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CURSO DE DIDÁCTICA DO ENSINO

SUPERIOR
Prof. Doutor Celestino Piedade Chikela
piedadechikela@gmail.com
924150677/991150677
Malange, 2018
ASPECTOS GERAIS DA EDUCAÇÃO
SUPERIOR. PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM
“ Não há saber mais nem saber menos, há saberes diferentes”.

“Ninguém ensina nada a ninguém, mas que no entanto ninguém aprende nada sem
ninguém; Todos aprendemos juntos mediatizados pelas circunstancias”.
Paulo Freire
“Quanto ao ensino alcançamos uma
revoluçao quantitativa que agora REFLEXÃO
carece de revoluçao qualitativa.
Necessitamos de mais e melhores
professores, de melhorar os métodos de
ensino e de avaliação mais rigorosa e
objectiva nos cursos de ensino médio e
profissional, em particular, e no ensino
“Ensinar não é transferir
superior”. conhecimentos, mas criar
(Engº
José Eduardo dos Santos possibilidades para a
mensagem do Estado da Nação, 15 de Outubro de
2014) sua produção ou sua
construção. Quem
ensina aprende ao
ensinar e quem aprende
“Melhorar o que esta bem e corrigir o que
ensina ao aprender”.
esta mal nos diferentes sectores, (…) assim
como na Educação”. Paulo Freire

Dr. João Manuel Gonçalves Lourenço (2017)


Antecedentes e evolução do Ensino Superior:
1975: 1 Universidade 2009: Decretos
1962: 5/09 e 7/09
Indepen- Pública:
Contexto dência de Novas
colonial “Agostinho Universidades
Angola Neto” Públicas

Decurso Histórico doContradição:


Ensino Superior
“elevada
Se formação
estabelece a Generalização académica
Mudanças e
Ensino da educação insuficiente
profundas no Se redimensiona
Superior em como direito formação
sistema a UAN:
Angola humano pedagógica
macrossocial 7 Regiões
em dos
Angola: Académicas
docentes”
Lei 13/01 7 novas
(SEES.2005). Universidades
Critério: Reformas Educativas em Angola Públicas
Situações Problemáticas:
• Os conhecimentos
gestores
O incremento dasdo e habilidades
universidades
ensino que
angolanas
superior em
possuem,
reclamam em
da um
Angola gera questões
necessidade
aumento psicopedagógicas,
de utilização de
profissionais
são
de insuficientes
ferramentas para
não o pedagógica
seu desempenho
formaçãopsicopedagógicas para que
o
pedagógico
melhoramento
desempenham para
do formação dos estudantes.
desempenho
funções pedagógico
docentes.
dos docentes.
OBJECTIVO:

Capacitar os professores para o seu melhor


desempenho profissional pedagógico, no
desenvolvimento do processo de ensino – aprendizagem
no contexto da Educação Superior em Angola.
Todo professor necessita ter formação profissional
pedagógica, pois “aprender a ser professor é uma
viagem longa e complexa, repleta de desafios e
emoções” Arends, R. (1995).

Formosinho, J. e Ilídio, F. (2009):


duas concepções acerca da formação de professores:

Laboral Profissional

Estar professor Contradição Ser professor

Feiman,1983 citado por García, C.M.,


Pacheco 2013 1999: 4 fases en la formación Nóvoa 1991
DOCUMENTOS REITORES PARA A FORMAÇÃO
E SUPERAÇÃO DE PROFESORES

Plano Nacional Plano Nacional


Plano Mestre de Plano a longo
de de Formação de
Formação de prazo
desenvolviment Quadros
professores Angola
o Angola 2013- Angola 2013-
2007-2015 2025
2017 2020

PERSPECTIVAS

Institutos Bolsas de
Zonas de Escolas de Escolas
Superiores estudos
influência Formação de Superiores
de Ciências internas e
pedagógica Professores Pedagógicas
da Educação externas
Superação para os Docentes do
Ensino Superior em Angola:
processo direcção da preparação
encarregado
pedagógico dos profissionais
desenvolvimento vinculado
da cultura no desempenho pedagógico
contexto de responda
actuação onde
Perm
laborem ita necessidades da
sociedade angolana
favoreça

desenvolvimento de sua identidade cidadã (…) ao


combinar-se o aspecto individual com o grupal,
reflectido no seu melhoramento profissional e humano.
Profesio, Docer,
PROFESSOR docente, decet
Profissional,
Profissionalismo
Phos, photos

Responsabilidade

Eficiência Deontologia Eficácia

Competência Compromisso Correspondência

Serviço social e não oportunismo material


Docência
CONTEÚDO DA FORMAÇÃO, PARTE I, II E III

A educação superior e os problemas pedagógicos presentes


no processo formativo, os fundamentos didácticos da
educação superior, Análise dos princípios e componentes da
didáctica, a relação métodos – meios – forma como
componentes do processo docente educativo e a avaliação
do processo docente.
A EDUCAÇÃO SUPERIOR E OS PROBLEMAS
PEDAGÓGICOS PRESENTES NO PROCESSO DE
FORMAÇÃO
O QUE É A UNIVERSIDADE?

INSTITUIÇÃO SOCIAL QUE TEM COMO MISSÃO TRANSFORMAR


A SOCIEDADE.

PROCESSOS FORMATIVOS

DOCENCIA EXTENSÃO INVESTIGAÇÃO

PRESERVAR CULTURA PROMOVER CULTURA CRIAR CULTURA

RESPONDEM AO ENCARGO SOCIAL


Expandir-se na sociedade Conh. INTERNACIONALIZAÇÃO
(Santos e Filho, 2012)
Ad intra e ad extra
EDGAR MORIN, 2002

OS SETE SABERES PARA A EDUCAÇÃO DO FUTURO: Exigencias para os Profs. Univ

As cegueiras do conhecimento: erro e ilusão

Os principios de um conhecimento pertinente


Ensinar a condição humana

Ensinar a identidade terrena

Afrontar as incertezas

Ensinar a compreensão
Ética do género humano

“ A educação é o melhor instrumento para realizar mudanças”


UNESCO, 2002

Declaração Mundial sobre a Educação Superior no Séc. XXI- 3 estratégias:

1. Aumentar a qualidade no ensino e na investigação


2. Adaptabilidade da Educação Superior às demandas do trabalho
3. A equidade

Para o seu cumprimento Exige:


Professores idóneos, competentes e motivados

Formação específica: Saber

Formação Pedagógica: Saber fazer

Formação humana, humanizadora e ética profissional: saber Ser e estar


CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

“Constituem uma parte do saber científico que se ocupa do estudo


da realidade educativa, tentando compreender os fenômenos
educacionais que se dão no seu seio, para mais tarde descrevê-los,
estabelecer relações entre eles, e descobrir as leis que os regem.”

(Cabrerizo, J., 1999).


CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

Gerência educacional e
Filosofia, Psicologia, e Tecnologia aplicada a
Pedagogia
Sociologia da Educação Educação

Pedagogia das idades Ciências Pedagógicas


Pedagogia especial
Pedagogia comparada
Historia da Pedagogia
Didática geral e especificas
PEDAGOGÍA:
CIÊNCIA DO PROCESSO FORMATIVO NO ÂMBITO ESCOLAR E NÃO ESCOLAR.

