foram planejados fogos à frente, no interior e na orla da área;
das posições;
d) os observadores devem ver os alvos e as linhas de acionamento.
7.11.6 Um aspecto relevante na coordenação do apoio de fogo é a necessidade
de uma estrita coordenação do uso do espaço aéreo.
- Isso permitirá a perfeita integração do uso dos helicópteros de ataque (pode-
rosas armas anticarro) e das aeronaves da F Ae, não conflitando com os fogos
das armas de tiro indireto.
7.11.7 Se a Unidade dispuser de carros de combate, estes podem aprofundar a
defesa anticarro no limite posterior da área, ocupando posições de ataque pelo
fogo.
- Deve ser verificado se as linhas de acionamento estão posicionadas de forma
compatível com a velocidade de progressão prevista para o inimigo e com o
alcance dos armamentos.

7.12 PLANEJAMENTO DE FOGOS NAS AÇÕES TÁTICAS


7.12.1 FOGOS EM AÇÕES ESTÁTICAS
7.12.1.1 Como situações estáticas devem ser entendidas as ações de engaja-
mento de uma força predominantemente estática contra um inimigo estático ou
em movimento.
7.12.1.2 As situações estáticas podem ocorrer nas operações de defesa em po-
sição, em movimentos retrógrados, nas ações de segurança, até mesmo nas
operações ofensivas.
7.12.1.3 Fogos diretos
a) Nas operações de defesa em posição e em movimentos retrógrados, o empre-
go dos fogos diretos em situações estáticas ocorre a partir de posições defensi-
vas ou de retardamento, onde as forças consideradas realizam as ações táticas
de defender ou retardar.

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b) Nas ações de segurança, os fogos diretos são empregados a partir das posi-
ções de bloqueio.
c) Por sua vez, nas operações ofensivas, as situações estáticas ocorrem quando
da constituição de base fogos para apoiar a manobra de determinados elemen-
tos e na consolidação e reorganização de uma força após a conquista de um
objetivo.

7.12.1.4 O planejamento dos fogos diretos em ações estáticas será tanto


mais detalhado quanto maior for o tempo disponível para a preparação e
ocupação das posições
- Dessa forma, nas operações de defesa em posição e movimentos retrógrados,
as posições defensivas e retardamento terão melhores condições de terem es-
tabelecidas e identificadas as medidas e a coordenação e o controle e o plane-
jamento serem coordenados, sincronizados e ensaiados.
7.12.1.5 Por sua vez, nas posições assumidas de oportunidade, como nas ope-
rações ofensivas, devem-se estabelecer tantas medidas de coordenação e con-
trole quantas forem possíveis, em virtude da disponibilidade de tempo e possibi-
lidade de transmissão do planejamento aos elementos subordinados.
7.12.1.6 Normalmente, em situações estáticas, o planejamento dos fogos diretos
baseia- se no estabelecimento de uma ou mais áreas de engajamento, onde os
fogos diretos são integrados aos indiretos e aos obstáculos.

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Fig 84 - Planejamento de fogos na defensiva

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Fig 85 - Planejamento de fogos na defensiva

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7.12.2 FOGOS EM AÇÕES DINÂMICAS
7.12.2.1 Ações táticas dinâmicas que ensejam engajamento ocorrem principal-
mente nas operações ofensivas, embora também aconteçam durante as ope-
rações defensivas e ações comuns às operações básicas, como nos contra-
-ataques, retardamento entre posições e combates de encontro.
7.12.2.2 Enquanto nas ações estáticas as possibilidades de observar o terreno,
realizar reconhecimentos, preparar posições e ensaiar o engajamento planejado
são maiores, nas ações táticas dinâmicas essas possibilidades são limitadas.
No entanto, essa limitação não significa que não se possa e deva realizar o
planejamento dos fogos diretos, deixando que o engajamento aconteça quase
que espontaneamente, de acordo com a iniciativa dos elementos subordinados.
7.12.2.3 No planejamento das ações táticas dinâmicas, além das medi-
das de coordenação e controle dos fogos, ressaltam de importância as medidas
relativas à manobra, como as zonas de ação, os eixos de progressão, as dire-
ções de ataque, as posições de base de fogos, os objetivos e as linhas limites
de avanço.
7.12.2.4 O planejamento do engajamento em ações dinâmicas requer a sincro-
nização do fogo e do movimento. Essa sincronização normalmente é facilitada
pelo faseamento da ação seja pelo conveniente emprego de linhas de controle
ou de acionamento, seja por estabelecimento de outras coordenações que bali-
zem o momento em que os fogos sofrerão mudanças.
7.12.2.5 Nas ações ofensivas as armas são empregadas com base das dis-
tâncias de segurança predeterminada dos elementos de manobra. Quando em-
pregada de forma eficaz, os fogos proporcionam proteção às forças amigas à
medida que avançam e atacam um objetivo. Eles também permitem que nossas
forças se aproximem com o mínimo de baixas e impedem que a defesa inimi-
ga observe e contra-ataque, forçando-o a se proteger. O objetivo geral dos do
planejamento de fogos ofensivos é permitir que a o avanço contínuo da força
atacante.
7.12.2.6 Por exemplo, considere uma operação na qual um pelotão assalta uma
posição inimiga. À medida que os elementos de manobra se aproximam das
linhas de controle designadas em direção ao objetivo, o Cmt solicita o apoio de
fogo de acordo o planejado. Os elementos responsáveis pela observação e con-
dução dos fogos indiretos realizam o acompanhamento da progressão da tropa
atacante e ajusta o plano de fogos durante a execução de acordo como o avanço
de nossas forças.
7.12.2.7 Conforme a fração continua o movimento em direção ao objetivo, o
primeiro sistema de armas engaja os alvos, mantendo os fogos nos alvos até
que a unidade se aproxime da linha de controle que corresponda à distância de
segurança para tipo ou calibre de apoio.
7.12.2.8 Para manter o volume de fogos constante sobre os alvos, o próximo sis-
7-56
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tema de armas começa a disparar antes que o sistema de armas anterior cesse
ou transfira os fogos. Isso garante que não haja interrupção de fogos, permitindo
que o avanço das forças amigas continue até que se permita o engajamento
pelos fogos diretos.

