Você está na página 1de 124

EB70-CI-11.

461

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

CADERNO DE INSTRUÇÃO
EXERCÍCIOS COM EMPREGO DA
SIMULAÇÃO VIVA

Edição Experimental
2021
EB70-CI-11.461
EB70-CI-11.461

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

CADERNO DE INSTRUÇÃO
EXERCÍCIOS COM EMPREGO DA
SIMULAÇÃO VIVA

Edição Experimental
2021
EB70-CI-11.461
EB70-CI-11.461

PORTARIA - COTER/C Ex Nº 100, DE 23 DE AGOSTO DE 2021.


EB: 64322.012494/2021-58

Aprova o Caderno de Instrução Exercí­


cios com Emprego da Simulação Viva
(EB70-CI-11.461), Edição Experimental,
2021, e dá outras providências.

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso da atri-


buição que lhe conferem os incisos II e XI do art. 10 do Regulamento do Comando
de Operações Terrestres (EB10-R-06.001), aprovado pela Portaria do Comandante
do Exército nº 914, de 24 de junho de 2019, e de acordo com o que estabelece
os Art. 5º, 12º e 44º das Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do
Exército (EB10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército
nº 770, de 7 de dezembro de 2011, e alteradas pela Portaria do Comandante do
Exército nº 1.266, de 11 de dezembro de 2013, resolve:

Art. 1º Fica aprovado o Caderno de Instrução Exercí­cios com Em-


prego da Simulação Viva (EB70-CI-11.461), Edição Experimental, 2021, que com
esta baixa.

Art. 2º Esta portaria entrará em vigor e produzirá efeitos a partir de


1º de outubro de 2021.

Gen Ex JOSÉ LUIZ DIAS FREITAS


Comandante de Operações Terrestres

(Publicada no Boletim do Exército nº 35 de 3 de setembro de 2021)


EB70-CI-11.461
EB70-CI-11.461

FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM)

NÚMERO ATO DE PÁGINAS


DATA
DE ORDEM APROVAÇÃO AFETADAS
EB70-CI-11.461
EB70-CI-11.461
ÍNDICE DOS ASSUNTOS
Pag

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 Finalidades............................................................................................ 1-1
1.2 Objetivos................................................................................................ 1-1
1.3 Conceitos Básicos................................................................................. 1-1

CAPÍTULO II - PRESSUPOSTOS PARA O EMPREGO DA SIMULAÇÃO VIVA


2.1 Pressupostos para o Emprego.............................................................. 2-1
2.2 Pilares do Adestramento....................................................................... 2-3

CAPÍTULO III - METODOLOGIA DO EXERCÍCIO DE SIMULAÇÃO VIVA


3.1 Generalidades....................................................................................... 3-1
3.2 Planejamento e Execução do Exercício de Simulação Viva................... 3-1

CAPÍTULO IV - MEIOS DE SIMULAÇÃO DE ENGAJAMENTO TÁTICO


4.1 Definição................................................................................................ 4-1
4.2 Dispositivos de Simulação de Engajamento Tático................................ 4-1
4.3 Meios Auxiliares de Simulação .............................................................. 4-3

CAPÍTULO V - O OBSERVADOR E CONTROLADOR DO ADESTRAMENTO


5.1 Generalidades....................................................................................... 5-1
5.2 Premissas da Atuação do OCA.............................................................. 5-1
5.3 Conduta e Postura do OCA.................................................................... 5-2
5.4 A Atuação do OCA como Observador..................................................... 5-3
5.5 A Atuação do OCA como Controlador..................................................... 5-7
5.6 O OCA na estrutura de Direção do Exercício......................................... 5-10

5.7 Preparação do OCA.............................................................................. 5-12

CAPÍTULO VI - FOROP E FIGURAÇÃO

6.1 Força Oponente..................................................................................... 6-1

6.2 Diferença Entre Força Oponente e Figuração ........................................ 6-2


EB70-CI-11.461
CAPÍTULO VII - ANÁLISE PÓS AÇÃO

7.1 Generalidades....................................................................................... 7-1

7.2 Objetivos da APA .................................................................................... 7-1

7.3 Considerações a Respeito da APA no Exercício de Simulação Viva ....... 7-1

7.4 Análise Durante a Ação .......................................................................... 7-2

7.5 Os Tipos de APA no Exercício de Simulação Viva .................................. 7-3

7.6 Faseamento da Execução da APA ........................................................ 7-4

7.7 Produtos da APA .................................................................................. 7-7

7.8 Gestão do Conhecimento.................................................................... 7-7

CAPÍTULO VIII – TÉCNICAS DE ARBITRAGEM SUBJETIVA

8.1 Generalidades...................................................................................... 8-1

8.2 Possibilidades da Arbitragem Subjetiva (Permite Avaliar)..................... 8-1

8.3 Demandas da Arbitragem Subjetiva...................................................... 8-2

8.4 Dano subjetivo do Armamento Individual.............................................. 8-2

8.5 Dano subjetivo do Armamento Coletivo de Tiro Tenso e Armas Coletivas. 8-2

8.6 Dano subjetivo do Armamento Coletivo de Tiro Curvo........................... 8-5

8.7 Uso do Sistema Manpack Gamer.......................................................... 8-11

8.8 Técnicas de Arbitragem Subjetiva Diversas.......................................... 8-12

ANEXOS

ANEXO A - EXEMPLO DE MATRIZ DE SINCRONIZAÇÃO DE EVENTOS

ANEXO B - MODELO DE REGRAS DE ENGAJAMENTO

B.1 Finalidade............................................................................................. B-1

B.2 Condições de Execução....................................................................... B-1

B.3 Observações Subjetivas....................................................................... B-3

B.4 Medidas de Coordenação e Controle do Exercício................................. B-11


EB70-CI-11.461
ANEXO C - MODELO DE BAREMA

ANEXO D - MODELO DO RELATÓRIO PRELIMINAR DE ADESTRAMENTO

D.1 Finalidade............................................................................................. D-1

D.2 Objetivos............................................................................................... D-1

D.3 Referência............................................................................................ D-1

D.4 Informações Consolidadas................................................................... D-1

D.5 Conclusão............................................................................................ D-2

ANEXO E - OBSERVAÇÃO SUBJETIVA DE BAIXAS PROVENIENTES DE FO-


GOS INDIRETOS
E.1 Morteiro 60mm HE.............................................................................. E-1
E.2 Morteiro 81mm HE.............................................................................. E-2
E.3 Morteiro 120mm HE............................................................................ E-1

ANEXO F - MODELO DE ORGANOGRAMA DA DIREX

GLOSSÁRIO - LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS................................ G-1

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... R-1


EB70-CI-11.461
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO

1.1 FINALIDADES
1.1.1 Padronizar conceitos e estabelecer procedimentos relacionados à condução
de Exercíciospor meio da Simulação Viva (Exc Sml Viva) no âmbito do Exército
Brasileiro (EB).
1.1.2. Definir procedimentos que permitam o aprimoramento do preparo da Força
Terrestre por meio de Exc Sml Viva.
1.1.3 Apresentar o potencial da Simulação Viva (Sml Viva) como recurso destinado
à preparação e à análise da capacidade operacional de uma tropa.
1.1.4 Possibilitar o emprego da Sml Viva por qualquer Organização Militar (OM),
como ferramenta acessível a todos os tipos e naturezas de tropas, desde o trei-
namento individual básico até o adestramento avançado de Grandes Unidades.

1.2 OBJETIVOS
- Orientar os organizadores de um adestramento de tropas baseado em Sml
Viva, quanto à:
a) metodologia a ser empregada;
b) divisão das funções de acordo com a estrutura organizacional exigidas para
a execução da Simulação Viva;
c) os meios de Sml Viva a serem utilizados;
d) observação e controle do adestramento; e
e) condução da Análise Pós-Ação (APA).

1.3 CONCEITOS BÁSICOS


1.3.1 ANÁLISE PÓS-AÇÃO (APA)
- Processo dialético e maiêutico, conduzido por um mediador, entre o Observador
e Controlador do Adestramento (OCA), a Força Oponente (ForOp) e os indivíduos
integrantes da tropa adestrada, em determinado modelo, para que se obtenha
o entendimento das relações de causa e efeito relativas à situação problema.
1.3.2 CAPACIDADE
- É a aptidão requerida a uma força ou OM, para que possa cumprir determinada

1-1
EB70-CI-11.461
missão ou tarefa, de acordo com o Manual de Fundamentos Doutrina Militar
Terrestre (EB20-MF-10.102).
1.3.3 DIREÇÃO DO EXERCÍCIO (DIREX)
- Representa tudo aquilo que é suporte para o desenvolvimento das açõesdurante
o Exercício de Simulação. Dispõe de uma estrutura física com meios e pessoal
que conduzem todas as atividades do exercício que se constituem em: coorde-
nação, acionamento de meios e eventos, controle, observação, coleta, registro,
análise, relato e segurança.
1.3.4 DISPOSITIVO DE SIMULAÇÃO DE ENGAJAMENTO TÁTICO (DSET)
- São ferramentas que buscam simular com fidelidade, através de tecnologia
laser e rádio, os efeitos dos diversos tipos de armamento e outros dispositivos
permitindo assim que a Sml Viva seja efetivamente empregada na avaliação de
um evento, de forma objetiva, obtendo dados capazes de modelar um cenário de
combate sem a ocorrência de danos reais aos envolvidos.
1.3.5 FIDELIDADE
- Na simulação de combate, é o grau de proximidade que uma reprodução ou
simulação mantém com as ocorrências da realidade.
1.3.6 FORÇA ADESTRADA (F Adst)
- Fração constituída que executa o Módulo Didático de Adestramento em oposição
à FOROP.
1.3.7 FORÇA OPONENTE (FOROP)
- Força que caracteriza o inimigo ou força adversa que se opõe à F Adst dentro de
um Módulo Didático de Adestramento. Possui capacidade e meios próprios, com
liberdade de manobra e de ação, dentro das hipóteses de emprego formuladas.
1.3.8 MODELAGEM
- É a representação com rigor lógico de um sistema no qual somente aquelas
propriedades que sejam consideradas relevantes para o problema que está sendo
examinado, são explicitamente representadas.
1.3.9 MÓDULO DIDÁTICO DE ADESTRAMENTO (MDA)
- Exercício Tático programado, conforme a metodologia do adestramento cons-
tante no Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro e nos procedimentos
constantes no Manual de Campanha C 105-5 – Exercícios Táticos.
1.3.10 NORMAS DE SEGURANÇA
- Conjunto de normas elaboradas pela Direção do Exercício com base no EB70-
-CI-11.423 – Prevenção de Acidentes e Gerenciamento de Risco nas Atividades
Militares. Sistematizam procedimentos, responsabilidades e atribuições, visando

1-2
EB70-CI-11.461
evitar os acidentes de instrução, ainda que limitem o realismo e a fidelidade na
simulação.
1.3.11 OBSERVADOR E CONTROLADOR DO ADESTRAMENTO (OCA)
- Elemento humano desejavelmente dotado de capacidades técnica e tática e com
experiência profissional, capaz de observar e controlar adestramentos de tropas.
1.3.12 PROBLEMA MILITAR SIMULADO (PMS)
- É um evento planejado pela DIREX, desencadeado conforme sua matriz de
eventos, de maneira pontual, distribuído no decorrer da execução do exercício,
no qual, uma situação militar exige uma reação da F Adst, vindo a demonstrar se
um Objetivo de Adestramento (OA) específico foi desenvolvido. A finalidade com
esse recurso é forçar o planejamento e a execução do processo de tomada de
decisão pelo comandante tático dos diversos níveis.
1.3.13 REGRAS DE ENGAJAMENTO DE EXERCÍCIO
- São um conjunto de normas que regulam um engajamento tático em umaExc
Sml Viva. São elaboradas pela DIREX para determinar procedimentos dos atores,
de acordo com o nível de fidelidade exigido pelos objetivos do exercício.
1.3.14 SIMULAÇÃO
- É uma técnica experimental utilizada para estudar a operação de sistemas
condicionados pela decisão humana e/ou influências probabilísticas a partir da
imitação de um modelo com aspectos relevantes de comportamento do sistema
sob estudo.
1.3.15 SIMULADOR
- É o equipamento, dispositivo, programa de computador ou sistema que repre-
sentaou simula um equipamento real ou uma atividade específica, reproduzindo
as característicasessenciais deste equipamento ou atividade, e possibilitando a
operação humana direta. Ossimuladores reproduzem fenômenos e sensações
que na realidade não estão ocorrendo, tais como:velocidade, aceleração, som
ambiente, percepção do terreno, comportamento de equipamentos,entre outros.
1.3.16 SIMULAÇÃO MILITAR
- É a reprodução, conforme regras pré-determinadas, de aspectos específicos, de
uma atividade militar ou da operação de material de emprego militar, empregando
um conjunto de equipamentos, softwares e infraestruturas. A simulação militar
pode ser conduzida em três modalidades: viva, virtual e construtiva.
1.3.17 SIMULAÇÃO VIVA
- Modalidade na qual são envolvidos agentes reais, operando sistemas reais
(armamentos, equipamentos, viaturas e aeronaves de dotação), no mundo real,
com o apoio de sensores, dispositivos apontadores laser e outros instrumentos

1-3
EB70-CI-11.461
que permitam acompanhar o elemento e simular os efeitos dos engajamentos.
Com o emprego de equipamentos adequados é possível a integração com outros
sistemas de simulação. A Sml Viva pode ser utilizada em proveito do adestramento,
do treinamento individual e dos estabelecimentos de ensino.
1.3.18 SISTEMA DE SIMULAÇÃO DO EXÉRCITO BRASILEIRO (SSEB)
- Conforme a Portaria no 55-EME, de 27 de março de 2014, o SSEB engloba
o conjunto de recursos humanos, instalações, aplicativos e equipamentos de
simulação empregados no adestramento, treinamento, instrução, ensino militar
e no suporte à tomada de decisão, estando dividido em programas.
1.3.19 TRANSFERÊNCIA DE TREINAMENTO
- É o processo pelo qual o conhecimento e as habilidades são transmitidos durante
o exercício, mensurando a efetividade destes em situações reais. A atividade de
transferência de habilidade ou competência decorrente do uso de um simulador
pode ser classificada em positiva, negativa ou neutra, respectivamente, caso o
treinamento melhore, piore ou não altere o desempenho da tarefa. A transferên-
cia positiva é quando o uso da simulação ou do simulador durante o treinamento
promove a melhora o desempenho.
1.3.20 TRANSFERÊNCIA NEGATIVA ou TREINAMENTO NEGATIVO
- Normalmente ocorre quando se utilizam subterfúgios, falhas e recursos que
fazem parte de determinado sistema de simulação, mesmo que estes não sejam
compatíveis com a realidade, tendo em vista a facilitação do processo, desvir-
tuando o próprio treinamento em si. A transferência de treinamento negativa
neutraliza a construção de novos conhecimentos e habilidades ou interfere no
previamente aprendido. Sendo assim, durante o uso da simulação, o treinamento
deve ser combatido com a tomada de medidas preventivas e orientação quanto
ao prejuízo que pode causar.

1-4
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO II
PRESSUPOSTOS PARA O EMPREGO DA SIMULAÇÃO VIVA

2.1 PRESSUPOSTOS PARA O EMPREGO


2.1.1 A aplicação de um exercício militar, baseado na Sml Viva, tem por finalidade
realizar um treinamento em condições mais próximas possíveis da realidade do
combate, empregando a tropa no terreno real, aplicando a doutrina militar vigente
dentro de um quadro tático pré-estabelecido, diante de uma FOROP. Para isso,
empregam-se meios simulados que sejam capazes de reproduzir os efeitos letais
e destrutivos do combate.
2.1.2 Sendo assim, a Sml Viva, quando aplicada na ciência militar, tem como
objeto de estudo a validação e o aprimoramento das capacidades de uma tropa
para cumprir as suas missões estabelecidas em sua base doutrinária, de acordo
com a doutrina militar vigente.
2.1.3 A modelagem da Sml Viva no ambiente de aplicação militar é, por sua vez,
a possibilidade do organizador do exercício de reproduzir, com rigor lógico, no
ambiente real, todos os elementos que possam ter influência para a validação
e aprimoramento dos aspectos doutrinários de emprego de uma tropa. Deve-se
levar em conta, também, no processo de planejamento do exercício, os fatores da
decisão: a missão, o inimigo, o terreno, as condições meteorológicas, os meios,
o tempo e as considerações civis (MITeMeT-C).
2.1.4 Em suma, quando uma tropa está realizando um Exc Sml Viva, ela está in-
serida em um ambiente real de aplicação militar, onde os fatores da decisão foram
modelados para que se possa adestrar os fatores de sua capacidade operacional,
mediante às respostas dadas aos problemas militares apresentados, sem que
aquela tropa fosse exposta aos riscos letais e/ou destrutivos do combate real.
Pode-se acrescentar que as respostas dadas pela F Adst estão condicionadas
pelas decisões dos atores, pelas características e probabilidades imposta pelo
ambiente operacional simulado.
2.1.5 É importante destacar que a Sml Viva não está somente limitada ao empre-
go de recursos de alta tecnologia, capazes de reproduzir virtualmente os efeitos
letais e/ou destrutivos em um ambiente real, cabendo, portanto ao planejador da
atividade envidar esforços na concepção de quaisquer tipos de meios que sejam
capazes de aproximar o exercício da realidade do combate. Equipamentos de
alto valor tecnológico são meios para a realização da Sml Viva e não um fim.
2.1.6 A Sml Viva é uma ferramenta para se conduzir um determinado processo de
instrução, treinamento ou adestramento, visando atingir a um determinado objetivo.

2-1
EB70-CI-11.461
2.1.7 O foco de todos os participantes do exercício (Coordenação do Exercício,
OCA, instrutores, tropa etc.) deve ser a busca pelo respeito a todos os aspectos
e às considerações que influenciariam de forma decisiva uma operação real,
alinhada à doutrina militar vigente.
2.1.8 Caso o foco não esteja no adestramento, mesmo que não haja a devida
percepção desse desvio, o objetivo deixa de ser o de “adestrar” e passa a ser o
de “ganhar o jogo”. Nesse contexto, o uso de subterfúgios, promove falhas de
treinamento, tornando o exercício incompatível com a realidade, promovendo o
treinamento negativo, o que desvirtua todo o processo de validação de capacidade
operacional de uma tropa.

O adestramento, a instrução e o treinamento militar são os objetivos, a


simulação é uma ferramenta.

2.1.9 O realismo tático é obtido pela forma como o processo de elaboração de


adestramento em Sml Viva é estruturado e conduzido, desde sua preparação até
a sua execução. Todas as etapas de preparação e planejamento que uma tropa
deveria executar para a realização de uma operação real, devem ser seguidas e
respeitadas ao longo do processo de adestramento em Sml Viva. O planejamen-
to, reconhecimento, emissão de ordens, inspeções e ensaios, são exemplos de
atividades não necessariamente realizadas em simulador, mas que agregam o
realismo tático a esse processo.

O realismo tático está no processo de adestramento, não no simulador.

2.1.10 O contexto tático que engloba o adestramento militar em simulação deve


ser, além de realista, imersivo e dinâmico. O executante que não se sente real-
mente imerso dentro do contexto que foi concebido para o exercício no terreno, e
que percebe que os objetivos de adestramento (AO) a ele impostos não exigem o
dinamismo que se espera encontrar em situações reais, dificilmente apresentará
um desempenho significativamente positivo ao longo de todo o processo.

O adestramento/instrução militar em Simulação Viva deve ser


imersivo e dinâmico.

2.1.11 A fase de ambientação ao simulador por parte dos executantes é compos-


ta pela adaptação e transição ao simulador. É pressuposto que todo simulador,
por mais fidedigno que seja ao equipamento real, sempre se valerá de alguma
adaptação ou customização que viabilize sua aplicação como simulador nos

2-2
EB70-CI-11.461
processos de instrução, treinamento e adestramento. Não fosse essa caracte-
rística, o simulador seria o próprio equipamento a ser simulado. Dessa diferença
entre equipamento real e o seu simulador, surge a demanda de adaptação do
executante, viabilizando a plena operação do equipamento simulado, sem inter-
ferências ou prejuízos no desempenho individual e coletivo. Como, por exemplo,
o tempo destinado para a instrução de operação dos simuladores de armas AC,
a colimação ou correção em zero dos emissores laser de armas portáteis (SAT)
e a adaptação da guarnição de VBC CC.

A ambientação ao simulador reduz a interferência no desempenho do


adestramento em simulação viva.

2.1.12 Cabe destacar que a aplicação de um Exc Sml Viva deve ser enquadrada
dentro de um sistema em que seja possível criar, ao mesmo tempo, o ambiente
simulado e as condições operacionais de validação do adestramento da tropa, os
quais proporcionarão a busca do devido incremento no preparo da F Adst. Para
tanto, é fundamental que seja constituída uma DIREX, a qual será responsável
por definir todos os parâmetros e as condicionantes de execução do exercício e
prestar osuporte para a consecução da atividade de adestramento, como: coorde-
nação, acionamento de meios e eventos, controle, observação, coleta e registro
de dados, produção de relatórios e segurança.
2.1.13 O realismo na imitação do combate é caracterizado pela presença da tropa
no terreno, em uma situação onde exista a interação entre dois partidos (F Adst e
FOROP), sob o controle da Direção de Exercício e seus auxiliares (controladores,
árbitros e observadores).
2.1.14 Dessa maneira, é possível estabelecer que dentro da metodologia do a
do Adestramento Básico, realizado mediante um Exercício Tático com tropa no
terreno, existem quatro pilares fundamentais:
a) OCA;
b) FOROP;
c) APA; e
d) MSET.

2.2. PILARES DO ADESTRAMENTO


2.2.1 O OCA é o encarregado de acompanhar diuturnamente a F Adst e a FOROP,
desde o momento do planejamento, passando pela preparação e pela execução
em todas as suas fases, no intuito de observar o adestramento e fazer a coleta
de informações que irão subsidiar a evolução do preparo daquela tropa.

