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Caminhão: _______________________ Placa: ___________

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Registro RNTRC: ___________________________________

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Estrada Fácil Escola E Editora Eletrônica Ltda.,
CONSTITUI CRIME.
Estrutura Curricular do Curso Específico para
Responsável Técnico
MODULO 1A - Transporte Rodoviário de Cargas ................................... 08
1. Introdução
1.1. Contextualização do Transporte Rodoviário de Carga
1.1.1. O Transporte Rodoviário de Cargas
1.1.1.1. Tipos de modais e veículos utilizados.
1.1.1.2. O intercâmbio de cargas entre regiões
1.1.1.3. Importância do transporte rodoviário de cargas para o
desenvolvimento do país.
1.1.2. Tipos de Cargas e Veículos
1.1.2.1. Tipos de veículos rodoviários de carga.
1.1.2.2. Tipos de carrocerias.
1.1.2.3. Tipos de cargas.

MODULO 1B - Transporte Rodoviário de Cargas ................................... 14


1.1.2.4. Tipos de embalagens e símbolos de segurança.
1.2. Noções de livre concorrência e mercado regulado.
1.3. Entidades envolvidas na prestação do serviço de transporte
rodoviário de cargas

MODULO 2A - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas ............ 20


2. Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas
2.1. Legislação específica ao serviço de transporte rodoviário de cargas.
2.1.1. Legislação relativa ao exercício da atividade de transporte
rodoviário de cargas e ao RNTRC.
2.1.2. Vale-pedágio obrigatório.
2.1.3. Pagamento eletrônico de frete.
2.1.4. Noções de transporte rodoviário internacional de cargas.

3
MODULO 2B - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas ............ 25
2.1.5. A - Legislação básica dos produtos perigosos
2.1.5. B - Simbologia dos produtos perigosos
2.1.5. C – EXTRA - COMO AGIR em acidentes x CARGA PERIGOSA
2.2. Legislação pertinente ao exercício da profissão de motorista profissional
2.3. A - Código Penal. Crimes praticados por particular contra a
Administração em geral.
2.3 B - Responsabilidade do Transportador
2.4. Documentação do transporte rodoviário de cargas.
2.5. Documentação Estadual para o transporte de cargas.
2.6. Tributos relativos ao transporte de cargas.

MODULO 2C - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas ............ 37


2.7. Distância entre eixos e dimensão total conforme a lei.
2.8. Capacidade máxima de peso por eixo e a total por tipo de veículo.
2.9. Altura máxima da carga em território brasileiro.
2.10 – EXTRA - Amarração das Cargas
2.11 – EXTRA - AET (Autorização Especial de Trânsito)

MODULO 3A - Operação de Transporte .............................................. 45


3. Operação de Transporte
3.1. Planejamento
3.1.1. A - Identificação da inter-relação dos diversos fatores operacionais
que interferem no planejamento da operação do transporte.
3.1.1 B - Dicas para otimizar seu planejamento
3.1.2. Preparação dos dados necessários para o planejamento das
operações de transporte.
3.1.3. Custos de transportes
3.1.3.1. Modelos de custos de serviços de transporte rodoviário de cargas
3.1.3.2. Variáveis importantes para a definição dos valores de frete e
custos dos serviços de transporte de cargas.
3.1.3.3. Gestão de custos e formação de preço.
3.2. Execução
3.2.1. Elaboração de contrato e Conhecimento de transporte
3.2.2. Documentação de porte obrigatório.
MODULO 3B - Operação de Transporte ............................................. 61

3.2.3. Procedimento de conferência


3.2.3.1. Carga e nota fiscal
3.2.3.2. Quantidade, peso e volume da carga.
3.2.3.3. Rota.
3.2.3.4. Lacre.
3.2.3.5. Rotina de carga e descarga.
3.2.3.6. Ferramentas necessárias
3.2.3.7. Condições operacionais do veiculo
3.2.3.8. Condicionamento adequado da carga
3.2.3.9. EXTRA Cuidados com sua carga

MODULO 4 - Tópicos Especiais ............................................................ 70


4. Tópicos Especiais
4.1. Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho
4.1.1. Estatísticas e causas de acidentes rodoviários envolvendo caminhões
4.1.2. Legislação referente ao meio ambiente, saúde e segurança do
Trabalho.
4.1.3. Normas e procedimentos de segurança.
4.1.4. Equipamentos de proteção individual.
4.1.5. Postura física adequada ao trabalho.
4.1.6. Exame de saúde periódico como fator de proteção à saúde
4.1.7. Cuidados com a sua saúde física e mental
4.1.8. Noções de combate a incêndio.
4.1.9. Utilização adequada de equipamentos necessários em situações de
emergência.
4.2. Logística integrada
4.2.1. Conceito de cadeia logística
4.2.2. Papel do transportador rodoviário de cargas dentro da cadeia
logística.
4.2.3. Tipos de terminais de cargas e armazéns.
4.2.4. Noções de operação em terminais e armazéns de mercadorias
MODULO 5 – Responsável Técnico ....................................................... 81

5.1 - Responsabilidades do Transportador


5.2 - Legislação fiscal
5.3 – SEGUROS - Contrato de seguro de cargas
5.4 - Legislação do Operador de Transporte Multimodal.
5.5 - Movimentação, acondicionamento e embalagem
5.6 -Normas sanitárias e de segurança no manuseio e armazenamento de cargas.
5.7 -Normas de movimentação, acondicionamento e embalagem de produtos
5.8 - Organização e controle da operação de transporte em terminais de
cargas em armazéns, supervisão de embarque e desembarque de cargas
5.9 - Processos de armazenamento de produtos e materiais
5.10 - Noções de Gestão do Transporte
5.11 - Administração da Frota
5.12 - Importância e tipos de manutenção de frota
5.13 - Parâmetros de depreciação e renovação da frota
5.14 - Adequação de veículos e equipamentos
5.15 - Adequação e manutenção de instalações operacionais
5.16 - Papel da empresa ou cooperativa de transporte de cargas dentro da
cadeia logística.
5.17 - Como relacionar os diversos tipos de documentos fiscais exigidos para
as várias modalidades de transporte, nacional e internacional, e para os
vários tipos de cargas (MIC/DTA)
5.18 - Planejamento e acompanhamento de escalas de trabalho.
5.19 - Qualificação e treinamento profissional de funcionários e prestadores
de serviços.
Endereços Úteis e NORMAS E REGULAMENTOS - na íntegra ...... 118 a 427

****“Estes textos não substituem os publicados no D.O.U - Diário Oficial da União”


MODULO 1A - Transporte Rodoviário de Cargas

1. Introdução

Este curso visa atender às exigências descritas no §1º e §2º da Seção V da


RESOLUÇÃO Nº 4.799, DE 27 DE JULHO DE 2015 para a pessoa física que
tenha no transporte rodoviário de cargas a sua atividade profissional -
Transportador Autônomo de Carga TAC, conforme LEI Nº 11.442, DE 5 DE
JANEIRO DE 2007.
RESOLUÇÃO Nº 4.799, DE 27 DE JULHO DE 2015

Seção V - Dos cursos específicos


Art. 16. O curso específico para o TAC ou para o Responsável Técnico deverá
ser ministrado considerando a estrutura curricular mínima das matérias que
compõem a ementa a ser publicada pela ANTT.

§ 1º Considerar-se-á aprovado o aluno que obtiver aproveitamento superior


a sessenta por cento da nota máxima em prova de conhecimento.
§ 2º Considerar-se-á equivalente à aprovação em curso específico, a
aprovação em exame constituído de prova convencional ou eletrônica, na
forma estabelecida pela ANTT, sobre o conteúdo programático definido,
devendo obter, no mínimo, sessenta por cento de aproveitamento na prova.

O Brasil é um dos maiores países do mundo em extensão territorial, e


consequentemente possui uma das maiores malhas rodoviárias do planeta.
Por isso, esta é a forma de transporte mais utilizada, e também, a mais
recomendada para o transporte de mercadorias de alto valor agregado ou
perecível.
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1.1.1. O Transporte Rodoviário de Cargas

O Transporte Rodoviário de Cargas tem papel de extrema importância para o


desenvolvimento de uma sociedade e ele é responsável direto pelo grau de
desenvolvimento de uma nação, possibilitando a integração entre regiões e
nações ao transportar cargas pelas rotas internacionais.

Quanto melhor for o sistema de transporte de um país, maior será o seu


desenvolvimento!

1.1.1.1. Tipos de modais e veículos utilizados

MODAL Rodoviário - No Brasil, o caminhão é o principal veículo de


transporte de carga, responsável por 60% das cargas transportadas sendo um
dos mais flexíveis e ágeis no acesso às cargas, porque permite interagir em
diferentes regiões, mesmo as mais remotas

MODAL Ferroviário - Utilizado para o Transporte de passageiros e de cargas


através de estradas de ferro, com baixo custo operacional e pequeno
consumo de combustível comparando com o modo rodoviário.

MODAL Aquaviário - (Hidroviário).- Utilizado para o Transporte de


passageiros e de cargas através de rios, lagos, mares e oceano

MODAL Aeroviário - Utilizado para o Transporte de passageiros e de cargas


através de Aerovias, aviões e infraestrutura dos aeroportos

MODAL Dutoviário: Realizado através de tubos (dutos) divididos em


oleodutos, minerodutos e gasodutos (GNV)

Veja a estimativa para os próximos anos por modal:

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1.1.1.2. O intercâmbio de cargas entre regiões e infraestrutura

Infraestrutura é o conjunto de elementos estruturais que impulsiona o


desenvolvimento socioeconômico de um determinado local.

No Brasil, o modal rodoviário tem mais de 79.000km de rodovias federais em


todo o país, sem contar o acesso pelas Vias Urbanas para entregas de cargas
locais.

Desta forma, verificamos uma distribuição desigual pelo território brasileiro


de infraestrutura com maior concentração na região Centro-Sul , com
destaque para o estado de São Paulo

Já no interior do Nordeste, a rede de transporte é mais escassa.

Só uma infraestrutura adequada permitirá um intercâmbio rápido e eficiente


do transporte, entre os centros econômicos e os clientes/consumidores

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1.1.1.3. Importância do Transporte Rodoviário de Cargas para o
desenvolvimento do país

A maioria das atividades econômicas depende do transporte de bens e de


pessoas, por isso, a atividade de transporte é indiscutivelmente importante
para qualquer economia.

É através do Transporte Rodoviário de Cargas que a força de trabalho e


insumos chegam aos seus destinos, possibilitando produzir e distribuir
serviços, bens e tecnologia e consequentemente, o desenvolvimento.

E sua importância vem crescendo, fazendo com que o transportador se


preocupe também em realizar a movimentação dos produtos com qualidade,
melhorando o nível de serviço aos clientes e reduzindo custos.

1.1.2. Tipos de Cargas e Veículos

Há diversos tipos de veículos para diversos tipos de cargas, por isso vamos
conhece-los separadamente nos próximos itens

1.1.2.1. Tipos de veículos rodoviários de carga.

O transporte de carga pode ser efetuado por diferentes tipos de veículos, e


quando se trata do transporte rodoviário, o principal veículo utilizado é o
CAMINHÃO.

Os caminhões podem apresentar os mais variados tamanhos, ter 2 ou 3 eixos


e vários modelos, para os diversos tipos de cargas, como:

• com carroceria aberta, em forma de gaiola, plataforma, tanque ou


fechado (baú) – equipados ou não com refrigeração para transporte
de cargas congeladas e refrigeradas.

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Classificação dos Caminhões

 CAMINHÃO LEVE (3,5T A 7,99T)


 CAMINHÃO SIMPLES (8T A 29T)
 CAMINHÃO TRATOR
 CAMINHÃO TRATOR ESPECIAL
 CAMINHONETE / FURGÃO (1,5T A 3,49T)
 REBOQUE
 SEMI-REBOQUE
 SEMI-REBOQUE COM 5ª RODA / BITREM
 SEMI-REBOQUE ESPECIAL
 UTILITÁRIO LEVE (0,5T A 1,49T)
 VEÍCULO OPERACIONAL DE APOIO

1.1.2.2. Tipos de carrocerias

• Aberta - É bastante econômica e vista em ambientes rurais,


normalmente é feita em madeira e usada para o transporte de
diversos tipos de carga. Possui laterais fechadas utilizando lonas
enceradas, para proteger a carga em caso de chuva.

• Coberta/Fechada - Apresentam o formato de um vagão para


proteger as cargas das condições climáticas adversas, e não
necessitam de nenhum cuidado ou proteção especial. Possui
agilidade na realização da carga e descarga dos materiais.

• Refrigerado - Possibilita o transporte de mercadoria perecível, que


necessita ser mantida em uma determinada temperatura, como
ocorre no transporte de carne, produtos derivados do leite , etc.

• Tanque -Tem uma carroceria extremamente resistente, e por esta


razão é usada para o transporte de cargas perigosas e inflamáveis,
como combustíveis.

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• Plataforma - Usados para transportar contêineres, engradados
amarrados com cordas ou correntes, entre outros produtos

• Cegonheiros - Utilizados para o transporte de veículos (carros)

• Caçamba - São os caminhões basculantes, muito utilizados no


transporte de entulhos, terra, cascalho, etc.

• Canavieiro - Usados para o transporte de cana-de-açúcar

1.1.2.3-A Tipos de cargas por Classificação pode ser:

Carga Geral: é a carga embarcada e transportada com acondicionamento


com marca de identificação e contagem de unidades e podem ser:
- Soltas (não unitizadas): acondicionamento com dimensões e formas
diversas, ( sacarias, fardos, caixas de papelão e madeira, engradados,
tambores etc.)
- Unitizadas: uma carga com materiais (embalados ou não) arranjados e
acondicionados como uma única unidade
Carga a Granel : carga líquida ou seca (sólida) embarcada e transportada sem
acondicionamento, sem marca de identificação e sem contagem de unidades.
São exemplos desse tipo de carga: petróleo, minérios, trigo, farelos, grãos
etc.

Carga Frigorificada: esse tipo de carga necessita ser refrigerada ou congelada


para conservar as qualidades essenciais do produto durante seu transporte e
sua armazenagem (frutas frescas, pescados, carnes etc).

Neo-granel: carregamento formado por conglomerados homogêneos de


mercadorias de carga geral, sem acondicionamento específico, para
transporte em um único embarque (transporte de veículos automotores).

Carga Perigosa: é aquela carga que, como apresentado na unidade anterior,


é composta por produtos classificados como “perigosos”
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1.1.2.3-B Característica das cargas

 Fragilidade
 Periculosidade e Perecibilidade - possibilidade de deterioração e/ou
contaminação, exigindo cuidados especiais no manuseio, transporte,
armazenagem e estivagem
 Dimensões: Comprimento x Largura x Altura do produto ou da carga
 Pesos considerados especiais: Exemplo: turbinas de hidrelétricas

MODULO 1B - Transporte Rodoviário de Cargas

1.1.2.4-A Tipos de embalagens

A embalagem é responsável por manter a condição de um produto por toda a


operação de transporte e deve ainda, conter instruções para o correto
manuseio, movimentação, armazenamento e transporte.

Tipos de Embalagens:

Caixa de Papelão acondiciona produtos leves ou frágeis, como brinquedos,


remédios.

Engradado usado para peças e equipamentos grandes, difíceis de arrumar,


como vidros ou de formas irregulares, etc.

Fardo usado para mercadorias que não exigem embalagem especial: tecidos,
algodão etc.

Feixe para produtos resistentes, difíceis de serem embalados sem


necessidade de muita proteção, como vassouras, picaretas, tubos plásticos,
ferragens etc.

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Sacos para alimentos como arroz, feijão, milho e cereais; materiais de
construção como cal e cimento

Tambor para transporte de produtos a granel, diversos produtos sólidos,


líquidos, pastosos, em pó e granulados

Lata para transporte diversos produtos em estado líquido e pastoso, como


óleos comestíveis, alimentos.

Fonte: ANTT “Exemplos de embalagens para carga fracionada”

Classificação das Embalagens

As embalagens são classificadas de acordo com sua função, em primária,


secundária, terciária e quaternária (Contêiner)
As embalagens também têm outras funções essenciais como:
 Conter o produto

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 Facilitar o transporte e o consumo
 Identificar um produto
 Funcionar como uma barreira contra Temperatura, Odores estranhos,
Insetos/roedores, Luz, Oxigênio e Umidade
1.1.2.4-A Tipos de embalagens x Unitização

Conceito de Unitização de Carga - Unitizar uma carga significa agrupar


volumes, tendo como principal objetivo a facilitação no manuseio,
movimentação, armazenagem e transporte da carga

Principais Sistemas de Unitização de Cargas - Os dispositivos/sistemas de


unitização são essenciais para arrumar e organizar a carga nos depósitos, nos
pontos de venda e nos veículos de transporte.

Estes equipamentos oferecem agilidade ao processo de movimentação das


cargas e também contribuem com a melhor utilização dos espaços físicos,
dando maior produtividade aos equipamentos e instalações que podem ser:

Paletes/Pallets são normalmente engradados de madeira como suportes de


cargas que ficam atadas a estes, com vãos em sua parte inferior permitindo o
encaixe dos garfos das empilhadeiras, gerando, desta forma, uma otimização
do manuseio da carga.

Contêiner é uma estrutura em geral metálica de grandes dimensões, em


forma da baú, que acomoda cargas com maior segurança e facilidade de
manuseio e transporte

Por ser de fácil e ágil transferência entre várias embarcações, a unitização de


carga é a mais usada no transporte internacional (terrestre, marítima ou
aérea)

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1.1.2.4 B Tipos de embalagens e símbolos de segurança para manuseio de
embalagens

LEGISLAÇÃO

No Decreto 96044 de 18.05.1988 e NBR 7500 das Normas Brasileiras para o


Transporte Terrestre de Produtos Perigosos apresentam:

- identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e


armazenamento de produtos
- identificação das embalagens e os símbolos de manuseio e de armazenamento
para os produtos classificados como não perigosos para transporte.

Com os símbolos você sinaliza devidamente sua carga

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1.2. Noções de livre concorrência e mercado regulado.

O transporte rodoviário de cargas opera em regime de mercado livre, sem


exigências para entrada e saída do mercado.

Não existe legislação específica no campo dos transportes para o exercício


dessa atividade, não sendo, portanto, necessária a autorização da ANTT, ou
seja, não existe uma autorização, permissão e concessão dos serviços

No Parágrafo único do art.170 da Constituição Federal é assegurado a todos


o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de
autorização dos órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

A função de um Mercado Regulado é essencial para a eficiência dos


processos e para o cumprimento das políticas determinadas pelo Estado,
regulando e fiscalizando falhas de mercado a fim de criar uma estabilidade
que garanta o princípio constitucional da livre iniciativa.

1.3. Entidades envolvidas na prestação do serviço de transporte rodoviário


de cargas

Os principais órgãos reguladores e fiscalizadores envolvidos na prestação de


serviço do transporte rodoviário de cargas.

• Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT


• Polícia Rodoviária Federal – PRF
• Departamento nacional de infra-estrutura de transportes
(DNIT)
• Departamento estadual de trânsito (DETRAN)
• Conselho nacional de trânsito (CONTRAN)
• Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
• Órgãos Fazendários

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Modulo 2A LEGISLAÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

2. Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas

A Lei 11.442/07 dispõe sobre o Transporte Rodoviário de Cargas – TRC,


realizado em vias públicas, no território nacional, por conta por conta de
terceiros e mediante remuneração

2.1.1. Legislação para exercer TRC e ao RNTRC

Relativa ao exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas e ao


RNTRC

Lei n°. 11.442/07 - Caracteriza o Transportador Autônomo de Cargas - TAC ,


dispõe sobre as regras de operação , determina inscrição prévia no RNTRC e
sobre a Responsabilidade do transportador

Resolução n°. 4.799/15 - Define os critérios para a inscrição no RNTRC, sobre


a Identificação dos veículos, Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e),
Infrações e as penalidades

Res. nº 4.799 - DEFINIÇÕES - Art. 2º , considera-se:

XII - TAC-Auxiliar: É o motorista autorizado pelo Transportador Autônomo de


Cargas a conduzir veículo de carga de sua propriedade para o exercício da
atividade de transporte remunerado de cargas;

XIV – Transportador Autônomo de Cargas – TAC: É a pessoa física que


exerce, atividade profissional de transporte rodoviário remunerado de
cargas, por sua conta e risco, como proprietária, coproprietária ou
arrendatária de até 3 (três) veículos de cargas;

XV - Transportador Rodoviário de Carga Própria – TCP: É a pessoa física ou


jurídica que realiza o transporte de carga própria

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Res. nº 4.799 - DAS CONDIÇÕES PARA O REGISTRO DOS
TRANSPORTADORES

Inscrição e a manutenção do cadastro no RNTRC, para o TAC:

a) possuir Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ativo;


b) possuir documento oficial de identidade - RG;
c) ter sido aprovado em curso específico ou ter ao menos três anos de
experiência na atividade;
d) estar em dia com sua contribuição sindical, e
e) ser proprietário, coproprietário ou arrendatário de até três veículos
automotores de carga categoria “aluguel” na forma regulamentada pelo
CONTRAN.

2.1.1. Legislação Res. nº 4.799 – CURSOS

Res. nº 4.799 - Seção V

Dos cursos específicos

Art. 16. O curso específico para o TAC ou para o Responsável Técnico deverá
ser ministrado considerando a estrutura curricular mínima das matérias que
compõem a ementa a ser publicada pela ANTT.

§ 1º Considerar-se-á aprovado o aluno que obtiver aproveitamento superior


a 60% (sessenta por cento da nota máxima) em prova de conhecimento.

§ 2º Considerar-se-á equivalente à aprovação em curso específico, a


aprovação em exame constituído de prova convencional ou eletrônica, na
forma estabelecida pela ANTT.

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2.1.2. Vale-pedágio obrigatório

LEI Nº 10.209 de 23 de março de 2001 e LEI Nº 10.561 de 13 de novembro


de 2002 (medida provisória 68/02)

Art. 3º . Estabelece que o embarcador passará a antecipar o Vale-Pedágio


obrigatório ao transportador, independentemente do valor do frete

RESOLUÇÃO ANTT Nº 2.885 de 23 de setembro de 2008.

A ANTT tem a responsabilidade de regulamentar, coordenar e fiscalizar, o


processamento e a aplicação das penalidades por infrações a esta Lei

LEI Nº 13.103, DE 2 DE MARÇO DE 2015 - Art. 17º . Estabelece que não


pagarão taxas de pedágio sobre os eixos que mantiverem suspensos os
veículos de transporte de cargas que circularem vazios

RESOLUÇÃO ANTT nº 4.898 de 13 de outubro de 2015 - Dispõe sobre as


medidas técnicas e operacionais para viabilizar a isenção da cobrança de
pedágio sobre os eixos suspensos de veículos de transporte de carga que
circulam vazios

PENALIDADE no descumprimento devem ser denunciadas à ANTT com multa


de R$ 550,00 como por exemplo não aceitar o Vale-Pedágio

As empresas atualmente habilitadas pela ANTT ao fornecimento do Vale-


Pedágio obrigatório, em nível nacional são:

• DBTRANS ,

• REPOM ,

• CGMP -Centro de Gestão de Meios de Pagamento S.A. e

• VISA

22
2.1.3. PEF - Pagamento Eletrônico de Frete

Legislação

Lei nº 11442, de 05 de janeiro de 2007 Conforme Art. 5o-A., o pagamento do


frete do TRC ao Transportador Autônomo de Cargas – TAC, deverá ser
efetuado por meio de crédito e será regulamentado pela ANTT, à critério do
prestador do serviço

Resolução ANTT nº3658 de 19 de abril de 2011 Regulamenta o art. 5º-A da


Lei nº 11.442 que “dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta
de terceiros mediante remuneração”

Esta Resolução cria o CIOT - Cadastro para a geração de Código Identificador


da Operação de Transporte e regulamenta a remuneração dos caminhoneiros
autônomos

CONCEITOS, conforme Resolução ANTT nº3658

CÓDIGO IDENTIFICADOR DA OPERAÇÃO DE TRANSPORTE: É o código


numérico obtido por meio do cadastramento da Operação de Transporte nos
sistemas específicos

CONTRATO DE TRANSPORTE: São as disposições firmadas entre o


contratante e o contratado que estabelece as condições da prestação do
serviço

CONTRATANTE: É a pessoa jurídica responsável pelo pagamento do frete

CONTRATADO: É o TAC ou seu equiparado, que efetuar o TRC mediante


remuneração, indicado no cadastramento da Operação de Transporte

INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTO ELETRÔNICO DE FRETE: É a pessoa jurídica


habilitada junto ao Banco Central do Brasil e habilitada junto à Agencia
Nacional de Transportes Terrestres
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2.1.4. Noções de transporte rodoviário internacional de cargas

O Brasil mantém acordos de transporte internacional terrestre,


principalmente rodoviário, com quase todos os países da América do Sul,
através de negociações conjuntas periódicas visando atender as crescentes
necessidades de todas as partes
Nos Países do Cone Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Paraguai e
Uruguai) contemplam os transportes ferroviário e rodoviário
Entre Brasil e Venezuela refere-se apenas ao transporte rodoviário.
Com a Colômbia, Equador, Suriname e Guiana Francesa o acordo está em
negociação apenas ao transporte rodoviário
Paralelamente existem acordos específicos no Mercosul para Transporte de
Produtos Perigosos e Acordo sobre Trânsito
LEGISLAÇÃO - A Resolução ANTT nº 1.474, de 31 de maio de 2006 é o
instrumento legal que disciplina o exercício da atividade de Transporte
Internacional de Cargas

Nesta tabela você pode ter uma ideia do número de empresas habilitadas
para atuar no Transporte Rodoviário Internacional de Cargas, onde
apenas 33% são de empresas brasileiras (625), apesar de estar
igualmente competitiva com 50% de toda frota, com mais de 48.000
veículos, comparando com as empresas estrangeiras

24
MODULO 2B - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas

2.1.5-A. Legislação básica para produtos perigosos.

Carga Perigosa é aquela que, em função da sua natureza, pode provocar


acidentes, danificar outras cargas ou os meios de transporte ou, ainda, gerar
riscos, para a segurança pública ou para o meio ambiente

O Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos da


Resolução ANTT nº. 3665/11 e alterações dispõe, dentre outras exigências,
incluídas na íntegra, ao final desta apostila

Na RESOLUÇÃO ANTT Nº 420, de 12 de fevereiro de 2004, com 748


páginas, há uma classificação de produtos perigosos que é baseada na
classificação ONU com 9 classes e dentro de cada classe há as sub classes:

Classe 1: Explosivos
Classe 2: Gases
Classe 3: Líquidos inflamáveis
Classe 4: Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea;
substâncias que, em contato com água, emitem gases inflamáveis
Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos
Classe 6: Substâncias tóxicas e substâncias infectantes
Classe 7: Material radioativo
Classe 8: Substâncias corrosivas
Classe 9: Substâncias e artigos perigosos diversos
**Consulte as subclasses na Resolução que incluímos ao final desta apostila

DICA : Consulte toda legislação NACIONAL e INTERNACIONAL X P. PERIGOSOS


no site http://www.produtosperigososbrasil.com/#!legislacao/c66t
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2.1.5-A. Legislação básica para produtos perigosos - NBRs

Normas Técnicas

- NBR 7500 referente a Simbologia e seu emprego

- NBR-8286 especifica o emprego da sinalização nas unidades de


transporte e de rótulos nas embalagens de produtos perigoso

- NBR 14619 Incompatibilidade de Produtos Perigosos

- NBR 9735 Conjuntos de Equipamentos de Segurança/EPI

- NBR-7504 apresenta as características e dimensões do envelope que


deve acompanhar o transporte de produtos perigosos,

- NBR-7503 com dimensões da ficha de emergência e envelope

- NBR-8285 estabelece como preencher a ficha de emergência

26
Resolução ANTT nº 3665/11,
Art. 22. O condutor... deve ter sido aprovado em curso específico para
condutores de veículos utilizados no transporte rodoviário de produtos
perigosos e em suas atualizações periódicas, segundo programa do Contran.
Parágrafo único. O expedidor, além de exigir que o condutor porte
documento comprobatório referente ao curso mencionado no riscos
correspondentes aos produtos embarcados e aos cuidados a
serem observados durante o transporte.
Art. 28. Sem prejuízo do disposto na legislação fiscal, de transporte, de
trânsito, relativa aos produtos transportados, e nas instruções
complementares a este Regulamento, os veículos ou os equipamentos de
transporte transportando produtos perigosos, somente podem circular pelas
vias públicas acompanhados dos seguintes documentos:
I - originais do CIPP e do CIV, no caso de transporte a granel, dentro da
validade, emitidos pelo Inmetro ou entidade por este acreditada;
II - documento fiscal contendo as informações relativas aos produtos
transportados, conforme o detalhamento previsto nas instruções
complementares a este Regulamento;
III - Declaração do Expedidor de que os produtos estão
adequadamente acondicionados e estivados para suportar os riscos normais
das etapas necessárias à operação de transporte e que atendem à
regulamentação em vigor, conforme detalhamento previsto nas instruções
complementares a este Regulamento;
IV - Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte, emitidos pelo
expedidor, conforme o estabelecido nas instruções complementares a este
Regulamento, preenchidos de acordo com informações fornecidas pelo
fabricante ou importador dos produtos transportados;
V - autorização ou licença da autoridade competente para expedições de
produtos perigosos que, nos termos das instruções complementares a este
Regulamento, necessitem do(s) referido(s) documento(s); e
VI - demais declarações exigidas nos termos das instruções complementares
a este Regulamento.

27
Documentos exigidos para o transporte de PRODUTOS PERIGOSOS

Veículo:

 CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) ou


Certificado de propriedade do Veículo;

 Rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com a


NBR-7500 da ABNT (cargas perigosas);

 Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte. (cargas


perigosas);

 Kit para atendimento à emergência conforme NBR 9735 da ABNT.

 CIPP (Certificado de Capacitação para o transporte de Produtos


Perigosos a Granel) fornecido pelo INMETRO

 CIV Certificado de Inspeção Veicular, para caminhão-trator -


INMETRO

Emissões do escapamento (fumaça preta) dentro dos limites legais

Carga:

 Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) da Carga


Transportada

 Declaração assinada pelo expedidor de que o produto está


adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de
carregamento, descarregamento, conforme a regulamentação

 Embalagem adequada ao transporte Certificada pelo INMETRO

 Autorização ou licença da autoridade competente para expedições


de produtos perigosos
28
2.1.5-A. Legislação básica dos produtos perigosos – EPI

CONCEITO Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo ou


produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção
de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Exemplos de conjuntos de Equipamentos de Segurança conf NBR 9735

2.1.5. B- Simbologia dos produtos perigosos

Conforme NBR 7500 estabelece os padrões para identificação dos produtos e


riscos
Os veículos autorizados a transportar cargas perigosas devem trafegar com
sinalização especial, que identificam o produto e o grau de perigo que ele
representa em que constam:
 “Rótulos de risco”

 “Painéis de segurança”

29
MEIO AMBIENTE - O RÓTULO DO PEIXE foi introduzido na Resolução ANTT
nº. 3632/11 como um item adicional, para a identificação dos riscos relativos
aos números ONU 3077 e ONU 3082

Deve ser utilizado nas embalagens e nas unidades de transporte carregados


com substâncias perigosas para o meio ambiente.

Importante: Este rótulo, não substitui o painel de segurança nem o rótulo de


risco indicativo da Classe

2.2. Legislação

LEI Nº 13.103, DE 2 DE MARÇO DE 2015 pertinente ao exercício da profissão


de motorista profissional

Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista e busca disciplinar a


jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista profissional

Principais pontos da Lei dos Caminhoneiros

PEDÁGIO - isenção das taxas de pedágio sobre os eixos que mantiverem


suspensos.
30
MULTAS - perdão das multas por excesso de peso dos caminhões recebidas
nos últimos dois anos

AUMENTO DE PESO - Fica permitida, na pesagem de veículos de transporte


de carga e de passageiros, a tolerância máxima de 5% sobre os limites de
peso bruto total; e de 10% sobre os limites de peso bruto transmitido por
eixo de veículos à superfície das vias públicas.

EXAME TOXICOLOGICO - exigidos na admissão e no desligamento, com


direito à contraprova e confidencialidade dos resultados

PROGRAMA DE CONTROLE DE USO DE DROGA e de BEBIDA ALCOÓLICA -


instituído pelo empregador, pelo menos uma vez a cada 2 anos e 6 meses, e a
recusa, será considerada infração disciplinar

JORNADA e INTERVALO –

• A jornada diária será de 8 horas, admitindo-se a prorrogação por até


2 horas extraordinárias ou, se previsto em convenção ou acordo
coletivo, por até 4 horas extraordinárias,

• 1 hora para refeição,

• a cada 6 horas na condução do veículo 30 minutos para descanso,


exceto em situações excepcionais, para que o condutor chegue a um
lugar que ofereça segurança.

É vedado ao motorista dirigir por mais de 5 horas e meia ininterruptas.

REPOUSO SEMANAL - Nas viagens de longa distância com duração superior a


7 dias, o repouso semanal será de 24 horas por semana ou fração trabalhada

31
2.3. Código Penal

Conforme RESOLUÇÃO Nº 4.799 “§ 2º A aplicação das penalidades


estabelecidas no Art. 36 da Resolução 4.799 não exclui outras previstas em
legislação específica, nem exonera o infrator das cominações civis e penais
cabíveis “

O Código Penal Brasileiro dedica, exclusivamente, o TÍTULO XI para CRIMES


PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO GERAL – Art. 328
a 337-A, CÓDIGO PENAL.

Consideram-se CRIMES IMPRÓPRIOS:

Art. 328, CP – USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA exercer a função do outro


querendo se passar por ele.

Art. 329, CP – RESISTÊNCIA Opor- se à execução de ato legal, mediante


violência ou ameaça a funcionário competente para executá -lo

Art. 330, CP – DESOBEDIÊNCIA no descumprimento da ordem legal de


funcionário público – Ex Não soprar o bafômetro, parar em local proibido,
não retira o veículo do local

Art. 331, CP – DESACATO Menosprezar a função pública que a pessoa exerce.

]Art. 332, CP – TRÁFICO DE INFLUÊNCIA obter, para si ou para outrem,


vantagem ou promessa de vantagem

Art. 334, CP – CONTRABANDO OU DESCAMINHO de mercadoria proibida ou


sem pagamento de imposto

Art. 335, CP – IMPEDIMENTO, PERTURBAÇÃO OU FRAUDE DE


CONCORRÊNCIA Impedir, perturbar alguém no trabalho ou o sossego alheio,
Ex.: transportador interrompe a circulação de veículos ou dificulta a entrega
de mercadoria
32
Art. 336, CP – INUTILIZAÇÃO DE EDITAL OU DE SINAL crime comum cujo
objeto material é o edital, ou seja, danificar documento fixado

Art. 337, CP – SUBTRAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO


confiado à custódia de funcionário

Art. 337-A, CP – SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – sonegar


ou ter conduta omissa (deixar de fazer algo o que deveria).

RESPONSABILIDADES- O transportador no exercício de sua atividade de


prestação de serviço está sujeito a Responsabilidade Contratual e
Extracontratual

A RESPONSABILIDADE CONTRATUAL é aquela que se refere ao contrato


formal, firmado entre as partes envolvidas na prestação de serviço Ex. avaria
na mercadoria, atraso na entrega por sua culpa

Já a RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL engloba aquelas situações de


casos alheios ao contrato de prestação de serviço ex. acidentes de trânsito
com vítimas fatais ou lesionadas

33
2.4. Documentação do Transporte rodoviário de cargas

Do motorista:

 Carteira de Habilitação, Categorias “C” ou “E” e para casos


específicos portar:
 Transporte de Carga Perigosa - certificado do curso MOPP ou constar
inscrito no campo de observações da CNH, o requisito “Produtos
Perigosos”.
 Transporte de Carga Indivisível – certificado do Curso de condutor de
veículos para Transporte de Cargas Indivisíveis

Do Veículo e da Carga para PRODUTOS NÃO PERIGOSOS:

 Nota Fiscal de transporte da mercadoria

 CT-e - Conhecimento de Transporte eletrônico ou Contrato , desde


que contenha as informações necessárias

 Certificado de Inscrição no CRNTRC - Registro Nacional de


Transportadores Rodoviários de Cargas, em tamanho natural ou
reduzido, desde que legível, mesmo que em preto e branco, ou do
CRLV - Certificado de Reg e Licenciamento de Veículos + n.o do
RNTRC

 Adesivos com o n.o de inscrição no RNTRC nas laterais dos veículos.

 MDF-e - Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais

 Ordem de Coleta de Carga - emitido pelo transportador que executa


serviço de coleta de carga

 AET (Autorização Especial de Trânsito) para as rodovias estaduais e


federais, cada uma diferente conforme seu órgão de atuação

34
 Rótulos de risco e painéis de segurança específicos, de acordo com a
NBR-7500 da ABNT (cargas perigosas);

 Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte (Cargas perigosas);

 EPI - Kit para atendimento à emergência conforme NBR 9735 da ABNT.

 CIPP (Certificado de Capacitação para o transporte de Produtos


Perigosos a Granel), para o transporte de PP a granel - INMETRO

 CIV Certificado de Inspeção Veicular para caminhão-trator, conforme


Portaria 204/11 do INMETRO

 Nivel de Emissões do escapamento (fumaça preta) x limites legal.

2.5. Documentação Estadual para o TC Outras Licenças/Autorizações que


podem ser exigidas conforme o tipo da carga a ser transportada e o Estado
percorrido durante seu trajeto.

Por exemplo, para Cargas Perigosas poderá será solicitado

IBAMA - Licença Ambiental para o transporte de carga perigosa no


Estado que percorrer
CFT - Certificado de Regularidade do Cadastro Técnico Federal para
produtos perigosos passíveis de controle ambiental
CNEN – Normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear para
material radioativo;
Vigilância Sanitária – para alimentos, remédios e outros
Polícia Federal – para produtos químicos utilizados no
processamento ilícito de drogas
Ministério do Exército – para explosivos, insumos de explosivos,
armamentos e outros
35
DICA : Consulte toda legislação referente PRODUTOS PERIGOSOS no site
http://www.produtosperigososbrasil.com/#!legislacao/c66t
2.6. TRIBUTOS relativos ao transporte de cargas é toda prestação pecuniária
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada

Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA: pago no início


de cada ano pelo proprietário do veículo e a cobrança é proporcional ao valor
do veículo.

Imposto sobre Serviços de Qualquer Espécie – ISS: é um imposto municipal


pago por profissional autônomo que presta o serviço tributável, e pode ser
no máximo 5% do valor cobrado pelo frete.

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS: é informado na


nota fiscal, proporcional ao valor do frete e recai sobre as prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, com
porcentagem variada de Estado para Estado.

Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico – CIDE: É o tributo


pago na compra de combustíveis e deve ser revertida, por exemplo, ao
financiamento de programas de infraestrutura de transportes, assim como os
pedágios cobrados em algumas rodovias do País.

36
MODULO 2C - Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas

2.7. Distância entre eixos e dimensão total conforme a lei.

LEI nº 9.503 de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro) fiscaliza o excesso de


peso

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006, revogou a


Res. CONTRAN nº 12/98 - estabelece os limites de peso e dimensões para
veículos que transitem por vias terrestres e dá outras providências

RESOLUÇÃO Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 Estabelece limites de pesos e


dimensões em viagem internacional pelo território nacional.

RESOLUÇÃO N. 349 DE 17 DE MAIO DE 2010 do CONTRAN é obrigatório


possuir AET (Autorização Especial de Trânsito) quando exceder os limites
definidos nas resoluções 210 e 318

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 520, 29 de JANEIRO de 2015 , revogou a Res. nº


603 de 1982 - estabelece os requisitos mínimos para a circulação de veículos
com dimensões excedentes

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 547 de 19 de agosto de 2015, revogou a Res. nº.


258/07 dispões sobre identificação do infrator responsável pela infração de
excesso peso e dimensões

37
2.8. Capacidade máxima de peso por eixo

A ANTT é responsável pela fiscalização, na verificação do peso por eixo, ou


conjunto de eixos. e do peso bruto total, efetuada nas praças de pesagem
com balanças móveis ou fixas.

Por isso, as normas a seguir são todas em torno dos limites de peso por eixo,
as quais iremos apresentar os pontos principais nos próximos slides.

LEI nº 9.503 de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro) fiscaliza o excesso de


peso

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006, revogou a


Res. CONTRAN nº 12/98 - estabelece os limites de peso e dimensões para
veículos que transitem por vias terrestres e dá outras providências

RESOLUÇÃO Nº 211 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 obriga a emissão de


Autorização Especial de Trânsito – AET para veículos com peso acima de 57 t
ou com comprimento total acima de 19,80 m

RESOLUÇÃO Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 Estabelece limites de pesos e


dimensões em viagem internacional pelo território nacional.

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 489 DE 05 DE JUNHO DE 2014 revoga a Res. nº


258, de 30 de novembro de 2007 - fixa metodologia de aferição de peso de
veículos, estabelece percentuais de tolerância e dá outras providências.

LEI Nº 13.103, de 2 de março de 2015 conhecida como a “Lei dos


Caminhoneiros” altera a tolerância de limite de peso que não difere muito
das normas da Res. CONTRAN 489

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 547 de 19 de agosto de 2015, revogou a Res. nº.


258/07 dispões sobre identificação do infrator responsável pela infração de
excesso peso e dimensões

38
Conceitos

PESO DO CONJUNTO – seja do próprio veículo, acrescido dos pesos da


carroçaria, do reboque, semi-reboque e equipamento / acessórios
obrigatórios por lei.

PESO BRUTO TOTAL (PBT) - peso máximo que o veículo transmite ao


pavimento, constituído da soma da TARA mais a LOTAÇÃO.

PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC) - peso máximo transmitido ao


pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais seu semi-reboque,
ou do caminhão mais o seu reboque ou reboques.

CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO (CMT) - máximo peso que a unidade de


tração é capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, baseado em condições
sobre suas limitações de geração e multiplicação de momento de força e
resistência dos elementos que compõem a transmissão

Tipos de Suspensão : A verificação do tipo de suspensão de determinado


grupo de eixos é de extrema importância na determinação do limite de peso
do veículo em função das diferenças de limites de peso para cada tipo de
suspensão

39
EIXO TANDEM originado do latim, é o conjunto de eixos (dois ou mais) que
buscam compensar as irregularidades do terreno, distribuindo a carga de
forma homogênea, para proteger os rodados e pneus de uma avaria.

Eles absorvem mais impactos, produzindo menos balanços, o que mantém a


carga mais segura, consequentemente, torna o reboque mais estável, durável
e forte.

EIXO NÃO TANDEM, é aquele que tem sua suspensão independente, sem
compartilhamento de suspensão com outro eixo

Um componente fundamental usado na fiscalização do peso é a plaqueta ou


etiqueta indicativa da TARA no veículo.

"TARA” ou "Peso do Veículo em Ordem de Marcha”: É o peso próprio do


veículo, acrescido dos pesos da carroceria e/ou equipamento, do
combustível, das ferramentas e dos acessórios, da roda sobressalente, do
extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expressa em quilogramas.

"LOTAÇÃO” a carga útil máxima (incluindo condutor e passageiros) que o


veículo pode transportar,

A Tara e a Lotação devem ser instaladas na parte externa, lateral e em local


visível

40
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 Art. 1º Os veículos
habilitados ao transporte internacional de carga quando em circulação
internacional pelo território nacional, devem obedecer aos limites de pesos
de que trata o acordo aprovado pela Resolução MERCOSUL/GMC/ nº.
65/2008.

CONTRAN nº489 - O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou a


RESOLUÇÃO Nº 489 DE 05 DE JUNHO DE 2014, que aumenta para 10% o
limite de peso por eixo para os veículos de carga

LEI Nº 13.103 - Lei dos Caminhoneiros de 03 de março de 2015 Com a nova


Lei no 13.103/2015, a tolerância na pesagem por eixo passa a ser de 10%,
independente de o peso bruto total estar ou não dentro dos limites legais.

CONTRAN Nº 547 Resolução CONTRAN Nº 547 DE 19/08/2015 , revogou a


Resolução nº. 258/07 dispõe sobre o procedimento para identificação do
infrator responsável pela infração de excesso peso e dimensões de veículos

RESOLUÇÃO CONTRANº 211 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 Estabelece que


a circulação de Combinações de Veículos de Carga – CVC, com mais de duas
unidades, incluída a unidade tratora, só pode ocorrer para veículos com peso
bruto total acima de 57 t ou comprimento total acima de 19,80 m,

DOCUMENTO DE PORTE OBRIGATÓRIO - É obrigatório portar Autorização


Especial de Trânsito – AET com validade de 1 ano,

HORÁRIO PARA TRANSITAR - O trânsito de CVC será do amanhecer ao pôr do


sol e sua velocidade máxima de 80 km/h, medicante previa avaliação das
condições de tráfego das vias publicas do percurso.

41
2.9 Altura máxima da carga – Legislação

RESOLUÇÃO Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006 estabelece os limites


para veículos, com ou sem carga, que transitem por vias terrestres com
Altura para Caminhão – 4,40m

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 estabelece limites


para veículos de transporte de carga em circulação internacional pelo
território nacional com Altura para Caminhão – 4,30m

RESOLUÇÃO N. 349 DE 17 DE MAIO DE 2010 do CONTRAN é obrigatório


possuir AET (Autorização Especial de Trânsito) quando exceder os limites
definidos acima

2.10 – EXTRA - Amarração das Cargas CONTRAN Nº 552

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 552, DE 17 DE SETEMBRO DE 2015 - fixa os


requisitos mínimos de segurança para o transporte de cargas em veículos de
carga.

A partir de 1º de janeiro de 2017 todo veículo (carroceria ou carreta)


fabricado no País terá de contar com dispositivos de amarração previstos na
resolução.

O prazo de adaptação será até 1º de janeiro de 2018 para os proprietários


dos veículos que já estão em circulação e dos que forem fabricados até 31 de
dezembro de 2016

Fica proibida a utilização de cordas como dispositivo de amarração de carga,


“sendo permitido o seu uso exclusivamente para fixação da lona de
cobertura, quando exigível”

Vale lembrar que estas regras não se aplicam ao transporte de cargas que
tenham regulamentação específica.

42
É responsabilidade do condutor verificar periodicamente durante o percurso
o tensionamento dos dispositivos de fixação, e reapertá-los quando
necessário.

Todas as cargas transportadas, conforme seu tipo, devem estar devidamente


amarradas, ancoradas e acondicionadas no compartimento de carga ou
superfície de carregamento do veículo.

Na inexistência de pontos de amarração adequados, ou em número


suficiente, fica permitida a fixação dos dispositivos de amarração no próprio
chassi do veículo.

É opcional a existência de pontos de amarração interna para os veículos com


carroceria inteiramente fechada (furgão carga geral, baú isotérmico, baú
frigorífico, etc.), já que suas paredes podem ser consideradas como uma
estrutura de contenção

É proibida a circulação de veículos cuja carga ultrapasse a altura do painel


frontal, possibilitando o deslizamento longitudinal da parte da carga , que
está acima do painel frontal

43
2.11 – EXTRA - AET (Autorização Especial de Trânsito)

Caso ainda não conheça uma AET (Autorização Especial de Trânsito) ,


incluímos um modelo para que saiba quais informações fazem parte deste
documento, desde os dados do transportador, pesos e dimensões e outras
especificações para a sua emissão

44
MODULO 3A - Operação de Transporte

Este módulo é dedicado à operação do transporte rodoviário de cargas que é


efetuada por um transportador, pessoa ou empresa, mediante contrato
estabelecendo os parâmetros do negócio jurídico a ser realizado.

3.1. Planejamento

Para um bom planejamento você precisa definir bem seus objetivos e


organizar todas as etapas da operação com eficiência.

Afinal, você ou sua empresa não sobreviverão sem preparar antes detalhes
do seu transporte

Lembre-se, todas as decisões tomadas terão impacto direto, no volume de


gastos, no preço do frete e principalmente na sua lucratividade e
rentabilidade do seu investimento

Por isso, tente separar claramente seu custo variável, suas despesas fixas e os
custos da operação

3.1.1. A - Identificação da inter-relação dos diversos fatores operacionais


que interferem no planejamento da operação do transporte.

Há uma série de dificuldades estruturais no sistema rodoviário de cargas, que


poderíamos citar:

• Possíveis atrasos nas entregas pelo excesso de tráfego nas rodovias


o/ou dentro das cidades, prejudicando o cronograma

• Má conservação das rodovias, comprometendo a segurança da


operação, tornando-a mais onerosa

45
• Multas ou paralisações para atender normas de circulação em
algumas cidades/regiões Ex Em São Paulo, capital, a zona de restrição
máxima só permite que caminhões de pequeno e médio porte
circulem pelas ruas centrais em horários específicos

• Por se tratar do modal mais poluidor gera custo frequente de


manutenção e/ou revisão preventiva é muito alto

• Aumento no frete e custos com seguros elevados por depender do


local ou rota para carga ou descarga com um alto número de roubos
e furtos

• Ausência de frete de retorno, etc.

3.1.1 B - Dicas para otimizar seu planejamento

Como minimizar estes fatores com informações importantes:

• Conhecer a demanda na sua região, na busca de uma entrega


eficiente da carga

• Conhecer a demanda mensal de volume e peso da carga

• Definir o destino avaliando as condições de mobilidade dos veículos

• Determinar o tempo gasto em carga e descarga, paradas obrigatórias


(lei do descanso do motorista), necessidades fisiológicas, ou a
quantidade de diesel gasto

• Conhecer a característica da sua carga

• Buscar frete de retorno para não voltar sem gerar nenhuma receita.
Etc.

46
3.1.2. Preparação dos dados necessários para o planejamento das
operações de transporte

Escolha de Veículos e Equipamentos em função:

 das características do transporte


 das características dos roteiros (plano de viagem)
 quanto as características dos veículos

Defina a ROTEIRIZAÇÃO considerando alguns pontos que irão auxilia-lo


durante a utilização de softwares de roteirização, que podem ser próprios ou
de terceiros

Depois de definida a rota, sua empresa poderá utilizar Software de


roteirização para preparar o roteiro e instrumentos tecnológicos de
comunicação para rastrear o veículo e carga, como:

• GPS “Global Positioning System” -(sistemas de posicionamento


global por satélite),
• GIS (sistemas de informação geográfica) reúne o sensoriamento
remoto, o GPS e o geoprocessamento que possibilita aumentar a
produtividade
• Telefonia móvel,
• Sistemas de rádio transmissão
Mapas digitalizados é o levantamento de informações espaciais e tabulares
representado em formato digital

Mapas digitais podem ser aplicados aos mais variados estudos relacionados
ao espaço, como: mapeamento da malha viária de um país, mapeamento dos
clientes e fornecedores de uma

47
3.1.3. Custos de transportes

Boa parte dos transportadores leva em conta somente combustível e mão de


obra, esquecendo das demais despesas como depreciação e manutenção dos
veículos, por isso a importância desta aula para que você conheça os custos
que influenciam na definição do seu frete

CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS POR TIPO DE CARGA

Cargas Fracionadas – Itinerante, Urgente e Comum. São cargas fracionadas


com até 4.000 kg sujeitas ou não à prazos de entrega.

Carga Lotação

a) Carga Industrial: acima de 4.000 kg sem prazos de entrega, como aços,


peças, componentes, máquinas, equipamentos, tintas em recipientes, peças
de móveis etc.

b) Grandes massas: são grandes quantidades em fase intermediária ou em


processo de transformação, acima de 25 t ou mais, sem necessidade de
equipamento especial para contenção de carga.

c) Fertilizantes – são grandes quantidades de componentes e granéis sólidos


de fertilizantes, que requerem equipamento especial de contenção de carga
que suportem acima de 22t.

Containers: Movimenta cofres de carga em ciclos de viagens redondas (ida e


volta).

Outros serviços: Por exemplo: veículos zero quilômetro, transporte


frigorífico, carga líquida, bebidas, produtos perigosos, cargas volumosas etc.

48
COMO É FORMADA A TARIFA DO TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO DE
CARGAS

Os custos variam de uma empresa para outra e devem ser determinados por
meio de estudos técnicos, para finalmente decidir objetivamente sobre a
viabilidade do transporte de um determinado tipo de mercadoria

COMPOSIÇÃO DA TARIFA

A tarifa de frete é composta por cinco componentes básicos, que buscam


ressarcir, de forma equilibrada, os custos realizados com a prestação do
serviço:

Taxa de Despacho (para cargas fracionadas com nota fiscal) – é a parcela da


tarifa composta pelos os custos operacionais e administrativos que envolvem
a operação de despacho e nas atividades de coleta e entrega

Frete-peso corresponde, normalmente, à maior parcela na tarifa do seu


frete, por isso é importante conhecer os conceitos, que embora
estejam presentes no nosso dia a dia, são por vezes, utilizados de maneira
incorreta.

+ custos fixos*/diretos e custos variáveis**/indiretos que formam o custo


operacional do veículo

+ despesas administrativas e dos terminais (DAT)***

+ os custos de capital

+ taxa de lucro operacional

= total é custo referente ao Frete-peso

Pedágio: taxa cobrada dependendo do caminho a ser percorrido para a


entrega
49
Frete-valor é proporcional ao valor da mercadoria transportada, e visa
proteger o transportador dos riscos de acidentes e avarias envolvidos em sua
atividade, por isso sua alíquota tende a aumentar a medida que a distância
cresce.

GRIS – Gerenciamento de Riscos é representado por um percentual (%) sobre


o valor da Nota Fiscal, para cobrir os custos decorrentes das medidas de
combate ao roubo de cargas

Outras taxas – Generalidades, são taxas complementares que servem para


remunerar os serviços adicionais necessários à prestação dos serviços, que
pode variar com o peso transportado, valor da nota fiscal do produto ou do
frete cobrado

*Frete-peso é composto pelos CUSTOS FIXOS que podem variar conforme a


operação, portanto, são custos referenciais, e ocorrem mesmo com o veículo
parado, sendo calculados por mês (R$/mês).

Composto das seguintes parcelas:

• Reposição do veículo ou Depreciação (RV)

• Reposição do equipamento ou depreciação do Equipamento/Implemento


(RE)

• Remuneração mensal do capital empatado no veículo (RC)

• Custos da mão de obra dos motoristas (CMO)

• Tributos incidentes sobre o veículo (TI)

• Custo de risco de acidente e roubo de veículo (SV)

O custo fixo mensal resulta da soma das sete parcelas acima:

50
CF = RV+RE+RC+CMO+TI+SV+SE

**Frete-peso é composto também pelos CUSTOS VARIÁVEIS que dependem


da distância percorrida pelo veículo, ocorre mesmo quando o veículo estiver
parado (desligado) e são calculados em função da quilometragem (R$/Km).

Composto das seguintes parcelas:

• Manutenção: mão-de-obra, peças, acessórios e material de manutenção


(PM)

• Despesas com combustível (DC)

• Lubrificantes (LB)

• Lavagem e graxas (LG)

• Pneus e recauchutagens (PR)

Custo variável total é obtido é pela soma destas seis parcelas

CV (R$/km) = PM+DC+AD+LB+LG+PR

3.1.3.1. Modelos de custos de serviços de TRC

Como uma empresa do ramo de transporte rodoviário de carga fracionada


calcula o preço de venda de seu frete? Abaixo você tem outro exemplo de
planilha referencial, desta vez para cargas secas fracionadas

Calcular o preço de um serviço de transporte não é fácil e esta tarefa poderá


ser facilitada utilizando alguns modelos, com valores referenciais disponíveis
em diversos sites, mas a escolha vai depender do tipo de carga transportada
que possa atender às suas necessidades

51
E pensando nisto, a ANTT preparou uma tabela de referência para o cálculo
do frete, disponível na integra no Site http://www.antt.gov.br/ selecione
CARGAS depois PLANILHA

Fonte: Site ANTT- conforme RESOLUÇÃO. Nº 4.810, DE 19 DE AGOSTO DE 2015

52
Nesta outra tabela, há outro exemplo de planilha para utilizar como referência
na definição dos custos do frete, destinada às cargas secas fracionadas.

Fonte: Site SETCERGS e DECOPE/NTC - Departamento de Custos Operacionais, Estudos


Técnicos e Econômicos

3.1.3.2. Variáveis importantes para a definição dos valores de frete e custos


dos serviços de transporte de cargas.

A formação do preço de venda do seu frete é influenciada:

 pelas condições de mercado,

 pelas exigências do governo,

 pelos custos**,

 pelo nível de atividade e

 pela remuneração do capital investido

**Nos custos do frete, existem algumas variáveis já classificadas como


OUTRAS TAXAS – GENERALIDADES, em função da dificuldade que os
transportadores tem de renegociar as tarifas junto aos Embarcadores, então
esta foi a forma de complementar o frete devido. com a cobrança de
generalidades

Na prática todas elas correspondem a uma resposta ao aumento de custos

53
Fatores que influenciam o custo e o preço do transporte

• Peso ou cubagem – a escolha depende daquele que mais limitar a


capacidade do veículo
• Distância - conforme as diferentes rotas, poderá gerar aumento no
custo operacional
• Facilidade de se carregar e se descarregar o veículo (ex paletização
que reduz de maneira significativa os tempos de carga e descarga)
• Facilidade de acomodação - peças com formatos muito irregulares
ou com grande extensão muitas vezes prejudicam a utilização do
espaço do veículo
• Carga retorno – falta de carga de retorno
• Perdas, avarias e risco da carga – perdas decorrentes de acidentes
rodoviários, danos ocasionados em virtudes da exposição à chuva etc
produtos inflamáveis, tóxicos ou mesmo visados para roubo são
fatores de risco que influenciam o valor do frete.
• Especificidade do veículo de transporte – quanto mais específico for
o veículo menor é a flexibilidade do transportador, desta forma o
valor do frete se eleva
• Entre outros como , vias utilizadas, pedágios e fiscalização, prazo de
entrega e aspectos geográficos.

Fonte: Lauro Valdivia -Custos, Preços e Produtividade

54
3.1.3.3. Gestão de custos e formação de preço

Depois de conhecer os principais custos do transporte rodoviário de cargas, é


primordial ter o controle dos processos da empresa, como uma questão de
sobrevivência!

Desta forma, o uso de tecnologias e métodos científicos irão auxilia-lo na


medição e resolução de alguns dos problemas, que se apresentam no setor,
possibilitando uma considerável redução dos custos de transporte

Por isso, não feche os olhos para um bom sistema de gestão de transporte
para ficar sempre no controle da operação!

3.2. Execução

3.2.1 - Elaboração de CONTRATO e CONHECIMENTO DE TRANSPORTE


ELETRÔNICO (CT-e)

Na realização do transporte rodoviário de cargas é obrigatória a emissão de


Conhecimento ou de um Contrato de Transporte, emitidos antes do início da
prestação do serviço pelo transportador

Ambos são documentos que caracterizam a operação de transporte, conforme


consta no Art.23 e Art.24 da Resolução N.o .4.799 e é usado em cada viagem

CONCEITOS

CONTRATO - De acordo com o Artigo 730 do Código Civil, um Contrato ocorre


quando “alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar
para o outro, pessoas ou coisas”

CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO (CT-e) - também conhecido


pelas abreviaturas (CTRC ou CTO) é um documento fiscal emitido pelas
transportadoras de cargas para acobertar as mercadorias entre a localidade
de origem e o destinatário da carga.
55
Para a própria empresa transportadora, esse documento é a sua nota fiscal,
ou seja, é o documento oficial usado para contabilizar as receitas e efetivar o
faturamento.

DACTE (Documento Auxiliar de Conhecimento de Transporte Eletrônico) é


um impresso com a representação gráfica simplificada do CT-e e tem como
funções, dentre outras, conter a chave de acesso do CT-e (permitindo assim a
consulta às suas informações na Internet Portal Nacional do CT-e) e
acompanhar a mercadoria em trânsito.

Modelo DACTE

56
Elaboração CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO (CT-e)

Consulte ao final desta apostila o Art. 23. da nova


Resolução 4.799 - o CTRC ou CTO deverá conter no
mínimo, as seguintes informações:

 Dados completos do Embarcador, Transportador, Motorista

 Dados do Veículo – placa, RENAVAM, etc.

 Data e horário previstos para o início da viagem

 Endereços de Retirada e/ou Entrega

 Natureza da Carga e outras informações (peso, quantidade, volume,


acondicionamento, etc)

 Valor do Frete e o responsável pelo pagamento

 Valor do Vale-Pedágio, desde a origem até o destino

 Dados da Seguradora e n.o de apólice

 CIOT - Código Identificador da Operação de Transporte

 Autorização de acesso ao arquivo digital do documento

57
Elaboração de CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE

Conforme Art. 24 da Resolução. n.o 4.799 será aceito


contrato de transporte particular, e deverá conter no
mínimo:

o DO OBJETO DO CONTRATO – descreve a prestação de serviços pela


CONTRATADA de transporte rodoviário para a CONTRATANTE

o DOS HORÁRIOS

o DAS RESPONSABILIDADES/ DAS OBRIGAÇÕES

o DA MULTA/ CLÁUSULA PENAL

o DA REMUNERAÇÃO/DO PREÇO e CONDIÇÕES

o DO EQUIPAMENTO ANTI-FURTO E GERENCIAMENTO DE RISCO

o DA NATUREZA DO CONTRATO. Ref. natureza comercial sem vínculo


empregatício, nem responsabilidade solidária ou subsidiária com o
CONTRATANTE

o DA RESCISÃO

o DO PRAZO

o DO FORO – foro (Cidade) definido para dirimir quaisquer


controvérsias oriundas do CONTRATO, etc.

o LOCAL, DATA e ASSINATURAS

58
3.2.2 – Documentos de porte obrigatório – Conforme já apresentado em
aula anterior, portar:

 CNH (Carteira Nacional de Habilitação)

 Contrato da Carga Transportada ou DACTE (Documento Auxiliar do


Conhecimento de Transporte Eletrônico) no caso de utilizar
conhecimento de transporte eletrônico (CT-e)

 CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo) ou


Certificado de propriedade do Veículo

 Possuir Certificado de Inscrição no CRNTRC

 Adesivos do RNTRC nas laterais dos veículos

 Ordem de Coleta de Carga - emitido pelo transportador que executa


serviço de coleta

 DAMDFE - Documento Auxiliar do Manifesto Eletrônico de


Documentos Fiscais - acompanha a carga durante o transporte

No caso de cargas perigosas ou especiais, portar também...

 Comprovante do curso MOPP (cargas perigosas)

 Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte. (cargas


perigosas);

 CIPP (Certificado de Capacitação para o transporte de Produtos


Perigosos a Granel) , fornecido pelo INMETRO

 CIV Certificado de Inspeção Veicular, fornecido pelo INMETRO

59
 Declaração do expedidor sobre o acondicionamento adequado

 Declaração assinada pelo expedidor de que o produto está


adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de
carregamento, descarregamento, conforme a regulamentação

 AET (Autorização Especial de Trânsito) conforme seu órgão de


atuação e objetivos

 Certificado do Curso de condutor de veículos para Transporte


de Cargas Indivisíveis

 Licença específica das autoridades responsáveis para determinadas


substâncias como explosivos, regulados pelo Ministério da Defesa
através do Exército).

 Autorização Interestadual para Transporte de Produtos Perigosos -


independentemente do número de viagens que ele vai realizar,

 Licenças junto à Polícia Federal, no caso de materias primas para a


fabricação de entorpecentes, pasta da cocaina.

