Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
461
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
EXERCÍCIOS COM EMPREGO DA
SIMULAÇÃO VIVA
Edição Experimental
2021
EB70-CI-11.461
EB70-CI-11.461
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
EXERCÍCIOS COM EMPREGO DA
SIMULAÇÃO VIVA
Edição Experimental
2021
EB70-CI-11.461
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 Finalidades............................................................................................ 1-1
1.2 Objetivos................................................................................................ 1-1
1.3 Conceitos Básicos................................................................................. 1-1
8.5 Dano subjetivo do Armamento Coletivo de Tiro Tenso e Armas Coletivas. 8-2
ANEXOS
1.1 FINALIDADES
1.1.1 Padronizar conceitos e estabelecer procedimentos relacionados à condução
de Exercíciospor meio da Simulação Viva (Exc Sml Viva) no âmbito do Exército
Brasileiro (EB).
1.1.2. Definir procedimentos que permitam o aprimoramento do preparo da Força
Terrestre por meio de Exc Sml Viva.
1.1.3 Apresentar o potencial da Simulação Viva (Sml Viva) como recurso destinado
à preparação e à análise da capacidade operacional de uma tropa.
1.1.4 Possibilitar o emprego da Sml Viva por qualquer Organização Militar (OM),
como ferramenta acessível a todos os tipos e naturezas de tropas, desde o trei-
namento individual básico até o adestramento avançado de Grandes Unidades.
1.2 OBJETIVOS
- Orientar os organizadores de um adestramento de tropas baseado em Sml
Viva, quanto à:
a) metodologia a ser empregada;
b) divisão das funções de acordo com a estrutura organizacional exigidas para
a execução da Simulação Viva;
c) os meios de Sml Viva a serem utilizados;
d) observação e controle do adestramento; e
e) condução da Análise Pós-Ação (APA).
1-1
EB70-CI-11.461
missão ou tarefa, de acordo com o Manual de Fundamentos Doutrina Militar
Terrestre (EB20-MF-10.102).
1.3.3 DIREÇÃO DO EXERCÍCIO (DIREX)
- Representa tudo aquilo que é suporte para o desenvolvimento das açõesdurante
o Exercício de Simulação. Dispõe de uma estrutura física com meios e pessoal
que conduzem todas as atividades do exercício que se constituem em: coorde-
nação, acionamento de meios e eventos, controle, observação, coleta, registro,
análise, relato e segurança.
1.3.4 DISPOSITIVO DE SIMULAÇÃO DE ENGAJAMENTO TÁTICO (DSET)
- São ferramentas que buscam simular com fidelidade, através de tecnologia
laser e rádio, os efeitos dos diversos tipos de armamento e outros dispositivos
permitindo assim que a Sml Viva seja efetivamente empregada na avaliação de
um evento, de forma objetiva, obtendo dados capazes de modelar um cenário de
combate sem a ocorrência de danos reais aos envolvidos.
1.3.5 FIDELIDADE
- Na simulação de combate, é o grau de proximidade que uma reprodução ou
simulação mantém com as ocorrências da realidade.
1.3.6 FORÇA ADESTRADA (F Adst)
- Fração constituída que executa o Módulo Didático de Adestramento em oposição
à FOROP.
1.3.7 FORÇA OPONENTE (FOROP)
- Força que caracteriza o inimigo ou força adversa que se opõe à F Adst dentro de
um Módulo Didático de Adestramento. Possui capacidade e meios próprios, com
liberdade de manobra e de ação, dentro das hipóteses de emprego formuladas.
1.3.8 MODELAGEM
- É a representação com rigor lógico de um sistema no qual somente aquelas
propriedades que sejam consideradas relevantes para o problema que está sendo
examinado, são explicitamente representadas.
1.3.9 MÓDULO DIDÁTICO DE ADESTRAMENTO (MDA)
- Exercício Tático programado, conforme a metodologia do adestramento cons-
tante no Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro e nos procedimentos
constantes no Manual de Campanha C 105-5 – Exercícios Táticos.
1.3.10 NORMAS DE SEGURANÇA
- Conjunto de normas elaboradas pela Direção do Exercício com base no EB70-
-CI-11.423 – Prevenção de Acidentes e Gerenciamento de Risco nas Atividades
Militares. Sistematizam procedimentos, responsabilidades e atribuições, visando
1-2
EB70-CI-11.461
evitar os acidentes de instrução, ainda que limitem o realismo e a fidelidade na
simulação.
1.3.11 OBSERVADOR E CONTROLADOR DO ADESTRAMENTO (OCA)
- Elemento humano desejavelmente dotado de capacidades técnica e tática e com
experiência profissional, capaz de observar e controlar adestramentos de tropas.
1.3.12 PROBLEMA MILITAR SIMULADO (PMS)
- É um evento planejado pela DIREX, desencadeado conforme sua matriz de
eventos, de maneira pontual, distribuído no decorrer da execução do exercício,
no qual, uma situação militar exige uma reação da F Adst, vindo a demonstrar se
um Objetivo de Adestramento (OA) específico foi desenvolvido. A finalidade com
esse recurso é forçar o planejamento e a execução do processo de tomada de
decisão pelo comandante tático dos diversos níveis.
1.3.13 REGRAS DE ENGAJAMENTO DE EXERCÍCIO
- São um conjunto de normas que regulam um engajamento tático em umaExc
Sml Viva. São elaboradas pela DIREX para determinar procedimentos dos atores,
de acordo com o nível de fidelidade exigido pelos objetivos do exercício.
1.3.14 SIMULAÇÃO
- É uma técnica experimental utilizada para estudar a operação de sistemas
condicionados pela decisão humana e/ou influências probabilísticas a partir da
imitação de um modelo com aspectos relevantes de comportamento do sistema
sob estudo.
1.3.15 SIMULADOR
- É o equipamento, dispositivo, programa de computador ou sistema que repre-
sentaou simula um equipamento real ou uma atividade específica, reproduzindo
as característicasessenciais deste equipamento ou atividade, e possibilitando a
operação humana direta. Ossimuladores reproduzem fenômenos e sensações
que na realidade não estão ocorrendo, tais como:velocidade, aceleração, som
ambiente, percepção do terreno, comportamento de equipamentos,entre outros.
1.3.16 SIMULAÇÃO MILITAR
- É a reprodução, conforme regras pré-determinadas, de aspectos específicos, de
uma atividade militar ou da operação de material de emprego militar, empregando
um conjunto de equipamentos, softwares e infraestruturas. A simulação militar
pode ser conduzida em três modalidades: viva, virtual e construtiva.
1.3.17 SIMULAÇÃO VIVA
- Modalidade na qual são envolvidos agentes reais, operando sistemas reais
(armamentos, equipamentos, viaturas e aeronaves de dotação), no mundo real,
com o apoio de sensores, dispositivos apontadores laser e outros instrumentos
1-3
EB70-CI-11.461
que permitam acompanhar o elemento e simular os efeitos dos engajamentos.
Com o emprego de equipamentos adequados é possível a integração com outros
sistemas de simulação. A Sml Viva pode ser utilizada em proveito do adestramento,
do treinamento individual e dos estabelecimentos de ensino.
1.3.18 SISTEMA DE SIMULAÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO (SSEB)
- Conforme a Portaria no 55-EME, de 27 de março de 2014, o SSEB engloba
o conjunto de recursos humanos, instalações, aplicativos e equipamentos de
simulação empregados no adestramento, treinamento, instrução, ensino militar
e no suporte à tomada de decisão, estando dividido em programas.
1.3.19 TRANSFERÊNCIA DE TREINAMENTO
- É o processo pelo qual o conhecimento e as habilidades são transmitidos durante
o exercício, mensurando a efetividade destes em situações reais. A atividade de
transferência de habilidade ou competência decorrente do uso de um simulador
pode ser classificada em positiva, negativa ou neutra, respectivamente, caso o
treinamento melhore, piore ou não altere o desempenho da tarefa. A transferên-
cia positiva é quando o uso da simulação ou do simulador durante o treinamento
promove a melhora o desempenho.
1.3.20 TRANSFERÊNCIA NEGATIVA ou TREINAMENTO NEGATIVO
- Normalmente ocorre quando se utilizam subterfúgios, falhas e recursos que
fazem parte de determinado sistema de simulação, mesmo que estes não sejam
compatíveis com a realidade, tendo em vista a facilitação do processo, desvir-
tuando o próprio treinamento em si. A transferência de treinamento negativa
neutraliza a construção de novos conhecimentos e habilidades ou interfere no
previamente aprendido. Sendo assim, durante o uso da simulação, o treinamento
deve ser combatido com a tomada de medidas preventivas e orientação quanto
ao prejuízo que pode causar.
1-4
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO II
PRESSUPOSTOS PARA O EMPREGO DA SIMULAÇÃO VIVA
2-1
EB70-CI-11.461
2.1.7 O foco de todos os participantes do exercício (Coordenação do Exercício,
OCA, instrutores, tropa etc.) deve ser a busca pelo respeito a todos os aspectos
e às considerações que influenciariam de forma decisiva uma operação real,
alinhada à doutrina militar vigente.
2.1.8 Caso o foco não esteja no adestramento, mesmo que não haja a devida
percepção desse desvio, o objetivo deixa de ser o de “adestrar” e passa a ser o
de “ganhar o jogo”. Nesse contexto, o uso de subterfúgios, promove falhas de
treinamento, tornando o exercício incompatível com a realidade, promovendo o
treinamento negativo, o que desvirtua todo o processo de validação de capacidade
operacional de uma tropa.
2-2
EB70-CI-11.461
processos de instrução, treinamento e adestramento. Não fosse essa caracte-
rística, o simulador seria o próprio equipamento a ser simulado. Dessa diferença
entre equipamento real e o seu simulador, surge a demanda de adaptação do
executante, viabilizando a plena operação do equipamento simulado, sem inter-
ferências ou prejuízos no desempenho individual e coletivo. Como, por exemplo,
o tempo destinado para a instrução de operação dos simuladores de armas AC,
a colimação ou correção em zero dos emissores laser de armas portáteis (SAT)
e a adaptação da guarnição de VBC CC.
2.1.12 Cabe destacar que a aplicação de um Exc Sml Viva deve ser enquadrada
dentro de um sistema em que seja possível criar, ao mesmo tempo, o ambiente
simulado e as condições operacionais de validação do adestramento da tropa, os
quais proporcionarão a busca do devido incremento no preparo da F Adst. Para
tanto, é fundamental que seja constituída uma DIREX, a qual será responsável
por definir todos os parâmetros e as condicionantes de execução do exercício e
prestar osuporte para a consecução da atividade de adestramento, como: coorde-
nação, acionamento de meios e eventos, controle, observação, coleta e registro
de dados, produção de relatórios e segurança.
2.1.13 O realismo na imitação do combate é caracterizado pela presença da tropa
no terreno, em uma situação onde exista a interação entre dois partidos (F Adst e
FOROP), sob o controle da Direção de Exercício e seus auxiliares (controladores,
árbitros e observadores).
2.1.14 Dessa maneira, é possível estabelecer que dentro da metodologia do a
do Adestramento Básico, realizado mediante um Exercício Tático com tropa no
terreno, existem quatro pilares fundamentais:
a) OCA;
b) FOROP;
c) APA; e
d) MSET.
