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A Criança e o Número
O conhecimento físico é aquele adquirido através da observação da criança com objetos da realidade
externa, entretanto a relação entre a propriedades físicas de dois objetos é construída a partir do co-
nhecimento lógico-matemático. A criança tem dois tipos de abstração, a empírica que a criança ob-
serva apenas uma propriedade do objeto e ignora as outras; e a abstração reflexiva que constrói uma
relação entre dois objetos realizada pela mente, e é usada para construir o conceito de número, es-
sas formas de abstração são interdependentes.
Objetivos para ‘ensinar’ número: estimula a autonomia na criança que para Piaget o desenvolvi-
mento da autonomia deve estar no centro de qualquer proposta educativa, o conceito de número não
pode ser ‘ensinado’ para as crianças é preciso que elas construam estruturas mentais para abarcar o
conceito de número.
Princípios de ensino: o educador deve propor vários tipos de relações da criança com o objeto por
exemplo suas quantidades de forma significativa para ela; a criança precisa trabalhar com objetos
móveis, ter uma interação social com os colegas durante as atividades podendo entre eles chegar a
uma resposta sem a intervenção direta do professor.
Situações escolares que o professor pode usar para ‘ensinar’ número: na vida diária quando o
professor pede para a criança distribuir material para os colegas; na hora do lanche distribuir bola-
chas entre eles em partes iguais; registrar o número de crianças presente e ausentes; na hora da ar-
rumação o professor pede que cada aluno guarde apenas quatro objetos. O professor pode promover
uma votação que é importante não só para comparar quantidade, mas também para trazer autonomia
para a vida da criança, entre outras situações de ensinar números, estão os jogos em grupos, jogos
de esconder, corridas e brincadeiras de pegar etc.
Todos seres humanos nascem heterônimos, ou seja, governados por outra pessoa e aos poucos vai
se transformando em uma pessoa autônoma e é essa a finalidade da educação.
A abstração empírica ou simples seria a abstração das propriedades a partir dos objetos. Ex.: A cri-
ança abstrai a cor de um objeto e ignora as outras propriedades.
Quando as relações não têm existência na realidade externa, e envolve a construção de relações en-
tre os objetos é abstração reflexiva, a expressão abstração construtiva poderia ser mais fácil de en-
tender do que abstração reflexiva, pois é construída pela mente.
No âmbito da realidade psicológica da criança não é possível que um tipo de abstração exista sem o
outro. Sendo assim, um sistema de referência lógico-matemático construído pela abstração reflexiva
é necessário para a abstração empírica. Durante os estágios, sensório-motor e pré-operacional, a
abstração reflexiva não pode acontecer independentemente da empírica, entretanto mais tarde ela
poderá acontecer. Os números são aprendidos pela abstração reflexiva, através da construção de re-
lações realizadas pela criança.
As pessoas falham ao acreditar que os conceitos numéricos devem ser ensinados através da trans-
missão social, isto demonstra que não fazem a distinção entre, o conhecimento social e o lógico-ma-
temático, cuja base fundamental do conhecimento é a própria criança.
O conhecimento físico como o social é um conhecimento de conteúdo e requer uma estrutura lógico-
matemático para sua assimilação e organização. A origem fundamental do conhecimento social são
as convenções construídas pelas pessoas. Enquanto no conhecimento lógico-matemático a base fun-
damental é a própria criança.
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A CRIANÇA E O NÚMERO
A tarefa da conservação também pode ser usada para responder a perguntas psicológicas referentes
ao ponto em que se encontram cada criança na seqüência de desenvolvimento.
Os símbolos diferem dos signos no sentido de que os símbolos mantêm uma semelhança figurativa
com os objetos representados e são criados pela criança.
Princípios de Ensino
"Ensinar" é uma forma abreviada que se refere ao ensino "indireto", pois o meio ambiente pode pro-
porcionar muitas coisas, que indiretamente facilitam o desenvolvimento do conhecimento lógico-mate-
mático. Neste capítulo seis princípios de ensino são apresentados sob três títulos, com diferentes
perspectivas.
1-A criação de todos os tipos de relações. Encorajar a criança a estar alerta e colocar todos os tipos
de objetivos, eventos e ações em todas as espécies de relações. Uma criança que pensa ativamente
na vida diária pensa sobre muitas coisas simultaneamente.
2- A quantificação de objetos.
a) encorajar a criança a pensar sobre número e quantidades de objetos que sejam significativos, para
elas. Se a autonomia é a finalidade da educação, a criança deve ser mentalmente ativa para construir
o número e encorajada a agir de acordo com sua escolha e convicção ao invés de agir com obediên-
cia ou submissão.
a) encorajar a criança a trocar ideias com seus colegas. Um princípio fundamental no âmbito lógico-
matemático é o de encorajar a troca de ideias entre as crianças.
b) Imaginar como é que a criança está pensando e intervir de acordo com o que parece que está
acontecendo em sua cabeça.
Se as crianças cometem erros é porque, geralmente estão usando sua inteligência a seu modo, se
todo erro é um reflexo do pensamento da criança, a tarefa do professor seria corrigir o raciocínio, cri-
ando um ambiente que encoraje a autonomia e o pensamento.
As situações que conduzem à quantificação de objetos são apresentadas sob dois títulos: vida diária
e jogos em grupo.
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A CRIANÇA E O NÚMERO
Vida diária: o professor na organização das atividades pode gerar situações nas quais a quantifica-
ção acontece de maneira natural e significativa. Por ex.: a distribuição de materiais; a divisão de obje-
tos, a coleta de coisas, manutenção de quadros e registros, arrumação da sala de aula, votação.
Jogos em grupo; Vemos que muitos jogos em grupo proporcionam um contexto excelente para o
pensamento em geral e para a comparação de quantidades. A autora cita exemplos de jogos com al-
vos, jogos de esconder, corridas e jogos de pegar, adivinhação, jogos de tabuleiro e baralho. Os jo-
gos em grupos apresentam muitas oportunidades de trabalhar outras relações.
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