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ETEC Dr.

Emílio Hernandez Aguilar


  
Samuel Isaque Serna Eleoterio Lima
Leticia Rodrigues de Sousa
Rafael Azevedo Silva
Lyv Morgana
Maria Eduarda Lima

  
  
Perfis autoritários que comprometem com a independência
da américa latina
Brasil, independência, monarquia e ditadura
  
  
  
  
  
  
  

  
São Paulo
2022
Samuel Isaque Serna Eleoterio Lima 
Leticia Rodrigues de Sousa 
Rafael Azevedo Silva 
Lyv Morgana 
Maria Eduarda Lima 
  
  
  
  
  
  
  
Perfis autoritários que comprometem com a independência
da américa latina 
Brasil, independência, monarquia e ditadura 
  
  
                                                            

 Trabalho feito sobre como o autoritarismo influência na


américa latina  
Orientador(a): Mara Cristina Gonçalves da Silva 

No dia 28 de maio de 1926 um golpe militar pôs fim aos dezesseis anos da Primeira
República portuguesa. Para se ter uma ideia do nível de instabilidade na primeira
fase do republicanismo em Portugal basta citar o fato de que naquele curto
espaço de tempo o país assistiu à ascensão e à queda de um total de 45
governos e a 29 levantes revolucionários de diversos matizes2. Os motivos que
levaram à incessante crise são vários: dificuldades de desenvolvimento econômico,
tensões e divergências entre os setores governistas, a entrada equivocada na
Primeira Guerra Mundial...Para além desses problemas, que dizem respeito às
escolhas dos agentes políticos, outros fatores ligados à tradição histórica portuguesa
não devem ser menosprezados. Arno Mayer, em seu conhecido livro A força da
tradição lembra que o desenvolvimento da modernidade liberal durante a segunda
metade do século XIX na Europa conviveu com valores da tradição e do
conservadorismo que apenas aparentementedeclinavam3. Desta forma, a
república parlamentar, a sociedade de mercado e a indústria foram
contemporâneas do poder aristocrático, da corporação e do pequeno universo
agrário. Sem necessariamente superá-los. Passado e futuro encontravam-se em per
manentes enlaces e desenlaces. Em proximidades e distanciamentos. Se, para
alguns países, a Primeira Guerra Mundial foi um "divisor de águas", no sentido de
uma ruptura mais profunda para com o passado, o mesmo não se pode dizer de
outros, onde prevalecêramos elementos da continuidade. Este, por certo, é o caso
português, cujo regime do Estado Novo (1933-1974) ancorava-se em um
eficiente discurso que remetia, a todo instante, a um passado legitimador. Ao mesmo
tempo seria um equívoco e mesmo uma simplificação histórica afirmar que o
corporativismo português se resumiu à nostalgia. Ao contrário, entre os agentes
que organizaram e pensaram a institucionalização do regime, bem como seu
funcionamento, havia tanto os que defendiam uma perspectiva mais
conservadora e tradicionalista como também aqueles para quem a ditadura
deveria dialogar com os diversos projetos de modernidade alternativa ao
liberalismo que se organizaram na Europa durante as décadas de 1920

e 1930. Por este motivo concordamos com Philippe Schmitter para quem o
Estado Novo foi um laboratório de experiências tanto como reinvenção de um
imaginário "regenerador" e nacionalista como também de integração das
classes trabalhadoras evitando as radicalizações fascista e nacional-socialista4.
De minha par te acrescentaria ainda, para além da política sindical, a própria
reordenação jurídica do Estado e a política de propaganda como elementos que
expressavam um evidente compromisso com a modernidade. Procurarei demonstrar
que o pensamento autoritário do Estado Novo português possuía duas vertentes.
Uma delas tradicionalista e conservadora, que tinha seus olhos voltados para o
passado. Mas havia também entre os antiliberais portugueses aqueles para quem os
movimentos radicais de direita que desembocaram em projetos diversos de
modernização eram referências fundamentais. Obrigatórias, até. A
institucionalização do regime, ainda que como predomínio da primeira, não teria
sido possível sem a combinação das duas perspectivas.

