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Olympus Model United Nations

COMUNIDADE DOS ESTADOS


INDEPENDENTES
Reestruturação socioeconômica pós-soviética
em 1994

Glória Vieira
Marina Cristina
Álvaro Reis

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Sumário

Sumário.................................................................................................... 2
Contexto histórico da União Soviética ..................................................... 3
Fim e principais conflitos ......................................................................... 4
Transição para Economias de Mercado .................................................... 7
Diversidades Étnicas e Culturais .............................................................. 9
Posicionamentos na comunidade internacional ...................................... 10
Desafios enfrentados durante a reestruturação ........................................ 10
Bibliografia ............................................................................................................... 15

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Contexto histórico da União Soviética
URSS, ou União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, foi uma nação lembrada até
hoje por representar a ideologia Socialista, dividida em 15 nações que conquistaram a sua
independência após a dissolução em 1991, mas para isso, é necessário entendermos a linha
histórica da URSS.
A União Soviética foi criada após a revolução de 1917, conhecida como Revolução
Russa, liderada por Vladimir Lênin, que fez os Bolcheviques ganharem o poder e derrubar
o Governo Provisório de Kerenski. Na mesma época, a URSS saiu da primeira guerra mundial
e foi criado o exército vermelho para liderar o país, gerando comentários internacionais sobre
o acontecido.
Em 1922, a URSS venceu oficialmente a guerra civil que estava acontecendo no país,
porém em 1924, Lênin teve um AVC, acidente cardiovascular, levando-o a morte e gerando
conflitos e disputas para ver quem dominaria o poder, sendo os principais: Leon Trostki e Josef
Stalin, Nikolai Bukharin, Grigori Zinoviev e Lev Kamenev.
Apesar das disputas, em 1927, Josef Stalin vence a disputa e lidera o país até 1953, seu
governo ficou marcado por ter vencido a segunda guerra mundial, gerando inúmeros rumores
e conflitos, mortes e além disso, foi durante o governo de Stalin que a URSS se tornou o
principal rival da Guerra Fria.
Na década de 60, em decorrência da Guerra Fria, foi criado o Muro de Berlim, criado
diversas inovações tecnológicas e invasões por parte da União Soviética, conhecidas pela falta
de liberdade. Além destes fatores, Stalin morre.
O próximo Governante da URSS foi Nikita Kruschev, que iniciou o processo de
desestalinização e se esforçou para promover o processo de democratização no país.
Em 1970, a União Soviética entrou em estagnação, e em 1980, veio a crise da URSS,
que posteriormente fez o país se dissolver. Leonid Brejnev fez com que o país enfrentasse
diversas crises econômicas e políticas.
Em 1980, aconteceu a Guerra do Afeganistão e a explosão nuclear da Usina de
Chernobyl. Nesse período, Mikhail Gorbachev assumiu o poder em meio uma enorme crise no
país, se tornando o último líder Soviético.
A União Soviética acaba em 1991, após reformas que não deram certo, conflitos com o
Partido Comunista, com todas estas instabilidades, ele renuncia em 25 de dezembro de 1991.