2-3
EB70-CI-11.461
2.2.2 A FOROP, sempre que possível, deve ser constituída de elementos do
efetivo profissional. Deve ser preferencialmente orgânica do escalão gerente do
exercício ou pertencente aos Centros de Adestramento (CA). Essa força deve
estar altamente adestrada a fim de proporcionar o grau de dificuldade adequado
à simulação do combate. Portanto, a FOROP deve portar-se como um inimigo
o mais próximo possível da realidade, dotado de liberdade de ação, capaz de
estabelecer medidas de segurança, de manobrar adequadamente e de realizar
um planejamento sumário de suas ações. Agressividade, motivação, iniciativa,
bom nível técnico e tático individual e coletivo são características indispensáveis
à FOROP.
2.2.3 A APA constitui-se numa revisão do exercício realizado, que permite à
tropa adestrada descobrir por si mesmo “o que aconteceu”, “por que aconteceu”
e “como corrigir”. É um debate profissional que inclui todos os participantes de
um adestramento e foca os seus objetivos. A APA é parte integrante do processo
do Exc Sml Viva, a qual promove o ganho qualitativo para o aprimoramento do
adestramento de uma fração.
2.2.4 Os meios de simulação de engajamento tático (MSET) são ferramentas
que permitem que a Sml Viva seja efetivamente empregada na observação de
um evento, de forma objetiva e/ou subjetiva, obtendo-se dados capazes de re-
criar um cenário de combate sem a ocorrência de danos reais aos envolvidos no
adestramento.

2-4
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO III
METODOLOGIA DO EXERCÍCIO DE SIMULAÇÃO VIVA

3.1 GENERALIDADES
3.1.1 A elaboração de um Exc Sml Viva deve levar em conta o prescrito no SIMEB
e no Plano de Instrução Militar (PIM). Desta forma, antes da F Adst ser submetida
a um exercício dessa natureza, essa deve cumprir obrigatoriamente as etapas
da Instrução Individual Básica (IIB), da Instrução Individual de Qualificação (IIQ),
da Capacitação Técnica e Tática do Efetivo Profissional (CTTEP) e o Programa
de Adestramento Básico (PAB).

Fig 1 - Adestramentos previstos antes do Exc Sml Viva

3.1.2 Portanto, a concepção de um Exc Sml Viva deve considerar o fato da F


Adst ter atingido um nível de adestramento compatível com os padrões mínimos
de desempenho, previstos nos programas-padrão das fases de instrução militar
citadas anteriormente.

3.2 PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DO EXERCÍCIO DE SIMULAÇÃO VIVA


3.2.1 A elaboração e execução de um Exc Sml Viva é um processo que engloba
diversas fases, conforme retratadas a seguir:
3.2.1.1 Seleção dos Objetivos de Adestramento
3.2.1.1.1 Os OA da tropa são previstos no PIM, elaborado anualmente, pelo
COTER. O Comando Aplicador, ao analisar os OA previstos no PIM, define os
padrões mínimos de desempenho, as tarefas e as ações táticas que deverão ser
executadas pela tropa.
3.2.1.1.2 Com os OA definidos, a F Adst passa a realizar a capacitação de seus
quadros de forma a atingir o nível de adestramento esperado.

3-1
EB70-CI-11.461

Fig 2 - Linha do tempo de um Exc Sml Viva

3-2
EB70-CI-11.461
3.2.1.2 Reunião do Preparo da Força Terrestre
- Participam desta reunião representantes do COTER, Comando Militar de Área (C
Mil A), Divisão de Exército (DE), Grande Unidade (GU) e Centro de Adestramento
(CA). Nesta fase são apresentadas as possibilidades da Sml Viva e é verificada a
necessidade de retificação ou ratificação das datas e OA previstos no PIM. São
emitidas orientações gerais sobre a concepção da rotação e são definidas as OM
a serem adestradas, bem como os calendários de reuniões e de adestramento
com base no PIM/COTER.
3.2.1.3 1ª Vídeo Conferência
3.2.1.3.1 A 1ª Vídeo Conferência é realizada nos níveis COTER, C Mil A, DE, GU
e CA e tem por finalidade apresentar a sistemática dos Exc Sml Viva, as neces-
sidades logísticas para a atividade e definir as responsabilidades do Comando
Aplicador no planejamento dessas atividades. É neste momento em que ocorre
a designação das OM a serem adestradas.
3.2.1.3.2 É o momento em que devem ser definidas (dentre outros), a Área de
Operações (A Op), as orientações que devem ser passadas para o preparo da
F Adst, o prazo para a apresentação do planejamento operacional e estabeleci-
mento do tema tático.
3.2.1.4 Planejamento Preliminar do Exercício
3.2.1.4.1 Após a definição dos OA, o comando aplicador realiza o planejamento
preliminar do exercício. É nesta fase em que são feitos os primeiros reconheci-
mentos dos locais do exercício e a visualização do conceito da operação.
3.2.1.4.2 Os padrões mínimos coletivos, fixados no OA impulsionam o adestra-
mento e servem de base à avaliação.
3.2.1.4.3 O Cmt, em todos os escalões, tem a responsabilidade de avaliar os
exercícios de campanha executados pela tropa que comanda.
3.2.1.4.4 No planejamento o comando aplicador deve ter em mente que a ava-
liação tem como objetivos:
a) Verificar o nível de preparação (orgânica ou completa) da tropa, visando atingir
a operacionalidade;
b) Identificar as deficiências existentes a fim de corrigi-las;
c) Aprimorar o adestramento; e
d) Orientar a realização da APA a ser conduzida após cada exercício de campanha.
3.2.1.5 2ª Vídeo Conferência
3.2.1.5.1 A 2ª Vídeo Conferência é realizada nos níveis C Mil A, DE, GU, U e/
ou CA. Nessa fase é realizada a definição dos integrantes da DIREX, dos OCA
externos ou integrantes dos CA e datas para nivelamento de conhecimento e
3-3
EB70-CI-11.461
dimensionamento da FOROP.
3.2.1.5.2 Direção do Exercício (DIREX)
a) A composição da DirEx é variável, dependendo da complexidade do exercício,
nível do escalão em adestramento e recursos disponíveis.
b) A DIREX é a equipe responsável pela condução do exercício e a sua consti-
tuição é responsabilidade do Comando Aplicador.
c) O Comando Aplicador é a GU com o encargo de montar e conduzir o exercício.
d) O Diretor do Exercício é o militar mais antigo dentro da DIREX. É responsável
pela direção geral do exercício, montagem, execução e relatório. Coordena, atra-
vés de seus elementos subordinados, a observação, o controle e a arbitragem.

FUNÇÃO NA DIREX PESSOAL FUNÇÃO NA DIREX PESSOAL

Coordenador da
um Of Aperf Inf ou
um Of Sp do Coman- Função de Com-
Diretor Geral Cav e um Of Aperf
do Aplicador bate Movimento e
Eng
Manobra
Coordenador da
um Of Sp do Coman- um Of Eng e um Of
Coordenador DIREX Função de Combate
do Aplicador Art AAe
Proteção
Coordenador da
Auxiliar do Coorde- um Of Art e um Of
um Of Sp Função de Combate
nador DIREX Cav
Fogos
Coordenador da
Oficial de Ligação
Função de Com-
do Centro de Ades- um Of Sp um Of
bate Comando e
tramento
Controle
Coordenador da
Coordenador da
Of Aperf Função de Combate um Of
Força Oponente
Inteligência
Oficial de Ligação
do Comando Exe- Of Sp Célula Branca dois Of
cutante
Coordenador Geral Oficial de Preven-
da Função de Com- Oficial Aperf ção de Acidentes na um Of
bate Logística Instrução
Coordenador da Auxiliar do Oficial
Função de Combate de Prevenção de
um Of, S Ten ou Sgt um Of, S Ten ou Sgt
Logística (Supri- Acidentes na Ins-
mento) trução

Tab 1 - Exemplo de composição da DIREX para um adestramento nível SU

3-4
EB70-CI-11.461

FUNÇÃO NA DIREX PESSOAL FUNÇÃO NA DIREX PESSOAL

Coordenador da
um Of, um Sgt e três
Função de Combate um Of, S Ten ou Sgt Apoio de Saúde
Cb ou Sd
Logística (Saúde)

Coordenador da
Função de Combate um Of, S Ten ou Sgt Controle de Danos um Of, S Ten ou Sgt
Logística (Pessoal)

Of de Suporte Lo- Equipe de Suporte um ST ou Sgt, um


um Of
gístico Logístico Cb, três Sd

Equipe de Suporte dois Sgt, dois Cb e um Of, dois Sgt e


Equipe APA
Técnico quatro Sd um Cb

Tab 1 - Exemplo de composição da DIREX para um adestramento nível SU (continuação)

OCA Cmt SU OCA Pel Fuz OCA Ap F OCA MCP OCA FOROP

quatro Of Inf ou Cav,


um Of ou Sgt Eng
um Cap Inf ou um por Cmt Pel, um Of e três
um Of Art OA e um Of ou Sgt Art
Cav dezesseis Sgt Inf ou Sgt
AAAe
Cav, um por Cmt GC

Tab 2 - Equipe OCA para um adestramento nível SU

e) Os coordenadores de Função de Combate (F Cmb) compõem o Escalão Su-


perior que deve preocupar-se com a manobra do escalão imediatamente superior
ao Comando Executante, debruçando-se em um trabalho detalhado sobre a carta
e coordenando com os demais elementos da DIREX a inserção dos PMS no Exc
Sml Viva.
f) Comando Executante é a fração que realizará o exercício, sendo esta chamada
de F Adst.
g) A Célula Branca é a responsável pela coordenação e condução da matriz de
eventos e dos PMS no Exercício de Simulação Viva.
h) A equipe de observadores é composta pelos OCA em quantidade suficiente para
observar todas as peças de manobra envolvidas no exercício. Os OCA deverão
realizar a revisão doutrinária inerente às ações e tarefas a serem adestradas.
É interessante que durante a distribuição dos OCA seja levada em conta a sua
especialização para que esteja de acordo com a natureza da tropa adestrada.
i) A equipe logística é responsável por coordenar alojamento, alimentação e res-
suprimento de diversas classes durante o exercício.

3-5
EB70-CI-11.461
j) A equipe de suporte técnico é responsável pela instalação, funcionamento
e manutenção dos MSET, bem como da operação do software de controle do
exercício (MANPACK GAMER), quando a atividade for apoiada por um Centro
de Adestramento.
k) O Oficial de Prevenção de Acidentes na Instrução é assessor direto do Diretor
de Exercício. É responsável pela segurança da atividade no que diz respeito ao
que é imposto aos executantes. Possui às atribuições constantes manual de
prevenção de acidentes na instrução. Ele coordena a execução do Plano de Se-
gurança, certificando-se que os executantes conhecem as Normas de Segurança,
e empregando os OCA como auxiliares.
O Oficial de Logística do Exercício é assessor direto do Diretor de Exercício. É
responsável por prever e prover as demandas logísticas de toda a direção de
exercício. Coordena as ações da equipe logística da DIREX.
m) O coordenador da ForOp é o responsável por coordenar as ações da ForOp
atuando como escalão superior, desencadeando o quadro de eventos da ForOp
e interferindo somente nos casos previstos pela DIREX. É atribuição da Célula
FOROP certificar-se que a atuação da mesma está consonante com a matriz
doutrinária, evitando que a FOROP execute ações que fujam da coerência e do
contexto tático;
n) O Oficial de Ligação com o CA é o militar perito na metodologia da simulação
viva. Tem como missão assessorar o Diretor do Exercício sobre o emprego da
ForOp, dos OCA, dos MSET e condução da APA, bem como coordenar a execução
e a observação da simulação, possui como subordinados à equipe APA, equipe
de suporte técnico e equipe de OCA.
o) A equipe APA é a responsável por centralizar as informações e imagens ne-
cessárias para a confecção da Análise Pós-Ação final e o Relatório do Exercício.
3.2.1.6 Planejamento Detalhado e Montagem do Exercício
3.2.1.6.1 Nessa fase ocorre a confirmação da DIREX (formada por elementos do
Comando Aplicador e por elementos do CA), efetivo e configuração da FOROP e
da figuração, equipe OCA, além da finalização da concepção tática do exercício.
3.2.1.6.2. Após a DIREX e a concepção tática do exercício terem sido definidas,
o comando aplicador, com assessoramento do CA, se for o caso, deverá ratificar
a A Op, a situação geral e particular, além de produzir os seguintes documentos:
a) ordem de instrução aos elementos subordinados envolvidos no exercício;
b) ordem de operações e seus anexos;
c) caderno de informações do inimigo (vermelho);
d) cronograma do exercício;
3-6
EB70-CI-11.461
e) matriz de sincronização de eventos (exemplo no Anexo “A”);
f) plano de adestramento específico da FOROP;
g) plano de preparo e emprego da figuração, se for o caso; e
h) regras de engajamento do exercício (exemplo no Anexo “B”).
3.2.1.7 1ª Reunião de Coordenação e Reconhecimento Inicial
3.2.1.7.1 A 1ª Reunião de Coordenação e o reconhecimento inicial são realizados
nos níveis GU, U e/ou CA. Nessa fase são realizados o reconhecimento inicial
da A Op do Exc Sml Viva e das instalações para alojamento de pessoal e acon-
dicionamento de material de simulação.
3.2.1.7.2 É verificado, também, a distribuição de recursos e das necessidades
logísticas para os exercícios e são confirmados os seguintes detalhes do Exc
Sml Viva:
a) Comando Aplicador, DIREX, F Adst e FOROP (externa ao CA, SFC);
b) constituição da equipe OCA e observadores (CA e outras OM);
c) situação dos suprimentos Cl I, III e V e apoio de viatura;
d) bases de apoio: alojamentos, acampamento, armazenagem de material, locais
das refeições, etc; e
e) orientações para o apronto operacional (Aprn Op) da F Adst (QDMP e simu-
lacros, SFC).
3.2.1.8 2ª Reunião de Coordenação e Reconhecimento Final
3.2.1.8.1 A 2ª Reunião de Coordenação e o reconhecimento final são realizados
nos níveis GU, U e/ou CA. Nessa fase são realizados o reconhecimento final da
A Op do Exe Sml Viva, bases de Op e das instalações para acondicionamento
do material (fora de sede).
3.2.1.8.2 São ratificadas ou retificadas as considerações logísticas e também são
apresentados, pela DIREX:
a) documentação do exercício da rotação (ordem de instrução, ordem de opera-
ções, plano logístico e plano de segurança);
b) planejamento da rotação pelo diretor da rotação;
c) componentes da DIREX;
d) matriz de sincronização de eventos (documento em forma de planilha que
ordena na linha do tempo todos os eventos previstos para o exercício);
e) orientações dos CA à F Adst e à DIREX; e

3-7
EB70-CI-11.461
f) regras de engajamento do exercício.
3.2.1.9 Adestramento específico da Força Oponente e seleção da figuração
- A FOROP deverá realizar adestramentos que permitam a essa fração representar
com a maior fidelidade possível o tipo de inimigo definido na fase de planejamento.
Enquanto isso, a figuração é selecionada e orientada para realizar seus treina-
mentos de acordo com as funções que irá representar.
3.2.1.10 Elaboração dos baremas

Fig 3 - Elaboração do Barema

3.2.1.10.1 O barema acompanha o faseamento do quadro de eventos, descre-


vendo de forma objetiva as tarefas e ações esperadas a serem executadas pela
tropa. Esse documento dispõe de uma apreciação a ser feita pelo OCA, de acor-
do com a evidência da ação esperada pela tropa. Na sequência da observação
objetiva, segue-se um espaço para o registro de avaliações subjetivas oriundas
da observação e percepção de cada OCA, em cada fase do treinamento.
3.2.1.10.2 Os itens constantes do barema devem buscar como referência as
ações a serem realizadas e o padrão de desempenho previsto no PPA, concei-

3-8
EB70-CI-11.461

tos doutrinários constantes nos diversos manuais e cadernos de instrução que


contemplem as ações a observar.

Fig 4 - Elementos dos OA

3.2.1.10.3 De posse desses documentos, devem ser descritos os OA, que se


basearão em três elementos:
a) tarefa a ser executada;
b) condições de execução; e
c) padrão mínimo.

3-9
EB70-CI-11.461

Fig 5 - Processo de confecção das Fichas de Observação

Fig 6 - Detalhamento das tarefas

3-10
EB70-CI-11.461

3.2.1.10.4 Os critérios do barema deverão ser estabelecidos com base nos pa-
drões mínimos coletivos estabelecidos nos OA. As tarefas críticas relacionadas a
cada OA devem servir de guia para estabelecer os tópicos do barema, tornando
a certificação objetiva.
3.2.1.10.5 O barema é peça fundamental na condução e na observação do exer-
cício, minimizando a adoção de soluções improvisadas e evitando a solução de
continuidade ao longo da atividade. O Anexo “C” apresenta um modelo de barema.
3.2.1.11 Emissão do Relatório Preliminar de Adestramento
3.2.1.11.1 Este é o momento em que é feito um diagnóstico do padrão de de-
sempenho da F Adst nas diversas atividades de adestramento e instrução que
antecederam o Exc Sml Viva. Para tanto, a OM deve consolidar as informações
sobre as atividades, previamente realizadas, conforme os seguintes tópicos:
a) níveis de completamento do QCP (efetivo existente x efetivo a ser adestrado);
b) disponibilidade de QDM (material previsto x material disponível);
c) percentuais de TAF;
d) percentuais de aproveitamento de tiro TIA e TCB;
e) situação logística (Cl I, Cl III, Cl V e Cl X); e
f) outras informações julgadas úteis.
3.2.1.11.2 Pode-se observar o modelo do Relatório Preliminar de Adestramento
no Anexo “D”.
3.2.1.12 Ajustes Logísticos e Operacionais
- Participam dessa fase o Diretor da Rotação, DIREX (todos os integrantes), E3 e
E4 GU adestrada, CA e S3/S4 da U adestrada com a finalidade de dirimir dúvidas
sobre questões operacionais e logísticas, inspecionar os locais de adestramento
e confirmar os efetivos participantes.
3.2.1.13 Módulo Didático de Adestramento
3.2.1.13.1 Seguindo o que consta no SIMEB, um Exc Sml Viva deve se caracterizar
como um módulo didático de adestramento no qual se observam três etapas: a
instrução preliminar, o exercício propriamente dito e a APA.
3.2.1.13.2 Instrução Preliminar
a) A instrução preliminar integra o adestramento e tem como objetivo a preparação
dos comandantes e da tropa para os exercícios que serão realizados. Consiste
em um momento de nivelamento das Técnicas, Táticas e Procedimentos (TTP),
revisão doutrinária, estudo de caso esquemático, ambientação e prática coletiva
fora de situação.
3-11
EB70-CI-11.461

b) Esta etapa é baseada em oficinas que têm a finalidade de garantir que a F


Adst esteja em condições plenas de emprego das habilidades exigidas pelos
PPA, confirmando que os Objetivos de Instrução Individual (OII) da IIB e IIQ foram
atingidos a contento.
c) O nivelamento deve ocorrer em subfases atentando para a evolução gradativa
das habilidades a serem certificadas.
d) Em um primeiro momento as oficinas devem abordar as TTP relativas ao com-
batente individual, como: capacitação física, Atendimento Pré-Hospitalar (APH),
tiro dos armamentos de dotação, topografia e orientação, comunicações, dentre
outras.
e) Simultaneamente a esse primeiro momento de oficinas de nivelamento (TTP
relativas ao combatente individual), os quadros (Oficiais e Sargentos) da F Adst
deverão estar dedicados às atividades de revisão doutrinária e planejamento da
operação militar a ser executada no exercício de adestramento, podendo compre-
ender desde exercícios na carta e jogos de guerra, até o planejamento de casos
esquemáticos e exercícios de Simulação Construtiva e/ou Virtual.
f) Num segundo momento devem ser aplicadas oficinas de adestramento voltadas
para as pequenas frações.
g) Quando há participação dos CA, é neste momento em que são apresentados
e instalados os DSET.
3.2.1.13.3 Apronto Operacional
a) É o momento em que é verificado se a F Adst está pronta para ser empregada
em missão de combate, com todo o seu equipamento, armamento, viaturas, muni-
ções, suprimentos e demais fardos de material previstos em seu QDM. Ressalta-se
que há a necessidade da tropa estar ambientada ao uso do seu fardo de combate
com as dimensões e peso compatíveis com a situação tática a ser empregada.
b) Portanto, faz-se necessário que seja aplicado previamente um programa de
aprimoramento do treinamento físico da tropa, por meio de marchas, assim como
sejam implementados o uso de simulacros (peso e dimensões) em substituição
aos materiais indisponíveis em QDM.
3.2.1.13.4 Execução do Exercício
a) Ao final do período de preparo, a F Adst é submetida a um Exc Sml Viva. É
o momento da execução do treinamento coletivo por intermédio da imitação do
combate, visando à consecução de um ou mais Objetivos de Adestramento em
que se contempla o planejamento, a preparação e a execução da missão. Sendo
esse o momento em que ocorre o exercício de dupla ação com o emprego dos
elementos que compõem os pilares da Sml Viva (FOROP, APA, OCA e DSET).