.1.O Antigo Regime como horizonte utópico (Ou legitimação


através do passado) Segundo António Manuel Hespanha, no século XVIII,
o individualismo propôs uma imagem de sociedade centrada no homem, sendo que
seus objetivos nada mais era que a "soma dos fins de seus membros e a utilidade
geral confundia-se com a que resultava da somadas utilidades de cada indivíduo".
Ao contrário, o pensamento social medieval concebia o primado do "corpo", ao qual
estaria integrado, deforma submissa, o indivíduo. Ressalta também o autor o papel
que a religião desempenhou junto ao pensamento político medieval ancorado na
ideia de cosmos, orientando todos os homens para um objetivo único identificado
com o criador5. E foi exatamente esta tradição católica e coletivista a mola
mestra que mobilizou parte da intelectualidade portuguesa nas primeiras décadas
do século XX. Na medida, portanto, em que o modelo político imposto em
Portugal após a queda da Primeira República opunha-se ao individualismo liberal, o
Portugal sebastianista e o Portugal restaurador transformavam
se nos pilares básicos de referência para a (re)construção da
"NaçãoPortuguesa"6.Para esta corrente de pensamento, a Revolução Liberal de
19107significou o abandono de todas as grandes tradições que fundamentaram
formação da nacionalidade lusitana. Tratava-se, assim, da traição a uma linhagem
constituída desde a formação do Estado Nacional a começar pela referência
incontestável de d. Nuno Álvares Pereira8, passando por
D. Sebastião, jovem rei de Portugal, morreu em 1578 na batalha de Alcácer-Quibir.Como não deixou
herdeiros, ascendeu ao trono seu tio, o cardeal d. Henrique, que veioa falecer dois anos depois. A crise
sucessória deixou abertas as portas para a União Ibérica.Felipe II, da Espanha, foi aclamado pelas cortes de
Tomar, rei de Portugal em 1581 sobrenome de Felipe I. A gradual insatisfação com a administração
espanhola, principalmente a partir do reinado de Felipe IV, em 1621, quando adotou uma política de maior
integração dos territórios ibéricos, fez crescer o mito de que d. Sebastião, cujo corpo não havia sido
encontrado, retornaria para reconquistar a independência portuguesa. O sebastianismo correspondeu,
portanto, à ideia mítica de salvação nacional. A restauração, ou seja, a separação de Portugal da
Espanha se deu, por fim em 1640 com a ascensão de d. João, Duque de Bragança, após uma conspiração de
nobres e letrados contra a presença dos representantes da Espanha em Lisboa.7 Movimento político liderado
por Afonso Costa, um dos mais representativos expoentes do republicanismo português, a Revolução de 1910
contou com a participação de amplos segmentos de oposição à monarquia, incluindo não só liberais,
como socialistas e maçônicos. A Constituição Republicana de 1911 foi, sem dúvida, uma das mais
progressistas da história de Portugal, representando mesmo uma tentativa de ruptura para com um
passado que representava, para os articulistas do movimento, o atraso. 8 A história pessoal de Nuno
Álvares Pereira se confunde com a própria história do Estado português bem como da Igreja em
Portugal. Daí sua importância como referênciada oposição ao liberalismo das primeiras décadas do século
XX. Quando d. Fernando de Portugal morreu em 1383 sem deixar herdeiros masculinos, sendo sua filha
Beatriz casada com o d. João I de Castela, Álvares Pereira foi um dos primeiros nobres a apoiar as
pretensões de d. João, Mestre de Aviz, ao trono. Apesar de ser filho ilegítimo de d.Pedro I, por
conseguinte irmão bastardo de d. Fernando, João afigurava-se como uma hipótese preferível à perda de
independência para os castelhanos. Depois da primeira vitória de Álvares Pereira frente aos castelhanos na
Batalha dos Atoleiros em Abril de1384, João de Avis nomeia-o Condestável de Portugal e Conde de Ourém.
A 6 de abril de 1385 d. João é reconhecido pelas cortes reunidas em Coimbra como Rei de Portugal.João de
Castela invade Portugal com vista a proteger os interesses de sua mulher Beatriz.Álvares Pereira inicia uma
série de cercos a cidades leais a Castela, localizadas principalmente no Norte do país. A 14 de
agosto Álvares Pereira vende a batalha de Aljubarrota à frente de um pequeno exército de 6.000
portugueses e aliados ingleses, contra as 30.000 tropas castelhanas. A batalha viria a ser decisiva no fim da
instabilidade política de 1383-1385 e na consolidação da independência portuguesa. Finda a ameaça
castelhana, Nuno Álvares Pereira permaneceu como Condestável do reino e tornou-se Conde de Arraiolos e
Barcelos. Entre 1385 e 1390, ano da morte de João de Castela, dedicou-se a realizar ataques à fronteira
de Castela, com o objetivo de manter a pressão e dissuadir o país vizinho de novos ataques. Lembrado como
um dos melhores generais portugueses, abraçou, nos últimos anos, a vida religiosa. Após a morte da sua
mulher, tornou-se carmelita com o nome de Irmão Nuno de Santa Maria, recolhendo-se no Convento
do Carmo. Lá permaneceu até sua morte, ocorrida em 1431, aos 71 anos. NunoÁlvares Pereira foi beatificado
em 1918 pelo papa Bento XV. O processo de canonizaçãoencontra-se aberto e ativo desde 1940.

