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Ética e cidadania

ética [Fem. substantivado do adj. ético.]

1. Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível


de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a
determinada sociedade, seja de modo absoluto.

moral [Do lat. morale, ‘relativo aos costumes’.]

1. Filos. Conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de


modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada.

2. Conclusão moral que se tira de uma obra, de um fato etc.

S. m.

3. O conjunto das nossas faculdades morais; brio, vergonha.

4. O que há de moralidade em qualquer coisa.


Aurélio, 1992

Da moral para a ética

É
tica, ou filosofia moral, é uma reflexão sistemática a respeito do comportamento moral. Ela in-
vestiga, analisa e explica a moral de uma determinada sociedade. Compete à ética, por exemplo,
o estudo da origem da moral, da distinção entre o comportamento moral e outras formas de agir,
da liberdade e da responsabilidade e, ainda, de questões como a prática do aborto, da eutanásia e da
pena de morte. A ética não diz o que deve e o que não deve ser feito em cada caso concreto. Isso é da
competência da moral. A partir dos fatos morais, a ética tira conclusões, elaborando princípios sobre
o comportamento moral.
Recentemente surgiu a bioética, que trata das questões éticas suscitadas pelas experiências das
ciências biomédicas e da engenharia genética, tais como: o transplante de órgãos, a fecundação arti-
ficial e a manipulação dos genes.
Quando usado na expressão ética profissional, o termo ética significa o conjunto de princípios
a serem observados pelos indivíduos no exercício de sua profissão. É assim que se fala, por exemplo,
da ética dos jornalistas, dos advogados, dos médicos, dos publicitários.

Tomando partido, entre o fato e o valor


Se dissermos “está nevando”, estaremos enunciando um acontecimento constatado por nós e o
juízo proferido é um juízo de fato. Se, porém, falarmos: “a neve é prejudicial para as plantas” ou “a
neve é bela”, estaremos interpretando e avaliando o acontecimento. Nesse caso, proferimos um juízo
de valor.
Juízos de fato são aqueles que dizem o que as coisas são, como são e por que são. Em nossa vida
cotidiana, mas também nos estudos do ser enquanto ser e nas ciências, esse tipo de juízo está presente.
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Diferentemente deles, os juízos de valor, avaliações sobre coisas, pessoas, situa-


