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American Way of Life (Continuação) – Página 193 da Apostila

O American Way of Life é uma expressão comum designada para simplificar um período
histórico na vida cotidiana dos americanos, logo no início do século XX, quando havia uma
crescente produção de bens de consumo, bem como a produção de uma cultura que
fortalecesse este consumo, denominada como “indústria capitalista do consumismo”.
Fonte 1 (Família em momentos de lazer, expondo seus bens e produtos
industrializados – o consumo como lazer.)
Na fonte 1, observamos o padrão de publicidade exposto pelos grandes veículos de
imprensa, principalmente pelo empresário Hearst e seu monopólio da notícia nos Estados
Unidos. Os publicitários procuravam pensar no capitalismo como uma forma explícita de
geração de riqueza e bens, promovendo o seu padrão de vida. Por isso, utilizavam deste
pensamento na produção de anúncios para empresasm ressaltando esta tese, induzindo as
pessoas à consumirem produtos industrializados, produzidos em massa pelas empresas e
fábricas.
Fonte 2 (Em frente ao cartaz, vemos uma fila de sopa para desempregados e
desabrigados no contexto da Grande Depressão, após a enchente do rio Ohio em Louisville,
Kentucky, 1937)
Na fonte 2, é nítido que a grande depressão causou extensos efeitos negativos ao
mercado, produzindo uma ineficácia econômica. Após a enchente do rio Ohio, muitas pessoas
foram definitivamente afetadas pelo evento, tendo que se encaminhar à distritos especializados
de autoridades que, naquele momento, procuravam fornecer sopas enlatadas.
A contradição apresentada na fonte 2 em comparação à fonte 1 é a ineficácia produzida
pelo modelo consumista-capitalista americano do século XX, mesmo quando a maior parte da
publicidade e dos anúncios era produzido para “endeusar” a cultura do American Way of Life.
A economia norte-americana passou a ser hegemônica pois, com a chegada do
capitalismo, praticamente todos os americanos foram induzidos pelo American Way of Life.
Além disso, o patriotismo pós-guerra (Primeira Guerra Mundial em 1918) foi fortalecido, pois os
Estados Unidos saíram vitoriosos e ascenderam para a posição de maior superpotência mundial.
Com isso, todos os cidadãos passaram a ter, resumidamente, a mesma visão hegemônica do
mercado.
O desenvolvimento industrial favoreceu o consumismo da seguinte forma: Nunca antes
se viu uma produção em massa de tantos produtos, mesmo com o estado distributivo citado no
anterior trabalho. Portanto, a humanidade desenvolveu um apreço ao capitalismo do século XX
que permitia a produção de tantos produtos em tão pouco tempo. Com isso, originaram-se
campanhas publicitárias tanto de empresas (para vender seus produtos) quanto do governo
(para induzir a população), atraindo o povo para consumir mais e mais produtos.
O consenso da historiografia econômica diz que a Grande Depressão de 1929 aconteceu
por um forte consumismo sustentado pela população que teria efetivamente causado um
aumento da especulação financeira das bolsas de valores, além de uma produção em massa
que causou a maior crise capitalista da história. Por isso, vemos a fonte 2 na página da apostila.
Apesar disso, existem vertentes econômicas que podem refutar isto, como a escola
austríaca de economia que ressalta que a crise de 1929 foi causada pelo intervencionismo
estatal na economia. O Austrian Business Cycle Theory consiste no modelo seguinte:

1. Banco central reduz a taxa de juros para movimentar a economia

2. Bancos, então, emprestam créditos à juros baixos

3. Empresas investem pesado em sua produção devido os créditos baratos

4. Empresários cometem diversos malinvestiments e cometem alocações erradas de


recursos (erros de cálculos e precificação)

5. Dá-se início à um período de “Boom” econômico e a economia “esquenta”

6. Banco central aumenta a taxa de juros para “esfriar” a economia

7. Dá-se início à um período de “Bust” econômico e economia “esfria”

8. Banco central reduz a taxa de juros para movimentar a economia

Começa tudo de novo...

Por isso, analisa-se que a intervenção estatal na economia seria algo nocivo ao próprio
mercado, gerando diversas recessões e ineficácias econômicas. Apesar disso, é totalmente
válido dizer que as medidas do presidente Franklin Roosevelt foram suficientes para cauterizar
os ferimentos da economia americana com uma política ainda mais intervencionista, conhecida
como New Deal.
Eu mantenho minha posição anticomunista e anticapitalista, do lado do distributivismo,
um modelo econômico mais estável e seguro.

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