Você está na página 1de 16

FILOSOFIA

Professora Erica Frau


CONSTRUÇÃO
DO SUJEITO
MORAL
Haverá paradeiro

Para o nosso desejo

Dentro ou fora de
um vício?

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=Ct-sp6LrvE0
Em muitas ocasiões, ficamos contentes
e emocionados diante de uma pessoa
cujas palavras e ações manifestam
honestidade, honradez, espírito de
justiça, altruísmo. Sentimos que há
grandeza e dignidade nessa pessoa.
Sentimos admiração por ela e
desejamos imitá-la.
Tais emoções e sentimentos exprimem
nosso senso moral, isto é, a maneira
como avaliamos a conduta e a ação
de outras pessoas segundo ideias como
as de mérito e grandeza de alma.
Nossas dúvidas quanto à decisão a tomar não
manifestam nosso senso moral, mas põe a prova nossa
consciência moral. Pois exigem que decidamos, por
nossa conta, o que fazer, que justifiquemos para nós
mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e
que assumamos todas as consequências delas.

Em outras palavras, a consciência moral não se limita aos


nossos sentimentos morais, mas se refere também a
avaliações de conduta que nos levam a tomar decisões
por nós mesmos, a agir em conformidade com elas e a
responder por elas perante os outros.
SENSO MORAL E CONSCIÊNCIA
MORAL REFEREM-SE A VALORES E
SENTIMENTOS:
HONRADEZ
ESPÍRITO DE
SACRIFÍCIO INTEGRIDADE
JUSTIÇA

ADMIRAÇÃO
GENEROSIDADE
CÓLERA
MEDO
VERGONHA

REMORÇO

AMOR
DÚVIDA CULPA CONTENTAMENTO
Os sentimentos e as ações, nascidos de
uma opção entre o bom e o mau, ou entre
o bem e o mal, também se referem a algo
mais profundo e subentendido: nosso
desejo de afastar a dor e o sofrimento e de
alcançar a felicidade, seja por ficarmos
contentes conosco mesmos, seja por
recebermos a aprovação dos outros.
Além disso, os sentimentos e as ações
morais têm como pressuposto fundamental,
a ideia de liberdade do agente.
O senso moral e a consciência moral dizem respeito a
valores, sentimentos, intenções, decisões e ações
referidos ao bem e ao mal, ao desejo de felicidade e ao
exercício da liberdade.

Dizem respeito as relações que matemos com os outros e,


portanto, nascem e existem como parte de nossa vida
com outros agentes morais. O senso e a consciência
morais são por isso constitutivos de nossa existência
intersubjetiva, isto é, de nossas relações com outros
sujeitos morais.
O AGENTE MORAL

O sujeito ético ou moral – ou seja, a pessoa


moral – só pode existir se for:

 consciente de si e dos outros,


 dotado de vontade,
 responsável,
 livre,
O AGENTE MORAL

consciente de si e
dos outros, isto é,
capaz de refletir e
de reconhecer a
existência dos
outros como sujeitos
éticos iguais a si;
O AGENTE MORAL
dotado de vontade, isto
é, de capacidade para
controlar e orientar
desejos, impulsos,
tendências, sentimentos
e de capacidade para
deliberar e decidir entre
várias alternativas
possíveis.
O AGENTE MORAL

responsável, isto é, caso


se reconheça como
autor da ação e avalie
os efeitos e as
consequências dela
sobre si e sobre os outros.
O AGENTE MORAL

livre, isto é, capaz de


oferecer-se como causa
interna de seus sentimentos,
atitudes e ações, por não
estar submetido a poderes
externos que o forcem e o
constranjam a sentir, a
querer e a fazer alguma
coisa.
Após ter passado 27 anos preso
por combater o apartheid
(regime de segregação racial),
Nelson Mandela se torna o
primeiro presidente negro da
África do Sul em, em 1994.

“Eu faço tudo isso em nome dos


princípios morais, segundo os
quais não podemos abandonar
aqueles que nos ajudaram nos
momentos mais sombrios da
história do nosso país.”
Do ponto de vista do agente ou sujeito moral, a
ética faz uma exigência essencial: a diferença
entre passividade e atividade.
Passivo é quem se deixa governar por seus
impulsos, inclinações e paixões, pelas
circunstâncias, pela boa ou má sorte, pela opinião
alheia, pelo medo dos outros, não exercendo sua
própria consciência, vontade, liberdade e
responsabilidade.
Ao contrário, é ativo, ou virtuoso aquele que controla seus
impulsos, suas inclinações e suas paixões, discute consigo
e com os outros o sentido dos valores e dos fins
estabelecidos, indaga se devem e como devem ser
respeitados ou transgredidos por outros valores e fins
superiores aos existentes, avalia sua capacidade para dar
a si mesmo as regras de conduta, consulta sua razão e
sua vontade antes de agir, considera os outros sem
subordinar-se nem submeter-se cegamente a eles,
responde pelo que faz, julga suas próprias intenções e
recusa a violência contra si e contra os outros. Em uma
palavra, é autônomo.

Você também pode gostar