Você está na página 1de 11

1

Índice
1. Introdução.........................................................................................................................2

1.1. Objectivo geral..............................................................................................................3

1.2. Objectivos específicos..................................................................................................3

1.3. Metodologias................................................................................................................3

2. A diplomacia internacional e o seu impacto no mundo moderno................................4

2.1. Conceito....................................................................................................................4

2.2. Características...........................................................................................................4

2.3. Objectivos.....................................................................................................................5

2.4. Teoria e prática.............................................................................................................5

2.5. Evolução histórica........................................................................................................6

2.6. Antiguidade...................................................................................................................6

2.7. Idade Média..................................................................................................................7

2.8. Renascimento................................................................................................................8

2.9. Impacto da Diplomacia no mundo Moderno (Século XXI).........................................8

3. Conclusão.......................................................................................................................10

a) Referencias Bibliográficas.............................................................................................11
2

1. Introdução

O desenvolvimento da diplomacia internacional confunde-se com a actividade internacional


dos Estados que, durante séculos, representou sobretudo a consecução dos interesses
nacionais, delineada no âmbito da política externa e executada mediante representações
consulares e diplomáticas, a diplomacia internacional, desde a mais remota antiguidade,
constituiu importante instrumento de promoção dos interesses dos Estados e se consolidou
como relevante mecanismo de solução pacífica de controvérsias nas relações internacionais
e desempenhou importante papel no desenvolvimento das actividades comerciais,
originariamente principal objecto da protecção diplomática.
3

1.1. Objectivo geral


 Promover a diplomacia internacional e o seu impacto no mundo moderno.
1.2. Objectivos específicos

 Proteger a diplomacia internacional e o seu impacto no mundo moderno;


 Consolidar instituições e práticas democráticas na diplomacia internacional e o seu
impacto no mundo moderno;
 Observar e implementar as obrigações de diplomacia internacional e o seu impacto
no mundo moderno.

1.3. Metodologias
Ela estruturou-se em introdução, desenvolvimento e conclusão. Ciente que a ciência não é
cabal, queremos aceitar a crítica do professor e dos colegas e efectivamente as contribuições
provarão, visto que estas duas componentes poderão melhorar os próximos trabalhos
científicos com o tema deste género. No referente as metodologias do trabalho, usou-se o
método bibliográfico que consistiu na busca de várias fontes bibliográficas que focalizam o
tema em abordagem, o método analítico que consistiu na análise dos dados fornecidos pelas
fontes bibliográficas. Este trabalho consistiu em duas fases distintas nomeadamente: a de
pesquisa (consulta de obras) e a de compilação (digitação) que consistiu na organização e
digitação da informação colhida nas diferentes fontes bibliográficas.
4

2. A diplomacia internacional e o seu impacto no mundo moderno.

2.1. Conceito

Preliminarmente, cabe notar que a palavra diplomacia provém do grego diploma, termo que
significava “objecto dobrado”. Passou, numa evolução semântica, a descrever um
documento dobrado que confere ao portador um privilégio concedido por um soberano.
Receberia, ao longo dos séculos, muitos outros significados, havendo hoje inúmeras formas
de se conceituar diplomacia.

Diante das várias acepções da palavra e de discussão já antiga, Nicolson propôs, muitas
décadas atrás, fosse empregada a definição do Oxford English Dictionary que, numa
tradução livre dispôs:

“Diplomacia é o gerenciamento das relações internacionais pela negociação; o método pelo


qual as relações são ajustadas e gerenciadas por embaixadores e enviados; o negócio ou arte
do diplomata”.

Definições mais recentes não se referem apenas a relações entre Estados, mas aquelas entre
entidades políticas e não mencionam somente diplomatas, mas também outros atores. É o
caso de Hamilton e Langhorne que definem diplomacia internacional como: “a conduta
pacífica de relações entre entidades políticas, seus representantes e representados (principals
e agents)”. Noutro conceito, ainda mais amplo, Constantinou afirmou que a diplomacia
internacional surge “quando alguém exitosamente reivindica representar ou negociar em
nome de um território ou um grupo de pessoas ou uma causa, ou exitosamente reivindica a
intermediação entre outros engajando-se nessa representação e negociações”. Em resumo,
como observou Verbeke, “diplomacia significa coisas diferentes para pessoas diferentes em
momentos diferentes e pode ser tratada de maneiras diferentes”.

2.2. Características
Quando bem praticada, como notou Berridge, a diplomacia internacional “é essencialmente
actividade política e, bem-dotada de recursos e habilidade, um ingrediente importante de
poder”. Nas palavras de Roberts, a capacidade de negociação de um país constitui uma
forma de soft power, ou seja, do poder de atracão, em vez de coerção. Nessa acção, caberia
à diplomacia internacional fortalecer o poder nacional por meio de sedução para sua cultura,
valores políticos ou política externa. O capital diplomático acumulado constitui parte do
poder brando de cada país. Baseia-se na tradição, credibilidade, coerência, previsibilidade e
5

capacidade de negociação da diplomacia do país, sobretudo pela habilidade e treinamento


de seus diplomatas.

