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I.G.

INSTRUÇÃO GERAL Nº 4

SERVIÇO DE MANOBRAS

Entrada em vigor
01 de Janeiro de 2008

INTF
Instituto Nacional do Transporte Ferroviário
Distribuição:
 CP;
 FERTAGUS;
 REFER.

Documentos anulados e substituidos

I.G. 4 – Serviço de Manobras (em estações, ramais e


desvios), com a data de entrada em vigor de 16 de Novembro
de 1969, e seus Aditamentos.
IMT Instituto da Mobilidade e IG 4
do Transporte, I.P. 2º Aditamento
Distribuição: Entrada em vigor
• GESTOR DA INFRAESTRUTURA;
• EMPRESAS DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO 02 de Dezembro de 2017

2º Aditamento
à
INSTRUÇÃO GERAL Nº 4
Serviço de Manobras

1. Objeto
Alterar a data de entrada em vigor do 1º Aditamento à IG 4, inicialmente
prevista para 02 de Dezembro de 2017.
2. Descrição
Devido a alteração da data de entrada em vigor do RGS I – Princípios
Fundamentais, inicialmente prevista para 02 de Dezembro de 2017, é
alterada até 30 de Abril de 2018, a data de entrada em vigor do 1º
Aditamento à IG 4.

Lisboa, 30 de Novembro de 2017

IMT, I.P.
O Diretor de Serviços de Regulamentação Técnica, de Qualidade e
Segurança
a) José Pinheiro

a) Assinado no original
IMT Instituto da Mobilidade e IG 4
do Transporte, I.P. 1º Aditamento
Distribuição: Entrada em vigor
• GESTOR DA INFRAESTRUTURA;
• EMPRESAS DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO 02 de Dezembro de 2017

1º Aditamento
à
INSTRUÇÃO GERAL Nº 4
Serviço de Manobras

1. Objeto
Anular o ponto 5.2, atualizar o ponto 5.1.1 alínea a) e reformular
“Definições” no ponto 2.
2. Descrição
A partir da data acima indicada, por ter sido emitido o RGS I - Princípios
Fundamentais, na IG 4 – Serviço de Manobras, são feitas as seguintes
alterações:
 Anulado o ponto 5.2;
 No ponto 5.1.1, eliminar a referência à IT 20;
 No ponto 2, remissão das “Definições” de: Dependência, Itinerário,
Manobra, Manobra Complexa, Manobra simples, Material
circulante, Movimento de avanço e de Responsável de Circulação,
para o ponto 4.1 do RGS I.
3. Assim, em Anexo são distribuídas
As páginas 3/4, 5/6, 7/8, 9/10 e 17/18 que substituem as de igual
numeração.
2

Lisboa, 06 de Outubro de 2017

IMT, I.P.
O Diretor de Serviços de Regulamentação Técnica, de
Qualidade e Segurança

a)José Pinheiro

a) Assinado no original
IG 4
3

ÌNDICE

CAPITULO I - OBJECTO, CAMPO DE APLICAÇÃO E DEFINIÇÕES


1 Objeto e campo de aplicação………………………………………………………………………….. 5
2 Definições ……………..………………………………………………………………………………………. 6
CAPITULO II – ATIVIDADES E CLASSIFICAÇÃO DAS MANOBRAS
3 Atividades do serviço de manobras………………………………………………………………… 8
4 Classificação das manobras…………………………………………………………………………….. 8
CAPITULO III – SERVIÇO DE MANOBRAS
5 Realização do serviço de manobras……………………………………………………………….. 9
5.1 Regras para a realização de manobras……………………………………………………………. 9
5.1.1 Regras de segurança………………………………………………………………………………………. 9
5.1.2 Regras gerais para a realização do serviço de manobras………………………………… 10
5.1.3 Regras específicas para a realização de manobras simples……………………………… 12
5.1.4 Regras específicas para a realização de manobras complexas………………………… 13
5.1.5 Regras para a verificação e realização do itinerário………………………………………… 14
5.1.6 Regras referentes à sinalização………………………………………………………………………. 15
5.1.7 Regras referentes à infraestrutura………………………………………………………………….. 16
5.2 Anulado – 1º Aditamento………………………………………………………………………………. 17
5.3 Utilização de sistemas de radiocomunicações no serviço de manobras………….. 17
5.3.1 Disposições gerais…………………………………………………………………………………………… 17
5.3.2 Continuidade da ligação rádio………………………………………………………………………… 18
5.3.3 Avaria ou falta de comunicação……………………………………………………………………… 18
5.3.4 Situação de emergência…………………………………………………………………………………. 18

CAPITULO IV – DEVERES DO PESSOAL


6 Deveres dos agentes intervenientes no serviço de manobras…………………………. 19
6.1 Deveres do agente responsável pelo comando da manobra…………………………… 19
6.2 Deveres do agente responsável pela realização dos itinerários………………………. 21
6.3 Deveres do agente responsável pelo apoio à manobra…………………………………… 21
6.4 Deveres do Responsável de Condução……………………………………………………………. 23

Distribuído pelo 1º Aditamento


4

CAPITULO V – RESPONSABILIDADES DAS EMPRESAS PELO SERVIÇO DE MANOBRAS


Manobras nas linhas de circulação e nos acessos a linhas secundárias,
7
instalações de serviço e ramais ou desvios………………………………………………………. 25
7.1 Comando da manobra……………………………………………………………………………………… 25
7.2 Realização de itinerários………………………………………………………………………………….. 25
7.3 Apoio à manobra……………………………………………………………………………………………… 25
7.4 Condução…………………………………………………………………………………………………………. 25
Manobras no interior de linhas secundárias, instalações de serviço e ramais ou
8 desvios……………………………………………………………………………………………………………..
26
8.1 Comando da manobra……………………………………………………………………………………… 26
8.2 Apoio à manobra……………………………………………………………………………………………… 26 26
8.3 Realização de itinerários………………………………………………………………………………….. 26
8.4 Condução…………………………………………………………………………………………………………. 26
.