Sebastião, d. João IV9 e que, no Século XIX, tinha como referência mais
importante a figura de d. Miguel10, o monarca absolutista derrotado por d. Pedro.
Assim a oposição ao liberalismo significava um compromisso com Portugal, com
sua história, suas referências e suas tradições. O futuro deveria, necessariamente,
estar comprometido com o passado. Portugal havia sido grande e moderno
quando atravessou os mares e, em nome da inabalável fé católica, descobriu e
conquistou novas terras. Ao mesmo tempo, era o lugar do "pequeno mundo", do
camponês da pequena aldeia e da pequena propriedade. Não por acaso António
Oliveira Salazar11, o dirigente principal do Estado Novo, já em 1916,quando
apresentou provas para professor da Universidade de Coimbra, criticou o latifúndio
alentejano do "dono ausente" ao mesmo tempo em que enaltecia a pequena
propriedade "fecundada pelo capital e otrabalho"12. Assim, a tarefa dos
portugueses era conservar, seja no "além-mar" seja no próprio território, o seu
mundo pequeno, católico e camponês. A vocação portuguesa para a modernidade
deveria ser então, construída a partir de valores predominantemente
"endógenos". E, portanto, procurada em sua própria história. O Antigo Regime,
realizador desta "vocação", tornava-se o horizonte utópico do Estado Novo. Ser
moderno era voltar no tempo. Parte expressiva do pensamento autoritário português,
portanto, tinha um caráter conservador e nostálgico. Defendia o primado do coletivo
esse opunha radicalmente ao individualismo liberal herdeiro do Iluminismo e da
Revolução Francesa. Marcello Caetano, então jovem estudante de direito, proferiu
em 1928 uma conferência na Sociedade São Vicente de Paulo, da qual era
confrade. Na ocasião apontou a permanência das mazelas do século XIX como
responsáveis pela desordem do mundo nas primeiras décadas do século XX13. O
mesmo Caetano que quatro décadas depois, na condição de sucessor de Salazar,
viria a se tornar na esperança de alteração do regime em uma eventual transição
"pelo alto”. O exemplo de Caetano é, portanto, importante para evidenciar que em
diversos casos tradicionais e modernos se confundiam.

Introdução
1. Introdução
As formas de Estado adotadas ao longo dos primeiros séculos da Idade Moderna
foram de fundamental importância para a construção de modelos estatais que se
sucederam ao longo da história se, por um lado, os ideais revolucionários dos
séculos XVII e XVIII foram o alicerce do modelo de Estado baseado em valores
liberais que influenciaram a França Moderna, pós revolução de 1789, bem como a
formação dos Estados Unidos da América, a partir da independência das treze
colônias em 1776, formando em grande parte a base dos valores libertários que
estruturam o funcionamento dos Estados Contemporâneos, não há como negar que
os regimes absolutistas, comuns no século XVI, influenciaram de forma significativa
a formação de vários Estados.
No Brasil, conforme se pretenderá demonstrar ao longo deste artigo, a influência dos
valores absolutistas foi fundamental para a consolidação do Estado, ao longo do
período da Regência e do Primeiro Império, períodos esses bastante refratários aos
ventos liberais que sopravam sobre a Europa e a América do Norte.
Somos, na essência, frutos de um processo de afirmação como nação que, de certa
forma, se confunde com a figura dos chefes de Estado, principalmente ao se analisar
o império de Pedro I, sua tentativa exitosa de unificação territorial e de construção
de um país de dimensões continentais