ções são proferidos na moral, nas artes, na política, na religião.
Juízos de valor avaliam coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimen-
tos, sentimentos, estados de espírito, intenções e decisões como bons ou maus,
desejáveis ou indesejáveis.
Os juízos éticos de valor são também normativos, isto é, enunciam normas
que determinam o dever ser de nossos sentimentos, nossos atos, nossos comporta-
mentos. São juízos que enunciam obrigações e avaliam intenções e ações, segun-
do o critério do correto e do incorreto.
Quando uma cultura e uma sociedade definem o que entendem por mal,
crime e vício circunscrevem aquilo que julgam violência contra um indivíduo ou
contra o grupo. Simultaneamente, erguem os valores positivos – o bem e a virtude
– como barreiras éticas contra a violência.
Em nossa cultura, a violência é entendida como o uso da força física e do
constrangimento psíquico para obrigar alguém a agir de modo contrário à sua na-
tureza e ao seu ser. Ela é a violação da integridade física e psíquica da dignidade
humana de alguém. Eis por que o assassinato, a tortura, a injustiça, a mentira,
o estupro, a calúnia, a má-fé, o roubo são considerados violência, imoralidade e
crime.
Considerando que a humanidade reside no fato de o homem ser racional,
dotado de vontade livre, de capacidade para a comunicação e para a vida social,
de capacidade para interagir com a natureza e com o tempo, nossa cultura e socie-
dade nos definem como sujeitos do conhecimento e da ação, localizando a violên-
cia em tudo aquilo que reduz um sujeito à condição de objeto. Do ponto de vista
ético, somos pessoas e não podemos ser tratados como coisas. Os valores éticos
se oferecem, portanto, como expressão e garantia de nossa condição de sujeitos, e
proíbem moralmente aquilo que nos transforma em coisa usada e manipulada.
A ética é normativa exatamente por isso, suas regras visam a impor limites
e controles ao risco permanente da violência.
O sujeito ético ou moral, isto é, a pessoa, só pode existir se preencher as
seguintes condições:
ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de reflexão e de reconhe-
cimento da existência dos outros como sujeitos éticos iguais a ele;
ser dotado de vontade, capacidade para controlar e orientar desejos, im-
pulsos, tendências, sentimentos (para que estejam em conformidade com
a consciência) e de capacidade para deliberar e decidir entre várias alter-
nativas possíveis;
ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor da ação, avaliar seus
efeitos e consequências sobre si e sobre os outros, assumi-la assim como
às suas consequências, respondendo por elas;
ser livre, isto é, ser capaz de oferecer-se como causa interna de seus sen-
timentos, atitudes e ações, por não estar submetido a poderes externos
que o forcem e o constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma coisa. A
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liberdade não é tanto o poder para escolher entre vários possíveis, mas o
poder para autodeterminar-se, dando a si mesmo as regras de conduta.
Para que uma sociedade subsista, é preciso que haja leis, como é preciso haver regras para
cada jogo. A maioria dessas leis parece arbitrária, dependem dos interesses, das paixões,
das opiniões dos que as inventaram e da natureza do clima onde os homens se reuniram
em sociedade. [...] Em Esparta, encorajava-se o adultério; em Atenas, era punido com a
morte. O nome do rei é sagrado em muitos nações e abominado em outras. [...] A maioria
das leis contraria-se tão visivelmente que aquelas que governam um Estado importam
muito pouco: o que importa é que, uma vez estabelecidas, sejam executadas. [...] A vir-
tude e o vício, o bem e o mal moral são, portanto, em todos os lugares, aquilo que é útil
ou daninho à sociedade; e, em todos os lugares e em todos os tempos, aquele que mais se
sacrificar ao público será considerado o mais virtuoso. (VOLTAIRE, 1978)

O campo ético é, portanto, constituído por dois polos internamente relacio-


nados: o agente ou sujeito moral e os valores morais ou virtudes éticas.
Do ponto de vista do agente ou sujeito moral, a ética faz uma exigência es-
sencial, qual seja, a diferença entre passividade e atividade. Passivo é aquele que
se deixa governar e arrastar por seus impulsos, inclinações e paixões, pelas cir-
cunstâncias, pela boa ou má sorte, pela opinião alheia, pelo medo dos outros, pela
vontade de um outro, não exercendo sua própria consciência, vontade, liberdade
e responsabilidade.
Ao contrário, é ativo ou virtuoso aquele que controla interiormente seus im-
pulsos, suas inclinações e suas paixões, discute consigo mesmo e com os outros o
sentido dos valores e dos fins estabelecidos, indaga se devem e como devem ser
respeitados ou transgredidos por outros valores e fins superiores aos existentes,
avalia sua capacidade para dar a si mesmo as regras de conduta, consulta sua razão
e sua vontade antes de agir, tem consideração pelos outros sem subordinar-se nem
submeter-se cegamente a eles, responde pelo que faz, julga suas próprias intenções
e recusa a violência contra si e contra os outros. Numa palavra, é autônomo.
A palavra autônomo vem do grego: autós (eu mesmo, si mes-