3-12
EB70-CI-11.461

b) Durante essa fase, os instrumentos de adestramento (FOROP, APA, OCA e


DSET) são voltados para a mensuração do nível de preparo da tropa com a fina-
lidade de certificá-la. No entanto, de acordo com o SIMEB, a avaliação da tropa
deve ser conduzida pelo seu Comandante (Cmt). Assim, o CA deve oferecer o
suporte ao Cmt da tropa para a sua avaliação e, não a realizar como um processo
independente. De acordo com o PIM, a verificação do adestramento é missão de
grande relevância do Cmt, que acompanhará a execução de todas as fases dos
módulos de adestramento.
c) Ao final do exercício de adestramento, a F Adst deve ser submetida a um exer-
cício de tiro real que permita o máximo emprego dos armamentos de dotação de
forma combinada para o cumprimento de uma missão de combate.
d) São premissas para a correta organização e funcionamento do exercício:
1) definição das funções e relações de comando dentro da DirEx, definindo
responsabilidades de observação, controle e arbitragem;
2) consciência situacional de todos os integrantes, através da distribuição da
documentação do exercício;
3) interferência pronta e oportuna quando assim for exigido; e
4) máxima exploração da iniciativa dos executantes.
3.2.1.13.5 Análise Pós-Ação e Relatórios
a) Após o encerramento do exercício é feita uma análise cuidadosa dos dados
colhidos durante a atividade, verificando os pontos fortes, oportunidades de me-
lhoria, os conhecimentos de interesse doutrinário, além de informações gerais
do exercício, para subsidiar a realização da APA final e a confecção do relatório
de adestramento.
b) De acordo com os programas-padrão de adestramento básico e avançado a
avaliação do adestramento é de responsabilidade do Comandante de OM. Sendo
destacado ainda, de acordo com os referidos programas de padrão de adestra-
mento, que ela tem por objetivo:
1) apreciar o nível de preparação orgânica atingido no adestramento anual,
visando à concretização da operacionalidade da OM;
2) apreciar a amplitude da preparação alcançada no adestramento de mobili-
zação ou de prorrogação de tempo de serviço inicial, visando ao desenvolvimento
da eficiência operacional e à produção do poder de combate
3) identificar as deficiências existentes, visando à orientação de medidas e
providências para sua correção e de aprimoramentos do próprio adestramento; e
4) orientar a APA, a ser conduzida após cada exercício de campanha realizado.

3-13
EB70-CI-11.461
c) O uso da simulação viva permite uma coleta e tratamento de dados mais
detalhada e objetiva das tarefas especificas relacionadas com os objetivos de
adestramento propostos pelos programas padrão, servindo desta forma como
ferramenta auxiliar ao comandante da OM, para apreciar a efetividade do ades-
tramento de sua tropa.
d) A apreciação realizada com a simulação viva buscar demonstrar ao Cmt da
OM a efetividade das ações realizadas pelos executantes durante a execução
dos EXERCÍCIOS.
e) Aliada à observação direta, que proporciona a mensuração da efetividade,
deve ser também considerada a observação subjetiva, onde a experiência pro-
fissional, o conhecimento doutrinário, técnico-profissional do OCA também deve
ser considerado.
f) A complementariedade da observação direta e subjetiva permite produção de
relatórios subsidiando ao Cmt da OM quanto ao adestramento de sua tropa.
g) A confecção de relatório sobre o adestramento deve abordar: objetivo, finalidade,
caracterização do exercício ou exercício de simulação virtual, caracterização da
força oponente, principais aspectos de planejamento e execução, aspectos de
planejamento e execução, aspectos doutrinários e observação (direta e subjetiva).
h) A APA será tratada em maiores detalhes no Capítulo VII, deste caderno.
3.2.2 PROCESSO DE PLANEJAMENTO
- O entendimento pormenorizado do processo de planejamento de um exercício
de simulação viva é facilitado por meio da tabela a seguir:

RESPONSÁVEL e
PRAZO FASE AÇÕES/TAREFAS
PARTICIPANTE

- Os OA são previstos no PIM, pelo COTER.


Seleção dos OA

- O Comando Aplicador deve emitir uma diretriz


de preparo para o exercício, especificando os COTER
A-1

padrões mínimos de desempenho, as tarefas e


Comando Aplicador
ações táticas a serem desenvolvidas. E, além
disso, iniciar a capacitação de quadros direcio-
nado aos OA.
Reunião do Preparo
Até o 1º Trimestre

- Retificação ou ratificação das datas e OA


previstos no PIM. COTER
da F Ter

- Orientações gerais sobre a concepção da E3 C Mil A


ROTAÇÃO. E3 GU Adst
- Definir o calendário de Adestramento baseado CA
no PIM COTER.

Tab 3 - Processo de planejamento de um Exc Sml Viva


3-14
EB70-CI-11.461

RESPONSÁVEL e
PRAZO FASE AÇÕES/TAREFAS
PARTICIPANTE

- Definir as OM a serem adestradas. COTER

Reunião do
Preparo da
Trimestre
Até o 1º

- Ajustar o calendário de reuniões. E3 C Mil A

F Ter
- Apresentar as possibilidades da Simulação E3 GU Adst
Viva. CA

- Apresentação sobre a sistemática dos exercí-


cios envolvendo a simulação viva.
- Definição das responsabilidades do Comando
1ª Vídeo conferência

Aplicador e da composição da DirEx.


- Definição da Área de Operações (A Op). COTER
E3 C Mil A
D-120

- Apresentação inicial sobre as necessidades


logísticas. E3 GU Adst
- Definição das orientações que devem ser CA
passadas para o preparo da Força Adestrada.
- Definição do prazo para a apresentação do
planejamento operacional e estabelecimento
do tema tático.
- Preparação da documentação do exercício.
Planejamento preliminar

- Definição da DIREX (formada por elementos


do Cmdo Aplicador e Elementos da Eqp OCA).
D-120 a D-90

do exercício

- Definição da distribuição de OCA.


Comando Aplicador
- Reconhecimento preliminar dos possíveis da Força Adestrada
locais do exercício.
- Início da preparação específica da tropa
direcionada aos OA.
- Definição da Situações Geral e Particular.

- Definir os integrantes da DIREX, dentro das


COTER
Conferência

funções de combate.
2ª Vídeo

E3 GU Adst
D-90

- Definição de OCAs externos aos CA e datas


para nivelamento de conhecimento. S3 U Adst
CA
- Definição do dimensionamento da FOROP.

- Elaborar o quadro tático, o esquema de ma-


nobra, a situação geral e particular, Ordens de
Planejamento detalhado e

Alerta e as Ordens de Operações dos escalões


montagem do exercício

superiores e seus anexos.


D-90 a D-60

- Montar a Ordem de Instrução aos elementos


subordinados envolvidos no exercício. DIREX
- Definir o Calendário geral do exercício. (EM Cmdo Aplicador)
- Definição do inimigo/FOROP e emissão do
Caderno de informações do inimigo (vermelho).
- Ratificar a A Op.
- Elaborar a Matriz de sincronização de eventos.

Tab 3 - Processo de planejamento de um Exc Sml Viva (continuação)

3-15
EB70-CI-11.461

RESPONSÁVEL e
PRAZO FASE AÇÕES/TAREFAS
PARTICIPANTE
- Rec da A Op do Exe Sml Viva e das insta-
1ª Reunião de coordenação e reconhecimento inicial lações para alojamento de pessoal e acon-
dicionamento de material de simulação.
- Verificar a distribuição de recursos e das ne-
cessidades logísticas para os exercícios.
- Confirmar os detalhes do Exercício de Sml
Viva:
a) comando aplicador, DIREX, F Adst e FO- Diretor da Rotação
ROP (externa ao CA, SFC); Ch DIREX E3 e E4
D-60

b) constituição da Eqp OCA e observadores GU Adst


(CA e outras OM); S3 U Adst
c) situação dos suprimentos Cl I, III e V e
apoio de Vtr;
d) bases de apoio: alojamentos, acampa-
mento, armazenagem de material, locais das
refeições, etc; e
e) orientações para o Apronto Operacional da
F Adst (QDMP e simulacros, SFC).

- Entrega da Documentação do Exercício de


Rotação (OI, O Op, Pl Log e Pl Seg).
2ª Reunião de coordenação e

- Apresentação do Planejamen-
reconhecimento final

to da Rotação pelo Diretor da Rotação.


- Apresentação da DIREX. Dir da Rotação
- Apresentação das orientações dos CA à F DIREX (todos) E3 e
D-30

Adst e à DIREX. E4 GU Adst CA S3


- Apresentação das regras de engajamento. U Adst
- Rec da A Op do Exe Sml Viva, bases de Op e
das instalações para a Sml Virtual (fora de sede).
- Retificação ou ratificação das considerações
logísticas;
seleção da figuração
Adestramento espe-
cífico da FOROP e

- Realizar o adestramento específico da FO-


ROP para a situação tática a ser executada.
D-30 a

(SFC)
D-20

Cmdo da FOROP
- Realizar seleção e ensaios com a figuração
do exercício (se for o caso).
dos baremas
Elaboração

- Realizar a junção de “o que fazer” (padrão DIREX


D-30

mínimo) com o “como fazer” (doutrina) para


preparar os baremas. Equipe OCA

Tab 3 - Processo de planejamento de um Exc Sml Viva (continuação)

3-16
EB70-CI-11.461

RESPONSÁVEL e
PRAZO FASE AÇÕES/TAREFAS
PARTICIPANTE

Adestramento
Preliminar de
Emissão do
Relatório
- Consolidar e enviar o Relatório Preliminar
D-20

F Adst
de Adestramento.

- Retirada de dúvidas sobre questões opera- Dir da Rotação


cos e operacio-

cionais e logísticas.
Ajustes logísti-

- Teste dos equipamentos da simulação DIREX (todos)


D-15

construtiva e virtual, com as cartas e frações E3 e E4 GU Adst


nais

inseridas nos sistemas. CA


- Inspeção dos locais de adestramento.
- Confirmação dos efetivos participantes. S3 U Adst

- Realizar a ambientação e a distribuição dos


DSET.
Preliminares

- Apresentar as regras de engajamento do


Instruções
D-7 a D-1

exercício. DIREX
- Execução de Módulos Didáticos de Adestra- Equipe OCA
mento, pela Força Adestrada, a fim de atender
as tarefas críticas a serem realizadas durante
o exercício.
Operacional
Apronto

DIREX
D-1

- Realizar o apronto operacional.


F Adst

- Executar o exercício proposto.


Execução do exercício.

- Realizar a execução do tiro real “live fire”.


- Controlar a execução dos PMS.
DIREX
D a D+7

- Realizar APA parciais.


- Coleta de subsídios para as APA parciais e Equipe OCA F Adst
final. FOROP
- Realizar a tabulação dos resultados obtidos
baseado na lista de PMS, nos tiros reais rea-
lizados e nos demais aspectos observados.
- Realizar o tratamento dos dados colhidos
durante o exercício para subsidiar a realização
da APA final;
- Identificar pontos fortes e as oportunidades
APA e Relatórios

de melhoria;
D+7 a D+14

- Consolidar no relatório final as informações


gerais do exercício e os aspectos abordados
DIREX
na APA; e
- Identificar conhecimentos de interesse para
a Doutrina.
- Preenchimento das lições aprendidas no
SADLA (SFC).
- Encaminhamento do Relatório final ao COTER
e ao Comando Aplicador.
Tab 3 - Processo de planejamento de um Exc Sml Viva (continuação)

3-17
EB70-CI-11.461

3-18
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO IV
MEIOS DE SIMULAÇÃO DE ENGAJAMENTO TÁTICO

4.1 DEFINIÇÃO
4.1.1 Os Meios de Simulação de Engajamento Tático (MSET) são um conjunto
de dispositivos e meios que auxiliam a simulação de um evento de combate,
conferindo a este alto grau de realismo, provocando efeitos físicos e psicológicos
sobre o comportamento dos participantes do exercício, mais próximos aos vividos
em um combate real. Permitem a mensuração objetiva ou subjetiva dos efeitos
provocados durante a sua utilização.
4.1.2 Pode-se dividir os MSET em dois grupos: os DSET e os Meios Auxiliares
de Simulação (MAS).

4.2 DISPOSITIVO DE SIMULAÇÃO DE ENGAJAMENTO TÁTICO


4.2.1 DSET
- É o conjunto de equipamentos eletrônicos que simula os efeitos provocados
por um engajamento tático, mensurando objetivamente os resultados advindos
do confronto de fogos diretos e indiretos, entre oponentes ou amigos (caso de
fratricídio), ou de ações remotas. Os equipamentos evoluem de acordo com o
avanço tecnológico, no entanto, pode-se considerar que são divididos em quatro
tipos: o ativo, o passivo, o conjugado e o complementar.

Fig 7 - DSET

4-1
EB70-CI-11.461

4.2.2 DSET ATIVO

- É aquele que, quando acionado,


reproduz o efeito de um artefato
bélico. Podem ser incluídos nesta
categoria os seguintes meios: ar-
mas, minas, granadas, armadilhas,
simuladores de gás, dispositivos de
saúde em campanha e primeiros-
-socorros, equipamentos de enge-
nharia, simuladores de artilharia e
Fig 8 - Simulador CSR 84 mm Carl Gustaf
qualquer outro dispositivo que cau-
se um efeito ao homem, ao material
e/ou à instalação. Geralmente o elemento ativo do DSET é composto por um
emissor de raio laser ou radiofrequência que pode simular os meios já citados
ou podem ser acoplados aos meios reais (armas, espargidores, armadilhas,
equipamentos etc.).

4.2.3 DSET PASSIVO

- É aquele que, individualiza o homem, material


e/ou instalação, e que quando sensibilizado
pelo elemento ativo, interagirá com o primeiro,
gerando um resultado mensurável, simulando
virtualmente os efeitos provocados pelo tipo
de artefato que o sensibilizou. Geralmente o
elemento passivo do DSET é composto por
sensores vestidos pelos homens e colocados
em materiais, viaturas e instalações. Fig 9 - PDD (Personal Detector
Device)

4.2.4 DSET CONJUGADO


- É aquele que reúne as caracte-
rísticas do DSET Ativo e Passivo,
reproduzindo os efeitos dos ar-
mamentos e individualizando o
material. Ex.: DSET BT-46 para
VBC CC.
Fig 10 - DSET conjugado (BT46 para
VBC CC Leopard 1A5 Br)

4-2
EB70-CI-11.461

4.2.5 DSET COMPLEMENTAR


- É aquele que permite o acom-
panhamento e o controle dos
eventos gerados pelos elemen-
tos ativo e passivo. Fazem parte
do conjunto DSET, mas não são
empregados pela F Adst e sim
pela DIREX, como os OCA, por
exemplo. A finalidade do DSET
Complementar está em gerar
ações ou coletar dados nos
elementos ativo e/ou passivo de
acordo com a proposta dos even- Fig 11 - DSET complementar (Manpack Gamer – Ferra-
menta de Controle do Exercício)
tos e regras de engajamento.

4.3 MEIO AUXILIAR DE SIMULAÇÃO


4.3.1 Os Meios Auxiliares de Simulação (MAS) são o conjunto de técnicas e meios
pessoais e materiais que simulam eventos que não possam ser reproduzidos
pelo DSET, seja pela impossibilidade tecnológica, seja pela sua inexistência.
Este conjunto auxilia na criação de um ambiente mais realístico, enriquecendo
o cenário de combate, e permite a mensuração subjetiva de eventos propostos
pelo exercício de adestramento. Os MAS são divididos em: figuração ou figurante,
simulação ou simulacro e efeitos.
4.3.1.1 Figuração ou Figurante
- É o grupo de pessoas ou indivíduo isolado e que, mesmo estando no cenário
de combate fora do exercício de dupla ação, podem estar portando os sensores,
quando apoiado por um CA, para a verificação de danos colaterais e aumento
do realismo.
4.3.1.1.1 Os elementos da figuração não possuem liberdade de manobra, atuando
de acordo com um roteiro pré-determinado pela DIREX e reagindo aos estímulos
e respostas da F Adst também de forma pré-determinada.
4.3.1.1.2 O papel da figuração é provocar uma reação por parte da F Adst e
proposta pelo OA. São exemplos de figuração: militares e civis feridos ou mortos
(maquiados), refugiados, relocados, prisioneiros de guerra, população civil, in-
formantes e elementos de inteligência, tropas amigas e qualquer outro indivíduo
ou grupo de pessoas que interajam com a F Adst sem se engajar por iniciativa

4-3
EB70-CI-11.461
própria e que devam adotar um comportamento previamente definido.
4.3.1.1.3 A figuração pode ser empregada para representar uma força inimiga
durante a fase da formação básica, neste caso passa a compor a figuração ini-
miga devendo:
a) representar, nos diversos locais selecionados pela direção do exercício, o
dispositivo inicial do inimigo;
b) representar, posteriormente, nos diversos eixos e locais de incidentes selecio-
nados pela direção do exercício ou arbitragem, conforme o tipo de exercício, os
elementos inimigos determinados; e
c) representar, de acordo com as convenções estabelecidas, as situações con-
sequentes de sua atuação, conforme determinado pela direção do exercício ou
arbitragem.
4.3.1.1.4 Principais características da FIGURAÇÃO:
a) contextos específicos;
b) atividades limitadas;
c) não tem liberdade de manobra;
d) conhece o quadro de eventos do exercício; e
e) atua conforme previamente estabelecido pela DIREX.
4.3.1.2 Simulação ou Simulacro
4.3.1.2.1 É o conjunto de instalações, meios (de emprego militar ou não) e animais
que, também, enriquecem o cenário de combate, podendo ser reais ou fantasia-
dos, orgânicos da tropa adestrada ou não. Os simulacros podem substituir armas,
munições, explosivos e equipamentos (inertes ou que não tenham similares em
DSET), desde que possuam as mesmas características dos meios reais em forma,
volume e peso, e que tenham sido aprovados pela DIREX.
4.3.1.2.2 A finalidade da simulação é criar, no ambiente, características similares
aos locais onde a F Adst poderá atuar. Cabe ressaltar que a simulação é imposta
e/ou autorizada pela DIREX, introduzida no cenário pela direção ou pelas forças
em adestramento, seguindo padronizações prévias. São exemplos de simulação/
simulacro: instalações a serem preservadas, como Postos de Distribuição (P Distr)
qualquer classe, instalações e equipamentos de comando e controle e guerra
eletrônica, viaturas, aeronaves e embarcações (militares ou civis, com ou sem
sensores), engenhos explosivos, como Munição (Mu) de morteiros, Mu canhões,
Mu obuses, AT-4, explosivos, minas, etc – sendo de salva ou totalmente inertes), e

4-4
EB70-CI-11.461
outros equipamentos de demolições, equipamentos para organização do terreno,
rebanhos, víveres, dentre muitos outros.

Fig 12 - Simulacro de Granada de Mão MK2 e de Munição de Mrt 81mm

4.3.1.2.3 É importante frisar que viaturas, embarcações, aeronaves, armas e


equipamentos, todos reais, que não dependam de simulações para o seu funcio-
namento, que sejam orgânicos e que não tragam riscos iminentes à integridade
física dos indivíduos, quando empregados e/ou transportados, não se constituem
como simulacros.
4.3.1.3 Efeitos
4.3.1.2.1 São o conjunto de atividades que simulam condições e ações dentro
de um cenário de combate. Entende-se, nesse bojo, fenômenos-consequências
das ações amigas ou inimigas e/ou fenômenos naturais factíveis de simulação. A
finalidade dos efeitos no cenário de combate é influenciar os sentidos humanos
da F Adst por meio de efeitos sonoros, visuais e olfativos (se for o caso), bem
como criar ações que não são controladas pelos atores. Pode-se exemplificar a
simulação de efeitos como: lançamento de cargas (real ou fantasiada), entrega de
suprimentos de qualquer classe, ligações, substituições, explosões e pirotecnia em
geral, destruições (reais ou não), lançamento de fumígenos e agentes Químico,
Biológicos, Radiológicos e Nucleares (QBRN), sonorização de armas, veículos e
outros ruídos de combate, criação de atoleiros, rastros, maquiagens de mortos e
feridos, dentre vários outros.
4.3.1.2.2 Para a simulação do efeito de um armamento, explosão ou estilhaço,
é utilizado, também, o cartão de baixa, que estipulará o tipo de ferimento sofrido
pelo militar, dependendo de qual foi a sua causa. Este tipo de procedimento é

4-5
EB70-CI-11.461
coordenado pelo OCA e sua forma de atuação, neste caso, será abordada no
Capítulo do OCA sobre instrumentos para coleta subjetiva.

CARTÃO DE BAIXA
NÚMERO DE ORDEM TIPO DE FERIMENTO

FERIDA NO ABDÔMEN POR FRAGMENTO


19
ESTRANHO

URGÊNCIA DO FERIMENTO SITUAÇÃO DO FERIDO

INCONSCIENTE.
DEITE-SE.
URGENTE
NÃO ANDE E NEM FALE.
NÃO PRESTA NENHUM AUXÍLIO À TROPA.

INFORMAÇÕES AO ATENDENTE INFORMAÇÕS COMPLEMENTARES

QUANTIDADE MODERADA DE SANGUE


ESCORRENDO.
-
DOR FORTE.
OBJETO ESTRANHO NA FERIDA.

Tab 4 - Exemplo de Cartão de Baixa

4-6
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO V
OBSERVADOR E CONTROLADOR DO ADESTRAMENTIO

5.1 GENERALIDADES
5.1.1 O OCA, elemento essencial em um Módulo Didático de Adestramento, é o
militar designado para observar e controlar a F Adst e a FOROP.
5.1.2 Como Observador, ele observa a conduta da F Adst, o cumprimento do
previsto na base doutrinária e nas Regras de Engajamento. É o responsável pela
mensuração da eficiência operacional da F Adst, identificação das melhores prá-
ticas e das oportunidades de melhoria para uso nas Análises Pós-Ações (APA) e
para alimentar o Sistema de Acompanhamento Doutrinário e Lições Aprendidas
(SADLA).
5.1.3 Como Controlador, ele atua como árbitro e é auxiliar da DirEx na regulagem,
orientação e direção do exercício, de maneira que os objetivos sejam alcança-
dos com segurança. Ele observa e faz valer o correto cumprimento do Plano de
Segurança e das Regras de Engajamento de Exercício.