2-3
EB70-CI-11.461
2.2.2 A FOROP, sempre que possível, deve ser constituída de elementos do
efetivo profissional. Deve ser preferencialmente orgânica do escalão gerente do
exercício ou pertencente aos Centros de Adestramento (CA). Essa força deve
estar altamente adestrada a fim de proporcionar o grau de dificuldade adequado
à simulação do combate. Portanto, a FOROP deve portar-se como um inimigo
o mais próximo possível da realidade, dotado de liberdade de ação, capaz de
estabelecer medidas de segurança, de manobrar adequadamente e de realizar
um planejamento sumário de suas ações. Agressividade, motivação, iniciativa,
bom nível técnico e tático individual e coletivo são características indispensáveis
à FOROP.
2.2.3 A APA constitui-se numa revisão do exercício realizado, que permite à
tropa adestrada descobrir por si mesmo “o que aconteceu”, “por que aconteceu”
e “como corrigir”. É um debate profissional que inclui todos os participantes de
um adestramento e foca os seus objetivos. A APA é parte integrante do processo
do Exc Sml Viva, a qual promove o ganho qualitativo para o aprimoramento do
adestramento de uma fração.
2.2.4 Os meios de simulação de engajamento tático (MSET) são ferramentas
que permitem que a Sml Viva seja efetivamente empregada na observação de
um evento, de forma objetiva e/ou subjetiva, obtendo-se dados capazes de re-
criar um cenário de combate sem a ocorrência de danos reais aos envolvidos no
adestramento.
2-4
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO III
METODOLOGIA DO EXERCÍCIO DE SIMULAÇÃO VIVA
3.1 GENERALIDADES
3.1.1 A elaboração de um Exc Sml Viva deve levar em conta o prescrito no SIMEB
e no Plano de Instrução Militar (PIM). Desta forma, antes da F Adst ser submetida
a um exercício dessa natureza, essa deve cumprir obrigatoriamente as etapas
da Instrução Individual Básica (IIB), da Instrução Individual de Qualificação (IIQ),
da Capacitação Técnica e Tática do Efetivo Profissional (CTTEP) e o Programa
de Adestramento Básico (PAB).
3-1
EB70-CI-11.461
3-2
EB70-CI-11.461
3.2.1.2 Reunião do Preparo da Força Terrestre
- Participam desta reunião representantes do COTER, Comando Militar de Área (C
Mil A), Divisão de Exército (DE), Grande Unidade (GU) e Centro de Adestramento
(CA). Nesta fase são apresentadas as possibilidades da Sml Viva e é verificada a
necessidade de retificação ou ratificação das datas e OA previstos no PIM. São
emitidas orientações gerais sobre a concepção da rotação e são definidas as OM
a serem adestradas, bem como os calendários de reuniões e de adestramento
com base no PIM/COTER.
3.2.1.3 1ª Vídeo Conferência
3.2.1.3.1 A 1ª Vídeo Conferência é realizada nos níveis COTER, C Mil A, DE, GU
e CA e tem por finalidade apresentar a sistemática dos Exc Sml Viva, as neces-
sidades logísticas para a atividade e definir as responsabilidades do Comando
Aplicador no planejamento dessas atividades. É neste momento em que ocorre
a designação das OM a serem adestradas.
3.2.1.3.2 É o momento em que devem ser definidas (dentre outros), a Área de
Operações (A Op), as orientações que devem ser passadas para o preparo da
F Adst, o prazo para a apresentação do planejamento operacional e estabeleci-
mento do tema tático.
3.2.1.4 Planejamento Preliminar do Exercício
3.2.1.4.1 Após a definição dos OA, o comando aplicador realiza o planejamento
preliminar do exercício. É nesta fase em que são feitos os primeiros reconheci-
mentos dos locais do exercício e a visualização do conceito da operação.
3.2.1.4.2 Os padrões mínimos coletivos, fixados no OA impulsionam o adestra-
mento e servem de base à avaliação.
3.2.1.4.3 O Cmt, em todos os escalões, tem a responsabilidade de avaliar os
exercícios de campanha executados pela tropa que comanda.
3.2.1.4.4 No planejamento o comando aplicador deve ter em mente que a ava-
liação tem como objetivos:
a) Verificar o nível de preparação (orgânica ou completa) da tropa, visando atingir
a operacionalidade;
b) Identificar as deficiências existentes a fim de corrigi-las;
c) Aprimorar o adestramento; e
d) Orientar a realização da APA a ser conduzida após cada exercício de campanha.
3.2.1.5 2ª Vídeo Conferência
3.2.1.5.1 A 2ª Vídeo Conferência é realizada nos níveis C Mil A, DE, GU, U e/
ou CA. Nessa fase é realizada a definição dos integrantes da DIREX, dos OCA
externos ou integrantes dos CA e datas para nivelamento de conhecimento e
3-3
EB70-CI-11.461
dimensionamento da FOROP.
3.2.1.5.2 Direção do Exercício (DIREX)
a) A composição da DirEx é variável, dependendo da complexidade do exercício,
nível do escalão em adestramento e recursos disponíveis.
b) A DIREX é a equipe responsável pela condução do exercício e a sua consti-
tuição é responsabilidade do Comando Aplicador.
c) O Comando Aplicador é a GU com o encargo de montar e conduzir o exercício.
d) O Diretor do Exercício é o militar mais antigo dentro da DIREX. É responsável
pela direção geral do exercício, montagem, execução e relatório. Coordena, atra-
vés de seus elementos subordinados, a observação, o controle e a arbitragem.
Coordenador da
um Of Aperf Inf ou
um Of Sp do Coman- Função de Com-
Diretor Geral Cav e um Of Aperf
do Aplicador bate Movimento e
Eng
Manobra
Coordenador da
um Of Sp do Coman- um Of Eng e um Of
Coordenador DIREX Função de Combate
do Aplicador Art AAe
Proteção
Coordenador da
Auxiliar do Coorde- um Of Art e um Of
um Of Sp Função de Combate
nador DIREX Cav
Fogos
Coordenador da
Oficial de Ligação
Função de Com-
do Centro de Ades- um Of Sp um Of
bate Comando e
tramento
Controle
Coordenador da
Coordenador da
Of Aperf Função de Combate um Of
Força Oponente
Inteligência
Oficial de Ligação
do Comando Exe- Of Sp Célula Branca dois Of
cutante
Coordenador Geral Oficial de Preven-
da Função de Com- Oficial Aperf ção de Acidentes na um Of
bate Logística Instrução
Coordenador da Auxiliar do Oficial
Função de Combate de Prevenção de
um Of, S Ten ou Sgt um Of, S Ten ou Sgt
Logística (Supri- Acidentes na Ins-
mento) trução
3-4
EB70-CI-11.461
Coordenador da
um Of, um Sgt e três
Função de Combate um Of, S Ten ou Sgt Apoio de Saúde
Cb ou Sd
Logística (Saúde)
Coordenador da
Função de Combate um Of, S Ten ou Sgt Controle de Danos um Of, S Ten ou Sgt
Logística (Pessoal)
OCA Cmt SU OCA Pel Fuz OCA Ap F OCA MCP OCA FOROP
3-5
EB70-CI-11.461
j) A equipe de suporte técnico é responsável pela instalação, funcionamento
e manutenção dos MSET, bem como da operação do software de controle do
exercício (MANPACK GAMER), quando a atividade for apoiada por um Centro
de Adestramento.
k) O Oficial de Prevenção de Acidentes na Instrução é assessor direto do Diretor
de Exercício. É responsável pela segurança da atividade no que diz respeito ao
que é imposto aos executantes. Possui às atribuições constantes manual de
prevenção de acidentes na instrução. Ele coordena a execução do Plano de Se-
gurança, certificando-se que os executantes conhecem as Normas de Segurança,
e empregando os OCA como auxiliares.
O Oficial de Logística do Exercício é assessor direto do Diretor de Exercício. É
responsável por prever e prover as demandas logísticas de toda a direção de
exercício. Coordena as ações da equipe logística da DIREX.
m) O coordenador da ForOp é o responsável por coordenar as ações da ForOp
atuando como escalão superior, desencadeando o quadro de eventos da ForOp
e interferindo somente nos casos previstos pela DIREX. É atribuição da Célula
FOROP certificar-se que a atuação da mesma está consonante com a matriz
doutrinária, evitando que a FOROP execute ações que fujam da coerência e do
contexto tático;
n) O Oficial de Ligação com o CA é o militar perito na metodologia da simulação
viva. Tem como missão assessorar o Diretor do Exercício sobre o emprego da
ForOp, dos OCA, dos MSET e condução da APA, bem como coordenar a execução
e a observação da simulação, possui como subordinados à equipe APA, equipe
de suporte técnico e equipe de OCA.
o) A equipe APA é a responsável por centralizar as informações e imagens ne-
cessárias para a confecção da Análise Pós-Ação final e o Relatório do Exercício.
3.2.1.6 Planejamento Detalhado e Montagem do Exercício
3.2.1.6.1 Nessa fase ocorre a confirmação da DIREX (formada por elementos do
Comando Aplicador e por elementos do CA), efetivo e configuração da FOROP e
da figuração, equipe OCA, além da finalização da concepção tática do exercício.
3.2.1.6.2. Após a DIREX e a concepção tática do exercício terem sido definidas,
o comando aplicador, com assessoramento do CA, se for o caso, deverá ratificar
a A Op, a situação geral e particular, além de produzir os seguintes documentos:
a) ordem de instrução aos elementos subordinados envolvidos no exercício;
b) ordem de operações e seus anexos;
c) caderno de informações do inimigo (vermelho);
d) cronograma do exercício;
3-6
EB70-CI-11.461
e) matriz de sincronização de eventos (exemplo no Anexo “A”);
f) plano de adestramento específico da FOROP;
g) plano de preparo e emprego da figuração, se for o caso; e
h) regras de engajamento do exercício (exemplo no Anexo “B”).
3.2.1.7 1ª Reunião de Coordenação e Reconhecimento Inicial
3.2.1.7.1 A 1ª Reunião de Coordenação e o reconhecimento inicial são realizados
nos níveis GU, U e/ou CA. Nessa fase são realizados o reconhecimento inicial
da A Op do Exc Sml Viva e das instalações para alojamento de pessoal e acon-
dicionamento de material de simulação.
3.2.1.7.2 É verificado, também, a distribuição de recursos e das necessidades
logísticas para os exercícios e são confirmados os seguintes detalhes do Exc
Sml Viva:
a) Comando Aplicador, DIREX, F Adst e FOROP (externa ao CA, SFC);
b) constituição da equipe OCA e observadores (CA e outras OM);
c) situação dos suprimentos Cl I, III e V e apoio de viatura;
d) bases de apoio: alojamentos, acampamento, armazenagem de material, locais
das refeições, etc; e
e) orientações para o apronto operacional (Aprn Op) da F Adst (QDMP e simu-
lacros, SFC).
3.2.1.8 2ª Reunião de Coordenação e Reconhecimento Final
3.2.1.8.1 A 2ª Reunião de Coordenação e o reconhecimento final são realizados
nos níveis GU, U e/ou CA. Nessa fase são realizados o reconhecimento final da
A Op do Exe Sml Viva, bases de Op e das instalações para acondicionamento
do material (fora de sede).
3.2.1.8.2 São ratificadas ou retificadas as considerações logísticas e também são
apresentados, pela DIREX:
a) documentação do exercício da rotação (ordem de instrução, ordem de opera-
ções, plano logístico e plano de segurança);
b) planejamento da rotação pelo diretor da rotação;
c) componentes da DIREX;
d) matriz de sincronização de eventos (documento em forma de planilha que
ordena na linha do tempo todos os eventos previstos para o exercício);
e) orientações dos CA à F Adst e à DIREX; e
3-7
EB70-CI-11.461
f) regras de engajamento do exercício.
