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© SENAI-SP, 2017
1ª Edição
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Sumário
1 HISTÓRIA DA TELEFONIA ..................................................................................................... 9
1.1 HISTÓRICO DA TELEFONIA NO BRASIL .............................................................................................. 12
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7 REDE TELEFÔNICA ............................................................................................................. 59
7.1 REDE DE ASSINANTES (REDE DE ACESSO) .................................................................................... 59
7.1.1 Tipos de Redes de Acesso .................................................................................................................................... 61
7.1.2 Redes Rígidas ....................................................................................................................................................... 62
7.1.3 Redes Flexíveis ..................................................................................................................................................... 63
7.1.4 Combinação da Rede Rígida com a Flexível ......................................................................................................... 64
7.2 CARACTERÍSTICAS DE REDES DE CABOS. ..................................................................................... 64
7.3 REDE DE CABOS TRONCO ....................................................................................................................... 65
7.4 REDES DE CABOS ALIMENTADORES .................................................................................................. 65
7.5 REDES DE CABOS DISTRIBUIDORES .................................................................................................. 66
7.6 REDE DE FIOS DE ASSINANTES ............................................................................................................ 67
7.7 FIOS TELEFÔNICOS EXTERNOS ........................................................................................................... 67
7.7.1 Fio FE .................................................................................................................................................................... 67
7.8 FIOS TELEFÔNICOS INTERNOS ............................................................................................................. 69
7.8.1 Fio Jumper para Distribuidor Geral - FDG ............................................................................................................. 69
7.8.2 Cabos Utilizados na Rede Externa: Características Construtivas .......................................................................... 70
7.9 ISOLAMENTO DOS CONDUTORES ....................................................................................................... 77
7.9.1 CÓDIGO DE CORES DOS CONDUTORES DO CABO ........................................................................................ 78
7.9.2 GRUPOS DE PARES EM CABOS TELEFÔNICOS .............................................................................................. 80
7.9.3 FORMAÇÃO DOS CABOS CTP – APL. ................................................................................................................ 82
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9.7 MODULAÇÃO POR CÓDIGO DE PULSO – MCP (PCM) ............................................................... 128
9.7.1 Estágios do Sinal na formação do PCM .............................................................................................................. 131
9.8 MULTIPLEXAÇÃO POR DIVISÃO NO TEMPO (TDM) ..................................................................... 134
9.8.1 Multiplexação ....................................................................................................................................................... 135
9.8.2 Lado do transmissor – MUX ( Multiplexação ) ..................................................................................................... 135
9.8.3 Demultiplexação .................................................................................................................................................. 136
9.8.4 Considerações Finais do TDM ............................................................................................................................. 137
9.9 MATRIZES DE COMUTAÇÃO................................................................................................................... 138
9.9.1 Comutação Temporal .......................................................................................................................................... 138
9.9.2 Comutação Espacial ............................................................................................................................................ 139
9.10 CLASSIFICAÇÃO DAS CENTRAIS ........................................................................................................ 140
9.10.1 Central Local ........................................................................................................................................................ 140
9.10.2 Central Tanden .................................................................................................................................................... 141
9.10.3 Central de Trânsito .............................................................................................................................................. 142
9.10.4 ELR (Estágios de Linha Remotos) ou URAs (Unidades Remotas de Assinantes) .............................................. 143
9.10.5 Centrais Privadas de Comutação Telefônica (CPCT) .......................................................................................... 145
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1 História da Telefonia
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A invenção do telefone é atribuída a Alexander Graham Bell (1847-1922) que, em
1876, requereu a patente de sua invenção, denominada na época de “melhoramento da
telegrafia”. O francês Charles Bourseul (1829 – 1912), 20 anos antes, já havia mostrado o
princípio da telefonia elétrica: uma placa móvel, interposta num circuito cortado por suas
vibrações acústicas, poderia gerar uma corrente que, agindo à distância sobre outra placa
móvel, poderia reproduzir a voz que fizesse vibrar a primeira placa.
Em 1861, o físico alemão Philip Reis (1834-1874) construiu uma engenhoca
baseada no princípio anunciado anteriormente, mas que só transmitia tons musicais e não
era capaz de reproduzir a intensidade ou timbre da voz humana.
O transmissor consistia em um diafragma que vibrava com a pressão sonora
(Figura 1).
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Figura 2 - Diagrama de Bell
Poucas horas antes, no United States Patent Office, Elisha Gray (1835 – 1901),
também requereu patente de outro invento contendo a mesma finalidade. Outros
inventores e Gray entraram na Justiça contra Bell e, depois de longa batalha judicial, Bell
acabou por ganhar a causa e entrou para história como inventor do telefone.
O invento de Bell foi o primeiro a utilizar uma corrente contínua cuja intensidade
variava de acordo de acordo com as vibrações de uma membrana (Figura 3).
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Seu aparato era transmissor e receptor ao mesmo tempo, sendo constituído por
um ímã permanente sobre o qual se enrolava uma bobina e cuja armadura era formada
por uma membrana de ferro. Ligando-se, por meio de um fio, as bobinas dos eletroímãs
dos dois aparelhos, tinha-se um telefone.
As vibrações da voz humana faziam deslocar a membrana conjugada com o ferro
causando uma variação do fluxo magnético que produzia uma corrente no circuito (Lei de
Faraday). Essa corrente provocava o deslocamento da armadura do aparelho receptor,
reproduzindo com as vibrações, transmitindo assim a voz humana. O deslocamento da
membrana era de pequena amplitude e Bell só conseguia o alcance de mais ou menos
uns 200 metros.
Bell tentou vender sua patente para a Western Telegraph Company por 100.000
dólares e não conseguiu. A empresa recusou sua oferta, porém, um ano depois,
reconsiderou e ofereceu ao inventor a quantia de 25 milhões de dólares à vista,
prontamente recusada por Bell, que conseguiu empréstimos bancários e criou uma das
maiores empresas do mundo, a BELL TELEPHONE CO.
O Brasil ainda era uma monarquia agrícola quando D. Pedro II visitou a Exposição
de Tecnologia na Filadélfia (EUA), em 1876. Teve o prazer de ser o primeiro Chefe de
Estado a falar num telefone em 1877. Ao voltar da viagem aos Estados Unidos e Europa,
mandou instalar os primeiros telefones no Palácio de São Cristóvão. Era uma linha
telefônica entre as Forças Armadas e o Quartel dos Bombeiros. Em 15 de novembro de
1879, D. Pedro II criou a Companhia Telephonica do Brasil, cujas ações eram controladas
pela Western Telegraph Company, a primeira concessionária da telefonia no Brasil.
1877 – D. Pedro II manda trazer dos Estados Unidos o primeiro telefone para ser
instalado no Palácio Imperial de São Cristóvão.
1889 – Foi dada a primeira concessão de uma linha telefônica no Brasil, sendo instaladas
também linhas telefônicas de aviso de incêndio com a central de bombeiros.
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1893 – Já existiam, no Rio de Janeiro, 5 centrais telefônicas manuais com 1000
assinantes cada uma. Foi viabilizada a primeira linha telefônica interurbana interligando o
Rio com Petrópolis.
1922 – O Rio de Janeiro já dispunha de 30.000 linhas instaladas, para uma população de
1.200.000 habitantes. Natal, com população de 45.000 habitantes, tem apenas 40
telefones.
1939 – Foi inaugurada a primeira estação telefônica automática, tendo sido instalado, até
então, um total de 100.000 linhas de assinantes.
1945 – Já havia cerca de 1.000.000 de terminais no Brasil, operados por 800 empresas
particulares, dos quais 75% dos serviços eram prestados pela CTB nos estados do Rio de
Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. A presença militar americana no RN
provocou expansão de terminais: Natal passou a ter 400 linhas incluindo as implantadas
na Base de Parnamirim.
Até 1962 – O Brasil sofreu uma estagnação no crescimento da Telefonia, com pouca
oferta de linhas para a população. Eram muito frequentes os congestionamentos dos
serviços telefônicos. As comunicações internacionais estavam nas mãos das operadoras
estrangeiras Western Telegraph, Radional, Italcable e Radiobrás. As únicas operações de
telecomunicações em mãos do Estado eram a telegrafia, operada pelos Correios, e
algumas emissoras de radiodifusão de alcance nacional. A situação geral, sob o domínio
de seis empresas estrangeiras, revelou-se um desastre de ineficácia.
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1962 – Criou-se o CONTEL (Conselho Nacional de Telecomunicações), órgão
subordinado diretamente à Presidência da República, destinado a coordenar,
supervisionar e regulamentar as telecomunicações no país.
1967 – O governo criou o Ministério das Comunicações para fixar a política nacional das
telecomunicações, assumindo a coordenação central do crescimento de toda a Rede
Nacional de Telefonia, dos Correios e da Radiodifusão.
1985 – O setor das telecomunicações teve uma taxa de crescimento econômico da ordem
de 7,5% sendo considerada por especialistas como a maior do mundo, atingindo um
índice de 96% na nacionalização dos equipamentos industrializados por empresas do
setor.
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1988 – Foi adotado o padrão AMPS pela TELEBRÁS para a telefonia celular.
1990 – Teve início o primeiro serviço móvel celular do Brasil, no Rio de Janeiro.
1994 – A TELEBRÁS conseguiu cobrir com a telefonia celular todas as capitais dos
Estados e cerca de 250 cidades do país. Natal foi a segunda capital nordestina a ter
telefonia móvel celular.
1997 – O Brasil fechou o ano com cerca de 4,3 milhões de terminais celulares em
operação.
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2 Noções de Acústica
Período – O tempo gasto para se realizar um ciclo é denominado período. A medida mais
comum do período é o segundo (s), podendo-se usar também o milésimo de segundo
(ms) e o microssegundo (µs). O período expressa o inverso da frequência. Por exemplo,
uma frequência de 500 Hz, corresponde um período de 1/500 segundos, ou seja, 2
milissegundos.
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Amplitude – o valor máximo da onda, que corresponde a seu pico, denomina-se
amplitude máxima. A faixa dinâmica do sinal resulta da diferença entre a máxima pressão
de condensação e rarefação, em relação à pressão atmosférica ambiente.
c
f . = f
2.3 INTELIGIBILIDADE
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Figura 5 - Curva da resposta do ouvido humano com o telefone.
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para a parcela de energia da voz humana que se situa entre as frequências de 300 e 3,4
Khz, garantindo 85% de inteligibilidade.
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Nas cápsulas receptoras dinâmicas, a bobina pela qual circula a corrente DC está
unida à membrana, movendo-se num campo magnético cilíndrico. A força que atua sobre
a bobina e a membrana é proporcional à força do campo magnético permanentemente e à
energia que passa pela bobina.
Nos dois tipos de cápsulas receptoras, conseguem-se características lineares
para a faixa de frequências de voz, bem como baixa distorção.
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3 Unidades de Medida
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Cada um desses elementos, ou mesmo parte deles, pode ser representado por
um quadripolo que tem a possibilidade de atenuar o sinal (significa que a potência do
sinal de entrada desses elementos de sistema de transmissão é maior que a de saída), ou
amplificar o sinal (significa que a potência do sinal de entrada é menor que a de saída).
Se considerarmos como relação de potência M de um quadripolo, a razão entre a
potência de saída e de entrada desse quadripolo, ao ligarmos, em série, N elementos do
sistema de transmissão (Figura 9), poderemos calcular a relação de potência total do
sistema.
Psaída Pq
Mq = =
`Pentrada Pq −1
Então,
Pn P P P
= 1 x 2 x ..... x n
Po P0 P1 Pn −1
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3.2 DECIBEL
O decibel é uma expressão da relação entre dois sinais que indica ganho
(amplificação) ou perda (atenuação). Os sinais podem ser tensões, correntes ou níveis de
potência (Figura 10).
P2
B = log10 (bels)
P1
No entanto, para se ter a unidade de menor magnitude, o decibel é definido pela equação:
decibéis:
P2
dB = 10 log10 (decibéis, dB)
P1
Se os valores de potência forem (P2 = P1) , não há diferença entre os valores de potência
e dB = 0.
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Se houver um aumento no valor da potência (P2 > P1), o valor de dB resultante será
positivo.
Se houver diminuição no valor da potência (P2 < P1), o valor em decibel resultante será
negativo.
P2
dB = 10 log10 = 10 log10 2 = 3 dB
P1
P
dB m = 10 log10
1 mW para uma carga de 600Ω
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Observe o índice m, que indica que o valor em decibéis foi medido em relação a
um nível de referência de 1 mW.
40 mW
dB m = 10 log10 = 10 log10 40 = 10(1,6) = 16 dB m
1mW
enquanto para P = 4W
4000 mW
dBm = 10 log10 = 10 log10 4000 = 10(3,6) = 36 dBm
1mW
Embora o valor da potência tenha aumentado por um fator de 4.000 mW / 40mW = 100, o
dBm dB m
aumento em foi de apenas 20 .
V
dBv = 20 log10 1
V2
V 1,2 V
dBv = 20 log10 o = 20 log10 = 20 log10 600 = 55,56 dB.