Fig 86 - Exemplo de sincronização do fogo e movimento

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Fig 87 - Escalonamento de fogos na ofensiva

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7.13 EXECUÇÃO DOS FOGOS
7.13.1 É o final do processo de engajamento através da execução do comando
de tiro pelo Cmt GC.
7.13.2 Tem início com a designação de alvos que normalmente no campo de
batalha, não são facilmente identificáveis, mas são designados com precisão
e simplicidade com a utilização dos métodos de designação anteriormente
explicados.
7.13.3 DISTRIBUIÇÃO DOS FOGOS
7.13.3.1 Durante o combate é necessário que o GC atue como equipe, no
controle e distribuição dos fogos dos componentes; desta forma, o grupo obterá
um melhor aproveitamento dos fogos e reduzirá consideravelmente o desperdício
de munição.
7.13.3.2 O GC deve buscar o máximo volume de fogos. Isto é possível
concentrando os fogos do grupo em um alvo determinado pelo comandante.
Sempre que possível os fogos deverão ser conduzidos pelo Cmt GC. Nas
situações de combate aproximado, os homens atirarão sobre os alvos que lhes
surgirem, sem a necessidade de ordem do Cmt GC. Em qualquer situação, o
emprego das granadas 40 mm e do Lç Rj ocorrerá mediante ordem do Cmt GC.
7.13.3.3 Distribuição dos fogos com objetivo em largura

Fig 88 - Distribuição dos fogos contra objetivo em largura

7-59
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− O Cmt define as extremidades e o centro do alvo com o emprego de PRA,
processo do relógio entre outros.
− A esquadra que estiver à esquerda bate a porção esquerda do alvo. Da mesma
forma, a que estiver à direita bate a porção direita do alvo.
− As Mtr L atiram em toda frente da esquadra com rajadas curtas de 3 a 5 tiros.
− Os Cmt Esquadra atiram dentro do setor da esquadra, onde julgarem mais
conveniente.
7.13.3.4 Objetivo em profundidade

Fig 89 - Distribuição dos fogos contra objetivo em profundidade

7-60
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− O Cmt define a frente, centro e retaguarda do objetivo.
− A esquadra da esquerda atira na metade anterior do objetivo, e a esquadra da
direita na metade posterior.
− As Mtl L atiram na porção central do objetivo com rajadas curtas de três tiros.
− Os Cmt esquadra atiram dentro do setor da esquadra, onde julgarem mais
conveniente.
− Caso o objetivo seja tropa se deslocando e, após receber fogos, ela se
desdobre em largura, deve-se proceder como no caso anterior.

7.14 CONTROLE DOS FOGOS


7.14.1 Os Cmt devem decidir qual método de controle de fogos ou combinar
os métodos de acordo com a situação tática e devem garantir que as frações
tenham a maior eficácia da execução dos fogos.
7.14.2 MÉTODOS DE CONTROLE DE FOGO:
7.14.2.1 Sinais sonoros - Isso inclui voz e dispositivos como assobios e
buzinas. Os sinais sonoros são bons apenas para curtas distâncias. O alcance e
a confiabilidade são reduzidos pelo ruído de batalha, clima, terreno e vegetação.
7.14.2.2 Pontos/linhas de controle ou gatilho - O Cmt determina que
os soldados comecem a disparar quando o inimigo atingir um certo ponto ou
terreno. Quando este método de controle de fogo é usado, os soldados não
precisam esperar por uma ordem para começar a atirar.
7.14.2.3 Sinais visuais - O Cmt pode dar um sinal visual determinando o começo
dos fogos, o cessar fogos ou a mudança da direção de tiro assim que virem ou
ouvirem o sinal. Se valendo inclusive de sinais empregados pelo inimigo.
7.14.2.4 Tempo – Os fogos podem começar, mudar e parar em horário
determinado.
7.14.2.5 Prescrição dos fogos – emitir as prescrições.
7.14.3 ELEMENTOS DO COMANDO DE TIRO DO CMT GC
- Advertência.
- Direção.
- Distância (alça).
- Natureza do alvo.
- Condições de execução.

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- Execução.
7.14.4 OS INTEGRANTES DO GC NÃO REPETEM OS COMANDOS QUE
FOREM DADOS, CUMPRINDO IMEDIATAMENTE AS ORDENS EMITIDAS
PELO CMT GC
7.14.4.1 Advertência – Tem a finalidade de deixar os homens alertas para
receberem instruções. O Cmt GC pode alertar todo grupo ou parte dele, como
apenas uma esquadra, os granadeiros, atiradores ou o E2 e E4 que conduzem
os AT4. Pode ser usado algum sinal visual ou sonoro por contato pessoal ou por
qualquer outro meio preestabelecido.
7.14.4.2 Direção – O Cmt GC indica a direção geral do alvo, ou a localização
exata, se for possível. Define as extremidades e o centro dos alvos que estiverem
dispostos em largura ou profundidade. Existem algumas maneiras de dar a
direção ao alvo tal como:
− Processo de designação de alvo;
− Processo do relógio;
− Emprego de munição traçante na direção do alvo; e
− Emprego do PRA ou características do terreno facilmente reconhecíveis. Ele
dá a direção geral antes de dar o ponto de referência.
7.14.4.3 Distância – Será expressa em metros e enunciada por algarismos. É
fundamental que os homens registrem no armamento a alça equivalente.
7.14.4.4 Natureza do alvo – Descrição sumária do alvo. Sendo nítido, não
precisa ser realizada.
7.14.4.5 Condições de execução – Definição de quem vai atirar, quantos tiros
e quando executará os fogos. Se os homens que forem atirar são os mesmos
que foram alertados, este aspecto não precisa ser repetido. Também pode dizer
o tipo e quantidade de munição para disparar e a cadência de tiro.
7.14.4.6 Execução – Ordem para o início dos disparos. Pode ser empregado
um comando oral, um som ou um sinal visual. Se for necessário controlar o
momento exato dos disparos, ele emprega “AO MEU COMANDO!” (faz uma
pausa até que todos estejam prontos para começar a disparar). Quando ele quer
começar a atirar após a conclusão do comando de tiro, ele emprega o comando
“FOGO!”.
7.14.5 EXEMPLOS DE COMANDOS DE TIRO
a) GRUPO, ATENÇÃO!
- UMA HORA!

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- DOIS - CINCO – ZERO!
- ARMA AUTOMÁTICA!
- CINCO TIROS! ATIRADORES DEZ TIROS!
- AO MEU COMANDO!
- FOGO!
b) 4º ESCLARECEDOR ATENÇÃO!
- DIREITA, CORTE DE ESTRADA!
- DOIS – ZERO – ZERO!
- CARRO DE COMBATE!
- QUANDO PRONTO, FOGO!
7.14.6 Os comandos de tiro, em princípio, devem conter todos os elementos. No
entanto, eles não precisam ser formais; dependendo do grau de adestramento
do GC e da criatividade do Cmt, qualquer processo é válido desde que cumpra
a finalidade. Um exemplo de comando informal pode ser:

“OBSERVEM O TRAÇANTE! – TODO O GRUPO! – DOIS TIROS!”.

7.14.7 INTERRUPÇÃO DO FOGO


a) Ao comando de “GRUPO, ATENÇÃO! SUSPENDER FOGO!”, os homens
deixarão de atirar e substituirão os carregadores que estiverem incompletos.
Permanecem prontos para reiniciar o tiro nas mesmas condições anteriores.

“GRUPO, ATENÇÃO! SUSPENDER FOGO!”

b) Ao comando de “GRUPO, ATENÇÃO! CESSAR FOGO!”, os homens deixarão


de atirar, travarão as armas e colocarão a alça de combate.

“GRUPO, ATENÇÃO! CESSAR FOGO!”