Dimensão Dimensão Dimensão


Instrutiva. Educativa Desenvolvedora.

Conhocimentos Valores
Habilidades. Capacidade de
transformação

PROCESSO DE FORMAÇÃO ONDE SE APRENDE NÃO SÓ A

COMPREENDER A REALIDADE MAS TAMBÉM A

TRANSFORMÁ-LA.
O CONCEITO DE DIDÁCTICA

A palavra didáctica é de origem grega: didaktiké, que quer dizer arte


de ensinar. No entanto, a mesma tomou vulto após o livro de Ratke
intitulado Aphorisma Didactici Precipui, publicado em 1629, e o livro
de J. Amos Comenius, intitulado Didactica Magna publicado em
1657.

Hoje Didáctica é conceituada como “estudo do conjunto de recursos


técnicos que tem como objectivo dirigir a aprendizagem do educando,
tendo em vista levá-lo a atingir um estado de maturidade que lhe
permita encontrar-se com a realidade e na mesma poder actuar de
maneira consciente, eficiente e responsável”.
DIDÁCTICA

“A Didáctica é a ciência que estuda como objecto o


processo docente educativo, dirigido a resolver a
problemática que lhe expõe à escola: a preparação do
homem para a vida, mas de um modo sistêmico e
eficiente”.
Carlos Álvarez de Zayas, (1999).
DIDÁTICA:

CIÊNCIA DO PROCESSO DOCENTE EDUCATIVO OU ENSINO


APRENDIZAGEM.

De caráter sistêmico e eficiente com pessoal preparado para dirigi-lo no


Marcos curriculares.

Dimensão Dimensão Dimensão


Instrutiva. Educativa Desenvolvedora.

DINAMIZA-SE A TRAVÉS DE LEIS, PRINCÍPIOS E

COMPONENTES.
INSTRUÇÃO E EDUCÃÇAO

“Instrução não é o mesmo que a educação: a instrução se refere ao


pensamento, e a educação se refere principalmente aos sentimentos.”

"Educar é depositar em cada homem toda a obra humana que lhe


antecedeu: é fazer a cada homem resumo do mundo vivente, até o dia em
que vive: É pô-lo ao nível de seu tempo, para que fluctue sobre ele, e não
deixá-lo debaixo de seu tempo, com o que não poderá sair a flutuação; é
preparar ao homem para a vida".

José Martí: Obras Completas, Havana, Editorial


Política, 1972. Escola de Electricidade. Tomo 8
P. 281- 284
COMPETÊNCIAS DA DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

a) Identificar os problemas profissionais principais e os mais comuns e


fundamentais em geral.
b) Perceber as regularidades do processo de formação em cada uma
das profissões, tanto de caráter geral como específicas.

c) Elaborar os objectivos e as exigências das profissões, assim como


a estruturação dos processos de transmissão e assimilação que
permitem o desenvolvimento da personalidade do trabalhador productor.

d) Interpretar os fenômenos específicos dos processos de


aprendizagem do conteúdo.
e) Classificar as formas de organização específicas do
ensino de acordo com a formação profissional de que se
trate: actividades docentes nas salas-de-aula especializadas,
os laboratórios, as oficinas docentes, as áreas de práticas e
de produção e o trabalho nas entidades produtivas e de
serviços.
f) Explicar as tendências e o desenvolvimento teórico dos
processos de elaboração dos desenhos curriculares para a
formação de profissionais.
g) Descrever as particularidades da direcção do processo
pedagógico profissional, em correspondência com a teoria e
prática da ciência da administração.
DIDÁCTICA DO ENSINO SUPERIOR
objectivos da Universidade

 Formar o profissional de nível superior, isto é, que sabe o


porquê da sua actuação e que é capaz, com mais ênfase, de
avaliar as consequências de seus actos teóricos e eticamente.
 Farmar o pesquisador, aquele que não se contenta com os
conhecimentos teóricos e/ou práticos que possui, descobrindo
novas verdades ou aprofundamento das já conhecidas. Em outras
palavras, desenvolve a mentalidade científica.
 Formar a criatura humana capaz de refletir com mais
profundidade sobre os problemas de sua especialidade e sobre
os problemas de natureza social e/ou natureza de cultura geral.
 Orientar para a aplicação prática dos conhecimentos obtidos
pela pesquisa
TAREFAS DA DIDÁCTICA

 A profundar a base metodológica do PEA;


 Intensificar a influência educativa do ensino;
 Desenvolver o pensamento criador dos alunos;
 Aperfeiçoar as distintas formas de vincular o estudo
com o trabalho;
 Aperfeiçoar os métodos de ensino e as formas de
organizção deste;

27
27
ASPECTOS PARA REFLECTIR

 Dificuldades que apresenta a sua Disciplina.

 Dificuldades que apresentam seus estudantes.

 Dificuldades que apresentam os professores.

 Que fazer como docente em função do exposto?

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ENSINO-APRENDIZAGEM

Ensino - vem de ensinar (latim, insegnare), que quer dizer


dar prelecções sobre o que os outros ignoram ou sabem mal.
Em didactica Ensino é toda e qualquer forma de orientar a
aprendizagem de outrem, desde a acção directa do
professor até a execução de tarefas de total
responsabilidade do educando, previstas pelo professor.

Aprendizagem – é derivada de aprender (lat. Aprehendere),


tomar conhecimento de, reter. Aprendizagem é acção de se
aprender algo, de “tomar posse” de algo ainda não
incorporado ao comportamento do individuo.
TIPOS DE ESTUDANTE

1. Tipo colegial – Passou para os estudos de nível superior,


conservando, no entanto, a mentalidade de estudante do médio. É bem
organizado, quer saber quais os pontos que entram em prova, e toma
nota de tudo que o professor diz em aula.

2. Tipo crente – está disposto, interiormente, a aceitar como verdade e


definitivo tudo o que os professores dizem e a atender a todas as formas
de solicitação que lhe sejam feitas, sem mesmo criticá-las. Costuma
defender a sua faculdade veementemente, contra toda e qualquer critica,
estando sempre disposto a proclamar que “a sua faculdade é a
melhor”...
3. Tipo fantasiado – vive cheio de distintivos e flâmulas da sua universidade,
no vestuário, no carro, na bolsa, em casa ...

4. Tipo encantado – encontra-se sempre encantado com o título de


universitário. Pode até mesmo chegar a mudar de tom de voz, de
maneira de andar, após o vestibular, facilitando mesmo que lhe cortem
os cabelos, etc. Manda imprimir cartões mencionando a sua nova
condição social. Nem espera, muitas vezes, terminar o curso, para
mandar fazer e usar o anel de formatura ...
QUALIDADE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR

DOCENCIA, BOA DIRECÇÃO


INVESTIGAÇÃO, BOA ADMINISTRAÇÃO
EXTENSÃO

BOM FUNCIONAMENTO.
 Qualidade de seu pessoal
docente.
• Qualidade dos programas. IMAGEM INSTITUCIONAL
• Qualidade de seus métodos de PROJETADA À SOCIEDADE.
ensino- aprendizagem.
• Qualidade de seus estudantes.
• Qualidade de sua infra-estrutura. DEMANDA AVALIAÇÃO
• Qualidade de seu entorno acadêmico PERMANENTE E SISTEMÁTICA
CONDIÇÕES PARA A DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA
segundo Juan Montedónico Napoli.

