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Desta forma, o utilitarismo apresenta como critério de avaliação moral das ações, o princípio
da utilidade ou da maior felicidade, ou seja, uma ação será correta se, e só se, promover
imparcialmente a maior felicidade agregada, errada na medida que tende a produzir o reverso
da felicidade. Por felicidade, entende-se o prazer e ausência de dor, por infelicidade, a dor e
privação de prazer. Chama-se hedonismo (grego hédonê, prazer) a este tipo de conceção.
Para Behtham, os prazeres apenas diferem em aspetos como a sua duração e intensidade, ou
seja, em grau ou quantidade (hedonismo quantitativo). Assim no cálculo da maior felicidade,
quanto mais intenso e duradouro for um dado prazer, mais valioso será.
Porém, Stuart Mill afasta-se da perspetiva de Bentham, e defende que os prazeres dependem
sobretudo da sua qualidade (hedonismo qualitativo). Assim estabelecendo uma distinção
fundamental entre prazeres superiores (prazeres do intelecto) e prazeres inferiores (prazeres
do corpo).