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mo) e nómos (lei, norma, regra). Aquele que tem o poder para dar a
si mesmo a regra, a norma, a lei é autônomo e goza de autonomia
ou liberdade. Autonomia significa autodeterminação. Quem não tem
a capacidade racional para a autonomia é heterônomo. Heterônomo
vem do grego: héteros (outro) e nomós, receber de um outro a norma,
a regra ou a lei.
Os filósofos antigos (gregos e romanos) consideravam que a
vida ética transcorria como um embate contínuo entre nossos apetites
e desejos – as paixões – e nossa razão. Por natureza, somos passionais
e a tarefa primeira da ética é a educação de nosso caráter ou de nossa
natureza para seguirmos a orientação da razão. A vontade possuía um
lugar fundamental nessa educação, pois era ela que deveria ser forta-
lecida para permitir que a razão controlasse e dominasse as paixões. Escola – o local para homogeneizar
os valores.
O passional é aquele que se deixa arrastar por tudo quanto satis-
faça imediatamente seus apetites e desejos, tornando-se escravo deles.
Desconhece a moderação, e acaba vítima de si mesmo.

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Podemos resumir a ética da Antiguidade em três aspectos principais:


o racionalismo – a vida virtuosa consiste em agir em conformidade com
a razão, que conhece o bem, deseja-o e guia nossa vontade até ele;
o naturalismo – a vida virtuosa é o agir em conformidade com a natureza (o
cosmo) e com nossa natureza (nosso ethos), que é a parte do todo natural;
a inseparabilidade entre ética e política – isto é, consiste na união entre
a conduta do indivíduo e os valores da sociedade, pois somente na exis-
tência compartilhada e harmônica com outros encontramos liberdade,
justiça e felicidade.
A ética, portanto, era concebida como educação do caráter do sujeito moral
para a dominação dos impulsos, apetites e desejos, para orientar a vontade rumo
ao bem e à felicidade e para formar o indivíduo como membro da coletividade
sociopolítica. Sua finalidade era o estabelecimento da harmonia entre o caráter do
sujeito virtuoso e os valores coletivos, que também deveriam ser virtuosos.

História e virtudes
Vivemos observando que os valores morais modificam-se porque seu conteúdo é determi-
nado por condições históricas. Podemos comprovar a determinação histórica do conteúdo
dos valores examinando as virtudes definidas em diferentes épocas.
Se tomarmos a Ética a Nicômaco, de Aristóteles, como exemplo, encontraremos a síntese
das virtudes que constituíam a areté (a virtude ou excelência ética) e a moralidade grega
durante o tempo em que a pólis autônoma foi a referência social da Grécia.
Aristóteles distingue vícios e virtudes pelo critério do excesso, da falta e da moderação:
um vício é um sentimento ou uma conduta excessiva, ou deficiente; uma virtude, um sen-
timento ou uma conduta moderada.
Resumidamente, eis o quadro aristotélico:

Virtude Vício por excesso Vício por deficiência


coragem temeridade covardia
temperança libertinagem insensibilidade
prodigalidade esbanjamento avareza
magnificência vulgaridade vileza
respeito próprio vaidade modéstia
prudência ambição moleza
gentileza irascibilidade indiferença
veracidade orgulho descrédito próprio
agudeza de espírito zombaria rusticidade
amizade condescendência enfado
justa indignação inveja malevolência

Quando examinamos as virtudes definidas pelo cristianismo, descobrimos que, embora


as aristotélicas não sejam afastadas, deixam de ser as relevantes. O quadro cristão pode
ser assim resumido:

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virtudes teologais: fé, esperança, caridade;