Domínio da lingua em que o professor tem de se expressar.

Domínio da disciplina que leciona, sabendo organizá-la para


o ensino.

Fé na sua própria acção de professor.

Capacidade de investigação.

Conduta segundo as sua convicções, pois o exemplo também


ensina.

Dominio da metodologia de sua disciplina.

Ter ideias. Não importa que o ideal não seja prontamente


realizado: a missão do professor é sugeri-lo sempre.
ALGUMAS CONDIÇÕES QUE DEVE REUNIR O DOCENTE:

1. Capacidade de adaptação, isto é, capacidade de se sintonizar com a


realidade humana de seus discípulos, bem como com a realidade
mesológica e sociocultural dos mesmos, a fim de, na medida do possivel,
melhorar as condições de desempenho dos estudantes e as condições
mesológicas dos mesmos;

2. Equilíbrio emocional, buscando evitar extremos de apatia ou


exaltação diante das ocorrências diárias ou mesmo excepcionais, a fim
de suscitar credibilidade diante de situações normais ou anormais que
venham a ocorrer;

3. Coerência de comportamento, isto é, não mudando de humor dia-a-


dia ou mesmo, hora a hora, o que muito perturba a confiabilidade do
estudante com relação ao professor, e não mudar de atitude
comportamental a não ser diante de argumentos ou ocorrências
convincentes;
ALGUMAS CONDIÇÕES QUE DEVE REUNIR O DOCENTE:

4. Capacidade de empatia, que consiste na capacidade de se colocar


na situação de outrem, a fim de melhor compreender, porque está
passando este outrem, o que permite melhores condições para orientá-
lo a fim de superar as possíveis dificuldades por que esteja passando.
Em outras palavras, o que permite ao professor, mais adequadamente,
assistei o estudante;

5. Capacidade de motivação, que consiste na capacidade de o próprio


professor motivar-se pelo seu empenho, por aquilo que esteja realizando
junto aos seus discíplulos, com a capacidade, também, de empolgar
intelectualmente os estudantes pela problemática que esteja sendo
estudada.
FUNÇÕES DO PROFESSOR:

Função cultural – consiste em o professor universitário ter uma visão geral


da realidade regional, nacional e conhecimento, também, mesmo que
geral, dos aspectos essenciais de cultura geral, a fim de poder melhor
assistir o estudante na busca de melhor situar-se na árdua tarefa de tomar
consciencia da época em que vive, de maneira geral, e melhor firmar-se
profissionalmente.

Função técnica – o professor deve estar a par e de maneira actualizada,


com o conteúdo e as técnicas de sua disciplina, bem-informado, incluível,
quanto às demais disciplinas de sua área de especialização, a fim de
facilitar o trabalho de integração de sua disciplina com as demais.
Continuação ….
Função didáctica – esta é uma função que não tem tido a atenção
necessária, no ensino superior, que consiste em o professor se dedicar a
aprender os modos mais acessíveis e eficientes de orientar a
aprendizagem dos estudantes. Assim, o professor universitário deve
buscar pôr em prática os procedimentos didácticos que, em sua disciplina,
estimulem, mais eficientemente, a aprendizagem do esstudante, seguindo
uma trilha de mais interesse, mais dedicação e melhores procedimentos
de acção didáctica, a fim de serem obtidos melhores resultados na
aprendizagem.

Função tutorial – esta é uma função de suma importância, que exige


maior aproximação do professor com o estudante e que consiste em
assisti-lo em suas dificuldades e estimulá-lo a prosseguir em suas
empreitadas de estudante. É, praticamente, a função de aproximação
entre professor e estudante e que, lastimavelmente, tem sido relegada a
segundo plano e da qual tanto necessita o estudante para o seu mais
adequado e melhor desenvolvimento. Ex. incentivar mais as atitudes de
reflexão (causa-efeito), de universalidade (reflectir o problema tanto no
espaço como no tempo) e de responsabilidade.
PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS

Principios didácticos “são postulados gerais sobre a estruturação do conteúdo, a


organização e os métodos de ensino que se derivam das leis e dos objectivos de

ensino, que expressam o complexo carácter desta ciência …” .


Lothar Klingberg (s/a)

M. Silvestre (1994), C.Alvarez (1996), J.Zilberstein (2000), ,Valle Lima (2000), Rico Montero e outros (2001),
Castellanos-(2001), Addine (2001), Silvestre Oramas (2002), J. Zilberstein (2002), Herrera Fuentes (2003), Ginoris
(2004), entre outros.
CARACTERÍSTICAS DOS PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS
Carácter reitor Orienta todo processo

Carácter geral Se aplica em todas as disciplinas e níveis de ensino

Essencial Determina os conteúdo, os métodos e as formas de organização

Obrigatório O incumprimento converte o processo docente em caus

Em consequência, o cumprimento de um supõe o cumprimento dos


Carácter de sistema. demais e o incumprimento de algum afecta o sistema
PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS

.
Princípio do carácter científico

Princípio da sistematicidade Princípio da vinculação da teoría com a


práctica
Princípio da atençao as diferenças
Princípio do carácter educativo individuais
do ensino.
Princípio da vinculação do concreto
e o abstracto

Princípio da acessibilidade Princípio da solidez dos conhecimentos

Princípio do carácter consciente e da actividade


independente dos estudantes.
PRINCÍPIO DO CARÁCTER CIENTÍFICO

 Verdade objetiva dos conteúdos do P. D.


 Actualidade dos conteúdos.
Regras para aplicar este
 O aluno pensa por si mesmo adotando seus principio

pontos de vista cientificamente


fundamentados.
 Direcção didática e científica

 Tudo o que se ensina deve ser objectivamente verdadeiro.


 Nas aulas aproveitar totalmente as potencialidades educativas
do conteúdo.
 Levar aos alunos do conhecimento científico às convicções.
 Aproveita todas as possibilidades para trabalhar a educação
cívica do aluno.
PRINCÍPIO DA SISTEMATIZAÇÃO

Estrutura sistemática das ciências


que proporcionam o conteúdo do processo docente pelas leis que o regem

Relação entre a lógica e a ciência e a lógica da profissão


Permite

 Ordenar o conteúdo do processo docente.


