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A teoria ética de Mill

O utilitarismo é uma teoria consequencialista, pois considera que são as consequências da


ação que determinam se esta é moralmente correta.

Desta forma, o utilitarismo apresenta como critério de avaliação moral das ações, o princípio
da utilidade ou da maior felicidade, ou seja, uma ação será correta se, e só se, promover
imparcialmente a maior felicidade agregada, errada na medida que tende a produzir o reverso
da felicidade. Por felicidade, entende-se o prazer e ausência de dor, por infelicidade, a dor e
privação de prazer. Chama-se hedonismo (grego hédonê, prazer) a este tipo de conceção.

Mas nem todos os prazeres têm o mesmo valor.

Para Behtham, os prazeres apenas diferem em aspetos como a sua duração e intensidade, ou
seja, em grau ou quantidade (hedonismo quantitativo). Assim no cálculo da maior felicidade,
quanto mais intenso e duradouro for um dado prazer, mais valioso será.

Porém, Stuart Mill afasta-se da perspetiva de Bentham, e defende que os prazeres dependem
sobretudo da sua qualidade (hedonismo qualitativo). Assim estabelecendo uma distinção
fundamental entre prazeres superiores (prazeres do intelecto) e prazeres inferiores (prazeres
do corpo).

Prazeres inferiores Prazeres superiores


Prazeres ligados ao corpo, provenientes das Prazeres ligados ao espírito, potenciadores
sensações. de bons sentimentos morais (como a
generosidade, a honradez, o bom caráter, a
Por serem inferiores, não permitem a nobreza de espírito)
realização plena da natureza humana. Por
exemplo, comer ou beber. Permitem a realização do ser humano. Por
exemplo, ler um livro ou assistir uma opera.

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