Distribuído pelo 1º Aditamento


IG 4
5
INSTRUÇÃO GERAL Nº 4
Serviço de Manobras

CAPÍTULO I - OBJECTO, CAMPO DE APLICAÇÃO E DEFINIÇÕES


O presente capítulo contém o objeto, campo de aplicação e a descrição
das definições dos principais termos ferroviários utilizados nesta
instrução.

1 Objeto e campo de aplicação


1. A presente Instrução tem como objetivo definir as regras para a
realização do serviço de manobras, no âmbito da exploração ferroviária,
dispondo designadamente sobre:
a) Procedimentos gerais para a realização do serviço de manobras;
b) Deveres do pessoal interveniente no serviço de manobras;
c) Responsabilidades das empresas no serviço de manobras.
2. A Instrução tem aplicação em toda a Rede Ferroviária Nacional e em
demais dependências onde se preste(m) serviço(s) de transporte
ferroviário, não se aplicando na situação indicada no nº 1 alínea a) do
artigo 2º do Capítulo I do Decreto - Lei 270/2003 de 28 de Outubro.
2 Definições

Para efeitos da presente Instrução, entende-se por:


1. ‹Acesso› - itinerário que inclui o(s) aparelho(s) de inserção nas linhas
de circulação de uma dependência ou nas linhas de plena via.

2. ‹Apoio à manobra› - atividade através da qual se assegura o apoio ao


Responsável de Condução na execução da manobra.
3. ‹Báscula› - equipamento colocado na via destinado a efetuar a
pesagem de veículos ferroviários.

Distribuído pelo 1º Aditamento


6
4. ‹Calço descarrilador› - equipamento mecânico geralmente conjugado
mecanicamente com aparelho (s) de mudança de via, o qual é,
geralmente acionado por telecomando e que impede o movimento de
material circulante sobre outras linhas.
5. ‹Calço de limite› - equipamento mecânico acionado manualmente,
que impede o movimento de material circulante sobre outras linhas.
6. ‹Calço portátil› - dispositivo destinado a deter os veículos em
movimento ou a garantir a sua imobilização.
7. ‹Comando da manobra› - atividade cujo objetivo é proporcionar a
realização da manobra e que inclui a:
- Receção de pedidos de manobra;
- Definição de prioridades face aos pedidos;
- Autorização para a realização de itinerários;
- Autorização para a execução da manobra;
- Ordem para a reposição dos itinerários após o fim da manobra.
8. ‹Dependência› - ver ponto 4 do RGS I
9. ‹Dispositivo de proteção› - Dispositivo destinado a proteger o acesso
de material circulante a outras linhas, podendo ser constituído,
designadamente, por sinal(is) fixo(s), calço(s) descarrilador(es) e de
limite. Uma linha de fuga também pode ser considerada um dispositivo
de proteção.
10. ‹Execução da manobra› - atividade destinada a realizar a
movimentação do material circulante, compreendendo a condução e,
quando necessário, o apoio à manobra.
11. ‹Instalação de serviço› - instalação onde se prestam serviços
ferroviários, nomeadamente: estações de passageiros, seus edifícios e
outras instalações, instalações de abastecimento de combustível,
terminais de mercadorias, estações de triagem, instalações de formação
de composições, feixes de resguardo, instalações de manutenção e
outras instalações técnicas.

Distribuído pelo 1º Aditamento


IG 4
7
12. ‹Itinerário› - ver ponto 4 do RGS I
13. ‹Linhas de circulação› - linhas afetas à circulação de comboios
indicados no Diretório da Rede.
14. ‹Linhas secundárias› - linhas não incluídas na definição de linhas de
circulação.

15. ‹Manobra› - ver ponto 4 do RGS I


16. ‹Manobra complexa› - ver ponto 4 do RGS I
17. ‹Manobra simples› - ver ponto 4 do RGS I
18. ‹Material circulante› - ver ponto 4 do RGS I
19. ‹Movimento de avanço› - ver ponto 4 do RGS I
20. ‹Movimento de recuo› - todo o movimento de material circulante
que não se enquadre na tipologia de movimento de avanço.
21. ‹Ramal ou Desvio› - infra-estrutura ferroviária dotada de dispositivos
de proteção que impedem qualquer movimento de material sobre as
linhas de circulação, ou outras, permitindo as operações de receção e
expedição de comboios.
22. ‹Realização de itinerários› - atividade através da qual são
estabelecidos os itinerários necessários para satisfazer os objetivos
definidos pelo comando da manobra.
23. ‹Responsável de Circulação› - ver ponto 4 do RGS I

24. ‹Secção de via› - troço de via dotado de dispositivos elétricos


apropriados que permitem detetar o seu estado de ocupação /
desocupação.

