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EB70-CI-11.

473

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

CADERNO DE INSTRUÇÃO
TÁTICAS, TÉCNICAS E
PROCEDIMENTOS PARA O EMPREGO
DE MUNIÇÃO MENOS LETAL

Edição Experimental
2022
EB70-CI-11.473
EB70-CI-11.473

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

CADERNO DE INSTRUÇÃO
TÁTICAS, TÉCNICAS E
PROCEDIMENTOS PARA O EMPREGO
DE MUNIÇÃO MENOS LETAL

Edição Experimental
2022
EB70-CI-11.473
EB70-CI-11.473

PORTARIA COTER/C Ex Nº 205, DE 11 DE AGOSTO DE 2022


EB: 64322.016270/2022-04

Aprova o Caderno de Instrução Táticas,


Técnicas e Procedimentos para o Em-
prego de Munição Menos Letal (EB70-
-CI-11.473), Edição Experimental, 2022,
e dá outras providências.

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso


da atribuição que lhe conferem os incisos II e XI do art. 10 do Regulamento do
Comando de Operações Terrestres (EB10-R-06.001), aprovado pela Portaria do
Comandante do Exército nº 914, de 24 de junho de 2019, e de acordo com o
que estabelece os Art. 5º, 12º e 44º das Instruções Gerais para as Publicações
Padronizadas do Exército (EB10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria do Coman-
dante do Exército nº 770, de 7 de dezembro de 2011, e alteradas pela Portaria do
Comandante do Exército nº 1.266, de 11 de dezembro de 2013, resolve:

Art. 1º Fica aprovado o Caderno de Instrução Táticas, Técnicas


e Procedimentos para o Emprego de Munição Menos Letal (EB70-CI-11.473),
Edição Experimental, 2022 e dá outras providências.

Art. 2º Esta portaria entrará em vigor e produzirá efeitos a partir


da data de sua publicação.

Gen Ex ESTEVAM CALS THEOPHILO GASPAR DE OLIVEIRA 


Comandante de Operações Terrestres

(Publicado no Boletim do Exército nº 33, de 19 de agosto de 2022)


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FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM)

NÚMERO ATO DE PÁGINAS


DATA
DE ORDEM APROVAÇÃO AFETADAS
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ÍNDICE DOS ASSUNTOS
Pag

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 Generalidades ................................................................................. 1-1
1.2 Conceitos ........................................................................................ 1-1
1.3 Definições ....................................................................................... 1-1
1.4 Vantagens no Emprego das TML .................................................... 1-5

CAPÍTULO II – LEGISLAÇÃO
2.1 Generalidades ................................................................................. 2-1
2.2 Amparo Legal .................................................................................. 2-2

CAPÍTULO III – TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO


3.1 Generalidades ................................................................................. 3-1
3.2 Materiais Menos Letais Empregados no Âmbito Exército Brasileiro 3-2
3.3 Treinamento e Capacitação ............................................................ 3-31
Considerações Táticas no Emprego de Armas e Munições Menos
3.4 3-35
Letais ...............................................................................................

CAPÍTULO IV – PROCEDIMENTO EM CASO DE INCIDENTE


4.1 Generalidades ................................................................................. 4-1
4.2 Procedimentos com Granada de Mão Menos Letal ........................ 4-1
4.3 Procedimentos com Espigarda Cal.12 ............................................ 4-2
4.4 Procedimentos com Lançador de Granada 37/38 mm ................... 4-2

CAPÍTULO V – EMPREGO DE MUNIÇÃO MENOS LETAL


5.1 Generalidades ................................................................................. 5-1
5.2 Proposta de Distribuição de Munição Menos Letal Nível SU ......... 5-1
5.3 Proposta de Distribuição de Munição Menos Letal Nível Pelotão .. 5-2

ANEXO A - DIAGRAMA DE UTILIZAÇÃO


A.1 Diagrama de Utilização ................................................................... A-1

ANEXO B - PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL E MATERIAL


B.1 QOPM Pel Força de Choque .......................................................... B-1
B.2 QOPM Pel Pa Ost ........................................................................... B-2
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ANEXO C - PROPOSTA DE EMPREGO DO ESPARGIDOR DE PIMENTA


C.1 Observações .................................................................................. C-1
C.2 Descrição dos Exercícios ............................................................... C-3
C.3 Classificação dos Resultados ........................................................ C-3
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CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO

1.1 GENERALIDADES
- Este Caderno de Instrução complementa o Caderno de Instrução Tecnologia
Menos Letal (EB70-CI-11.415), 1ª Edição, 2017 e tem por objetivo apresentar a
correta utilização das Táticas, Técnicas e Procedimentos que devem ser adota-
dos ao manusear e empregar armamentos, granadas e munições menos letais.

1.2 CONCEITOS
1.2.1 Nos dias atuais as tecnologias menos letais se tornaram materiais adequa-
dos para este tipo de emprego, fornecendo armamentos, munições e granadas
que favorecem a atuação eficaz da tropa, de forma humanitária e reduzindo o
risco de danos permanentes.
1.2.2 Os armamentos menos letais, assim como as munições e as granadas me-
nos letais, são aquelas empregadas, especificamente, para minimizar mortes e
incapacidades permanentes nos seres vivos e danos indesejados à propriedade,
ao meio ambiente e materiais.

1.3 DEFINIÇÕES
- No contexto deste caderno de instrução, são consideradas as seguintes defi-
nições:
1.3.1 AGENTES QUÍMICOS
1.3.1.1 São todas substâncias que, por sua atividade química, produzam, quan-
do empregado para fins militares, um efeito tóxico, fumígeno ou incendiário.
1.3.1.2 Este efeito tóxico em situações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)
restringe-se aos agentes inquietantes, que tem por finalidade diminuir a capaci-
dade combativa e operativa do oponente.
1.3.2 ARMAMENTOS MENOS LETAIS
- São armas projetadas e empregadas para incapacitar temporariamente as pes-
soas, ao mesmo tempo em que busca evitar mortes e ferimentos permanentes,
danos indesejáveis às instalações e comprometimento do meio-ambiente.

1-1
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1.3.3 EFICIÊNCIA
1.3.3.1 A eficiência no emprego de técnicas menos letais só será atingida
se obedecer aos seguintes fatores:
a) doutrina;
b) treinamento;
c) táticas e estratégias; e
d) medidas de segurança.
1.3.3.2 Neste sentido, o emprego das tecnologias menos letais, de forma mal
feita e em discordância com os preceitos ligados à eficiência, pode gerar duas
situações perigosas e distintas.
1.3.3.3 A primeira situação é quando se atua abaixo da curva da eficácia, onde
existe a ineficiência da tecnologia. Essa ineficiência pode causar a oportunidade
do APOP entrar na situação de Reação de Luta ou Fuga tornando-o irracional e
mais forte que o normal.
1.3.3.4 A segunda situação, que pode ser gerada pelo emprego incorreto das
tecnologias menos letais, é do outro extremo, onde acontece a morte ou ferimen-
tos permanentes. Estas situações são potencialmente perigosas para a imagem
da operação e da aceitabilidade pública do emprego da Força Terrestre.