2. O que é o absolutismo?
O absolutismo foi um sistema político que predominou na Europa do século XVI ao
século XVIII. Associado à formação dos Estados Nacionais e ao crescimento da
burguesia, esse regime defendia o poder absoluto dos monarcas sobre o Estado.
Durante o absolutismo, a monarquia concentrava todo o poder do Estado, utilizando-
a de acordo com seus interesses. Leis, impostos e tributos eram criados sem a
participação da sociedade ou de qualquer outro órgão da soberania.
No regime absolutista havia a relação de fidelidade entre súditos e monarcas, na qual
a obediência e o respeito deveriam ser praticados por todos. Não era dado à
população o direito de questionar e os que fossem contrários aos interesses ou às leis
definidas pelos monarcas eram reprimidos. Os reis usavam da força e a violência dos
exércitos para reprimir, prender ou até mesmo matar quem se opusesse ao que era
ditado pelo regime.

3. Principais monarcas absolutistas


Dom Pedro I
O imperador do Brasil, Dom Pedro I, era, na verdade, um homem de fortes
tendências absolutistas e durante seu breve governo procurou de todas as formas
centralizar o poder em suas mãos, assessorado por um reduzido grupo de
colaboradores. A Outorga da Constituição de 1824 deixou isso bem evidente.
Tal postura absolutista do monarca descontentou diversos setores da sociedade
brasileira, sobretudo a elite proprietária de terras e as classes médias urbanas
envolvidas pelos ideais do liberalismo. As oposições internas a Dom Pedro torna-se
intensas entre 1824 e 1831. Ocorrem rebeliões em alguns pontos do país, que o
imperador reprime com violência. Ao mesmo tempo, aproxima-se do grupo
português que sonhava com a recolonização do Brasil, o que desagrada os
latifundiários e os comerciantes brasileiros.
Uma desastrosa política externa afastou de Dom Pedro I todos os seus aliados e,
diante dos questionamentos constantes à sua forma de governo, não lhe restou outra
solução: abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho, Dom Pedro II, em 1831,
retornando em seguida a Portugal, onde assumiu o trono lusitano no lugar de seu
finado pai, D. João VI.
A união estabelecida às vésperas da Independência entre setores da elite colonial -
latifundiários e mercadores portugueses - não sobreviveu depois de concluído o
processo de separação. Os membros do Partido Brasileiro estabeleceram uma
aliança estratégica para lutar contra a dominação portuguesa. Vencida a ameaça
recolonizadora lusa, a aliança se desfez e o Partido Brasileiro dividiu-se em duas
facções: conservadores e liberais. Os primeiros eram liderados pelos irmãos
Andrada (José Bonifácio, Martim Francisco e Antônio Carlos) e pretendiam
estabelecer um governo fortemente centralizado, com uma monarquia de amplos
poderes, assessorada por um ministério.
Já os liberais defendiam uma monarquia constitucional, que restringisse os poderes
imperiais, sendo favoráveis à liberdade de expressão e de iniciativa, à
descentralização político-administrativa e à ampla autonomia das províncias.
O período que antecedeu à coroação de Dom Pedro, época em que José Bonifácio
era o principal ministro, transcorreu em meio a grande agitação, com prejuízos para
os liberais: a maçonaria foi fechada e a imprensa liberal mais atuante foi reprimida.
Em dezembro de 1822, Dom Pedro foi coroado Imperador e eleito Defensor
Perpétuo do Brasil.
Nesse clima de desavenças, o Partido Português articulava o retorno do
colonialismo. Em minoria, sofrendo uma generalizada oposição por parte da
população brasileira, os portugueses tentavam ganhar o apoio de Dom Pedro,
incentivando suas tendências absolutistas. A divisão entre os brasileiros facilitava a
atuação dos portugueses.

Luís XVI - rei da França de 1774 até 1789.


