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PROFª ALYNNE
3ª QUINZENA
CONTEÚDO: Maquiavel
ATIVIDADE COMPLEMENTAR: Leitura das págs. 267 a 269 (Livro de Filosofia) e assistir os
vídeos:
Resenha do livro O PRÍNCIPE | Nicolau Maquiavel – Canal Seja Uma Pessoa Melhor
https://www.youtube.com/watch?v=psCco-P28E4
Nicolau Maquiavel é um autor clássico da Filosofia Política. Ele nasceu em Florença, na Itália, em
1469, foi um importante historiador, filósofo, diplomata, estadista e político italiano; faleceu em 1527.
As principais obras de Nicolau Maquiavel são: O Príncipe, e, Discurso sobre a primeira década
de Tito Lívio. As obras deles são tão importantes que a repercussão ao longo dos séculos gerou nos
dicionários a palavra ‘Maquiavélico’.
A palavra virou adjetivo, que é atribuído para identificar uma pessoa sem escrúpulos, para quem
os meios justificam os fins, sem preocupação com a Moral e a Ética. Observando assim, teria tudo a ver
com a baixa política, concorda?
Na obra O Príncipe, Maquiavel escreveu sobre as relações que um soberano deve ter com a
nobreza, com o clero e com o povo. Demonstrando como se deve agir para conseguir chegar ao poder e
também como preservá-lo. Explicou, ainda, como manipular a vontade do povo, além de dar instruções de
como desfrutar de seus poderes.
Na verdade, esta obra é uma análise fiel da época em que viveu, de como era o poder político e
sua atuação. Ele imaginou que um príncipe de alguma cidade italiana pudesse dominar pela
argumentação, pelo dinheiro e pela força as outras cidades, tornando-se um soberano absolutista da Itália.
Principalmente pela frase: “os fins justificam o meio”, passou a ser chamada de maquiavélica a
pessoa que era firme em seus propósitos. Em suma, trata-se da pessoa que aspira uma sociedade perfeita.
No entanto, com o tempo, tanto a frase dele quanto sua frase, foram mudando de sentido, o
adjetivo maquiavélico foi distorcido por uma interpretação pejorativa, que agora são associadas a ser
malvado, agir de forma injusta, terrível.
Os conceitos de Virtù e Fortuna
Na obra O príncipe, Virtù e Fortuna são dois conceitos que a permeiam. Vamos entender esses
dois conceitos?
Quando Maquiavel afirma que o príncipe deve ser virtuoso, ele não usa o conceito cristão de
virtude, mas o conceito pré-socrático, onde a virtude é força, planejamento, capacidade de se impor.
Neste sentido, virtù é a qualidade do homem que o capacita a realizar grandes obras e feitos, é o poder
humano de efetuar mudanças e controlar eventos, em suma, é o pré-requisito da liderança.
O filósofo grego Aristóteles trabalhou na perspectiva de que o ser humano é um ser social –
Somos seres sociais por natureza, precisamos viver em sociedade para nos desenvolver, sendo assim, essa
sociedade precisa nos mostrar bons exemplos, para termos no que nos espelhar.
Embora seu pensamento não fosse compreendido corretamente, seu objetivo era escrever um livro
com recomendações ao príncipe para que este pudesse permanecer mais tempo no poder. Neste sentido, o
fim que era a permanência no poder, deveria estar acima daquilo que ele ia fazer para conquistar as
pessoas. O príncipe, portanto, deveria ser virtuoso, isto é, saber governar com prudência e capacidade.
1. (Enem/2013)
Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que
ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que
amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que
são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são
inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo
está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.
A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas. Maquiavel
define o homem como um ser
2. (Enem/2010)
O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo
unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente de outros que, por muita
piedade, permitem os distúrbios que levam ao assassinato e ao roubo.
No século XVI, Maquiavel escreveu “O Príncipe”, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante.