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MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
1ª Edição
2024
EB70-CI-11.483
EB70-CI-11.483
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CADERNO DE INSTRUÇÃO
1ª Edição
2024
EB70-CI-11.483
EB70-CI-11.483
EB: 64322.006404/2024-32
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1.1 FINALIDADE
1.2 DEFINIÇÕES
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ao pelotão.
1.3 GENERALIDADES
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- Alguns acham que a expressão originou-se pela fumaça parecida com uma
névoa criada pelo uso de pólvora durante uma batalha. Durante tais batalhas os
comandantes frequentemente consideram difícil observar seus inimigos, seus
aliados e mesmo suas próprias forças.
- Em alguns casos a névoa leva regimentos, batalhões ou companhias a
atacarem uns aos outros e a se perderem na fumaça.
- Em consequência, forças amigas podem ser engajadas e destruídas
inadvertidamente em poucos segundos, sem que o engano seja percebido.
1.3.4 O ambiente físico também pode dificultar a identificação dos alvos, mesmo
a pequenas distâncias ou quando o combatente porta equipamentos de luz
residual, de imagem termal ou outros instrumentos óticos como lunetas e
binóculos.
- Elementos comuns ao campo de batalha, como a fumaça e a poeira, bem como
as condições meteorológicas adversas, degradam a capacidade de diferenciar
os alvos legítimos da tropa amiga.
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1-4
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CAPÍTULO II
2-1
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2.1.4.4 O alcance das armas modernas facilmente excede a faixa em que o olho
humano, ou mesmo os instrumentos óticos, podem distinguir amigos de inimigos
com precisão (ESTADOS UNIDOS, 1992).
- Dessa maneira, a visão passa a limitar o alcance do armamento. Além disso, a
visibilidade pode ser prejudicada pelas condições meteorológicas e pelo
obscurecimento do campo de batalha, restringindo cada vez mais a capacidade
de identificação de alvos.
- Mesmo sendo possível identificar a ameaça frente às restrições impostas
acima, o tempo necessário para a correta caracterização visual do alvo torna-se
maior.
- Da identificação até a decisão de abrir fogo são poucos os segundos de
exposição de uma provável ameaça (ESTADOS UNIDOS, 1992). Ademais, o
inimigo pode possuir armamento semelhante ou, ainda, utilizar-se de técnicas de
camuflagem para alterar a aparência de suas armas, tornando ainda mais
imprecisa a identificação visual em curto prazo de tempo.
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2.2.2.1 Em combate é muito fácil uma fração (Frç) ou suas VBC afastarem-se de
um itinerário ou setor que lhe foi designado, relatarem um determinado local em
que se encontrem de forma errada ou ficarem desorientadas. Tal situação é
muito comum na Área de Operacional do Continente (AOC), em função da área
ser muito plana, com poucas referências geográficas de vulto, grandes, extensos
e profundos campos de tiro e de observação.
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2.2.3.1 Essas falhas ocorrem quando os Cmt ou seus atiradores não conseguem
realizar uma correta e precisa identificação de alvos, seja por condições
atmosféricas adversas, deficiências ou falhas nos equipamentos de observação,
emprego dos sistemas de visão termal ou óticos perto do seu alcance máximo,
dificultando a identificação precisa de assinaturas térmicas ou óticas. Sob
visibilidade limitada, é fácil confundir um elemento amigo com um alvo ou uma
ameaça.
2.2.3.2 Uma vez detectado um alvo, os Cmt Frç, ou suas Seç e VBC devem
esforçar-se para realizar uma correta identificação desse alvo (confirmação),
definindo-o como elemento amigo, neutro ou uma ameaça, a fim de evitar
incidentes de fratricídio ou de fogo amigo. O emprego de viaturas de combate
semelhantes ou iguais, por outras forças presentes num campo de batalha, pode
dificultar ou mesmo impedir essa identificação amigo-inimigo pelo Pel.