 Consolidar de forma sistemática o conhecimento adquirido.
 Desenvolver sistematicamente as capacidades, habilidades e competências dos estudantes.
 Comprovar regularmente os conhecimentos, capacidades, habilidades e competências dos
estudantes
 Educar de maneira sistemática e planeada.
PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DA TEORIA COM A PRÁCTICA

Proporcionar conhecimentos teóricos vinculados com a pratica,


desenvolvendo nos alunos a capacidade de aplicar na pratica social

Formas fundamentais

 Derivação e obtenção de novos conhecimentos da prática (a


prática como base do conhecimento).
 As afirmações teóricas comprovadas pela prática
 Aplicação dos conhecimentos na prática como objetivo do
Valor práctico
conhecimento.
do
 Educar para a vida e na vida: ideia reitora de uma educação conhecimento
próspera. adquirido
PRINCÍPIO DA UNIDADE DO CONCRETO E O ABSTRATO

Necessidade de estabelecer uma relação adequada entre


o conhecimento sensorial e racional do processo docente

O concreto O abstrato
no P D No P D
Coisas e
fenómenos Conceitos, juízos,
nas suas relações, o geral, o essencial.
o único, o especial

Unidades
inseparáveis
PRINCÍPIO DA EXEQUIBILIDADE

Relação entre o que o professor exige ao aluno e o que este é capaz de fazer

Exequibilidade é

Expor exigências no rendimento e na conduta dos


alunos, e que possam cumprir com certo esforço,
aumentando a capacidade de rendimento deles.
PRINCÍPIO DO CARÁCTER CONSCIENTE E DA ACTIVIDADE
INDEPENDENTE DOS ESTUDANTES.

Para o que aprende, trabalha; para o que


Comenius:
ensina, a direcção.

 Estimular a curiosidade científica, a disciplina de estudo, a perseverança, a


autoexigência.
 Estimular que os estudantes exponham, fundamentem e defendam seus
pontos de vista
 Educar o esforço intelectual sem desconhecer as possibilidades do aluno.
 Garantir o nível de exigência uniforme no coletivo docente

Carácter consciente da aprendizag


PRINCÍPIO DA SOLIDEZ DOS CONHECIMENTOS.

Essência Contradição entre a assimilação e o


esquecimento como princípio psíquico
normal.
Encontra um suporte fundamental na
sistematicidade

Nele estão presente os aspectos relacionados


com a vontade e a direcção do trabalho pelo
docente
LEIS DA DIDÁCTICA

Relação Escola – Relação entre a

Sociedade instrução e a educação

Relação entre objectivos-


conteudos e métodos

Regem e dão movimento ao P.E.A


Componentes do processo ensino- aprendizagem

Avaliação Problemas Objecto

Forma de Aluno - Professor - grupo


ensino Objectivo

Meios Método Conteúdo

Sistema de Sistema de
conhecimiento habilidades
Leis da didática
Sistema de valores
COMPONENTES NÃO PESSOAIS DO P.E.A.

O 1º componente do processo é o problema. Esta é a situação de um


objecto que gera uma necessidade em um sujeito que desenvolve um
processo para sua transformação. O problema; em tanto situação, tem
um caráter objectivo; em tanto necessidade, deixa-o também um
caráter subjectivo.

O 2º componente é o objecto que é a parte da realidade portador do


problema e deve ser modificado no processo.
COMPONENTES NÃO PESSOAIS DO P.E.A.

O 3º componente é o objectivo, que é o propósito, a aspiração que o


sujeito se propõe alcançar no objecto para que, uma vez transformado,
satisfaça sua necessidade e resolva o problema. Em tanto o selecciona o
sujeito tem um marcado caráter subjectivo.

O 4º componente é o conteúdo. Para alcançar esse objectivo o estudante


deve formar seu pensamento, cultivar suas faculdades, mediante o domínio
de uma parte do saber que está presente no objecto em que se manifesta o
problema.
• O 5º componente é o método, que é a estrutura, a ordem dos passos
que desenvolve o sujeito, em sua interacção com o objecto, com o
passar do processo.

• O 6º componente é a forma, que não é mais que a ordem que se


adota do ponto de vista temporário e organizacional para
desenvolver o processo.
O 7º componente são os meios que se utilizam para transformar o
objecto.

O 8º componente é a avaliação que é a constatação periódica do


desenvolvimento do processo, de modificação do objecto.
ANÁLISE DOS COMPONENTES DA
DIDÁTICA
Necessidade de aprendizagem em
PROBLEMA
relação com as necessidades sociais.

OBJETO OBJETIVO

Transformação que se aspira no


Parte da realidade a estudante em relação com o objeto
estudar. para resolver o problema.

ELEMENTO REITOR
OBJECTIVO

 Em relação com a aprendizagem e transformação do


estudante.

 Potencializa-se a habilidade ou capacidade a desenvolver.

 É orientador metodológico do processo.

 É Reitor.

 Deve ter uma só intenção pedagógica: a acção mais geral.


OBJECTIVO

COMPONENTES DO OBJETICVO:

Habilidade ou Objecto de Através de Componente


Capacidade Estudo o que se vai a Axiológico
obter

CARÁTER REITOR

 Preciso
 Lógico
QUALIDADES DE UM OBJECTIVO  Concreto
 Factível
 Avaliável
Necessidades
sociais

Fim da educação

Objectivos Gerais da Educação

Objectivos do Curso
(Modelo do Profissional)
Derivação gradual
dos objectivos Objectivos de Cada Ano

Objectivos de Cada Disciplina

Objectivos de Cada Cadeira

Objectivos de Cada Unidade

Objectivos de Cada Sistema de


Aulas

Objectivos de Cada Aula


SUGESTÃO

Confeccione sistemas de Cada objectivo contemplará: o


objectivos. conhecimento e a habilidade a
desenvolver, assim como o nivel
Delimite bem um objectivo do de profundidade, nível de
outro. assimilação e as condições de
Expresse com clareza o estudo requeridas.
câmbio ou transformação Ajuste sua formulação a sua
que pretende alcançarr. viabilidade.
Seleccione com cuidado as Os objectivos específicos não
palavras e os verbos. podem ser iguais em duas
situações diferentes.
Cada enunciado terá um só
Submeté-los a crítica do grupo
verbo. docente.
Elaborá-lo com critério de Aperfeiçoe o sistema de objectivos
Sistema. Relacione-o lógica e permanentemente.
pedagógicamente.
NIVEIS DOS OBJECTIVOS/HABILIDADES

NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL NÍVEL


 I  II  III  IV  V

CONHECER COMPREENDER APLICAR SINTETIZAR AVALIAR

Definir Distinguir Exemplificar Categorizar Julgar


Descrever Sintetizar/resumir Demonstrar Compilar Justificar
Identificar Inferir Manipular Desenhar Apreciar
Classificar Explicar Operar Organizar Comparar
Enumerar Extrair Resolver Reconstruir Criticar
Nomear conclusões Descobrir Combinar Contrastar
Relatar Relacionar Modificar Planejar Discriminar
 
Reproduzir Interpretar Usar Esquematizar  
Selecionar Generalizar   Reorganiza  
  Fundamentar
 
CONCLUSÃO

 Os objectivos são a categoria reitora do PEA.

 Devem elaborar-se na pessoa do estudante.

 Os objectivos instrutivos devem construir-se tendo


em conta seus componentes fundamentais.

 A habilidade é o seu núcleo fundamental.