5.2 PREMISSAS DA ATUAÇÃO DO OCA


5.2.1 CONHECIMENTO PROFISSIONAL
5.2.1.1 O OCA deve ter profundo conhecimento da Doutrina, das Técnicas, Táticas
e Procedimentos (TTP), habilidades, atitudes e valores, bem como experiência
no comando de frações compatíveis com seu grau hierárquico e com o tipo e
natureza da F Adst.
5.2.1.2 Em consequência, a seleção dos militares que desempenharão a função
de OCA deve levar em consideração a formação e a capacitação técnica e tática
do OCA em relação ao elemento ou F Adst, privilegiando, no processo de seleção,
os militares mais experientes e, de preferência, hierarquicamente superiores, o
que facilita o processo.
5.2.2 NÃO INTERFERÊNCIA
5.2.2.1 O OCA não altera o cenário do combate, bem como não intervém em
decisões e ações da tropa, salvo para manter a segurança. Excepcionalmente
poderá interferir numa decisão se ela inviabilizar a continuidade do Exercício.
Normalmente esses casos de intervenções são definidos pela direção do exercício.
5.2.2.2 Para atender a esta premissa, o OCA deve buscar não ser visto durante
sua atuação, principalmente nos momentos de confronto. Contribui para isto um
bom posicionamento no campo de batalha, reduzindo sua silhueta e de sua via-
tura, desvelando-se para executar a arbitragem somente após a quebra do sigilo.

5-1
EB70-CI-11.461
5.2.2.3 A fim de evitar a interferência, o OCA deve abordar a atuação dos execu-
tantes apenas após findos os fatos na APA.
5.2.3 VIABILIZAÇÃO DO EXERCÍCIO COM SEGURANÇA
5.2.3.1 O realismo tático, o dinamismo e o grau de imersão do executante durante
o exercício dependem, sobremaneira, do bom desempenho da coordenação do
exercício/ OCA, que deve atuar de forma sincronizada e integrada, proporcionando
o desenvolvimento de ações e eventos sem solução de continuidade.
5.2.3.2 A correta viabilização do exercício depende da observância do Quadro
de Eventos e das Normas de Segurança previstas no Plano de Segurança. As
atividades que não estejam previstas no primeiro e as que violem a segunda
deverão ser reportadas imediatamente pelo OCA à DirEx.
5.2.4 ARBITRAGEM COERENTE E IMPARCIAL
5.2.4.1 O OCA não arbitra fatos que não possuírem nexo entre causa e efeito.
5.2.4.2 Exemplo: arbitrar a morte do comandante da fração para testar seu subs-
tituto sem que haja um acontecimento que o condicione, conforme as Regras de
Engajamento de Exercício.

5.3 CONDUTA E POSTURA DO OCA


5.3.1 OCA EM EVIDÊNCIA
O OCA deve estar ciente que é objeto de atenção por parte da tropa executante, e
que suas falhas, incoerências, ou sinais de despreparo são motivos de observação.
Muitas vezes, perante um OCA despreparado, os executantes tendem a desviar
a atenção das deficiências próprias e transferir para as deficiências do OCA.
5.3.2 APARÊNCIA
- O OCA deve manter o mais elevado grau de apresentação individual e de sua
viatura que as condições permitirem, com instalações sanitárias, instalações para
alimentação e pernoite separados das dos executantes.
5.3.3 POSTURA DO OCA
- Deve-se evitar consumir alimentos, utilizar celular, descansar, fumar, mascar
chicletes, demonstrar privilégios da DirEx, assim como retirar itens do uniforme
e aliviar o equipamento em frente aos executantes.
5.3.4 COMUNICAÇÃO VERBAL
- A correta comunicação favorece a interação OCA – executantes, auxiliando o
desempenho da função. Algumas práticas e condutas dentro da técnica de co-
municação verbal devem ser adotadas pelo OCA.
a) saber ouvir, dispensando real atenção e interesse ao que é dito pelos exe-
cutantes na APA;

5-2
EB70-CI-11.461
b) expressar-se com clareza, empregando palavras com significado correto e
preciso, empregando vocabulário técnico militar, evitando o uso de palavras de
baixo calão e gírias de significado subjetivo;
c) olhar diretamente nos olhos ao falar, evitando gesticulação excessiva e ríspida;
d) saber lidar com os sentimentos e emoções seus e dos executantes, compre-
endendo que os comandantes da F Adst estão em situação de elevada exigência
física e psicológica. Desenvolver a empatia, evitando afetar-se emocionalmente
com os resultados do desempenho dos executantes;
e) aguardar o momento oportuno para falar, deixando os comandantes da F Adst
assimilarem o insucesso e também aproveitar as situações de êxito;
f) estar disposto a retirar dúvidas doutrinárias. Caso o questionamento também
seja uma dúvida do OCA este deve ser sincero e buscar maiores informações
quando não as possuir; e
g) empregar corretamente as técnicas da exploração rádio, em consonância
com os manuais de emprego das comunicações.

5.4 A ATUAÇÃO DO OCA COMO OBSERVADOR


5.4.1 Como observador, o OCA monitora e acompanha com proximidade todas
as atividades dos comandantes (tarefas individuais) e da fração adestrada (tare-
fas coletivas), de maneira a perceber, explorar e registrar todos os eventos que
influenciam no desempenho. “Estar presente”, atendendo à premissa da não-
-interferência, é a chave do sucesso nesta função.

Fig 13 - Ações do observador

5-3
EB70-CI-11.461
5.4.2 O desempenho da observação requer que o OCA esteja onde a ação está
ocorrendo, observando eventos chaves e atividades com um olhar clínico, para
isso, deve conhecer o contexto e o tema tático do exercício e as Regras de En-
gajamento aplicadas.
5.4.3 O acompanhamento em proximidade pode ser realizado também com o
monitoramento da rede rádio da F Adst a partir de um posto de observação.
5.4.4 FORMAS DE OBSERVAÇÃO
- O OCA realiza a observação por meio de duas formas: Observação Objetiva e
Observação Subjetiva.
5.4.4.1 A observação objetiva
- É a observação de ações, eventos e dados que podem ser mensurados e quan-
tificados de maneira precisa, sem a participação do OCA. Ações de observação
objetiva:
a) quantitativo de baixas arbitradas pelos DSET;
b) cumprimento de prazos; e
c) cumprimento de tarefas simples previstas em base doutrinária (ações táticas).
5.4.4.2 Observação subjetiva
- É a observação de ações e eventos que não podem ser mensurados e quanti-
ficados de maneira precisa e que necessitem da participação do OCA. Ações de
observação subjetiva:
a) Quantidade de baixas arbitradas pelo OCA através de técnicas específicas
de arbitragem do engajamento; e
b) Comparações que dependam da experiência pessoal e profissional do OCA.
5.4.5 Para cada uma das ações referentes à atuação do OCA como observador
(perceber, explorar e registrar) existem técnicas, meios e premissas específicas.
5.4.6 A PERCEPÇÃO DO OBSERVADOR
5.4.6.1 Antes do exercício propriamente dito, o OCA acompanha toda preparação
e o Trabalho de Comando da fração, tomando pleno conhecimento da operação
da forma como foi planejada pelo executante.
5.4.6.2 Mobilidade do OCA
a) Durante a execução do exercício, é conveniente que o OCA possua mobilidade
independente da fração junto à qual desempenha sua função.
b) É fundamental que os meios de mobilidade do OCA (viaturas) sejam compa-
tíveis com a natureza da tropa, de maneira que ele possa se locomover pelos
mesmos itinerários.

5-4
EB70-CI-11.461
c) Deve-se atentar para a premissa da não-interferência no que diz respeito à
poluição do campo de batalha. É necessário otimizar a quantidade de viaturas,
organizando as equipes de OCA dentro de uma mesma fração, redistribuindo-os
dentro das viaturas dos executantes quando assim for necessário.
d) Quando for necessário embarcar o OCA nas viaturas dos executantes, é obri-
gatório verificar os manuais técnicos e normas de segurança no que diz respeito
à capacidade de ocupantes de cada viatura.
e) Em tropas que combatem desembarcadas, o OCA desembarca e acompanha
a ação, ou já inicia o exercício nesta situação.
f) Não existe solução padrão para o quantitativo, natureza e tipo de viatura para o
OCA ou turma OCA. A solução deve partir da Direção de Exercício, analisados os
fatores de decisão, sobretudo terreno e meios, bem como observada a premissa
da não interferência.

NATUREZA
BLINDADA MECANIZADA MOTORIZADA LEVE
DA TROPA

Viatura do
OCA

Se for o caso
Tab 5 - Sugestão de viaturas

5.4.6.3 Posicionamento do OCA


a) Como dito anteriormente, o OCA acompanha com proximidade as atividades
da fração junto à qual desempenha sua função. Dessa maneira, a regra-geral é
de que o OCA permaneça junto aos comandantes e/ou as ações principais ao
longo da execução.
b) O OCA deve se posicionar no terreno de forma que tenha melhor observação
da ação executada, de forma que não interfira ou atrapalhe a atividade (não poluir
o ambiente e não entrar nos setores de tiro).
c) Para observar um incidente específico, como um ataque à posição, combate em
recinto confinado, determinados pontos de uma progressão, o OCA pode ocupar
uma posição específica no terreno, como um posto de observação.
5.4.7 EXPLORAÇÃO DAS OBSERVAÇÕES
5.4.7.1 Ao final de qualquer ação tática, sempre que possível, o OCA deverá ex-
plorar suas observações e aos dos executantes, realizando de maneira informal
uma Análise - Pós Ação parcial no terreno.

5-5
EB70-CI-11.461
5.4.7.2 A exploração das observações através da condução da APA possibilita um
ampliamento da percepção e do entendimento dos executantes e do OCA relativo
ao ocorrido na ação tática. Desta maneira, são identificadas as melhores práticas e
as deficiências operacionais observadas durante a execução daquela ação tática.

Fig 14 - OCA explorando as ações através da APA informal

5.4.7.3 A técnica de condução de APA está descrita no Cap VII deste manual.
5.4.7.4 As observações subjetivas (deficiências operacionais ou melhores práticas)
devem ser registradas no Barema e outras ferramentas especialmente concebidas
para tal, buscando-se seguir critérios objetivos, mas sempre deixando margem
às observações subjetivas, que tem um valor especial em treinamentos no nível
tático. Todos esses registros, ou um resumo dos mais relevantes, ou mais frequen-
tes, devem ser arquivados e difundidos sob a forma de relatórios, buscando-se a
ampla difusão do conhecimento gerado em simulação virtual.
5.4.8 REGISTRO DAS OBSERVAÇÕES
5.4.8.1 O registro das observações objetivas e subjetivas do OCA, bem como
dos produtos das APA parciais executadas devem ser oficialmente registrados
pelo OCA. Eles constituirão subsídio para a DirEx na montagem da APA formal
ao final do exercício.
5.4.8.2 Após o término do exercício, o OCA acompanha todas as etapas da APA,
apresentando e explorando os eventos observados durante a execução do exer-
cício. O conhecimento é consolidado por meio de registros ou de relatórios, de
maneira a integrar a gestão de conhecimento.
5.4.8.3 A principal ferramenta para registro das observações do OCA é o Barema,
cuja definição é dada no Cap III deste manual.

5-6
EB70-CI-11.461
5.5 A ATUAÇÃO DO OCA COMO CONTROLADOR
5.5.1 Como controlador, o OCA tem funções de controle e arbitragem, com isso
viabiliza o andamento do exercício de maneira que os objetivos sejam alcan-
çados com segurança e arbitra os procedimentos adotados pelos executantes,
sobretudo, relativo às ações de embate e engajamento, conforme o estabelecido
nas Regras de Engajamento do Exercício. Ele observa o correto cumprimento do
Plano de Segurança e das Normas de Segurança, também contribuindo para o
desencadeamento das ações do Quadro de Eventos.
5.5.2 A arbitragem dos embates e engajamentos é elemento fundamental para a
imitação do combate, garantindo o ganho de realismo no exercício.
5.5.3 A arbitragem segue a premissa da coerência e imparcialidade, uma vez que
as condutas são julgadas conforme as normas. A interferência do OCA somente
ocorre com o objetivo de aumentar o realismo do exercício como, por exemplo,
arbitrar subjetivamente o efeito de uma granada.
5.5.4 Só é possível a correta arbitragem se o OCA executar uma boa observa-
ção, posicionando-se nos locais onde ocorrer o enfrentamento, em condições de
verificar e intervir nas ações.
5.5.5 Para padronizar a arbitragem, os OCA utilizam as regras de engajamento do
exercício, fornecidas pela DIREX, que têm por finalidade estabelecer padrões de
procedimento para os elementos presentes na área do exercício, com a finalidade
de corrigir distorções advindas da simulação, retratar os efeitos e a letalidade do
armamento orgânico da tropa no terreno e permitir ao OCA monitorar e arbitrar
o adestramento das tropas. Elas devem estar previstas na Ordem de Instrução
que regula o Adestramento. O Anexo B apresenta um exemplo de regras de
engajamento.
5.5.6 ARBITRAGEM OBJETIVA
5.5.6.1 A arbitragem objetiva é a técnica que possui a maior fidelidade em relação
aos resultados reais esperados, porém seus meios são operados exclusivamente
pelos centros de excelência (CI e CA).
5.5.6.2 É realizada através dos Dispositivos de Simulação de Engajamento Tático e
pelos softwares de simulação descritos no Cap IV. Estes equipamentos, utilizando
emissão rádio e laser, bem como equações matemáticas, são capazes de avaliar
e reproduzir os efeitos dos engajamentos de maneira fidedigna em tempo real.
5.5.6.3 É fundamental que o OCA tenha plena capacidade de operação nos DSET
empregados na fração junto à qual ele desempenha atividade. Isto possibilita a ele
interferir nos dispositivos para reajustar, reconfigurar e recalibrar. Também é por
meio do conhecimento das possibilidades e limitações que o OCA pode discernir
para o emprego da arbitragem subjetiva.

5-7
EB70-CI-11.461
5.5.7 ARBITRAGEM SUBJETIVA
5.5.7.1 A arbitragem subjetiva é técnica que possui menor fidelidade em relação
aos resultados reais esperados, porém necessita de recursos disponíveis para
toda a tropa.
5.5.7.2 É realizada pelo OCA, através da técnica e de meios auxiliares, a saber:
tabelas de avaliação do engajamento, painéis e identificadores, tela código, cartões
de baixa e destruição.
5.5.7.3 É empregada quando houver limitação de DSET ou este for inexistente.
5.5.7.4 Pelo emprego de material de baixo custo esta é a técnica de arbitragem
disponível para que os Corpos de Tropa executem exercícios táticos mais realistas
e com maior aproximação à imitação do combate.
5.5.7.5 O detalhamento da Técnica de Arbitragem Subjetiva será apresentado
no Cap VIII.
5.5.8 LIMITES DA ATUAÇÃO E RESPONSABILIDADE NO CONTROLE DO
EXERCÍCIO
5.5.8.1 Responsabilidade da DirEx e do OCA
5.5.8.1.1 A DirEx é a responsável pela segurança no que concerne aos riscos que
os executantes serão submetidos por imposição do exercício.
5.5.8.1.2 São exemplos de responsabilidade da DirEx e do OCA, em consonância
com o previsto nas normas de segurança:
a) reconhecer e balizar as áreas de risco durante a modelagem do cenário;
b) recolher a munição real e distribuir a munição de festim aos comandantes das
forças;
c) certificar-se da exequibilidade do exercício no que diz respeito à restrição de
sono;
d) certificar-se da viabilidade dos eixos e áreas que serão utilizadas em relação
à segurança das mesmas;
e) identificar e interferir quando os baixos níveis de suprimento de água implicarem
em risco de desidratação;
f) identificar e interferir quando as condições atmosféricas implicarem em risco
de descargas elétricas e outros;
g) certificar-se de que os executantes estão realizando os procedimentos de
segurança com o armamento antes e depois do exercício;
h) verificar e controlar ao máximo o não envolvimento de pessoal alheio ao exer-
cício no ambiente operacional; e

5-8
EB70-CI-11.461
i) Os próprios executantes são responsáveis pelos seus procedimentos individuais
ou coletivos orgânicos.
5.5.8.2 O OCA só interferirá nos casos de possibilidade de risco de vida, perda de
membro, visão ou outros casos conforme o Plano de Segurança. Cabe salientar
que nestes casos o OCA só é responsável se estiver em condições de observar
tais riscos.
5.5.8.3 São exemplos de responsabilidade dos executantes:
a) A correta operação conforme os manuais técnicos dos armamentos, sistemas
de armas e viaturas;
b) Controle da munição e procedimentos de segurança orgânicos do armamento;
c) O gerenciamento do repouso da própria tropa; e
d) O gerenciamento dos níveis de suprimento Cl I.
5.5.8.4 Nos casos onde não couber a pronta interferência, o OCA deverá orientar
os usuários sobre procedimentos de segurança.
5.5.9 SEGURANÇA CONTRA ELEMENTOS EXTERNOS
5.5.9.1 Compete ao OCA e aos membros da DIREX a segurança contra elementos
externos ao exercício. Desta maneira, é aconselhável que eles sejam os únicos
militares portando munição real durante a execução.
5.5.9.2 Podem existir casos em que a segurança dos executantes exija acréscimo
de medidas contra elementos externos como, por exemplo, emprego de fuzis.
Nestes casos, a segurança contra elementos externos deve ser reforçada por
militares sob o controle da DirEx.
5.5.9.3 Em outros casos caberá à Direção de Exercício, regulando no Plano de
Segurança e orientando o OCA e os executantes, determinar maiores medidas
de segurança.
5.5.10 CONGELAMENTO TÁTICO
5.5.10.1 O congelamento tático é uma medida de coordenação e controle de curto
período, de tempo determinado pelo OCA, limitado em abrangência no espaço e
nos participantes, durante o qual fica proibida a tomada de qualquer atitude por
parte dos executantes.
5.5.10.2 Para fins de segurança o OCA deve utilizar o congelamento das ações
para interferir, comandado por voz, rádio ou gestos. Essa medida é empregada
quando observados atos atentatórios à segurança definidos nas normas de segu-
rança do exercício ou que impliquem em risco a vida, perda de membro ou visão.
5.5.10.3 Para fins de adestramento, o OCA pode utilizar o congelamento das
ações para interferir, comandado por voz, rádio ou gestos. Essa medida é empre-
gada quando o incorreto procedimento em uma ação tática possa inviabilizar a
5-9
EB70-CI-11.461
consecução dos objetivos do exercício. Neste caso, o OCA deve congelar toda a
ação e reiniciá-la após uma Análise Durante a Ação (ADA), registrando o ocorrido.
5.5.10.4 As situações onde o congelamento tático para fins de adestramento está
autorizado devem constar na Ordem de Instrução ou seus Anexos.
- Exemplo de situação: entrada em itinerário de progressão oposto ao previsto
após o abandono de zona de reunião. Depois de constatado pelo OCA que o
comandante de pelotão não possui condições para perceber o erro e reajustar,
pode ser comandado um congelamento tático.
5.5.11 A premissa de viabilizar a execução do exercício com segurança deve ser
atendida sem prejuízo da premissa da não interferência. Desta maneira, o OCA
interfere apenas nos casos previstos no Plano de Segurança para proporcionar
a melhor execução da manobra, mas sem tolher a liberdade de ação dos exe-
cutantes.

5.6 O OCA NA ESTRUTURA DE DIREÇÃO DO EXERCÍCIO


5.6.1 A equipe OCA normalmente é o conjunto dos OCA que estão inseridos no
exercício, dividida em equipe OCA F Adst e equipe OCA FOROP.
5.6.2 Dentro das equipes, os OCA se reúnem em turmas de OCA (Tu OCA), que
são grupos de OCA que desempenham a sua função junto a uma mesma fração.
5.6.3 É necessário que exista a equipe OCA FOROP a fim de que esta força seja
controlada e arbitrada. Embora a mensuração do desempenho da FOROP não
seja o objetivo do exercício, a observação de suas ações permite a arbitragem
correta do exercício e análises doutrinárias.
5.6.4 É desejável que o OCA participe do planejamento do Exercício de Adestra-
mento, assessorando quanto à escolha dos meios e das técnicas de simulação
conforme os objetivos e intenção do Comandante, auxiliando a confecção da
documentação do exercício.
5.6.5 Não é desejável que as equipes de OCA atuem sucessivamente em dois
exercícios ou mais, tendo em vista a sua preparação, participação no planejamento
da F Adst, bem como na posterior confecção de relatórios.
5.6.6 A definição e a composição da equipe de OCA variam de acordo com a
complexidade do exercício, assim como a composição de uma DIREX (há um
exemplo de composição da DIREX e Equipe OCA no Capítulo III). A figura a seguir
ilustra um exemplo de composição e organização entre DIREX – OCA para um
treinamento nível SU, considerando as diversas F Cmb, a atuação do inimigo e
a composição de meios dos elementos executantes:

5-10
EB70-CI-11.461
5.6.7 A TURMA OCA
5.6.7.1 Assim como a equipe OCA, a turma OCA possui composição variável de
acordo com o escalão, a complexidade e a natureza da tropa.

Fig 15 - Exemplo de composição e organização dos OCA

5.6.7.2 É necessário que cada fração em treinamento tenha, no mínimo, um OCA


acompanhando seu adestramento. Algumas F Cmb, por suas especificidades
técnicas de emprego da arma ou pelas características, também poderão contar
com a atuação de OCA específico.
5.6.7.3 É desejável que a turma OCA de cada fração nível Pelotão possua no
mínimo 3 militares, a fim de prover observação, controle e segurança, bem como
arbitragem, em tempo integral, proporcionando descanso ao OCA.
5.6.7.4 No que diz respeito à observação, é interessante que exista OCA oficial
e OCA graduado dentro da fração, uma vez que são distintas as capacidades
destes militares no que diz respeito à percepção.
5.6.7.4.1 O graduado, por seu perfil profissional, é capaz de perceber observa-
ções mais precisas no que tange aos procedimentos e técnicas na execução das
tarefas. O oficial, por seu perfil profissional, é capaz de perceber observações
mais precisas no que tange à tática na execução das tarefas.