As principais características da diplomacia internacional até aqui descritas têm sido, porém,
desafiadas por autores mais recentes. Assim, por exemplo, para Spence, Yorke e Masser, a
diplomacia internacional “não se confina mais a ministérios do exterior, mas expande por
muitos órgãos governamentais na medida em que as relações internacionais constituem
parte da política comercial, de desenvolvimento, económica e de segurança nacional”. Suas
funções não mais são as clássicas, como a negociação, mas incluem também comunicações,
diálogo, reuniões de cúpula, inteligência e manutenção de relacionamentos.

Vários autores, como se verá mais adiante, vão mais além e incluem muitos outros atores na
cena diplomática, entre os quais, organizações intergovernamentais e não-governamentais,
empresas multinacionais e até mesmo pessoas físicas que participam de negociações
internacionais, directa ou indirectamente.

2.3. Objectivos

A diplomacia internacional de um país tem tradicionalmente como seu objectivo principal


promover os interesses do Estado que representa. Como notou Freeman, os diplomatas
buscam, sob instruções, influenciar as decisões e o comportamento de governos estrangeiros
e de sua população por meio do diálogo, da negociação e de outras medidas, excepto a
guerra ou o emprego de violência. Assim como conduz diariamente acções voltadas a
promover o comércio, o turismo, a cultura e as comunicações, a diplomacia internacional,
observa Zartman, a diplomacia internacional responde rotineiramente pela dissolução de
inúmeros conflitos que, graças a sua actuação, deixaram de ocorrer ou de se tornarem
violentos. Nas palavras de Melissen, “o término das guerras, virtualmente sem exceção,
envolve um importante elemento de negociação diplomática”.

2.4. Teoria e prática

Como distinguir a prática da teoria da diplomacia internacional? Parafraseando Nicolson, a


prática diz respeito à experiência e hábitos adquiridos na condução de assuntos
internacionais e de negociações, enquanto a teoria examina princípios e métodos de conduta
e negociação, observados durante o exercício da prática. Constantinou, Kerr e Sharp têm da
teoria diplomática uma concepção mais abrangente consistente na “sistematização do
6

pensamento, elaboração de ideias e princípios de pensamento que governam ou buscam


explicar essa antiga actividade humana”. Uma diferença clássica entre a teoria e a prática
diplomática, na visão de Nicolson, ocorre quando, no curso de uma negociação, uma
determinada política deve ceder espaço à realidade das circunstâncias. Ocorre, por exemplo,
quando a ideia de uma diplomacia internacional aberta (transparente) dificulta a obtenção de
resultados numa negociação. Nesse caso, o diplomata professa a transparência, embora
saiba da perda da efectividade de uma negociação se exposta à visão pública. Em outras
palavras, como observou Verbeke, “o idealismo domina a retórica diplomática, mas a
prática se guia por realismo”. Para que interessa distinguir a prática da teoria diplomática?
Constantinou, Kerr e Sharp respondem a essa pergunta ao afirmarem que “um estudo de
diplomacia internacional para o século XXI deve ser conceitual e histórico, mas também
integralmente global – em termos de temas e de escopo”. Explicam: “um estudo preciso
ambiciosamente se engajar e compreender o conceito de diplomacia internacional na
história, os contextos dos quais emergiu de forma positiva ou negativa, assim como
examinar o que está em jogo ao se demandar ou reclamar que mude da ‘velha’ para a ‘nova’
diplomacia”.

2.5. Evolução histórica

A diplomacia é exercida desde o início da civilização, possivelmente a partir de quando as


primeiras sociedades decidiram ouvir os mensageiros em vez de atacá-los. Sua prática é
associada ao desenvolvimento da escrita, mas alguns de seus elementos já teriam existido
mesmo antes do processo civilizatório, isto é, nas relações entre tribos, pois estas, como
observa Cohen, negociavam casamentos e estabeleciam limites territoriais para a caça.
Como veremos, gradualmente esses mensageiros passariam a ser recebidos e enviados, bem
como protegidos.