3.2.1.9 Adestramento específico da Força Oponente e seleção da figuração
- A FOROP deverá realizar adestramentos que permitam a essa fração representar
com a maior fidelidade possível o tipo de inimigo definido na fase de planejamento.
Enquanto isso, a figuração é selecionada e orientada para realizar seus treina-
mentos de acordo com as funções que irá representar.
3.2.1.10 Elaboração dos baremas
3-8
EB70-CI-11.461
3-9
EB70-CI-11.461
3-10
EB70-CI-11.461
3.2.1.10.4 Os critérios do barema deverão ser estabelecidos com base nos pa-
drões mínimos coletivos estabelecidos nos OA. As tarefas críticas relacionadas a
cada OA devem servir de guia para estabelecer os tópicos do barema, tornando
a certificação objetiva.
3.2.1.10.5 O barema é peça fundamental na condução e na observação do exer-
cício, minimizando a adoção de soluções improvisadas e evitando a solução de
continuidade ao longo da atividade. O Anexo “C” apresenta um modelo de barema.
3.2.1.11 Emissão do Relatório Preliminar de Adestramento
3.2.1.11.1 Este é o momento em que é feito um diagnóstico do padrão de de-
sempenho da F Adst nas diversas atividades de adestramento e instrução que
antecederam o Exc Sml Viva. Para tanto, a OM deve consolidar as informações
sobre as atividades, previamente realizadas, conforme os seguintes tópicos:
a) níveis de completamento do QCP (efetivo existente x efetivo a ser adestrado);
b) disponibilidade de QDM (material previsto x material disponível);
c) percentuais de TAF;
d) percentuais de aproveitamento de tiro TIA e TCB;
e) situação logística (Cl I, Cl III, Cl V e Cl X); e
f) outras informações julgadas úteis.
3.2.1.11.2 Pode-se observar o modelo do Relatório Preliminar de Adestramento
no Anexo “D”.
3.2.1.12 Ajustes Logísticos e Operacionais
- Participam dessa fase o Diretor da Rotação, DIREX (todos os integrantes), E3 e
E4 GU adestrada, CA e S3/S4 da U adestrada com a finalidade de dirimir dúvidas
sobre questões operacionais e logísticas, inspecionar os locais de adestramento
e confirmar os efetivos participantes.
3.2.1.13 Módulo Didático de Adestramento
3.2.1.13.1 Seguindo o que consta no SIMEB, um Exc Sml Viva deve se caracterizar
como um módulo didático de adestramento no qual se observam três etapas: a
instrução preliminar, o exercício propriamente dito e a APA.
3.2.1.13.2 Instrução Preliminar
a) A instrução preliminar integra o adestramento e tem como objetivo a preparação
dos comandantes e da tropa para os exercícios que serão realizados. Consiste
em um momento de nivelamento das Técnicas, Táticas e Procedimentos (TTP),
revisão doutrinária, estudo de caso esquemático, ambientação e prática coletiva
fora de situação.
3-11
EB70-CI-11.461
3-12
EB70-CI-11.461
3-13
EB70-CI-11.461
c) O uso da simulação viva permite uma coleta e tratamento de dados mais
detalhada e objetiva das tarefas especificas relacionadas com os objetivos de
adestramento propostos pelos programas padrão, servindo desta forma como
ferramenta auxiliar ao comandante da OM, para apreciar a efetividade do ades-
tramento de sua tropa.
d) A apreciação realizada com a simulação viva buscar demonstrar ao Cmt da
OM a efetividade das ações realizadas pelos executantes durante a execução
dos EXERCÍCIOS.
e) Aliada à observação direta, que proporciona a mensuração da efetividade,
deve ser também considerada a observação subjetiva, onde a experiência pro-
fissional, o conhecimento doutrinário, técnico-profissional do OCA também deve
ser considerado.
f) A complementariedade da observação direta e subjetiva permite produção de
relatórios subsidiando ao Cmt da OM quanto ao adestramento de sua tropa.
g) A confecção de relatório sobre o adestramento deve abordar: objetivo, finalidade,
caracterização do exercício ou exercício de simulação virtual, caracterização da
força oponente, principais aspectos de planejamento e execução, aspectos de
planejamento e execução, aspectos doutrinários e observação (direta e subjetiva).
h) A APA será tratada em maiores detalhes no Capítulo VII, deste caderno.
3.2.2 PROCESSO DE PLANEJAMENTO
- O entendimento pormenorizado do processo de planejamento de um exercício
de simulação viva é facilitado por meio da tabela a seguir:
RESPONSÁVEL e
PRAZO FASE AÇÕES/TAREFAS
PARTICIPANTE
RESPONSÁVEL e
PRAZO FASE AÇÕES/TAREFAS
PARTICIPANTE
Reunião do
Preparo da
Trimestre
Até o 1º
F Ter
- Apresentar as possibilidades da Simulação E3 GU Adst
Viva. CA
do exercício
funções de combate.
2ª Vídeo
E3 GU Adst
D-90
3-15
EB70-CI-11.461
RESPONSÁVEL e
PRAZO FASE AÇÕES/TAREFAS
PARTICIPANTE
- Rec da A Op do Exe Sml Viva e das insta-
1ª Reunião de coordenação e reconhecimento inicial lações para alojamento de pessoal e acon-
dicionamento de material de simulação.
- Verificar a distribuição de recursos e das ne-
cessidades logísticas para os exercícios.
- Confirmar os detalhes do Exercício de Sml
Viva:
a) comando aplicador, DIREX, F Adst e FO- Diretor da Rotação
ROP (externa ao CA, SFC); Ch DIREX E3 e E4
D-60
- Apresentação do Planejamen-
reconhecimento final
(SFC)
D-20
Cmdo da FOROP
- Realizar seleção e ensaios com a figuração
do exercício (se for o caso).
dos baremas
Elaboração
3-16
EB70-CI-11.461
RESPONSÁVEL e
PRAZO FASE AÇÕES/TAREFAS
PARTICIPANTE
Adestramento
Preliminar de
Emissão do
Relatório
- Consolidar e enviar o Relatório Preliminar
D-20
F Adst
de Adestramento.
cionais e logísticas.
Ajustes logísti-
exercício. DIREX
- Execução de Módulos Didáticos de Adestra- Equipe OCA
mento, pela Força Adestrada, a fim de atender
as tarefas críticas a serem realizadas durante
o exercício.
Operacional
Apronto
DIREX
D-1
de melhoria;
D+7 a D+14
3-17
EB70-CI-11.461
3-18
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO IV
MEIOS DE SIMULAÇÃO DE ENGAJAMENTO TÁTICO
4.1 DEFINIÇÃO
4.1.1 Os Meios de Simulação de Engajamento Tático (MSET) são um conjunto
de dispositivos e meios que auxiliam a simulação de um evento de combate,
conferindo a este alto grau de realismo, provocando efeitos físicos e psicológicos
sobre o comportamento dos participantes do exercício, mais próximos aos vividos
em um combate real. Permitem a mensuração objetiva ou subjetiva dos efeitos
provocados durante a sua utilização.
4.1.2 Pode-se dividir os MSET em dois grupos: os DSET e os Meios Auxiliares
de Simulação (MAS).
Fig 7 - DSET
4-1
EB70-CI-11.461
4-2
EB70-CI-11.461
4-3
EB70-CI-11.461
própria e que devam adotar um comportamento previamente definido.
4.3.1.1.3 A figuração pode ser empregada para representar uma força inimiga
durante a fase da formação básica, neste caso passa a compor a figuração ini-
miga devendo:
a) representar, nos diversos locais selecionados pela direção do exercício, o
dispositivo inicial do inimigo;
b) representar, posteriormente, nos diversos eixos e locais de incidentes selecio-
nados pela direção do exercício ou arbitragem, conforme o tipo de exercício, os
elementos inimigos determinados; e
c) representar, de acordo com as convenções estabelecidas, as situações con-
sequentes de sua atuação, conforme determinado pela direção do exercício ou
arbitragem.
4.3.1.1.4 Principais características da FIGURAÇÃO:
a) contextos específicos;
b) atividades limitadas;
c) não tem liberdade de manobra;
d) conhece o quadro de eventos do exercício; e
e) atua conforme previamente estabelecido pela DIREX.
4.3.1.2 Simulação ou Simulacro
4.3.1.2.1 É o conjunto de instalações, meios (de emprego militar ou não) e animais
que, também, enriquecem o cenário de combate, podendo ser reais ou fantasia-
dos, orgânicos da tropa adestrada ou não. Os simulacros podem substituir armas,
munições, explosivos e equipamentos (inertes ou que não tenham similares em
DSET), desde que possuam as mesmas características dos meios reais em forma,
volume e peso, e que tenham sido aprovados pela DIREX.
4.3.1.2.2 A finalidade da simulação é criar, no ambiente, características similares
aos locais onde a F Adst poderá atuar. Cabe ressaltar que a simulação é imposta
e/ou autorizada pela DIREX, introduzida no cenário pela direção ou pelas forças
em adestramento, seguindo padronizações prévias. São exemplos de simulação/
simulacro: instalações a serem preservadas, como Postos de Distribuição (P Distr)
qualquer classe, instalações e equipamentos de comando e controle e guerra
eletrônica, viaturas, aeronaves e embarcações (militares ou civis, com ou sem
sensores), engenhos explosivos, como Munição (Mu) de morteiros, Mu canhões,
Mu obuses, AT-4, explosivos, minas, etc – sendo de salva ou totalmente inertes), e
4-4
EB70-CI-11.461
outros equipamentos de demolições, equipamentos para organização do terreno,
rebanhos, víveres, dentre muitos outros.
4-5
EB70-CI-11.461
coordenado pelo OCA e sua forma de atuação, neste caso, será abordada no
Capítulo do OCA sobre instrumentos para coleta subjetiva.
CARTÃO DE BAIXA
NÚMERO DE ORDEM TIPO DE FERIMENTO
INCONSCIENTE.
DEITE-SE.
URGENTE
NÃO ANDE E NEM FALE.
NÃO PRESTA NENHUM AUXÍLIO À TROPA.
4-6
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO V
OBSERVADOR E CONTROLADOR DO ADESTRAMENTIO
5.1 GENERALIDADES
5.1.1 O OCA, elemento essencial em um Módulo Didático de Adestramento, é o
militar designado para observar e controlar a F Adst e a FOROP.
5.1.2 Como Observador, ele observa a conduta da F Adst, o cumprimento do
previsto na base doutrinária e nas Regras de Engajamento. É o responsável pela
mensuração da eficiência operacional da F Adst, identificação das melhores prá-
ticas e das oportunidades de melhoria para uso nas Análises Pós-Ações (APA) e
para alimentar o Sistema de Acompanhamento Doutrinário e Lições Aprendidas
(SADLA).
5.1.3 Como Controlador, ele atua como árbitro e é auxiliar da DirEx na regulagem,
orientação e direção do exercício, de maneira que os objetivos sejam alcança-
dos com segurança. Ele observa e faz valer o correto cumprimento do Plano de
Segurança e das Regras de Engajamento de Exercício.
