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em face da União, pessoa jurídica de direito público interno, com sede na..., pelos
fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos:
I - DOS FATOS
O referido prazo não consta na lei que instituiu o programa, e o referido ato normativo
também não especificou a limitação do financiamento para grupos étnicos. Com base na
negativa da Administração Federal, a matrícula na Universidade particular ficou suspensa,
prejudicando a continuação do curso superior.
O valor da mensalidade por ano corresponde a R$ 20.000,00, sendo o curso de quatro anos de
duração.
O estudante pretende produzir provas de toda a espécie, receoso de que somente a prova
documental não seja suficiente para o deslinde da causa. Isso foi feito em atendimento à
consulta respondida pelo seu advogado Tício, especialista em Direito Público, que indicou a
possibilidade de prova pericial complexa, bem como depoimentos de pessoas para comprovar
a sua necessidade financeira e outros depoimentos para indicar possíveis beneficiários não
incluídos no grupo étnico referido pela Administração.
Aduz ainda que o pleito deve restringir-se no reconhecimento do seu direito constitucional e
que eventuais perdas e danos deveriam ser buscadas em outro momento. Há urgência, diante
da proximidade do início do semestre letivo.
II - FUNDAMENTOS JURÍDICOS
O tema envolve, de início, o exame da competência para julgamento da causa que envolve a
União Federal e Universidade particular havendo fatos encadeados que indicam a atuação
conjunta dessas pessoas no polo passivo da demanda, o que indica a competência por atração
da Justiça Federal da capital do Estado W, domicílio do autor, nos termos do art. 109, § 2º
CRFB.
Por outro lado, atuará no polo ativo o estudante Mévio e no polo passivo a União Federal, que
negou o financiamento e a Universidade que suspendeu a matrícula, por força do primeiro ato.
Esse litisconsórcio se afigura necessário para solver a situação do autor, de forma definitiva,
condenando ambos os sujeitos passivos, nos limites das suas responsabilidades.
Quanto aos fundamentos, primeiramente, nota-se que houve ofensa ao princípio da isonomia
pois esse tipo de financiamento não pode beneficiar somente determinado grupo étnico, nos
termos do art. 5º, caput e art. 19, III, ambos da CRFB/88.
Da mesma forma, houve violação ao princípio da legalidade vez que há confronto entre o
regulamento e o texto legal, nos termos do art. 5º, II, da CRFB/88.
Por fim, a negativa de bolsa ofende o direito constitucional à educação, nos termos do art. 6º e
art. 205, ambos da CRFB/88.
O fumus boni iuri está configurado na violação do direito fundamental de acesso à educação,
além do tratamento discriminatório arbitrário, e o periculum in mora pelo prejuízo à
continuação do curso superior.
IV - DOS PEDIDOS
c) a citação da União para contestar a ação, nos termos do art. 238 do CPC/15;
e) a condenação dos Réus em custas e em honorários advocatícios, nos termos dos arts. 84 e
85, ambos do CPC/15;
Em cumprimento ao art. 319, VI, do CPC/15, o autor requer a produção de todos os meios de
provas em direito admitidas.
VI - DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Em cumprimento ao art. 319, VII, do CPC/15, o autor opta pela realização da audiência de
conciliação ou de mediação.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local... e data...
Advogado...
OAB nº...