2.2.4.3 Essas Mdd Coor Ct devem estar vinculadas a pontos nítidos do terreno,
sendo facilmente identificadas pela tropa.
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2.2.5.1 O Pel ou suas frações, por motivos diversos, podem não informar
oportunamente, de forma precisa e completa para o Cmt SU, quando a situação
tática ou o terreno mudarem (sob efeito de condições climáticas adversas, cartas
desatualizadas etc).
2.2.5.2 Tão logo seja possível, essas informações e dados devem ser
atualizados para o Cmt Pel e Cmt SU, de modo a garantir que o quadro
operacional e as cartas sejam corrigidas, evitando-se o risco de fratricídio.
2.2.8.2 Para se prevenir desse potencial perigo (falha dos seus principais
sistemas), o Pel deve garantir um equilíbrio no emprego de sistemas e
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2.2.8.4 Os Cmt Frç devem estar sempre rastreando o terreno com os seus
equipamentos optrônicos, GPS veiculares ou portáteis e outros, comparando as
informações obtidas nesses equipamentos com a sua carta militar enquanto
navegam. Devem estar sempre com “UM OLHO NO EQUIPAMENTO, UM OLHO
NO TERRENO E UM DEDO NA CARTA”.
- Dessa forma, todas as possíveis soluções para minimizar seu potencial devem
ser de conhecimento geral, de forma que a ações a serem realizadas possam
ser implementadas dentro de cada escalão envolvido. (ESTADOS UNIDOS DA
AMÉRICA, 2002).
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CAPÍTULO III
GERENCIAMENTO DO RISCO
3.1.3 Risco residual é aquele que permanecerá mesmo após aplicação das
ações preventivas/mitigadoras selecionadas.
1. SITUAÇÃO
a. Forças inimigas
1) Há semelhança entre o nosso uniforme, viaturas, armamento e equipamento com os
do inimigo que poderiam aumentar o risco de fratricídio durante as operações?
2) O inimigo tem procurado se infiltrar, intervir nas transmissões ou provocar incidentes
de pânico em nossas tropas?
b. Forças amigas
1) Existem semelhanças entre o idioma, uniforme, viaturas e equipamento de alguma
força amiga com o inimigo (nas operações conjuntas ou combinadas) que possam aumentar o risco
de fratricídio?
2) Quais diferenças, em equipamento e uniformes, entre nossas forças e as forças
amigas, devem ser ressaltadas para a tropa, a fim de se prevenir o risco de fratricídio?
3) As tropas recebidas em reforço usam sinais de identificação semelhantes aos nossos?
...
8) Nossas tropas receberam/treinaram a atualização das senhas e códigos de
identificação?
...
3-1
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3.2.1 Realizando-se as avaliações, pode-se ter uma noção geral dos incidentes
ocorridos no combate, sendo a avaliação da ação uma ferramenta extremamente
importante para apurar os fatos e melhorar o adestramento da tropa.
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EQUIPAMENTOS
Forças amigas SIMILAR (1) DIFERENTE
Ameaças - inimigo DIFERENTE (1) SIMILAR
TREINAMENTO
Certificação padronizada REALIZADA E
(1) NÃO REALIZADA
individual APROVADA
REALIZADA E
Certificação padronizada (1) NÃO REALIZADA
APROVADA
Legenda:
(1) Considerar “médio” quando não houver certeza da classificação para o fator.
3.2.3 Por fim, os valores são somados e identifica-se a taxa global de fratricídio.
Classifica-se em:
- Alta (49 a 63 pontos);
- Média (37 a 48 pontos); ou
- Baixa (21 a 36 pontos).
3.3.1.1 Visando à redução de risco de fratricídio, deve-se atentar para este fator
ao longo da operação.