5-1
EB70-CI-11.461
5.2.2.3 A fim de evitar a interferência, o OCA deve abordar a atuação dos execu-
tantes apenas após findos os fatos na APA.
5.2.3 VIABILIZAÇÃO DO EXERCÍCIO COM SEGURANÇA
5.2.3.1 O realismo tático, o dinamismo e o grau de imersão do executante durante
o exercício dependem, sobremaneira, do bom desempenho da coordenação do
exercício/ OCA, que deve atuar de forma sincronizada e integrada, proporcionando
o desenvolvimento de ações e eventos sem solução de continuidade.
5.2.3.2 A correta viabilização do exercício depende da observância do Quadro
de Eventos e das Normas de Segurança previstas no Plano de Segurança. As
atividades que não estejam previstas no primeiro e as que violem a segunda
deverão ser reportadas imediatamente pelo OCA à DirEx.
5.2.4 ARBITRAGEM COERENTE E IMPARCIAL
5.2.4.1 O OCA não arbitra fatos que não possuírem nexo entre causa e efeito.
5.2.4.2 Exemplo: arbitrar a morte do comandante da fração para testar seu subs-
tituto sem que haja um acontecimento que o condicione, conforme as Regras de
Engajamento de Exercício.
5-2
EB70-CI-11.461
b) expressar-se com clareza, empregando palavras com significado correto e
preciso, empregando vocabulário técnico militar, evitando o uso de palavras de
baixo calão e gírias de significado subjetivo;
c) olhar diretamente nos olhos ao falar, evitando gesticulação excessiva e ríspida;
d) saber lidar com os sentimentos e emoções seus e dos executantes, compre-
endendo que os comandantes da F Adst estão em situação de elevada exigência
física e psicológica. Desenvolver a empatia, evitando afetar-se emocionalmente
com os resultados do desempenho dos executantes;
e) aguardar o momento oportuno para falar, deixando os comandantes da F Adst
assimilarem o insucesso e também aproveitar as situações de êxito;
f) estar disposto a retirar dúvidas doutrinárias. Caso o questionamento também
seja uma dúvida do OCA este deve ser sincero e buscar maiores informações
quando não as possuir; e
g) empregar corretamente as técnicas da exploração rádio, em consonância
com os manuais de emprego das comunicações.
5-3
EB70-CI-11.461
5.4.2 O desempenho da observação requer que o OCA esteja onde a ação está
ocorrendo, observando eventos chaves e atividades com um olhar clínico, para
isso, deve conhecer o contexto e o tema tático do exercício e as Regras de En-
gajamento aplicadas.
5.4.3 O acompanhamento em proximidade pode ser realizado também com o
monitoramento da rede rádio da F Adst a partir de um posto de observação.
5.4.4 FORMAS DE OBSERVAÇÃO
- O OCA realiza a observação por meio de duas formas: Observação Objetiva e
Observação Subjetiva.
5.4.4.1 A observação objetiva
- É a observação de ações, eventos e dados que podem ser mensurados e quan-
tificados de maneira precisa, sem a participação do OCA. Ações de observação
objetiva:
a) quantitativo de baixas arbitradas pelos DSET;
b) cumprimento de prazos; e
c) cumprimento de tarefas simples previstas em base doutrinária (ações táticas).
5.4.4.2 Observação subjetiva
- É a observação de ações e eventos que não podem ser mensurados e quanti-
ficados de maneira precisa e que necessitem da participação do OCA. Ações de
observação subjetiva:
a) Quantidade de baixas arbitradas pelo OCA através de técnicas específicas
de arbitragem do engajamento; e
b) Comparações que dependam da experiência pessoal e profissional do OCA.
5.4.5 Para cada uma das ações referentes à atuação do OCA como observador
(perceber, explorar e registrar) existem técnicas, meios e premissas específicas.
5.4.6 A PERCEPÇÃO DO OBSERVADOR
5.4.6.1 Antes do exercício propriamente dito, o OCA acompanha toda preparação
e o Trabalho de Comando da fração, tomando pleno conhecimento da operação
da forma como foi planejada pelo executante.
5.4.6.2 Mobilidade do OCA
a) Durante a execução do exercício, é conveniente que o OCA possua mobilidade
independente da fração junto à qual desempenha sua função.
b) É fundamental que os meios de mobilidade do OCA (viaturas) sejam compa-
tíveis com a natureza da tropa, de maneira que ele possa se locomover pelos
mesmos itinerários.
5-4
EB70-CI-11.461
c) Deve-se atentar para a premissa da não-interferência no que diz respeito à
poluição do campo de batalha. É necessário otimizar a quantidade de viaturas,
organizando as equipes de OCA dentro de uma mesma fração, redistribuindo-os
dentro das viaturas dos executantes quando assim for necessário.
d) Quando for necessário embarcar o OCA nas viaturas dos executantes, é obri-
gatório verificar os manuais técnicos e normas de segurança no que diz respeito
à capacidade de ocupantes de cada viatura.
e) Em tropas que combatem desembarcadas, o OCA desembarca e acompanha
a ação, ou já inicia o exercício nesta situação.
f) Não existe solução padrão para o quantitativo, natureza e tipo de viatura para o
OCA ou turma OCA. A solução deve partir da Direção de Exercício, analisados os
fatores de decisão, sobretudo terreno e meios, bem como observada a premissa
da não interferência.
NATUREZA
BLINDADA MECANIZADA MOTORIZADA LEVE
DA TROPA
Viatura do
OCA
Se for o caso
Tab 5 - Sugestão de viaturas
5-5
EB70-CI-11.461
5.4.7.2 A exploração das observações através da condução da APA possibilita um
ampliamento da percepção e do entendimento dos executantes e do OCA relativo
ao ocorrido na ação tática. Desta maneira, são identificadas as melhores práticas e
as deficiências operacionais observadas durante a execução daquela ação tática.
5.4.7.3 A técnica de condução de APA está descrita no Cap VII deste manual.
5.4.7.4 As observações subjetivas (deficiências operacionais ou melhores práticas)
devem ser registradas no Barema e outras ferramentas especialmente concebidas
para tal, buscando-se seguir critérios objetivos, mas sempre deixando margem
às observações subjetivas, que tem um valor especial em treinamentos no nível
tático. Todos esses registros, ou um resumo dos mais relevantes, ou mais frequen-
tes, devem ser arquivados e difundidos sob a forma de relatórios, buscando-se a
ampla difusão do conhecimento gerado em simulação virtual.
5.4.8 REGISTRO DAS OBSERVAÇÕES
5.4.8.1 O registro das observações objetivas e subjetivas do OCA, bem como
dos produtos das APA parciais executadas devem ser oficialmente registrados
pelo OCA. Eles constituirão subsídio para a DirEx na montagem da APA formal
ao final do exercício.
5.4.8.2 Após o término do exercício, o OCA acompanha todas as etapas da APA,
apresentando e explorando os eventos observados durante a execução do exer-
cício. O conhecimento é consolidado por meio de registros ou de relatórios, de
maneira a integrar a gestão de conhecimento.
5.4.8.3 A principal ferramenta para registro das observações do OCA é o Barema,
cuja definição é dada no Cap III deste manual.
5-6
EB70-CI-11.461
5.5 A ATUAÇÃO DO OCA COMO CONTROLADOR
5.5.1 Como controlador, o OCA tem funções de controle e arbitragem, com isso
viabiliza o andamento do exercício de maneira que os objetivos sejam alcan-
çados com segurança e arbitra os procedimentos adotados pelos executantes,
sobretudo, relativo às ações de embate e engajamento, conforme o estabelecido
nas Regras de Engajamento do Exercício. Ele observa o correto cumprimento do
Plano de Segurança e das Normas de Segurança, também contribuindo para o
desencadeamento das ações do Quadro de Eventos.
5.5.2 A arbitragem dos embates e engajamentos é elemento fundamental para a
imitação do combate, garantindo o ganho de realismo no exercício.
5.5.3 A arbitragem segue a premissa da coerência e imparcialidade, uma vez que
as condutas são julgadas conforme as normas. A interferência do OCA somente
ocorre com o objetivo de aumentar o realismo do exercício como, por exemplo,
arbitrar subjetivamente o efeito de uma granada.
5.5.4 Só é possível a correta arbitragem se o OCA executar uma boa observa-
ção, posicionando-se nos locais onde ocorrer o enfrentamento, em condições de
verificar e intervir nas ações.
5.5.5 Para padronizar a arbitragem, os OCA utilizam as regras de engajamento do
exercício, fornecidas pela DIREX, que têm por finalidade estabelecer padrões de
procedimento para os elementos presentes na área do exercício, com a finalidade
de corrigir distorções advindas da simulação, retratar os efeitos e a letalidade do
armamento orgânico da tropa no terreno e permitir ao OCA monitorar e arbitrar
o adestramento das tropas. Elas devem estar previstas na Ordem de Instrução
que regula o Adestramento. O Anexo B apresenta um exemplo de regras de
engajamento.
5.5.6 ARBITRAGEM OBJETIVA
5.5.6.1 A arbitragem objetiva é a técnica que possui a maior fidelidade em relação
aos resultados reais esperados, porém seus meios são operados exclusivamente
pelos centros de excelência (CI e CA).
5.5.6.2 É realizada através dos Dispositivos de Simulação de Engajamento Tático e
pelos softwares de simulação descritos no Cap IV. Estes equipamentos, utilizando
emissão rádio e laser, bem como equações matemáticas, são capazes de avaliar
e reproduzir os efeitos dos engajamentos de maneira fidedigna em tempo real.
5.5.6.3 É fundamental que o OCA tenha plena capacidade de operação nos DSET
empregados na fração junto à qual ele desempenha atividade. Isto possibilita a ele
interferir nos dispositivos para reajustar, reconfigurar e recalibrar. Também é por
meio do conhecimento das possibilidades e limitações que o OCA pode discernir
para o emprego da arbitragem subjetiva.
5-7
EB70-CI-11.461
5.5.7 ARBITRAGEM SUBJETIVA
5.5.7.1 A arbitragem subjetiva é técnica que possui menor fidelidade em relação
aos resultados reais esperados, porém necessita de recursos disponíveis para
toda a tropa.
5.5.7.2 É realizada pelo OCA, através da técnica e de meios auxiliares, a saber:
tabelas de avaliação do engajamento, painéis e identificadores, tela código, cartões
de baixa e destruição.
5.5.7.3 É empregada quando houver limitação de DSET ou este for inexistente.
5.5.7.4 Pelo emprego de material de baixo custo esta é a técnica de arbitragem
disponível para que os Corpos de Tropa executem exercícios táticos mais realistas
e com maior aproximação à imitação do combate.
5.5.7.5 O detalhamento da Técnica de Arbitragem Subjetiva será apresentado
no Cap VIII.
5.5.8 LIMITES DA ATUAÇÃO E RESPONSABILIDADE NO CONTROLE DO
EXERCÍCIO
5.5.8.1 Responsabilidade da DirEx e do OCA
5.5.8.1.1 A DirEx é a responsável pela segurança no que concerne aos riscos que
os executantes serão submetidos por imposição do exercício.