Fig 1 - Gráfico de eficiência da tecnologia menos letal

1-2
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1.3.4 FERIMENTOS PERMANENTES
- São todos os danos irreversíveis causados às pessoas, prejudicando sua ca-
pacidade laboral.
1.3.5 FORÇA MÍNIMA
- É o menor grau de força necessária para, assegurando o cumprimento das
ações anteriormente especificadas, desestimular o Agente de Perturbação da
Ordem Pública (APOP) a prosseguir nos seus atos, causando-lhe o mínimo de
danos possível.
1.3.6 GRANADAS MENOS LETAIS
1.3.6.1 São artefatos bélicos de uso restrito, com peso inferior a 1 Kg, que visa
facilitar o seu transporte e o seu lançamento ou projeção, pelo combatente indi-
vidual.
1.3.6.2 Sua classificação varia de acordo com o local a ser empregada, seu
método de projeção, seu funcionamento, sua carga e o objetivo para o qual se
destinam.
1.3.7 LEGALIDADE
- Remete à necessidade de que as ações devem ser praticadas de acordo com
os mandamentos da lei, não podendo se afastar, sob pena de praticar-se ato in-
válido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso.
1.3.8 MUNIÇÕES MENOS LETAIS
- São aquelas projetadas e empregadas para incapacitar temporariamente as
pessoas, ao mesmo tempo em que busca evitar mortes e ferimentos permanen-
tes, danos desnecessários às instalações e comprometimento do meio ambien-
te.
1.3.9 NECESSIDADE
- Somente serão desencadeadas ações e medidas estritamente necessárias ao
cumprimento da missão.
1.3.10 PROPORCIONALIDADE
- Correspondência entre a ação e a reação do oponente, de modo a não haver
excesso por parte do integrante da tropa empregada na operação Fig 2.

1-3
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Fig 2 - Pirâmide de proporcionalidade entre a ação e a reação do oponente

1.3.11 PROGRESSIVIDADE
- O uso da força deverá, sempre que possível, evoluir gradualmente, sempre a
fim de atingir o nível suficiente para neutralizar a ameaça, buscando preservar
a integridade física das pessoas, do material e das instalações afetadas (Fig 3).

Fig 3 - Diagrama de progressividade referente ao uso da força

1-4
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1.3.12 RAZOABILIDADE
- Consiste na compatibilidade entre meios e fins da medida. As ações devem
ser comedidas e moderadas. Os danos provocados pela tropa não podem ser
maiores que os do APOP.

1.4 VANTAGENS NO EMPREGO DAS TML


1.4.1 A vantagem para o emprego da Tecnologias menos letais são que as mes-
mas utilizam efeitos físico-químicos, de som, luz, irritação, aturdimento, obscu-
recimento, impacto e choque elétrico, visando neutralizar ou incapacitar os indi-
víduos temporariamente.
1.4.2 O operador capacitado, pode empregar a força, com o menor dano colate-
ral possível, desde que respeitadas as distâncias de segurança e as técnicas de
emprego do material; a fim de conter progressões violentas sem causar lesões
permanentes ou levar os APOP a óbito durante o cumprimento da missão.

1-5
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1-6
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CAPÍTULO II
LEGISLAÇÃO

2.1 GENERALIDADES
2.1.1 SEGUNDO A ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS, EM SUA RE-
SOLUÇÃO 34/169 DE 17 DE DEZEMBRO DE 1979, EM SEU ARTIGO 1º, É
DETERMINADO QUE:

Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei


devem sempre cumprir o dever que a lei lhes impõe, servin-
do a comunidade e protegendo todas as pessoas contra atos
ilegais, em conformidade com o elevado grau de responsabi-
lidade que a sua profissão requer.

2.1.2 A ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS ENTENDE COMO “FUN-


CIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI” TODOS OS AGEN-
TES DA LEI, QUER NOMEADOS, QUER ELEITOS, QUE EXERÇAM PODE-
RES POLICIAIS, ESPECIALMENTE PODERES DE DETENÇÃO OU PRISÃO.

Nos países onde os poderes policiais são exercidos


por autoridades militares, quer em uniforme, quer não, ou
por forças de segurança do Estado, será entendido que a
definição dos funcionários responsáveis pela aplicação da lei
incluirá os funcionários de tais serviços.

2.1.3 DE ACORDO COM A RESOLUÇÃO DO OITAVO CONGRESSO DAS NA-


ÇÕES UNIDAS PARA A PREVENÇÃO DO CRIME E O TRATAMENTO DOS
DELINQUENTES REALIZADO EM HAVANA, CUBA, EM 1990:

Os governos e entidades responsáveis pela aplicação


da lei deverão preparar uma série tão ampla quanto possível
de meios e equipar os responsáveis pela aplicação da lei
com uma variedade de tipos de armas e munições que per-
mitam o uso diferenciado da força e de armas de fogo. Tais
providências deverão incluir o aperfeiçoamento de armas
incapacitantes não letais, para uso nas situações adequa-
das, com o propósito de limitar cada vez mais a aplicação de
meios capazes de causar morte ou ferimentos às pessoas.
Com idêntica finalidade, deverão equipar os encar-
regados da aplicação da lei com equipamentos de legítima
defesa, como escudos, capacetes, coletes à prova de bala e
veículos à prova de bala, a fim de se reduzir a necessidade
do emprego de armas de qualquer espécie.

2-1
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2.2 AMPARO LEGAL
2.2.1 Com o objetivo de disciplinar o uso das Tecnologias Menos Letais, dentro
do território nacional, foi sancionada a Lei nº 13.060, de 22 de dezembro de
2014.
2.2.2.A LEI Nº 13.060, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014 DEFINE O QUE SÃO AS
TML EM SEU ARTIGO 4º:

Art. 4º Para os efeitos desta Lei, consideram-se ins-


trumentos de menor potencial ofensivo aqueles projetados
especificamente para, com baixa probabilidade de causar
mortes ou lesões permanentes, conter, debilitar ou incapaci-
tar temporariamente pessoas.

2.2.3. EM SEU ARTIGO 2º, A LEI Nº 13.060, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014,


REGE OS PRINCÍPIOS PARA O EMPREGO DAS TML, SENDO ESTES:

Art. 2º Os órgãos de segurança pública deverão prio-


rizar a utilização dos instrumentos de menor potencial ofensi-
vo, desde que o seu uso não coloque em risco a integridade
física ou psíquica dos policiais, e deverão obedecer aos se-
guintes princípios:
I - legalidade;
II - necessidade;
III - razoabilidade e proporcionalidade.
Parágrafo único. Não é legítimo o uso de arma de
fogo:
I - contra pessoa em fuga que esteja desarmada
ou que não represente risco imediato de morte ou de lesão
aos agentes de segurança pública ou a terceiros; e
II - contra veículo que desrespeite bloqueio policial
em via pública, exceto quando o ato represente risco de mor-
te ou lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros.

2.2.4. COM O OBJETIVO DE ASSEGURAR O CORRETO EMPREGO DAS


TML, SEGUNDO O ARTIGO 3º, DA LEI Nº 13.060, DE 22 DE DEZEMBRO DE
2014, OS OPERADORES DEVEM RECEBER TREINAMENTO ESPECÍFICO
PARA O EMPREGO DO MATERIAL:

Art. 3º Os cursos de formação e capacitação dos


agentes de segurança pública deverão incluir conteúdo pro-
gramático que os habilite ao uso dos instrumentos não letais.