Vi 2 mV
V
A v = o de 600.
Vi
para um ganho de tensão
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Outro exemplo.
V
dB v = 20 log10 o
Vi
V
36 = 20 log10 o
Vi
36 V
= log10 o
20 Vi
V
1,8 = log10 o
Vi
V
1,8 = log10 o
Vi
Dessa forma, melhorando o resultado
(10) 1,8 = Vo
Vi
Vo
= 63,096
Vi
Tendo em vista que no enunciado a tensão de saída Vo = 6,8 V, vem
Vo 6,8 V
Vi = = = 107,77 mV
63,096 63,096
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4 Aparelho Telefônico
Para que seja transmitida a longas distâncias, a voz tem de ser convertida em
sinais elétricos, que percorrem a linha de transmissão até chegar ao destino, onde são
convertidos novamente em sinais sonoros, permitindo a troca de informações entre as
pessoas que estão se comunicando. Para isso, utiliza-se o aparelho telefônico.
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Cápsula transmissora - A energia acústica produzida pela voz humana é transformada
em energia elétrica por intermédio do microfone. Nos aparelhos telefônicos, as cápsulas
são de carvão, constituídas basicamente de grânulos de carvão. No microfone, as ondas
sonoras atuam sobre uma membrana. Esta pressiona os grânulos de carvão com força
variável na câmara de carvão. Consequentemente, produz-se uma variação da resistência
de passagem devido à variação da densidade de grânulos de carvão. Com a membrana
em repouso, a corrente que circula pelo microfone será contínua e de intensidade
constante, mas varia quando há incidência de ondas sonoras. A variação de corrente
corresponde exatamente à frequência do som e a pressão acústica (Figura 12).
Cápsula receptora tem a função de converter a tensão alternada que chega em onda
sonora. Para isso, são usadas duas bobinas magnéticas, com dois núcleos de ferro doce,
que estão dispostas sobre um ímã permanente (magneto anular) de tal modo que estejam
magneticamente ligadas. A membrana de aço sobre as bobinas é atraída continuamente
pelo campo do ímã permanente e, por isso, previamente distendida. As variações da
corrente nas bobinas, ligadas em série, resultam em variações do campo que atuam
sobre a membrana e a fazem vibrar (Figura 13).
Figura 13 - Modelo da cápsula receptora.
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Trata-se de um tipo de microfone que já não é mais usado, tendo sido inventado
no século 19 e usado nos primeiros sistemas telefônicos (Figura 14).
Figura 14 - Corte de um microfone de carvão: em (a) grãos de carvão e ligação interna; em (b)
peça comercializada, em (1b) parte traseira e em (2b) parte traseira.
a) b)
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Figura 15 - Microfone de eletreto: Parte (a): Propriedades elétricas do material eletreto em 1(a).
Em (1.1a) componentes internos separados e circuito interno pré-amplificador com JFET. Em (b)
Peça comercializada com as partes traseira e frontal respectivamente.
a)
1(a) 1(b)
b)
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Figura 16 - Circuito pré-amplificador é colocado no interior do invólucro do microfone
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Figura 19 - Cápsula dinâmica
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-720579389-antigo-telefone-verde-tijolinho-
starlite-_JM
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Se o enrolamento secundário tem número de espiras maior que o primário, a
tensão no secundário será mais elevada e a corrente, menos intensa. Neste caso, a
emissão até a cápsula receptora se realiza com menores perdas, pois a perda por “efeito
joule” será menor.
A relação de transformação deve ser tal que permita um melhor casamento de
impedância entre o aparelho e a linha, diminuindo, assim, as perdas por reflexão. O
transformador faz parte, no aparelho telefônico, figura 21 e 22, de um circuito denominado
“ antiefeito local ”, que será visto posteriormente.
Seguindo essa linha de raciocínio, conforme podemos ver na figura 24, não há
circulação de corrente contínua, pois ela é bloqueada pelo capacitor “C“, ficando somente
o circuito de campainha em posição de espera.
No momento em que um usuário retira o monofone do gancho, o enlace é
fechado, circulando corrente contínua pelo aparelho que será denominada “corrente
circulante”. O enlace é fechado pela chave “K”, que é acionada mecanicamente por mola,
no momento da retirada do monofone do gancho (Figura 25).
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Numa Marcação por Impulsos Decádicos, também designada por Marcação por
Abertura de enlace (Loop Disconnect Dialing), uma série de impulsos de corrente
contínua, representando cada dígito, é produzida pela interrupção de um sinal contínuo,
de acordo com um número definido no telefone Decádico de Impulsos (Figura 26)
Figura 26 - Telefone Decádico de Impulsos.
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Figura 27 - Circuito do telefone decádico com disco
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Analisando a figura 29, enquanto o número está sendo discado, por exemplo o
número 5, o marcador gira no sentido dos ponteiros do relógio em conjunto e pressionado
pelo dedo, que lhe oferece resistência, sendo depois libertado quando chega no fim de
curso do disco. O disco de Marcação regressa então à sua Posição de Descanso, pela
ação de uma mola. Enquanto isso, o interruptor IC2 (BP2) no Marcador Rotativo é
fechado para criar um Curto-Circuito, pelo que não se ouvem ruídos na Cápsula receptora
durante a discagem.
Seguindo essa linha de raciocínio, o contato de Impulsos de Contacto (ICT) gera
os Impulsos de marcação pela ação de se Fechar e Abrir, interrompendo o enlace de
Corrente Contínua CC (DC). O número de interrupções é igual ao dígito discado. Este tipo
de telefone gera dois impulsos adicionais, que são eliminados pelo contato IC1 (BP1).
Além disso, existe também um dispositivo mecânico, designado por Regulador
Centrífugo, instalado no interior do Marcador Rotativo, que ajuda a manter uma
velocidade uniforme de rotação do disco durante a discagem do número.
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Depois de terminar a discagem do número, os impulsos são identificados na
Central Telefônica que faz a ligação para o cliente chamado.
Os sinais de voz do cliente são transmitidos para a cápsula receptora através de
um transformador de isolamento. A cápsula receptora está ligada ao Enrolamento
Secundário do Transformador de Isolamento. Desta forma, a cápsula receptora está
protegida de qualquer destruição devida à ação da Corrente Contínua CC (DC). O
Transformador oferece, também, um isolamento elétrico entre a Central Telefônica e o
ouvido do cliente. Adicionalmente, os dois diodos montados em oposição protegem os
ouvidos contra excessos de ruídos. Se a tensão no enrolamento secundário for superior a
certo nível, um dos diodos começa a conduzir e cria um curto circuito à cápsula receptora.
Vale ressaltar aqui também que o transformador faz parte de um circuito denominado
“antiefeito local”.
Enquanto durar a chamada, todo o sinal de voz direcionado ao microfone pelo
assinante chamador é transmitido para o cliente chamado através da Central Telefônica, e
o mesmo acontece de forma inversa, ou seja, todo sinal de voz que o assinante chamado
responder, será transmitido ao chamador pela central telefônica.
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Figura 31 - Circuito híbrido. Representação da conversão de dois para quatro fios usando um
híbrido.
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Analisando a figura 32, sempre que houver uma chamada de entrada, vai soar um
sinal de toque de chamada CA (AC). Este sinal consiste em um sinal elétrico senoidal
intermitente de 25Hz e tensão de (75 até 90) Vrms com duração de 1s e intervalo de 4s
(Figura 33). Este sinal que é proveniente da Central Telefônica possibilita que o telefone
toque e é transmitido para o telefone que está sendo chamado.
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5 Aparelhos de tecla
e o modo de discagem dedádica e multifrequencial
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Ao se pressionar a tecla, esta envia um determinado nível de tensão ao
codificador. O codificador transforma esse nível de tensão recebido num código binário
“BCD”, de acordo com a tabela a seguir.
Código binário
Dígitos
Saídas A B C D
0000 0
0001 1
0010 2
0011 3
0100 4
0101 5
0110 6
0111 7
1000 8
1001 9
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Baixas
Frequências
[Hz]
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Figura 39 - O telefone está pronto para fazer uma chamada quando o interruptor do descanso
está fechado. O microfone está fora do descanso
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De acordo com o circuito acima (Figura 39), na geração dos tons de sinalização
durante a discagem do número, a operação de qualquer tecla gera um sinal composto por
dois tons, que se mantêm enquanto a tecla for pressionada.
Existem dois circuitos osciladores para gerar tons de diferentes frequências. Cada
circuito é composto por uma bobina de três enrolamentos (A, A', A" e B, B', B") e um
condensador (CA e CB). Os enrolamentos A e B têm um número de molas de contato,
divididos no grupo KA e no grupo KB. Existem sete patilhas debaixo do marcador de
teclas, sendo representadas pelas linhas ponteadas no circuito acima (Figura 39), quatro
das quais correspondem às linhas e três às colunas.
A operação de pressionar um botão tem como resultado a atuação da patilha
horizontal e da patilha vertical. Quando uma patilha atua, ela fecha as correspondentes
molas de contato. O fecho de um dos contatos de KA e de um dos contatos de KB permite
ligar cada condensador a um dos terminais do enrolamento A e B associado. Deste modo,
configuram-se os circuitos osciladores correspondentes ao número chamado.
Seguidamente, a atuação das pastilhas horizontais também vai colocar o
interruptor comum K, localizado ao lado da matriz de teclas, em movimento.
O interruptor comum K opera um conjunto de contatos, de forma sequencial
(Figura 39). A ordem e a função de cada contato são as indicadas seguidamente.
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De acordo com o circuito acima, o oscilador gera duas frequências que são
chaveadas eletronicamente, produzindo um sinal com dois tons diferentes.
Quando o assinante chamado atende (retirando o monofone do gancho), a chave
“K”, presente nos circuitos da figura 42 e 43 respectivamente, desconecta o circuito da
campainha, cessando o toque no aparelho.
Simultaneamente, a central de comutação, ao perceber a circulação de corrente
contínua na linha, desconecta o gerador de toque.
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0 0 +1 -1
Nesse exemplo, o sódio é chamado de agente oxidante, pois foi ele quem forneceu o
elétron para o cloro, provocando a sua redução. Já o cloro é o agente redutor, pois ele
provocou a oxidação do sódio, recebendo o elétron desse respectivo sódio.
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De acordo com que foi abordado até agora, nós temos.
No caso de peças de ferro e de aço revestidas com zinco, temos a galvanização, e os materiais
obtidos nesses processos são chamados de ferro galvanizado e aço galvanizado.
Outro objetivo da galvanoplastia é deixar as peças mais bonitas para serem comercializadas,
como é o caso de bijuterias que passam por processos de prateação e douração, passando a ter
a aparência desses metais mais nobres e cobiçados.
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Figura 45 - Galvanoplastia ou eletrodeposição de ouro sobre um anel de alumínio.
O anel é colocado ligado ao polo negativo da bateria, ou seja, ele passa a ser o
cátodo do sistema, enquanto uma barra feita de ouro é colocada no ânodo, estando essa
ligada ao polo positivo da bateria. Os dois estão mergulhados em uma solução de nitrato
de ouro III [Au(NO3)3].
Ao passar a corrente elétrica pelo sistema, no ânodo há a oxidação (perda de
elétrons) do ouro, e a placa começa a sofrer dissolução: Au → Au3++ 3 e-.
Por outro lado, no cátodo, há a redução (ganho de elétrons) do Au+3 e a
deposição do ouro metálico formado nessa redução sobre o anel: Au3++ 3e- → Au.
I.A oxidação ocorre quando o elemento perde elétrons e o seu número de oxidação
(Nox) aumenta.
II.A galvanoplastia é uma técnica que permite dar um revestimento metálico a uma
peça, colocando tal metal como polo negativo de um circuito de eletrólise.
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Tendo em vista as discussões anteriores juntamente com os pontos (I, I I e I I I),
a grande maioria da rede telefônica está exposta ao ar livre e as constantes mudanças
climáticas, portanto,
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7 Rede Telefônica
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Alguns desenvolvimentos foram necessários para minimizar os problemas
apresentados, tais como: bobinas de pupinização, capacitores de compensação,
extensores de enlace, amplificadores de frequência de voz.
Além disso, novos métodos de dimensionamento de redes telefônicas urbanas
surgiram, novos tipos de emendas também, equipamentos eletrônicos que possibilitam a
instalação de mais de um assinante no mesmo par de fios foram inventados.
Novamente, com o crescimento acelerado do número de assinantes, ficou
impossível a sua sustentação de cabos telefônicos com alta capacidade nos postes,
devido ao peso excessivo. Foram, então, criadas as linhas de Dutos Telefônicos e
respectivamente as Caixas Subterrâneas, além de novos tipos de cabos telefônicos para
essa aplicação.
Portanto, num sistema telefônico convencional é denominado Rede de Acesso
ou Rede de Assinantes o conjunto de cabos de assinantes e demais dispositivos
complementares (linhas de duto, ferragens, postes, blocos terminais, etc.) que atendem a
uma determinada localidade ou área.