25. ‹Sector de uma dependência› - zona delimitada de uma dependência.


26. ‹Serviço de manobra› - conjunto de atividades necessárias à
realização da manobra.

Distribuído pelo 1º Aditamento


8

CAPÍTULO II - ACTIVIDADES E CLASSIFICAÇÃO DAS MANOBRAS


O presente capítulo descreve as atividades inerentes ao serviço de
manobras e estabelece a sua classificação.
3 Atividades do serviço de manobras
O serviço de manobras decompõe-se nas seguintes atividades:
a) Comando da manobra;
b) Realização de itinerários;
c) Execução da manobra, que se subdivide em:
i) Condução;
ii) Apoio à manobra.
4 Classificação das manobras
Uma manobra, conforme a sua tipologia, classifica-se em:
a) Manobra simples;
b) Manobra complexa.

Distribuído pelo 1º Aditamento


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CAPÍTULO III - SERVIÇO DE MANOBRAS
O presente capítulo estabelece as regras para o serviço de manobras e
para a utilização de radiocomunicações, definindo ainda as velocidades
máximas permitidas.
5 Realização do serviço de manobras
5.1 Regras para a realização de manobras
Qualquer manobra impõe o cumprimento rigoroso das regras relativas
à segurança do serviço de manobras, nomeadamente, a verificação e
realização do itinerário, sinalização e condições referentes à
infraestrutura, a seguir indicadas.
5.1.1 Regras de segurança
Os agentes intervenientes na realização do serviço de manobras
devem:
a) Cumprir as regras de segurança individual em vigor;
b) Cumprir as regras de segurança individual, especificas das linhas
eletrificadas, sempre que se realizem manobras onde exista este tipo
de infra-estrutura, devido à proximidade da catenária;
c) Cumprir, além das prescrições da presente Instrução, disposições
especiais que regulem casos particulares do serviço de manobras em
dependências específicas;
d) Avisar os agentes não intervenientes no serviço de manobras mas
que se encontrem nas proximidades ou em veículos sobre os quais
sejam realizadas manobras ou que vão ser manobrados, que vai ser
efetuado o seu movimento;
e) Tomar as precauções a seguir indicadas, sempre que haja
necessidade de efetuar manobras de material circulante, para
determinado fim, nomeadamente, para mudança de via, tomar, deixar
ou transferir material circulante para outro comboio:
i) Aviso prévio dos passageiros que se encontrem no interior da
composição e nas plataformas de embarque, que a composição ou
parte da composição do comboio vai ser manobrada;
ii) Fecho de todas as portas de comunicação com o exterior.
f) Proceder à imobilização do material que fica estacionado após a
realização do serviço de manobras.
Distribuído pelo 1º Aditamento
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5.1.2 Regras gerais para a realização do serviço de manobras


Na realização do serviço de manobras devem considerar-se as seguintes
regras:
a) A realização duma manobra requer a intervenção de:
i) Um agente responsável pelo comando da manobra;
ii) Um agente responsável pela realização dos itinerários;
iii) Um ou mais agentes de apoio à manobra, que pode(m) ser
dispensado(s) nos casos previstos nesta instrução;
iv) Um agente responsável pela condução.
b) As atividades de comando da manobra, realização de itinerários e
apoio à manobra podem ser acumuladas entre si, respeitando as regras
prescritas nesta Instrução;
c) Sempre que se verifique a necessidade de proceder a manobras que
envolvam a engatagem e/ou desengatagem dos veículos que
constituem comboios, estas operações devem ser efetuadas por
pessoal habilitado pertencente às empresas que realizem esses
comboios. As operações de engatagem e desengatagem de material
circulante não integrante de comboios, designadamente em
instalações de serviço, devem ser realizadas por pessoal habilitado da
empresa responsável pela movimentação de tal material circulante,
utilizando meios próprios de tração ou requerendo-os a outra empresa.
As empresas podem estabelecer acordos de subcontratação com
terceiros para a realização das operações de engatagem e
desengatagem do material circulante, devendo o pessoal a utilizar
estar devidamente habilitado;
d) Sempre que no decurso do serviço de manobras se verifique a
necessidade de proceder à imobilização de material circulante
integrante de comboios estas operações devem ser efetuadas por
pessoal habilitado pertencente às empresas que realizem esses
comboios.

Distribuído pelo 1º Aditamento


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- 11 -

A imobilização de material circulante não integrante de comboios,


designadamente em instalações de serviço, deve ser realizada por pessoal
habilitado da empresa responsável pela movimentação desse material
circulante, utilizando meios próprios de tracção ou requerendo-os a outra
empresa.