2.6. Antiguidade

Desde o início do registo da história, cerca de 4.500 anos atrás, os soberanos conduzem suas
relações com outros dirigentes por meio de emissários oficiais. No início, os líderes
consideravam essa relação importante para obter mutuamente reconhecimento e aprovação,
assim como bens e soldados. Há registos de uma diplomacia internacional activa no Oriente
Próximo, entre-os-rios Tigre e Eufrates, desde o terceiro milénio a.C., alguns até mesmo no
final do quarto milénio antes da Era Comum. Uma mensagem em sumeriano entre reinos
7

que hoje constituem a Síria e o Irã revela uma diplomacia internacional, em cuneiforme,
com registos de rede de mensageiros, protocolos palacianos sobre formas de tratamento,
troca de presentes e negociações com base em reciprocidade. Outros documentos
diplomáticos do período versavam sobre rotas comerciais, cooperação estratégico-militar,
alianças, negociação e ratificação de tratados, bem como extradição de presos políticos e
refugiados. Estabeleciam práticas de mediação e arbitragem, códigos de condutas para
diplomatas e intercâmbio de enviados em missões especiais. Concediam tratamento
fraternal aos países de mesmo porte ou àqueles em que havia ocorrido casamentos entre as
respectivas dinastias, e não idêntico a estados vassalos. O exame histórico mostra que o
idioma acadiano (falado na Babilónia) tornou-se o da diplomacia internacional, mais tarde
substituído pelo aramaico. Mostra também que os tratados mais antigos teriam sido aqueles
firmados entre o faraó Ramsés II e os dirigentes hititas. Passagens bíblicas referem-se à
diplomacia internacional assíria e às relações das tribos judaicas com outros povos.

2.7. Idade Média

Com o final do Império Romano Ocidental, desapareceram as tradições diplomáticas


antigas. Mas, ainda assim, houve promoção de comércio, busca de aliados, soluções
negociadas para dirimir controvérsias, casamentos entre dinastias, nomeação de bispos e
reivindicação de territórios. Entre os séculos V e IX, os monarcas negociavam directamente
com regentes próximos, recorrendo ao envio de emissários apenas para tratar com os reinos
mais distantes.

A corte do Império Romano Oriental em Constantinopla – o qual se manteria ainda


relevante por mais um milénio (330-1453) - dispunha de um departamento do exterior
criado para tratar com os enviados estrangeiros. Como forma de sua auto preservação, à
medida que Bizâncio entrava em decadência, seus emissários ao exterior recebiam
instruções para colectar informações sobre os vizinhos e de promover a discórdia entre estes
ou para conquistar a amizade dos mais próximos pela adulação e subsídios, bem como pela
conversão religiosa. O envio de relatórios escritos, esteio da diplomacia europeia, foi uma
inovação bizantina. Os núncios tinham precedência sobre os demais enviados, sendo o
direito canónico invocado para fundamentar essa prática. A Igreja contribuiu também para a
formação do direito internacional com a divulgação do princípio de que promessas
deveriam ser cumpridas (pacta sunt servanda). O latim medieval se manteve no período
como o idioma da diplomacia, não apenas por ter sido a linguagem escrita do Império
8

Romano, mas também de seu sucessor o Sagrado Império Romano e a da Igreja Católica.
Não é de se surpreender que continuaria a ser a língua escrita do início da diplomacia
europeia moderna.

2.8. Renascimento

A versão moderna da diplomacia teve origem ao norte da Itália durante o Renascimento. A


fragilidade das cidades Estado da península itálica exigiu o desenvolvimento de
negociações permanentes para reduzir as reiteradas invasões por potências vizinhas e
mesmo outras mais distantes. Em meados do século XV, provavelmente em Veneza, teve
início o envio de embaixadores residentes que permaneceriam nos seus postos até serem
substituídos. In Europe, early modern diplomacy's origins are often traced to the states of
Northern Italy in the early Renaissance, with the first embassies being established in the
13th century.[13] Milan played a leading role, especially under Francesco Sforza who
established permanent embassies to the other city states of Northern Italy. Tuscany and
Venice were also flourishing centres of diplomacy from the 14th century onwards. It was in
the Italian Peninsula that many of the traditions of modern diplomacy began, such as the
presentation of an ambassador's credentials to the head of state. A península itálica
constituía um subsistema regional compacto, fato que contribuiu para que os representantes
residentes negociassem noutro Estado em nome dos seus representados. Aos poucos, esses
embaixadores se tornaram cruciais para as cidades-estado. A diplomacia residente seria a
mais importante inovação na prática da actividade uma vez que esta deixaria de ser de curta
duração, tornar-se-ia comummente aceita e evolveria para contar com seus acordos. Numa
atmosfera de mudanças de alianças e lutas dinásticas pelo poder, os agentes diplomáticos
residentes tornaram-se fonte de informação valiosa para os soberanos se prepararem para
actuar. Florença, Milão e Veneza, entre outras urbes, por disporem de equivalência de
poder, passaram a empregar a diplomacia como meio para atingir objectivos inalcançáveis
pela guerra.

