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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTO AGOSTINHO – UNIFSA

CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: CIÊNCIAS POLÍTICAS E TEORIA GERAL DO ESTADO
PROFESSORA: MARIA DO SOCORRO MOURA COSTA
ALUNO: SÁTIRO GARCÊZ LULA FILHO
TURMA:09M1ACL

ESTUDO DIRIGIDO

01. O contexto histórico em que ele viveu e produziu sua obra

Maquiavel foi um filósofo, escritor e político italiano que viveu durante a Renascença na
Itália. Ele trabalhou como diplomata e conselheiro político na República de Florença, onde
testemunhou a instabilidade política e a guerra que assolaram o país na época. Maquiavel é
mais conhecido por seu livro "O Príncipe" (1512-1513), que é um guia prático para
governantes sobre como obter e manter o poder, no qual ele argumenta que os fins justificam
os meios e que um governante deve estar disposto a usar qualquer meio necessário para
alcançar seus objetivos. Suas ideias desafiaram as crenças predominantes de sua época e
influenciaram o desenvolvimento da filosofia política moderna.

02. O significado de “maquiavelismo “ . A partir da leitura do capítulo 2 do livro “Os


Clássicos da política , volume 1 , de autoria Francisco wettfort , responda

O maquiavelismo está associado à idéia de perfídia, a um procedimento astucioso, velhaco,


traiçoeiro. Estas expressões pejorativas sobreviveram de certa forma incólumes no tempo e
no espaço, apenas alastrando-se da luta política para as desavenças do cotidiano.

03. Sobre o tópico “a verdade efetiva das coisas “, mostre em que consiste a regra
mercadológica de Maquiavel , como a regra cumpre com a tradição filosófica anterior
a ele .

Daí a ênfase na verità effettuale — a verdade efetiva das coisas. Esta é sua regra
metodológica: ver e examinar a realidade tal como ela é e não como se gostaria que ela
fosse. A substituição do reino do dever ser, que marcara a filosofia anterior, pelo reino do
ser, da realidade, leva Maquiavel a se perguntar: como fazer reinar a ordem, como instaurar
um Estado estável? O problema central de sua análise política é descobrir como pode ser
resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos. da política, não é natural, nem a
materialização de uma vontade extraterrena, e tampouco resulta do jogo de dados do acaso.
Ao contrário, a ordem tem um imperativo: deve ser construída pelos homens para se evitar o
caos e a barbárie, e, uma vez alcançada, ela não será definitiva, pois há sempre, em germe, o
seu trabalho em negativo, isto é, a ameaça de que seja desfeita.

04. Sobre o tópico "'Natureza humana e histórica , apresente em que consiste a natureza
humana, a história e o poder político.

•Natureza Humana: Seu "diálogo" com os homens da antigüidade clássica e sua prática
levam-no a concluir que por toda parte, e em todos os tempos, pode-se observar a presença de
traços humanos imutáveis. Daí afirmar, os homens "são ingratos, volúveis, simuladores,
covardes ante os perigos, ávidos de lucro" (O príncipe, cap. XVII). Estes atributos negativos
compõem a natureza humana e mostram que o conflito e a anarquia são desdobramentos
necessários dessas paixões e instintos malévolos. Por outro lado, sua reiterada permanência
em todas as épocas e sociedades transformam a história numa privilegiada fonte de
ensinamentos. Por isso, o estudo do passado não é um exercício de mera erudição, nem a
história um suceder de eventos em conformidade com os desígnios divinos até que chegue o
dia do juízo final, mas sim um desfile de fatos dos quais se deve extrair as causas e os meios
utilizados para enfrentar o caos resultante da expressão da natureza humana. Desta forma,
sustenta o pensador florentino.

• História: A história é cíclica, repete-se indefinidamente, já que não há meios absolutos para
"domesticar" a natureza humana. Assim, a ordem sucede à desordem e esta, por sua vez,
clama por uma nova ordem. Como, no entanto, é impossível extinguir as paixões e os
instintos humanos, o ciclo sé repete. O que pode variar — e nesta variação encontra-se o
âmago da capacidade criadora humana e, portanto, da política — são os tempos de duração
das formas de convívio entre os homens.

•Poder Político: O poder político tem, pois, uma origem mundana. Nasce da própria
"malignidade" que é intrínseca à natureza humana. Além disso, o poder aparece como a única
possibilidade de enfrentar o conflito, ainda que qualquer forma de "domesticação" seja
precária e transitória. Não há garantias de sua permanência. A perversidade das paixões
humanas sempre volta a se manifestar, mesmo que tenha permanecido oculta por algum
tempo.

05.Acerca do tópico “Anarquia X Principado e República", apresente o problema


político da obra de Maquiavel e a respectiva resposta

O problema político central da obra de Maquiavel é como estabelecer e manter uma ordem
política estável e eficaz, e sua solução é o estabelecimento de um governo forte e centralizado,
com um líder que tenha autoridade e poder suficientes para tomar decisões rápidas e eficazes,
mesmo que isso signifique usar táticas impopulares. Ele defende que um governante forte e
virtuoso é essencial para manter a ordem e a estabilidade política, e que o Principado é mais
eficaz do que a República nesse sentido.

06.Ainda sobre o típico da Questão anterior apresente as diferenças entre o Principado e


a República, e como tal classificação se aplica ao caso da Itália do tempo de Maquiavel.

O Principado e a República são duas formas de governo diferentes descritas por Maquiavel
em "O Príncipe". O Principado é centralizado e governado por um único líder, enquanto a
República é descentralizada e o poder é compartilhado por um grupo de pessoas. Na Itália do
tempo de Maquiavel, a classificação de Principado e República se aplicava de maneira
variada, mas a instabilidade política era geral. Maquiavel acreditava que a criação de um
governo forte e centralizado seria a melhor forma de estabelecer a estabilidade política, e via
o Principado como uma forma mais eficaz de governo para alcançar esse objetivo

07. Sobre o tópico "'Virtú x fortuna", apresenta: o significado da fortuna, da virtú e da


força; a relação entre o cristianismo e a forma como tais detentos eram utilizados pelos
príncipes até então; como articulação entre tais aspectos

O tópico "Virtù x Fortuna" trata da dicotomia entre a habilidade (virtù) e a sorte/acaso


(fortuna) na política segundo Maquiavel. O príncipe deve ter virtù para lidar com situações
imprevisíveis e estar preparado para lidar com a fortuna quando ela se manifestar. Maquiavel
defendia uma visão mais pragmática da política, em que a virtù e a fortuna são elementos que
podem ser manipulados pelo líder político para atingir seus objetivos. Na política moderna, a
habilidade para gerenciar esses elementos é vista como uma qualidade importante para um
líder político bem-sucedido.

08. Como Maquiavel interpreta a política e o Estado moderno?

Maquiavel interpreta a política e o Estado moderno como uma esfera autônoma da sociedade,
com seus próprios interesses e necessidades. Ele defende que o governante deve ser
pragmático e utilizar todos os meios necessários para manter o poder, mesmo que isso
signifique adotar métodos considerados imorais. Maquiavel defende um Estado forte e
unificado, capaz de proteger seus cidadãos e manter a ordem interna, bem como defender-se
contra ameaças externas. Ele é conhecido por sua defesa do realismo político, uma abordagem
que busca analisar a política de forma objetiva e pragmática.

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