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Fim e principais conflitos
O colapso da União Soviética em 1991 foi um evento complexo e multifacetado,
impulsionado por uma série de fatores internos e externos que culminaram na desintegração
deste vasto império. Os principais motivos e acontecimentos que levaram ao fim da URSS
podem ser resumidos da seguinte maneira:
Fator Político: A ascensão de Mikhail Gorbachev ao cargo de Secretário-Geral do
Partido Comunista em 1985 com a intenção de revitalizar a economia soviética e reformar o
sistema burocrático; As políticas de "glasnost" (abertura) e "perestroika" (reestruturação), que,
em vez de fortalecerem o sistema comunista, abriram espaço para críticas generalizadas e
reformas democráticas; A perda de controle estatal sobre a mídia e a esfera pública, bem como
o enfraquecimento do governo central.
Fator Econômico: Uma economia estagnada e ineficiente, com carências frequentes
de produtos de consumo e uma economia paralela em crescimento, que representava uma
parcela significativa do PIB. O descontrole na política monetária, com aumento de salários
financiado pela impressão de dinheiro, levando à inflação; A queda acentuada no preço do
petróleo, um recurso vital para a URSS, após o declínio dos preços do petróleo no mercado
internacional, minando ainda mais a economia.
Fator Militar: O aumento contínuo dos gastos militares, independentemente das
condições econômicas gerais. A longa e dispendiosa ocupação do Afeganistão (1979-1989),
que exauriu os recursos e minou a moral do exército soviético; O conflito no Afeganistão
também desencadeou protestos e descontentamento entre os veteranos e em várias repúblicas
soviéticas.
Fator Social: O desejo crescente da população soviética por mudanças significativas,
incluindo maior liberdade política, acesso a bens de consumo e uma solução para a corrupção
generalizada no sistema; A introdução de elementos da cultura ocidental, como a abertura de
restaurantes da rede McDonald's, simbolizando a atração pelo estilo de vida ocidental; A
insatisfação com a corrupção endêmica e a falta de credibilidade do governo soviético.
Fator Nuclear: O desastre nuclear de Chernobyl em 1986, e a resposta inicial
inadequada e secreta do governo, que minou ainda mais a confiança do público no regime; A
falta de transparência e o encobrimento das autoridades sobre a gravidade do desastre nuclear
minaram a confiança na liderança.
Esses fatores se entrelaçaram e criaram um ambiente de crise crescente na União
Soviética. O colapso foi acelerado pela crescente demanda por autonomia nas repúblicas

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soviéticas, com várias delas declarando independência em 1990. A tentativa de golpe de estado
em agosto de 1991, liderada por conservadores comunistas, foi um último esforço fracassado
para manter o controle centralizado. No final, a combinação desses fatores culminou na
desintegração da URSS em dezembro de 1991, marcando o fim de uma era e o início de uma
nova era geopolítica.

Principais conflitos entre a Comunidade dos Estados Independentes e


a URSS
O período após o colapso da União Soviética, na década de 1990, foi caracterizado por
uma série de desafios políticos e conflitos na região pós-soviética. Estes conflitos refletiram a
instabilidade e as lutas pelo poder que se seguiram ao fim da era soviética. Abaixo estão as
principais características de cada conflito mencionado:
Crise de Setembro-Outubro de 1993 em Moscou: A crise de setembro e outubro de
1993 em Moscou representou um dos momentos mais tensos da transição da Rússia pós-
soviética. Ela envolveu um confronto político entre o presidente russo Boris Yeltsin e o
Parlamento, que estava em desacordo com as reformas políticas e econômicas lideradas por
Yeltsin. A crise culminou em confrontos violentos no centro de Moscou e no bombardeio do
Parlamento russo. Esse evento evidenciou a fragilidade das instituições democráticas russas na
época.
Guerras Civis em Tajiquistão e Geórgia: As guerras civis no Tajiquistão e na Geórgia
foram conflitos internos que surgiram após a independência desses estados da União Soviética.
No Tajiquistão, as diferenças étnicas e políticas levaram a uma guerra civil prolongada,
enquanto na Geórgia, a secessão de regiões como a Abkházia e a Ossétia do Sul desencadeou
conflitos violentos. Essas guerras civis demonstraram a complexidade da transição para a
independência e a democracia em alguns estados pós-soviéticos.
Violência em Nagorno-Karabakh e Abkhazia: A violência contínua em Nagorno-
Karabakh, uma região historicamente disputada entre Armênia e Azerbaijão, e em Abkhazia,
uma região separatista da Geórgia, exacerbou as tensões na região do Cáucaso. Esses conflitos
não apenas resultaram em perdas humanas e deslocamento de populações, mas também
complicaram as relações entre os estados pós-soviéticos e tiveram implicações geopolíticas
significativas.
Tendências Separatistas na Crimeia: A Crimeia, uma península no Mar Negro,
tornou-se um ponto de foco devido às crescentes tendências separatistas e à presença

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significativa de russos étnicos. Isso levou a tensões entre a Rússia e a Ucrânia, uma vez que a
Rússia expressou preocupações sobre os direitos dos russos étnicos em estados vizinhos. A
Crimeia, posteriormente, se tornaria o centro de uma crise internacional em 2014, quando a
Rússia a anexou.
Questões Militares e de Segurança Herdadas da URSS: Após o colapso da União
Soviética, várias questões militares e de segurança continuaram sendo controversas. Isso
incluiu a questão das armas nucleares na Ucrânia e o futuro da Frota do Mar Negro, que eram
heranças da era soviética. Essas questões afetaram as relações entre os estados pós-soviéticos
e tiveram implicações na estabilidade regional.