virtudes cardeais: coragem, justiça, temperança, prudência;
pecados capitais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera, inveja e orgulho;
virtudes morais: sobriedade, prodigalidade, trabalho, castidade, mansidão, generosidade,
modéstia.
A cidadania era exclusiva dos homens adultos livres, nascidos no território da Cidade.
Além disso, a diferença de classe social nunca era apagada, mesmo que os pobres tivessem
direitos políticos. Assim, para muitos cargos, a riqueza era o prerrequisito e havia mesmo
atividades de prestígio que somente os ricos podiam realizar. Era o caso, por exemplo, da
liturgia grega e do evergetismo romano, isto é, de grandes doações em dinheiro à cidade
para festas, construção de templos e teatros, patrocínio de jogos esportivos, de trabalhos
artísticos etc.
O que procuramos apontar não foi a criação de uma sociedade sem classes, justa e feliz,
mas a invenção da política como solução e resposta que uma sociedade oferece para suas
diferenças, seus conflitos e suas contradições, sem escondê-los sob a sacralização do po-
der e sem fechar-se à temporalidade e às mudanças.
Podemos entender cultura como uma dimensão do processo social e utilizá-la como
um instrumento para compreender as sociedades contemporâneas. O que não podemos
fazer é discutir sobre cultura ignorando as relações de poder dentro de uma sociedade
ou entre sociedades. Notem bem: o estudo da cultura não se reduz a isso, mas esta é
uma realidade que sempre se impõe. Assim é porque as próprias preocupações com
cultura nasceram associadas às relações de poder. E também porque, como dimensão do
processo social, a cultura registra as tendências e conflitos da história contemporânea e
suas transformações sociais e políticas. Além disso, a cultura é um produto da história
coletiva por cuja transformação e por cujos benefícios as forças sociais se defrontam.
(CHAUÍ, 1994)

Saber e poder
As preocupações com cultura desenvolveram-se associadas às relações de
poder? Lembrem-se de que elas se consolidaram com o processo de formação de
nações modernas dominadas por uma classe social, junto ainda com uma marca-
da expansão de mercados das principais potências europeias, acompanhando o
desenvolvimento industrial do século passado. Por outro lado, consolidaram-se
integrando a nova ciência do mundo contemporâneo, que rompia com o domínio
da interpretação religiosa, transformando a sociedade e a vida em esferas que po-
diam ser sistematicamente estudadas para que se pudesse agir sobre elas.
Por que o espaço geográfico é um conceito importante para a geografia? Porque o conhe-
cimento geográfico é uma iniciação ao raciocínio espacial. Não é possível compreender o
mundo atual sem o mínimo de conhecimento geográfico. Portanto, conhecer o seu lugar
é poder. Desde a Antiguidade, o saber sobre o lugar e sua posição na superfície terrestre
sempre foi fonte de conhecimento e poder. Quando Heródoto descreveu o Egito como
“uma dádiva do rio Nilo” relacionou a fertilidade da terra agrícola com as cheias periódi-
cas que depositavam material orgânico em suas margens.
Essa relação já era conhecida pelos sacerdotes egípcios, que eram chamados para recom-
por os limites das propriedades alterados pelas águas e utilizavam as medições do nível
das cheias para estimar as safras agrícolas do reino e calcular o volume de impostos que
seriam arrecadados pelos funcionários do Faraó.

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Mais recentemente vimos os vietnamitas em guerra contra os Estados Unidos saírem vito-
riosos por conhecer o terreno, ou seja , o teatro de operações de guerra. Eles, em número
bem menor de soldados e armamentos, além de quase nenhuma tecnologia, utilizando-se
dos elementos do terreno, puderam traçar estratégias para sua defesa e venceram a guerra.
A importância do conhecimento do lugar onde se desenvolve qualquer atividade humana
é decisiva para se atingir um fim proposto. Nesses exemplos históricos, vimos a importân-
cia do espaço geográfico, seja na produção de bens materiais, seja nas práticas culturais,
seja na guerra. (CROCETTI, 1999)

As preocupações com cultura surgiram, assim, associadas tanto ao progres-


so da sociedade e do conhecimento quanto a novas formas de dominação. Notem
que o conhecimento não se limitava ao conteú-