5-11
EB70-CI-11.461
5.7 PREPARAÇÃO DO OCA
5.7.1 CAPACITAÇÃO INTELECTUAL
5.7.1.1 O OCA deve passar por uma capacitação específica para o desempenho
da função. A preparação do OCA deve contemplar: a capacitação na operação
dos equipamentos de simulação, a revisão doutrinária, o conhecimento do Tema
Tático, das Regras de Engajamento do Exercício, da matriz de sincronização dos
eventos, das normas de segurança e da metodologia de APA.
5.7.1.2 No Centro de Adestramento esta capacitação é realizada através do Es-
tágio de OCA, regulado em portaria própria.
5.7.1.3 É possível que as GU e U dos Corpos de Tropa, empregando militares
especializados pelo Centro de Adestramento, conduza a capacitação interna do
OCA para seus exercícios orgânicos, com base no mesmo Programa de Estágio.
5.7.1.4 Quanto mais complexo o exercício, mas se faz necessária a preparação
dos responsáveis na condução, integrando principalmente o trabalho da DIREx
com o dos OCA, nivelando e colocando todos em um mesmo patamar de conhe-
cimento e preparação.
5.7.2 PREPARAÇÃO MATERIAL
5.7.2.1 Para cumprir sua missão, o OCA deverá ter em mente que acompanhará a
fração durante toda a execução do exercício. Para isso, é preciso que ele prepare
seu fardo aberto, de combate e de bagagem no padrão similar ao da F Adst e,
também, equipamentos de proteção individual como óculos de proteção, protetor
auricular, luvas e outros julgados necessários.
5.7.2.2 Material específico para a atividade de observação: binóculos, OVN, ma-
terial de anotação, baremas, carta e calco com a manobra da F Adst, DRR da F
Adst, rádio sintonizado na frequência da F Adst, gorro de identificação (verde no
caso dos integrantes de CA) e painéis de identificação de viaturas.
5.7.2.3 Material específico para a atividade de controle do exercício: matriz de
sincronização de eventos, regras de engajamento do exercício, plano de seguran-
ça, apito, relação de códigos de identificação alfanuméricos, tabelas de distância,
blindagem e poder de penetração do armamento da F Adst, tela código, rádio
sintonizado na frequência da rede OCA e do suporte técnico da DIREX.
5.7.3 PADRONIZAÇÕES
5.7.3.1 Como forma de diferenciar o OCA dos executantes, os OCA deverão utilizar
uma identificação no gorro conforme sugerido na figura abaixo.

5-12
EB70-CI-11.461

Fig 16 - Exemplo de identificação do gorro do OCA com adesivo reflexivo


(pode ser feita com esparadrapo)

5.7.3.2 Como forma de diferenciar as viaturas dos executantes com as viaturas


do OCA e da Dir Ex, elas deverão utilizar painéis de identificação em todas as
fases, conforme sugerido a seguir:

Fig 17a - Exemplo de painel de identificação para viaturas

Fig 17b - Exemplo de painel de identificação para viaturas

5-13
EB70-CI-11.461

Fig 17c - Exemplo de painel de identificação para viaturas (continuação)

Fig 18 - Exemplo de painel de danos de Vtr

Fig 19 - Exemplo de representação de obstáculo

5-14
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO VI
FORÇA OPONENTE E FIGURAÇÃO

6.1 FORÇA OPONENTE


6.1.1 A FOROP é a representação de uma força militar e/ou paramilitar flexível,
representando uma Doutrina, Organização, Adestramento, Material, Educação,
Pessoal e Infraestrutura (DOAMEPI) próprios, compostos de capacidades varia-
das das forças militares ao redor do mundo a que se pode enfrentar no campo
de batalha.
6.1.2 Apesar de a Força Oponente ser, a princípio, uma ferramenta de treina-
mento, ela pode ser usada para outros propósitos como, por exemplo, para o
desenvolvimento de capacidades específicas que não requeiram a simulação do
“mundo real”, podendo, assim, ser usada para se apresentar como uma ameaça
e/ou inimigo específico.
6.1.3 A FOROP age como uma tropa inimiga desdobrada no cenário e tem a
finalidade de aumentar o realismo do adestramento, levando a F Adst a tomar
decisões frente a situações inesperadas.
6.1.4 Portanto, a FOROP deve portar-se como um inimigo o mais próximo possí-
vel da realidade, dotado de liberdade de ação, capaz de estabelecer medidas de
segurança, de manobrar adequadamente e de realizar um planejamento sumário
de suas ações.
6.1.5 Para a manutenção do grau realismo, a FOROP tem uma ampla liberdade
de manobra e age de acordo com a diretriz de seu escalão superior, doutrina,
planejamento prévio e desdobramentos da operação gerados pelos movimentos
da F Adst.
6.1.6 Como enfatiza o SIMEB nos casos de exercícios de dupla ação “Os partidos
oponentes têm relativa liberdade de ação, sendo sancionados somente quando
atuarem fora das regras preestabelecidas, quando contrariarem princípios dou-
trinários, ou quando agirem de modo visivelmente equivocados.”
6.1.7 A doutrina da FOROP é variável de acordo com os OA que se buscam atin-
gir no exercício. Podendo usar a doutrina semelhante à do Exército Brasileiro ou
de acordo com as publicações escolares do Inimigo em casos de exercícios nos
quais se busca adestrar a F Adst em um contexto de guerra regular.
6.1.8 Em uma outra situação, a FOROP pode ter uma doutrina híbrida ou até
mesmo inexistente, no caso de um exercício em contexto de combate irregular.

6-1
EB70-CI-11.461
6.1.9 CONSTITUIÇÃO
- A FOROP, sempre que possível, deve ser constituída de elementos do efetivo
profissional, por uma fração com integridade tática e adestramento suficientes para
gerar um nível de resistência considerável no combate simulado ante a F Adst.
6.1.10 SUBORDINAÇÃO
6.1.10.1 A DIREX deverá designar um Oficial responsável para coordenar as
ações da FOROP, que pode ser o responsável pela F Cmb Inteligência. Isso visa
orientar o quadro tático da FOROP de acordo com os OA que se espera atingir
pela F Adst. Ao mesmo tempo, visa preservar os sigilos das ações dessa fração
em relação aos demais integrantes do exercício.
6.1.10.2 Principais características da FOROP:
- iniciativa própria;
- liberdade de manobra;
- princípio da surpresa;
- constantes desafios à F Adst; e
- pode obter o êxito em suas operações.

6.2 DIFERENÇA ENTRE FORÇA OPONENTE E FIGURAÇÃO


6.2.1 A FOROP não se confunde com a figuração no exercício, visto que a figuração
é inserida em contextos específicos do exercício e tem suas atividades limitadas
aos objetivos determinados pela DIREXem um determinado PMS.
6.2.2 Já a FOROP age por iniciativa própria devendo ter liberdade de manobra para
utilizar-se dos princípios da surpresa e da manobra de acordo com o desenrolar
do combate simulado, trazendo constantes desafios a F Adst.
6.2.3 ALGUMAS DAS DIFERENÇAS ENTRE FOROP E FIGURAÇÃO

FOROP FIGURAÇÃO

- Possui liberdade de manobra, desde que - Possui limitada ou nenhuma liberdade de ma-
dentro da ordem de operações Simuladas pelo nobra e tem suas ações planejadas e reguladas
seu escalão superior. pela DIREX com a finalidade de mobiliar PMS.

- Atua como uma tropa adversa que, utilizando- - Atua dentro de um roteiro programado e en-
-se de técnicas de combate, busca atingir saiado com a finalidade de simular um problema
um objetivo tático pré-determinado pelo seu militar, visando alcançar determinada reação
escalão superior. da F Adst.

Tab 6 - Diferenças entre FOROP e figuração

6-2
EB70-CI-11.461

FOROP FIGURAÇÃO

- Tem sua ação centrada no OA do PMS pla-


- Tem sua ação centrada no seu objetivo tático.
nejado

- Possui adestramento. - Não possui adestramento.

Tab 6 - Diferenças entre FOROP e figuração (continuação)

6-3
EB70-CI-11.461

6-4
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO VII
ANÁLISE PÓS-AÇÃO (APA)

7.1 GENERALIDADES

7.1.1 No que diz respeito a APA, o Exército Brasileiro possui O Caderno de Ins-
trução de Análise Pós-Ação, EB70-CI-11.413 que é destinado a abordar todos os
aspectos dessa atividade.

7.1.2 Do exposto, os itens a seguir apresentam uma síntese dos principais con-
ceitos afetos à condução da APA em um Exercício de Simulação Viva.

7.2 OBJETIVOS DA APA


7.2.1 Permitir que os indivíduos em avaliação participem ativamente do processo
para gerar conhecimento pessoal e institucional.
7.2.2 Apontar os procedimentos, as táticas e as técnicas operacionais que de-
verão ser retificadas para o aperfeiçoamento de sua capacitação operacional ou
ratificadas em práticas futuras.
7.2.3 Identificar as lições aprendidas, as melhores práticas, os pontos fortes e as
oportunidades de melhoria, evitando a repetição de erros e reforçando os acertos.
7.2.4 Fornecer dados para a confecção dos relatórios e para posterior alimentação
da SADLA, se for o caso

7.3 CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DA APA NO EXERCÍCIO DE SIMULAÇÃO


VIVA
7.3.1 É uma atividade que, se planejada e executada de forma eficiente e opor-
tuna, permite reunir conhecimentos de qualidade quando os dados ainda estão
frescos na mente dos militares.
7.3.2 Devendo ser conduzida por intermédio de um diálogo franco e produtivo entre
os participantes da ação e não tem o objetivo de julgar sucessos ou fracassos.
7.3.3 A finalidade da APA é verificar “o que aconteceu”, concentra-se no “porquê
aconteceu” e no “como corrigir”. O processo é completamente interativo e o ele-
mento executante, com a participação dos observadores, é que deve identificar e
corrigir suas próprias deficiências. Assim, da interação entre o comando aplicador
e os executantes deve surgir a solução mais adequada para o cumprimento da
missão imposta.

7-1
EB70-CI-11.461
7.3.4 A gestão do conhecimento produzido em treinamentos baseados em si-
mulação é a atividade que compreende a produção, análise, registro e difusão,
gerando um sistema cíclico de aperfeiçoamento, a implementação de melhorias
e a elevação dos padrões de desempenho.

Fig 20 - APA Parcial até Pós APA Final

7.4 ANÁLISE DURANTE A AÇÃO


7.4.1 A Análise Durante a Ação (ADA) consiste em uma pequena intervenção do
OCA ou instrutor durante a execução do treinamento, com ou sem a interrupção
temporária deste, imediatamente após a ocorrência de um evento ou incidente
de grande relevância em relação ao objetivo da sessão. É uma forma de análise
bastante recomendada em duas situações: em treinamentos curtos na operação
de um equipamento, para instruendos inexperientes ou em treinamentos táticos
e complexos de longa duração para tropas pouco adestradas.
7.4.2 No primeiro caso, a ADA é aplicada para que a tropa inexperiente evite a
prática errada, desenvolvendo hábitos, memórias e comportamentos incompatíveis
com a operação do equipamento. O instrutor não pode permitir a continuidade
de procedimentos errôneos ao longo do treinamento de operação, tendo em
vista que a prática errada interfere de forma muito mais poderosa no processo
ensino-aprendizagem do que algumas observações verbais após o treinamento.

7-2
EB70-CI-11.461
7.4.3 No segundo caso, a ADA é aplicada para que aquela tropa não dê conti-
nuidade ao processo de adestramento, desenvolvendo ações táticas a partir de
decisões errôneas ou execuções controversas. Em cenários táticos complexos
realizados com um volume significativo de erros, não havendo a ADA quando
necessária, quando da realização da APA a tropa terá a impressão de que todo
o trabalho – normalmente longo, foi em vão, e de que o instrutor “deixou” a tropa
errar para realizar correções só no final.
7.4.4 A ADA, no entanto, deve ser evitada em situações em que o adestramento
seja caracterizado por um alto grau de imersão tática, e que dessa característica
dependa o sucesso da avaliação de seu desempenho ou de seu aprendizado.
A realização da ADA, apesar de bastante didática para fins de aprendizado, tem
o efeito colateral de “extrair” o executante do seu ambiente de adestramento,
comprometendo o realismo tático do exercício.

7.5 OS TIPOS DE APA NO EXERCÍCIO DE SIMULAÇÃO VIVA


7.5.1 APA PARCIAL
7.5.1.1 A APA Parcial, por se tratar de uma análise durante a execução do exercí-
cio, não dependerá de meios específicos, local adequado e militares previamente
designados para sua condução. O OCA responsável pela tropa em adestramento,
ao final da ação que incorra na condução de uma APA Parcial, reúne os militares
e conduz a atividade com base no que foi observado, em sua experiência e nas
anotações realizadas em seu barema, tudo devidamente embasado na doutrina
milita.
7.5.1.2 Ao final de cada jornada do Exercício de Simulação Viva, poderá ser feita
uma reunião entre os militares da DIREX, os OCA e os militares da equipe APA,
de forma que sejam pontuadas as ações observadas, seus aspectos positivos
e as oportunidades de melhoria, tudo de acordo com as APA Parciais. Dessa
forma, a equipe APA poderá tomar nota das observações de modo a embasar a
confecção da APA Final e do relatório do adestramento.
7.5.2 APA FINAL
7.5.2.1 A APA Final normalmente conta com a presença do Comandante e do
Estado-Maior da Grande Unidade na qual a OM em adestramento está enquadrada
e com os Comandantes nos diversos níveis da tropa adestrada.
7.5.2.2 Tendo em vista o público selecionado de Oficiais e Sargentos, aconselha-
-se que APA Final seja ministrada em um auditório climatizado com o uso de
equipamentos multimídia como notebook e projetores.
7.5.2.3 Por ocasião do término do exercício, com base nas anotações feitas pelos
OCA ou durante as reuniões de término de jornadas, a equipe APA, normalmente

7-3
EB70-CI-11.461
composta por um Oficial e um Sargento, consolida os dados em uma apresentação
de slides que será exibida pelo Chefe dos OCA.
7.5.2.4 Com a finalidade de se enriquecer a APA Final, e quando houver a partici-
pação de um CA na atividade, é de grande valia a utilização do material fornecido
pelo Manpack Gamer. O Manpack Gamer trata-se de um software que permite
realizar a gravação da atividade utilizando-se como base o mapa do local onde
está sendo executado o adestramento e os coletes georreferenciados. Além dis-
so, permite que sejam gerados relatórios onde constam dados como quantidade
de disparos realizados, porcentagem de acertos, ocorrência de fratricídios etc.

7.6 FASEAMENTO DA EXECUÇÃO DA APA


- Os CA, após anos de Lições Apreendidas nos diversos adestramentos em que
participaram, chegaram a uma proposta do faseamento da APA Final, aplicado
à Sml Viva, dividida em quatro fases:
7.6.1 1ª FASE - INTRODUÇÃO E CONSCIÊNCIA SITUACIONAL
- Independentemente do grau de complexidade do adestramento, é recomendável
queumaAPAseiniciecomumperíodointrodutório,emquetodososenvolvidostomarão
ciência da metodologia da APA, relembrarão os objetivos do treinamento a que
foram submetidos e terão uma visão mais completa da evolução do exercício,
preferencialmente apoiado em uma projeção da carta militar ou do terreno virtual
utilizado, com uma gravação – reprise, do exercício. Isso ajudará a organizar
cronologicamente a memória do executante e o estimulará a compreender os
eventos, as causas e necessárias correções.

Fig 21 - 1ª Fase da APA: introdução e consciência situacional

7.6.2 2ª FASE - ANÁLISE INTERNA


- Após a fase introdutória, os elementos em adestramento, isolados ou em frações
compostas, conforme o tipo de treinamento em andamento – TTP, serão divididos
7-4
EB70-CI-11.461
dentro de suas frações e, sob responsabilidade do Cmt da própria fração, conduzi-
rão um debate sobre os aspectos e eventos observados porelesmesmos.Essafase
daAPAéchamadadeanáliseinterna,eénessemomento em que todos os integrantes
das frações, independente de antiguidade, realmente se sentemàvontadeempa
rticipardoprocesso,provendoumpoderosofeedbackintrínseco a eles mesmos e à
equipe de instrução. Nesta fase, os OCA e a DIREX somentedevem acompanhar
as discussões, intervindo somente na aplicação correta da metodologia de debate.

Fig 22 - 2ª Fase da APA: análise interna

7.6.3 3ª FASE - ANÁLISE EXTERNA


- Na terceira fase da APA, chamada de análise externa, devem-se agrupar as
frações e novamente dividi-las, desta vez não em suas frações constituídas, mas
sim por níveis – tático, ou técnico, ou por escalão – subunidade, pelotão e apoios,
por exemplo. Dentro destes grupamentos, um debate será guiado pelos OCA e
integrantes da DIREX que, por meio da projeção de imagens, vídeos e áudio,
referentes aos eventos observados, irão explorar os aspectos mais relevantes
ocorridos ao longo do treinamento, sempre seguindo a metodologia de debate
prevista neste CI.

Fig 23 - 3ª Fase da APA: análise externa

7-5
EB70-CI-11.461
7.6.4 4ª FASE - ANÁLISE GLOBAL E CONCLUSÃO

FASE TEMPO FERRAMENTA OBJETIVOS RSPNL


- Apresentar a metodologia da APA
- Apresentar os conceitos de Melhor
Prática (MP) e Oportunidade de Me-
Introdução 5 min -
lhoria (Oport Mlh)
- Definir a sequência das ações e os
1a Fase

objetivos
DIREX
Calco de Opera- - Observar a operação da forma como
ções e Calco do foi planejada
Consciência Inimigo (digital) - Compreender a intenção do inimigo
Geral da 20 min
Operação - Observar a Operação da forma como
Reprodução do foi executada
Exercício
- Observar a atuação do inimigo

- Observar as principais MP e Oport Cmt SU


2a Fase

Análise
30 min Anotações Mlh identificadas pelos próprios exe- e Cmt
Interna
cutantes Pel

- Realizar a APA nível Subunidade e


Pelotão
OCA ou
- Identificar, de forma pontual e específi- DIREX
ca, as principais MP e Oport Mlh obser-
vadas no Exercício de Simulação Viva

Ficha de Obser- - Realizar a APA nível Seção, Guarni-


ção e Grupo de Combate
3a Fase

Análise vação
40 min - Identificar, de forma pontual e específi-
Externa Imagens e ca, as principais MP e Oport Mlh obser-
Vídeos vadas no Exercício de Simulação Viva OCA
ou Aux
- Realizar a APA dos elementos de
DIREX
Apoio
- Identificar, de forma pontual e específi-
ca, as principais MP e Oport Mlh obser-
vadas no Exercício de Simulação Viva

- Apresentar, de forma abrangente e OCA ou


Análise genérica, as principais MP e Opt Mlh DIREX
20 min Anotações
Global observadas no Exercício de Simula- (3 MP ou
ção Viva Opt Mlh)
- Apresentar os principais aspectos
4a Fase

a serem melhorados no processo de


instrução e treinamento da OM.
Conclusão 5 min - - Indicar opções e possibilidades de DIREX
aplicação de recursos e ferramentas
a serem implementados ou desen-
volvidos no processo de instrução e
treinamento da OM

Tab 8 - Faseamento da APA

7-6
EB70-CI-11.461
7.6.4.1 Finalizando a APA, deverá ser realizada a Análise Global do desempenho
dos elementosoufrações,seguidodeuma Conclusão.AAnáliseGlobalnada maisé-
doque a apresentação de um resumo dos aspectos positivos e oportunidades de
melhoria mais relevantes ou mais frequentes no treinamento, sempre de forma
genérica. O objetivo agora não é mais produzir conhecimento – o que já foi feito
pontual e detalhadamente nas análises interna e externa. Nesta fase não há
mais espaço para debates. Uma sugestão é que cada OCA apresente duas ou
três oportunidades de melhoria, seguido tambémdedoisoutrêsaspectospositivos.
Destaforma,consegue-seterumadimensão globaldodesempenhodaquelafração,a
linhadoaumrelativoequilíbrioentreonegativo e opositivo.
7.6.4.2 Concluindo a APA e em consequência o próprio processo de adestramen-
to, a DIREX pode fazer sua análise global do exercício, da mesma forma como
descrito acima.

7.7 PRODUTOS DA APA


- No decorrer de uma APA, deve-se ter em mente os seus principais produtos:
diagnóstico realista da atividade; desenvolvimento do profissionalismo; desenvol-
vimento da liderança; e coleta de dados relevantes para a confecção do relatório
da atividade, lições aprendidas e melhores práticas. Dessa forma, obtém-se
objetividade nas atividades a serem realizadas.

7.8 GESTÃO DO CONHECIMENTO

“Todo conhecimento é inútil quando não pode ser aplicado.”

7.8.1 Nunca haverá uma evolução significativa no preparo da tropa se o conhe-


cimento adquirido e gerado em um determinado processo de adestramento ficar
restrito àquele momento. A consolidação e a difusão do conhecimento é um passo
tão fundamental quanto o próprio treinamento. O conhecimento produzido tem
que, de forma cíclica, influenciar a preparação e o desempenho do próximo, e
assim sucessivamente.
7.8.2 Após um exercício realizado em simulação e sua respectiva APA final, a
equipe de instrução providencia, com a maior brevidade possível, a coleta dos
ensinamentos mais relevantes observados ao longo da atividade, confeccionan-
do relatório a ser remetido ao comando enquadrante e às OM dos executantes
para que as correções e os ajustes sejam aplicados ainda no ano de instrução,
impactando principalmente no Período de Qualificação e no Período de Adestra-
mento, momento em que os ensinamentos colhidos nos exercício em simulação
virtual poderão ser postos em prática em treinamentos em ambiente real e com
meios reais.

7-7
EB70-CI-11.461
7.8.3 Este mesmo relatório deve ser aproveitado no âmbito do Sistema de Acom-
panhamento Doutrinário e Lições Aprendidas do COTER, no caso dos Centros de
Instrução e nos Centros de Adestramento, bem como pelo do Sistema de Edu-
cação e Cultura do Exército, fornecendo subsídios práticos para os Estb Ens, os
CA e os CI conduzirem suas atividades, incrementando a formação e capacitação
operacional do militar do Exército Brasileiro.