 Alvarás junto a Polícia Civil, Anvisa e Vigilância Sanitária

 Se o transporte for interestadual, a empresa ainda precisa estar


regularizada no Cadastro Técnico Federal (CTF)

60
MODULO 3B - Operação de Transporte

3.2.3. Procedimento de conferência

É fundamental que antes de iniciar a viagem, você confira todos os detalhes


da sua viagem e Carga, inclusive as condições do veículo. A seguir
apresentamos alguns itens importantes nesta etapa da execução da sua
operação de transporte

 Carga e nota fiscal

 Quantidade, peso e volume da carga.

 Rota.

 Lacre.

 Rotina de carga e descarga.

 Ferramentas necessárias

 Condições operacionais do veiculo

 Condicionamento adequado da carga

Se transportar Carga Perigosa ou Especiais:

 Verificar a documentação da carga x ficha de emergência;

 Confrontar os dados da ficha de emergência com a padronização do


veículo;

 Verificar se todos os equipamentos de segurança obrigatórios estão


disponíveis e adequados ao uso;

 Efetuar uma vistoria rigorosa em todo o veículo antes de partir

61
 Conferir as documentações de porte obrigatório

 Conferir se o Tacógrafo está funcionando e se o disco está no lugar

 Mantenha os telefones de emergência do Corpo de Bombeiros,


Polícia Rodoviária, Polícia Militar, etc

Ao receber ou entregar uma carga, será necessária uma conferência


quantitativa e qualitativa da sua carga

Na Conferência Qualitativa você analisa a qualidade da carga : temperatura,


dimensões, avarias características especiais e suas restrições em função das
condições descritas na nota fiscal como por exemplo o vencimento dos
produtos

Concluída a conferencia quantitativa e qualitativa, você já terá condições de


recusar ou devolver a carga

Na Conferência Quantitativa você verifica se a quantidade declarada pelo


Fornecedor na Nota Fiscal está igual à carga recebida ou que será entregue,
normalmente são utilizados formulários para realizar estas conferências,
assim você não esquece nenhuma etapa da conferencia

62
Utilize um formulário com plano de viagem, conforme modelo abaixo, para
auxilia-lo nesta conferência.

63
3.2.3.1. Carga e nota fiscal

A Nota Fiscal é o documento que comprova a posse da mercadoria para o


trânsito das mercadorias e das operações realizadas entre adquirentes e
fornecedores

Portanto, ela deverá ser utilizada neste momento de conferência porque


possui todos as informações necessárias para uma conferência eficiente e
completa!

PENALIDADE – na ausência da Nota fiscal o TRRC pagará multa de R$ 550,00


(quinhentos e cinquenta reais);

3.2.3.2. Conferencia quantidade – PESO – VOLUME DA CARGA

Com base na nota fiscal, conferir de forma rigorosa:

 a quantidade de volumes de carga,


 o peso especificado
 e a quantidade
ATENÇÃO: Não será permitido divergência nas informações que gerem
prejuízos a todo setor.

Por isso, vale lembrar que todos os envolvidos serão responsabilizados, com base
na legislação vigente, caso seja constatada irregularidades durante a fiscalização.

64
3.2.3.2. Conferencia quantidade – PESO – VOLUME DA CARGA

Quanto maior a força aplicada pelos pneus sobre o asfalto, maior será o
desgaste da estrada.

Sendo assim, o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) limitou o peso


máximo, por eixo, a ser carregado pelos veículos, buscando:

• Garantir que o transportador opere dentro das normas

• Garantir de segurança e dos demais motoristas

• Garantir a qualidade da via por onde os veículos trafegam.

3.2.3.3 – ROTA

Através das informações coletadas durante o planejamento, confira:

 Rota de origem e destino e os pontos de referência

 Distancia total

 Dados sobre o veículo (modelo, etc)

 Tempo estimado de viagem

 Velocidade média

 Praças de Pedágio

 Postos de pesagem e Polícia Rodoviária Federal

 Cidades próximas para descanso e

 Equipamentos que serão utilizados no percurso (GPS, etc)

65
3.2.3.4. LACRES

Após concluída a conferencia da carga e do roteiro, será o momento de usar


lacres de segurança para trancar sua carroceria, impedindo o acesso ou
violação antes de chegar ao destino final.

Os lacres, possuem identificação e visam garantir a segurança no


deslocamento de produtos e mercadorias, evitando violações e sua
numeração deverá ser registrada no Manifesto para ser conferido tanto na
descarga/entrega

ATENÇÃO: Os lacres somente poderão ser abertos por autorização de quem


de direito.

66
3.2.3.5. Rotina de carga e descarga

Durante suas atribuições rotineiras relacionadas à carga e descarga, será


necessário seguir uma rotina que garanta segurança e sucesso durante todos
procedimentos, desde a identificação, movimentação, organização e
separação das cargas/embalagens para outras áreas.

Embarque: Começa com a retirada da carga do local de estocagem e com a


sua colocação no veículo de transporte interno.

Não esqueça de realizar um EXAME DE AVARIAS E CONFERÊNCIA DE


VOLUMES neste momento

Desembarque: Envolve:

- Recebimento dos veículos contendo cargas,


- Transbordo da carga para o veículo de transporte interno,
- Transporte interno até a área de armazenagem,
- Transbordo da carga para a área de armazenagem e
- Armazenagem, enquanto aguarda o embarque em um novo veículo.

3.2.3.6. Ferramentas necessárias –

Existem muitas formas de movimentar sua carga e você poderá utilizar alguns
métodos conhecidos como manual, mecanizados (empilhadeiras manuais,
carrinhos, etc.) e os motorizados (esteiras, empilhadeiras motorizadas, etc.)

A forma MANUAL é a mais usado para pequenos volumes

Durante a execução da operação de transporte, não podemos deixar de


mencionar outras ferramentas que auxiliam o transportador e as empresas,
como formas de Tecnologia de Monitoramento para as Frotas:

- Tecnologia embarcada são os recursos eletrônicos e computadores


instalados nos veículos de carga
67
Vantagem: permite uma interação em tempo real entre motoristas e seus
expedidores, agilizando eventuais alterações em suas rotas

- O botão de pânico é um outro equipamento de tecnologia embarcada que é


utilizado em casos de emergência, comunicando imediatamente a central de
controle de frota sobre a ocorrência de roubo ou situações suspeitas.

- Tecnologia de Transmissão de Dados Via Satélite que é um SATÉLITE é um


equipamento construído pelo homem, e colocado ao redor da Terra, para
permitir a comunicação rápida entre dois ou mais pontos distantes na Terra

- Os bloqueadores são dispositivos de segurança que permitem o bloqueio


do veículo à distância, e atua como antifurto com sensor de abertura de
porta e bloqueio depois de determinado tempo após o desligamento do
veículo.

- Os rastreadores possibilitam a comunicação entre a central de


monitoramento da frota e os caminhões, fornecem a localização on-line de
veículos e auxiliam no Controle de Jornada de Trabalho, por acompanhar os
dados da viagem, da carga horária de trabalho e do motorista

3.2.3.7. Condições operacionais do veiculo

Depois de carregar seu veículo, é necessário checar os equipamentos que


monitoram as condições gerais e, por isso, o Tacógrafo é a ferramenta
perfeita para o efetivo gerenciamento da sua operação de transporte

TACÓGRAFO como é mais conhecido é um Tipo de Registrador Instantâneo


Inalterável de Velocidade e Tempo

Fornece: cumprimento de roteiros de viagem, itinerários, horários de saída e


chegada, respeito aos limites de velocidade, tempos de condução e descanso,
paradas não programadas e muitas outras

68
Obrigatório para os veículos com capacidade máxima de tração igual ou
superior a 19 (dezenove) toneladas e para o Transporte de produtos
perigosos

CONTA-GIROS DO CARRO é outro equipamento que auxilia no


monitoramento do veículo e faz parte do Painel de instrumentos dos carros:

 Mostra, em tempo real qual a velocidade de rotação do motor, as


Rotações por Minuto (RPM)

 Demonstra para o motorista se ele dirige seu veículo da maneira


correta

 Possibilita saber se o consumo está além do necessário ou se a


aceleração está correta.

 Se o conta-giros atinge a marca vermelha, sinaliza que a forma de


conduzir está completamente errada e o motor começa a cortar a
aceleração para não ser danificado ou fundir

3.2.3.8. Condicionamento adequado da carga

Já conferimos a carga e os métodos para transporta-la, mas a arrumação


interna no caminhão é fundamental para otimizar o espaço dentro do
veículo, evitar danos ou riscos aos produtos ou evitar riscos aos outros
usuários das rodovias, por isso:

• Separe a carga, conforme sua característica

• Evite a movimentação manual, e se realizar, não ultrapassar o peso de 20 kg

• Se o veículo for aberto, verifique a regulamentação para amarração de cargas

• Não ultrapasse a capacidade máxima do veiculo

69
Modulo 4. Tópicos Especiais
Neste modulo apresentaremos alguns tópicos especiais relacionados às
questões Saúde, cuidados com o Meio Ambiente e Segurança do Trabalho
através de equipamentos e métodos buscando prevenir acidentes e
das doenças do trabalho

4.1. Saúde, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho

MEIO AMBIENTE

O ar, água e solo são recursos indispensáveis à vida na terra, por isso
precisamos preservá-los, sendo responsabilidade do transportador minimizar
os impactos ambientais gerados por acidentes durante o transporte, ou pelo
alto nível de emissão de poluentes e os gases, causadores do efeito estufa,
entre outros danos ao meio ambiente.

As principais fontes poluidoras são os Veículos e as Indústrias

E seus principais poluentes estão relacionados com à combustão de veículos


que são:

- NOx os óxidos de nitrogênio

- ALDEÍDOS e a DIASINA a queima do diesel

- CO - o monóxido de carbono/gás carbônico – produzido pela queima


do óleo diesel, que em excesso é responsável pelo efeito estufa.

Infelizmente, a tendência é que os valores reais de emissão de poluentes


sejam ainda maiores, por causa da utilização de enxofre no diesel, o baixo
nível de manutenção e alta idade de nossa frota de transporte rodoviário.

70
4.1.1. Estatísticas e causas de acidentes rodoviários envolvendo caminhões
De acordo com o banco de dados de acidentes de trânsito do DNIT.

Em 2012, foram registradas 8610 mortes nas rodovias federais e 33% delas
foram registradas na região Norte com total de 2812, mortes, o que é bem
expressivo para uma região.

Veja na tabela os números, por região, desde 2007

ESTATÍSTICAS

• Acidentes mais frequentes e graves: 47% tombamento e 10% capotagem.

• Causas principais: velocidade incompatível, fadiga.

• Fatores contribuintes: curva fechada, pista mal conservada.

• Faixa etária dos motoristas mais


envolvidos: de 18 a 25 anos.

• Veículos mais vulneráveis:


articulado, ou sobrecarregado.

71
4.1.2. Legislação – Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho

Nas Resoluções da ANTT nº. 3665 de 2011 e nº. 420 de 2004.

Entre parte dos Estados do MERCOSUL há o Decreto N° 1.797, de 25/01/1996


referente acordo para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos

As Normas Regulamentadoras relativas à Segurança e Medicina do Trabalho,


que são:

NR 01 - Disposições Gerais relativas à segurança e medicina do trabalho

NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI

NR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO

NR 17 - Ergonomia

NR 23 - Proteção Contra Incêndios - empregadores devem adotar medidas de


prevenção de incêndios

A legislação ambiental brasileira é uma das mais completas do mundo. São 17


leis ambientais elaboradas para garantir a preservação do grande patrimônio
ambiental do país.

O transporte de Cargas perigosas representa risco à saúde e ao meio


ambiente em geral, por isso é submetido às regras e aos procedimentos
estabelecidos na Resolução ANTT nº. 3665/11 e Resolução ANTT nº. 420/04

72
4.1.3. Normas e procedimentos de segurança

O cotidiano do transportador rodoviário cria situações de maior exposição


aos riscos, pelo constante estado de alerta e desgaste emocional, aos quais
fica exposto diariamente.

Por isso, algumas normas e programas foram criados buscando a prevenção


de acidentes e das doenças do trabalho, bem como da promoção da saúde e
da qualidade de vida.

A NORMA REGULAMENTADORA – NR 1 foi criada pelo Ministério do Trabalho


com o objetivo de promover saúde e segurança do trabalho

4.1.4. EPI – NR6 e NBR 9735

Em aula anterior já apresentamos os itens que compõem os equipamentos


de proteção individual de segurança, definidos na norma Brasileira 9735

Agora você conhecerá as disposições gerais da:

NR 1 e NR 6- regulamentam a SEGURANÇA NO TRABALHO – EPI e a NBR


9735 da ABNT definem os Conjuntos de Equipamentos de Segurança de uso
obrigatório

CONCEITO - O EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL é todo


dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
no trabalho

Existe o EPI básico composto por capacete e luvas de material adequado


conforme o produto, além de outros utilizados em situações de emergência
como equipamentos para sinalização e isolamento da área em casos de
avaria ou acidentes utilizados durante o transporte.
73
4.1.5. Postura física – ERGONOMIA – NR17

A Norma Regulamentadora 17 estabelece parâmetros que permitam a


adaptação das condições de trabalho às características dos trabalhadores, de
modo a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho
eficiente.

A aplicação da ergonomia no ambiente de trabalho pode ser estabelecida nas


seguintes etapas:

1ª etapa Programa de Ergonomia – através do levantamento dos riscos


ergonômicos*

2ª etapa Conscientização –através de treinamentos e palestras a


conscientização acerca dos riscos ergonômicos e prevenção

3ª etapa Correção do Programa de Ergonomia –correção e aperfeiçoamento


do programa aplicado no ambiente de trabalho

RISCOS ERGONÔMICOS* são elementos que podem prejudicar os


trabalhadores, a nível físico ou psicológico, através de doenças ou
desconforto

4.1.6. Exame de saúde periódico como fator de proteção à saúde

Um transportador com boa saúde terá com condições de exercer a sua


atividade profissional com mais eficiência com menor riscos de acidentes, por
isso, é importante realizar exames periódicos de saúde através de cuidados
básicos:

- Realizar pesquisa de doenças preexistentes como avaliar risco cardíaco,


medir a pressão arterial com frequência, checar nível de glicose, colesterol,
exames auditivos e oftalmológicos, avaliação vascular, entre outros...

74
4.1.6. Exame de saúde periódico – Norma Regulamentadora 7 – NR7
PCMSO

Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, do Programa


de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, para prevenção,
rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao
trabalho.

Objetivos: Prevenir a saúde através de divulgação de filmes, reuniões,


palestras e outras ações.

4.1.7. Cuidados com a sua saúde física e mental

Tirando os fatores físicos do motorista, a questão do consumo em excesso de


cafeína e pior ainda, de drogas tem preocupado muito as autoridades, porque em
função da pressão para cumprir horários determinados e entregar a mercadoria,
no seu destino o mais rápido possível alguns caminhoneiros usam medicamentos
proibidos (rebite, cocaína e até crack) para se manterem acordados durante dias,
por total desconhecimento dos riscos à saúde a que estão expostos

A vida na estrada também exige muito do caminhoneiro, que passa longas


horas sentado em frente ao volante e atento no trecho.

Porém esquece que precisa ter atenção redobrada na maneira correta de


sentar, de conduzir o veículo.

4.1.8. Noções de combate a incêndio


Incêndio é o fogo fora de controle, e são causados por descuidos, na maioria
das vezes involuntários e as principais fontes causadoras nas rodovias são :

• Cigarros lançados pela janela do veículo;


• Falta de manutenção do veículo;
75
• Acidente envolvendo veículos com cargas perigosas
• Vidros, que funcionam como lente de aumento e outros
O combate por ser realizado por: retirada do material combustível,
resfriamento, abafamento ou extinção química

E neste momento, é importante conhecer os materiais envolvidos e as classes


de incêndio que pertencem, para definir qual o melhor método para uma
extinção rápida e segura.

Classificação dos incêndios: - determina qual agente extintor adequado

Classe A : materiais sólidos

Classe B : líquidos inflamáveis

Classe C : equipamentos elétricos

Classe D : metais combustíveis/pirofóricos (magnésio, zircônio, titânio)

76
4.1.9. Utilização adequada de equipamentos x situações de emergência.

Existem 5 tipos de extintores disponíveis e sua aplicação dependerá da


classificação que apresentamos nesta tabela

Aplicação
Tipo
Capacidade Utilização
Extintor
Classes

Pó químico
Rompa o lacre, aperte a alavanca e direcione o
para A, B e C 1 Kg e 2 Kg
jato para base das chamas
veículos

Puxe o pino de segurança, retire o esguicho e


Espuma
AeB 10 litros acione o gatilho direcionando o jato para base
mecânica
das chamas.

Abra o registro do propelente, puxe o pino


1, 2, 4, 6,
Pó químico
BeC 8,10 e 12 e empurre o esguicho devidamente, por fim
seco
Kg. acione o gatilho direcionando o jato para base
das chamas.

Abra o registro do propelente, puxe o pino


Água
A 10 litros e empurre o esguicho devidamente, retirando-o
Pressurizada
do porta-esguicho e acione o gatilho
direcionando o jato para base das chamas

Gás
Retire o pino acione o gatilho direcionando o
carbônico BeC 6 Kg
jato para base das chamas.
CO2

77
4.2. Logística integrada

Agora vamos apresentar a logística, os conceitos e o papel do transportador,


e comentar sobre os tipos de terminais e as operações que ocorrem no dia a
dia durante envolvendo o transporte rodoviário de cargas

É como o nome diz, é a integração dos processos, da origem dos produtos às


mãos do consumidor final, através de um sistema inteligente capaz de
planejar, implementar e controlar todos os passos

Geralmente, a logística integrada é dividida nas áreas de

• Administração de materiais/armazenamento,

• Movimentação e

• Distribuição dos produtos

Ter uma gestão eficiente é cada vez mais importante porque os


consumidores estão cada vez mais exigentes.

É por esse motivo que a logística integrada assume uma dimensão crucial nas
empresas.

4.2.1. Conceito de cadeia logística

É um conjunto de atividades interligadas que constantemente se articulam,


desde o início da elaboração de um produto, e de todas as etapas
intermediárias até atingir o produto final para sua distribuição e
comercialização.

O principal desafio e objetivo da logística, é conseguir criar mecanismo para


distribuição de produtos no menor intervalo de tempo possível, com redução
de custos, sem perda de qualidade

78
4.2.2. Papel do Transportador Rodoviário de Cargas dentro da cadeia
logística

Desde os primórdios, o transporte rodoviário de cargas tem sido utilizado


para disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, e tornou-se
fundamental para que seja atingido o objetivo logístico que é “o produto
certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo
possível”

A cadeia logística é dependente dos modais de transporte por transportar


grandes quantidades, alto valor, e pela praticidade de deslocamento entre
um e outro ponto do pais.

4.2.3. Tipos de terminais de cargas e armazéns

A armazenagem possui um papel importante no setor de transporte, assim


como na própria história da humanidade, existe a necessidade de armazenar
produtos e alimentos de forma consciente e como qualidade!

Os tipos de armazéns podem ser Próprios, Terceirizados ou Públicos

E suas operações, ocorrem conforme os produtos que manipula que envolve:


recepção da carga, pesagem de controle, classificação do produto, pré-
tratamento físico, químico ou biológico, se for o caso, armazenagem,
automática, mecânica ou manualmente, conservação para evitar a
deterioração e perdas, retirada para embarque, automatizada, mecânica ou
manual, contra pesagem e controle, manejo e carregamento, manual,
mecânico ou automatizado, emissão de conhecimento de embarque e
anexos, despacho do(s) veículo(s) para a operação de transporte

79
CROSSDOCKING ou CROSS-DOCKING (sistema de distribuição)

A competitividade empresarial acentuou a estratégia das empresas em


valorizar sua Logística na distribuição de produtos, utilizando entre outros, o
sistema de CROSSDOCKING , na qual a mercadoria recebida não é estocada,
e sim, imediatamente preparada para o carregamento da entrega,
envolvendo múltiplos fornecedores

Esta forma de distribuição tem a vantagem de reduzir o manuseio de


materiais, e a necessidade de guardar os produtos no armazém.

Existem também o sistema de TRANSIT POINT que utiliza um único


fornecedor, sem a necessidade de estoque e de fácil gerenciamento

80
4.2.4. Noções de operação em terminais e armazéns

Vamos primeiro compreender as diferenças entre Armazém e Terminal de


cargas

ARMAZÉM é um local onde podemos guardar os produtos que foram


fabricados ou que aguardam sua retirada pelos seus compradores.

O TERMINAL DE CARGAS nada mais é do que um amplo espaço, composto


por vários armazéns, com ótima infra-estrutura para operação de importação
e exportação de mercadorias

Em um armazém ou terminal, as mercadorias passam basicamente pelas


seguintes fases:

1) Agendamento - para evitar filas de caminhões e utilizar melhor os


recursos do armazém
2) Recebimento
3) Descarregamento, Inspeção e separação
4) Movimentação,
5) Picking (separação e preparação de pedidos)
6) Unitização ou Paletização
7) Carregamento,
8) Em alguns casos pode ser necessário: Embalar, montar Kits, Controle
de temperatura ou finalização de produtos
9) Despachar as mercadorias , também é conhecido por Shipping

ESTRUTURA de um ARMAZÉM precisa ter:

 Área suficiente para estacionamento e manobras dos veículos;


 Existência de dockboards;
 Área suficiente para paletizar ou contentorizar;
 Área suficiente para colocar artigos antes de despachar;
 Escritórios para guardar documentos e elaborar relatórios.
81
MODULO 5 – Responsável Técnico
Este módulo complementa a grade curricular conforme as exigências da
Seção V, parágrafos §1º e §2º do Art. 16 da RESOLUÇÃO Nº 4.799 DE 27 DE
JULHO DE 2015, referente ao curso específico para o Responsável Técnico
para atuar como tal em Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas,
considerando a estrutura curricular mínima das matérias estabelecidas pela
ANTT.

5.1 Responsabilidades do Transportador

Lei n°. 11.442/07 - Dispõe sobre a Responsabilidade do transportador, entre


outras questões...

Art. 9o A responsabilidade do transportador cobre o período compreendido


entre o momento do recebimento da carga e o de sua entrega ao
destinatário e termina quando destinatário recebe a carga, sem protestos ou
ressalvas.

Se as mercadorias não forem entregues dentro de 30 (trinta) dias corridos


após a data estipulada, o contratante terá o direito de reclamar as
mercadorias e considerá-las perdidas.

Em contrapartida, a carga ficará à disposição do interessado, pelo prazo de


30 (trinta) dias, e ao término do prazo a carga será considerada abandonada,
exceto no caso de bem perecível ou produto perigoso, o prazo poderá ser
reduzido

Lei 3071 do Código Civil de 1.916

Art. 159 Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou


imprudência, violar o direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a
reparar o dano.

82
Lembrando que o transportador é responsável também pelas falhas come-
tidas por seus subordinados ou por aqueles que subcontrate para a
realização do serviço

5.1 Isenção de Responsabilidade do Transportador

Art. 12. Situações em que o transportador não será responsabilizado por


avarias, perdas ou demora na entrega das mercadorias nos casos de :

 Motivo de força maior;

 Causas inerentes à natureza,

 Defeito na embalagem ou mercadoria mau acondicionada,

 Mercadoria entregue sem estar encaixotada, enfardada, ou protegida


por qualquer outra espécie ou mesmo por insuficiência nos rótulos

 Circunstâncias que tornem necessário descarregar, destruir ou tornar


sem perigo o produto

 Mercadoria/carga entregue já com problemas, podendo ser


originado já na sua fabricação;

 Ações de guerra, comoção civil ou atos de terrorismo

 Greves, greves patronais, interrupção ou suspensão parcial ou total


do trabalho, fora do controle do transportador

 Ação ou falta de ação, que gerou o dano, e de responsabilidade


daquele que está reclamando do transportador

83
5.2 Legislação fiscal

Lei 10.233, de 05 de junho de 2001 - Dispõe sobre a reestruturação dos


transportes terrestres e institui o Registro Nacional de Transportadores
Rodoviários de Cargas – RNTRC - Arts. 14-A e 26, item IV

LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007 - Caracteriza o ETC, e dispõe sobre


as regras de operação e sobre a inscrição prévia no RNTRC

II - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC é a pessoa jurídica


constituída por qualquer forma prevista em lei que tenha no transporte
rodoviário de cargas a sua atividade principal

RESOLUÇÃO 4.799 DE 27 DE JULHO DE 2015 - Define os critérios para a


inscrição no RNTRC e outras providências

NOTÍCIA TÉCNICA Nº 05/2014 - 02/10/2014 Dispoe sobre Código de


Atividade Econômica – CNAE

Lei 10.233, de 05 de junho de 2001


Art. 14-A O exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas, por
conta de terceiros e mediante remuneração, depende de inscrição do
transportador no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de
Carga - RNTRC.
...
Art. 26. Cabe à ANTT, como atribuições específicas pertinentes ao Transporte
Rodoviário:
I – publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de
permissão para prestação de serviços de transporte rodoviário interestadual
e internacional de passageiros;
84
I - publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de permissão
para prestação de serviços regulares de transporte rodoviário interestadual
semiurbano de passageiros; (Redação dada pela Lei nº 12.996, de 2014)
II – autorizar o transporte de passageiros, realizado por empresas de turismo,
com a finalidade de turismo;
III – autorizar o transporte de passageiros, sob regime de fretamento;
IV – promover estudos e levantamentos relativos à frota de caminhões,
empresas constituídas e operadores autônomos, bem como organizar e
manter um registro nacional de transportadores rodoviários de cargas;
V – habilitar o transportador internacional de carga;
VI – publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de
concessão de rodovias federais a serem exploradas e administradas por
terceiros;
VII – fiscalizar diretamente, com o apoio de suas unidades regionais, ou por
meio de convênios de cooperação, o cumprimento das condições de outorga
de autorização e das cláusulas contratuais de permissão para prestação de
serviços ou de concessão para exploração da infraestrutura.
VIII - autorizar a prestação de serviços regulares de transporte rodoviário
interestadual e internacional de passageiros. (Incluído pela Lei nº 12.996,
de 2014)
IX - dispor sobre os requisitos mínimos a serem observados pelos terminais
rodoviários de passageiros e pontos de parada dos veículos para a prestação
dos serviços disciplinados por esta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.996, de
2014)

85
As Empresas de Transporte de Cargas – ETC somente poderá realizar cadastro
ou recadastro no RNTRC, se possuir o Código de Atividade Econômica – CNAE
ou atividade econômica, conforme descrição. Consulte a tabela na íntegra no
site www.antt.gov.br

O cadastro no RNTRC é feito sempre em nome da matriz com a apresentação


do Cartão do CNPJ da matriz da empresa

SUSPENSÃO ADMINISTRATIVA – Poderá ocorrer para as empresas de


transporte rodoviário de cargas, que tenham ultrapassado o prazo para
regularização pela ausência do:

 código CNAE de transporte,

 ou campo de “Atividade Econômica Principal”

 ou campo “Atividades Econômicas Secundárias”

Para que o registro da empresa retorne à situação de “ATIVO”, será


necessária a atualização do cadastro junto ao CNPJ na Secretaria da Receita
Federal do Brasil (RFB)

Legislação relativa ao exercício da atividade de transporte rodoviário de


cargas e ao RNTRC

RESOLUÇÃO Nº 4.799, DE 27 DE JULHO DE 2015

VI - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC: pessoa jurídica


constituída por qualquer forma prevista em Lei que tenha o transporte
rodoviário de cargas como atividade econômica;

DAS DEFINIÇÕES

II - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC:

86
a) possuir Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas – CNPJ ativo;

b) estar constituída como pessoa jurídica por qualquer forma prevista em Lei,
tendo o transporte rodoviário de cargas como atividade econômica;

c) ter sócios, diretores e responsáveis legais idôneos e com CPF ativo;

d) ter Responsável Técnico idôneo e com CPF ativo com, pelo menos, 3 (três)
anos na atividade, ou aprovação em curso específico;

e) estar em dia com sua contribuição sindical, e

f) ser proprietário ou arrendatário de, no mínimo, um veículo automotor de


carga categoria “aluguel”, na forma regulamentada pelo CONTRAN.

5.3 – SEGUROS - Contrato de seguro de cargas

Os seguros existentes no mercado de transportes de carga, são 3 (três):

Seguro pelo EMBARCADOR é o Seguro Transporte Nacional - é obrigatório e


cobre perdas e danos às cargas transportadas, incluindo roubo e furto

Seguros pelo TRANSPORTADOR

1) RCTR C - Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador


Rodoviário de Carga - obrigatório

2) RCF DC - Seguro de Responsabilidade Civil Facultativa Desvio de


Carga ou Seguro de Responsabilidade Civil para desaparecimento de
carga

DIFERENÇAS entre Seguro de Transporte Nacional do Embarcador X


RCTR C

O Seguro de Transporte Nacional, é para o dono da carga e cobre perdas


e danos às cargas transportadas
87
Já o seguro de Responsabilidade Civil do Transportador de Cargas cobre a
responsabilidade civil do transportador, por perdas e danos que causar às
cargas de terceiros, confiadas para seu transporte.

Por isso, o seguro de Transporte Nacional do Embarcador não substitui o


Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador de Cargas RCTR C e
vice-versa.

A seguir, detalharemos um pouco mais os Seguros contratados pelo


TRANSPORTADOR

1) Seguro de carga em transporte RCTR C - Responsabilidade Civil do


Transportador Rodoviário de Carga:

Conforme regulamentado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados,


através das resoluções 123 e 134 de 2005, com relação às normas e
obrigatoriedade de utilização e contratação do RCRT-C, devem ser
considerados os seguintes itens:

1º Contratante: Empresa transportadora rodoviária de cargas (pessoa


Jurídica), com devido registro no RNTRC - Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários de Carga, da ANTT - Agência Nacional de
Transportes Terrestre.

2º Cobertura de riscos: O RCTR C garante, em território nacional, o


reembolso das reparações aos danos causados à carga transportada,
quando decorrentes de acidentes no percurso, como colisões, incêndios
e outros, com exceção aos casos de dolo.

3º Período da cobertura: Desde o recebimento da carga, por parte da


empresa, até sua entrega ao destino final do transporte.

4º Valores : O reembolso corresponde ao valor integral do material


contido na carga transportada, dentro de um limite máximo pré-fixado
na apólice.

88
5º Quantidade de apólices de RCTR C : Cada transportadora pode manter
apenas uma apólice desta modalidade de seguro, exceto quando a
apólice principal não cobrir o estado em que a empresa possui filial; não
cobrir a mercadoria a ser transportada; e, ainda, quando a apólice
principal tiver limite inferior e não assumir o risco pelo valor da carga.

6º A considerar: O contratante deve observar as opções de coberturas


adicionais que incluem situações em que a carga passa por trechos
pluviais, e as cláusulas específicas, que consideram o tipo de carga. É de
responsabilidade exclusiva da transportadora informar à seguradora todo
o conteúdo existente na carga.

2) Seguro de carga em transporte RCF DC - Responsabilidade Civil


Facultativa Desvio de Carga :

O seguro RCF DC , conhecido como Seguro de Responsabilidade Civil


para desaparecimento de carga , serve de cobertura aos riscos de roubo
ou desvio do conteúdo da carga a transportada, conforme especificações
do Conselho Nacional de Seguros Privados. Para sua contratação e devida
utilização, deve-se observar os seguintes critérios:

1º Especificidade da carga: conforme o tipo, quantidade e valor dos bens


e mercadorias a ser transportada como, por exemplo, alimentos
perecíveis, brinquedos, roupas, armas, autopeças etc.

2º Produtos não assegurados: Nem todos os produtos são assegurados,


entre eles, além dos produtos não relacionados no contrato do seguro,
estão: dinheiro, em papel ou moeda; joias, metais e pedras preciosas ou
semipreciosas; cheques, ações, títulos e contratos; objetos de arte, raros
ou coleções; cargas nucleares ou com radioatividade; o próprio veículo
transportador.

3º Situações cobertas pelo RCF DC: Para carga inteira ou parte dela, nos
casos de furtos, sequestro, roubo ou desaparecimento de veículo
transportador com carga, estelionato, pirataria ocorrida em trechos

89
pluviais do percurso e ainda cobre roubo de carga no depósito da
transportadora, desde que previamente formalizado em contrato.

Fonte: http://www.antt.gov.br/index.php/content/view/6773.html

Fonte: http://www.accertlogistica.com.br/seguro.html

RCTR C - Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador


Rodoviário de Carga

- BASE LEGAL - SUSEP n° 354/07 e COMUNICADO SUROC/ANTT Nº 001/2014 e


LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007

Art. 13. Toda operação de transporte contará com o seguro contra perdas ou
danos causados à carga, de acordo com o que seja estabelecido no contrato
ou conhecimento de transporte, podendo o seguro ser contratado:

I - pelo contratante dos serviços, eximindo o transportador da


responsabilidade de fazê-lo;

II - pelo transportador, quando não for firmado pelo contratante.

Parágrafo único. As condições do seguro de transporte rodoviário de cargas


obedecerão à legislação em vigor.

Não confunda este seguro RCTR C com o conhecido DPVAT, que é dirigido a
todo e qualquer veículo automotor de via terrestre, e diz respeito às leis de
trânsito, e não à legislação específica do Transporte Rodoviário de Cargas
Decreto Nº 45490 DE 30/11/2000

Aprova o Regulamento do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de


Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.
90
5.4 - Legislação do Operador de Transporte Multimodal

Decreto nº 1.563, de 19 de julho de 1995

Dispõe sobre a execução do Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do


Transporte Multimodal de Mercadorias entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai

Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998

Dispõe sobre o Transporte Multimodal de Cargas e dá outras providências.

Decreto 3.411, de 12 de abril de 2000

Regulamenta a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998

Decreto nº 5. 276, de 19 de novembro de 2004

Altera os Artigos 2º e 3º do Decreto nº 3.411, de 12 de abril de 2000

Resolução º 794, de 22 de novembro de 2004

Dispõe sobre a habilitação do Operador de Transporte Multimodal, de que


tratam a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1988, e o Decreto º 1.563, de 19
de julho de 1995.

Para exercer a atividade de Operador de Transporte Multimodal, serão


necessários a habilitação prévia e o registro junto à ANTT

Para inscrever-se, o interessado deverá apresentar à ANTT:

1 - Requerimento para Habilitação do OTM

2 - Para sociedade comercial: Ato Constitutivo ou Contrato Social;

Para sociedade por ações: Estatuto Social, Documento de Eleição e Termo de

91
Posse dos Administradores; ou, Para firma individual: Registro Comercial.
3 - Inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ.

4 – Se houver solicitação para transporte entre países do Mercosul, incluir a


apresentação de comprovação de patrimônio mínimo em bens ou
equipamentos equivalente a 80.000 DES ou aval bancário ou seguro de
caução equivalente.

5.5 Movimentação, acondicionamento e embalagem

A MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL tem como objetivo a separação das cargas


de acordo com as necessidades dos clientes, ou de transportar um material
em processamento, ou pode também, implicar na realização de operações
em outros pontos que irão redistribuir estas mercadorias.

PRINCIPAIS ATIVIDADES DA MOVIMENTAÇÃO são:

• Recebimento – Mercadorias e materiais chegam normalmente ao


depósito em quantidades maiores do que as expedidas
• Manuseio Interno – Inclui toda e qualquer movimentação dos
produtos dentro do armazém
• Expedição – Consiste basicamente na verificação e no carregamento
das mercadorias nos veículos
EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO

 Veículos motorizados
 Veículos não motorizados
CLASSIFICAÇÃO DOS ARMAZÉNS pode ser de:

1. Armazéns destinados para apoiar as operações das manufaturas,


destinados à guarda de matérias-primas e insumos.
92
2. Armazéns compostos, usados para estocar as matérias-primas e
insumos destinados à produção, e também para armazenar produtos
acabados
3. Armazéns de consolidação são destinados à expedição dos produtos
recebidos de vários fornecedores, com cargas combinadas de acordo
com as exigências dos clientes
SISTEMAS DE ARMAZENAGEM São os equipamentos utilizados para arrumar
as matérias-primas ou produtos acabados, seja manualmente, ou utilizando
equipamentos de movimentação de materiais como, por exemplo,
empilhadoras e porta-palétes (estantes).

Existem vários tipos de sistemas de armazenagem, que devem ser utilizados


conforme o tipo de produto para armazenar ou pela área disponível,
compostos de estruturas (estantes)

TIPOS DE ESTANTES

Sistema CONVENCIONAL PARA PALETES - É uma estrutura pesada, para o


acesso direto e unitário a cada pallet, colocados e retirados individualmente
pelas empilhadeiras

Sistema para PALETES COMPACTA DRIVE-IN ou DRIVE-THROUGH


Armazenagem por acumulação que facilita a máxima utilização do espaço
disponível, separadas por corredores para ter acesso às mercadorias,
sinalizados para facilitar a operação

Sistema para PALETE DINÂMICA (sistema muito parecido com o push-back)


possui um bom apoio dos paletes nos roletes, ideal para armazéns de
produtos perecíveis, aplicável a qualquer setor da indústria e distribuição

Sistema para PUSH-BACK é por acumulação que permite armazenar até


quatro pallets em profundidade a cada nível.

93
Sistema para CANTILEVER - para a armazenagem de unidades não
paletizadas, como carga de grande longitude ou com medidas variadas, ideal
para materiais de grande comprimento

A EMBALAGEM busca proteger o conteúdo, informar sobre suas condições de


manipulação, exibir os requisitos legais como composição, ingredientes, além
de divulgar produto.

Suas principais funções são de utilidade, eficiência de manuseio, proteção


contra avarias e proteção ambiental

Existem diversos tipos de materiais usados para acondicionar as mercadorias,


e os mais usados são: “papelões, plásticos, isopores, madeiras”

PAPELÃO - protege o conteúdo de choques, e permite empilhar essas


mesmas caixas.

PLASTICO BOLHA - Como Isopor, o plástico bolha é usado para


acolchoamento dos produtos

MADEIRA oferece uma boa resistência mecânica, e forma de montagem


destas embalagens é possível produzi-las eficientes e com baixo custo,
quando usadas sobras de material

CONTÊINERES: é a forma de embalagem mais usada para transporte a longas


distâncias

5.6 Normas sanitárias e de segurança no manuseio e armazenamento de


cargas

No Brasil, há diversos órgãos que regulamentam o transporte de amostras


biológicas e perigosas e no caso do Transporte rodoviário, é a ANTT quem
regulamenta através das Resoluções n.os 420/04 e 3.665/11

94
De acordo com a ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária , o
transportador que efetuar transporte de material biológico humano deve
contar com condições adequadas de higiene e limpeza, bem como dispor de
mecanismo que assegure a integridade da embalagem terciária e do material
biológico transportado, atendendo aos requisitos legais do Conselho Nacional
de Trânsito (Contran) e da ANTT.

5.6 Normas sanitárias e de segurança no manuseio e armazenamento de


cargas

Tenha cuidado com a Segurança e higiene no transporte a arrumação carga,


fique atento à:

 temperatura em que os produtos estão sendo transportados,

 se eles não estão em locais úmidos ou expostos ao sol e

 se a embalagem de algum produto não está violada.

Segurança e higiene no transporte a arrumação carga

- Receba o máximo possível em unidades de carga paletizadas;

- Evite a movimentação manual;

- nunca empilhe nada diretamente sobre o piso;

- o peso das embalagens movimentadas manualmente não deve ser


maior do que 20 Kg;

- elimine ou reduza as improvisações nas suas atividades;

- os equipamentos não devem trabalhar acima de sua carga máxima.

95
5.7 Normas de movimentação, acondicionamento e embalagem de
produtos

Regras da armazenagem

 Mantenha espaço suficiente para manobrar com segurança os


equipamentos de movimentação;

 Mantenha o armazém limpo e arrumado

 Estabeleça fluxos adequados e sinalize-os no chão com tinta, de forma


visível, a fim de reduzir os riscos de acidentes

 Indique em local visível as alturas de empilhamento, conforme os tipos


de carga;

 Mantenha as áreas de armazenagem bem iluminadas

 Certifique-se que as áreas de segurança são mantidas livres, para o


combate a incêndio

 Armazene cargas grandes, irregulares ou pesadas próximas das portas;

5.8. Organização e controle da operação de transporte em terminais de


cargas

Organização e controle da operação de transporte em terminais de cargas


em armazéns, supervisão de embarque e desembarque de cargas

Independente do modal, os terminais de carga são áreas de recepção e


expedição de mercadorias e produtos, cujos procedimentos operacionais
para embarque e desembarque se adequam à natureza do material que será
deslocado e ao veículo de transporte que fará o deslocamento.

96
Por isso, conhecer as principais operações envolvidas com nos terminais de
cargas é imprescindível para oferecer um serviço de qualidade ao seu cliente.

5.8. Organização e controle da operação de transporte em terminais de


cargas

Um terminal efetua uma ou mais das operações, e a partir da chegada da


carga ao terminal seriam:

• recepção da carga,

• verificação da documentação e integridade ,

• autorização de ingresso ao terminal, conforme a modalidade;

• pesagem de controle,

• classificação do produto,

• armazenagem,

• retirada para embarque

• contrapesagem e controle, por estimativa, amostragem ou


automática;

• manejo e carregamento,

• emissão de conhecimento de embarque e anexos;

• despacho do(s) veículo(s) para a operação de transporte.

97
5.9 - Processos de armazenamento de produtos e materiais

A armazenagem de materiais representa um importante papel no processo


logístico das empresas

E o local em que ocorre esta armazenagem também pode ser chamado de


centro de distribuição ou apenas CD.
O recebimento de matérias é a fase inicial do processo de estocagem com a :

• conferência dos materiais em relação à nota fiscal

• a mercadoria recebida é redirecionada

• e unitização de cargas

• alocação ao seu ponto de guarda

• expedição ocorre o embarque e movimentação do produto ao cliente

5.10 - Noções de Gestão do Transporte

A gestão de transportes é parte essencial de um sistema logístico,


responsável pelos fluxos de matéria prima e produto acabado entre todos os
elos da cadeia logística.

Desta forma, um bom gerenciamento de transportes pode garantir melhor


lucratividade para a empresa, através de:

• redução de custos,
• uso mais racional dos ativos,
• bom nível de serviço para os clientes,
• aumento da disponibilidade de produtos,
• redução no tempo de entrega, entre outros benefícios

98
E para alcançar todos estes benefícios, alguns sistemas de operação são
utilizados como:

SISTEMA UM PARA UM - um remetente e um destinatário que pode ocorrer


com transferência entre duas unidades, único tipo de mercadoria ou vários
tipos de mercadoria ou lotação completa com distâncias variáveis

SISTEMA COMPARTILHADO:

 Um remetente, vários destinatários


 Vários remetentes, um destinatário
 Vários remetentes, vários destinatários.
5.11 Administração da Frota

Administração da frota, é o processo de administrar as operações do dia a


dia, relacionadas à frota de veículos, desde o controle das manutenções,
abastecimentos, pneus, estoques de peças de reposição, até a documentação
dos veículos e lubrificações.

A frota pode ser própria, terceirizada, ou através de cooperativas

Hoje no mercado existem diversos softwares que gerenciam o conserto e


manutenção de veículos, visando reduzir o tempo ocioso do veículo, o tempo
de trabalho e o custo global

A necessidade de um plano de manutenção a curto prazo pode variar de


alguns dias até meses, visando a adoção de políticas de manutenção
apropriadas para as operações de:

• reparo,
• substituição
• e recondicionamento dos sistemas e componentes
99
Este plano de manutenção deve estar em conformidade com a estratégia de
controles de recursos adotada pela empresa, uma vez que o custo de
manutenção influencia sensivelmente sua operação de transporte

5.12 Importância e tipos de manutenção de frota

A manutenção pode ser preditiva, corretiva, operativa e preventiva, porém


as mais usadas são a corretiva e preventiva:

I. Manutenção preventiva - em intervalos pré-fixados, em que pode


ocorrer substituição individual, ou em grupo de componentes

II. Manutenção corretiva é a reparação do equipamento ou do veículo


após sua quebra ou avaria.

III. Manutenção operativa correta condução do veículo, a inspeção dos


seus instrumentos e indicadores, a verificação dos níveis de água e
óleo

IV. Manutenção de oportunidade (preditiva), busca evitar o


agravamento de problemas e falhas operacionais que podem
demandar um tempo longo de manutenção

5.13 - Parâmetros de depreciação e renovação da frota

O Transporte de Carga Rodoviário, no Brasil, chama a atenção por faturar


bilhões e movimentar 2/3 do total de carga do país, e do ponto de vista
gerencial, a depreciação pode ser imaginada como o capital que deveria ser
reservado para a reposição do bem, ao fim de sua vida útil

Depreciação é considerada a perda efetiva do valor comercial do veículo no


mercado, trata-se de um custo fixo!

Uma das dúvidas é quando renovar os veículos, porque é difícil precisar uma
data ou um prazo específico, já que há muitos fatores envolvidos na questão
100
Por isso, é importante analisar os detalhes que envolvem cada veículo, antes
de tomar uma decisão definitiva, primeiramente avaliando os gastos com a
manutenção

5.14. Adequação de veículos e equipamentos

Base Legal - DECRETO Nº 96.044, DE 18 DE MAIO DE 1988

Equipamentos de transporte: compreendem contêineres de carga,


contêineres-tanque e tanques portáteis.

Equipamentos para transporte de produtos perigosos a granel: conteineres-


tanque, tanques, caminhão tanques e tanques portáteis

Equipamentos de porte obrigatório, as unidades de transporte carregadas


com produtos perigosos devem portar os equipamentos para situações de
emergência de acordo com o disposto na Norma ABNT NBR 9735 - Conjunto
de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos
perigosos detalhado abaixo:

a. calços, na quantidade descrita na Tabela abaixo, com dimensões mínimas


de 150 mm x 200 mm x 150 mm;

- Quantidade de calços por unidade de transporte

b. jogo de ferramentas adequado para reparos em situações de emergência


durante a viagem, contendo no mínimo, alicate universal; chave de fenda ou

101
Philips (conforme a necessidade) e chave apropriada para a desconexão do
cabo da bateria; c. dispositivos para isolamento da área:

i. fita (largura mínima de 70 mm), de qualquer cor (exceto transparente) de


comprimento mínimo compatível com as dimensões da unidade de
transporte, conforme Tabela 8;

ii. dispositivos para sustentação da fita, de modo que esta não toque o solo e
seja possível o isolamento da unidade de transporte, a uma distância segura,
na quantidade estabelecida na Tabela abaixo, podendo ser tripés, cones,
cavaletes ou outros tipos de dispositivos. Não confundir o cone na função de
dispositivo para sustentação da fita utilizada para isolamento com o cone
para sinalização; e

- Comprimento mínimo da fita e quantidade mínima de dispositivos para


isolamento

iii. material para advertência composto de quatro placas autoportantes com


dimensões mínimas de 340 mm x 470 mm, com a inscrição “PERIGO -
AFASTE-SE”

c. dispositivos para sinalização: quatro cones para sinalização da via.

d. dispositivos complementares:

i. uma lanterna. No caso de transporte de produto a granel cujo risco


principal ou subsidiário seja inflamável ou explosivo, a lanterna deve ser
apropriada para uso em locais sujeitos a fogo e/ou explosão em presença de

102
gases, vapores e líquidos, e passíveis de sofrer ignição pela presença de
faíscas, como, por exemplo, lanterna à prova de explosão ou lanterna de
segurança aumentada combinada com segurança intrínseca, podendo ser
nacional ou importada, desde que atenda à legislação aplicável; e

ii. extintor(es) de incêndio para a carga, de acordo com as exigências

Para o transporte de produtos perigosos sólidos de qualquer uma das classes


de risco, é obrigatório portar também pá, e lona totalmente impermeável,
resistente ao produto, de tamanho mínimo de 3 m x 4 m, para recolher ou
cobrir o produto derramado. Para o transporte de produtos perigosos sólidos
da classe de risco 1 (explosivos), as unidades de transporte devem portar pá
e enxada de fibra de vidro ou similar. Os produtos explosivos devem ser
transportados em unidades de transporte com carroçaria fechada, sendo
permitido o transporte em carroçaria aberta desde que a carga esteja
coberta com lona.

Para o transporte de óxido de etileno a granel, além dos equipamentos


citados acima, e do detalhamento do conjunto de equipamentos para
emergência, as unidades de transporte devem portar:

a. um explosímetro portátil calibrado para metano;

b. nitrogênio em proporção mínima de 0,7 Nm3 (normais metros cúbicos),


para cada 1000 L em capacidade de tancagem do equipamento de
transporte;

c. duas chaves de boca de 27 mm (1” 1/16);

d. duas juntas de politetrafluoretileno (PTFE) de 50,8 mm (2”);

e. duas chaves de boca de 22 mm (7/8”);

f. duas juntas de politetrafluoretileno (PTFE) de 43,1 mm (1” 1/2); e

g. dispositivos para sinalização e comunicação: duas sinaleiras à bateria com


luz âmbar intermitente e radiotransmissor/receptor na cabina.

103
Para o transporte de ácido fluorídrico, além dos equipamentos citados nas
alíneas de a) a e) do detalhamento do conjunto de equipamentos para
emergência, as unidades de transporte devem portar, conforme a ABNT NBR
10271:

a. ferramentas para o reparo de válvulas do tanque de carga, não se


aplicando aos contêiner-tanque Kit para ácido fluorídrico (HF);

b. uma lanterna hermética; c. dispositivos para contenção de


derramamentos: enxada e pá; d. dispositivos de primeiros socorros (em
recipientes apropriados como caixa, estojo, etc. e higienizados):

i. dois pares de luvas cirúrgicas estéreis;

ii. cinco ampolas 10 cc de gluconato de cálcio a 10 %;

iii. duas seringas (capacidade mínima 10 cc) descartáveis;

iv. um pote contendo pasta de gluconato de cálcio gel a 2,5 % com ou sem
xilocaína;

v. 1 L de solução de gluconato de cálcio a 1 %; vi. um rolo de esparadrapo


(mínimo 10 cm x 4,5 cm);

vii. um rolo de atadura de gaze (largura mínima 9 cm);

viii. um rolo de atadura de crepe (largura mínima 10 cm);

ix. uma caixa de algodão (mínimo 100 g); x. uma tesoura; e

xi. um guia de primeiros socorros e tratamento médico ( devem ser colocados


dentro do envelope para transporte juntamente com a ficha de emergência.

Os equipamentos devem estar em local de fácil acesso e fora do


compartimento de carga, podendo estar lacrados e/ou acondicionados em
locais com chave, cadeado ou outro dispositivo de trava a fim de evitar
roubo/furto dos equipamentos de emergência, com exceção dos extintores
de incêndio. Somente para unidades de transporte com capacidade de carga

104
de até 3 t, os equipamentos podem ser colocados no compartimento de
carga, próximos a uma das portas ou tampa, não podendo ser obstruídos
pela carga

Todos os equipamentos devem estar em condições adequadas de uso. Tais


condições referem-se tanto as características inerentes aos próprios
componentes, como prazo de validade, Manual de Procedimentos de
Fiscalização do TRPP 95 limpeza e integridade, assim como se estão
armazenados no local e de maneira adequados. Não obstante, o fiscal deve
orientar o condutor do veículo a manter os equipamentos para situação de
emergência em locais de fácil e imediato acesso, pois são imprescindíveis
para a sua própria segurança.

Estão isentas do porte dos equipamentos para situação de emergência,


exceto extintores de incêndio para o veículo e para a carga, se está o exigir,
as expedições de embalagens vazias e não limpas, de produtos perigosos em
quantidade limitada por unidade de transporte, , e as de produtos perigosos
em distribuição para venda no comércio varejista.

Caso o conjunto de equipamentos exigidos esteja incompleto, este deve ser


considerado ausente.

DA FISCALIZAÇÃO

A fiscalização para a observância das exigências aplicáveis ao transporte


rodoviário de produtos perigosos pode ser realizada tanto pela ANTT com
pelas autoridades competentes com circunscrição sobre a via por onde
transitar o veículo transportador.

A fiscalização compreende a verificação:

a. dos documentos de porte obrigatório;

b. da adequação da sinalização dos equipamentos e unidades de transporte e


da identificação dos volumes em relação aos produtos especificados no
documento fiscal para transporte;

105
c. da existência de vazamento no equipamento de transporte de carga a
granel ou, se tratando de carga expedida de forma fracionada, sua estivagem
e estado de conservação das embalagens;

d. das características técnicas e operacionais e do estado de conservação dos


veículos e equipamentos de transporte;

e. do porte e do estado de conservação do conjunto de equipamentos para


situações de emergência e dos EPIs; e

f. da adequação das demais exigências, como unidades de transporte


autorizadas e segregação entre os produtos.

Fonte: Manual de Procedimentos de Fiscalização do TRPP – www.antt.gov.br

5.15 - Adequação e manutenção de instalações operacionais

Antes de procurar um imóvel para realizar a atividade econômica de


transporte rodoviário de cargas, você deverá observar os seguintes detalhes:

a) Certifique-se de que o imóvel em questão atende as suas


necessidades operacionais quanto:

• à localização,
• capacidade de instalação,
• características da vizinhança
• facilidade de acesso,
• se possui estacionamentos para veículos,
• local para carga e descarga de mercadorias
• se possui serviços de transporte coletivo
b) Se o imóvel está situado em local sujeito à inundações ou próximos
às zonas de risco.

106
c) Se o imóvel está legalizado e regularizado junto aos órgãos públicos
municipais
d) Confira a planta do imóvel aprovada pela Prefeitura e suas alterações

5.16 - Papel da empresa ou cooperativa de transporte de cargas dentro da


cadeia logística

Tanto as Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC como as


Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas – CTC vêm buscando atingir
um diferencial competitivo no mercado

Dentre as iniciativas para aprimorar suas atividades de transporte, destacam-se os


investimentos realizados em tecnologia de informação, que objetivam fornecer às
empresas melhor planejamento e controle da operação, assim como a busca por
soluções intermodais que possibilitem uma redução significativa nos custos

5.17 -. Documentos fiscais para transporte, nacional e internacional

Para que a empresa de transporte rodoviário possa atuar no transporte


internacional de mercadorias, faz-se necessário obter junto as autoridades do
país onde possuir sua matriz uma autorização denominada de documento de
idoneidade.
Ao contratar uma empresa de transporte o conhecimento de embarque é o
documento que formaliza o negócio e deve ser emitido pela transportadora.
O conhecimento pode ser de âmbito nacional ou internacional, onde,
evidentemente, existem diferenças entre este e aquele.
CONHECIMENTO DE EMBARQUE em âmbito internacional é emitido
geralmente em três vias originais, com um número variado de cópias,
conforme a necessidade do importador e exportador. O documento
corresponde ao título de propriedade da mercadoria e pode ser consignado
ao importador, sendo, neste caso, inegociável. Pode também ser consignado
ao portador, sendo, neste caso, negociável.

107
Já no âmbito nacional a sua função é a mesma e o número de cópias varia
conforme a legislação nacional.

MIC/DTA - na realidade é a junção de dois documentos utilizados em âmbito


de transporte internacional. O MIC – Manifesto Internacional de Carga, no
mesmo norte dos demais modais, relaciona e individualiza a mercadoria que
está sendo transportada.
A DTA – Declaração de Trânsito Aduaneiro, é o documento que lastreia a
transferência dos trâmites aduaneiros de desembaraço da mercadoria de
uma zona aduaneira primária para uma secundária. A função desta
sistemática é descentralizar as atividades aduaneiras de fiscalização e
acelerar a liberação de mercadorias e veículos.
O MIC/DTA surge como união deste dois documentos e foi criado pelos
países signatários do acordo do MERCOSUL e posteriormente foi ratificado
pelos outros países que compõe o ATIT e tornou-se documento obrigatório
no transporte entre os países signatários e passou a ser exigido no despacho
aduaneiro.
AUTORIZAÇÃO PARA TRAFEGO INTERNACIONAL - Para que a empresa de
transporte rodoviário possa atuar no transporte internacional de
mercadorias, faz-se necessário obter junto as autoridades do país onde
possuir sua matriz uma autorização denominada de documento de
idoneidade.
No Brasil a licença de é obtida através do Departamento de Transportes
Rodoviários, órgão da Secretaria de Transportes Terrestres do Ministério dos
Transportes. No requerimento dirigido ao DTR o requerente deve relacionar
sua frota com os respectivos certificados de propriedades, entre outros
documentos.
A validade do certificado é por prazo indeterminado e não passível de
transferência a terceiros.

108
A licença (documento de idoneidade) deve ser obtida para cada país que se
deseja operar, assim sendo, deve-se ser confeccionado um pedido para cada
país.
PERMISSÃO COMPLEMENTAR - Além do documento de idoneidade a
empresa de transporte deverá requer a cada país que autorizar a trafegar
uma autorização complementar, conhecida como licença complementar, que
deve ser requerida até 120 dias da licença originária. Após a emissão da
licença complementar esta deve ser encaminhada ao DTR em até 30 dias de
sua emissão sob pena de cancelamento da originária.
A empresa de transporte rodoviário só estará autorizada a trafegar em
território internacional após a obtenção de ambas as licenças. O
cancelamento de quaisquer das licenças cancela automaticamente a outra.
Fonte: www.jus.com.br
DICA: Consulte no site ANTT o Manual de Procedimentos de Fiscalização do
Transporte Internacional de Cargas de Produtos Perigosos (151 PÁGINAS)

Como relacionar os diversos tipos de documentos fiscais exigidos para as


várias modalidades de transporte, nacional e internacional, e para os vários
tipos de cargas.
O transporte rodoviário pode ser realizado em território nacional ou
internacional, inclusive utilizando estradas de vários países na mesma
viagem.

E dentre todos os modais de transporte, o rodoviário, é o mais adequado


para o transporte de mercadorias, quer seja internacionalmente na
exportação, ou na importação, ou no transporte nacional

Para embarque para o exterior - documentos necessários são:

109
Nota Fiscal - A nota fiscal deve acompanhar a mercadoria desde a saída do
estabelecimento até a efetiva liberação junto à Receita Federal do Brasil -
RFB. Ela precisa acompanhar o produto somente no trânsito interno.

Registro de Exportação – RE - Documento eletrônico emitido e preenchido


no SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior), diretamente pelo
próprio exportador ou pelo seu representante legal. Tem a finalidade de
registrar a operação para fins dos controles governamentais nas áreas
comercial, fiscal, cambial e aduaneira.

Romaneio de Embarque (Packing List) Documento emitido pelo exportador


para o embarque de mercadorias que se encontram acondicionadas em mais
de um volume ou em um único volume que contenha variados tipos de
produtos.

É necessário para o desembaraço da mercadoria e para a orientação do


importador quando da chegada dos produtos no país de destino.

O Romaneio nada mais é do que uma simples lista relacionando uma


descrição detalhada dos produtos a serem embarcados (volumes e
conteúdos).

Conhecimento de Embarque (Bill Of Lading - B/L) Documento emitido pela


companhia transportadora que atesta o recebimento da carga, as condições
de transporte e a obrigação de entrega das mercadorias ao destinatário legal,
no ponto de destino pré-estabelecido, conferindo a posse das mercadorias.

É, ao mesmo tempo, um recibo de mercadorias, um contrato de entrega e


um documento de propriedade, constituindo assim um título de crédito.

Já no âmbito nacional a sua função é a mesma, e o número de cópias varia


conforme a legislação nacional.

110
Este documento recebe denominações de acordo com o meio de transporte
utilizado:

 Conhecimento de Embarque Marítimo (Bill of Lading - B/L)


 Conhecimento de Embarque Aéreo (Airway Bill - AWB)
 Conhecimento de Transporte Rodoviário (CRT)
 Conhecimento de Transporte Ferroviário (TIF/DTA)

A Instrução Normativa DpRF N0 56, de 23/Agosto/1991 (D.O.U.27/08/91),


instituiu o Manifesto Internacional de Carga Rodoviária / Declaração de Trânsito
Aduaneiro - MIC/DTA, e estabeleceu Normas para sua emissão e utilização

MANIFESTO INTERNACIONAL DE CARGA RODOVIÁRIA/DECLARAÇÃO -

O Manifesto Internacional de Carga Rodoviária/Declaração de Trânsito


Aduaneiro (MIC/DTA) é que ampara cargas em trânsito aduaneiro
internacional de entrada ou de passagem, conforme estabelecido em acordo
internacional.

É importante destacar que o MIC/DTA é obrigatório em viagens


internacionais no tráfego bilateral Brasil/países do Mercosul e a sua utilização
foi estendida aos demais países do Cone Sul pelo Acordo de Transporte
Internacional Terrestre; constitui-se em documento necessário aos
despachos aduaneiros de importação, exportação e de regimes aduaneiros
especiais, quando as mercadorias tiverem sido objeto de transporte
internacional rodoviário.

Observe que o preenchimento pode ser feito em português ou espanhol e a


sua impressão pode ser feita pelas empresas transportadoras habilitadas
interessadas ou por entidades de classe dessas empresas, a partir de fotolitos
a serem obtidos, por empréstimo, junto à RFB.

111
É importante destacar que o preenchimento poderá ser feito por
processamento eletrônico, inclusive a sua impressão no momento do
preenchimento, desde que mantidos os modelos aprovados.

Anote que quando utilizado com a função de acobertar operação de trânsito


aduaneiro internacional, o MIC/DTA deve ser instruído com o conhecimento
de carga, a nota fiscal e a fatura comercial.

Saiba que a empresa transportadora é responsável pela comprovação da


conclusão do trânsito aduaneiro internacional e que a comprovação deve ser
efetuada, junto à alfândega de origem, até dez dias após a conclusão da
operação de trânsito, mediante a apresentação da cópia destinada à torna-
guia devidamente assinada pelo representante autorizado da alfândega de
conclusão do trânsito aduaneiro internacional.

Convém lembrar que o eventual transbordo necessário à continuação da


operação de trânsito somente poderá ser realizado com a prévia autorização
da RFB jurisdicionante do local onde ocorrer o transbordo.

Note que o desembaraço aduaneiro de veículos de transporte internacional,


ao amparo do MIC/DTA, será procedido nos pontos de entrada no território
nacional, mediante verificação da integridade dos elementos de segurança
aplicados e, a critério da autoridade aduaneira, com aplicação de novos
lacres, prescindindo-se do encaminhamento do veículo ao porto seco
vinculado àquela zona primária Fonte http://www.pibernat.com.br

5.18 - Planejamento e acompanhamento de escalas de trabalho

O conceito de escala de trabalho refere-se à maneira como cada empresa


organiza a jornada de trabalho, visando maior produtividade.

112
Por este motivo, as escalas variam de acordo com as necessidades do
empregador e as determinações estabelecidas pelo sindicado de cada categoria.

Para organizar a escala de trabalho de maneira eficiente, alguns pontos


devem ser levados em consideração, lembrando de atualizar os dados com
frequência, assim o planejamento será mais eficiente.

Nesta etapa, tenha conhecimento em Leis Trabalhistas referentes a Repousos


Semanais, descansos intra e inter jornadas da CLT, Constituição Federal e da
nova Lei do Caminhoneiro - Lei 13.103/2015.