7.14.8 Comandos de tiro subsequente são empregado para ajustar ou alterar


as informações fornecidas no comando de tiro inicial. Somente os elementos que
mudam são dados.

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Fig 90-A - Execução da posição defensiva (visão geral)

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Fig 90-B - Execução da posição defensiva (visão particular)

Fig 90-C - Execução da posição defensiva (visão particular)

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Fig 90-D - Execução da posição defensiva (visão particular)

Fig 90-E - Execução da posição defensiva (visão particular)

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Fig 90-F - Execução da posição defensiva (visão particular)

Fig 90-G - Execução da posição defensiva (visão particular)

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Fig 91 - Roteiro de pelotão parte I

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Fig 92 - Roteiro de pelotão parte II

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Fig 93 - Roteiro de pelotão parte III

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Fig 94 - Roteiro de pelotão parte IV

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Fig 95 - Roteiro de pelotão parte V

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Fig 96 - Roteiro de pelotão parte VI

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Fig 97 - Exemplo de Roteiro de Tiro

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Fig 98 - Exemplo de Roteiro de Tiro Preenchido

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CAPÍTULO VIII
LOGÍSTICA

8.1 GENERALIDADES
8.1.1 Os Pel não dispõem de uma fração específica para as atividades logísticas
empregando, desta forma, alguns elementos ou um GC como um todo para a
execução dessas atividades, tais como o remuniciamento, evacuação de feridos,
dentre outras.
8.1.2 A logística nas pequenas frações é realizada através do recebimento de
um pacote logístico com base em fatores da missão ou das estimativas do pla-
nejamento.
8.1.3 ATRIBUIÇÕES DOS CMT GC
a) Têm a responsabilidade de providenciar os primeiros socorros aos seus su-
bordinados, evacuar os feridos o mais rapidamente possível e providenciar a
identificação dos mortos da fração;
b) devem permanecer a par do nível de munição da fração e providenciar a tem-
po os pedidos de munição ao Cmt Pel ou Adj Pel. Ademais, devem coordenar
o remanejamento da munição após as ações, levando em conta a mescla de
calibres existente no GC;
c) devem ter perfeito conhecimento, também, do estado do material e do arma-
mento e solicitar o recompletamento da dotação logo que possível, esclarecendo
se o material foi perdido, destruído ou encontra-se em mau estado;
e) solicitam o suprimento de água sempre que necessário e, em operações
defensivas, calculam e requisitam o material de fortificação necessário para a
organização do núcleo de defesa; e
f) no tocante às atividades de pessoal, os Cmt GC devem dar especial atenção à
manutenção da disciplina e moral da tropa, além do controle de efetivos.
g) Em todas essas atividades são auxiliados pelos respectivos Cmt Esq.
8.1.4 Normalmente o GC é empregado pelo Cmt Pel para auxiliar no ressupri-
mentos dos pelotões de acordo com as técnicas de ressuprimento ou de entrega
de suprimento.
8.1.5 Qualquer que seja a técnica de ressuprimento empregada, os Cmt devem
garantir a segurança. Isso envolve segurança no ponto de reabastecimento e o
rodízio de pessoal para garantir a os níveis de segurança e prontidão em caso
8-1
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de ataque.
8.1.6 Os GC/Pel aproveitam o retorno das viaturas do ressuprimento para eva-
cuar feridos, equipamentos danificados, excesso de munição, resíduos e outros
para a retaguarda.
- Durante cada ressuprimento, o Cmt Pel/GC deve planejar a evacuação de itens
em excesso, reduzindo a necessidade de enterrar, camuflar ou descartar mate-
rial desnecessário.

8.2 TÉCNICA DE RESSUPRIMENTO


8.2.1 A Seção de Comando da SU fará um constante estudo da situação, para
verificar qual será processo mais indicado para ressuprimento de cada Pel quan-
do o PACLOG chegar. Poderá ser feito uso de um dos processos a seguir des-
crito ou uma combinação dos mesmos.
8.2.2 No caso do GC Mec/Bld a capacidade de carga das Vtr Bld/Mec permite
aos GC transportar uma maior quantidade de Sup já na saída das Z Reu.
- O segredo do Ap Log a essas tropas é o ressuprimento das quantidades míni-
mas que devam existir no interior das VBTP ou VBC Fuz com os Sup transpor-
tados no PACLOG.
8.2.3 RESSUPRIMENTO NA POSIÇÃO

Fig 99 - Ressuprimento na posição

8-2
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8.2.3.1 A Seç Cmdo deslocar-se-á para a posição de um Pel, por vez, passando
à retaguarda do mesmo, não expondo a silhueta na crista da elevação. As Vtr,
após pequenos deslocamentos, irão ressurprir os Pel/GC dos itens necessários.
Os itens de ressuprimento mais rápido (Cl I, II e VIII, por exemplo) serão ofere-
cidos primeiro.
8.2.3.2 Nas operações, quando o contato com o inimigo é iminente, o método de
reabastecimento em posição pode ser necessário para assegurar que suprimen-
tos adequados estejam disponíveis.
- Esse método exige que as frações recebam o suprimento na posição. O GC/
Pel normalmente fornece um guia para garantir que os suprimentos sejam distri-
buídos primeiro para a posição mais crítica.
8.2.3.3 A SU antecipa suprimentos, equipamentos ou ambos para posições
de combate ou quando os Pel estiverem ocupando mais de uma Z Reu.
Essa técnica é usada
− Quando existe uma necessidade imediata ou de emergência.
− Para reabastecer uma classe de suprimento.
− Porque permite que os integrantes do GC/Pel permaneçam na posição.
8.2.3.4 Se os veículos do PACLOG não puderem se mover perto das posições
do GC, os membros do GC podem precisar ajudar o pessoal da Seç Cmdo para
deslocar os suprimentos e equipamentos para frente.
8.2.3.5 Um Pel, após o outro, será atendido com cuidado, para que não se des-
cuide da vigilância dos setores. A Seç Cmdo será atendida por último, liberando
as viaturas do PACLOG para o retorno à ATE.
8.2.3.6 Este processo fica restrito à existência de acessos às posições com as
Vtr do PACLOG.
8.2.4 RESSUPRIMENTO FORA DA POSIÇÃO
8.2.4.1 Neste caso, A Seç Cmdo montará uma “linha de servir”, na qual as es-
quadras, os GC ou viaturas passarão para realizar o ressuprimento. Dependen-
do do terreno disponível, poderá ser formada uma coluna de Vtr do PACLOG,
de forma que os GC/Vtr dos Pel passem duas a duas nas laterais do comboio,
realizando o transbordo dos Sup, agilizando o processo.
8.2.4.2 Nessa técnica, quando a pé, o GC ou parte do GC deixa as posições de
combate para realizar o ressuprimento e retorna à posição.
8.2.4.3 Toda a Seç Cmdo trabalhará para atender às frações e auxiliar as guar-
nições.
8-3
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8.2.4.4 Os Grupos, esquadras ou seções dos pelotões realizarão o ressuprimen-
to de um em um, até que os Pel sejam atendidos nas necessidades. A Seç Cmdo
será a última, liberando o comboio do PACLOG para o retorno.
8.2.4.5 Este tipo de ressuprimento é empregado quando o contato não é prová-
vel e para suprir uma ou mais classes de suprimento.
8.2.4.6 A sequência de cada fração seve ser coordenada para otimizar o tempo
para o ressuprimento.