As empresas podem estabelecer acordos de subcontratação com terceiros para


a realização das operações de imobilização do material circulante, devendo o
pessoal a utilizar estar devidamente habilitado;

e) Durante a manobra todos os veículos devem seguir engatados entre si e à


unidade motora;

f) Durante a manobra, o freio automático do material rebocado deve ser ligado e


colocado ao serviço no número suficiente de veículos rebocados para que a
percentagem de peso-freio do conjunto de todos os veículos rebocados seja, no
mínimo, de 25%, com excepção dos casos referidos na alínea g).
Se o freio automático do veículo situado no extremo da composição oposto ao
do veículo motor não estiver em funcionamento, aquele veículo deve possuir
freio manual ou de estacionamento com possibilidade de poder ser manobrado a
partir do veículo, devendo ser guarnecido o que existir;

g) É permitida a realização de manobras com o freio automático da composição


desligado desde que cumulativamente estejam reunidas as seguintes condições:

i) A composição a manobrar não transporte matérias perigosas ou


passageiros;
ii) A relação entre o peso da unidade motora e o peso da totalidade dos
veículos em manobras (unidade motora + veículos rebocados) seja igual ou
superior a 25 %;
iii) As linhas onde a manobra se vai efectuar tenham um declive inferior a
3mm/m;
iv) O freio manual ou de estacionamento do veículo situado no extremo da
composição oposto ao do veículo motor poder ser manobrado a partir do
veículo e estar guarnecido.
- 12 -

h) Não é permitido iniciar qualquer manobra sem que previamente a mesma


tenha sido dada a conhecer ao agente de apoio à manobra, quando exista, e ao
Responsável de Condução. Estes devem ser igualmente informados
previamente sobre a natureza da carga, sempre que esta exija cuidados
especiais na sua movimentação;

i) Não é permitido efectuar manobras sobre linhas em que esteja em movimento


outro material, excepto se se tratar de manobras em sectores diferentes da
mesma linha, protegidos por sinalização adequada;

j) A manobra só pode ser iniciada após ter sido confirmado que estão concluídas
as operações de engatagem ou desengatagem, de todos os veículos envolvidos
no movimento;

k) Não é permitido iniciar qualquer manobra sem haver a garantia de que não se
encontra qualquer agente interceptando o gabarit do material circulante, entre os
veículos ou debaixo destes;

l) A manobra só pode ser iniciada após ter sido verificado de que não existem
calços portáteis sobre os carris ou freios apertados no material circulante que
impeçam ou dificultem a sua execução;

m) O encosto de material circulante a outro estacionado, deve ser sempre


antecedido da verificação de que o material circulante estacionado se encontra
imobilizado.

5.1.3 Regras especificas para a realização de manobras simples

Na realização de manobras simples aplicam-se as seguintes regras específicas:


a) Dispensa-se a presença no local do agente responsável pela realização de
itinerários, quando cumulativamente se verificarem as condições seguintes:

i) Ser possível realizar os itinerários pretendidos, através do telecomando de e


telecontrolo de agulhas, calços descarriladores e dos sinais que autorizam o
movimento;
ii) Ser possível através do equipamento de telecontrole a verificação do estado
de ocupação/desocupação do itinerário a percorrer.
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- 13 -

b) Dispensa-se a presença no local do agente responsável pelo comando da


manobra, quando se verifique a existência de radiocomunicações contínuas e
fiáveis com o Responsável de Condução, ou esteja presente no local um agente
de apoio à manobra. Neste caso, o agente responsável pelo apoio à manobra
deve assegurar as seguintes funções:
i) Garantir as comunicações com o agente responsável pelo comando da
manobra, através de meio de comunicação regulamentarmente aceite;
ii) Transmitir ao Responsável de Condução as informações recebidas do
agente responsável pelo comando da manobra.

c) Dispensa-se a presença no local do agente responsável pelo apoio à manobra


quando se verifique a existência de radiocomunicações contínuas e fiáveis entre
o Responsável de Condução e o agente responsável pelo comando da manobra;

d) Sempre que uma manobra simples envolva a realização de operações de


engatagem ou desengatagem, com excepção de automotoras ou unidades
automotoras que possuam engatagem automática, é obrigatória a presença no
local de um agente responsável pelo apoio à manobra.

5.1.4 Regras especificas para a realização de manobras complexas

Na realização de manobras complexas aplicam-se as seguintes regras


específicas:
a) É obrigatória a designação para o local de um ou mais agentes de apoio à
manobra, sendo que um único agente de apoio à manobra deve ser responsável
por transmitir ao Responsável de Condução as ordens e informações recebidas
do agente responsável pelo comando da manobra;

b) Nas situações de manobra complexa, deve obrigatoriamente seguir no primeiro


veículo no sentido do movimento, um agente de apoio à manobra para verificar
as condições do itinerário a percorrer e transmitir as ordens e informações para
a realização do movimento;

c) Dispensa-se a presença no local do agente responsável pela realização dos


itinerários, quando se verificarem as condições previstas na alínea a) de 5.1.3;
- 14 -

d) Dispensa-se a presença no local do agente responsável pelo comando da


manobra quando sejam garantidas radiocomunicações contínuas e fiáveis entre
este e o agente de apoio à manobra;

e) Quando por motivo imprevisto, um comboio em trânsito tenha necessidade de


realizar uma manobra complexa numa dependência desguarnecida de pessoal,
em que os itinerários e o comando dos sinais são realizados por telecomando,
admite-se que a(s) manobra(s) possa(m) ser realizada(s), sem a presença no
local do agente responsável pelo comando da manobra e com recurso a um
único agente de apoio à manobra, mesmo não estando garantidas
radiocomunicações entre este agente e o Responsável de Condução. Nesta
circunstância, devem ser observadas cumulativamente as seguintes
disposições:
i) O agente de apoio à manobra deve posicionar-se em local que lhe permita
assegurar-se das condições do itinerário a percorrer, e para que o
Responsável de Condução receba as ordens e informações por ele
transmitidas;
ii) Ambos os agentes devem envidar todos os esforços ao seu alcance, de
forma a que mantenham o contacto visual durante o(s) movimento(s);
iii) Este(s) movimento(s) deve(m) ser restringido(s) ao mínimo indispensável.