E, levando-se em conta a A Lei nº 13.103 – Lei do Caminhoneiro (leia mais em


2.2. Legislação )

 A jornada diária será de 8 horas, admitindo-se a prorrogação por até 2


horas extraordinárias ou,
 se previsto em convenção ou acordo coletivo, por até 4 horas extraordinárias.
 Será considerado trabalho efetivo o tempo em que o motorista estiver à
disposição do empregador, excluídos os intervalos para refeição,
repouso e descanso e o tempo de espera.
 O motorista tem direito a intervalo mínimo de 1 hora para refeição, e
esse período pode coincidir com o tempo de parada obrigatória.
 É proíbido ao motorista dirigir por mais de 5 horas e meia ininterruptas.
 A cada 6 horas na condução do veículo, estão previstos 30 minutos para
descanso. Em situações excepcionais, o tempo de direção poderá ser
elevado pelo período necessário para que o condutor chegue a um lugar
que ofereça segurança.
 Dentro do período de 24 horas, são asseguradas 11 horas de descanso,
podendo ser fracionadas, e podem englobar os períodos de parada
obrigatória, desde que seja garantido o mínimo de 8 horas ininterruptas
no primeiro período e o gozo do restante dentro das 16 horas seguintes.
 Nas viagens de longa distância, em que o caminhoneiro fica fora da base
da empresa e de sua residência por mais de 24 horas, o repouso diário
pode ser feito no veículo ou em alojamento com condições adequadas.
113
 Nos casos em que o empregador adotar 2 motoristas trabalhando no
mesmo veículo, o tempo de repouso poderá ser feito com o veículo em
movimento, assegurado o repouso mínimo de 6 horas consecutivas fora
do veículo em alojamento externo ou, se na cabine leito, com o veículo
estacionado, a cada 72 horas.
 Não é permitida a cobrança ao motorista ou seu empregador pelo uso
ou permanência em locais de espera sob a responsabilidade do
transportador, embarcador ou consignatário de cargas; operador de
terminais de cargas; aduanas; portos marítimos, lacustres, fluviais e
secos; terminais ferroviários, hidroviários e aeroportuários.

5.19 - Qualificação e treinamento profissional de funcionários e prestadores


de serviços

LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007

Art. 8o O transportador é responsável pelas ações ou omissões de seus


empregados, agentes, prepostos ou terceiros contratados ou subcontratados
para a execução dos serviços de transporte, como se essas ações ou
omissões fossem próprias.

RESOLUÇÃO Nº 4.799, DE 27 DE JULHO DE 2015

§ 1º O Responsável Técnico responde solidariamente com a ETC ou CTC pela


adequação e manutenção de veículos, equipamentos e instalações, bem
como pela qualificação e treinamento profissional de seus empregados e
prestadores de serviço.

As pessoas são, sem dúvida, a parte mais importante de uma empresa,


porque representam a empresa para os clientes!

Por isto, a necessidade de qualificação destes profissionais e de todos os


envolvidos, para o melhor desempenho do setor.

114
Assim, através do treinamento profissional, o colaborador adquire características
de pro atividade, conhecimento sobre as necessidades específicas da empresa,
do setor e, até mesmo, estar preparado para capacitar outras pessoas.

Benefícios causados pela capacitação de funcionários e prestadores de serviços:

• Redução de custos;
• Ambiente de trabalho agradável;
• Diminuição na rotatividade de pessoal;
• Entrosamento entre os funcionários;
• Empresa mais competitiva.
• Elevação na produtividade

Investir na capacitação e treinamento dos funcionários da sua empresa, é


investir no SUCESSO do seu negócio.

Infelizmente, poucas empresas desenvolvem programas de treinamento


diferenciado que contemplem uma formação ampla, abordando conteúdos
técnicos, comportamentais e práticos sem seus programas pedagógicos

Em pesquisa para levantamento das necessidades de treinamento dos


motoristas, e como esta atividade afeta a empresa, percebe-se a necessidade de
treinamento para:

 Imagem da empresa perante o cliente


 Condução da carga e da descarga
 Otimização de custos (economia de combustível, manutenção do
caminhão, diminuição de multas)
 Assumir maiores responsabilidades com a manutenção do veículo e
documentação da carga
 Cidadania no trânsito – diminuição de acidentes
 Melhor desempenho na direção defensiva
 Maior comprometimento com a Saúde

115
Sem contar a necessidade de aprovação em cursos específicos como pré-
requisito para a contratação dos motoristas como por exemplo:

 Curso para Condutores de Veículos de Transporte de Produtos Perigosos -


MOPP
 Código de Trânsito Brasileiro
 Segurança nas estradas
 Direção Defensiva
 Condução Econômica
 Gerenciamento de risco
 Procedimentos operacionais específicos
 Relacionamento Interpessoal
 Mecânica
 Higiene e saúde
 Cursos motivacionais
 Atendimento ao Cliente, entre outros conforme o perfil da empresa

Resultados esperados após treinamento dos motoristas, dentre eles


podemos citar:

 Redução de acidentes
 Melhoria no atendimento ao cliente
 Redução no consumo de combustível
 Diminuição de avarias e roubo de cargas
 Aumento do cumprimento de procedimentos internos
 Melhora a higiene e apresentação pessoal do motorista

116
ENDEREÇOS ÚTEIS
Agência Nacional de Transporte Terrestres – ANTT www.antt.gov.br

Polícia Rodoviária Federal – PRF https://www.prf.gov.br/

Departamento nacional de infra-estrutura de transportes (DNIT)


www.dnit.gov.br

Departamento estadual de trânsito (DETRAN) www.detran.sp.gov.br/

Conselho nacional de trânsito (CONTRAN)


www.denatran.gov.br/contran.htm

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA


www.agricultura.gov.br/

Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA www.portal.anvisa.gov.br

Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br

Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo: www.pfe.fazenda.sp.gov.br

Prefeitura Municipal de São Paulo: www.prefeitura.sp.gov.br/

Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo


www.polmil.sp.gov.br/ccb/pagina3.html;

Departamento Nacional de Registro de Comércio - DNRC - Registro na Junta


Comercial dos Estados: www.dnrc.gov.br/

Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP: www.jucesp.sp.gov.br

Poupatempo - São Paulo: www.poupatempo.sp.gov.br;

Procon - São Paulo: www.procon.sp.gov.br/;

117
NORMAS E REGULAMENTOS - na Íntegra
SUMÁRIO
Resolução ANTT Nº 4799 DE 27/07/2015 Publicado no DO em 30 jul 2015

Fonte: www.antt.org,br .......................................................................... 120

Decreto 96044 de 18.05.1988


Fonte - http://www.planalto.gov.br ............................................................. 145

NBR 7500 das Normas Brasileiras para o Transporte Terrestre de Produtos


Perigosos Fontes: www.antt.org,br e
http://www.terraconsult.com.br/NBR%207500.pdf ........................................ 168

LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007


Fonte: www.planalto.gov.br ......................................................................... 169

LEI Nº 10.209 de 23 de março de 2001


Fonte - http://www.planalto.gov.br ............................................................. 179

LEI Nº 10.561 de 13 de novembro de 2002


Fonte - http://www.planalto.gov.br ............................................................. 183

RESOLUÇÃO ANTT Nº 2.885 de 23 de setembro de 2008


Fonte - http://www.antt.gov.br e http://www.planalto.gov.br ................. 186

LEI Nº 13.103, DE 2 DE MARÇO DE 2015


Fonte - http://www.planalto.gov.br ............................................................. 198

RESOLUÇÃO ANTT nº 4.898 de 13 de outubro de 2015


Fonte - http://www.antt.gov.br.................................................................... 219

118
Resolução ANTT nº3658 de 19 de abril de 2011
Fonte: http://www.antt.gov.br ..................................................................... 220

RESOLUÇÃO Nº 1474, DE 31 DE MAIO DE 2006


Fonte: http://www.antt.gov.br ..................................................................... 244

RESOLUÇÃO Nº 3.665/11, DE 4 DE MAIO DE 2011


Fonte: http://www.antt.gov.br ................................................................ 254

RESOLUÇÃO Nº 420, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2004


Fonte: http://www.antt.gov.br ................................................................ 275

Art. 328 a 337-A CÓDIGO PENAL - CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR


CONTRA A ADMIN. GERAL Fonte: http://www.planalto.gov.br ................. 277

LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997


Fonte: www.planalto.gov.br/
http://www.denatran.gov.br/ 708 páginas............................................... 284
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006
Fonte: www.denatran.gov.br/ ...................................................................... 291

RESOLUÇÃO Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009


Fonte: www.denatran.gov.br/ ................................................................. 303

RESOLUÇÃO N. 349 DE 17 DE MAIO DE 2010


Fonte: www.denatran.gov.br/................................................................ 306

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 552, DE 17 DE SETEMBRO 2015


Fonte: www.denatran.gov.br/ ................................................................. 311

119
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 520, 29 de JANEIRO de 2015
Fonte: www.denatran.gov.br/ ...................................................................... 319

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 547 de 19 de agosto de 2015


Fonte: www.denatran.gov.br/ ..................................................................... 323

RESOLUÇÃO Nº 211 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006


Fonte: www.denatran.gov.br/ ................................................................. 330

AJUSTE SINIEF 21, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2010


Fonte: https://mdfe-portal.sefaz.rs.gov.br................................................... 336

Resolução Nº 794, De 22 De Novembro De 2004


Fonte : http://www.antt.gov.br ............................................................... 357

LEI No 10.233, DE 5 DE JUNHO DE 2001


Fonte: http://www.planalto.gov.br .............................................. 362 a 427

120
NORMAS E REGULAMENTOS - na íntegra
Resolução ANTT Nº 4799 DE 27/07/2015 - Publicado no DO em
30 jul 2015 - Fonte: www.antt.org,br

Regulamenta procedimentos para inscrição e manutenção


no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de
Cargas, RNTRC; e dá outras providências

A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, no uso de


suas atribuições, fundamentada no Voto DCN - 181, de 27 de julho de 2015, e
no que consta do Processo nº 50500.279104/2014-96,Resolve:

CAPÍTULO I

DAS DEFINIÇÕES

Art. 1º Esta Resolução tem como objetivo regulamentar os procedimentos


para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores
Rodoviários de Cargas - RNTRC.

Art. 2º Para fins deste Regulamento, considera-se:

I - arrendamento: contrato de cessão de uso do veículo de cargas, mediante


remuneração;

121
II - contratante: pessoa contratualmente responsável pelo pagamento do
frete ao transportador, para prestação do serviço de transporte rodoviário de
cargas;

III - Cooperativa de Transporte Rodoviário de Cargas - CTC: sociedade


simples, com forma e natureza jurídica própria, de natureza civil, constituída
para atuar na prestação de serviços de transporte rodoviário de cargas,
visando à defesa dos interesses comuns dos cooperados;

IV - dispositivo de identificação eletrônica: equipamento eletrônico, baseado


em padrão nacional, utilizado na identificação eletrônica de veículo
automotor de carga;

V - Documento Auxiliar de Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais -


DAMDFE: documento impresso, auxiliar de Manifesto Eletrônico de
Documentos Fiscais (MDF-e), instituído pelo Ajuste Sistema Nacional
Integrado de Informações Econômico-Fiscais, Ajuste SINIEF 21, de 10 de
dezembro de 2010 e alterações, utilizado para acompanhar a carga, para fins
de fiscalização;

VI - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas - ETC: pessoa jurídica


constituída por qualquer forma prevista em Lei que tenha o transporte
rodoviário de cargas como atividade econômica;

VII - expedidor: aquele que entrega a carga ao transportador para efetuar o


serviço de transporte sendo, no caso de subcontratação ou redespacho, o
transportador que entrega a carga para que outro transportador efetue o
serviço de transporte;

122
VIII - identificação eletrônica: identificação, por meio de tecnologia de
radiofrequência, do veículo automotor de carga cadastrado na frota do
transportador inscrito no RNTRC;

IX - implemento rodoviário: veículo rebocado acoplável a um veículo de


tração ou equipamento veicular complemento de veículo automotor
incompleto;

X - Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais - MDF-e: documento fiscal


digital que caracteriza a operação de transporte, instituído pelo Ajuste SINIEF
21/2010;

XI - motorista: profissional habilitado e condutor do veículo automotor de


carga;

XII - TAC-Auxiliar: motorista autorizado pelo Transportador Autônomo de


Cargas a conduzir o veículo automotor de carga de sua propriedade ou na sua
posse para o exercício da atividade de transporte rodoviário remunerado de
cargas;

XIII - subcontratação: contratação de um transportador por outro para


realização do transporte de cargas para o qual fora contratado;

XIV - Transportador Autônomo de Cargas - TAC: pessoa física que exerce,


habitualmente, atividade profissional de transporte rodoviário remunerado
de cargas, por sua conta e risco, como proprietária, coproprietária ou
arrendatária de até três veículos automotores de cargas;

XV - Transportador Rodoviário de Carga Própria - TCP: pessoa física ou


jurídica que realiza o transporte de carga própria;

123
XVI - Transportador Rodoviário Remunerado de Cargas - TRRC: pessoa física
ou jurídica que exerce a atividade econômica de transporte rodoviário de
cargas, por conta de terceiros e mediante remuneração;

XVII - transporte de carga própria: transporte não remunerado, realizado por


pessoa física ou jurídica, efetuado com veículos de sua propriedade ou na sua
posse, e que se aplique exclusivamente a cargas para consumo próprio ou
distribuição dos produtos por ela produzidos ou comercializados;

XVIII - transporte remunerado de cargas: transporte realizado por pessoa


física ou jurídica, com o objetivo de prestação do serviço de transporte a
terceiros, mediante remuneração, e

XIX - veículo automotor de carga: equipamento autopropelido destinado ao


transporte rodoviário de cargas ou a unidade de tração homologada para
tracionar implementos rodoviários em vias públicas.

CAPÍTULO II

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 3º O RNTRC é constituído por:

I - Transportador Rodoviário Remunerado de Carga - TRRC, e

II - Transportador Rodoviário de Carga Própria - TCP.

§ 1º Caracteriza-se transporte remunerado de carga quando o valor pago


pela remuneração do serviço de transporte esteja destacado no documento
fiscal.

124
§ 2º Caracteriza-se transporte de carga própria quando a Nota Fiscal da carga
tem como emitente ou como destinatário a empresa, a entidade ou o
indivíduo proprietário, o coproprietário ou o arrendatário do veículo
automotor de carga.

Art. 4º É obrigatória a inscrição e a manutenção do cadastro no RNTRC do


TRRC que atenda aos requisitos estabelecidos nesta Resolução para o
exercício da atividade econômica, de natureza comercial por conta de
terceiros e mediante remuneração em uma das seguintes categorias:

a) Transportador Autônomo de Cargas - TAC;

b) Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas - ETC, e

c) Cooperativa de Transporte Rodoviário de Cargas - CTC.

Art. 5º O transportador que detenha propriedade ou posse de veículo


automotor de carga registrado no órgão de trânsito na categoria "particular"
será considerado como Transportador de Carga Própria - TCP.

§ 1º É vedada ao TCP a cobrança de frete ou de qualquer valor discriminado


que caracterize a remuneração pelo transporte.

§ 2º As obrigações e penalidades aplicadas ao TRRC inscrito no RNTRC


previstas nesta Resolução não se aplicam ao TCP com exceção do disposto
nos incisos I e VII do Art. 36, desta Resolução.

§ 3º As informações do TCP serão automaticamente obtidas junto ao


DENATRAN.

CAPÍTULO III

125
DAS CONDIÇÕES PARA O REGISTRO DOS TRANSPORTADORES RODOVIÁRIOS
REMUNERADOS DE CARGAS

Seção I

Dos Requisitos para Inscrição e Manutenção no RNTRC

Art. 6º Para inscrição e manutenção do cadastro no RNTRC, o TRRC deve


atender aos seguintes requisitos, de acordo com as categorias:

I - Transportador Autônomo de Cargas - TAC:

a) possuir Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ativo;

b) possuir documento oficial de identidade;

c) ter sido aprovado em curso específico ou ter ao menos três anos de


experiência na atividade;

d) estar em dia com sua contribuição sindical, e

e) ser proprietário, coproprietário ou arrendatário de até três veículos


automotores de carga categoria "aluguel" na forma regulamentada pelo
CONTRAN.

II - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas - ETC:

a) possuir Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas - CNPJ ativo;

b) estar constituída como pessoa jurídica por qualquer forma prevista em Lei,
tendo o transporte rodoviário de cargas como atividade econômica;

c) ter sócios, diretores e responsáveis legais idôneos e com CPF ativo;

126
d) ter Responsável Técnico idôneo e com CPF ativo com, pelo menos, 3 (três)
anos na atividade, ou aprovação em curso específico;

e) estar em dia com sua contribuição sindical, e

f) ser proprietário ou arrendatário de, no mínimo, um veículo automotor de


carga categoria "aluguel", na forma regulamentada pelo CONTRAN.

III - Cooperativa de Transporte Rodoviário de Cargas - CTC:

a) possuir Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas - CNPJ ativo;

b) estar constituída na forma da Lei específica tendo a atividade de


transporte rodoviário de cargas como atividade econômica;

c) ter responsáveis legais idôneos e com CPF ativo;

d) ter Responsável Técnico idôneo e com CPF ativo com, pelo menos, três
anos na atividade, ou aprovação em curso específico;

e) comprovar possuir, por meio do Ato Constitutivo, no mínimo, vinte


cooperados;

f) ter registro na Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB ou na


entidade estadual, se houver, mediante apresentação dos estatutos sociais e
suas alterações posteriores, e

g) ser o cooperado proprietário, coproprietário ou arrendatário de pelo


menos um veículo automotor de carga categoria "aluguel", na forma
regulamentada pelo CONTRAN.

127
§ 1º Para efeito do cumprimento da alínea "g", inciso III deste artigo, a CTC
deverá comprovar a propriedade ou a posse de veículos em nome de cada
um de seus cooperados.

§ 2º A CTC poderá comprovar a propriedade ou a posse de veículo automotor


de carga e de implementos rodoviários em seu nome, respeitado o requisito
estabelecido na alínea "g", inciso III deste artigo.

§ 3º A relação societária entre cooperado e cooperativa poderá ser


comprovada pela ficha matrícula prevista na legislação específica e/ou
certidão de sócio.

Art. 7º Será considerado para a comprovação da experiência de:

I - TAC: ter sido inscrito no RNTRC, e

II - Responsável Técnico: ter atuado como tal em ETC e/ou CTC, inscrita(s) no
RNTRC.

Art. 8º O TAC poderá cadastrar até dois TAC-Auxiliares simultaneamente,


conforme Lei nº 6.094, 30 de agosto de 1974.

Parágrafo único. Um TAC-Auxiliar poderá ser cadastrado por mais de um


transportador.

Art. 9º Em caso de inscrição de pessoa jurídica, as filiais serão vinculadas ao


RNTRC da matriz e utilizarão o mesmo número de registro.

Seção II

Do Procedimento de Inscrição e Manutenção do Cadastro

128
Art. 10. A solicitação de inscrição, atualização e recadastramento no RNTRC
será efetuada, por meio de formulário eletrônico devidamente preenchido,
pelo transportador ou por seu representante formalmente constituído e
identificado, em local a ser indicado pela ANTT.

§ 1º Será concedido registro provisório no RNTRC, com validade de 30 dias,


ao transportador cuja efetivação do cadastro definitivo dependa tão-
somente de realizar o licenciamento do veículo automotor de carga na
categoria "aluguel", nos termos do art. 135 da Lei 9.503, de 23 de setembro
de 1997.

§ 2º A ANTT disponibilizará o detalhamento do procedimento para inscrição e


manutenção do cadastro no RNTRC.

§ 3º O transportador ou seu representante formalmente constituído e


identificado declarará, sob as penas da Lei, a veracidade das informações, o
conhecimento e a concordância de todos os termos e condições
estabelecidas.

§ 4º A impossibilidade de comprovar a veracidade das informações prestadas


ensejará o indeferimento da solicitação de inscrição ou da alteração dos
dados.

Art. 11. O Certificado do RNTRC-CRNTRC será emitido imediatamente,


efetivada a inscrição do transportador no RNTRC e a qualquer tempo, com
prazo de validade de 5 (cinco) anos.

Art. 12. O transportador deverá providenciar a atualização no cadastro


sempre que ocorrerem alterações nas informações prestadas à ANTT.

129
Parágrafo único. A ANTT poderá requerer a comprovação ou a atualização
das informações cadastrais a qualquer tempo.

Seção III

Dos Veículos Automotores de Carga e Implementos Rodoviários

Art. 13. Os veículos automotores de carga e os implementos rodoviários


devem ser cadastrados na frota do transportador inscrito no RNTRC.

§ 1º O TAC deverá cadastrar cada Combinação de Veículo de Carga-CVC,


formada por um único veículo automotor de carga e até três implementos
rodoviários, conforme regulamentado pelo CONTRAN e seguindo o disposto
na alínea "e", inciso I do art. 6º, desta Resolução.

§ 2º Compõem a frota da CTC os veículos automotores de carga e de


implementos rodoviários cadastrados e vinculados ao seu registro no RNTRC.

Art. 14. Comprovar-se-á a propriedade ou a posse de veículo automotor de


carga e de implemento rodoviário quando o transportador ou cooperado
estiver no exercício, pleno ou não, de alguns dos poderes inerentes à
propriedade do veículo, estabelecidos em contrato de comodato, aluguel,
arrendamento e afins, devidamente anotado junto ao Registro Nacional de
Veículos Automotores - RENAVAM.

Seção IV

Do Responsável Técnico

Art. 15. Os transportadores das categorias ETC e CTC deverão possuir um


Responsável Técnico, o qual responderá pelo cumprimento das normas que

130
disciplinam a atividade de transporte perante os seus clientes, terceiros e
órgãos públicos.

§ 1º O Responsável Técnico responde solidariamente com a ETC ou CTC pela


adequação e manutenção de veículos, equipamentos e instalações, bem
como pela qualificação e treinamento profissional de seus empregados e
prestadores de serviço.

§ 2º No caso de substituição do Responsável Técnico, a ETC ou a CTC fica


obrigada a informar à ANTT, conforme disposto no art. 12 desta Resolução.

Seção V

Dos Cursos Específicos

Art. 16. O curso específico para o TAC ou para o Responsável Técnico deverá
ser ministrado considerando a estrutura curricular mínima das matérias que
compõem a ementa a ser publicada pela ANTT.

§ 1º Considerar-se-á aprovado o aluno que obtiver aproveitamento superior


a 60% (sessenta por cento) da nota máxima em prova de conhecimento.

§ 2º Considerar-se-á equivalente à aprovação em curso específico, a


aprovação em exame constituído de prova convencional ou eletrônica, na
forma estabelecida pela ANTT, sobre o conteúdo programático definido,
devendo obter, no mínimo, sessenta por cento de aproveitamento na prova.

Seção VI

Da Idoneidade

131
Art. 17. A idoneidade dos sócios, dos diretores ou dos responsáveis legais da
ETC e da CTC, no que couber, bem como a idoneidade do Responsável
Técnico de ambas, será demonstrada mediante declaração em formulário
eletrônico, conforme o art. 10 desta Resolução.

Seção VII

Da Identificação Visual e Eletrônica dos Veículos

Art. 18. É obrigatória a identificação visual de todos os veículos automotores


de carga e implementos rodoviários cadastrados no RNTRC, na forma a ser
estabelecida pela ANTT.

Parágrafo único. É de responsabilidade do transportador a aquisição do


adesivo para identificação visual dos veículos automotores de carga e
implementos rodoviários nos locais a serem definidos pela ANTT.

Art. 19. É obrigatória a identificação eletrônica do veículo automotor de


carga inscrito no RNTRC, na forma a ser estabelecida pela ANTT, mediante
instalação de Dispositivo de Identificação Eletrônica.

Art. 20. Cabe ao transportador:

I - adquirir o Dispositivo de Identificação Eletrônica, que é único e exclusivo


por veículo automotor de carga;

II - providenciar a instalação do Dispositivo de Identificação Eletrônica,


mediante agendamento, em pontos credenciados pela ANTT;

III - garantir a manutenção do Dispositivo de Identificação Eletrônica,


assegurando sua inviolabilidade e adequado funcionamento, e

132
IV - substituir, imediatamente, o Dispositivo de Identificação Eletrônica, em
caso de inutilização, seja qual for o motivo.

Art. 21. O transportador terá até trinta dias corridos da instalação para
reclamar eventual problema com o Dispositivo de Identificação Eletrônica.

CAPÍTULO IV

DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO REMUNERADO DE CARGAS

Art. 22. Na realização do transporte rodoviário de cargas é obrigatória a


emissão do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais-MDF-e, como
documento que caracteriza a operação de transporte, as obrigações e as
responsabilidades das partes e a natureza fiscal da operação, respeitado o
art. 744 do Código Civil.

§ 1º O emitente do documento fiscal deve autorizar a ANTT a ter acesso ao


conteúdo digital do documento, mediante o preenchimento do CNPJ da ANTT
em campo específico.

§ 2º O Documento Auxiliar do Manifesto de Documentos Fiscais-DAMDFE,


correspondente ao MDF-e deverá ser impresso para acompanhar a carga
desde o início da viagem.

§ 3º Será obrigatória a emissão de Conhecimento ou Contrato de Transporte


como documento que caracteriza a operação de transporte nos termos
estabelecidos no caput apenas nos casos em que é vedada pela legislação a
emissão de MDF-e.

§ 4º O contrato, quando utilizado como documento que caracteriza a


operação de transporte é de porte obrigatório na prestação do serviço de
133
transporte rodoviário remunerado de cargas durante toda a viagem ou, no
caso de utilização do Conhecimento de Transporte Eletrônico, é de porte
obrigatório o Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico.

Art. 23. O documento que caracteriza a operação de transporte deverá ser


emitido antes do início da viagem contendo, no mínimo, as seguintes
informações:

I - nome, razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, número do RNTRC e o


endereço do transportador emitente e dos subcontratados, se houver;

II - nome, razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, e endereço do


embarcador, do destinatário e do consignatário da carga, se houver;

III - nome(s) e CPF do motorista(s);

IV - placa e RENAVAM do veículo automotor de cargas e, quando houver, dos


implementos rodoviários;

V - data e horário previstos para o início da viagem;

VI - endereço do local onde o transportador receberá e entregará a carga;

VII - descrição da natureza da carga, a quantidade de volumes ou de peças e


o seu peso bruto, seu acondicionamento, marcas particulares e números de
identificação da embalagem ou da própria carga, quando não embalada ou o
número da Nota Fiscal, ou das Notas Fiscais, no caso de carga fracionada;

VIII - valor do frete, com a indicação do responsável pelo seu pagamento;

IX - valor do Vale-Pedágio obrigatório desde a origem até o destino, se for o


caso;

134
X - identificação da seguradora e o número da apólice do seguro e de sua
averbação, quando for o caso;

XI - condições especiais de transporte, se existirem;

XII - local e data da emissão do documento, e

XIII - Código Identificador da Operação de Transporte, conforme a


regulamentação do art. 5º-A da Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007.

XIV - Autorização de acesso ao arquivo digital do documento, conforme


previsto no art. 22, § 1º desta Resolução.

Parágrafo único. Para fins de fiscalização da ANTT, em caso de emissão de


documento fiscal para caracterizar a operação de transporte, as informações
a que se refere este artigo poderão ser verificadas em mais de um
documento fiscal.

Art. 24. As outras condições comerciais gerais, pactuadas entre o contratante


e o transportador, poderão estar estipuladas em contrato de transporte
particular.

Art. 25. Com a emissão do documento que caracteriza a operação de


transporte, o transportador assume perante o contratante a
responsabilidade:

I - pela execução dos serviços de transporte de cargas, por conta própria ou


de terceiros, do local em que as receber até a sua entrega no destino, e

135
II - pelos prejuízos resultantes de perda, danos ou avarias às cargas sob sua
custódia, assim como pelos decorrentes de atraso em sua entrega, quando
houver prazo pactuado.

§ 1º Não obstante as excludentes de responsabilidade, o transportador será


responsável pelo agravamento dos danos ou avarias a que der causa.

§ 2º O transportador é responsável pelas ações ou omissões de seus


empregados, agentes, prepostos ou terceiros contratados ou subcontratados
para execução dos serviços de transporte, como se essas ações ou omissões
fossem próprias.

§ 3º A responsabilidade do transportador cessa quando do recebimento da


carga pelo destinatário sem protesto ou ressalva.

§ 4º A responsabilidade do transportador por perdas e danos causados à


carga é limitada pelo valor consignado no documento que caracteriza a
operação de transporte, acrescido dos valores do frete e do seguro
correspondentes.

§ 5º Não havendo valor declarado da mercadoria, a responsabilidade do


transportador por danos e avarias será limitada a dois Direitos Especiais de
Saque-DES por quilograma de peso bruto transportado.

§ 6º O transportador tem direito a ação regressiva contra os terceiros,


contratados ou subcontratados, para se ressarcir do valor da indenização que
houver pago.

§ 7º O transportador e seus subcontratados serão liberados de sua


responsabilidade em razão de:

136
I - ato ou fato imputável ao expedidor ou ao destinatário da carga;

II - inadequação da embalagem, quando imputável ao expedidor da carga;

III - vício próprio ou oculto da carga;

IV - manuseio, embarque, estiva ou descarga executados diretamente pelo


expedidor, destinatário ou consignatário da carga ou ainda pelos seus
agentes ou prepostos;

V - força maior ou caso fortuito; ou

VI - contratação de seguro pelo contratante do serviço de transporte, na


forma do inciso I do art. 13 da Lei nº 11.442, de 2007.

Art. 26. Com a emissão do documento que caracteriza a operação de


transporte, o contratante, sem prejuízo de outras sanções previstas em Lei,
indenizará o transportador pelas perdas, danos ou avarias resultantes de:

I - inveracidade na declaração de carga ou de inadequação dos elementos


que lhe compete fornecer para a emissão do Conhecimento de Transporte,
sem que tal dever de indenizar exima ou atenue a responsabilidade do
transportador, nos termos previstos na Lei nº 11.442, de 2007;

II - ato ou fato imputável ao expedidor ou ao destinatário da carga;

III - inadequação da embalagem, quando imputável ao expedidor, ou

IV - manuseio, embarque, estiva ou descarga executados diretamente pelo


expedidor, destinatário ou consignatário da carga ou, ainda pelos seus
agentes e prepostos.

137
Art. 27. No caso de dano ou avaria, será assegurado às partes interessadas o
direito de vistoria, de acordo com a legislação aplicável, sem prejuízo da
observância das cláusulas do contrato de seguro, quando houver.

Art. 28. É facultado às partes dirimir seus conflitos recorrendo à arbitragem.

Art. 29. Prescreve no prazo de 1 (um) ano a pretensão para a reparação pelos
danos relativos ao documento que caracteriza a operação de transporte,
iniciando-se a contagem a partir do conhecimento do dano pela parte
interessada.

Art. 30. Ocorrendo atraso na entrega superior a trinta dias corridos da data
estipulada no documento que caracteriza a operação de transporte, o
consignatário ou outra pessoa com direito de reclamar a carga poderá
considerá-la perdida.

Art. 31. O transportador deverá informar ao expedidor:

I - prazo previsto para entrega da carga, e

II - data da chegada da carga ao destino.

§ 1º A carga ficará à disposição do interessado pelo prazo de trinta dias, findo


o qual será considerada abandonada.

§ 2º O prazo de que trata o § 1º deste artigo poderá ser reduzido de acordo


com a natureza da carga, cabendo ao transportador informá-lo ao
destinatário e ao expedidor.

§ 3º Atendidas as exigências deste artigo, o prazo máximo para carga e


descarga do Veículo de Transporte Rodoviário de Cargas será de cinco horas,

138
contadas da chegada do veículo ao endereço de destino, após o qual será
devido ao TAC, à CTC ou à ETC a importância equivalente a R$ 1,38 (um real e
trinta e oito centavos) por tonelada/hora ou fração.

§ 4º A responsabilidade por prejuízos resultantes de atraso na entrega é


limitada ao valor do frete consignado no documento que caracteriza a
operação de transporte, desde que não haja disposição contrária em
contrato de transporte específico.

§ 5º A importância de que trata o § 3º será atualizada anualmente, de acordo


com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor-INPC, calculado
pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE ou, na
hipótese de sua extinção, pelo índice que o suceder, definido em
regulamento.

§ 6º Para o cálculo do valor de que trata o § 3º, será considerada a


capacidade total de transporte do veículo.

§ 7º Incidente o pagamento relativo ao tempo de espera, este deverá ser


calculado a partir da hora de chegada na procedência ou no destino.

Art. 32. O embarcador e o destinatário da carga são obrigados a fornecer ao


transportador documento hábil a comprovar os horários de chegada e saída
do veículo automotor de carga nas dependências dos respectivos
estabelecimentos.

§ 1º O documento comprobatório dos horários de chegada e saída dos


veículos deverá ser entregue ao transportador imediatamente após o
apontamento dos horários.

139
§ 2º No documento comprobatório deverá constar, no mínimo:

I - data e horário de chegada e da saída do veículo automotor de cargas no


endereço do respectivo estabelecimento;

II - placa do veículo automotor de carga utilizado na operação de transporte;

III - CPF ou CNPJ, nome e assinatura do embarcador e do destinatário;

IV - CPF ou CNPJ, número do RNTRC e nome e assinatura do transportador;

V - nome, CPF e assinatura do motorista;

VI - endereço do local onde o transportador ou motorista recebeu ou


entregou a carga, e

VII - identificação da(s) Nota(s) Fiscal(is) referente(s) à carga transportada.

§ 3º Os documentos comprobatórios dos horários de chegada e da saída dos


veículos, bem como os documentos fiscais referentes à operação de
transporte, deverão ser guardados pelo prazo mínimo de 1 (um) ano,
contado a partir da data da sua emissão, para fins de fiscalização.

§ 4º A não apresentação da Nota Fiscal referente à carga transportada,


quando da fiscalização referente ao cumprimento do disposto neste artigo,
ocasionará multa nos termos do art. 36, inciso VIII, alínea "a".

Art. 33. Sem prejuízo do seguro de responsabilidade civil contra danos a


terceiros, previsto em Lei, toda a operação de transporte contará com seguro
contra perdas ou danos causados à carga, de acordo com o que seja
estabelecido no contrato de transporte, podendo o seguro ser contratado:

140
I - pelo contratante do transporte, eximindo o transportador da
responsabilidade; ou

II - pelo transportador, quando não for firmado pelo contratante do


transporte.

Art. 34. É vedada a utilização de informações de bancos de dados de


proteção ao crédito como mecanismo de vedação de contrato com o TAC e a
ETC devidamente regulares para o exercício da atividade do Transporte
Rodoviário de Cargas.

CAPÍTULO V

DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 35. As infrações ao disposto nesta Resolução serão punidas com


advertência, multa, suspensão e cancelamento.

§ 1º O cometimento de duas ou mais infrações ensejará a aplicação das


respectivas penalidades, cumulativamente.

§ 2º A aplicação das penalidades estabelecidas nesta Resolução não exclui


outras previstas em legislação específica, nem exonera o infrator das
cominações civis e penais cabíveis.

Art. 36. Constituem infrações, quando:

I - o transportador, inscrito ou não no RNTRC, evadir, obstruir ou, de


qualquer forma, dificultar a fiscalização durante o transporte rodoviário de
cargas: multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);

141
II - o contratante contratar o transporte rodoviário remunerado de cargas de
transportador sem inscrição no RNTRC ou com inscrição vencida, suspensa ou
cancelada: multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);

III - o embarcador ou destinatário deixar de fornecer documento


comprobatório do horário de chegada e saída do transportador nas
dependências da origem ou do destino da carga ou apresentar informação
em desacordo com o art. 32: multa de 5% sobre o valor da carga, limitada ao
mínimo de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) e máximo de R$
10.500,00 (dez mil e quinhentos reais).

IV - o embarcador ou destinatário emitir o documento obrigatório definido


no art. 32 desta Resolução para fins de transporte rodoviário de cargas por
conta de terceiro e mediante remuneração, em desacordo ao
regulamentado: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

V - o TRRC:

a) deixar de atualizar as informações cadastrais: multa de R$ 550,00


(quinhentos e cinquenta reais) e suspensão do registro até a regularização;

b) apresentar informação falsa para inscrição no RNTRC: multa de R$


3.000,00 (três mil reais), cancelamento do RNTRC e impedimento de obter
um novo registro pelo prazo de 2 (dois) anos;

c) impedir, obstruir ou, de qualquer forma, dificultar o acesso às


dependências, às informações e aos documentos solicitados pela fiscalização:
multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e suspensão do RNTRC até cessar a
ação;

142
d) mantiver veículo automotor de carga ou implemento rodoviário
cadastrado no RNTRC com identificação visual falsa ou adulterada: multa de
R$ 3.000,00 (três mil reais);

VI - o TRRC mantiver veículo automotor de carga cadastrado no RNTRC:

a) sem o Dispositivo de Identificação Eletrônica no veículo automotor de


carga ou em desacordo com o regulamentado: multa de R$ 550,00
(quinhentos e cinquenta reais);

b) como Dispositivo de Identificação Eletrônica de outro veículo automotor


de carga: multa de R$ 3.000,00 (três mil reais);

c) com o Dispositivo de Identificação Eletrônica fraudado, violado ou


adulterado: multa de R$ 3.000,00 (três mil reais); e

d) com qualquer dispositivo que impeça a correta leitura do sinal gerado pelo
Dispositivo de Identificação Eletrônica: multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) e
suspensão do registro do transportador até regularização.

VII - o transportador inscrito ou não no RNTRC efetuar transporte rodoviário


de carga por conta de terceiro e mediante remuneração em veículo de
categoria "particular": multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);

VIII - o TRRC efetuar transporte rodoviário de carga por conta de terceiro e


mediante remuneração:

a) sem portar o documento obrigatório de que trata o art. 22 desta


Resolução ou não apresentar Nota Fiscal de que trata o art. 32: multa de R$
550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

143
b) sem indicar o número da apólice do seguro contra perdas ou danos
causados à carga, acompanhada da identificação da seguradora na
documentação que acoberta a operação de transporte: multa de R$ 550,00
(quinhentos e cinquenta reais);

c) em veículo automotor de carga ou implemento rodoviário não cadastrado


na frota do transportador rodoviário remunerado de cargas inscrito no
RNTRC: multa de R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais);

d) com o registro no RNTRC suspenso ou vencido: multa de R$ 1.000,00 (mil


reais);

e) sem estar inscrito no RNTRC: multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos


reais);

f) sem contratar o seguro contra perdas ou danos causados à carga ou


empreender viagem com apólice em situação irregular: multa de R$ 1.500,00
(mil e quinhentos reais);

g) com o registro cancelado no RNTRC: multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais),


e

h) para fins de consecução de atividade tipificada como crime: multa de R$


3.000,00 (três mil reais), cancelamento do RNTRC e impedimento de obter
registro pelo prazo de até 2 (dois) anos.

§ 1º O TRRC será advertido por escrito para substituição, no prazo de 15


(quinze) dias, do Dispositivo de Identificação Eletrônica inoperante, quando
identificadas as situações descritas na alínea "a" do inciso VI deste artigo.

144
§ 2º Em caso de descumprimento do prazo do § 1º deste artigo, aplicar-se-á a
multa prevista na alínea "a" do no inciso VI deste artigo.

§ 3º O transportador que deixar de indicar o real infrator, quando for o caso e


instado a fazê-lo, assumirá a responsabilidade pelo pagamento do valor
integral da multa aplicada.

Art. 37. O RNTRC do TRRC será cancelado nos seguintes casos:

I - a pedido do próprio transportador;

II - de forma compulsória, em caso de óbito do TAC ou encerramento da


pessoa jurídica, referente à ETC ou CTC, e

III - em virtude de decisão definitiva em processo administrativo.

Art. 38. Sem prejuízo dos documentos requeridos por normas específicas, é
obrigatória a apresentação à fiscalização, pelo transportador ou motorista,
do documento que caracteriza a operação de transporte.

Art. 39. O fiscal poderá reter, mediante Termo de Retenção, os documentos


necessários à comprovação da infração.

Art. 40. A fiscalização poderá ocorrer nas dependências do TRRC e serão


verificados, além dos documentos que caracterizam as operações de
transporte, outros documentos que se façam necessários para a efetiva
averiguação da regularidade do RNTRC.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

145
Art. 41. Para recadastramento no RNTRC, os TRRC deverão se apresentar
perante entidade que atue em cooperação com a Agência, para se
adequarem aos termos desta Resolução, conforme cronograma a ser
divulgado pela ANTT. (Redação do artigo dada pela Resolução ANTT Nº 4836
DE 10/09/2015).

Art. 42. A Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e


Multimodal de Cargas se incumbirá de definir e disponibilizar o detalhamento
do procedimento para inscrição e manutenção do cadastro no RNTRC,
mencionado no § 2º do art. 10, desta Resolução.

Art. 43. Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua
publicação. (Redação do artigo dada pela Resolução ANTT Nº 4836 DE
10/09/2015).

Art. 44. Fica revogada a Resolução ANTT nº 3056, de 12 de março de 2009.


CARLOS NASCIMENTO
Diretor-Geral
Substituto

146
LEGISLAÇÃO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS

LEI Nº 11.442, DE 5 DE JANEIRO DE 2007


Fonte: www.planalto.gov.br

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

Dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e


mediante remuneração e revoga a Lei no6.813, de 10 de julho de 1980.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA (Vide Lei nº 13.103. de 2015) Vigência

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte


Lei:

Art. 1o Esta Lei dispõe sobre o Transporte Rodoviário de Cargas - TRC


realizado em vias públicas, no território nacional, por conta de terceiros e
mediante remuneração, os mecanismos de sua operação e a
responsabilidade do transportador.

§ 1o No caso de transporte de produtos perigosos, será observado


exclusivamente o disposto em lei federal, considerando-se as competências
estabelecidas nos arts. 22 e 24 da Lei no 10.233, de 5 de junho de
2001. (Incluído pela Lei nº 12.667, de 2012)

§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.667, de 2012)

Art. 2o A atividade econômica de que trata o art. 1o desta Lei é


de natureza comercial, exercida por pessoa física ou jurídica em regime de
livre concorrência, e depende de prévia inscrição do interessado em sua
exploração no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas -

147
RNTR-C da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, nas seguintes
categorias:

I - Transportador Autônomo de Cargas - TAC, pessoa física que tenha no


transporte rodoviário de cargas a sua atividade profissional;

II - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas - ETC, pessoa jurídica


constituída por qualquer forma prevista em lei que tenha no transporte
rodoviário de cargas a sua atividade principal.

§ 1o O TAC deverá:

I - comprovar ser proprietário, co-proprietário ou arrendatário de, pelo


menos, 1 (um) veículo automotor de carga, registrado em seu nome no órgão
de trânsito, como veículo de aluguel;

II - comprovar ter experiência de, pelo menos, 3 (três) anos na atividade,


ou ter sido aprovado em curso específico.

§ 2o A ETC deverá:

I - ter sede no Brasil;

II - comprovar ser proprietária ou arrendatária de, pelo menos, 1 (um)


veículo automotor de carga, registrado no País;

III - indicar e promover a substituição do Responsável Técnico, que


deverá ter, pelo menos, 3 (três) anos de atividade ou ter sido aprovado em
curso específico;

IV - demonstrar capacidade financeira para o exercício da atividade e


idoneidade de seus sócios e de seu responsável técnico.

§ 3o Para efeito de cumprimento das exigências contidas no inciso II do


§ 2o deste artigo, as Cooperativas de Transporte de Cargas deverão
148
comprovar a propriedade ou o arrendamento dos veículos automotores de
cargas de seus associados.

§ 4o Deverá constar no veículo automotor de carga, na forma a ser


regulamentada pela ANTT, o número de registro no RNTR-C de seu
proprietário ou arrendatário.

§ 5o A ANTT disporá sobre as exigências curriculares e a comprovação


dos cursos previstos no inciso II do § 1o e no inciso III do § 2o, ambos deste
artigo.

Art. 3o O processo de inscrição e cassação do registro bem como a


documentação exigida para o RNTR-C serão regulamentados pela ANTT.

Art. 4o O contrato a ser celebrado entre a ETC e o TAC ou entre o dono


ou embarcador da carga e o TAC definirá a forma de prestação de serviço
desse último, como agregado ou independente.

§ 1o Denomina-se TAC-agregado aquele que coloca veículo de sua


propriedade ou de sua posse, a ser dirigido por ele próprio ou por preposto
seu, a serviço do contratante, com exclusividade, mediante remuneração
certa.

§ 2o Denomina-se TAC-independente aquele que presta os serviços de


transporte de carga de que trata esta Lei em caráter eventual e sem
exclusividade, mediante frete ajustado a cada viagem.

§ 3o Sem prejuízo dos demais requisitos de controle estabelecidos em


regulamento, é facultada ao TAC a cessão de seu veículo em regime de
colaboração a outro profissional, assim denominado TAC - Auxiliar, não
implicando tal cessão a caracterização de vínculo de emprego. (Incluído pela
Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

149
§ 4o O Transportador Autônomo de Cargas Auxiliar deverá contribuir
para a previdência social de forma idêntica à dos Transportadores
Autônomos. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

§ 5o As relações decorrentes do contrato estabelecido entre o


Transportador Autônomo de Cargas e seu Auxiliar ou entre o transportador
autônomo e o embarcador não caracterizarão vínculo de emprego. (Incluído
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

Art. 5o As relações decorrentes do contrato de transporte de cargas de


que trata o art. 4o desta Lei são sempre de natureza comercial, não
ensejando, em nenhuma hipótese, a caracterização de vínculo de emprego.

Parágrafo único. Compete à Justiça Comum o julgamento de ações


oriundas dos contratos de transporte de cargas.

Art. 5o-A. O pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao


Transportador Autônomo de Cargas - TAC deverá ser efetuado por meio de
crédito em conta de depósitos mantida em instituição bancária ou por outro
meio de pagamento regulamentado pela Agência Nacional de Transportes
Terrestres - ANTT. (Incluído pelo Lei nº 12.249, de 2010)

Art. 5o-A. O pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao


Transportador Autônomo de Cargas - TAC deverá ser efetuado por meio de
crédito em conta mantida em instituição integrante do sistema financeiro
nacional, inclusive poupança, ou por outro meio de pagamento
regulamentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, à
critério do prestador do serviço. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de
2015) (Vigência)

§ 1o A conta de depósitos ou o outro meio de pagamento deverá ser de


titularidade do TAC e identificado no conhecimento de
transporte. (Incluído pelo Lei nº 12.249, de 2010)

150
§ 2o O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte
rodoviário de cargas, assim como o cossignatário e o proprietário da carga,
são solidariamente responsáveis pela obrigação prevista no caput deste
artigo, resguardado o direito de regresso destes contra os
primeiros. (Incluído pelo Lei nº 12.249, de 2010)

§ 3o Para os fins deste artigo, equiparam-se ao TAC a Empresa de


Transporte Rodoviário de Cargas - ETC que possuir, em sua frota, até 3 (três)
veículos registrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de
Cargas - RNTRC e as Cooperativas de Transporte de Cargas. (Incluído pelo
Lei nº 12.249, de 2010)

§ 4o As Cooperativas de Transporte de Cargas deverão efetuar o


pagamento aos seus cooperados na forma do caput deste
artigo. (Incluído pelo Lei nº 12.249, de 2010)

§ 5o O registro das movimentações da conta de depósitos ou do meio


de pagamento de que trata o caput deste artigo servirá como comprovante
de rendimento do TAC. (Incluído pelo Lei nº 12.249, de 2010)

§ 6o É vedado o pagamento do frete por qualquer outro meio ou forma


diverso do previsto no caput deste artigo ou em seu regulamento. (Incluído
pelo Lei nº 12.249, de 2010)

§ 7o As tarifas bancárias ou pelo uso de meio de pagamento eletrônico


relativas ao pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao
Transportador Autônomo de Cargas - TAC correrão à conta do responsável
pelo pagamento. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

Art. 6o O transporte rodoviário de cargas será efetuado sob contrato ou


conhecimento de transporte, que deverá conter informações para a
completa identificação das partes e dos serviços e de natureza fiscal.

Art. 7o Com a emissão do contrato ou conhecimento de transporte, a


ETC e o TAC assumem perante o contratante a responsabilidade:

151
I - pela execução dos serviços de transporte de cargas, por conta própria
ou de terceiros, do local em que as receber até a sua entrega no destino;

II - pelos prejuízos resultantes de perda, danos ou avarias às cargas sob


sua custódia, assim como pelos decorrentes de atraso em sua entrega,
quando houver prazo pactuado.

Parágrafo único. No caso de dano ou avaria, será assegurado às partes


interessadas o direito de vistoria, de acordo com a legislação aplicável, sem
prejuízo da observância das cláusulas do contrato de seguro, quando houver.

Art. 8o O transportador é responsável pelas ações ou omissões de seus


empregados, agentes, prepostos ou terceiros contratados ou subcontratados
para a execução dos serviços de transporte, como se essas ações ou
omissões fossem próprias.

Parágrafo único. O transportador tem direito a ação regressiva contra


os terceiros contratados ou subcontratados, para se ressarcir do valor da
indenização que houver pago.

Art. 9o A responsabilidade do transportador cobre o período


compreendido entre o momento do recebimento da carga e o de sua entrega
ao destinatário.

Parágrafo único. A responsabilidade do transportador cessa quando do


recebimento da carga pelo destinatário, sem protestos ou ressalvas.

Art. 10. O atraso ocorre quando as mercadorias não forem entregues


dentro dos prazos constantes do contrato ou do conhecimento de
transporte.

Parágrafo único. Se as mercadorias não forem entregues dentro de 30


(trinta) dias corridos após a data estipulada, de conformidade com o disposto
no caput deste artigo, o consignatário ou qualquer outra pessoa com direito
de reclamar as mercadorias poderá considerá-las perdidas.

152
Art. 11. O transportador informará ao expedidor ou ao destinatário,
quando não pactuado no contrato ou conhecimento de transporte, o prazo
previsto para a entrega da mercadoria.

§ 1o O transportador obriga-se a comunicar ao expedidor ou ao


destinatário, em tempo hábil, a chegada da carga ao destino.

§ 2o A carga ficará à disposição do interessado, após a comunicação de


que trata o § 1o deste artigo, pelo prazo de 30 (trinta) dias, se outra condição
não for pactuada.

§ 3o Findo o prazo previsto no § 2o deste artigo, não sendo retirada, a


carga será considerada abandonada.

§ 4o No caso de bem perecível ou produto perigoso, o prazo de que


trata o § 2o deste artigo poderá ser reduzido, conforme a natureza da
mercadoria, devendo o transportador informar o fato ao expedidor e ao
destinatário.

§ 5o O prazo máximo para carga e descarga do Veículo de Transporte


Rodoviário de Cargas será de 5 (cinco) horas, contadas da chegada do veículo
ao endereço de destino, após o qual será devido ao Transportador Autônomo
de Carga - TAC ou à ETC a importância equivalente a R$ 1,38 (um real e trinta
e oito centavos) por tonelada/hora ou fração. (Redação dada pela Lei nº
13.103, de 2015) (Vigência)

§ 6o A importância de que trata o § 5o será atualizada, anualmente, de


acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC,
calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
ou, na hipótese de sua extinção, pelo índice que o suceder, definido em
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

§ 7o Para o cálculo do valor de que trata o § 5o, será considerada a


capacidade total de transporte do veículo. (Incluído pela Lei nº 13.103, de
2015) (Vigência)

153
§ 8o Incidente o pagamento relativo ao tempo de espera, este deverá
ser calculado a partir da hora de chegada na procedência ou no
destino. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

§ 9o O embarcador e o destinatário da carga são obrigados a fornecer


ao transportador documento hábil a comprovar o horário de chegada do
caminhão nas dependências dos respectivos estabelecimentos, sob pena de
serem punidos com multa a ser aplicada pela Agência Nacional de
Transportes Terrestres - ANTT, que não excederá a 5% (cinco por cento) do
valor da carga. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

Art. 12. Os transportadores e seus subcontratados somente serão


liberados de sua responsabilidade em razão de:

I - ato ou fato imputável ao expedidor ou ao destinatário da carga;

II - inadequação da embalagem, quando imputável ao expedidor da carga;

III - vício próprio ou oculto da carga;

IV - manuseio, embarque, estiva ou descarga executados diretamente


pelo expedidor, destinatário ou consignatário da carga ou, ainda, pelos seus
agentes ou prepostos;

V - força maior ou caso fortuito;

VI - contratação de seguro pelo contratante do serviço de transporte, na


forma do inciso I do art. 13 desta Lei.

Parágrafo único. Não obstante as excludentes de responsabilidades


previstas neste artigo, o transportador e seus subcontratados serão
responsáveis pela agravação das perdas ou danos a que derem causa.

Art. 13. Sem prejuízo do seguro de responsabilidade civil contra danos a


terceiros previsto em lei, toda operação de transporte contará com o seguro
154
contra perdas ou danos causados à carga, de acordo com o que seja
estabelecido no contrato ou conhecimento de transporte, podendo o seguro
ser contratado:

I - pelo contratante dos serviços, eximindo o transportador da


responsabilidade de fazê-lo;

II - pelo transportador, quando não for firmado pelo contratante.

Parágrafo único. As condições do seguro de transporte rodoviário de


cargas obedecerão à legislação em vigor.

Art. 13-A. É vedada a utilização de informações de bancos de dados de


proteção ao crédito como mecanismo de vedação de contrato com o TAC e a
ETC devidamente regulares para o exercício da atividade do Transporte
Rodoviário de Cargas. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

Art. 14. A responsabilidade do transportador por prejuízos resultantes


de perdas ou danos causados às mercadorias é limitada ao valor declarado
pelo expedidor e consignado no contrato ou conhecimento de transporte,
acrescido dos valores do frete e do seguro correspondentes.

Parágrafo único. Na hipótese de o expedidor não declarar o valor das


mercadorias, a responsabilidade do transportador será limitada ao valor de 2 (dois)
Direitos Especiais de Saque - DES por quilograma de peso bruto transportado.

Art. 15. Quando não definida no contrato ou conhecimento de


transporte, a responsabilidade por prejuízos resultantes de atraso na entrega
é limitada ao valor do frete.

Art. 16. Os operadores de terminais, armazéns e quaisquer outros que


realizem operações de transbordo são responsáveis, perante o transportador
que emitiu o conhecimento de transporte, pelas perdas e danos causados às
mercadorias no momento da realização das referidas operações, inclusive de
depósito.

155
Art. 17. O expedidor, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei,
indenizará o transportador pelas perdas, danos ou avarias:

I - resultantes de inveracidade na declaração de carga ou de


inadequação dos elementos que lhe compete fornecer para a emissão do
conhecimento de transporte, sem que tal dever de indenizar exima ou
atenue a responsabilidade do transportador, nos termos previstos nesta Lei;
e
II - quando configurado o disposto nos incisos I, II e IV do caput do art.
12 desta Lei.

Art. 18. Prescreve em 1 (um) ano a pretensão à reparação pelos danos


relativos aos contratos de transporte, iniciando-se a contagem do prazo a
partir do conhecimento do dano pela parte interessada.

Art. 19. É facultado aos contratantes dirimir seus conflitos recorrendo à


arbitragem.

Art. 21. As infrações do disposto nesta Lei serão punidas com multas
administrativas de R$ 550,00 (quinhentos e cinqüenta reais) a R$ 10.500,00
(dez mil e quinhentos reais), a serem aplicadas pela ANTT, sem prejuízo do
cancelamento da inscrição no RNTR-C, quando for o caso.

Art. 22. Na aplicação do disposto nesta Lei, ficam ressalvadas as


disposições previstas em acordos ou convênios internacionais firmados pela
República Federativa do Brasil.

Art. 23. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, assegurando-
se aos que já exercem a atividade de transporte rodoviário de cargas
inscrição no RNTR-C e a continuação de suas atividades, observadas as
disposições desta Lei. Art. 24. Revoga-se a Lei no 6.813, de 10 de julho de
1980.

Brasília, 5 de janeiro de 2007; 186o da Independência e 119o da


República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

156
LEI Nº 10.209 de 23 de março de 2001
fonte - http://www.planalto.gov.br

Institui o Vale-Pedágio obrigatório sobre o transporte rodoviário de carga e


dá outras providências.

Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a Medida


Provisória nº 2.107-12, de 2001, que o Congresso Nacional aprovou, e eu,
Jader Barbalho, Presidente, para os efeitos do disposto no parágrafo único do
art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído o Vale-Pedágio obrigatório, para utilização efetiva


em despesas de deslocamento de carga por meio de transporte rodoviário,
nas rodovias brasileiras.

§ 1º O pagamento de pedágio, por veículos de carga, passa a ser de


responsabilidade do embarcador.

§ 2º Para efeito do disposto no § 1º, considera-se embarcador o


proprietário originário da carga, contratante do serviço de transporte
rodoviário de carga.

§ 3º Equipara-se, ainda, ao embarcador:

I - o contratante do serviço de transporte rodoviário de carga que não


seja o proprietário originário da carga;

II - a empresa transportadora que subcontratar serviço de transporte de


carga prestado por transportador autônomo.

Art. 2º O valor do Vale-Pedágio não integra o valor do frete, não será


considerado receita operacional ou rendimento tributável, nem constituirá
base de incidência de contribuições sociais ou previdenciárias.

157
Parágrafo único. O valor do Vale-Pedágio obrigatório e os dados do
modelo próprio, necessários à sua identificação, deverão ser destacados em
campo específico no documento comprobatório de embarque. (Redação
dada pela Lei nº 10.561, de 13.11.2002)

Art. 3o A partir de 25 de outubro de 2002, o embarcador passará a


antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador, em modelo próprio,
independentemente do valor do frete, ressalvado o disposto no § 5o deste
artigo.(Redação dada pela Lei nº 10.561, de 13.11.2002)

§ 1º Quando o Vale-Pedágio obrigatório for expedido em modelo


próprio, a aquisição, pelo embarcador, para fins de repasse ao transportador
de carga, dar-se-á junto às concessionárias das rodovias, podendo a
comercialização ser delegada a centrais de vendas ou a outras instituições, a
critério da concessionária.

§ 2º O Vale-Pedágio obrigatório deverá ser entregue ao transportador


rodoviário autônomo no ato do embarque decorrente da contratação do
serviço de transporte no valor necessário à livre circulação entre a sua origem
e o destino.

§ 3º Sendo o transporte efetuado por empresa comercial para um só


embarcador, aplica-se o disposto no parágrafo anterior.

§ 4º O rateio do valor do Vale-Pedágio obrigatório, no caso do


transporte fracionado, será definido em regulamento.

§ 5º No caso de transporte fracionado, efetuado por empresa comercial


de transporte rodoviário, o rateio do Vale-Pedágio obrigatório será feito por
despacho, destacando-se seu valor no conhecimento para quitação, pelo
embarcador, juntamente com o valor do frete a ser faturado.

§ 6o Até o dia 15 de outubro de 2002, as concessionárias de rodovias


que pratiquem a cobrança de pedágio informarão à Agência Nacional de
Transportes Terrestres - ANTT o modelo próprio de Vale-Pedágio obrigatório,

158
utilizável em todas as rodovias nacionais, que estejam disponibilizando aos
interessados e os locais em que poderão ser adquiridos. (Redação dada pela
Lei nº 10.561, de 13.11.2002)

§ 7º O descumprimento do que estabelece o parágrafo anterior


implicará a aplicação de multa diária de R$ 550,00 (quinhentos e cinqüenta
reais).

Parágrafo único. A dedução de que trata o caput deste artigo fica


limitada ao valor do Vale-Pedágio obrigatório.

Art. 5º O descumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator à


aplicação de multa administrativa de R$ 550,00 (quinhentos e cinqüenta
reais) a R$ 10.500,00 (dez mil e quinhentos reais), a ser aplicada pelo órgão
competente, na forma do regulamento.

Art. 6o Compete à ANTT a adoção das medidas indispensáveis à


implantação do Vale-Pedágio obrigatório, a regulamentação, a coordenação,
a delegação e a fiscalização, o processamento e a aplicação das penalidades
por infrações a esta Lei. (Redação dada pela Lei nº 10.561, de 13.11.2002)

§ 1º A fiscalização, o processamento e a aplicação das penalidades


previstas neste artigo poderão ser descentralizados mediante convênio a ser
celebrado com o Ministério do Trabalho e Emprego e com outros órgãos ou
entidades da Administração Pública Federal, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios.

§ 2o A ANTT obriga-se a prover os órgãos ou as entidades de que trata o


o
§ 1 , fornecendo-lhes elementos necessários e atualizados. (Redação dada
pela Lei nº 10.561, de 13.11.2002)

Art. 7o Caso o Ministério do Trabalho e Emprego venha a exercer, por


delegação e descentralização, as atividades inerentes à ANTT, os valores
arrecadados, decorrentes das multas por ele aplicadas, constituirão receita
adicional do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, de que trata a Lei

159
no 7.998, de 11 de janeiro de 1990. (Redação dada pela Lei nº 10.561, de
13.11.2002)

Art. 8º Sem prejuízo do que estabelece o art. 5º, nas hipóteses de


infração ao disposto nesta Lei, o embarcador será obrigado a indenizar o
transportador em quantia equivalente a duas vezes o valor do frete.

Art. 9º Os órgãos competentes do Poder Executivo, no âmbito de suas


atribuições, tomarão as providências necessárias, em trinta dias, para o
cumprimento do disposto nesta Lei.

Parágrafo único. A partir das nove horas do dia 4 até às vinte e quatro
horas do dia 11 de maio de 2000, os veículos de transporte rodoviário de
carga terão livre circulação, sem pagamento da tarifa de pedágio, nas
rodovias sob concessão federal.

Art. 9o-A. A ANTT articular-se-á com os Estados e Municípios que


operem diretamente rodovias com pedágio, ou por meio de concessões, com
vistas à implementação das disposições desta Lei nas suas esferas de
atuação. (Incluído pela Lei nº 10.561, de 13.11.2002)

Art. 10. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida


Provisória no 2.107-11, de 26 de janeiro de 2001.

Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Congresso Nacional, em 23 de março de 2001; 180º da Independência e


113º da República.

Senador JADER BARBALHO


Presidente do Congresso Nacional

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 24.3.2001 (edição extra)

160
LEI Nº 10.561 de 13 de novembro de 2002

fonte - http://www.planalto.gov.br

Altera as Leis nos 10.209, de 23 de março de 2001, e 10.233, de 5 de


junho de 2001, e dá outras providências.

Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a Medida


Provisória nº 68, de 2002, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Ramez
Tebet, Presidente da Mesa do Congresso Nacional, para os efeitos do
disposto no art. 62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda
constitucional nº 32, de 2001, promulgo a seguinte Lei:

Art. 1o A Lei no 10.209, de 23 de março de 2001, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

"Art. 2o .............................................................

Parágrafo único. O valor do Vale-Pedágio obrigatório e os dados do modelo


próprio, necessários à sua identificação, deverão ser destacados em campo
específico no documento comprobatório de embarque." (NR)

"Art. 3o A partir de 25 de outubro de 2002, o embarcador passará a antecipar


o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador, em modelo próprio,
independentemente do valor do frete, ressalvado o disposto no § 5o deste
artigo...................

§ 6o Até o dia 15 de outubro de 2002, as concessionárias de rodovias que


pratiquem a cobrança de pedágio informarão à Agência Nacional de
Transportes Terrestres - ANTT o modelo próprio de Vale-Pedágio obrigatório,
utilizável em todas as rodovias nacionais, que estejam disponibilizando aos
interessados e os locais em que poderão ser adquiridos." (NR)

161
"Art. 6o Compete à ANTT a adoção das medidas indispensáveis à implantação
do Vale-Pedágio obrigatório, a regulamentação, a coordenação, a delegação
e a fiscalização, o processamento e a aplicação das penalidades por infrações
a esta Lei.

