Questão 01

Aspectos THOMAS HOBBES JOHN LOCKE JEAN-JACQUES ROUSSEAU

1.1 - O contexto histórico geral
em que se insere o autor e sua
obra
O século XVII foi de grande
importância para a Inglaterra pois
marca o começo do
expansionismo colonialista
ultramarino inglês. Outrossim,
Thomas Hobbes vivenciou todo o
desenrolar da revolução inglesa,
que resultou em uma república
falha. Tal evento trouxe à tona
uma instabilidade política que
marcou esse período na Europa.
Assim como viu o princípio do
iluminismo e sua revolução
científica, que influenciaram
intelectualmente as suas filosofias
John Locke desenvolveu sua
teoria política em um contexto
histórico marcado pela luta pelo
poder entre monarquias
absolutistas e defensores das
liberdades individuais. Ademais,
A Europa como um todo vem
experimentando um apogeu do
absolutismo, o que pode ser
melhor demonstrado com a frase
do rei francês Luís XIV “o Estado
sou eu”, que se seguiu do declínio
dessas prática, iniciando na
Inglaterra com suas revoluções,
que derrubaram dinastias e
influenciaram fortemente os
ideais iluministas, a Inglaterra do
séc. XVII foi muito conturbada,
regida de diversos conflitos
entre a coroa, os parlamentares
e os religiosos. A dinastia Stuart
defendia o poder absoluto da
coroa e a burguesia advogava os
interesses privados e livre
comercio, as reformas sociais
graduais e liberdade civil.
Na Europa o século XVIII foi um
período influenciado pelo
neoclassicismo; movimento que
prega a simplicidade, imediatismo
(carpe diem), e abdicar da vida
urbana (fugere urben); e pelo
apogeu seguido do princípio do
declínio do iluminismo;
movimento que defende a
liberdade e confrontam o
absolutismo, prática comum em
sua época; entre os
acontecimentos que também
influenciaram tal século é válido
citar a guerra dos trinta anos, que
foi centrada na Alemanha e teve
como resultado a paz de
Westfália. Assim concedendo
permissão aos príncipes
protestantes e diminuindo a
influência católica.
 Thomas Hobbes teve sua filosofia
política inspirada profundamente
pelos conflitos religiosos e
políticos que ameaçavam destruir
a organização estatal inglesa
daquela época. No século XVI, a
ordem estabelecida pelo
feudalismo entrou em decadência
completa e o fim da unidade da
1.2 - O contexto histórico Igreja Católica acabou por acirrar
específico do autor ainda mais o cenário de violência
exacerbada desse período.
Diversas facções religiosas
começaram a guerrear entre si,
mergulhando a sociedade em um
caos disseminado de guerras civis,
duelos e assassinatos. Durante
esses eventos, se destacam
conflitos políticos como a Guerra
das Rosas, a Guerra dos Cem
Anos e a segunda Guerra Civil de
Castela, que foram instrumentais
na criação das primeiras
monarquias absolutistas que
serviram de base para a ideologias
políticas de Hobbes. Essas sendo:
os reinados de Fernando Aragão e
Isabel de Castela na Espanha, Luís
XI na França, Maximiliano na
Áustria, e Henrique VII na
Inglaterra.
John Locke teve seu pensamento
originado do contexto das
Revoluções Inglesas, quando a
Inglaterra se voltou contra o
absolutismo da dinastia Stuart.
Locke foi requisitado como
enfermeiro e conselheiro de lorde
Shaftesbury, político liberal que
teve grande influência na
formação de sua ideologia
política. Em 1683, Locke foi
forçado a buscar refúgio na
Holanda devido a suspeitas de
envolvimento em conspirações
contra Carlos II e só pode retornar
após o sucesso da revolução
gloriosa e a queda da monarquia
absolutista na Inglaterra. tal
desfecho muito contribuiu para a
sistematização das ideias liberais
concebidas em sua obra “Dois
tratados sobre o governo”.
Jean-Jacques Rousseau foi um dos
principais filósofos do Iluminismo
junto de Voltaire, Diderot e
Montesquieu. Rousseau em "O
Contrato Social" desenvolveu sua
concepção de que a soberania
reside no povo e veio a contribuir,
a convite de Diderot, para a
grande Enciclopédia, com artigos
sobre música e economia política.
Ele estava inserido em um
contexto de pensadores que
separam a humanidade em dois
estágios: um estágio hipotético
chamado de estado de natureza; e
o outro que é demarcado pela
criação da sociedade civil, com
leis e códigos, que dão origem à
nossa formação social.