f) Nas situações de manobra complexa em que não existam radiocomunicações,


para além do agente referido em b) deve ainda seguir um outro agente de apoio
à manobra na proximidade do Responsável de Condução quando não exista
contacto visual directo e permanente entre o agente de apoio que segue no
primeiro veículo e o Responsável de Condução.

5.1.5 Regras para a realização e verificação do itinerário

A realização e verificação do itinerário para uma manobra requer o cumprimento


das seguintes regras:

a) As agulhas, calços de limite e calços descarriladores devem ser colocados na


posição correcta para a realização do itinerário pretendido;
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- 15 -
b) Antes do início da manobra, a posição das agulhas, dos calços de limite e dos
calços descarriladores deve ser objecto de confirmação de forma a garantir que
o itinerário estabelecido é o adequado à manobra a efectuar;

c) A verificação/controlo do itinerário deve ser assegurado no local, por


observação directa, com excepção do disposto em i) da alínea a) do ponto 5.1.3
desta Instrução;

d) O troço de via a percorrer pela manobra deve estar desimpedido e com os seus
limites de resguardo, completamente livres;

e) Deve ser imediatamente suspenso o movimento, ao verificar-se ou suspeitar-se


que algum veículo, durante a manobra, atingiu de talão qualquer agulha.
Qualquer movimento posterior só pode ser efectuado após autorização do gestor
dessa infra-estrutura.

5.1.6 Regras referentes à sinalização

A realização de uma manobra requer o cumprimento das seguintes regras no âmbito


da sinalização:
a) A autorização da execução da manobra deve ser assegurada pela
apresentação de sinalização fixa e/ou portátil ao Responsável de Condução, ou
por ordens transmitidas através de radiocomunicações.
No caso de sinalização fixa, a autorização deve ser complementada através de
comunicação verbal, directa ou usando radiocomunicações.
No caso de sinalização portátil, quando o Responsável de Condução não
visualize os sinais, a autorização da manobra deve ser assegurada através de
comunicação verbal, usando radiocomunicações;

b) No caso de manobra complexa as indicações da sinalização devem ser


transmitidas ao Responsável de Condução pelo agente de apoio à manobra;

c) Os sinais utilizados no serviço de manobras devem obedecer ao que se


encontra determinado no Regulamento de Sinais;

d) Quando o serviço de manobras for realizado de noite a unidade motora deve


estar sinalizada de acordo com o preceituado no Regulamento de Sinais;
- 16 -

e) As autorizações ou proibições transmitidas pela sinalização, devem ser


rigorosamente respeitadas;

f) Quando o Responsável de Condução não conseguir ver os sinais ou deixar de


ouvir as ordens ou indicações que lhe são dirigidas deve de imediato efectuar
paragem e informar, desse facto, o agente responsável pela sua transmissão.

g) Quando o Responsável de Condução não visualize as indicações que lhe


sejam dirigidas pela sinalização, permite-se a sua transmissão utilizando o
sistema de radiocomunicações;
h) Quando as ordens e/ou indicações da sinalização são transmitidas pelo agente
de apoio à manobra ao Responsável de Condução através de
radiocomunicações contínuas e fiáveis, o agente de apoio à manobra fica
dispensado de ser portador dos sinais portáteis regulamentares.

5.1.7 Regras referentes à infra-estrutura

A realização do serviço de manobras requer o cumprimento das seguintes regras


específicas da infra-estrutura:

a) Quando as manobras tenham de interceptar passagens de nível, devem as


barreiras ou cancelas ser previamente fechadas;

b) Quando as manobras tenham de interceptar vias públicas não vedadas, deve:

i) Tomar-se previamente as precauções relativas à protecção dos veículos e


dos peões que estacionem ou transitem nessas vias;
ii) O Responsável de Condução iniciar o movimento só após ter obtido
confirmação que foram tomadas as precauções referidas na alínea anterior;
iii) A execução da manobra ser feita com a máxima atenção de forma a poder
parar-se imediatamente, em caso de necessidade.

c) Na utilização de básculas ou na passagem sobre as mesmas, deve ser


respeitado o prescrito em instrução específica;

d) As manobras realizadas no interior de uma instalação de serviço, ramal,


desvio ou linhas secundárias, devem ser limitadas por dispositivos de protecção;
IG 4
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e) As linhas das instalações de serviço, ramais ou desvios ou linhas


secundárias onde se executem manobras, devem ser dotadas de
dispositivos de proteção que impeçam a ocupação de itinerários não
autorizados.
5.2 Velocidades permitidas nas manobras
Anulado - 1º Aditamento
Ver ponto 32.3 do RGS I

