A Primeira República Portuguesa (1910-1926) foi a primeira tentativa de estabelecer uma democracia parlamentar em Portugal após o fim da monarquia em 1910. No entanto, a instabilidade política foi grande, com mais de 40 governos e seis presidentes em apenas 16 anos. Historiadores têm interpretações diferentes sobre os motivos para a instabilidade, com alguns apontando que a república continuou o liberalismo monárquico enquanto outros acreditam que o fim desse liberalismo foi o problema.
A Primeira República Portuguesa (1910-1926) foi a primeira tentativa de estabelecer uma democracia parlamentar em Portugal após o fim da monarquia em 1910. No entanto, a instabilidade política foi grande, com mais de 40 governos e seis presidentes em apenas 16 anos. Historiadores têm interpretações diferentes sobre os motivos para a instabilidade, com alguns apontando que a república continuou o liberalismo monárquico enquanto outros acreditam que o fim desse liberalismo foi o problema.
A Primeira República Portuguesa (1910-1926) foi a primeira tentativa de estabelecer uma democracia parlamentar em Portugal após o fim da monarquia em 1910. No entanto, a instabilidade política foi grande, com mais de 40 governos e seis presidentes em apenas 16 anos. Historiadores têm interpretações diferentes sobre os motivos para a instabilidade, com alguns apontando que a república continuou o liberalismo monárquico enquanto outros acreditam que o fim desse liberalismo foi o problema.
A Primeira República Portuguesa (1910-1926) constituiu a primeira tentativa
persistente de estabelecer e manter uma democracia parlamentar em Portugal. Este regime surgiu por meio de um golpe de estado que pôs fim à monarquia constitucional. Apesar das boas intenções e ideias iniciais, os republicanos mostraram-se incapazes de criar um sistema estável e funcional. A instabilidade era de tal maneira grave que em apenas dezasseis anos houve mais de 40 governos “Quarenta e tal governos, seis presidentes, eleições parlamentares em média de dois em dois anos, vinte e cinco revoltas e motins.” (Martins, 1998, 70). Há diferentes interpretações sobre tudo aquilo que decorreu ao longo da Primeira República. Assim como Marcello Caetano, Oliveira de Marques, professor universitário e historiador Português, realça a sua posição no livro “A Primeira República Portuguesa”. Oliveira de Marques acreditava que a república nada mais era senão uma continuação do liberalismo monárquico, escrevendo que esta não foi “o começo de algo estruturalmente novo, mas antes a última fase de algo que começara muito antes”, em 1820. Para Oliveira de Marques, a república representou o auge da evolução do liberalismo monárquico e, portanto, teria de ser substituída por algo totalmente novo para funcionar. Diferentemente de Oliveira de Marques, que interpretou toda a situação como um erro fatal do passado, Pulido Valente considera que a principal falha da República foi o fim do liberalismo monárquico, uma vez que, consoante ele, em (Revoluções: A República Velha) “o liberalismo monárquico era a única esperança de um governo estável em Portugal”. Na minha opinião, acredito que a crise e instabilidade na República se deveu, não a um sistema liberal, mas precisamente a um não liberal. A questão religiosa é um dos exemplos dessa instabilidade, sendo que, um dos ex-primeiro-ministros, Afonso Costa, tinha como objetivo abolir a religião Católica em apenas dois anos, em Portugal. A meu ver, esta medida não tem sentido algum, sendo Portugal um País tão ligado à religião. Embora não concorde totalmente com nenhuma das posições dos historiadores, aquela que mais se assemelha à minha é a de Oliveira de Marques uma vez que, a República, no sentido de um estado sem a dinastia, parecia cada vez mais uma via para resolver o impasse da Monarquia Constitucional.