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’12 A N OS D E E SC RA VI D Ã O’ –

A B O R DA G E N S E A P R E N D I Z A D OS N O F I L M E

1 – A C RU EL E D ESU MA N A 2 – A EX PLOR AÇ Ã O SEX UA L DAS 3 – A R ELIGIÃ O CR IST Ã C OM O


ESC R A V ID Ã O EM SUA FOR MA MA IS M U LH ER ES ESCR AV A S J U ST IFIC AT IV A PA RA A ESC RA V ID ÃO
PU R A
O produtor de algodão citado no tópico anterior é o mais Em um tenso diálogo já no meio para o fim do filme, o
A escravidão é, por natureza, uma prática abominável cruel dono de escravos que Northup teve a infelicidade fazendeiro cruel argumenta que Deus (nesse caso, o
e criminosa abolida, em tese, por todas as nações do de ter como proprietário. Na sua estadia com esse Deus cristão, já que ele cita a bíblia sagrada do
planeta. Porém, na época retratada no filme (em 1841, fazendeiro, o protagonista conhece Petzey, uma escrava
colhedora de algodão que é frequentemente assediada cristianismo) aceita que os seres humanos tenham
ou seja, século XIX), o sistema escravocrata era
legalmente aceito e praticado ao redor do globo, pelo fazendeiro ao começar a se destacar pelas centenas escravos, como uma forma de legitimar o sistema
permitindo com que Solomon seja vendido livremente de quilos de algodão colhidos por dia (mais do que os escravocrata.O senhor cita um trecho da bíblia que diz,
como escravo. Northup sofre, logo no início da prisão, escravos homens considerados mais fortes). resumidamente, que o homem tem o direito de fazer o
com fortes chicotadas que chegam a rasgar sua pele e a que bem entender com suas posses, concluindo, assim,
expor a carne viva. Logo em seguida, ele é vendido que ele se diz no direito de ter, maltratar e realizar todos
como mercadoria a um senhor rico que até o trata bem, os tipos de ações desumanas com os seus escravos. Essa
mas tem um ajudante que maltrata, xinga e discrimina
questão perdura até os dias atuais, pois o ser humano
Northup com forte ódio e rancor, chegando até a tentar
enforcá-lo. continua utilizando a bíblia para justificar e mascarar
seus preconceitos.Para concluir, é importante ressaltar
que, por mais que a obra 12 Anos de Escravidão seja
retratada em uma época diferente da atual, as questões
sociais discutidas hoje em dia interligam-se com o
período da história onde o filme é colocado.A temática
do racismo, por exemplo, ainda é discutida fortemente
atualmente, ou seja, ainda temos que dialogar sobre um
tipo de discriminação que já deveria ter sido
exterminada há décadas, deixando claro que a sociedade
ainda tem muito o que aprender, por exemplo, com o
cinema. 12 Anos de Escravidão propõe uma reflexão:
nada mudou de 1841 pra cá.

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