O atendimento aos assinantes é completado com os fios (“drop”) que dão acesso
aos assinantes, assim como os cabos de entroncamento para edifícios residenciais /
comerciais e as redes internas dos edifícios.
Hoje as redes são constituídas com condutores de cobre que podem variar de 0,4
a 0,9 mm de diâmetro. A Figura 46 mostra o diagrama esquemático de uma Rede de
Acesso.
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A Rede de Acesso, no caso de telefonia, precisa apresentar resistência Ôhmica
máxima em torno de 2 KOhm para permitir a realização do processo de sinalização e
conversação. Supondo uma rede sem utilização de dispositivos eletrônicos na linha e com
a bitola mais comumente usada, então, a distância máxima fica em torno de 7,5 km.
A Rede de Acesso tradicional utiliza um par de fios para atender a cada assinante
possibilitando a sinalização e comunicação bidirecional entre duas pessoas, sendo que o
elo inteligente no processo é a central telefônica. Visando facilitar a manutenção e
proporcionar melhor estética, evitando poluição visual (Figura 47), é recomendável que os
fios FE que saem da CEV para as residências tenham, no máximo, 300 metros de
extensão.
Figura 47 - Figura 47 - Fios FE saindo diretamente de um armário para prédio em Beirute no
Líbano. O correto seria utilizar cabo telefônico subterrâneo.
Chama-se Rede Rígida a rede que não possui nenhum ponto de seccionamento
entre a central e o assinante. Os pares dos cabos subterrâneos são ligados diretamente
aos pares dos cabos aéreos (Figura 48).
Isto quer dizer que as emendas são permanentes, ou seja, os condutores vão
sendo emendados desde o DG até as caixas terminais, e só poderá ser feita alguma
alteração mediante a abertura das emendas.
Este tipo de rede é utilizado em locais onde a densidade telefônica é baixa ou
onde as linhas dos assinantes são curtas.
A grande vantagem em utilizar-se este tipo de rede está na facilidade de se
tirarem defeitos em sua extensão, porque são poucas as intermediações até a casa do
assinante. Em contrapartida, no momento da implantação, as emendas devem ser
abertas para a nova configuração. Além disso, a quantidade de pares reserva tem que ser
alta, diminuindo a ocupação dos cabos alimentadores. Observe que não existe armário de
distribuição na rede rígida.
62 CPTM
Telefonia
Um par de fios do cabo primário, que termina no armário, pode ser conectado a
qualquer par do cabo secundário, que deixa o armário. Todas as conexões são feitas por
intermédio de fios “Jumper”, facilitando em muito a manutenção dos pares.
A rede flexível é a mais comumente adotada no Brasil, em decorrência das
operadoras terem, nessa alternativa, uma margem maior para atendimento a uma
demanda futura de assinantes onde não há uma segurança quanto às características e o
tempo das edificações que irão surgir na área. Na dúvida (falta de dados precisos quanto
às novas edificações e ampliações), o projetista brasileiro tipicamente prefere a
precaução e espalha uma rede de cabos com pares com alguma folga na região de
crescimento urbano.
CPTM 63
Telefonia
Neste tipo de rede, o lado secundário pode ser ampliado além da conta, ou seja,
instalar pares a mais do que o necessário previsto, pois este lado da rede tem custo
menor em relação à rede primária. Em contrapartida, os armários de distribuição, têm seu
custo elevado e um planejamento mal feito pode tornar o lado secundário ocioso por
muito tempo.
Portanto,
Rede Flexível é aquela em que os cabos alimentadores, que saem do Distribuidor Geral
da Central Telefônica, vão distribuir suas contagens nos Armários de Distribuição ou
Distribuidores Gerais do Prédio, dentro da área de abrangência da Estação Telefônica.
Figura 50 - Redes rígida e flexível dentro de uma mesma área de abrangência da central local.
64 CPTM
Telefonia
A rede telefônica levando-se em consideração os cabos é classificada em três
tipos: rede de cabos tronco, rede de cabos Alimentadores, rede de cabos distribuidores.
(a)
OBS: Na seção sobre Centrais de Comutação, estaremos nos aprofundando sobre a central telefônica propriamente dita, e a
URA (Unidade Remota de Assinante), conhecida também como ELR (Estágio de Linha Remoto).
CPTM 65
Telefonia
É a rede que contém os cabos telefônicos metálicos com maior capacidade de
pares, instalada em canalização subterrânea, e faz a interligação entre o Distribuidor
Geral da Estação Telefônica e os armários de distribuição externos (Figura 52). Ex: CT-
APL, CTS-APL.
Figura 53
66 CPTM
Telefonia
A rede de fios de assinantes é aquela que é constituída dos fios FE (fio externo),
que se iniciam nas caixas terminais e vão até a tomada do assinante, sendo a parte final
da rede (Figura 54).
Figura 54
Os fios telefônicos externos são cabos constituídos por um par de fios. A capa
externa é mais resistente do que a empregada nos fios internos, já que é submetida a
condições ambientais adversas tais como: chuva, trepidação, poeira, umidade, esforços
mecânicos e ventos.
7.7.1 Fio FE
São constituídos por dois condutores de liga de cobre paralelos isolados com
material termoplástico. São indicados para instalações aéreas com derivação a partir das
caixas de distribuição até as entradas de assinantes. Estão disponíveis nos diâmetros do
condutor de 1,0 mm (FE-100, isolação de PVC) e 1,6 mm (FE- 160, isolação de
PE)(Figura 55).
Figura 55 - Fio FE
CPTM 67
Telefonia
Figura 57
68 CPTM
Telefonia
7.8.1.1 FI-60
CPTM 69
Telefonia
70 CPTM
Telefonia
7.8.2.1.1 CT-APL
CONSTRUÇÃO
São constituídos por condutores de cobre nu, isolados com papel e ar, núcleo
enfaixado com fita de papel e protegido por uma capa composta de uma fita de alumínio
politenada lisa, aderida à capa externa de polietileno preta (capa APL).
APLICAÇÃO: São indicados preferencialmente para instalações subterrâneas em dutos.
NORMAS APLICÁVEIS: SPT - 235-320-703 (TELEBRÁS) (Figura 60)
7.8.2.1.2 CTS-APL
CONSTRUÇÃO
São constituídos por condutores de cobre nu, isolados com uma
camada de polietileno expandido revestida por uma película de polietileno
sólido (Foam-Skin), núcleo enfaixado com material não higroscópico e
protegido por uma capa APL.
APLICAÇÃO: São indicados para instalações subterrâneas em dutos.
NORMAS APLICÁVEIS: SPT - 235-320-714 (TELEBRÁS) (Figura 60)
CPTM 71
Telefonia
7.8.2.1.3 CTS-APL-G
CONSTRUÇÃO
São constituídos por condutores de cobre nu, isolados com uma camada de
polietileno expandido revestida por uma película de polietileno sólido (Foam-Skin), núcleo
completamente preenchido com material resistente à penetração de umidade (geleia),
enfaixado com material não higroscópico e protegido por uma capa APL.
APLICAÇÃO: São indicados para instalações subterrâneas em dutos ou diretamente
enterrados.
NORMAS APLICÁVEIS: SPT - 235-320-714 (TELEBRÁS) (Figura 62)
7.8.2.1.4 CTP-APL
CONSTRUÇÃO
São constituídos por condutores de cobre nu, isolados com polietileno ou polipropileno,
núcleo enfaixado com material não higroscópico e protegido por uma capa.
APLICAÇÃO: São indicados preferencialmente para instalações aéreas.
NORMAS APLICÁVEIS: SPT - 235-320-701 (TELEBRÁS) (Figura 63)
Figura 63 - Cabo CTP-APL
72 CPTM
Telefonia
7.8.2.1.5 CTP-APL-G
CONSTRUÇÃO
São constituídos por condutores de cobre nu, isolados com polietileno ou
polipropileno, tendo o núcleo preenchido completamente com material resistente à
penetração de umidade (geleia), enfaixado com material não higroscópico e protegido por
uma capa APL.
APLICAÇÃO: São indicados preferencialmente para instalações subterrâneas em dutos
ou diretamente enterrados.
NORMAS APLICÁVEIS: SPT - 235-320-702 (TELEBRÁS) (Figura 64)
7.8.2.1.6 CTP-APL-AS
CONSTRUÇÃO
São constituídos por condutores de cobre nu, isolados com polietileno ou
polipropileno, núcleo enfaixado com material não higroscópico e protegido por uma capa
APL. Possuem autossustentação através de uma cordoalha de aço incorporada à capa
externa formando um "8".
APLICAÇÃO: São indicados exclusivamente para instalações aéreas.
NORMAS APLICÁVEIS: SPT - 235-320-704 (TELEBRÁS) (Figura 65)
Figura 65 - Cabo CTP-APL-AS
CPTM 73
Telefonia
7.8.2.1.7 CTP-APL-SN
CONSTRUÇÃO
São constituídos por condutores de cobre estanhado, isolados com polipropileno,
núcleo enfaixado com material não higroscópico e protegido por uma capa APL.
APLICAÇÃO: São indicados para fabricação de cotos, para uso em armários de
distribuição, caixas terminais e entradas de edifícios.
NORMAS APLICÁVEIS: SPT - 235-320-713 (TELEBRÁS) (Figura 66)
7.8.2.1.8 CCE
CONSTRUÇÃO
São constituídos por condutores de cobre nu, isolados com polietileno ou
polipropileno, com capa interna de polietileno ou copolímero preto, blindagem de fita de
cobre, núcleo enfaixado com material não higroscópico e capa externa de polietileno ou
copolímero preto.
APLICAÇÃO: São indicados para uso externo enterrados, em ligações de assinantes,
orelhões e cabines.
NORMAS APLICÁVEIS: SPT - 235-320-700 (TELEBRÁS) (Figura 67)
74 CPTM
Telefonia
7.8.2.1.9 CCE-APL
7.8.2.1.10 CCE-APL-ASF
CONSTRUÇÃO São constituídos por condutores de cobre nu, isolados com polietileno ou
polipropileno, núcleo enfaixado com material não higroscópico e protegido por uma capa.
Possuem auto sustentação através de elementos de material dielétrico incorporados
diretamente na capa externa.
APLICAÇÃO: São indicados para instalações aéreas, em vãos de até 120 metros entre
postes.
NORMAS APLICÁVEIS: SPT - 235-320-705 (TELEBRÁS) (Figura 69)
CPTM 75
Telefonia
7.8.2.1.11 CCE-APL-G
CONSTRUÇÃO São constituídos por condutores de cobre nu, isolados com polietileno ou
polipropileno, tendo o núcleo preenchido completamente com material resistente à
penetração de umidade, enfaixado com material não higroscópico e protegido por uma
capa APL.
APLICAÇÃO: São indicados para instalações subterrâneas em dutos ou diretamente
enterrados.
NORMAS APLICÁVEIS: PT - 235-320-711 (TELEBRÁS) (Figura 70)
76 CPTM
Telefonia
Obs.: O cabo CTP-APL no projeto de rede é denominado de CA, quando o diâmetro dos condutores
são 0,40 mm. Exemplo: CTP-APL, 0,40mm x 100 p = CA-100 p, tabela 3 a seguir;
CPTM 77
Telefonia
OBS 1: A Tabela Padrão norteia a contagem dos pares em relação ao código de cores. Ela é
repetida quantas vezes forem necessárias em função da quantidade de pares no cabo, isto é,
para os cabos do tipo CTP/CTS- APL.
OBS 2: A tabela abaixo faz uma demonstração de como são divididas as caixas terminais em um
cabo CTP-APL de 200 pares, demonstrando inclusive a distribuição das cores dos pares nas
caixas terminais e as contagens dos pares.
78 CPTM
Telefonia
EXEMPLO de distribuição de pares em caixas, e seus respectivos códigos de cores e
contagens de pares, nas tabelas a seguir (Tabela 5 e Tabela 6)
CPTM 79
Telefonia
Na regra de formação dos grupos de pares, existe uma exceção que é o cabo
CTP-APL 50 pares, sua formação é com 02 subgrupos de 12 pares e 02
subgrupos de 13 pares.
• A identificação dos grupos de pares dos demais cabos do tipo CTP-APL é feita por
meio de cordões que envolvem os grupos, com as cores da tabela padrão, conforme
tabela abaixo, para cabos de 202, 303, 404 e 606 pares (Tabela 7).
80 CPTM
Telefonia
Tabela 7 - A identificação dos grupos de pares
CPTM 81
Telefonia
Figura 71 - Formação dos cabos CTP – APL: 50, 100 e 200 pares
Os cabos a partir de 100 pares são de formações múltiplas, ou seja, em grupos completos de 25
pares.
Cabos CTP-APL de 300, 400, 600 pares são considerados de capacidades especiais, podendo
serem utilizados tanto no aéreo como no subterrâneo (Figura 72).