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Transição para Economias de Mercado
Após o moroso fim da União Soviética, os países da CEI enfrentaram um período
difícil, com dívidas herdadas da antiga União que geraram intensos problemas monetários e
severas lacunas na estruturação de suas economias.
Com a necessidade urgente de se reestruturarem e se adaptarem a um novo sistema
econômico, esses países precisam implementar reformas profundas, que incluíram mudanças
em suas políticas fiscais, monetárias e tributárias, bem como a privatização de empresas
estatais.
Segundo o acadêmico Vladimir Popov em seu artigo “Quais são as lições das
economias em transição para o sucesso do desenvolvimento: colocando os casos de sucesso no
mundo pós comunista em uma perspectiva mais ampla”
Há no mínimo três razões para o sucesso de muitas economias em transição na
condução de políticas tão diferentes de liberalização econômica radical (terapia de choque), à
qual normalmente se atribui o sucesso econômico dos países centro-europeus.
A primeira e mais importante atribuição é garantir que as medidas adotadas estejam de
acordo com o contexto social em que serão aplicadas. É fundamental que as ações
implementadas estejam alinhadas com as necessidades e demandas da população, levando em
consideração fatores como cultura, valores e costumes locais. Ademais, é importante também
garantir que as medidas sejam implementadas de forma eficaz e eficiente, de modo a alcançar
os resultados esperados e contribuir para o bem-estar da sociedade como um todo.
Em comunhão com a primeira medida, em segundo lugar as reformas que irão
estimular o crescimento devem ser múltiplas e que resultem na criação de novos mercados. É
de suma importância frisar de que o sucesso de uma reforma em um país de igual não garante
sua eficácia à exemplo citado da China e CEI
A redução da despesa governamental como proporção do produto interno bruto (PIB)
não prejudicou significativamente a capacidade institucional do Estado na China, mas na
Rússia e em outros Estados da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) foi um desastre.
A terceira e última medida é a continuidade e o desenvolvimento de planos a longo
prazo sem grandes modificações em seus percursos.

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Indo contrário aos caminhos ortodoxos de desenvolvimento das ex-repúblicas
soviéticas, em primeiro momento passaram por uma difícil transição em decorrência de não
haver nenhum plano coerente e não ocorrer uma reavaliação governamental.
Em vez de encerrar completamente alguns programas do governo e concentrar os
limitados recursos em outros para aumentar sua eficiência, o governo manteve todos os
programas meio vivos, mal financiados e quase sem funcionar. Isto causou a lenta deterioração
da educação pública, da atenção à saúde, da infraestrutura, das instituições da lei e da ordem,
de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) fundamental etc. Quase todos os serviços prestados
pelo governo – desde a arrecadação de tributos até o controle do trânsito nas ruas –
transformaram-se em símbolos de notória ineficiência econômica.

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Diversidades Étnicas e Culturais

A diversidade garante que crianças possam sonhar, sem colocar fronteiras ou


barreiras para o futuro e os sonhos delas.
Malala Yousafzai

Os países que compõem a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) são notáveis
por sua diversidade cultural e étnica, moldada por influências históricas profundas. Essa
multiplicidade cultural e étnica, embora seja uma característica distintiva e enriquecedora da
região, também desempenhou um papel significativo na eclosão de conflitos e na emergência
de movimentos pela independência.

Esse multiculturalismo tem sido tanto uma força como um desafio nas nações da CEI,
um reflexo das complexas interações entre diferentes grupos étnicos e culturais que
coexistem em uma mesma área geográfica. A diversidade étnica, muitas vezes, contribuiu
para a riqueza cultural e artística dessas nações, promovendo um intercâmbio frutífero de
ideias, costumes e tradições.