§ 2o A ANTT obriga-se a prover os órgãos ou as entidades de que trata o § 1o,


fornecendo-lhes elementos necessários e atualizados." (NR)

"Art. 7o Caso o Ministério do Trabalho e Emprego venha a exercer, por


delegação e descentralização, as atividades inerentes à ANTT, os valores
arrecadados, decorrentes das multas por ele aplicadas, constituirão receita
adicional do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, de que trata a Lei
no 7.998, de 11 de janeiro de 1990." (NR)

"Art. 9o-A. A ANTT articular-se-á com os Estados e Municípios que operem


diretamente rodovias com pedágio, ou por meio de concessões, com vistas à
implementação das disposições desta Lei nas suas esferas de atuação." (NR)

Art. 2o A Lei no 10.233, de 5 de junho de 2001, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

"Art. 24. .............................................................

XVII - exercer, diretamente ou mediante convênio, as competências


expressas no inciso VIII do art. 21 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997
- Código de Trânsito Brasileiro, nas rodovias federais por ela administradas.

" (NR)

"Art. 82. .............................................................

§ 1o As atribuições a que se refere o caput não se aplicam aos elementos da


infra-estrutura concedidos ou arrendados pela ANTT e pela ANTAQ.

162
§ 3o É, ainda, atribuição do DNIT, em sua esfera de atuação, exercer,
diretamente ou mediante convênio, as competências expressas no art. 21 da
Lei no 9.503, de 1997, observado o disposto no inciso XVII do art. 24 desta
Lei." (NR)

Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

Art. 4o Fica revogado o art. 4o da Lei no 10.209, de 23 de março de 2001.

Congresso Nacional, em 13 de novembro de 2002; 181o da


Independência e 114o da República.

Senador RAMEZ TEBET


Presidente da Mesa do Congresso Nacional

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 14.11.2002

163
LEI Nº 13.103, DE 2 DE MARÇO DE 2015
fonte - http://www.planalto.gov.br

Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista; altera a Consolidação das


Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de
1943, e as Leis nos 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito
Brasileiro, e 11.442, de 5 de janeiro de 2007 (empresas e transportadores
autônomos de carga), para disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de
direção do motorista profissional; altera a Lei no 7.408, de 25 de novembro
de 1985; revoga dispositivos da Lei no 12.619, de 30 de abril de 2012; e
dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional


decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o É livre o exercício da profissão de motorista profissional,


atendidas as condições e qualificações profissionais estabelecidas nesta Lei.

Parágrafo único. Integram a categoria profissional de que trata esta Lei


os motoristas de veículos automotores cuja condução exija formação
profissional e que exerçam a profissão nas seguintes atividades ou categorias
econômicas:

I - de transporte rodoviário de passageiros;

II - de transporte rodoviário de cargas.

Art. 2o São direitos dos motoristas profissionais de que trata esta Lei,
sem prejuízo de outros previstos em leis específicas:

I - ter acesso gratuito a programas de formação e aperfeiçoamento


profissional, preferencialmente mediante cursos técnicos e especializados

164
previstos no inciso IV do art. 145 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997
- Código de Trânsito Brasileiro, normatizados pelo Conselho Nacional de
Trânsito - CONTRAN, em cooperação com o poder público;

II - contar, por intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, com


atendimento profilático, terapêutico, reabilitador, especialmente em relação
às enfermidades que mais os acometam;

III - receber proteção do Estado contra ações criminosas que lhes sejam
dirigidas no exercício da profissão;

IV - contar com serviços especializados de medicina ocupacional,


prestados por entes públicos ou privados à sua escolha;

V - se empregados:

a) não responder perante o empregador por prejuízo patrimonial


decorrente da ação de terceiro, ressalvado o dolo ou a desídia do motorista,
nesses casos mediante comprovação, no cumprimento de suas funções;

b) ter jornada de trabalho controlada e registrada de maneira fidedigna


mediante anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho
externo, ou sistema e meios eletrônicos instalados nos veículos, a critério do
empregador; e

c) ter benefício de seguro de contratação obrigatória assegurado e


custeado pelo empregador, destinado à cobertura de morte natural, morte
por acidente, invalidez total ou parcial decorrente de acidente, traslado e
auxílio para funeral referentes às suas atividades, no valor mínimo
correspondente a 10 (dez) vezes o piso salarial de sua categoria ou valor
superior fixado em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Art. 3o Aos motoristas profissionais dependentes de substâncias


psicoativas é assegurado o pleno atendimento pelas unidades de saúde
municipal, estadual e federal, no âmbito do Sistema Único de Saúde,

165
podendo ser realizados convênios com entidades privadas para o
cumprimento da obrigação.

Art. 4o O § 5o do art. 71 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,


aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de l o de maio de 1943, passa a vigorar
com a seguinte redação:

“Art. 71. .......................................................................

.............................................................................................

§ 5o O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e


aquele estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidos
entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora
trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de
trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de
trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores,
fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos
rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros,
mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao
final de cada viagem.” (NR)

Art. 5o O art. 168 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada


pelo Decreto-Lei no 5.452, de lo de maio de 1943, passa a vigorar com as
seguintes alterações:

“Art. 168 ......................................................................

.............................................................................................

§ 6o Serão exigidos exames toxicológicos, previamente à admissão e por


ocasião do desligamento, quando se tratar de motorista profissional,
assegurados o direito à contraprova em caso de resultado positivo e a
confidencialidade dos resultados dos respectivos exames.

166
§ 7o Para os fins do disposto no § 6o, será obrigatório exame toxicológico com
janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias, específico para substâncias
psicoativas que causem dependência ou, comprovadamente, comprometam
a capacidade de direção, podendo ser utilizado para essa finalidade o exame
toxicológico previsto na Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de
Trânsito Brasileiro, desde que realizado nos últimos 60 (sessenta) dias.” (NR)

Art. 6o A Seção IV-A do Capítulo I do Título III da Consolidação das Leis


do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de
1943, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“TÍTULO III

...................................................................................................

CAPÍTULO I

....................................................................................................

Seção IV-A

Do Serviço do Motorista Profissional


Empregado

‘Art. 235-A. Os preceitos especiais desta Seção aplicam-se ao motorista


profissional empregado:

I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros;

II - de transporte rodoviário de cargas.’ (NR)

‘Art. 235-B. São deveres do motorista profissional empregado:

.............................................................................................

167
III - respeitar a legislação de trânsito e, em especial, as normas relativas ao
tempo de direção e de descanso controlado e registrado na forma do
previsto no art. 67-E da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de
Trânsito Brasileiro;

VII - submeter-se a exames toxicológicos com janela de detecção mínima de


90 (noventa) dias e a programa de controle de uso de droga e de bebida
alcoólica, instituído pelo empregador, com sua ampla ciência, pelo menos
uma vez a cada 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, podendo ser utilizado para esse
fim o exame obrigatório previsto na Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997
- Código de Trânsito Brasileiro, desde que realizado nos últimos 60 (sessenta)
dias.

Parágrafo único. A recusa do empregado em submeter-se ao teste ou ao


programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica previstos no
inciso VII será considerada infração disciplinar, passível de penalização nos
termos da lei.’ (NR)

‘Art. 235-C. A jornada diária de trabalho do motorista profissional será de 8


(oito) horas, admitindo-se a sua prorrogação por até 2 (duas) horas
extraordinárias ou, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo, por
até 4 (quatro) horas extraordinárias.

§ 1º Será considerado como trabalho efetivo o tempo em que o motorista


empregado estiver à disposição do empregador, excluídos os intervalos para
refeição, repouso e descanso e o tempo de espera.

§ 2o Será assegurado ao motorista profissional empregado intervalo mínimo


de 1 (uma) hora para refeição, podendo esse período coincidir com o tempo
de parada obrigatória na condução do veículo estabelecido pela Lei
no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, exceto
quando se tratar do motorista profissional enquadrado no § 5o do art. 71
desta Consolidação.

168
§ 3o Dentro do período de 24 (vinte e quatro) horas, são asseguradas 11
(onze) horas de descanso, sendo facultados o seu fracionamento e a
coincidência com os períodos de parada obrigatória na condução do veículo
estabelecida pela Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de
Trânsito Brasileiro, garantidos o mínimo de 8 (oito) horas ininterruptas no
primeiro período e o gozo do remanescente dentro das 16 (dezesseis) horas
seguintes ao fim do primeiro período.

§ 4o Nas viagens de longa distância, assim consideradas aquelas em que o


motorista profissional empregado permanece fora da base da empresa,
matriz ou filial e de sua residência por mais de 24 (vinte e quatro) horas, o
repouso diário pode ser feito no veículo ou em alojamento do empregador,
do contratante do transporte, do embarcador ou do destinatário ou em outro
local que ofereça condições adequadas.

§ 5o As horas consideradas extraordinárias serão pagas com o acréscimo


estabelecido na Constituição Federal ou compensadas na forma do § 2o do
art. 59 desta Consolidação.

§ 6o À hora de trabalho noturno aplica-se o disposto no art. 73 desta


Consolidação.

.............................................................................................

§ 8o São considerados tempo de espera as horas em que o motorista


profissional empregado ficar aguardando carga ou descarga do veículo nas
dependências do embarcador ou do destinatário e o período gasto com a
fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais ou alfandegárias,
não sendo computados como jornada de trabalho e nem como horas
extraordinárias.

§ 9o As horas relativas ao tempo de espera serão indenizadas na proporção


de 30% (trinta por cento) do salário-hora normal.

169
§ 10. Em nenhuma hipótese, o tempo de espera do motorista empregado
prejudicará o direito ao recebimento da remuneração correspondente ao
salário-base diário.

§ 11. Quando a espera de que trata o § 8o for superior a 2 (duas) horas


ininterruptas e for exigida a permanência do motorista empregado junto ao
veículo, caso o local ofereça condições adequadas, o tempo será considerado
como de repouso para os fins do intervalo de que tratam os §§ 2o e 3o, sem
prejuízo do disposto no § 9o.

§ 12. Durante o tempo de espera, o motorista poderá realizar


movimentações necessárias do veículo, as quais não serão consideradas
como parte da jornada de trabalho, ficando garantido, porém, o gozo do
descanso de 8 (oito) horas ininterruptas aludido no § 3o.

§ 13. Salvo previsão contratual, a jornada de trabalho do motorista


empregado não tem horário fixo de início, de final ou de intervalos.

§ 14. O empregado é responsável pela guarda, preservação e exatidão das


informações contidas nas anotações em diário de bordo, papeleta ou ficha de
trabalho externo, ou no registrador instantâneo inalterável de velocidade e
tempo, ou nos rastreadores ou sistemas e meios eletrônicos, instalados nos
veículos, normatizados pelo Contran, até que o veículo seja entregue à
empresa.

§ 15. Os dados referidos no § 14 poderão ser enviados a distância, a critério


do empregador, facultando-se a anexação do documento original
posteriormente.

§ 16. Aplicam-se as disposições deste artigo ao ajudante empregado nas


operações em que acompanhe o motorista.’ (NR)

‘Art. 235-D. Nas viagens de longa distância com duração superior a 7 (sete)
dias, o repouso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas por semana ou
fração trabalhada, sem prejuízo do intervalo de repouso diário de 11 (onze)

170
horas, totalizando 35 (trinta e cinco) horas, usufruído no retorno do
motorista à base (matriz ou filial) ou ao seu domicílio, salvo se a empresa
oferecer condições adequadas para o efetivo gozo do referido repouso.

I - revogado;

II - revogado;

III - revogado.

§ 1o É permitido o fracionamento do repouso semanal em 2 (dois) períodos,


sendo um destes de, no mínimo, 30 (trinta) horas ininterruptas, a serem
cumpridos na mesma semana e em continuidade a um período de repouso
diário, que deverão ser usufruídos no retorno da viagem.

§ 2o A cumulatividade de descansos semanais em viagens de longa distância


de que trata o caput fica limitada ao número de 3 (três) descansos
consecutivos.

§ 3o O motorista empregado, em viagem de longa distância, que ficar com o


veículo parado após o cumprimento da jornada normal ou das horas
extraordinárias fica dispensado do serviço, exceto se for expressamente
autorizada a sua permanência junto ao veículo pelo empregador, hipótese
em que o tempo será considerado de espera.

§ 4o Não será considerado como jornada de trabalho, nem ensejará o


pagamento de qualquer remuneração, o período em que o motorista
empregado ou o ajudante ficarem espontaneamente no veículo usufruindo
dos intervalos de repouso.

§ 5o Nos casos em que o empregador adotar 2 (dois) motoristas trabalhando


no mesmo veículo, o tempo de repouso poderá ser feito com o veículo em
movimento, assegurado o repouso mínimo de 6 (seis) horas consecutivas fora
do veículo em alojamento externo ou, se na cabine leito, com o veículo
estacionado, a cada 72 (setenta e duas) horas.

171
§ 6o Em situações excepcionais de inobservância justificada do limite de
jornada de que trata o art. 235-C, devidamente registradas, e desde que não
se comprometa a segurança rodoviária, a duração da jornada de trabalho do
motorista profissional empregado poderá ser elevada pelo tempo necessário
até o veículo chegar a um local seguro ou ao seu destino.

§ 7o Nos casos em que o motorista tenha que acompanhar o veículo


transportado por qualquer meio onde ele siga embarcado e em que o veículo
disponha de cabine leito ou a embarcação disponha de alojamento para gozo
do intervalo de repouso diário previsto no § 3o do art. 235-C, esse tempo será
considerado como tempo de descanso.

§ 8o Para o transporte de cargas vivas, perecíveis e especiais em longa


distância ou em território estrangeiro poderão ser aplicadas regras conforme
a especificidade da operação de transporte realizada, cujas condições de
trabalho serão fixadas em convenção ou acordo coletivo de modo a
assegurar as adequadas condições de viagem e entrega ao destino final.’
(NR)

‘Art. 235-E. Para o transporte de passageiros, serão observados os seguintes


dispositivos:

I - é facultado o fracionamento do intervalo de condução do veículo previsto


na Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro,
em períodos de no mínimo 5 (cinco) minutos;

II - será assegurado ao motorista intervalo mínimo de 1 (uma) hora para


refeição, podendo ser fracionado em 2 (dois) períodos e coincidir com o
tempo de parada obrigatória na condução do veículo estabelecido pela Lei
no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, exceto
quando se tratar do motorista profissional enquadrado no § 5o do art. 71
desta Consolidação;

III - nos casos em que o empregador adotar 2 (dois) motoristas no curso da


mesma viagem, o descanso poderá ser feito com o veículo em movimento,

172
respeitando-se os horários de jornada de trabalho, assegurado, após 72
(setenta e duas) horas, o repouso em alojamento externo ou, se em poltrona
correspondente ao serviço de leito, com o veículo estacionado.

‘Art. 235-F. Convenção e acordo coletivo poderão prever jornada especial de


12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de descanso para o
trabalho do motorista profissional empregado em regime de compensação.’
(NR)

‘Art. 235-G. É permitida a remuneração do motorista em função da distância


percorrida, do tempo de viagem ou da natureza e quantidade de produtos
transportados, inclusive mediante oferta de comissão ou qualquer outro tipo
de vantagem, desde que essa remuneração ou comissionamento não
comprometa a segurança da rodovia e da coletividade ou possibilite a
violação das normas previstas nesta Lei.’ (NR)

‘Art. 235-H. (Revogado).’ (NR)”

Art. 7o O Capítulo III-A da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 -


Código de Trânsito Brasileiro, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“CAPÍTULO III-A

Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos motoristas profissionais:

I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros;

‘Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de 5 (cinco)


horas e meia ininterruptas veículos de transporte rodoviário coletivo de
passageiros ou de transporte rodoviário de cargas.

§ 1o Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso dentro de cada 6


(seis) horas na condução de veículo de transporte de carga, sendo
facultado o seu fracionamento e o do tempo de direção desde que não
ultrapassadas 5 (cinco) horas e meia contínuas no exercício da condução.

173
§ 1o-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso a cada 4
(quatro) horas na condução de veículo rodoviário de passageiros, sendo
facultado o seu fracionamento e o do tempo de direção.

§ 2o Em situações excepcionais de inobservância justificada do tempo de


direção, devidamente registradas, o tempo de direção poderá ser elevado
pelo período necessário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem
a um lugar que ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde
que não haja comprometimento da segurança rodoviária.

§ 3o O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte e quatro)


horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de descanso, que podem
ser fracionadas, usufruídas no veículo e coincidir com os intervalos
mencionados no § 1o, observadas no primeiro período 8 (oito) horas
ininterruptas de descanso.

§ 4o Entende-se como tempo de direção ou de condução apenas o período


em que o condutor estiver efetivamente ao volante, em curso entre a
origem e o destino.

§ 5o Entende-se como início de viagem a partida do veículo na ida ou no


retorno, com ou sem carga, considerando-se como sua continuação as
partidas nos dias subsequentes até o destino.

§ 6o O condutor somente iniciará uma viagem após o cumprimento


integral do intervalo de descanso previsto no § 3o deste artigo.

§ 7o Nenhum transportador de cargas ou coletivo de passageiros,


embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais de carga,
operador de transporte multimodal de cargas ou agente de cargas
ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda que subcontratado,
que conduza veículo referido no caput sem a observância do disposto no §
6o.’ (NR)

.............................................................................................

174
‘Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por controlar e registrar
o tempo de condução estipulado no art. 67-C, com vistas à sua estrita
observância.

§ 1o A não observância dos períodos de descanso estabelecidos no art. 67-


C sujeitará o motorista profissional às penalidades daí decorrentes,
previstas neste Código.

§ 2o O tempo de direção será controlado mediante registrador


instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou por meio de anotação
em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de trabalho externo, ou por
meios eletrônicos instalados no veículo, conforme norma do Contran.

§ 3o O equipamento eletrônico ou registrador deverá funcionar de forma


independente de qualquer interferência do condutor, quanto aos dados
registrados.

§ 4o A guarda, a preservação e a exatidão das informações contidas no


equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e de
tempo são de responsabilidade do condutor.’”

Art. 8o A Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito


Brasileiro, passa a vigorar com as seguintes alterações:

§ 2o Antes do registro e licenciamento, o veículo de carga novo, nacional ou


importado, portando a nota fiscal de compra e venda ou documento
alfandegário, deverá transitar embarcado do pátio da fábrica ou do posto
alfandegário ao Município de destino.” (NR)

“Art. 148-A. Os condutores das categorias C, D e E deverão submeter-se a


exames toxicológicos para a habilitação e renovação da Carteira Nacional de
Habilitação.

§ 1o O exame de que trata este artigo buscará aferir o consumo de


substâncias psicoativas que, comprovadamente, comprometam a capacidade

175
de direção e deverá ter janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias, nos
termos das normas do Contran.

§ 2o Os condutores das categorias C, D e E com Carteira Nacional de


Habilitação com validade de 5 (cinco) anos deverão fazer o exame previsto no
§ 1o no prazo de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses a contar da realização do
disposto no caput.

§ 3o Os condutores das categorias C, D e E com Carteira Nacional de


Habilitação com validade de 3 (três) anos deverão fazer o exame previsto no
§ 1o no prazo de 1 (um) ano e 6 (seis) meses a contar da realização do
disposto no caput.

§ 4o É garantido o direito de contraprova e de recurso administrativo no caso


de resultado positivo para o exame de que trata o caput, nos termos das
normas do Contran.

§ 5o A reprovação no exame previsto neste artigo terá como consequência a


suspensão do direito de dirigir pelo período de 3 (três) meses, condicionado
o levantamento da suspensão ao resultado negativo em novo exame, e
vedada a aplicação de outras penalidades, ainda que acessórias.

§ 6o O resultado do exame somente será divulgado para o interessado e não


poderá ser utilizado para fins estranhos ao disposto neste artigo ou no §
6o do art. 168 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.

§ 7o O exame será realizado, em regime de livre concorrência, pelos


laboratórios credenciados pelo Departamento Nacional de Trânsito -
DENATRAN, nos termos das normas do Contran, vedado aos entes públicos:

I - fixar preços para os exames;

II - limitar o número de empresas ou o número de locais em que a atividade


pode ser exercida; e

176
III - estabelecer regras de exclusividade territorial.”

“Art. 230. ......................................................................

.............................................................................................

XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art. 67-C,


relativamente ao tempo de permanência do condutor ao volante e aos
intervalos para descanso, quando se tratar de veículo de transporte de carga
ou coletivo de passageiros:

Infração - média;

Penalidade - multa;

Medida administrativa - retenção do veículo para cumprimento do tempo de


descanso aplicável.

.............................................................................................

§ 1º Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12 (doze) meses, será


convertida, automaticamente, a penalidade disposta no inciso XXIII em
infração grave.

§ 2o Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do veículo fica


condicionada ao pagamento ou ao depósito, judicial ou administrativo, da
multa.” (NR)

§ 4o Ao condutor identificado no ato da infração será atribuída pontuação


pelas infrações de sua responsabilidade, nos termos previstos no § 3o do art.
257, excetuando-se aquelas praticadas por passageiros usuários do serviço
de transporte rodoviário de passageiros em viagens de longa distância
transitando em rodovias com a utilização de ônibus, em linhas regulares
intermunicipal, interestadual, internacional e aquelas em viagem de longa
distância por fretamento e turismo ou de qualquer modalidade, excetuadas
177
as situações regulamentadas pelo Contran a teor do art. 65 da Lei
no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro.” (NR)

Art. 9o As condições de segurança, sanitárias e de conforto nos locais


de espera, de repouso e de descanso dos motoristas profissionais de
transporte rodoviário de passageiros e rodoviário de cargas terão que
obedecer ao disposto em normas regulamentadoras pelo ente
competente. (Regulamento)

§ 1o É vedada a cobrança ao motorista ou ao seu empregador pelo uso


ou permanência em locais de espera sob a responsabilidade de:

I - transportador, embarcador ou consignatário de cargas;

II - operador de terminais de cargas;

III - aduanas;

IV - portos marítimos, lacustres, fluviais e secos;

V - terminais ferroviários, hidroviários e aeroportuários.

§ 2o Os locais de repouso e descanso dos motoristas profissionais


serão, entre outros, em:

I - estações rodoviárias;

II - pontos de parada e de apoio;

III - alojamentos, hotéis ou pousadas;

IV - refeitórios das empresas ou de terceiros;

V - postos de combustíveis.

178
§ 3o Será de livre iniciativa a implantação de locais de repouso e
descanso de que trata este artigo.

§ 4o A estrita observância às Normas Regulamentadoras do Ministério


do Trabalho e Emprego, no que se refere aos incisos II, III, IV e V do § 2o, será
considerada apenas quando o local for de propriedade do transportador, do
embarcador ou do consignatário de cargas, bem como nos casos em que
esses mantiverem com os proprietários destes locais contratos que os
obriguem a disponibilizar locais de espera e repouso aos motoristas
profissionais.

Art. 10. O poder público adotará medidas, no prazo de até 5 (cinco)


anos a contar da vigência desta Lei, para ampliar a disponibilidade dos
espaços previstos no art. 9o, especialmente: (Regulamento)

I - a inclusão obrigatória de cláusulas específicas em contratos de


concessão de exploração de rodovias, para concessões futuras ou
renovação;

II - a revisão das concessões de exploração das rodovias em vigor, de


modo a adequá-las à previsão de construção de pontos de parada de espera
e descanso, respeitado o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos;

III - a identificação e o cadastramento de pontos de paradas e locais


para espera, repouso e descanso que atendam aos requisitos previstos no
art. 9o desta Lei;

IV - a permissão do uso de bem público nas faixas de domínio das


rodovias sob sua jurisdição, vinculadas à implementação de locais de espera,
repouso e descanso e pontos de paradas, de trevos ou acessos a esses locais;

V - a criação de linha de crédito para apoio à implantação dos pontos


de paradas.

179
Parágrafo único. O poder público apoiará ou incentivará, em caráter
permanente, a implantação pela iniciativa privada de locais de espera, pontos
de parada e de descanso.

Art. 11. Atos do órgão competente da União ou, conforme o caso, de


autoridade do ente da federação com circunscrição sobre a via publicarão a
relação de trechos das vias públicas que disponham de pontos de parada ou
de locais de descanso adequados para o cumprimento desta
Lei. (Regulamento)

§ 1o A primeira relação dos trechos das vias referidas no caput será


publicada no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias a contar da data da
publicação desta Lei.

§ 2o As relações de trechos das vias públicas de que trata


o caput deverão ser ampliadas e revisadas periodicamente.

§ 3o Os estabelecimentos existentes nas vias poderão requerer no


órgão competente com jurisdição sobre elas o seu reconhecimento como
ponto de parada e descanso.

Art. 12. O disposto nos §§ 2o e 3o do art. 235-C do Capítulo I do Título


III da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei
no 5.452, de 1o de maio de 1943, e no caput e nos §§ 1º e 3º do art. 67-C do
Capítulo III-A da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito
Brasileiro, produzirá efeitos: (Regulamento)

I - a partir da data da publicação dos atos de que trata o art. 11, para os
trechos das vias deles constantes;

II - a partir da data da publicação das relações subsequentes, para as


vias por elas acrescidas.

Parágrafo único. Durante os primeiros 180 (cento e oitenta) dias de


sujeição do trecho ao disposto na Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,

180
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e na Lei
no 9.503,de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, com as
alterações constantes desta Lei, a fiscalização do seu cumprimento será
meramente informativa e educativa.

Art. 13. O exame toxicológico com janela de detecção mínima de 90


(noventa) dias de que tratam o art. 148-A da Lei 9.503, de 23 de setembro de
1997 - Código de Trânsito Brasileiro, os §§ 6º e 7º do art. 168 e o inciso VII do
art. 235-B da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será exigido:

I - em 90 (noventa) dias da publicação desta Lei, para a renovação e


habilitação das categorias C, D e E;

II - em 1 (um) ano a partir da entrada em vigor desta Lei, para a


admissão e a demissão de motorista profissional;

III - em 3 (três) anos e 6 (seis) meses a partir da entrada em vigor desta


Lei, para o disposto no § 2o do art. 148-A da Lei no 9.503, de 23 de
setembro de 1997;

IV - em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses a partir da entrada em vigor desta


Lei, para o disposto no § 3º do art. 148-A da Lei nº 9.503, de 23 de setembro
de 1997.

Parágrafo único. Caberá ao Contran estabelecer adequações


necessárias ao cronograma de realização dos exames.

Art. 14. Decorrido o prazo de 3 (três) anos a contar da publicação desta


Lei, os seus efeitos dar-se-ão para todas as vias, independentemente da
publicação dos atos de que trata o art. 11 ou de suas revisões.

Art. 15. A Lei no 11.442, de 5 de janeiro de 2007, passa a vigorar com as


seguintes alterações:

181
“Art. 4o ..........................................................................

§ 3o Sem prejuízo dos demais requisitos de controle estabelecidos em


regulamento, é facultada ao TAC a cessão de seu veículo em regime de
colaboração a outro profissional, assim denominado TAC - Auxiliar, não
implicando tal cessão a caracterização de vínculo de emprego.

§ 4o O Transportador Autônomo de Cargas Auxiliar deverá contribuir para a


previdência social de forma idêntica à dos Transportadores Autônomos.

§ 5o As relações decorrentes do contrato estabelecido entre o Transportador


Autônomo de Cargas e seu Auxiliar ou entre o transportador autônomo e o
embarcador não caracterizarão vínculo de emprego.” (NR)

“Art. 5o-A. O pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao


Transportador Autônomo de Cargas - TAC deverá ser efetuado por meio de
crédito em conta mantida em instituição integrante do sistema financeiro
nacional, inclusive poupança, ou por outro meio de pagamento
regulamentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, à
critério do prestador do serviço.

§ 7o As tarifas bancárias ou pelo uso de meio de pagamento eletrônico


relativas ao pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao
Transportador Autônomo de Cargas - TAC correrão à conta do responsável
pelo pagamento.” (NR)

§ 5o O prazo máximo para carga e descarga do Veículo de Transporte


Rodoviário de Cargas será de 5 (cinco) horas, contadas da chegada do veículo
ao endereço de destino, após o qual será devido ao Transportador Autônomo
de Carga - TAC ou à ETC a importância equivalente a R$ 1,38 (um real e trinta
e oito centavos) por tonelada/hora ou fração.

§ 6o A importância de que trata o § 5o será atualizada, anualmente, de


acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC,
calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

182
ou, na hipótese de sua extinção, pelo índice que o suceder, definido em
regulamento.

§ 7o Para o cálculo do valor de que trata o § 5o, será considerada a


capacidade total de transporte do veículo.

§ 8o Incidente o pagamento relativo ao tempo de espera, este deverá ser


calculado a partir da hora de chegada na procedência ou no destino.

§ 9o O embarcador e o destinatário da carga são obrigados a fornecer ao


transportador documento hábil a comprovar o horário de chegada do
caminhão nas dependências dos respectivos estabelecimentos, sob pena de
serem punidos com multa a ser aplicada pela Agência Nacional de
Transportes Terrestres - ANTT, que não excederá a 5% (cinco por cento) do
valor da carga.” (NR)

“Art. 13-A. É vedada a utilização de informações de bancos de dados de


proteção ao crédito como mecanismo de vedação de contrato com o TAC e a
ETC devidamente regulares para o exercício da atividade do Transporte
Rodoviário de Cargas.”

Art. 16. O art. 1o da Lei no 7.408, de 25 de novembro de 1985, passa a


vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1o Fica permitida, na pesagem de veículos de transporte de carga e de


passageiros, a tolerância máxima de:

I - 5% (cinco por cento) sobre os limites de peso bruto total;

II - 10% (dez por cento) sobre os limites de peso bruto transmitido por eixo
de veículos à superfície das vias públicas.

Parágrafo único. Os limites de peso bruto não se aplicam aos locais não
abrangidos pelo disposto no art. 2o da Lei no 9.503, de 23 de setembro de
1997 - Código de Trânsito Brasileiro, incluindo-se as vias particulares sem
acesso à circulação pública.” (NR)

183
Art. 17. Os veículos de transporte de cargas que circularem vazios não
pagarão taxas de pedágio sobre os eixos que mantiverem
suspensos. (Regulamento)

Art. 18. O embarcador indenizará o transportador por todos os prejuízos


decorrentes de infração por transporte de carga com excesso de peso em
desacordo com a nota fiscal, inclusive as despesas com transbordo de carga.

Art. 19. Fica instituído o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do


Transporte de Cargas Nacional - PROCARGAS, cujo objetivo principal é estimular
o desenvolvimento da atividade de transporte terrestre nacional de cargas.

Parágrafo único. O Procargas tem como finalidade o desenvolvimento


de programas visando à melhoria do meio ambiente de trabalho no setor de
transporte de cargas, especialmente as ações de medicina ocupacional para o
trabalhador.

Art. 20. Fica permitida a concessão de Autorização Especial de Trânsito


- AET - para composição de veículos boiadeiros articulados (Romeu e Julieta)
com até 25 m de comprimento, sendo permitido a estes veículos autorização
para transitar em qualquer horário do dia.

Art. 21. Ficam revogados os arts. 1º, 2º e 9o da Lei no 12.619, de 30 de


abril de 2012.

Art. 22. Ficam convertidas em sanção de advertência: (Regulamento)

I - as penalidades decorrentes de infrações ao disposto na Lei


no 12.619, de 30 de abril de 2012, que alterou a Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e
a Lei no9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro,
aplicadas até a data da publicação desta Lei; e (Vide Decreto nº 8.433, de
2015)

II - as penalidades por violação do inciso V do art. 231 da Lei no 9.503, de


23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, aplicadas até 2 (dois)
anos antes da entrada em vigor desta Lei. (Vide Decreto nº 8.433, de 2015)

184
Brasília, 2 de março de 2015; 194o da Independência e 127o da
República.

DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Antônio Carlos Rodrigues
Manoel Dias
Arthur Chioro
Armando Monteiro
Nelson Barbosa
Gilberto Kassab
Miguel Rossetto

Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.3.2015

185
RESOLUÇÃO ANTT nº 4.898 de 13 de outubro de 2015
fonte - http://www.antt.gov.br

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES

DIRETORIA COLEGIADA

DOU de 14/10/2015 (nº 196, Seção 1, pág. 69)

Dispõe sobre as medidas técnicas e operacionais para viabilizar a isenção da


cobrança de pedágio sobre os eixos suspensos de veículos de transporte de
carga que circulam vazios.

A DIRETORIA DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT,


no uso de suas atribuições, fundamentada no Voto DG - 043, de 13 de
outubro de 2015, e no que consta do Processo nº 50500.307076/2015-95,
resolve:

considerando o art. 17 da Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015;

considerando o § 1º do art. 2º do Decreto nº 8.433, de 16 de abril de 2015,


resolve:

Art. 1º - A condição de veículo vazio de que trata o art. 17º da Lei nº 13.103
poderá ser verificada a partir:
I - de avaliação visual;
II - da documentação fiscal associada à viagem;
III - do Código Identificador da Operação de Transporte - CIOT, nos termos da
Resolução nº 3.658/2011;
IV - do peso bruto total do veículo.

186
Art. 2º - A verificação de que trata o art. 1º poderá ser realizada em cabines
específicas de pedágio, postos de pesagem ou através de fiscalização pela
ANTT ou pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a rodovia.
Art. 3º - No prazo de 90 dias, cada concessionária de rodovia regulada pela
ANTT deverá apresentar proposta operacional para a verificação da condição
de vazio, que poderá prever a aplicação de qualquer das formas
estabelecidas nos incisos I a IV do art. 1º, isoladas ou cumulativamente.

JORGE BASTOS - Diretor-Geral

187
Resolução ANTT nº3658 de 19 de abril de 2011
Fonte: http://www.antt.gov.br (D.O.U. 27/04/2011)

Transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros mediante


remuneração.
Regulamenta o art. 5º-A da Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007, que
"dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros
mediante remuneração e revoga a Lei nº 6.813, de 10 de julho de 1980".

RESOLUÇÃO Nº. 3.658, DE 19 DE ABRIL DE 2011

(Ver Resolução ANTT nº 3731 de 2011)

A DIRETORIA DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES - ANTT,


no uso de suas atribuições e em conformidade com o disposto no art. 5º-A da
Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007, e nos arts. 12, VII, 20, II, "a", e 22, IV,
da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001;

CONSIDERANDO a necessidade de garantir a movimentação de bens em


cumprimento a padrões de eficiência e modicidade nos fretes; e

CONSIDERANDO os problemas causados ao mercado de transporte


rodoviário de cargas pela adoção de sistemáticas ineficientes de pagamento
do frete, resolve:

Art. 1º Regulamentar o pagamento do valor do frete referente à prestação


dos serviços de transporte rodoviário de cargas, previsto no art. 5º-A da Lei
nº 11.442, de 2007.

CAPÍTULO I

188
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 2º Para fins desta Resolução, considera-se:

I - Operação de Transporte: viagem decorrente da prestação do serviço de


transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante
remuneração.

II - Código Identificador da Operação de Transporte: o código numérico


obtido por meio do cadastramento da Operação de Transporte nos sistemas
específicos;

III - Contrato de Transporte: as disposições firmadas, por escrito, entre o


contratante e o contratado para estabelecer as condições para a prestação
do serviço de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e
mediante remuneração;

IV - contratante: a pessoa jurídica responsável pelo pagamento do frete ao


Transportador Autônomo de Cargas - TAC ou a seus equiparados, para
prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas, indicado no
cadastramento da Operação de Transporte;

V - contratado: o TAC ou seu equiparado, que efetuar o transporte rodoviário


de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, indicado no
cadastramento da Operação de Transporte;

VI - subcontratante: o transportador que contratar outro transportador para


realização do transporte de cargas para o qual fora anteriormente
contratado, indicado no cadastramento da Operação de Transporte;

VII - consignatário: aquele que receberá as mercadorias transportadas em


consignação, indicado no cadastramento da Operação de Transporte ou nos
respectivos documentos fiscais;

189
VIII - proprietário da carga: o remetente ou o destinatário da carga
transportada, conforme informações dos respectivos documentos fiscais; e

IX - administradora de meios de pagamento eletrônico de frete: a pessoa


jurídica habilitada pela ANTT, responsável, por sua conta e risco, por meio de
pagamento eletrônico de frete aprovado pela ANTT.

Art. 3º - Equiparam-se ao TAC, a Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas


- ETC que possuir, em sua frota, até três veículos automotores de carga
registrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas -
RNTRC, e as Cooperativas de Transportes de Cargas - CTC. (NR dada pela
Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

Parágrafo único - Para fins de comprovação da quantidade de veículos


automotores de carga, será considerada a frota da ETC na data de
cadastramento da Operação de Transporte ou, na sua ausência, na data de
início da viagem. (NR dada pela Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

Art. 4º O pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao TAC ou


ao seu equiparado será efetuado obrigatoriamente por:

I - crédito em conta bancária, seja corrente ou poupança; ou (NR dada pela


Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

II - outros meios de pagamento eletrônico habilitados pela ANTT.

§ 1º O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte rodoviário


de cargas, assim como o consignatário e o proprietário da carga, serão

190
solidariamente responsáveis pela obrigação prevista neste artigo,
resguardado o direito de regresso destes contra os primeiros.

§ 2º As CTC deverão efetuar o pagamento do valor pecuniário devido aos


seus cooperados por um dos meios de pagamento indicados neste artigo.

Art. 5º O contratante do transporte deverá cadastrar a Operação de


Transporte por meio de uma administradora de meios de pagamento
eletrônico de frete e receber o respectivo Código Identificador da Operação
de Transporte.

Parágrafo único. O cadastramento da Operação de Transporte será gratuito e


deverá ser feito pela internet ou por meio de central telefônica
disponibilizada pela administradora de meios de pagamento eletrônico de
frete, que gerará e informará o Código Identificador da Operação de
Transporte.

Art. 6º Para a geração do Código Identificador da Operação de Transporte,


será necessário informar:

I - o número do RNTRC do contratado;

II - o nome, a razão ou denominação social, o CPF ou CNPJ, e o endereço do


contratante e do destinatário da carga;

III - o nome, a razão ou denominação social, o CPF ou CNPJ, e o endereço do


subcontratante e do consignatário da carga, se existirem;

IV - os municípios de origem e de destino da carga;

V - a natureza e a quantidade da carga, em unidade de peso;

VI - o valor do frete, com a indicação do responsável pelo seu pagamento;

VII - valor do combustível, se for o caso, destacado apenas contabilmente;


191
VIII - o valor do pedágio desde a origem até o destino;

IX - o valor dos impostos, taxas e contribuições previdenciárias incidentes; e

X - a placa do veículo e a data de início e término da operação de transporte.

§ 1º A informação do município, de que trata o inciso IVdeste artigo,


obedecerá à Tabela de Códigos de Municípios, elaborada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

§ 2º A informação da natureza da carga, de que trata o inciso

V deste artigo, será constituída pelos quatro primeiros dígitos do código do


Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias,
divulgado pela Receita Federal do Brasil.

§ 3º Caso o pagamento do frete não seja feito em parcela única, na origem


ou no destino, deverá ser informado o valor previsto das parcelas de
adiantamento e saldo, bem como as datas previstas para os respectivos
pagamentos.

§ 4º A ANTT poderá, justificadamente, facultar o preenchimento de alguns


dos dados acima, bem como postergar o momento de seu
fornecimento. (Incluído pela Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

Art. 7º Cabe ao emissor do Contrato ou do Conhecimento de Transporte


Rodoviário de Cargas - CTRC fazer constar, no respectivo documento, o
Código Identificador da Operação de Transporte.

§ 1º O Contrato ou o CTRC deverá prever as causas de extinção antecipada do


contrato e as penalidades aplicáveis em caso de descumprimento contratual.

§ 2º Salvo determinação contrária estabelecida na legislação fiscal, cabe ao


contratante a entrega do Contrato ou do CTRC ao contratado para a
realização do transporte.
192
§ 3º O Contrato ou o CTRC poderão ser substituídos conforme o art. 39 da
Resolução ANTT nº 3.056, de 12 de março de 2009, devendo o emissor do
documento substituto fazer constar nele o Código Identificador da Operação
de Transporte.

Art. 8º - Cabe ao contratado escolher o meio de pagamento do valor do frete


dentre os indicados no art. 4º, desta Resolução. (NR dada pela Resolução
ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

Parágrafo único - Caso o contratado não faça a opção pelo inciso I do art. 4º,
o contratante poderá indicar outro meio de pagamento, conforme previsto
no inciso II do art. 4º, desde que não implique ônus para o
contratado. (Incluído pela Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

Art. 9º O transporte rodoviário de cargas será efetuado sob contrato ou


conhecimento de transporte, que deverá conter informações para a
completa identificação das partes, dos serviços e de natureza fiscal.

§ 1º Na ausência de disposição no contrato ou no conhecimento de


transportes sobre o prazo e as condições para liquidação do frete, ficará o
contratante obrigado a creditar o valor do saldo do frete assim que notificado
da chegada da carga ao destino.

§ 2º Na inexistência de contrato ou de conhecimento de transportes, o


responsável pelo pagamento será aquele indicado no cadastro da Operação
de Transporte ou no documento fiscal que acompanhe a carga.

Art. 10 - A conta bancária utilizada para o pagamento do frete respeitará as


regras estabelecidas pelo Banco Central do Brasil. (NR dada pela Resolução
ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

193
§ 1º - A conta bancária deverá ser de titularidade do contratado, registrado
no RNTRC. (NR dada pela Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

§ 2º - O pagamento do frete por meio de conta bancária sem o


cadastramento da respectiva Operação de Transporte não obstará a
aplicação das penalidades previstas nesta Resolução. (NR dada pela
Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

§ 3º - No caso da utilização de conta bancária para o pagamento do frete, o


emissor do CTRC ou de seu documento substituto ou do contrato de
transporte deverá fazer constar no documento, além das informações
previstas no art. 6º desta Resolução: (NR dada pela Resolução ANTT nº 4275
de 2014)

(Redação Anterior)

I - nome e o número da instituição bancária;

II - número da agência; e

III - número da conta bancária onde foi ou será creditado o pagamento do


frete. (NR dada pela Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

Art. 11. A pessoa física que contratar o TAC ou o seu equiparado para o
transporte de cargas de sua propriedade e sem destinação comercial poderá
efetuar o pagamento do frete:

I - em espécie ou em cheque nominal e cruzado, mediante recibo de


pagamento a autônomo; ou
194
II - mediante os meios de pagamento de frete previstos nesta Resolução.

Parágrafo único. Na hipótese do inciso I a pessoa física contratante ficará


dispensada das demais obrigações desta Resolução.

CAPÍTULO II

DA HABILITAÇÃO E DA APROVAÇÃO

Art. 12. A ANTT habilitará as empresas como administradoras de meios de


pagamento eletrônico de frete e aprovará os respectivos meios de
pagamento eletrônico sempre que cumpridos os requisitos previstos nesta
Resolução.

Parágrafo único. A ANTT poderá, a qualquer tempo, efetuar diligências a fim


de verificar o cumprimento dos requisitos previstos nesta Resolução.

Art. 13. É vedado à administradora de meios de pagamento eletrônico de


frete restringir ou vincular a utilização do meio de pagamento eletrônico de
frete pelo transportador contratado à:

I - aquisição ou utilização de outros serviços; ou

II - utilização de determinada instituição bancária.

Seção I

Da Habilitação das Administradoras de Meios de Pagamento Eletrônico de


Frete

Art. 14. As pessoas jurídicas interessadas em atuar como administradoras de


meios de pagamento eletrônico de frete deverão apresentar à ANTT pedido
de habilitação, protocolado utilizando-se o formulário de que trata o Anexo
desta Resolução, acompanhado dos seguintes documentos:

195
I - cópia autenticada do contrato social da empresa, consolidado ou
acompanhado de todas as alterações, no caso de sociedade comercial, ou do
Estatuto e da ata de eleição da administração em exercício, no caso de
sociedade anônima ou cooperativa, em que conste a administração de meios
de pagamento dentre suas atividades sociais;

II - certidão negativa de falência ou recuperação judicial expedida pelo


distribuidor judicial da comarca do município onde a pessoa jurídica está
sediada;

III - certidões de regularidade para com as Fazendas Estadual e Municipal


relativas à sua sede;

IV - demonstrações contábeis do último exercício social, não consolidadas, já


exigíveis e apresentadas na forma da lei, devidamente auditadas por
empresa de Auditoria registrada na Comissão de Valores Mobiliários - CVM,
que comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua
substituição por balancetes ou balanços provisórios; e

V - procuração outorgada ao signatário do pedido, caso este não seja seu


representante legal.

§ 1º Apresentados documentos previstos no caput deste artigo, a análise do


pedido de habilitação ficará condicionada à verificação e à comprovação, por
parte da ANTT, dos seguintes itens:

I - inexistência de inscrição na Dívida Ativa da ANTT;

II - regularidade da inscrição no CNPJ;

III - regularidade fiscal junto à Receita Federal do Brasil;

IV - regularidade junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional;

V - regularidade junto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço; e


196
VI - regularidade junto à Seguridade Social.

§ 2º A ANTT poderá solicitar os documentos complementares que entender


necessários à análise do pedido, indicando o prazo para cumprimento não
inferior a dez dias.

Art. 15. O pedido de aprovação do meio de pagamento eletrônico de frete


será apresentado juntamente com o pedido de habilitação da administradora
de meios de pagamento eletrônico de frete, quando se tratar de entidade
ainda não habilitada, e deverá ser apresentar:

I - Certificado de Conformidade das ferramentas tecnológicas que suportarão


as regras de negócio e os modelos operacionais de gerenciamento de seus
meios de pagamento eletrônico de frete, expedido por entidade acreditada
pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, por meio
do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.

II - demonstrativo ou relatório descritivo próprio com o detalhamento das


regras de negócio, dos modelos operacionais, da infraestrutura e das
ferramentas tecnológicas que garantirão a viabilidade técnica de seus meios
de pagamento eletrônico de frete e as rotinas que garantirão o cumprimento
das obrigações previstas nesta Resolução;

III - indicação geográfica da rede de estabelecimentos nos quais será possível


utilizar os meios de pagamento eletrônico de frete para saque ou débito;

IV - indicação geográfica dos postos de atendimento presencial e sistemática


de atendimento não presencial aos usuários;

V - minuta do instrumento de credenciamento dos estabelecimentos nos


quais será possível a utilização dos meios de pagamento eletrônico de frete,
quando se tratar de rede credenciada própria;

197
VI - indicação de dois endereços eletrônicos, certificados digitalmente, para
envio, pela ANTT, de notificações e comunicados referentes ao previsto nesta
Resolução;

VII - indicação, em sua regra de negócios, da rotina de apuração de denúncias


feitas por usuários, motivadas pelo descumprimento das obrigações previstas
nesta Resolução, inclusive as referentes à rede credenciada, cujos prazos
para resposta não deverão ultrapassar trinta dias; e

VIII - indicação, em sua regra de negócios, quanto à sua participação na


liquidação do pagamento de frete.

§ 1º O Certificado de Conformidade das ferramentas tecnológicas deverá


estar em consonância com as normas editadas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT que tratam:

I - dos procedimentos mínimos de teste e requisitos de qualidade de


software; e

II - dos procedimentos que visam estabelecer, implementar, operar,


monitorar, analisar criticamente, manter e melhorar um Sistema de Gestão
de Segurança da Informação associados às tecnologias utilizadas nas
ferramentas tecnológicas que suportam as regras de negócio e os modelos
operacionais apresentados.

§ 2º Para efeito do disposto no inciso VI do caput deste artigo, serão


consideradas recebidas, para todos os fins, as mensagens, comunicações e
notificações enviadas para os endereços eletrônicos indicados no pedido de
habilitação.

§ 3º A administradora de meios de pagamento eletrônico de frete que


participar da liquidação do pagamento do frete deverá facultar aos seus
clientes a contratação de seguro que garanta a quitação do pagamento do
frete junto ao contratado.

198
Art. 16. Atendidos os requisitos previstos nesta Resolução, o pedido será
submetido à deliberação da Diretoria Colegiada da ANTT.

Parágrafo único. A documentação apresentada juntamente com o pedido de


habilitação e aprovação será devolvida caso não atenda ao disposto nesta
Resolução.

Art. 17. A habilitação e a aprovação de que trata esta Resolução não poderão
ser objeto de qualquer tipo de transferência ou cessão.

Art. 18. A habilitação e a aprovação serão válidas enquanto forem


obedecidas, pela administradora de meios de pagamento eletrônico de frete,
as disposições desta Resolução e suas eventuais alterações.

Art. 19. Qualquer alteração nas condições de habilitação e aprovação de que


trata esta Resolução deverá ser comunicada pela administradora à ANTT, no
prazo máximo de trinta dias de sua ocorrência.

Art. 20. O ato de habilitação da administradora de meios de pagamento


eletrônico de frete deverá indicar expressamente seu respectivo número de
registro.

Seção II

Dos Meios de Pagamento Eletrônico de Frete

Art. 21. Os meios de pagamento eletrônico de frete consistirão em recurso


tecnológico por meio do qual será possível efetuar créditos para pagamento
dos fretes aos contratados e deverão possuir tecnologia que permita a:

I - utilização para operações de saque e débito;

II - individualização do contratado, pelo número do CPF e do RNTRC; e

III - utilização de senha ou outro meio que impeça o seu uso não autorizado.
199
Art. 22. Os meios de pagamento eletrônico poderão receber créditos nas
seguintes rubricas:

I - frete;

II - Vale-Pedágio obrigatório;

III - combustível; e

IV - despesas.

§ 1º Todos os valores creditados nos meios de pagamento eletrônico de frete


serão de livre utilização e movimentação e não poderão sofrer qualquer
vinculação, exceto o referente ao Vale-Pedágio obrigatório.

§ 2º É vedado o crédito de valores nos meios de pagamento eletrônico de


frete sem o respectivo Código Identificador da Operação de Transporte ou
que não seja decorrente da prestação de serviço de transporte rodoviário de
cargas.

Art. 23. Os meios de pagamento eletrônico de frete poderão ser habilitados


como modelos de pagamento de Vale-Pedágio obrigatório quando, atendida
a legislação regente, for solicitada habilitação para tal fim.

Seção III

Dos Valores dos Serviços

Art. 24. Não poderão ser cobrados do contratado valores referentes:

I - à habilitação, à emissão ou ao fornecimento relativos à primeira via do


meio de pagamento;

II - à consulta de saldo ou extrato, por qualquer meio, sem impressão;

200
III - a impressão de um extrato mensal da respectiva movimentação, quando
solicitado; (NR dada pela Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

IV - ao envio de um extrato anual, consolidado mês a mês, dos créditos


efetuados no meio de pagamento;

V - ao crédito dos valores devidos pela prestação do serviço de transporte;

VI - ao uso na função débito;

VII - à emissão da primeira via de um adicional do meio de pagamento, para


pessoa física dependente do TAC, quando solicitado; e

VIII - a uma transferência para conta bancária de titularidade do contratado,


em qualquer instituição bancária, a cada quinze dias. (NR dada pela
Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

Parágrafo único. Os valores dos serviços prestados aos contratados,


relacionados ao uso de meios de pagamento eletrônico de frete, não
poderão ser estabelecidos em razão do valor da movimentação e deverão ser
informados no sítio eletrônico das Administradoras de Meios de Pagamento
Eletrônico de Frete. (NR dada pela Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

Art. 25. Os valores das tarifas de serviços cobradas dos contratantes, pelas
administradoras de meios de pagamento eletrônico de frete, serão
estabelecidos por livre negociação.

CAPÍTULO III

201
DAS OBRIGAÇÕES

Seção I

Da Agência Nacional de Transportes Terrestres

Art. 26. Constituem obrigações da Agência Nacional de Transportes


Terrestres:

I - disponibilizar às administradoras de meios de pagamento eletrônico de


frete sistema para consulta ao RNTRC e para o recebimento dos dados
relativos aos Códigos Identificadores das Operações de Transporte, previstos
no art. 6º desta Resolução;

II - utilizar os meios disponíveis para fiscalizar o pagamento dos valores de


frete no transporte rodoviário de cargas;

III - zelar pela confidencialidade das regras de negócio e dos meios


tecnológicos informados nos pedidos de habilitação e aprovação de meios de
pagamento eletrônico de frete, bem como pelos dados das operações de
transporte cadastradas em seus sistemas; e

IV - manifestar-se, em até noventa dias, contados da data de protocolo, sobre


o pedido de habilitação como administradora e de aprovação dos meios de
pagamento eletrônico de frete, desde que a documentação apresentada
atenda às exigências desta Resolução e estejam esclarecidas quaisquer
divergências levantadas durante o processo de análise e diligências.

Seção II

Do Contratante e do Subcontratante

Art. 27. Constituem obrigações do contratante e do subcontratante dos


serviços de transporte rodoviário de cargas:

202
I - efetuar o pagamento do valor do frete na forma prevista nesta Resolução;

II - comunicar à ANTT qualquer tentativa de uso irregular ou fraude nos


meios de pagamento de frete;

III - não efetuar qualquer deságio ou desconto de valores sobre o montante


devido pela prestação do serviço de transporte, exceto aqueles decorrentes
de tributação da atividade;

IV - efetuar o cadastramento da Operação de Transporte na forma desta


Resolução;

V - informar ao proprietário ou consignatário da mercadoria transportada o


meio de pagamento utilizado para o cumprimento das obrigações previstas
nesta Resolução e o Código Identificador da Operação de Transporte; e

VI - disponibilizar ao contratado relatórios mensais consolidados, contendo


todas as informações constantes das operações de transporte, consoante os
arts. 6º e 10, § 3º, desta Resolução, que tenham sido cadastradas sob o seu
RNTRC.

Parágrafo único. No caso do contratante utilizar de meio de pagamento


eletrônico de frete, o cadastramento da Operação de Transporte e o envio
dos relatórios de que trata o inciso VI deste artigo e das informações
previstas no art. 6º, assim como a elaboração do contrato de transporte,
caberá à respectiva administradora, quando assim for estabelecido entre as
partes.

Seção III

Da Administradora de Meios de Pagamento Eletrônico de Frete

Art. 28. Constituem obrigações da administradora de meios de pagamento


eletrônico de frete, quando contratada, além daquelas já previstas nesta
Resolução:

203
I - disponibilizar à ANTT todos os dados relativos a cada Código Identificador
da Operação de Transporte, previstos no art. 6º desta Resolução;

II - disponibilizar ao contratante e ao contratado relatórios mensais relativos


aos seus respectivos Códigos Identificadores das Operações de Transporte;

III - disponibilizar aos contratantes e contratados os meios necessários ao


cumprimento das obrigações previstas na forma desta Resolução;

IV - disponibilizar aos contratantes, pela internet e por atendimento


telefônico, o cadastramento da Operação de Transporte, conforme disposto
nos arts. 5º e 6º desta Resolução;

V - disponibilizar serviço de atendimento, nos termos do Decreto nº 6.523, de


31 de julho de 2008;

VI - enviar ao contratado o comprovante de renda anual, consolidado mês a


mês, dos créditos de frete;

VII - fomentar a aceitação dos meios de pagamento de frete em


estabelecimentos comerciais;

VIII - fornecer ao proprietário ou consignatário da mercadoria transportada


as informações relativas aos seus respectivos embarques, mediante
informação do Código Identificador da Operação de Transporte;

IX - garantir a confiabilidade e a confidencialidade de todas as informações


constantes dos sistemas relacionados aos meios de pagamento eletrônico de
frete;

X - observar o disposto na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998;

XI - permitir consulta de saldo ou extrato, por qualquer meio, sem impressão;

204
XII - permitir emissão de meio de pagamento adicional, vinculado ao
principal;

XIII - possuir sistema de contingência que suporte a operação dos meios de


pagamento eletrônico de forma ininterrupta, salvo caso fortuito ou força
maior;

XIV - possibilitar a transferência dos valores devidos pela prestação do


serviço de transporte para uma conta bancária, de titularidade do
contratado, em qualquer instituição bancária; (NR dada pela Resolução ANTT
nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

XV - repassar o crédito dos valores devidos ao contratado imediatamente


após liberação pelo contratante;

XVI - suspender o uso do meio de pagamento sempre que identificar indícios


de uso irregular ou fraude e informar à ANTT da ocorrência;

XVII - não atuar com exclusividade para qualquer grupo econômico de fato ou
de direito, o qual se apresente como contratante de TAC e seus equiparados,
nos termos do art. 3º, desta Resolução;

XVIII - não possuir qualquer vinculação societária, direta e/ou indireta, com
as partes do CTRC ou documento substituto, objeto do contrato de
transporte em que esteja atuando como administradora; e

XIX - não possuir qualquer vinculação societária, direta e/ou indireta, com
distribuidora de combustíveis para efeito de transação com os meios de
pagamento de frete, especialmente as relacionadas à comercialização de
combustíveis e outros insumos.

Parágrafo único. Os dados e as informações previstos nas alíneas do inciso I


deste artigo abrangem todas as Operações de Transporte que tenham sido

205
cadastradas por meio da administradora de meios de pagamento eletrônico
de frete, e serão disponibilizados à ANTT na forma e periodicidade definida
no ato de habilitação.

CAPÍTULO IV

DAS INFRAÇÕES E DAS MEDIDAS PREVENTIVAS

Art. 29. O descumprimento do estabelecido nesta Resolução sujeitará o


infrator às penalidades previstas no art. 21 da Lei nº 11.442, de 2007, cuja
aplicação obedecerá às seguintes disposições:

I - o contratante ou subcontratante do serviço de transporte rodoviário de


cargas que:

a) desviar, por qualquer meio, o pagamento do frete em proveito próprio ou


de terceiro diverso do contratado: multa de cem por cento do valor do frete,
limitada ao mínimo de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) e ao máximo
de R$ 10.500,00 (dez mil e quinhentos reais);

b) deixar de cadastrar a Operação de Transporte: multa de R$1.100,00 (mil e


cem reais);

c) deixar de disponibilizar o relatório mensal consolidado ao contratado nos


termos do art. 27, inciso VI: multa de R$550,00 (quinhentos e cinquenta
reais): e

d) efetuar o pagamento do frete, no todo ou em parte, de forma diversa da


prevista nesta Resolução: multa de cinquenta por cento do valor total de
cada frete irregularmente pago, limitada ao mínimo de R$ 550,00
(quinhentos e cinquenta reais) e ao máximo de R$ 10.500,00 (dez mil e
quinhentos reais); e

e) efetuar qualquer deságio no frete ou cobrança de valor para efetivar os


devidos créditos nos meios de pagamento previstos nesta Resolução: multa

206
de cem por cento do valor do frete, limitada ao mínimo de R$ 550,00
(quinhentos e cinquenta reais) e ao máximo de R$ 10.500,00 (dez mil e
quinhentos reais).

II - o contratado que:

a) permitir, por ação ou omissão, o uso dos meios de pagamento de frete de


sua titularidade de forma irregular ou fraudulenta: multa de R$ 550,00
(quinhentos e cinquenta reais) e cancelamento do RNTRC; e

b) receber, no todo ou em parte, o pagamento do frete de forma diversa da


prevista nesta Resolução: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

III - a administradora de meios de pagamento eletrônico de frete que:

a) cobrar dos contratados qualquer valor, a qualquer título, pela utilização


dos serviços gratuitos previstos nesta Resolução: multa de R$ 550,00
(quinhentos e cinquenta reais);

b) deixar de repassar o crédito do frete após a liberação pelo contratante:


multa de cinquenta por cento do valor total do frete, limitada ao mínimo de
R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) e ao máximo de R$ 5.500,00 (cinco
mil e quinhentos reais);

c) deixar de repassar à ANTT todas as informações relativas aos meios de


pagamento de frete e às Operações de Transporte, nos termos do parágrafo
único do art. 28 desta Resolução: multa de R$ 1.100,00 (mil e cem reais);

d) deixar de disponibilizar o serviço de atendimento aos usuários dos meios


de pagamento de frete nos termos doDecreto nº 6.523, de 2008: multa de R$
550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

e) deixar de disponibilizar aos contratados um extrato impresso mensal


gratuito dos valores pagos como frete: multa de R$ 550,00 (quinhentos e
cinquenta reais);

207
f) deixar de disponibilizar aos contratantes e contratados, pela internet e por
atendimento telefônico, o cadastramento da Operação de Transporte,
conforme disposto nos arts. 5º e 6º desta Resolução: multa de R$ 5.000,00
(cinco mil reais) e cancelamento da habilitação;

g) paralisar a operação dos meios necessários ao cumprimento das


obrigações previstas na Lei nº 11.442, de 2007, e nesta Resolução, sem prévia
autorização da ANTT: multa de R$10.500,00 (dez mil e quinhentos reais);

h) permitir, por ação ou omissão, ou sem o consentimento da ANTT, o acesso


de terceiros não relacionados à Operação de Transporte ou a informações
constantes dos sistemas e meios de pagamento de frete: multa de
R$5.000,00 (cinco mil reais);

i) deixar de comunicar, no prazo máximo de trinta dias, qualquer alteração


nas condições de habilitação e aprovação de que trata esta Resolução: multa
de R$ 1.100,00 (mil e cem reais); e

j) restringir a utilização do meio de pagamento eletrônico de frete por


contratado, em virtude de situação cadastral junto aos órgãos de proteção ao
crédito: multa de R$ 1.100,00 (mil e cem reais).

§ 1º A aplicação da penalidade não elidirá o cumprimento da obrigação.

§ 2º Não sendo identificado o contratante ou o subcontratante do serviço de


transporte, o consignatário e o proprietário da carga responderão,
solidariamente, pelas infrações previstas no inciso I deste artigo, resguardado
o direito de indicar, comprovadamente, o contratante ou o subcontratante
do transporte.

Art. 30. A reincidência, genérica ou específica, acarretará a aplicação da


penalidade pela nova infração acrescida de cinquenta por cento do valor da
última penalidade aplicada em definitivo, até o limite legal.

208
§ 1º Para os efeitos deste artigo, ocorrerá reincidência quando o agente
cometer nova infração depois de ter sido punido anteriormente por força de
decisão definitiva, salvo se decorridos mais de três anos do cumprimento da
respectiva penalidade.

§ 2º A reincidência será genérica quando as infrações cometidas forem de


natureza diversa e será específica quando da mesma natureza.

§ 3º Para efeitos do § 2º deste artigo, consideram-se infrações da mesma


natureza aquelas de idêntica tipificação legal, regulamentar ou contratual.

Art. 31. Caso a administradora de meios de pagamento eletrônico de frete


deixe de atender às respectivas condições de habilitação ou de aprovação,
será instada a pronunciar-se por escrito no prazo de trinta dias, contados da
ciência da respectiva intimação, sob pena de ter cancelada a habilitação ou a
aprovação.

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 32. A ANTT disponibilizará em seu sítio na internet:

I - nome, CNPJ, endereço e telefone de atendimento e sítio das


Administradoras de Meios de Pagamento Eletrônico de Frete; (NR dada pela
Resolução ANTT nº 4275 de 2014)

(Redação Anterior)

II - as estatísticas sobre o uso dos meios de pagamento de frete; e

III - as penalidades aplicadas em definitivo com base nesta Resolução,


indicando o nome do infrator, a data e a tipificação da infração.

209
Art. 33. A ANTT reprimirá fatos ou ações que configurem ou possam
configurar competição imperfeita ou infrações à ordem econômica
relacionada ao regulamentado nesta Resolução.