Figura 72 - Formação dos cabos CTP – APL: 300, 400 e 600 pares
82 CPTM
Telefonia
fonte: https://http2.mlstatic.com/bloco-bli-c-suporte-p-enroladeiradesenroladeira-unidade-D_NQ_NP_451801-
MLB20412671456_092015-F.jpg
CPTM 83
Telefonia
Os blocos BLI não são recomendados, pois a quantidade de fio desencapada
facilita sua oxidação, e o trabalho para sua instalação é mais demorado do que a conexão
dos blocos IDC. Em armários mais antigos, é possível encontrarmos estes blocos.
Em algumas concessionárias blocos com conectores de enrolar são utilizados nos
Distribuidores Gerais das centrais telefônicas.
8.1.2 Blocos IDC, Bloco M10, Bloco Bargoa ou Bloco de engate rápido
São os blocos utilizados atualmente nos armários metálicos. Cada bloco permite a
conexão de 10 pares telefônicos.
84 CPTM
Telefonia
CPTM 85
Telefonia
Figura 76 - Módulo MPN em vistas diferentes
86 CPTM
Telefonia
CPTM 87
Telefonia
Figura 79 - Chave de engate rápido. Retirada do fio jumper do bloco utilizando a chave com
ponta de gancho.
Fonte: http://www.maxcabos.com.br/Bloco-Telefonico-Engate-Rapido-Bargoa-M10B/prod-1842082/
A Chave Enroladeira para bloco BLI (figura 80), conhecida como chave
enroladeira para bloco BLI, ou conectadeira BLI ou chave conecta e desconecta BLI-10, é
uma ferramenta utilizada para conectar cabos e fios em blocos BLI. Esta ferramenta
enrola o cabo ou fio no bloco proporcionando uma conexão precisa sem desgastar o
bloco.
88 CPTM
Telefonia
O fio no bloco deve ser enrolado no sentido horário (Figura 81), porque, se houver
necessidade de se retirar o fio de um determinado par do bloco que foi enrolado no
sentido anti-horário, a parte chanfrada da desenroladeira não conseguirá se acoplar a
esse determinado condutor.
Fonte: https://br.habcdn.com/photos/project/big/bloco-bli_554204.jpg
CPTM 89
Telefonia
90 CPTM
Telefonia
Figura 84 - Blocos de distribuição
CPTM 91
Telefonia
A conexão (Figuras 84 e 85) exige o emprego de ferramenta adequada para
enrolamento do fio no pino, garantindo um excelente contato, firme e sem possibilidades
de produzir contatos com os pinos adjacentes. Tal ferramenta, conhecida como chave
enroladeira foi discutida na seção 8.2.2.
Com vistas ainda para a figura 85, logo acima da linha dos blocos, podemos
identificar a passagem de fios jumpers lançados sobre uma bandeja suporte de cerca de
40cm de profundidade. O fio jumper percorre esta bandeja até encontrar a fila vertical
onde está distribuída a contagem do cabo onde será conectado o terminal telefônico. Os
terminais estão ordenados de cima para baixo e da esquerda para a direita. Assim, os
primeiros 4 terminais estão na primeira coluna (mais à esquerda), na sequência de cima
para baixo. O 5° terminal está no primeiro par de pinos da 2° coluna e assim por diante.
Logo após o DG horizontal, a rede segue até os distribuidores verticais os quais
possuem os blocos verticais (Figura 86) conhecidos também como blocos cook, que
foram discutidos na seção 8.1.3.1. Os blocos verticais estão distribuídos em colunas
verticais, geralmente de 800 pares (8 blocos de 100 pares) e estão situados no lado
oposto aos blocos horizontais. Podemos identificar os módulos de proteção contra
sobrecorrentes e sobretensões, de cor preta, alinhados em grupos de 5 componentes na
horizontal, por 20 linhas verticais (100 módulos para 100 pares). Cada módulo de
proteção está associado a um par do cabo telefônico, que está distribuído logo à direita,
em conjuntos de 5 pares de pinos numerados sequencialmente.
92 CPTM
Telefonia
8.3.1 Localização
8.4.1 Características
CPTM 93
Telefonia
Figura 88 - Caixas de parede
94 CPTM
Telefonia
B) Caixa de distribuição
Caixas que contém a instalação blocos terminais, fios e cabos telefônicos da rede interna
(Figura 90).
C) Caixa de passagem
Utilizada para a passagem de cabos telefônicos (Figura 91).
CPTM 95
Telefonia
8.4.3 Localização
96 CPTM
Telefonia
As caixas de distribuição e de passagem não pertencentes à prumada telefônica
podem ser projetadas dentro de uma área privativa, desde que estejam previstas para
atendimento específico dessa área.
A regra geral é cada caixa de distribuição atender o andar em que está localizada,
um andar acima e um andar abaixo, porém, as últimas caixas da prumada podem atender
dois andares acima.
Em frente a cada caixa deve haver um espaço suficiente para abrir sua porta num ângulo
mínimo de 90º (Figura 93).
CPTM 97
Telefonia
Figura 93 - Abertura da porta > 90º
O conceito sobre armário telefônico, cabo primário e cabo secundário foi tratado
de forma genérica na seção 7.1.3 quando foi inserido o conceito de redes flexíveis. Agora,
vamos nos aprofundar mais em cada um desses tópicos.
98 CPTM
Telefonia
O armário de distribuição comporta os blocos de terminais para que sejam feitas
manobras entre a rede primária e secundária por intermédio de jumpers. Os armários são
instalados em lugares estratégicos Figura 95).
O cabo primário, exibido na figura 94, conhecido também como cabo alimentador
é o trecho da rede que interliga o DG ao Armário de distribuição. É um cabo de alta
capacidade, acima de 200 pares, instalado em caixas e dutos subterrâneos (Figura 96).
Este trecho da rede é também chamado de rede primária.
CPTM 99
Telefonia
Em relação a um prédio ou condomínio, podemos dizer que o cabo primário é o
cabo telefônico que forma a rede principal de um prédio e que se estende desde o
distribuidor geral (DG) até a última caixa de distribuição da prumada.
O cabo secundário, visto na figura 94, é o trecho da rede que interliga o armário
de distribuição às caixas terminais. É um cabo de baixa capacidade de 200 pares, usado
em instalações aéreas. Este trecho da rede também é denominado de rede secundária.
O cabo secundário também pode ser chamado de cabo de distribuição, porque
interliga os assinantes pertencentes a uma seção de serviço, célula ou nó, a seu ponto de
controle correspondente.
Figura 97 - Caixa de Emenda Ventilada (CEV). Em (a) CEV de um determinado logradouro, com
destaque tracejado, e em (b) imagem ampliada dessa respectiva CEV.
Como podemos ver, (Figura 97) as conexões aéreas entre a rede interna do
assinante e o cabo de distribuição das operadoras são possíveis através de caixas de
emendas, com capacidade para 10 ou 20 terminais telefônicos.
100 CPTM
Telefonia
Na figura 74(b), a qual mostra a imagem ampliada da CEV, temos a identificação
da mesma, cuja a caixa é a de número 19, atendida pelo cabo secundário ZJD03, com
uma capacidade de 20 terminais - pares de 822 a 841.
Dentro da caixa de emendas ventiladas o cabo tem sua capa de proteção externa
removida (Figura 96) para que se possa acessar os pares e proceder à distribuição deles
na caixa. Vale ressaltar que, geralmente, o cabo é de 100 a 200 pares, mas apenas 10 ou
20 pares ficam distribuídos por caixa.
Figura 98 - Caixa de Entrada Ventilada. Em (a) CEV com o cabo secundário e com o fio FE do
assinante, e em (b) imagem expandida das conexões internas dessa CEV.
A partir das CEV a rede segue para as Caixas de Terminais de Acesso Rápido
(TAR) (Figura 99) onde termina a rede de cabos e são conectados os pares de cada
assinante.
Figura 99 - Terminal de Acesso Rápido
CPTM 101
Telefonia
Dentro da caixa, são instalados blocos de conexão, figura 99(b). São empregadas
caixas específicas, onde estão disponibilizadas apenas as conexões para os terminais por
ela atendidos. Não existe acesso por parte do instalador/reparador aos conectores
internos de emendas.
Fonte: http://www.sijsistemas.com.br/terminais.htm
102 CPTM
Telefonia
Todas as caixas de saída devem ser equipadas com tomada padrão Telebrás
(TPP) e interligadas entre si.
Todas as tomadas devem ser instaladas de tal forma que os fios fiquem ligados
nos bornes L1 e L2, os quais ficam localizados na parte superior da tomada. (Figura 102).
Os espelhos devem ser de dois furos, na medida 4x4 polegadas, com duas
tomadas, ou uma tomada e uma tomada falsa, conforme mostra a figura 103.
CPTM 103
Telefonia
Figura 103 - Espelho de dois furos, 4 x 4 polegadas com duas tomadas, ou uma tomada e uma
tomada falsa.
Figura 104 - TOMADA PARA TELEFONE COM CONECTOR RJ11 PADRÃO TELEBRÁS - 2 VIAS
Fonte:http://www.geracaocenterlar.com.br/produto/3150/fame+sobrepor+tomada+para+telefon
e+com+conector+rj11+padrao+telebras++2+vias+ref+0410#.V9GF-PkrLDc
8.9 CONCLUSÃO
104 CPTM
Telefonia
Figura 105 - Uma rede telefônica urbana típica
CPTM 105
Telefonia
106 CPTM
Telefonia
9 Tipos de Centrais
e o Processo de Digitalização e Transmissão dos Sinais Telefônicos
9.1 INTRODUÇÃO
CPTM 107
Telefonia
A progressão de conexões pode ser obtida pela seguinte expressão:
N
C= x (N − 1)
2
Onde:
C: número de conexões
N: número de terminais
Exemplo: Para uma rede de 100 terminais de assinantes, seriam necessárias 4.950
conexões.
100
C= x (100 − 1) = 4950
2
A expansão de uma rede desse tipo ficaria muito complexa (conforme progressão
mostrada na tabela 10, abaixo), tornando a distribuição da rede telefônica
economicamente inviável.
108 CPTM
Telefonia
Um sistema de comutação tem como funções principais, possibilitar e
supervisionar a interligação dos aparelhos telefônicos, dois a dois. Inicialmente a
comutação era feita manualmente e a operadora era responsável pelo estabelecimento e
controle da ligação.
Posteriormente, surgiram os sistemas automáticos de comutação; primeiro o
sistema passo a passo, depois os sistemas semieletrônicos e eletrônicos.
CPTM 109
Telefonia
Além da dificuldade da manutenção do sigilo dos telefonemas, o serviço pode ser
facilmente interrompido por descuido dos operadores. (Figura 108)
110 CPTM
Telefonia
• Outros problemas diziam respeito às ligações erradas ocasionadas por distração das
atendentes, gerando constantes aborrecimentos.
• Ainda, uma conversação sempre, obrigatoriamente, deveria ser estabelecida por uma
pessoa, tornando as conexões lentas devido ao crescente número de usuários, o que
também dificultava a memorização das centenas de nomes pelas telefonistas.
CPTM 111
Telefonia
Figura 109 - Sistema Strowger de comutação automática de dois movimentos (1904).
112 CPTM
Telefonia
9.3.1 Funcionamento
CPTM 113
Telefonia
Figura 111 - A escova encontra e prende o seletor do primeiro grupo que esteja livre. A escova
do seletor do primeiro grupo sobe verticalmente (primeiro dígito marcado) e gira para ligar a um
seletor do segundo grupo que esteja livre.
Fonte:http://people.seas.harvard.edu/~jones/cscie129/nu_lectures/lecture11/switching/strowger/strowger.html
114 CPTM
Telefonia
Os movimentos na vertical e na horizontal do seletor de grupo estão,
respectivamente, associados com o dígito marcado e com o seletor de grupo seguinte que
esteja livre. Os movimentos na vertical e na horizontal do seletor final estão
respectivamente associados com o penúltimo e o último dígitos marcados.
A seguir será descrita, de uma forma sintetizada, a operação dos seletores
durante o processo de chamada.
2. Depois de um seletor do primeiro grupo ter sido prendido, ele liga o "tom de discar" ao
cliente chamador e depois espera pela digitação dos algarismos. Durante a marcação, o
conjunto de escovas do seletor do primeiro grupo sobe, passo a passo, na vertical, de
acordo com o primeiro dígito marcado, e depois gira para encontrar e prender um seletor
do segundo grupo, que esteja livre conforme verificamos na figura 109.
3. Depois de um seletor do segundo grupo ter sido prendido, o conjunto de escovas sobe,
passo a passo, na vertical, de acordo com o segundo dígito marcado e depois gira para
encontrar e prender um seletor final, que esteja livre. (Figura 113).
CPTM 115
Telefonia
4. O conjunto de escovas do seletor final sobe, passo a passo, na vertical de acordo com
o terceiro dígito marcado e depois gira de acordo com o quarto número marcado (Figura
114), ficando assim estabelecida a ligação.