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3.3.2 ETAPAS
3.3.2.2 Considerações
- Ao compreender todo o planejamento da operação e visando minimizar os
riscos de fratricídio, as seguintes considerações indicarão ao Cmt o potencial de
fratricídio em uma determinada operação:
a) o conhecimento da situação do inimigo;
b) o conhecimento da situação das tropas amigas;
c) a intenção clara do Cmt de Fração e seu conhecimento por todos os escalões;
d) a complexidade da operação e o grau de sincronização atingido; e
e) o tempo de planejamento disponível para cada escalão.
3.3.2.4 Ferramentas
- Reuniões de coordenação, de sincronização e ensaios são ferramentas
primordiais na identificação e na redução do risco de fratricídio.
- Deve-se levar em consideração algumas ações como a utilização de ordens
claras e concisas, a eficaz transmissão das ordens dos comandantes para os
escalões mais baixos e a quantidade e tipo de ensaios.
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3.4 DECISÃO
3.4.1.2 Ele contribui para evitar o tiro impulsivo sobre um alvo não corretamente
identificado, ou que não possa ser precisamente caracterizado como inimigo, em
um ambiente com a presença de forças amigas ou neutras.
3.4.1.3 O processo deve ser treinado e verificado por ocasião dos ensaios para
a missão. Ele deve ser empregado por todos os integrantes, de forma individual,
pelas guarnições de armas coletivas e pelas tropas em 1° escalão.
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- Devem constar das NGA medidas para auxiliar os Cmt, de todos os escalões
e das viaturas blindadas, no processo de acompanhamento da situação do
combate.
h) Essas medidas podem incluir:
1) a permanente escuta da rede de comando e controle do Esc Sp;
2) a comunicação rádio entre subunidades e frações vizinhas;
3) o conhecimento preciso da localização de todas as peças de manobra;
4) a troca constante de elementos de ligação com as unidades vizinhas e o
Esc Sp e, entre o Cmdo Fração e as peças de manobra, quando for o caso; e
5) a permanente atualização das planilhas de combate, cartas de situação e
outros documentos.
3.5.1.4 A consciência situacional permite que o pelotão esteja ciente das forças
presentes no campo de batalha (forças amigas, inimigas e elementos neutros),
além das zonas de ação estabelecidas, podendo assim tomar decisões caso haja
a necessidade.
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3.5.4 Dentre as ferramentas que podem ser usadas para reduzir o risco de
fratricídio, destaca-se o conhecimento e o emprego correto das regras de
engajamento.
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CAPÍTULO IV
Fig 4-1 - Militares realizando a tomada de um beco, estando um de pé e outro agachado para evitar
cruzar na frente do cano do companheiro
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Fig 4-2 - Exemplos de dispositivos de identificação individual termal (infravermelho - IR) como
patches ou adesivos de identificação e luzes IR para visualização dos combatentes
Fig 4-3 - Vista através de dispositivo de visão noturna de militares utilizando estroboscópio
infravermelho para identificação positiva
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c) intenção do comandante;
d) disponibilização de tempo suficiente de planejamento das operações em cada
nível, conforme a disponibilidade; e
e) planejamento bem realizado, com coordenação e controle, comunicações
eficazes, determinação de pontos de controle, conforme apropriado para a
operação, e uma emissão de ordens clara são fundamentais para a prevenção
de fratricídios nas pequenas frações.
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- Sabe-se que tal procedimento pode ampliar o risco de fratricídio, porém deve-
se avaliar a situação conforme os fatores da decisão, pois os procedimentos
mitigatórios do risco do fratricídio devem compensar uma possível vantagem
cedida ao oponente.
- Portanto, mesmo que seja ensaiado tal procedimento, deve haver uma revisão
nos métodos de progressão e de assalto e considerada a situação vivida no
momento daquela fração em combate.
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fratricídio.
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c) Atenção especial deve ser dada à marcação dos limites, utilizando-se a borda
das construções para definir a responsabilidade por determinada rua.
d) A marcação das citadas medidas de coordenação e controle pode-se valer de
grandes construções nítidas no terreno para auxiliar a designação e a
visualização por parte das tropas empenhadas.
e) Para a designação de objetivos horizontais nas quadras, um método que pode
ser utilizado é a referência dos pontos cardeais (Ex: QUADRA 1 SE).