5.5.8.1.2 São exemplos de responsabilidade da DirEx e do OCA, em consonância
com o previsto nas normas de segurança:
a) reconhecer e balizar as áreas de risco durante a modelagem do cenário;
b) recolher a munição real e distribuir a munição de festim aos comandantes das
forças;
c) certificar-se da exequibilidade do exercício no que diz respeito à restrição de
sono;
d) certificar-se da viabilidade dos eixos e áreas que serão utilizadas em relação
à segurança das mesmas;
e) identificar e interferir quando os baixos níveis de suprimento de água implicarem
em risco de desidratação;
f) identificar e interferir quando as condições atmosféricas implicarem em risco
de descargas elétricas e outros;
g) certificar-se de que os executantes estão realizando os procedimentos de
segurança com o armamento antes e depois do exercício;
h) verificar e controlar ao máximo o não envolvimento de pessoal alheio ao exer-
cício no ambiente operacional; e
5-8
EB70-CI-11.461
i) Os próprios executantes são responsáveis pelos seus procedimentos individuais
ou coletivos orgânicos.
5.5.8.2 O OCA só interferirá nos casos de possibilidade de risco de vida, perda de
membro, visão ou outros casos conforme o Plano de Segurança. Cabe salientar
que nestes casos o OCA só é responsável se estiver em condições de observar
tais riscos.
5.5.8.3 São exemplos de responsabilidade dos executantes:
a) A correta operação conforme os manuais técnicos dos armamentos, sistemas
de armas e viaturas;
b) Controle da munição e procedimentos de segurança orgânicos do armamento;
c) O gerenciamento do repouso da própria tropa; e
d) O gerenciamento dos níveis de suprimento Cl I.
5.5.8.4 Nos casos onde não couber a pronta interferência, o OCA deverá orientar
os usuários sobre procedimentos de segurança.
5.5.9 SEGURANÇA CONTRA ELEMENTOS EXTERNOS
5.5.9.1 Compete ao OCA e aos membros da DIREX a segurança contra elementos
externos ao exercício. Desta maneira, é aconselhável que eles sejam os únicos
militares portando munição real durante a execução.
5.5.9.2 Podem existir casos em que a segurança dos executantes exija acréscimo
de medidas contra elementos externos como, por exemplo, emprego de fuzis.
Nestes casos, a segurança contra elementos externos deve ser reforçada por
militares sob o controle da DirEx.
5.5.9.3 Em outros casos caberá à Direção de Exercício, regulando no Plano de
Segurança e orientando o OCA e os executantes, determinar maiores medidas
de segurança.
5.5.10 CONGELAMENTO TÁTICO
5.5.10.1 O congelamento tático é uma medida de coordenação e controle de curto
período, de tempo determinado pelo OCA, limitado em abrangência no espaço e
nos participantes, durante o qual fica proibida a tomada de qualquer atitude por
parte dos executantes.
5.5.10.2 Para fins de segurança o OCA deve utilizar o congelamento das ações
para interferir, comandado por voz, rádio ou gestos. Essa medida é empregada
quando observados atos atentatórios à segurança definidos nas normas de segu-
rança do exercício ou que impliquem em risco a vida, perda de membro ou visão.
5.5.10.3 Para fins de adestramento, o OCA pode utilizar o congelamento das
ações para interferir, comandado por voz, rádio ou gestos. Essa medida é empre-
gada quando o incorreto procedimento em uma ação tática possa inviabilizar a
5-9
EB70-CI-11.461
consecução dos objetivos do exercício. Neste caso, o OCA deve congelar toda a
ação e reiniciá-la após uma Análise Durante a Ação (ADA), registrando o ocorrido.
5.5.10.4 As situações onde o congelamento tático para fins de adestramento está
autorizado devem constar na Ordem de Instrução ou seus Anexos.
- Exemplo de situação: entrada em itinerário de progressão oposto ao previsto
após o abandono de zona de reunião. Depois de constatado pelo OCA que o
comandante de pelotão não possui condições para perceber o erro e reajustar,
pode ser comandado um congelamento tático.
5.5.11 A premissa de viabilizar a execução do exercício com segurança deve ser
atendida sem prejuízo da premissa da não interferência. Desta maneira, o OCA
interfere apenas nos casos previstos no Plano de Segurança para proporcionar
a melhor execução da manobra, mas sem tolher a liberdade de ação dos exe-
cutantes.
5-10
EB70-CI-11.461
5.6.7 A TURMA OCA
5.6.7.1 Assim como a equipe OCA, a turma OCA possui composição variável de
acordo com o escalão, a complexidade e a natureza da tropa.
5-11
EB70-CI-11.461
5.7 PREPARAÇÃO DO OCA
5.7.1 CAPACITAÇÃO INTELECTUAL
5.7.1.1 O OCA deve passar por uma capacitação específica para o desempenho
da função. A preparação do OCA deve contemplar: a capacitação na operação
dos equipamentos de simulação, a revisão doutrinária, o conhecimento do Tema
Tático, das Regras de Engajamento do Exercício, da matriz de sincronização dos
eventos, das normas de segurança e da metodologia de APA.
5.7.1.2 No Centro de Adestramento esta capacitação é realizada através do Es-
tágio de OCA, regulado em portaria própria.
5.7.1.3 É possível que as GU e U dos Corpos de Tropa, empregando militares
especializados pelo Centro de Adestramento, conduza a capacitação interna do
OCA para seus exercícios orgânicos, com base no mesmo Programa de Estágio.
5.7.1.4 Quanto mais complexo o exercício, mas se faz necessária a preparação
dos responsáveis na condução, integrando principalmente o trabalho da DIREx
com o dos OCA, nivelando e colocando todos em um mesmo patamar de conhe-
cimento e preparação.
5.7.2 PREPARAÇÃO MATERIAL
5.7.2.1 Para cumprir sua missão, o OCA deverá ter em mente que acompanhará a
fração durante toda a execução do exercício. Para isso, é preciso que ele prepare
seu fardo aberto, de combate e de bagagem no padrão similar ao da F Adst e,
também, equipamentos de proteção individual como óculos de proteção, protetor
auricular, luvas e outros julgados necessários.
5.7.2.2 Material específico para a atividade de observação: binóculos, OVN, ma-
terial de anotação, baremas, carta e calco com a manobra da F Adst, DRR da F
Adst, rádio sintonizado na frequência da F Adst, gorro de identificação (verde no
caso dos integrantes de CA) e painéis de identificação de viaturas.
5.7.2.3 Material específico para a atividade de controle do exercício: matriz de
sincronização de eventos, regras de engajamento do exercício, plano de seguran-
ça, apito, relação de códigos de identificação alfanuméricos, tabelas de distância,
blindagem e poder de penetração do armamento da F Adst, tela código, rádio
sintonizado na frequência da rede OCA e do suporte técnico da DIREX.
5.7.3 PADRONIZAÇÕES
5.7.3.1 Como forma de diferenciar o OCA dos executantes, os OCA deverão utilizar
uma identificação no gorro conforme sugerido na figura abaixo.
5-12
EB70-CI-11.461
5-13
EB70-CI-11.461
5-14
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO VI
FORÇA OPONENTE E FIGURAÇÃO
6-1
EB70-CI-11.461
6.1.9 CONSTITUIÇÃO
- A FOROP, sempre que possível, deve ser constituída de elementos do efetivo
profissional, por uma fração com integridade tática e adestramento suficientes para
gerar um nível de resistência considerável no combate simulado ante a F Adst.
6.1.10 SUBORDINAÇÃO
6.1.10.1 A DIREX deverá designar um Oficial responsável para coordenar as
ações da FOROP, que pode ser o responsável pela F Cmb Inteligência. Isso visa
orientar o quadro tático da FOROP de acordo com os OA que se espera atingir
pela F Adst. Ao mesmo tempo, visa preservar os sigilos das ações dessa fração
em relação aos demais integrantes do exercício.
6.1.10.2 Principais características da FOROP:
- iniciativa própria;
- liberdade de manobra;
- princípio da surpresa;
- constantes desafios à F Adst; e
- pode obter o êxito em suas operações.
FOROP FIGURAÇÃO
- Possui liberdade de manobra, desde que - Possui limitada ou nenhuma liberdade de ma-
dentro da ordem de operações Simuladas pelo nobra e tem suas ações planejadas e reguladas
seu escalão superior. pela DIREX com a finalidade de mobiliar PMS.
- Atua como uma tropa adversa que, utilizando- - Atua dentro de um roteiro programado e en-
-se de técnicas de combate, busca atingir saiado com a finalidade de simular um problema
um objetivo tático pré-determinado pelo seu militar, visando alcançar determinada reação
escalão superior. da F Adst.
6-2
EB70-CI-11.461
FOROP FIGURAÇÃO
6-3
EB70-CI-11.461
6-4
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO VII
ANÁLISE PÓS-AÇÃO (APA)
7.1 GENERALIDADES
7.1.1 No que diz respeito a APA, o Exército Brasileiro possui O Caderno de Ins-
trução de Análise Pós-Ação, EB70-CI-11.413 que é destinado a abordar todos os
aspectos dessa atividade.
7.1.2 Do exposto, os itens a seguir apresentam uma síntese dos principais con-
ceitos afetos à condução da APA em um Exercício de Simulação Viva.
7-1
EB70-CI-11.461
7.3.4 A gestão do conhecimento produzido em treinamentos baseados em si-
mulação é a atividade que compreende a produção, análise, registro e difusão,
gerando um sistema cíclico de aperfeiçoamento, a implementação de melhorias
e a elevação dos padrões de desempenho.
7-2
EB70-CI-11.461
7.4.3 No segundo caso, a ADA é aplicada para que aquela tropa não dê conti-
nuidade ao processo de adestramento, desenvolvendo ações táticas a partir de
decisões errôneas ou execuções controversas. Em cenários táticos complexos
realizados com um volume significativo de erros, não havendo a ADA quando
necessária, quando da realização da APA a tropa terá a impressão de que todo
o trabalho – normalmente longo, foi em vão, e de que o instrutor “deixou” a tropa
errar para realizar correções só no final.
7.4.4 A ADA, no entanto, deve ser evitada em situações em que o adestramento
seja caracterizado por um alto grau de imersão tática, e que dessa característica
dependa o sucesso da avaliação de seu desempenho ou de seu aprendizado.
A realização da ADA, apesar de bastante didática para fins de aprendizado, tem
o efeito colateral de “extrair” o executante do seu ambiente de adestramento,
comprometendo o realismo tático do exercício.
7-3
EB70-CI-11.461
composta por um Oficial e um Sargento, consolida os dados em uma apresentação
de slides que será exibida pelo Chefe dos OCA.
7.5.2.4 Com a finalidade de se enriquecer a APA Final, e quando houver a partici-
pação de um CA na atividade, é de grande valia a utilização do material fornecido
pelo Manpack Gamer. O Manpack Gamer trata-se de um software que permite
realizar a gravação da atividade utilizando-se como base o mapa do local onde
está sendo executado o adestramento e os coletes georreferenciados. Além dis-
so, permite que sejam gerados relatórios onde constam dados como quantidade
de disparos realizados, porcentagem de acertos, ocorrência de fratricídios etc.