Como resultado da morte de seu pai, em 1765, Luís XVI foi coroado rei aos 19 anos.
Ele é descrito pelos livros de História como um rei covarde e indiferente ao
sofrimento dos franceses pobres, porém é difícil separar os fatos da propaganda
criada no período revolucionário
A primeira parte de seu reinado foi marcada por tentativas de reformar a França, de
acordo com os ideais iluministas. A nobreza francesa reagiu com hostilidade às
reformas propostas, e se opôs com sucesso a sua implementação. Em seguida
ocorreu o aumento do descontentamento entre as pessoas comuns. Em 1776, Luís
XVI apoiou ativamente os colonos norte-americanos, que buscavam sua
independência da Grã-Bretanha, que foi realizada no Tratado de Paris de 1783.
A dívida e crise financeira que vieram em seguida contribuíram para a
impopularidade do Antigo Regime, que culminou no Estado Geral de 1789. O
descontentamento entre os membros das classes média e baixa da França resultou
em reforçada oposição à aristocracia francesa e à monarquia absoluta, das quais Luís
e sua esposa, a rainha Maria Antonieta, eram vistos como representantes.
Os camponeses viviam na pobreza ao passo que a aristocracia francesa vivia uma
vida de luxo. Para os burgueses, os privilégios da aristocracia do país eram um
entrave para o desenvolvimento de seus negócios. A desigualdade social é a
primeira causa da revolução. Toda essa situação de desigualdade agravou-se com a
crise social que existia na França. A crise econômica francesa era motivada pelos
elevados gastos do país (o governo francês gastava 20% a mais do que arrecadava).
Esses gastos foram agravados pelo envolvimento do país em conflitos no exterior. A
existência de privilégios de classe no país também contribuía para a crise.
Em 1789, a tomada da Bastilha, durante os distúrbios em Paris, marcou o início da
Revolução Francesa. A indecisão e conservadorismo de Luís levaram algumas
percepções ao povo da França em vê-lo como um símbolo da tirania do Antigo
Regime, e sua popularidade se deteriorou progressivamente. O monarca foi acusado
de alta traição por ter feito jogo duplo ante as assembleias nascidas da Revolução, de
tentar fugir ao estrangeiro (fuga de Varennes) em junho de 1791 e de ter conspirado
com potência estrangeira, isso quatro meses antes da monarquia constitucional ser
declarada, parecia justificar os rumores de que o rei amarrou suas esperanças de
salvação política nas perspectivas de alguma invasão estrangeira. Sua credibilidade
foi extremamente comprometida. A abolição da monarquia e a instauração da
república tornaram-se possibilidades cada vez maiores.
Em um contexto de guerra civil e internacional, o rei foi suspenso e preso na época
da insurreição de 10 de agosto de 1792, um mês antes da monarquia constitucional
ser abolida e a Primeira República Francesa ser proclamada em 21 de setembro. Foi
julgado pela Convenção Nacional (auto instituída como um tribunal para a ocasião),
considerado culpado de alta traição e executado.
Luís XVI foi derrubado pelos revolucionários parisienses em 10 de agosto de 1792.
Esse fato marcou uma virada importante na revolução, até então moderada e liberal
prenunciando a sangrenta ditadura dos jacobinos. Três dias depois, o rei foi preso
com sua família: sua esposa, a rainha Maria Antonieta, sua irmã e seu casal de
filhos.
Em 21 de janeiro de 1793, um domingo pela manhã, Luís XVI, rei da França, foi
levado à guilhotina erguida na Place de la Revolution (hoje Place de la Concorde),
em Paris, onde foi decapitado. Estava em curso, então, a Revolução Francesa que,
após a execução do rei, entraria em sua fase mais dramática e violenta chamada de
Terror. A morte de Luís XVI foi o ápice da Revolução Francesa, desencadeada por
enormes problemas econômicos e políticos, além do grave conflito social que
abalava a França no final do século 18. Luís XVI e a família real foram considerados
como os principais responsáveis por essa situação e por isso terminaram
destronados, processados e quase todos guilhotinados.
Figuras autoritárias (ordem cronológica)

° Napoleão Bonaparte (1799-1815)


A Era Napoleônica compreendeu o período da chegada de Napoleão Bonaparte ao
poder no Consulado, em 1799, e terminou com sua derrota na Batalha de Waterloo e
seu exílio na Ilha de Santa Helena, em 1815. O período napoleônico ficou marcado
pela consolidação dos princípios da Revolução Francesa e pela difusão desses
princípios para todo o continente europeu. Como Cônsul francês, na prática, a
França era inteiramente governada por Napoleão. Seu governo era marcado por forte
autoritarismo, censuras e perseguições políticas.