2-2
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2.2.5 Para que o operador seja considerado apto para empregar as TML, no
Exército Brasileiro, o mesmo deve atingir os padrões mínimos propostos nos
Apêndices A9, A10, e A12, presentes nas Instruções Reguladoras de Tiro com
o Armamento do Exército (IRTAEx) 2017, em seu caderno II; os quais tratam
sobre o Tiro com Espingarda calibre 12, Tiro com Lançador de granada 37/38
mm e 40 mm e o Tiro com Arma de Incapacitação Neuromuscular Temporária,
respectivamente; e no Apêndice B2, no caderno de número III, que regula o Tiro
com Granada de Mão Explosiva Menos Letal.
2.2.6 ALÉM DISSO, CABE AO OPERADOR, EM CASO DE EMPREGO DESTAS
TECNOLOGIAS, PRESTAR OS PRIMEIROS SOCORROS À VÍTIMA, COMO
ESTABELECIDO NO ARTIGO 6º DA LEI Nº 13.060, DE 22 DE DEZEMBRO DE
2014:

Art. 6º Sempre que do uso da força praticada pelos


agentes de segurança pública decorrerem ferimentos em
pessoas, deverá ser assegurada a imediata prestação de
assistência e socorro médico aos feridos, bem como a comu-
nicação do ocorrido à família ou à pessoa por eles indicada.

2-3
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2-4
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CAPITULO lll
TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO

3.1 GENERALIDADES
3.1.1 O Exército Brasileiro vem empregando cada vez mais as munições menos
letais no contexto das Operações de Cooperação e Coordenação entre Agências
(OCCA), especificamente em ações de Garantia da Lei e da Ordem. O ambiente
operacional mais precisamente a dimensão humana em que se dá foco no indivíduo
e sociedade, apresenta preocupação com perda de vidas e danos colaterais.
3.1.2 Na dimensão informacional também é importante frisar que a opinião pública
está cada vez menos propensa a aceitar o uso força na solução de antagonismos
entre estados ou entre estados e atores não estatais, além disso a presença da
mídia torna cada vez mais importante que as ações sejam cirúrgicas e sem efeitos
colaterais. Tudo isso vai ao encontro do uso de tecnologia menos letal.
3.1.3 A dimensão humana do ambiente operacional: tem foco no indivíduo e na
sociedade, crescendo de importância a preocupação com a perda de vidas e danos
colaterais, a dimensão informacional tem como fator a opinião pública que está
cada vez menos propensa a aceitar o uso da força para solução de antagonismos,
além disso, a presença da mídia e as questões humanitárias devem ser levadas
em conta no ambiente para cooperar em paralelo com a imagem da força.

Fig 4 – Portifólio de munições e armamentos menos letais

3-1
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3.1.4 Este capítulo fornecerá as ferramentas para que o operador de Tecnologia
Menos Letal seja capacitado a empregar as Táticas, Técnicas e Procedimentos
(TTP) de maneira eficiente nas diversas possibilidades de emprego em OCCA.
Compõe-se em apresentação das munições empregadas, Módulo Didático de
Adestramento (MDA), Considerações Táticas no Emprego de Armas e Munições
Menos Letais e Medidas de Segurança.

3.2 MATERIAIS MENOS LETAIS EMPREGADOS NO ÂMBITO EXÉRCITO


BRASILEIRO
a) Os materiais apresentados a seguir são os empregados no âmbito do Exército
Brasileiro. As informações descritas de cada munição embasam o operador a
empregar corretamente as Técnicas, Táticas e Procedimentos das Munições
Menos Letais.
b) As munições apresentadas neste Caderno de Instrução não esgotam os modelos
existentes no mercado.
3.2.1 AM – 404/12E PROJETIS DE BORRACHA 37/40 mm AM 600
3.2.1.1 Descrição
a) O cartucho calibre 37/38 e 40 mm AM 404/12E foi desenvolvido para ser utilizado
no controle de distúrbio e combate à criminalidade visando deter ou dispersar
infratores da lei, em alternativa ao uso de munição convencional, oferecendo às
forças armadas versatilidade com dispositivos de alta tecnologia nas ações de
patrulhamento ostensivo e controle de distúrbios.
b) As munições de impacto controlado possuem alto poder de intimidação
psicológica, provocam hematomas e fortes dores.

Fig 5 – AM- 404/12E

3-2
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3.2.1.2 Especificações:
- Calibre 37/38 mm, 38,1mm e 40 mm (doze esferas);
- nome comum: “doze esferas”;
- quantidade de projéteis: 12;
- material do projétil: elastômero macio;
- massa de cada projétil: 4,5 gramas;
- velocidade de cada projétil: não mensurada;
- energia cinética de cada projétil: não mensurada;
- carga de projeção: pólvora negra;
- distância de segurança: 20 metros;
- região a ser atingida: pernas; e
- armamento: calibres 37/38 mm, 38.1 mm ou 40 mm.
3.2.2 AM – 404 PROJETIS DE BORRACHA 37/40 mm AM 600
3.2.2.1 Descrição
- Este projetil foi desenvolvido com o mesmo intuito da AM – 404/12E.

Fig 6 – AM – 404

3-3
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3.2.2.2 Especificações:
- Calibre 37/38, 38,1 e 40 mm (três esferas);
- nome comum: “três esferas”;
- quantidade de projéteis: 3;
- material do projétil: elastômero macio;
- massa de cada projétil: 28 gramas;
- velocidade de cada projétil: não mensurada;
- energia cinética de cada projétil: não mensurada;
- carga de projeção: pólvora negra;
- distância de segurança: 20 metros;
- região a ser atingida: pernas; e
- armamento: calibres 37/38 mm, 38.1 mm ou 40 mm.
3.2.3 MUNIÇÕES DE ELASTÔMERO
3.2.3.1 Descrição
- Borracha butílica prensada encontrada nos Calibres. 12, 37/38, 38.1 e 40 mm
3.2.3.2 Calibre 12 (Precision):

Fig 7 – Projetil de Borracha AM-403/P (“Precision”)

- nome comum: ‘‘Precision’’;

3-4
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- material do projétil: elastômero macio com saia estabilizadora;
- massa de projétil: 8 gramas;
- velocidade do projétil: não mensurada;
- energia cinética do projétil: não mensurada;
- carga de projeção: pólvora negra;
- distância de segurança: 20 metros;
- região a ser atingida: pernas; e
- armamento: espingarda Cal 12.
3.2.3.3 Calibre 12 (“Tarugo Único”):

Fig 8 – Projetil de Borracha AM-403 (“Tarugo único”)

- nome comum: “Tarugo único”;


- material do projétil: elastômero macio;
- massa do projétil: 12 gramas;
- velocidade do projétil: 110 m/s (média aproximada);
- energia cinética do projétil: 72 joules;
- carga de projeção: pólvora negra;
- distância de segurança: 20 metros;
- região a ser atingida: pernas; e
- armamento: espingarda Cal 12.