 Devem dar resposta não só ao saber


(conhecimentos) se não ao que fazer com esse
conhecimento (desenvolvimento de competências ou
modos de actuação profissional).
CONTEÚDO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
O que se entende por conteúdo?

… É a parte da cultura seleccionada com sentido


pedagógico, para a formação integral do educando. O
conteúdo como reflexo da ciência e da sociedade em geral
leva implícito as potencialidades para que o homem o
enriqueça, o transforme e se transforme a si mesmo.
(Rita Alvaréz de Zayas, 2000).
ELEMENTOS DO CONTEÚDO

Sistema de habilidades e
Sistema de conhecimentos: são hábitos intelectuais e práticos:
as noções, representações, constituem a base das múltiplas
conceitos em relação com os actividades que deve realizar o
fenómenos, leis e hipóteses da aluno. É a forma que tem o aluno
realidade, assim como seu de relacionar-se directamente
processo e interrelação. com a realidade para conhece-la
melhor e contribuir na sua
transformação.

Sistema de normas de relação com o mundo: constituem a base das


convicções, princípios, concepções ou enfoques criados ao longo do
desenvolvimento da sociedade.
FACTORES QUE DETERMINAM A SELECÇÃO DO
CONTEÚDO

• Sociais: Depende da missão de cada sociedade e do tipo de


homem a que se aspire.

• Lógicos: Se relacionam com a determinação dos sistemas de


conhecimento e habilidades. Relação que se estabelece entre a
ciência e cadeira.

• Psicológicos: Se refere a idade dos alunos. Suas diferênças


individuais, desenvolvimento de seu pensamento e características
de sua personalidade entre ountros.
Problemas associados ao conteúdo que influem na
optimização do PEA nos centros de ensino superior

Rapidez com que cresce o volume de informação em relação


com a aplicação dos resultados de investigações e o
desenvolvimento da ciência e a tecnologia.

Rapidez com que muda o significado do conteúdo, se o


professor não se actualiza pode levar erros ou conceitos e
metodologias desactualizadas no tratamento de um tema.

A importância cada vez maior que adquire o processo ensino-


aprendizagem, saber separar o essencial e o não essencial.
Vias essenciais de formação de conhecimento segundo
Novak

Via indutiva: do particular para o geral

Ex: se oferece a definição para chegar as características,


causas, consequências.

Via dedutiva: do geral para o particular

Ex: se oferecem dados, características, causas,


consequências, relações para se chegar a definição.
CONTEÚDO DO P.E.A.

 Aspectos da cultura acumulada CONHECIMIENTOS

associados a um objecto de estudo.

 Modos de interactuar as pessoas com HABILIDADES

os objectos na atividade cognitiva.

 Significado que dá aos objectos que se VALORES

estudam e que se expressam em

atitudes em relação com as


COMPONENTES DO CONTEÙDO
necessidades da sociedade
Expressam-se em forma de
invariantes no P.E.A
HABILIDADES

ATIVIDADE COGNOSCTIVA QUE DESENVOLVE O ESTUDANTE PARA O INTERACTUAR COM


O OBJECTO DE ESTUDO E TRANSFORMÁ-LO.

Deriva-se em acções e operações algoritmizadas no


essencial

INVARIANTES
TEMA: OBTER UMA HABILIDADE, UM CONHECIMENTO.

ESTRUTURA CURRICULAR BÁSICA


DESENVOLVIMENTO
DO CONTEÚDO E DA HABILIDADE

 Orientação e motivação.
 Assimilação da actividade.
 Domínio da habilidade.
 Sistematização da habilidade.
 Evaliação da habilidade.

Condiciona a estrutura metodológica


do processo DEFINIÇÃO DE FORMAS
MÉTODOS DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
Método

Via ou caminho para que se efectúe a aprendizagem

Reflete-se através dos modos de atuação de quão


sujeitos intervêm no processo de ensinoaprendizaje.

Metodos de ensino Metodos de aprendizagem

Caráter social Carácter individual


Necessidade do estudante A actividade

A comunicação
A motivação

Características Autorregulação
Carga emocional do método

Autorrealização
Busca criativa
CLASIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

SEGUNDO OS
SEGUNDO A NÍVEIS DE
SEGUNDO
RELAÇÃO INDEPENDENCIA
A FONTE DA
DO CONTEÚDO PROFESSOR- ACTIVIDADE
• ALUNO COGNOSITIVA
1.métodos verbais
Métodos • descrição
Segundo a • narração
fonte • explicação
• diálogo
do • trabalho com livros
conteúdo • trabalho com materiais
periódicos
• trabalho com tabelas
2.métodos visuais
• trabalho com lâminas
• trabalho com esquemas
• trabalho com fotos 3.métodos práticos
• trabalhos com gráficos • experimentação
• trabalhos com projeções • realização de exercícios
• trabalhos com mapas • trabalhos de campo
• demonstrações • elaboração de
projetos
• coleções
• exposições
métodos 1. método expositivo.

segundo a • exemplificação
relação • demonstração
professor-
• ilustração
aluno
• exposição

2. método de elaboração 3. método de trabalho


conjunta. independente.
• conversação
métodos
segundo os
1.- explicativo - ilustrativo
níveis de
(informativo -receptivo)
independencia
da actividade 2.- reprodutivo

cognoscitiva 3.- exposição problémica


4.- busca parcial
5.- inquiridor
MÉTODOS ACTIVIDADE DO PROFESSOR ACTIVIDADE DOS ALUNOS

com emprego dos meios de assimilam compreendem e


explicativo- ensino coloca aos alunos ante reproduzem o conteúdo tal
o conteúdo como foi apresentado
ilustrativo

coloca aos alunos ante uma aplicam conhecimentos e


habilidades a uma situação
reproductivo situação docente semelhante a
semelhante a uma já
uma já conhecida conhecida

coloca aos alunos ante uma assimilam e compreendem as


exposição pergunta ou tarefa problémica e formas e as vias de chegar à
demonstra como resolve solução do problema
problémica

apresenta uma pergunta ou tarefa participam conjuntamente com o


busca problémica e participa professor na solução do
parcial conjuntamente com os alunos em
problema
sua solução

apresenta uma pergunta ou tarefa resolvem o problema


inquiridor problémica aos alunos sem a participação
direta do professor
Classificação dos métodos

Segundo as vias
lógicas de indutivos, dedutivos e analítico -
obtenção do sintéticos
conhecimento

De acordo com as
orais, de percepção
fontes de obtenção
sensoriais e práticos.
dos conhecimentos

expositivo, trabalho
A partir da inter-relação independente dos
professor -aluno. estudantes e elaboração
conjunta.
Classificação dos métodos

Métodos que expositivos,


estimulam a explicativos,
atividade explicativos-
reprodutiva ilustrativos

elaboração conjunta,
Atendendo ao heurístico ou de
Métodos
caráter da busca parcial,
produtivo -
atividade conversação
reprodutivos
cognitiva: socrática.

Métodos que jogos didáticos, jogos


estimulam a profissionais, painéis,
atividade discussões temáticas,
produtiva estudo de casos,
métodos de situação
Métodos problémicos

O método problémico vai mais à frente da colocação de


um ou vários problemas.
Seu fim é lhe mostrar aos estudantes o método
utilizado pela humanidade para adquirir os
conhecimentos.
Promove que os estudantes realizem o processo de
busca da solução de problemas novos para eles.