° Abdul Hamid II (1876-1909)


Sultão otomano de 1876 a 1909, sob cujo governo autocrático o movimento de
reforma de Tanzimat (Reorganização) atingiu seu clímax.

° Porfírio Díaz (1876-1911)


Governou o México como um ditador e se mostrou insensível aos problemas
enfrentados pelos mexicanos mais pobres. Seu governo foi marcado pela entrada de
capitais externos para a exploração de recursos minerais e favoreceu a concentração
de terras nas mãos dos latifundiários.

° Vladimir Lenin (1917-1924)


O arquiteto, construtor e primeiro chefe do estado soviético.

° Benito Mussolini (1922-1943)


Governou a Itália como primeiro-ministro de 1922 a 1943

° Josef Stalin (1927-1953)


Governou a URSS por cerca de 30 anos. Nesse tempo comandou genocídios,
perseguições políticas e vários tipos de atrocidades. Foi o líder político da URSS por
quase 30 anos. Nascido Losif Dugachvili, foi um político revolucionário e tirano de
origem georgiana.

° Getúlio Vargas (1930-1945) e 1951-1954)


Getúlio Dornelles Vargas foi um advogado, político e presidente do Brasil, fez sua
carreira política no Rio Grande do Sul e alcançou a presidência da República em
1930. Foi o presidente que mais tempo ficou no cargo em toda história republicana
do Brasil.

° Adolf Hitler (1933-1945)


Líder do Partido Nazista (de 1920/21), chanceler e Führer da Alemanha (1933-
1945).

° Francisco Franco (1936-1975)


General e líder das forças nacionalistas que derrubaram a república democrática
espanhola na Guerra Civil Espanhola (1936-39); depois disso, ele foi o chefe de
governo da Espanha até 1973 e chefe de Estado até sua morte em 1975.

° Tōjō Hideki (1941-44)


Nascido em 30 de dezembro de 1884, em Tóquio, Japão - morreu em 23 de
dezembro de 1948. Foi um soldado e estadista, primeiro ministro do Japão durante a
maior parte da parte do teatro do Pacífico da Segunda Guerra Mundial e que foi
posteriormente julgado e executado por crimes de guerra.

° Juan Perón (1946-1974)


Coronel de exército que se tornou presidente da Argentina (1946–52, 1952–55,
1973–74). Foi fundador e líder do movimento peronista. Após sua reeleição em
1952, Juan Perón foi deposto em 19 de setembro de 1955.

° Kim Il Sung (1945-1994)


Líder comunista da Coreia do Norte de 1948 até sua morte em 1994.

° Mao Zedong (1949-1976)


Mao foi o líder do Partido Comunista Chinês (PCC) de 1935 até sua morte, e foi
presidente (chefe de Estado) da República Popular da China de 1949 a 1959 e
presidente do partido também até sua morte.

° 'Papa Doc' Duvalier (1957-1971)


Ditador haitiano (1957-1971) nascido em Port-au-Prince, cujo governo notabilizou-
se pela violência e pelo terror, e que levou o Haiti a uma grave deterioração
econômica e social, em conseqüência do isolamento diplomático quase total da sua
nação.

° Nicolae Ceausescu (1965-1989)


Líder da Romênia de 1965 até ser derrubado e morto em uma revolução em 1989

° Muammar al-Qaddafi (1969-2011)


Muammar Gaddafi governou a Líbia como ditador do país africano por mais de
quatro décadas antes de ser derrubado e morto em 2011.

° Augusto Pinochet (1973-86)


General, político e ditador do Chile apoiado pelos Estados Unidos entre 1973 e
1990.

° Pol Pot (1975-1979)


Um líder político cujo governo comunista do Khmer Vermelho liderou o Camboja
de 1975 a 1979.

° Aiatolá Khomeini (1979-89)


Um político iraniano. Ele foi o fundador da República Islâmica do Irã e o Líder
Supremo até sua morte em 1989.

° Slobodan Milosevic (1989-2000)


Presidente da Sérvia de 1989 a 1997 e Presidente da República Federativa da
Iugoslávia de 1997 a 2000.

° Robert Mugabe (1980-2017)


O primeiro-ministro da Zimbábue independente em 1980. Governou o país com
poderes cada vez mais ditatoriais por 37 anos.

° Fidel Castro (1959-2008)


Líder revolucionário de Cuba de 1959 a 2008, quando renunciou após quase 50 anos
de poder sem disputa alguma.