7-8
EB70-CI-11.461
CAPÍTULO VIII
TÉCNICAS DE ARBITRAGEM SUBJETIVA

8.1 GENERALIDADES
8.1.1 A arbitragem do engajamento é o processo que tendo como insumo as
características técnicas dos oponentes, permite produzir o resultado do engaja-
mento entre dois militares, sistemas de armas, viaturas, munições ou qualquer
combinação destas. Ela divide-se em: Arbitragem Objetiva e Arbitragem Subjetiva.
Distinguem-se pelas características dos meios utilizados, a técnica de emprego
e a fidelidade dos resultados.
8.1.2 A arbitragem subjetiva é a técnica que possui menor fidelidade em relação
aos resultados reais esperados, porém necessita apenas de recursos disponíveis
para toda a tropa.
8.1.3 A MENOR FIDELIDADE NO EMPREGO DA TÉCNICA SUBJETIVA CAUSA
a) menor precisão;
b) maior dependência de OCA;
c) demanda mais tempo; e
d) menor nível de imersão e realismo.
8.1.4 É realizada pelo OCA, através da técnica e de meios auxiliares: tabelas
de arbitragem do engajamento, painéis e identificadores, tela código, cartões de
baixa e destruição.
8.1.5 O processo é realizado pelo OCA.
8.1.6 Utilizada quando não há DSET disponível ou como complemento deste.
8.1.7 O detalhamento da forma da arbitragem subjetiva deve constar nas Regras
de Engajamento de Exercício, anexo da Ordem de Instrução da Atividade.

8.2 POSSIBILIDADES DA ARBITRAGEM SUBJETIVA (PERMITE AVALIAR)


a) engajamento de armas portáteis;
b) engajamento de armas coletivas;
c) engajamento entre Bld e Vtr; e
d) engajamento de Armt tiro curvo (indireto).

8-1
EB70-CI-11.461

8.3 DEMANDAS DA ARBITRAGEM SUBJETIVA


a) Maior quantidade de OCA.
b) Boa rede rádio OCA – ForOp / OCA – For Adst.
c) Treinamento e ambientação.
d) Tabelas de arbitragem.
e) Meios auxiliares, tais como: cartão de baixa, de destruição de viaturas etc.

8.4 DANO SUBJETIVO DO ARMAMENTO INDIVIDUAL


8.4.1 A arbitragem do dano do armamento individual é dificultada pela grande
quantidade dos mesmos e emprego simultâneo, sobretudo no combate desem-
barcado. Em um espaço de batalha urbanizada, demanda um OCA por pequena
fração e boa comunicação na Rede OCA, inclusive com a utilização da voz alta
em espaços curtos e estreitos.
8.4.2 PARA A ARBITRAGEM DO DANO, É NECESSÁRIO IDENTIFICAR AS
FORMAS DE REDUZIR A SUBJETIVIDADE
a) verificar distância de engajamento;
b) verificar exposição do alvo;
c) verificar sumariamente a técnica de tiro empregada; e
d) verificar sumariamente a linha de visada.
e) A técnica de arbitragem é orientada pelos seguintes itens:
f) observação da linha de visada;
g) observação da técnica de tiro;
h) posicionamento favorável;
i) emprego das comunicações; e
j) identificação positiva do painel de identificação individual (capacete).

8.5 DANO SUBJETIVO DO ARMAMENTO COLETIVO DE TIRO TENSO E


ARMAS COLETIVAS
8.5.1 Demanda um estudo prévio dos efeitos no alvo dos armamentos, da expec-
tativa de impacto e da resistência blindagem das viaturas blindadas existentes
e simuladas.

8-2
EB70-CI-11.461
8.5.1.1 Estudo da blindagem
8.5.1.1.1 Este nível de detalhamento de estudo de sistema de armas pertence à
área de conhecimento e atuação do Instrutor Avançado de Tiro (IAT), no âmbito
das tropas de natureza blindada e mecanizada. É importante que este militar, se
não inserido na DirEx e na equipe OCA, participe do assessoramento dos mesmos
no planejamento do Exercício. Não é escopo deste manual detalhar pormenores
sobre este assunto.
8.5.1.1.2 Ao OCA, é fundamental conhecer ou calcular a equivalência da blin-
dagem das viaturas dos partidos em relação à blindagem homogênea ou RHA
(Rolled Homogeneous Armor), e ter consigo esta informação durante a execução
do Exercício.
- Exemplo: um EE-9 Cascavel possui uma blindagem máxima de 12 mm de aço
na parte frontal do chassi. Esta blindagem é dupla espaçada, com ângulo de
inclinação 50º, que o confere uma equivalência de 0.75 polegadas ou 19 mm.
8.5.1.2 Arbitragem Subjetiva
8.5.1.2.1 Para a arbitragem subjetiva do dano de um armamento de tiro tenso é
preciso conhecer sua balística, alcance máximo, alcance de utilização e poder
de penetração da munição.
8.5.1.2.2 Assim como o estudo da blindagem, a balística detalhada do armamento
coletivo de tiro tenso pertence à área de atuação do Instrutor de Armamento e
Tiro (IAT) nas tropas mecanizadas e blindadas.
8.5.1.2.3 De posse dos três dados balísticos e da equivalência da blindagem em
RHA, o OCA possui condições de avaliar se o engajamento é capaz de causar
danos no alvo.

Fig 24 - Exemplo de dano subjetivo do armamento individual

8-3
EB70-CI-11.461
8.5.1.2.4 Cumpre exemplificar que em um Módulo Didático de Adestramento de
Pelotão, não cabe ao OCA avaliar detalhadamente os procedimentos de tiro por
parte de uma guarnição de armamento coletivo. Primeiro, porque tal objetivo já
se encontra atingido nesta fase do ano de instrução; segundo, porque tal medida
causaria um congelamento tático do exercício, perdendo o mesmo a dinâmica e
o realismo.
8.5.1.3 Exemplo de tabela de penetração de munição:

BLINDAGEM PENETRAÇÃO (POL/MM)

Aço homogênea 1.0/25 mm 0.7/18 mm 0.3/ 8mm

Aço face endurecida 0.9/ 23 mm 0.5/ 13 mm 0.2/ 5mm

Distância 200m 600m 1500m

Tab 11 - Penetração da munição .50 perfurante

8.5.1.4 Exemplo de arbitragem do dano


8.5.1.4.1 Um URUTU código UV3 engaja um CASCAVEL código CA1.
a) O OCA embarcado no URUTU analisa a informação do atirador para o coman-
dante do GC (Engajando Cascavel CA1 a 300m!);
b) verifica se a distância e a identificação estão corretas (uso dos binóculos) e
faz a arbitragem do dano;
c) constata a eficiência do armamento utilizado sobre o alvo (Comandante de
GC, URUTU destruído); e
d) informa na rede OCA do partido oposto ao engajamento (CA1 engajado por
UV3!).
8.5.1.4.2 O OCA da fração engajada recebe a informação, repassa para a tropa
(CA1 engajado) e cerra junto da viatura para comandar a abertura dos cartões.
8.5.1.5 Os Centros de Adestramentos possuem simuladores do CSR e AT-4 fa-
cilitando a arbitragem do tiro, tendo em vista que o próprio simulador é objetivo,
porém as Unidades que não possuem o simulador deverão realizar arbitragem
subjetiva.
8.5.1.6 É necessária uma boa comunicação entre as Gu das Viaturas e o(s) OCA
da Fração.
8.5.2 EXPECTATIVA DE IMPACTO
- É a probabilidade que um armamento tem de atingir o alvo. Ela é influenciada
por vários fatores de balística, sendo variável o da distância. Ela é obtida nos
manuais técnicos dos armamentos.

8-4
EB70-CI-11.461

DISTÂNCIA DE ABAIXO DE 1000 M DE 1000 A 2000 M ACIMA DE 2000 M


COMBATE PRÓXIMA MÉDIA LONGE
Canhão

Metralhadora coaxial

Tab 12 - Exemplo de expectativa de impacto da VBC CC Leopard 1A5 Br

8.5.3 TABELA DE ARBITRAGEM SUBJETIVA DO DANO


- Relaciona os armamentos aos efeitos nos alvos e à distância.

Tab 13 - Exemplo de tabela de arbitragem subjetiva do dano

8.5.4 Para a arbitragem do tiro de Lança Rojão AT4, Canhão Sem Recuo Carl
Gustav e outras armas do tipo, deverá ser observada de sopro (ângulo de 45º e
distância de 30 m).
8.5.5 Para as metralhadoras e as armas AC (Lç Rj e CSR) o OCA deverá verifi-
car todos os procedimentos padrões foram cumpridos de acordo com a fase do
adestramento (técnicas de tiro e técnicas de material), tais como: amarração de
tiro, distâncias utilizadas, cadência de tiro, maneabilidade da peça/seção.
8.5.6 Quando for realizada a arbitragem subjetiva das armas AC, será necessário
um OCA responsável por arbitrar os tiros das mesmas. Para tal, os OCA deverão
sempre ter contato rádio para facilitar a comunicação entre os mesmos, e assim
efetuarem a arbitragem da forma mais precisa possível.
8.5.7 O OCA que acompanhar o emprego das Armas Coletivas deverá observar
todos os procedimentos tomados, desde o material de dotação da fração/seção
até os comandos emitidos.

8.6 DANO SUBJETIVO DO ARMAMENTO COLETIVO DE TIRO CURVO


8.6.1 É de conhecimento geral que os Armt de tiro curvo são importantes arma-
mentos pertencentes à Func Cmb apoio de fogo (Obs: os Mrt orgânicos da SU
são pertencentes à Func Cmb Movimento e Manobra) e quando utilizado com
excelência, seu emprego pode ser determinante para o sucesso da missão.

8-5
EB70-CI-11.461
8.6.2 Tamanha a importância desse tipo de armamento, e sendo a simulação de
combate um instrumento de adestramento com a finalidade de replicar o combate
nos níveis mais próximos da realidade, devem ser envidados esforços para o
emprego desse meio de apoio de fogo nos exercícios de simulação viva.
8.6.3 A arbitragem dos tiros indiretos constitui-se num desafio para os exercícios
de adestramento no terreno. Primeiramente, pelo processo utilizado na pontaria
a fim de se definir os elementos necessários para que a munição impacte a área
alvo e, em segundo lugar, pela inexistência de DSET para esse tipo de armamento.
8.6.4 Os métodos apresentados a seguir contemplam apenas a forma de se
verificar a área batida pelos impactos dos tiros, e não visam apresentar o passo
a passo para a observação dos tiros. Para tal, o OCA deverá estudar a técnica
de tiro nos manuais técnicos e aplicar sua observação de acordo com o material.
8.6.5 Para que seja realizada a arbitragem subjetiva dos tiros indiretos, faz-se
necessário que o OCA possua a carta topográfica do terreno utilizado no exercício
de simulação viva (declinada), escalímetro, bússola, transferidor, transferidor de
locação (T Loc), Global Positioning System (GPS) e material escrevente.

Fig 25 - T Loc utilizado na observação subjetiva dos tiros curvos

8.6.6 Os responsáveis pela execução da simulação dos impactos dos tiros indiretos
nos alvos são denominados marcadores de fogos indiretos.

8-6
EB70-CI-11.461
8.6.7 TÉCNICAS EMPREGADAS
8.6.7.1 Conversão de ângulos
8.6.7.1.1 Com a finalidade de se obter uma maior precisão, os aparelhos de
pontaria são graduados em milésimos. Dessa forma, as derivas utilizadas nos
tiros de Mrt são informadas nessa graduação. Assim sendo, faz-se necessário o
conhecimento do processo utilizado na conversão de ângulos.
8.6.7.1.2 É sabido que um ângulo de 360º equivale a um ângulo de 6400’’’. Com
base nesse conhecimento, ao aplicarmos a regra de três, percebemos que 1’’’
equivale a 0,05625º.
8.6.7.1.3 Portanto, sempre que tivermos um ângulo em graus e precisarmos
convertê-lo para milésimos, basta dividi-lo por 0,05625.
8.6.7.1.4 Da mesma forma, caso tenhamos um ângulo em milésimos e necessi-
tamos convertê-lo para graus, basta multiplicar por 0,05625.
8.6.7.2 Observação subjetiva utilizando carta topográfica
8.6.7.2.1 Inicialmente o OCA deverá locar na carta o ponto onde a peça de Mrt
encontra-se em posição.

Fig 26 - Extrato da carta topográfica contendo a posição de uma seção de Mrt 81mm e sua DGT

8.6.7.2.2 De posse da Direção Geral de Tiro (DGT) e com base na declinação


da carta, o OCA deverá traçar a linha correspondente ao azimute na qual a peça
está apontada.

8-7
EB70-CI-11.461

Fig 27 - Pos de uma Sç Mrt 81mm e sua DGT de 340º ou 6044’’’

8.6.7.2.3 Com a finalidade de se descobrir a coordenada do impacto da granada,


o OCA deverá tomar conhecimento da deriva registrada no aparelho de pontaria
e, empregando o T Loc, registrá-la usando como base a linha da DGT.

Tab 14 - Extrato da tabela de tiro de Mrt 81mm RO utilizada na obtenção do alcance percorrido pela
granada com base nas informações de carga e alça registrada no aparelho de pontaria

8.6.7.2.4 Tendo conhecimento da alça notada no aparelho de pontaria e a carga


utilizada, o OCA determinará a distância percorrida pela granada utilizando a
tabela de tiro de Mrt.
8.6.7.2.5 Empregando o escalímetro, basta, com base no T Loc, marcar o local
de impacto da granada de acordo com a distância percorrida.
8.6.7.2.6 Com o local do impacto locado na carta, basta informar ao marcador
de fogos indiretos para que os impactos possam ser simulados, utilizando a tela
código via rede de comunicações.

8-8
EB70-CI-11.461
8.6.7.2.7 O OCA mais próximo à área onde houve a simulação dos arrebenta-
mentos dos fogos, de acordo com a tela código, deverá se dirigir à mesma e,
usando da tabela de arbitragem de danos subjetivos dos Mrt (Anexo E deste CI),
arbitrar as baixas.
8.6.7.2.8 Cabe ressaltar que a arbitragem subjetiva dos tiros de Mrt, utilizando
carta topográfica, apesar de mais lenta, constitui-se mais precisa.

Fig 28 - Exemplo de tela código

8.6.7.3 Observação subjetiva utilizando GPS


8.6.7.3.1 A primeira medida que o OCA deve tomar é marcar no GPS o ponto
exato onde a peça de Mrt encontra-se em posição. Usar como referência a parte
superior do tubo.
8.6.7.3.2 Usando uma bússola, o OCA deverá verificar o azimute no qual a peça
está apontada. Usar como referência a parte superior do tubo para se medir o
azimute.
8.6.7.3.3 Em seguida, o OCA deve tomar conhecimento da elevação registrada
na peça e da carga a ser utilizada.
8.6.7.3.4 De posse da elevação e da carga, o OCA deve verificar na tabela ou na
régua de tiro do armamento o alcance que será percorrido pela munição.
8.6.7.3.5 De posse de todas as informações necessárias, o OCA procederá, utili-
zando a opção do GPS “Projetar Ponto”, determinar a área batida pelos impactos
da munição. Para tanto, ao utilizar a opção do GPS mencionada anteriormente,
utilizará como lançamento o azimute na qual o Mrt está apontado e como distância,
a obtida na tabela ou na régua de tiro do armamento, de acordo com a elevação
e a carga utilizada.

8-9
EB70-CI-11.461
8.6.7.3.6 Com o local do impacto locado na carta, basta informar ao marcador
de fogos indiretos para que os impactos possam ser simulados, utilizando a tela
código, via rede de comunicações.
8.6.7.3.7 O OCA mais próximo a área onde houve a simulação dos arrebentamen-
tos dos fogos, de acordo com a tela código, deverá se dirigir a mesma e, usando
da tabela de arbitragem de danos subjetivos dos Mrt (Anexo E deste Caderno de
Instrução), arbitrar as baixas.
8.6.7.3.8 Cabe ressaltar que a arbitragem subjetiva dos fogos de Mrt, utilizando
o GPS, apesar de mais rápida, constitui-se menos precisa.
8.6.7.4 Verificação da pontaria
8.6.7.4.1 Com a finalidade de se diminuir a possibilidade de erros na execução dos
fogos de Mrt e, ao mesmo tempo, verificar se a pontaria foi feita corretamente, é
interessante que o OCA questione o valor da DGT e então verifique se o Mrt está
apontado corretamente em relação às balizas.
8.6.7.4.2 Para se verificar se o Mrt está apontado corretamente, por ocasião dos
disparos, basta somar a DGT a Der do Mrt apontado.
8.6.7.4.3 Com o resultado, em milésimo, transformá-lo em graus.
8.6.7.4.4 Com uma bússola, verificar se os resultados coincidem ao verificar a
pontaria no tubo do Mrt.
8.6.7.4.5 Quando o resultado da soma da DGT + Der Mrt apontado for maior que
a volta completa na elipse, basta subtrair 6400’’’, e então proceder a conversão e
a verificação. Exemplo: DGT 273º que é igual a 4853’’’ + Der Mrt apontado 4240’’’
= 9093’’’ - 6400’’’ = 2693’’’ ou 151º. Ao se verificar o ângulo em que o tubo de Mrt
está apontado, utilizando a bússola, o mesmo dever ser igual a 151º.
8.6.7.5 Munição
8.6.7.5.1 Para utilização do Mrt, o OCA deverá atentar para a quantidade de
simulacros de munição que a tropa possui.
8.6.7.5.2 Para cada simulacro utilizado nos tiros, o OCA deverá proceder a mar-
cação do mesmo com fita zebrada.
8.6.7.5.3 Quando todos os simulacros tiverem sido marcados com fita zebrada,
o OCA deverá informar a tropa da necessidade de ressuprimento de munição e
a mesma não poderá realizar mais disparos.
8.6.7.6 Simulação do tiro indireto na área de impactos
8.6.7.6.1 A fim de se aumentar o realismo do exercício de simulação viva, podem
ser utilizados efeitos pirotécnicos, granadas fumígenas e granadas de luz e som,
com a finalidade de simular os efeitos produzidos pelos impactos dos tiros de Mrt.

8-10
EB70-CI-11.461
8.6.7.6.2 Os responsáveis por executar as simulações são denominados marca-
dores de fogos indiretos.

Fig 29 – Exemplo de equipe de marcadores de fogos indiretos

8.6.7.6.3 Os militares de posse de motocicleta ou quadriciclo ficam responsáveis


por se deslocar pelo terreno do exercício de simulação viva, até a área de impacto
das granadas de Mrt, e utilizando os meios disponíveis, executar a simulação
dos fogos.
8.6.7.6.4 Quando o exercício não contar com o Sistema Manpack Gamer, o OCA
mais próximo deverá, utilizando o Anexo F deste CI, arbitrar as baixas.
8.6.7.6.5 Quando o exercício contar com o Sistema, o operador deverá esperar
o pronto do marcador de fogos indiretos e então executar o tiro de Mrt que até
então estava apenas locado no sistema.

8.7 USO DO SISTEMA MANPACK GAMER


8.7.1 Em conjunto com os coletes instrumentados (georeferenciados) disponíveis
nos CA, esse sistema tem a capacidade de criar efeitos simulados que influen-
ciam no combate, tais como: campos de minas, impactos de fogos indiretos etc.
8.7.2 Quando o Exc Sml Viva for realizado por um CA e esse possuir o sistema
Manpack Gamer, a observação subjetiva dos fogos será simplificada, tendo em
vista não ser necessário locar o ponto na carta quando se usar o GPS.
8.7.3 De posse da coordenada da área de impactos, o OCA a informará, via rede
rádio, ao operador do sistema, assim como o tipo de Armt utilizado e a quantidade
de tiros.

8-11
EB70-CI-11.461
8.7.4 O operador, então, irá locar o tiro no sistema, porém não o executará.
8.7.5 O auxiliar do coordenador de fogos, que estará junto ao operador, observará
na tela do sistema o local do impacto. A partir disso, utilizando a tela código, infor-
mará ao marcador de fogos indiretos para que os impactos possam ser simulados.
8.7.6 Quando o marcador de fogos indiretos, que simulou o impacto na posição,
der o pronto da missão, o operador executará o tiro no sistema e automaticamente
a baixa será realizada na tropa.

8.8 TÉCNICAS DE ARBITRAGEM SUBJETIVA DIVERSAS


8.8.1 A ARBITRAGEM SUBJETIVA NO APOIO ÀS LIMITAÇÕES DOS MSET
- As condutas para mitigar as principais limitações encontram-se na tabela a seguir:

SITUAÇÃO CONDUTA

Por vezes o militar da F Adst ou da FOROP utiliza-se de “falsos abri-


gos” para se proteger dos disparos. O OCA deve avisar ao militar
que está utilizando o falso abrigo e dar ordem para que essa saia do
Falsos abrigos. mesmo, ou caso contrário será NEUTRALIZADO. Tal conduta tem
como base a busca pelo realismo durante o combate. Podem ser
classificados como falsos abrigos: macegas, moitas, tapumes, pare-
de de vidro/acrílico etc.

Ações que atentem É utilizado o comando de “CONGELA!”. Ao ouvir esse comando, os


contra a segurança. militares devem paralisar a cena e aguardar as orientações do OCA.

Por vezes, o OCA verificará que em algumas situações, principal-


mente em ambientes confinados, a F Adst e a FOROP se aproximam
para efetuar disparos, ficando a menos de 10 metros de distância
entre ambos os militares. Para essa situação, o OCA deverá coman-
dar “CONGELA!” e ordenar que o militar que viria a surpreender o
outro com o disparo, realize-o em direção ao solo para verificar se
realmente seu armamento está em condições de ser empregado na-
quela situação específica e, consequentemente, neutralizar o militar
surpreendido. Um militar em combate aproximado não pode neutrali-
Combate de encontro
zar uma esquadra inteira, antes de abater dois ou três inimigos, esse
provavelmente irá ter que se abrigar ou será atingido. Este núme-
ro elevado de baixas deve ser gerenciado com rapidez. A confusão
neste tipo de combate é elevada e o OCA deve manter o controle da
situação. O emocional dos combatentes é afetado e, muitas vezes,
são necessárias ações enérgicas. Nestas situações, o OCA deve se
posicionar de forma a observar e controlar todo o contato. Tal proce-
dimento deve ser informado de forma clara para os participantes da
F Adst e da FOROP na fase de instruções preliminares.