Das explicações anteriores, pode-se concluir que cada seletor de grupo "absorve"
apenas um dígito marcado, enquanto o seletor final "absorve" os dois últimos. De forma
sintetizada, representamos na figura 114 todos os passos descritos anteriormente,
inclusive a interligação de todos os seletores envolvidos durante o processo de chamada,
quando o assinante chamador discou o número 2369.
Fonte: http://www.britishtelephones.com/howauto1.htm
116 CPTM
Telefonia
Dentre os principais problemas que as centrais eletro-mecânicas passaram a
apresentar, um dos que passou a chamar muito a atenção foram as dimensões
exageradas que esse tipo de central tinha. Portanto, passou-se a ambicionar um modelo
de central que apresentasse dimensões reduzidas, principalmente devido à crescente
quantidade de assinantes do sistema.
Figura 115 - Diagrama esquemático de uma matriz crossbar com ênfase nos Relés de operação
das barras.
CPTM 117
Telefonia
Tão logo a barra vertical opere, as horizontais são desoperadas e um estilete
elástico de aço permanece preso entre a vertical e os contatos indicados pelas
horizontais. Como os contatos são exclusivamente de pressão, semelhante aos contatos
de um relé, proporciona uma grande confiabilidade na utilização desse tipo de seletor, que
apresenta apenas pequeno movimento basculante nas horizontais e verticais. Veja na
figura 116 a imagem real de uma matriz crossbar e o mecanismo de seleção e conexão.
118 CPTM
Telefonia
Figura 117 - Matriz de comutação Crossbar, 6 x 5 (coluna x linha), com ênfase nos Relés de
operação das barras.
CPTM 119
Telefonia
Com a evolução dos computadores nas décadas de 1950 e 1960, surgiu a ideia
de se utilizarem processadores para executar as tarefas de controle implementadas nas
centrais telefônicas.
A utilização de processadores permitia um grande avanço para as centrais, uma
vez que introduzia um novo elemento que tornava as centrais mais flexíveis,
120 CPTM
Telefonia
possibilitando análises lógicas e disponibilizando um maior número de informações ao
operador.
Este novo elemento, o software, passou a fazer parte das centrais telefônicas
que, por este motivo, são denominadas Centrais por Programa Armazenado (CPA).
Na central CPA, o controle dos caminhos da matriz de comutação e todo o
gerenciamento são feitos por meio de um computador (Figura 118), utilizando programas
que possibilitam flexibilidade e facilidade nas alterações, por exemplo, na numeração dos
usuários. Na realidade, os números dos usuários nas centrais CPAs, são números lógicos
que não têm relação direta com os caminhos físicos na matriz de comutação.
As primeiras centrais CPA eram chamadas analógicas (CPA-A), uma vez que
toda informação de áudio (voz) que trafegava pela central era analógica. Posteriormente,
surgiram as centrais CPA digitais, nas quais as informações de áudio que trafegam (na
central) são digitais.
A primeira central pública de programa armazenado (digital), a central IESS (nº 1
Electronic Switching System), desenvolvida pela AT&T, foi instalada em New Jersey,
EUA, em maio de 1965.
CPTM 121
Telefonia
a) Facilidades para os assinantes
As centrais de programa armazenado (CPA) permitem um conjunto amplo de facilidades
para os assinantes, tais como:
• transferência de chamada;
• restrição às chamadas recebidas;
• conta telefônica detalhada;
• identificação de chamadas.
b) Facilidades administrativas
São facilidades operacionais, tais como
• controle das facilidades dos assinantes;
• mudança no roteamento, para evitar congestionamento de curto prazo;
• produção de estatísticas detalhadas do funcionamento da central.
d) Economia de espaço
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Central_telef%C3%B4nica#CPA
e) Facilidade de manutenção
Equipamentos CPA têm uma menor taxa de falhas.
f) Qualidade de conexão
Sendo o sinal digital, há menores problemas de conexão.
h) Custo
Portanto,
CPTM 123
Telefonia
uma central de comutação com controle por programa armazenado pode ser
interpretada como um computador de aplicação específica e que tem uma
interface de entrada e de saída bastante complexa denominada de matriz de
comutação.
124 CPTM
Telefonia
Os sistemas CPA analógicos não tiveram um grande sucesso e representaram
uma tecnologia de transição no caminho para as centrais CPA – T (CPA temporais), que
acabaram se impondo na década de 1980. As centrais CPA analógicas apresentaram um
anacronismo tecnológico entre o processador (microeletrônica) e os acopladores (reed
relays). O volume físico e o custo desses acopladores representam cerca da metade do
custo total da central.
9.6.1 CPA-T
CPTM 125
Telefonia
126 CPTM
Telefonia
Por exemplo, analisando a figura 123, se a frequência de amostragem for de 8
kHz, a chave se fecha 8000 vezes por segundo, ou seja, a cada 125 microssegundos.
Dessa forma, como a chave se fecha por um tempo extremamente curto, teremos
na sua saída um sinal em forma de pulsos estreitos, com amplitude igual ao valor
instantâneo do sinal, chamados pulsos PAM (Pulse Amplitude Modulation). (Figura 124).
CPTM 127
Telefonia
128 CPTM
Telefonia
Figura 125 - Os vários aspectos do sinal analógico submetido no processo de digitalização e a
formação do PCM.
CPTM 129
Telefonia
Considerando a frequência de amostragem de 8000Hz (Figura 121), temos que o
intervalo de tempo entre duas amostras consecutivas é de
1
TA = = 125s
8000
Portanto,
Na figura 126, temos a representação em bloco da interação entre o PCM e o PAM, onde
130 CPTM
Telefonia
De acordo com que vimos nas seções anteriores, o sistema PCM é composto de
várias etapas, nas quais o sinal é tratado devidamente antes de ser transmitido. Essas
etapas são apresentadas no diagrama de blocos da figura 127.
1) Amostragem
Consiste em substituir o sinal analógico por uma sucessão de amostras de curta duração
em intervalos regulares, conforme vimos nas figuras 122 e 123 vistas nas seções
anteriores.
2) Quantização
Quantizar consiste em “medir” eletronicamente as alturas dos pulsos recebidos
em “n” níveis fixados. A intenção é obter, de cada altura medida inicialmente, 13 bits
sendo 1 de paridade do sistema e 12 derivados da amostra. Posteriormente os 13 bits
serão submetidos a uma compressão e reduzidos a 8 bits.
CPTM 131
Telefonia
Para obtenção dos 12 bits por amostra, são necessários
n = 212 = 4096 níveis de quantização (Figura 125). A base 2 é própria do sistema binário.
Assim é feito para reduzir os erros de quantização, decorrentes das amostras cujos
valores chegam próximo, mas não têm exatamente o valor do nível fixado e, em
consequência, precisam sofrer uma aproximação para mais ou menos.
O quantizador, (Figura 128), função degrau, é o responsável pela medição das
alturas das amostras do sinal analógico da informação.
3) Codificação
O circuito codificador tem por função gerar 13 bits por amostra quantizada num certo
código preestabelecido. Vale lembrar que, posteriormente, os 13 bits serão reduzidos
para apenas 8 no estágio de compressão digital (Figura 129).
Figura 129 - Codificação em bits de cada amostra
132 CPTM
Telefonia
5) Amplificação e Regeneração
Devido ao fenômeno da atenuação, devem ser usados equipamentos
(amplificadores), quando a distância exceder determinados limites.
Já a regeneração significa que os sinais distorcidos da informação são lidos e
interpretados, recriados e amplificados à sua aparência original antes de serem enviados.
Ruídos e outras perturbações desaparecem inteiramente. Esse não é o caso da
transmissão analógica, na qual as perturbações também são amplificadas.
A figura 131 mostra, de uma forma simbólica, a atuação do conceito de
amplificação e regeneração respectivamente no tratamento de sinais.
CPTM 133
Telefonia
Figura 131 - A aplicação dos conceitos de amplificação e regeneração no tratamento de sinais
134 CPTM
Telefonia
9.8.1 Multiplexação
CPTM 135
Telefonia
Figura 133 - Esquema de transmissão TDM. No esquema acima os sinais estão sendo tratados
antes de entrarem no canal de comunicação.
9.8.3 Demultiplexação
136 CPTM
Telefonia
Dessa forma, o tratamento do sinal no DEMUX será inverso ao da transmissão,
ou seja, do MUX na transmissão. O comutador da recepção precisa estar sempre em
sincronismo com o comutador da transmissão para manter a correspondência entre os
canais. Os 8 bits por amostra de cada canal, de forma sequencial, são entregues ao
conversor D/A para a restauração das amostras. O comutador entrega amostra por
amostra a cada um dos filtros onde o sinal analógico é refletido e os sinais recuperados
estão disponíveis nas saídas dos filtros. A figura 135 mostra um diagrama em blocos do
lado receptor.
CPTM 137
Telefonia
No item 9.8, tratamos dos tipos de centrais de comutação bem como as matrizes
de comutação eletromecânicas, com pouca ênfase nas digitais. Além disso, abordamos
também as técnicas de amostragem, multiplexação, de multiplexação e multiplexação por
divisão de tempo. Agora vamos ver como trabalham as matrizes de comutação mais no
âmbito eletrônico de acordo com o tipo de central.
▪ o processador central;
▪ o conjunto de programas;
▪ a estrutura de comutação digital.
138 CPTM
Telefonia
As centrais do tipo temporal transferem as informações de um respectivo intervalo
de tempo de canal (ITC), para outro ITC de um enlace PCM.
O processo de comutação temporal permite a transmissão, em qualquer ordem
das chamadas que se apresentam nos canais multiplex de entrada até os canais de
saída. (Figura 137).
Figura 137 - Técnica TDM em CPA-T
CPTM 139
Telefonia
Como se pode constatar na figura 135, existe uma grande quantidade de contatos
para a execução de uma conexão.
A figura 136 apresenta o diagrama simplificado de uma central do tipo espacial.
Para que a realização de uma conexão seja possível, são necessários órgãos de controle
que definam para cada linha a conexão necessária. Observe que, para quatro assinantes,
são necessários doze pontos de conexão, na matriz de comutação espacial.
Uma central local (Figura 137) está situada em uma região de pequeno alcance,
denominada de local. Nessa central, são ligados os assinantes, cada qual com uma
numeração própria.
140 CPTM
Telefonia
Figura 140 - Representação de uma Central Local
CPTM 141
Telefonia
Figura 141 - Central Tanden - Representação da ligação entre Centrais Locais via Centra
Tanden, com os respectivos cabos troncos interligando as centrais.
142 CPTM
Telefonia
CPTM 143
Telefonia
Geralmente, esse equipamento é pré-testado em fábrica antes da sua
implantação, de forma a facilitar e agilizar sua instalação e ativação prática, que poderá
ser feita de forma interna ou externa, essa última conhecida como “instalação no tempo”.
Diversas URAS são interligadas a uma central de maior porte, denominada de
“Central Mãe”, constituindo assim um sistema distribuído de comutação, cujas funções
são completamente transparentes aos usuários.
A interligação entre a central mãe e a URA também é conhecida pelo nome de
entroncamento, que pode ser realizado fisicamente por meio de par metálico ou fibra
óptica. A sinalização poderá ficar a cargo da URA ou da própria central a qual estiver
ligada. Isso promove a liberação de terminais próximos à central mãe e a redução no
custo da “rede primária”, que é o sistema que forma as linhas de assinante, em que o raio
médio entre URA (ELR) e assinante cai para em torno de1 Km, reduzindo a complexidade
do sistema. (Figura 143).
144 CPTM
Telefonia
Além da função técnica, também diminui os custos de infraestrutura, já que o
equipamento não necessita de instalações prediais, uma vez que foi projetado para
instalação diretamente “em campo”.
A URA é adequada a aplicações como central autônoma, principalmente em
pequenas localidades, áreas rurais, grandes clientes, central de quarteirão ou
condomínios, soluções rápidas ou em lugares nos quais a rede a expandir encontra-se
saturada.
Estudos efetuados pela Austrália Telecom, nos anos 90, indicam que a adoção de
URAS aumenta o custo da rede de transporte (que normalmente nas áreas urbanas são
via fibras ópticas) e diminui o custo da rede de acesso (que são metálicas e se tornam
mais curtas). Isso, na maioria dos casos, dá um resultado total de redução de
investimentos e de tempo para implantação, daí a frenética utilização dessa alternativa
nos últimos tempos no Brasil.
As URAS contribuem para a melhoria da condição de oferta e qualidade de novos
serviços especialmente aqueles de banda mais larga, porque o trecho metálico fica
limitado e aumenta a utilização de fibras.
Exemplificando de uma forma simplista: o serviço banda larga Velox, quando
implantado em uma rede de acesso metálica de 7,5 km, poderá não funcionar bem, em
vista dessa rede praticamente funcionar como um “filtro passa baixas de 3,4 KHz”. Daí o
sinal, que ocupa originalmente uma faixa mais larga, irá ter uma parte da informação
perdida e terá provavelmente maior taxa de erros na recepção.