° Viktor Orban (1998-2002; 2010–)


Orbán está no terceiro mandato consecutivo. Desde que chegou ao poder, em 2010,
o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, vem acumulando poderes por meio
de uma guinada autoritária que começou no Judiciário e no Legislativo, avançou
para a imprensa e chegou às escolas. Em pouco mais de uma década, Orbán trocou
centenas de juízes das cortes húngaras por aliados, alterou a lei eleitoral para
beneficiar seu partido, transformou centenas de jornais independentes em máquinas
de propaganda do Estado e chegou a reimprimir livros didáticos de História com
conteúdo considerado xenofóbico.

° Vladimir Putin (1999–2008, 2012–)


Oficial de inteligência russo e político que serve atualmente como presidente da
Rússia e já foi o primeiro-ministro do país (1999, 2008-12). Com mais de dez anos
no comando da Rússia, Putin ampliou o seu poder e perseguiu opositores,
controlando a imprensa, centralizando o poder e mudando as regras do jogo —
podendo permanecer na presidência até 2036. A partir de 2013, ele iniciou uma série
de atritos diplomáticos com a Ucrânia que se transformaram em conflito armado.

° Kim Jong-un (2011– )


Oficial político norte-coreano que sucedeu seu pai, Kim Jong Il , como líder da
Coréia do Norte. Desde que assumiu o poder em 2011, substituindo seu pai, Kim
Jong-il, ele consolidou seu poder por meio de execuções. Nos primeiros seis anos
como líder, Kim ordenou a execução de pelo menos 340 pessoas, de acordo com o
Institute for National Security Strategy. Em 2016, por exemplo, Kim Yong-jin, vice-
premiê da educação, foi morto na frente de um esquadrão de fuzilamentos, após
mostrar “postura desrespeitosa” em uma reunião. Da mesma forma, Hyon Yong-
chol, general das forças armadas, foi executado com artilharia antiaérea. Justamente
porque ele adormeceu em uma reunião. Um dos tios do ditador, Jang Song-thaek, foi
condenado por traição e, depois de ser executado com metralhadoras antiaéreas, teve
seu corpo incinerado com lança-chamas. Em 2017, Kim Jong-nam, o irmão afastado
do ditador norte-coreano, foi morto de uma maneira muito pública: próximo a um
balcão de check-in no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, na Malásia. Duas
mulheres foram flagradas por câmeras de segurança caminhando até ele e
esfregando uma substância em seu rosto. Mais tarde, ficou determinado que tratava-
se de um agente químico de guerra conhecido como VX. Kim Jong-nam morreu em
poucos minutos e as mulheres foram presas. Porém, representantes dos Estados
Unidos disseram que, segundo as evidências, a Coreia do Norte foi responsável pelo
ataque.

° Xi Jinping (2013–)
político chinês e funcionário do governo que atuou como vice- presidente da
República Popular da China (2008–13), secretário geral do Partido Comunista
Chinês (PCC; 2012– ) e presidente da China. Quando subiu ao poder, Xi Jinping
prometeu "brandir a espada contra a corrupção". Seu governo julgou e condenou
altos funcionários do partido, ocupantes de cargos que jamais haviam enfrentado
julgamentos por corrupção. Foram acusados de planejarem "a destruição da unidade
do partido". Botando centenas de inimigos poderosos atrás das grades, Xi acabou
com a trégua entre alas do partido que mantinha a paz desde a morte de Mao.
Qualquer pessoa pode estar fazendo um discurso em um minuto e no próximo estar
atrás das grades. Há diversos casos de desaparecimentos de bilionários, sem
explicação alguma. Xi têm lutado por duas guerras: uma pelo controle do partido e
outra pelo controle da internet. Ele intensificou os mecanismos de censura e controle
da rede. Como a China não tem nenhum proteção legal à privacidade, todos os
celulares são potenciais aparelhos de escuta e censura. Nas universidades, a
liderança do partido é elogiada em livros didáticos livres de influência ocidental. E
empresas privadas estão anunciando células internas que respondem ao partido.
Embora alegue que está fazendo uma limpeza, Xi não mostrou nenhum sinal de que
vá permitir que toda a verdade venha a público.
° Rodrigo Duterte (2016–)
Gestão do presidente das Filipinas é marcada por uma sangrenta guerra contra o
crime e as drogas, incentivando abertamente assassinatos de 'bandidos'. Figura
normalmente comparada com a de Jair Bolsonaro. Em 2018, propôs a criação de um
grupo civil armado para fazer frente ao Novo Exército Popular, um grupo comunista
rebelde criado no final da década de 1960 e ativo até os dias atuais. Duterte afirmou
na épo a que a milícia que ele pretendia criar seria chamada de "Esquadrão da Morte
de Duterte" e teria poderes para matar suspeitos de serem revolucionários,
dependentes químicos e até pessoas que vagassem sem propósito pelas ruas.