Fig 100 - Ressuprimento fora da posição da SU

8.2.5 SUPRIMENTO PREPOSICIONADO


8.2.5.1 Em operações defensivas ou movimentos retrógrados, e em outras oca-
siões, pode precisar de suprimentos preposicionado ou em cache.
8.2.5.2 O suprimento a ser fornecido a uma fração será colocado em local pré-
determinado, sob guarda ou não, em um ponto pelo qual a fração vá passar para
ocupar nova posição. Este processo é muito útil nos movimentos retrógrados.
8.2.5.3 Todos os Cmt, até nível do Cmt GC, devem conhecer a localização exata
dos locais. Eles verificam esses locais durante o reconhecimento ou os ensaios.
O pelotão toma medidas para garantir a sobrevivência dos suprimentos nos ca-

8-4
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chês. Essas medidas incluem a seleção de posições cobertas e ocultas e a esca-
vação nas posições preposicionadas. O Cmt Pel deve ter um plano de remoção
e destruição para impedir que o inimigo capture suprimentos preposicionados.
8.2.5.4 Durante as operações ofensivas, a SU pode destacar caminhão com
suprimentos numa posição mais adiantada em relação à AT. Normalmente se a
expectativa de um consumo muito alto de munição. Desta forma, permite que os
pelotões reabasteçam rapidamente durante a consolidação ou nas ações sem
contato com o inimigo.
8.2.5.5 Deverá ser levado em consideração a existência de populações civis na
área e o apoio aos elementos em combate.
8.2.5.6 O suprimento que não for consumido, normalmente, será perdido e deve-
rá haver um plano de destruição do mesmo.
8.2.5.7 A Seç Cmdo poderá ser encarregada de se deslocar para a área do
suprimento preposicionado e organizar a distribuição e condução ao final do
ressuprimento.
8.2.5.8 O local do suprimento preposicionado será reconhecido durante os pre-
parativos para ocupação de nova posição de retardamento.
8.2.5.9 Embora esse método seja usado com frequência durante operações de-
fensivas para posicionar suprimentos e equipamentos em posições subsequen-
tes, ele pode ser igualmente eficaz em outras operações como um cache.
8.2.5.10 Um cache é um ponto de suprimento preposicionado e oculto

Fig 101 - Suprimento preposicionado

8-5
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- Que pode:
a) Pode ser configurado para uma missão ou contingência específica.
b) Pode ser usado efetivamente por pelotões e esquadrões para reduzir a carga
do soldado.
c) Pode estar acima ou abaixo do solo.
8.2.5.11 Um cache acima do solo é mais fácil de usar, mas mais provável de ser
encontrado pelo inimigo, civilizações ou animais.
8.2.6 ENTREGA DO SUPRIMENTO AO MAIS ANTIGO DA FRAÇÃO
8.2.6.1 Normalmente as viaturas deslocar-se-ão até o local de entrega do
ressuprimento, e aquela fração será suprida como um todo.

Fig 102 - Ressuprimento fora da posição da SU

8.2.6.2 A situação tática pode impedir que todos os componentes de uma fração
estejam presentes no momento do ressuprimento, impondo a entrega dos itens
necessários aos ausentes ao mais antigo da fração ou da Viatura, no local do
ressuprimento.
8.2.6.3 Pode ocorrer de GC/Viatura não poder se deslocar para o local do ressu-
primento. Isso irá impor ao Cmt que envie parte da fração ao local do ressupri-
mento para apanhar os itens necessários.
8.2.6.4 Não importando qual seja o caso, a Seç Cmdo realizará o controle do
que é necessário a cada GC/Viatura e o que já foi entregue, com ênfase para
Sup Cl III e V. O Sgte auxiliará o Enc Mat concentrando as atenções no Sup Cl I.
8.2.6.5 A passagem das Vtr pelo ressuprimento também será usada para que as
Eqp Mnt realizem uma verificação das necessidades de manutenção e anotem

8-6
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os pedidos de peças e produtos necessários à Mnt de Vtr e armamentos e equi-
pamentos. Os pedidos serão encaminhados pelo pessoal do PACLOG ao Pel
Mnt para serem entregues no próximo PACLOG.

8.3 MANUTENÇÃO
8.3.1 A manutenção adequada é a chave para manter o equipamento e o mate-
rial em boas condições. Inclui inspeção, teste, manutenção, reparo, requisição,
recuperação e evacuação.
8.3.2 Todos os soldados devem entender como manter os armamentos e equi-
pamentos individuais. Sendo encarregados da realização da manutenção de
primeiro escalão. A manutenção de segundo escalão só pode ser realizada por
mecânicos especializados e requer ferramental específico.
8.3.3 O Cmt do GC/Pel deve entender a manutenção de cada equipamento na
fração, devem manter um procedimento operacional padrão com os períodos de
manutenção (pelo menos uma vez por dia em campanha) além de manter uma
fiscalização constante nos padrões de manutenção.
8.3.4 Todo material que for danificado ou estiver em pane deve ser evacuado
para a ATSU, onde será examinado pelos mecânicos da subunidade.
8.3.5 O material salvado, definido como o material utilizado por nossas forças
que seja encontrado em situação de abandono na área de operações, e o mate-
rial capturado do inimigo devem ser prontamente evacuados para a ATSU.

8.4 CARGA TRANSPORTADA


8.4.1 Determinar a carga que o soldado transporta é uma tarefa crucial para o
Cmt GC/Pel. A carga do soldado dependerá da missão e dos fatores da decisão
devendo ser monitorada de perto.
8.4.2 Os soldados não podem se dar ao luxo de levar equipamentos desneces-
sários para as operações. Entretanto deve-se levar em conta todas as situações
de contingências.
- Deve-se levar em consideração quanto cada combatente pode carregar sem
perder a eficácia e eficiência para combater.
8.4.3 Como os Cmt não podem se preparar para todas as operações possíveis,
eles devem se preparar para as contingências mais prováveis com base nas
informações disponíveis.
8.4.4 Pesquisas mostram que um soldado pode carregar 30% do peso corporal e
manter grande parte da agilidade, resistência, vigilância e mobilidade.

