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A Grande Depressão: da crise financeira à crise política, a solução democrática

A grande depressão, também conhecida como “a crise de 1929'', foi uma forte
recessão económica que atingiu o capitalismo internacional nos EUA em 1929 e,
posteriormente, todos os países que detinham laços económicos e financeiros com o
mesmo. Este abalo económico deveu-se, em parte, à superprodução da indústria
norte-americana, falta de regulamentação da economia, excesso de crédito e especulação
na Bolsa de Valores. Esta crise, por sua vez, deu início a um abalo e desaceleração do
liberalismo económico, com quedas acentuadas na produção, colapso de bancos e
aumentos na taxa de pobreza.
A América prosperava e ocupava o posto de maior economia no mundo. Em virtude
deste grande crescimento, a década de 1920 foi um período de grande euforia económica e
marcou um grande avanço tecnológico, livres produções e a especulação da bolsa. Esta
euforia económica refletia-se na população, a partir de um exagerado e acelerado
consumismo, através da compra de carros e eletrodomésticos. Por causa deste
desenvolvimento económico e da onda de euforia, as pessoas passaram a investir de
maneira intensa no mercado financeiro, disparando a especulação monetária. No entanto, o
crédito desregulado e o crescimento da especulação financeira criaram uma bolha de falsa
prosperidade levando a uma crise mundial.
As consequências desta crise foram de tal maneira preocupantes e devastadoras
que a retração do consumo originou a acumulação de stocks e a queda de preços e lucros,
fazendo com que os empresários e trabalhadores deixassem de ter capital para investir. A
crise financeira propaga-se pela Europa e pelos restantes continentes, abalando assim as
economias e cessando os investimentos dos países.
Para a América voltar a prosperar é necessário a intervenção do Estado. Para tal,
Keynes, cria a teoria do keynesianismo, onde exalta a necessidade de intervenção e o
papel organizador que o Estado deveria ter no capitalismo a fim de suprir e corrigir os danos
sociais e económicos, causados pelo liberalismo económico. “No que respeita à tendência
para o consumo, o Estado será levado a intervir pela sua política fiscal, (...) e talvez ainda
por outros meios” (Manual de História, DOC.23 B). Tendo em conta a situação em que o
mundo se encontrava, foi criado um modelo de estado assistencialista, fundado no direito
sociais universais dos cidadãos apelidado de “Welfare State”. Neste modelo o estado
torna-se responsável por promover o bem-estar social e económico da população
garantindo educação, saúde, habitação, entre outros. Algumas das medidas adotadas
visavam aumentar a oferta de vagas de trabalho para a população uma vez que, cerca de
14 milhões de trabalhadores ficaram desempregados e passaram a viver na miséria devido
a toda a situação, “Há neste momento, nos Estados Unidos, cerca de 14 milhões de
desempregados, e, (...) vivem de esmolas”, citação feita pelo ensaísta francês André
Maurois, em (900 textos e documentos de história).
A Grande Depressão terminou com o programa de recuperação económica
conhecido por New Deal. Este programa de recuperação econômica foi realizado no
governo de Franklin Delano Roosevelt e tinha como principal objetivo reerguer a economia
norte-americana após a crise de 1929, por conta da quebra da Bolsa de Valores de Nova
York.

Anita Sousa nº3 12 LHC

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