3-5
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3.2.3.3 Calibre 12 (Três Esferas):
- nome comum: “Três Esferas”;
- material do projétil: elastômero macio;
- massa de cada projétil: 4,5 gramas;
- velocidade de cada projétil: 247 m/s (média aproximada);
- energia cinética de cada projétil: 131 joules;
- carga de projeção: pólvora negra;
- distância de segurança: 20 metros;
- região a ser atingida: pernas; e
- armamento: espingarda Cal 12.

Fig 9 – Projetil de Borracha AM-403/A (“Três Esferas”).

3.2.3.4 AM 403/PSR Projetil De Borracha De Precisão – Short Rang CAL 12


3.2.3.4.1 Características:
- O cartucho calibre 12 AM-403/PSR foi desenvolvido para ser utilizado no controle
de distúrbios e combate à criminalidade com a finalidade de deter ou dispersar
infratores da lei, em alternativa ao uso de munições convencionais.
- As munições de impacto controlado possuem alto poder de intimidação
psicológica, provocam hematomas e fortes dores.
3.2.3.4.2 Especificações:
- Material do cartucho: Plástico transparente/ metal;
- Quantidade: 1;

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- Formato: Aerodinâmico;
- Alcance efetivo: 5 m;
- Alcance máximo: 15 m;
- Comprimento total: 64 mm; e
- Peso total: 18 g.
3.2.3.4.3 Modo de emprego: disparos somente em membros inferiores ou pode
causar ferimentos graves.

Fig 10 – Projetil de Borracha AM-403/PSR

Fig 11 – Emprego preferencial das munições do item 3.2.3

3.2.4 MUNIÇÕES ENCONTRADAS PARA CALIBRE 37/40 mm


- As munições apresentadas, neste item, foram desenvolvidas para ser utilizadas
no controle de distúrbios e combate à criminalidade com a finalidade de deter ou
dispersar infratores da lei, em alternativa ao uso de munição convencional.
- As munições de impacto controlado possuem alto poder de intimidação

3-7
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psicológica, provocam hematomas e fortes dores.


3.2.4.1 AM-404 Trimpact Super - Três Projetis de Borracha - 37/40 mm
3.2.4.1.1 Especificações:
- Material do cartucho: Alumínio ou material compósito;
- Quantidade: 3;
- Alcance efetivo: 20 m;
- Alcance máximo: 30 m;
- Comprimento total: 122 mm;
- Peso total: 155 g; e
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640.
3.2.4.1.2 Modo de emprego: disparos somente em membros inferiores ou pode
causar ferimentos graves.

Fig 12 – Munição AM-404

Fig 13 – Modo de emprego da munição AM-404

3-8
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3.2.4.1 AM-404/12E Multimpact Super - 12 Projéteis de Borracha - 37/40 mm


3.2.4.1.1 Especificações:
- Material do cartucho: Alumínio ou material compósito;
- Quantidade: 12;
- Alcance efetivo: 20 m;
- Alcance máximo: 30 m;
- Comprimento total: 122 mm; e
- Peso total: 140 g.
Obs: as dimensões e peso do produto possuem tolerância de 10%, para mais e
para menos.
3.2.4.1.2 Modo de emprego: disparos somente em membros inferiores ou pode
causar ferimentos graves.

Fig 14 - Munição AM-404/12E

Fig 15 – Modo de emprego da munição AM-404/12E

3-9
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3.2.4.2 AM-405/A Cartucho de Lançamento - 37/40 MM
3.2.4.2.1 Características:
- O cartucho AM-405/A contém carga propulsora capaz de lançar granadas através
de um bocal de lançamento acoplado à extremidade do cano de armas calibre
37/38 mm ou 40 mm.
- Foi desenvolvido para utilização, quando os agentes da lei necessitam de maiores
distâncias de lançamento ou ainda para lançamentos por sobre barricadas.
3.2.4.2.2 Especificações:

Fig 16 – Munição AM – 405/A

Fig 17 – Modo de emprego da Munição AM -405/A

- Material do cartucho: alumínio;


- Comprimento total: 48 mm;
- Peso total: 87 g;
- Modo de emprego: disparos somente em membros inferiores ou pode causar
ferimentos graves; e
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640.

3-10
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3.2.4.3 AM-470 Soft Punch - Projetil de Impacto Expansível - 37/40 mm
3.2.4.3.1 Característica: tem como objetivo deter ou dispersar infratores da lei
sem provocar lesões permanentes.

Fig 18 – Munição AM – 470

3.2.4.3.2 Especificações:
- Material do cartucho: Alumínio;
- Quantidade:1;
- Alcance efetivo: 5 m;
- Alcance máximo: 20 m;
- Comprimento total: 100 mm;
- Peso total: 161 g;
- Modo de emprego: disparos somente em membros inferiores ou pode causar
ferimentos graves ou morte; e
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640.

Fig 19 – Modo de emprego da Munição AM -470

3-11
EB70-CI-11.473
3.2.4.4 GL-201 Projetil de Médio Alcance Gás Lacrimogêneo - 37/40 mm
3.2.4.3.1 Característica: o projetil é lançado antes ou por sobre obstáculos tais
como muros e barricadas, com o objetivo de desalojar pessoas e dissolver grupos
de infratores da lei pelo efeito do agente lacrimogêneo.

Fig 20 – Munição GL-201

3.2.4.3.2 Especificações:

Fig 21 – Modo de emprego da Munição GL-201

- Material do projetil: Alumínio;


- Número de projetil: 1;
- Tempo de retardo: 3.0 ± 1.0 s;
- Tempo de emissão: mínimo 25 s;
- Alcance máximo: 90 ± 20 m a 45°;
- Material do cartucho: Aluminum;

3-12
EB70-CI-11.473
- Comprimento total: 122;
- Peso total: 145 g;
- Modo de emprego: não atirar contra pessoal, pode causar ferimentos graves e
usar apenas em ambiente aberto; e
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640.
3.2.4.5 GL-202 Projetil Longo Alcance Lacrimogêneo - 37/40 mm
3.2.4.5.1 Característica: esta munição é empregada com as mesmas finalidades
da Mun GL-201.

Fig 22 - Munição GL-202

3.2.4.5.2 Especificações:

Fig 23 – Modo de emprego da Munição GL-202

- Material do cartucho: Alumínio;


- Tempo de emissão: mínimo 25s;
3-13
EB70-CI-11.473

- Alcance: 150 m ± 20 m à 45°;


- Comprimento total: 122 mm;
- Peso total: 185g;
- Modo de emprego: não atirar contra pessoal, pode causar ferimentos graves e
usar apenas em ambiente aberto; e
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640.
3.2.4.6 GL-203/T Carga Lacrimogênea Tríplice - 37/40 mm
3.2.4.6.1 Característica: esta munição é empregada com as mesmas finalidades
da Mun GL-201.

Fig 24 – Munição GL-203/T

3.2.4.6.2 Especificações:
- Material do cartucho: Alumínio;
- Número de projetil: 3;
- Tempo de emissão: mínimo 25 s;
- Alcance: 90 m ± 20 m à 45°;

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- Comprimento total: 122 mm;
- Peso total: 180g;
- Modo de emprego: não atirar contra pessoal, pode causar ferimentos graves e
usar apenas em ambiente aberto; e
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640.

