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MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
TÁTICAS, TÉCNICAS E
PROCEDIMENTOS PARA O EMPREGO
DE MUNIÇÃO MENOS LETAL
Edição Experimental
2022
EB70-CI-11.473
EB70-CI-11.473
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
TÁTICAS, TÉCNICAS E
PROCEDIMENTOS PARA O EMPREGO
DE MUNIÇÃO MENOS LETAL
Edição Experimental
2022
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EB70-CI-11.473
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 Generalidades ................................................................................. 1-1
1.2 Conceitos ........................................................................................ 1-1
1.3 Definições ....................................................................................... 1-1
1.4 Vantagens no Emprego das TML .................................................... 1-5
CAPÍTULO II – LEGISLAÇÃO
2.1 Generalidades ................................................................................. 2-1
2.2 Amparo Legal .................................................................................. 2-2
1.1 GENERALIDADES
- Este Caderno de Instrução complementa o Caderno de Instrução Tecnologia
Menos Letal (EB70-CI-11.415), 1ª Edição, 2017 e tem por objetivo apresentar a
correta utilização das Táticas, Técnicas e Procedimentos que devem ser adota-
dos ao manusear e empregar armamentos, granadas e munições menos letais.
1.2 CONCEITOS
1.2.1 Nos dias atuais as tecnologias menos letais se tornaram materiais adequa-
dos para este tipo de emprego, fornecendo armamentos, munições e granadas
que favorecem a atuação eficaz da tropa, de forma humanitária e reduzindo o
risco de danos permanentes.
1.2.2 Os armamentos menos letais, assim como as munições e as granadas me-
nos letais, são aquelas empregadas, especificamente, para minimizar mortes e
incapacidades permanentes nos seres vivos e danos indesejados à propriedade,
ao meio ambiente e materiais.
1.3 DEFINIÇÕES
- No contexto deste caderno de instrução, são consideradas as seguintes defi-
nições:
1.3.1 AGENTES QUÍMICOS
1.3.1.1 São todas substâncias que, por sua atividade química, produzam, quan-
do empregado para fins militares, um efeito tóxico, fumígeno ou incendiário.
1.3.1.2 Este efeito tóxico em situações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)
restringe-se aos agentes inquietantes, que tem por finalidade diminuir a capaci-
dade combativa e operativa do oponente.
1.3.2 ARMAMENTOS MENOS LETAIS
- São armas projetadas e empregadas para incapacitar temporariamente as pes-
soas, ao mesmo tempo em que busca evitar mortes e ferimentos permanentes,
danos indesejáveis às instalações e comprometimento do meio-ambiente.
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1.3.3 EFICIÊNCIA
1.3.3.1 A eficiência no emprego de técnicas menos letais só será atingida
se obedecer aos seguintes fatores:
a) doutrina;
b) treinamento;
c) táticas e estratégias; e
d) medidas de segurança.
1.3.3.2 Neste sentido, o emprego das tecnologias menos letais, de forma mal
feita e em discordância com os preceitos ligados à eficiência, pode gerar duas
situações perigosas e distintas.
1.3.3.3 A primeira situação é quando se atua abaixo da curva da eficácia, onde
existe a ineficiência da tecnologia. Essa ineficiência pode causar a oportunidade
do APOP entrar na situação de Reação de Luta ou Fuga tornando-o irracional e
mais forte que o normal.
1.3.3.4 A segunda situação, que pode ser gerada pelo emprego incorreto das
tecnologias menos letais, é do outro extremo, onde acontece a morte ou ferimen-
tos permanentes. Estas situações são potencialmente perigosas para a imagem
da operação e da aceitabilidade pública do emprego da Força Terrestre.
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1.3.4 FERIMENTOS PERMANENTES
- São todos os danos irreversíveis causados às pessoas, prejudicando sua ca-
pacidade laboral.