Se o mesmo serviço Velox for implantado em uma rede de acesso de 0,8 km (800
metros) essa poderá se comportar como um “filtro passa baixas com maior largura de
espectro”, algo como 300 KHz. Então, toda a banda original poderá ser transmitida e
recebida com menor taxa de erros.
Central privada de comutação de canais de voz ou dados, para uso privado e com
acesso ao Serviço Telefônico Fixo Comutado – STFC, Serviço Móvel Pessoal – SMP ou a
quaisquer outros serviços de interesse coletivo por meio de troncos analógicos ou digitais.
(Figura 144).
CPTM 145
Telefonia
Figura 144 - PABX – Private Automatic Branch Exchange ou Central Automática de Comutação
Privada é um equipamento de interconexão automática para telefonia interna.
Embora existam outras centrais privadas, o nosso foco de estudo será voltado
para as centrais PABX.
As Centrais Privadas são divididas em:
▪ PBX (Private Branch Exchange): onde os ramais dependem de uma telefonista para
fazer ligações externas e precisam de auxílio para a comunicação entre si;
146 CPTM
Telefonia
▪ Interna
Quando na mesma rede elétrica participam equipamentos de grande porte, tais como:
motores com alta potência, compressores de ar, condicionadores de ar etc.
▪ Externa
A elevação muito rápida da tensão, em particular, provoca maiores danos ao Micro
PABX, pois sua origem é atribuída a raios que, descarregados nas proximidades,
podem atingir tanto os troncos, os ramais externos, quanto a própria rede elétrica.
Outro agente externo é quando há o restabelecimento da energia elétrica pela
concessionária local, após uma interrupção do seu fornecimento.
CPTM 147
Telefonia
Proteção de Ramais e Linhas
Apesar da maioria dos PABX possuírem varistores e centelhadores a gás, para
proteção contra transientes elétricos, nos troncos deve-se fazer uma proteção, fora do
gabinete do PABX, pois a capacidade de dissipação de energia dos varistores é pequena.
Os centelhadores, a gás, figura 145, devem funcionar como proteção primária, devendo
ser colocado um resistor de fio entre o varistor e o centelhador a gás.
Fonte: http://www.compuland.com.br/helio/centelhador/
O centelhador a gás é um dispositivo que tem a sua vida útil limitada pelo número
de atuações e quantidade de energia dissipada. Esgotada a sua vida útil, o centelhador
torna-se inoperante, geralmente sem apresentar sintoma de tal fato. Desta forma,
aconselha-se a substituição periódica do centelhador, de preferência anualmente.
Outro problema que pode acontecer num ramal ou num tronco é a interferência de
RF, ocasionada por transmissores de rádio próximos ao local onde é instalado o PABX.
Para minimizar ou eliminar o problema, utiliza-se circuito de filtro de RF que deverá ser
ligado em série com o ramal ou tronco sob interferência.
As partes que serão discutidas a seguir fazem parte do PABX de pequeno porte.
Existe uma tendência entre os fabricantes de montar as centrais telefônicas privadas em
subconjuntos, isto é, dividindo o circuito em diversas placas menores. O Micro PABX
basicamente divide-se nas seguintes partes:
Placa Principal ou Placa da CPU, formada pelo cérebro do equipamento; Placa da
Fonte de Alimentação; Placas de Troncos; Placas de Ramais; e, em alguns modelos,
existe uma placa de proteção contra surtos de tensão nas entradas das linhas telefônicas.
148 CPTM
Telefonia
Placa de Ramais
É formada pelos circuitos eletrônicos de cada ramal, podendo possuir
modularidade de 2 em 2, de 5 em 5 etc., ou seja, cada placa de ramais pode conter 2, 5
ou mais ramais. A forma da odularidade foi adotada pelos fabricantes para facilitar a
manutenção desses circuitos e também para que o usuário não precise adquirir, por
exemplo, 10 ramais se vai precisar de somente de 5. As placas de ramais são conectadas
na Placa da CPU do Micro PABX, normalmente por intermédio de conectores especiais
par circuito impresso. Quando o Micro PABX sai de fábrica com a placa de ramais
desbalanceados, ou seja, com um ponto comum na alimentação dos ramais, ao se utilizar
um cabo telefônico para encaminhar os ramais, pode haver quebra de sigilo nas
conversações, provocada pela diafonia (indução do sinal de voz de um ramal para outro).
Placa de Tronco
Dependendo do modelo de equipamento, a modularidade das placas de tronco
em relação ao número de linhas pode ser de: 1 em 1, 2 em 2, 4 em 4 etc. Quando
possuem circuitos de proteção embutidos, as linhas telefônicas são ligadas numa placa
de proteção de troncos. Alguns modelos de placas de troncos possuem um jumper de
habilitação de linha, ou seja, se o tronco estiver disponível, este jumper deve ser ligado,
caso contrário, deve ser desligado. Isso é necessário para que numa requisição de linha
pelo usuário, o PABX não caia no vazio, isto é, se a linha estiver habilitada e não houver
alimentação, o usuário pensará que está com defeito. No mesmo esquema das placas de
ramais, as placas de troncos são conectadas na placa da CPU por intermédio de
conectores especiais para circuito impresso.
Placa de Proteção
É uma placa que contém os componentes (varistores, resistores, centelhadores)
utilizados para proteger as linhas telefônicas contra surtos de tensão e corrente que, por
ventura, surjam nas mesmas, normalmente provocados por raios.
Placa da CPU
É a principal do sistema, onde são alojadas todas as outras placas, possuindo
ainda os conectores das interfaces, jumpers de configuração, o processador central, a
memória de armazenamento do software etc. Esta placa deve ser manuseada com
cuidado, pois há circuitos integrados que podem ser danificados com a eletricidade
estática do corpo humano.
CPTM 149
Telefonia
Tarifador
Este tipo de acessório é utilizado para que sejam emitidos relatórios sobre a utilização
genérica do Micro-PABX. (Figura 146).
150 CPTM
Telefonia
O Tarifador é muito usado em empresas que desejam controlar suas ligações,
uma vez que as informações que o equipamento fornece são distribuídas por ramais e a
conta telefônica pode ser dividida por usuário ou departamento da empresa.
O Micro PABX tem saídas (serial e paralela), uma delas ligada diretamente numa
impressora, para imprimir a bilhetagem, ou seja, as ligações que são efetuadas, porém,
não são tarifadas. A função do tarifador é justamente essa: ligado numa dessas saídas,
obtém as ligações armazenadas da CPU, aplica os valores dos degraus tarifários,
convertendo-as em valores de moeda corrente. Todos os dados que forem fornecidos à
memória do tarifador, bem como o comando para a emissão de relatórios, são enviados
via teclado telefônico, que vem acoplado no equipamento.
Atendedor Digital
Trata-se de um acessório utilizado para atender automaticamente as ligações que
chegam ao PABX e transferi-las após emitir mensagens explicativas para quem ligou. As
mensagens são gravadas num chip e podem ser personalizadas de acordo com o
usuário. O tempo de gravação, em alguns equipamentos, ultrapassa 30 segundos.
Normalmente, esse aparelho faz o anúncio do bom-dia, boa-tarde ou boa-noite, de acordo
com o horário de entrada da ligação, pois com o relógio embutido no atendedor, é feito o
reconhecimento da hora e selecionado o cumprimento correto. A interligação é feita como
se fosse um ramal normal, sendo compatível com qualquer modelo de PABX.
Espera Personalizada
Dispositivo utilizado para reproduzir mensagens digitalmente quando algum ramal
coloca na espera a ligação que entrou. A vantagem desse equipamento é que se pode
personalizar a espera, colocando-se mensagens de divulgação da empresa, de algum
produto, de serviços executados etc., com capacidade para até 180s. Sua ligação é feita
diretamente na entrada da música do PABX, possui um potenciômetro para regular o
volume da mensagem e, quando se quiser trocar a mensagem gravada, o chip deverá ser
substituído por outro previamente gravado.
CPTM 151
Telefonia
que foi programado como atendedor do porteiro é chamado. Caso o ramal atendedor do
porteiro desejar, poderá acionar a fechadura elétrica teclando o código de abertura.
Também é possível ao ramal programado como atendedor, chamar o porteiro sem que o
mesmo esteja chamando e acionar a fechadura.
Na placa principal da central, existe um conector que envia o comando para
atuação externa. Nesse conector é ligada a Interface para Porteiro, devendo-se antes
acertar alguns jumpers de configuração, de acordo com o modelo de porteiro eletrônico
utilizado. Os fabricantes da interface anexam junto ao equipamento um pequeno manual
de instalação que contém uma tabela de configuração com os modelos de porteiros
possíveis para aquela interface.
Considere que o telefone de sua empresa é mais que um telefone. É a sua outra
"porta de entrada" da empresa. A título de explanação, veja a figura 147, que ilustra o
atendimento automático por meio de um robô, enfatizando a ideia de um atendimento
automatizado.
152 CPTM
Telefonia
Figura 147 - Ilustrando ao atendimento automatizado. Na figura está ocorrendo uma chamada
de um usuário da central pública de comutação, com destino ao cliente final simbolizado pelas
torres do condomínio.
9.10.5.5 DISA - Direct Inward Station Access (Acesso Direto de Estação por Canal Interno).
CPTM 153
Telefonia
154 CPTM
Telefonia
Uma ligação chega pelo tronco e é comutada na central para um dos ramais, ou
então parte de algum dos ramais para chegar a um tronco. Note-se que o número de
troncos sempre será menor que o de ramais, visto que um dos objetivos do PABX é
racionalizar a ocupação das linhas telefônicas de um local
Empresas utilizam o PABX para conectar seus telefones internos a uma linha
externa. Dessa maneira, é possível contratar algumas linhas telefônicas e ter muitas
pessoas compartilhando, cada um possuindo um telefone em sua mesa com um número
diferente.
Quando se trata de assinante de negócios, ele tem vários troncos urbanos ligados
ao seu equipamento. Cada tronco tem sua identidade na central urbana e deve ser
ignorada pelo público. A este somente se divulga um número coletivo associado ao
negócio, denominado Número Chave ou Tronco Chave.
Deve-se discar sempre o número-chave, pois a central local pública o identifica
como tal e faz uma busca automática no seu grupo de troncos, escolhendo um deles
dentre os livres. Ao discar o número-chave (tronco chave), o assinante chamador tem a
CPTM 155
Telefonia
chance de completar a ligação por qualquer um dos troncos do grupo que estiver livre no
momento. Por isso, os troncos individuais não devem ter seus números divulgados.
A busca automática está disponível apenas para os planos com mais de uma
linha. A primeira linha a ser cadastrada será o tronco-chave e quando estiver ocupada, a
ligação será direcionada para as linhas seguintes, conforme a ordem configurada.
A busca automática é linear, ou seja, as ligações são direcionadas inicialmente
para a linha principal (tronco-chave) e, em caso de “ocupado “ ou “não atende”, as
ligações são direcionadas para as linhas da sequência da busca.
A primeira linha a receber a chamada é o tronco – chave da busca.
Quando alguma linha da busca não atender após aproximadamente três toques, a
ligação será direcionada para a próxima linha do grupo da busca.
A busca automática só poderá ser cadastrada para todas as linhas do pacote.
Você não poderá solicitar a busca automática para uma parte das linhas.
a) Troncos Analógicos
156 CPTM
Telefonia
▪ fornecer a identificação do assinante chamador, normalmente chamado por BINA,
utilizando o padrão em DTMF (Dual Tone Multi Frequency).
ISDN - (Integrated Services Digital Network) Traduzido por RDSI Rede Digital de Serviços
Integrados é a digitalização da rede telefônica para tráfego simultâneo de voz, dados,
imagens, aplicações e serviços multimídia. O ISDN foi concebido para substituir a rede
telefônica convencional (analógica) por uma rede digital. Existem dois tipos distintos de
interfaces ISDN. A interface ISDN/BRI é utilizada na residência do usuário, que conta com
2 canais que podem ser utilizados a velocidade de 64 Kbps e um canal de controle, todos
dentro de um par de fios de telefone comum.
CPTM 157
Telefonia
MFC (Multi Frequencial Compelida) é o tipo de sinalização de registro (isto é, que envia
informações como identidade do assinante A, identidade do assinante B, categoria…)
mais utilizada no Brasil. Caracteriza-se por enviar sinais (cifras) compostas por
frequências combinadas duas a duas (daí a característica multifrequencial) e que são
enviadas até que recebam uma outra cifra de resposta (daí a característica compelida). A
sinalização MFC possui quatro grupos de sinais (2 para frente e 2 para trás), cada grupo
possuindo 15 cifras diferentes.
DDR – DISCAGEM DIRETA A RAMAL (DID em inglês). Serviço telefônico que permite
aos chamadores entrarem em contato direto com determinado ramal de um sistema
telefônico, sem ter de falar com o atendente geral. A discagem direta a ramal elimina a
necessidade de ter um atendente automatizado para rotear as chamadas em sua entrada
na central de comutação telefônica.