7-5
EB70-CI-11.461
7.6.4 4ª FASE - ANÁLISE GLOBAL E CONCLUSÃO
objetivos
DIREX
Calco de Opera- - Observar a operação da forma como
ções e Calco do foi planejada
Consciência Inimigo (digital) - Compreender a intenção do inimigo
Geral da 20 min
Operação - Observar a Operação da forma como
Reprodução do foi executada
Exercício
- Observar a atuação do inimigo
Análise
30 min Anotações Mlh identificadas pelos próprios exe- e Cmt
Interna
cutantes Pel
Análise vação
40 min - Identificar, de forma pontual e específi-
Externa Imagens e ca, as principais MP e Oport Mlh obser-
Vídeos vadas no Exercício de Simulação Viva OCA
ou Aux
- Realizar a APA dos elementos de
DIREX
Apoio
- Identificar, de forma pontual e específi-
ca, as principais MP e Oport Mlh obser-
vadas no Exercício de Simulação Viva
7-6
EB70-CI-11.461
7.6.4.1 Finalizando a APA, deverá ser realizada a Análise Global do desempenho
dos elementosoufrações,seguidodeuma Conclusão.AAnáliseGlobalnada maisé-
doque a apresentação de um resumo dos aspectos positivos e oportunidades de
melhoria mais relevantes ou mais frequentes no treinamento, sempre de forma
genérica. O objetivo agora não é mais produzir conhecimento – o que já foi feito
pontual e detalhadamente nas análises interna e externa. Nesta fase não há
mais espaço para debates. Uma sugestão é que cada OCA apresente duas ou
três oportunidades de melhoria, seguido tambémdedoisoutrêsaspectospositivos.
Destaforma,consegue-seterumadimensão globaldodesempenhodaquelafração,a
linhadoaumrelativoequilíbrioentreonegativo e opositivo.
7.6.4.2 Concluindo a APA e em consequência o próprio processo de adestramen-
to, a DIREX pode fazer sua análise global do exercício, da mesma forma como
descrito acima.
7-7
EB70-CI-11.461
7.8.3 Este mesmo relatório deve ser aproveitado no âmbito do Sistema de Acom-
panhamento Doutrinário e Lições Aprendidas do COTER, no caso dos Centros de
Instrução e nos Centros de Adestramento, bem como pelo do Sistema de Edu-
cação e Cultura do Exército, fornecendo subsídios práticos para os Estb Ens, os
CA e os CI conduzirem suas atividades, incrementando a formação e capacitação
operacional do militar do Exército Brasileiro.
7-8
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO VIII
TÉCNICAS DE ARBITRAGEM SUBJETIVA
8.1 GENERALIDADES
8.1.1 A arbitragem do engajamento é o processo que tendo como insumo as
características técnicas dos oponentes, permite produzir o resultado do engaja-
mento entre dois militares, sistemas de armas, viaturas, munições ou qualquer
combinação destas. Ela divide-se em: Arbitragem Objetiva e Arbitragem Subjetiva.
Distinguem-se pelas características dos meios utilizados, a técnica de emprego
e a fidelidade dos resultados.
8.1.2 A arbitragem subjetiva é a técnica que possui menor fidelidade em relação
aos resultados reais esperados, porém necessita apenas de recursos disponíveis
para toda a tropa.
8.1.3 A MENOR FIDELIDADE NO EMPREGO DA TÉCNICA SUBJETIVA CAUSA
a) menor precisão;
b) maior dependência de OCA;
c) demanda mais tempo; e
d) menor nível de imersão e realismo.
8.1.4 É realizada pelo OCA, através da técnica e de meios auxiliares: tabelas
de arbitragem do engajamento, painéis e identificadores, tela código, cartões de
baixa e destruição.
8.1.5 O processo é realizado pelo OCA.
8.1.6 Utilizada quando não há DSET disponível ou como complemento deste.
8.1.7 O detalhamento da forma da arbitragem subjetiva deve constar nas Regras
de Engajamento de Exercício, anexo da Ordem de Instrução da Atividade.
8-1
EB70-CI-11.461
8-2
EB70-CI-11.461
8.5.1.1 Estudo da blindagem
8.5.1.1.1 Este nível de detalhamento de estudo de sistema de armas pertence à
área de conhecimento e atuação do Instrutor Avançado de Tiro (IAT), no âmbito
das tropas de natureza blindada e mecanizada. É importante que este militar, se
não inserido na DirEx e na equipe OCA, participe do assessoramento dos mesmos
no planejamento do Exercício. Não é escopo deste manual detalhar pormenores
sobre este assunto.
8.5.1.1.2 Ao OCA, é fundamental conhecer ou calcular a equivalência da blin-
dagem das viaturas dos partidos em relação à blindagem homogênea ou RHA
(Rolled Homogeneous Armor), e ter consigo esta informação durante a execução
do Exercício.
- Exemplo: um EE-9 Cascavel possui uma blindagem máxima de 12 mm de aço
na parte frontal do chassi. Esta blindagem é dupla espaçada, com ângulo de
inclinação 50º, que o confere uma equivalência de 0.75 polegadas ou 19 mm.
8.5.1.2 Arbitragem Subjetiva
8.5.1.2.1 Para a arbitragem subjetiva do dano de um armamento de tiro tenso é
preciso conhecer sua balística, alcance máximo, alcance de utilização e poder
de penetração da munição.
8.5.1.2.2 Assim como o estudo da blindagem, a balística detalhada do armamento
coletivo de tiro tenso pertence à área de atuação do Instrutor de Armamento e
Tiro (IAT) nas tropas mecanizadas e blindadas.
8.5.1.2.3 De posse dos três dados balísticos e da equivalência da blindagem em
RHA, o OCA possui condições de avaliar se o engajamento é capaz de causar
danos no alvo.
8-3
EB70-CI-11.461
8.5.1.2.4 Cumpre exemplificar que em um Módulo Didático de Adestramento de
Pelotão, não cabe ao OCA avaliar detalhadamente os procedimentos de tiro por
parte de uma guarnição de armamento coletivo. Primeiro, porque tal objetivo já
se encontra atingido nesta fase do ano de instrução; segundo, porque tal medida
causaria um congelamento tático do exercício, perdendo o mesmo a dinâmica e
o realismo.
8.5.1.3 Exemplo de tabela de penetração de munição:
8-4
EB70-CI-11.461
Metralhadora coaxial
8.5.4 Para a arbitragem do tiro de Lança Rojão AT4, Canhão Sem Recuo Carl
Gustav e outras armas do tipo, deverá ser observada de sopro (ângulo de 45º e
distância de 30 m).
8.5.5 Para as metralhadoras e as armas AC (Lç Rj e CSR) o OCA deverá verifi-
car todos os procedimentos padrões foram cumpridos de acordo com a fase do
adestramento (técnicas de tiro e técnicas de material), tais como: amarração de
tiro, distâncias utilizadas, cadência de tiro, maneabilidade da peça/seção.
8.5.6 Quando for realizada a arbitragem subjetiva das armas AC, será necessário
um OCA responsável por arbitrar os tiros das mesmas. Para tal, os OCA deverão
sempre ter contato rádio para facilitar a comunicação entre os mesmos, e assim
efetuarem a arbitragem da forma mais precisa possível.
8.5.7 O OCA que acompanhar o emprego das Armas Coletivas deverá observar
todos os procedimentos tomados, desde o material de dotação da fração/seção
até os comandos emitidos.
8-5
EB70-CI-11.461
8.6.2 Tamanha a importância desse tipo de armamento, e sendo a simulação de
combate um instrumento de adestramento com a finalidade de replicar o combate
nos níveis mais próximos da realidade, devem ser envidados esforços para o
emprego desse meio de apoio de fogo nos exercícios de simulação viva.
8.6.3 A arbitragem dos tiros indiretos constitui-se num desafio para os exercícios
de adestramento no terreno. Primeiramente, pelo processo utilizado na pontaria
a fim de se definir os elementos necessários para que a munição impacte a área
alvo e, em segundo lugar, pela inexistência de DSET para esse tipo de armamento.
8.6.4 Os métodos apresentados a seguir contemplam apenas a forma de se
verificar a área batida pelos impactos dos tiros, e não visam apresentar o passo
a passo para a observação dos tiros. Para tal, o OCA deverá estudar a técnica
de tiro nos manuais técnicos e aplicar sua observação de acordo com o material.
8.6.5 Para que seja realizada a arbitragem subjetiva dos tiros indiretos, faz-se
necessário que o OCA possua a carta topográfica do terreno utilizado no exercício
de simulação viva (declinada), escalímetro, bússola, transferidor, transferidor de
locação (T Loc), Global Positioning System (GPS) e material escrevente.
8.6.6 Os responsáveis pela execução da simulação dos impactos dos tiros indiretos
nos alvos são denominados marcadores de fogos indiretos.
8-6
EB70-CI-11.461
8.6.7 TÉCNICAS EMPREGADAS
8.6.7.1 Conversão de ângulos
8.6.7.1.1 Com a finalidade de se obter uma maior precisão, os aparelhos de
pontaria são graduados em milésimos. Dessa forma, as derivas utilizadas nos
tiros de Mrt são informadas nessa graduação. Assim sendo, faz-se necessário o
conhecimento do processo utilizado na conversão de ângulos.
8.6.7.1.2 É sabido que um ângulo de 360º equivale a um ângulo de 6400’’’. Com
base nesse conhecimento, ao aplicarmos a regra de três, percebemos que 1’’’
equivale a 0,05625º.
8.6.7.1.3 Portanto, sempre que tivermos um ângulo em graus e precisarmos
convertê-lo para milésimos, basta dividi-lo por 0,05625.
8.6.7.1.4 Da mesma forma, caso tenhamos um ângulo em milésimos e necessi-
tamos convertê-lo para graus, basta multiplicar por 0,05625.
8.6.7.2 Observação subjetiva utilizando carta topográfica
8.6.7.2.1 Inicialmente o OCA deverá locar na carta o ponto onde a peça de Mrt
encontra-se em posição.
Fig 26 - Extrato da carta topográfica contendo a posição de uma seção de Mrt 81mm e sua DGT
8-7
EB70-CI-11.461
Tab 14 - Extrato da tabela de tiro de Mrt 81mm RO utilizada na obtenção do alcance percorrido pela
granada com base nas informações de carga e alça registrada no aparelho de pontaria
8-8
EB70-CI-11.461
8.6.7.2.7 O OCA mais próximo à área onde houve a simulação dos arrebenta-
mentos dos fogos, de acordo com a tela código, deverá se dirigir à mesma e,
usando da tabela de arbitragem de danos subjetivos dos Mrt (Anexo E deste CI),
arbitrar as baixas.
8.6.7.2.8 Cabe ressaltar que a arbitragem subjetiva dos tiros de Mrt, utilizando
carta topográfica, apesar de mais lenta, constitui-se mais precisa.
8-9
EB70-CI-11.461
8.6.7.3.6 Com o local do impacto locado na carta, basta informar ao marcador
de fogos indiretos para que os impactos possam ser simulados, utilizando a tela
código, via rede de comunicações.
8.6.7.3.7 O OCA mais próximo a área onde houve a simulação dos arrebentamen-
tos dos fogos, de acordo com a tela código, deverá se dirigir a mesma e, usando
da tabela de arbitragem de danos subjetivos dos Mrt (Anexo E deste Caderno de
Instrução), arbitrar as baixas.
8.6.7.3.8 Cabe ressaltar que a arbitragem subjetiva dos fogos de Mrt, utilizando
o GPS, apesar de mais rápida, constitui-se menos precisa.
8.6.7.4 Verificação da pontaria
8.6.7.4.1 Com a finalidade de se diminuir a possibilidade de erros na execução dos
fogos de Mrt e, ao mesmo tempo, verificar se a pontaria foi feita corretamente, é
interessante que o OCA questione o valor da DGT e então verifique se o Mrt está
apontado corretamente em relação às balizas.
8.6.7.4.2 Para se verificar se o Mrt está apontado corretamente, por ocasião dos
disparos, basta somar a DGT a Der do Mrt apontado.