1.3.5 FORÇA MÍNIMA
- É o menor grau de força necessária para, assegurando o cumprimento das
ações anteriormente especificadas, desestimular o Agente de Perturbação da
Ordem Pública (APOP) a prosseguir nos seus atos, causando-lhe o mínimo de
danos possível.
1.3.6 GRANADAS MENOS LETAIS
1.3.6.1 São artefatos bélicos de uso restrito, com peso inferior a 1 Kg, que visa
facilitar o seu transporte e o seu lançamento ou projeção, pelo combatente indi-
vidual.
1.3.6.2 Sua classificação varia de acordo com o local a ser empregada, seu
método de projeção, seu funcionamento, sua carga e o objetivo para o qual se
destinam.
1.3.7 LEGALIDADE
- Remete à necessidade de que as ações devem ser praticadas de acordo com
os mandamentos da lei, não podendo se afastar, sob pena de praticar-se ato in-
válido e expor-se à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso.
1.3.8 MUNIÇÕES MENOS LETAIS
- São aquelas projetadas e empregadas para incapacitar temporariamente as
pessoas, ao mesmo tempo em que busca evitar mortes e ferimentos permanen-
tes, danos desnecessários às instalações e comprometimento do meio ambien-
te.
1.3.9 NECESSIDADE
- Somente serão desencadeadas ações e medidas estritamente necessárias ao
cumprimento da missão.
1.3.10 PROPORCIONALIDADE
- Correspondência entre a ação e a reação do oponente, de modo a não haver
excesso por parte do integrante da tropa empregada na operação Fig 2.
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1.3.11 PROGRESSIVIDADE
- O uso da força deverá, sempre que possível, evoluir gradualmente, sempre a
fim de atingir o nível suficiente para neutralizar a ameaça, buscando preservar
a integridade física das pessoas, do material e das instalações afetadas (Fig 3).
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1.3.12 RAZOABILIDADE
- Consiste na compatibilidade entre meios e fins da medida. As ações devem
ser comedidas e moderadas. Os danos provocados pela tropa não podem ser
maiores que os do APOP.
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CAPÍTULO II
LEGISLAÇÃO
2.1 GENERALIDADES
2.1.1 SEGUNDO A ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS, EM SUA RE-
SOLUÇÃO 34/169 DE 17 DE DEZEMBRO DE 1979, EM SEU ARTIGO 1º, É
DETERMINADO QUE:
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2.2 AMPARO LEGAL
2.2.1 Com o objetivo de disciplinar o uso das Tecnologias Menos Letais, dentro
do território nacional, foi sancionada a Lei nº 13.060, de 22 de dezembro de
2014.
2.2.2.A LEI Nº 13.060, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2014 DEFINE O QUE SÃO AS
TML EM SEU ARTIGO 4º:
2-2
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2.2.5 Para que o operador seja considerado apto para empregar as TML, no
Exército Brasileiro, o mesmo deve atingir os padrões mínimos propostos nos
Apêndices A9, A10, e A12, presentes nas Instruções Reguladoras de Tiro com
o Armamento do Exército (IRTAEx) 2017, em seu caderno II; os quais tratam
sobre o Tiro com Espingarda calibre 12, Tiro com Lançador de granada 37/38
mm e 40 mm e o Tiro com Arma de Incapacitação Neuromuscular Temporária,
respectivamente; e no Apêndice B2, no caderno de número III, que regula o Tiro
com Granada de Mão Explosiva Menos Letal.
2.2.6 ALÉM DISSO, CABE AO OPERADOR, EM CASO DE EMPREGO DESTAS
TECNOLOGIAS, PRESTAR OS PRIMEIROS SOCORROS À VÍTIMA, COMO
ESTABELECIDO NO ARTIGO 6º DA LEI Nº 13.060, DE 22 DE DEZEMBRO DE
2014:
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CAPITULO lll
TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO
3.1 GENERALIDADES
3.1.1 O Exército Brasileiro vem empregando cada vez mais as munições menos
letais no contexto das Operações de Cooperação e Coordenação entre Agências
(OCCA), especificamente em ações de Garantia da Lei e da Ordem. O ambiente
operacional mais precisamente a dimensão humana em que se dá foco no indivíduo
e sociedade, apresenta preocupação com perda de vidas e danos colaterais.