Tab 15 - Arbitragem subjetiva para as limitações do DSET

8-12
EB70-CI-11.461

SITUAÇÃO CONDUTA

O alerta “OCA NA CASA!” deve ser utilizado em ambientes confina-


dos, becos ou onde o OCA verificar que possa entrar no setor de tiro
Em locais com campo de da F Adst ou da FOROP, em menos de 10 metros de distância do ati-
tiro reduzido rador. Este alerta serve para avisar que o OCA está se aproximando
e evitar disparos fortuitos que possam comprometer a operação e/ou
a segurança do OCA.

A conduta pode variar de acordo com os objetivos de adestramen-


to, portanto, serão realizadas de acordo com as ordens da DIREX.
Podendo ser, por exemplo: em caso de ambiente de combate con-
vencional, o militar que se encontrar em alguma situação destacada
Morto, ferido com a arma neste item, receberá ordem do OCA para retirar o capacete, desligar
inutilizada e ferido letal o equipamento rádio e se sentar ao solo. Já no combate em área
edificada, o militar deverá retirar o capacete, desligar o equipamento
rádio e sair da pista de forma enérgica, tomando cuidado para não
alterar o cenário. Cabe ressaltar que o militar na situação de MORTO
ou fora de combate não deve prestar qualquer tipo de auxílio à tropa.

Podem variar de acordo com os OA, entretanto a conduta será toma-


da de acordo com as ordens da DIREX. Podendo ser como exemplo:
o militar ferido deverá chamar o socorrista, e esse deverá chamar o
Evacuação de feridos e
OCA para verificar os procedimentos tomados para a estabilização
primeiros socorros
do ferimento. A partir da verificação dos procedimentos corretos to-
mados pelo socorrista, o OCA deverá arbitrar a situação em que o
militar ferido se encontra.

Podem variar de acordo com os OA, entretanto, a conduta será to-


Equipamentos e
mada de acordo com as ordens da DIREX. Podendo ser como exem-
munição dos mortos e
plo: utilizável, desde que o militar que necessite vá até o local em que
feridos
o morto se encontra e pegue o material.

Podem variar de acordo com os OA, entretanto, a conduta será to-


mada de acordo com as ordens da DIREX. Podendo ser como exem-
plo: para que o simulacro da granada seja arbitrado, o militar que for
arremessá-lo, deverá tomar os procedimentos corretos para o arre-
messo, inclusive a retirada do pino.
Simulacros de granadas
A partir do momento que o simulacro sai da mão do militar, o OCA de-
e outros artefatos
verá contar 05 (cinco) segundos e verificar onde o simulacro atingiu,
se for o caso, o OCA deverá ocasionar baixas em um raio de ação
de 05 (cinco) metros.
O OCA que verificou o arremesso da granada deve informar ao OCA
do outro partido para que esse possa arbitrar as baixas.

Quando um carro está camuflado ou uma barraca é emboscada, o


OCA deve observar o nível de proteção, volume de fogo e a reação
Tiro através de
da U, tudo isso simultaneamente ao gerenciamento das baixas, ba-
coberturas
seado em uma observação subjetiva das atuações da F Adst e da
FOROP.

Tab 15 - Arbitragem subjetiva para as limitações do DSET (continuação)

8-13
EB70-CI-11.461

SITUAÇÃO CONDUTA

O silenciamento é uma situação especial do combate aproximado.


Ela é realizada normalmente por armas brancas (facas, baionetas
etc.) e sem a realização de disparos. O soldado que for realizar a
ação deverá estar portando a arma apropriada e sua vítima deve
estar sonolenta ou dormindo.
Silenciamento
No máximo 03 (três) soldados, por objetivo, podem ser neutralizados
desta maneira. O OCA é o único que poderá fazer contato físico.
Se a pretensa vítima despertar, um combate “corpo a corpo” viria a
ocorrer e os disparos que porventura sejam realizados devem estar
direcionados para o solo, cabendo ao OCA a decisão do embate.

Tab 15 - Arbitragem subjetiva para as limitações do DSET (continuação)

8.8.2 PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PARA O EMPREGO DA TÉCNICA DE AR-


BITRAGEM SUBJETIVA:
8.8.2.1 Tela Código
8.8.2.1.1 Impressão sobre transparência que, utilizando referências pré-determi-
nadas na carta, permite localizar rapidamente um ponto através de uma referência
alfanumérica.

Fig 30 - Exemplo de tela código

8.8.2.1.2 Utilizada para passagem rápida de informações entre as Turmas OCA


dos dois partidos.

8-14
EB70-CI-11.461
8.8.2.2 Cartão de baixa de pessoal

Fig 31 - Exemplos de cartão de baixa

8.8.2.2.1 Cartão de papel, individual, onde consta a descrição do ferimento por


gravidade e a perda ou manutenção de capacidades do militar.
8.8.2.2.2 É utilizado para registrar e simular o ferimento ou óbito recebido pelos
militares. É feito de forma que caiba no bolso do militar, contendo o tipo de feri-
mento, urgência, situação do ferido e informações adicionais ao ferimento.
8.8.2.2.3 Os cartões de baixa são confeccionados de acordo com matriz de
confecção do cartão de baixa e devem ser distribuídos aleatoriamente antes do
início do exercício, para que seja arbitrada qual lesão sofrida, após ser atingido.
8.8.2.2.4 O cartão de baixa irá refletir no nível da função logística de saúde a
ser adestrada, podendo ser feito de forma mais elementar para exercícios mais
simples até mais complexos de acordo com o objetivo de adestramento.
8.8.2.2.5 A matriz é montada pela Dir Ex de acordo com análise em dados do
DAMEPLAN e outros subsídios para cálculo das baixas.

8-15
EB70-CI-11.461

TEMPO DE PERCENTUAL
FERIMENTO MEDIDA PS/OM
EVACUAÇÃO DE CARTÕES

Companheiro ou
Levíssimo - - 20%
APH da Fração
Leve Ev para PCF 24 horas Até 4 horas 15%
Grave - Até 2 horas 35%
Ev para PS/OM
Gravíssimo - Até 1 hora 15%
Morto - - - 15%
Capacidades
Ferimento
Anda Fala Atira
Levíssimo Sim Sim Sim
Se ferido nos
Leve Sim Se ferido nas pernas
braços
Grave Não Sim Não
Gravíssimo Não Não Não

Tab 16 - Exemplo de MATRIZ DE CONFECÇÃO DE CARTÃO DE BAIXA

8.8.2.3 Cartão de destruição de Viatura


8.8.2.3.1 Cartão de papel, único para cada viatura, onde consta a perda de
capacidades da viatura em relação à avaria. Utilizado para simular efeito dos
engajamentos quando não se possui DSET.
8.8.2.3.2 É utilizado para registrar ou simular o dano recebido por viatura, bem
como a reação da F Adst nesse tipo de situação. É feito de forma a ficar arma-
zenado no interior da viatura, em local de fácil acesso ou de posse do motorista,
elemento permanentemente vinculado à Vtr.

Capacidade Percentual de Danos aos Elm Embarcados


perdidas Cartões VBC CC/VBR VBTP Outras
Destruição da Mot + 1
40% - Mot
mobilidade Equadra
Destruição do
40% - At + Cmt Cmt + At
armamento
Destruição das
20%* - - -
comunicações
Gu+Cmt+ 1
Destruição total 20% Todos Todos
Esquadra
* Distribuído entre mobilidade e emprego do armamento

Tab 17 - Exemplo de MATRIZ DE CONFECÇÃO DE CARTÃO DE DESTRUIÇÃO DA VIATURA

8-16
EB70-CI-11.461
8.8.2.3.3 Durante a confecção da matriz dos cartões de destruição da viatura,
devem ser seguidos critérios estatísticos em relação aos danos de mobilidade,
comunicações, sistema de armas ou destruição total, bem como o número de
embarcados que deverá ter seus cartões de baixas abertos.
8.8.2.3.4 A abertura do cartão se dá por ordem do OCA da viatura engajada.

Fig 32 - Exemplos de cartão de destruição de viatura

8.8.2.4 Identificador Individual


8.8.2.4.1 Tarjas confeccionados de maneira padronizada, utilizados para per-
sonalizar os integrantes das forças. Permite boa observação até 600 m com a
utilização de binóculos e outros óticos e 100 m a olho nu.

Fig 33 - Painel de Identificação individual

8-17
EB70-CI-11.461

Fig 34 - Exemplo de painel de Identificação individual, utilização no capacete

8.8.2.4.2 Utilizado para identificar tropa desembarcada, viaturas, construções e


trabalhos de OT através de um código preestabelecido de cores e dimensões
padrão. Através da identificação padronizada, a tropa executante pode informar
ao OCA de maneira rápida e precisa o engajamento que está sendo executado.
Dessa maneira, é possível avaliar o emprego do armamento por técnica específica,
transmitindo em tempo real ao OCA do partido oposto os danos provenientes do
engajamento executado.
8.8.2.4.3 É fundamental que a sequência alfa numérica não siga uma ordem lógica,
como por exemplo, numeração crescente ou decrescente conforme antiguidade
dentro do escalão considerado. Os painéis devem ser fixados de maneira a se-
rem visíveis por qualquer ângulo de observação, estarem livres de camuflagem
e bem fixados. A seguir, exemplo de Lista de Códigos de Identificação e Painéis
de Identificação, as dimensões podem ser adaptadas em consonância com as
dimensões do identificado e dos aparelhos óticos da tropa.
8.8.2.4.4 Painel de Identificação: painéis confeccionados de maneira padronizada,
utilizados para personalizar as viaturas das forças, identificar viaturas dos OCA,
da DirEx e outas fora de situação. Boa observação até 2.000 m com a utilização
de binóculos e outros óticos.

Fig 35 - FT Bld e VBTP com Painéis de Identificação

8-18
EB70-CI-11.461
ANEXO A
EXEMPLO DE MATRIZ DE SINCRONIZAÇÃO DE EVENTOS

Matriz de Sincroniza-
ção de Eventos
“Símbolo da OM” “Cabeçalho da OM”

“Local e Data”

“NOME DA OPERAÇÃO”

Eqp
Data e
DIREX OCA F Adst FOROP Figuração Suporte
Hora
Técnico
Aç Rec pelo Solicitação de
Data Esc Rec reunião para
Bda Ini so- tratar sobre a
0000 Observar bre o dispo- proteção de
0000 e Con- sitivo Def da civis e outras
Trabalhos
Coordenar trolar as F Adst necessidades
de OT na
as ativida- ativida- Pos Def Aç Rec Pos
Data + 1 des que des que Ini, visando -
estiverem esti- manter o Ctt
0000 sendo rea- verem e levantar
2200 lizadas sendo informações
realiza-
Data + 1 das Atacar, com
Defender todos os -
2000 a Pos meios, Pos
0600 Def F Adst

Data + 2 Reorganizar Substi-


Participar
Conduzir a APA Parcial e retrair para tuição de
da APA
0600 da atividade a Ba da baterias
Parcial
0800 FOROP dos DSET.

Local e Data

NOME DO COMANDANTE - Posto


“Nome da OM”

A-1
EB70-CI-11.461

A-2
EB70-CI-11.461
ANEXO B
MODELO DE REGRAS DE ENGAJAMENTO

“Operação”
“Símbolo OM” “Cabeçalho”
“Local e Data”

B.1 FINALIDADE
- Estabelecer padrões de procedimentos, corrigir possíveis distorções advindas
da simulação e operacionalizar a observação subjetiva aplicável ao Exercício de
Simulação Viva.

B.2 CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO


a. Conduta ao ser atingido
1) Sentar tão logo tenha percebido os avisos do DSET ou ser informado pelo
OCA do ocorrido.
2) Retirar o capacete, mas mantendo os óculos de proteção e outros EPI se
julgar necessário.
3) Alertar o OCA mais próximo.
b. Cartão de Baixa / Evacuação de feridos
1) Após observação do OCA, será determinada a situação do militar atingido
por meio do cartão de baixa. Tal procedimento dá-se em exercícios onde não
haja uso de equipamento DSET.
2) Caso esteja apenas ferido e consciente, o militar pode pedir socorro infor-
mando sua situação. Militares mortos ou inconscientes não devem se manifes-
tar, restando ao seu comandante imediato tomar as primeiras providências.
3) Mortos e feridos serão evacuados de acordo com o planejamento do Cmt
SU.
4) O OCA mais próximo monitora a evacuação.
5) O militar mantém as seguintes capacidades se:
a) ferido leve: continuar combatendo em plenas condições;
b) moderado: comunicar-se, deslocar-se (se o ferimento for em membro

B-1
EB70-CI-11.461

inferior) e atirar (se o ferimento for em membro inferior);


c) grave: falar; e
d) gravíssimo: nenhuma.
6) Durante a execução de movimentos onde ocorrer grande concentração de
blindados, como combate em posições defensivas e ataque coordenado, devido
ao risco de atropelamento, os mortos deverão permanecer embarcados ou em
áreas balizadas e específicas.
7) O armamento e munição do morto e ferido pode ser reutilizado.
8) O DSET, equipamento e o armamento do morto deverão acompanhá-lo na
evacuação.
9) Os procedimentos de atendimento e evacuação simulada são objetos de
observação por parte do OCA.
c. Uso de áreas sensíveis
1) As áreas sensíveis serão marcadas com fita zebrada preta e amarela, bem
como de uma placa laranja indicativa do tipo de restrição imposta.
2) Áreas sensíveis podem incluir tubulação de drenagem e esgoto, estradas
de uso civil e instalações elétricas.
3) As restrições podem incluir proibição de cavar, transitar com blindados e
aproximar-se.
4) Todos os OCA devem conhecer as áreas sensíveis;
d. Restrição de água
1) Proibido permanecer elementos desembarcados com menos de ¼ de água.
2) Em caso de ocorrência, o OCA executa um congelamento tático da fração
até o ressuprimento de água pelo Esc Sp. Se não houver condições de ressu-
primento, a DirEx providenciará água e arbitrará a baixa de um elemento. Para
cada hora sem ressuprimento, será arbitrada mais uma baixa.
e. Pausas táticas
1) Podem ser acionadas pela DirEx devido à troca do tipo de operação, às
condições meteorológicas adversas, às APA parciais ou a qualquer outra neces-
sidade. Possui duração determinada pela DirEx;
2) São atividades proibidas durante Pausa Tática: movimentação de tropa;
recompletamento de pessoal; recompletamento de material (exceto Cl I quando
autorizada); evacuação simulada e missão de tiro.

B-2
EB70-CI-11.461

3) São atividades autorizadas durante a Pausa Tática: movimentações de


pessoal e material para APA, sob supervisão do OCA; uso das comunicações;
planejamento; higiene; descanso; proteção contra condições meteorológicas
adversas; manutenção de 1º escalão; ressuprimento Cl I quando autorizado e
evacuações reais.

B.3 OBSERVAÇÕES SUBJETIVAS


a. Observação de morteiros
1) Entrada em posição, onde o OCA deve avaliar as condições do espaldão
da peça (se for o caso);
2) Verificação da pontaria correta, onde o OCA indaga ao chefe de peça: o
azimute desejado para os disparos, a alça da peça e a carga utilizada;
3) De posse da alça e da carga utilizada o OCA verificará a distância até o
local de arrebentamento;
4) Utilizando o GPS, o OCA marcará a posição da peça de morteiro e usando
a função de projetar ponto, valendo-se do azimute e distância, verificará a coor-
denada do impacto.
5) O OCA deverá informar a coordenada do impacto ao operador do Gamer
300;
6) Com base nas informações referentes à tropa alvo, o operador do Gamer
300 verificará o número de baixas. É pertinente saber as condições da posição
que a tropa alvo se encontra: se estão defendidos ou não.
b. Observação das armas AC
1) Verificação da pontaria e alcance de utilização:
Carl Gustav – 700 m
AT-4 – 300 m
2) Atentar para a área de sopro (30 m);
3) O OCA da tropa que ataca deverá, através do rádio, informar ao OCA da
tropa que defende o exato local do impacto para que as baixas sejam julgadas;
4) Em caso de disparo contra abrigos, os mesmos devem ser inutilizados pelo
OCA, que informará aos possíveis sobreviventes que devem deixar o local, pois
não se encontram mais protegidos
5) Instalações e abrigos atingidos terão 50% de baixas, arredondando-se para
cima.
Ex: 5 atingidos = 3 mortos
B-3
EB70-CI-11.461

c. Observação da Granada de Mão


1) Granadas de mão devem ser lançadas sob observação do OCA. O lança-
dor do artefato deverá gritar “OCA, granada!” para manifestar sua intenção de
arremessar a granada. Caso esteja próximo do OCA, pode realizar o lançamento
em silêncio.
2) O OCA deverá verificar se o pino da granada foi retirado corretamente;
3) OCA considera 05 (cinco) segundos após lançamento para efetivar baixas;
4) OCA arbitra 100% de baixas em um raio de 3 m;
5) Evita-se a arbitragem de granadas em exercícios noturnos para que não se
perca material.
d. Observação do Combate Aproximado
1) Contato físico É PROIBIDO;
2) Uso de óculos de proteção é obrigatório;
3) Captura de munição PROIBIDA;
4) Engajamento pelo fogo até distância de 10 m;
5) O não cumprimento das regras previstas neste item acarretará a baixa do
militar.
e. Combate de encontro
1) É proibido o contato físico e o combate corpo-a-corpo entre os integrantes
da For Adest e For Op.
2) É proibido abrir fogo ou arremessar pirotécnicos no interior de abrigos, bar-
racas e viaturas.
3) É proibido disparos de festim a distâncias inferiores a 10 (dez) metros entre
os oponentes.
4) Combate de encontro ou aproximado a menos de 10 (dez) metros será
arbitrado subjetivamente pelo OCA dentro de um congelamento tático.
5) É obrigatório uso do óculos de proteção por todos os militares envolvidos
no Exercício.
f. Armadilhas e cargas simuladas
1) Armadilhas deverão ser simuladas com lâmpadas e outros meios, desde
que seja mantida a segurança;
2) Os OCA deverão ser informados da posição exata das armadilhas;
3) As baixas seguirão as regras da granada de mão;
4) Havendo emprego de cargas mais poderosas, o OCA pode ampliar o raio

B-4
EB70-CI-11.461
de ação se assim julgar conveniente.
g. Inteligência
1) Captura e revista de PG mediante controle e avaliação do OCA; (proibido
contato físico);
2) Interrogatório mediante intermediação do OCA;
3) Amarração dos PG a cargo dos OCA, devendo Força Adestrada / FOROP
apresentarem material necessário para tal;
4) OCA verifica a segurança das Com e verifica a coleta de informações do
Inimigo obtidas por realização de patrulhamento (Guerra Eletrônica).
h. Segurança do Exercício
1) A tropa avaliada e a FOROP só utilizarão munição de festim. É responsa-
bilidade da equipe OCA a fiscalização da munição empregada em cada fase do
exercício.
2) Os OCA portarão no porta-carregador a munição real necessária para pro-
ver a segurança do exercício.
i. Simulação de baixas e feridos
1) Prioritariamente, as baixas e os feridos da For Adest e For Op serão arbi-
trados pelo sistema DSET;
2) O OCA interfere e arbitra o engajamento se:
a) a linha de pontaria dentre os elementos emissores e receptores do DSET
estiver bloqueada por anteparos, como cobertas, vegetação, sujeira;
b) uso inadequado do DSET por imperícia, negligência ou má-fé como, por
exemplo, retirada de pilhas e cabos de alimentação; e
c) caso o militar ou a viatura não esteja sensorizada por limitações diversas,
o OCA arbitrará o engajamento conforme a técnica de arbitragem subjetiva (CI
Sml Viva).
j. Simulação de dano e destruição de viaturas
1) Prioritariamente, o dano e destruição de viaturas da For Adest e For Op
serão arbitrados pelo sistema DSET.
2) Arbitra-se a baixa da guarnição CC após a destruição da Viatura.
3) É permitido o uso do cambão para movimentar viaturas com destruição
simulada.
4) O motorista deve permanecer junto à viatura cuja destruição ou dano foi
arbitrada.
5) As viaturas com dano no chassi irão:

B-5
EB70-CI-11.461
a) Permanecer com todas as capacidades do seu sistema de armas e co-
municações;
b) Desligar o motor, sob a penalização de ser destruída pelo OCA; e
c) Em caso de necessidade de segurança, a viatura com dano no chassi
pode se movimentar por até 10 m no período de 5 minutos após o recebimento
de dano.
6) As viaturas com dano no sistema de armas:
a) Permanecem com capacidade de movimentar-se;
b) Desoperacionalizam o sistema de armas; e
c) Desligam os rádios.
7) A camuflagem de viaturas, estruturas e militares é autorizada desde que
seja bem fixada e não interfira nos elementos passivos do DSET.
k. Veículos capturados
1) Deve ser coordenada e prevista pela Ordem de Instrução, do contrário, não
é autorizada
2) É obrigatória a presença de um OCA na captura de quaisquer veículos.
3) É proibido bloquear um veículo com o corpo para capturá-lo.
4) Motorista permanece junto ao veículo.
l. Comunicações
1) Somente material listado em QDM pode ser utilizado no exercício.
2) É proibida a utilização de rádios adquiridos localmente, como talk about.
m. Logística
1) As atividades logísticas de ressuprimento da For Adest seguirá conforme o
Par 4º Ordem de Operações do Tema Tático.
2) Os feridos leves conduzidos até o P Ref F SU serão curados pela DirEx.
3) Os feridos moderados, graves e gravíssimos serão conduzidos pela DirEx
até uma área designada onde permanecerão fora de situação.
4) Os mortos recolhidos ao P Col serão conduzidos pela DirEx até uma área
designada onde permanecerão fora de situação.
5) Os feridos e mortos centralizados na área específica junto à DirEx retorna-
rão a ForAdst e ForOp como recompletamentos.
6) Todo o equipamento e munição em uma viatura destruída também será
considerado destruído e inservível.