E1: é um padrão de linha telefônica digital europeu criado pela ITU-TS e o nome
determinado pela Conferência Europeia Postal de Telecomunicação (CEPT), sendo o
padrão usado no Brasil e na Europa; é o equivalente ao sistema T-carrier norte-
americano, embora o sistema T norte-americano utilize taxas de transmissão diferentes.
O E1 possui uma taxa transferência de 2 Mbps e pode ser dividido em 32 canais de 64
Kbps cada, contudo, 30 canais dos 32 canais existentes transportam informações úteis,
pois a velocidade efetiva da transmissão (through put) da portadora E1, é de 30 x 64 =
1920 Kbit/s, os outros 2 canais restantes (canal 0 e canal 16) destinam-se à sinalização
(sistema designado por "Sinalização por Canal Comum"). A contratação de linhas E1
abaixo de 2 Mbps é conhecida como "E1 fracionário".
A partir dos conceitos descritos anteriormente, são os DDR´s que utilizam como
meio físico de transmissão os troncos digitais, e as chamadas externas provenientes da
ou dá ou dão acesso direto aos ramais de uma Central Privativa de Comutação
Telefônica (CPCT), sem a necessidade de passar pela telefonista.
O DDR é fornecido exclusivamente por meio de tronco digital, e normalmente um
tronco digital que utiliza o padrão E1. Os troncos digitais E1 mais utilizados no Brasil são
os que possuem a sinalização R2 MFC seguidos pelos troncos ISDN.
158 CPTM
Telefonia
▪ a chamada para um destino programado, como um ramal que passará a ser chamado
de "Ramal DDR";
Este DID é fornecido pela operadora em faixas como, por exemplo 6350 a 6399,
uma faixa disponível de 50 números que poderão ser utilizados para serviços ou ramais
DDR. Normalmente, é possível escolher, dentre os números fornecidos, um número a ser
divulgado como o tronco chave da empresa. Este tronco chave será responsável por
receber todas as chamadas e as encaminhar a uma URA ou a telefonista.
Para uma melhor compreensão dos números DID podemos citar um exemplo.
CPTM 159
Telefonia
A figura 150 mostra a interação entre um DDR encaminhado pela operadora e o PABX.
Figura 150 - DDR sendo encaminhado pela operadora e direcionado a um ramal pelo PABX.
Fonte: https://www.bomshop.com.br/eletrica/fios-e-cabos/cabo-cci-1-par.html#.WCxRfNUrLDc
160 CPTM
Telefonia
Condutor utilizado em tronco digital (Figura 152)
Figura 152 - Cabo Coaxial Eldtec RGC213.
Fonte: http://www.aclinformatica.com/products.php?product=cabo-coaxial-eldtec-rgc213-
%252d-avulso
Figura 153 - Em (a) ilustrando a interligação do PABX até a central de comutação pública por
meio dos dois tipos de troncos, e em (b) ) tabela com principais diferenças entre os dois tipos de
tronco.
CPTM 161
Telefonia
Figura 154 - Plano de numeração interno do PABX, repare na figura acima que cada ramal
possui 3 dígitos e o número da central pública 8 dígitos.
162 CPTM
Telefonia
10 Sinalização Telefônica
A sinalização telefônica compreende todos os sinais de comando, seleção e
supervisão que são trocados entre as centrais de comutação e entre a central e o
aparelho do assinante, para que seja possível o estabelecimento da chamada telefônica.
[SOARES – 1999] [JASZENSKY – 2004]
A sinalização telefônica é de suma importância para o processo de efetivação e
tarifação das chamadas. É a sinalização quem informa a prestadora de serviços os dados
necessários para faturar as contas dos assinantes, através dela também as operadoras
têm dados estatísticos extremamente importantes para a gestão operacional.
Ao se bilhetar a chamada, temos, também, de fazer chegar ao ponto de
bilhetagem os números completos do chamador (assinante A) e do chamado (assinante
B) e o resultado da chamada (se foi atendida ou não). Deste modo, as centrais que irão
estabelecer o caminho para o circuito de conversação (sejam analógicas ou digitais)
precisam ser previamente informadas, principalmente, sobre o número chamado.
Ora, o assinante chamador, quando teclou ou discou, depositou na área do
registrador da sua central local o número do assinante chamado de forma completa
(internacional, nacional, local). Esta mesma central, identificou e memorizou o número de
quem chamou (identidade do chamador) e atributos a ele vinculados, deduzidos pela
central a partir de sua identidade (categoria do chamador: assinante comum, telefone
público, terminal de dados, telefonista, manutenção da central, etc.).
Todos estes dados serão usados durante as decisões de encaminhamento ao
longo da cadeia comutadora e estão disponíveis na central de origem do assinante
chamador, mais especificamente no seu registrador ou área de mesmo nome nas
centrais, e precisarão ser enviados às outras centrais.
Como esses dados serão usados em cada ponto de comutação até o destino, as
centrais necessitam de um sistema de sinais para transmiti-los e recebê-los, numa fase
anterior à existência do próprio circuito por onde far-se-á a telecomunicação. Esse
sistema de comunicação entre centrais denomina-se Sistema de Sinalização de
Registrador.
Além das informações numéricas prévias ao estabelecimento da comutação, há
outros sinais que circulam antes, durante e depois da conversação. São aqueles sinais
CPTM 163
Telefonia
referentes aos troncos que indicam sua disponibilidade (ou indisponibilidade), sua
ocupação, seu bloqueio, o atendimento do assinante chamado, o desligamento
espontâneo ou forçado, etc. Esse grupo de sinais constitui a Sinalização de Linha.
O terminal telefônico utiliza par metálico ou acesso por rádio para enviar uma
série de sinais a central. No caso do telefone analógico, estes são transmitidos por
abertura e fechamento de “loop” da linha. As informações do disco (ou teclado decádico)
são também transferidas a central por sequências de abertura-fechamento. Quando o
teclado for DTMF5, os algarismos 1-0 e demais sinais do teclado (* e #) são transferidos
por códigos multifrequênciais. Esse grupo de sinais constitui a SINALIZAÇÃO DE
ASSINANTE.
Além dos três grupos de sinais acima, há um quarto grupo de sinais destinado a
informar várias situações aos assinantes. Entre eles, temos os sinais de discar, de
ocupado, tom de controle de chamada, toque da campainha, etc. É a sinalização
audível.
Com esses 4 grupos, concluímos a identificação dos quatro conjuntos de sinais
presentes na sinalização telefônica, e com finalidades especificas, que ocorrem em um
sistema telefônico. (Figura 155).
164 CPTM
Telefonia
CPTM 165
Telefonia
O assinante que deseja fazer a ligação terá um tempo determinado pela central
entre 15 a 20 segundos para fazê-lo, caso não o faça, será desligado da central, para que
não ocupe o sistema e receberá um sinal de ocupado, sinalizando para que refaça a
ligação.
O sinal é enviado ao assinante originador continuamente em uma frequência de
425 Hz ± 25Hz até a recepção do primeiro dígito acionado pelo mesmo.
É o sinal que informa ao assinante originador da chamada que ela foi processada
pela central e que o assinante de destino foi localizado. Nesse momento, no mesmo
instante o assinante chamado recebe a corrente de toque de campainha, fazendo soar um
sinal no seu telefone.
O sinal vem de forma cadenciada, na razão de 1:4, isto é, um segundo de toque
(corrente de toque de campainha) para 4 segundos de silêncio. A frequência desse sinal é
de 425Hz ± 25Hz (Figura 157).
Figura 157 - Gráfico do sinal elétrico do Tom de Chamada (TC) ou Tom de controle de
Chamada
166 CPTM
Telefonia
• se os dígitos não foram enviados satisfatoriamente ou em tempo hábil para a central;
• se o enlace não pôde ser processado em algum ponto da cadeia de comutação, por
problemas técnicos.
Esse sinal será de 425Hz, cadenciado em ciclos iguais de 250ms de sinal e 250ms de
silêncio (1/4 de segundo). (Figura 158).
Esse sinal tem sido gradativamente substituído por uma gravação do tipo “esse
número não existe ou foi mudado, favor ligar para o serviço de auxílio à Lista”.
CPTM 167
Telefonia
É uma corrente alternada produzida com uma tensão de 75 Volts rms (eficazes)
com tolerância de +20% e frequência de 25Hz, enviada à campainha (circuito ring) do
telefone do assinante de destino, informando-o sobre a existência da chamada.
A corrente é enviada na mesma cadência do tom de controle de chamada, um
segundo de sinal por quatro segundos de silêncio, até que o assinante atenda ou após
completar um período de temporização (Figura 159).
168 CPTM
Telefonia
Seguindo o raciocínio no conceito da sinalização intercentrais, muitos dos
sistemas utilizados nesse tipo de sinalização são baseados no princípio de Chanel
Associated Signaling – CAS (Sinalização Associada ao Canal).
CPTM 169
Telefonia
Figura 161 - Juntores interagindo com sua respectiva central. (JS) juntor de saída e (JE) juntor
de entrada.
170 CPTM
Telefonia
Diferentes tipos de sinais de linha são trocados entre os juntores. Cada sinal tem
um significado e aplicação. Tendo isso em vista a sinalização de linha é composta dos
seguintes sinais:
Legenda:
Os sinais indicados por → são enviados da Central de Origem para a Central de Destino e
são denominados “Sinais para Frente”.
Os sinais indicados por são enviados da Central de Destino à Central de Origem e são
denominados “Sinais para Trás”.
Analisando a figura 162 e a tabela 11, vemos que diferentes tipos de sinais de
linha são trocados entre os juntores; cada sinal tem um significado e aplicação.
CPTM 171
Telefonia
➢ Ocupação
É um sinal enviado para frente, a partir do juntor de saída, para levar o juntor de
entrada associado à condição de ocupação.
➢ Sinal de Atendimento
É um sinal enviado para trás, a partir do juntor de entrada, ao juntor de saída
associado, para indicar que o assinante chamado atendeu.
➢ Sinal de Desligar para Frente
É um sinal enviado para frente pelo juntor de saída ao juntor de entrada associado,
para liberar, na Central de Destino e depois dela, todos os órgãos envolvidos na
chamada.
➢ Sinal de Desligar para Trás
É um sinal para trás, a partir do juntor de entrada, ao juntor de saída associado,
para indicar que o assinante chamado desligou.
➢ Sinal de Confirmação de Desconexão
É um sinal enviado para trás, a partir do juntor de entrada, ao juntor de saída
associado, em resposta a um sinal de desligar para frente, para indicar que ocorreu
a liberação dos órgãos associados ao juntor de entrada.
➢ Sinal de Desconexão Forçada
É um sinal que substitui o sinal de desligar para trás a partir da Central de tarifação
para a Central de Origem, após ocorrida a temporização.
➢ Sinal de Bloqueio
É um sinal enviado para trás, a partir do juntor de entrada ao juntor de saída
associado, provocando o bloqueio do mesmo, enquanto durar este sinal.
➢ Sinal de Rechamada
É um sinal enviado para frente, a partir do juntor de saída ao juntor de entrada
associado, quando uma telefonista deseja rechamar o assinante chamado (ou
outra telefonista), após o desligamento do mesmo.
➢ Tarifação
Sinal emitido em direção à central de origem durante a conversação, para acionar o
contador do assinante chamador (somente na tarifação por pulsos).
172 CPTM
Telefonia
CPTM 173
Telefonia
Tabela 12
A figura 164 a seguir ilustra a sinalização entre registradores para o sistema CAS
(Sinalização Associada a Canal).
174 CPTM
Telefonia
Figura 164 - sinalização entre registradores para o sistema CAS
(Sinalização Associada a Canal)
CPTM 175
Telefonia
176 CPTM
Telefonia
Cada componente da rede de sinalização SS#7 é chamado de ponto de
sinalização, com três funções básicas:
• enviar e receber as informações (corresponde às centrais de comutação telefônica).
• rotear ou transferir as informações.
• permitir o acesso a banco de dados centralizados.
• Service control point (SCP) – Corresponde aos bancos de dados que podem ser
acessados pelos demais pontos da rede para obter informações necessárias para
disponibilizar serviços mais elaborados.
• Cada ponto da rede de sinalização possui um endereço chamado point code. É o point
code que permite que um ponto da rede acesse outro ponto. Para isso, o sistema
insere em cada mensagem enviada o endereço correspondente ao ponto de destino
que se deseja acessar (figura 166).
Figura 166 - Sinalização por Canal Comum - Arquitetura da rede de sinalização SS#7.
CPTM 177
Telefonia
A rede SS#7 possui três modos de operação descritos logo a seguir, e na
sequência ilustrados na figura 167.
178 CPTM
Telefonia
11 Plano de Numeração
Criado para identificação e acesso de um assinante na rede de telefonia pública
por meio de um código numérico único, é classificado em plano de numeração nacional e
plano de numeração internacional.
O plano de numeração nacional divide nosso país em nove regiões, de 1 a 9,
cada uma delas composta por um ou mais estados, abrangendo diferentes áreas
numéricas (figura 168).
Figura 168 - Regiões e áreas numéricas em telefonia.