3.1.2 Na dimensão informacional também é importante frisar que a opinião pública
está cada vez menos propensa a aceitar o uso força na solução de antagonismos
entre estados ou entre estados e atores não estatais, além disso a presença da
mídia torna cada vez mais importante que as ações sejam cirúrgicas e sem efeitos
colaterais. Tudo isso vai ao encontro do uso de tecnologia menos letal.
3.1.3 A dimensão humana do ambiente operacional: tem foco no indivíduo e na
sociedade, crescendo de importância a preocupação com a perda de vidas e danos
colaterais, a dimensão informacional tem como fator a opinião pública que está
cada vez menos propensa a aceitar o uso da força para solução de antagonismos,
além disso, a presença da mídia e as questões humanitárias devem ser levadas
em conta no ambiente para cooperar em paralelo com a imagem da força.
3-1
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3.1.4 Este capítulo fornecerá as ferramentas para que o operador de Tecnologia
Menos Letal seja capacitado a empregar as Táticas, Técnicas e Procedimentos
(TTP) de maneira eficiente nas diversas possibilidades de emprego em OCCA.
Compõe-se em apresentação das munições empregadas, Módulo Didático de
Adestramento (MDA), Considerações Táticas no Emprego de Armas e Munições
Menos Letais e Medidas de Segurança.
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3.2.1.2 Especificações:
- Calibre 37/38 mm, 38,1mm e 40 mm (doze esferas);
- nome comum: “doze esferas”;
- quantidade de projéteis: 12;
- material do projétil: elastômero macio;
- massa de cada projétil: 4,5 gramas;
- velocidade de cada projétil: não mensurada;
- energia cinética de cada projétil: não mensurada;
- carga de projeção: pólvora negra;
- distância de segurança: 20 metros;
- região a ser atingida: pernas; e
- armamento: calibres 37/38 mm, 38.1 mm ou 40 mm.
3.2.2 AM – 404 PROJETIS DE BORRACHA 37/40 mm AM 600
3.2.2.1 Descrição
- Este projetil foi desenvolvido com o mesmo intuito da AM – 404/12E.
Fig 6 – AM – 404
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3.2.2.2 Especificações:
- Calibre 37/38, 38,1 e 40 mm (três esferas);
- nome comum: “três esferas”;
- quantidade de projéteis: 3;
- material do projétil: elastômero macio;
- massa de cada projétil: 28 gramas;
- velocidade de cada projétil: não mensurada;
- energia cinética de cada projétil: não mensurada;
- carga de projeção: pólvora negra;
- distância de segurança: 20 metros;
- região a ser atingida: pernas; e
- armamento: calibres 37/38 mm, 38.1 mm ou 40 mm.
3.2.3 MUNIÇÕES DE ELASTÔMERO
3.2.3.1 Descrição
- Borracha butílica prensada encontrada nos Calibres. 12, 37/38, 38.1 e 40 mm
3.2.3.2 Calibre 12 (Precision):
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- material do projétil: elastômero macio com saia estabilizadora;
- massa de projétil: 8 gramas;
- velocidade do projétil: não mensurada;
- energia cinética do projétil: não mensurada;
- carga de projeção: pólvora negra;
- distância de segurança: 20 metros;
- região a ser atingida: pernas; e
- armamento: espingarda Cal 12.
3.2.3.3 Calibre 12 (“Tarugo Único”):
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3.2.3.3 Calibre 12 (Três Esferas):
- nome comum: “Três Esferas”;
- material do projétil: elastômero macio;
- massa de cada projétil: 4,5 gramas;
- velocidade de cada projétil: 247 m/s (média aproximada);
- energia cinética de cada projétil: 131 joules;
- carga de projeção: pólvora negra;
- distância de segurança: 20 metros;
- região a ser atingida: pernas; e
- armamento: espingarda Cal 12.