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4.3.6 A delimitação da zona de ação de cada fração, assim como das áreas de
restrições de fogos e de fogo proibido são de extrema importância para a
prevenção do fratricídio.
4.3.7 Devem ser escalados Oficiais de Ligação e equipe de coordenação de
limites para realizar ligações entre tropas amigas que estejam operando em
áreas adjacentes.
4.4.1.3 Por serem empregados por muitas vezes em apoio a Grandes Comandos
Operacionais, a consciência situacional de todo o ambiente operacional é de vital
importância para os operadores especiais, evitando que se tornem vítimas de
fratricídio.
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4.4.3 CLASSIFICAÇÃO
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4.4.4.2.1 A execução do tiro com os dois olhos abertos tem por finalidade ampliar
o campo de visão do atirador, o que permite uma maior visão periférica durante
os disparos, reduzindo sensivelmente a possibilidade de ocorrência de fratricídio,
pois aumenta a possibilidade de identificação da movimentação de pessoas no
entorno do atirador.
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4.4.4.2.5 Por fim, a execução do tiro com os dois olhos abertos amplia o campo
de visão do atirador, o que contribui para a consciência situacional individual,
reduzindo a chance de execução de fogo amigo.
4.4.4.3.5 Por fim, o controle do cano possibilita a redução do fogo amigo causado
por acidente.
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4.4.4.5.3 Após cada engajamento, o militar trava a arma e mantém o dedo que
atira distendido sobre o guarda-mato. Com a quantidade adequada de
adestramento, o tempo de se destravar a arma e executar o disparo não gera
impacto algum no reflexo do atirador. Pelo contrário, gera mais confiança e
segurança em seu engajamento, sem depender de seu reflexo instintivo.
4.4.4.5.4 Em que pese o atirador não estar com seu dedo que atira no gatilho
para seu rápido engajamento, este mantém constantemente seu polegar no
registro de tiro e segurança (RTS), para que haja uma rápida liberação de seu
armamento durante o processo de abertura de fogo.
- Para tal, existem duas grandes necessidades para um procedimento perfeito:
a) uma excelente manutenção do armamento para que o RTS esteja com uma
rápida liberação; e
b) a execução de um módulo de adestramento focado nesse procedimento de
liberação do RTS sincronizado com o acionamento do gatilho.
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4.4.4.7.4 A visão de túnel consiste numa reação orgânica da pessoa, que está
sobre uma forte carga de estresse, não conseguir retirar sua visão focal sobre
um ponto específico, normalmente o ponto em que se encontra engajando.
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4.4.5.2.5 Ademais, a execução desse tipo de base de fogos dentro das duplas
não se retrata como um procedimento rígido, pois durante a progressão pode
ocorrer de um dos integrantes da dupla ser abatido, surgindo a necessidade de
se agregar mais um elemento na dupla adjacente, sendo realizada a progressão
em trio.
- Além disso, durante a progressão pode ocorrer daquela dupla formulada no
início do planejamento ser diferente da realidade imposta pelo combate, sendo
necessário um reajuste rápido e imediato com a formação da dupla no momento
do assalto, ou seja, o procedimento não é adestrado sempre com o mesmo
integrante, pelo contrário, o adestramento deve ser conduzido de forma que todo
o destacamento consiga progredir, independente do rodízio de duplas que se
formarem.
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determinadas situações.
- Além disso, esses riscos são mitigados diante dos procedimentos fundamentais
individuais praticados durante os adestramentos da F Op Esp, possibilitando
uma progressão mais eficiente quando necessária.
- Assim, não se recomenda esse tipo de procedimento para tropas convencionais
que não tenham recebido a devida instrução para tal, pois sua execução não
possui amparo na IRTAEx convencional.
4.4.5.3.3 Vale ressaltar que, naturalmente, o próprio militar não possui condições
de realizar a autoavaliação, cabendo a seu comandante imediato a determinação
do rodízio em questão.