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Posicionamentos na comunidade internacional
Com o fim da União Soviética, 15 repúblicas tiveram a sua independência, com isso,
alguns ex-integrantes, decidiram manter um vínculo, que criaria a Comunidade dos Estados
Independentes (CEI), com o objetivo de defesa dos ex-integrantes e acordos econômicos.
Sendo os seguintes países: Armênia, Azerbaijão, Cazaquistão, Moldávia, Quirquistão,
Tadjiquistão, Uzbequistão e do Turcomenistão, Rússia e Bielorrússia.
Deve-se destacar que a integração destes membros foi algo conturbado, já que, devido
às diversas diferenças políticas e étnicas, muitos governos não conseguiram alinhar seus
interesses uns com os outros.
Além disso, devemos lembrar que a economia da região foi desestabilizada, e com
outros polos econômicos e alianças mais fortes emergindo, como a China e a União Europeia,
a sua renascença é ainda mais difícil, já que tem que disputar espaço com as mesmas.
Algo que também aflige a comunidade internacional, são as diversas disputas
territoriais da região, seja de blocos de carácter revoltosos que buscam a independência, como
a Abecásia e a Ossétia do Sul. Assim como é perceptível as diversas disputas entre estados, em
países como Azerbaijão, Armênia, Geórgia e Moldávia.

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Desafios enfrentados durante a reestruturação
Durante a reestruturação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI), um
conjunto significativo de desafios complexos e interconectados foi enfrentado. Estes desafios
afetaram várias esferas, desde a política até à economia, e contribuíram para a complexidade
da transição pós-soviética. Aqui estão os principais desafios enfrentados durante esse período:
Dependência da União Soviética: Após a dissolução da União Soviética, os países da
CEI-7, que incluem Armênia, Azerbaijão, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Tajiquistão e
Uzbequistão, enfrentaram o desafio de romper com uma dependência de décadas em relação à
União Soviética. Isso significava a necessidade de estabelecer novas políticas econômicas,
financeiras e comerciais independentes, bem como redefinir suas identidades nacionais e
políticas externas.
Ruptura das Relações Econômicas Estabelecidas: A dissolução da União Soviética
levou à interrupção de relações econômicas de longa data com nações vizinhas e membros da
antiga União. Os países da CEI-7 precisaram adaptar suas economias rapidamente para lidar
com novas realidades comerciais. Isso incluiu a necessidade de encontrar novos parceiros
comerciais, desenvolver mercados de exportação e ajustar os setores produtivos para atender
às demandas do mercado global.
Ajustes nos Preços da Energia: A questão dos preços da energia representou um
desafio significativo. Durante a era soviética, os preços da energia eram altamente subsidiados,
o que não era sustentável a longo prazo. A transição para preços de energia de mercado afetou
os orçamentos domésticos, causando aumento nos custos de vida e desafios relacionados à
inflação. Gerenciar essa transição foi uma tarefa complexa.
Rigidez Estrutural e Instituições Frágeis: A rigidez estrutural das economias, onde
setores como a indústria pesada eram desproporcionalmente grandes, criou desafios na
adaptação a uma economia de mercado mais flexível. Além disso, instituições governamentais
frágeis representaram um obstáculo à implementação eficaz das reformas, com governos
frequentemente lutando para desempenhar seus papéis de forma eficiente e transparente.
Construção de Estados e Instituições Democráticas: Muitos dos países da CEI-7
estavam em processo de construção de Estados independentes pela primeira vez em décadas.
Isso exigiu a criação ou reforma de instituições políticas e administrativas, bem como a
consolidação de processos democráticos. Estabelecer governos eficazes e sistemas políticos
estáveis representou um desafio crítico.