Fig 25 – Modo de emprego da Munição AM -405/A

3.2.4.7 GL-203/L Carga Múltipla de Gás Lacrimogêneo - 37/40mm


3.2.4.7.1 Característica: esta munição é empregada para as mesmas finalidades
da Mun GL-201.

Fig 26 – Munição GL-203/L

3-15
EB70-CI-11.473
3.2.4.7.2 Especificações:
- Material do cartucho: Alumínio;
- Número de projéteis: 5;
- Alcance mínimo: 90 m ± 20 m à 45°;
- Tempo de emissão: mínimo 25 s;
- Comprimento total: 140 mm;
- Modo de emprego: não atirar contra pessoal, pode causar ferimentos graves e
usar apenas em ambiente aberto;
- Peso total: 220g;
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640.

Fig 27 – Modo de emprego da Munição GL-203/L

3.2.4.7 GL-204 Projetil Fumígeno Colorido - 37/40 mm


3.2.4.7.1 Característica: esta munição é empregada com as mesmas finalidades
da Mun GL-201.

Fig 28 – Munição GL-204

3-16
EB70-CI-11.473
3.2.4.7.2 Especificações:
- Material do cartucho: Alumínio;
- Quantidade: 1;
- Portas de emissão: 2;
- Tempo de emissão: mínimo 15 s;
- Alcance: 115 m ± 20 m à 45°;
- Comprimento: 122 mm;
- Peso total: 150g;
- Modo de emprego: não atirar contra pessoal, pode causar ferimentos graves e
usar apenas em ambiente aberto; e
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640

Fig 29 – Modo de emprego da Munição GL-204

3.2.5 GRANADAS MENOS LETAIS


3.2.5.1 Classificação
- As granadas menos letais podem ser classificadas como fumígenas, de cobertura
e explosiva. As granadas explosivas são divididas em outdoor e indoor.
- As granadas Indoor utilizadas pela Força podem ser dotadas de I-REF, opcional,
que possibilitará rastreabilidade da granada mesmo depois do funcionamento.
3.2.5.1.1 Granadas Fumígenas
- Estas possuem agentes químicos em seu componente principal que podem
gerar um efeito ambiental ou efeito fisiológico.
- Não possuem distância de segurança, cabendo ao operador observar a direção
do vento, o terreno e se o ambiente é aberto.
- O operador deve ter cautela quanto ao uso em locais confinados, uma vez que

3-17
EB70-CI-11.473
a taxa de oxigênio pode diminuir e causar asfixia.
- As granadas fumígenas podem ser de cobertura, sinalização e lacrimogêneas.
3.2.5.1.2 Granadas de Cobertura
- A fumaça a fumaça apresenta uma alta densidade devido à queima de metais
pesados (zinco, níquel, ferro, etc), proporcionando a formação de uma parede,
teto ou cortina de fumaça, impedindo a visualização da tropa e possibilitando a
sua movimentação tática no terreno.
- Atenção deve-se ter com a fumaça composta por uma mistura de hexacloretana,
a longo prazo pode culminar em doenças.
3.2.5.1.3 Granadas Explosivas
- O intuito desta granada é o de diminuir a capacidade combativa e operativa do
oponente por intermédio da deflagração de sua ogiva.
-Tal ação causa um impacto psicológico direcionando a multidão para um local
seguro, chamado de via de fuga.
3.2.5.2 Granadas Indoor
- Indoor: granadas específicas para emprego em ambiente fechado ou confinado.
Possui tempo de retardo para a explosão de 1,5 segundos e distância de segurança
de 5 metros do local da explosão. Este material se utilizado a curtas distancias
pode causar lesão.
3.2.5.2.1 Granada de Luz e Som Indoor – GB -707
a) Características:
- Esta granada GB-707/I-REF foi desenvolvida para ser utilizada por grupos
especiais em operações de adestramento em ambientes fechados.
- O efeito sonoro da detonação da carga explosiva, e a intensa luminosidade
produzida provocam surpresa e atordoamento, criando condições favoráveis para
uma rápida intervenção.
b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero preto;
- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 102 mm;
- Peso: 135g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 1.5 s.

3-18
EB70-CI-11.473

Fig 30 – Granada de Luz e Som Indoor GB-707

Fig 31 – Modo de emprego da Granada de Luz e Som Indoor GB-707

3.2.5.2.2 Granada de Efeito Moral Indoor – GB -704


a) Características:
- A granada GB-704 foi desenvolvida para ser utilizada por grupos especiais
em operações atuar em ambientes fechados.
- O efeito sonoro da detonação da carga explosiva e a formação de uma nuvem
de pó inócuo, provocam surpresa e atordoamento, criando condições favoráveis
para uma rápida intervenção.

3-19
EB70-CI-11.473

Fig 32 – Granada de Efeito Moral Indoor- GB-704

b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero branco;
- Diâmetro: 54mm;
- Comprimento: 102mm;
- Peso: 150g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 1.5 s.

Fig 33 - Modo de emprego da Granada de Efeito Moral Indoor GB-704

3-20
EB70-CI-11.473
3.2.5.2.3 Granada de Lacrimogênea Indoor – GB -705

Fig 34 – Granada Lacrimogênea Indoor – GB-705

a) Características:
- A granada GB-705 foi desenvolvida para ser utilizada por grupos especiais.
- O efeito sonoro da detonação da carga explosiva e a ação do agente
lacrimogêneo provocam surpresa e atordoamento.
b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero vermelho;
- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 102 mm;
- Peso: 140g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 1.5 s.

3-21
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Fig 35 - Modo de emprego da Granada Lacrimogênea Indoor GB-705

3.2.5.2.4 Granada de Pimenta Indoor – GB -708

Fig 36 – Granada Pimenta Indoor – GB-708

a) Características:
- A granada GB-708/I-REF foi desenvolvida para ser utilizada por grupos
especiais em operações em ambientes fechados.

3-22
EB70-CI-11.473
- O efeito sonoro da detonação da carga explosiva e a ação da pimenta
provocam surpresa e atordoamento, criando condições favoráveis para uma
rápida intervenção.
b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero verde;
- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 102 mm;
- Peso: 145g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 1.5 s.

Fig 37 - Modo de emprego da Granada Pimenta Indoor GB-708

3.2.5.3 Granadas Outdoor


- Outdoor: granadas específicas para emprego em ambiente aberto. Possui, em
sua maioria, tempo de retardo para a explosão de 2,5 a 4,5 segundos e distância
de segurança de 10 metros do local da explosão.
3.2.5.3.1 Granada de Luz e Som Outdoor – CL-307
a) Características:
- A granada GL-307 foi desenvolvida para ser utilizada em operações de controle
de distúrbios e combate à criminalidade.
- Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva
associado à luminosidade intensa que ofusca a visão dos agressores por alguns
segundos, permitindo uma eficiente ação policial.
b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero preto;

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- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 127 mm;
- Peso: 175g;
- Tipo de acionador: M201A1; e
- Tempo de retardo: 2.5s.