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- Formato: Aerodinâmico;
- Alcance efetivo: 5 m;
- Alcance máximo: 15 m;
- Comprimento total: 64 mm; e
- Peso total: 18 g.
3.2.3.4.3 Modo de emprego: disparos somente em membros inferiores ou pode
causar ferimentos graves.
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3.2.4.2 AM-405/A Cartucho de Lançamento - 37/40 MM
3.2.4.2.1 Características:
- O cartucho AM-405/A contém carga propulsora capaz de lançar granadas através
de um bocal de lançamento acoplado à extremidade do cano de armas calibre
37/38 mm ou 40 mm.
- Foi desenvolvido para utilização, quando os agentes da lei necessitam de maiores
distâncias de lançamento ou ainda para lançamentos por sobre barricadas.
3.2.4.2.2 Especificações:
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3.2.4.3 AM-470 Soft Punch - Projetil de Impacto Expansível - 37/40 mm
3.2.4.3.1 Característica: tem como objetivo deter ou dispersar infratores da lei
sem provocar lesões permanentes.
3.2.4.3.2 Especificações:
- Material do cartucho: Alumínio;
- Quantidade:1;
- Alcance efetivo: 5 m;
- Alcance máximo: 20 m;
- Comprimento total: 100 mm;
- Peso total: 161 g;
- Modo de emprego: disparos somente em membros inferiores ou pode causar
ferimentos graves ou morte; e
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640.
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3.2.4.4 GL-201 Projetil de Médio Alcance Gás Lacrimogêneo - 37/40 mm
3.2.4.3.1 Característica: o projetil é lançado antes ou por sobre obstáculos tais
como muros e barricadas, com o objetivo de desalojar pessoas e dissolver grupos
de infratores da lei pelo efeito do agente lacrimogêneo.
3.2.4.3.2 Especificações:
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- Comprimento total: 122;
- Peso total: 145 g;
- Modo de emprego: não atirar contra pessoal, pode causar ferimentos graves e
usar apenas em ambiente aberto; e
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640.
3.2.4.5 GL-202 Projetil Longo Alcance Lacrimogêneo - 37/40 mm
3.2.4.5.1 Característica: esta munição é empregada com as mesmas finalidades
da Mun GL-201.
3.2.4.5.2 Especificações:
3.2.4.6.2 Especificações:
- Material do cartucho: Alumínio;
- Número de projetil: 3;
- Tempo de emissão: mínimo 25 s;
- Alcance: 90 m ± 20 m à 45°;
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- Comprimento total: 122 mm;
- Peso total: 180g;
- Modo de emprego: não atirar contra pessoal, pode causar ferimentos graves e
usar apenas em ambiente aberto; e
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640.
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3.2.4.7.2 Especificações:
- Material do cartucho: Alumínio;
- Número de projéteis: 5;
- Alcance mínimo: 90 m ± 20 m à 45°;
- Tempo de emissão: mínimo 25 s;
- Comprimento total: 140 mm;
- Modo de emprego: não atirar contra pessoal, pode causar ferimentos graves e
usar apenas em ambiente aberto;
- Peso total: 220g;
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640.
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3.2.4.7.2 Especificações:
- Material do cartucho: Alumínio;
- Quantidade: 1;
- Portas de emissão: 2;
- Tempo de emissão: mínimo 15 s;
- Alcance: 115 m ± 20 m à 45°;
- Comprimento: 122 mm;
- Peso total: 150g;
- Modo de emprego: não atirar contra pessoal, pode causar ferimentos graves e
usar apenas em ambiente aberto; e
- Compatibilidade: AM-637 e AM-640
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a taxa de oxigênio pode diminuir e causar asfixia.
- As granadas fumígenas podem ser de cobertura, sinalização e lacrimogêneas.
3.2.5.1.2 Granadas de Cobertura
- A fumaça a fumaça apresenta uma alta densidade devido à queima de metais
pesados (zinco, níquel, ferro, etc), proporcionando a formação de uma parede,
teto ou cortina de fumaça, impedindo a visualização da tropa e possibilitando a
sua movimentação tática no terreno.
