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FIGURAS DO

LIBERALISMO
PORTUGUÊS
Beatriz Ramos

Figuras do liberalismo português

Alexandre Herculano

Escola Secundária Poeta Joaquim Serra

História A

Maria de Fátima Silvestre Vilelas


Beatriz Ramos 11°F

Fevereiro de 2023

Índice

Introdução…………………………………………………….2

Biografia………………………………………………………3

O Crente Liberal……………………………………………..4

O Profeta Cartista……………………………………………5

O Historiador do Rei…………………………………………7

A Vida Política……………………………………………….8

Bibliografia e WebGrafia……………………………………9
Introdução
Quando alguém se depara com o período Liberal em Portugal, fica confuso
com as transformações sociais que se passavam, as ideias que formigavam,
as revoltas e contra-revoltas que se sucederam em pouco tempo.

Entre os que defendiam os seus princípios/ideias e atacavam os demais,


algumas figuras tiveram importância nesse meio, intelectualmente,
moralmente e politicamente. Assim pode-se destacar o papel de Alexandre
Herculano de Carvalho e Araújo.

Alexandre Herculano, romancista, poeta, polemista, político e historiador, a


sua opinião tornou-se respeitada e procurada por diferentes pessoas e
grupos.
Biografia

Alexandre Herculano

Nascido
a 28 de março de 1810, em Lisboa, formou-se na Academia Real da Marinha.

Casou-se com Mariana Hermínia de Meira.

Foi um escritor, historiador, jornalista e poeta português da era do


romantismo.