Domínio público.
do básico das concepções da cultura; as próprias
preocupações com cultura eram instrumentos
de conhecimento, respondiam a necessidades de
conhecimento da sociedade, as quais se desen-
volveram claramente associadas com as relações
de poder.
Hoje em dia, os centros de poder da so-
ciedade se preocupam com a cultura, procuram
defini-la, entendê-la, controlá-la, agir sobre seu
desenvolvimento. Há instituições públicas en-
A elite cultura francesa, a unidade básica da vida coletiva, que
fica acima do indivíduo. Leitura da Comédie Française em 1847, carregadas disso; da mesma forma, a cultura é
Museu de Versalhes, França. uma esfera de atuação econômica, com empresas
diretamente voltadas para ela. Assim, as preocu-
pações com a cultura são institucionalizadas, fazem parte da própria organização
social, expressam seus conflitos e interesses, e nelas os interesses dominantes da
sociedade manifestam sua força.
É uma característica dos movimentos sociais contemporâneos a exigência
de que esse setor da vida social seja expandido e democratizado. Isso é particular-
mente importante quando se consideram as mazelas culturais de um povo como
o nosso, como, por exemplo, o analfabetismo, o controle do conhecimento e seus
benefícios por uma pequena elite, a pobreza do serviço público de educação e de
formação intelectual das novas gerações. Como vocês podem ver, as preocupações
com a cultura mantêm sua proximidade com as relações de poder. Continuam as-
sociadas às formas de dominação na sociedade e continuam sendo instrumentos
de conhecimento ligados ao progresso social.

Cultura e mudança social


A cultura, como temos visto, é uma produção coletiva, mas, nas sociedades
de classes, seu controle e benefícios não pertencem a todos. Isso se deve ao fato de
que as relações entre os membros dessas sociedades são marcadas por desigual-
dades profundas, de tal modo que a apropriação dessa produção comum se faz em
benefício dos interesses que dominam o processo social. E como consequência
disso, a própria cultura acaba por apresentar poderosas marcas de desigualdade.

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O que nesse aspecto ocorre no interior das sociedades contemporâneas, ocorre


também na relação entre as sociedades. Há aí controle, apropriação, desigualdades
no plano cultural.
É por isso que as lutas pela universalização dos benefícios da cultura são,
ao mesmo tempo, lutas contra as relações de dominação entre as sociedades con-
temporâneas e contra as desigualdades básicas das relações sociais no interior
das sociedades. São lutas pela transformação da cultura. Elas se dão no contexto
das muitas sociedades existentes, as quais estão cada vez mais interligadas pelos
processos históricos que vivenciamos.
Retomamos assim os temas com que iniciamos este trabalho. É bom que seja
dessa forma, pois podemos concluí-lo afirmando que, num sentido mais amplo e
também mais fundamental, cultura é o legado comum de toda a humanidade.

1. Problematização:

“Afirmar que a geografia serve, em princípio, para fazer a guerra não implica afirmar que ela
só serve para realizar operações militares; ela serve também para organizar territórios, não so-
mente como estratégia de deslocamento de tropas contra este ou aquele adversário, mas também
para melhor controlar os homens sobre o território nacional, onde o Estado exerce sua autori-
dade. A geografia é um saber estratégico diretamente ligado a um conjunto de práticas políticas
e militares e são práticas que exigem um conjunto articulado de informações extremamente
variadas” (LACOSTE, 1988).
a) Baseado na compreensão da aula e na leitura do texto acima, podemos afirmar que a Geogra-
fia é um instrumento de poder para o Estado?

2. (Unesp) “É preciso que a política controle a técnica. Nós estamos às vésperas de uma grande
revolução, que vai agravar os efeitos da revolução industrial: é a revolução informacional, que
significará o desemprego em massa, o fim do trabalho, da força do homem.
[...] Nós entramos em um período de desemprego em massa, que é estrutural e não conjuntural”
(VIRÍLIO, Paul, urbanista francês. Folha de S.Paulo, 28 set. 1997).
Esse urbanista, ao fazer essas afirmações, referia-se, provavelmente, apenas:
a) à França, onde já se verifica um afluxo significativo de migrantes de outras partes do país.
b) aos países que primeiramente fizeram a Revolução Industrial e hoje veem modificar-se as re-
lações de trabalho pela introdução da internet, do robô e de todos os métodos informatizados
cada dia mais rápidos.

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