8.6.7.4.3 Com o resultado, em milésimo, transformá-lo em graus.
8.6.7.4.4 Com uma bússola, verificar se os resultados coincidem ao verificar a
pontaria no tubo do Mrt.
8.6.7.4.5 Quando o resultado da soma da DGT + Der Mrt apontado for maior que
a volta completa na elipse, basta subtrair 6400’’’, e então proceder a conversão e
a verificação. Exemplo: DGT 273º que é igual a 4853’’’ + Der Mrt apontado 4240’’’
= 9093’’’ - 6400’’’ = 2693’’’ ou 151º. Ao se verificar o ângulo em que o tubo de Mrt
está apontado, utilizando a bússola, o mesmo dever ser igual a 151º.
8.6.7.5 Munição
8.6.7.5.1 Para utilização do Mrt, o OCA deverá atentar para a quantidade de
simulacros de munição que a tropa possui.
8.6.7.5.2 Para cada simulacro utilizado nos tiros, o OCA deverá proceder a mar-
cação do mesmo com fita zebrada.
8.6.7.5.3 Quando todos os simulacros tiverem sido marcados com fita zebrada,
o OCA deverá informar a tropa da necessidade de ressuprimento de munição e
a mesma não poderá realizar mais disparos.
8.6.7.6 Simulação do tiro indireto na área de impactos
8.6.7.6.1 A fim de se aumentar o realismo do exercício de simulação viva, podem
ser utilizados efeitos pirotécnicos, granadas fumígenas e granadas de luz e som,
com a finalidade de simular os efeitos produzidos pelos impactos dos tiros de Mrt.
8-10
EB70-CI-11.461
8.6.7.6.2 Os responsáveis por executar as simulações são denominados marca-
dores de fogos indiretos.
8-11
EB70-CI-11.461
8.7.4 O operador, então, irá locar o tiro no sistema, porém não o executará.
8.7.5 O auxiliar do coordenador de fogos, que estará junto ao operador, observará
na tela do sistema o local do impacto. A partir disso, utilizando a tela código, infor-
mará ao marcador de fogos indiretos para que os impactos possam ser simulados.
8.7.6 Quando o marcador de fogos indiretos, que simulou o impacto na posição,
der o pronto da missão, o operador executará o tiro no sistema e automaticamente
a baixa será realizada na tropa.
SITUAÇÃO CONDUTA
8-12
EB70-CI-11.461
SITUAÇÃO CONDUTA
8-13
EB70-CI-11.461
SITUAÇÃO CONDUTA
8-14
EB70-CI-11.461
8.8.2.2 Cartão de baixa de pessoal
8-15
EB70-CI-11.461
TEMPO DE PERCENTUAL
FERIMENTO MEDIDA PS/OM
EVACUAÇÃO DE CARTÕES
Companheiro ou
Levíssimo - - 20%
APH da Fração
Leve Ev para PCF 24 horas Até 4 horas 15%
Grave - Até 2 horas 35%
Ev para PS/OM
Gravíssimo - Até 1 hora 15%
Morto - - - 15%
Capacidades
Ferimento
Anda Fala Atira
Levíssimo Sim Sim Sim
Se ferido nos
Leve Sim Se ferido nas pernas
braços
Grave Não Sim Não
Gravíssimo Não Não Não
8-16
EB70-CI-11.461
8.8.2.3.3 Durante a confecção da matriz dos cartões de destruição da viatura,
devem ser seguidos critérios estatísticos em relação aos danos de mobilidade,
comunicações, sistema de armas ou destruição total, bem como o número de
embarcados que deverá ter seus cartões de baixas abertos.
8.8.2.3.4 A abertura do cartão se dá por ordem do OCA da viatura engajada.
8-17
EB70-CI-11.461
8-18
EB70-CI-11.461
ANEXO A
EXEMPLO DE MATRIZ DE SINCRONIZAÇÃO DE EVENTOS
Matriz de Sincroniza-
ção de Eventos
“Símbolo da OM” “Cabeçalho da OM”
“Local e Data”
“NOME DA OPERAÇÃO”
Eqp
Data e
DIREX OCA F Adst FOROP Figuração Suporte
Hora
Técnico
Aç Rec pelo Solicitação de
Data Esc Rec reunião para
Bda Ini so- tratar sobre a
0000 Observar bre o dispo- proteção de
0000 e Con- sitivo Def da civis e outras
Trabalhos
Coordenar trolar as F Adst necessidades
de OT na
as ativida- ativida- Pos Def Aç Rec Pos
Data + 1 des que des que Ini, visando -
estiverem esti- manter o Ctt
0000 sendo rea- verem e levantar
2200 lizadas sendo informações
realiza-
Data + 1 das Atacar, com
Defender todos os -
2000 a Pos meios, Pos
0600 Def F Adst
Local e Data
A-1
EB70-CI-11.461
A-2
EB70-CI-11.461
ANEXO B
MODELO DE REGRAS DE ENGAJAMENTO
“Operação”
“Símbolo OM” “Cabeçalho”
“Local e Data”
B.1 FINALIDADE
- Estabelecer padrões de procedimentos, corrigir possíveis distorções advindas
da simulação e operacionalizar a observação subjetiva aplicável ao Exercício de
Simulação Viva.
B-1
EB70-CI-11.461
B-2
EB70-CI-11.461
B-4
EB70-CI-11.461
de ação se assim julgar conveniente.
g. Inteligência
1) Captura e revista de PG mediante controle e avaliação do OCA; (proibido
contato físico);
2) Interrogatório mediante intermediação do OCA;
3) Amarração dos PG a cargo dos OCA, devendo Força Adestrada / FOROP
apresentarem material necessário para tal;
4) OCA verifica a segurança das Com e verifica a coleta de informações do
Inimigo obtidas por realização de patrulhamento (Guerra Eletrônica).
h. Segurança do Exercício
1) A tropa avaliada e a FOROP só utilizarão munição de festim. É responsa-
bilidade da equipe OCA a fiscalização da munição empregada em cada fase do
exercício.
2) Os OCA portarão no porta-carregador a munição real necessária para pro-
ver a segurança do exercício.
i. Simulação de baixas e feridos
1) Prioritariamente, as baixas e os feridos da For Adest e For Op serão arbi-
trados pelo sistema DSET;
2) O OCA interfere e arbitra o engajamento se:
a) a linha de pontaria dentre os elementos emissores e receptores do DSET
estiver bloqueada por anteparos, como cobertas, vegetação, sujeira;
b) uso inadequado do DSET por imperícia, negligência ou má-fé como, por
exemplo, retirada de pilhas e cabos de alimentação; e
c) caso o militar ou a viatura não esteja sensorizada por limitações diversas,
o OCA arbitrará o engajamento conforme a técnica de arbitragem subjetiva (CI
Sml Viva).
j. Simulação de dano e destruição de viaturas
1) Prioritariamente, o dano e destruição de viaturas da For Adest e For Op
serão arbitrados pelo sistema DSET.
2) Arbitra-se a baixa da guarnição CC após a destruição da Viatura.
3) É permitido o uso do cambão para movimentar viaturas com destruição
simulada.
4) O motorista deve permanecer junto à viatura cuja destruição ou dano foi
arbitrada.
5) As viaturas com dano no chassi irão:
B-5
EB70-CI-11.461
a) Permanecer com todas as capacidades do seu sistema de armas e co-
municações;
b) Desligar o motor, sob a penalização de ser destruída pelo OCA; e
c) Em caso de necessidade de segurança, a viatura com dano no chassi
pode se movimentar por até 10 m no período de 5 minutos após o recebimento
de dano.
6) As viaturas com dano no sistema de armas:
a) Permanecem com capacidade de movimentar-se;
b) Desoperacionalizam o sistema de armas; e
c) Desligam os rádios.
7) A camuflagem de viaturas, estruturas e militares é autorizada desde que
seja bem fixada e não interfira nos elementos passivos do DSET.
k. Veículos capturados
1) Deve ser coordenada e prevista pela Ordem de Instrução, do contrário, não
é autorizada
2) É obrigatória a presença de um OCA na captura de quaisquer veículos.
3) É proibido bloquear um veículo com o corpo para capturá-lo.
4) Motorista permanece junto ao veículo.
l. Comunicações
1) Somente material listado em QDM pode ser utilizado no exercício.
2) É proibida a utilização de rádios adquiridos localmente, como talk about.
m. Logística
1) As atividades logísticas de ressuprimento da For Adest seguirá conforme o
Par 4º Ordem de Operações do Tema Tático.
2) Os feridos leves conduzidos até o P Ref F SU serão curados pela DirEx.
3) Os feridos moderados, graves e gravíssimos serão conduzidos pela DirEx
até uma área designada onde permanecerão fora de situação.
4) Os mortos recolhidos ao P Col serão conduzidos pela DirEx até uma área
designada onde permanecerão fora de situação.
5) Os feridos e mortos centralizados na área específica junto à DirEx retorna-
rão a ForAdst e ForOp como recompletamentos.
6) Todo o equipamento e munição em uma viatura destruída também será
considerado destruído e inservível.
B-6
EB70-CI-11.461
7) Reboques atrelados também serão considerados destruídos e inservíveis.
8) As Vtr danificadas ou destruídas permanecerão nessa situação até a che-
gada ou a remoção via tração até a Tu Mnt, quando então serão consertadas.
9) Toda a munição será simulada em peso, tipo e dimensões.
10) As munições deverão ser solicitadas através pedido.
11) O ressuprimento ocorrerá conforme Par 4º O Op.
12) Os OCA somente atualizarão a situação de munição após recebidos os
simulacros;
13) Os CSR deverão possuir uma munição de manejo por tipo de munição real
e tantos simulacros quanto às munições disponíveis para tiro;
i. Obstáculos
1) A Força Adestrada deve comunicar todos os obstáculos aos OCA antes
da colocação. A Força Oponente deve comunicar a colocação de obstáculos à
sua cadeia de comando. Isso ajudará os OCA na cobertura de obstáculos para
garantir que tenham o efeito pretendido. Se os OCA não souberem que um obs-
táculo foi colocado, este não será coberto e não surtirá o efeito desejado. Uni-
dades podem lançar obstáculos em qualquer lugar no campo de batalha, sujeitos
a restrições previamente estabelecidas pela DIREX.
2) A Força Adestrada não colocará obstáculos em estradas de superfície rígi-
das sem a aprovação dos OCA. Em quaisquer rotas as unidades vão construir
obstáculos, de tal forma que uma pista permaneça aberta para permitir a pas-
sagem de possíveis vítimas reais. O OCA balizará as rotas e obstáculos com
fitas zebradas, juntamente aos cavalos de frisa. Cyalumes serão utilizados para
balizar os obstáculos no período noturno, evitando acidentes. As unidades em-
pregarão meios de engenharia suficientes para cumprir a intenção do obstáculo,
estocando a porção não utilizada na beira da estrada. Qualquer tentativa de pas-
sagem através do obstáculo ocorrerá na parcela construída. Um obstáculo que
está incompleto ou não se liga ao terreno não será julgado como obstrução de
via e pode ser contornado pela Força Adestrada, FOROP ou figuração.
3) Obstáculos que são inerentemente perigosos e não têm uso tático, não
serão utilizados. Se os POP de uma unidade exigirem que os campos minados
sejam marcados com arame farpado, ele não pode estar a uma altura superior a
um metro acima do nível do solo.