1.3 – O conceito e as
características do estado natural
para o autor
1.4 – O direito natural que o
autor defende
Para Hobbes o estado natural é
aquele de plena liberdade do
homem, onde ele é livre para ser
submetido ao julgo de suas
paixões e vontades, sendo o
homem um ser mau por natureza,
“o homem é o lobo do homem” é
o que ele diz, somos inclinados a
usar de todos os meios existentes
para atingir nossos objetivos e por
isso precisamos do contrato.
Além disso, Hobbes também
aponta que nessa posição não há
restrições para as ações humanas e
por isso tudo pode ser feito
inclusive livre imposição de
sofrimento a semelhantes.
Ademais as paixões são
incontáveis, porém todas tendem
ao mesmo objetivo, a manutenção
da existência a todo custo.
Para Thomas Hobbes o direito
natural seria a liberdade de cada
homem de usar o próprio poder da
maneira que julgar melhor para a
preservação da sua vida e fazer
aquilo que suas paixões desejarem
e sua razão achar apropriado.
Era segundo John Locke uma
situação real e historicamente
determinada pela pessoa ainda
que em época diversa a maior
parte da humanidade. Era um
Estado de relativa paz, concórdia
e harmonia.
Neste Estado pacifico os homens
eram dotados de razão é
desfrutavam da propriedade que
numa primeira ocupação genérica
utilizada para LOCKE, designava
simultaneamente a vida, a
liberdade e os bens como direitos
naturais dos seres humanos.
Para John Locke, o direito natural
é o direito à vida, à liberdade e à
propriedade. São protegidos sob o
amparo da lei do arbítrio e da
força comum e um corpo político
unitário.
Para Jean-Jacques Rousseau, o
estado natural é um estado de
liberdade e igualdade, onde não há
propriedade privada, divisão de
classes sociais ou qualquer tipo de
intervenção moral, política ou
social. o homem em seu estado de
natureza vivia isolado nas
florestas, em total liberdade.
Apenas após a formação do pacto
social esse estado natural se
dissolve e os homens trocam a
liberdade natural pela civil.
Para Jean-Jacques Rousseau, o
direito natural é o direito à
liberdade. Segundo Rousseau, os
homens nascem livres e iguais,
mas ao formarem o pacto social e
criarem o estado civil se
encontram escravizados e
eventualmente tem sua natureza
corrompida.

1.5 – O tipo, as características e
os sujeitos do contrato social
proposto pelo autor
Para Tomas Hobbes a tipificação
do contrato consiste em um
contrato de submissão, as pessoas
trocam voluntariamente suas
liberdades individuais pela
segurança do Estado-Leviatã.
As características são a estado de natureza; para Locke, os
institucionalização do poder
central e absoluto capaz de
assegurar a paz e a defesa comum
através de leis e normas
totalmente escritas e positivadas,
suas etapas são primeiramente – o
pacto de submissão e signatários e manter asseguradas
posteriormente o pacto de
associação. As fusões de etapas,
criam simultaneamente o Estado e
a Sociedade, assim como um
ordenamento jurídico com forte
função coercitiva, isto é,
imposição de medo e terror nos
indivíduos da sociedade para
mantê-los obedientes e sob
controle. Quanto a penalidade
proveniente da violação do
contrato é cabível citar que as
mazelas consistem em perda da
autoridade estatal por meio da
descrença social contra o estado, o
que resulta no retorno gradual do
estado de natureza
O contrato de Locke consiste no
consentimento, ou seja, os
homens concordam livremente em
firmar a sociedade civil para
assegurar os direitos que
possuíam inicialmente em seu
sujeitos do contrato consistem
basicamente no próprio estado e
também nas pessoas físicas, que
deliberadamente consentiram e
assinaram o contrato. Contrato
esse que deve proteger os
as suas propriedades, seja por
meio do uso da força ou pela
politica, assim, protegendo de
ameaças externas ou internas.
Além disso, no tocante ao contrato
John Locke troca a submissão
proposta por Hobbes pelo pacto de
consentimento, em que os homens
livremente concordam como
intuito de assegurar suas
propriedades. Ademais tal
contrato age de modo a promover
a isonomia entre os signatários e
assegurar suas propriedades, tema
central da obra liberal de Locke.
Parra Rousseau o contrato social
deve ser tipificado como um pacto
de associação, ou seja, um pacto
legitimo, através do qual os
homens perdem sua liberdade
natural e recebem a liberdade
civil. Tal contrato é apresentado
pelos poderosos, que propõem o
estado aos fracos, e esses por sua
vez buscam igualdade e proteção
contra os ambiciosos. Esse
contrato tem como objetivo a
promoção da igualdade entre os
signatários e proteção contra as
pessoas gananciosas, as etapas de
tal contrato consistem
resumidamente na alienação total
de cada associado e é nisso que
consiste a legitimação do pacto
social. Ademais esse tratado
afirma a igualdade que é recebida,
proteção e liberdade civil em troca
da liberdade natural.