- Atenção deve-se ter com a fumaça composta por uma mistura de hexacloretana,
a longo prazo pode culminar em doenças.
3.2.5.1.3 Granadas Explosivas
- O intuito desta granada é o de diminuir a capacidade combativa e operativa do
oponente por intermédio da deflagração de sua ogiva.
-Tal ação causa um impacto psicológico direcionando a multidão para um local
seguro, chamado de via de fuga.
3.2.5.2 Granadas Indoor
- Indoor: granadas específicas para emprego em ambiente fechado ou confinado.
Possui tempo de retardo para a explosão de 1,5 segundos e distância de segurança
de 5 metros do local da explosão. Este material se utilizado a curtas distancias
pode causar lesão.
3.2.5.2.1 Granada de Luz e Som Indoor – GB -707
a) Características:
- Esta granada GB-707/I-REF foi desenvolvida para ser utilizada por grupos
especiais em operações de adestramento em ambientes fechados.
- O efeito sonoro da detonação da carga explosiva, e a intensa luminosidade
produzida provocam surpresa e atordoamento, criando condições favoráveis para
uma rápida intervenção.
b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero preto;
- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 102 mm;
- Peso: 135g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 1.5 s.
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b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero branco;
- Diâmetro: 54mm;
- Comprimento: 102mm;
- Peso: 150g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 1.5 s.
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3.2.5.2.3 Granada de Lacrimogênea Indoor – GB -705
a) Características:
- A granada GB-705 foi desenvolvida para ser utilizada por grupos especiais.
- O efeito sonoro da detonação da carga explosiva e a ação do agente
lacrimogêneo provocam surpresa e atordoamento.
b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero vermelho;
- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 102 mm;
- Peso: 140g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 1.5 s.
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a) Características:
- A granada GB-708/I-REF foi desenvolvida para ser utilizada por grupos
especiais em operações em ambientes fechados.
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- O efeito sonoro da detonação da carga explosiva e a ação da pimenta
provocam surpresa e atordoamento, criando condições favoráveis para uma
rápida intervenção.
b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero verde;
- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 102 mm;
- Peso: 145g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 1.5 s.
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- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 127 mm;
- Peso: 175g;
- Tipo de acionador: M201A1; e
- Tempo de retardo: 2.5s.
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3.2.5.3.2 Granada de Efeito Moral Outdoor – GL-304
a) Características:
- A granada GL-304 foi desenvolvida para ser utilizada em operações de controle
de combate à criminalidade.
- Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva,
associado a uma nuvem de um pó branco de efeito moral, sem agressividade
química.
b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero branco;
- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 127 mm;
- Peso: 220g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 2.5s.
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a) Características:
- A granada GL-305 foi desenvolvida para ser utilizada em operações de controle
de distúrbios e combate à criminalidade.
- Possui grande efeito atordoante provocado pela detonação da carga explosiva,
associado ao efeito do agente lacrimogêneo.
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b) Especificações:
- Material do corpo: Elastômero vermelho;
- Diâmetro: 54 mm;
- Comprimento: 127 mm;
- Peso: 225 g;
- Tipo de acionador: M201A1 Type; e
- Tempo de retardo: 2.5 s.
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b) Especificações:
- Material do corpo: Alumínio;
- Submunições: 3;
- Tempo de emissão: mínimo 25 s;
- Tempo de retardo: 2,5 s ± 0,6 s;
- Tipo de acionador: M201A1 Type;
- Diâmetro: 38,0 mm;
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- Comprimento: 151 mm; e
- Peso: 220g.