8-7
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8.4.5 O sucesso e a sobrevivência nas operações das pequenas frações exigem
que os soldados mantenham essas capacidades. Quando o soldado não con-
segue se mover com furtividade, agilidade e vigilância, a fração está em risco.
8.4.6 Quando a carga excede 45% de seu peso corporal, a habilidade funcional
cai rapidamente e as chances de se tornar uma vítima aumentam.
8.4.7 Frequentemente, os soldados excedem o peso recomendado devido à
combinação de equipamento de proteção, armas, munição e outros itens neces-
sários para a missão.
8.4.8 Os comandantes devem estar cientes de como o excesso de peso au-
menta os riscos e afeta a eficácia da unidade. Com o aumento das cargas, os
soldados ficam fatigados mais rapidamente, a velocidade diminui e a mobilidade
é degradada.
a) Os Cmt devem decidir qual equipamento é necessário para os soldados car-
regarem, fazendo todo o possível para reduzir a carga dos soldados sempre que
possível.
b) Durante as operações, os Cmt devem monitorar os soldados para garantir que
as cargas não afetem negativamente o desempenho.
8.4.9 FARDO ABERTO
8.4.9.1 Diz respeito a todo equipamento conduzido preso ao cinto de cam-
panha e ao suspensório de cada militar.
a) É, basicamente, composto de coldre, cantil, porta-cantil, caneco, porta-car-
regadores (de fuzil/pistola), faca, facão de mato (terçado) e porta-bússola, por
exemplo.
b) Outros equipamentos podem ser acondicionados ao fardo aberto, dependen-
do da missão e do ambiente operacional.
8.4.9.2 O suspensório pode ser substituído pelo colete tático. Ele é um equipa-
mento ajustável ao corpo do combatente, capaz de acondicionar materiais (ma-
terial de anotação, bússola, carregadores de fuzil e/ou de pistola, por exemplo),
deixando-os ao alcance das mãos sem qualquer esforço.
8.4.10 FARDO DE ASSALTO
8.4.10.1 Inclui o equipamento, material e suprimento essencial para garantir a
capacidade de combate e sobrevivência em operações de combate imediato.
8.4.10.2 Quando possível, o fardo de assalto de um soldado não deve exceder
30% do peso corporal. Alguns itens serão adicionados ou excluídos com base na
missão ou outros fatores.
- O fardo de assalto, normalmente, é composto de acordo com a tabela a seguir:

8-8
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PADRÕES PARA O CÁLCULO DE PESO FARDO DE ASSALTO


Destino Material Peso (kg)
Máscara contra gases 0,25
Bornal Máscara 0,25
Bornal de Perna 0,35
Mochila de assalto 0,95
Colete tático 1,70
Proteção e Transporte Placa Balística (Med) 2,40
Capacete (Med) 1,48
Coldre 0,80
Porta Carregador Pst 0,15
Porta Carregador Fz 0,15
Porta Kit SOS 0,10
Computador Tático 0,35
Visor Tático 0,15
Comunicações e energia Combinado de Cabeça 0,15
Rádio (IMBEL) 0,52
Bateria 0,20
Rç AE 1,38
Sobrevivência
Hidratação 1,50
Faca de Combate 0,65
Fz IA2 5,56 3,50
Armamento Pistola 1,30
Mtr L Minimi 5,56 7,50
Lç Gr 1,50
Carr Aço Car 5,56 0,25
300 Car 5,56 (Media) 4,00
Gr M Of 0,60
Munição Gr M Def 0,80
Gr 40 mm 0,60
45 Car 9 mm 0,56
Lç Rj AT 84 6,80
Luneta Atdr Prcs GC 1,20
Mira Visada Rápida 0,40
Observação
Apontador laser 0,20
Lanterna 0,15

Tab 28 – Exemplo de cálculo de peso do fardo de assalto

8-9
TABELA DE CÁLCULO

8-10
Cmt GC Cmt E1 e Gr E2 At Pc At Mtr L Cmt E3 e Gr E4 (Lç At Mtr L Cb Mot At VB
Esqd Esqd Rj)
Função Material Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps Qt Ps
Máscara contra
0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25
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gases
Bornal Máscara 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25
Bornal de Perna 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35
Mochila de
0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95
assalto
Colete tático 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70
Placa Balística
Prot e Trnp 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40
(peso médio)
Capacete peso
1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48
(peso médio)
Coldre 0,80 1 0,80 1 0,80 0,00 0,00 0,00 1 0,80 0,00 0,00 0,00 1 0,80 1 0,80
Porta Carr Pst 0,15 1 0,15 1 0,15 0,00 0,00 1 0,15 1 0,15 0,00 0,00 0,00 1 0,15 1 0,15
Porta
0,15 5 0,75 5 0,75 5 0,75 5 0,75 0,00 5 0,75 5 0,75 5 0,75 5 0,75 5 0,75 5 0,75
Carregador Fz
Porta Kit SOS 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10
Computador
0,35 1 0,35 1 0,35 0,00 0,00 0,00 1 0,35 0,00 0,00 0,00 1 0,35 0,00
Tático
Visor Tático 0,15 1 0,15 1 0,15 0,00 0,00 0,00 1 0,15 0,00 0,00 0,00 1 0,15 0,00
Combinado de
C2 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 0,00
Cabeça
Rádio Gp I (TTP
0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 0,00
1440 IMBEL)
Bateria 0,20 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 0,00
Rç AE 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38
Sobrev
Hidratação 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50

Tab 29 - Exemplo de Cálculo de Peso do Fardo de Assalto por GC


Faca de Combate 0,65 1 0,65 1 0,65 1 0,65 1 0,65 1 0,65 1 0,65 1 0,65 1 0,65 1 0,65 1 0,65 1 0,65

Fz IA2 7,62 4,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fz IA2 5,56 3,50 1 3,50 1 3,50 1 3,50 1 3,50 0,00 1 3,50 1 3,50 1 3,50 0,00 0,00 1 3,50

Armto Pistola 1,30 1 1,30 1 1,30 0,00 0,00 0,00 1 1,30 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Sub Mtr M 3,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1 3,50 0,00

Mtr L Minimi 5,56 7,50 0,00 0,00 0,00 0,00 1 7,50 0,00 0,00 0,00 1 7,50 0,00 0,00

Lç Gr 1,50 0,00 0,00 1 1,50 0,00 0,00 0,00 1 1,50 0,00 0,00 0,00 0,00

Carregador Aço Car 5,56 0,25 11 2,75 11 2,75 11 2,75 11 2,75 0,00 11 2,75 11 2,75 11 2,75 0,00 0,00 0,00

Car 556 (peso médio) 0,01 330 4,01 330 4,01 330 4,01 330 4,01 600 7,29 330 4,01 330 4,01 330 4,01 600 7,29 0,00 0,00

Gr M Of 0,60 2 1,20 2 1,20 2 1,20 2 1,20 1 0,60 2 1,20 2 1,20 2 1,20 1 0,60 2 1,20 2 1,20

Mun Gr M Def 0,80 2 1,60 2 1,60 2 1,60 2 1,60 1 0,80 2 1,60 2 1,60 2 1,60 1 0,80 2 1,60 2 1,60