Faleceu em Santarém dia 13 de setembro de 1877, o local do enterro foi o


Mosteiro dos Jerônimos, Lisboa.
O Crente Liberal

Contextualização

 Alexandre Herculano, nasceu num período alvoraçado, das invasões


francesas e da fuga da família real para o Brasil. Possivelmente por
isso, o desempenho político de Herculano começa com a prática
revolucionária.
 Com a consolidação de um governo de regência liberal nos Açores,
D.Miguel cria orçamentos chamados Ordenanças. Herculano é
nomeado gerente de um desses regimentos de trabalho gratuito e
forçado.
 Com a provocação da repulsa com os liberais, um Regimento
pronuncia-se contra o absolutismo. Como o movimento foi derrotado
pelos absolutistas, Alexandre Herculano teve que se exilar, primeiro
em Inglaterra e depois em França.
 Teófilo Braga acusava Herculano de ser absolutista, de ter escrito
poemas destinados a D.Miguel e de ir ao Paço declamá-los. Se os fez,
não ficaram para o futuro.
 No exílio ele pôde ter mais contato não só com os liberalistas
portugueses e as suas ideias políticas, como também com a literatura
inglesa e francesa.
 A primeira compilação de poemas de Herculano foi publicada com o
título “A Harpa do Crente” em 1838, nesses textos são retratadas as
suas perspectivas da guerra civil e o início do governo liberal.
O profeta cartista
 Herculano, que lutou na Guerra Civil, exalta-se contra uma revolta
popular incentivada por grupos que só usavam o povo como
manobra para os seus próprios interesses.
 Por a visão apaixonada pela liberdade conquistada com a Carta e o
seu sistema representativo, que ele não podia admitir servir o
governo setembrista.
 Apesar dos ataques de Herculano e da empresa, o governo
setembrista meteu em ação um novo modo de venda dos bens
nacionais, intensificou o combate contra os grupos salteadores
colocou em prática um novo plano cultural e educacional, com a
criação de espaços de ensino, recuperação de obras de arte,
distribuindo-as por igrejas e museus; distribuição das obras das
livrarias dos conventos extintos (pelas instituições de ensino).
Começa a haver também uma política pública para o teatro, ficando
Almeida Garrett responsável pelo teatro nacional.
 O problema de Portugal não era apenas a constituição, ou pelo
menos não seria, o que realmente importava era a economia em
estado temerário. A situação agravou-se depois de Inglaterra
cobrar uma dívida de soldos atrasada.
 A ação do comércio inglês e a forma como eles manipulavam o
governo para terem vantagens sobre os produtos portugueses
chegou a ser retratada por Herculano no seu Romance histórico “O
Monge de Cristela” (1841-1848).
 Alexandre Herculano depois de ser despedido do emprego na
Biblioteca Pública do Porto, é convidado a ser redator de
semanário.
 É Herculano o primeiro português a publicar romance histórico, nas
páginas do Panorama.
 Em 1839 consegue que o rei o contrate como diretor das
bibliotecas da Ajuda e das Necessidades, com uma remuneração
razoável e tempo para se dedicar aos estudos e à literatura.
 Alexandre Herculano é eleito deputado pelo Porto nas eleições de
1840.
 Era claro para Alexandre Herculano, assim como para os outros
intelectuais que o povo fosse educado.
 Alexandre Herculano entre 1839 e 1840 também publicou
opúsculos sobre antigos historiadores portugueses.
 Entretanto, a esperança da “ordem” durou pouco (de 1839 a 1842)
tentando salvar a liberdade individual pela condenação da
democracia e apoiando-se na tradição.
O historiador do Rei
 Alexandre Herculano atuou firmemente na preparação do novo regime.
A Regeneração, foi como ficou conhecido o período entre a queda de
Costa Cabral, em 1851.
 A Regeneração defendia o desenvolvimento económico a qualquer
custo e a centralização política.
 Uma grande divergência entre os progressistas e os históricos
encontra em Herculano o seu maior mensageiro.
 A política da Regeneração, com dezassete anos sem revoltas ou
pronunciamentos, serviu para consolidar as bases administrativas do
país.
 Alexandre Herculano, numa carta a Almeida Garrett em 1851,
confessa o seu desejo mais íntimo de ver-se “entre quatro serras, com
algumas geiras de terra próprias, umas botas grossas e um chapéu de
Braga, belo ideal de todas as minhas ambições mundanas”. E o
mesmo acaba por ser realizado.
 O país acabou ainda em 1851, mas o grupo oposicionista decide criar
um novo jornal, O Português, 1853, encarregando Alexandre
Herculano do seu programa e de escrever o seu primeiro artigo, que
expõe a orientação política do jornal.
 Ainda contra o clero, Alexandre Herculano ataca, em 1857, a
concordata com a Santa Sé.
 Em 1859 é eleito deputado, por Sintra, porém, recusa o cargo, e
aproveita para atacar mais uma vez a centralização.
 Só em 1860, é que volta a ter ligação com o governo, que é quando o
partido histórico está no poder.
A vida política
 Alexandre Herculano passou maior parte da sua vida em oposição:
 Foi o exílio;
 A Guerra civil;
 A reação à Revolta de Setembro;
 O País e O Português contra o governo da Regeneração.
 Afinal, as revoltas, contra-revoltas, golpes, tumultos, mudanças, eram
comuns na época.
 Pode perceber-se que Alexandre Herculano não tinha interesse em
títulos nem cargos, mas sim em paz e liberdade.
 O destino do país estava em jogo, uma nova sociedade surgia com o
fim do absolutismo, que assustava, e não era aceitável, para
Alexandre Herculano.
 Não se considerava democrata, muito menos comunista. Pensamento
enganador e injusto na sua opinião, por ele ser um defensor do direito
à propriedade, defendeu o povo mó que achava merecedor:
 Lutou pela instrução;
 Pela educação através da arte e da imprensa;
 Pela liberdade de pensamento;
 E principalmente contra a extorsão e corrupção dos governos.
 Apesar de ser extremamente complicado entender o pensamento de
um intelectual tão complexo como Alexandre Herculano, ele envolvia-
se em várias polémicas, ainda mais por ter vivido num período
alvoroçado.
 A leitura de textos históricos, associada ao estudo de artigos e
opúsculos do próprio Alexandre Herculano, pode ajudar a perceber
melhor a ideia do que se passava/passou na época, e quais eram as
lutas dos intelectuais e políticos.
 Apesar de que isso nunca ficará completamente explícito, tanto pela
diversidade de assuntos levantados, quanto pela escassos interesses
que movem a cena política, e, claro, pela dificuldade de se
compreenderem as lutas liberais com os olhos de hoje.
 Com isso, não deixa de ser admirável observar o empenho de tantos
homens na defesa e na tentativa de colocar em prática as suas ideias,
as suas soluções para o país, em vantagem de uma sociedade mais
democrática, mais justa e com mais liberdade.
Bibliografia e WebGrafia

 Braga.Teófilo.História da Literatura Portuguesa-V-


Romantismo. Mem Martins: Publicações Europa-
América, s.d.
 Cartas II, s.d., pg.22
 Ciencialit.letras.ufrj.br
 https://ebiografia.com
 https://ensina.rtp.pt
 https://www.infopedia.pt
 https://www.portaldaleitura.com
 https://pt.wikipedia

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