5.3 Utilização de sistemas de radiocomunicações no serviço de


manobras
A utilização de sistemas de radiocomunicações no serviço de manobras
requer o cumprimento das regras indicadas nos pontos seguintes.
5.3.1 Disposições gerais
a) Os agentes que utilizem equipamentos de radiocomunicações devem
ter prévio conhecimento do alcance e zona onde podem comunicar;
b) Devem ser sempre definidos, previamente, os canais de conversação a
serem utilizados pelos agentes intervenientes no serviço de manobras;
c) Os agentes devem assegurar-se a todo o momento que estão a falar
com o interlocutor interessado;
d) As mensagens devem ser concisas e pronunciadas de modo inteligível,
devendo ser repetidas pelo agente recetor de forma a confirmar a sua
correta interpretação;
e) A comunicação relativa à execução da manobra deve ser efetuada
entre o agente responsável pelo comando da manobra e:
i) O Responsável de Condução, quando não exista agente de apoio à
manobra;
ii) O agente de apoio à manobra, quando exista, assegurando
este a comunicação com o Responsável de Condução.
Distribuído pelo 1º Aditamento
18

f) Não é permitido que as comunicações a transmitir ao Responsável de


Condução, relativas à execução duma manobra, sejam efetuadas por
mais de um agente;
g) Constitui exceção à alínea anterior, uma ordem de paragem em
situação de perigo iminente, que pode ser dada por qualquer agente;
h) As ordens de paragem devem ser dadas insistentemente até à
imobilização do material circulante em manobra.
5.3.2 Continuidade da ligação rádio
a) Sempre que for utilizado o sistema de radiocomunicações na
manobra, deve ser assegurada ligação rádio contínua entre os agentes
intervenientes;
b) A continuidade da ligação pode ser garantida pela transmissão de um
sinal específico designadamente acústico e/ou luminoso cadenciado.
5.3.3 Avaria ou falta de comunicação
Em caso de avaria ou falta de continuidade de comunicação:
a) O Responsável de Condução deve parar imediatamente a execução da
manobra em curso e aguardar instruções;
b) O agente responsável pela transmissão ao Responsável de Condução
de ordens e informações relativas à manobra e ao itinerário a percorrer
deve providenciar para que essas ordens e informações possam ser
transmitidas por outro meio regulamentarmente aceite;
c) Quando o agente responsável pela transmissão das ordens e
informações, relativas à manobra e ao itinerário a percorrer, verificar
que não está a ser obedecido pelo Responsável de Condução deve
repetir de imediato a ordem e recorrer a todos os meios ao seu alcance,
para conseguir que a manobra seja interrompida.
5.3.4 Situação de emergência
a) Não é permitida a intromissão de um agente estranho ao serviço de
manobras numa conversação, salvo no caso de emergência em que deve
ser proferida e repetida a palavra ‹emergência›;

Distribuído pelo 1º Aditamento


I.G. 4
- 19 -
b) Em situação de emergência, a comunicação que estava em curso deve ser
interrompida de imediato;

CAPÍTULO IV - DEVERES DO PESSOAL


O presente capítulo estabelece os deveres dos agentes intervenientes no serviço de
manobras.

6 Deveres dos agentes intervenientes no serviço de manobras

Devem todos os agentes intervenientes no serviço de manobras cumprir:


a) As regras de segurança individual em vigor;

b) As regras de segurança individual respeitantes às linhas electrificadas, sempre


que se realizem manobras onde exista este tipo de infra-estrutura, devido à
proximidade da catenária;

c) As disposições especiais que regulam os casos particulares de serviço de


manobras em dependências específicas, além das prescrições da presente
Instrução. Estas disposições especiais são objecto de regulamentação própria
referente a essa dependência;

d) As disposições previstas na restante regulamentação quando aplicável.

6.1 Deveres do agente responsável pelo comando da manobra


Deve este agente, designadamente:
a) Receber pedidos de manobra e solicitar autorização para a sua realização ao
Responsável de Circulação na dependência, quando este exista;

b) Realizar a coordenação de vários pedidos de manobras, quando solicitados por


várias empresas de transporte ferroviário ou outras entidades que realizem
tracção de material circulante, quando não exista um Responsável de Circulação
da dependência;

c) Informar o agente responsável pela realização dos itinerários, das manobras


que se pretendem efectuar;

d) Autorizar a realização dos itinerários e a execução da manobra e a reposição


dos itinerários após o fim desta;
- 20 -

e) Transmitir ao Responsável de Condução, directamente ou através de um


agente de apoio à manobra, todas as ordens e informações necessárias para a
execução da manobra em segurança, nomeadamente sobre:

i) Manobras que se pretendem realizar;


ii) Movimentação de carga que pela sua natureza exija cuidados especiais na
sua movimentação.