O método problémico parte da situação problémica e


tem êxito se o aluno consegue vencer as dificuldades
expostas e assimilar o conteúdo.
Meios de ensino

81
Para se poder executar de maneira eficiente um sistema
de métodos, estes devem apoiar-se nos méios de ensino.
Os meios de ensino constituem diferentes imagens e
representações de objectos e fenómenos
especialmente desenhados para a docência, são o
suporte material dos métodos.

82
VANTAGENS DO USO DOS MEIOS DE ENSINO
DESDE O PONTO DE VISTA INSTRUTIVO

Possibilitam um maior aproveitamento dos nossos órgão sensoriais.

Se criam as condições para uma maior permanência na memória dos


conhecimentos aquiridos.

Se pode transmitir maior quantidade de informação em menos


tempo.

Motivam a aprendizagem e activam as funções intectuais para a


aquisição de novos conhecimentos.

Facilitam a que o estudante seja agente de seu próprio


conhecimento.

Contribuiem a que o ensino seja activo e que se possam aplicar os


conhecimentos aquiridos. 83
Média percentual de
aprendizagem de um homem Média percentual de dados
normal mediante os órgãos dos retidos pelos estudantes 72
sentidos horas depois da aula

1% mediante o gosto.  10% do que se leu.


1,5% mediante o tacto.  20% do que se escutou.
3,5% mediante o olfacto.  30% do que viram.

11% mediante o ovido.  50% do que viram e

83% mediante a vista. escutaram.


 70% do que puderam
discutir.
 90% do que explicaram e
realizaram praticamente.
(V. González Castro. 1992) 84
CLASSIFICAÇÃO DOS MEIOS DE ENSINO

Objectos naturais e industriais: (um objecto original, um animal


dessecado ou vivo, colecções de minerais, herbário, etc.

Objectos impressos e estampados: (gráficos, tabelas e meios


tridimensionais representativos como modelos e maquetas).

Meios sonoros e de projecção: (inclui os audiovisuais, visuais e


auditivos).

85
MEIOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO

O software curricular contribui além de mais, a elevar o


papel protagónico do estudante, pois lhe permite seleccionar
o conteúdo a estudar aproveitando a estratégia instrutiva
especificada pelo autor, para condizir o processo de
aprendizagem.

86
Software curricular, vantagens
Facilita o trabalho independente.
Permite ao estudante interactuar com as técnicas mais avançadas.
Reduz o tempo que se dispõe para partilhar grande quantidade de
conhecimentos, facilitando um trabalho diferenciado.
Possibilidades de estudar processos que não são possíveis observar
directamente.
A representação visual do objecto estudado.
Autocontrol do ritmo de aprendizagem.
Possibilidade de repetição do conteúdo em múltiplas ocasiões.
A individualização do ensino que se reflecte na possibilidade de utilizar
programas repassadores, de formular novos problemas não resolvidos em
aulas, que estimulam o espírito de investigção científica dos estudantes,
assim como autonomizar o control dos conhecimentos adquiridos.
Os estudantes podem controlar a sua própria aprendizagem, construindo o
conhecimento a um ritmo e em uma direcção que se ajuata a suas
necessidades e desejos.
87
Síntese dos componentes não pessoais

• Para qué se ensina? Objectivos do ensino


• O qué ensinar ? Conteúdos do ensino
• Sobre qué base? Princípios didácticos
• Cómo ensinar? Métodos de ensino
• Em qué medida se conseguem os objectivos? Avaliação do ensino
• Cómo organizar a relação professor- aluno? Formas de organização
do ensino

88
A ORGANIZAÇÃO DO PEA

FORMAS ORGANIZATIVAS
Aula?
Processo E.A. que se organiza de modo que garante alcançar um
objectivo, que reúne um grupo estável de alunos que possuem níveis de
informação e desenvolvimento próximos e que têm que participar
ativamente sob a direcção do docente.

• É mais econômica ao abranger um número


Vantagens maior de estudantes.
• Permite a interacção direta professor – aluno
• Obtém-se a formação de sentimentos e
hábitos
de trabalho coletivo.

• Atenção máxima a cada aluno apesar de seu


Deve resolver: caráter colectivo.
• Ajuste das etapas da formação de operações
mentais.
Formas de organização do processo docente

Individual Grupo- aula

Conferencia
Tutoría a Aulas
Consultas a actividade inv.
Act. Laboral Laboratorios

Estudo independiente Práticas


Seminarios
Auto preparação
TIPOLOGÍA DAS AULAS
Tipos de aula Propósito Geral
Expor leis, conceitos e métodos gerais.
Conferências Desenvolver a lógica da ciência particular a partir
das invariantes do conhecimento.

Práticas Resolver tarefas profissionais e aplicar


metodologias da ciência particular.

Seminários Exercitar a exposição oral de temas, exposições,


debate, projetos, etc.

Laboratórios Desenvolver habilidades de experimentação


Talleres/Debate Debater projetos, desenhos, soluções técnicas,
resultados cientistas, etc.
Visitas Observar processos produtivos complexos, cultivos
especiais, áreas extensas, obras, etc
REFLEXÃO AOS TIPOS DE AULAS

 A conferência, também chamada aula teórica, é o tipo


de actividade docente em que, geralmente, o
estudante se enfrenta com os novos conteúdos e está
associada ao nivel de assimilação de familiarização,
pelo que é possível alcançar certo grau reprodutivo, em
dependência dos alunos e o conteúdo tratado.

A aula prática é a actividade em que o aluno trabalha


com os conhecimentos e desenvolve habilidades
adquiridas na conferência e no seu estudo independente.
REFLEXÃO AOS TIPOS DE AULAS

Os seminários são actividades docentes, donde os


estudantes levam a responsabilidade da mesma, sendo a
discussão uma das actividades que as caracteriza.

As práticas de laboratório são, efectivamente, trabalho de


laboratório, como seu nome o indica; na mesma se deve
recordar em cumprir o princípio didáctico da vinculação da
teoria com a prática nos dois sentidos, isto é, que os
conhecimentos teóricos se levem a prática e que o estudante
possa justificar teóricamente as actividades práticas que
realiza.
• Actualmente se evidenciam que as conferências ou aulas teóricas
devem ocupar só 25-30 % do tempo total da cadeira, de modo que cada
conteúdo possa ser tratado em mais de uma actividade prática, ou seja
aula prática, prática de laboratório ou seminário, com o fim de poder
alcançar o nível de assimilação produtivo, através do trânsito pelas
diferentes etapas de assimilação e com a preparação individual do
estudante.
 