Fig 38 – Granada de Luz e Som Outdoor – GL-307

Fig 39 - Modo de emprego da Granada de Luz e Som Outdoor GB-307

3-24
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3.2.5.3.2 Granada de Efeito Moral Outdoor – GL-304
a) Características:
- A granada GL-304 foi desenvolvida para ser utilizada em operações de controle
de combate à criminalidade.
- Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva,
associado a uma nuvem de um pó branco de efeito moral, sem agressividade
química.
b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero branco;
- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 127 mm;
- Peso: 220g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 2.5s.

Fig 40 – Granada de Efeito Moral Outdoor – GL-304

3-25
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Fig 41 - Modo de emprego da Granada de Efeito Moral Outdoor GB-304

3.2.5.3.3 Granada Lacrimogênea Outdoor – GL-305

Fig 42 – Granada Lacrimogênea Outdoor – GL-305

a) Características:
- A granada GL-305 foi desenvolvida para ser utilizada em operações de controle
de distúrbios e combate à criminalidade.
- Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva,
associado ao efeito do agente lacrimogêneo.

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b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero vermelho;
- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 127 mm;
- Peso: 225 g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 2.5 s.

Fig 43 - Modo de emprego da Granada Lacrimogênea Outdoor GL-305

3.2.5.3.4 Granada Pimenta Outdoor – GL-308


a) Características:
- A granada GL-308 foi desenvolvida para ser utilizada em controle de distúrbios
e combate à criminalidade.
- Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva,
associado ao efeito do agente pimenta.
b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero verde;
- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 127 mm;
- Peso: 205g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 2.5s.

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Fig 44 – Granada Pimenta Outdoor – GL-308

Fig 45 - Modo de emprego da Granada Lacrimogênea Outdoor GL-308

3.2.5.3.5 Granada Lacrimogênea Tríplice Outdoor GL – 300/T


a) Características:
- A granada GL-300/T/I-REF foi desenvolvida para ser utilizada em operações
de controle de distúrbios.
- A granada atua com a geração de um intenso volume de fumaça contendo
lacrimogêneo emitida por três pastilhas.
- Tal granada não preferencialmente deve-se usar em ambiente aberto. O uso
incorreto pode ser inflamável.

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Fig 46 – Granada Lacrimogênea Tríplice Outdoor – GL-300/T

Fig 47 - Modo de emprego da Granada Lacrimogênea Outdoor GL-300/T

b) Especificações:
- Material do corpo: Alumínio;
- Submunições: 3;
- Tempo de emissão: mínimo 25 s;
- Tempo de retardo: 2,5 s ± 0,6 s;
- Tipo de acionador: M201A1 Type;
- Diâmetro: 38,0 mm;

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- Comprimento: 151 mm; e
- Peso: 220g.
3.2.5.3.6 Granada Lacrimogênea Tríplice Hyper Outdoor – GL – 300/TH
a) Características:
- A granada GL – 300/TH tem a mesma finalidade e modo de emprego do item
anterior.
b) Especificações:
- Material do corpo: Alumínio;
- Submunições: 3;
- Tempo de emissão: mínimo 25 s;
- Tempo de retardo: 2,5 s ± 0,6 s;
- Tipo de acionador: M201A1 Type;
- Diâmetro: 58,5 mm;
- Comprimento: 157 mm; e
- Peso: 430g.

Fig 48 – Granada Lacrimogênea Tríplice Outdoor – GL-300/TH

3-30
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3.2.5.3.7 Granada de Treinamento AM – 500/R
- A granada foi desenvolvida com o intuito de realizar um treinamento seguro
para o operador. Tal granada simula o funcionamento de uma granada real, emite
um estampido e fumaça.
- O material durante seu funcionamento não gere estilhaços, isto ocorre porque
a carga explosiva é acionada fora do corpo da granada, o que proporciona um
ambiente seguro durante o treinamento de tropas.

Fig 49 – Granada de Treinamento AM-500

3.3 TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO


- O presente subitem tem como intuito apresentar, propor e explicar um Módulo
Didático de Adestramento (MDA) em Tecnologia Menos Letal.
- A proposta de MDA abordará as seguintes TTP das instruções: Prática de
Lançamento de Granadas Menos Letais, Práticas das Formações, Pista de
Progressão em Tecnologia Menos Letal, Prática de Operação de Controle de
Distúrbio e Prática de Espargidor.

3-31
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3.3.1 EXECUÇÃO DO TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO
3.3.1.1 Prática de Lançamento de Granadas Menos Letais
- O instrutor responsável da explicará todos os procedimentos que realizarão
ações a seco com os instruendos. Cada instruendo receberá uma granada de mão
INERTE, para lançamento rasteiro de ensaio, onde deverá ser lançada no solo na
distância de 15 metros. Na sequência, receberão uma granada menos letal real
e, acompanhado pelo instrutor responsável, realizará o lançamento da granada
aos moldes do lançamento em seco. O intuito da atividade é a identificação dos
diversos tipos de granadas e a assimilação dos efeitos de cada granada.
3.3.1.2 Prática das Formações
- Esta atividade será realizada por pelotões, preferencialmente com o capacete
do traje anti-tumulto e com viseira abaixada. O comandante de pelotão efetua o
comando de enunciar funções e todos os comandos para que sejam executadas
as formações básicas do pelotão como Força de Choque.
- Praticada as formações básicas, inicia o exercício com as formações ofensivas
e defensivas com e sem deslocamentos.
- A equipe de instrução pode estar equipada com marcador de paintball, para
executar disparos onde apresenta falha na formação da Força Choque, em brechas
que existam entre os escudos.
- Depois da realizar a parte prática de todas as formações previstas, todos os
participantes devem estar com o traje anti-tumulto para iniciar a prática das
formações com deslocamentos, mudança de frente de formação e tática de OCD.
3.3.1.3 Pista de Progressão com Tecnologia Menos Letal
- O treinamento é feito por pelotão nas etapas abaixo:
a) A primeira parte é conduzida com a prática de todas as formações realizadas
na etapa anterior com a utilização do marcador de paintball, com a finalidade de
corrigir possíveis falhas na formação da tropa.
b) Em algum momento, previamente planejado, se for o caso, pode ocorrer o
lançamento de uma granada de lacrimogênea, para testar a capacidade da tropa
OCD de progredir em contato com o gás lacrimogêneo.
c) Na sequência a fração efetua a Pista de Progressão com Tecnologia Menos
Letal. Tal pista visa desenvolver a habilidade de executar a progressão do
pelotão enquanto se utilizam armamentos e munições menos letais, trabalhando
principalmente o Cmt Pel, Adj Pel e os Cmt GC de forma a desenvolverem/
aprimorar a ação de comando, terem controle sobre a tropa e saberem como e
quando utilizar os armamentos e munições menos letais.
d) A Pista de OCD é executada primeiramente em seco, sem munição, com os

3-32
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três Grupos de Choque e, a seguir, a fração como um todo ainda sem munição.
Por último, após a massificação dos procedimentos, a pista é executada nível
grupo de combate e, depois, uma passagem a nível pelotão.