Gr 40 mm ,060 0,00 0 0,00 8 4,80 0 0,00 0,00 0,00 8 4,80 0 0,00 0,00 0,00 0,00

Car 9 mm 0,01 45 0,56 45 0,56 0,00 0,00 0,00 45 0,56 0,00 0,00 0,00 90 1,12 0,00

Lç Rj AT 84 6,80 0,00 0,00 0,00 1 6,80 0,00 0,00 0,00 1 6,80 0,00 0,00 0,00

Luneta At Pc GC 1,20 0,00 0,00 0,00 1 1,20 0,00 0,00 0,00 1 1,20 0,00 0,00 0,00

Mira Visada Rádia 0,40 1 0,40 1 0,40 1 0,40 0,00 1 1,00 1 0,40 1 0,40 0,00 1 0,40 1 0,40 1 0,40
Obs
Apontador laser 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20

Lanterna 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15

Soma 29,94 29,94 32,93 34,23 29,77 29,94 32,93 34,23 29,77 22,44 19,76

Tab 29 - Exemplo de Cálculo de Peso do Fardo de Assalto por GC (continuação)

8-11
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8-12
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TABELA DE CÁLCULO Cmt Esq E1 e Gr E2 Atdr Precs GC At Mtr L


Destino Material Peso Peso Qtde Peso Qtde Peso Qtde Peso Qtde
Máscara contra gases 0,25 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1
Bornal Máscara 0,25 0,25 1 0,25 1 0,25 1 0,25 1
Bornal de Perna 0,35 0,35 1 0,35 1 0,35 1 0,35 1
Mochila de assalto 0,95 0,95 1 0,95 1 0,95 1 0,95 1
Colete tático 1,70 1,70 1 1,70 1 1,70 1 1,70 1
Prot e Trnp Placa Balística Peso Médio 2,40 2,40 1 2,40 1 2,40 1 2,40 1
Capacete peso Médio 1,48 1,48 1 1,48 1 1,48 1 1,48 1
Coldre 0,80 0,80 1 0,80 0,00 0,00
Porta Carr Pst 0,15 0,15 1 0,15 0,00 0,00 1
Porta Carregador Fz 0,15 0,75 5 0,75 5 0,75 5 0,75
Porta Kit SOS 0,10 0,10 1 0,10 1 0,10 1 0,10 1
Computador Tático 0,35 0,35 1 0,35 0,00 0,00
Visor Tático 0,15 0,15 1 0,15 0,00 0,00
Com e energia Combinado de Cabeça 0,15 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1
Rádio (IMBEL) 0,52 0,52 1 0,52 1 0,52 1 0,52 1
Bateria 0,20 0,40 2 0,40 2 0,40 2 0,40 2
Rç AE 1,38 1,38 1 1,38 1 1,38 1 1,38 1
Sobrevivência
Hidratação 1,50 1,50 1 1,50 1 1,50 1 1,50 1
Faca de Combate 0,65 0,65 1 0,65 1 0,65 1 0,65 1
Fz IA2 5,56 3,50 3,50 1 3,50 1 3,50 1 3,50
Armto Pistola 1,30 1,30 1 1,30 0,00 0,00
Mtr L Minimi 5,56 7,50 0,00 0,00 0,00 0,00 1
Lç Gr 1,50 0,00 0,00 1 1,50 0,00

Tab 30 - Exemplo de Cálculo de Peso do Fardo de Assalto por Esquadra


Carr Car 5,56 0,25 2,75 11 2,75 11 2,75 11 2,75
Car 556 (média) 0,01 4,01 330 4,01 330 4,01 330 4,01 600
Gr M Of 0,60 1,20 2 1,20 2 1,20 2 1,20 1
Mun Gr M Def 0,80 1,60 2 1,60 2 1,60 2 1,60 1
Obs
Gr 40 mm 0,60 0,00 0 0,00 8 4,80 0 0,00
Car 9 mm 0,01 0,56 45 0,56 0,00 0,00
Lç Rj AT 84 6,80 0,00 0,00 6,80 1* 6,80
Luneta Atdr Precs GC 1,20 0,00 0,00 0,00 1 1,20
Mira Visada Rápida 0,40 0,40 1 0,40 1 0,40 0,00 1
Obs
Apontador laser 0,20 0,20 1 0,20 1 0,20 1 0,20 1
Lanterna 0,15 0,15 1 0,15 1 0,15 1 0,15 1
PESO Soma 29,94 32,93 34,23 29,77

Tab 30 - Exemplo de Cálculo de Peso do Fardo de Assalto por Esquadra (continuação)

8-13
EB70-CI-11.440
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8.4.11 FARDO DE COMBATE (MOCHILA)
8.4.11.1 Inclui os itens necessários que garantem a marcha de aproximação que
são necessários para operações estendidas. Estes são descartados em uma
posição antes ou em contato com o inimigo.
8.4.11.2 Será transportada pelo combatente a pé com o mínimo de peso e de
volume, de tal modo que não embarace a mobilidade em ação. A mochila deve
ser a maneira mais prática e cômoda para transportar o material específico que
deverá ser levado para cumprir a missão recebida.
8.4.11.3 Alguns itens podem ser adicionados ou excluídos de acordo com
a missão tais como:
− ração operacional;
− água adicional;
− material de higiene e banho;
− poncho;
− ferramenta de sapa;
− munição adicional/coletiva;
− conjunto de estacionamento individual, quando necessário; e
− outros.
8.4.12 FARDO DE BAGAGEM
8.4.12.1 Destina-se ao transporte do material individual que o militar necessitará
em campanha. Excluem-se, evidentemente, os artigos que, por força da missão,
o combatente conduzirá o fardo de combate (mochila).
8.4.12.2 O fardo de bagagem deverá ser utilizado para transportar somente o
mínimo necessário ao conforto do homem em campanha.
8.4.13 TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO DE CARGA
− Com base na situação e nos fatores da decisão o Cmt decide o que será trans-
portado no fardo de combate e no fardo de assalto.
− Os combatentes distribuem a carga pelo fardo de assalto (colete) de forma
equilibrada.
− Nada deverá ser transportado na parte da frente do colete que impeça os sol-
dados de tomarem posições de tiro.
− A material coletivo deve ser distribuído entre todos.
− O material pesado deve ser revezado entre os soldados.
− Deve ser planejado o local para abandono do fardo de combate (Z Reu, AT, P
Ass ...).

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− Deve-se considerar levar menos rações para operações curtas.
− Enquanto estiver carregando mochilas, deve-se usar água e rações transpor-
tadas no fardo de combate.
− A ração de emergência deverá ser transportada no fardo de assalto para ga-
rantir a sobrevivência imediata sem o fardo de combate.
− Os itens coletivos ao carregamento de todos deverão estar localizados no
mesmo lugar, seja no fardo de assalto ou no fardo de combate.