• Se deve ter em conta que se se dedica as conferências o tempo
sugerido anteriormente, isso implica que nas mesmas não se possa
detalhar todo o conteúdo da cadeira. É necessário uma análise
profunda deste para poder determinar que parte pode ser orientada
como auto-preparação e quais podem ser desenvolvidas nas aulas
práticas como são, por exemplo: deduções e demonstrações sensíveis,
que podem ser enfocadas como um exercício prático, alcançando-se
desta maneira uma maior incorporação do estudante no trabalho
integral da cadeira.
O PLANO DE AULA
(Retirado de Savilombo, 2017)

“ O plano de aula existe para o professor, e não o professor para o plano de


aula”

Cf. Wanderlei Sérgio da Silva,(sd.)


O plano de aula, o quê é?

O plano de aula é um projecto pensado, reflectido


e elaborado com um conjunto de operações ,
destinados a alcançar um determinado objectivo,
ou seja, é um guia nas mãos do professor para
(alcançar) ou seleccionar os objectivos
fundamentais, função didácticas, e os requisitos
de uma aula.

Cf. Silva Cambanda, (2012)


O plano de aula, o quê é?

É a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em um dia lectivo. É a


sistematização de todas as actividades que se desenvolvem no período de tempo
em que o professor e os alunos interagem, numa dinámica de ensino e
aprendizagem.

Cf. Venancio Samuel,(2006)


O plano de aula

“ O preparo e uso de um bom plano de aula seria o suficiente para


revolucionar o ensino de muitos professores. Muitas vezes, nós professores
vacilamos no ensino e erramos o alvo por não termos objectivos definidos. O
plano de aula simples, claro e bem elaborado pode nos ajudar muito no
nosso dia-a-dia”

Cf. Wanderlei Sérgio da Silva,(sd.)


Algumas vantagens que o plano de aula traz
para os professores e os alunos

Permite ao professor a não correr o risco de improvisar e evitar a rotina;


Permite ao professor a não perder-se;
Permite ao professor a não distrair-se durante o tempo determinado de uma
aula

Cf. Silva Cambanda, (2012 )


e Venancio Samuel,(2006)
Algumas vantagens que o plano de aula traz para
os professores e os alunos

 Facilita o avanço da aula em direcção ao alvo;


 Lembra ao professor de elementos essenciais para a aula(material necessário,
tarefas, métodos);
 Organiza o tempo do professor e a aula, evitando imprevistos, contratempos e
detalhes esquecidos;

Cf. Wanderlei Sérgio da Silva,(sd.)


Algumas vantagens que o plano de aula traz para
os professores e alunos
 Proporciona economia e maior controlo do tempo;
Incentiva o preparo prévio da aula;
Preserva o procedimento e o conteúdo da aula em um arquivo para uso futuro;
 Facilita a avaliação e eventual reformulação da aula

Cf. Wanderlei Sérgio da Silva,(sd.)


Ao planificar as suas aulas o professor deve ter em
conta os esguintes aspectos:

O que se ensina;
A quem se ensina;
Como se ensina;
Para quê se ensina;
Como avaliar os resultados.

Cf. Silva Cambanda, (2012 )


Como elaborar um plano de aula?
Indicar o tema central da aula;
Deve-se estabelecer os objectivos da aula, onde no fim o aluno será capaz de:
identificar, conhecer, caracterizar(…);
Indicar o conteúdo que será objecto de estudo;

Cf. Venancio Samuel,(2006)


Como elaborar um plano de aula?
Estabelecer os procedimentos e recursos de ensino(meios), isto é, estabelecer as
formas de utilizar o conteúdo seleccionado para se atingir os objectivos
propostos;
Finalmente, o plano de aula deve prever como será feita a avaliação.

Cf. Venancio Samuel,(2006)


O plano de aula

Infelizmente, para a maioria dos professores, um plano de aula parece mais


uma camisa de força do que o que ele realmente é.

Cf. Wanderlei Sérgio da Silva,(sd.)


A aula, o quê é?
• Podemos dizer que a aula é um momento estruturado de trabalho no qual se
processa o processo de ensino e aprendizagem. Isso significa que a idéia de aula
pressupõe sujeitos – professor e alunos; um objecto de trabalho e,por isso,
elemento de ligação entre eles – o conteúdo; situações didácticas capazes de
permitir a acção conjunta e colaborativa entre os sujeitos e seu objecto de
trabalho.
Cf.Beatriz Gomes Nadal,(sd)
Fases didácticas
Motivação, desperta o interesse do aluno;
Introdução, resenha clara, concisa e concreta do tema destacando o
conteúdo, os conceitos e os pontos mais altos da aula. Pode-se fazer
interligação com a aula anterior;
Desenvolvimento, centro da aula em termos de transmissão de
conhecimentos. Aí se faz uma abordagem mais alargada e profunda do
conteúdo, tomando os conceitos claros a partir de uma exposição e
explicação clara, concisa e concreta.
Cf.Venancio Samuel,(2006)
Fases didácticas
Consolidação, é a fase da aula muito importante, porque o professor é aí onde
consegue avaliar os alunos e auto-avaliar-se. Ele pode perceber através da
consolidação se os objectivos da aula foram alcançados. Nesta fase didáctica, o
professor faz perguntas aos alunos, as pode fazer antes ou depois do resumo
bem cuidado da matéria;
Tarefa , para consolidar os conhecimentos dados em aula e desenvolver algumas
habilidades nos alunos. Cf. Venancio Samuel,(2006)
Fases didácticas
Na actualidade como a motivaçao é um processo em toda a aula fala-se mais
de 3 fases:

 Introdução
 Desenvolvimento
 Consolidação ou conclusão ( no final desta o professor orienta a tarefa).

Libaneo, 2008
ESTRUTURA DA AULA

• Saudação A
• Chamada
I. INTRODUÇÃO
V
• Asseguramento do nível de partida
• Motivação A
• Objectivos. ( instrutivos e
educativos) L
II. DESENVOLVIMENTO • Temática
I
A
Tratamento temático,
segundo o programa.
III. CONCLUSÕES Ç
• Perguntas de controlo
Ã
• Resumo da aula
• Orientação da tarefa O
• Bibliografia
ESTRUTURA DA AULA

I. INTRODUÇÃO
• Tempo
II. DESENVOLVIMENTO • Métodos
• Meios
III. CONCLUSÕES • Aspectos educativos
• Avaliação continua
I. INTRODUÇÃO; ASSEGURAMENTO DO NÍVEL DE
PARTIDA

 Revisão dos aspectos tratados na aula anterior:

 Pode realizar-se a través da tarefa da aula anterior.

 Retomar os aspectos necessários (perguntar)


MOTIVAÇÃO

• Deve-se obter a partir de uma situação problemática sobre a temática de


estudo e que se dará resposta através da actividade. deve-se criar ao aluno
a necessidade da aprendizagem. A motivação deve manter-se durante toda
a aula.
OS OBJECTIVOS

ELEMENTO REITOR DO PROCESSO

DEVEM

 Expressar-se em função da habilidade que se pretende alcançar nos estudantes, a


partir dos conhecimentos associados.
 Ter em conta as condições em que se produz a apropriação do conteúdo.
 Devem indicar claramente a intenção do professor e não podem dar margem a
muitas interpretações.