3.2.5.3.6 Granada Lacrimogênea Tríplice Hyper Outdoor – GL – 300/TH
a) Características:
- A granada GL – 300/TH tem a mesma finalidade e modo de emprego do item
anterior.
b) Especificações:
- Material do corpo: Alumínio;
- Submunições: 3;
- Tempo de emissão: mínimo 25 s;
- Tempo de retardo: 2,5 s ± 0,6 s;
- Tipo de acionador: M201A1 Type;
- Diâmetro: 58,5 mm;
- Comprimento: 157 mm; e
- Peso: 430g.
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3.2.5.3.7 Granada de Treinamento AM – 500/R
- A granada foi desenvolvida com o intuito de realizar um treinamento seguro
para o operador. Tal granada simula o funcionamento de uma granada real, emite
um estampido e fumaça.
- O material durante seu funcionamento não gere estilhaços, isto ocorre porque
a carga explosiva é acionada fora do corpo da granada, o que proporciona um
ambiente seguro durante o treinamento de tropas.
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3.3.1 EXECUÇÃO DO TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO
3.3.1.1 Prática de Lançamento de Granadas Menos Letais
- O instrutor responsável da explicará todos os procedimentos que realizarão
ações a seco com os instruendos. Cada instruendo receberá uma granada de mão
INERTE, para lançamento rasteiro de ensaio, onde deverá ser lançada no solo na
distância de 15 metros. Na sequência, receberão uma granada menos letal real
e, acompanhado pelo instrutor responsável, realizará o lançamento da granada
aos moldes do lançamento em seco. O intuito da atividade é a identificação dos
diversos tipos de granadas e a assimilação dos efeitos de cada granada.
3.3.1.2 Prática das Formações
- Esta atividade será realizada por pelotões, preferencialmente com o capacete
do traje anti-tumulto e com viseira abaixada. O comandante de pelotão efetua o
comando de enunciar funções e todos os comandos para que sejam executadas
as formações básicas do pelotão como Força de Choque.
- Praticada as formações básicas, inicia o exercício com as formações ofensivas
e defensivas com e sem deslocamentos.
- A equipe de instrução pode estar equipada com marcador de paintball, para
executar disparos onde apresenta falha na formação da Força Choque, em brechas
que existam entre os escudos.
- Depois da realizar a parte prática de todas as formações previstas, todos os
participantes devem estar com o traje anti-tumulto para iniciar a prática das
formações com deslocamentos, mudança de frente de formação e tática de OCD.
3.3.1.3 Pista de Progressão com Tecnologia Menos Letal
- O treinamento é feito por pelotão nas etapas abaixo:
a) A primeira parte é conduzida com a prática de todas as formações realizadas
na etapa anterior com a utilização do marcador de paintball, com a finalidade de
corrigir possíveis falhas na formação da tropa.
b) Em algum momento, previamente planejado, se for o caso, pode ocorrer o
lançamento de uma granada de lacrimogênea, para testar a capacidade da tropa
OCD de progredir em contato com o gás lacrimogêneo.
c) Na sequência a fração efetua a Pista de Progressão com Tecnologia Menos
Letal. Tal pista visa desenvolver a habilidade de executar a progressão do
pelotão enquanto se utilizam armamentos e munições menos letais, trabalhando
principalmente o Cmt Pel, Adj Pel e os Cmt GC de forma a desenvolverem/
aprimorar a ação de comando, terem controle sobre a tropa e saberem como e
quando utilizar os armamentos e munições menos letais.
d) A Pista de OCD é executada primeiramente em seco, sem munição, com os
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três Grupos de Choque e, a seguir, a fração como um todo ainda sem munição.
Por último, após a massificação dos procedimentos, a pista é executada nível
grupo de combate e, depois, uma passagem a nível pelotão.
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3.3.1.5 Prática de Espargidor
- O spray espargidor de pimenta é utilizado contra apenas um indivíduo. O operador
ao acionar o espargidor deve-se posicionar a 2 (dois) metros do alvo (militar
receptor ou alvo), realizar a pontaria na altura dos olhos e disparar utilizando o
botão de acionamento por 0,5 segundo.
- Recomenda-se depois da prática de acionamento e utilização do espargidor, o
militar acionador poderá ser exposto aos efeitos do agente químico e executar a
descontaminação.