4.4.5.4.3 No período noturno, tal assinalação pode se dar por meio do uso de
“strobolight” infravermelho no capacete, facilitando a assinalação durante as
progressões.
4.4.5.4.3 Por fim, a identificação das equipes se mostra altamente vantajosa para
a manutenção do controle de fogo à frente, permitindo a redução do risco de fogo
amigo durante as progressões.
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4.5.1.1 Contexto
- O emprego da F Ter, normalmente, ocorre em um ambiente conjunto ou
combinado, o que aproxima as unidades do EB de unidades das outras forças
e/ou de outros países.
- Nesse contexto, é importante o conhecimento sobre equipamento, uniforme e
forma de emprego das forças amigas e inimigas, a adoção das medidas de
prevenção de incidentes fratricídio e de fogo amigo, o emprego de TTP de
identificação de combate e o estabelecimento de regras de engajamento de
alvos.
4.5.1.2 O inimigo
- Na maior parte das ações de combate das tropas mecanizadas e blindadas, o
inimigo é dinâmico por natureza, deslocando-se pela Z Aç, alterando sua
localização e direção.
- Isso exige do comandante das tropas mecanizadas e blindadas a capacidade
de, rapidamente, ajustar as medidas de coordenação e controle da operação e
de adestramento específico da tropa.
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4.5.4.1.1 A taxa de risco de uma operação deve ser administrada por todos os
escalões e em cada fase da manobra.
4.5.4.1.2 Os fatores de risco de fratricídio identificados devem ser informados a
todos os escalões, para que medidas para redução do fratricídio possam ser
oportunamente desenvolvidas e implementadas.
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COMPREENSÃO DO PLANEJAMENTO
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FATORES AMBIENTAIS
Visibilidade entre os
favorável desfavorável
participantes da operação
Procedimentos operacionais
utilizados não utilizados
padronizadas
Localização, orientação,
segura não segura
navegação
EQUIPAMENTOS
TREINAMENTO
realizada e
Certificação individual não realizada
aprovada
realizada e
Certificação padronizada não realizada
aprovada
4.5.4.2.6 A soma total dos pontos pode não refletir o risco de fratricídio com
precisão, devendo ser utilizada apenas como base de referência na avaliação do
risco real.
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4.5.4.3.2 Situação
a) Forças inimigas
1) Há semelhanças entre o uniforme brasileiro, viaturas, armamento e
equipamento com os do inimigo que poderiam aumentar o risco de fratricídio
durante as operações?
2) As forças inimigas falam que idioma? Esse idioma é tão semelhante ao
português que poderia contribuir para o risco de um fratricídio?
3) Qual é a capacidade de dissimulação do inimigo? Há registro de atividades
anteriores de dissimulação?
4) Sabe-se com precisão a localização das forças inimigas?
b) Forças amigas
1) Existem semelhanças entre o idioma, uniforme, viaturas e equipamentos
de alguma força amiga com os do inimigo (nas operações conjuntas ou
combinadas) que podem aumentar o risco de fratricídio?
2) Quais diferenças, em equipamento e uniformes, entre nossas forças e as
forças amigas, devem ser ressaltadas para a tropa, a fim de se prevenir o
fratricídio?
3) Qual é o plano de dissimulação de nossas forças amigas (e vizinhas)?
4) Qual a localização exata das forças amigas vizinhas?
5) Existem grupos neutros, de não combatentes, civis refugiados, entre
outros, em nossa Z Aç ou próxima dela? Qual a localização exata desses
grupos?
6) Qual é o nível de desgaste, eficiência e confiança do equipamento das
forças amigas?
c) Nossas forças
1) Qual é o nível de adestramento das tropas Mec e Bld e das demais OM de
nossa brigada, dos elementos em reforço ou em apoio? Nossa tropa possui
experiência de combate? Qual a eficiência em combate de nossa brigada?