B-6
EB70-CI-11.461
7) Reboques atrelados também serão considerados destruídos e inservíveis.
8) As Vtr danificadas ou destruídas permanecerão nessa situação até a che-
gada ou a remoção via tração até a Tu Mnt, quando então serão consertadas.
9) Toda a munição será simulada em peso, tipo e dimensões.
10) As munições deverão ser solicitadas através pedido.
11) O ressuprimento ocorrerá conforme Par 4º O Op.
12) Os OCA somente atualizarão a situação de munição após recebidos os
simulacros;
13) Os CSR deverão possuir uma munição de manejo por tipo de munição real
e tantos simulacros quanto às munições disponíveis para tiro;
i. Obstáculos
1) A Força Adestrada deve comunicar todos os obstáculos aos OCA antes
da colocação. A Força Oponente deve comunicar a colocação de obstáculos à
sua cadeia de comando. Isso ajudará os OCA na cobertura de obstáculos para
garantir que tenham o efeito pretendido. Se os OCA não souberem que um obs-
táculo foi colocado, este não será coberto e não surtirá o efeito desejado. Uni-
dades podem lançar obstáculos em qualquer lugar no campo de batalha, sujeitos
a restrições previamente estabelecidas pela DIREX.
2) A Força Adestrada não colocará obstáculos em estradas de superfície rígi-
das sem a aprovação dos OCA. Em quaisquer rotas as unidades vão construir
obstáculos, de tal forma que uma pista permaneça aberta para permitir a pas-
sagem de possíveis vítimas reais. O OCA balizará as rotas e obstáculos com
fitas zebradas, juntamente aos cavalos de frisa. Cyalumes serão utilizados para
balizar os obstáculos no período noturno, evitando acidentes. As unidades em-
pregarão meios de engenharia suficientes para cumprir a intenção do obstáculo,
estocando a porção não utilizada na beira da estrada. Qualquer tentativa de pas-
sagem através do obstáculo ocorrerá na parcela construída. Um obstáculo que
está incompleto ou não se liga ao terreno não será julgado como obstrução de
via e pode ser contornado pela Força Adestrada, FOROP ou figuração.
3) Obstáculos que são inerentemente perigosos e não têm uso tático, não
serão utilizados. Se os POP de uma unidade exigirem que os campos minados
sejam marcados com arame farpado, ele não pode estar a uma altura superior a
um metro acima do nível do solo.
4) A Força Adestrada tirará todos os obstáculos, recuperará todas as minas,
preencherá todas as posições defensivas escavadas após mudança ou término
de missão sob coordenação da equipe OCA e antes de partir da área de exer-
cícios.
5) Obstáculos Padrão:

B-7
EB70-CI-11.461

a) CRATERA

REQUERIMENTOS PARA
LANÇAMENTO
Explosivos:
Cratera de 12 x 4 m = 1Pel E/hora de trabalho
Mecânicos:
Cratera de 12 x 4 m = 1Gp E/hora de trabalho
(empregando maquinário)
PASSAGEM:
1 Gp E/1 hora de trabalho
BALIZAMENTO:
O obstáculo deve ser claramente balizado dia
e noite. Placas indicativas da cratera devem
ser postadas nos dois sentidos da pista. Fitas
devem ser empregadas para marcar a via ad-
Figura 1 An B - Simulação de cratera
ministrativa, assim como placas indicativas da
mesma nas extremidades internas dos cavalos de frisa.
Cyalumes devem ser empregados no período noturno, marcando as duas extremidades dos ca-
valos de frisa.
AVALIAÇÃO SUBJETIVA
Se tropa montada faz contato com o obstáculo sem lidar com ele, o OCA deve considerar o pri-
meiro veículo como mobilidade danificada. O veículo deve permanecer no local até que o resgate
apropriado seja empregado.

b) ABATIS

REQUERIMENTOS PARA
LANÇAMENTO
Explosivos e Mecânicos
100 m de profundidade = 1Pel E/hora de tra-
balho
* Por meios mecânicos entende-se motosserra.
PASSAGEM:
1 Pel E/hora de trabalho
* utilizando explosivos ou motosserras
BALIZAMENTO:
As árvores cortadas devem ser marcadas com
fita laranja. Cavalos de frisa devem marcar a
profundidade do obstáculo (média de 100 me-
tros). Placas indicativas do obstáculo devem
identificá-lo. Placas indicativas da via Adm de- Figura 2 An B - Simulação de abatis

B-8
EB70-CI-11.461

vem ser postas nas extremidades interiores dos cavalos de frisa.


Cyalumes devem ser empregados no período noturno, marcando as duas extremidades dos
cavalos de frisa.
AVALIAÇÃO SUBJETIVA
A via não deve ser usada até que a passagem seja aberta de maneira apropriada. Se a Força
Adestrada tentar passar pelo obstáculo sem abrir a passagem, uma de suas Vtr deve ser baixa-
da. Um abatis não pode ser vencido com uso de Rambs.

c) FOSSO ANTICARRO

REQUERIMENTOS PARA
LANÇAMENTO
Lançado apenas com meios mecânicos.
Fosso de 50 m = 1 Gp E/hora de trabalho
* Empregando Eqp Eng
PASSAGEM:
Fosso de 50 m = 1 Gp E/hora de trabalho
* Empregando Eqp Eng. Dobro do tempo em
caso de uso de explosivos e trabalhos manuais.
BALIZAMENTO:
Deve ser claramente balizado para dia e noite.
Cavalos de frisa e fitas devem ser empregados
para simbolizar o diâmetro do fosso. Placas indi-
cativas do obstáculo devem ser postas nos dois
sentidos da via e placas indicativas da via admi-
nistrativa devem ser postas nas extremidades
interiores dos cavalos de frisa. Cyalumes devem Figura 3 An B - Simulação de fosso anticarro
ser empregados no período noturno marcando
as duas extremidades dos cavalos de frisa.,
AVALIAÇÃO SUBJETIVA
Se tropa montada faz contato com o obstáculo sem lidar com ele, o OCA deve considerar o pri-
meiro veículo como mobilidade danificada. O veículo deve permanecer no local até que o resgate
apropriado seja empregado.

6) Destruição de pontes: a Força Adestrada simulará todas as missões de


destruição de pontes usando procedimentos previstos em doutrina. A FOROP irá
simular a destruição de pontes usando cargas e sistemas de iniciação inertes,
após a validação por um OCA ou engenheiro da FOROP e a execução bem-
-sucedida dos procedimentos, usando os cálculos apropriados para quantidade
de explosivos para o tipo de ponte. Desejavelmente, pirotécnicos serão empre-
gados para representar o acionamento da carga, causando os efeitos sonoros
de uma ponte danificada ou destruída.
7) Balizamento de ponte: um OCA bloqueará a ponte com cavaletes em caso
de destruição da mesma ou fita zebrada na área danificada se a ponte não tiver
sido completamente destruída.

B-9
EB70-CI-11.461

8) Faixas Administrativas: todo obstáculo em uma rota deve ter uma via
administrativa. As faixas administrativas estão marcadas com sinais triangulares
(“VIA ADMIN”) e com a fita zebrada no chão .
- Além disso, essas faixas serão marcadas com cyalumes no período noturno.
A Força Adestrada, FOROP e a figuração não estão autorizados a usar faixas
administrativas. Se um obstáculo é lançado pela Força Adestrada ou FOROP
e não é devidamente balizado por falta de material ou pessoal, a equipe OCA
deve se certificar que alguém permaneça no local até que o obstáculo seja de-
vidamente balizado, em caso de dúvidas e se a segurança de alguma forma for
afetada, deve-se optar pelo não lançamento do obstáculo.
9) Obstáculos não padronizados: obstáculos não padronizados podem ser
empregados pela Força Adestrada. Para os obstáculos alcançarem a intenção
desejada, eles devem ser construídos de acordo com preceitos doutrinários.
Cabe à equipe OCA arbitrar o emprego de obstáculos não ortodoxos. Os seus
efeitos podem ser limitados e as questões relativas à avaliação subjetiva devem
ser encaminhadas à DIREX para arbitragem, caso o OCA julgue necessário.
10) Operações de Abertura de Brechas: ao conduzirem Operações de Aber-
tura de Brechas tanto a Força Adestrada quanto à FOROP devem fazê-la numa
porção do obstáculo real previamente lançado. Brechas simuladas devem ser
autorizadas somente em obstáculos inteiramente simulados (como um fosso an-
ticarro simulado numa via asfaltada) ou quando o meio empregado não gerar
efeitos reais (como granadas de exercício). Quando aberturas simuladas forem
realizadas a Força Adestrada e a FOROP passarão a usar a faixa administra-
tivas como ponto de abertura. Uma vez que a brecha seja estabelecida, eles
passarão pela faixa administrativa enquanto o pessoal não envolvido no assalto
ajustará o balizamento do obstáculo de acordo com a brecha previamente pla-
nejada, de maneiras que o obstáculo possa ser reconhecido futuramente como
um obstáculo vencido.
j. identificação de veículos na área de exercícios
1) As viaturas da equipe OCA e DIREX deverão ser identificadas pela cor
branca no capô, nas portas laterais e na traseira do veículo. (Quando possível,
deverão ser identificadas nominalmente conforme Cap V deste Manual)
2) As viaturas da Força Oponente deverão ser identificados pela cor vermelha
no capô, nas portas laterais e na traseira do veículo.
3) As viaturas da figuração ou demais envolvidos no exercício deverão ser
identificados pela cor amarela no capô, nas portas laterias e na traseira do veí-
culo.

B-10
EB70-CI-11.461
B.4 MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE DO EXERCÍCIO
a. A For Adest e For Op devem assegurar-se que um OCA acompanha seus
elementos em qualquer missão.
b. Proibido movimentações sem o OCA.
c. Se a fração for fracionada para execução de alguma missão, o comandante
deve comunicar ao OCA antes da execução.
d. Se nenhum OCA está presente para arbitrar um engajamento, o mais antigo
militar da For Op possuidor do Estg OCA assume a função e a executa.
e. Em caso de extravio de DSET ou MEM, a menor fração enquadrante será
retirada do Exercício para execução da busca e varredura.
f. Em caso de extravio de outros materiais militares, inclusive armamento, a tropa
só será retirada do exercício com a aprovação do Diretor do Exercícios.
g. For Op e For Adest permanecerão constantemente uniformizada a partir do
horário de entrada em situação do Exercício. Qualquer observação diferente
será remetida ao Esc Supe da Força.
h. Em caso de quebra da Regra de Engajamento, uma missão de tiro será arbi-
trada sobre a fração.
i. A cadeia de comando da For Adest e For Op é responsável pelo C², saúde e
bem-estar das suas tropas.
j. A cadeia de comando deve ser usada, sempre que possível, para corrigir vio-
lações das RA;
l. O OCA só atua quando a Regra de Engajamento ou as Normas de Segurança
forem violadas, no que houver risco da perda da vida, perda de membro, perda
da visão ou quando for solicitada pela cadeia de comando da For Adst ou For Op.

“Local e Data”

NOME DO COMANDANTE - Posto


Comandante do “Nome da OM”

B-11
EB70-CI-11.461

B-12
EB70-CI-11.461
ANEXO C
MODELO DE BAREMA

“Nome da Ope-
“Símbolo da OM” “Cabeçalho”
ração”

Nome Rubrica
OCA

Fração OM Data

Cmt FT SCmt FT Menção

ATAQUE DE DIA A UMA POSIÇÃO SUMARIAMENTE ORGANIZADA


(CMT PEL FUZ)
Obs
AÇÕES A OBSERVAR REALIZADO NÃO REALIZOU
(LEGENDA)

a. Antes do Ataque:

Reconheceu o terreno?

Obteve informes do Elm em contato?

Decidiu com acerto e com oportunidade?

Transmitiu a ordem de Ataque?

Determinou as medidas preparatórias e


providências administrativas complemen-
tares?

b. Durante o Ataque:

Ligar-se com o(s) Elm vizinho(s)?

Conduziu e impulsionou a progressão?

Interviu no combate com oportunidade e


acerto?

C-1
EB70-CI-11.461

Empregou as armas de apoio orgânicas


ou em reforço com oportunidade?
Solicitou apoio de fogo quando necessá-
rio?
Tomou o dispositivo de assalto e conduzi-
-lo com impulsão?

c. No Objetivo:

Consolidou a conquista do Obj?

Reajustou o dispositivo?

Limpou o Obj?

Providenciar a defesa?

Comunicou a conquista e esclareceu a


situação?

Executou a reorganização?

Verificou as perdas?

Evacuou os feridos e PG?

Remuniciamento; Cerrou apoios?

Ligou-se com os vizinhos?

d. Baixas:

Total de Feridos na Cia

Total de Mortos na Cia

e. Observações Subjetivas:

PONTOS FORTES

OPORTUNIDADE DE MELHORIAS

MELHORES PRÁTICAS

LIÇÕES APRENDIDAS

f. Observações de campo:

C-2
EB70-CI-11.461
ANEXO D
MODELO DE RELATÓRIO PRELIMINAR DE ADESTRAMENTO

MINISTÉRIO DA DEFESA Relatório Preliminar


“Símbolo da OM” EXÉRCITO BRASILEIRO de Adestramento
“CABEÇALHO”
“DATA”

“NOME DA OM”

D.1 FINALIDADE
- Diagnosticar o desempenho por ocasião das diversas atividades de adestra-
mento e instrução que antecederam o exercício de Simulação Viva.

D.2 OBJETIVOS

D.3 REFERÊNCIA

D.4 INFORMAÇÕES CONSOLIDADAS

a) Nível de completamento do QCP (efetivo previsto x efetivo existente)

b) Disponibilidade de QDM (material previsto x material disponível)

c) Percentuais de TAF

d) Percentuais de aproveitamento de tiro TIA e TCB

e) Situação logística (Cl I, Cl III, Cl V e Cl X)

f) Outras informações julgadas úteis

D-1
EB70-CI-11.461

D.5 CONCLUSÃO

“Local e Data”

NOME DO COMANDANTE – Posto


Comandante do “nome da OM”

D-2
EB70-CI-11.461
ANEXO E
OBSERVAÇÃO SUBJETIVA DE BAIXAS PROVENIENTES
DE FOGOS INDIRETOS

E.1 MORTEIRO 60MM HE

E-1
EB70-CI-11.461

E.2 MORTEIRO 81MM HE

E-2
EB70-CI-11.461

E.3 MORTEIRO 120MM HE

E-3
EB70-CI-11.461

E-4
EB70-CI-11.461
ANEXO F
MODELO DE ORGANOGRAMA DA DIREX

F-1
EB70-CI-11.461

F-2
EB70-CI-11.461
GLOSSÁRIO
PARTE 1 - ABREVIATURAS E SIGLAS

Abreviaturas/Siglas Significado

A Alça

AC Anticarro

ADA Análise Durante a Ação

Adj Pel Adjunto de Pelotão

Ap Apoio

APA Análise Pós-Ação

APH Atendimento Pré-Hospitalar

Aprn Op Apronto Operacional

At Atirador

Abreviaturas/Siglas Significado

C Mil A Comando Militar de Área

CA Centro de Adestramento

Cb Cabo

CC Carro de Combate

Cg Carga

CI Caderno de Instrução

Cmb Enc Combate de Encontro

Cmt Comandante

Cmt Cia Comandante de Companhia

Cmt Esqd Comandante de Esquadra

Cmt GC Comandante de Grupo de Combate

Cmt Pel Comandante de Pelotão

COTER Comando de Operações Terrestres


Capacitação Técnica e Tática do Efetivo
CTTEP
Profissional
G-1
EB70-CI-11.461

Abreviaturas/Siglas Significado

DE Divisão de Exército

Der Deriva

DGT Direção Geral de Tiro

DIREX Direção do Exercício

DO Deficiência Operacional
Doutrina, Organização, Adestramento, Mate-
DOAMEPI
rial, Educação, Pessoal e Infraestrutura
Dout Doutrina

DRR Diagrama da Rede Rádio


Dispositivo de Simulação de Engajamento
DSET
Tático

Abreviaturas/Siglas Significado

EB Exército Brasileiro

Emp Emprego

Abreviaturas/Siglas Significado

F Adst Força Adestrada

FAA Ferramenta de Apoio ao Adestramento

Ficha de Anotação de Conhecimento de Inte-


FACID
resse da Doutrina

Fig Figura

FOROP Força Oponente

Frat Fratricídio

Frç Fração

Func Cmb Função de Combate

G-2
EB70-CI-11.461

Abreviaturas/Siglas Significado

GC Grupo de Combate

GDH Grupo Data Hora

GPS Global Positioning System

Grd Granada

GU Grande Unidade

Abreviaturas/Siglas Significado

IAT Instrutor Avançado de Tiro

IIB Instrução Individual Básica

IIQ Instrução Individual de Qualificação

Ini Inimigo

Inst Instalação
Instruções Reguladoras de Tiro com o Arma-
IRTAEx
mento do Exército
Itn Itinerário

Abreviaturas/Siglas Significado

LP Linha de Partida

Abreviaturas/Siglas Significado

MAS Meio Auxiliar de Simulação


Missão, Inimigo, Terreno, Meteorologia,
MITeMet-C
Meios, Tempo e Civis
Mot Motorista

MP Melhor Prática

G-3
EB70-CI-11.461

Mrt Morteiro

MSET Meios de Simulação de Engajamento Tático

Mu Munição

Abreviaturas/Siglas Significado

Obs Observação

Obus Obuseiro

OCA Observador e Controlador do Adestramento

OII Objetivo de Instrução Individual

OM Organização Militar

Op Operacional

OVN Óculos de Visão Noturna

Abreviaturas/Siglas Significado

P Atq Posição de Ataque

P Distr Posto de Distribuição

PAA Programa de Adestramento Avançado

PAB Programa de Adestramento Básico

Pel Pelotão

PIM Plano de Instrução Militar

Plj Planejamento

PMS Problema Militar Simulado

PPA Programa Padrão de Adestramento

Prep Preparo

PRODE Produto de Defesa

G-4
EB70-CI-11.461
Q

Abreviaturas/Siglas Significado

QBRN Química, Biológica, Radiológica e Nuclear

QCP Quadro de Cargos Previstos

QDM Quadro de Dotação de Material

Abreviaturas/Siglas Significado

RHA Rolled Homogeneous Army

Abreviaturas/Siglas Significado
Sistema de Acompanhamento Doutrinário e
SADLA
Lições Aprendidas
Sd Soldado

SIMEB Sistema de Simulação do Exército Brasileiro

SU Subunidade

Abreviaturas/Siglas Significado

T Loc Transferidor de Locação

Tab Tabela

TAF Teste de Aptidão Física

Tat Tático

Ton Tonelada

TTP Técnicas, Táticas e Procedimentos

Abreviaturas/Siglas Significado

U Unidade

G-5
EB70-CI-11.461
V

Abreviaturas/Siglas Significado

VBE Viatura Blindada Especial

VBR Viatura Blindada de Reconhecimento

VBTP Viatura Blindada de Transporte de Pessoal

VTL Viatura de Transporte Leve

Vtr Viatura

G-6
EB70-CI-11.461
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. AVIBRAS Indústria Aeroespacial S.A. Guia de Inspeção. GI-MET-1548,


São José dos Campos - São Paulo-SP, 2013.

______.AVIBRAS Indústria Aeroespacial S.A. Catálogo de Peças. CP-MET-


-1591, São José dos Campos - São Paulo-SP, 2013.

______.AVIBRAS Indústria Aeroespacial S.A. Manual de Manutenção Orgâni-


ca. MM2-MET-1573, São José dos Campos - São Paulo-SP, 2013.

______.AVIBRAS Indústria Aeroespacial S.A. Catálogo de Peças. CP-MET-


-1591, São José dos Campos - São Paulo-SP, 2013.

______.AVIBRAS Indústria Aeroespacial S.A. Manual de Operação Estação


Meteorológica Vaisala. MO-VAISALA-1582, São José dos Campos -
São Paulo-SP, 2013.

______.AVIBRAS Indústria Aeroespacial S.A. Manual de Utilização da Viatura


Estação Meteorológica Móvel. MU-MET-1531, São José dos Campos -
- São Paulo-SP, 2013.

MINISTÉRIO DA DEFESA. EXÉRCITO BRASILEIRO. Comando do Exército.


Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do Exército - EB10-
-IG-01.002 - 1a Edição. Brasília, 2011.

______. COTER. Sistema de Instrução Militar do Exército Brasileiro. Brasília,


2019.

______. COTER. Programa de Instrução Militar - EB70-P-11.001. Brasília, 2019.

______. Estado-Maior do Exército. Doutrina Militar Terrestre - EB20-MF-10.102


– 1a Edição. Brasília, 2014.

______. COTER. Caderno de Instrução de Análise Pós-Ação - EB70-CI-11.413


- Edição Experimental. Brasília, 2017.

______. COTER. Caderno de Instrução de Exercícios de Simulação Cons-


trutiva - EB70-CI-11.410 - 1a Edição. Brasília, 2017.

______. Estado-Maior do Exército. Exercícios Táticos - C105-5 - 1a Edição.


Brasília, 1992.
R-1
EB70-CI-11.461

______. Estado-Maior do Exército. Diretriz do Sistema de Simulação do Exér-


cito Brasileiro - EB20-D-03.015. Brasília, 2018.

______. United States of America - Department of the Army. Exercise Rules of


Engagement (EXROE) - Fiscal Year 19. Louisiana - Fort Polk, 2019.

______. United States of America - Department of the Army. Observer, Coach


and Trainer Handbook (OCT Handbook) - Fiscal Year 19. Louisiana - Fort Polk,
2019.

______. United States of America - Department of the Army. Adjudication Table.


Louisiana - Fort Polk, 2019.

R-2
EB70-CI-11.461

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES


Brasília, DF, 3 de setembro de 2021
https://portaldopreparo.eb.mil.br

Você também pode gostar