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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Faculdade de Ciências Econômicas


História Econômica Geral – Turma A

Docente: Eduardo Ernesto Filippi


Discente: Ana Luiza Francisco Cavalheiro

TRABALHO 3

1. O imperialismo é fruto do desenvolvimento do capitalismo, que nasceu com as


transformações causadas pela Revolução Industrial. O desenvolvimento das
indústrias foi responsável pelo surgimento de economias globais, pois trouxe a
necessidade pela busca de novos mercados consumidores. Segundo
Hobsbawm, esse foi o grande fator que empurrou as nações industrializadas
para ocupação de novos territórios. Entre os anos de 1875 e 1914, houve uma
divisão formal do mundo em territórios de dominação política e, desse modo,
uma parcela considerável de continentes tornou-se colônia de meia dúzia de
Estados. “Essa repartição do mundo entre um pequeno número de Estados, que
dá título ao presente volume, foi a expressão mais espetacular da crescente
divisão do planeta em fortes e fracos, em “avançados” e “atrasados” que já
observamos. Foi também notavelmente nova”. (HOBSBAWM, Eric, 2013, p. 91).
Nesse sentido, essa divisão do mundo se deu favorecendo os países
pertencentes às partes mais econômica e militarmente desenvolvidas e, assim,
as grandes potências da época Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Holanda,
Bélgica, Estados Unidos e Japão dividiram a maior parte do mundo,
especialmente África e Pacífico, cujos territórios tornaram-se quase inteiramente
pertencentes a nações alheias. Para Hobsbawm, a criação de uma economia
global única foi o acontecimento de maior relevância do século XIX. No entanto,
a Era dos Impérios não se limitou apenas aos aspectos econômicos e políticos,
mas também culturais. Os países dominados sofreram muitas transformações
sociais, ocidentalizando-se.

2. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos lucraram muito com
a exportação de produtos industrializados e alimentos para Europa. Esse foi um
grande período de prosperidade econômica, pois havia emprego para todos e
preços acessíveis e, a partir disso, o governo estimulava o consumo em
abundância. Esse estilo de vida americano era fundamentado principalmente
pelo pagamento de mercadorias provenientes da exportação e pela expansão
de crédito. Uma quantidade massiva de títulos e dinheiro foi emitida com a
finalidade de expandir a economia e muitas pessoas comuns e organizações
viram isso como uma oportunidade segura e estável de investimento. No
entanto, no meio desse cenário, a economia Europeia voltou a se estabilizar e
as suas importações diminuíram cada vez mais. O resultado disso para os
Estados Unidos foi suas indústrias produzindo em grandes quantidades para um
consumo cada vez menor, ou seja, a oferta se tornou muito maior que a
demanda. Por consequência, a produção precisou parar, os preços
despencaram e o desemprego se espalhou pelo país. Assim sendo, houve
queda no lucro e no valor das ações das empresas, ocasionando a quebra da
bolsa de valores. Em resumo, as principais causas da crise de 1929 foram a falta
de regulamentação da economia e a oferta de crédito barato, que incentivou o
consumo desenfreado e a especulação financeira.

3. A Conferência de Bretton Woods marcou a fundação do novo Sistema Monetário


Internacional e de duas grandes instituições mundiais que se encarregariam de
dar o sustento necessário ao novo sistema: o FMI e o Banco Mundial. Segundo
Bandera, o que norteou esse processo foi a preocupação de se criar um sistema
baseado em taxas cambiais fixas, buscando-se evitar as desvalorizações
competitivas. Esse novo sistema financeiro trouxe muitas vantagens para os
Estados Unidos, pois uma das regras estabelecidas nessa Conferência foi uma
convertibilidade fixa do dólar em ouro, segundo a qual os Estados Unidos
assumiriam o compromisso de sempre venderem e comprarem o ouro a um
preço invariável. Assim, o dólar, pela sua capacidade de intervenção e uso
corrente nas transações internacionais, passou a ser a moeda reserva desejada
por todos os países, já que era a única moeda que livremente se convertia em
ouro. Desse modo, esse sistema liberal, que se destacava pelo mercado e pelo
livre fluxo de comércio e capitais, foi a base para o maior ciclo de crescimento
da história do capitalismo. Com sua moeda regendo o mundo e supremacia nos
setores industrial, tecnológico e militar, o Estados Unidos se consolidava como
a maior potência mundial.

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