2) Qual o nível de desgaste e de fadiga de nossa tropa?
3) As tropas mecanizadas e blindadas e as forças amigas estão aclimatadas
a essa região?
- Possuem uniforme adequado?
4) Qual é o nível de desgaste, eficiência e confiança de nosso equipamento?
5) Foi distribuído algum equipamento novo às tropas Mec e Bld,
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4.5.4.3.3 Missão
a) A missão das tropas mecanizadas e blindadas, bem como todas as ações a
executar, as responsabilidades logísticas, de apoio de fogo, de apoio da
engenharia etc estão claramente compreendidas?
b) A intenção do comandante é do conhecimento de todos?
4.5.4.3.4 Execução
a) Organização das tropas mecanizadas e blindadas
1) Há tropas em reforço? Essas tropas que estão reforçando a Tropas Mec e
Bld já trabalharam conosco em alguma operação de combate?
2) As NGA das tropas Mec e Bld são compatíveis com as NGA das tropas que
as reforçam? Essas forças já foram instruídas sobre as nossas NGA?
3) São necessárias marcas ou símbolos especiais para a identificação das
viaturas, dos uniformes ou dos equipamentos das tropas mecanizadas e
blindadas?
4) Serão empregadas na operação novas viaturas blindadas, viaturas não
blindadas, equipamentos ou armamentos? Eles são semelhantes aos do
inimigo?
b) Conceito da operação
1) Manobra
(a) Foram identificados riscos de fratricídio nas zonas de ação das
subunidades que realizarão a ação principal e as ações secundárias?
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(b) A tropa tem consciência desses riscos e foram tomadas medidas para
evitá-los?
(c) Foram confeccionados mementos de identificação de alvos, com
descrições, características, imagens e as principais diferenças dos meios amigos
e inimigos?
2) Fogos (diretos e indiretos)
(a) As prioridades de fogos estão bem identificadas?
- Foram confeccionadas as listas de alvos?
- Os procedimentos para desencadeamento dos fogos são do
conhecimento de todos?
(b) As áreas restritas foram identificadas e são de conhecimento da tropa
(campos de minas, áreas com restrições de fogos etc)?
(c) Existe previsão de apoio aero tático ou da Av Ex para a operação das
tropas Mec e Bld?
- Os objetivos das aeronaves estão claramente definidos?
- Foram planejados sinais de identificação para as viaturas e
instalações?
- Existe coordenação do espaço aéreo sobre a zona de ação das
Tropas Mec e Bld?
(d) O apoio de fogo foi sincronizado com a manobra?
(e) Os limites de cada Z Aç foram identificados pelas subunidades?
(f) Foram realizados ensaios para perfeito funcionamento do Sist de Ap F?
(g) As subunidades possuem OA Art e Mrt P? Esses OA foram reunidos
pelo Adj S-3 para um ensaio do sistema Ap F com o O Lig Art, no CCAF?
(h) As comunicações do sistema de Ap F foram testadas? Existem meios
alternativos para as comunicações entre os elementos do sistema de Ap F?
3) Missão das Subunidades
- As missões das SU estão coerentes com as suas possibilidades?
4) Engenharia
(a) A tropa Mec e Bld recebeu em reforço meios de engenharia do escalão
superior?
(b) Esses meios recebidos são suficientes para apoiar a manobra das
tropas mecanizadas e blindadas?
(c) Foram estabelecidas missões e prioridades de apoio para a
engenharia?
(d) Os obstáculos e campos de minas lançados pelo inimigo foram
identificados? Há um plano para abertura de brechas?
(e) Foi estimado o tempo necessário para a abertura de brechas nos
obstáculos identificados?
5) Prescrições diversas
(a) Serão realizados ensaios?