f) Suspender, ou mandar suspender a manobra, recorrendo a todos os meios ao


seu alcance, quando verificar que a mesma não está a ser executada
correctamente;

g) Suspender, ou mandar suspender, a manobra quando suspeite que algum


veículo, durante o movimento, atingiu de talão qualquer agulha em posição
indevida e informar do facto o gestor dessa infra-estrutura. Qualquer movimento
posterior só pode ser efectuado com a autorização do gestor dessa infra-
estrutura;

h) Obter previamente, a garantia do fecho das passagens de nível e assegurar a


protecção de pessoas e bens que, eventualmente, transitem em vias públicas
não vedadas quando intersectadas pela manobra;

i) Definir o canal de conversação a ser utilizado pelos agentes intervenientes no


serviço de manobras quando se utilizarem radiocomunicações móveis, quando
não exista um Responsável pela Circulação na dependência;

j) Providenciar, no caso de avaria de radiocomunicações, que as indicações que


estavam a ser transmitidas por rádio possam ser recebidas pelo Responsável de
Condução ou pelo agente responsável pelo apoio à manobra através de outro
meio de comunicação regulamentarmente aceite;

k) Autorizar o início da execução das manobras destinadas a instalações de


serviço, ramais, desvios ou a linhas secundárias só depois de ter sido
previamente informado pelo operador de transporte ferroviário ou outra entidade
que realize tracção de material circulante, da existência de condições de
disponibilidade e de segurança para a recepção e resguardo do material
circulante nesses locais;
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- 21 -
l) Certificar-se que foi efectuado ou providenciar para que seja efectuado:
i) O aviso prévio aos passageiros que se encontrem no interior da composição
e nas plataformas de embarque, que a composição ou parte da composição
do comboio vai ser manobrada para determinado fim nomeadamente para a
mudança de via, tomar, deixar ou transferir material circulante para outro
comboio;
ii) O fecho de todas as portas de comunicação com o exterior.

6.2 Deveres do agente responsável pela realização dos itinerários


Deve o agente responsável pela realização dos itinerários:
a) Realizar os itinerários necessários de acordo com a manobra solicitada pelo
agente responsável pelo comando da manobra;
b) Dar conhecimento ao agente responsável pelo comando da manobra sobre o
estado de ocupação dos itinerários a percorrer;

c) Apresentar de forma visível, ao Responsável de Condução ou ao agente de


apoio à manobra, os sinais adequados ao serviço pretendido, em conformidade
com o disposto no Regulamento de Sinais;

d) Suspender, ou mandar suspender a manobra, recorrendo a todos os meios ao


seu alcance, quando verificar que a mesma não está a ser executada
correctamente;

e) Controlar os movimentos de material circulante, confirmando se estes são


realizados como previsto, através de uma das seguintes formas:
i) Visualização no local do estado de ocupação/desocupação dos itinerários;
ii)Verificação no equipamento de telecontrole do estado de
ocupação/desocupação das secções de via relativas aos itinerários.

f) Garantir o prescrito nas alíneas a), b), c) e e) do ponto 5.1.5.

6.3 Deveres do agente responsável pelo apoio à manobra

Deve este agente, designadamente:


a) Executar o serviço cumprindo as ordens que lhe sejam transmitidas pelo
agente responsável pelo comando da manobra relativamente aos movimentos a
efectuar e às disposições regulamentares aplicáveis;
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b) Assegurar as comunicações entre o agente responsável pelo comando da


manobra e o Responsável de Condução;

c) Transmitir ao Responsável de Condução, as indicações dadas pelos sinais a


autorizar a execução da manobra e as condições do itinerário a percorrer;

d) Transmitir ao Responsável de Condução as ordens para a execução da


manobra;

e) Dar conhecimento ao Responsável de Condução, do estado de ocupação da(s)


linha(s) que vai(ão) ser percorrida(s);

f) Repetir de imediato qualquer ordem transmitida e não obedecida. Se a ordem


continuar a não ser obedecida, deve recorrer a todos os meios ao seu alcance
para que a manobra seja interrompida;

g) Informar, previamente, o Responsável de Condução sobre a existência de


veículos estacionados na linha de destino do movimento, quando este não
visualize o itinerário a percorrer;

h) Suspender, ou mandar suspender, a manobra quando suspeite que algum


veículo, durante o movimento, atingiu de talão qualquer agulha em posição
indevida e informar do facto o gestor dessa infra-estrutura. Qualquer movimento
posterior só pode ser efectuado com a autorização do gestor dessa infra-
estrutura;

i) Avisar os agentes não intervenientes no serviço de manobras, que se


encontrem nas proximidades, ou em veículos sobre os quais sejam realizados
movimentos, de que vão ser efectuadas manobras;

j) Avisar, previamente, o Responsável de Condução de um comboio quando se


realizem manobras para encostar ou para engatar material à cauda do mesmo;

k) Informar, previamente, o Responsável de Condução da passagem ou utilização


de equipamentos específicos instalados na infra-estrutura, nomeadamente
básculas;
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l) Certificar-se que, sempre que haja necessidade de efectuar manobras de


material circulante, foi efectuado ou providenciar para que seja efectuado:

i) O aviso prévio aos passageiros que se encontrem no interior da composição


e nas plataformas de embarque que a composição ou parte desta vai ser
manobrada para determinado fim nomeadamente para mudança de via,
tomar, deixar, ou transferir material circulante para outro comboio;

ii) O fecho de todas as portas de comunicação com o exterior.

m) Certificar-se previamente que, sempre que o serviço de manobras envolva


operações de engatagem ou desengatagem, as mesmas estão concluídas e
ainda, que nenhum freio de imobilização ou de estacionamento ou calço portátil
dificulta ou impede a realização da manobra;

n) Certificar-se previamente que o material circulante estacionado, ao qual se


pretende encostar um veículo ou um conjunto de veículos, se encontra
imobilizado;

o) Providenciar ou proceder à imobilização do material estacionado após a


conclusão da manobra.

