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ROTEIRO DE FILOSOFIA – 23

PROFª ALYNNE
3ª QUINZENA

CONTEÚDO: Maquiavel

HABILIDADE: EM13CHS102 - Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas,


geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais
(etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, perativismo/desenvolvimento etc.), avaliando
criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes
e discursos.

CARGA HORÁRIA: 3hs

ATIVIDADE COMPLEMENTAR: Leitura das págs. 267 a 269 (Livro de Filosofia) e assistir os
vídeos:

MAQUIAVEL | Prof. Leandro Vieira – Canal PróEnem 2020


https://www.youtube.com/watch?v=yz-b1gUR960

Ética e Política | Maquiavel | O Príncipe – Canal Se liga nessa história


https://www.youtube.com/watch?v=fkIRqIynRE0&t=27s

Resenha do livro O PRÍNCIPE | Nicolau Maquiavel – Canal Seja Uma Pessoa Melhor
https://www.youtube.com/watch?v=psCco-P28E4

ANEXO 1 - NICOLAU MAQUIAVEL

Nicolau Maquiavel é um autor clássico da Filosofia Política. Ele nasceu em Florença, na Itália, em
1469, foi um importante historiador, filósofo, diplomata, estadista e político italiano; faleceu em 1527.
As principais obras de Nicolau Maquiavel são: O Príncipe, e, Discurso sobre a primeira década
de Tito Lívio. As obras deles são tão importantes que a repercussão ao longo dos séculos gerou nos
dicionários a palavra ‘Maquiavélico’. 
A palavra virou adjetivo, que é atribuído para identificar uma pessoa sem escrúpulos, para quem
os meios justificam os fins, sem preocupação com a Moral e a Ética. Observando assim, teria tudo a ver
com a baixa política, concorda?
Na obra O Príncipe, Maquiavel escreveu sobre as relações que um soberano deve ter com a
nobreza, com o clero e com o povo. Demonstrando como se deve agir para conseguir chegar ao poder e
também como preservá-lo. Explicou, ainda, como manipular a vontade do povo, além de dar instruções de
como desfrutar de seus poderes.
Na verdade, esta obra é uma análise fiel da época em que viveu, de como era o poder político e
sua atuação. Ele imaginou que um príncipe de alguma cidade italiana pudesse dominar pela
argumentação, pelo dinheiro e pela força as outras cidades, tornando-se um soberano absolutista da Itália.

Os fins justificam os meios

A essência da obra O Príncipe é reunir um conjunto de recomendações com as quais um


governante possa chegar e se manter no poder. Em síntese, a ideia é que mais se abstrai da obra de
Maquiavel nos comentários que se fazem a respeito dela é de que nas teses do autor “os fins justificam os
meios”, e de que o exercício do poder (como retratado por Maquiavel) se faz com um dirigente que é
mais temido do que amado pelos seus comandados.
Mas, será que é esta a essência do pensamento de Maquiavel?

Diagrama para você entender Maquiavel:

O que significa ser maquiavélico?

Principalmente pela frase: “os fins justificam o meio”, passou a ser chamada de maquiavélica a
pessoa que era firme em seus propósitos. Em suma, trata-se da pessoa que aspira uma sociedade perfeita.

No entanto, com o tempo, tanto a frase dele quanto sua frase, foram mudando de sentido, o
adjetivo maquiavélico foi distorcido por uma interpretação pejorativa, que agora são associadas a ser
malvado, agir de forma injusta, terrível.
Os conceitos de Virtù e Fortuna

Na obra O príncipe, Virtù e Fortuna são dois conceitos que a permeiam. Vamos entender esses
dois conceitos?

Quando Maquiavel afirma que o príncipe deve ser virtuoso, ele não usa o conceito cristão de
virtude, mas o conceito pré-socrático, onde a virtude é força, planejamento, capacidade de se impor.
Neste sentido, virtù é a qualidade do homem que o capacita a realizar grandes obras e feitos, é o poder
humano de efetuar mudanças e controlar eventos, em suma, é o pré-requisito da liderança.

A virtù contrapõe à fortuna, porque esta é o acaso, o curso da história, o fatalismo. Isto é, se


na virtù trata-se da capacidade do príncipe em controlar as ocasiões e acontecimentos do seu governo, das
questões do principado, na fortuna está relacionada às circunstâncias, ao tempo presente e às
necessidades.

Para Aristóteles, os meios justificam os fins. Veja:

O filósofo grego Aristóteles trabalhou na perspectiva de que o ser humano é um ser social –
Somos seres sociais por natureza, precisamos viver em sociedade para nos desenvolver, sendo assim, essa
sociedade precisa nos mostrar bons exemplos, para termos no que nos espelhar.

O caminho para essa felicidade é a virtude.

Os fins justificam os meios? Ou, Os meios justificam os fins?

Ao contrário do que indicava Maquiavel, de que Os fins justificariam os meios, para Aristóteles


seriam os meios que justificariam os fins. Para você entender melhor esta formulação por oposição entre
os dois autores clássicos.

  Resumo sobre Maquiavel:

Embora seu pensamento não fosse compreendido corretamente, seu objetivo era escrever um livro
com recomendações ao príncipe para que este pudesse permanecer mais tempo no poder. Neste sentido, o
fim que era a permanência no poder, deveria estar acima daquilo que ele ia fazer para conquistar as
pessoas. O príncipe, portanto, deveria ser virtuoso, isto é, saber governar com prudência e capacidade.

1. (Enem/2013)

Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que
ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que
amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que
são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são
inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo
está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.

MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.

A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas. Maquiavel
define o homem como um ser

a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.


b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.
c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.
d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.
e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.

2. (Enem/2010)

O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo
unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente de outros que, por muita
piedade, permitem os distúrbios que levam ao assassinato e ao roubo.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.

No século XVI, Maquiavel escreveu “O Príncipe”, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante.

A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na

a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.


b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
d) neutralidade diante da condenação dos servos.
e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.

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