8.5 LOGÍSTICA DE SAÚDE


8.5.1 É o conjunto de atividades relacionadas à conservação do capital humano
nas condições adequadas de aptidão física e psíquica, por meio de medidas
sanitárias de prevenção e de recuperação.
8.5.2 Nas pequenas frações refere-se à evacuação de feridos e de controle sa-
nitário. Visa a conservação dos recursos humanos.
8.5.3 EVACUAÇÃO DE FERIDOS (CASEVAC): é realizada, normalmente, em
um meio não especializado de saúde e por equipe multidisciplinar, em geral não
especialista da área médica, extraindo-se a baixa do local onde deu-se o feri-
mento/moléstia até um local seguro. Normalmente é realizada pelas pequenas
frações.
8.5.4 EVACUAÇÃO MÉDICA (MEDEVAC): é realizada em um meio especiali-
zado de saúde e sob a supervisão de pessoal especialista da área médica. Em
operações de alta intensidade, poderá constituir a segunda fase de uma evacua-
ção depois de uma evacuação de feridos, sendo a opção prevalente nas demais
situações. Consta de um grupo de militares com instalações, veículos e suporte
configurados especificamente para o atendimento e evacuação médica. Estes
são marcados com uma cruz vermelha no braço do militar ou na blindagem do
veículo (ambulância, aeronave, ...), e minimamente armados (somente o neces-
sário para a autodefesa – de acordo com o tratado de Genebra), dispondo de
maior flexibilidade e menos peso, mas impedindo-os de ter acesso a cenários
onde há fogo inimigo intenso sem escolta armada. Realizam a evacuação de um
posto ou unidade médica a outra de escalão superior com maior resolutividade
8.5.5 O Cmt GC deve fiscalizar a execução das medidas de higiene em campa-
nha, evitando a proliferação ou o agravamento de doenças. Os doentes devem
ser evacuados para o ponto de concentração de feridos da subunidade (ATSU)
e, se for o caso, para o posto de socorro do batalhão (ATC), onde receberão
atendimento médico.

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7.5.6 Quando um homem é ferido, o companheiro mais próximo deve prestar-lhe
de imediato os primeiros socorros. O Cmt de GC informa ao Adj Pel que passa
a coordenar a evacuação desse elemento até o Ponto de Concentração de Feri-
dos (PCF), seja caminhando (ferimentos leves), seja transportado por elementos
da fração, do pelotão reserva ou pelos padioleiros da turma de evacuação da
subunidade.
7.5.7 Para qualquer militar evacuado deve-se ter um controle de material que
permanece com a vítima e o que permanece na fração. O armamento e o equi-
pamento da vítima podem ser retidos pelo pelotão, redistribuídos conforme apro-
priado (munição, comida, água, equipamento especial) ou evacuados para os
trens da SU. As metralhadoras leves, os lançadores de granada e outras armas
especiais são redistribuídos pela fração.
8.5.8 UM PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DEVE INCLUIR
− Deveres e responsabilidades do pessoal no planejamento e execução da eva-
cuação de vítimas, onde o emprego do sistema de duplas ou “cangas” facilitam
a distribuição de responsabilidades dentro da esquadra.
− Prioridades de evacuação.
− Provisões para recuperação e salvaguarda de armas, munições e equipamen-
tos.
− Conhecimento da localização dos pontos de concentração de feridos, normal-
mente informado no parágrafo 4º das ordens de operação.
− Procedimentos e responsabilidades pela evacuação médica.
− Planejamento de outros meios de transporte não médicos para evacuação, em
caso de necessidade.
− Procedimentos para tratar e evacuar PG e vítimas civis.
− Redes de comunicação para solicitações de evacuação.
− Situações em que a evacuação começará e os combatentes poderão ajudar
na coleta e evacuação. Isso impede que o poder de combate seja desviado da
missão.
8.5.9 Os Cmt GC devem estar preparados para tratar e evacuar as baixas. De-
vem entender o plano de evacuação de vítimas e começar imediatamente a
executá-lo quando ocorrerem baixas. O tratamento de vítimas graves significa
estabilizar a vítima até que ela possa ser evacuada.
8.5.10 Caso necessário, qualquer meio pode ser empregado para evacuar uma
vítima.
8.5.11 Pelo menos um soldado por GC deve ser treinado como um socorrista de
combate para ajudar o ajudante a tratar e evacuar os feridos. Eles fornecem tra-

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tamento inicial até que o pessoal de saúde trate os feridos, mas somente depois
que as tarefas primárias de combate estejam completas.
8.5.12 O tratamento de baixas normalmente começa na conclusão da atividade,
durante a reorganização do pelotão. As baixas são tratadas onde caem (ou sob
cobertura e ocultação próximas) pela própria vítima, um amigo, um ajudante
ou um socorrista de combate. Eles são então evacuados por macas ou meios
improvisados para o ponto de evacuação do pelotão. Esse ponto é escolhido
pelo Cmt Pel, conforme necessário. Ao selecionar o ponto de evacuação, o Cmt
deve considerar a cobertura, a ocultação, a segurança e o espaço para tratar as
vítimas, o acesso à rota e o acesso aéreo.
8.5.13 CATEGORIAS DE TRATAMENTO DE VÍTIMAS
- Os mortos em combate não são concentrados ou evacuados para esse ponto
de evacuação. À medida que as vítimas são coletadas, elas são triadas (sepa-
radas) para tratamento. O objetivo é dar o melhor apoio ao maior número de
feridos. As categorias de tratamento de vítimas são:
8.5.13.1 Prioridade I-Urgente
- É atribuída a casos de emergência que devem ser evacuados o mais rapida-
mente possível e no prazo máximo de duas horas, a fim de salvar a vida, os
membros ou a visão; para prevenir complicações de doença séria; ou para evitar
incapacidade permanente.
8.5.13.2 Prioridade IA-Urgente-Cirúrgica
a) É atribuído a pacientes que devam receber uma intervenção cirúrgica a frente
para salvar suas vidas e estabilizá-los para posterior evacuação.
b) Em Prioridade I e IA (1ª prioridade) as vítimas deverão ser marcadas com
algum material identificador (cartões, fichas, fitas...) na cor vermelha.
8.5.13.3 2º Prioridade Prioritária II
a) É atribuído a pessoal doente e ferido que requer cuidados médicos imediatos.
A precedência é usada quando o tratamento especial não está disponível local-
mente e o indivíduo sofrerá dor ou incapacidade desnecessárias (tornando-se
precedente URGENTE) se não for evacuado dentro de quatro horas.
b) Nesse caso as vítimas deverão ser marcadas com algum material identifica-
dor (cartões, fichas, fitas...) na cor amarela.
8.5.13.4 Prioridade III-Rotina
a) É atribuída a pessoal doente e ferido que necessite de evacuação, mas cuja
condição não deverá deteriorar-se significativamente.
b) Os doentes e feridos nesta categoria devem ser evacuados dentro de 24
horas. Nesse caso as vítimas deverão ser marcadas com algum material identi-

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ficador (cartões, fichas, fitas...) na cor verde.
8.5.13.5 Prioridade IV (sem prioridade)
a) É atribuída a pacientes para os quais a evacuação por veículo médico é uma
questão de conveniência médica e não de necessidade.
b) Nesse caso as vítimas deverão ser marcadas com algum material identifica-
dor (cartões, fichas, fitas...) na cor preta.
8.5.14 No ponto de concentração de feridos, o cabo atendente, da turma de
evacuação, revisa os primeiros socorros e, se necessário, prepara o ferido para
a evacuação até o posto de socorro do batalhão, onde receberá atendimento
médico.