6.4 Deveres do Responsável de Condução


Deve o Responsável de Condução, designadamente:
a) Solicitar, quando necessário, o serviço de manobras ao agente responsável
pelo comando das manobras.

b) Conduzir a(s) unidade(s) motora(s) utilizadas no serviço de manobras;

c) Realizar as manobras pretendidas, cumprindo:


i) As indicações transmitidas pelo agente que comanda a manobra ou pelo
agente de apoio à manobra;
ii) As indicações transmitidas pela sinalização apresentada.
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d) Regular a velocidade, considerando o perfil da linha, se a linha está ou não


desimpedida, a visibilidade oferecida, a carga da composição e a sua natureza,
a passagem ou utilização de equipamento específico, nomeadamente básculas,
assegurando que, em nenhuma circunstância, os limites de velocidade
permitidos para as manobras sejam ultrapassados;

e) Mudar de cabina de condução quando tal se revele conveniente para a


realização da manobra;

f) Parar imediatamente a manobra quando deixar de ver os sinais ou deixar de


ouvir as indicações que lhe são dirigidas pelo agente responsável pelo comando
da manobra ou pelo agente de apoio à manobra;

g) Parar imediatamente a manobra quando suspeite ou verifique que algum


veículo, durante o movimento, atingiu de talão qualquer agulha em posição
indevida, e informar do facto o agente de apoio à manobra ou o agente
responsável pelo comando da manobra.

Qualquer movimento posterior só pode ser efectuado com autorização do


responsável pelo comando da manobra;

h) Abster-se de fazer uso dos areeiros sobre a zona das agulhas;

i) Ligar os faróis de iluminação e de sinalização da unidade motora, de acordo


com o preceituado no Regulamento de Sinais;

j) Executar quando haja necessidade de efectuar manobras de material circulante


com passageiros em regime de agente único no comboio, as seguintes
actividades:
i) O aviso prévio aos passageiros de que a composição ou parte da
composição do comboio vai ser manobrada para determinado fim,
nomeadamente, para mudança de via, tomar ou deixar material;
ii) O fecho de todas as portas de comunicação com o exterior.

k) Avisar os agentes não intervenientes no serviço de manobras, que se


encontrem nas proximidades, ou em veículos sobre os quais sejam realizados
movimentos, de que vão ser efectuadas manobras, no caso de manobras
simples realizadas sem agente de apoio à manobra;
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l) Assegurar as operações de engatagem ou desengatagem automática, e ainda,
que nenhum freio de imobilização ou de estacionamento dificulta ou impede a
realização da manobra no que respeita ao material motor;

m) Proceder à imobilização do material motor que vai ficar estacionado.

CAPÍTULO V – RESPONSABILIDADES DAS EMPRESAS PELO


SERVIÇO DE MANOBRAS

O presente capítulo estabelece as responsabilidades das empresas pelo serviço de


manobras nas várias actividades que o compõem, nomeadamente, comando da
manobra, realização de itinerários, apoio à manobra e condução.

7 Manobras nas linhas de circulação e nos acessos a linhas


secundárias, instalações de serviço e ramais ou desvios

O serviço de manobras pode ser requerido pela empresa gestora da infra-estrutura,


pelos operadores de transporte ferroviário ou outras entidades que realizem tracção
de material circulante.

7.1 Comando da manobra


A actividade de comando da manobra é da responsabilidade da empresa gestora da
infra-estrutura onde a mesma se realiza.

7.2 Realização de itinerários


A actividade de realização de itinerários numa infra-estrutura é da responsabilidade
da empresa que a gere.

7.3 Apoio à manobra

A actividade de apoio à manobra é da responsabilidade da entidade que solicite o


serviço de manobras.

7.4 Condução
A actividade de condução é da responsabilidade da entidade que realize a tracção
do material circulante.
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8 Manobras em linhas secundárias, instalações de serviço e


ramais ou desvios

8.1 Comando da manobra


A actividade de comando da manobra em linhas secundárias, instalações de serviço
e ramais ou desvios é da responsabilidade da entidade que gere essas linhas ou
instalações.

8.2 Apoio à manobra


A actividade de apoio à manobra é da responsabilidade da entidade que solicite o
serviço de manobras.

8.3 Realização de itinerários


1. A actividade de realização de itinerários em linhas secundárias, instalações de
serviço, ramais ou desvios, quando os itinerários são telecomandados pelo posto de
sinalização de uma estação ou de um CTC / estação de concentração, é da
responsabilidade da empresa gestora de infra-estrutura da rede ferroviária nacional.

2. A actividade de realização dos itinerários em linhas secundárias, instalações de


serviço, ramais ou desvios quando os itinerários não se encontram nas situações
referidas no número anterior é da responsabilidade da entidade que gere essas
linhas ou instalações.

8.4 Condução
A actividade de condução é da responsabilidade da entidade que realize a tracção
do material circulante.

Lisboa, 29 de Junho de 2007

INTF
O Director Assessor da Área de Engenharia

a) João Antunes

a) Assinado no original

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