HABILIDADE ( Verbos em infinitivo):


IDENTIFICAR, ECOLHER, CLASSIFICAR, REPRESENTAR, RESOLVER, CÁLCULAR, COMPARAR,
DEMONSTRAR, SELECCIONAR, ENUMERAR, DEFINIR, REALIZAR, APLICAR, ETC.
TEMÁTICA

É A MANEIRA EM QUE SE ESTRUTURA O CONTEÚDO QUE SE


DESENVOLVERÁ NA AULA.

SÃO OS EPÍGRAFES QUE SE DESENVOLVEM DURANTE A ACTIVIDADE PARA


ALCANÇAR OS OBJECTIVOS.

II. DESEMVOLVIMENTO;
 TRATAMENTO DO NOVO CONTEÚDO DA AULA .
III. CONCLUSÕES

 RESUMO DA AULA: O professor faz um resumo do conteúdo principal tratado


na sala de aula, em função do cumprimento do objectivo.

 PERGUNTAS DE CONTROLO: Devem realizar-se poucas perguntas, que deiam


respostas ao objectivo formulado, para comprovar se foram cumpridos, se foram
assimilados pelo estudantes. As perguntas devem ser do mesmo nível de
assimilação que os objectivos traçados.

 ORIENTAÇÃO DA TAREFA. Aqui se orienta uma actividade prática que se


desenvolverá na temática. Assim se reforça na orientação do estudo, como fazer,
materiais necessários (bibliografia) etc.
Finalidades da tarefa:
Rever o conteúdo da aprendizagem; repetir para fixar ou memorizar
conhecimentos, assimilar, compreender a matéria da aula ou curso;
Desenvolver habilidades e aplicar noções aprendidas;
Ampliar os horizontes do conhecimento escolar e não só;
Pesquisar, construir, dominar técnicas adequadas para a aprendizagem.
Cf. Venancio Samuel,(2006)
PLANO DE AULA.

Análise da estrutura da aula desde o ponto de vista das funções


didácticas

A análise das funções didácticas se realizam conjuntamente com


as do conteúdo, entre ambas existe uma estreita relação.

Se entende por funções didácticas as etapas, elementos do


processo de ensino que têm carácter geral e necessário. O processo
de ensino está integrado pelas seguintes funções didácticas:
preparação para a novo conteúdo, orientaçao para a novo conteúdo,
orientação até o objectivo, tratamento do novo conteúdo, consolidação
controlo.
Aspectos gerais:
Nome:
PLANO DE AULA
 Escola:
 Classe
 Disciplina
 Unidade temática: ANALITICO ESTRUTURAL
 Sumário:
 Objectivos:
 Métodos:
 Meios de ensino:
 Tipo de aula:
 Carácter da aula:
 Duração:
 Bibliografia.
PLANO ANALITICO

Aspectos gerais:

Instituição:
Disciplina:
Classe:
Tema:
Sub tema ou Sumário
Tempo lectivo:
Tipo de aula:
Duração da aula:
Objectivos: (instrutivo, Educativo; Geral e
especifico)
Nome do Professor:
PLANO ESTRUTURAL

  Função   Actividades    
Tempo Didáctica Conteúdo Métodos Meios de Ensino
Professor Aluno

         
  - Saudação -Saudar os alunos - Responder a - A voz do professor
  - Apresentação do aluno mestre - Apresenta-se aos saudação  
10´ - Aspectos organizativos alunos - Prestar atenção - Vassoura
- Chamada - Orientar a organiza e a - Organizar e fazer  
  higiene da sala limpeza da sala  

Elaboração conjunta, conversação heuristica


- Correcção da tarefa - Fazer a chamada - Prestar atenção - Livro de ponto e
    e responder a esferográfica
- Consolidação da aula anterior - Corrigir a tarefa chamada  
       
Conversa relacionada com o tema   - Prestar atenção  
para a motivação do estudante - Consolidação da aula e apresentar a  
  anterior através de tarefa  
- Orientação dos Objectivos perguntas orais   - Quadro, giz,

 
  Participar na apagador, indicador,
- Despertar o interesse consolidação da caderno e
Introdução

do aluno através de aula anterior esferográficas.


uma motivação.    
- Orientar o objectivo da -Prestar atenção - A voz do professor
nova aula    
- Prestar atenção
 
 
 

 
PLANO ESTRUTURAL

  Função   Actividades    
Tempo Didáctica Conteúdo Professor Aluno Métodos Meios de Ensino

           
  - Sub tema: A Pausa Musical - Destacar o tema no - Prestar atenção -Expositivo - Quadro, giz e apagado,
    quadro.   Busca retroprojectora
25´ - Leitura dos preliminares     parcial  
  Orientar a leitura dos - Prestar atenção e   - Quadro e Indicador,
Explicação detalhada da Matéria. preliminares. ler os preliminares. - caderno e esferográficas.
*Fixação das Figuras Musical pelo Professor.     Elaboração  
      conjunta - A voz do professor
  - Explicar detalhadamente a - Prestar atenção,    
- Exposição da Matéria matéria através das Figuras interpretar as Figuras    
  das Pausa Musical das Pausas Musicais -Expositivo,  
Pausas Musicais relacionando com uma e cantar. ilustrativo  
São Figura Musical que representam o canção.   e  
silêncio, durante um determinado     observação  
momento.   - Prestar atenção .  
Cada Pausa tem um valor de duração        
Desenvolvimento

determinado e corresponde a uma figura - Expor a matéria no      


musical. quadro.   - - Quadro e Indicador
      Expositivo,  
Pausa de:   - Prestar atenção explicativo  
- Semibreve - Ler e orientar a leitura do E ler o conteúdo no   - Quadro, caderno e
- Mínima conteúdo no quadro. quadro.   esferográficas.
- Semínima        
  Orientar passagem da - Prestar atenção -  
  matéria (do quadro para os E repassar a matéria Elaboração Figuras das Pausas
- Leitura do conteúdo no quadro. cadernos. para os cadernos. conjunta. Musicais
       
- Passagem da matéria para os cadernos. Fazer um breve resumo das - Prestar atenção  
  aulas relacionando as e participar -
- Retroalimentação figuras musicais   Elaboração
  conjunta
   
 
 
-
Elaboração
conjunta
 
PLANO ESTRUTURAL

  Função   Actividades    
Tempo Didáctica Conteúdo Métodos Meios de
Professor Aluno Ensino

           
  * Consolidação - Consolidar a - Prestar -Expositivo, - Figuras das
  - Levantar alguns alunos matéria através atenção, interrogativo Pausas
10´ para responderem as de perguntais responder   Musicais
questões de forma oral e orais e as questões    
identificar as figuras seleccionar dos e identificar    
correspondes. estudantes para as figuras  
  identificarem, as das pausas  
Consolidação ou Conclusão

  figuras das musicais.


  pausas musicais.  
   

         
* Tarefa - Orientar a - Prestar Trabalho - Quadro, giz e
Mandar copiar as tarefa através de atenção independente apagador
restantes figuras musicais perguntais E repassar a Indicador,
a partir do Manual. escritas no matéria caderno e
quadro. para os esferográficas.
  cadernos e  
resolver a  
tarefa.  
 
 
 
A AVALIAÇÃO

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