4) A Força Adestrada tirará todos os obstáculos, recuperará todas as minas,
preencherá todas as posições defensivas escavadas após mudança ou término
de missão sob coordenação da equipe OCA e antes de partir da área de exer-
cícios.
5) Obstáculos Padrão:
B-7
EB70-CI-11.461
a) CRATERA
REQUERIMENTOS PARA
LANÇAMENTO
Explosivos:
Cratera de 12 x 4 m = 1Pel E/hora de trabalho
Mecânicos:
Cratera de 12 x 4 m = 1Gp E/hora de trabalho
(empregando maquinário)
PASSAGEM:
1 Gp E/1 hora de trabalho
BALIZAMENTO:
O obstáculo deve ser claramente balizado dia
e noite. Placas indicativas da cratera devem
ser postadas nos dois sentidos da pista. Fitas
devem ser empregadas para marcar a via ad-
Figura 1 An B - Simulação de cratera
ministrativa, assim como placas indicativas da
mesma nas extremidades internas dos cavalos de frisa.
Cyalumes devem ser empregados no período noturno, marcando as duas extremidades dos ca-
valos de frisa.
AVALIAÇÃO SUBJETIVA
Se tropa montada faz contato com o obstáculo sem lidar com ele, o OCA deve considerar o pri-
meiro veículo como mobilidade danificada. O veículo deve permanecer no local até que o resgate
apropriado seja empregado.
b) ABATIS
REQUERIMENTOS PARA
LANÇAMENTO
Explosivos e Mecânicos
100 m de profundidade = 1Pel E/hora de tra-
balho
* Por meios mecânicos entende-se motosserra.
PASSAGEM:
1 Pel E/hora de trabalho
* utilizando explosivos ou motosserras
BALIZAMENTO:
As árvores cortadas devem ser marcadas com
fita laranja. Cavalos de frisa devem marcar a
profundidade do obstáculo (média de 100 me-
tros). Placas indicativas do obstáculo devem
identificá-lo. Placas indicativas da via Adm de- Figura 2 An B - Simulação de abatis
B-8
EB70-CI-11.461
c) FOSSO ANTICARRO
REQUERIMENTOS PARA
LANÇAMENTO
Lançado apenas com meios mecânicos.
Fosso de 50 m = 1 Gp E/hora de trabalho
* Empregando Eqp Eng
PASSAGEM:
Fosso de 50 m = 1 Gp E/hora de trabalho
* Empregando Eqp Eng. Dobro do tempo em
caso de uso de explosivos e trabalhos manuais.
BALIZAMENTO:
Deve ser claramente balizado para dia e noite.
Cavalos de frisa e fitas devem ser empregados
para simbolizar o diâmetro do fosso. Placas indi-
cativas do obstáculo devem ser postas nos dois
sentidos da via e placas indicativas da via admi-
nistrativa devem ser postas nas extremidades
interiores dos cavalos de frisa. Cyalumes devem Figura 3 An B - Simulação de fosso anticarro
ser empregados no período noturno marcando
as duas extremidades dos cavalos de frisa.,
AVALIAÇÃO SUBJETIVA
Se tropa montada faz contato com o obstáculo sem lidar com ele, o OCA deve considerar o pri-
meiro veículo como mobilidade danificada. O veículo deve permanecer no local até que o resgate
apropriado seja empregado.
B-9
EB70-CI-11.461
8) Faixas Administrativas: todo obstáculo em uma rota deve ter uma via
administrativa. As faixas administrativas estão marcadas com sinais triangulares
(“VIA ADMIN”) e com a fita zebrada no chão .
- Além disso, essas faixas serão marcadas com cyalumes no período noturno.
A Força Adestrada, FOROP e a figuração não estão autorizados a usar faixas
administrativas. Se um obstáculo é lançado pela Força Adestrada ou FOROP
e não é devidamente balizado por falta de material ou pessoal, a equipe OCA
deve se certificar que alguém permaneça no local até que o obstáculo seja de-
vidamente balizado, em caso de dúvidas e se a segurança de alguma forma for
afetada, deve-se optar pelo não lançamento do obstáculo.
9) Obstáculos não padronizados: obstáculos não padronizados podem ser
empregados pela Força Adestrada. Para os obstáculos alcançarem a intenção
desejada, eles devem ser construídos de acordo com preceitos doutrinários.
Cabe à equipe OCA arbitrar o emprego de obstáculos não ortodoxos. Os seus
efeitos podem ser limitados e as questões relativas à avaliação subjetiva devem
ser encaminhadas à DIREX para arbitragem, caso o OCA julgue necessário.
10) Operações de Abertura de Brechas: ao conduzirem Operações de Aber-
tura de Brechas tanto a Força Adestrada quanto à FOROP devem fazê-la numa
porção do obstáculo real previamente lançado. Brechas simuladas devem ser
autorizadas somente em obstáculos inteiramente simulados (como um fosso an-
ticarro simulado numa via asfaltada) ou quando o meio empregado não gerar
efeitos reais (como granadas de exercício). Quando aberturas simuladas forem
realizadas a Força Adestrada e a FOROP passarão a usar a faixa administra-
tivas como ponto de abertura. Uma vez que a brecha seja estabelecida, eles
passarão pela faixa administrativa enquanto o pessoal não envolvido no assalto
ajustará o balizamento do obstáculo de acordo com a brecha previamente pla-
nejada, de maneiras que o obstáculo possa ser reconhecido futuramente como
um obstáculo vencido.
j. identificação de veículos na área de exercícios
1) As viaturas da equipe OCA e DIREX deverão ser identificadas pela cor
branca no capô, nas portas laterais e na traseira do veículo. (Quando possível,
deverão ser identificadas nominalmente conforme Cap V deste Manual)
2) As viaturas da Força Oponente deverão ser identificados pela cor vermelha
no capô, nas portas laterais e na traseira do veículo.
3) As viaturas da figuração ou demais envolvidos no exercício deverão ser
identificados pela cor amarela no capô, nas portas laterias e na traseira do veí-
culo.
B-10
EB70-CI-11.461
B.4 MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE DO EXERCÍCIO
a. A For Adest e For Op devem assegurar-se que um OCA acompanha seus
elementos em qualquer missão.
b. Proibido movimentações sem o OCA.
c. Se a fração for fracionada para execução de alguma missão, o comandante
deve comunicar ao OCA antes da execução.
d. Se nenhum OCA está presente para arbitrar um engajamento, o mais antigo
militar da For Op possuidor do Estg OCA assume a função e a executa.
e. Em caso de extravio de DSET ou MEM, a menor fração enquadrante será
retirada do Exercício para execução da busca e varredura.
f. Em caso de extravio de outros materiais militares, inclusive armamento, a tropa
só será retirada do exercício com a aprovação do Diretor do Exercícios.
g. For Op e For Adest permanecerão constantemente uniformizada a partir do
horário de entrada em situação do Exercício. Qualquer observação diferente
será remetida ao Esc Supe da Força.
h. Em caso de quebra da Regra de Engajamento, uma missão de tiro será arbi-
trada sobre a fração.
i. A cadeia de comando da For Adest e For Op é responsável pelo C², saúde e
bem-estar das suas tropas.
j. A cadeia de comando deve ser usada, sempre que possível, para corrigir vio-
lações das RA;
l. O OCA só atua quando a Regra de Engajamento ou as Normas de Segurança
forem violadas, no que houver risco da perda da vida, perda de membro, perda
da visão ou quando for solicitada pela cadeia de comando da For Adst ou For Op.
“Local e Data”
B-11
EB70-CI-11.461
B-12
EB70-CI-11.461
ANEXO C
MODELO DE BAREMA
“Nome da Ope-
“Símbolo da OM” “Cabeçalho”
ração”
Nome Rubrica
OCA
Fração OM Data
a. Antes do Ataque:
Reconheceu o terreno?
b. Durante o Ataque:
C-1
EB70-CI-11.461
c. No Objetivo:
Reajustou o dispositivo?
Limpou o Obj?
Providenciar a defesa?
Executou a reorganização?
Verificou as perdas?
d. Baixas:
e. Observações Subjetivas:
PONTOS FORTES
OPORTUNIDADE DE MELHORIAS
MELHORES PRÁTICAS
LIÇÕES APRENDIDAS
f. Observações de campo:
C-2
EB70-CI-11.461
ANEXO D
MODELO DE RELATÓRIO PRELIMINAR DE ADESTRAMENTO
“NOME DA OM”
D.1 FINALIDADE
- Diagnosticar o desempenho por ocasião das diversas atividades de adestra-
mento e instrução que antecederam o exercício de Simulação Viva.
D.2 OBJETIVOS
D.3 REFERÊNCIA
c) Percentuais de TAF
D-1
EB70-CI-11.461
D.5 CONCLUSÃO
“Local e Data”
D-2
EB70-CI-11.461
ANEXO E
OBSERVAÇÃO SUBJETIVA DE BAIXAS PROVENIENTES
DE FOGOS INDIRETOS
E-1
EB70-CI-11.461
E-2
EB70-CI-11.461
E-3
EB70-CI-11.461
E-4
EB70-CI-11.461
ANEXO F
MODELO DE ORGANOGRAMA DA DIREX
F-1
EB70-CI-11.461
F-2
EB70-CI-11.461
GLOSSÁRIO
PARTE 1 - ABREVIATURAS E SIGLAS
Abreviaturas/Siglas Significado
A Alça
AC Anticarro
Ap Apoio
At Atirador
Abreviaturas/Siglas Significado
CA Centro de Adestramento
Cb Cabo
CC Carro de Combate
Cg Carga
CI Caderno de Instrução
Cmt Comandante
Abreviaturas/Siglas Significado
DE Divisão de Exército
Der Deriva
DO Deficiência Operacional
Doutrina, Organização, Adestramento, Mate-
DOAMEPI
rial, Educação, Pessoal e Infraestrutura
Dout Doutrina
Abreviaturas/Siglas Significado
EB Exército Brasileiro
Emp Emprego
Abreviaturas/Siglas Significado
Fig Figura
Frat Fratricídio
Frç Fração
G-2
EB70-CI-11.461
Abreviaturas/Siglas Significado
GC Grupo de Combate
Grd Granada
GU Grande Unidade
Abreviaturas/Siglas Significado
Ini Inimigo
Inst Instalação
Instruções Reguladoras de Tiro com o Arma-
IRTAEx
mento do Exército
Itn Itinerário
Abreviaturas/Siglas Significado
LP Linha de Partida
Abreviaturas/Siglas Significado
MP Melhor Prática
G-3
EB70-CI-11.461
Mrt Morteiro
Mu Munição
Abreviaturas/Siglas Significado
Obs Observação
Obus Obuseiro
OM Organização Militar
Op Operacional
Abreviaturas/Siglas Significado
Pel Pelotão
Plj Planejamento
Prep Preparo
G-4
EB70-CI-11.461
Q
Abreviaturas/Siglas Significado
Abreviaturas/Siglas Significado
Abreviaturas/Siglas Significado
Sistema de Acompanhamento Doutrinário e
SADLA
Lições Aprendidas
Sd Soldado
SU Subunidade
Abreviaturas/Siglas Significado
Tab Tabela
Tat Tático
Ton Tonelada
Abreviaturas/Siglas Significado
U Unidade
G-5
EB70-CI-11.461
V
Abreviaturas/Siglas Significado
Vtr Viatura
G-6
EB70-CI-11.461
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
R-2
EB70-CI-11.461