2.9. Impacto da Diplomacia no mundo Moderno (Século XXI)

No ano 2000, a ONU já contava com 189 Estados membros. Novos temas surgiriam para o
tratamento diplomático, entre os quais terrorismo, crime organizado, tráfico de drogas,
tráfico de imigrantes, refugiados e protecção de direitos humanos. Na opinião de Barston, o
G-77 e a UNCTAD perderiam sua tracção, assim como a ideia de uma Nova Ordem
9

Económica Internacional. Naquele início do século XXI, já havia milhares de organizações


não governamentais - ONGs como observadoras em agências especializadas da ONU e
outras organizações internacionais. Novos atores - inclusive instituições multilaterais;
multinacionais; organizações da sociedade civil; locais de encontros, tais como o Fórum
Económico Mundial, reflectiam uma actividade “diplomática” diversa daquela
exclusivamente praticada por embaixadores de países soberanos bilateralmente ou em
conferências multilaterais. Na OMC, a diplomacia multilateral alcançaria resultado positivo
com a conclusão da Rodada Doha (2001), mas, no âmbito regional, fracassariam
negociações para criação de uma área de livre comércio nas Américas – ALCA (2004).

Após a crise financeira de 2008, houve, na descrição de Barston, esforços para a criação de
governança de base intermediária entre o G-7 e o total de membros das agências da ONU,
resultando no estabelecimento do G-20 (2008) e o crescimento da diplomacia internacional
paralela. Ainda segundo Barston, várias características do processo do G8 seriam
transplantadas para o G20, tais como a rotatividade da presidência na definição das
prioridades da agenda; perda de foco à medida que aumentava o número de membros; a
introdução de agendas concorrentes e o efeito divisionista de crises externas ou eventos.

Os ministérios do exterior sentiram a necessidade de investimentos em nova tecnologia e na


preparação para a revolução da informação. A diplomacia internacional digital constituiu,
segundo Barston, um desafio na medida em que a diplomacia electrónica, mais informal,
teve implicações para administração, arquivo e fiscalização. Diplomatas em postos,
conforme observaram Hutchings e Suri, criaram redes com seus colegas nas chancelarias,
passando por cima das linhas tradicionais de autoridade. Criaram-se também grupos
regionais em que diplomatas de níveis diversos passaram a se comunicar directamente. A
disponibilidade de acesso às redes electrónicas em salas de conferência permitiu, por outro
lado, como notou Kurbalija, negociações mais abertas e inclusivas. Essa nova realidade
tecnológica, na opinião de Bjola e Kornprobst, abalou o conceito de soberania do Estado
territorial que se modificou para adaptar-se às demandas do novo século. Assim, por
exemplo, entes subnacionais, tais como cidades, estados federativos ou regiões autónomas,
passaram a se reunir directamente, por vezes sem conhecimento da autoridade nacional
central ou federal, estabelecendo laços próprios, sobretudo financeiros e de cooperação.
10

3. Conclusão

Em conclusão, a diplomacia internacional tem uma longa e rica história que precisa ser
conhecida para que se possa examinar se, onde e quando deverá ser modificada para
adaptar-se a novas circunstâncias. Diplomacia é o gerenciamento das relações internacionais
pela negociação; o método pelo qual as relações são ajustadas e gerenciadas por
embaixadores e enviados; o negócio ou arte do diplomata.
11

a) Referencias Bibliográficas

R. P. BARSTON, Modern Diplomacy, Fifth Edition, London and New York: Routledge,
2019, p. 1.

J. W. BURTON, Systems, States, Diplomacy and Rules, Cambridge: Cambridge University


Press, 1968, p. 147- 148.

Ivor ROBERTS, “Diplomacy – A short history form pre-classical origins to the fall of the
Berlin Wall”, Satow´s Diplomatic Practice, 7th Edition, Edited by Sir Ivor Roberts, Oxford:
Oxford University Press, 2017, p. 3.

Keith HAMILTON e Richard LANGHORNE, The Practice of Diplomacy. Its evolution


theory and administration, Second Edition, London and New York: Routledge, 2011, p. 1.

Costas M. CONSTANTINOU, “Everyday diplomacy: mission, spectacle and the remaking


of diplomatic culture”, In: Jason Dittmer e Fiona McConnell, editores de Diplomatic
Cultures and International Politics, London and New York: Routledge, 2016, p. 23.

Johan VERBEKE, Diplomacy in Practice: A Critical Approach, Routledge, 2023, p.1.

G. R. BERRIDGE, Diplomacy: Theory and Practice. 6 th Edition, Houndmills and New


York: Palgrave, 2002), p. 1.

Fernando MELLO BARRETO, “O capital diplomático brasileiro”, Revista Interesse


Nacional, Ano 14, N. 54, Julho - Setembro, 2021.

Você também pode gostar