° Donald Trump (2017–21)


O governo de Donald Trump foi marcado por diversas polêmicas, como acusações
de sexismo e a dura lei de imigração que impôs, o início de uma guerra comercial
com a China ao começar a taxar produtos vindos do país oriental, além da
aproximação com a Coreia do Norte.

° Jair Messias Bolsonaro (2018–)


Seu governo é marcado por uma série de polêmicas envolvendo o próprio
presidente, como ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à democracia, e uma
CPI para investigar as ações e omissões do governo na pandemia, pois o presidente
promoveu e participou de aglomerações, criticou o uso de máscara, e recomendou
remédios cuja ineficácia contra a doença já foi comprovada. Ainda, seu governo faz
constantemente apologias à ditadura e apoia abertamente a ideia do posse de armas.
Já afirmou que "quem decide se um povo vai viver numa democracia ou numa
ditadura são as suas Forças Armadas". Para ele, há liberdade no Brasil ainda, mas
que "tudo pode mudar" se homens e mulheres que compõem as Forças Armadas
brasileiras não tiverem seu valor reconhecido. Em acontecimentos como a falta de
oxigênio hospitalar no Amazonas, ele afirmou que "não é competência" e "nem
atribuição" do governo federal levar oxigênio para o estado, que sofreu com a falta
do insumo para atender pacientes da Covid-19. Ele ainda demonstrou aprovação
pela postura do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, dizendo que "não há
omissão" diante da crise. Meses depois, a CPI da Covid apontou omissão do
governo na falta do oxigênio e pediu o indicionamento dos principais responsáveis
pelo apagão de gestão. Além disso tudo, ele também é reconhecido por seus
discursos nacionalistas, preconceituosos, sexistas, lgbt+fóbicos, xenofóbicos, tal
como foi na cerimônia no Palácio do Planalto, onde, em seu discurso, ele afirmou
que "ninguém sabe" a origem do vírus da Covid-19 e fez uma referência indireta à
China, principal fornecedor de insumos para vacinas produzidas no Brasil, o que
resultou em piadas xenofóbicas pelo Brasil todo. Ele também chegou a criticar o
sistema eleitoral, afirmando que não é possível confiar nas urnas e que o voto
impresso era a melhor forma de estabelecer sinceridade nas eleições de 2022. Em
outubro de 2021, ele vetou a distribuição gratuita de absorvente menstrual para
estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de
extrema vulnerabilidade – chamado por ele, em ocasiões posteriores, de "kit
modess". A decisão, que foi publicada no "Diário Oficial da União", argumentou
que o texto do projeto não estabeleceu fonte de custeio. O presidente vetou, ainda, o
trecho que incluía absorventes nas cestas básicas distribuídas pelo Sistema Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional.

[12:34, 01/05/2022] Leticia: O que é Idade Moderna resposta?


Idade Moderna é o período compreendido entre a Idade Média e a Idade
Contemporânea. Foi nesse período que surgiram as bases sociais e econômicas da
sociedade atual. Idade Moderna foi uma das formas encontradas pelos historiadores
para se dividir a história da humanidade.
[12:34, 01/05/2022] Leticia: As características principais da Idade Moderna são:
Renascimento cultural: foi um movimento artístico e intelectual que esteve em vigor
durante os séculos XIV e XVI, tendo como origem a Itália. Seus principais aspectos
são: o humanismo, o racionalismo e a valorização da antiguidade.
[12:34, 01/05/2022] Leticia: os principais acontecimentos da Idade Moderna foram:

As Primeiras Grandes Navegações


O Renascimento
A Reforma Religiosa
O Absolutismo
O Iluminismo
Revolução Francesa

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