(b) Estão previstas reuniões coordenadas pelo S Cmt das tropas
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4.5.6.2 Medidas recomendadas para a tropa que for vítima de fogo amigo:
a) reagir ao fogo até que ele seja reconhecido como fogo amigo;
b) cessar fogo;
c) executar ações imediatas para proteger os soldados e as viaturas;
d) utilizar os sinais convencionados para o reconhecimento visual na direção da
tropa que realiza os disparos na tentativa de fazê-la cessar fogo; e
e) informar ao Esc Sp que sua tropa está recebendo fogo amigo, a localização e
a direção dos veículos ou da tropa que realiza os disparos e, se possível, a
identificação da tropa que está atirando.
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4.5.6.3 Medidas a serem adotadas quando a tropa engaja pelo fogo uma
força amiga:
a) cessar fogo; e
b) informar ao Esc Sp sobre:
- a força amiga engajada (se não for identificada, informar valor, tipo de
viaturas e outros dados disponíveis);
- a localização da sua tropa e a da força engajada;
- a direção e distância dos elementos engajados;
- o tipo de fogo realizado; e
- o efeito dos fogos nos alvos atingidos.
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- Caso não sejam estabelecidas por aquele escalão, a tropa deve estabelecer
essas medidas para os seus elementos subordinados, antecedendo os
planejamentos operacionais.
- Todos os elementos da tropa devem estar de posse dessas medidas antes da
emissão de suas ordens de operações, de forma que os elementos subordinados
possam entendê-las corretamente e ter a oportunidade de implementar todas as
medidas estabelecidas antes de entrar em combate.
- Elas devem ser difundidas pelas tropas mecanizadas e blindadas para todos
os seus elementos subordinados ou em apoio e para as tropas vizinhas.
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Fig 4-18 - Exemplo de identificação de combate para as SU de uma tropa mecanizada e blindada
Fig 4-19 - Exemplo de figuras que poderão ser utilizadas para representar os Pel
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Fig 4-22 - Exemplo de identificação de uma VBC CC com o indicativo numérico do pelotão e
esquadrão (1º Pel CC da FT 3º Esqd CC) na parte frontal do chassi e traseira da torre
Fig 4-23 - Exemplo de sinais de identificação de combate no chassi e torre de uma VBCCC
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Fig 4-24 - Identificação de combate dos Pel de um Esqd CC por marcas no tubo das VBC CC
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Fig 4-26 - Identificação de combate na parte superior para situações de evacuação aeromédica
ou apoio aerotático
Fig 4-27 - Identificação de combate na parte superior para situações de evacuação aeromédica
ou apoio aerotático
4-46
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Fig 4-28 - Identificação de combate na parte superior para situações de evacuação aeromédica
Exemplo de equipamento de reconhecimento de alvo automatizado, tipo IFF: BCIS – Sistema de
identificação do campo de batalha
4-47
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Fig 4-29 - VBC CC identificadas na parte traseira com painel e com bastões de luz química para
operação de ultrapassagem
4.5.8.3 As regras de engajamento de alvos são a forma pela qual o Cmt das
tropas mecanizadas e blindadas transmite as orientações legais, políticas,
diplomáticas e militares sobre o emprego da força aos seus elementos
subordinados.
- Caso não as receba do Esc Sp, o Cmt das tropas mecanizadas e blindadas
deve estipulá-las com extremo cuidado, a fim de balancear as restrições legais
e o controle do risco de fratricídio, com a necessidade de garantir a segurança
de sua tropa e o cumprimento da missão.
- A responsabilidade pelas consequências do emprego da força no estrito
cumprimento das regras de engajamento de alvos cabe à autoridade que as
aprovou.
4-48
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4-49
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Fig 4-30 - O treinamento para a redução dos incidentes de fratricídio deve ser realizado em
conjunto
4-50
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4-51
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O TREINAMENTO PARA A
REDUÇÃO DOS INCIDENTES DE
FRATRICÍDIO E DE FOGO AMIGO
DEVE RECEBER A MESMA
IMPORTÂNCIA QUE OS
TREINAMENTOS E ENSAIOS
DAS AÇÕES TÁTICAS.
4-52
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ANEXO A
A-1
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A-2
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