Cada área numérica é identificada por um dígito, não repetitivo, dentro de uma
região numérica. A figura 169 apresenta a região numérica 1, constituída pelo Estado de
São Paulo, com as respectivas áreas numéricas.
CPTM 179
Telefonia
Figura 169 - Região numérica 1 e respectivas áreas numéricas.
As áreas numéricas são formadas por centrais telefônicas, que fazem parte da
rede de telefonia pública nacional. Elas também recebem uma identificação numérica, de
três ou quatro dígitos, denominada prefixo da central. O primeiro algarismo do prefixo (o
mais significativo) deve ser diferente de 0 e 1, pois estes são utilizados para outras
finalidades. O prefixo não se repete dentro de uma área numérica. A figura 170 ilustra as
centrais dentro da área numérica 12.
Figura 170 - Exemplo de centrais localizadas na área numérica 12.
180 CPTM
Telefonia
Os assinantes de uma central local são identificados por números, que podem possuir
sete ou oito dígitos, com a seguinte formação:
Por exemplo, um assinante localizado em Belo Horizonte (Minas Gerais) será identificado
no plano internacional como: 55 31 4640-3320
• 55 indica o código do país (Brasil); 31, o código de área (região numérica 3, área
numérica 1);
• 4640-3320, o número do assinante (prefixo da central 4640, assinante 3320).
CPTM 181
Telefonia
182 CPTM
Telefonia
Para possibilitar a escolha da operadora de serviço de telefonia, a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) designou um código de acesso para cada operadora. Utilizado
em chamadas de longa distância e internacionais, o código de acesso deve ser discado
depois do prefixo nacional 0 (DDD) ou internacional 00 (DDI).
Para efeito de ilustração veja outros exemplos, inclusive ligações a cobrar, utilizando um
respectivo o código de operadora, por exemplo o 21 da Embratel. Lembrando que essa
operação pode ser feita com o código de qualquer operadora.
CPTM 183
Telefonia
184 CPTM
Telefonia
12 Plano de Encaminhamento
e Hierarquia de Centrais
Uma central local, como o próprio nome revela, está situada em uma região de
pequeno alcance, denominada de local. Nessa central, são interligados os assinantes,
cada qual com uma numeração própria. São utilizados dispositivos para comutação
totalmente automática.
O comprimento médio da linha de assinante é de 5Km, isto é, é a distância
aproximada dos condutores entre o assinante e a central. Na realidade, o limite de
distância entre terminal do assinante e a central depende da faixa de frequência utilizada
para transmissão do sinal e da resistência ôhmica do trecho, ou seja, depende da bitola
dos fios. Considerando o uso de fios de menor diâmetro, o limite fica em torno de 8 km,
caso utilizemos apenas o serviço de telefonia na faixa de até 3,4 KHz. Veja na figura 171
a representação de uma central local.
CPTM 185
Telefonia
Uma central local tem como principais características
Figura 172 - Representação da ligação entre Centrais Locais via Central Tanden.
186 CPTM
Telefonia
As centrais Tanden se subdividem em:
Dessa maneira, poderá também haver uma ligação direta entre centrais locais
para casos específicos onde seja justificável economicamente essa ligação, devido ao
excesso de tráfego de dados entre elas. Essa situação é a predominante na maioria das
médias e grandes cidades.
As interconexões entre centrais, sejam elas por linhas de junção ou por centrais
Tanden são denominadas “Rotas”. As linhas de junção que possuem interligação direta
entre centrais específicas são chamadas de “Rotas Diretas”. São necessárias por terem
alto tráfego de interesse entre elas, como é o caso que acontece entre uma determinada
Central Local 1 e uma determinada Central Local 2. (Figura 174).
CPTM 187
Telefonia
Figura 174 - Representação de Rota Direta, Rotas Alternativas e Rotas.
188 CPTM
Telefonia
Figura 176 - Central Trânsito Interurbano. A figura ilustra uma chamada em andamento
Figura 177 - Central trânsito internacional. A figura ilustra uma chamada em andamento
190 CPTM
Telefonia
Figura 178 - Representação gráfica de centros de classes I, II, III, IV e V
192 CPTM
Telefonia
de uma terceira alternativa que seria a rota de terceira escolha, através de A-B-C-I-J,
envolvendo novamente uma central de hierarquia superior (classe III).
Uma chamada internacional é roteada diretamente por A-B-C-D-E - Internacional.
É possível estabelecer ligações essenciais entre as centrais mantendo hierarquia. (Figura
180)
De acordo com a figura 177, todas as centrais locais são ligadas a uma central
trânsito local ou Tanden que são de hierarquia superior (classe IV) e providenciam a
comutação entre as centrais locais. A Tanden pode atender assinantes. A interconexão
entre as trânsito locais e as Tanden é feita pelas centrais de trânsito classe III, através de
cabos troncos.
CPTM 193
Telefonia
194 CPTM
Telefonia
CPTM 195
Telefonia
próximo da residência e executar manobras na rede para levar a linha do distribuidor geral
(DG) até o poste. Cada instalação tem um custo específico: a operadora calcula seu custo
médio e fixa o valor da taxa de instalação ou tarifa de habilitação. O que caracteriza a
taxa é seu caráter não repetitivo.
A tarifa é repetitiva e relacionada à remuneração periódica pelo serviço prestado e
aluguel de instalações. A tarifa deve cobrir os custos de operação, custos administrativos
e provisões para ampliações e renovações.
• Pulso - é uma unidade de medida relacionada ao tempo das chamadas. Todo terminal
telefônico possui um contador na central, que identifica o número de pulsos utilizados
no mês. Os pulsos são cobrados em chamadas locais e em chamadas interurbanas
multimedidas (ligações regionais).
196 CPTM
Telefonia
São aqueles proporcionais ao uso do serviço telefônico, sendo formados por duas
parcelas.
Custos de estabelecimento da ligação - são aqueles que ocorrem para o
estabelecimento da conexão entre assinantes; compreendem o custo de acionamento das
centrais comutadoras.
Custos de transmissão - referem-se àqueles proporcionais ao tempo de duração da
chamada, nos quais se incluem juntores, circuitos troncos, estágios comutadores, etc.
A tarifa de utilização é a parcela de custo relativa ao uso que o assinante faz de
seu telefone, cobrindo custos de comutação e transmissão. Esta se baseia no tempo de
conversação de uma chamada, que é o intervalo de tempo decorrido entre o momento
que o assinante chamado atende e o momento em que o assinante chamador repõe o
fone no gancho.
Hoje em dia cobra-se do assinante a assinatura básica e, caso ele não tenha
completado chamadas durante o mês ou o número de chamadas não tenha ultrapassado
o limite de chamadas estabelecido pela concessionária (100 pulsos por mês), pagará
somente o valor da assinatura básica.
O serviço telefônico apresenta uma complexidade tarifária que o distingue dos
demais serviços públicos (água, energia elétrica, gás, etc.). Existe uma diferenciação da
tarifa em função da hora, data e distância envolvida na conversação. A diferenciação das
tarifas impede que o tempo das sucessivas chamadas sejam simplesmente adicionadas.
Em cada uma das chamadas deve-se conjugar o tempo de conversação e a tarifa
aplicável, e assim registrar essas informações em um “contador de chamadas de
assinante” (dispositivo capaz de acumular informações de tarifação).
CPTM 197
Telefonia
13.2.1 Multimedição
A multimedição pode ser feita por tempo (ligação local) ou por tempo e distância
(Degrau Tarifário). Na multimedição, o contador de chamadas do assinante chamador
receberá pulsos de tarifação repetidos enquanto durar a chamada. As marcações
recebidas no contador, durante diferentes chamadas, serão somadas umas às outras,
sendo impossível distinguir as diferentes chamadas ou o número de chamadas
realizadas. As ligações locais são contabilizadas por meio de pulsos. (Figura 181).
Tabela 14 - Quantidade de segundos por pulso para ligações multimedidas com degrau tarifário
198 CPTM
Telefonia
Para ligações a longa distância multimedida, as chamadas são registradas
mediante a geração de pulsos, sendo que a quantidade de tempo que cada pulso terá de
duração vai depender do degrau, dia e horário em que se efetuar a ligação.
Para efeito de tarifação, deve ser considerado como horário de início da chamada
a hora da localidade de origem, mesmo que seja uma chamada a cobrar em outra
localidade com fuso horário diferente.
Feriados para fins tarifários: 1 de janeiro, 21 de abril, 1 de maio, 7 de setembro,
12 de outubro, 2 de novembro, 15 de novembro, 25 de dezembro, Terça-feira de carnaval,
Sexta-feira santa, Corpus Christi e dia de eleição.
CPTM 199
Telefonia
Figura 183 - Método Karlson Puro
200 CPTM
Telefonia
d) Karlson acrescido - Neste método adiciona-se um pulso no atendimento, sem
cancelar o 1º pulso aleatório. Comparando os métodos Karlson puro, modificado e
acrescido, nota-se que este último é o que conduz aos maiores erros contra o
assinante, oferecendo grande garantia à concessionária. Este é o método
implementado e em uso pelas empresas concessionárias telefônicas.
CPTM 201
Telefonia
Com os dados acima, calculam-se o tempo de conversação e a tarifa aplicável por
unidade de tempo e também a eventual redução ou acréscimo tarifário em função da hora
ou data (domingos, feriados, etc.). O resultado desse processamento alimenta o processo
de emissão das contas, nas quais as chamadas interurbanas são relacionadas uma a
uma.
O bilhetador fornece ao centro de computação administrativo uma fita magnética
com os dados referentes às chamadas para a emissão da conta dos assinantes. No
computador administrativo, tem-se a tabela de distâncias, na qual se seleciona a distância
em função do número nacional do chamador e do chamado; a tabela de degraus tarifários
também está depositada neste computador. Pela distância, ela indicará a tarifa básica por
minuto. O cômputo da hora de início e fim e, eventualmente data, fornecerá a duração da
chamada em minutos. A data e a hora de atendimento indicarão tratar-se de dia ou parte
do dia em que há acréscimo.
O produto “Duração da Chamada x Tarifa Normal por Minuto x Variação da Tarifa”
dará o preço da chamada.
Portanto,
Veja a figura 186, a qual mostra a variação do preço da tarifação em função do
horário.
Figura 186 - Horários para tarifação de ligações a longa distância
202 CPTM
Telefonia
Veja na figura 187 o mapa da região metropolitana de São Paulo e na tabela 10,
as zonas consideradas conurbadas pela Anatel. Para assimilar o conceito de zonas
conurbadas é importante analisar a tabela da Anatel em conjunto com o mapa da região
metropolitana de São Paulo.
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-2HHOT-
PkMgI/UsWZLXRxsOI/AAAAAAAADiw/4pgQNM6X0to/s1600/regiao-metropolitana-de-sao-paulo.jpg
CPTM 203
Telefonia
Tabela 15 – Área Conurbada de São Paulo.
204 CPTM
Telefonia
As chamadas entre localidades com continuidade urbana entre seus municípios,
são chamadas que utilizam Degrau 1, 2, 3 e 4 (D1, D2, D3 e D4) - Ligações interurbanas,
intraestaduais ou interestaduais entre localidades com as distâncias geodésicas variando
conforme tabela de tarifas.
A geodésica é a menor distância, num plano, que une dois pontos tal que, para
pequenas variações da forma da curva, o seu comprimento é estacionário. A
representação da geodésica em um plano representa a projeção de um círculo máximo
sobre uma esfera. Assim, tanto na superfície de uma esfera ou deformada num plano, a
reta é uma curva, já que a menor distância possível entre dois pontos somente poderá ser
curvada, pois uma reta necessariamente precisaria, permanecer sempre num plano, para
ser a menor distância entre pontos. Do ponto de vista prático, na maioria dos casos, a
geodésica é a curva de menor comprimento que une dois pontos.
CPTM 205
Telefonia
206 CPTM
Telefonia
Referências
Apostila Centrais Telefônicas Públicas e Privadas – 654.1 SENAI.DR.PE. Centrais
Telefônicas: Públicas e Privadas. S474c Recife, SENAI.PE/DITEC/DET, 2003. SENAI –
Departamento Regional de Pernambuco Rua Frei Cassimiro, 88 – Santo Amaro 50100-
260 - Recife – PE
CPTM 207
Telefonia
Sistemas Telefônicos – Paul Jean Etienne Jeszensky – Editora Manole Ltda.Princípios
de Telecomunicações – Teoria e Prática – Julio Cesar de Oliveira Medeiros – Editora
Érica
208 CPTM
Telefonia
ETK INDUSTRIA E COMERCIO - Módulo de proteção cinco pinos MPN – Disponível em:
<http://www.etk.ind.br/produto/modulo-de-protecao-cinco-pinos-mpn>
210 CPTM
Telefonia
<http://www.unicaserv.com.br/produto/chave-enroladeira---desenroladeira-p--blocos-bli-
telefonia>
VOICETEL - Atendimento Automático – Disponível em:
<http://www.voicetel.com.br/atendimento.htm>
CPTM 211