Fig 50 – Modelo de Pista de Operação de Controle de Distúrbios

3.3.1.4 Prática de Operação de Controle de Distúrbio


- O treinamento é feito por pelotão nas etapas abaixo:
a) O Cmt SU deverá planejar uma OCD e emitir a Ordem de Operações aos Cmt
Pel. Com a finalidade de auxiliar no planejamento dos comandantes de frações,
analisar o Quadro de Organização de Pessoal e Material (QOPM) previsto no
ANEXO B.
b) Na execução da operação a fração precisar empregar as TTP de OCD para
dispersar uma turba composta de figuração.
c) As ações da turba ocorrem conforme o planejado pela da equipe de instrução.
Recomenda-se que as ações da figuração sejam de acordo com a correta utilização
da TTP de OCD por parte da tropa.
d) Os matérias utilizados pela figuração preferencialmente precisa ser fiscalizado
pela equipe de instrução. A tropa que realiza a atividade é dotada apenas de
munições menos letais.

3-33
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3.3.1.5 Prática de Espargidor
- O spray espargidor de pimenta é utilizado contra apenas um indivíduo. O operador
ao acionar o espargidor deve-se posicionar a 2 (dois) metros do alvo (militar
receptor ou alvo), realizar a pontaria na altura dos olhos e disparar utilizando o
botão de acionamento por 0,5 segundo.
- Recomenda-se depois da prática de acionamento e utilização do espargidor, o
militar acionador poderá ser exposto aos efeitos do agente químico e executar a
descontaminação.
- O local de descontaminação precisa ser preparado com chuveiros (água neutro)
e detergente neutro.
Obs: Uma unidade do espargidor de pimenta (GL-108 MÁX) tem a capacidade
de acionamento de 15 jatos com 0,5 segundos cada.
- Recomenda-se analisar o ANEXO C para melhor realizar a prática prevista.
3.3.1.6 Material Necessário para realização da proposta de MDA

ARMAMENTO Qtd por Pel Total por SU


Espingarda Cal 12 03 09
AM 600 – Cal. 37/38 mm 03 09
Tab 1 - Armamento utilizado na MDA

MUNIÇÃO Tipo Qtd por Pel


GL 300/TH 09
GL 307 09
Granada de Mão
GL 707 06
MB 502 11
Tab 2 - Munição empregada nível pelotão para a prática de lançamento de granada Menos Letal

MUNIÇÃO Tipo Qtd por Pel


Granada de Mão GL 300/TH 01
Tab 3 - Munição empregada nível pelotão para a prática de formações

MUNIÇÃO Tipo Qtd por Pel


Granada de Mão GL 300/TH 01
Tab 4 - Munição empregada nível pelotão para a pista de progressão

3-34
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MUNIÇÃO Tipo Total por SU


AM 404 18
GL 201 18
Cal. 37/38 mm
GL 202 18
GL 203/L 18
GL 300/ TH 06
Granada de Mão GL 307 09
MB 502 0
Espingarda Cal 12 mm AM 403/P 108
Tab 5 - Munição empregada nível SU para a Operação de Controle de Distúrbio

3.4 CONSIDERAÇÕES TÁTICAS NO EMPREGO DE ARMAS E MUNIÇÕES


MENOS LETAIS
- Os fatores apresentados precisam ser levados em consideração para fim de
planejamento:
a) Direção e velocidade do vento;
b) Atentar para os locais com risco de incêndio;
c) Rota de fuga;
d) Evitar lançar gás contra idosos, gestantes e crianças; e
e) Observar os pontos vitais quando empregar tonfa, cassetete e projetis rígidos.

3.5 MEDIDAS DE SEGURANÇA


a) Não usar produtos com validade vencida;
b) Seguir as prescrições da ficha técnica;
c) Utilizar com prudência os agentes químicos, especialmente quando se tratar
de pequenas salas ou áreas confinadas;
d) Deve ser utilizado somente por pessoal habilitado;
e) Utilizar o espargidor de OC diretamente no rosto, somente em caso de
necessidade comprovada;

3-35
EB70-CI-11.473

3-36
EB70-CI-11.473
CAPÍTULO IV
PROCEDIMENTO EM CASO DE INCIDENTE

4.1 GENERALIDADES
- O presente capítulo tem a finalidade de mostrar ao operador de tecnologia me-
nos letal o procedimento mais adequado em caso de incidente com o material ou
armamento menos letal.

4.2 PROCEDIMENTOS COM GRANADA DE MÃO MENOS LETAL


4.2.1 AO REALIZAR O ARREMESSO DE UMA GRANADA MENOS LETAL
PODE OCORRER A FALHA DO ARTEFATO
- Esse defeito pode ter o desfecho com a espoleta ogival de tempo (EOT) sepa-
rada do corpo de borracha da granada, que se sucede quando há o acionamento
da 1ª coluna de retardo que é responsável pela ejeção da EOT, porém há falha
na 2ª coluna, ou com a espoleta ogival de tempo (EOT) presa ao corpo de borra-
cha da granada, quando há falha em todas as colunas de retardos.
4.2.2 EM CASO DE FALHA NO ACIONAMENTO COM A EOT SEPARADA DA
GRANADA
a) Como a EOT está separada da granada não há risco de acionamento da se-
gunda coluna de retardo e, consequentemente, não a risco de explosão do corpo
de borracha;
b) Deve ser escalado um militar para recolher todas a partes do artefato e arma-
zenar em um local seguro até que se tenha a possibilidade de retraimento para
a base; e
c) Deve-se retornar ao artefato ao paiol e se confeccionar o relatório para se
esclarecer os fatos.
4.2.3 EM CASO DE FALHA NO ACIONAMENTO COM A EOT PRESA NA GRA-
NADA
a) Isolar a área de acordo com a distância de segurança do artefato falhado,
lembrando que apenas granadas explosivas possuem essas distâncias.
b) Montar a equipe de destruição composta por 2 militares equipados com ca-
pacete balístico, colete balístico, escudo balístico, óculos de proteção, protetor
auricular, haste de no mínimo 3 metros, estopa e querosene.
c) Um militar será responsável, exclusivamente, pela segurança portando o es-
cudo balístico a todo o momento entre o artefato falhado e a dupla, o outro militar

4-1
EB70-CI-11.473
será responsável pelo procedimento de queima da granada menos letal.
d) O militar responsável pela queima deverá colocar a estopa embebedada em
querosene em uma das extremidades da haste, atear fogo e posicionar a estopa
em chamas na parte inferior do corpo da granada.
e) Esse procedimento, tem por objetivo o derretimento do corpo de borracha da
granada sem que haja a explosão do artefato.

4.3 PROCEDIMENTOS COM ESPIGARDA CAL.12


- Caso haja falha na munição utilizada será necessário aguardar cerca de cin-
co segundos, para evitar possíveis acidentes com a munição utilizada, a seguir
desmuniciar a espingarda Cal 12 e acondicionar a Munição Menos Letal em local
seguro.