Art.34. Exclusivamente no que se refere ao contratante e ao contratado, a


fiscalização, nos primeiros duzentos e setenta dias a partir da vigência desta
Resolução, terá fins educativos, sem a aplicação das sanções previstas nesta
Resolução.(NR dada pela Resolução ANTT nº 3731 de 2011)

(Redação Anterior)

(Ver Resolução ANTT nº 3731 de 2011)

Art. 35. Fica vedada a utilização de "Carta-Frete", bem como de qualquer


outro meio de pagamento não previsto nesta Resolução para fins de
remuneração do TAC ou de seus equiparados, decorrente da prestação do
serviço de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante
remuneração.

Art. 36. O art. 39 da Resolução ANTT nº 3.056, de 12 de março de 2009, passa


a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 39. Sem prejuízo dos documentos requeridos por normas específicas, é
obrigatória a apresentação à fiscalização, pelo transportador ou condutor, do
CRNTRC em tamanho natural ou reduzido, desde que legível, admitida a
impressão em preto e branco, ou do Certificado de Registro e Licenciamento
de Veículos - CRLV contendo o número do RNTRC, e do Contrato ou do
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, que poderão ser
substituído pelos seguintes documentos:

I - Conhecimento de Transporte Eletrônico;

II - Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico;

III - Nota Fiscal de Serviços de Transportes;

210
IV - Manifesto de Cargas; ou

V - Despacho de Transporte.

Parágrafo único. Poderá ser apresentado outro documento fiscal substituto,


conforme a legislação fiscal, desde que possua as informações definidas no
art. 23, incisos I, II, III, IV, V, VIII, IX, e X e o Código Identificador da Operação
de Transporte." (NR)

Art. 37. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

BERNARDO FIGUEIREDO

Diretor-Geral

RESOLUÇÃO Nº 1474, DE 31 DE MAIO DE 2006


DOU de 05 DE JUNHO DE 2006
Fonte: http://www.antt.gov.br

Dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, de


Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais de transporte
rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar,
em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências.
A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, no uso de
suas atribuições, fundamentada nos termos do Relatório DNO - 125/2006, de
30 de maio de 2006, no que consta do Processo nº 50500.065004/2005-93 e
211
CONSIDERANDO as disposições relativas à prestação de serviço de transporte
internacional de cargas, contidas no art. 26, inciso V e nos arts. 44 e 46, da Lei
n º 10.233, de 5 de junho de 2001;

CONSIDERANDO a necessidade de dar cumprimento aos termos


estabelecidos nos acordos internacionais celebrados entre o Brasil e os
demais países da América do Sul,

CONSIDERANDO as determinações contidas no artigo 50 da Lei nº 10.233, de


5 de junho de 2001, relativas à ratificação dos instrumentos de outorga
expedidos por entidades públicas federais do setor dos transportes,
anteriormente à instalação da ANTT, e

CONSIDERANDO as contribuições recebidas por intermédio da Audiência


Pública nº 032, realizada das 12 horas do dia 30 de janeiro às 18 horas do dia
20 de fevereiro de 2006, RESOLVE:

Art. 1º A prestação de serviço de transporte rodoviário internacional de


cargas depende de prévia habilitação junto à ANTT, mediante outorga a ser
concedida na modalidade autorização.

Art. 2º Os atos relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de


Caráter Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de
cargas, e de Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras,
observarão os procedimentos estabelecidos nesta Resolução.

TÍTULO I - DA LICENÇA ORIGINÁRIA

Art. 3º Licença Originária é a autorização para realizar transporte rodoviário


internacional de cargas, outorgada pelo país de origem da empresa
interessada, que preencha os requisitos estipulados nos acordos
internacionais de transporte rodoviário de cargas, na legislação brasileira e
na presente Resolução.

212
Art. 4º A empresa que pretender habilitar-se ao transporte rodoviário
internacional de cargas deverá atender aos seguintes requisitos:

I - ser constituída nos termos da legislação brasileira;


II - ser proprietária de uma frota que tenha capacidade de transporte
dinâmica total mínima de 80 (oitenta) toneladas, a qual poderá ser composta
por equipamentos do tipo trator com semi-reboque, caminhões com
reboque ou veículos do tipo caminhão simples; e
III - possuir infra-estrutura composta de escritório e adequados meios de
comunicação.

§ 1º Os veículos do tipo caminhão simples deverão estar em conformidade


com o Acordo 1.50 “Sistema de Normatização de Medidas de Carga Útil dos
Veículos de Transporte Internacional de Cargas”, aprovado na XIV Reunião de
Ministros de Obras Públicas e Transporte do Cone Sul, realizada em La Paz,
Bolívia, no período entre 23 e 27 de novembro de 1987.

§ 2º Os veículos habilitados para realizar transporte rodoviário internacional


de carga deverão portar o respectivo Certificado de Inspeção Técnica Veicular
Periódica (CITV), conforme condições estabelecidas na Resolução Mercosul/
GMC Nº 75, de 13 de dezembro de 1997.

§ 3º A habilitação poderá ser suspensa pela ANTT, a qualquer tempo em que


se verifique alteração nos requisitos de que trata este artigo, até
comprovação de sua efetiva regularização.

Art. 5º Para habilitar-se, a empresa deverá apresentar à ANTT os seguintes


documentos:

I - requerimento da empresa ou procurador, este último mediante


apresentação do respectivo instrumento de mandato;
II - contrato ou estatuto social da empresa, com as eventuais alterações e, no
caso de sociedade anônima, cópia da ata da eleição da administração em
exercício;
III – número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ;

213
IV - relação da frota a ser habilitada, por país de destino, com os respectivos
Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV); e
V - número de inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários
de Carga – RNTRC, de que trata a Resolução nº 437, de 17 de fevereiro de
2004.

§ 1º Os documentos deverão ser apresentados em cópia autenticada, em


uma só via por processo, independentemente do número de países
destinatários.

§ 2º Apresentados os documentos referidos nos incisos I a V deste artigo, a


análise do pedido de habilitação fica condicionada à verificação e
comprovação, mediante juntada ao processo dos comprovantes de
pesquisas, com identificação e assinatura do funcionário responsável, da
regularidade cadastral no CNPJ, da regularidade fiscal da interessada junto à
Secretaria da Receita Federal - SRF, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
- PGFN, ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS e à Seguridade
Social – INSS.

§ 3º Não será analisado o pedido de habilitação que não contiver os


documentos relacionados neste artigo, assim como o comprovante de
recolhimento dos emolumentos de que tratam os arts. 22 a 24 desta
Resolução.

Art. 6º A Licença Originária será outorgada pela Diretoria da ANTT, nos


termos previstos nos acordos internacionais vigentes, mediante Resolução
publicada no Diário Oficial da União e emissão do respectivo Certificado.

§ 1º O prazo de vigência da Licença Originária será de 10 (dez) anos, contados


da data de sua expedição.

§ 2º O Certificado de que trata o caput será entregue a procurador


devidamente habilitado, com poderes específicos para retirada de
documentos, ou remetido por via postal, com Aviso de Recebimento – AR, ao
endereço da empresa requerente.

214
§ 3º Observado o disposto no art. 20 desta Resolução, eventuais alterações
da frota habilitada ou dos dados cadastrais da empresa, inclusive alteração
de endereço e substituição de procurador, deverão ser comunicadas por
escrito à ANTT, no prazo de 30 (trinta) dias do fato.

Art. 7º A Licença Originária não autoriza a empresa a operar antes da


obtenção da correspondente Licença Complementar no país de destino ou de
trânsito.

§ 1º A Licença Originária não poderá ser objeto de transferência ou cessão, a


qualquer título.

§ 2º A inobservância do disposto no parágrafo anterior ensejará o


cancelamento da Licença.

Art. 8º Para operar no transporte rodoviário internacional de cargas, a


empresa detentora de Licença Originária deverá providenciar a Licença
Complementar junto ao organismo competente no país de destino ou de
trânsito, no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data de
expedição da Licença Originária.

§ 1º A obtenção da Licença Complementar deverá ser comprovada junto à


ANTT, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da expedição
da Licença Originária.

§ 2º O não cumprimento de qualquer das providências referidas neste artigo


acarretará o cancelamento da Licença Originária.

Art. 9º Comprovado o requisito de frota de que trata o art. 4º, inciso II, desta
Resolução, poderão ainda ser habilitados veículos que sejam objeto de
contrato de locação entre os respectivos proprietários e a empresa
requerente, devidamente comprovado à ANTT, mediante apresentação de
cópia autenticada.

215
§ 1º Na hipótese de locação, os contratos deverão conter, obrigatoriamente,
a cláusula identificada no Anexo I e a Relação de Veículos, conforme Anexo II,
desta Resolução.

Art. 10. As empresas que tenham veículos locados em sua frota deverão
comunicar à ANTT a extinção do(s) contrato(s) de locaçãode veículo(s)
autorizado(s) a operar no transporte rodoviário internacional de cargas.

TÍTULO II - DA AUTORIZAÇÃO DE CARÁTER OCASIONAL

Art. 11. Autorização de viagem de Caráter Ocasional é a licença concedida


para a realização de viagem não caracterizada como prestação de serviço
regular e permanente, ou aquela que vier a ser definida em acordos bilaterais
ou multilaterais.

Art. 12. A ANTT, quando solicitada, emitirá Autorização de Caráter Ocasional,


nas condições especificadas nos acordos internacionais vigentes e nesta
Resolução.

Art. 13. A empresa que solicitar Autorização de Caráter Ocasional deverá


apresentar as seguintes informações:

I – nome ou razão social da empresa responsável pela viagem ocasional;

II – origem e destino da viagem;


III – pontos de fronteira a serem utilizados durante o percurso;
IV – tipo de carga a ser transportada, tanto na ida quanto no regresso;
V – relação dos veículos a serem utilizados e cópia autenticada dos
respectivos Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e da
Apólice de Seguros de Responsabilidade Civil por lesões ou danos a terceiros;
VI – cópia autenticada do Certificado de Inspeção Técnica Veicular Periódica
(CITV);
VII – vigência pretendida para a autorização; e
VIII - número de inscrição do transportador no RNTRC, nos termos da
Resolução nº 437, de 2004.
216
§ 1º Os veículos autorizados a realizar viagem de caráter ocasional deverão
portar os respectivos Certificados de Inspeção Técnica Veicular Periódica
(CITV) e Apólice de Seguros de Responsabilidade Civil por lesões ou danos a
terceiros.

Art. 14. A Autorização de Caráter Ocasional não poderá ser superior a 180
(cento e oitenta) dias.

Art. 15. Em se tratando de transporte de carga própria, o requerente deverá


atender aos requisitos previstos nos itens I a VII e no art. 13, § 1º, desta
Resolução.

§ 1º Considera-se transporte de carga própria aquele realizado por empresas


cuja atividade comercial principal não seja o transporte de carga
remunerado, efetuado com veículos de sua propriedade, e que se aplique
exclusivamente a cargas para consumo próprio ou distribuição dos seus
produtos.

§ 2º Na hipótese tratada neste artigo, a comprovação de atendimento da


condição prevista no parágrafo anterior dar-se-á mediante a verificação do
transportador e do importador ou exportador da mercadoria.

TÍTULO III - DA LICENÇA COMPLEMENTAR

Art. 16. Licença Complementar é o ato expedido no Brasil, pelo qual a ANTT,
atendidos os acordos internacionais vigentes, autoriza empresas com sede em
outro país à prestação e operação de serviço de transporte rodoviário
internacional de cargas, além da entrada, saída e trânsito de seus veículos em
território brasileiro, através de pontos de fiscalização aduaneira.

Parágrafo único. A Licença Complementar terá prazo de validade igual ao


previsto na Licença Originária correspondente ou nos acordos bilaterais ou
multilaterais vigentes.

217
Art. 17. A Licença Complementar será expedida, obedecidos os princípios da
reciprocidade consagrados nos acordos bilaterais e multilaterais, à empresa
estrangeira que seja detentora de Licença Originária, outorgada pelo Organismo
Nacional Competente do país de origem.

Art. 18. O pedido de Licença Complementar será dirigido à ANTT, mediante


requerimento de representante legal da empresa no Brasil, ao qual deverão ser
anexados os seguintes documentos:

I - Licença Originária e seus anexos, concedida há, no máximo, 120 (cento e vinte)
dias pelo organismo nacional competente e legalizada na representação
diplomática do Brasil no país de origem; e
II - procuração por instrumento público, outorgada a representante legal, único,
perante a ANTT, residente e domiciliado em território brasileiro e com poderes
para representar a empresa e responder pr ela em todos os atos administrativos
e judiciais, facultado o substabelecimento com reserva de poderes.

§ 1º Os documentos deverão ser apresentados em cópia autenticada ou cópia


simples a ser autenticada no ato do protocolo, mediante exibição do original.

§ 2º Na procuração de que trata o inciso II, deverão constar a identificação


completa do representante legal, o respectivo domicílio, com endereço e
telefone, assim como a inscrição no CNPJ, CPF ou equivalente.

§ 3º Todos os documentos em língua estrangeira deverão ser acompanhados da


correspondente tradução para o português, por tradutor público juramentado,
após obtenção do visto consular perante a representação diplomática do Brasil
no país de origem.

§ 4º Eventual substituição do representante legal ou alteração dos respectivos


dados cadastrais, deverá ser comunicada à ANTT no prazo de 30 (trinta) dias do
fato, sob pena de imediata suspensão da Licença Complementar, até efetiva
regularização da pendência.

218
Art. 19. A Licença Complementar será outorgada pela Diretoria da ANTT, nos
termos previstos nos acordos internacionais vigentes, mediante Resolução
publicada no Diário Oficial da União e emissão do respectivo Certificado.

§ 1º O Certificado de que trata o caput será entregue ao representante legal ou


procurador devidamente habilitado e cadastrado, com poderes específicos para
retirada de documentos, ou remetido por via postal, com Aviso de Recebimento
– AR, ao representante legal único constituído nos termos do art. 18, inciso II,
desta Resolução.

§ 2º É de exclusiva responsabilidade da empresa manter atualizados seus dados


cadastrais, assim como os do respectivo representante legal.

TÍTULO IV - DA ATUALIZAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS

Art. 20. As empresas detentoras de Licença Originária ficam obrigadas à


atualização de seus dados cadastrais, nos termos previstos no art. 5º, desta
Resolução.

Parágrafo único. A atualização de que trata o caput poderá ser solicitada pela
ANTT a qualquer tempo, e sua inobservância acarretará suspensão da respectiva
Licença Originária.

Art. 21. As empresas detentoras de Licença Complementar ficam obrigadas à


comunicação, no prazo de 30 dias, de eventual alteração dos respectivos dados
cadastrais ou substituição do representante legal, neste caso apresentando
procuração em vigor, observados os termos do art. 18, inciso II e §§ 1º, 2º e 3º
desta Resolução.

Parágrafo único. A atualização de que trata o caput poderá ser solicitada pela
ANTT a qualquer tempo, e sua inobservância caracteriza perda dos requisitos
exigidos para concessão da Licença Complementar, implicando seu
cancelamento.

TÍTULO V - DOS EMOLUMENTOS

219
Art. 22. Os custos relativos à expedição das Licenças a que se refere esta
Resolução serão de responsabilidade das empresas requerentes e deverão ser
recolhidos de acordo com as instruções deste Título.

Art. 23. Os emolumentos serão devidos em razão de ato requerido à ANTT, por
país de destino, conforme Anexo III desta Resolução, e o respectivo comprovante
de pagamento deverá ser anexado ao requerimento da interessada.

Art. 24. O recolhimento deverá ser feito mediante pagamento, no Banco do


Brasil, de Guia de Recolhimento da União – GRU Simples, a ser emitida no
endereço eletrônico da ANTT na internet (www.antt.gov.br), com a utilização dos
seguintes códigos:

I - Empresa nacional
Unidade favorecida: 393001/39250 - Agência Nacional de Transportes Terrestres
Código de recolhimento: 28830-6
Número de referência: 105
Nome do contribuinte: Informar o nome do recolhedor
CPF ou CNPJ: Informar o CNPJ do contribuinte
Valor total: Informar o valor a ser recolhido.

II - Empresa estrangeira
Unidade Favorecida: 393001/39250 - Agência Nacional de Transportes Terrestres
Código de recolhimento: 28830-6
Número de referência: 108
Nome do contribuinte: Informar o nome do recolhedor, pessoa física ou jurídica.
CPF ou CNPJ: informar o CPF ou CNPJ do recolhedor, conforme o caso.
Valor total: Informar o valor a ser recolhido.

TÍTULO VI - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS


Art. 25. As empresas detentoras de Licenças Originária ou Complementar ficam
sujeitas, conforme o caso, à aplicação de multas, suspensão ou cancelamento da
respectiva Licença, sempre que infringirem as disposições contidas nos acordos
internacionais vigentes e nas normas e regulamentos próprios, assegurado
amplo direito de defesa.

220
Art. 26. A prestação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas
para a consecução de atividade ilícita sujeita o infrator, mediante prévio
processo administrativo, às penalidades de suspensão ou cancelamento da
respectiva Licença, na forma da lei.

Art. 27. Aos veículos com bloqueios judiciais somente será concedida a
habilitação após a apresentação de permissão expressa do Juízo.

TÍTULO VII - DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS


Art. 28. Os processos e demais requerimentos de emissão de Licença Originária,
de Autorização de Caráter Ocasional e de Licença Complementar, ora em curso
na ANTT, serão analisados de acordo com as disposições desta Resolução.

Art. 29. As empresas detentoras de Licenças Originárias e Complementares


emitidas pela ANTT, a partir de 14 de fevereiro de 2002, deverão observar os
procedimentos estabelecidos nos arts. 20 e 21 desta Resolução.

TÍTULO VIII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 30. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.


Art. 31. Fica revogada a Resolução nº 363, de 26 de novembro de 2003.

JOSÉ ALEXANDRE N. RESENDE Diretor-Geral

221
RESOLUÇÃO Nº 3.665/11, DE 4 DE MAIO DE 2011
Fonte: http://www.antt.gov.br

A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT , no uso de


suas atribuições, fundamentada no Voto DIB - 038/11, de 2 de maio de 2011,
no que consta do Processo nº 50500.054246/2008-02;

CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, e no


Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988;
CONSIDERANDO a necessidade de atualização do Regulamento para o
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, aprovado pelo Decreto nº
96.044, de 18 de maio de 1988; e
CONSIDERANDO as contribuições apresentadas na Audiência Pública nº
091/2008,
RESOLVE:
Art. 1º Dispor sobre o exercício da atividade de transporte rodoviário de
produtos perigosos, realizado em vias públicas no território nacional.

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º O transporte rodoviário, por via pública, de produtos que sejam
perigosos ou representem risco para a saúde de pessoas, para a segurança
pública ou para o meio ambiente, fica submetido às regras e aos
procedimentos estabelecidos neste Regulamento e nas suas instruções
complementares, sem prejuízo do disposto nas normas específicas de cada
produto.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Regulamento, são considerados
como produtos perigosos para fins de transporte aqueles relacionados nas
instruções complementares a esta regulamentação.

CAPÍTULO II
222
DAS CONDIÇÕES DO TRANSPORTE
Seção I
Dos Veículos e dos Equipamentos
Art. 3º Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo,
limpeza e descontaminação, os veículos e equipamentos utilizados no
transporte de produtos perigosos devem estar devidamente sinalizados, e
portar a Ficha de Emergência e o Envelope para Transporte, conforme
instruções complementares a este Regulamento.
Parágrafo único. Após as operações de limpeza e descontaminação dos
veículos e equipamentos de transporte, conforme estabelecido pela
autoridade competente, a sinalização deve ser retirada.
Art. 4º Os veículos utilizados no transporte de produtos perigosos devem
portar conjunto de equipamentos para situações de emergência, adequado
ao tipo de produto transportado, conforme instruções complementares a
este Regulamento.
Art. 5º Os veículos utilizados no transporte de produtos perigosos devem
portar conjuntos de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs adequados
aos tipos de produtos transportados, para uso do condutor e auxiliar, quando
necessário em situações de emergência, conforme instruções
complementares a este Regulamento.
Art. 6º O transporte de produtos perigosos somente pode ser realizado por
veículos e equipamentos de transporte cujas características técnicas e
operacionais, bem como o estado de conservação, garantam condições de
segurança compatíveis com os riscos correspondentes aos produtos
transportados, conforme estabelecido pelas autoridades competentes.
Art. 7º Os veículos e equipamentos de transporte de produtos perigosos a
granel devem ser inspecionados por Organismos de Inspeção Acreditados -
OIA de acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial – Inmetro, os quais realizarão inspeções periódicas e de
construção para emissão do Certificado de Inspeção para o Transporte de
Produtos Perigosos - CIPP e do Certificado de Inspeção Veicular - CIV , de
acordo com regulamentos técnicos daquele Instituto, complementados com
normas técnicas brasileiras ou internacionais aceitas.

223
§ 1º Sem prejuízo das vistorias periódicas previstas na legislação de trânsito,
os veículos e equipamentos de transporte de que trata este artigo devem
ser inspecionados periodicamente, de acordo com os requisitos
estabelecidos nos regulamentos técnicos do Inmetro.
§ 2º Os prazos entre as inspeções não podem exceder a três anos.
§ 3º Os equipamentos de transporte devem circular portando todos os
dispositivos de identificação exigidos, dentro da validade e de acordo com o
estabelecido nos regulamentos técnicos do Inmetro.
§ 4º Os veículos e equipamentos de transporte referidos no caput,
quando acidentados ou avariados, devem ser retirados de circulação para os
devidos reparos e posterior inspeção, nos termos dos regulamentos técnicos
do Inmetro, sendo que o CIPP e o CIV, nesses casos, devem ser recolhidos e
encaminhados àquele Instituto.
§ 5º Caso a fiscalização rodoviária verifique, no veículo ou no
equipamento, irregularidades que comprometam a segurança no transporte,
o CIPP e/ou o CIV devem ser recolhidos e encaminhados ao Inmetro.
Art. 8º O transporte de produtos perigosos deve ser realizado em
veículos classificados como “de carga” ou “misto”, conforme define o Código
de Trânsito Brasileiro - CTB, salvo os casos previstos nas instruções
complementares a este Regulamento.
Art. 9º É proibido transportar produtos para uso ou consumo humano ou
animal em equipamentos de transporte destinados ao transporte de
produtos perigosos a granel, salvo as exceções previstas nas instruções
complementares a este Regulamento.

Seção II
Da Carga e seu Acondicionamento
Art. 10. Os produtos perigosos expedidos de forma fracionada devem
ser acondicionados de modo a suportar os riscos de carregamento,
transporte, descarregamento e transbordo.
§ 1º O expedidor é o responsável pela adequação do acondicionamento e da
estiva, segundo especificações do fabricante e obedecidas as condições

224
gerais e particulares aplicáveis a embalagens, embalagens grandes e
contentores intermediários para granéis - IBCs, conforme instruções
complementares a este Regulamento.
§ 2º No caso de produtos importados, o importador é o responsável
pela observância ao que preceitua este artigo, cabendo-lhe adotar as
providências necessárias junto ao fornecedor estrangeiro.
Art. 11. No caso de produtos perigosos expedidos de forma fracionada,
as embalagens externas devem possuir a identificação relativa aos produtos e
seus riscos, a marcação e a comprovação de sua adequação a programa de
avaliação da conformidade da autoridade competente, conforme instruções
complementares a este Regulamento.
Art. 12. É proibido:
I - conduzir pessoas em veículos transportando produtos perigosos além
dos auxiliares.
II - transportar, simultaneamente, no mesmo veículo ou equipamento de
transporte, diferentes produtos perigosos, salvo se houver compatibilidade
ou se disposto em contrário nas instruções complementares a este
Regulamento.
RESOLUÇÃO Nº 3.665/11, DE 4 DE MAIO DE 2011
III - transportar produtos perigosos juntamente com alimentos,
medicamentos ou quaisquer objetos destinados a uso ou consumo humano
ou animal ou, ainda, com embalagens de mercadorias destinadas ao mesmo
fim.
IV - transportar alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados
ao uso ou consumo humano ou animal em embalagens que tenham contido
produtos perigosos.
V - transportar, simultaneamente, animais e produtos perigosos em veículos
ou equipamentos de transporte.
VI - abrir volumes contendo produtos perigosos, fumar ou adentrar as áreas
de carga do veículo ou equipamentos de transporte com dispositivos capazes
de produzir ignição dos produtos, seus gases ou vapores, durante as etapas
da operação de transporte.

225
Parágrafo único. Entende-se como compatibilidade entre produtos a
ausência de risco de ocorrer explosão, desprendimento de chamas ou calor,
formação de gases, vapores, compostos ou misturas perigosas, devido à
alteração das características físicas ou químicas originais de qualquer um dos
produtos, se postos em contato entre si (por vazamento, ruptura de
embalagem, ou outra causa qualquer).
Art. 13. As proibições de transporte previstas nos incisos II e III do art. 12 não
se aplicam quando os produtos estiverem segregados em cofres de carga
que assegurem a estanqueidade destes em relação ao restante do
carregamento, e conforme critérios estabelecidos nas instruções
complementares a este Regulamento.
Art. 14. As atividades de manuseio, carregamento e descarregamento de
produtos perigosos em locais públicos devem ser realizadas respeitando-se
as condições de segurança relativas às características dos produtos
transportados e à natureza de seus riscos.
Seção III
Do Itinerário
Art. 15. O condutor de veículo transportando produtos perigosos deve evitar
o uso de vias em áreas densamente povoadas ou de proteção de mananciais,
de reservatórios de água ou de reservas florestais e ecológicas, ou que delas
sejam próximas.
Art. 16. O expedidor deve encaminhar as informações referentes aos fluxos
de transporte de produtos perigosos à autoridade competente, conforme
definido pela ANTT.
Parágrafo único. A autoridade competente mencionada no
caput regulamentará a matéria.
Art. 17. As autoridades com circunscrição sobre as vias podem determinar
restrições ao seu uso, ao longo de toda a sua extensão ou parte dela,
sinalizando os trechos restritos e assegurando percurso alternativo, assim
como estabelecer locais e períodos com restrição para estacionamento,
parada, carga e descarga.

226
Art. 18. Caso a origem ou o destino dos produtos perigosos exija o uso de via
restrita, tal fato deve ser comprovado pelo transportador perante a
autoridade com circunscrição sobre a mesma, sempre que solicitado.
Art. 19. O itinerário deve ser programado de forma a evitar a presença de
veículo transportando produtos perigosos em vias de grande fluxo de
trânsito, nos horários de maior intensidade de tráfego.

Seção IV
Do Estacionamento
Art. 20. O condutor de veículo transportando produtos perigosos só pode
estacionar para descanso ou pernoite em áreas previamente determinadas
pelas autoridades competentes e, na inexistência de tais áreas, deve evitar
zonas residenciais, áreas densamente povoadas, de grande concentração de
pessoas ou veículos, de proteção de mananciais, de reservatórios de água, de
reservas florestais e ecológicas, ou que delas sejam próximas.
§ 1º Quando, por motivo de emergência, parada técnica, falha mecânica ou
acidente, o condutor do veículo parar ou estacionar em local não autorizado,
o veículo deve permanecer sinalizado e sob a vigilância de seu condutor,
exceto se a sua ausência for imprescindível para a comunicação do fato,
pedido de socorro ou atendimento médico.
§ 2º É recomendável que a vigilância do veículo seja compartilhada com a
autoridade local.
§ 3º Somente em caso de emergência, o condutor do veículo pode estacionar
ou parar no acostamento das rodovias.

Seção V
Do Pessoal Envolvido na Operação do Transporte
Art. 21. O transportador, antes de mobilizar o veículo, deve assegurar-se de
que este esteja em condições adequadas ao transporte para o qual é
destinado, conforme regulamentação das autoridades competentes, e com
especial atenção para o tanque, carroceria e demais dispositivos que possam
afetar a segurança da carga transportada.

227
Art. 22. O condutor de veículo utilizado no transporte de produtos perigosos,
além das qualificações e habilitações previstas na legislação de trânsito, deve
ter sido aprovado em curso específico para condutores de veículos utilizados
no transporte rodoviário de produtos perigosos e em suas atualizações
periódicas, segundo programa aprovado pelo Conselho Nacional de Trânsito
– Contran.
Parágrafo único. O expedidor, além de exigir que o condutor porte
documento comprobatório referente ao curso mencionado no riscos
correspondentes aos produtos embarcados e aos cuidados a
serem observados durante o transporte.
Art. 23. O condutor, durante a viagem, é o responsável pela guarda,
conservação e bom uso dos equipamentos e acessórios do veículo, inclusive
os exigidos em função da natureza específica dos produtos transportados.
Parágrafo único. O condutor deve examinar as condições gerais do
veículo, verificando, inclusive, a existência de vazamento, o grau de
aquecimento, o estado de uso dos pneus e as demais condições do conjunto
transportador.
Art. 24. O condutor deve interromper a viagem e entrar em contato com
a transportadora, autoridades ou entidades cujos telefones estejam listados
no Envelope para o Transporte, quando ocorrerem alterações nas condições
de partida, capazes de colocar em risco a segurança de vidas, de bens ou do
meio ambiente.
Art. 25. O condutor não deve participar das operações de
carregamento, descarregamento ou transbordo da carga, salvo se
devidamente treinado e autorizado pelo expedidor ou pelo destinatário, e
com a anuência do transportador.
Art. 26. O pessoal que estiver participando das operações de
carregamento, descarregamento ou transbordo de produtos perigosos deve
usar o traje mínimo obrigatório e o EPI, conforme normas e instruções de
segurança e saúde do trabalho, estabelecidas pela autoridade competente.

228
Parágrafo único. Durante o transporte o condutor do veículo e os auxiliares
devem usar o traje mínimo obrigatório, ficando desobrigados do uso dos
EPIs.

Art. 27. O pessoal que participar das operações de carregamento,


descarregamento ou transbordo de produtos perigosos a granel deve receber
treinamento específico.
Seção VI
Da Documentação
Art. 28. Sem prejuízo do disposto na legislação fiscal, de transporte, de
trânsito, relativa aos produtos transportados, e nas instruções
complementares a este Regulamento, os veículos ou os equipamentos de
transporte transportando produtos perigosos, somente podem circular pelas
vias públicas acompanhados dos seguintes documentos:
I - originais do CIPP e do CIV, no caso de transporte a granel, dentro da
validade, emitidos pelo Inmetro ou entidade por este acreditada;
II - documento fiscal contendo as informações relativas aos produtos
transportados, conforme o detalhamento previsto nas instruções
complementares a este Regulamento;
III - Declaração do Expedidor de que os produtos estão
adequadamente acondicionados e estivados para suportar os riscos normais
das etapas necessárias à operação de transporte e que atendem à
regulamentação em vigor, conforme detalhamento previsto nas instruções
complementares a este Regulamento;
IV - Ficha de Emergência e Envelope para o Transporte, emitidos pelo
expedidor, conforme o estabelecido nas instruções complementares a este
Regulamento, preenchidos de acordo com informações fornecidas pelo
fabricante ou importador dos produtos transportados;
V - autorização ou licença da autoridade competente para expedições de
produtos perigosos que, nos termos das instruções complementares a este
Regulamento, necessitem do(s) referido(s) documento(s); e

229
VI - demais declarações exigidas nos termos das instruções complementares
a este Regulamento.
§ 1º No transporte rodoviário de produtos perigosos a granel, é admitido o
uso de veículos e equipamentos de transporte destinados a este fim que
possuam certificado de inspeção internacionalmente aceito, válido e
acompanhado de tradução para o idioma português e que tenham certificado
de vistoria válido emitido pelo Inmetro ou por entidade por este acreditada.
§ 2º No transporte rodoviário de produtos perigosos a granel, em trajetos
que comprovadamente integram o percurso de uma expedição internacional,
é admitido que veículos e equipamentos destinados a este fim circulem com
certificado de inspeção internacionalmente aceito, válido e acompanhado de
tradução para o idioma português.
§ 3º O CIPP ou o CIV serão recolhidos pela fiscalização e encaminhados ao
Inmetro quando o veículo ou o equipamento de transporte:
I - apresentar características alteradas;
II - não comprovar aprovação em vistoria ou inspeção; ou
III - acidentado ou danificado, não comprovar a realização de reparo
acompanhado por OIA e de nova vistoria após sua recuperação.
§ 4º A obtenção do CIPP e do CIV não exime o transportador da
responsabilidade por danos causados pelo veículo, equipamento de
transporte ou produtos perigosos.
§ 5º A declaração de que trata o inciso III do
caput não isenta o expedidor da responsabilidade pelos danos causados
exclusivamente pelos produtos perigosos, quando agir com imprudência,
imperícia ou negligência.
Seção VII
Do Serviço de Acompanhamento Técnico Especializado
Art. 29. O transporte rodoviário de produtos perigosos que, em função
das características do caso, seja considerado pelo fabricante como
oferecendo risco por demais elevado, é tratado como caso especial, devendo
seu itinerário e sua execução serem planejados e programados previamente,
com participação do expedidor, do transportador, do destinatário, do

230
fabricante ou do importador dos produtos, das autoridades com
circunscrição sobre as vias a serem utilizadas e do competente órgão do meio
ambiente, podendo ser exigido acompanhamento técnico especializado.
§ 1º O acompanhamento técnico especializado deve dispor de viaturas
próprias, tripuladas por pessoal devidamente treinado e equipado para ações
de controle de emergência, devendo ser promovido, preferencialmente, pelo
fabricante ou pelo importador dos produtos que, em qualquer hipótese,
fornecerá orientação e consultoria técnica para o serviço.
§ 2º As viaturas de que trata o parágrafo anterior devem também portar,
durante o acompanhamento, os documentos mencionados no inciso IV
do equipamentos necessários ao atendimento a situações de emergência,
além daqueles a que se referem os arts. 4º e 5º.
CAPÍTULO III
DOS PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA, ACIDENTE OU AVARIA
Art. 30. Em caso de acidente, avaria ou outro fato que obrigue a imobilização
de veículo transportando produtos perigosos, o condutor ou o auxiliar, deve
adotar os procedimentos indicados no Envelope para Transporte, dar ciência
à autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e às demais
autoridades locais indicadas pelo meio disponível mais rápido, detalhando a
ocorrência, o local, o nome apropriado para embarque ou o número ONU e a
quantidade dos produtos transportados.
Art. 31. Em razão da natureza, extensão e características da emergência,
a autoridade que atender ao caso deve determinar ao expedidor ou ao
fabricante dos produtos a presença de técnicos ou de pessoal especializado
no local.
Art. 32. O contrato de transporte deve designar quem suportará as
despesas decorrentes da assistência de que trata o art. 31.
Parágrafo único. No silêncio do contrato, o ônus é suportado pelo
transportador.
Art. 33. Em caso de emergência, acidente ou avaria, o fabricante, o
transportador, o expedidor e o destinatário dos produtos perigosos devem
dar apoio e prestar os esclarecimentos que lhes forem solicitados pelas
autoridades públicas.
231
Art. 34. As operações de transbordo em condições de emergência devem
ser executadas em conformidade com a orientação do expedidor ou
fabricante dos produtos devendo tal fato ser informado à autoridade pública
que, se possível, far-seá presente.
§ 1º O transbordo, em via pública, somente deve ser realizado em condições
de emergência e adotando-se medidas de resguardo ao trânsito, às pessoas e
ao meio ambiente.
§ 2º Quem atuar nas operações previstas no caput deve utilizar os
equipamentos de manuseio e o EPI recomendado pelo expedidor ou
fabricante dos produtos ou constantes em normas específicas relativas aos
produtos.
CAPÍTULO IV
DOS DEVERES, OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES
Seção I
Do Fabricante, do Refabricador, do Recondicionador e do Importador
Art. 35. Os fabricantes, refabricadores e recondicionadores de equipamento
destinado ao transporte de produtos perigosos respondem penal e
civilmente por sua qualidade e adequação ao fim a que se destina.
RESOLUÇÃO Nº 3.665/11, DE 4 DE MAIO DE 2011
§ 1º Para os fins do disposto no inciso I do
§ 2º Os fabricantes, refabricadores e recondicionadores devem atender aos
requisitos estabelecidos nos regulamentos técnicos do Inmetro.
§ 3º Os fabricantes, refabricadores e recondicionadores de equipamentos
de transporte devem efetuar somente as modificações permitidas pelo
Inmetro.
Art. 36. O fabricante de produtos perigosos deve:
I - classificar os produtos conforme os critérios estabelecidos nas
instruções complementares a este Regulamento ou fornecer ao expedidor as
informações necessárias para que este proceda a essa classificação;
II - informar ao expedidor os cuidados a serem tomados no transporte e
manuseio dos produtos, assim como as informações necessárias ao
preenchimento da Ficha de Emergência e do Envelope para Transporte;
232
III - fornecer ao expedidor as especificações para o acondicionamento e
estiva dos produtos e a relação dos conjuntos de equipamentos para
situações de emergência e de EPIs a que se referem os arts. 4º e 5º; e
IV - prestar ao expedidor ou ao transportador as instruções sobre como
efetuar as operações de limpeza e descontaminação de veículos e
equipamentos de transporte.
Art. 37. No caso de importação, o importador dos produtos perigosos
assume, em território brasileiro, os deveres, obrigações e responsabilidade
do fabricante.
caput do art. 28, cumpre ao fabricante, refabricador ou recondicionador
fornecer ao Inmetro, ou entidade por este acreditada, as informações
solicitadas.
Seção II
Do Expedidor e do Destinatário
Art. 38. O expedidor deve exigir do transportador o uso de veículo e
equipamento de transporte em boas condições técnicas e operacionais e
adequados para a carga a ser transportada, cabendo-lhe, antes de cada
viagem, avaliar as condições de segurança.
Art. 39. O expedidor deve fornecer, juntamente com as devidas instruções
para sua utilização, os conjuntos de equipamentos para situações de
emergência e os EPIs de que tratam, respectivamente, os arts. 4º e 5º, caso o
transportador não os possua.
Art. 40. O expedidor deve fornecer ao transportador os documentos
obrigatórios para o transporte de produtos perigosos de que tratam os
incisos II, III, IV, V, VI do caput do art. 28, corretamente preenchidos e
legíveis, assumindo a responsabilidade pelo que declarar.
Art. 41. O expedidor é responsável pelo acondicionamento e estiva dos
produtos a serem transportados, de acordo com as especificações do
fabricante.
Art. 42. O expedidor, na composição de uma expedição com diversos
produtos perigosos, deve adotar todas as precauções relativas à preservação
da carga, especialmente quanto à compatibilidade, observando o disposto no
inciso II do art. 12.
233
Art. 43. O expedidor deve fornecer os elementos de identificação para
sinalização do veículo e equipamento de transporte quando o transportador
não os possuir, e exigir o seu emprego conforme art. 3º, bem como prestar
informações sobre as características dos produtos a serem transportados.
Art. 44. O expedidor deve entregar ao transportador os produtos perigosos
expedidos de forma fracionada devidamente acondicionados, embalados,
rotulados, etiquetados e marcados, conforme instruções complementares a
este Regulamento.
Art. 45. São de responsabilidade:
I - do expedidor, as operações de carga; e
II - do destinatário, as operações de descarga.
§ 1º Ao expedidor e ao destinatário cumpre orientar e treinar o pessoal
empregado nas atividades referidas no
§ 2º Nas operações de carga e descarga, devem ser adotados cuidados
específicos, particularmente quanto à estivagem da carga, a fim de evitar
danos, avarias ou acidentes.
caput, conforme suas responsabilidades.
Seção III
Do Transportador
Art. 46. Constituem deveres e obrigações do transportador:
I - assumir a responsabilidade, como expedidor, no que diz respeito às
operações de carga de produtos fracionados ou a granel quando efetuar
operações de redespacho;
II - dar adequada manutenção e utilização aos veículos e equipamentos
de transporte;
III - vistoriar as condições de funcionamento e segurança do veículo e
equipamento de transporte, de acordo com a natureza da carga a ser
transportada;
IV - acompanhar, para ressalva das responsabilidades pelo transporte, as
operações de carga, descarga e transbordo executadas pelo expedidor ou
destinatário de carga;

234
V - providenciar o CIV e o CIPP, quando necessários, e exigir do expedidor
os documentos de que tratam os incisos II, III, IV, V e VI do
VI - transportar produtos perigosos a granel de acordo com o especificado no
CIPP;
VII - portar no veículo o conjunto de equipamentos para situações de
emergência e os EPIs em bom estado de conservação e funcionamento,
conforme arts. 4º e 5º, respectivamente;
VIII - instruir o pessoal envolvido na operação de transporte quanto à
correta utilização dos equipamentos necessários para situações de
emergência e dos EPIs, conforme as instruções do expedidor;
IX - zelar pela adequada qualificação profissional de todo o pessoal envolvido
na operação de transporte, bem como observar os preceitos de higiene,
medicina e segurança do trabalho;
X - utilizar corretamente, nos veículos e equipamentos de transporte, os
elementos de identificação adequados aos produtos transportados;
XI - realizar as operações de transbordo observando os procedimentos e
utilizando os equipamentos recomendados ou fornecidos pelo expedidor ou
fabricante dos produtos;
XII - assegurar-se de que o serviço de acompanhamento técnico
especializado preenche os requisitos do art. 29 e das instruções específicas
existentes;
XIII - orientar o condutor e o auxiliar quanto à correta estivagem da carga,
exigindo deles o uso adequado dos trajes mínimos obrigatórios e
equipamentos de proteção individual de segurança no trabalho sempre que,
por acordo com o expedidor ou o destinatário, seja corresponsável pelas
operações de carregamento e descarregamento; e
XIV - contratar seguro relacionado à execução do contrato de transporte de
produtos perigosos salvo no caso de tal contratação ter sido realizada pelo
expedidor, ficando o transportador isento de tal responsabilidade.
Parágrafo único. Se o transportador receber a carga lacrada ou for impedido,
pelo expedidor ou destinatário, de acompanhar as operações de carga e
descarga, fica desonerado da responsabilidade por acidente ou avaria
decorrentes do mau acondicionamento da carga.
235
Art. 47. Quando o transporte for realizado por transportador autônomo, os
deveres e obrigações a que se referem os itens VII, VIII, e de X a XIV do art.
46, constituem responsabilidade de quem o tiver contratado.
caput do art. 28;
Art. 48. O transportador é solidariamente responsável com o expedidor na
hipótese de aceitar para transporte produtos cuja embalagem apresente
sinais de violação, deterioração, mau estado de conservação.

CAPÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 49. A fiscalização para a observância deste Regulamento e de suas
instruções complementares incumbe à ANTT, sem prejuízo da competência
das autoridades com circunscrição sobre a via por onde transitar o veículo
transportador.
§ 1º A fiscalização compreende:
I - exame dos documentos de porte obrigatório previstos nos arts. 22 e 28;
II - verificação da adequação da sinalização prevista no art. 3º e da
identificação prevista no art. 11 em relação aos produtos especificados no
documento fiscal;
III - verificação da adequação do transporte ao estabelecido nos arts. 8º ao
12;
IV - verificação da existência de vazamento no equipamento de transporte de
carga a granel ou, em se tratando de carga expedida de forma fracionada, sua
estivagem e estado de conservação das embalagens;
V - verificação das características técnicas e operacionais e do estado
de conservação dos veículos e equipamentos de transporte; e
VI - verificação do porte e do estado de conservação do conjunto de
equipamentos para situações de emergência e dos EPI’s.

236
§ 2º É proibido ao agente de fiscalização abrir volumes contendo produtos
perigosos.
Art. 50. Observada qualquer infração ao que preceitua este Regulamento
que configure situação de grave e iminente risco à integridade física de
pessoas, à segurança pública ou ao meio ambiente, a autoridade com
circunscrição sobre a via deve reter o veículo, liberando-o depois de sanada a
irregularidade, podendo, se necessário, determinar:
I - a remoção do veículo para local seguro, podendo autorizar o seu
deslocamento para local onde possa ser corrigida a irregularidade;
II - o descarregamento, a transferência dos produtos para local seguro ou
o transbordo para outro veículo adequado; e
RESOLUÇÃO Nº 3.665/11, DE 4 DE MAIO DE 2011
III - a eliminação da periculosidade da carga ou a sua destruição, sob a
orientação do fabricante ou do importador dos produtos e, quando possível,
com a presença do representante da seguradora.
§ 1º Caso a situação não se configure como de grave e iminente risco, a
autoridade competente deve autuar o infrator e liberar o veículo para
continuidade do transporte.
§ 2º As providências de que trata o art. 50 serão adotadas em função do grau
e da natureza do risco, mediante avaliação técnica e, sempre que possível,
com o acompanhamento do fabricante ou importador dos produtos,
expedidor, transportador, representante da Defesa Civil ou do Corpo de
Bombeiros e de órgão do meio ambiente.
§ 3º Enquanto retido, o veículo permanecerá sob a guarda da autoridade
com circunscrição sobre a via, sem prejuízo da responsabilidade do
transportador pelos fatos que deram origem à retenção.

CAPÍTULO VI
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 51. A inobservância das disposições deste Regulamento e de suas
instruções complementares sujeita o infrator à multa.

237
§ 1º A aplicação da multa compete à ANTT, sem prejuízo da competência
da autoridade com circunscrição sobre a via onde a infração foi cometida.
§ 2º Serão observadas as normas específicas de cada órgão fiscalizador
referentes aos critérios e prazos estabelecidos para a defesa e a interposição
de recurso.
Art. 52. As infrações classificam-se, de acordo com a sua gravidade, em três
grupos:
I - Primeiro Grupo: punidas com multa de valor equivalente a R$ 1.000,00
(mil reais);
II - Segundo Grupo: punidas com multa de valor equivalente a R$ 700,00
(setecentos reais); e
III - Terceiro Grupo: punidas com multa de valor equivalente a R$
400,00 (quatrocentos reais).
§ 1º Na reincidência de infrações com idêntica tipificação, no prazo de doze
meses, a multa será aplicada em dobro.
§ 2º Quando cometidas simultaneamente duas ou mais infrações, aplicar-se-
ão, cumulativamente, as penalidades correspondentes a cada uma delas.
Art. 53. São infrações de responsabilidade do transportador:
I - puníveis com a multa prevista para o Primeiro Grupo:
a) transportar produtos perigosos cujo deslocamento rodoviário seja proibido
pela ANTT;
b) transportar produtos perigosos em veículo cujo condutor não esteja
devidamente habilitado em desacordo ao
c) transportar produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte
com características técnicas ou operacionais inadequadas, em desacordo ao
art. 6º;
d) transportar, em veiculo ou equipamento de transporte, produtos
perigosos a granel que não constem no CIPP, em desacordo ao art. 7º;
e) transportar produtos perigosos a granel em veículo ou equipamento
de transporte que não atendam às disposições do art. 7º e do inciso I do 28;

238
f) transportar produtos perigosos em veículos que não atendam às condições
do art. 8º;
g) conduzir pessoas em veículos que transportem produtos perigosos,
em desacordo ao inciso I do art. 12;
h) transportar, simultaneamente, no mesmo veículo ou equipamento de
transporte, diferentes produtos perigosos, em desacordo ao inciso II do art.
12;
i) transportar produtos perigosos em desacordo ao inciso III do art. 12;
j) transportar alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados ao
uso ou consumo humano ou animal em embalagens que tenham contido
produtos perigosos, em desacordo ao inciso IV do art 12;
k) transportar, simultaneamente, animais e produtos perigosos em veículos
ou equipamentos de transporte, em desacordo ao inciso V do art 12;
l) transportar em veículo ou equipamento de transporte já utilizados
para movimentação de produtos perigosos a granel, produtos para uso ou
consumo humano ou animal, em desacordo ao art. 9º;
m) deixar de dar apoio e prestar os esclarecimentos solicitados pelas
autoridades públicas em caso de emergência, acidente ou avaria, conforme art.
33; e
n) manusear, carregar ou descarregar produtos perigosos em locais públicos e
em condições de segurança inadequadas às características dos produtos e à
natureza de seus riscos, em desacordo ao art. 14. caput do art. 22;caput do art.
II - puníveis com a multa prevista para o Segundo Grupo:
a) transportar produtos perigosos mal estivados nos veículos ou presos por
meios não-apropriados, em desacordo ao art. 10;
b) transportar produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte
em estado de conservação inadequado, em desacordo ao art. 6º;
c) transportar produtos perigosos em veículo ou equipamento sem a
devida sinalização, ou quando esta estiver incorreta, ilegível ou afixada de
forma inadequada, em desacordo ao art. 3º;

239
d) transportar produtos perigosos em embalagens que não possuam
a comprovação de sua adequação a programa de avaliação da conformidade
da autoridade competente, em desacordo ao art. 11;
e) transportar produtos perigosos em embalagens que não possuam a
identificação relativa ao produtos e seus riscos ou que essa sejam
inadequadas aos produtos transportados, em desacordo ao art. 11;
f) transportar produtos perigosos utilizando cofre de carga que não atenda
ao estabelecido no art. 13;
g) o condutor não adotar, em caso de acidente, avaria ou outro fato que
obrigue a imobilização do veículo, as providências constantes no Envelope
para Transporte, conforme art. 30;
h) transportar produtos perigosos em veículo desprovido do conjunto
de equipamentos para situações de emergência ou portar qualquer um de
seus componentes em condições inadequadas de uso, em desacordo ao art. 4º;
i) transportar produtos perigosos em veículo desprovido dos conjuntos de
EPIs necessários ou portar qualquer um de seus componentes em condições
inadequadas de uso, em desacordo ao art. 5º;
j) transportar produtos perigosos em embalagens que apresentem sinais
de violação, deterioração ou mau estado de conservação, conforme art. 48;
k) transportar produtos perigosos descumprindo as restrições de
circulação estabelecidas no art. 17;
l) estacionar veículo contendo produtos perigosos em desacordo ao art. 20; e
m) abrir volumes, fumar ou adentrar as áreas de carga do veículo ou
equipamento de transporte em desacordo ao inciso VI do art. 12.
III - puníveis com a multa prevista para o Terceiro Grupo:
a) deixar, o condutor ou o auxiliar, de informar a imobilização do veículo
à autoridade competente, conforme art. 24;
b) retirar a sinalização ou a Ficha de Emergência e o Envelope para
Transporte de veículo ou equipamento de transporte que não tenha sido
descontaminado, em desacordo ao art. 3º;

240
c) não retirar a sinalização dos veículos e equipamentos de transporte após
as operações de limpeza e descontaminação, em desacordo ao parágrafo
único do art. 3º;
d) transportar produtos perigosos sem adotar, em relação à documentação
exigida, as disposições do inciso V do art. 46, ou dispor dessa documentação
ilegível; e
e) transportar produtos perigosos em veículo cujo condutor ou auxiliar não
estejam usando o traje mínimo obrigatório previsto no art. 26.
Art. 54. São infrações de responsabilidade do expedidor:
I - puníveis com a multa prevista para o Primeiro Grupo:
a) expedir produtos perigosos cujo deslocamento rodoviário seja proibido
pela ANTT;
b) expedir produtos perigosos em veículo ou equipamento de transporte
com características técnicas ou operacionais inadequadas, em desacordo ao
art. 6º;
c) expedir produtos perigosos a granel que não constem no CIPP, em
desacordo ao art. 7º;
d) expedir produtos perigosos a granel em veículo ou equipamento de
transporte que não atendam ao art. 7º e ao inciso I do
e) expedir produtos perigosos em veículos que não atendam às condições do
art. 8º;
f) expedir, simultaneamente, no mesmo veículo ou equipamento de
transporte, diferentes produtos perigosos, em desacordo ao inciso II do art. 12;
g) expedir produtos perigosos em desacordo ao inciso III do art. 12;
h) expedir alimentos, medicamentos ou quaisquer objetos destinados ao uso
ou consumo humano ou animal em embalagens que tenham contido
produtos perigosos, em desacordo ao inciso IV do art. 12; caput do art. 28;
i) embarcar, simultaneamente, animais e produtos perigosos em veículos
ou equipamentos de transporte, em desacordo ao inciso V do art. 12;
j) expedir produtos para uso ou consumo humano ou animal em veículo
ou equipamento de transporte já utilizados para movimentação de produtos
perigosos a granel, em desacordo ao art. 9º;
241
k) não se fazer representar por técnico ou pessoal especializado no local
do acidente, quando expressamente convocado pela autoridade competente,
em desacordo ao art. 31;
l) embarcar produtos perigosos em veículo sem fornecer a documentação
exigida no art. 40;
m) expedir produtos perigosos mal estivados nos veículos ou presos por
meios não apropriados, em desacordo ao art. 10;
n) expedir produtos perigosos em embalagens que não possuam a
marcação adequada ou a comprovação de sua adequação a programa de
avaliação da conformidade da autoridade competente, em desacordo aos
arts. 11 ou 44;
o) expedir produtos perigosos em embalagens que não possuam a
identificação relativa aos produtos e seus riscos ou que essa seja inadequada
aos produtos transportados, em desacordo aos arts. 11 ou 44;
p) expedir produtos perigosos utilizando cofre de carga que não atenda
ao estabelecido no art. 13;
q) expedir produtos perigosos em embalagens que apresentem sinais de
violação, avaria, deterioração ou mau estado de conservação, em desacordo
ao art. 48; e
r) efetuar as operações de carga de prod perigosos em desacordo ao art. 45.
II - puníveis com a multa prevista para o Segundo Grupo:
a) expedir produtos perigosos em veículo ou equipamento sem a
devida sinalização, ou quando esta estiver incorreta, ilegível ou afixada de
forma inadequada, em desacordo ao art. 3º;
b) expedir produtos perigosos em veículo desprovido do conjunto de
equipamentos para situações de emergência ou que porte qualquer um de seus
componentes em condições inadequadas de uso, em desacordo ao art. 4º;
c) expedir produtos perigosos em veículo desprovido dos conjuntos de
EPIs necessários ou portar qualquer um de seus componentes em condições
inadequadas de uso, em desacordo ao art. 5º; e
d) deixar de dar apoio e prestar os esclarecimentos solicitados pelas
autoridades públicas em caso de emergência, acidente ou avaria, em
desacordo ao art. 33;
242
Art. 55. Constitui infração de responsabilidade do destinatário, punível com
multa prevista para o Segundo Grupo, efetuar a operação de descarga de
produtos perigosos em desacordo ao art. 45.
Art. 56. A aplicação das penalidades estabelecidas neste Regulamento não
exime o infrator do cumprimento de outras exigências previstas em
legislação específica, nem o exonera das cominações cíveis e penais cabíveis.

CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇOES GERAIS


Art. 57. Compete à ANTT, nos termos da Lei nº 10.233, de 5 de Junho de
2001, estabelecer padrões e normas técnicas complementares relativos às
operações de transporte terrestre de produtos perigosos.
Art. 58. Aplica-se também o presente Regulamento ao transporte internacional
de produtos perigosos em território brasileiro, observadas, no que couberem,
as disposições constantes de acordos, convênios ou tratados ratificados pelo Brasil.
Art. 59. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
BERNARDO FIGUEIREDO
Diretor-Geral

243
RESOLUÇÃO Nº 420, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2004
Fonte: http://www.antt.gov.br

Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte


Terrestre de Produtos Perigosos. (*) A Diretoria da Agência Nacional de
Transportes Terrestres - ANTT, no uso de suas atribuições legais,
fundamentada nos termos do Relatório DNO - 036/2004, de 11 de fevereiro
de 2004 e CONSIDERANDO o disposto no art. 3º do Decreto nº 96.044, de 18
de maio de 1988, no art. 2º do Decreto nº 98.973, de 21 de fevereiro de
1990, os quais aprovam, respectivamente, os Regulamentos para o
Transporte Rodoviário e Ferroviário de Produtos Perigosos;

São 748 páginas


....

Abaixo está descrita a classificação dos produtos perigosos:

Classe 1 – Explosivos – divididos em seis subclasses:


1. – substâncias e artigos com risco de explosão em massa;
2. – substâncias e artigos com risco de projeção sem explosão em massa;
3. – substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão
ou projeção;
4. – substâncias e artigos que não apresentam riscos significativos;
5. – substâncias insensíveis, com pequena possibilidade de explosão em
massa;
6. – artigos insensíveis sem risco de explosão em massa, mas que utiliza
substâncias detonantes do tipo anterior.

Classe 2 – Gases – divididos em três subclasses:


2.1 – gases inflamáveis;
244
2.2 – gases não inflamáveis e não tóxicos;
2.3 – gases tóxicos.

Classe 3 – Líquidos inflamáveis.

Classe 4 – Sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas à combustão espontânea,


substâncias que em contato com água emitem gases inflamáveis – divididos
em três subclasses:
4. 1 – sólidos inflamáveis, substâncias auto reagentes e explosivos sólidos
insensibilizados;
4.2 – substâncias sujeitas à combustão espontânea;
4.3 – substâncias que emitem gases inflamáveis quando em contato com
água.

Classe 5 – Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos – divididos em duas


subclasses:
5.1 – substâncias oxidantes;
5.2 – peróxidos orgânicos.

Classe 6 – Substâncias tóxicas e substâncias infectantes – divididas em duas


subclasses:
6.1 – substâncias tóxicas;
6.2 – substâncias infectantes.
Classe 7 – Materiais radioativos.
Classe 8 – Substâncias corrosivas.
Classe 9 – Substâncias e artigos perigosos diversos

245
CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO GERAL Art. 328 a 337-A, CÓDIGO PENAL
Fonte: http://www.planalto.gov.br

CAPÍTULO II
DOS CRIMES PRATICADOS POR
PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL

Usurpação de função pública

Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:

Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.

Resistência

Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou


ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja
prestando auxílio:

Pena - detenção, de dois meses a dois anos.

§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:

Pena - reclusão, de um a três anos.

§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das


correspondentes à violência.

246
Desobediência

Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:

Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

Desacato

Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em


razão dela:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)

Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem,


vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado
por funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº
9.127, de 1995)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela


Lei nº 9.127, de 1995)

Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou


insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. (Redação dada
pela Lei nº 9.127, de 1995)

Corrupção ativa

Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário


público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada


pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

247
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da
vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o
pratica infringindo dever funcional.

Descaminho

Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou


imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de
mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº


13.008, de 26.6.2014)

§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 13.008,


de 26.6.2014)

I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em


lei; (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho; (Redação


dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer


forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade
comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que
introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que
sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de
importação fraudulenta por parte de outrem; (Redação dada pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014)

IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no


exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência
estrangeira, desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de
documentos que sabe serem falsos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
248
§ 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo,
qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias
estrangeiras, inclusive o exercido em residências. (Redação dada pela Lei nº
13.008, de 26.6.2014)

§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descaminho é praticado


em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Redação dada pela Lei nº 13.008,
de 26.6.2014)

Contrabando

Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: (Incluído pela


Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos. (Incluído pela Lei nº


13.008, de 26.6.2014)

§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Incluído pela Lei nº 13.008, de


26.6.2014)

I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando; (Incluído


pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de


registro, análise ou autorização de órgão público competente; (Incluído pela
Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

III - reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à


exportação; (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer


forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade
comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira; (Incluído pela
Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

249
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei
brasileira. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)§ 2º - Equipara-se às
atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de
comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o
exercido em residências. (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)

§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado


em transporte aéreo, marítimo ou fluvial. (Incluído pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)

Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência

Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda


em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou
municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar
concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou
oferecimento de vantagem:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena


correspondente à violência.

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de


concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida.

Inutilização de edital ou de sinal

Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital


afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal
empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público,
para identificar ou cerrar qualquer objeto:

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

Subtração ou inutilização de livro ou documento


250
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial,
processo ou documento confiado à custódia de funcionário, em razão de
ofício, ou de particular em serviço público:

Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais
grave.

Sonegação de contribuição previdenciária (Incluído pela Lei nº 9.983,


de 2000)

Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e


qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)

I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de


informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado,
empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este
equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade


da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo
empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)

III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos,


remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de
contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei


nº 9.983, de 2000)

§ 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e


confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações
devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes
do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

251
§ 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de
multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000)

I – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou


inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente,
como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.(Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento


mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz
poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas


mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da
previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

252
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997
Código de Trânsito Brasileiro - fiscaliza o excesso de peso

Fonte: www.planalto.gov.br/ http://www.denatran.gov.br/ 708 páginas

http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/ctb_e_legislacao_complementar.pdf

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta


e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES – segue apenas parte da Lei ref à peso

Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território


nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código.

Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União,


dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua
circunscrição:
VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas administrativas
cabíveis, relativas a infrações por excesso de peso, dimensões e lotação dos
veículos, bem como notificar e arrecadar as multas que aplicar;

Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e
dimensões atenderem aos limites estabelecidos pelo CONTRAN.

§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento de pesagem ou


pela verificação de documento fiscal, na forma estabelecida pelo CONTRAN.

253
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso bruto total e
peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfície das vias, quando
aferido por equipamento, na forma estabelecida pelo CONTRAN.

§ 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesagem de veículos


serão aferidos de acordo com a metodologia e na periodicidade
estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão ou entidade de metrologia
legal.

Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veículos poderá transitar


com lotação de passageiros, com peso bruto total, ou com peso bruto total
combinado com peso por eixo, superior ao fixado pelo fabricante, nem
ultrapassar a capacidade máxima de tração da unidade tratora.

Parágrafo único. O CONTRAN regulamentará o uso de pneus extralargos,


definindo seus limites de peso.

Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte


de carga indivisível, que não se enquadre nos limites de peso e dimensões
estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com
circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo,
válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas
necessárias.

§ 1º A autorização será concedida mediante requerimento que


especificará as características do veículo ou combinação de veículos e de
carga, o percurso, a data e o horário do deslocamento inicial.

§ 2º A autorização não exime o beneficiário da responsabilidade por


eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos causar à via ou a
terceiros.

§ 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões poderá ser


concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização

254
especial de trânsito, com prazo de seis meses, atendidas as medidas de
segurança consideradas necessárias.

Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente equipado quando


transitar, de modo a evitar o derramamento da carga sobre a via.

Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mínimos e a forma de


proteção das cargas de que trata este artigo, de acordo com a sua natureza.

Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem
estabelecidos pelo CONTRAN:
II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte
de passageiros com mais de dez lugares e os de carga com peso bruto total
superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas, equipamento
registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo; Art. 117. Os
veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros deverão conter,
em local facilmente visível, a inscrição indicativa de sua tara, do peso bruto
total (PBT), do peso bruto total combinado (PBTC) ou capacidade máxima de
tração (CMT) e de sua lotação, vedado o uso em desacordo com sua
classificação.
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E,
obedecida a seguinte gradação:

II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abrangido pela


categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos
quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do
motorista;

255
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em transporte
de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas;

IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no transporte


de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista;

V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que a unidade


tratora se enquadre nas Categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada,
reboque, semi-reboque ou articulada, tenha seis mil quilogramas ou mais de
peso bruto total, ou cuja lotação exceda a oito lugares, ou, ainda, seja
enquadrado na categoria trailer.

V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que a unidade


tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada,
reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil
quilogramas) ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito)
lugares. (Redação dada pela Lei nº 12.452, de 2011)

§ 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar habilitado


no mínimo há um ano na categoria B e não ter cometido nenhuma infração
grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias, durante os
últimos doze meses.

