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CONHECIMENTO E VIRTUDE
b) Platão faz uma distinção SUTÍL entre vida pública e privada. A família é
o espaço da reprodução da espécie. O estado é o reino ético; dos
costumes públicos. No caso da ética de Platão, a moral é também uma
moral da FELICIDADE, pois ela implica na coincidência entre a ALMA e
DEUS, visto que a alma é a parte boa do corpo; então a alma de fato se
ASSEMELHA ao transcendente. O corpo, pelo contrário, está sujeito a
corrupção e, portanto, é imperfeito; ele não pode se assemelhar àquilo
que é puro; eternamente bom – a alma. Deste modo a felicidade está no
transcendente cuja realidade é independente de nós – da causa
segunda.
c) A alma deve então sempre desejar sair do corpo. A racionalidade/alma
aspira os bens mais elevados, enquanto que o corpo não. Cabeça =
racionalidade; peito = irascível; membros inferiores = partes menos
nobres da condição humana. Então as partes inferiores não devem
governar as partes superiores, o que isso que dizer? Que é a cabeça do
homem – a razão – que deve governar o seu modo de agir e seu corpo.
Uma vida verdadeira é uma vida dedicada ao conhecimento. A filosofia é
então a vida puramente na dimensão do espírito = na dimensão da
alma/intelecto; pois é na alma que estão contidas todas as virtudes do
homem.
1º: O BEM
“O bem é a luz com que os deuses alimentam sua eterna contemplação”
(livro X). Os Deuses são as almas que regulam os movimentos dos
céus. Ou seja, ele subordina a moral ao sobrenatural.
2º: TRANSCENDÊNCIA DO FIM (FINALIDADE)
3º: A FELICIDADE
A felicidade é interior ao homem. Ela não tem caráter empírico/prático. A
felicidade não é algo contido no corpo, mas trata-se de viver na terra
uma beatitude que transcende todas as realidades terrenas. A felicidade
não está nos prazeres do corpo, mas da alma. “O mais feliz é aquele
cuja alma está isenta do mal” (Górgias 478. E). “Cada um de nós, para
ser feliz, deve procurar a temperança” (Górgias 507. D). “Somos mais
felizes em sofrer uma injustiça do que em cometê-las”.
4º: O VALOR
A virtude é conhecimento. O erro, ignorância. Para Platão a virtude vale
independentemente do ser útil. Ela tem valor em si. Vale mais do que
qualquer coisa prática. A virtude tem um valor que não se limita ao
aspecto prático; útil. O bem é sinônimo de valor. É sempre um bem
intrínseco (pag. 130 – FEDON).