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Movimentos separatistas e conflitos internos: Alguns estados da CEI-7 enfrentaram
movimentos separatistas e conflitos internos. Por exemplo, a Geórgia enfrentou conflitos na
Abkhazia e na Ossétia do Sul, enquanto o Tajiquistão lidou com conflitos armados. Esses
conflitos ameaçaram a integridade territorial, a estabilidade política e a coesão social desses
estados, tornando a reestruturação ainda mais desafiadora.
Competição de Interesses Nacionais: A competição por influência e recursos entre os
estados membros da CEI-7, especialmente a Rússia, criou tensões e desafios na busca por uma
cooperação eficaz. Os interesses nacionais muitas vezes entraram em conflito, dificultando a
coordenação e a cooperação regional.
Dependência Econômica da Rússia: A economia russa era dominante na região e
servia como uma importante fonte de comércio e investimento para os países da CEI-7. No
entanto, essa dependência econômica também representou um desafio, pois limitou a
autonomia econômica e a capacidade de diversificação das economias desses estados.
Corrupção e Má Governança: A corrupção generalizada e a má governança eram
problemas persistentes em muitos dos países da CEI-7. Esses problemas minaram a eficácia
das reformas econômicas e políticas, prejudicando a confiança do público nas instituições
governamentais.
A reestruturação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) apresentou uma
série de desafios significativos, que exigiram esforços substanciais para a transição do
planejamento centralizado para uma economia de mercado. Para alcançar êxito na superação
desses desafios, uma apropriação efetiva do processo de reforma, tanto por parte dos governos
quanto do público, revelou-se uma necessidade premente. A participação ativa do poder
político, das autoridades governamentais, da sociedade civil e dos próprios cidadãos na
formulação, implementação e avaliação de estratégias de desenvolvimento desempenhou um
papel crucial.
A estratégia de redução da pobreza (ERP), que enfatizou a ideia de "colocar o país no
comando" e priorizou a participação dos processos participativos na formulação e execução da
estratégia, surgiu como um modelo significativo nesse contexto. Isso refletiu a importância de
garantir que as prioridades nacionais e as necessidades da população fossem consideradas na
definição das metas e estratégias de desenvolvimento.
Para avançar de forma eficaz, era essencial estabelecer prioridades claras e alinhar as
alocações de recursos orçamentais com os objetivos de desenvolvimento de médio e longo
prazo. Isso envolveu a transição de um modelo de tomada de decisão orçamentária de curto

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prazo para quadros orçamentais de médio prazo, uma tarefa que requereu uma mudança
significativa na cultura de gestão das despesas públicas.
A manutenção e o desenvolvimento do capital humano eram áreas críticas que
mereciam atenção especial. O investimento em educação, saúde e infraestrutura social eram
imperativos para garantir que a população estivesse capacitada a aproveitar as novas
oportunidades de geração de renda. No entanto, isso também demandava reformas abrangentes
para desbloquear eficiências e melhorar a qualidade dos serviços sociais, considerando
questões estruturais e de governança.
A mobilização de recursos internos era outra área essencial, incluindo medidas para
melhorar o ambiente de investimento, reduzir a evasão fiscal e promover uma economia formal
mais robusta. Além disso, a gestão transparente e responsável das finanças públicas
desempenhou um papel vital na construção da confiança dos cidadãos e investidores.
Reformas abrangentes de governança eram igualmente cruciais para o sucesso da
transição. Isso envolveu a criação de instituições governamentais mais fortes e responsáveis,
bem como a luta contra a corrupção, que era um problema persistente em muitos dos estados
da CEI-7. Superar a influência de interesses estabelecidos, como elites regionais e locais,
herdadas da era soviética, também representou um desafio considerável.
A assistência de doadores desempenhou um papel vital nesse processo. Os doadores
precisavam garantir que seus recursos fossem alocados de maneira eficaz, evitando a
duplicação de esforços e coordenando a assistência técnica de acordo com as vantagens
comparativas de cada instituição. Além disso, a comunidade internacional também deveria
considerar a concessão de assistência financeira mais generosa, particularmente na forma de
subvenções, para apoiar os países da CEI-7 em suas reformas.
A gestão da dívida também foi um desafio, com a necessidade de lidar com a dívida
existente e evitar o acúmulo de dívidas adicionais. Isso exigiu um esforço conjunto entre os
países e a comunidade internacional para buscar reescalonamentos e alívio da dívida quando
necessário.
A cooperação regional desempenhou um papel crucial na recuperação e prosperidade
futura da CEI-7. Isso incluiu esforços para melhorar o comércio, transporte, energia e água
entre os países vizinhos. A harmonização de tarifas, a redução de barreiras não tarifárias e a
cooperação para explorar recursos naturais compartilhados foram áreas-chave de foco.
Em resumo, a reestruturação da CEI após a dissolução da União Soviética envolveu
uma série de desafios complexos, abrangendo a economia, a governança e a sociedade em

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geral. Superar esses desafios exigiu esforços coordenados, tanto a nível nacional quanto
internacional, e um compromisso contínuo com reformas significativas.

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Bibliografia
● https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/urss.htm
● https://repositorio.ual.pt/bitstream/11144/2961/1/3.9_LiciniaSimao_CEI.pdf
● https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/cei-fmi-urss.htm
● https://www.britannica.com/story/why-did-the-soviet-union-collapse
● https://www.sipri.org/yearbook/1994/06
● https://www.imf.org/external/pubs/nft/2004/lic/index.htm

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