§ 2o São os condutores da categoria B autorizados a conduzir veículo


automotor da espécie motor-casa, definida nos termos do Anexo I deste
Código, cujo peso não exceda a 6.000 kg (seis mil quilogramas), ou cuja
lotação não exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do motorista. (Incluído
pela Lei nº 12.452, de 2011)

§ 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da combinação de


veículos com mais de uma unidade tracionada, independentemente da
capacidade de tração ou do peso bruto total. (Renumerado pela Lei nº
12.452, de 2011).

256
XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado e sem calço de
segurança, quando se tratar de veículo com peso bruto total superior a três
mil e quinhentos quilogramas:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância quando aferido


por equipamento, na forma a ser estabelecida pelo CONTRAN:

Infração - média;

Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas ou fração de


excesso de peso apurado, constante na seguinte tabela:

X - excedendo a capacidade máxima de tração:

Infração - de média a gravíssima, a depender da relação entre o excesso


de peso apurado e a capacidade máxima de tração, a ser regulamentada pelo
CONTRAN;

Penalidade - multa;

Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo de carga


excedente.

Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nos incisos V e X, o


veículo que transitar com excesso de peso ou excedendo à capacidade
máxima de tração, não computado o percentual tolerado na forma do
disposto na legislação, somente poderá continuar viagem após descarregar o
que exceder, segundo critérios estabelecidos na referida legislação
complementar. § 4º O embarcador é responsável pela infração relativa ao
257
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no peso bruto total,
quando simultaneamente for o único remetente da carga e o peso declarado
na nota fiscal, fatura ou manifesto for inferior àquele aferido.

§ 5º O transportador é o responsável pela infração relativa ao transporte


de carga com excesso de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de
mais de um embarcador ultrapassar o peso bruto total.

§ 6º O transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis


pela infração relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado na
nota fiscal, fatura ou manifesto for superior ao limite legal.

Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é condição para que o
veículo possa prosseguir viagem e será efetuado às expensas do proprietário
do veículo, sem prejuízo da multa aplicável.
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a metodologia de
aferição de peso de veículos, estabelecendo percentuais de tolerância, sendo
durante este período suspenso a vigência das penalidades previstas no inciso
V do art. 231, aplicando-se a penalidade de vinte UFIR por duzentos
quilogramas ou fração de excesso.
Art. 327. A partir da publicação deste Código, somente poderão ser
fabricados e licenciados veículos que obedeçam aos limites de peso e
dimensões fixados na forma desta Lei, ressalvados os que vierem a ser
regulamentados pelo CONTRAN.

ANEXO I
DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES

Para efeito deste Código adotam-se as seguintes definições:

258
CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga com peso bruto
total de até três mil e quinhentos quilogramas.
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a unidade de tração é
capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, baseado em condições sobre
suas limitações de geração e multiplicação de momento de força e resistência
dos elementos que compõem a transmissão.

PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite ao pavimento,


constituído da soma da tara mais a lotação.

PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo transmitido ao


pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais seu semi-reboque
ou do caminhão mais o seu reboque ou reboques.

TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e


equipamento, do combustível, das ferramentas e acessórios, da roda
sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso
em quilogramas.
VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado ao transporte de
carga com peso bruto total máximo superior a dez mil quilogramas e de
passageiros, superior a vinte passageiros.

259
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO 2006
Fonte: www.denatran.gov.br/
MINISTÉRIO DAS CIDADES
CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO
RESOLUÇÃO Nº 210 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006

Estabelece os limites de peso e


dimensões para veículos que
transitem por vias terrestres e dá
outras providências.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no


uso da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da lei nº
9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito
Brasileiro e nos termos do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de
maio de 2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de
Trânsito.

Considerando o que consta do Processo nº


80001.003544/2006-56;

Considerando o disposto no art. 99, do Código de


Trânsito Brasileiro, que dispõe sobre peso e dimensões; e

260
Considerando a necessidade de estabelecer os limites
de pesos e dimensões para a circulação de veículos, resolve:

Art. 1º As dimensões autorizadas para veículos, com ou


sem carga, são as seguintes:

I – largura máxima: 2,60m;

II – altura máxima: 4,40m;

III – comprimento total:

a) veículos não-articulados: máximo de 14,00 metros;

b) veículos não-articulados de transporte coletivo


urbano de passageiros que possuam 3º eixo de apoio direcional:
máximo de 15 metros;

c) veículos articulados de transporte coletivo de


passageiros: máximo 18,60 metros;

d) veículos articulados com duas unidades, do tipo


caminhão-trator e semi-reboque: máximo de 18,60 metros;

e) veículos articulados com duas unidades do tipo


caminhão ou ônibus e reboque: máximo de 19,80;

261
f) veículos articulados com mais de duas unidades:
máximo de 19,80 metros.

§ 1º Os limites para o comprimento do balanço traseiro


de veículos de transporte de passageiros e de cargas são os seguintes:

I – nos veículos não-articulados de transporte de carga,


até 60 % (sessenta por cento) da distância entre os dois eixos, não
podendo exceder a 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros);

II – nos veículos não-articulados de transporte de


passageiros:

a) com motor traseiro: até 62% (sessenta e dois por


cento) da distância entre eixos;

b) com motor central: até 66% (sessenta e seis por


cento) da distância entre eixos;

c) com motor dianteiro: até 71% (setenta e um por


cento) da distância entre eixos.

§ 2º À distância entre eixos, prevista no parágrafo


anterior, será medida de centro a centro das rodas dos eixos dos
extremos do veículo.

262
§ 3° O balanço dianteiro dos semi-reboques deve
obedecer a NBR NM ISO 1726.

§ 4° Não é permitido o registro e licenciamento de


veículos, cujas dimensões excedam às fixadas neste artigo, salvo nova
configuração regulamentada pelo CONTRAN.

Art. 2º Os limites máximos de peso bruto total e peso


bruto transmitido por eixo de veículo, nas superfícies das vias públicas,
são os seguintes:

§1º – peso bruto total ou peso bruto total combinado,


respeitando os limites da capacidade máxima de tração - CMT da
unidade tratora determinada pelo fabricante:

a) peso bruto total para veículo não articulado: 29 t

b) veículos com reboque ou semi-reboque, exceto


caminhões: 39,5 t;

c) peso bruto total combinado para combinações de


veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-trator e
semi-reboque, e comprimento total inferior a 16 m: 45 t;

d) peso bruto total combinado para combinações de


veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-trator e semi-
263
reboque com eixos em tandem triplo e comprimento total superior a 16
m: 48,5 t;
e) peso bruto total combinado para combinações de
veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-trator e
semi-reboque com eixos distanciados, e comprimento total igual ou
superior a 16 m: 53 t;

f) peso bruto total combinado para combinações de


veículos com duas unidades, do tipo caminhão e reboque, e
comprimento inferior a 17,50 m: 45 t;

g) peso bruto total combinado para combinações de


veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão e reboque,
e comprimento igual ou superior a 17,50 m: 57 t;

h) peso bruto total combinado para combinações de


veículos articulados com mais de duas unidades e comprimento
inferior a 17,50 m: 45 t;

i) para a combinação de veículos de carga – CVC, com


mais de duas unidades, incluída a unidade tratora, o peso bruto total
poderá ser de até 57 toneladas, desde que cumpridos os seguintes
requisitos:

1 – máximo de 7 (sete) eixos;


264
2 – comprimento máximo de 19,80 metros e mínimo de
17,50 metros;

3 – unidade tratora do tipo caminhão trator;

4 – estar equipadas com sistema de freios conjugados


entre si e com a unidade tratora atendendo ao estabelecido pelo
CONTRAN;

5 –o acoplamento dos veículos rebocados deverá ser do


tipo automático conforme NBR 11410/11411 e estarem reforçados
com correntes ou cabos de aço de segurança;

6 – o acoplamento dos veículos articulados com pino-rei


e quinta roda deverão obedecer ao disposto na NBR NM ISO337.

§2º – peso bruto por eixo isolado de dois pneumáticos:


6 t;

§3º – peso bruto por eixo isolado de quatro


pneumáticos: 10 t;

§4º – peso bruto por conjunto de dois eixos direcionais,


com distância entre eixos de no mínimo 1,20 metros, dotados de dois
pneumáticos cada: 12 t;

265
§5º – peso bruto por conjunto de dois eixos em tandem,
quando à distância entre os dois planos verticais, que contenham os
centros das rodas, for superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 17
t;

§6º – peso bruto por conjunto de dois eixos não em


tandem, quando à distância entre os dois planos verticais, que
contenham os centros das rodas, for superior a 1,20m e inferior ou
igual a 2,40m: 15 t;

§7º – peso bruto por conjunto de três eixos em tandem,


aplicável somente a
semi-reboque, quando à distância entre os três planos verticais, que
contenham os centros das rodas, for superior a 1,20m e inferior ou
igual a 2,40m: 25,5t;

§8º – peso bruto por conjunto de dois eixos, sendo um


dotado de quatro pneumáticos e outro de dois pneumáticos
interligados por suspensão especial, quando à distância entre os dois
planos verticais que contenham os centros das rodas for:

a) inferior ou igual a 1,20m; 9 t;

b) superior a 1,20m e inferior ou igual a 2,40m: 13,5 t.

266
Art. 3º Os limites de peso bruto por eixo e por conjunto
de eixos, estabelecidos no artigo anterior, só prevalecem se todos os
pneumáticos, de um mesmo conjunto de eixos, forem da mesma
rodagem e calçarem rodas no mesmo diâmetro.

Art. 4º Considerar-se-ão eixos em tandem dois ou mais


eixos que constituam um conjunto integral de suspensão, podendo
qualquer deles ser ou não motriz.

§1º Quando, em um conjunto de dois ou mais eixos, a


distância entre os dois planos verticais paralelos, que contenham os
centros das rodas for superior a 2,40m, cada eixo será considerado
como se fosse distanciado.

§2º Em qualquer par de eixos ou conjunto de três eixos


em tandem, com quatro pneumáticos em cada, com os respectivos
limites legais de 17 t e 25,5t, a diferença de peso bruto total entre os
eixos mais próximos não deverá exceder a 1.700kg.

Art. 5º Não será permitido registro e o licenciamento de


veículos com peso excedente aos limites fixado nesta Resolução.

267
Art. 6º Os veículos de transporte coletivo com peso por
eixo superior ao fixado nesta Resolução e licenciados antes de 13 de
novembro de 1996, poderão circular até o término de sua vida útil,
desde que respeitado o disposto no art. 100, do Código de Trânsito
Brasileiro e observadas as condições do pavimento e das obras de arte.

Art. 7º Os veículos em circulação, com dimensões


excedentes aos limites fixados no art 1º, registrados e licenciados até
13 de novembro de 1996, poderão circular até seu sucateamento,
mediante Autorização Específica e segundo os critérios abaixo:

I – para veículos que tenham como dimensões máximas,


até 20,00 metros de comprimento; até 2,86 metros de largura, e até
4,40 metros de altura, será concedida Autorização Específica
Definitiva, fornecida pela autoridade com circunscrição sobre a via,
devidamente visada pelo proprietário do veículo ou seu representante
credenciado, podendo circular durante as vinte e quatro horas do dia,
com validade até o seu sucateamento, e que conterá os seguintes
dados:

a) nome e endereço do proprietário do veículo;

b) cópia do Certificado de Registro e Licenciamento–


CRLV;

268
c) desenho do veículo, suas dimensões e excessos.

II – para os veículos cujas dimensões excedam os limites


previstos no inciso I poderá ser concedida Autorização Específica,
fornecida pela autoridade com circunscrição sobre a via e
considerando os limites dessa via, com validade máxima de um ano e
de acordo com o licenciamento, renovada até o sucateamento do
veículo e obedecendo aos seguintes parâmetros:

a) volume de tráfego;

b) traçado da via;

c) projeto do conjunto veicular, indicando dimensão de


largura, comprimento e altura, número de eixos, distância entre eles e pesos.

Art. 8º Para os veículos não-articulados registrados e


licenciados até 13 de novembro de 1996, com balanço traseiro
superior a 3,50 metros e limitado a 4,20 metros, respeitados os 60% da
distância entre os eixos, será concedida Autorização Específica
fornecida pela autoridade com circunscrição sobre a via, com validade
máxima de um ano e de acordo com o licenciamento e renovada até o
sucateamento do veículo.

Parágrafo único §1º A Autorização Específica de que


trata este artigo, destinada aos veículos combinados, poderá ser
269
concedida mesmo quando o caminhão trator tiver sido registrado e
licenciado após 13 de novembro de 1996.

Art. 9o A partir de 180 dias da data de publicação desta


resolução, os semi-reboques das combinações com um ou mais eixos
distanciados contemplados na alínea “e” do parágrafo 1º do Art. 2°,
somente poderão ser homologados e/ ou registrados se equipados com
suspensão pneumática e eixo auto-direcional em pelo menos um dos eixos.

§ 1º - A existência da suspensão pneumática e do eixo


auto-direcional deverá constar no campo das observações do
Certificado de Registro (CRV) e do Certificado de Registro e
Licenciamento (CRLV) do semi-reboque.

§ 2º Fica assegurado o direito de circulação até o


sucateamento dos semi-reboques, desde que homologados e/ ou
registrados até 180 dias da data de publicação desta Resolução,
mesmo que não atendam as especificações do caput deste artigo.

Art.10 O disposto nesta Resolução não se aplica aos


veículos especialmente projetados para o transporte de carga
indivisível, conforme disposto no Art. 101 do Código de Trânsito
Brasileiro – CTB.

270
Art.11 As Combinações de Veículos de Carga-CVC de 57
t serão dotadas obrigatoriamente de tração dupla do tipo 6X4 (seis por
quatro), a partir de 21 de outubro de 2010.

Parágrafo único: Fica assegurado o direito de circulação


das Combinações de Veículos de Carga – CVC com mais de duas unidades,
sete eixos e Peso Bruto Total Combinado – PBTC de no máximo 57
toneladas, equipadas com unidade tratora de tração simples, dotado de
3º eixo, desde que respeitados os limites regulamentares e registradas e
licenciadas até 5 (cinco) anos contados a partir de 21/10/2005.

Art.12 O não cumprimento do disposto nesta Resolução


implicará nas sanções previstas no art. 231 do Código de Trânsito
Brasileiro, no que couber.

Art. 13 Esta Resolução entrará em vigor na data de sua


publicação, produzindo efeito a partir de 01/01/2007.

Art. 14 Ficam revogadas, a partir de 01/01/2007, as


Resoluções CONTRAN 12/98 e 163/04.

Alfredo Peres da Silva


Presidente
Fernando Marques de Freitas Ministério da Defesa – Suplente

271
Rodrigo Lamego de Teixeira Soares Ministério da Educação – Titular
Carlos Alberto Ferreira dos Santos Ministério do Meio Ambiente –
Suplente
Valter Chaves Costa Ministério da Saúde – Titular
Edson Dias Gonçalves Ministério dos Transportes – Titular

RESOLUÇÃO Nº 318, DE 05 DE JUNHO DE 2009 Estabelece limites


de pesos e dimensões em viagem internacional pelo território nacional.

Fonte: www.denatran.gov.br/

Estabelece limites de pesos e dimensões para circulação de veículos de


transporte de carga e de transporte coletivo de passageiros em viagem
internacional pelo território nacional.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando da competência


que lhe confere o artigo 12 inciso X, da Lei nº. 9.503, de 23 de setembro de
1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme Decreto
nº. 4711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre Coordenação do Sistema
Nacional de Trânsito - SNT;
Considerando o disposto no art. 118, da Lei nº. 9.503/97;
Considerando o disposto no Decreto nº. 99.704, de 20 de novembro de 1990;
Considerando o compromisso de incorporar às normativas MERCOSUL ao
ordenamento jurídico nacional;
Considerando o Acordo aprovado pela Resolução MERCOSUL/GMC/ nº.
65/2008 bem como o que consta do processo nº 80001.007522/2009-16,

272
resolve:
Art. 1º Os veículos habilitados ao transporte internacional de carga e coletivo
de passageiros, quando em circulação internacionalpelo território nacional,
devem obedecer aos limites de pesos e dimensões de que trata o acordo
aprovado pela Resolução MERCOSUL/GMC/ nº. 65/2008.
§1º Limites de pesos:
I - Peso Bruto Total - PBT - 45t;

II - Peso Bruto Transmitido por eixo às superfícies das vias públicas:


a) Eixo simples dotado de 2 (duas) rodas - 6t
b) Eixo simples dotado de 4 (quatro) rodas - 10,5t
c) Eixo duplo dotado de 4 (quatro) rodas - 10t
d) Eixo duplo dotado de 6 (seis) rodas - 14t
e) Eixo duplo dotado de 8 (oito) rodas - 18t
f) Eixo triplo dotado de 6 (seis) rodas - 14t
g) Eixo triplo dotado de 10 (dez) rodas - 21t
h) Eixo triplo dotado de 12 (doze) rodas - 25,5t

III - Entende-se por eixo duplo o conjunto de dois eixos cuja distância entre o
centro das rodas seja igual ou superior a 1,20m e igual ou inferior a 2,40m.

IV - Entende-se por eixo triplo o conjunto de três eixos cuja distância entre o
centro das rodas seja igual ou superior a 1,20m e igual ou inferior a 2,40m.

273
§2º Limites de dimensões:
I - Comprimento máximo;
a) Caminhão simples - 14m
b) Caminhão com reboque - 20m
c) Reboque - 8,60m
d) Caminhão-trator com semi-reboque - 18,60m
e) Caminhão trator com semi-reboque e reboque - 20,50m
f) Ônibus de longa distância - 14m
II - Largura máxima - 2,6m
III - Altura máxima;
a) Ônibus de longa distância - 4,1m
b) Caminhão - 4,3m
Art. 2º A circulação de veículos especiais ou de combinação de veículos com
pesos ou dimensões superiores ao estabelecido somente será admitida
através de autorização especial de trânsito, expedida de acordo com as
normas estabelecidas pelas autoridades competentes do país transitado.
Art. 3º O disposto nesta Resolução não impede a aplicação das disposições
vigentes em cada Estado Parte em matéria de circulação por rodovia que
limitem os pesos ou as dimensões dos veículos em determinadas rotas ou
obras de arte.
Art. 4º Até que o procedimento de pesagem seja harmonizado, no âmbito do
MERCOSUL, será obedecida a norma vigente do País transitado.
Art. 5º O não cumprimento do disposto nesta Resolução implicará nas
sanções previstas no artigo. 231 do Código de Trânsito Brasileiro, no que
274
couber.
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor a partir do dia 1º de setembro de 2009.

ALFREDO PERES DA SILVA


Presidente do Conselho

275
RESOLUÇÃO N. 349 DE 17 DE MAIO DE 2010 do CONTRAN é
obrigatório possuir AET (Autorização Especial de Trânsito) quando exceder
os limites definidos nas resoluções 210 e 318

Fonte: www.denatran.gov.br/

Dispõe sobre o transporte eventual de cargas ou de bicicletas nos veículos


classificados nas espécies automóvel, caminhonete, camioneta e utilitário.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO CONTRAN, usando da competência


que lhe confere o inciso I do artigo 12 da Lei nº 9503, de 23 de setembro de
1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o
Decreto nº 4711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do
Sistema Nacional de Trânsito, Considerando as disposições sobre o
transporte de cargas nos veículos contemplados por esta Resolução, contidas
na Convenção de Viena sobre o Trânsito Viário, promulgada pelo Decreto nº
86714, de 10 de dezembro de 1981; Considerando o disposto no artigo 109
da Lei nº 9503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito
Brasileiro - CTB; Considerando a necessidade de disciplinar o transporte
eventual de cargas em automóveis, caminhonetes e utilitários de modo a
garantir a segurança do veículo e trânsito; Considerando a conveniência de
atualizar as normas que tratam do transporte de bicicletas nos veículos
particulares. Considerando as vantagens proporcionadas pelo uso da bicicleta
ao meio ambiente, à mobilidade e à economia de combustível;

RESOLVE:

Capitulo I Disposições Gerais

Art. 1º. Estabelecer critérios para o transporte eventual de cargas e de


bicicletas nos veículos classificados na espécie automóvel, caminhonete,
camioneta e utilitário.
276
Art. 2º O transporte de cargas e de bicicletas deve respeitar o peso máximo
especificado para o veículo.

Art. 3º - A carga ou a bicicleta deverá estar acondicionada e afixada de modo


que:

I- não coloque em perigo as pessoas nem cause danos a propriedades


públicas ou privadas, e em especial, não se arraste pela via nem caia sobre
esta;

II- não atrapalhe a visibilidade a frente do condutor nem comprometa a


estabilidade ou condução do veículo;

III- não provoque ruído nem poeira;

IV- não oculte as luzes, incluídas as luzes de freio e os indicadores de direção


e os dispositivos refletores; ressalvada, entretanto, a ocultação da lanterna
de freio elevada (categoria S3);

V- não exceda a largura máxima do veículo;

VI- não ultrapasse as dimensões autorizadas para veículos estabelecidas na


Resolução CONTRAN nº 210, de 13 de novembro de 2006, que estabelece os
limites de pesos e dimensões para veículos que transitam por vias terrestres
e dá outras providências, ou Resolução posterior que venha sucedê-la.

VII- todos os acessórios, tais como cabos, correntes, lonas, grades ou redes
que sirvam para acondicionar, proteger e fixar a carga deverão estar
devidamente ancorados e atender aos requisitos desta Resolução.

277
VIII- não se sobressaiam ou se projetem além do veículo pela frente.

Art. 4º Será obrigatório o uso de segunda placa traseira de identificação nos


veículos na hipótese do transporte eventual de carga ou de bicicleta resultar
no encobrimento, total ou parcial, da placa traseira.

§1° A segunda placa de identificação será aposta em local visível, ao lado


direito da traseira do veículo, podendo ser instalada no pára-choque ou na
carroceria, admitida a utilização de suportes adaptadores.

§2° A segunda placa de identificação será lacrada na parte estrutural do


veículo em que estiver instalada (pára-choque ou carroceria).

Capítulo II

Regras aplicáveis ao transporte eventual de cargas

Art. 5º Permite-se o transporte de cargas acondicionadas em bagageiros ou


presas a suportes apropriados devidamente afixados na parte superior
externa da carroçaria.

§1° O fabricante do bagageiro ou do suporte deve informar as condições de


fixação da carga na parte superior externa da carroçaria e sua fixação deve
respeitar as condições e restrições estabelecidas pelo fabricante do veículo

§2° As cargas, já considerada a altura do bagageiro ou do suporte, deverá ter


altura máxima de cinqüenta centímetros e suas dimensões, não devem
ultrapassar o comprimento da carroçaria e a largura da parte superior da
carroçaria. (figura 1)

Y≤ 50 cm, onde Y = altura máxima;


278
X ≤ Z, onde Z = comprimento da carroçaria e X = comprimento da carga.

Art. 6º Nos veículos de que trata esta Resolução, será admitido o transporte
eventual de carga indivisível, respeitados os seguintes preceitos:

I- As cargas que sobressaiam ou se projetem além do veículo para trás,


deverão estar bem visíveis e sinalizadas. No período noturno, esta sinalização
deverá ser feita por meio de uma luz vermelha e um dispositivo refletor de
cor vermelha.

II- O balanço traseiro não deve exceder 60% do valor da distância entre os
dois eixos do veículo. (figura 2)

B ≤ 0,6 x A, onde B = Balanço traseiro e A = distância entre os dois eixos.

Figura 2

Art. 7º Será admitida a circulação do veículo com compartimento de carga


aberto apenas durante o transporte de carga indivisível que ultrapasse o
comprimento da caçamba ou do compartimento de carga.

Capítulo III

Regras aplicáveis ao transporte de bicicletas na parte externa dos veículos

Art. 8º A bicicleta poderá ser transportada na parte posterior externa ou


sobre o teto, desde que fixada em dispositivo apropriado, móvel ou fixo,
aplicado diretamente ao veículo ou acoplado ao gancho de reboque.

279
§ 1º O transporte de bicicletas na caçamba de caminhonetes deverá respeitar
o disposto no Capítulo II desta Resolução.

§ 2º Na hipótese da bicicleta ser transportada sobre o teto não se aplica a


altura especificada no parágrafo 2º do Artigo 5°.

Art. 9º O dispositivo para transporte de bicicletas para aplicação na parte


externa dos veículos deverá ser fornecido com instruções precisas sobre:

I- Forma de instalação, permanente ou temporária, do dispositivo no veículo,

II- Modo de fixação da bicicleta ao dispositivo de transporte;

III- Quantidade máxima de bicicletas transportados, com segurança;

IV- Cuidados de segurança durante o transporte de forma a preservar a


segurança do trânsito, do veículo, dos passageiros e de terceiros.

Capítulo IV

Disposições Finais

Art. 10 Para efeito desta Resolução, a bicicleta é considerada como carga


indivisível.

Art. 11 O não atendimento ao disposto nesta Resolução acarretará na


aplicação das penalidades previstas nos artigos 230, IV, 231, II, IV e V e 248
do CTB, conforme infração a ser apurada.

Art. 12 Esta Resolução entra em vigor noventa dias após a data de sua
publicação, ficam revogadas as Resoluções nº 577/81 e 549/79 e demais
280
disposições em contrário.

Alfredo Peres da Silva

Presidente

RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 552, DE 17 DE SETEMBRO 2015


Fonte: www.denatran.gov.br/

Publicado no DO em 18 set 2015


Fixa os requisitos mínimos de segurança para amarração das cargas
transportadas em veículos de carga.
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), usando da competência que lhe
confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
instituiu o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme Decreto nº 4.711,
de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do Sistema Nacional de
Trânsito (SNT); e

Considerando o disposto no art. 102 e no seu parágrafo único, do CTB;

Considerando o disposto no art. 30 da Convenção sobre Trânsito Viário,


promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de dezembro de 1981, da qual o
Brasil é signatário;

Considerando a necessidade de aperfeiçoar os requisitos de segurança no


transporte de cargas em veículos rodoviários de carga;

281
Considerando o que consta no Processo 80000.005239/2014-19,

Resolve:

Art. 1º Esta Resolução fixa os requisitos mínimos de segurança para o


transporte de cargas em veículos de carga.

Parágrafo único. As disposições contidas nesta Resolução aplicam-se também


aos veículos registrados como especiais ou mistos utilizados no transporte de
cargas.

Art. 2º Só poderão transitar nas vias terrestres do território nacional abertas


à circulação, transportando cargas, veículos que atendam aos requisitos
previstos nesta Resolução.

Parágrafo único. As disposições deste artigo não se aplicam ao transporte de


cargas que tenham regulamentação específica ou aquele realizado em
veículo dedicado a transportar determinado tipo de carga, o qual possua
sistemas específicos de contenção, como por exemplo, as cargas indivisíveis.

Art. 3º Todas as cargas transportadas, conforme seu tipo, devem estar


devidamente amarradas, ancoradas e acondicionadas no compartimento de
carga ou superfície de carregamento do veículo, de modo a prevenir
movimentos relativos durante todas as condições de operação esperadas no
transcorrer da viagem, como: manobras bruscas, solavancos, curvas,

282
frenagens ou desacelerações repentinas.

Art. 4º Devem ser utilizados dispositivos de amarração, como cintas têxteis,


correntes ou cabos de aço, com resistência total à ruptura por tração de, no
mínimo, 2 (duas) vezes o peso da carga, bem como dispositivos adicionais
como: barras de contenção, trilhos, malhas, redes, calços, mantas de atrito,
separadores, bloqueadores, protetores, etc., além de pontos de amarração
adequados e em número suficiente.

§ 1º Os dispositivos de amarração devem estar em bom estado e serem


dotados de mecanismo de tensionamento, quando aplicável, que possa ser
verificado e reapertado manual ou automaticamente durante o trajeto.

§ 2º É responsabilidade do condutor verificar periodicamente durante o


percurso o tensionamento dos dispositivos de fixação, e reapertá-los quando
necessário.

§ 3º Fica proibida a utilização de cordas como dispositivo de amarração de


carga, sendo permitido o seu uso exclusivamente para fixação da lona de
cobertura, quando exigível.

§ 4º Fica proibida a utilização de dispositivos de amarração em pontos


constituídos em madeira ou, mesmo sendo metálicos, estejam fixados na
parte de madeira da carroceria, exceto no caso previsto no parágrafo
anterior.

283
§ 5º Na inexistência de pontos de amarração adequados, ou em número
suficiente, fica permitida a fixação dos dispositivos de amarração no próprio
chassi do veículo.

Art. 5º Os veículos do tipo prancha ou carroceria aberta, transportando


equipamento(s), máquina(s), veículo(s) ou qualquer outro tipo de carga
fracionada, deverão amarrar cada unidade de carga com correntes, cintas
têxteis, cabos de aço ou combinação entre esses tipos, ancorados nos pontos
de amarração da estrutura metálica da carroceria e/ou do próprio chassi, em
pelo menos 4 (quatro) terminais de amarração.

Art. 6º Nos veículos do tipo carroceria aberta, com guardas laterais


rebatíveis, no caso de haver espaço entre a carga e as guardas laterais, os
dispositivos de amarração devem ser tensionados pelo lado interno das
guardas laterais (Figura1).

§ 1º Fica proibida a passagem dos dispositivos pelo lado externo das guardas
laterais.

§ 2º Excetuam-se os casos em que a carga ocupa todo o espaço interno da


carroceria, estando apoiada ou próxima das guardas laterais ou dos seus
fueiros, impedindo a passagem dos dispositivos de amarração por dentro das
guardas. Neste caso, os dispositivos de amarração podem passar pelo lado
externo das guardas.

284
§ 3º Os pontos de amarração não podem estar fixados exclusivamente no
piso de madeira, e sim fixados na parte metálica da carroceria ou no próprio
chassi.

Art. 7º Para as cargas que não ocuparem toda a carroceria no sentido


longitudinal, restando espaços vazios nos painéis traseiro e frontal, devem
ser previstos pelo transportador, além dos dispositivos de amarração, outros
dispositivos diagonais que impeçam os movimentos para frente e para trás
da carga.

285
Art. 8º No veículo cujo painel frontal seja utilizado como batente dianteiro, o
painel frontal deve ter resistência suficiente para absorver os esforços
previstos nas rodovias e adequados ao tipo de carga a que se destinam.
Parágrafo único. Neste caso, fica proibida a circulação de veículos cuja carga
ultrapasse a altura do painel frontal e exista a possibilidade de deslizamento
longitudinal da parte da carga que está acima do painel frontal.

Art. 9º Nos veículos do tipo baú lonado (tipo "sider"), as lonas laterais não
podem ser consideradas como estrutura de contenção da carga, devendo
existir pontos de amarração em número suficiente.

Art. 10. Nos veículos com carroceria inteiramente fechada (furgão carga
geral, baú isotérmico, baú frigorífico, etc.), as paredes podem ser
286
consideradas como estrutura de contenção, sendo opcional a existência de
pontos de amarração internos.

Art. 11. Os veículos abrangidos por esta resolução, fabricados ou


encarroçados a partir de 1º de janeiro de 2017, deverão possuir dispositivos
de amarração de acordo com as especificações do Anexo, além de observar
os demais requisitos mencionados nesta Resolução.

Art. 12. Os veículos fabricados ou encarroçados até 31 de dezembro de 2016


deverão cumprir os requisitos mencionados nesta Resolução, a partir de 1º
de janeiro de 2018, facultando sua antecipação.

Art. 13. O não cumprimento do disposto nesta Resolução implicará, conforme


o caso, na aplicação das seguintes sanções previstas no CTB:

a) Art. 169: quando transitar com os dispositivos de fixação sem estar


devidamente tensionados;

b) Art. 230, inciso IX: quando for constatada falta dos dispositivos
obrigatórios de fixação, fabricados para amarração de cargas, ou mecanismo
de tensionamento (quando aplicável); quando portar os dispositivos
obrigatórios de fixação, em mau estado de conservação; quando utilizar
cordas como dispositivo de amarração de carga, em substituição aos
dispositivos de fixação previstos nesta Resolução;

287
c) Art. 230, inciso X: quando utilizar a passagem dos dispositivos de fixação
pelo lado externo das guardas laterais nos veículos do tipo carroceria aberta,
com guardas laterais rebatíveis; quando utilizar os dispositivos de fixação
com os pontos de ancoragem não fixados nas travessas da estrutura da
carroceria, ou com os pontos de ancoragem em desacordo com os requisitos
do Anexo I;

d) Art. 235: quando transportar carga ultrapassando a altura do painel


frontal, existindo a possibilidade de deslizamento longitudinal da parte da
carga que está acima do painel frontal;

e) Art. 237: quando for constatada a ausência da placa ou adesivo de


identificação contendo o Nome e CNPJ do fabricante dos dispositivos,
prevista no item 5 do Anexo I.

Art. 14. Os anexos desta Resolução encontram-se no sítio eletrônico do


DENATRAN: www.denatran.gov.br.

Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na data sua publicação.

ALBERTO ANGERAMI

Presidente do Conselho

288
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 520, 29 de JANEIRO de 2015 ,
revogou a Res. nº 603 de 1982 - estabelece os requisitos mínimos para a
circulação de veículos com dimensões excedentes

Fonte: www.denatran.gov.br/

MINISTÉRIO DAS CIDADES

CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO

DOU de 03/02/2015 (nº 23, Seção 1, pág. 29)

Dispõe sobre os requisitos mínimos para a circulação de veículos com


dimensões excedentes aos limites estabelecidos pelo Contran.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO (CONTRAN), no uso da competência


que lhe confere o artigo 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos do disposto
no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da coordenação do
Sistema Nacional de Trânsito (SNT); e

considerando o disposto nos artigos 99, 101, 231 incisos IV, V, VI, VII e X, 237
e 327 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e no artigo 30 da Convenção
sobre Trânsito Viário, promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de
dezembro de 1981, da qual o Brasil é signatário;

considerando que os veículos com dimensões excedentes aos limites fixados


pelo Contran para circularem em via pública devem possuir sinalização
especial de advertência;

considerando o que consta nos Processos nº 80000.040940/2013-01 e nº


80000.007235/2014-75; resolve:

289
Art. 1º - Esta Resolução estabelece os requisitos mínimos para a circulação de
veículo com suas dimensões ou de sua carga superiores aos limites
estabelecidos pelo Contran.
Art. 2º - A circulação de veículo com suas dimensões ou de sua carga
superiores aos limites estabelecidos pela Resolução Contran nº 210, de 13 de
novembro de 2006, ou suas sucedâneas, poderá ser permitida, mediante
Autorização Especial de Trânsito (AET) da autoridade com circunscrição sobre
a via pública, atendidos os requisitos desta Resolução.
Parágrafo único - É obrigatório o porte da AET para os veículos referidos
no caput.
Art. 3º - A AET, fornecida pelo Órgão Executivo Rodoviário da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal com circunscrição sobre a via,
terá validade máxima de 1 (um) ano e conterá, no mínimo:
a) a identificação do órgão emissor;
b) o número de identificação;
c) a identificação e características do(s) veículo(s);
d) o peso e dimensões autorizadas;
e) o prazo de validade;
f) o percurso;
g) a identificação em se tratando de carga indivisível.
Art. 4º - A autoridade concedente da AET poderá exigir a indicação de um
engenheiro como responsável técnico, quando as dimensões da carga assim
o exigirem, bem como medidas preventivas de segurança a serem adotadas
pelo proprietário para a circulação do veículo no percurso autorizado,
incluindo escolta especializada, conforme a regulamentação de cada órgão.

290
Art. 5º - A AET não exime o condutor e/ou proprietário da responsabilidade
por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos causar à via
ou a terceiros, conforme prevê o § 2º do art. 101 do CTB.
Art. 6º - O veículo, cujas dimensões excedam os limites fixados pelo Contran,
deverá portar na parte traseira a sinalização especial de advertência prevista
nos Anexos I, II e III desta Resolução.
Parágrafo único - A sinalização deverá estar em perfeitas condições de
visibilidade e leitura, não sendo permitida a inserção de quaisquer outras
informações além das previstas nesta Resolução.
Art. 7º - Excepcionalmente, os caminhões, reboques e semirreboques
equipados com rampa de acesso poderão portar na parte traseira sinalização
especial de advertência seccionada ao meio (bipartida) constante do Anexo
IV desta Resolução.
§ 1º - Os veículos de que trata o caput que estiverem com a placa seccionada
em desacordo com o Anexo IV terão prazo de 90 (noventa) dias, contados da
data de publicação desta Resolução, para adequação.
§ 2º - Quando a sinalização estiver em posição normal, a secção não poderá
prejudicar a legibilidade das informações.
Art. 8º - A sinalização e demais requisitos relativos às Combinações de
Veículos de Carga (CVC), Combinações de Transporte de Veículos (CTV) e as
Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP) devem
observar o previsto nas Resoluções Contran nº 211, de 13 de novembro de
2006, e nº 305, de 6 de março de 2009, ou suas sucedâneas.
Art. 9º - O não cumprimento do disposto nesta Resolução implicará na
aplicação das sanções previstas no CTB:
a) Art. 187, inciso I: quando o(s) veículo(s) e/ou carga estiverem com
dimensões superiores aos limites estabelecidos legalmente e existir restrição

291
de tráfego referente ao local e/ou horário imposta pelo órgão com
circunscrição sobre a via e não constante na AET;
b) Art. 231, inciso IV: quando o(s) veículo(s) e/ou carga estiverem com suas
dimensões superiores aos limites estabelecidos legalmente e circularem sem
a expedição da AET ou com AET expedida em desacordo com o disposto no
artigo 2º desta Resolução;
c) Art. 231, inciso V: quando o peso do veículo mais o peso da carga for
superior aos limites legais de peso;
d) Art. 231, inciso VI: quando as informações do(s) veículo( s) e/ou carga, com
dimensões superiores aos limites estabelecidos legalmente, estão em
desacordo com aquelas constantes da AET, tais como peso, dimensões,
percurso, exigência da sinalização, configuração de eixos, entre outras
informações e exigências;
e) Art. 231, inciso VI: quando o veículo(s) e/ou carga estiverem com suas
dimensões superiores aos limites estabelecidos legalmente e circularem com
a AET vencida;
f) Art. 231, inciso X: quando o peso do veículo mais a carga for superior à
Capacidade Máxima de Tração (CMT) do(s) caminhão( ões) trator(es);
g) Art. 232: quando o(s) veículo(s) e/ou carga com dimensões superiores aos
limites estabelecidos legalmente não estiver portando a AET regularmente
expedida;
h) Art. 235: quando a carga ultrapassar os limites laterais, posterior e/ou
anterior do(s) veículo(s), ainda que não ultrapasse os limites regulamentares
estabelecidos na Resolução Contran nº 210/2006;
i) Art. 237: quando o(s) veículo(s) e/ou carga estiverem com suas dimensões
superiores aos limites estabelecidos legalmente e a sinalização especial de
advertência não tiver sido instalada ou não atender aos requisitos previstos
nos artigos 6º e 7º e anexos desta Resolução.
292
Art. 10 - Fica revogada a Resolução Contran nº 603, de 23 de novembro de
1982. Art. 11 - Os Anexos desta Resolução estão disponíveis no sítio
www.denatran.gov.br. MORVAM COTRIM DUARTE - Presidente do Conselho

293
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 547 de 19 de agosto de 2015,
revogou a Res. nº. 258/07 dispões sobre identificação do infrator responsável
pela infração de excesso peso e dimensões

Fonte: www.denatran.gov.br/

Publicado no DO em 21 ago 2015


Dispõe sobre a padronização do procedimento administrativo para
identificação do infrator responsável pela infração de excesso peso e
dimensões de veículos e dá outras providências.

O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso das atribuições que lhe


são conferidas pelo art. 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que
institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e conforme o Decreto nº 4.711,
de 29 de maio de 2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de
Trânsito (SNT); e

Considerando o disposto na Resolução CONTRAN nº 459, de 29 de outubro


de 2013, bem como o relatado no § 2º do artigo 2º do mesmo diploma legal;

Considerando que o § 7º do Art. 257 do Código de Trânsito Brasileiro dispõe


que não sendo imediata a identificação do infrator, o proprietário do veículo
terá quinze dias de prazo, após a notificação da autuação, para apresentá-lo,
na forma em que dispuser o CONTRAN, ao fim do qual, não o fazendo, será
considerado responsável pela infração;

Considerando o disposto na Resolução CONTRAN nº 404, de 12 de junho de


2012;
294
Considerando a necessidade de uniformizar e aperfeiçoar o procedimento
para identificação do infrator responsável pelo cometimento de infração
relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos, no peso bruto
total ou peso bruto total combinado, com vistas a garantir maior eficácia,
segurança e transparência dos atos administrativos;

Considerando o que consta dos Processos nº 80000.013530/2014-61 e nº


80000.013528/2014-91;

Resolve:

I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Estabelecer os procedimentos administrativos complementares a


Resolução nº 404, de 12 de junho de 2012, para identificação do responsável
pela infração relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos,
no peso bruto total ou peso bruto total combinado, quando não for imediata
a sua identificação, nos termos do art. 257 do CTB.

Art. 2º Constatada a infração pela autoridade de trânsito ou por seu agente,


ou ainda comprovada sua ocorrência por aparelho eletrônico ou qualquer
outro meio tecnologicamente disponível, previamente regulamentado pelo
CONTRAN, será lavrado o Auto de Infração que deverá conter os dados
mínimos definidos pelo art. 280 do CTB e em regulamentação específica.

§ 1º O Auto de Infração de que trata o caput deste artigo poderá ser lavrado
pela autoridade de trânsito ou por seu agente:

I - por anotação em documento próprio;

295
II - por registro em talão eletrônico ou sistema eletrônico de processamento
de dados isolado ou acoplado a equipamento de detecção de infração
regulamentado pelo CONTRAN, atendido o procedimento definido pelo
órgão máximo executivo de trânsito da União;

II - DA NOTIFICAÇÃO DA AUTUAÇÃO

Art. 3º As Notificações da Autuação para as infrações de excesso de peso


serão encaminhadas ao proprietário do veículo, acompanhadas do
Formulário de Identificação do Responsável pela Infração (FIRI), quando não
for imediata a identificação do infrator.

Art. 3º O FIRI deverá conter no mínimo:

I - identificação do órgão ou entidade de trânsito responsável pela autuação;

II - a transcrição dos §§§ 4º, 5º e 6º do art. 257 do CTB;

III - campos para preenchimento da identificação do responsável pela


infração nos termos dos §§§ 4º, 5º e 6º do art. 257 do CTB, com nome,
qualificação como transportador ou embarcador, número de inscrição no
Cadastro de Pessoa Física ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica;

IV - campo para a assinatura do proprietário do veículo;

V - campo para a assinatura do responsável pela infração;

VI - placa do veículo e número da Notificação da Autuação;

VII - data do término do prazo de 15 (quinze) dias para a identificação do


responsável pela infração e interposição da defesa da autuação;

296
VIII - esclarecimento das consequências da não identificação do responsável
pela infração, nos termos dos §§ 7º e 8º do art. 257 do CTB;

IX - Instrução para que o Formulário de Identificação do Responsável pela


Infração seja acompanhado de cópia da nota fiscal, fatura ou manifesto da
carga transportada, ou, do contrato ou conhecimento de transportes na
hipótese de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e
mediante remuneração;

X - Instrução para que o Formulário de Identificação do Responsável pela


Infração seja acompanhado de cópia reprográfica legível do documento de
identificação do proprietário do veículo e do responsável pela infração;

XI - instrução para que na hipótese de identificação de pessoa jurídica como


proprietário do veículo ou responsável pela infração, o formulário seja
acompanhado de documento que comprove a representação ou de
procuração que comprove os poderes para a assinatura do Formulário de
Identificação do Responsável;

XII - esclarecimento de que a indicação do responsável pela infração somente


será acatada e produzirá efeitos legais se o formulário de identificação
estiver corretamente preenchido, sem rasuras, com assinaturas do
proprietário do veículo e do responsável pela infração e acompanhado de
cópia reprográfica legível dos documentos apresentados. A assinatura do
responsável pela infração caracteriza sua ciência quanto a notificação de
autuação e possibilidade de interposição de defesa;

XIII - endereço para entrega do Formulário de Identificação do Responsável


pela Infração; e
297
XIV - esclarecimento sobre a responsabilidade nas esferas penal, cível e
administrativa, pela veracidade das informações e dos documentos
fornecidos.

§ 1º Em se tratando de transporte internacional, aplica-se a legislação


específica.

§ 2º O Formulário de Identificação do Responsável pela Infração poderá ser


substituído por outro documento, desde que contenha as informações
mínimas exigidas neste artigo.

§ 3º Constatada irregularidade na indicação do responsável pela infração,


capaz de configurar ilícito penal, a Autoridade de Trânsito deverá comunicar
o fato à autoridade competente.

Art. 4º Admite-se a prorrogação do prazo para a entrega do Formulário de


Identificação do Responsável pela Infração e interposição de defesa por mais
45 (quarenta e cinco) dias, totalizando 60 (sessenta) dias, mediante
requerimento do proprietário do veículo no prazo estabelecido no inciso VII
do artigo anterior.

Art. 5º Não havendo a identificação do responsável pela infração até o


término do prazo fixado na Notificação da Autuação, ou se a identificação for
feita em

desacordo com o estabelecido no art. 3º, o proprietário do veículo será


considerado responsável pela infração cometida.

298
Art. 6º Para fins de identificação do real infrator, considera-se a tabela
abaixo:

Art. 7º Para todos os demais procedimentos administrativos na lavratura de


Auto de Infração, na expedição de notificação de autuação e de notificação
de penalidade de multa e de advertência, aplica-se a Resolução CONTRAN nº
371, de 10 de dezembro de 2010, Resolução CONTRAN nº 404, de 12 de
299
junho de 2012, e Resolução CONTRAN nº 488, de 7 de maio de 2014.
Art. 8º Cabe às Autoridades de Trânsito ou seus agentes com a atribuição
prevista no inciso VIII do art. 21 do CTB a aplicação subsidiária das seguintes
penalidades correlatas:

I - Deixar de adentrar às áreas destinadas à pesagem de veículos (Art. 209 do


CTB);
II - Conduzir o veículo de carga, com falta de inscrição da tara e demais
inscrições previstas no Código (Art. 230 do CTB);
III - Retirar do local veículo legalmente retido para regularização, sem
permissão da autoridade competente ou de seus agentes (Art. 239 do CTB).
Art. 9º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 10. Fica revogado o Art. 16 da Resolução CONTRAN nº 258, de 2007.

ALBERTO ANGERAMI

Presidente do Conselho

300
RESOLUÇÃO Nº 211 DE 13 DE NOVEMBRO DE 2006
Fonte: www.denatran.gov.br/

MINISTÉRIO DAS CIDADES


CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO

Requisitos necessários à circulação de Combinações de


Veículos de Carga – CVC, a que se referem os arts. 97,
99 e 314 do Código de Trânsito Brasileiro-CTB.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, no uso


da competência que lhe confere o artigo 12, inciso I, da lei nº 9.503, de 23 de
setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro e nos termos
do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da
Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:

Art. 1º As Combinações de Veículos de Carga - CVC, com mais


de duas unidades, incluída a unidade tratora, com peso bruto total acima de
57 t ou com comprimento total acima de 19,80 m, só poderão circular
portando Autorização Especial de Trânsito – AET.

Art. 2° A Autorização Especial de Trânsito - AET pode


ser concedida pelo Órgão Executivo Rodoviário da União, dos Estados, dos
Municípios ou do Distrito Federal, mediante atendimento aos seguintes
requisitos:

301
I - para a CVC:

a) Peso Bruto Total Combinado – PBTC igual ou inferior a 74


toneladas;
b) Comprimento superior a 19,80 m e máximo de 30 metros,
quando o PBTC for inferior ou igual a 57t.
c) Comprimento mínimo de 25 m e máximo de 30 metros, quando o
PBTC for superior a 57t.

d) limites legais de Peso por Eixo fixados pelo CONTRAN;

e) a compatibilidade da Capacidade Máxima de Tração - CMT da


unidade tratora, determinada pelo fabricante, com o Peso Bruto Total
Combinado - PBTC;

f) estar equipadas com sistemas de freios conjugados entre si e com a


unidade tratora, atendendo o disposto na Resolução n°. 777/93 - CONTRAN;

g) o acoplamento dos veículos rebocados deverá ser do tipo


automático conforme NBR 11410/11411 e estarem reforçados com correntes
ou cabos de aço de segurança;

h) o acoplamento dos veículos articulados deverá ser do tipo pino-rei


e quinta roda e obedecer ao disposto na NBR NM/ ISO 337..

i) possuir sinalização especial na forma do Anexo II e estar provida de


lanternas laterais colocadas a intervalos regulares de no máximo 3 (três)
metros entre si, que permitam a sinalização do comprimento total do
conjunto.

II - as condições de tráfego das vias públicas a serem utilizadas.

§ 1°. A unidade tratora dessas composições deverá ser dotada de


tração dupla, ser capaz de vencer aclives de 6%, com coeficiente de atrito

302
pneu/solo de 0,45, uma resistência ao rolamento de 11 kgf/t e um
rendimento de sua transmissão de 90%

§ 2°. Nas Combinações com Peso Bruto Total Combinado - PBTC


inferior a 57 t, o cavalo mecânico poderá ser de tração simples e equipado
com 3º eixo.
§ 3°. A Autorização Especial de Trânsito - AET, fornecida pelo
Órgão Executivo Rodoviário da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal, terá o percurso estabelecido e aprovado pelo órgão com
circunscrição sobre a via.
§ 4°. A critério do Órgão Executivo Rodoviário responsável pela
concessão da Autorização Especial de Trânsito - AET, nas vias de duplo
sentido de direção, poderão ser exigidas medidas complementares que
possibilitem o trânsito dessas composições, respeitadas as condições de
segurança, a existência de faixa adicional para veículos lentos nos segmentos
em rampa com aclive e comprimento superior a 5% e 600 m,
respectivamente.

Art. 3°. O trânsito de Combinações de Veículos de que trata esta


Resolução será do amanhecer ao pôr do sol e sua velocidade máxima de 80
km/h.

§ 1°. Nas vias com pista dupla e duplo sentido de circulação, dotadas
de separadores físicos e que possuam duas ou mais faixas de circulação no
mesmo sentido, poderá ser autorizado o trânsito diuturno.

§ 2°. Em casos especiais, devidamente justificados, poderá ser


autorizado o trânsito noturno das Combinações que exijam AET, nas vias de
pista simples com duplo sentido de circulação, observados os seguintes
requisitos:

303
I - volume de tráfego no horário noturno de no máximo 2.500
veículos;

II - traçado de vias e suas condições de segurança, especialmente no


que se refere à ultrapassagem dos demais veículos;

III - distância a ser percorrida;

IV - colocação de placas de sinalização em todo o trecho da via,


advertindo os usuários sobre a presença de veículos longos.

Art. 4°. Ao requerer a concessão da Autorização Especial de Trânsito -


AET o interessado deverá apresentar:

I - preliminarmente, projeto técnico da Combinação de Veículos de


Carga - CVC, devidamente assinado por engenheiro mecânico, conforme lei
federal nº 5194/66, que se responsabilizará pelas condições de estabilidade e
de segurança operacional, e que deverá conter:

a) planta dimensional da combinação, contendo indicações de


comprimento total, distância entre eixos, balanços traseiro e laterais, detalhe
do pára-choques traseiro, dimensões e tipos dos pneumáticos, lanternas de
advertência, identificação da unidade tratora, altura e largura máxima, placa
traseira de sinalização especial, Peso Bruto Total Combinado - PBTC, Peso por
Eixo, Capacidade Máxima de Tração - CMT e distribuição de carga no veículo;
b) cálculo demonstrativo da capacidade da unidade tratora de vencer
rampa de 6%, observando os parâmetros do art. 2°. e seus parágrafos e a
fórmula do Anexo I;

c) gráfico demonstrativo das velocidades, que a unidade tratora


da composição é capaz de desenvolver para aclives de 0 a 6%, obedecidos os
parâmetros do art. 2°. e seus parágrafos;

d) capacidade de frenagem;

304
e) desenho de arraste e varredura, conforme norma SAE J695b,
acompanhado do respectivo memorial de cálculo;

f) laudo técnico de inspeção veicular elaborado e assinado pelo


engenheiro mecânico responsável pelo projeto, acompanhado pela sua
respectiva ART- Anotação de Responsabilidade Técnica, atestando as
condições de estabilidade e de segurança da Combinação de Veículos de
Carga - CVC.

II - Cópia dos Certificados de Registro e Licenciamento dos Veículos,


da composição veículo e semi-reboques - CRLV.

§ 1°. Nenhuma Combinação de Veículos de Carga - CVC poderá


operar ou transitar na via pública sem que o Órgão Executivo Rodoviário da
União, dos Estados, dos Municípios ou Distrito Federal tenha analisado e
aprovado toda a documentação mencionada neste artigo e liberado sua
circulação.
§ 2°. Somente será admitido o acoplamento de reboques e semi-
reboques, especialmente construídos para utilização nesse tipo de
Combinação de Veículos de Carga - CVC, devidamente homologados pelo
Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União com códigos específicos na
tabela de marca/modelo do RENAVAM.

Art. 5°. A Autorização Especial de Trânsito - AET terá validade pelo


prazo máximo de 1 (um) ano, de acordo com o licenciamento da unidade
tratora, para os percursos e horários previamente aprovados, e somente será
fornecida após vistoria técnica da Combinação de Veículos de Carga - CVC,
que será efetuada pelo Órgão Executivo Rodoviário da União, ou dos Estados,
ou dos Municípios ou do Distrito Federal.

§ 1°. Para renovação da Autorização Especial de Trânsito - AET, a


vistoria técnica prevista no caput deste artigo poderá ser substituída por um

305
Laudo Técnico de inspeção veicular elaborado e assinado por engenheiro
mecânico responsável pelo projeto, acompanhado pela respectiva ART -
Anotação de Responsabilidade Técnica, que emitirá declaração de
conformidade junto com o proprietário do veículo, atestando que a
composição não teve suas características e especificações técnicas
modificadas, e que a operação se desenvolve dentro das condições
estabelecidas nesta Resolução.

§ 2°. Os veículos em circulação na data da entrada em vigor desta


Resolução terão assegurada a renovação da Autorização Especial de Trânsito
- AET, mediante atendimento ao previsto no parágrafo anterior e
apresentação do Certificado de Registro e Licenciamento dos Veículos-
CRLV,da composição veículo e os semi-reboques.

Art. 6º. Em atendimento às inovações tecnológicas, a utilização e


circulação de novas composições, respeitados os limites de peso por eixo,
somente serão autorizadas após a comprovação de seu desempenho,
mediante testes de campo incluindo manobrabilidade, capacidade de
frenagem, distribuição de carga e estabilidade, além do cumprimento do
disposto na presente Resolução.

§ 1o O DENATRAN baixará, em 90 dias, Portaria com as composições


homologadas, especificando seus limites de pesos e dimensões.

§ 2o O uso regular de novas composições só poderá ser efetivado


após sua homologação e publicação em Portaria do DENATRAN.

Art. 7° Excepcionalmente será concedida AET para as Combinações


de Veículos de Carga - CVC com peso bruto total combinado de até 74 t e
comprimento inferior a 25 (vinte e cinco) metros, desde que as suas
unidades tenham sido registradas até 03 de fevereiro de 2006, respeitadas
as restrições impostas pelos órgãos executivos com circunscrição sobre a via.

306
Art.8º A não observância dos preceitos desta Resolução sujeita o
infrator às penalidades previstas no artigo 231 e seus incisos do CTB,
conforme cabível, além das medidas administrativas aplicáveis.

Art. 10 Ficam revogadas as Resoluções, 68/98, 164/04, 184/05 e


189/06, a partir de 01/01/2007 Alfredo Peres da Silva Presidente

AJUSTE SINIEF 21, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2010


• Publicado no DOU de 16.12.10, pelo Despacho 516/10.

• Alterado pelos Ajustes SINIEF 02/11, 03/11, 15/12, 23/12, 05/13, 10/13,
12/13, 24/13, 32/13, 06/14, 13/14, 14/14.

• As referências ao MDF-e - Contribuinte consideram-se feitas ao Manual de


Orientação do Contribuinte - MDF-e, conforme Ajuste SINIEF ICMS 15/12.

Fonte
http://www1.fazenda.gov.br/confaz/confaz/ajustes/2010/aj_021_10.htm

Institui o Manifesto Eletrônico


de Documentos Fiscais MDF-e.

O Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ e o


Secretario da Receita Federal do Brasil, na 140ª reunião ordinária do
Conselho Nacional de Política Fazendária, realizada em Vitória, ES, no dia 10
de dezembro de 2010, tendo em vista o disposto no art. 199 do Código
Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966), resolvem
celebrar o seguinte

A J U S T E

Cláusula primeira Fica instituído o Manifesto Eletrônico de


Documentos Fiscais - MDF-e -, modelo 58, que deverá ser utilizado pelos
contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
307
Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, em substituição ao Manifesto de
Carga, modelo 25, previsto no inciso XVIII do art. 1º do Convênio SINIEF
06/89, de 21 de fevereiro de 1989 .
Cláusula segunda MDF-e é o documento fiscal eletrônico, de
existência apenas digital, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura
digital do emitente e Autorização de Uso de MDF-e pela administração
tributária da unidade federada do contribuinte.
Cláusula terceira O MDF-e deverá ser emitido:
Nova redação dada aos incisos I e II da cláusula terceira pelo
Ajuste SINIEF 15/12, efeitos a partir de 01.12.12.
I - pelo contribuinte emitente de CT-e de que trata o Ajuste
SINIEF 09/07, de 25 de outubro de 2007, no transporte de carga fracionada,
assim entendida a que corresponda a mais de um conhecimento de
transporte;
II - pelo contribuinte emitente de NF-e de que trata o Ajuste
SINIEF 07/05, de 30 de setembro de 2005, no transporte de bens ou
mercadorias acobertadas por mais de uma NF-e, realizado em veículos
próprios ou arrendados, ou mediante contratação de transportador
autônomo de cargas.
Redação original, efeitos até 30.11.12.
I - pelo transportador no transporte de
carga fracionada, assim entendida a que
corresponda a mais de um conhecimento de
transporte;
Redação anterior dada ao inciso II da cláusula
terceira pelo Ajuste SINIEF 02/11, efeitos a partir
de 05.04.11 até 30.11.12.
II - pelos demais contribuintes que
promoverem a saída de mercadoria que,
cumulativamente:

308
a) for destinada a contribuinte do ICMS;
b) integrar carga fracionada cujo transporte
for realizado pelo próprio contribuinte remetente
ou por transportador autônomo por ele contratado;
Redação original, efeitos até 04.04.11.
II - pelos demais contribuintes nas
operações para as quais tenham sido emitidas mais
de uma nota fiscal e cujo transporte seja realizado
em veículos próprios ou arrendados, ou mediante
contratação de transportador autônomo de cargas.
Nova redação dada § 1º da cláusula terceira pelo Ajuste
SINIEF 15/12, efeitos a partir de 01.12.12.
§ 1º O MDF-e deverá ser emitido nas situações descritas
no caput e sempre que haja transbordo, redespacho, subcontratação ou
substituição do veículo, do motorista, de contêiner ou inclusão de novas
mercadorias ou documentos fiscais, bem como na hipótese de retenção
imprevista de parte da carga transportada.
Redação original, efeitos até 30.11.12.
§ 1º O MDF-e deverá ser emitido nas
situações descritas no caput e sempre que haja
transbordo, redespacho, subcontratação ou
substituição do veículo, do motorista, de contêiner
ou inclusão de novas mercadorias ou documentos
fiscais.
§ 2º Caso a carga transportada seja destinada a mais de uma
unidade federada, o transportador deverá emitir tantos MDF-e distintos
quantas forem as unidades federadas de descarregamento, agregando, por
MDF-e, os documentos destinados a cada uma delas.
Nova redação dada ao § 3º da cláusula terceira pelo Ajuste
SINIEF 23/12, efeitos a partir de 01.02.13 e, para cargas
provenientes ou destinadas ao AM, a partir de 01.04.13.

309
§ 3º Ao estabelecimento emissor de MDF-e fica vedada a
emissão:
I - do Manifesto de Carga, modelo 25, previsto no inciso XVIII do
art. 1º do Convênio SINIEF 06/89;
Nova redação dada ao inciso II do § 3º da cláusula terceira
pelo Ajuste SINIEF 32/13, efeitos a partir de 12.12.13.
II - da Capa de Lote Eletrônica - CL-e, prevista no Protocolo ICMS
168/10, a partir de 1º de julho de 2014.
Redação anterior do inciso II dada pelo Ajuste
SINIEF 23/12, efeitos de 01.02.13 a 11.12.13 e,
para AM, de 01.04.13 a 11.12.13.
II - da Capa de Lote Eletrônica - CL-e,
prevista no Protocolo ICMS 168/10.
Redação original, efeitos até 31.12.12 e, para AM,
31.03.13.
§ 3º Ao estabelecimento emissor de MDF-e
fica vedada a emissão do Manifesto de Carga,
modelo 25, previsto no inciso XVIII do art. 1º do
Convênio SINIEF 06/89.
Acrescido o § 4º à cláusula terceira pelo Ajuste SINIEF 05/13,
efeitos a partir de 01.06.13.
§ 4º A critério da unidade federada, a emissão do MDF-e poderá
também ser exigida do contribuinte emitente de CT-e, no transporte de carga
lotação, assim entendida a que corresponda a único conhecimento de
transporte, e no transporte de bens ou mercadorias acobertadas por uma
única NF-e, realizado em veículos próprios do emitente ou arrendados, ou
mediante contratação de transportador autônomo de cargas.
Acrescido o § 5º à cláusula terceira pelo Ajuste SINIEF 32/13,
efeitos a partir de 12.12.13.
§ 5º Nas operações e prestações em que for emitido o MDF-e
fica dispensada a CL-e.