8.6 MORTOS EM AÇÃO


8.6.1 GENERALIDADES
a) O Cmt Pel designa um local para a coleta dos mortos.
b) Todos os objetos pessoais permanecem com o corpo. No entanto, os Cmt
GC removem e salvaguardam qualquer equipamento e outros itens que possam
empregados. Ele guarda os equipamentos até entregá-los ao Adj Pel.
c) O Adj coordena a evacuação dos mortos com o Sgte.
8.6.2 Normalmente os mortos são evacuados nas viaturas vazias do PA-
CLOG, normalmente as de munição.
8.6.3 Via de regra não se deve evacuar mortos com feridos na mesma viatura.

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ANEXO A
APRESTAMENTO DO GC MECANIZADO E DO GC BLINDADO

A.1 CONCEITO E RECOMENDAÇÕES


A.1.1 O aprestamento objetiva incorporar todos os itens que compõe
organicamente a VBTP a fim de lhe proporcionar maior poder de combate,
numa sequência lógica, com o posicionamento dos itens de maior utilização
de forma a estarem prontamente acessíveis.
A.1.2 É a organização sistemática do armamento, equipamento e material a
ser empregado nas diversas missões são essenciais para assegurar que a
guarnição da VBTP esteja pronto para desempenhar suas funções sem que
problemas inesperados tragam prejuízos diversos.
A.1.3 O correto aprestamento é essencial para a eficiente conduta nas
operações de combate. Cada integrante do GC deve saber o que fazer e qual
material é de sua responsabilidade no momento em que se aciona um apronto
operacional.
A.1.4 O Cmt da VB é o responsável pelo aprestamento da Vtr. Ele deve
se certificar de que todo material a ser transportado esteja devidamente
acondicionado e ancorado na VB.

A.2 APRESTAMENTO DA VBTP GUARANI


A.2.1 Disposição do material na VBTP GUARANI

Fig 103 - Disposição do material fora da VBTP (lado esquerdo)

A-1
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Fig 104- Disposição do material fora da VBTP

Fig 105 - Disposição do material fora da VBTP (lado direito)

A-2
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Fig 106- Interior do Guarani

Fig 107- Localização do material no interior da VBTP

A-3
EB70-CI-11.440

Fig 108- Localização do material no interior da VBTP

Fig 109 - Localização do material no interior da VBTP

A-4
EB70-CI-11.440

Fig 110- Localização do material no interior da VBTP

A.2.2 Material de dotação da VBTP GUARANI

Fig 111 - Material de dotação da VBTP GUARANI

A-5
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a) 7 Fuzis;
b) 2 Metralhadoras médias;
c) 11 Fardos de combate;
d) 2 At4;
e) 1 Mtr.50;
f) 900 munições de .50 enfitadas (1 cofre de 100 na Mtr e 8 cofres acondicionados no comparti-
mento da tropa
g) 1 kit de conversão do Armt;
h) 1 enfitadeira;
i) 1 kit de ferramental da Vtr;
j) 2 fitas para manobra de força;
k) 2 antenas; e
l) 4 headset.

Tab 31 - Listagem de material do Guarani

A.3 APRESTAMENTO DA VBTP M113


A.3.1 Disposição do material na VBTP M113

Fig 112 - Disposição do material sobre a VBTP

A-6
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Fig 113 - Localização do material no interior da VBTP

A.3.2 Material de dotação da VBTP M113


a) 1 Mtr .50; r) 1 Marreta;
1 Reparo Terrestre para a Mtr .50; s) 1 Picareta
b) 2 Cofres para munição Mtr .50; t) 1 Pá de bico punho em “D”;
c) 1 Mec de elevação da Mtr .50; u) 1 Alavanca;
d) 1 Cj Rad Gp II EB (ERC 201) – Cmt GC; v) Cabo de Alvião;
e) Cj de proteção da GU e Cmt da Vtr: w) 1 Pá de corte;
- 3 capacetes para blindado; x) 1 Cabo de aço para reboque;
- 3 óculos de proteção; y) 1 Machado;
f) 1 Máquina de enfitar elos metálicos para a z) 1 Alvião;
Mtr .50;
aa) 1 Macaco para a lagarta (par);
g) 1 Suporte para cofre de munição da Mtr.50;
bb) 1 Bolsa para documentos;
h) 1 Cano de troca para Mtr.50;
cc) 1 Cj de manuais da VBTP;
i) 1 Cj de acessórios e sobressalentes para a
dd) 2 Anilhas para reboque;
Mtr.50;
ee) 1 Cj Eqp Mnt Cj Força Motopeças;
Tab 32 - Listagem de material do M113

A-7
EB70-CI-11.440

j) 1 Luva de asbesto (par); ff) 1 Cj Mnt da VBTP US; 1 Projetor pirotécnico;


k) 1 Estojo para Mnt Mtr .50; gg) 1 Trena de 30 m;
l) 1 Periscópio M19; hh) 2 Bastões de sondagem;
m) 9 Periscópios M 17; ii) 1 Camburão para água;
n) 9 Protetores dos Periscópios M 17; jj) 1 Camburão para óleo diesel;
o) 1 Cabeça do periscópio M19; kk) 12 Redes de Camuflagem;
Material para comunicações de campanha
p) 1 Estojo de 1 socorros; 1 Extintor de CO2
de 2 Kg;

Tab 33 - Listagem de material do M113 (continuação)

A.4 QUANTO AOS MATERIAIS GERAIS:


- Estacas (servirão como balizas para a VBTP)
- Dispositivos para a iluminação noturna (cialume, papel laminado, lanternas
veladas, tintas fluorescentes, etc)
- Varinha para guiar o motorista
- Material escrevente
- KIT básico de manutenção das VBTP (óleos, graxas, correias, mangotes, etc)
- Marcar os camburões de H2O e OD
- Itens tais como o equipamento de estacionamento e outros de menor utilização
serão colocados primeiro dentro da VBTP (antes dos demais) e os itens de maior
utilização, como a munição da Mtr .50, serão colocados na VBTP por último.
- Os materiais instalados não devem impedir o funcionamento de qualquer dos
sistemas da VB.
- No caso do Guarani, as relações de material e formas de acondicionamento
são sugestões que visam otimizar o espaço e simplificar o acesso à VB Guarani.
Assim, nenhum material atrelado à Vtr deve impedir a abertura e fechamento de
escotilhas, campo de visão do motorista, Cmt VB ou câmeras do SARC REMAX

A-8
EB70-CI-11.440

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES


Brasília, DF, 18 de março de 2022
https://portaldopreparo.eb.mil.br
EB70-CI-11.440

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