1.6 – O tipo de Estado que o
contrato social geral, segundo
cada autor
O tipo de Estado proposto por
Thomas Hobbes é uma monarquia
absoluta, onde o poder é exercido
pelo rei. Segundo Hobbes, o
Estado deve ser organizado de
forma a garantir a segurança e a
ordem social, e o poder absoluto
do rei é necessário para que isso
aconteça. Entretanto, Definir
Hobbes apenas como defensor do
absolutismo monárquico não é
completamente correto. O autor
defende um poder central e
absoluto utilizando argumentos
lógicos e estritamente racionais
(excluindo quaisquer preceitos ou
argumentos religiosos), o modelo
de governo que será utilizado
pode ser de um homem só
(Monarquia) ou uma assembleia
de homens. (República)
O tipo de Estado idealizado por
John Locke segue a teoria
aristotélica das formas de
governo, a comunidade pode ser
governada por um, por poucos ou
por muitos, conforme os
indivíduos nela escolham a
monarquia, a oligarquia, a
democracia ou até mesmo o
governo misto.
Independentemente da forma de
governo, Locke acredita que "todo
o governo não possui outra
finalidade além da conservação da
propriedade". Em suma, Locke
acreditava no conceito de um
Estado Liberal que tivesse o livre
consentimento dos indivíduos
para o estabelecimento da
sociedade, o livre consentimento
da comunidade para a formação
do governo, a proteção dos
direitos de propriedade pelo
governo, o controle do executivo
pelo legislativo e o controle do
governo pela sociedade como seus
principais fundamentos.
O tipo de Estado proposto por
Jean-Jacques Rousseau é um que
o poder é exercido pelo povo
através da vontade geral e o
governante (monarca ou
administrador eleito) restringe-se
a ser apenas o agente do soberano.
Segundo Rousseau, o Estado deve
ser organizado de forma a garantir
a liberdade e a igualdade de todos
os seus membros. E dessa forma,
ele se torna um grande da
Democracia Directa, onde todos
os homens, inclusive os pobres
estariam em conjunto criando uma
lei, a qual se submetem. Portanto
o conceito de liberdade para
Rousseau é participar do processo
que cria uma lei.
Questão 02
Aspectos
2.1 O ponto em comum que os
três autores apresentam quanto à
relação entre direito natural,
contrato social eEstado
THOMAS HOBEES
THOMAS HOBBES: As crenças
de Hobbes, Locke e Rousseau
coincidem em sua finalidade: a
idealização de um estado capaz de
garantir a segurança e ordem
social. Ou seja, todos os três
autores concordam em relação ao
contrato social. Hobbes via o
estado como um poder central
capaz de manter as promessas do
contrato social e defender os
direitos naturais dos homens. Essa
visão do estado é, também,
dividida entre os autores. Hobbes
tem em comum com os outros
autores o fato de ele acreditar que
cada homem tem o direito natural
a liberdade de preservar sua
própria vida.
JOHN LOCKE
JHON LOCKE: Assim como os
outros autores, Locke defende que
o Estado é necessário para garantir
a ordem social e proteger os
direitos de seus cidadãos.
Portanto, ele acredita na união do
pacto social. Locke era da parcial
a ideia de que o dever principal do
estado era garantir a liberdade e a
propriedade dos cidadãos, mas ele
também tinha a crença semelhante
a de Hobbes e Rousseau de que o
estado deveria manter as
promessas de segurança e
conforto implicadas no contrato
social. O direito natural, segundo
John Locke, consiste de conceitos
semelhantes a Hobbes e Rousseau também compartilhava
Rousseau, como o direito do
homem a liberdade e a vida.
JEAN JACQUES ROUSSEAU
O ponto em comum entre
Rousseau, Hobbes e Locke quanto
ao Estado é a ideia de que o Estado
deve ser organizado de forma a
garantir a segurança e a ordem
social, o que só podia ser
alcançado com o pacto social.
Para Rousseau, o Estado resulta da
vontade geral, que é uma soma da
vontade manifestada pela maioria
dos indivíduos, porém sua ideia de
estado também possui
características vistas na filosofia
política de Hobbes e Locke, como
o conceito de que o estado deve
sempre buscar seguir as condições
do pacto social e garanti-las.
sua visão do direito natural de
todos os homens com Hobbes e
Locke: liberdade e vida.
CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AUGOSTINO – UNIFSA
CURSO : DIREITO
DI SCIPLINA : CIÊNCIA POLITICA E TEORIA GERAL DO ESTADO
PROFESSORA: Dra. MARIA DO SOCORRO MOIURA COSTA
TURMA: 09M1ACL
ALUNOS: ROGÉRIO VILANOVA ARAÚJO
SALMOS DE OLIVEIRA CARVALHO PINHEIRO LOPES
LUCAS JOSÉ SILVA PEREIRA
ATIVIDADES EM TRIOS
´PRODUÇÃO DE QUADRO
ANÁLITICO-COMPARATIVO
ENTRE OS AUTORES DO JUSNATURALISMO MODERNO
(valo: 03 pontos)
A partir da leitura dos capítulos 03,-4 e 06 do Livro Os Clássicos da Politica, Volume I, respectivamente sobre THOMAS HOBEES, JOHN
LOCKE e JEAN JACQUES ROUSSEAU, produza um quadro em que sejam apresentados as respostas para o que se propões abaixo: