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APRESENTAÇÃO GRUPO 2 TEXTO 3ª: A CRIANÇA E OS NÚMEROS

"O professor não ensina, mas arranja modos


de a própria criança descobrir. Cria situações-problema."

 Constance Kamii – a autonomia como finalidade da educação


 Principal representante da psicologia da aprendizagem, que
centra suas investigações nas estruturas cognitivas.
 Jean Piaget defendia a ideia de que o conhecimento não existe: aquilo a
que se dá este nome é um conjunto de capacidades intelectuais
hierarquicamente classificadas que requerem uma visão científica mais
global.
 Tinha como objetivo estudar a evolução do pensamento da infância até
a adolescência, procurando entender os mecanismos mentais que o
indivíduo utiliza para captar o mundo.
 Pesquisador que desenvolveu muitas investigações, que constituíram a
base do construtivismo.
 Piaget concebia a criança como um ser dinâmico, que a todo o
momento interage com a realidade.

Para entendermos um pouco disso tomaremos como base o texto: A criança e o


número.

 Piaget: o número é construído por cada criança a partir de todos os tipos de


relação que ela cria entre os objetos e não por receber respostas certas a
questões específicas formuladas.
 Cabe ao educador favorecer o desenvolvimento da aprendizagem, em vez de
ensinar as crianças a darem respostas corretas e superficiais nas tarefas. O
professor deve encorajar a criança a pensar ativamente (a colocar coisas em
relações), estimulando, dessa forma, o desenvolvimento dessa estrutura
mental.
 Exemplo conservação do número quando a disposição espacial muda
1- Estabelecer igualdade (colocar tantas quantas)
2- Conservação: altera a forma espacial e ver se o número mudou.
3- Propor argumentação
4- Quotidade: confirmar a conservação contando
 O desenvolvimento segue uma ordem hierárquica- em níveis (idade, ambiente
cultural e educacional)
 Piaget : enfoca o jeito de ensinar o número elementar, usando a teoria de uma
maneira prática abordando: A natureza do número, objetivos para ensinar o
número, princípios de ensino e também as situações escolares que o professor
pode usar para ensinar o número.
 Kamii : busca justificar sua metodologia para construção da ideia de número pela
via contagem, apresentando experimentos realizados com crianças de diferentes
faixas etárias de acordo com resultados de pesquisa desenvolvidas por Jean
Piaget

1.0 – A NATUREZA DO NÚMERO

 TIPOS DE CONHECIMENTO
1- Conhecimento físico: conhecimento dos objetos da realidade externa. EX: cor,
peso, queda do objeto quando solto no ar. Fonte do conhecimento é

parcialmente externa ao indivíduo. Está ligado ao mundo concreto, ou

observável dos objetos, por isso o professor deve explorar as

atividades matemáticas que trabalham com as propriedades físicas

como o peso e a cor),


2- Conhecimento lógico matemático: estabelecer relação entre os objetos.
Comparar semelhanças e diferenças. Consiste na coordenação dessas relações.
Não pode ser ensinada diretamente uma vez que a criança tem que construí-la
por si mesma. ( se desenvolve através das relações mentais com o objeto. As
noções de igualdade, comparação, quantidade, classificação são exemplos de
conhecimento lógico matemático. Assim começa a criança começa a construir
individualmente a noção de número, a partir dos tipos de relações dela com os
objetos.)
3- Conhecimento social (convencional): o conhecimento pode ser ensinados pela
transmissão social. Então é indispensável a presença de outras pessoas. Fonte
do conhecimento é parcialmente externa ao indivíduo. É o mesmo
conhecimento cultural.
 Piaget afirma que a construção do conhecimento se dá através de fontes
externas e internas. Enquanto o conhecimento físico e o conhecimento social
se processam fora do sujeito, o conhecimento lógico-matemático se dá no
interior do individuo, ou seja, na mente.
 O número é a relação criada mentalmente por cada indivíduo. A criança
progredi na construção do conhecimento logico matemático pela coordenação
das relações simples que anteriormente ela criou entre objetos.
 A criança constrói o conhecimento físico e lógico matemático por meio da
abstração reflexiva e empírica.
a. Abstração empírica: abstração das propriedades a partir dos objetos...
cores, forma, textura.
b. Abstração reflexiva: se refere a abstração do número
 Os números são aprendidos pela abstração reflexiva, á medida que a criança
constrói relações, mas anteriormente a construção do conceito de numero, a
criança necessita desenvolver algumas estruturas mentais:

 a ordem, que se refere à capacidade que a criança desenvolve em arranjar,


ordenar e contar objetos,
 e a inclusão hierárquica, que se dá depois do desenvolvimento da relação de
ordem. Esta última estrutura permite que aos poucos a criança vá percebendo a
sequência dos numerais.
 A estruturas lógico-matemático só estarão bem estruturadas por volta dos
setes anos ou oito e a partir desta idade, o pensamento das crianças se tornam
reversíveis, ou seja, capaz de realizar mentalmente ações de duas coisas
opostas simultaneamente.
  É preciso que o professor tenha em mente que os conceitos de número não
podem ser ensinados, mas construídos pela própria criança, por partes, ao
invés de tudo de uma vez. Deve se também propiciar as crianças o contato com
os materiais concretos como encorajar as crianças a colocar os objetos em
relação, pensar sobre os números e interagir com seus colegas.

2.0 – OBJETIVOS PARA ENSINAR O NÚMERO


 A finalidade da educação deve ser a de desenvolver a autonomia da criança,
que é, indissociavelmente, social, moral e intelectual.
 Autonomia: ato de ser governado por si mesmo.
 Autonomia como finalidade da educação requer que as crianças não sejam
levadas a dizer coisas nas quais não acreditem com sinceridade.
 O conhecimento de número  implica no desenvolvimento da

autonomia intelectual. Para a visão construtivista, a autonomia é a

finalidade da educação desse modo, uma criança não deve ser

ensinada através de métodos tradicionais, como memorização, sinais

de aprovação ou desaprovação do professor, pois tais instruções

reforçam a heteronomia que significa o ato de ser governado pelos

outros, que por sua vez é o contrário da autonomia, que significa o

ato de ser governado por si mesmo. A autonomia é

indissociavelmente social, moral e intelectual, isso significa levar em

consideração o pensar autônomo e critico, e o papel do professor

deve ser de desenvolver na criança a atitude consciente e não deve

inserir no educando a dependência, de seguir normas sem contestá-

las, uma ação sistematizada coordenada pelo adulto á repressão.

 O sucesso escolar depende muito da habilidade de pensar autônomo

e criticamente da perspectiva de vida em grupo. Assim, o objetivo

para ensinar o número é o da construção que a criança faz á sua

maneira, incluindo a quantificação de objetos e inevitavelmente ela

consegue construir o número. O meio ambiente pode indiretamente


facilitar o desenvolvimento do raciocínio-lógico, ou pode retardar,

isso se dá nas diferenças interculturais e socioeconômicas.

 Para Piaget, há uma diferença entre os símbolos e os signos. Os

símbolos são criados pela criança e mantêm uma semelhança

figurativa dos objetos e os signos parti do conhecimento social. É um

erro acreditar que ensinando as crianças a contar e a escrever os

numerais estarão ensinando conceitos numéricos, o que é um

equívoco, pois na verdade está apenas fazendo com que ela decore

os números ao invés de construir a estrutura mental do número. Não

que não seja bom para a criança aprender a contar e escrever

numerais se isto lhe for de seu interesse, mas só isto não basta.

 O professor deve conhecer a diferença entre conta de memória e

contar com significado numérico, este último só pode ser

proveniente da estrutura lógico matemático, construída pela criança

em sua cabeça. A tarefa do professor é encorajar a criança a pensar

ativamente e de forma autônoma em todos os tipos de situações, em

todos os tipos de relação, pois as crianças não constroem o número

isoladamente.

3.0 - PRINCÍPIOS DE ENSINO


 O professor deve priorizar o ato de encorajar as crianças a pensar sobre
os números, relacionar e interagir com autonomia utilizando os
conceitos já trazidos da sua vida para dentro do ambiente escolar e
fazendo novas relações.
 Kamii escreve sobre os princípios de ensino, que são apresentados em
três títulos:
 A criação de todos os tipos de relações – a criança que pensa na sua
vida cotidiana, consegue raciocinar sobre muitos outros assuntos ao
mesmo tempo. (o professor têm um papel crucial de indiretamente
encorajar a autonomia de pensamento, principalmente quando há uma
situação de conflitos, onde a criança pode desenvolver a mobilidade e
coerência do pensamento, ou seja, raciocinar logicamente, inventar
argumentos que façam sentido e sejam convincentes, no entanto
existem crianças que não são de alguma forma envolvidas em situação
com enorme quantidade de relações ou situações, agem passivamente,
pois são forçadas á se submeterem a obediência, mas com a
intervenção do professor ele pode assim promover ou impedir o
pensamento da criança)
 A quantificação de objetos – deve-se apoiar a criança a pensar sobre
número e quantidade de objetos, quantificando-os com conhecimento
lógico, comparando conjuntos móveis. (Quando a professora encoraja a
criança a quantificar logicamente, a fazer conjuntos com objetos
móveis, há uma diferença em ter a contagem mecânica e a contagem
escolhida pela criança para resolver um problema real na sua própria
maneira, uma vez que a criança constrói a lógica da correspondência
um-a-um por abstração reflexiva, dessa forma as atividades ou
exercícios tradicionais como as cartilhas, são completamente
supérfluas.)
 Interação social com os colegas e os professores – apoiar a criança a
conversar com seus colegas e imaginar como está desenvolvendo o
raciocínio em sua cabeça. Afirma que o choque de opiniões que surgem
e os esforços para resolver certas situações entre eles envolve a

autonomia, a confiança e habilidades matemáticas.


VUNESP-Prefeitura de Poá – SP-2013) Bruno e João, ambos com 5 anos de
idade, estão brincando com alguns carrinhos. Bruno achou, no meio dos
brinquedos,um caminhãozinho, que, rapidamente, despertou o interesse
de João. Os meninos começaram a disputar o objeto,cada qual puxando-o
para o seu lado. O conflito chamou a atenção da professora. Conforme
Kamii, é correto afirmar que a atitude de uma professora que tenha como
objetivo promover o pensamento da criança será a de

  definir com quem deve ficar o brinquedo. Fazer com que as


crianças pensem: quem achou o item? É com ele que deve ficar, por
direito.

  encerrar o período destinado à brincadeira e propor outro tipo


de atividade, para que as crianças se distraiam e parem de se
agredir.

  tirar o brinquedo das crianças como uma forma de eliminar o


conflito criado. Eliminando o motivo, elimina--se a discórdia.

  entregar o brinquedo, fruto da discórdia, a uma terceira criança,


e pedir para que as crianças pensem o motivo pelo qual ficaram sem
o objeto.

  guardar o brinquedo na prateleira e solicitar às crianças uma


solução ao impasse criado.

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