310
Acrescido o § 6º à cláusula terceira pelo Ajuste SINIEF 06/14,
efeitos a partir de 01.05.14.
§ 6º Nos casos de subcontratação, o MDF-e deverá ser emitido
exclusivamente pelo transportador responsável pelo gerenciamento deste
serviço, assim entendido aquele que detenha as informações do veículo, da
carga e sua documentação, do motorista e da logística do transporte.
Acrescido o § 7º à cláusula terceira pelo Ajuste SINIEF 13/14,
efeitos a partir de 01.10.14.
§ 7º Na hipótese estabelecida no inciso II desta Cláusula, a
obrigatoriedade de emissão do MDF-e é do destinatário quando ele é o
responsável pelo transporte e está credenciado a emitir NF-e.
Cláusula quarta Ato COTEPE publicará o Manual de Integração MDF-
e - Contribuinte, disciplinando a definição das especificações e critérios técnicos
necessários para a integração entre os Portais das Secretarias de Fazendas dos
Estados e os sistemas de informações das empresas emissoras de MDF-e.
Parágrafo único. Nota técnica publicada no Portal Nacional do
Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais - MDF-e poderá esclarecer
questões referentes ao Manual de Integração MDF-e - Contribuinte.
Cláusula quinta O MDF-e deverá ser emitido com base em
leiaute estabelecido no Manual de Integração MDF-e - Contribuinte, por
meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou
disponibilizado pela administração tributária, devendo, no mínimo:
I - conter a identificação dos documentos fiscais relativos à carga
transportada;
II - ser identificado por chave de acesso composta por código
numérico gerado pelo emitente, pelo CNPJ do emitente e pelo número e
série do MDF-e;
III - ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language);
Revogado o inciso IV da cláusula quinta pelo Ajuste SINIEF
06/14, efeitos a partir de 01.05.14.
IV - REVOGADO
311
Redação original, efeitos até 30.04.14.
IV - possuir serie de 1 a 999;
V - possuir numeração sequencial de 1 a 999.999.999, por
estabelecimento e por série, devendo ser reiniciada quando atingido esse
limite;
VI - ser assinado digitalmente pelo emitente, com certificação
digital realizada dentro da cadeia de certificação da Infra-estrutura de Chaves
Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o número do CNPJ de qualquer dos
estabelecimentos do contribuinte.
Nova redação dada ao § 1º da cláusula quinta pelo Ajuste
SINIEF 06/14, efeitos a partir de 01.05.14.
§ 1º O contribuinte poderá adotar séries distintas para a emissão
do MDF-e, designadas por algarismos arábicos, em ordem crescente, vedada
a utilização de subsérie, observado o disposto no MOC.
Redação original, efeitos até 30.04.14.
§ 1º O contribuinte poderá adotar séries
distintas para a emissão do MDF-e, designadas por
algarismos arábicos, em ordem crescente de 1 a
999, vedada a utilização de subsérie.
§ 2º O Fisco poderá restringir a quantidade ou o uso de séries.
Cláusula sexta A transmissão do arquivo digital do MDF-e deverá
ser efetuada via Internet, por meio de protocolo de segurança ou
criptografia, com utilização de software desenvolvido ou adquirido pelo
contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária.
§ 1º A transmissão referida no caput implica solicitação de
concessão de Autorização de Uso de MDF-e.
§ 2º Quando o emitente não estiver credenciado para emissão
do MDF-e na unidade federada em que ocorrer o carregamento do veículo ou
outra situação que exigir a emissão do MDF-e, a transmissão e a autorização
deverá ser feita por administração tributária em que estiver credenciado.

312
Cláusula sétima Previamente à concessão da Autorização de Uso
do MDF-e a administração tributária competente analisará, no mínimo, os
seguintes elementos:
I - a regularidade fiscal do emitente;
II - a autoria da assinatura do arquivo digital;
III - a integridade do arquivo digital;
IV - a observância ao leiaute do arquivo estabelecido no Manual
de Integração MDF-e - Contribuinte;
V - a numeração e série do documento.
Nova redação dada ao caput da cláusula oitava pelo Ajuste
SINIEF 03/11, efeitos a partir de 01.06.11.
Cláusula oitava Do resultado da análise referida na cláusula
sétima a administração tributária cientificará o emitente:
Redação original, efeitos até 31.05.11.
Cláusula oitava Do resultado da análise
referida na cláusula oitava a administração
tributária cientificará o emitente:
I - da rejeição do arquivo do MDF-e, em virtude de:
a) falha na recepção ou no processamento do arquivo;
b) falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do
arquivo digital;
c) duplicidade de número do MDF-e;
d) erro no número do CNPJ, do CPF ou da IE;
e) outras falhas no preenchimento ou no leiaute do arquivo do
MDF-e;
f) irregularidade fiscal do emitente do MDF-e;
II - da concessão da Autorização de Uso do MDF-e.
313
§ 1º Após a concessão da Autorização de Uso do MDF-e o
arquivo do MDF-e não poderá ser alterado.
§ 2º A cientificação de que trata o caput será efetuada mediante
protocolo disponibilizado ao transmissor, via internet, contendo a chave de
acesso, o número do MDF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela
administração tributária e o número do protocolo, podendo ser autenticado
mediante assinatura digital gerada com certificação digital da administração
tributária ou outro mecanismo de confirmação de recebimento.
§ 3º Não sendo concedida a Autorização de Uso de MDF-e, o
protocolo de que trata o § 2º conterá, de forma clara e precisa, as
informações que justifiquem o motivo da rejeição.
§ 4º Rejeitado o arquivo digital, o mesmo não será arquivado na
administração tributária.
§ 5º A concessão de Autorização de Uso de MDF-e não implica
em validação da regularidade fiscal de pessoas, valores e informações
constantes no documento autorizado.
Nova redação dada ao caput da cláusula nona pelo Ajuste
SINIEF 15/12, efeitos a partir de 01.12.12.
Cláusula nona Concedida a Autorização de Uso do MDF-e, a
administração tributária da unidade federada autorizadora deverá
disponibilizar o arquivo correspondente para:
Redação original, efeitos até 30.11.12.
Cláusula nona Concedida a Autorização de
Uso do MDF-e, a administração tributária da
unidade federada autorizadora deverá transmitir o
arquivo correspondente para a Receita Federal do
Brasil, que a encaminhará para:
I - a unidade federada onde será feito o carregamento ou o
descarregamento, conforme o caso, quando diversa da unidade federada
autorizadora;

314
II - a unidade federada que esteja indicada como percurso;
III - a Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA,
se o descarregamento for localizado nas áreas incentivadas.
Parágrafo único A administração tributária que autorizou o MDF-
e poderá, também, transmiti-lo ou fornecer informações parciais, mediante
prévio convênio ou protocolo, para:
I - administrações tributárias estaduais e municipais,
II - outros órgãos da administração direta, indireta, fundações e
autarquias, que necessitem de informações do MDF-e para desempenho de
suas atividades, respeitado o sigilo fiscal.
Cláusula décima O arquivo digital do MDF-e só poderá ser
utilizado como documento fiscal, após ter seu uso autorizado por meio de
Autorização de Uso do MDF-e, nos termos do inciso II da cláusula oitava.
§ 1º Ainda que formalmente regular, será considerado
documento fiscal inidôneo o MDF-e que tiver sido emitido ou utilizado com
dolo, fraude, simulação ou erro, que possibilite, mesmo que a terceiro, o não
pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida.
§ 2º Para os efeitos fiscais, os vícios de que trata o § 1º atingem
também o respectivo DAMDFE, impresso nos termos deste Ajuste, que
também será considerado documento fiscal inidôneo.
Nova redação dada ao caput da cláusula décima primeira
pelo Ajuste SINIEF 03/11, efeitos a partir de 01.06.11.
Cláusula décima primeira Fica instituído o Documento Auxiliar
do MDF-e - DAMDFE, conforme leiaute estabelecido no Manual de
Integração MDF-e - Contribuinte, para acompanhar a carga durante o
transporte e possibilitar às unidades federadas o controle dos documentos
fiscais vinculados ao MDF-e.
Redação original, efeitos até 31.05.11.
Cláusula décima primeira Fica instituído o
Documento Auxiliar do MDF-e - DAMDFE, conforme
leiaute estabelecido no Manual de Integração MDF-
e - Contribuinte, para acompanhar a carga durante
315
o transporte ou para facilitar a consulta do MDF-e,
prevista na cláusula décima quinta.
Nova redação dada ao § 1º da cláusula décima primeira pelo
Ajuste SINIEF 10/13, efeitos a partir de 26.06.13.
§ 1º O DAMDFE será utilizado para acompanhar a carga durante
o transporte somente após a concessão da Autorização de Uso do MDF-e, de
que trata o inciso II da cláusula oitava, ou na hipótese prevista na cláusula
décima segunda.
Redação original, efeitos até 25.06.13.
§ 1º O DAMDFE é documento fiscal válido
para acompanhar o veículo durante o transporte
somente após a concessão da Autorização de Uso
do MDF-e.
§ 2º O DAMDFE:
I - deverá ter formato mínimo A4 (210 x 297 mm) e máximo A3
(420 x 297 mm), impresso em papel, exceto papel jornal, de modo que seus
dizeres e indicações estejam bem legíveis;
II - conterá código de barras, conforme padrão estabelecido no
Manual de Integração MDF-e - Contribuinte;
III - poderá conter outros elementos gráficos, desde que não
prejudiquem a leitura do seu conteúdo ou do código de barras por leitor
óptico.
Nova redação dada ao § 3º da cláusula décima primeira pelo
Ajuste SINIEF 12/13, efeitos a partir de 01.09.13.
§ 3º As alterações de leiaute do DAMDFE permitidas são as
previstas no Manual de Orientação do Contribuinte - MDF-e.
Redação original, efeitos até 31.08.13.
§ 3º O contribuinte, mediante autorização
de cada unidade federada envolvida no transporte,
poderá alterar o leiaute do DAMDFE, previsto no
Manual de Integração MDF-e - Contribuinte, para
316
adequá-lo às suas prestações, desde que mantidos
os campos obrigatórios do MDF-e constantes do
DAMDFE.
Nova redação dada ao § 4º da cláusula décima primeira pelo
Ajuste SINIEF 14/14, efeitos a partir de 01.10.14.
§ 4º Na prestação de serviço de transporte de cargas, ficam
permitidas a emissão do MDF-e e a impressão do DAMDF-e para os
momentos abaixo indicados, relativamente:
I - ao modal aéreo, após a decolagem da aeronave, desde que a
emissão e a correspondente impressão ocorram antes da próxima
aterrissagem;
II - à navegação de cabotagem, após a partida da embarcação,
desde que a emissão e a correspondente impressão ocorram antes da
próxima atracação;
III - ao modal ferroviário, no transporte de cargas fungíveis
destinadas à formação de lote para exportação no âmbito do Porto
Organizado de Santos, após a partida da composição, desde que a emissão e
a correspondente impressão ocorram antes da chegada ao destino final da
carga.
Acrescido o § 4º à cláusula décima primeira pelo
Ajuste SINIEF 24/13, efeitos de 01.02.14 a
30.09.14.
§ 4º Nas prestações de serviço de transporte
de cargas realizadas no modal aéreo, ficam
permitidas a emissão do MDF-e e a impressão do
DAMDF-e, após a decolagem da aeronave, desde
que ocorram antes da primeira aterrissagem.
Cláusula décima segunda Quando em decorrência de problemas
técnicos não for possível transmitir o arquivo do MDF-e para a unidade
federada do emitente, ou obter resposta à solicitação de Autorização de Uso
do MDF-e, o contribuinte poderá operar em contingência, gerando novo
arquivo indicando o tipo de emissão como contingência, conforme definições

317
constantes no Manual de Integração MDF-e - Contribuinte, e adotar as
seguintes medidas:
I - imprimir o DAMDFE em papel comum constando no corpo a
expressão: “Contingência”;
Nova redação dada ao inciso II da cláusula décima segunda
pelo Ajuste SINIEF 12/13, efeitos a partir de 01.09.13.
II - transmitir o MDF-e imediatamente após a cessação dos
problemas técnicos que impediram a sua transmissão ou recepção da
Autorização de Uso do MDF-e, respeitado o prazo máximo de 168 (cento e
sessenta e oito) horas, contadas a partir da emissão do MDF-e.
Redação original, efeitos até 31.08.13.
II - transmitir o MDF-e imediatamente após
a cessação dos problemas técnicos que impediram a
sua transmissão ou recepção da Autorização de Uso
do MDF-e, respeitado o prazo máximoprevisto no
Manual de Integração MDF-e - Contribuinte.
III - se o MDF-e transmitido nos termos do inciso II vier a ser
rejeitado pela administração tributária, o contribuinte deverá:
Nova redação dada à alínea “a” do inciso III da cláusula
décima segunda pelo Ajuste SINIEF 12/13, efeitos a partir de
01.09.13.
a) sanar a irregularidade que motivou a rejeição e regerar o
arquivo com a mesma numeração e série, mantendo o mesmo tipo de
emissão do documento original;
Redação original, efeitos até 31.08.13.
a) sanar a irregularidade que motivou a
rejeição e regerar o arquivo com a mesma
numeração e série;
b) solicitar nova Autorização de Uso do MDF-e.
Acrescido o § 1º à cláusula décima segunda pelo Ajuste
SINIEF 12/13, efeitos a partir de 01.09.13.
318
§ 1º Considera-se emitido o MDF-e em contingência no
momento da impressão do respectivo DAMDFE em contingência, tendo como
condição resolutória a sua autorização de uso.
Acrescido o § 2º à cláusula décima segunda pelo Ajuste
SINIEF 12/13, efeitos a partir de 01.09.13.
§ 2º É vedada a reutilização, em contingência, de número do
MDF-e transmitido com tipo de emissão normal.
Nova redação dada ao caput da cláusula décima terceira pelo
Ajuste SINIEF 12/13, efeitos a partir de 01.09.13.
Cláusula décima terceira Após a concessão de Autorização de
Uso do MDF-e de que trata a cláusula oitava, o emitente poderá solicitar o
cancelamento do MDF-e, em prazo não superior a vinte e quatro horas,
contado do momento em que foi concedida a Autorização de Uso do MDF-
e, desde que não tenha iniciado o transporte, observadas as demais normas
da legislação pertinente.
Redação anterior dada ao caput da cláusula
décima terceira pelo Ajuste SINIEF 15/12, efeitos
de 01.12.12 a 31.08.13.
Cláusula décima terceira Após a concessão
de Autorização de Uso do MDF-e de que trata a
cláusula oitava, o emitente poderá solicitar o
cancelamento do MDF-e, desde que não tenha
iniciado o transporte, observadas as demais normas
da legislação pertinente.
Redação original do caput da cláusula terceira,
efeitos até 30.11.12.
Cláusula décima terceira Após a concessão
de Autorização de Uso do MDF-e de que trata a
cláusula oitava, o emitente poderá solicitar o
cancelamento do MDF-e, desde que não tenha
iniciado a prestação de serviço de transporte,

319
observadas as demais normas da legislação
pertinente.
§ 1º O cancelamento somente poderá ser efetuado mediante
Pedido de Cancelamento de MDF-e, transmitido pelo emitente à
administração tributária que autorizou o MDF-e.
§ 2º Para cada MDF-e a ser cancelado deverá ser solicitado um
Pedido de Cancelamento de MDF-e distinto, atendido ao leiaute estabelecido
no Manual de Integração MDF-e - Contribuinte.
§ 3º O Pedido de Cancelamento de MDF-e deverá ser assinado
pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada
pela Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, contendo o
CNPJ do estabelecimento emitente ou da matriz, a fim de garantir a autoria
do documento digital.
§ 4º A transmissão do Pedido de Cancelamento de MDF-e será
efetivada via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia,
podendo ser realizada por meio de software desenvolvido ou adquirido pelo
contribuinte ou disponibilizado pela administração tributária.
§ 5º A cientificação do resultado do Pedido de Cancelamento de
MDF-e será feita mediante protocolo disponibilizado ao transmissor, via
Internet, contendo, conforme o caso, a “chave de acesso”, o número do
MDF-e, a data e a hora do recebimento da solicitação pela administração
tributária da unidade federada autorizadora do MDF-e e o número do
protocolo, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com
certificação digital da administração tributária ou outro mecanismo de
confirmação de recebimento.
Nova redação dada ao § 6º da cláusula décima terceira pelo
Ajuste SINIEF 15/12, efeitos a partir de 01.12.12.
§ 6º Cancelado o MDF-e, a administração tributária que o
cancelou deverá disponibilizar os respectivos eventos de Cancelamento de
MDF-e às unidades federadas envolvidas.
Redação original, efeitos até 30.11.12.

320
§ 6º Cancelado o MDF-e, a administração
tributária que o cancelou deverá transmitir os
respectivos documentos de Cancelamento de MDF-
e a Receita Federal do Brasil.
Nova redação dada a da cláusula décima quarta pelo Ajuste
SINIEF 15/12, efeitos a partir de 01.12.12.
Cláusula décima quarta O MDF-e deverá ser encerrado após o
final do percurso descrito no documento e sempre que haja transbordo,
redespacho, subcontratação ou substituição do veículo, do motorista, de
contêiner, bem como na hipótese de retenção imprevista de parte da carga
transportada, através do registro deste evento conforme disposto no Manual
de Orientação do Contribuinte - MDF-e.
Parágrafo único. Encerrado o MDF-e, a administração tributária
que autorizou o evento de encerramento deverá disponibilizá-lo às unidades
federadas envolvidas.
Redação original, efeitos até 30.11.12.
Cláusula décima quarta O emitente deverá
solicitar, mediante Pedido de Inutilização de
Número do MDF-e, até o 10º (décimo) dia do mês
subsequente, a inutilização de números de MDF-e
não utilizados, na eventualidade de quebra de
sequência da numeração do MDF-e.
§ 1º O Pedido de Inutilização de Número do
MDF-e deverá atender ao leiaute estabelecido no
Manual de Integração MDF-e - Contribuinte e ser
assinado pelo emitente com assinatura digital
certificada por entidade credenciada pela Infra-
estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil,
contendo o CNPJ do estabelecimento emitente ou
da matriz, a fim de garantir a autoria do documento
digital.

321
§ 2º A transmissão do Pedido de Inutilização
de Número do MDF-e, será efetivada via Internet,
por meio de protocolo de segurança ou criptografia.
§ 3º A cientificação do resultado do Pedido
de Inutilização de Número do MDF-e será feita
mediante protocolo disponibilizado ao transmissor,
via Internet, contendo, conforme o caso, o número
do MDF-e, a data e a hora do recebimento da
solicitação pela administração tributária da unidade
federada do contribuinte emitente e o número do
protocolo, autenticado mediante assinatura
digital que poderá ser gerada com certificação
digital da administração tributária ou outro
mecanismo de confirmação de recebimento.
§ 4º A administração tributária da unidade
federada do emitente deverá transmitir para a
Receita Federal do Brasil as inutilizações de número
de MDF-e.
Revogada a cláusula décima quinta pelo Ajuste SINIEF 15/12,
efeitos a partir de 01.12.12.
Cláusula décima quinta REVOGADA
Redação original, efeitos até 30.11.12.
Cláusula décima quinta Os MDF-e
cancelados e os números inutilizados deverão ser
escriturados, sem valores monetários, de acordo
com a legislação tributária vigente.
Cláusula décima sexta Aplicam-se ao MDF-e, no que couber, as
normas do Convênio SINIEF 06/89, e demais disposições tributárias que
regulam cada modal.
Nova redação dada à cláusula décima sétima pelo Ajuste
SINIEF 15/12, efeitos a partir de 01.12.12.

322
Cláusula décima sétima A obrigatoriedade de emissão do MDF-e
será imposta aos contribuintes de acordo com o seguinte cronograma:
Nova redação dada ao inciso I da cláusula décima sétima pelo
Ajuste SINIEF 10/13, efeitos a partir de 26.06.13.
I - na hipótese de contribuinte emitente do CT-e de que trata
o Ajuste SINIEF 09/07, no transporte interestadual de carga fracionada, a
partir das seguintes datas:
a) 2 de janeiro de 2014, para os contribuintes que prestam
serviço no modal rodoviário relacionados no Anexo Único ao Ajuste SINIEF
09/07 e para os contribuintes que prestam serviço no modal aéreo;
b) 2 de janeiro de 2014, para os contribuintes que prestam
serviço no modal ferroviário;
c) 1º de julho de 2014, para os contribuintes que prestam
serviço no modal rodoviário, não optantes pelo regime do Simples Nacional e
para os contribuintes que prestam serviço no modal aquaviário;
d) 1º de outubro de 2014, para os contribuintes que prestam
serviço no modal rodoviário optantes pelo regime do Simples Nacional;
Redação anterior dada ao inciso I da cláusula
décima sétima pelo Ajuste SINIEF 15/12, efeitos de
01.12.12 a 25.06.13.
I - na hipótese de contribuinte emitente do
CT-e de que trata o Ajuste SINIEF 09/07, no
transporte interestadual de carga fracionada, a
partir das seguintes datas:
a) 1º de julho de 2013, para os contribuintes
obrigados a emissão do CT-e de que trata o inciso I
da cláusula vigésima quarta do Ajuste SINIEF 09/07;
b) 1º de novembro de 2013, para os
contribuintes obrigados a emissão do CT-e de que
trata o inciso III da cláusula vigésima quarta do
Ajuste SINIEF 09/07;

323
c) 1º de abril de 2014, para os contribuintes
obrigados a emissão do CT-e de que trata o inciso IV
da cláusula vigésima quarta do Ajuste SINIEF 09/07;
d) 1º de agosto de 2014, para os
contribuintes obrigados a emissão do CT-e de que
trata o inciso V da cláusula vigésima quarta do
Ajuste SINIEF 09/07;
Nova redação dada ao inciso II da cláusula décima sétima
pelo Ajuste SINIEF 10/13, efeitos a partir de 26.06.13.
II - na hipótese de contribuinte emitente de NF-e de que trata
o Ajuste SINIEF 07/05, no transporte interestadual de bens ou mercadorias
acobertadas por mais de uma NF-e, realizado em veículos próprios ou
arrendados, ou mediante contratação de transportador autônomo de cargas,
a partir das seguintes datas:
a) 3 de fevereiro de 2014, para os contribuintes não optantes
pelo regime do Simples Nacional;
b) 1º de outubro de 2014, para os contribuintes optantes pelo
regime do Simples Nacional.
Redação anterior dada ao inciso II da cláusula
décima sétima pelo Ajuste SINIEF 15/12, efeitos de
01.12.12 a 25.06.13.
II - na hipótese de contribuinte emitente de
NF-e de que trata o Ajuste SINIEF 07/05, no
transporte interestadual de bens ou mercadorias
acobertadas por mais de uma NF-e, realizado em
veículos próprios ou arrendados, ou mediante
contratação de transportador autônomo de cargas,
a partir das seguintes datas:
a) 1º de novembro de 2013, para os
contribuintes não optantes pelo regime do Simples
Nacional;

324
b) 1º de abril de 2014, para os contribuintes
optantes pelo regime do Simples Nacional.
Nova redação dada ao parágrafo único da cláusula décima
sétima pelo Ajuste SINIEF 24/13, efeitos a partir de 01.02.14.
Parágrafo único. Legislação estadual poderá antecipar a
obrigatoriedade de emissão de MDF-e para os contribuintes emitentes de CT-
e, de que trata o Ajuste SINIEF 9/07, ou de NF-e, de que trata o Ajuste SINIEF
7/05, em cujo território tenha:
I - sido iniciada a prestação do serviço de transporte;
II - ocorrido a saída da mercadoria, na hipótese de emitente de
NF-e.
Redação anterior dada ao parágrafo único da
cláusula décima sétima pelo Ajuste SINIEF 05/13,
efeitos de 01.06.13 a 31.01.14.
Parágrafo único. Legislação estadual poderá
dispor sobre a obrigatoriedade de emissão de MDF-
e para os contribuintes emitentes de CT-e, de que
trata o Ajuste SINIEF 09/07, ou de NF-e, de que
trata o Ajuste SINIEF 07/05, em cujo território
tenha:
I - sido iniciada a prestação do serviço de
transporte;
II - ocorrido a saída da mercadoria, na
hipótese de emitente de NF-e.
Redação anterior dada ao parágrafo único da
cláusula décima sétima pelo Ajuste SINIEF 15/12,
efeitos de 01.12.12 a 31.05.13.
Parágrafo único. A partir de 1º de janeiro de
2013, legislação estadual poderá dispor sobre a
obrigatoriedade de emissão de MDF-e para os
contribuintes indicados nos incisos “I” e “II”, em
cujo território tenha:
325
I - sido iniciada a prestação do serviço de
transporte;
II - ocorrido a saída da mercadoria, na
hipótese do inciso II da cláusula terceira.
Redação anterior dada à cláusula décima sétima
pelo Ajuste SINIEF 02/11, efeitos de 05.04.11 a
30.11.12.
Cláusula décima sétima A obrigatoriedade
de emissão do MDF-e será imposta aos
contribuintes de acordo com cronograma a ser
estabelecido por meio:
I - de Protocolo ICMS, nas hipóteses de:
a) prestação de serviço de transporte
interestadual de carga fracionada;
b) operação interestadual relativa à
circulação de mercadoria, destinada a contribuinte
do ICMS, que deva ser transportada em carga
fracionada pelo próprio remetente ou por
transportador autônomo por ele contratado;
II - da legislação interna de cada unidade
federada nas demais hipóteses.
§ 1º O cronograma de que trata esta
cláusula poderá, nas hipóteses referidas no inciso I
do caput, estabelecer a obrigatoriedade da emissão
do MDF-e, ou tornar esta facultativa, apenas em
relação a determinadas operações ou prestações ou
a determinados contribuintes ou estabelecimentos,
segundo os seguintes critérios:
I - valor da receita bruta do contribuinte;
II - valor da operação ou da prestação
praticada pelo contribuinte;

326
III - natureza, tipo ou modalidade de
operação;
IV - prestação praticada pelo contribuinte;
V - atividade econômica exercida pelo
contribuinte;
VI - tipo de carga transportada;
VII - regime de apuração do imposto.
§ 2° O disposto no § 1º poderá, a critério da
cada unidade federada, ser aplicado às hipóteses
referidas no inciso II do caput;
§ 3º A partir de 1º de janeiro de 2013,
legislação estadual poderá dispor sobre a
obrigatoriedade de emissão de MDF-e para as
operações e prestações de serviços indicadas nas
alíneas “a” e “b” do inciso I da cláusula décima
sétima, em cujo território tenha:
I - sido iniciada a prestação do serviço de
transporte;
II - ocorrido a saída da mercadoria, na
hipótese do inciso II da cláusula terceira.
Redação original, efeitos até 04.04.11.
Cláusula décima sétima Protocolo ICMS
estabelecerá a data a partir da qual será obrigatória
a utilização do MDF-e.
§ 1º Fica dispensada a exigência de
Protocolo ICMS:
I - na hipótese de contribuinte que possua
inscrição estadual em uma única unidade da
Federação e que não remeta ou transporte

327
mercadorias para unidade federada distinta
daquela onde estiver estabelecido;
II - a partir de 1º de janeiro de 2013.
§ 2º Na hipótese do inciso I do § 1º, caberá à
unidade federada na qual o contribuinte esteja
estabelecido fixar a data a partir da qual ele fica
obrigado a utilizar o MDF-e.
Cláusula décima oitava Este ajuste entra em vigor na data de
sua publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos a partir de 1º de
abril de 2011.

328
Resolução Nº 794, De 22 De Novembro De 2004 -
Publicado no DOU em: 23/11/2004
Fonte : http://www.antt.gov.br

Dispõe sobre a habilitação do Operador de Transporte Multimodal, de que


tratam a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, e o Decreto nº 1.563, de 19
de julho de 1995.

A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, no uso


das atribuições que lhe são conferidas pelos arts. 22, inciso VI, e 24, inciso XII,
da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, fundamentada nos termos do
Relatório DNO-505, de 16 de novembro de 2004,

CONSIDERANDO as disposições relativas à habilitação e registro do Operador


de Transporte Multimodal, nos termos da Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de
1998, regulamentada pelo Decreto nº 3.411, de 12 de abril de 2000, e suas
alterações, especialmente o Decreto nº 5.276, de 19 de novembro de 2004; e

CONSIDERANDO ainda as disposições contidas nos arts. 25 a 29 do Acordo de


Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte Multimodal de Mercadorias,
firmado entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, internalizado pelo
Decreto nº 1.563, de 19 de julho de 1995, resolve:

Art. 1º O exercício da atividade de Operador de Transporte Multimodal -


OTM, de que tratam a Lei nº 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, e o Decreto
nº 1.563, de 19 de julho de 1995, depende de habilitação prévia e registro
junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT.
Parágrafo único. A habilitação será precedida de consulta às demais agências
reguladoras de transporte, para manifestação sobre eventual impedimento.

Art. 2º A ANTT manterá sistema único de registro para o OTM, o qual será
disponibilizado aos usuários e operadores.

329
Art. 3º Para habilitar-se como OTM, o interessado, pessoa jurídica nacional
ou representante de empresa estrangeira, deverá apresentar à ANTT os
seguintes documentos:

I - requerimento nos termos do formulário indicado no Anexo I desta


Resolução, assinado pelo interessado ou seu representante legal,
devidamente habilitado por instrumento de mandato;
II - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor,
devidamente registrado, em se tratando de sociedade comercial e,
no caso de sociedade por ações, apresentar também documento de
eleição e termo de posse de seus administradores;
III - registro comercial, no caso de firma individual; e
IV - inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, do
Ministério da Fazenda, ou no extinto Cadastro Geral de Contribuintes
- CGC, para o caso de cartões ainda com validade ou, no caso de
empresa estrangeira, a inscrição do seu representante legal.

Art. 4º No caso de inscrição para atuação nos termos do Decreto nº 1.563, de


1995, a pessoa jurídica nacional deverá ainda apresentar comprovação de
patrimônio mínimo em bens ou equipamentos equivalente a 80.000 DES
(oitenta mil Direitos Especiais de Saque), ou aval bancário ou seguro de
caução equivalente.

Art. 5º O Operador de Transporte Multimodal originalmente habilitado na


Argentina, Paraguai ou Uruguai, que pretenda realizar operações no Brasil,
nos termos do Decreto nº 1.563, de 1995, deverá apresentar à ANTT
comprovante de habilitação no país de origem, assim como prova de
designação, no território nacional, de representante legal com plenos
poderes para representar a empresa em todos os atos administrativos e
judiciais em que esta deva intervir na jurisdição do país.
Parágrafo único. O representante legal de que trata o caput poderá ser
pessoa jurídica ou física, regularmente inscrita no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica- CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas - CPF.

Art. 6º O requerimento de habilitação como OTM poderá ser efetivado via

330
postal, com Aviso de Recebimento, ou protocolado diretamente na sede ou
nas unidades regionais da ANTT.
Parágrafo único. Os documentos que integram o requerimento deverão ser
apresentados, conforme o caso, em original ou cópia autenticada.

Art. 7º No caso de requerimento que não preencha os requisitos fixados nos


arts. 3º, 4º e 5º, desta Resolução, o interessado será notificado para
regularização do feito, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de
arquivamento.

Art. 8º A habilitação se dará mediante Resolução da Diretoria, devidamente


publicada no Diário Oficial da União, com subseqüente emissão de
Certificado de Operador de Transporte Multimodal - COTM, pela
Superintendência Organizacional competente.

Art. 9º O COTM será válido por 10 (dez) anos, ou enquanto forem atendidos,
nesse prazo, os requisitos legalmente exigidos para a habilitação, podendo
ser renovado a pedido do interessado, com antecedência mínima de 90
(noventa) dias do respectivo vencimento.
Parágrafo único. O COTM será emitido com numeração seqüencial, sendo os
últimos 4 (quatro) dígitos identificadores do mês e ano de emissão, conforme
Anexo II desta Resolução.

Art. 10. Qualquer alteração nas condições aceitas para habilitação do OTM
deverá ser comunicada à ANTT no prazo máximo de 30 (trinta) dias de sua
ocorrência, sob pena de cancelamento da habilitação.

Art. 11. É obrigatório o recadastramento do Operador do Transporte


Multimodal no 5º ano, contado da data de emissão do respectivo Certificado.

 § 1º Para o recadastramento deverão ser apresentados, conforme o


caso, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias ao do
vencimento do prazo qüinqüenal de que trata o caput, os
documentos previstos nos arts. 3º, 4º e 5º, desta Resolução,
devidamente atualizados.

331
 § 2º A inobservância das determinações contidas neste artigo
implicará o cancelamento da habilitação do OTM.

Art. 12. As empresas habilitadas como OTM anteriormente à instalação da


ANTT, deverão ter seus instrumentos adaptados às disposições desta
Resolução, apresentando os documentos relacionados nos arts. 3º, 4º e 5º,
no prazo máximo de 90 (noventa) dias, contados de sua publicação.
Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput acarretará o
cancelamento da habilitação.

Art. 13. A ANTT poderá, a qualquer tempo, solicitar das empresas habilitadas
a atualização de seus dados cadastrais, assim como outros documentos que
entender necessários.

Art. 14. O exercício da atividade de operador de transporte multimodal para


consecução de atividade ilícita, devidamente comprovada por autoridade
competente, sujeita o infrator ao cancelamento da respectiva habilitação.

Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ ALEXANDRE N. RESENDE


Diretor-Geral

 ANEXO I

Requerimento para habilitação de Operador de Transporte Multimodal.

RAZÃO SOCIAL/NOME:
NOME FANTASIA:
ENDEREÇO:
CNPJ:
REPRESENTANTE LEGAL:
CNPJ/CPF: TELEFONE:
FA X : E-MAIL:
A ..................................., neste ato representada por ...................................,

332
vem requerer sua habilitação como Operador de Transporte Multimodal, nos
termos da Resolução ANTT nº 794, de 22 de novembro de 2004.

A habilitação requerida contempla, também, a operação nas condições do


Acordo para a Facilitação do Transporte Multimodal entre Argentina, Brasil,
Uruguai e Paraguai.
( )SIM () NÃO

Para tanto, anexa cópia autenticada da documentação exigida na legislação


Observações:
...................................................................................................
Nestes termos, pede deferimento.
_________________________________
(Nome da Empresa)
(Nome do Representante)
(Cargo)

 ANEXO II

CERTIFICADO DE OPERADOR DE TRANSPORTE MULTIMODAL


NºXXXX-MMAA VALIDADE: (dia)/(mês)/(ano)
Nº DO PROCESSO:
RAZÃO SOCIAL:
NOME FANTASIA:
CNPJ:
ENDEREÇO:
CIDADE: UF: PAÍS:
REPRESENTANTE LEGAL:
CNPJ/CPF:

Fica a empresa acima identificada habilitada como Operador de Transporte


Multimodal, nos termos da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001 e Lei nº
9.611, de 19 de fevereiro de 1998. *
Brasília, ____ de _____________ de _____. Superintendente

333
334
LEI No 10.233, DE 5 DE JUNHO DE 2001
Fonte: http://www.planalto.gov.br

Dispõe sobre a reestruturação dos transportes aquaviário e terrestre, cria o


Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte, a Agência
Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes
Aquaviários e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, e
dá outras providências.

CAPÍTULO I

DO OBJETO

Art. 1o Constituem o objeto desta Lei:

I – criar o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte;

II – dispor sobre a ordenação dos transportes aquaviário e terrestre, nos


termos do art. 178 da Constituição Federal, reorganizando o gerenciamento
do Sistema Federal de Viação e regulando a prestação de serviços de
transporte;

III – criar a Agência Nacional de Transportes Terrestres;

IV – criar a Agência Nacional de Transportes Aquaviários;

V – criar o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes.

CAPÍTULO II

DO SISTEMA NACIONAL DE VIAÇÃO

Art. 2o O Sistema Nacional de Viação – SNV é constituído pela infra-


estrutura viária e pela estrutura operacional dos diferentes meios de
335
transporte de pessoas e bens, sob jurisdição da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.

Parágrafo único. O SNV será regido pelos princípios e diretrizes


estabelecidos em consonância com o disposto nos incisos XII, XX e XXI do art.
21 da Constituição Federal.

Art. 3o O Sistema Federal de Viação – SFV, sob jurisdição da União,


abrange a malha arterial básica do Sistema Nacional de Viação, formada por
eixos e terminais relevantes do ponto de vista da demanda de transporte, da
integração nacional e das conexões internacionais.

Parágrafo único. O SFV compreende os elementos físicos da infra-


estrutura viária existente e planejada, definidos pela legislação vigente.

Art. 4o São objetivos essenciais do Sistema Nacional de Viação:

I – dotar o País de infra-estrutura viária adequada;

II – garantir a operação racional e segura dos transportes de pessoas e


bens;

III – promover o desenvolvimento social e econômico e a integração


nacional.

§ 1o Define-se como infra-estrutura viária adequada a que torna mínimo


o custo total do transporte, entendido como a soma dos custos de
investimentos, de manutenção e de operação dos sistemas.

§ 2o Entende-se como operação racional e segura a que se caracteriza


pela gerência eficiente das vias, dos terminais, dos equipamentos e dos
veículos, objetivando tornar mínimos os custos operacionais e,
conseqüentemente, os fretes e as tarifas, e garantir a segurança e a
confiabilidade do transporte.

336
CAPÍTULO III

DO CONSELHO NACIONAL DE INTEGRAÇÃO DE POLÍTICAS DE TRANSPORTE

Art. 5o Fica criado o Conselho Nacional de Integração de Políticas de


Transporte – CONIT, vinculado à Presidência da República, com a atribuição
de propor ao Presidente da República políticas nacionais de integração dos
diferentes modos de transporte de pessoas e bens, em conformidade
com: (Vide Decreto nº 6.550, de 2008)

I – as políticas de desenvolvimento nacional, regional e urbano, de meio


ambiente e de segurança das populações, formuladas pelas diversas esferas
de governo;

I - as políticas de desenvolvimento nacional, regional e urbano, de


defesa nacional, de meio ambiente e de segurança das populações,
formuladas pelas diversas esferas de governo; (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

II – as diretrizes para a integração física e de objetivos dos sistemas


viários e das operações de transporte sob jurisdição da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;

III – a promoção da competitividade, para redução de custos, tarifas e


fretes, e da descentralização, para melhoria da qualidade dos serviços
prestados;

IV – as políticas de apoio à expansão e ao desenvolvimento tecnológico


da indústria de equipamentos e veículos de transporte;

V - a necessidade da coordenação de atividades pertinentes ao Sistema


Federal de Viação e atribuídas pela legislação vigente aos Ministérios dos
Transportes, da Defesa, da Justiça, das Cidades e à Secretaria Especial de
Portos da Presidência da República. (Redação dada pela Lei nº 11.518, de
2007)

337
Art. 6o No exercício da atribuição prevista no art. 5o, caberá ao
CONIT: (Vide Decreto nº 6.550, de 2008)

I – propor medidas que propiciem a integração dos transportes aéreo,


aquaviário e terrestre e a harmonização das respectivas políticas setoriais;

II - definir os elementos de logística do transporte multimodal a serem


implementados pelos órgãos reguladores dos transportes terrestre e
aquaviário vinculados ao Ministério dos Transportes, conforme estabelece
esta Lei, pela Secretaria Especial de Portos e pela Agência Nacional de
Aviação Civil - ANAC; (Redação dada pela Lei nº 11.518, de 2007)

III – harmonizar as políticas nacionais de transporte com as políticas de


transporte dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, visando à
articulação dos órgãos encarregados do gerenciamento dos sistemas viários e
da regulação dos transportes interestaduais, intermunicipais e urbanos;

IV – aprovar, em função das características regionais, as políticas de


prestação de serviços de transporte às áreas mais remotas ou de difícil
acesso do País, submetendo ao Presidente da República e ao Congresso
Nacional as medidas específicas que implicarem a criação de subsídios;

V – aprovar as revisões periódicas das redes de transporte que


contemplam as diversas regiões do País, propondo ao Poder Executivo e ao
Congresso Nacional as reformulações do Sistema Nacional de Viação que
atendam ao interesse nacional.

Art. 7o-A O Conit será presidido pelo Ministro de Estado dos


Transportes e terá como membros os Ministros de Estado da Justiça, da
Defesa, da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e Gestão, do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, das Cidades e o Secretário
Especial de Portos da Presidência da República. (Redação dada pela Lei nº
11.518, de 2007) (Vide Decreto nº 6.550, de 2008)

338
Parágrafo único. O Poder Executivo disporá sobre o funcionamento do
CONIT.

CAPÍTULO IV

DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES PARA OS TRANSPORTES AQUAVIÁRIO E


TERRESTRE

Seção I

Dos Princípios Gerais

Art. 11. O gerenciamento da infra-estrutura e a operação dos


transportes aquaviário e terrestre serão regidos pelos seguintes princípios
gerais:

I – preservar o interesse nacional e promover o desenvolvimento


econômico e social;

II – assegurar a unidade nacional e a integração regional;

III – proteger os interesses dos usuários quanto à qualidade e oferta de


serviços de transporte e dos consumidores finais quanto à incidência dos
fretes nos preços dos produtos transportados;

IV – assegurar, sempre que possível, que os usuários paguem pelos


custos dos serviços prestados em regime de eficiência;

V – compatibilizar os transportes com a preservação do meio ambiente,


reduzindo os níveis de poluição sonora e de contaminação atmosférica, do
solo e dos recursos hídricos;

VI – promover a conservação de energia, por meio da redução do


consumo de combustíveis automotivos;

339
VII – reduzir os danos sociais e econômicos decorrentes dos
congestionamentos de tráfego;

VIII – assegurar aos usuários liberdade de escolha da forma de


locomoção e dos meios de transporte mais adequados às suas necessidades;

IX – estabelecer prioridade para o deslocamento de pedestres e o


transporte coletivo de passageiros, em sua superposição com o transporte
individual, particularmente nos centros urbanos;

X – promover a integração física e operacional do Sistema Nacional de


Viação com os sistemas viários dos países limítrofes;

XI – ampliar a competitividade do País no mercado internacional;

XII – estimular a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias aplicáveis


ao setor de transportes.

Seção II

Das Diretrizes Gerais

Art. 12. Constituem diretrizes gerais do gerenciamento da infra-


estrutura e da operação dos transportes aquaviário e terrestre:

I – descentralizar as ações, sempre que possível, promovendo sua


transferência a outras entidades públicas, mediante convênios de delegação,
ou a empresas públicas ou privadas, mediante outorgas de autorização,
concessão ou permissão, conforme dispõe o inciso XII do art. 21 da
Constituição Federal;

II – aproveitar as vantagens comparativas dos diferentes meios de


transporte, promovendo sua integração física e a conjugação de suas
operações, para a movimentação intermodal mais econômica e segura de
pessoas e bens;
340
III – dar prioridade aos programas de ação e de investimentos
relacionados com os eixos estratégicos de integração nacional, de
abastecimento do mercado interno e de exportação;

IV – promover a pesquisa e a adoção das melhores tecnologias


aplicáveis aos meios de transporte e à integração destes;

V – promover a adoção de práticas adequadas de conservação e uso


racional dos combustíveis e de preservação do meio ambiente;

VI – estabelecer que os subsídios incidentes sobre fretes e tarifas


constituam ônus ao nível de governo que os imponha ou conceda;

VII – reprimir fatos e ações que configurem ou possam configurar


competição imperfeita ou infrações da ordem econômica.

Art. 13. Ressalvado o disposto em legislação específica, as outorgas a


que se refere o inciso I do caput do art. 12 serão realizadas sob a forma
de: (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

I – concessão, quando se tratar de exploração de infra-estrutura de


transporte público, precedida ou não de obra pública, e de prestação de
serviços de transporte associados à exploração da infra-estrutura;

II – (VETADO)

III – (VETADO)

IV - permissão, quando se tratar de: (Redação dada pela Lei nº


12.996, de 2014)

a) prestação regular de serviços de transporte terrestre coletivo


interestadual semiurbano de passageiros desvinculados da exploração da
infraestrutura; (Incluído pela Lei nº 12.996, de 2014)

341
b) prestação regular de serviços de transporte ferroviário de
passageiros desvinculados da exploração de infraestrutura; (Incluído pela
Lei nº 12.996, de 2014)

V - autorização, quando se tratar de: (Redação dada pela Lei nº


12.996, de 2014)

a) prestação não regular de serviços de transporte terrestre coletivo de


passageiros; (Incluída pela Lei nº 12.743, de 2012)

b) prestação de serviço de transporte aquaviário; (Incluída pela Lei nº


12.743, de 2012)

c) exploração de infraestrutura de uso privativo; e (Incluída pela Lei nº


12.743, de 2012)

d) transporte ferroviário de cargas não associado à exploração da


infraestrutura ferroviária, por operador ferroviário independente. (Incluída
pela Lei nº 12.743, de 2012)

e) prestação regular de serviços de transporte terrestre coletivo


interestadual e internacional de passageiros desvinculados da exploração da
infraestrutura. (Incluído pela Lei nº 12.996, de 2014)

Parágrafo único. Considera-se, para os fins da alínea d do inciso V


do caput, operador ferroviário independente a pessoa jurídica detentora de
autorização para transporte ferroviário de cargas desvinculado da exploração
da infraestrutura. (Incluído pela Lei nº 12.743, de 2012)

Art. 14. Ressalvado o disposto em legislação específica, o disposto no


art. 13 aplica-se conforme as seguintes diretrizes: (Redação dada pela Lei nº
12.815, de 2013)

I – depende de concessão:

342
a) a exploração das ferrovias, das rodovias, das vias navegáveis e dos
portos organizados que compõem a infra-estrutura do Sistema Nacional de
Viação;

b) o transporte ferroviário de passageiros e cargas associado à


exploração da infra-estrutura ferroviária;

II – (VETADO)

c) a construção e a exploração das instalações portuárias de que trata o


art. 8o da Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de
dezembro de 2012; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

d) (VETADO)

e) o transporte aquaviário; (Incluída pela Medida Provisória nº 2.217-3,


de 4.9.2001)

f) o transporte ferroviário não regular de passageiros, não associado à


exploração da infra-estrutura. (Incluída pela Lei nº 11.314 de 2006)

i) o transporte ferroviário de cargas não associado à exploração da


infraestrutura, por operador ferroviário independente; e (Incluída pela Lei
nº 12.743, de 2012)

j) transporte rodoviário coletivo regular interestadual e internacional de


passageiros, que terá regulamentação específica expedida pela
ANTT; (Incluído pela Lei nº 12.996, de 2014)

IV - depende de permissão: (Incluída pela Medida Provisória nº


2.217-3, de 4.9.2001)

b) o transporte ferroviário regular de passageiros não associado à infra-


estrutura. (Redação dada pela Lei nº 11.483, de 2007)

343
§ 1o As outorgas de concessão ou permissão serão sempre precedidas
de licitação, conforme prescreve o art. 175 da Constituição Federal.

§ 2o É vedada a prestação de serviços de transporte coletivo de


passageiros, de qualquer natureza, que não tenham sido autorizados,
concedidos ou permitidos pela autoridade competente.

§ 3o As outorgas de concessão a que se refere o inciso I do art. 13


poderão estar vinculadas a contratos de arrendamento de ativos e a
contratos de construção, com cláusula de reversão ao patrimônio da União.

§ 4o Os procedimentos para as diferentes formas de outorga a que se


refere este artigo são disciplinados pelo disposto nos arts. 28 a 51-
A. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 14-A O exercício da atividade de transporte rodoviário de cargas,


por conta de terceiros e mediante remuneração, depende de inscrição do
transportador no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de
Carga - RNTRC. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Parágrafo único. O transportador a que se refere o caput terá o prazo de


um ano, a contar da instalação da ANTT, para efetuar sua
inscrição. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

CAPÍTULO V

DO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

CAPÍTULO VI

DAS AGÊNCIAS NACIONAIS DE REGULAÇÃO DOS TRANSPORTES

TERRESTRE E AQUAVIÁRIO

Seção I
344
Dos Objetivos, da Instituição e das Esferas de Atuação

Art. 20. São objetivos das Agências Nacionais de Regulação dos


Transportes Terrestre e Aquaviário:

I - implementar, nas respectivas esferas de atuação, as políticas


formuladas pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte,
pelo Ministério dos Transportes e pela Secretaria de Portos da Presidência da
República, nas respectivas áreas de competência, segundo os princípios e
diretrizes estabelecidos nesta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de
2013)

II – regular ou supervisionar, em suas respectivas esferas e atribuições,


as atividades de prestação de serviços e de exploração da infra-estrutura de
transportes, exercidas por terceiros, com vistas a:

a) garantir a movimentação de pessoas e bens, em cumprimento a


padrões de eficiência, segurança, conforto, regularidade, pontualidade e
modicidade nos fretes e tarifas;

b) harmonizar, preservado o interesse público, os objetivos dos


usuários, das empresas concessionárias, permissionárias, autorizadas e
arrendatárias, e de entidades delegadas, arbitrando conflitos de interesses e
impedindo situações que configurem competição imperfeita ou infração da
ordem econômica.

Art. 21. Ficam instituídas a Agência Nacional de Transportes Terrestres


- ANTT e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ, entidades
integrantes da administração federal indireta, submetidas ao regime
autárquico especial e vinculadas, respectivamente, ao Ministério dos
Transportes e à Secretaria de Portos da Presidência da República, nos termos
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

§ 1o A ANTT e a ANTAQ terão sede e foro no Distrito Federal, podendo


instalar unidades administrativas regionais.

345
§ 2o O regime autárquico especial conferido à ANTT e à ANTAQ é
caracterizado pela independência administrativa, autonomia financeira e
funcional e mandato fixo de seus dirigentes.

Art. 22. Constituem a esfera de atuação da ANTT:

I – o transporte ferroviário de passageiros e cargas ao longo do Sistema


Nacional de Viação;

II – a exploração da infra-estrutura ferroviária e o arrendamento dos


ativos operacionais correspondentes;

III – o transporte rodoviário interestadual e internacional de


passageiros;

IV – o transporte rodoviário de cargas;

V – a exploração da infra-estrutura rodoviária federal;

VI – o transporte multimodal;

VII – o transporte de cargas especiais e perigosas em rodovias e


ferrovias.

§ 1o A ANTT articular-se-á com as demais Agências, para resolução das


interfaces do transporte terrestre com os outros meios de transporte,
visando à movimentação intermodal mais econômica e segura de pessoas e
bens.

§ 2o A ANTT harmonizará sua esfera de atuação com a de órgãos dos


Estados, do Distrito Federal e dos Municípios encarregados do
gerenciamento de seus sistemas viários e das operações de transporte
intermunicipal e urbano.

346
§ 3o A ANTT articular-se-á com entidades operadoras do transporte
dutoviário, para resolução de interfaces intermodais e organização de
cadastro do sistema de dutovias do Brasil.

Art. 23. Constituem a esfera de atuação da Antaq: (Redação dada pela


Lei nº 12.815, de 2013)

I – a navegação fluvial, lacustre, de travessia, de apoio marítimo, de


apoio portuário, de cabotagem e de longo curso;

II - os portos organizados e as instalações portuárias neles


localizadas; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

III - as instalações portuárias de que trata o art. 8o da Lei na qual foi


convertida a Medida Provisória no 595, de 6 de dezembro de 2012; (Redação
dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

IV – o transporte aquaviário de cargas especiais e perigosas.

V - a exploração da infra-estrutura aquaviária federal.(Incluído pela


Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

§ 1o A Antaq articular-se-á com órgãos e entidades da administração,


para resolução das interfaces do transporte aquaviário com as outras
modalidades de transporte, com a finalidade de promover a movimentação
intermodal mais econômica e segura de pessoas e bens. (Redação dada pela
Lei nº 12.815, de 2013)

§ 2o A ANTAQ harmonizará sua esfera de atuação com a de órgãos dos


Estados e dos Municípios encarregados do gerenciamento das operações de
transporte aquaviário intermunicipal e urbano.

Seção II

Das Atribuições da Agência Nacional de Transportes Terrestres

347
Art. 24. Cabe à ANTT, em sua esfera de atuação, como atribuições
gerais:

I – promover pesquisas e estudos específicos de tráfego e de demanda


de serviços de transporte;

II – promover estudos aplicados às definições de tarifas, preços e fretes,


em confronto com os custos e os benefícios econômicos transferidos aos
usuários pelos investimentos realizados;

III - propor ao Ministério dos Transportes, nos casos de concessão e


permissão, os planos de outorgas, instruídos por estudos específicos de
viabilidade técnica e econômica, para exploração da infraestrutura e a
prestação de serviços de transporte terrestre; (Redação dada pela Lei nº
12.996, de 2014)

IV – elaborar e editar normas e regulamentos relativos à exploração de


vias e terminais, garantindo isonomia no seu acesso e uso, bem como à
prestação de serviços de transporte, mantendo os itinerários outorgados e
fomentando a competição;

V – editar atos de outorga e de extinção de direito de exploração de


infra-estrutura e de prestação de serviços de transporte terrestre, celebrando
e gerindo os respectivos contratos e demais instrumentos administrativos;

VI – reunir, sob sua administração, os instrumentos de outorga para


exploração de infra-estrutura e prestação de serviços de transporte terrestre
já celebrados antes da vigência desta Lei, resguardando os direitos das partes
e o equilíbrio econômico-financeiro dos respectivos contratos;

VII – proceder à revisão e ao reajuste de tarifas dos serviços prestados,


segundo as disposições contratuais, após prévia comunicação ao Ministério
da Fazenda;

348
VIII – fiscalizar a prestação dos serviços e a manutenção dos bens
arrendados, cumprindo e fazendo cumprir as cláusulas e condições
avençadas nas outorgas e aplicando penalidades pelo seu descumprimento;

IX - autorizar projetos e investimentos no âmbito das outorgas


estabelecidas, encaminhando ao Ministro de Estado dos Transportes, se for o
caso, propostas de declaração de utilidade pública; (Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

X – adotar procedimentos para a incorporação ou desincorporação de


bens, no âmbito dos arrendamentos contratados;

XI – promover estudos sobre a logística do transporte intermodal, ao


longo de eixos ou fluxos de produção;

XII – habilitar o Operador do Transporte Multimodal, em articulação


com as demais agências reguladoras de transportes;

XIII – promover levantamentos e organizar cadastro relativos ao sistema


de dutovias do Brasil e às empresas proprietárias de equipamentos e
instalações de transporte dutoviário;

XIV – estabelecer padrões e normas técnicas complementares relativos


às operações de transporte terrestre de cargas especiais e perigosas;

XV – elaborar o seu orçamento e proceder à respectiva execução


financeira.

XVI - representar o Brasil junto aos organismos internacionais e em


convenções, acordos e tratados na sua área de competência, observadas as
diretrizes do Ministro de Estado dos Transportes e as atribuições específicas
dos demais órgãos federais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

349
XVII - exercer, diretamente ou mediante convênio, as competências
expressas no inciso VIII do art. 21 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de
1997 - Código de Trânsito Brasileiro, nas rodovias federais por ela
administradas.(Incluído pela Lei nº 10.561, de 13.11.2002)

XVIII - dispor sobre as infrações, sanções e medidas administrativas


aplicáveis aos serviços de transportes. (Incluído pela Lei nº 12.996, de
2014)

Parágrafo único. No exercício de suas atribuições a ANTT poderá:

I – firmar convênios de cooperação técnica e administrativa com órgãos


e entidades da Administração Pública Federal, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, tendo em vista a descentralização e a fiscalização
eficiente das outorgas;

II – participar de foros internacionais, sob a coordenação do Ministério


dos Transportes.

III - firmar convênios de cooperação técnica com entidades e


organismos internacionais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

Art. 25. Cabe à ANTT, como atribuições específicas pertinentes ao


Transporte Ferroviário: (Redação dada pela Medida Provisória nº 576, de
2012)

I – publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de


concessão para prestação de serviços de transporte ferroviário, permitindo-
se sua vinculação com contratos de arrendamento de ativos operacionais;

II – administrar os contratos de concessão e arrendamento de ferrovias


celebrados até a vigência desta Lei, em consonância com o inciso VI do art.
24;

350
III – publicar editais, julgar as licitações e celebrar contratos de
concessão para construção e exploração de novas ferrovias, com cláusulas de
reversão à União dos ativos operacionais edificados e instalados;

IV – fiscalizar diretamente, com o apoio de suas unidades regionais, ou


por meio de convênios de cooperação, o cumprimento das cláusulas
contratuais de prestação de serviços ferroviários e de manutenção e
reposição dos ativos arrendados;

V – regular e coordenar a atuação dos concessionários, assegurando


neutralidade com relação aos interesses dos usuários, orientando e
disciplinando o tráfego mútuo e o direito de passagem de trens de
passageiros e cargas e arbitrando as questões não resolvidas pelas partes;

VI – articular-se com órgãos e instituições dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios para conciliação do uso da via permanente sob sua
jurisdição com as redes locais de metrôs e trens urbanos destinados ao
deslocamento de passageiros;

VII – contribuir para a preservação do patrimônio histórico e da


memória das ferrovias, em cooperação com as instituições associadas à
cultura nacional, orientando e estimulando a participação dos
concessionários do setor.

VIII - regular os procedimentos e as condições para cessão a terceiros de


capacidade de tráfego disponível na infraestrutura ferroviária explorada por
concessionários. (Incluído pela Lei nº 12.743, de 2012)

Parágrafo único. No cumprimento do disposto no inciso V, a ANTT


estimulará a formação de associações de usuários, no âmbito de cada
concessão ferroviária, para a defesa de interesses relativos aos serviços
prestados.

Art. 26. Cabe à ANTT, como atribuições específicas pertinentes ao


Transporte Rodoviário:

351
I - publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de
permissão para prestação de serviços regulares de transporte rodoviário
interestadual semiurbano de passageiros; (Redação dada pela Lei nº
12.996, de 2014)

II – autorizar o transporte de passageiros, realizado por empresas de


turismo, com a finalidade de turismo;

III – autorizar o transporte de passageiros, sob regime de fretamento;

IV – promover estudos e levantamentos relativos à frota de caminhões,


empresas constituídas e operadores autônomos, bem como organizar e
manter um registro nacional de transportadores rodoviários de cargas;

V – habilitar o transportador internacional de carga;

VI – publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de


concessão de rodovias federais a serem exploradas e administradas por
terceiros;

VII – fiscalizar diretamente, com o apoio de suas unidades regionais, ou


por meio de convênios de cooperação, o cumprimento das condições de
outorga de autorização e das cláusulas contratuais de permissão para
prestação de serviços ou de concessão para exploração da infra-estrutura.

VIII - autorizar a prestação de serviços regulares de transporte


rodoviário interestadual e internacional de passageiros. (Incluído pela Lei
nº 12.996, de 2014)

IX - dispor sobre os requisitos mínimos a serem observados pelos


terminais rodoviários de passageiros e pontos de parada dos veículos para a
prestação dos serviços disciplinados por esta Lei. (Incluído pela Lei nº
12.996, de 2014)

§ 1o (VETADO)

352
§ 2o Na elaboração dos editais de licitação, para o cumprimento do
disposto no inciso VI do caput, a ANTT cuidará de compatibilizar a tarifa do
pedágio com as vantagens econômicas e o conforto de viagem, transferidos
aos usuários em decorrência da aplicação dos recursos de sua arrecadação
no aperfeiçoamento da via em que é cobrado.

§ 3o A ANTT articular-se-á com os governos dos Estados para o


cumprimento do disposto no inciso VI do caput, no tocante às rodovias
federais por eles já concedidas a terceiros, podendo avocar os respectivos
contratos e preservar a cooperação administrativa avençada.

§ 4o O disposto no § 3o aplica-se aos contratos de concessão que


integram rodovias federais e estaduais, firmados até a data de publicação
desta Lei.

§ 5o Os convênios de cooperação administrativa, referidos no inciso VII


do caput, poderão ser firmados com órgãos e entidades da União e dos
governos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

§ 6o No cumprimento do disposto no inciso VII do caput, a ANTT deverá


coibir a prática de serviços de transporte de passageiros não concedidos,
permitidos ou autorizados.

Seção III

Das Atribuições da Agência Nacional de Transportes Aquaviários

Art. 27. Cabe à ANTAQ, em sua esfera de atuação:

I - promover estudos específicos de demanda de transporte aquaviário e


de atividades portuárias; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

II – promover estudos aplicados às definições de tarifas, preços e fretes,


em confronto com os custos e os benefícios econômicos transferidos aos
usuários pelos investimentos realizados;

353
III - propor ao Ministério dos Transportes o plano geral de outorgas de
exploração da infraestrutura aquaviária e de prestação de serviços de
transporte aquaviário; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

IV – elaborar e editar normas e regulamentos relativos à prestação de


serviços de transporte e à exploração da infra-estrutura aquaviária e
portuária, garantindo isonomia no seu acesso e uso, assegurando os direitos
dos usuários e fomentando a competição entre os operadores;

V – celebrar atos de outorga de permissão ou autorização de prestação


de serviços de transporte pelas empresas de navegação fluvial, lacustre, de
travessia, de apoio marítimo, de apoio portuário, de cabotagem e de longo
curso, observado o disposto nos art. 13 e 14, gerindo os respectivos
contratos e demais instrumentos administrativos;

VI – reunir, sob sua administração, os instrumentos de outorga para


exploração de infra-estrutura e de prestação de serviços de transporte
aquaviário celebrados antes da vigência desta Lei, resguardando os direitos
das partes;

VII - promover as revisões e os reajustes das tarifas portuárias,


assegurada a comunicação prévia, com antecedência mínima de 15 (quinze)
dias úteis, ao poder concedente e ao Ministério da Fazenda; (Redação dada
pela Lei nº 12.815, de 2013)

VIII – promover estudos referentes à composição da frota mercante


brasileira e à prática de afretamentos de embarcações, para subsidiar as
decisões governamentais quanto à política de apoio à indústria de construção
naval e de afretamento de embarcações estrangeiras;

IX – (VETADO)

354
X – representar o Brasil junto aos organismos internacionais de
navegação e em convenções, acordos e tratados sobre transporte aquaviário,
observadas as diretrizes do Ministro de Estado dos Transportes e as
atribuições específicas dos demais órgãos federais;

XII – supervisionar a participação de empresas brasileiras e estrangeiras


na navegação de longo curso, em cumprimento aos tratados, convenções,
acordos e outros instrumentos internacionais dos quais o Brasil seja
signatário;

XIV - estabelecer normas e padrões a serem observados pelas


administrações portuárias, concessionários, arrendatários, autorizatários e
operadores portuários, nos termos da Lei na qual foi convertida a Medida
Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012; (Redação dada pela Lei nº
12.815, de 2013)

XV - elaborar editais e instrumentos de convocação e promover os


procedimentos de licitação e seleção para concessão, arrendamento ou
autorização da exploração de portos organizados ou instalações portuárias,
de acordo com as diretrizes do poder concedente, em obediência ao disposto
na Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro
de 2012; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

XVI - cumprir e fazer cumprir as cláusulas e condições dos contratos de


concessão de porto organizado ou dos contratos de arrendamento de
instalações portuárias quanto à manutenção e reposição dos bens e
equipamentos reversíveis à União de que trata o inciso VIII do caput do art.
5o da Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro
de 2012; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

XVII - autorizar projetos e investimentos no âmbito das outorgas


estabelecidas, encaminhando ao Ministro de Estado dos Transportes ou ao
Secretário Especial de Portos, conforme o caso, propostas de declaração de
utilidade pública; (Redação dada pela Lei nº 11.518, de 2007)

355
XVIII – (VETADO)

XIX – estabelecer padrões e normas técnicas relativos às operações de


transporte aquaviário de cargas especiais e perigosas;

XX – elaborar o seu orçamento e proceder à respectiva execução


financeira.

XXI - fiscalizar o funcionamento e a prestação de serviços das empresas


de navegação de longo curso, de cabotagem, de apoio marítimo, de apoio
portuário, fluvial e lacustre; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

XXII - fiscalizar a execução dos contratos de adesão das autorizações de


instalação portuária de que trata o art. 8o da Lei na qual foi convertida
a Medida Provisória nº 595, de 6 de dezembro de 2012; (Redação dada pela
Lei nº 12.815, de 2013)

XXIII - adotar procedimentos para a incorporação ou desincorporação de


bens, no âmbito das outorgas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3,
de 4.9.2001)

XXIV - autorizar as empresas brasileiras de navegação de longo curso, de


cabotagem, de apoio marítimo, de apoio portuário, fluvial e lacustre, o
afretamento de embarcações estrangeiras para o transporte de carga,
conforme disposto na Lei no 9.432, de 8 de janeiro de 1997; (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

XXV - celebrar atos de outorga de concessão para a exploração da


infraestrutura aquaviária, gerindo e fiscalizando os respectivos contratos e
demais instrumentos administrativos; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de
2013)

356
XXVI - fiscalizar a execução dos contratos de concessão de porto
organizado e de arrendamento de instalação portuária, em conformidade
com o disposto na Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6
de dezembro de 2012; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

XXVII - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

XXVIII - publicar os editais, julgar as licitações e celebrar os contratos de


concessão, precedida ou não de execução de obra pública, para a exploração
de serviços de operação de eclusas ou de outros dispositivos de transposição
hidroviária de níveis situados em corpos de água de domínio da
União. (Incluído pela Lei nº 13.081, de 2015)

§ 1o No exercício de suas atribuições a ANTAQ poderá:

I – firmar convênios de cooperação técnica e administrativa com órgãos


e entidades da Administração Pública Federal, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, tendo em vista a descentralização e a fiscalização
eficiente das outorgas;

II - participar de foros internacionais, sob a coordenação do Poder


Executivo; e (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

III - firmar convênios de cooperação técnica com entidades e


organismos internacionais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

§ 2o A ANTAQ observará as prerrogativas específicas do Comando da


Marinha e atuará sob sua orientação em assuntos de Marinha Mercante que
interessarem à defesa nacional, à segurança da navegação aquaviária e à
salvaguarda da vida humana no mar, devendo ser consultada quando do
estabelecimento de normas e procedimentos de segurança que tenham
repercussão nos aspectos econômicos e operacionais da prestação de
serviços de transporte aquaviário.