- O local de descontaminação precisa ser preparado com chuveiros (água neutro)
e detergente neutro.
Obs: Uma unidade do espargidor de pimenta (GL-108 MÁX) tem a capacidade
de acionamento de 15 jatos com 0,5 segundos cada.
- Recomenda-se analisar o ANEXO C para melhor realizar a prática prevista.
3.3.1.6 Material Necessário para realização da proposta de MDA
3-34
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3-35
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3-36
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CAPÍTULO IV
PROCEDIMENTO EM CASO DE INCIDENTE
4.1 GENERALIDADES
- O presente capítulo tem a finalidade de mostrar ao operador de tecnologia me-
nos letal o procedimento mais adequado em caso de incidente com o material ou
armamento menos letal.
4-1
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será responsável pelo procedimento de queima da granada menos letal.
d) O militar responsável pela queima deverá colocar a estopa embebedada em
querosene em uma das extremidades da haste, atear fogo e posicionar a estopa
em chamas na parte inferior do corpo da granada.
e) Esse procedimento, tem por objetivo o derretimento do corpo de borracha da
granada sem que haja a explosão do artefato.
4-2
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CAPÍTULO V
EMPREGO DE MUNIÇÃO MENOS LETAL
5.1 GENERALIDADES
a) O presente capítulo tem como intuito padronizar a Dotação de Munição Anual
(DMA) e Munição Menos Letal.
b) O emprego de MML na Doutrina Militar Terrestre ocorre preferencialmente nas
Operações de Cooperação e Coordenação com Agências (OCCA) com foco na
situação de não guerra.
5-1
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Patrulhamento Ostensivo ou dois pelotões modulados para Força de Choque e
um para o Patrulhamento Ostensivo.
5-2
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ANEXO A
“DIAGRAMA DE UTILIZAÇÃO”
A-1
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A-2
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ANEXO B
“PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL E MATERIAL”
B-1
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B-2
IRTAEx 2020-APÊNDICE “x” INSTRUÇÕES COM ESPARGIDOR DE PIMENTA
MUNIÇÃO NECESSÁRIA
ESPARGIDOR DE PIMENTA PREPARAÇÃO COMPLETA
1 espargidor para cada 15 acionamen-
Spray de Pimenta GL 108-MÁX
TIB tos de 0,5s
PADRÕES
MÍNIMOS
Tempo
Sessão Tempo Estimado (a) Exercício de Tiro Luz Distância Posição Tiro por homem Munição (b) Alvo
(Seg)
C-1
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C.1 OBSERVAÇÕES:
(a) Tempo estimado para uma tropa valor Pelotão;
(b) Uma unidade do spray espargidor max de pimenta tem a capacidade de acio-
namento de 15 jatos com 0,5 segundos cada;
(c) Uma unidade do spray espargidor med de pimenta tem a capacidade de acio-
namento de 25 jatos com 0,5 segundos cada;
(d) O alvo para o exercício 101 é o A2;
(e) Para o exercício 102 serão utilizados alvos do tipo A2 emparelhados lado a
lado; e
C-2
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C.2 DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS
1ª Sessão – Exercícios 101 e 102
a) 101- Familiarizar-se com a utilização do espargidor de pimenta quando em-
pregado contra apenas um indivíduo: Militar que vai realizar o espargimento
deve se posicionar a 2(dois) metros do alvo, realizar a pontaria na altura dos
olhos e disparar utilizando o botão acionador por 0,5 segundo;
b) 102 - Familiarizar-se com a utilização do espargidor de pimenta quando em-
pregado contra grupos de indivíduos: Militar que vai realizar o espargimento
deve se posicionar a 2(dois) metros dos alvos, realizar a pontaria acima da ca-
beça, disparar utilizando o botão acionador e realizar o movimento lateral com
as mãos de maneira que o jato atinja todos os alvos. O acionamento deve ser
realizado por 0,5 a 1 segundos.
C-3
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C-4
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