4.4 PROCEDIMENTOS COM LANÇADOR DE GRANADA 37/38MM


4.4.1 CARREGAMENTO COM MUNIÇÃO MENOS LETAL
a) O militar deve posicionar o cano do armamento para baixo, agindo no retém
do cano a fim de abri-lo;
b) Inserir a munição e fechar o lançador; e
c) Realizar o disparo de acordo com a munição inserida no cano.
4.4.2 RETIRADA DO ESTOJO
a) O militar deve agir no retém novamente a fim de abrir o armamento.
b) Realizar um giro no armamento ainda aberto com o objetivo de extrair o estojo
da munição vazio sem tocá-lo.
c) Fechar o armamento.
Observação: Ao se manusear o lançador de granada 37/38mm o operador deve
ter cuidado com a alta temperatura do cano a fim de se evite queimaduras.
4.4.3 FALHA NA MUNIÇÃO
- Caso a munição falhe o militar deve abrir o armamento, rotacionar a munição
inserida, fechar o armamento e tentar realizar um novo disparo. Se a munição
falhar novamente, descartar o estojo conforme o procedimento supracitado e
relatar em relatório o erro ocorrido.

4-2
EB70-CI-11.473
CAPÍTULO V
EMPREGO DE MUNIÇÃO MENOS LETAL

5.1 GENERALIDADES
a) O presente capítulo tem como intuito padronizar a Dotação de Munição Anual
(DMA) e Munição Menos Letal.
b) O emprego de MML na Doutrina Militar Terrestre ocorre preferencialmente nas
Operações de Cooperação e Coordenação com Agências (OCCA) com foco na
situação de não guerra.

5.2 PROPOSTA DE DISTRIBUIÇÃO DE MUNIÇÃO MENOS LETAL NÍVEL SU


5.2.1 A distribuição de munição a ser apresentada no quadro a seguir permite um
elevado grau de flexibilidade da SU atuando em OCCA.

MUNIÇÃO MENOS LETAL NÍVEL COMPANHIA


Armamento Munição Preparo Emprego Total
AM 404 54 216 270
GL 201 54 216 270
Cal.37/38mm
GL 202 54 216 270
GL 203/L 36 144 180
AM 500/Kit 192 - 192
GL 300/TH 39 156 15
Granada de Mão GL 307 36 144 180
GL 707 18 72 90
MB 502 33 132 165
GL 108 OC/Med 03 12 15
Espargidor
GL 108 OC/Max 12 48 60
Cal.12 AM 403/P 192 768 960
AINT Cartucho 36 0 36

Tab 6 – Distribuição Munição Menos Letal para Companhia

5.2.2 Tal DMA permite organizar a companhia de quatro maneiras: 3 pelotões


modulados para Patrulhamento Ostensivo, 3 pelotões modulados para Força de
Choque, 2 pelotões modulados para Patrulhamento Ostensivo e 1 pelotão para

5-1
EB70-CI-11.473
Patrulhamento Ostensivo ou dois pelotões modulados para Força de Choque e
um para o Patrulhamento Ostensivo.

5.3 PROPOSTA DE DISTRIBUIÇÃO DE MUNIÇÃO MENOS LETAL NÍVEL


PELOTÃO
- A distribuição de munição a apresentada no quadro abaixo permite um elevado
grau de flexibilidade do pelotão em OCCS, permitindo a fração atuar na modula-
ridade de Patrulhamento Ostensivo e Força de Choque.

MUNIÇÃO MENOS LETAL NÍVEL PELOTÃO


Armamento Munição Preparo Emprego Total
AM 404 18 72 90
GL 201 18 72 90
Cal.37/38mm
GL 202 18 72 90
GL 203/L 12 48 60
AM 500/Kit 64 - 64
GL 300/TH 13 52 65
GL 307 12 48 60
Granada de Mão GL 707 18 24 42
MB 502 11 44 55
GL 108 OC/Med 01 04 05
Espargidor
GL 108 OC/Max 04 16 20
Cal.12 AM 403/P 64 256 320
AINT Cartucho 12 0 12

Tab 7 – Distribuição Munição Menos Letal para Pelotão

5-2
EB70-CI-11.473
ANEXO A
“DIAGRAMA DE UTILIZAÇÃO”

A-1
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A-2
EB70-CI-11.473
ANEXO B
“PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL E MATERIAL”

B-1
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B-2
IRTAEx 2020-APÊNDICE “x” INSTRUÇÕES COM ESPARGIDOR DE PIMENTA

MUNIÇÃO NECESSÁRIA
ESPARGIDOR DE PIMENTA PREPARAÇÃO COMPLETA
1 espargidor para cada 15 acionamen-
Spray de Pimenta GL 108-MÁX
TIB tos de 0,5s

1 espargidor para cada 25 acionamen-


Spray de Pimenta GL 108-Méd
tos de 0,5s
TESTE DE INSTRUÇÃO BÁSICO
TOTAL 1 para cada 15 homens

TAREFA CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO


ANEXO C

PADRÕES
MÍNIMOS
Tempo
Sessão Tempo Estimado (a) Exercício de Tiro Luz Distância Posição Tiro por homem Munição (b) Alvo
(Seg)

101 2m P 1 (0,5s) GL-108 Med A2 (c) Em cada Exc Tir, atingir


todos os alvos com
Sem agente químico.
1ª 2h Diurno
Tempo
5 alvos Classificação: Não
102 2m P 1 (0,5s) GL-108 MÁX há
A2(d)
PROPOSTA DE EMPREGO DO ESPARGIDOR DE PIMENTA

C-1
EB70-CI-11.473
EB70-CI-11.473
C.1 OBSERVAÇÕES:
(a) Tempo estimado para uma tropa valor Pelotão;
(b) Uma unidade do spray espargidor max de pimenta tem a capacidade de acio-
namento de 15 jatos com 0,5 segundos cada;
(c) Uma unidade do spray espargidor med de pimenta tem a capacidade de acio-
namento de 25 jatos com 0,5 segundos cada;
(d) O alvo para o exercício 101 é o A2;

(e) Para o exercício 102 serão utilizados alvos do tipo A2 emparelhados lado a
lado; e

(f) Para a utilização do espargidor de pimenta deve ser observado a direção do


vento.

C-2
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C.2 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS
1ª Sessão – Exercícios 101 e 102
a) 101- Familiarizar-se com a utilização do espargidor de pimenta quando em-
pregado contra apenas um indivíduo: Militar que vai realizar o espargimento
deve se posicionar a 2(dois) metros do alvo, realizar a pontaria na altura dos
olhos e disparar utilizando o botão acionador por 0,5 segundo;
b) 102 - Familiarizar-se com a utilização do espargidor de pimenta quando em-
pregado contra grupos de indivíduos: Militar que vai realizar o espargimento
deve se posicionar a 2(dois) metros dos alvos, realizar a pontaria acima da ca-
beça, disparar utilizando o botão acionador e realizar o movimento lateral com
as mãos de maneira que o jato atinja todos os alvos. O acionamento deve ser
realizado por 0,5 a 1 segundos.

C.3 CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS


- Não há classificação conceitual, e sim Apto (A) ou inapto (1). A classificação
“I “é apenas transitória, pois é dever da Direção de Instrução fazer com que o
instruendo obtenha o Apto, ou não o qualificar na função de portador desse ar-
mamento. A partir da realização do TIB, o militar que atingiu os padrões mínimos
está apto a utilizar o armamento nas diversas missões.

C-3
EB70-CI-11.473

C-4
EB70-CI-11.473

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES


Brasília, DF, 19 de agosto de 2022
https://portaldopreparo.eb.mil.br
EB70-CI-11.473

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