357
§ 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

Seção IV

Dos Procedimentos e do Controle das Outorgas

Subseção I

Das Normas Gerais

Art. 28. A ANTT e a ANTAQ, em suas respectivas esferas de atuação,


adotarão as normas e os procedimentos estabelecidos nesta Lei para as
diferentes formas de outorga previstos nos arts. 13 e 14, visando a que:

I – a exploração da infra-estrutura e a prestação de serviços de


transporte se exerçam de forma adequada, satisfazendo as condições de
regularidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na
prestação do serviço, e modicidade nas tarifas;

II – os instrumentos de concessão ou permissão sejam precedidos de


licitação pública e celebrados em cumprimento ao princípio da livre
concorrência entre os capacitados para o exercício das outorgas, na forma
prevista no inciso I, definindo claramente:

a) (VETADO)

b) limites máximos tarifários e as condições de reajustamento e revisão;

c) pagamento pelo valor das outorgas e participações governamentais,


quando for o caso.

d) prazos contratuais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de


4.9.2001)

358
Art. 29. Somente poderão obter autorização, concessão ou permissão
para prestação de serviços e para exploração das infra-estruturas de
transporte doméstico pelos meios aquaviário e terrestre as empresas ou
entidades constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no
País, e que atendam aos requisitos técnicos, econômicos e jurídicos
estabelecidos pela respectiva Agência.

Art. 30. É permitida a transferência da titularidade das outorgas de


concessão ou permissão, preservando-se seu objeto e as condições
contratuais, desde que o novo titular atenda aos requisitos a que se refere o
art. 29.(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

§ 1o A transferência da titularidade da outorga só poderá ocorrer


mediante prévia e expressa autorização da respectiva Agência de Regulação,
observado o disposto na alínea b do inciso II do art. 20.

§ 2o Para o cumprimento do disposto no caput e no § 1o, serão também


consideradas como transferência de titularidade as transformações
societárias decorrentes de cisão, fusão, incorporação e formação de
consórcio de empresas concessionárias ou permissionárias. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 31. A Agência, ao tomar conhecimento de fato que configure ou


possa configurar infração da ordem econômica, deverá comunicá-lo ao
Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, à Secretaria de Direito
Econômico do Ministério da Justiça ou à Secretaria de Acompanhamento
Econômico do Ministério da Fazenda, conforme o caso.

Art. 32. As Agências acompanharão as atividades dos operadores


estrangeiros que atuam no transporte internacional com o Brasil, visando a
identificar práticas operacionais, legislações e procedimentos, adotados em
outros países, que restrinjam ou conflitem com regulamentos e acordos
internacionais firmados pelo Brasil.

359
§ 1o Para os fins do disposto no caput, a Agência poderá solicitar
esclarecimentos e informações e, ainda, notificar os agentes e
representantes legais dos operadores que estejam sob análise. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

§ 2o Identificada a existência de legislação, procedimento ou prática


prejudiciais aos interesses nacionais, a Agência instruirá o processo
respectivo e proporá, ou aplicará, conforme o caso, sanções, na forma
prevista na legislação brasileira e nos regulamentos e acordos internacionais.

Art. 33. Ressalvado o disposto em legislação específica, os atos de


outorga de autorização, concessão ou permissão editados e celebrados pela
ANTT e pela Antaq obedecerão ao disposto na Lei no 8.987, de 13 de
fevereiro de 1995, nas Subseções II, III, IV e V desta Seção e nas
regulamentações complementares editadas pelas Agências. (Redação dada
pela Lei nº 12.815, de 2013)

Subseção II

Das Concessões

Art. 34. (VETADO)

Art. 34-A As concessões a serem outorgadas pela ANTT e pela ANTAQ


para a exploração de infra-estrutura, precedidas ou não de obra pública, ou
para prestação de serviços de transporte ferroviário associado à exploração
de infra-estrutura, terão caráter de exclusividade quanto a seu objeto e serão
360
precedidas de licitação disciplinada em regulamento próprio, aprovado pela
Diretoria da Agência e no respectivo edital. (Incluído pela Medida Provisória
nº 2.217-3, de 4.9.2001)

§ 1o As condições básicas do edital de licitação serão submetidas à


prévia consulta pública. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

§ 2o O edital de licitação indicará obrigatoriamente, ressalvado o


disposto em legislação específica: (Redação dada pela Lei nº 12.815, de
2013)

I - o objeto da concessão, o prazo estimado para sua vigência, as


condições para sua prorrogação, os programas de trabalho, os investimentos
mínimos e as condições relativas à reversibilidade dos bens e às
responsabilidades pelos ônus das desapropriações; (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

II - os requisitos exigidos dos concorrentes, nos termos do art. 29, e os


critérios de pré-qualificação, quando este procedimento for
adotado; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

III - a relação dos documentos exigidos e os critérios a serem seguidos


para aferição da capacidade técnica, da idoneidade financeira e da
regularidade jurídica dos interessados, bem como para a análise técnica e
econômico-financeira da proposta; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-
3, de 4.9.2001)

IV - os critérios para o julgamento da licitação, assegurando a prestação


de serviços adequados, e considerando, isolada ou conjugadamente, a menor
tarifa e a melhor oferta pela outorga; (Incluído pela Medida Provisória nº
2.217-3, de 4.9.2001)

V - as exigências quanto à participação de empresas em


consórcio. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

361
Art. 35. O contrato de concessão deverá refletir fielmente as condições
do edital e da proposta vencedora e terá como cláusulas essenciais,
ressalvado o disposto em legislação específica, as relativas a: (Redação dada
pela Lei nº 12.815, de 2013)

I – definições do objeto da concessão;

II – prazo de vigência da concessão e condições para sua prorrogação;

III – modo, forma e condições de exploração da infra-estrutura e da


prestação dos serviços, inclusive quanto à segurança das populações e à
preservação do meio ambiente;

IV – deveres relativos a exploração da infra-estrutura e prestação dos


serviços, incluindo os programas de trabalho, o volume dos investimentos e
os cronogramas de execução;

V – obrigações dos concessionários quanto às participações


governamentais e ao valor devido pela outorga, se for o caso;

VI – garantias a serem prestadas pelo concessionário quanto ao


cumprimento do contrato, inclusive quanto à realização dos investimentos
ajustados;

VII – tarifas;

VIII – critérios para reajuste e revisão das tarifas;

IX – receitas complementares ou acessórias e receitas provenientes de


projetos associados;

X – direitos, garantias e obrigações dos usuários, da Agência e do


concessionário;

XI – critérios para reversibilidade de ativos;


362
XII – procedimentos e responsabilidades relativos à declaração de
utilidade pública, para fins de desapropriação ou instituição de servidão, de
bens imóveis necessários à prestação do serviço ou execução de obra
pública;

XIII – procedimentos para acompanhamento e fiscalização das


atividades concedidas e para auditoria do contrato;

XIV – obrigatoriedade de o concessionário fornecer à Agência relatórios,


dados e informações relativas às atividades desenvolvidas;

XV – procedimentos relacionados com a transferência da titularidade do


contrato, conforme o disposto no art. 30;

XVI – regras sobre solução de controvérsias relacionadas com o contrato


e sua execução, inclusive a conciliação e a arbitragem;

XVII – sanções de advertência, multa e suspensão da vigência do


contrato e regras para sua aplicação, em função da natureza, da gravidade e
da reincidência da infração;

XVIII – casos de rescisão, caducidade, cassação, anulação e extinção do


contrato, de intervenção ou encampação, e casos de declaração de
inidoneidade.

§ 1o Os critérios para revisão das tarifas a que se refere o inciso VIII do


caput deverão considerar:

a) os aspectos relativos a redução ou desconto de tarifas;

b) a transferência aos usuários de perdas ou ganhos econômicos


decorrentes de fatores que afetem custos e receitas e que não dependam do
desempenho e da responsabilidade do concessionário.

363
§ 2o A sanção de multa a que se refere o inciso XVII do caput poderá ser
aplicada isoladamente ou em conjunto com outras sanções e terá valores
estabelecidos em regulamento aprovado pela Diretoria da Agência,
obedecidos os limites previstos em legislação específica.

§ 3o A ocorrência de infração grave que implicar sanção prevista no


inciso XVIII do caput será apurada em processo regular, instaurado na forma
do regulamento, garantindo-se a prévia e ampla defesa ao interessado.

§ 4o O contrato será publicado por extrato, no Diário Oficial da União,


como condição de sua eficácia.

Art. 36. (VETADO)

Art. 37. O contrato estabelecerá que o concessionário estará obrigado a:

I – adotar, em todas as suas operações, as medidas necessárias para a


conservação dos recursos naturais, para a segurança das pessoas e dos
equipamentos e para a preservação do meio ambiente;

II – responsabilizar-se civilmente pelos atos de seus prepostos e


indenizar todos e quaisquer danos decorrentes das atividades contratadas,
devendo ressarcir à Agência ou à União os ônus que estas venham a suportar
em conseqüência de eventuais demandas motivadas por atos de
responsabilidade do concessionário;

III – adotar as melhores práticas de execução de projetos e obras e de


prestação de serviços, segundo normas e procedimentos técnicos e
científicos pertinentes, utilizando, sempre que possível, equipamentos e
processos recomendados pela melhor tecnologia aplicada ao setor.

Subseção III

Das Permissões

364
Art. 38. As permissões a serem outorgadas pela ANTT para o transporte
rodoviário interestadual semiurbano e para o transporte ferroviário e pela
ANTAQ aplicar-se-ão à prestação regular de serviços de transporte de
passageiros que independam da exploração da infraestrutura utilizada e não
tenham caráter de exclusividade ao longo das rotas percorridas, devendo
também ser precedidas de licitação regida por regulamento próprio,
aprovado pela diretoria da Agência e pelo respectivo edital. (Redação dada
pela Lei nº 12.996, de 2014)

§ 1o O edital de licitação obedecerá igualmente às prescrições do § 1o e


dos incisos II a V do § 2o do art. 34-A. (Redação dada ´pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

§ 2o O edital de licitação indicará obrigatoriamente:

I – o objeto da permissão;

II – o prazo de vigência e as condições para prorrogação da permissão;

III – o modo, a forma e as condições de adaptação da prestação dos


serviços à evolução da demanda;

IV – as características essenciais e a qualidade da frota a ser utilizada; e

V – as exigências de prestação de serviços adequados.

Art. 39. O contrato de permissão deverá refletir fielmente as condições


do edital e da proposta vencedora e terá como cláusulas essenciais as
relativas a:

I – objeto da permissão, definindo-se as rotas e itinerários;

II – prazo de vigência e condições para sua prorrogação;

365
III – modo, forma e condições de prestação dos serviços, em função da
evolução da demanda;

IV – obrigações dos permissionários quanto às participações


governamentais e ao valor devido pela outorga, se for o caso;

V – tarifas;

VI – critérios para reajuste e revisão de tarifas;

VII – direitos, garantias e obrigações dos usuários, da Agência e do


permissionário;

VIII – procedimentos para acompanhamento e fiscalização das


atividades permitidas e para auditoria do contrato;

IX – obrigatoriedade de o permissionário fornecer à Agência relatórios,


dados e informações relativas às atividades desenvolvidas;

X – procedimentos relacionados com a transferência da titularidade do


contrato, conforme o disposto no art. 30;

XI – regras sobre solução de controvérsias relacionadas com o contrato


e sua execução, incluindo conciliação e arbitragem;

XII – sanções de advertência, multa e suspensão da vigência do contrato


e regras para sua aplicação, em função da natureza, da gravidade e da
reincidência da infração;

XIII – casos de rescisão, caducidade, cassação, anulação e extinção do


contrato, de intervenção ou encampação, e casos de declaração de
inidoneidade.

§ 1o Os critérios a que se refere o inciso VI do caput deverão considerar:

366
a) os aspectos relativos a redução ou desconto de tarifas;

b) a transferência aos usuários de perdas ou ganhos econômicos


decorrentes de fatores que afetem custos e receitas e que não dependam do
desempenho e da responsabilidade do concessionário.

§ 2o A sanção de multa a que se refere o inciso XII do caput poderá ser


aplicada isoladamente ou em conjunto com outras sanções e terá valores
estabelecidos em regulamento aprovado pela Diretoria da Agência,
obedecidos os limites previstos em legislação específica.

§ 3o A ocorrência de infração grave que implicar sanção prevista no


inciso XIII do caput será apurada em processo regular, instaurado na forma
do regulamento, garantindo-se a prévia e ampla defesa ao interessado.

§ 4o O contrato será publicado por extrato, no Diário Oficial da União,


como condição de sua eficácia.

Art. 40. (VETADO)

Art. 41. Em função da evolução da demanda, a Agência poderá autorizar


a utilização de equipamentos de maior capacidade e novas freqüências e
horários, nos termos da permissão outorgada, conforme estabelece o inciso
III do § 2o do art. 38.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 42. O contrato estabelecerá que o permissionário estará obrigado a:

I – adotar, em todas as suas operações, as medidas necessárias para a


segurança das pessoas e dos equipamentos e para a preservação do meio
ambiente;

II – responsabilizar-se civilmente pelos atos de seus prepostos e


indenizar todos e quaisquer danos decorrentes das atividades contratadas,
367
devendo ressarcir à Agência ou à União os ônus que venham a suportar em
conseqüência de eventuais demandas motivadas por atos de
responsabilidade do permissionário;

III – adotar as melhores práticas de prestação de serviços, segundo


normas e procedimentos técnicos e científicos pertinentes, utilizando,
sempre que possível, equipamentos e processos recomendados pela melhor
tecnologia aplicada ao setor.

Subseção IV

Das Autorizações

Art. 43. A autorização, ressalvado o disposto em legislação específica,


será outorgada segundo as diretrizes estabelecidas nos arts. 13 e 14 e
apresenta as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 12.815, de
2013)

I – independe de licitação;

II – é exercida em liberdade de preços dos serviços, tarifas e fretes, e em


ambiente de livre e aberta competição;

III – não prevê prazo de vigência ou termo final, extinguindo-se pela sua
plena eficácia, por renúncia, anulação ou cassação.

Art. 44. A autorização, ressalvado o disposto em legislação específica,


será disciplinada em regulamento próprio e será outorgada mediante termo
que indicará: (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

I – o objeto da autorização;

II – as condições para sua adequação às finalidades de atendimento ao


interesse público, à segurança das populações e à preservação do meio
ambiente;
368
III – as condições para anulação ou cassação;

V - sanções pecuniárias. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3,


de 4.9.2001)

Art. 45. Os preços dos serviços autorizados serão livres, reprimindo-se


toda prática prejudicial à competição, bem como o abuso do poder
econômico, adotando-se nestes casos as providências previstas no art. 31.

Art. 46. As autorizações para prestação de serviços de transporte


internacional de cargas obedecerão ao disposto nos tratados, convenções e
outros instrumentos internacionais de que o Brasil é signatário, nos acordos
entre os respectivos países e nas regulamentações complementares das
Agências.

Art. 47. A empresa autorizada não terá direito adquirido à permanência


das condições vigentes quando da outorga da autorização ou do início das
atividades, devendo observar as novas condições impostas por lei e pela
regulamentação, que lhe fixará prazo suficiente para adaptação.

Art. 47-A. Em função das características de cada mercado, a ANTT


poderá estabelecer condições específicas para a outorga de autorização para
o serviço regular de transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros. (Incluído pela Lei nº 12.996, de 2014)

Art. 47-B. Não haverá limite para o número de autorizações para o


serviço regular de transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros, salvo no caso de inviabilidade operacional. (Incluído pela Lei
nº 12.996, de 2014)

Parágrafo único. Na hipótese do caput, a ANTT poderá realizar processo


seletivo público para outorga da autorização, observados os princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, na forma do
regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.996, de 2014)

369
Art. 47-C. A ANTT poderá intervir no mercado de serviços regulares de
transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros, com o
objetivo de cessar abuso de direito ou infração contra a ordem econômica,
inclusive com o estabelecimento de obrigações específicas para a
autorização, sem prejuízo do disposto no art. 31. (Incluído pela Lei nº
12.996, de 2014)

Art. 48. Em caso de perda das condições indispensáveis ao cumprimento


do objeto da autorização, ou de sua transferência irregular, a Agência
extingui-la-á mediante cassação.

Art. 49. É facultado à Agência autorizar a prestação de serviços de


transporte sujeitos a outras formas de outorga, em caráter especial e de
emergência.

§ 1o A autorização em caráter de emergência vigorará por prazo máximo


e improrrogável de cento e oitenta dias, não gerando direitos para
continuidade de prestação dos serviços.

§ 2o A liberdade de preços referida no art. 45 não se aplica à autorização


em caráter de emergência, sujeitando-se a empresa autorizada, nesse caso,
ao regime de preços estabelecido pela Agência para as demais outorgas.

Subseção V

Das Normas Específicas para as Atividades em Curso

Art. 50. As empresas que, na data da instalação da ANTT ou da ANTAQ,


forem detentoras de outorgas expedidas por entidades públicas federais do
setor dos transportes, terão, por meio de novos instrumentos de outorga,
seus direitos ratificados e adaptados ao que dispõem os arts. 13 e 14.

Parágrafo único. Os novos instrumentos de outorga serão aplicados aos


mesmos objetos das outorgas anteriores e serão regidos, no que couber,
pelas normas gerais estabelecidas nas Subseções I, II, III e IV desta Seção.
370
Art. 51. (VETADO)

Art. 51-A. Fica atribuída à Antaq a competência de fiscalização das


atividades desenvolvidas pelas administrações de portos organizados, pelos
operadores portuários e pelas arrendatárias ou autorizatárias de instalações
portuárias, observado o disposto na Lei na qual foi convertida a Medida
Provisória no 595, de 6 de dezembro de 2012. (Redação dada pela Lei nº
12.815, de 2013)

§ 1o Na atribuição citada no caput incluem-se as administrações dos


portos objeto de convênios de delegação celebrados nos termos da Lei nº
9.277, de 10 de maio de 1996. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

§ 2o A Antaq prestará ao Ministério dos Transportes ou à Secretaria de


Portos da Presidência da República todo apoio necessário à celebração dos
convênios de delegação. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

Seção V

Da Estrutura Organizacional das Agências

Art. 52. A ANTT e a ANTAQ terão Diretorias atuando em regime de


colegiado como órgãos máximos de suas estruturas organizacionais, as quais
contarão também com um Procurador-Geral, um Ouvidor e um Corregedor.

Art. 53. A Diretoria da ANTT será composta por um Diretor-Geral e


quatro Diretores e a Diretoria da ANTAQ será composta por um Diretor-Geral
e dois Diretores.

§ 1o Os membros da Diretoria serão brasileiros, de reputação ilibada,


formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos
cargos a serem exercidos, e serão nomeados pelo Presidente da República,
após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea f do inciso III do
art. 52 da Constituição Federal.

371
§ 2o O Diretor-Geral será nomeado pelo Presidente da República dentre
os integrantes da Diretoria, e investido na função pelo prazo fixado no ato de
nomeação.

Art. 54. Os membros da Diretoria cumprirão mandatos de quatro anos,


não coincidentes, admitida uma recondução.

Parágrafo único. Em caso de vacância no curso do mandato, este será


completado pelo sucessor investido na forma prevista no § 1o do art. 53.

Art. 55. Para assegurar a não-coincidência, os mandatos dos primeiros


membros da Diretoria da ANTT serão de dois, três, quatro, cinco e seis anos,
e os mandatos dos primeiros membros da Diretoria da ANTAQ serão de dois,
três e quatro anos, a serem estabelecidos no decreto de nomeação.

Art. 56. Os membros da Diretoria perderão o mandato em virtude de


renúncia, condenação judicial transitada em julgado, processo administrativo
disciplinar, ou descumprimento manifesto de suas atribuições.

Parágrafo único. Cabe ao Ministro de Estado dos Transportes ou ao


Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da
República, conforme o caso, instaurar o processo administrativo disciplinar,
competindo ao Presidente da República determinar o afastamento
preventivo, quando for o caso, e proferir o julgamento. (Redação dada pela
Lei nº 12.815, de 2013)

Art. 57. Aos membros das Diretorias das Agências é vedado o exercício
de qualquer outra atividade profissional, empresarial, sindical ou de direção
político-partidária.

Art. 58. Está impedida de exercer cargo de direção na ANTT e na ANTAQ


a pessoa que mantenha, ou tenha mantido, nos doze meses anteriores à data
de início do mandato, um dos seguintes vínculos com empresa que explore
qualquer das atividades reguladas pela respectiva Agência:

372
I – participação direta como acionista ou sócio;

II – administrador, gerente ou membro do Conselho Fiscal;

III – empregado, ainda que com contrato de trabalho suspenso, inclusive


de sua instituição controladora, ou de fundação de previdência de que a
empresa ou sua controladora seja patrocinadora ou custeadora.

Parágrafo único. Também está impedido de exercer cargo de direção o


membro de conselho ou diretoria de associação, regional ou nacional,
representativa de interesses patronais ou trabalhistas ligados às atividades
reguladas pela respectiva Agência.

Art. 59. Até um ano após deixar o cargo, é vedado ao ex-Diretor


representar qualquer pessoa ou interesse perante a Agência de cuja Diretoria
tiver participado.

Parágrafo único. É vedado, ainda, ao ex-Diretor utilizar informações


privilegiadas, obtidas em decorrência do cargo exercido, sob pena de incorrer
em improbidade administrativa.

Art. 60. Compete à Diretoria exercer as atribuições e responder pelos


deveres que são conferidos por esta Lei à respectiva Agência.

Parágrafo único. A Diretoria aprovará o regimento interno da Agência.

Art. 61. Cabe ao Diretor-Geral a representação da Agência e o comando


hierárquico sobre pessoal e serviços, exercendo a coordenação das
competências administrativas, bem como a presidência das reuniões da
Diretoria.

Art. 62. Compete à Procuradoria-Geral exercer a representação judicial


da respectiva Agência, com as prerrogativas processuais da Fazenda Pública.

373
Parágrafo único. O Procurador-Geral deverá ser bacharel em Direito
com experiência no efetivo exercício da advocacia e será nomeado pelo
Presidente da República, atendidos os pré-requisitos legais e as instruções
normativas da Advocacia-Geral da União.

Art. 63. O Ouvidor será nomeado pelo Presidente da República, para


mandato de três anos, admitida uma recondução.

Parágrafo único. São atribuições do Ouvidor:

I – receber pedidos de informações, esclarecimentos e reclamações


afetos à respectiva Agência, e responder diretamente aos interessados;

II – produzir semestralmente, ou quando a Diretoria da Agência julgar


oportuno, relatório circunstanciado de suas atividades.

Art. 64. À Corregedoria compete fiscalizar as atividades funcionais da


respectiva Agência e a instauração de processos administrativos e
disciplinares, excetuado o disposto no art. 56.

Parágrafo único. Os Corregedores serão nomeados pelo Presidente da


República.

Art. 65. (VETADO)

Seção VI

Do Processo Decisório das Agências

Art. 66. O processo decisório da ANTT e da ANTAQ obedecerá aos


princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

Art. 67. As decisões das Diretorias serão tomadas pelo voto da maioria
absoluta de seus membros, cabendo ao Diretor-Geral o voto de qualidade, e
serão registradas em atas. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)
374
Parágrafo único. As datas, as pautas e as atas das reuniões de Diretoria,
assim como os documentos que as instruam, deverão ser objeto de ampla
publicidade, inclusive por meio da internet, na forma do
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

Art. 68. As iniciativas de projetos de lei, alterações de normas


administrativas e decisões da Diretoria para resolução de pendências que
afetem os direitos de agentes econômicos ou de usuários de serviços de
transporte serão precedidas de audiência pública.

§ 1o Na invalidação de atos e contratos, será previamente garantida a


manifestação dos interessados.

§ 2o Os atos normativos das Agências somente produzirão efeitos após


publicação no Diário Oficial, e aqueles de alcance particular, após a
correspondente notificação.

§ 3o Qualquer pessoa, desde que seja parte interessada, terá o direito de


peticionar ou de recorrer contra atos das Agências, no prazo máximo de
trinta dias da sua oficialização, observado o disposto em regulamento.

Seção VII

Dos Quadros de Pessoal

Art. 70. Para constituir os quadros de pessoal efetivo e de cargos


comissionados da ANTT e da ANTAQ, ficam criados:

III - os cargos efetivos de nível superior de Procurador;

IV - os Cargos Comissionados de Direção – CD, de Gerência Executiva –


CGE, de Assessoria – CA e de Assistência – CAS;

V - os Cargos Comissionados Técnicos – CCT.

§ 1o Os quantitativos dos diferentes níveis de cargos comissionados da


ANTT e da ANTAQ encontram-se estabelecidos nas Tabelas II e IV do Anexo I
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)

375
§ 3o É vedado aos ocupantes de cargos efetivos, aos requisitados, aos
ocupantes de cargos comissionados e aos dirigentes das Agências o exercício
regular de outra atividade profissional, inclusive gestão operacional de
empresa ou direção político-partidária, excetuados os casos admitidos em
lei. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)

Art. 72. Os Cargos Comissionados de Gerência Executiva, de Assessoria e


de Assistência são de livre nomeação e exoneração da Diretoria da Agência.

Art. 74. Os Cargos Comissionados Técnicos a que se refere o inciso V do


art. 70 desta Lei são de ocupação privativa de ocupantes de cargos efetivos
do Quadro de Pessoal Efetivo e dos Quadros de Pessoal Específico e em
Extinção de que tratam os arts. 113 e 114-A desta Lei e de requisitados de
outros órgãos e entidades da Administração Pública. (Redação dada pela Lei
nº 10.871, de 2004)

Art. 75. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão divulgará, no


prazo de trinta dias a contar da data de publicação desta Lei, tabela
estabelecendo as equivalências entre os Cargos Comissionados e Cargos
Comissionados Técnicos previstos nas Tabelas II e IV do Anexo I e os Cargos em
Comissão do Grupo Direção e Assessoramento Superior – DAS, para efeito de
aplicação de legislações específicas relativas à percepção de vantagens, de
caráter remuneratório ou não, por servidores ou empregados públicos.

Seção VIII

Das Receitas e do Orçamento

Art. 77. Constituem receitas da ANTT e da ANTAQ:

I - dotações que forem consignadas no Orçamento Geral da União para


cada Agência, créditos especiais, transferências e repasses; (Redação dada
pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

376
II - recursos provenientes dos instrumentos de outorga e arrendamento
administrados pela respectiva Agência, excetuados os provenientes dos
contratos de arrendamento originários da extinta Rede Ferroviária Federal
S.A. - RFFSA não adquiridos pelo Tesouro Nacional com base na autorização
contida na Medida Provisória no 2.181-45, de 24 de agosto de 2001; (Redação
dada pela Lei nº 11.483, de 2007)

III - os produtos das arrecadações de taxas de fiscalização da prestação


de serviços e de exploração de infra-estrutura atribuídas a cada
Agência. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

IV – recursos provenientes de acordos, convênios e contratos, inclusive


os referentes à prestação de serviços técnicos e fornecimento de
publicações, material técnico, dados e informações;

V – o produto das arrecadações de cada Agência, decorrentes da


cobrança de emolumentos e multas;

VI – outras receitas, inclusive as resultantes de aluguel ou alienação de


bens, da aplicação de valores patrimoniais, de operações de crédito, de
doações, legados e subvenções.

§ 1o (VETADO)

§ 2o (VETADO)

§ 3o No caso do transporte rodoviário coletivo interestadual e


internacional de passageiros, a taxa de fiscalização de que trata o inciso III
do caput deste artigo será de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais) por ano e
por ônibus registrado pela empresa detentora de autorização ou permissão
outorgada pela ANTT. (Incluído pela Lei nº 12.996, de 2014)

Art. 78. A ANTT e a Antaq submeterão ao Ministério dos Transportes e à


Secretaria de Portos da Presidência da República, respectivamente, suas

377
propostas orçamentárias anuais, nos termos da legislação em vigor. (Redação
dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

Parágrafo único. O superávit financeiro anual apurado pela ANTT ou


pela ANTAQ, relativo aos incisos II a V do art. 77, deverá ser incorporado ao
respectivo orçamento do exercício seguinte, de acordo com a Lei no 4.320, de
17 de março de 1964, não se aplicando o disposto no art. 1o da Lei no 9.530,
de 10 de dezembro de 1997, podendo ser utilizado no custeio de despesas de
manutenção e funcionamento de ambas as Agências, em projetos de estudos
e pesquisas no campo dos transportes, ou na execução de projetos de infra-
estrutura a cargo do DNIT, desde que devidamente programados no
Orçamento Geral da União.

Art. 78-A. A infração a esta Lei e o descumprimento dos deveres


estabelecidos no contrato de concessão, no termo de permissão e na
autorização sujeitará o responsável às seguintes sanções, aplicáveis pela
ANTT e pela ANTAQ, sem prejuízo das de natureza civil e penal: (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

I - advertência; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de


4.9.2001)

II - multa; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

III - suspensão (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de


4.9.2001)

IV - cassação (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

V - declaração de inidoneidade. (Incluído pela Medida Provisória nº


2.217-3, de 4.9.2001)

VI - perdimento do veículo. (Incluído pela Lei nº 12.996, de 2014)

378
§ 1o Na aplicação das sanções referidas no caput, a Antaq observará o
disposto na Lei na qual foi convertida a Medida Provisória nº 595, de 6 de
dezembro de 2012. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

§ 2o A aplicação da sanção prevista no inciso IV do caput, quando se


tratar de concessão de porto organizado ou arrendamento e autorização de
instalação portuária, caberá ao poder concedente, mediante proposta da
Antaq. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

§ 3o Caberá exclusivamente à ANTT a aplicação da sanção referida no


inciso VI do caput. (Incluído pela Lei nº 12.996, de 2014)

Art. 78-B. O processo administrativo para a apuração de infrações e


aplicação de penalidades será circunstanciado e permanecerá em sigilo até
decisão final.

Art. 78-C. No processo administrativo de que trata o art. 78-B, serão


assegurados o contraditório e a ampla defesa, permitida a adoção de
medidas cautelares de necessária urgência. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 78-D. Na aplicação de sanções serão consideradas a natureza e a


gravidade da infração, os danos dela resultantes para o serviço e para os
usuários, a vantagem auferida pelo infrator, as circunstâncias agravantes e
atenuantes, os antecedentes do infrator e a reincidência genérica ou
específica. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Parágrafo único. Entende-se por reincidência específica a repetição de


falta de igual natureza. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

Art. 78-E. Nas infrações praticadas por pessoa jurídica, também serão
punidos com sanção de multa seus administradores ou controladores,
quando tiverem agido com dolo ou culpa. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.217-3, de 4.9.2001)
379
Art. 78-F. A multa poderá ser imposta isoladamente ou em conjunto
com outra sanção e não deve ser superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões
de reais). (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

§ 1º O valor das multas será fixado em regulamento aprovado pela


Diretoria de cada Agência, e em sua aplicação será considerado o princípio da
proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da
sanção. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

§ 2º A imposição, ao prestador de serviço de transporte, de multa


decorrente de infração à ordem econômica observará os limites previstos na
legislação específica. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

Art. 78-G. A suspensão, que não terá prazo superior a cento e oitenta
dias, será imposta em caso de infração grave cujas circunstâncias não
justifiquem a cassação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

Art. 78-H. Na ocorrência de infração grave, apurada em processo regular


instaurado na forma do regulamento, a ANTT e a ANTAQ poderão cassar a
autorização. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 78-I. A declaração de inidoneidade será aplicada a quem tenha


praticado atos ilícitos visando frustrar os objetivos de licitação ou a execução
de contrato. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Parágrafo único. O prazo de vigência da declaração de inidoneidade não


será superior a cinco anos. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

Art. 78-J. Não poderá participar de licitação ou receber outorga de


concessão ou permissão, e bem assim ter deferida autorização, a empresa
proibida de licitar ou contratar com o Poder Público, que tenha sido
declarada inidônea ou tenha sido punida nos cinco anos anteriores com a

380
pena de cassação ou, ainda, que tenha sido titular de concessão ou
permissão objeto de caducidade no mesmo período. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 78-K. O perdimento do veículo aplica-se quando houver


reincidência no seu uso, dentro do período de 1 (um) ano, no transporte
terrestre coletivo interestadual ou internacional de passageiros remunerado,
realizado por pessoa física ou jurídica que não possua ato de outorga
expedido pela ANTT. (Incluído pela Lei nº 12.996, de 2014)

Parágrafo único. O proprietário e quem detém a posse direta do


veículo respondem conjunta ou isoladamente pela sanção de perdimento,
conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 12.996, de 2014)

CAPÍTULO VII

DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES -


DNIT

Seção I

Da Instituição, dos Objetivos e das Atribuições

Art. 79. Fica criado o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de


Transportes – DNIT, pessoa jurídica de direito público, submetido ao regime
de autarquia, vinculado ao Ministério dos Transportes.

Parágrafo único. O DNIT terá sede e foro no Distrito Federal, podendo


instalar unidades administrativas regionais.

Art. 80. Constitui objetivo do DNIT implementar, em sua esfera de


atuação, a política formulada para a administração da infra-estrutura do
Sistema Federal de Viação, compreendendo sua operação, manutenção,
restauração ou reposição, adequação de capacidade, e ampliação mediante

381
construção de novas vias e terminais, segundo os princípios e diretrizes
estabelecidos nesta Lei.

Art. 81. A esfera de atuação do DNIT corresponde à infra-estrutura do


Sistema Federal de Viação, sob a jurisdição do Ministério dos Transportes,
constituída de:

I - vias navegáveis, inclusive eclusas ou outros dispositivos de


transposição hidroviária de níveis; (Redação dada pela Lei nº 13.081, de
2015)

II – ferrovias e rodovias federais;

III - instalações e vias de transbordo e de interface intermodal, exceto as


portuárias; (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

IV - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

Art. 82. São atribuições do DNIT, em sua esfera de atuação:

I – estabelecer padrões, normas e especificações técnicas para os


programas de segurança operacional, sinalização, manutenção ou
conservação, restauração ou reposição de vias, terminais e instalações;

II – estabelecer padrões, normas e especificações técnicas para a


elaboração de projetos e execução de obras viária-s;

III – fornecer ao Ministério dos Transportes informações e dados para


subsidiar a formulação dos planos gerais de outorga e de delegação dos
segmentos da infra-estrutura viária;

IV - administrar, diretamente ou por meio de convênios de delegação ou


cooperação, os programas de operação, manutenção, conservação,
restauração e reposição de rodovias, ferrovias, vias navegáveis, eclusas ou
outros dispositivos de transposição hidroviária de níveis, em hidrovias
382
situadas em corpos de água de domínio da União, e instalações portuárias
públicas de pequeno porte; (Redação dada pela Lei nº 13.081, de 2015)

V - gerenciar, diretamente ou por meio de convênios de delegação ou


cooperação, projetos e obras de construção e ampliação de rodovias, ferrovias,
vias navegáveis, eclusas ou outros dispositivos de transposição hidroviária de
níveis, em hidrovias situadas em corpos de água da União, e instalações
portuárias públicas de pequeno porte, decorrentes de investimentos
programados pelo Ministério dos Transportes e autorizados pelo orçamento
geral da União; (Redação dada pela Lei nº 13.081, de 2015)

VI – participar de negociações de empréstimos com entidades públicas e


privadas, nacionais e internacionais, para financiamento de programas,
projetos e obras de sua competência, sob a coordenação do Ministério dos
Transportes;

VII – realizar programas de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico,


promovendo a cooperação técnica com entidades públicas e privadas;

VIII – firmar convênios, acordos, contratos e demais instrumentos legais,


no exercício de suas atribuições;

IX – declarar a utilidade pública de bens e propriedades a serem


desapropriados para implantação do Sistema Federal de Viação;

X – elaborar o seu orçamento e proceder à execução financeira;

XI – adquirir e alienar bens, adotando os procedimentos legais


adequados para efetuar sua incorporação e desincorporação;

XII – administrar pessoal, patrimônio, material e serviços gerais.

XIII - desenvolver estudos sobre transporte ferroviário ou multimodal


envolvendo estradas de ferro; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

383
XIV - projetar, acompanhar e executar, direta ou indiretamente, obras
relativas a transporte ferroviário ou multimodal, envolvendo estradas de
ferro do Sistema Federal de Viação, excetuadas aquelas relacionadas com os
arrendamentos já existentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

XV - estabelecer padrões, normas e especificações técnicas para a


elaboração de projetos e execução de obras viárias relativas às estradas de
ferro do Sistema Federal de Viação; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

XVI - aprovar projetos de engenharia cuja execução modifique a


estrutura do Sistema Federal de Viação, observado o disposto no inciso IX
do caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

XVII - (Vide Medida Provisória nº 353, de 2007)

XVII - exercer o controle patrimonial e contábil dos bens operacionais na


atividade ferroviária, sobre os quais será exercida a fiscalização pela Agência
Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, conforme disposto no inciso IV do
art. 25 desta Lei, bem como dos bens não-operacionais que lhe forem
transferidos; (Incluído pela Lei nº 11.483, de 2007)

XVIII - implementar medidas necessárias à destinação dos ativos


operacionais devolvidos pelas concessionárias, na forma prevista nos
contratos de arrendamento; e (Incluído pela Lei nº 11.483, de 2007)

XIX - propor ao Ministério dos Transportes, em conjunto com a ANTT, a


destinação dos ativos operacionais ao término dos contratos de
arrendamento. (Incluído pela Lei nº 11.483, de 2007)

§ 1o As atribuições a que se refere o caput não se aplicam aos


elementos da infra-estrutura concedidos ou arrendados pela ANTT e pela
ANTAQ. (Redação dada pela Lei nº 10.561, de 13.11.2002)

384
§ 2o No exercício das atribuições previstas neste artigo e relativas a vias
navegáveis, o DNIT observará as prerrogativas específicas da autoridade
marítima. (Redação dada pela Lei nº 12.815, de 2013)

§ 3o É, ainda, atribuição do DNIT, em sua esfera de atuação, exercer,


diretamente ou mediante convênio, as competências expressas no art. 21 da
Lei no 9.503, de 1997, observado o disposto no inciso XVII do art. 24 desta
Lei. (Incluído pela Lei nº 10.561, de 13.11.2002)

§ 4o O DNIT e a ANTT celebrarão, obrigatoriamente, instrumento para


execução das atribuições de que trata o inciso XVII do caput deste artigo,
cabendo à ANTT a responsabilidade concorrente pela execução do controle
patrimonial e contábil dos bens operacionais recebidos pelo DNIT vinculados
aos contratos de arrendamento referidos nos incisos II e IV do caput do art.
25 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 11.483, de 2007)

Seção II

Das Contratações e do Controle

Art. 83. Na contratação de programas, projetos e obras decorrentes do


exercício direto das atribuições de que trata o art. 82, o DNIT deverá zelar
pelo cumprimento das boas normas de concorrência, fazendo com que os
procedimentos de divulgação de editais, julgamento de licitações e
celebração de contratos se processem em fiel obediência aos preceitos da
legislação vigente, revelando transparência e fomentando a competição, em
defesa do interesse público. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-
3, de 4.9.2001)

Parágrafo único. O DNIT fiscalizará o cumprimento das condições


contratuais, quanto às especificações técnicas, aos preços e seus
reajustamentos, aos prazos e cronogramas, para o controle da qualidade, dos
custos e do retorno econômico dos investimentos.

385
Art. 84. No exercício das atribuições previstas nos incisos IV e V do art.
82, o DNIT poderá firmar convênios de delegação ou cooperação com órgãos
e entidades da Administração Pública Federal, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, buscando a descentralização e a gerência eficiente
dos programas e projetos.

§ 1o Os convênios deverão conter compromisso de cumprimento, por


parte das entidades delegatárias, dos princípios e diretrizes estabelecidos
nesta Lei, particularmente quanto aos preceitos do art. 83.

§ 2o O DNIT supervisionará os convênios de delegação, podendo


denunciá-los ao verificar o descumprimento de seus objetivos e
preceitos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Seção III

Da Estrutura Organizacional do DNIT

Art. 85. O DNIT será dirigido por um Conselho de Administração e uma


Diretoria composta por um Diretor-Geral e pelas Diretorias Executiva, de
Infra-Estrutura Ferroviária, de Infra-Estrutura Rodoviária, de Administração e
Finanças, de Planejamento e Pesquisa, e de Infra-Estrutura
Aquaviária. (Redação dada pela Lei nº 11.314 de 2006)

Parágrafo único. (VETADO)

§ 2o Às Diretorias compete: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

I - Diretoria Executiva: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

a) orientar, coordenar e supervisionar as atividades das Diretorias


setoriais e dos órgãos regionais; e (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

b) assegurar o funcionamento eficiente e harmônico do


DNIT; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
386
II - Diretoria de Infra-Estrutura Ferroviária: (Incluído pela Lei nº
11.314 de 2006)

a) administrar e gerenciar a execução de programas e projetos de


construção, manutenção, operação e restauração da infra-estrutura
ferroviária; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

b) gerenciar a revisão de projetos de engenharia na fase de execução de


obras; e (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

c) exercer o poder normativo relativo à utilização da infra-estrutura de


transporte ferroviário, observado o disposto no art. 82 desta Lei; (Incluído
pela Lei nº 11.314 de 2006)

III - Diretoria de Infra-Estrutura Rodoviária: (Incluído pela Lei nº


11.314 de 2006)

a) administrar e gerenciar a execução de programas e projetos de


construção, operação, manutenção e restauração da infra-estrutura
rodoviária; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

b) gerenciar a revisão de projetos de engenharia na fase de execução de


obras; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

c) exercer o poder normativo relativo à utilização da infra-estrutura de


transporte rodoviário, observado o disposto no art. 82 desta Lei; (Incluído
pela Lei nº 11.314 de 2006)

IV - Diretoria de Administração e Finanças: planejar, administrar,


orientar e controlar a execução das atividades relacionadas com os Sistemas
Federais de Orçamento, de Administração Financeira, de Contabilidade, de
Organização e Modernização Administrativa, de Recursos Humanos e
Serviços Gerais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

387
V - Diretoria de Planejamento e Pesquisa: (Incluído pela Lei nº 11.314
de 2006)

a) planejar, coordenar, supervisionar e executar ações relativas à gestão


e à programação de investimentos anual e plurianual para a infra-estrutura
do Sistema Federal de Viação; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

b) promover pesquisas e estudos nas áreas de engenharia de infra-


estrutura de transportes, considerando, inclusive, os aspectos relativos ao
meio ambiente; e (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

c) coordenar o processo de planejamento estratégico do


DNIT; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

VI - Diretoria de Infra-Estrutura Aquaviária: (Incluído pela Lei nº


11.314 de 2006)

a) administrar e gerenciar a execução de programas e projetos de


construção, operação, manutenção e restauração da infra-estrutura
aquaviária; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

b) gerenciar a revisão de projetos de engenharia na fase de execução e


obras; e (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

c) exercer o poder normativo relativo à utilização da infra-estrutura de


transporte aquaviário. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

Art. 85-A. Integrará a estrutura organizacional do DNIT uma


Procuradoria-Geral, uma Ouvidoria, uma Corregedoria e uma
Auditoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 85-B. À Procuradoria-Geral do DNIT compete exercer a


representação judicial da autarquia. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.217-3, de 4.9.2001)

388
Art. 85-C. À Auditoria do DNIT compete fiscalizar a gestão orçamentária,
financeira e patrimonial da autarquia. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.217-3, de 4.9.2001)

Parágrafo único. O auditor do DNIT será indicado pelo Ministro de


Estado dos Transportes e nomeado pelo Presidente da
República. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 85-D. À Ouvidoria do DNIT compete: (Incluído pela Medida


Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

I - receber pedidos de informações, esclarecimentos e reclamações


afetos à autarquia e responder diretamente aos interessados; (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

II - produzir, semestralmente e quando julgar oportuno, relatório


circunstanciado de suas atividades e encaminhá-lo à Diretoria-Geral e ao
Ministério dos Transportes. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3,
de 4.9.2001)

Art. 86. Compete ao Conselho de Administração:

I – aprovar o regimento interno do DNIT;

II - definir parâmetros e critérios para elaboração dos planos e


programas de trabalho e de investimentos do DNIT, em conformidade com as
diretrizes e prioridades estabelecidas; (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

III – aprovar e supervisionar a execução dos planos e programas a que se


refere o inciso anterior.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 87. Comporão o Conselho de Administração do DNIT:


389
I – o Secretário-Executivo do Ministério dos Transportes;

II – o seu Diretor-Geral;

III – dois representantes do Ministério dos Transportes;

IV – um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e


Gestão;

V – um representante do Ministério da Fazenda.

§ 1o A presidência do Conselho de Administração do DNIT será exercida


pelo Secretário-Executivo do Ministério dos Transportes.

§ 2o A participação como membro do Conselho de Administração do


DNIT não ensejará remuneração de qualquer espécie.

Art. 88. Os Diretores deverão ser brasileiros, ter idoneidade moral e


reputação ilibada, formação universitária, experiência profissional compatível
com os objetivos, atribuições e competências do DNIT e elevado conceito no
campo de suas especialidades, e serão indicados pelo Ministro de Estado dos
Transportes e nomeados pelo Presidente da República.

Parágrafo único. As nomeações dos Diretores do DNIT serão


precedidas, individualmente, de aprovação pelo Senado Federal, nos termos
da alínea "f" do inciso III do art. 52 da Constituição. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 89. Compete à Diretoria do DNIT:

I – (VETADO)

II – editar normas e especificações técnicas sobre matérias da


competência do DNIT;

390
III – aprovar editais de licitação e homologar adjudicações;

IV – autorizar a celebração de convênios, acordos, contratos e demais


instrumentos legais;

V – resolver sobre a aquisição e alienação de bens;

VI – autorizar a contratação de serviços de terceiros.

VII - submeter à aprovação do Conselho de Administração as propostas


de modificação do regimento interno do DNIT. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

§ 1o Cabe ao Diretor-Geral a representação do DNIT e o comando


hierárquico sobre pessoal e serviços, exercendo a coordenação das
competências administrativas, bem como a presidência das reuniões da
Diretoria.

§ 2o O processo decisório do DNIT obedecerá aos princípios da


legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

§ 3o As decisões da Diretoria serão tomadas pelo voto da maioria


absoluta de seus membros, cabendo ao Diretor-Geral o voto de qualidade, e
serão registradas em atas que ficarão disponíveis para conhecimento geral,
juntamente com os documentos que as instruam.

Art. 90. O Procurador-Geral do DNIT deverá ser bacharel em Direito com


experiência no efetivo exercício da advocacia, será indicado pelo Ministro de
Estado dos Transportes e nomeado pelo Presidente da República, atendidos
os pré-requisitos legais e as instruções normativas da Advocacia-Geral da
União.

§ 1o (VETADO)

§ 2o (VETADO)
391
Art. 91. O Ouvidor será indicado pelo Ministro de Estado dos
Transportes e nomeado pelo Presidente da República.

Parágrafo único. (VETADO)

I – (VETADO)

II – (VETADO)

Art. 92. À Corregedoria do DNIT compete fiscalizar as atividades


funcionais e a instauração de processos administrativos e disciplinares.

§ 1o O Corregedor será indicado pelo Ministro de Estado dos


Transportes e nomeado pelo Presidente da República.

§ 2o A instauração de processos administrativos e disciplinares relativos


a atos da Diretoria ou de seus membros será da competência do Ministro de
Estado dos Transportes.

Seção IV

Do Quadro de Pessoal do DNIT

§ 3o Os cargos em comissão do Grupo Direção e Assessoramento


Superior – DAS e as Funções Gratificadas – FG, para preenchimento de cargos
de direção e assessoramento do DNIT estão previstos no âmbito da estrutura
organizacional da Presidência da República e dos Ministérios.

§ 4o É vedado aos empregados, aos requisitados, aos ocupantes de


cargos comissionados e aos dirigentes do DNIT o exercício regular de outra
atividade profissional, inclusive gestão operacional de empresa ou direção
político-partidária, excetuados os casos admitidos em lei.

Art. 95. (VETADO)

392
Art. 96. O DNIT poderá efetuar, nos termos do art. 37, IX, da
Constituição Federal, e observado o disposto na Lei no 8.745, de 9 de
dezembro de 1993, contratação por tempo determinado, pelo prazo de 12
(doze) meses, do pessoal técnico imprescindível ao exercício de suas
competências institucionais. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)

§ 1o A contratação de pessoal de que trata o caput deste artigo dar-se-á


mediante processo seletivo simplificado, compreendendo, obrigatoriamente,
prova escrita e, facultativamente, análise de curriculum vitae sem prejuízo
de outras modalidades que, a critério da entidade, venham a ser
exigidas. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)

§ 2o (VETADO)

§ 3o Às contratações referidas no caput deste artigo aplica-se o disposto


nos arts. 5o e 6o da Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993. (Redação dada
pela Lei nº 10.871, de 2004)

§ 4o As contratações referidas no caput deste artigo poderão ser


prorrogadas, desde que sua duração total não ultrapasse o prazo de 24 (vinte
e quatro) meses, ficando limitada sua vigência, em qualquer caso, a 31 de
dezembro de 2005. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)

§ 5o A remuneração do pessoal contratado nos termos referidos


no caput deste artigo terá como referência os valores definidos em ato
conjunto da Agência e do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da
Administração Federal - SIPEC. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)

§ 6o Aplica-se ao pessoal contratado por tempo determinado pelo DNIT


o disposto no § 1º do art. 7º nos arts. 8o, 9o, 10, 11, 12 e 16 da Lei no 8.745,
de 9 de dezembro de 1993. (Redação dada pela Lei nº 10.871, de 2004)

Seção V

Das Receitas e do Orçamento

393
Art. 97. Constituem receitas do DNIT:

I – dotações consignadas no Orçamento Geral da União, créditos


especiais, transferências e repasses;

II – remuneração pela prestação de serviços;

III – recursos provenientes de acordos, convênios e contratos;

IV – produto da cobrança de emolumentos, taxas e multas;

V – outras receitas, inclusive as resultantes da alienação de bens e da


aplicação de valores patrimoniais, operações de crédito, doações, legados e
subvenções.

Art. 98. O DNIT submeterá anualmente ao Ministério dos Transportes a


sua proposta orçamentária, nos termos da legislação em vigor.

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS, GERAIS E FINAIS

Seção I

Da Instalação dos Órgãos

Art. 99. O Poder Executivo promoverá a instalação do CONIT, da ANTT,


da ANTAQ e do DNIT, mediante a aprovação de seus regulamentos e de suas
estruturas regimentais, em até noventa dias, contados a partir da data de
publicação desta Lei. (Vide Decreto nº 6.550, de 2008)

Parágrafo único. A publicação dos regulamentos e das estruturas


regimentais marcará a instalação dos órgãos referidos no caput e o início do
exercício de suas respectivas atribuições.

394
Art. 100. Fica o Poder Executivo autorizado a realizar as despesas e os
investimentos necessários à implantação e ao funcionamento da ANTT, da
ANTAQ e do DNIT, podendo remanejar, transpor, transferir ou utilizar as
dotações orçamentárias aprovadas na Lei nº 10.171, de 5 de janeiro de 2001,
consignadas em favor do Ministério dos Transportes e suas Unidades
Orçamentárias vinculadas, cujas atribuições tenham sido transferidas ou
absorvidas pelo Ministério dos Transportes ou pelas entidades criadas por
esta Lei, mantida a mesma classificação orçamentária, expressa por categoria
de programação em seu menor nível, conforme definida no § 2º do art. 3ºda
Lei nº 9.995, de 25 de julho de 2000, assim como o respectivo detalhamento
por esfera orçamentária, grupos de despesa, fontes de recursos, modalidades
de aplicação e identificadores de uso e da situação primária ou financeira da
despesa. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 101. Decreto do Presidente da República reorganizará a estrutura


administrativa do Ministério dos Transportes, mediante proposta do
respectivo Ministro de Estado, em função das transferências de atribuições
instituídas por esta Lei.

Seção II

Da Extinção e Dissolução de Órgãos

Art. 102. (VETADO)

"Art. 102-A. Instaladas a ANTT, a ANTAQ e o DNIT, ficam extintos a


Comissão Federal de Transportes Ferroviários - COFER e o Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem - DNER e dissolvida a Empresa Brasileira de
Planejamento de Transportes - GEIPOT. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.217-3, de 4.9.2001)

§ 1º A dissolução e liquidação do GEIPOT observarão, no que couber, o


disposto na Lei no 8.029, de 12 de abril de 1990. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

395
§ 2º Decreto do Presidente da República disciplinará a transferência e a
incorporação dos direitos, das obrigações e dos bens móveis e imóveis do
DNER. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

§ 3º Caberá ao inventariante do DNER adotar as providências cabíveis


para o cumprimento do decreto a que se refere o § 2o. (Incluído pela Medida
Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

§ 4º Decreto do Presidente da República disciplinará o processo de


liquidação do GEIPOT e a transferência do pessoal a que se refere o art. 114-
A. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 103. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos – CBTU e a Empresa


de Transportes Urbanos de Porto Alegre S.A. – TRENSURB transferirão para
os Estados e Municípios a administração dos transportes ferroviários urbanos
e metropolitanos de passageiros, conforme disposto na Lei no 8.693, de 3 de
agosto de 1993.

Parágrafo único. No exercício das atribuições referidas nos incisos V e VI


do art. 25, a ANTT coordenará os acordos a serem celebrados entre os
concessionários arrendatários das malhas ferroviárias e as sociedades
sucessoras da CBTU, em cada Estado ou Município, para regular os direitos
de passagem e os planos de investimentos, em áreas comuns, de modo a
garantir a continuidade e a expansão dos serviços de transporte ferroviário
de passageiros e cargas nas regiões metropolitanas.

Art. 103-A Para efetivação do processo de descentralização dos


transportes ferroviários urbanos e metropolitanos de passageiros, a União
destinará à CBTU os recursos necessários ao atendimento dos projetos
constantes dos respectivos convênios de transferência desses serviços,
podendo a CBTU: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

I - executar diretamente os projetos; (Incluído pela Medida Provisória nº


2.217-3, de 4.9.2001)

396
II - transferir para os Estados e Municípios, ou para sociedades por eles
constituídas, os recursos necessários para a implementação do processo de
descentralização. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Parágrafo único. Para o disposto neste artigo, o processo de


descentralização compreende a transferência, a implantação, a
modernização, a ampliação e a recuperação dos serviços. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 103-B. Após a descentralização dos transportes ferroviários urbanos


e metropolitanos de passageiros, a União destinará à CBTU, para repasse ao
Estado de Minas Gerais, por intermédio da empresa Trem Metropolitano de
Belo Horizonte S.A., os recursos necessários ao pagamento das despesas com
a folha de pessoal, encargos sociais, benefícios e contribuição à Fundação
Rede Ferroviária de Seguridade Social - REFER, dos empregados transferidos,
por sucessão trabalhista, na data da transferência do Sistema de Trens
Urbanos de Belo Horizonte para o Estado de Minas Gerais, Município de Belo
Horizonte e Município de Contagem, de acordo com a Lei nº 8.693, de 3 de
agosto de 1993. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

§ 1º Os recursos serão repassados mensalmente a partir da data da


efetiva assunção do Sistema de Trens Urbanos de Belo Horizonte até 30 de
junho de 2003, devendo ser aplicados exclusivamente nas despesas
referenciadas neste artigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

§ 2º A autorização de que trata este artigo fica limitada ao montante das


despesas acima referidas, corrigidas de acordo com os reajustes salariais
praticados pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU correndo à
conta de sua dotação orçamentária. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 103-C. As datas limites a que se referem o § 1º do art. 1º da Lei


nº 9.600, de 19 de janeiro de 1998, e o § 1º do art. 1º da Lei nº 9.603, de 22
de janeiro de 1998, passam, respectivamente, para 30 de junho de 2003 e 31

397
de dezembro de 2005. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

Art. 103-D. Caberá à CBTU analisar, acompanhar e fiscalizar, em nome da


União, a utilização dos recursos supramencionados, de acordo com o
disposto nesta Lei e na legislação vigente. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.217-3, de 4.9.2001)

Art. 104. Atendido o disposto no caput do art. 103, ficará dissolvida a


CBTU, na forma do disposto no § 6o do art. 3o da Lei no 8.693, de 3 de agosto
de 1993.

Parágrafo único. As atribuições da CBTU que não tiverem sido


absorvidas pelos Estados e Municípios serão transferidas para a ANTT ou para
o DNIT, conforme sua natureza.

Art. 105. Fica o Poder Executivo autorizado a promover a transferência


das atividades do Serviço Social das Estradas de Ferro – SESEF para entidades
de serviço social autônomas ou do setor privado com atuação congênere.

Art. 106. (VETADO)

Art. 107. (VETADO)

Art. 108. Para cumprimento de suas atribuições, particularmente no que


se refere ao inciso VI do art. 24 e ao inciso VI do art. 27, serão transferidos
para a ANTT ou para a ANTAQ, conforme se trate de transporte terrestre ou
aquaviário, os contratos e os acervos técnicos, incluindo registros, dados e
informações, detidos por órgãos e entidades do Ministério dos Transportes
encarregados, até a vigência desta Lei, da regulação da prestação de serviços
e da exploração da infra-estrutura de transportes.

Parágrafo único. Excluem-se do disposto no caput os contratos firmados


pelas Autoridades Portuárias no âmbito de cada porto organizado.

398
Art. 109. Para o cumprimento de suas atribuições, serão transferidos
para o DNIT os contratos, os convênios e os acervos técnicos, incluindo
registros, dados e informações detidos por órgãos do Ministério dos
Transportes e relativos à administração direta ou delegada de programas,
projetos e obras pertinentes à infra-estrutura viária. (Vide Lei nº 11.518, de
2007)

Parágrafo único. Ficam transferidas para o DNIT as funções do órgão de


pesquisas hidroviárias da Companhia Docas do Rio de Janeiro – CDRJ, e as
funções das administrações hidroviárias vinculadas às Companhias Docas,
juntamente com os respectivos acervos técnicos e bibliográficos, bens e
equipamentos utilizados em suas atividades.

Art. 110. (VETADO)

Art. 111. (VETADO)

Seção III

Das Requisições e Transferências de Pessoal

Art. 112. (VETADO)

Art. 113. Ficam criados os quadros de Pessoal Específico na ANTT, na


ANTAQ e no DNIT, com a finalidade de absorver servidores do Regime
Jurídico Único, dos quadros de pessoal do Departamento Nacional de
Estradas de Rodagem – DNER e do Ministério dos Transportes.

Art. 113-A O ingresso nos cargos de que trata o art. 113 será feito por
redistribuição do cargo, na forma do disposto na Lei nº 9.986, de 18 de julho
de 2000. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Parágrafo único. Em caso de demissão, dispensa, aposentadoria ou


falecimento do servidor, fica extinto o cargo por ele ocupado.(Incluído pela
Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

399
Art. 116-A Fica o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
autorizado a aprovar a realização de programa de desligamento voluntário
para os empregados da Rede Ferroviária Federal S.A., em
liquidação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

Seção IV

Das Responsabilidades sobre Inativos e Pensionistas

Art. 117. Fica transferida para o Ministério dos Transportes a


responsabilidade pelo pagamento dos inativos e pensionistas oriundos do
DNER, mantidos os vencimentos, direitos e vantagens adquiridos.

Parágrafo único. O Ministério dos Transportes utilizará as unidades


regionais do DNIT para o exercício das medidas administrativas decorrentes
do disposto no caput.

Art. 118. Ficam transferidas da extinta RFFSA para o Ministério do


Planejamento, Orçamento e Gestão: (Redação dada pela Lei nº 11.483, de
2007)

I - a gestão da complementação de aposentadoria instituída pelas Leis


nos 8.186, de 21 de maio de 1991, e 10.478, de 28 de junho de 2002;
e (Redação dada pela Lei nº 11.483, de 2007)

II - a responsabilidade pelo pagamento da parcela sob o encargo da


União relativa aos proventos de inatividade e demais direitos de que tratam
a Lei no 2.061, de 13 de abril de 1953, do Estado do Rio Grande do Sul, e o
Termo de Acordo sobre as condições de reversão da Viação Férrea do Rio
Grande do Sul à União, aprovado pela Lei no 3.887, de 8 de fevereiro de
1961. (Redação dada pela Lei nº 11.483, de 2007)

§ 1o A paridade de remuneração prevista na legislação citada nos


incisos I e II do caput deste artigo terá como referência os valores previstos
no plano de cargos e salários da extinta RFFSA, aplicados aos empregados

400
cujos contratos de trabalho foram transferidos para quadro de pessoal
especial da VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., com a
respectiva gratificação adicional por tempo de serviço. (Redação dada pela
Lei nº 11.483, de 2007)

§ 2o O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá,


mediante celebração de convênio, utilizar as unidades regionais do DNIT e da
Inventariança da extinta RFFSA para adoção das medidas administrativas
decorrentes do disposto no caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº
11.483, de 2007)

Art. 119. Ficam a ANTT, a ANTAQ e o DNIT autorizados a atuarem como


patrocinadores do Instituto GEIPREV de Seguridade Social, da Fundação Rede
Ferroviária de Seguridade Social - REFER e do Portus - Instituto de Seguridade
Social, na condição de sucessoras das entidades às quais estavam vinculados
os empregados que absorverem, nos termos do art. 114-A, observada a
exigência de paridade entre a contribuição da patrocinadora e a contribuição
do participante. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.217-3, de
4.9.2001)

Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se unicamente aos


empregados absorvidos, cujo conjunto constituirá massa fechada.

Seção V

Disposições Gerais e Finais

Art. 120. (VETADO)

Art. 122. A ANTT, a ANTAQ e o DNIT poderão contratar especialistas ou


empresas especializadas, inclusive consultores independentes e auditores
externos, para execução de trabalhos técnicos, por projetos ou por prazos
determinados, nos termos da legislação em vigor.

401
Art. 123. As disposições desta Lei não alcançam direitos adquiridos, bem
como não invalidam atos legais praticados por quaisquer das entidades da
Administração Pública Federal direta ou indiretamente afetadas, os quais
serão ajustados, no que couber, às novas disposições em vigor.

Art. 124. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 5 de junho de 2001; 180o da Independência e 113o da


República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


José Gregori
Geraldo Magela da Cruz Quintão
Pedro Malan
Eliseu Padilha
Alcides Lopes Tápias
Martus Tavares
Roberto Brant

Este texto não substitui o publicado no DOU de 6.6.2001

ANEXO I
(Vide Medida Provisória nº 2.217-3, de 4.9.2001)

402
403
404

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